A Iguatemi está de volta - Jornal Cruzeiro do Vale

A Iguatemi está de volta

06/12/2018

A Iguatemi está de volta I
Há um ditado popular que diz: um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Mito. Caem múltiplas vezes no mesmo lugar. E quando se trata de coisas da gestão pública, nem a ciência possui a capacidade para explicar as coincidências sem quaisquer disfarces. Aposta-se na falta de memória do povo. Em novembro do ano passado, o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, Carlos Roberto Pereira, MDB e do secretário de Planejamento Territorial, o experimentado engenheiro Alexandre Gevaerd, PT, anunciaram a implantação de uma transformação total no trânsito de Gaspar entre o Natal e o Ano Novo como paliativo ao “bichado” Anel de Contorno do governo de Raimundo Colombo, PSD. Uma chiadeira geral do povo à proposta de Kleber. Recuou-se não só pela chiadeira e a má comunicação, mas porque não se tinha planos concretos; algumas mudanças exigiam até modificações na legislação e os resultados eram duvidosos. Passou-se um ano, nada dessas obras e só muito recentemente parte do Plano Diretor que já deveria ter sido revisado, foi emendando na Câmara para dar legalidade ao que se quer implantar em Gaspar. Só isso dá a dimensão do improviso que se queria então.


A Iguatemi está de volta II
Agora Kleber nesta nova véspera de Natal, partindo para o fim do mandato e tentando criar finalmente uma marca de governo com alguma obra relevante para livrar a cidade do óbvio e antigo gargalo de mobilidade interna e de passagem, posou com o papelinho entre notáveis. Ele anunciou o vencedor da Tomada de Preços 04/2018, com pompa e circunstância: a empresa especializada na prestação de serviços técnicos de elaboração e consultoria de projetos de engenharia para obras de implantação e pavimentação do Anel de Contorno Viário Urbano de Gaspar. Adivinhem quem levou? A Iguatemi Engenharia. E para ela, se não houver aditivos, os gasparenses vão pagar R$544.587,58. Ela venceu a Sotepa, que nem apareceu na abertura dos envelopes; ela pediu pelo mesmo serviço R$633.056.85. No certame foram desqualificados tecnicamente e por isso nem apresentaram preços, a Azimut, Consest e a Hass. Estas duas últimas recorreram e perderam. Kleber terá mais um projeto na mão não se sabe bem quando. Se tiver tempo, dinheiro e conseguir executá-lo, Kleber terá feito um grande avanço para a cidade e os cidadãos. Como a capacidade de execução demostrada até aqui é pífia e a culpa disso, segundo ele, é da burocracia, Kleber precisa acertar os ponteiros então com essa tal da burocracia o mais rapidamente possível.

A Iguatemi está de volta III
A Iguatemi Engenharia na verdade vai refazer um trabalho que ela mesma já fez há exatos seis anos para o governo Colombo. E por aquele projeto, já cobrou dos pesados impostos de todos os catarinenses R$2.020.747,00. E veja a coincidência, na época a Iguatemi venceu a mesma Sotepa que a derrotou aqui desta vez. Naquela licitação a Sotepa pediu R$2.036.098,00 e por módicos R$16 mil a perdeu. A Iguatemi é uma especialista em fazer projetos que não se executam. Este do Contorno e que foi descartado, ela empombou tanto – e muitos acreditam que isso foi proposital – que ele se tornou inviável: um Contorno que era para ser incialmente de 15 quilômetros superou os 22, com pista duplicada etc e tal. Foi orçado em R$250 milhões quando anunciado pelo próprio governador em abril de 2013 na posse dos dirigentes da Associação Comercial e Industrial de Blumenau. Logo os custos subiram para R$500 milhões; tudo foi para a gaveta. Quem tiver dúvida, por favor, consulte o processo licitatório CC 97/2011 e que terminou em 2013. Na época o vice do Deinfra era o Paulo França, MDB, hoje ele é o titular da pasta.


A Iguatemi está de volta IV
As coincidências não param aí. Quem é a autora da revisão do Plano Diretor de Gaspar e que trava toda a cidade – inclusive as modificações previstas no plano de mobilidade - por ter sido ele feito sem discussão ampla com a sociedade como manda o Estatuto das Cidades? A Iguatemi. Ela ganhou a licitação no governo de Pedro Celso Zuchi, PT. E por algo que não se aplicou até agora, os gasparenses pagaram outro R$ 1 milhão. Espera-se que o raio Iguatemi que já caiu aqui em projetos não executados, neste ao menos, ele produza seus efeitos esperados. Pois é dele que dependerá em grande parte o reconhecimento do prefeito Kleber como político e gestor em 2020. O passado de todos não é bom. O presente também. Aliás, os então vereadores Kleber e Raul Schiller, o hoje superintendente do Distrito de Belchior, bem como o então presidente do MDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, em campanha que perderam naquele ano de 2012, foram em janeiro à Rádio Sentinela do Vale, falar sobre o tal edital do Anel de Contorno ao comunicador Júlio Carlos Schramm, e louvar Paulo França que estaria trabalhando pela ideia no governo do estado desde 2007. Ulala. Ou seja, 11 anos e nada até agora. E na balaia, sempre os mesmos. Perceberam? Resolução? Zero! Acorda, Gaspar!


TRAPICHE

Afinal, qual é o nome desse contorno? Anel Viário de Contorno de Gaspar, Ligação Interbairros, Anel de Contorno Sul, Anel de Contorno Urbano. Cada administração coloca o seu nome para algo parecido. Todos sem criatividade!

A mesma coisa na paternidade. A ideia desse Contorno ligando os bairros Bela Vista, Águas Negras e Coloninha, não com as dimensões que se projetam hoje, pois a cidade e seu entorno era outros, foi do ex-prefeito que não terminou o mandato e já falecido, Bernardo Leonardo Spengler, MDB (1997/99). Esqueceram?

Depois veio Adilson Luiz Schmitt, MDB, PSB e PPS, que incluiu além do Anel de Contorno uma outra opção chamada de interbairros entre a Figueira e o Santa Terezinha. Nada saiu do papel.

Pedro Celso Zuchi, PT, não se interessou pelo assunto. Focou na ponte do Vale, um grande avanço pois estávamos dependentes da doente e única velha ponte Hercílio Deecke no caótico Centro da cidade. Assistiu de camarote o desastroso governo Colombo manobrar para criar uma obra faraônica e assim ter a desculpa para não executá-la.

Outra controvérsia está na extensão. O primeiro plano exibido por Adilson tinha 15 quilômetros. O primeiro projeto daIguatemi, tinha 22 e Kleber, promete ter 17.

Sem crédito na própria rede social, que mal-usa, o prefeito Kleber resolveu se associar a outros notórios sem créditos. Quem mesmo orienta essa gente na comunicação oficial e oficiosa? Acorda, Gaspar!

Comentários

Herculano
09/12/2018 18:34
'VAMOS PRESERVAR O AMBIENTE SEM IDEOLOGIA', DIZ FUTURO MINISTRO DE BOLSONARO

Ricardo Salles, ex-secretário de Alckmin, foi anunciado para chefiar a área ambiental

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Thais Bilenky e Talita Fernandes, da sucursal de Brasília. O futuro ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles afirmou à Folha que pretende "ajudar o Brasil a se desenvolver. "Vamos preservar o meio ambiente sem ideologia e com muita razoabilidade".

"Respeitaremos todos aqueles que trabalham e produzem no Brasil, não só na agropecuária, mas todos os setores produtivos, inclusive na infraestrutura", disse.

Com o anúncio, feito neste domingo (9) pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro conclui suas nomeações, fechando seu governo com 22 ministérios, sete a mais do que o previsto durante a campanha.

Salles é advogado e ex-secretário de Meio Ambiente do governo de São Paulo na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB). Concorreu ao cargo de deputado federal pelo Partido Novo nas eleições deste ano, mas não se elegeu. Ele é um dos criadores do movimento Endireita Brasil.

