Artigo elaborado pela acadêmica do 6º período do Curso de Fonoaudiologia da UNIVALI, Cláudia Kuhnen, com orientação da Prof.ª Fga. MSc. Débora Frizzo Pagnossin
Sabemos que a audição é a mais importante ferramenta para que uma criança adquira a fala e possa se desenvolver normalmente. Mesmo dentro da barriga, o bebê já escuta os sons do corpo, a voz e os batimentos cardíaco da mãe. Isso ocorre a partir dos cinco meses de gestação.
É através da audição que a criança adquire a linguagem e, uma perda auditiva em um recém-nascido pode resultar em prejuízos nesta aquisição, fazendo com que as funções cognitivas, emocionais, sociais e comunicativas da criança sejam comprometidas. Assim, o ideal, é que o diagnóstico da perda auditiva seja realizado até os seis meses de vida, o que permite uma intervenção precoce.
Bebês prematuros, de baixo peso, que foram submetidos a medicações ototóxicas ou que tenham alguma síndrome têm mais risco de ter deficiência auditiva. Por isto, logo que a criança nasce, ela precisa fazer o ?teste da orelhinha? ou triagem auditiva neonatal, que deve ser realizada em todos os recém-nascidos e pode detectar uma perda auditiva precocemente. Quem realiza esse teste é o fonoaudiólogo e, se detectada a perda auditiva, o bebê é encaminhado para o médico otorrinolaringologista e serviços especializados de fonoaudiologia para avaliação e exames complementares.
Existem ainda perdas auditivas tardias, por isso é extremamente importante que a criança faça um acompanhamento regular pelo menos até os três anos de vida. Por isso os pais devem estar sempre atentos aos sinais de perda auditiva:
- A criança só reage a sons ou pessoas que enxerga;
- A criança solicita que repitam várias vezes para entender o que falam com ela;
- A criança assiste televisão em um volume muito forte;
- A produção de fala da criança não está de acordo com as das demais de sua idade;
- Na escola, a criança é considerada desatenta ou com comportamento inadequado;
Quando a audição está integra, espera-se que:
- Bebês com zero a três meses de vida reajam a sons intensos com um piscar de olhos, se assustem ou parem as atividades;
- Entre quatro e cinco meses de vida os bebês já são capazes de vira cabeça para ver de onde vem o som, apontam pessoas ou objetos conhecidos e iniciam o balbucio;
- Por volta de doze meses de idade a criança deve compreender frases simples e utilizar algumas palavras também simples para denominar coisas do seu universo.
Edição 1532
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