Senhor editor - Jornal Cruzeiro do Vale

Senhor editor

07/04/2009 08:43

Parabéns

Gostaria de parabenizar a equipe do Jornal Cruzeiro do Vale por criar o mecanismo de comentários em suas matérias publicadas no site do jornal. Acredito que vocês estão acertando na mosca. Gosto de comentar quando o assunto é de interesse público, além disso, é um termômetro para quem elabora a notícia, se ninguém comentar é sinal que não houve interesse. Assim teremos a oportunidade de opinar.

Odir Barni | Gaspar

 Escola

Gostaria de parabenizar os educadores desta escola Pedro Teixeira de Melo, do Alto Baú, que deram de tudo para reabri-la. Ao secretário de Educação, Marcelo, e ao prefeito Ademar pelo seu esforço. À diretora Eliane, desejo que ela possa realizar os trabalhos com sucesso.

Kátia Aparecida Bauler | Ilhota

 

 

Audiência

Esperava mais do impressionante aparato estatal presente naquela Audiência Pública realizada na Câmara de Vereadores na semana passada. O secretário de segurança não veio, mandou seu imediato e um bom contingente de assessores. Esperávamos que ele pessoalmente nos dissesse que fim levou o projeto da nova delegacia, que o mesmo levou daqui em março de 2006 e do porque que de lá pra cá não tivemos aumento de efetivo. Ou por que não tivemos a reivindicação atendida relativo a transformar o Pelotão de hoje em Companhia de Polícia. Será porque isto implica em aumento de efetivo? Então, de certo só tivemos novas promessas, as mesmas, podemos dizer, que foram feitas em março de 2006. Isto por si só explica a revolta das entidades e pessoas presentes naquela Audiência Pública. Fica difícil cobrar participação maciça das pessoas nestas reuniões com toda essa frustração.

Esperava mais também deste jornal, sempre tão incisivo nas cobranças ao Poder Público, mas que nesta Audiência Pública limitou-se a comentar os fatos, penso que por sua importância na comunidade gasparense poderia ter feito coro com a ACIG, CDL, Câmara de Vereadores e comunidade em geral no sentido de que o estado deixe de nos enganar com promessas, simplesmente promessas.

Antônio Dalsóquio | Gaspar

 

Código Ambiental

Lendo a matéria da última edição do Jornal Cruzeiro, intitulada "Novo código ambiental beneficia agricultores", pareceu-me mais uma manifestação de desconhecimento da Lei nº 4.771 de 15 de setembro de 1995, que institui o novo Código Florestal Brasileiro e mais ainda, totalmente infelizes as manifestações de apoio ao Projeto de Lei nº 238/2008, que institui o Código Ambiental de Santa Catarina.

Desconhecimento, pelo fato de que a Lei nº 4.771 é uma Lei Federal e também é bem clara no seu Art. 2º; "Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas:

a) ao longo dos rios ou qualquer curso d´água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima será: (redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.07.1989), de 30 metros para os cursos d´água de menos de 10 (dez) metros de largura.

Infelizes, pelo fato de que o estado de Santa Catarina estar totalmente degradado pela ignorância e falta desconhecimento dos nossos antepassados, sendo que as conseqüências puderam ser verificadas nas enchentes do final do ano passado e anos anteriores. Portanto, o fato de o governo do estado de Santa Catarina criar um Código Florestal Estadual com artigos que sobrepõem uma Lei Federal, por si só já é inconstitucional.

Porém, acima da inconstitucionalidade, deve imperar o conhecimento das consequência que este absurdo poderá provocar, além do bom senso em relação a preservação dos mananciais de água do estado de Santa Catarina, mananciais estes que já estão se esgotando sem que a população se dê conta. Querer preservar somente 5 (cinco) metros de matas ciliares a partir do leito do rio, é desconhecerem, que se considerarmos a altura dos barrancos e os ângulos dos taludes, já será possível preencher esta distância. Desta forma não será necessária a preservação com matas ciliares que o Projeto de Lei nº 238/2008, que institui o Código Ambiental de Santa Catarina, exige.

Lembro-me quando criança, do volume de água dos ribeirões de Gaspar, principalmente o ribeirão Gaspar Grande. Se for verificado atualmente o seu volume de água, não passa de um filete. Verifiquem também os crimes ambientais que foram cometidos durante anos ao longo das margens do Rio Itajaí Açu, maior esgoto a céu aberto do estado de Santa Catarina. Nunca houve uma preocupação na preservação ambiental por parte da população que habitou ou habita as margens deste que é um dos mais famosos e importantes rios do estado. Em nome da ocupação pela população e da solução do escoamento rápido das águas durante as enchentes, cometeram-se crimes ambientais nunca recuperados. Além da não existêmcia de mata ciliar, tentou-se aprofundar o leito do rio, sabendo os técnicos, que apenas estavam dando uma satisfação para as cobranças da população do Vale do Itajaí. Sabiam também, que tecnicamente poderiam aprofundar mil metros o seu leito, que absolutamente nada iria acontecer, há não ser desbarrancamentos das margens. Esta técnica de aprofundamento, somente é viável quando a saída da água não encontra obstáculos e no caso do Rio Itajaí Açu, existe um obstáculo natural, que é o mar.

Como o desnível do rio Itajaí Açú, desde Blumenau, até a seu escoamento no mar, em Itajaí, é de apenas sete metros e o mar forma um obstáculo natural, uma barreira, podem aprofundar o rio o quanto quiserem, pois não resolverão em hipótese alguma o problema do escoamento rápido da água. (Volume = Superfície x velocidade). Como o mar é um obstáculo, a tendência da água na medida que o nível do rio sobe, é espraiasse assim que atinge o nível das margens. Neste caso a solução está em se construir novos vertedouros, desde Blumenau, para escoar a água do rio Itajaí para o mar. Sugiro que a população do meu estado de Santa Catarina, aprofunde mais esta discussão sobre Projeto de Lei nº 238/2008, que institui o Código Ambiental de Santa Catarina e não se esqueça tão rápido das tragédias de 1983, 1984 e 2007, apesar de termos uma memória muito curta do nosso passado.

Talvez uma das soluções, seja uma compensação financeira aos moradoes das margens dos mananciais de águas (ribeirões, rios, cachoeiras, lagos, lagoas, nascentes) por parte do governo estadual, para que seja preservada esta que é a mais importante fonte de sobrevivência da humanidade. Será que ainda existe a necessidade de milhares de pessoas perderem os seus bens materiais e centenas de pessoas perderem as suas vidas para que a população acorde deste sono ecológico?

Luis Carlos Deschamps | Engenheiro Agronomo

Londrina | Paraná

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