A imprensa nacional muito tem se ocupado ultimamente com o problema carcerário do país que tem protagonizado uma série de acontecimentos tristes, lamentáveis e preocupantes.
É que temos presos demais e presídios de menos, fator determinante da superlotação das nossas casas de detenção, contra o que os presos têm reagido de forma violenta.
Fugas, quebra-quebras, incêndios nos alojamentos e rebeliões que duram horas e dias com resultados funestos são reações constantes empregados pelos presos, na luta e no clamor por melhorias para as prisões sufocantes e desumanas que os acolhem. Acontece que, mesmo que as autoridades queiram, é difícil atender a essas reinvindicações, pois a população carcerária brasileira cresce de maneira espantosa.
Segundo dados do Ministério da Justiça de julho de 2015, a população carcerária do Brasil tem crescido tanto nesses últimos anos que hoje já soma 607.731 pessoas.
Até àquela data o país contava com 1.424 unidades carcerárias, sem condições de absorver tantos presos.
É o caso de Blumenau, que ganhou uma nova penitenciária que também não absorveu todos os presos do antigo presídio da Rua General Osório. De acordo com o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, a taxa de crescimento de presos no Brasil subiu para 33% e hoje com mais de 600 mil presidiários, coloca o país como a quarta maior população prisional do mundo, perdendo apenas para Estados Unidos, China e Rússia. Segundo esses mesmos estudos, se a tendência for mantida, o órgão prevê que a população carcerária brasileira até o ano 2022 atingirá a casa de um milhão de presos.
O problema, como se vê, é por demais sério e preocupante, pois além do aspecto moral e criminal, envolve também o problema financeiro, pois em alguns estados o custo mensal da manutenção de um preso já ultrapassa os R$ 1.500.
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