Por Augusto Diegoli - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Augusto Diegoli

02/10/2015

Haja imposto
Quem quiser entender a fria em que o Brasil se meteu deve dar uma olhada no buraco do caixa do governo. Somados, Presidência da república, ministérios, Estados e prefeituras consomem R$ 4 de cada R$ 10 que o país todo gasta num ano. É muita coisa. Não é à toa que os impostos, as tarifas e os pedágios subiram tanto nos últimos tempos. O problema é que, mesmo assim, o dinheiro arrecadado não basta para pagar todas as contas públicas. Está cada vez mais difícil carregar esse peso. Sobra menos dinheiro para contratar gente, para pagar salário, para comprar comida. Por isso, aumentam o desemprego e a pobreza. É a tal da recessão.


Sociedade individual do advogado
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade parecer pela aprovação de um projeto de lei que cria a chamada sociedade individual, que permitirá a formalização de milhares de advogados brasileiros, gerando renda e desenvolvimento. A sociedade poderá ser adotada por aqueles que exercem individualmente a advocacia, possibilitando acesso aos benefícios decorrentes da formalização. Trata-se de uma importante conquista para o profissional que atua sozinho aderir ao Simples Nacional, usufruindo de alíquotas mais favoráveis, além do pagamento unificado dos impostos federais, estaduais e municipais, facilitando e descomplicando a gestão de pequenos escritórios.


Aperto no bolso
Em agosto, o número de consumidores entre 65 e 94 anos com dívidas em atraso aumentou 8,56%, enquanto a média nacional foi de 4,86%, segundo pesquisa do SPC Brasil. Os dados mostram ainda que a estimativa é de 4,3 milhões de idosos inadimplentes atualmente no país.


Feito em Santa Catarina
Nos últimos 10 anos, Santa Catarina manteve a média de 17,2% do PIB nacional da indústria têxtil, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). Segundo a mesma entidade, em 2005 o faturamento gerado foi de US$ 4,8 bilhões. Já em 2014, foram US$ 9 bilhões. Embora os números não sejam progressivos – houve, nesses 10 anos, altos e baixos considerando o contexto econômico nacional e global – eles muito nos orgulham. Especialmente porque, há uma década, Santa Catarina era apenas um Estado com um grande volume de produção, começando a perder espaço para os asiáticos que traziam ao Brasil peças a um preço absolutamente competitivo. Os nossos diferenciais em qualidade não seriam suficientes para competir com o custo de se produzir no Brasil. Embora essa competitividade ainda seja grande, hoje colhemos bons resultados. Não foi o cenário que mudou. Fomos nós.


Alternativa econômica
Mais de 40 mil pessoas fazem parte de cooperativas de crédito em Brusque. O número, expressivo para uma cidade de 122 mil habitantes, mostra o bom momento vivido pelo cooperativismo financeiro. De acordo com dados do Banco Central, no primeiro semestre de 2015, o volume de ativos (soma dos bens) do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo cresceu 10%, atingindo R$ 221 bilhões, em relação a dezembro de 2014. Enquanto isto, o Sistema Financeiro Nacional (bancos convencionais) teve aumento de 4%. Em Brusque, operam três das maiores cooperativas do Estado: a Viacredi, pertencente ao sistema Cecred, a Blucredi, do sistema Sicoob e o Sicredi. Os responsáveis pelas três instituições financeiras projetam forte crescimento para o restante do ano na região.


Imposto de Renda
No mês de janeiro, entram em vigor as novas alíquotas do Imposto de Renda para venda de bens por pessoa física. Serão três novas faixas (20%, 25% ou 30%). As pessoas físicas que tenham em andamento negociações de bens e direitos que representam ganho acima de R$ 1 milhão precisam analisar os possíveis impactos tributários do imposto. Ganhos até R$ 1 milhão pagam 15% de IR.


Potencial de consumo
Em Santa Catarina, não é novidade que o crescimento da economia seja maior fora da Capital, já que Joinville é a cidade mais populosa do Estado e Itajaí a dona do maior PIB. Essa descentralização promete alcançar patamares ainda maiores, em especial quando o foco é aumento no consumo, motor da economia nacional nos últimos anos, mas que começa a falhar desde o ano passado. Foi identificado uma tendência chamada bolsão de consumo, uma espécie de cinturão que se forma ao redor das regiões metropolitanas das capitais estaduais, a uma distância de 50 a 250 quilômetros de distância, uma zona com potencial de crescer mais rápido no período de 2014 a 2024. Ali, o consumo deve aumentar em média 7% anualmente nos próximos 10 anos. Santa Catarina tem um conjunto de cidades com alto potencial de crescimento, mesmo num cenário econômico adverso.


Desemprego
A proposta do ajuste fiscal do governo federal cortando os recursos transferidos ao Senai e Sesi, provocará o fechamento de mais de 40 mil vagas de cursos profissionais e de educação física só em Santa Catarina. Mais de 50 unidades das duas instituições terão que fechar as portas, tendo que demitir mais de 3,3 mil funcionários. A informação veio da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc).

 

Edição 1718

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