Quando era secretário do governo do tucano, ele e mais duas funcionárias da sua equipe foram alvos de uma ação de improbidade administrativa por suspeita de esconder alterações em mapas do zoneamento ambiental do rio Tietê, na Grande São Paulo.

Questionado sobre sua relação com ambientalistas, Salles afirmou que "todos serão respeitados e ouvidos".

Durante a campanha para deputado, Salles gerou controvérsia com uma publicação em rede social na qual associava uma imagem de munição de fuzil às seguintes bandeiras: "contra a esquerda e o MST", "contra a bandidagem no campo", "contra o roubo de trator, gado, insumos..." e "contra a praga do javali".

O Ministério do Meio Ambiente foi alvo de polêmicas desde a campanha de Bolsonaro. Quando ainda era candidato, ele prometeu unificar a pasta à Agricultura, mas acabou desistindo após sofrer pressão de ambientalistas e de ruralistas.

A escolha para o ministério ocorre no rescaldo da repercussão negativa gerada pela desistência do governo brasileiro de sediar a Cúpula do Clima, Cop-25, em 2019.

Embora o Ministério das Relações Exteriores tenha justificado a mudança por ausência de Orçamento, no exterior, a medida foi vista como uma ação do governo Bolsonaro, que critica a ação de organizações internacionais em relação a assuntos do clima.

Salles foi denunciado por improbidade administrativa no ano passado. Ele e mais duas funcionárias da sua equipe são suspeitos de esconder alterações em mapas do zoneamento ambiental do rio Tietê, na Grande São Paulo.

Em todos os seis mapas, "modificados de forma maliciosa", segundo o promotor Silvio Antônio Marques, a proteção ao rio mais importante da Grande SP ficou mais frouxa. Eram áreas que estavam identificadas como de proteção ambiental, que poderiam impedir enchentes, por exemplo, mas, agora, ficaram livres para serem usadas por indústrias e mineradoras.

Em um dos pontos identificados pela equipe técnica que assessora o promotor Leandro Leme, a alteração ocorreu exatamente em uma área vizinha a uma grande indústria do município de Suzano. "Áreas de proteção, agora, poderão virar industriais", disse o promotor Leme.

A equipe da Promotoria identificou as mudanças, que não foram registradas nos mapas, e nem discutidas, na véspera da reunião do Consema, realizada no dia 31 de janeiro.

Os mapas originais, discutidos e conhecidos da comunidade ambiental, foram feitos em 2013 por cientistas da Universidade de São Paulo.

A atuação de Salles durante o tempo em que esteve à frente da secretaria de Meio Ambiente do governo paulista preocupa a ONG Observatório do Clima (OC) - que engloba mais de 30 organizações ambientais -, que chama o nomeado de ruralista.

Segundo a organização, Salles promoveu um desmonte da governança ambiental do estado de São Paulo. "Ao nomeá-lo, Bolsonaro faz exatamente o que prometeu na campanha e o que planejou desde o início: subordinar o Ministério do Meio Ambiente ao Ministério da Agricultura", diz a OC em nota. "O ruralismo ideológico, assim, compromete o agronegócio moderno ?" que vai pagar o preço quando mercados se fecharem para nossas commodities."

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), membro da Frente Parlamentar Ambientalista, diz à Folha que a nomeação é inapropriada e que os prenúncios para a pasta não são bons.

"É colocar alguém ligado ao lobby, aos interesses de mineradoras, envolvido em crime ambiental, para dirigir o ministério", afirma o senador. "[É preocupante] Pensando em desenvolvimento sustentável, pensando no meio ambiente cumprindo seu papel. É lógico que quem vai sofrer com isso é o meio ambiente."

A ONG Greenpeace, em nota, associa Salles a ruralistas e diz que a sua nomeação indica que o ministério do Meio Ambiente sofrerá redução e estará subordinada ao ministério da Agricultura.

Também em nota, a WWF-Brasil fala sobre a importância da questão do desmatamento dentro da pasta do Meio Ambiente no país. A organização diz que o MMA deve continuar a balancear a questão ambiental frente aos outros setores do governo.

Atualmente à frente da pasta do Meio Ambiente, Edson Duarte cumprimentou, em nota, o futuro ministro e disse que Salles assumirá "o enorme desafio de promover o desenvolvimento sustentável e a proteção do maior patrimônio natural do Planeta".

?DESMATAMENTO
O secretário assumirá em um momento de alta no desmatamento na Amazônia, que voltou a crescer entre 2017 e 2018, e atingiu o maior patamar da última década, com 7.900 km² de floresta derrubados. O número representa um crescimento de 13,7% em relação ao período anterior (2016-2017).

Os dados foram divulgados em novembro pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). As informações são relativas ao Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), sob responsabilidade do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Na avaliação do MMA, o aumento no desmatamento tem quatro motivos principais: sinais de mudança nos ventos políticos, câmbio favorável ao agronegócio, o que estimula a abertura de novas áreas, um período de seca mais agudo do que a média e, em decorrência disso, um grande aumento no número de queimadas.

Nas áreas desmatadas, o período pré-eleitoral foi marcado por um forte apoio ao então presidenciável Jair Bolsonaro, um feroz crítico das políticas ambientais e da atuação do Ibama, principal órgão responsável pelo combate ao desmatamento.

Durante o período eleitoral de 2018, de agosto a outubro, houve uma explosão no desmatamento amazônico, que cresceu 48,8% em relação ao mesmo espaço de tempo do ano anterior. O monitoramento em questão, porém, é relacionado ao Deter B, outro projeto do Inpe que acompanha o desmatamento quase em tempo real, mas possui menor resolução que o Prodes. De toda forma, os dois sistemas apresentam grande convergência de informações.
Herculano
09/12/2018 11:03
O QUE SE DESNUDA NO CASO DOS BOLSONAROS?

Uma prática sacana entre os políticos para irrigar esquemas ou enriquecer políticos.

É uma ação tida como normal e já denunciada várias vezes no Congresso - Senado e Câmara -, nas Assembleias e nas Câmaras municipais. Em alguns casos até já deu punição, mas a corporação sem ética, encobre tudo, fortalece os mecanismos de transparência e investigação, e ao mesmo tempo, zombam dos Ministério Público e Judiciário, punindo quem denuncia, fornece provas contra os políticos envolvidos em esquemas poderosos e bandidos.

Como nasce e se alimenta esse esquema viciado que se prometeu extinguir, mas parece que está encalacrado até em quem se dizia limpo de tal vileza. Aliás, a moça do açaí - funcionária fantasma da Câmara Federal e que cuidava da casa de praia distante do Rio de Janeiro - foi um aviso antecipado de que isso era parte dos negócios dos Bolsonaros.

Primeiro inventam um monte de cargos efetivos e principalmente comissionados nos caros parlamentos e que em tese seria a Casa da Voz Povo.

Depois penduram nesses cargos cabos eleitorais, gente sem capacidade e competência, fantasmas e deles, titulares escolhido a dedo pelo capo ou a máfia - via gente de confiança e neste caso era um motorista de origem da polícia militar do Rio de Janeiro -, coletam parte dos vencimentos todos ou de uma parte, pagos com os pesados impostos dos eleitores e trouxas contribuintes brasileiros.

E ai vai para coisas particulares do parlamentar, da sua família, dos seus amigos, para alimentar esquemas de compras de votos etc.

Nem mais, nem menos. Vão inventar uma história. E nela, vão se enrolar. Como termina isso? Enfraquecimento do governo que já está batendo cabeça e não sabe a diferença entre governar e comandar.

