O Ministério Público do estado de Goiás pretende recorrer da deliberação do Tribunal de Justiça, que decidiu arquivar denúncia contra o padre Robson de Oliveira Pereira. Ele havia sido acusado de lavagem de dinheiro por meio da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), entidade responsável pela construção da Basílica do Divino Pai Eterno, localizada em Aparecida de Goiânia (GO).
O promotor Sebastião Marcos, que participa das investigações, afirmou que o MP ficou perplexo com a decisão do TJ-GO. “Os advogados do padre foram muito eficientes na forma como fizeram o pedido. Trouxeram informações que não correspondem aos fatos”, disse. Por isso, o promotor acredita no sucesso dos embargos de declaração. “A gente acredita que o recurso será eficiente”.
De acordo com a acusação, amplamente divulgada pela Rede Globo e pela Rede Record, a suspeita era de que o padre teria usado a associação para lavar dinheiro em investimentos em fazendas e postos de combustíveis. Robson chegou a ser afastado de suas atividades junto à paróquia e também como administrador dos fundos da Afipe, mas com o arquivamento do processo ele deve retornar às atividades normalmente.
A decisão foi do desembargador Nicomedes Domingos Borges. Ela foi acompanhada quase por unanimidade pela 1ª Câmara Criminal. A sessão teve participação do Procurador de Justiça Abrão Amisy Neto, que votou contra. Por meio de nota a Afipe destacou que a auditoria contratada para apurar os investimentos da entidade continuará e em nada muda os planos da associação em promover uma reforma administrativa e a implantação de uma nova forma de governança.
A defesa do padre, representada por Pedro Paulo de Medeiros, divulgou nota em que afirma que o tribunal reconheceu que Robson não praticou atos ilícitos. O advogado ressalta ainda que “ele sempre se dispôs a esclarecer toda e qualquer dúvida sobre a sua atuação na Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) ou em qualquer outro âmbito de evangelização”.
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