O leitor opina - Jornal Cruzeiro do Vale

Ponte
É absolutamente lamentável o que está acontecendo com nossa Ponte Hercílio Deeke, um dos ícones de nosso município.
A inércia, e inoperância do Poder Público obrigou o Poder Judiciário a tomar providências que venham a proteger a segurança de quem por ela transita e, diga-se de passagem, uma decisão corajosa e passível de elogios.
Agora devemos nos questionar: Por que esse problema se arrasta há tanto tempo? No meu entendimento isso é resultado de uma sociedade que não consegue superar diferenças políticas, muitas vezes insignificantes, em prol de um projeto maior para o município. Quem perde com isso é a população, que passa a sofrer e ter maiores dificuldades.
A falta de representatividade política, tanto na esfera Estadual quanto Federal, agrava o problema. Já está mais do que na hora de despirmo-nos de nossas vaidades e buscarmos soluções que sejam duradouras e deem tranquilidade e paz aos nossos munícipes. Já passou há muito tempo a hora de repensarmos Gaspar, sob pena de problemas como esse da ponte se multiplicarem.
Luiz Orlando Poli |Florianópolis

Ponte II
A que ponto esta cidade chegou sob o comando dos petistas? Diante da inércia de nosso prefeito, coube a sábia justiça tomar uma atitude para garantir a incolumidade daqueles que dependem da ponte em sua movimentação diária. Talvez, se a prefeitura tivesse mandando arrumar a ponte ao invés de contratar assessores comissionados (contratados sem concurso público), a situação não teria chego a esse ponto lamentável.
Mario de Pontmercy |Gaspar

Agradecimento
Nós, moradores das ruas 2 de Novembro, Maria Zimmermann e Progresso, no bairro Santa Terezinha, gostaríamos de agradecer à Prefeitura, ao Samae e ao departamento de Obras, pelo asfaltamento destas vias, obra esta que há anos era reivindicada por todos nós.
Gostaria de agradecer e parabenizar a todos que lutaram para que este anseio da nossa comunidade se tornasse em realidade. E gostaria de agradecer principalmente ao chefe  de Gabinete, Doraci Vanz, e ao prefeito Celso Zuchi.
Maria de Lurdes Costa |Gaspar

Agradecimento II
Gostaria de agradecer em nome de nossa família, a notícia divulgada a respeito do falecimento de meu pai. A nossa família agradece as palavras de apoio dos familiares e amigos que compareceram ao velório. A todos, nosso muito obrigado.
Familia Monnerat | Blumenau

Nota dez
Para os moradores da localidade Águas Negras, pela iniciativa desesperada de manifesto a favor da vida! Quanta tristeza anuvia aquele trevo!
Acho melhor o prefeito se agilizar, pois os moradores prometem queimar duas toneladas de resíduos no asfalto, caso não seja tomada nenhuma providência. E aí?
Cassiane Schmidt | Gaspar

ARTIGOS

Pergunta

Parece uma pergunta tola, mas a resposta diz muito. A pergunta em questão é:

?Você se conhece??

Parece idiota, não é? Mas vamos pensar um pouco no que esta pergunta representa.

A pessoa que tira alguns minutos pensando nisso, com certeza irá se surpreender. Ao passar dos primeiros anos da nossa vida, vamos moldando uma personalidade, um caráter, vamos definindo nossos gostos e virtudes.

No começo, tudo é válido, tudo é bonito. Se te convidam para fazer alguma coisa que não gosta, você vai. Se você vê algo que aparenta ser errado, não contesta. Se algo o irrita profundamente, deixa acontecer, etc. E acaba fazendo tudo o que não gosta sem notar, achando que é normal. Assim vai vivendo e cada dia que passa a tristeza e o vazio aumentam.

Quando você começa a descobrir a sua personalidade, o seu real motivo de estar aqui, quando o seu caráter vai à tona, há uma mudança radical no comportamento. Pode ser perigoso. A tolerância diminui, não é qualquer coisinha que satisfaz, as escolhas se tornam mais seletivas. Os seus gostos e ideais começam a dominar o seu jeito de viver. Mas a satisfação pessoal que isso proporciona é impagável. A vida começa a fazer sentido, você entende o que está acontecendo ao seu redor. A venda cai dos olhos e as verdades aparecem.

Pessoas que antes você achava interessantes já não são. Lugares antes frequentados já caíram no esquecimento. Manias antes feitas agora são ridículas. Você começa a viver para si mesmo, não para uma aparência que lhe impõem desde cedo. Vive-se melhor, com mais afirmação no que você é, sem medos, com muita coragem de enfrentar o que vier.