Mas, nem tudo está perdido. Há tempo de se penitenciar e recomeçar do zero, acertando. Quem apostou contra a imprensa, pode estar desconfiado de que ela faz mais bem do que mal, mesmo com redações infestadas ideologicamente pela esquerda. Wake up, Brazil!
Miguel José Teixeira
09/12/2018 10:47
Senhores,

Na mídia:

"Abatido, Lula tem escassez de visitas em Curitiba pós-eleição"

Anime-se, titeriteiro-mor. Há um grupo de títeres, entre eles alguns defenestrados nas última eleições, planejam uma visita em breve, com recursos do erário, é claro,acompanhados do Stromboli.

(Stromboli é um antagonista secundário do filme Pinóquio. Aparentemente ele não era mau, ele trabalhava ganhando dinheiro em seu teatrinho de marionetes).

Portanto, curso intensivo de aprimoramento de manipulação de títeres.
Herculano
09/12/2018 10:39
da série: simples de entender, mas os políticos novos se tornam velhos num piscar de olhos.

s novos donos do poder foram eleitos - num espetáculo surpreendente - prometendo transparência, mudanças profundas nos procedimentos contra os criminosos que roubam os pesados impostos de todos nós, se dizendo limpos.

Agora querem indulgências do eleitor e da imprensa porque seus crimes ou ocultações são menores? Isso não vai terminar bem.

Oposição, instituições e a imprensa têm papeis distintos e relevantes na fiscalização e cumprimento dessas promessas e desses políticos que se apresentaram como ilibados. E por falharem a oposição - as vezes comprada em outras incompetente mesmo -, as instituições e a imprensa - dominada ideologicamente na raiz da formação e na história das redações -, o PT e a esquerda do atraso fez do crime uma normalidade contra os cidadãos, criminalizou a lei, e corrompeu o sistema de contrapeso, num escárnio sem fim.

Não se está trocando um sistema pelo outro. ao contrário, está se querendo banir um sistema poder para se tentar o respeito ao dinheiro de todos, às leis e ao direito de fiscalizar e punir os que contrariam as normas gerais em vigor e que nos tornam iguais entre si.

NÃO VAI TER TRÉGUA, ONYX. O MECANISMO SEGUE OPERANDO, por Helena Chagas, de Os Divergentes.

Nunca antes na história deste país um presidente eleito conseguiu tanta mídia negativa antes de tomar posse quanto Jair Bolsonaro esta semana. Dos grandes jornais à TV Globo, sem falar nos portais e redes sociais, o caso Coaf tomou conta do noticiário a partir do vazamento do relatório sobre a movimentação bancária suspeita do ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj, Fabricio Queiroz.

Mostrando pouco traquejo, e até falta de equilíbrio emocional para lidar com a crise - o futuro ministro Onyx Lorenzoni abandonou uma entrevista botando o dedo na cara dos jornalistas - Bolsonaro e seus assessores podem até tentar culpar a grande mídia e acusar os jornalistas de perseguição, mas não terão como sustentar esse argumento por muito tempo.

A descoberta vem da investigação filhote da Lava Jato que prendeu dez deputados estaduais do Rio por esquemas de propina e outros crimes na Alerj. Foi lá que o Coaf descobriu a movimentação de R$ 1,2 milhão na conta do assessor, na qual sete outros assessores do senador eleito fizeram depósitos e da qual teriam saído cheques para a futura primeira dama Michelle Bolsonaro.

Sem entrar no mérito da denúncia em si, que poderá ou não ser explicada satisfatoriamente pelos Bolsonaro, há uma constatação inevitável em sua divulgação: o mecanismo, que se não foi inventado em Curitiba foi lá consolidado como modelo de gestão de investigações pela Lava Jato, continua funcionando a todo o vapor. E não há o menor sinal de que vai parar depois da eleição de Bolsonaro.

Esse mecanismo tem como pilar importante a divulgação, ou o vazamento, de informações, relatórios (como esse do Coaf), trechos de depoimentos de delatores quase sempre comprometedores para os políticos que estão no alvo - que, culpados ou inocentes, ficam sabendo pela mídia. E o roteiro sempre segue a partir daí: noticiário, abertura de inquérito, denúncia e, claro, a desmoralização da política.

Esse foi, aliás, um dos componentes importantes da eleição de Bolsonaro: o voto antipolítica e anticorrupção. Mas o mecanismo continua vivo e, mais cedo do que se imaginava, volta-se contra ele e os seus.

Ao nomear o juiz Sérgio Moro para comandar a Justiça, com superpoderes para combater a corrupção, o presidente eleito apertou ainda mais a armadilha na qual agora se encontra

Não pode questionar as investigações e nem seus comandantes, não poderá sequer pedir algum alívio à Polícia Federal, ao Coaf ou a quem quer que seja.

O futuro ministro Onyx, ele mesmo alvo numa acusação de caixa 2, ficou nervoso e chegou a pedir trégua à imprensa. Não vai haver trégua, Onyx. Sempre haverá um agente público disposto a vazar uma informação que comprometa alguém, e sempre haverá um jornalista pronto a publicá-la antes da concorrência. E o público acostumado a esse cardápio pedindo sempre mais. Apertem os cintos.
Miguel José Teixeira
09/12/2018 10:23
Senhores,

Da Coluna do CH, replicada abaixo, pincei:

"Pensando bem?

? depois de mensalão, petrolão e 57 fases da Lava Jato, vale lembrar: o Coaf não foi inaugurado ontem."

Mas que estava "deitado em berço esplêndido", estava, sim!

Digamos. . .inebriado pela canção do Chico:

"Dormia a nossa pátria mãe, tão distraída, sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações".
Herculano
09/12/2018 10:19
O MINISTÉRIO PÚBLICO E A IMPRENSA, por Frederico Vasconcelos, no jornal Folha de S. Paulo

"Ministério Público e Imprensa: Relação Simbiótica ou Incestuosa?" Esse foi um dos temas de discussão (Hard Talk) durante o 6º Congresso Nacional do Movimento do Ministério Público Democrático (MPD), realizado nos dias 26 e 27 de novembro, em São Paulo.

Participaram do debate o promotor de Justiça Roberto Livianu, diretor de Comunicação e Relações Institucionais do MPD, e o advogado e professor da USP Pierpaolo Bottini.

O jornalista Frederico Vasconcelos, repórter especial da Folha e editor deste Blog, foi o mediador.

"O promotor moderno tem que se relacionar com a sociedade, dialogar, cumprir o seu papel. Prestar contas é seu dever. Só que essa prestação de contas tem que ser feita de forma cuidadosa, para que ele não seja o responsável pelo assassinato de reputações", disse Livianu.

Ele condenou exageros e a espetacularização, mas defendeu que o promotor interaja com a mídia para que a informação chegue até a sociedade.

Livianu citou o Ato 01/70, que proibia membros do MP de conceder entrevista sem autorização do procurador-geral de Justiça. Essa norma vigorou de 1970 a 1977, durante quatro mandatos de PGJs após a Constituição Federal de 1988. Foi revogado pelo procurador-geral Luiz Antonio Marrey.

Para o advogado Pierpaolo Bottini, atualmente os grandes processos judiciais no Brasil envolvem uma disputa jurídica, técnica, e também uma disputa pela comunicação, o que resultou no surgimento de novos personagens que auxiliam o MP e os advogados: os assessores de comunicação e os gestores de crise.

"Como caminharemos para esse modelo de disputa pela comunicação que seja republicano, transparente, civilizado? Evidente que isso não passa por uma censura ou controle", avaliou.

O editor deste Blog criticou a ideia de simbiose entre a imprensa e o MP. "Jornalista não é parceiro do MP", disse.

A simbiose era defendida pelo procurador da República Luiz Francisco de Souza, no governo FHC. Foi fulminada pelo ex-procurador geral da República Cláudio Fonteles, em trabalho apresentado durante encontro nacional da categoria.

Na época, a simbiose funcionava assim: a imprensa recebia informações ou documentos sobre investigações ainda na fase preliminar. Publicadas as reportagens, cópias das matérias jornalísticas eram juntadas ao inquérito para reforçar o pedido de novas diligências ou quebra de sigilos.

Frederico Vasconcelos manifestou preocupação com a simbiose entre o MP, o Executivo e o Legislativo nos estados.

Em Minas Gerais, exemplificou, o governo estadual distribuiu cartilha em que o Ministério Público e o Tribunal de Contas eram identificados como "parceiros".

Mencionou o engavetamento no MP mineiro de notícias do COAF sobre suspeitas de lavagem de dinheiro por políticos. Lembrou o afastamento do promotor que investigava negócios da família de Aécio Neves (PSDB).

Citou ainda que dois ex-procuradores gerais de Justiça visitaram Andrea Neves em seu escritório, na véspera da prisão da irmã do senador.

Sobre o MP do Rio de Janeiro, mencionou a recente prisão do ex-procurador-geral de Justiça acusado de receber dinheiro do então governador Sérgio Cabral (PMDB) ?"durante a campanha para disputar o cargo, e uma mesada, depois de assumir a chefia da promotoria.

"A imprensa demorou para cobrir o Judiciário como instituição, mas ainda não faz o mesmo em relação ao Ministério Público", avaliou o mediador.

Algumas perguntas da plateia questionaram a alegada parcialidade da imprensa e a atuação do MP paulista, considerada insuficiente quando as vítimas são negros ou moradores da periferia.
Herculano
09/12/2018 10:07
MEIO AMBIENTE: SOBRAM CANDIDATOS, FALTA VONTADE, por Claudio Humberto, na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

A demora do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para definir o futuro ministro decorre da sua própria dificuldade de aceitar a permanência do Ministério do Meio Ambiente. Acha-o desnecessário, exceto como forma de evitar pretexto de campanhas no exterior promovidas pelos rivais contra o agronegócio do Brasil. Nomes não faltam, como é o caso da tenente Sílvia Waiãpi, que ainda tem o charme da origem indígena.

CONTRA O APOCALIPSE
Também é um dos nomes mais fortes Ricardo Salles, professor da USP que contesta os profetas do apocalipse do "aquecimento global".

OUTROS NA LARGADA
Evaristo Miranda, Samanta Pineda, Alexandre Saraiva, Antonio Pedro, Aldo De Cresci Neto e Ricardo Felício também são considerados.

BATENDO CONTINÊNCIA
Foi sondado para ministro o advogado ambientalista Rômulo Sampaio. Currículo, tem: é doutor em Meio Ambiente pela universidade de Yale.

GRAZIANO NA PARADA
Outro citado para o cargo é um ex-tucano, Xico Graziano, que tem longa atuação ambientalista e escreve regularmente sobre o tema.

APEX OSCILA DA PROMOÇÃO À EXPORTAÇÃO A CABIDE
Uma das maiores "caixas pretas" ligadas ao governo, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex) tem só 348 funcionários espalhados pelo Brasil e em outros oito países, de quatro continentes. Mas o gasto com a folha de pagamentos de 2018 será de pelo menos R$114 milhões. Bela média salarial de R$25,1 mil/mês para cada funcionário, para um órgão que registra resultados modestos. A Apex ignorou os pedidos de esclarecimentos de seus gastos milionários.

TETO VOCÊ PAGA
O maior salário da Apex é do seu presidente, embaixador Roberto Jaguaribe. Ele embolsa R$50,5 mil mensais (R$657 mil por ano).

VIDA BOA VOCÊ PAGA
O tempo passa e a Apex não demite um tal Hipolito Gaspar, chefe da Apex em Cuba, indicado por Lula para ganhar R$37 mil por mês.

CONEXÃO INTERNACIONAL
Há anos chefiando a Apex Brasil em Cuba, Hipolito é acusado de haver "facilitado" negócios de Taiguara Rodrigues, sobrinho enrolado de Lula.

SEGUE O LÍDER
O vice-presidente general Hamilton Mourão tem conta no Twitter, mas segue apenas um perfil, apesar dos seus mais de 123 mil seguidores: o presidente eleito Jair Bolsonaro. Vice só tem um chefe.

A REGRA É CLARA
Em entrevista, o presidiário Lula disse que Jair Bolsonaro só venceu "porque não concorreu comigo". O presidente matou a pau: "Só não concorri com Lula porque ele está preso, condenado por corrupção".

QUEM CUIDA DE ÍNDIO
O futuro governo amarelou, sem subordinar a Funai ao Comando do Exército. Quem já visitou reservas nos confins da Amazônia sabe que é o Exército, e não padre, ONG ou Funasa, que cuida dos nossos índios.

TURISMO EM FOCO
O programa do SBT "Poder em Foco", da jornalista Débora Bergamasco, entrevista neste domingo o ministro do Turismo e futuro secretário de Turismo de São Paulo, Vinicius Lummertz.

SALÁRIO MÍNIMO 2019
O salário mínimo é de R$954. Segundo a lei, em 1º de janeiro de 2019 haverá reajuste correspondente à variação da inflação de 2018 e um aumento real medido pela variação do PIB. Vai a cerca de R$1 mil.

HOMENAGENS
O ministro Dias Toffoli, presidente do STF, foi homenageado nesta sexta pelo Tribunal de Justiça de Alagoas. O governador Renan Filho, que é economista, também foi homenageado por sua contribuição ao "desenvolvimento das ciências jurídicas e aprimoramento da Justiça".

HISTóRIA NÃO SE REPETE
Filho do ex-presidente deposto Jango, João Goulart Filho (PPL) perdeu a eleição para presidente com 0,03% (teve só 30 mil votos) e esta semana fundiu o seu PPL ao PCdoB, para evitar a própria extinção.

9 MIL SERVIDORES PARA QUÊ?
Na sexta-feira (7), a apenas duas semanas do recesso de fim de ano, a Câmara dos Deputados teve apenas um evento: comemoração dos dez anos da Lei de Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social.

PENSANDO BEM...
... depois de mensalão, petrolão e 57 fases da Lava Jato, vale lembrar: o Coaf não foi inaugurado ontem.
Roberto Basei
09/12/2018 10:01
UMA ANALOGIA

Uma empresa de construção civil, onde constrói casas, ou ruas, algo do ramo, já imaginou se o Engenheiro inventa e junto com seu Diretor da empresa ir fazer massa para reboco no intenção de ajudar o Pedreiro.
Muitos irão irão dizer ou tentar justificar como digno. ETC.....
No entanto esquecerão e os projetos e as concorrências e os negócios e as contas.

QUEM NÃO CUIDA DE UM PRAÇA, PODE CUIDAR DA CIDADE?

Logo que o Kleber Edson Wan Dall, MDB, assumiu, sem qualquer planejamento, prioridade e razão de continuidade - a principal do gesto para se tornar uma marca -, começou a plantar flores pela cidade.

O PREFEITO tem a caneta o dinheiro e u ma equipe para pensar e nem assim está saindo.
Herculano
09/12/2018 10:00
MORO CONTRA O CRIME, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Futuro ministro mobiliza meios em que o governo pode ser eficaz contra os cartéis da delinquência

Combater o crime organizado, associado ao tráfico de drogas, tornou-se um dos pontos de foco anunciados pelo futuro ministro da Justiça, Sergio Moro. Os meios escolhidos pelo ex-juiz para a empreitada reconhecem tanto as limitações quanto as vantagens do governo federal nessa área.

A segurança pública, como se sabe, é atribuição constitucional sobretudo dos estados, aos quais estão subordinados os maiores contingentes policiais. À União competem tarefas complementares, como a de atuar em crimes transfronteiriços e a de coordenação.

Como o sistema de pagamentos está estruturado em nível nacional, a vigilância sobre movimentações atípicas ?"importante para a investigação das organizações criminosas mais salientes?" requer uma entidade federal eficaz.

Esta, de preferência, deve estar diretamente conectada às autoridades incumbidas do combate aos cartéis da delinquência.

A transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do ministério da Fazenda para o da Justiça atende a essa recomendação. A ênfase na cooperação e na troca de informações com governos estrangeiros segue preocupação análoga, pois atividades como o tráfico de drogas estão largamente internacionalizadas.