Invista um tempo em você.

Conheça a sua verdadeira personalidade. Mudanças para melhor acontecerão. Um brinde ao conhecimento!

Paulo Maba |Blumenau

AMBROSE BIERCE:
Definições do Dicionário do Diabo

Sabe aqueles dias que parecem noites? Você acorda com o pé esquerdo. Nada do faz ou deseja fazer dá certo, seu time perde... Enfim, você nem deveria ter saído da cama; era mais negócio. Porém, entretanto, contudo, todavia, este é o dia que tenho que entregar a crônica que você está lendo agora.
E agora José? No poema do Drummond que tem este título, ele retrata a angústia de um José, que poderia ser qualquer um de nós, que se sente desnorteado, sem nenhuma inspiração. Assim como eu agora. Além do mais, tem um verso que diz: ?está sem discurso?.

Neste caso para piorar, assusto-me ainda mais, pois tenho que escrever, porém, neste momento, um vazio preenche a minha mente. Estou sem discurso e sem assunto...
Sem muita expectativa, lembro de uma frase, uma das definições do Dicionário do Diabo, obra de um dos meus escritores favoritos: Ambrose Bierce.
?Expectativa: estado ou condição mental que, no cortejo das emoções humanas, é precedido pela esperança e seguido pelo desespero.?

Pois é, a na esperança de escrever algo inteligente, inspirador e que faça com que os leitores possam refletir e tudo mais. Mas vem o desespero de, certamente, não alcançar este objetivo.
Sendo assim, vou usar de malandragem e preencher este espaço com algumas considerações de Bierce, pois tenho certeza que as frases do escritor terão mais impacto do que qualquer bobagem que eu venha a redigir.
Então aqui vai... Espero que gostem, se não gostarem... Fazer o quê! Parece meio cínico e é. Mas como dizia o escritor ?Cínico: um malandro cuja visão deficiente lhe apresenta as coisas como elas são, não como deviam ser.?

?    Alegria: uma sensação agradável provocada pela contemplação da miséria dos outros.
?    Amor: Uma insanidade passageira, curável pelo casamento.
?    Beleza: Poder pelo qual uma mulher encanta o amante e aterroriza o marido.
?    Casamento: cerimônia na qual duas pessoas passam a ser uma, uma passa a ser nada e nada passa a ser sustentável. Uma comunidade que consiste em um homem, uma mulher e um(a) amante, num total de duas pessoas.
?    Chato: uma pessoa que fala quando você queria que ele escutasse.
?    Coragem: admitir que se é um covarde.
?    Covarde: Homem que numa emergência perigosa pensa com as pernas.
?    Desgraça: o tipo de graça que nunca vem só.
?    Dinheiro: uma benção que não nos traz vantagem exceto quando nos separamos dele.
?    Divórcio: um toque de corneta que separa os combatentes, fazendo-os lutar à distância.
?    Egoísta: alguém desprovido de consideração pelo egoísmo dos outros. Um sujeito com mau gosto, mais interessado em si próprio do que em mim.
?    Esperança: desejo e expectativa combinados num só.
?    Filosofia: um caminho com muitas estradas que vai de lugar nenhum a nada
?    Gratidão: um sentimento que se situa a meio caminho entre um benefício recebido e um benefício esperado.
?    Hábito: as algemas do homem livre
?    Inimigo: uma pessoa que é instigada pela sua natureza maléfica a negar os nossos méritos ou a exibir méritos superiores aos nossos
?    Louco: afetado por um alto grau de independência intelectual.
?    Mortalidade: a parte da imortalidade que já conhecemos
?    Ofício: o que um tolo arranja para substituir a inteligência
?    Oportunidade: uma ocasião favorável para agarrar uma desilusão.
?    Paixão: qualidade distintiva do amor inexperiente.
?    Realização: a morte do esforço e o nascimento do tédio.
?    Religião: uma filha da esperança e do medo, que explica à ignorância a natureza do desconhecido.
?    Santo é um pecador morto, revisto e corrigido.
?    Sozinho: em má companhia.
?    Tempo: o clima do momento. Um tópico de conversa permanente entre pessoas a quem isso não interessa, mas que herdaram essa tendência de antepassados que andavam nus e para os quais o assunto era de extrema importância.

Michel Jaques -  michel.jaques@yahoo.com.br