Alvejar as conexões entre a criminalidade organizada e o aparelho do Estado, diretriz expressa pelo futuro secretário nacional de Segurança Pública, o general da reserva Guilherme Theophilo, também integra o rol de condutas nas quais agentes federais podem produzir maior impacto que os estaduais.

Da mesma forma, a prometida melhora, por meio de inteligência e tecnologia, do controle das fronteiras, uma competência da União, elevaria os custos incorridos por traficantes e contrabandistas.

Até agora pouco se ouviu falar, entretanto, dos planos do ministro Sergio Moro para os presídios brasileiros, os grandes celeiros de violentas organizações criminosas atuantes no Brasil.

Gravar o que reclusos e seus advogados conversam, além de levantar sérias dúvidas sobre ofensas a direitos fundamentais, nem de longe será uma solução.

Há quase 700 mil presos no Brasil, segundo o Conselho Nacional de Justiça. Um quarto dos crimes imputados a essa população corresponde a tráfico de drogas. Outro quarto, a roubo. Quase 300 mil não têm condenação. São privados de liberdade por decisões provisórias.

Nesse aspecto, a ideologia punitivista do futuro governo, à qual Moro parece aderir, apenas agravará o quadro. Recusar-se à adoção de medidas de óbvia racionalidade, como desencarcerar pequenos traficantes ou indultar presos de baixa periculosidade, empurrará batalhões de novos recrutas para as fileiras do crime organizado.
Herculano
09/12/2018 08:22
EM NOME DO PAI, por Carlos Brickmann

Para boa parte do PSL, partido do presidente eleito Jair Bolsonaro, os candidatos à sua liderança na Câmara e no Senado já têm nome - e sobrenome. Para o Senado, Flávio Bolsonaro; para a Câmara, Eduardo Bolsonaro. E, se mais cargos houvera, mais Bolsonaros indicara. Mas há outra ala no partido, talvez menos numerosa, mas mais aguerrida e cheia de ambição: a de Joice Hasselmann, que teve mais de um milhão de votos para a Câmara sem ter o sobrenome Bolsonaro. O que não quer, para ela, dizer muita coisa: segundo afirma, ela é a cara política de Jair Bolsonaro, sua gêmea ideológica, sua família de alma, mesmo sem ser da família.

Joice foi direto ao alvo: disse que Eduardo Bolsonaro falha como líder do partido e que sua articulação política está abaixo da linha da miséria. E Eduardo Bolsonaro se comportou como alvo: disse que não pode nem deve ficar falando o que faz por ordem do presidente. Mas já falou que age por ordem do presidente. Tirou de Bolsonaro a melhor arma: a de poder dizer que o filho agiu por conta própria, não em nome dele. Agora já se sabe: de acordo com Eduardo, para o bem ou para o mal, ele age em nome do pai. E Joice Hasselmann, excelente polemista, saberá usar essa informação.

Em política, quem fala não sabe, quem sabe não fala. E não pega bem o pai escolher os filhos para tudo quanto é cargo de comando. Parece Sarney.

Enfim, a guerra foi declarada. O PT pode respirar: o PSL briga sozinho.

FOGO CONTRA FOGO

A propósito, "guerra" é a palavra correta. Num grupo de Whatsapp do PSL, Eduardo Bolsonaro e Joice se acusaram de rachar o partido, e Major Olímpio, senador eleito por São Paulo, entrou na briga dizendo que Joice não tem apoio de ninguém. Mas tem, sim, de algumas pessoas que jogam abertamente contra Eduardo Bolsonaro. E a briga, que começou por divergências políticas, hoje é também pessoal.

Segundo Andréa Sadi, boa repórter do Grupo Globo, políticos e militares mais próximos de Bolsonaro já pediram a ele que bote ordem no partido. Se a bancada não consegue se unir, como juntará 308 deputados para aprovar a reforma da Previdência?

É A HORA

Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, reformar a Previdência é essencial. E a reforma tem de ser feita logo, enquanto a eleição está quente.

QUEM É QUEM

E, já que falamos em parlamentares, um fato interessante: 15, de vários partidos, entre deputados e senadores, devem ao Tesouro, entre impostos e multas, o total de R$ 660,8 milhões. Devem, não negam, um dia vão pagar, mas não sem antes montar planos de refinanciamento que lhes garantam bons descontos.

O maior devedor é o senador Jader Barbalho, do MDB do Pará. Jader deve R$ 135,4 milhões. Em segundo lugar, sua ex-mulher, Elcione, também do MDB paraense, com R$ 117,8 milhões. Em terceiro, um caso à parte: Newton Cardoso Jr., do MDB mineiro. Ele foi o relator do Refis de 2017 e, usando os mecanismos do programa que relatou, teve 92% de anistia em seus débitos. Pagou R$ 972 mil ?" mas, terminando 2018, Sua Excelência já tem impostos e multas atrasados de R$ 88,3 milhões. Ele vai pagar. Mas irá ficar feliz se houver um novo plano generoso de descontos.

CHEGANDO LÁ

Amanhã, segunda-feira, é o dia da diplomação do presidente eleito Jair Bolsonaro e do vice, general Hamilton Mourão, em sessão solene no TSE, Tribunal Superior Eleitoral. Diplomados, ambos estarão aptos a tomar posse no dia 1º de janeiro e a exercer o mandato para o qual se elegeram.

DE QUEM PARA QUEM

O governador reeleito da Bahia, Rui Costa, disse que é muito ruim a situação financeira do Estado; e, há poucos dias, encaminhou à Assembleia um projeto de lei que eleva a contribuição dos servidores públicos de 12% para 14%, para enfrentar o déficit da Previdência estadual. Mas há setores em que o dinheiro existe: o Governo baiano decidir dar R$ 126.816,00 ao MST, para promover um encontro em Salvador.

A empresa Forte Frios já foi escolhida para oferecer aos "sem terra" o serviço de alimentação e bufê.

DINHEIRO GIRANDO

Por que o ex-assessor parlamentar do então deputado Flávio Bolsonaro, o PM Fabrício José Carlos de Queiroz, movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta em um ano? O caso foi levantado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, COAF, que considera a movimentação estranha para o padrão de vida de Queiroz. Nesse movimento, há um cheque de R$ 24 mil para Michele, a esposa de Jair Bolsonaro (de acordo com as explicações, ela o teria recebido como pagamento de uma dívida).

A filha de Queiroz, Nathalia, faz pouco tempo era assessora, na Câmara, do deputado federal Jair Bolsonaro. Ela e o pai foram exonerados no mesmo dia, 15 de outubro, entre o primeiro e o segundo turno da eleição.
Herculano
09/12/2018 08:12
DE MANCHINHA@AUAU PARA TODO MUNDO, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

O segurança do Carrefour acabou com minha vida de cachorro, mas vocês devem pensar mais nos bípedes

Amigos,

Estou aqui com o "Juquinha", ele era o cachorro do Sérgio Cabral, gostava da casa de Mangaratiba, mas morria de medo quando era posto no helicóptero do governo do Rio. "Juquinha" veio para cá em 2015, antes que seu poderoso dono fosse para a cadeia.

Eu era um cachorro de rua, vivia em Osasco e comia o que me davam num supermercado Carrefour. Um bípede me atacou com uma barra e acabei morrendo quando me levaram para uma unidade de atendimento de bichos. A empresa culpa os agentes da prefeitura e eles culpam o segurança. Não me meto, pois isso é briga de gente grande.

Em nome dos animais agradeço comovido a solidariedade que recebi. Milhares de pessoas manifestaram-se, a polícia abriu inquérito, o Ministério Público está investigando o caso e a Secretaria da Segurança lastimou a minha morte. O Carrefour informou que "repudia qualquer tipo de maus-tratos contra animais". Cão que ladra não morde. E vocês?

O Juquinha ouvia todas as conversas de Sérgio Cabral. Ele dizia que as favelas do Rio eram fábricas de marginais, era aplaudido, eleito e reeleito. Conselho de cachorro: direcionem melhor suas indignações.

Faz tempo, os seguranças de um supermercado Carrefour do Rio entregaram a bandidos de Cidade de Deus duas senhoras flagradas roubando protetores solares. Elas foram espancadas até que uma
patrulha da PM as salvou.

Naquele episódio o Carrefour divulgou uma primeira nota informando que afastou os seguranças e abriu uma sindicância. Só. Repúdio, nem pensar. (Qualquer cão sabia que empresas recorriam a milicianos associados a bandidos para proteger seus negócios. Deu no que deu.)

Vira e mexe, vocês leem que agentes da segurança pública entraram em bairros de pessoas pobres, confrontaram-se com bandidos e mataram "suspeitos". Nossa inteligência canina não entende o que seria um "suspeito". De quê? Em casos extremos, dois "suspeitos" de portar armas foram abatidos. Um carregava uma furadeira e o outro, um guarda-chuva.

Cachorro não vive de atacar cachorro. Sou um vira-lata e convivi bem com os outros quadrúpedes. Nós somos amigos dos bípedes e o mundo viu o "Sully" deitado junto ao caixão do George Bush, pai.
Vocês é que atacam os outros.

Reclamem sempre que um bicho for maltratado, mas eu o "Juquinha" sugerimos que cuidem também dos bípedes. Saudações caninas.

Manchinha

FRITURAS

Em qualquer país e em qualquer governo, as semanas que antecedem a formação de um ministério são aquelas em que acontecem as grandes frituras.

O senador Magno Malta fritou-se em óleo quente. Algum dia Bolsonaro dirá quais foram os critérios em que o seu "vice dos sonhos" não se "enquadrou".

O advogado Gustavo Bebianno, soldado de Bolsonaro desde a primeira hora, poderia ter sido chefe da Casa Civil e ministro da Justiça, mas tornou-se Secretário-Geral da Presidência, com um general da reserva na secretaria-executiva.

O deputado Onyx Lorenzoni, outro veterano da campanha, foi para uma Casa Civil fatiada, com outro general da reserva na Secretaria de Governo.

CAOS TRUMPESCO

Donald Trump usa sua conta numa rede social para centralizar a voz do seu governo. A turma de Jair Bolsonaro usa as suas para articular o caos.

Falta menos de um mês para a posse e os bate-bocas do pessoal superam, de muito, os ataques da oposição.

Nem o PT com suas facções fazia tanto barulho com o fogo amigo.

GATILHO RÁPIDO

Jair Bolsonaro precisa ser rápido no gatilho no caso do PM que foi motorista de seu filho e movimentou R$ 1,2 milhão em 12 meses (R$ 100 mil por mês). Um cheque de R$ 24 mil foi para Michelle, sua mulher.

MÃO DE MORO

Tem gente convencida de que o futuro ministro Sergio Moro tentará colocar o procurador Deltan Dallagnol na Procuradoria-Geral da República quando terminar o mandato de Raquel Dodge.

UM MESTRE

Sergio Moro deveria dar uma olhada na atuação do procurador Robert Mueller, que está infernizando a vida de Donald Trump.

Ele dirigiu a Polícia Federal americana por 12 anos. Excedeu o prazo permitido por lei e foi mantido por decisão especial e unânime do Congresso.

Como Moro, ele gosta de botar delinquentes na cadeia, mas enquanto esteve no FBI só abriu a boca para louvar seus agentes. Agora, não diz nem bom dia à imprensa.

Essa conduta tem uma explicação: o FBI foi criado e dirigido por 48 anos por J. Edgar Hoover, um mastim que emparedava presidentes e manipulava a imprensa com a destreza de um bailarino.

EREMILDO, O IDIOTA

Eremildo é um idiota e pediram-lhe para julgar a atitude do ministro Ricardo Lewandowski ameaçando prender um cidadão que lhe disse ter vergonha do Supremo Tribunal Federal.

Foi carteirada ou defesa da instituição? O cretino refletiu, analisou os últimos julgamentos do Supremo e decidiu pedir vista.

Eremildo acredita que se aquele projeto de maio de 1888 fosse mandado ao STF, algum ministro teria pedido vista.

SÁBIO

De um parlamentar que conhece o chão do Congresso e os salões do governo, ao ouvir falar das virtudes e consistência da "bancadas temáticas":

"Não adianta você oferecer remédio para quem acha que não está doente".

Parlamentares experientes ficam na arquibancada durante os primeiros meses de novos governos e de novas legislaturas. Dali estudam as equipes em campo.

DELÍRIO

Antes da instalação de um novo governo os poderosos da ocasião podem tudo, inclusive delirar.

Do entorno de Jair Bolsonaro saiu a informação de que o juiz Marcelo Bretas poderia ser nomeado para o Superior Tribunal de Justiça. Podem até querer que ele voe, mas para o STJ não podem mandá-lo.

Bretas é um juiz federal da primeira instância. A Constituição prevê que o STJ seja composto por desembargadores federais, estaduais, procuradores e advogados de militância privada.

Todos precisam entrar em listas tríplices saídas do próprio STJ. Só então é que o caso se resolve com a caneta do presidente.

Às vezes, é mais fácil nomear um desembargador para o Supremo do que para o STJ. Foi o que ocorreu com Ricardo Lewandowski e Ellen Gracie.

MAIS UMA TUNGA

Enquanto alguns livreiros e editores tentam tabelar o preço dos livros, proibindo descontos superiores a 10% no primeiro ano das vendas, apareceu uma nova tunga, desta vez vinda da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. Foi aprovado um projeto obrigando as editoras a oferecer de graça as versões eletrônicas dos livros aos compradores das obras impressas.

Uma coisa nada tem a ver com a outra. Os ebooks geralmente são mais baratos, mas suas edições implicam em custos adicionais. São dois mercados diferentes e a proposta serviria apenas para encarecer os livros.

O que parece uma ideia que favorece o consumidor acaba sendo o oposto. Quem quer um livro de papel acaba obrigado a pagar mais, para receber uma coisa que não quer. E quem quer só ebook acaba pagando pelo volume de papel, que não lhe interessava.
LEO
08/12/2018 20:55
MAIS DINHEIRO PARA O HOSPITAL DE GASPAR.ATÉ O DIA 31/10/2019 A PREFEITURA VAI REPASSAR MAIS DE 14 MILHÕES.QUEM AINDA TEM DINHEIRO PARA RECEBER DO HOSPITAL DE GASPAR,VAI FICAR CONTENTE
Miguel José Teixeira
08/12/2018 20:38
Senhores,

No país das bolsas e cotas também há exemplos de superação:

"Sobrevivente da maior tragédia natural da história, refugiada, pobre, cega, negra e, agora, advogada apta a trabalhar no Brasil."


Sobrevivente, haitiana cega ganha OAB Após perder todos os bens e a família no terremoto de 2010, ser rejeitada na República Dominicana e enfrentar a falta de estrutura no Acre, refugiada foi acolhida por uma família brasiliense. Aprovada na Ordem dos Advogados do Brasil, ela agora quer se naturalizar brasileira e se tornar juíza

Leia mais em:

http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2018/12/08/interna_cidades,287717/sobrevivente-haitiana-cega-ganha-oab.shtml

Miguel José Teixeira
08/12/2018 20:03
Senhores,

Duas manchetes preocupantes no NSC Total:

1) "Blumenau desperdiça três a cada 10 litros de água tratada"

2) "Estiagem prolongada dificulta abastecimento de água em Brusque"

A água lava tudo, menos as más ações!

Portanto, "otoridades". . .
Edgar Schramm Neto
08/12/2018 14:39
Prezado amigo

inicialmente devo parabeniza-lo pela sua conduta ilibada, que fala a verdade sobre as coisas políticas de Gaspar. Estes que estão no poder, te amavam porque você mostrava as mazelas do governo passado. Agora te odeiam porque mostras s falcatruas e desgoverno que praticam.
Estes do Poder de hoje, que não capazes de cultivar um jardim, muito menos lavar a praça Getúlio Vargas, que prometeram ajardinar nossa Gaspar, que prometeram arborizar ao longo da Arthur Poffo, onde arrancaram pavers para plantar árvores. Plantaram meia dúzia de árvores e hoje cheio de Mato.
Essa galera que endividou o município sem planejamento e sem objetivos. Obras necessárias , mas que infernizou a vida de todos os transeuntes num final de ano e com 2 anos de atraso. Cambada, Temer na campanha de Kleber pediu votos dizendo que Brasília estaria de portas abertas para Gaspar, e que aconteceu? Emendinhas do Peninha e nada mais é o município atolado em dívidas. Sem falar nas merdas de Melato no Samae.
Herculano
08/12/2018 09:56
QUEM NÃO CUIDA DE UM PRAÇA, PODE CUIDAR DA CIDADE?

Logo que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, assumiu, sem qualquer planejamento, prioridade e razão de continuidade - a principal do gesto para se tornar uma marca -, começou a plantar flores pela cidade.

Enquanto isso, a cidade era tomada pelo capim.

Ou seja, a recém-empossada administração municipal não enxergou à necessidade: primeiro limpar a cidade, para depois plantar flores e a cidade livre do capim, elas então aparecerem com belas que são.

Pior mesmo foi o resultado.

Plantar flores não é coisa para madama e nem para amadores. Primeiro precisa se escolher o tempo certo do plantio para cada flor. Depois é preciso dar terra boa para elas viverem. E por fim, é cuidar delas, a começar pelo simples regar em tempo de seca. E se isso não for pouco, muitas das flores além de poda para renascerem, precisam de limpeza e até troca das mudas para um novo ciclo de flores. Não é coisa fácil, e como escrevi para madama e amadores...

O que aconteceu, afinal como parte desse improviso? As flores nem floresceram e tardiamente, Kleber e sua gente perceberam que primeiro era preciso concentrar forças, dinheiro e ação na roçação e capinação da cidade que dava o tom deprimente e de abandono da aldeia.

Pobre gente que se diz eficiente, vive nas redes falando superficialmente de ações desconectadas de resultados coordenados e por isso, levando pau e sendo desacreditada pela população.

E para completar, agora se tornou sócio de gente sem crédito, ou que muda de acordo com a verba que recebe do poder público ou de seus indicados. Quem é mesmo que cuida da comunicação desse pessoal, desmoralizado não pela imprensa que a quer sob controle, mas pelas mídias sociais e aplicativos de mensagens?

Mas, vamos adiante. Este não é exatamente o foco deste comentário, apesar de uma coisa está ligada à outra: a forma de governar e as prioridades dos resultados.

PAPAI NOEL NO LIXO

Amanhã, domingo, é dia do mais tradicional Papai Noel de Gaspar. Até eu, já ajuntei, sob ansiedade e disputa, bala jogada por ele na minha infância, ali na entrada da Coloninha. E comemorei...

Só adulto vim a conhecer a face do homem - e coração - e que se escondia por traz daquela fantasia mágica de Papai Noel, a qual seduzia às crianças da minha idade, o ex-prefeito, o artesão da madeira, Paulinho Wehmuth, aquele que teve a coragem de doar - por lei aprovada na Câmara e como incentivo fiscal - o terreno para a Ceval vir no Poço Grande, em Gaspar e por causa disso, pela intriga da oposição, sepultou a sua vida política por aqui.

Ele não vive mais. Há muito. Mas, a memória daquela iniciativa voluntária, filantrópica - e principalmente de senso comunitário e que já se perdeu por aqui - foi perpetuada. As balas, sempre muito simples, eram doadas em parte pela comunidade e parte compradas pelo próprio Paulinho que concorria com as outras despesas.

E antes de prosseguir, um parenteses.

Até já quiseram terminar com o desfile em carro - ou caminhonete - aberto e o ato de jogar balas às calçadas ou a beira das estradas.

A Ditran invocou no tal Código Nacional de Trânsito. E os invejosos, um tal perigo das crianças em apanhar as balas jogadas aos punhos pelo Papai Noel e seus ajudantes.

Ora, segurança é necessária, defendo-a e a Ditran estava certa. Então que tal ao invés da Ditran ficar de tocaia para flagrar o erro e impedir a ação, não se antecipou, recomendou e ajudou em meios para dar segurança ato?

Outra. Sobre os perigos das crianças, realmente eles existem, mas para aquelas em que os pais são omissos na guarda e zelo delas. Os meus - e de todas as outras crianças - estavam lá cuidando para que cegos à fantasia não cometessemos erros. Incrível, dias modernos...

Volto. No Bairro Sete há até uma pracinha. E lá se estaciona por minutos para as homenagens aos pioneiros desta ideia e seus familiares. É a história. É a memória preservada. É emocionante. Há uma "estátua" do Papai Noel.

Manter a praça é obrigação do poder público - aquele que tentou plantar flores na cidade mas esqueceu de cortar o capim e por isso já desistiu das flores. Neste sábado pela manhã, a praça estava uma sujeira só.

Ainda bem que a estátua do Papai Noel estava renovada. E por que? Pela iniciativa comunitária e popular local [ não é época de coleta de votos e palanque político]. Quem a repintou? Valdir Lanser, o popular Alemão.

O tradicional Papai Noel de Gaspar não morreu. O Lions Club de Gaspar - onde esteve Paulinho - não deixou. E com isso está de pé a ideia, o gesto voluntário e comunitário da então pequena cidade feito por Paulinho Wehmuth, Nino Wieser e Cláudio Mueller, popular Cangalha.

Falta a atual administração de Gaspar fazer a sua parte mínima: limpar e manter a praça do Papai Noel, ao menos no mês de Dezembro. Acorda, Gaspar!
Herculano
08/12/2018 09:07
A HORA DOS ALUNOS, por Demetrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, no jornal Folha de S. Paulo

Como petistas, bolsonaristas tacham adversários de 'inimigos do povo'

As savanas, como o nosso cerrado, são ambientes sujeitos à combustão espontânea - mas a maior parte das queimadas "naturais" nascem de um foco de fogo humano, que pode ser um fósforo aceso ou a bituca de um cigarro.

Na política, quase nada é espontâneo. A ofensa lançada pelo advogado Cristiano de Acioli ao ministro do STF Ricardo Lewandowski no espaço restrito de uma aeronave não foi um gesto impulsivo de indignação, mas um ato inscrito numa estratégia política.

No episódio, de fortuito existiu apenas o encontro com o ministro num voo de carreira.

Não fosse aquele dia, seria outro. Não fosse Acioli, seria outro. A frase ofensiva circula há tempo, como mantra, nos blogues e redes sociais bolsonaristas. No dia seguinte ao episódio, ressurgiu como projeção de luz na fachada do edifício do STF, por obra do MBL.

Acioli agiu como militante, ativando previamente seu celular para registrar a cena, a fim de difundi-la nos territórios da "guerrilha da informação".

Para livrar-se de acusações legais, o militante bolsonarista alega que seu alvo era a corte suprema, não a pessoa de Lewandowski. Mas - com o perdão de Derrida - o texto nada significa sem o contexto.

A "vergonha de ser brasileiro" de Acioli relaciona-se aos votos e opiniões de Lewandowski, de Gilmar Mendes e de Toffoli, não aos de outros integrantes do STF. O problema dele - um advogado! - é a existência do habeas corpus e, de modo geral, do devido processo legal.

O governo Bolsonaro é, sob certo sentido, o fruto maduro da "era do lulismo". Da militância petista, os bolsonaristas aprenderam a demonizar a opinião divergente e a exibir seus adversários como "inimigos do povo".

A prolongada pedagogia do PT os ensinou a constranger publicamente os "desviantes", para depois difamá-los no conforto anônimo das redes sociais. O lulismo tinha seus blogueiros de estimação; o bolsonarismo já os tem. Nas artes da "guerrilha da informação", os alunos já ultrapassaram seus mestres.

O PT inspirou-se na tradição do castrismo para promover "atos de repúdio". O bolsonarismo reativa a prática, talvez sem conhecer sua origem.

Acioli, muito esperto, não gravou tudo. Depois da provocação registrada, ele conclamou os passageiros a vaiarem Lewandowski. O "indignado" Acioli é um farsante - tanto quanto os "indignados" petistas que injuriaram a blogueira cubana Yoani Sánchez em 2013 ou os que vandalizaram a mesa de debate na qual eu estava, numa festa literária na Bahia, no mesmo 2013.

Na Cuba castrista, o "ato de repúdio" contra dissidentes é uma rotina semioficial, patrocinada pelos Comitês de Defesa da Revolução, ou seja, pelo partido único.

Por aqui, é um evento político que precisa ocultar sua natureza. Sem o amparo formal do Estado, a militância envolvida invoca o princípio da liberdade de expressão. Foi sob esse pretexto que uma matilha de delegados ao congresso do PT afogou em insultos a jornalista Miriam Leitão, casualmente também durante um voo de carreira. Acioli, o bolsonarista, é um petista tardio.

No Brasil, é livre a crítica ao STF, como a qualquer de seus juízes. Acioli tem o direito de escrever que a corte é uma vergonha ou que os votos de Lewandowski o envergonham. Ninguém lhe negará a prerrogativa de falar isso tudo em espaços apropriados de debate.

Mas, como os demais, a liberdade de expressão é um direito relativo, que convive com outros. Acioli sequestra a palavra liberdade quando a utiliza para fantasiar a ofensa, o constrangimento público e a violação da privacidade.

O bolsonarismo nutre-se da intolerância raivosa, tanto quanto antes nutriu-se o lulismo. A agressão a Lewandowski parece singular, até admissível, pois se trata de uma autoridade.

As aparências enganam: hoje é ele; ontem fomos eu, Yoani e Miriam Leitão; amanhã é você. Os alunos imitam seus mestres - e os superam.
Herculano
08/12/2018 08:43
BANCO DO BRASIL TERÁ 30 LICITAÇõeES EM 21 DIAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste sábado nos jornais brasileiros

O Banco do Brasil tem atualmente 30 processos de licitação abertos e pendentes, na fase de "acolhimento de propostas". Todas os certames devem ser finalizados até o fim deste ano. Mais de uma concorrência pública por dia, algumas milionárias. Na terça (4), denúncia do site Diário do Poder em poucas horas provocou a suspensão de suspeita licitação de R$118 milhões para "agências de marketing promocional".

INSISTÊNCIA NO ESQUEMA
Fontes do BB garantem que o esquema suspeitíssimo para escolher agências "promo" não morreu. "Foi suspensa só até baixar a poeira".

CULPA DE TEMER
O governo federal não apita mais em empresas públicas como o Banco do Brasil, desde a vigência da "lei das estatais", criada por Temer.

QUE ACIONISTA
Além de perder autoridade e mesmo sendo acionista majoritário, o governo federal tem suas demandas ignoradas por estatais como o BB.

DIFERENTES TIPOS
As licitações do BB são variadas. De serviços de limpeza a telefonia. Mas todas marcadas para ocorrer em 2018. Para o BB "é normal".

'PIPOQUEIRO', LÍDER DA OAB CALA SOBRE LEWANDOWSKI
O presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia, consolida a reputação de evitar "bolas divididas", construída durante sua gestão, caracterizando o que em futebol torcedores chamam de "pipoqueiro". Lamachia faz silêncio constrangedor sobre o caso que indignou o País, em que um advogado alega ter sido vítima de abuso de autoridade do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).

UMA VERGONHA
O advogado Cristiano Caiado de Acioli foi ameaçado de prisão pelo ministro por ter dito, de forma civilizada, que o "STF é uma vergonha".

BRASILEIROS CONTRA
O caso provocou revolta. Enquete da Rádio Bandeirantes de São Paulo apurou que 87% dos ouvintes concordam com o advogado.

EMPURRA, BARRIGA
Lamachia continua driblando cobranças de posicionamento. Nesta sexta (7), sua assessoria informou que o caso é da alçada da OAB-DF.

FOME DE CONFORTO
Os indicadores sociais no Maranhão continuam entre os piores das Américas, mas o governo Flávio Dino (PCdoB) acha relevante gastar R$23,4 milhões em divisórias, forros e persianas. Esses comunas?

E A MEA CULPA, NADA?
Encontro da Fundação Perseu Abramo, do PT, "discute a direita". Poderia aproveitar a presença de Gleisi Hoffman, ré por corrupção, e de Dilma, pedaleira militante, para discutir a esquerda ladra.

VELHO CACOETE
O futuro ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) repete uma velha ladainha dos que chegam ao poder: em vez de evitar malfeitorias, atacam quem as divulga, insultando o mensageiro.

MENOS, COLEGUINHAS
Grandes veículos de imprensa cobrem, com ares de "catástrofe", o fato de 101 das 8.500 vagas deixadas pelos médicos cubanos ainda não foram preenchidas, no País onde existem mais de 500.000 médicos.

FACULDADE CINCO ESTRELAS
O IDP, faculdade de Direito criada pelo ministro Gilmar Mendes, é agora uma das melhores do Brasil. Ganhou cinco estrelas conferidas aos cursos considerados "excelentes" por professores e coordenadores de curso de todo o País, para o Guia do Estudante, da editora Abril.

#RENANNÃO
Petição online, no site Chang.org, em repulsa ao eventual retorno de Renan Calheiros à presidência do Senado, recebe adesão rápida de milhares de brasileiros. O objetivo é atingir 1 milhão de assinaturas.

RORAIMA DESAMPARADA
Em Roraima, policiais em greve provocam um caos de tal maneira que a população já não sabe quem é polícia ou bandido. Agem como foras da lei, usando máscaras, queimando pneus. Que vergonha.

JOGO DE AZAR
A MegaSena, que pagou prêmios em menos de 20% dos sorteios deste ano, garante que pagará R$ 30 milhões hoje, em Santo Anastácio (SP). Dos 104 sorteios realizados em 2018, apenas 20 tiveram ganhadores.

PENSANDO BEM...
...a sigla OAB está mais para Ordem das Autoridades do Brasil.
Herculano
08/12/2018 08:37
PORTEIRO QUE OCULTA MORADOR PROCURADO PELA JUSTIÇA É CÚMPLICE DE CRIME, Márcio Rachkorsky, advogado, é membro da Comissão de Direito Urbanístico da OAB-SP, para o jornal Folha de S. Paulo.

Funcionário do condomínio pode ser demitido por justa causa

Todos os dias, um batalhão de oficiais de Justiça visita os condomínios com a missão de localizar pessoas para entregar mandados, intimações e citações judiciais.

Na maioria dos casos, o porteiro interfona, o morador desce, recebe o oficial, assina o documento e o assunto é liquidado.

No entanto, sempre há os que usam as táticas mais antigas e infames para tentar obstruir a Justiça.

Esses moradores não atendem o interfone, mandam dizer que não estão em casa ou que não moram mais no prédio e até pedem para falar que já morreram.

Pobre do porteiro que, acuado, não sabe se diz a verdade ou se acata a "ordem" do condômino.

Mal treinados e sem o devido respaldo do zelador e do síndico, muitos funcionários mentem para o oficial e nem imaginam que estão cometendo crime, que pode atrapalhar suas vidas e até fundamentar uma demissão por justa causa.

Com a habilidade típica dos picaretas, o morador que usa o porteiro para se ocultar da Justiça costuma se valer de diversos argumentos sentimentais.

Falam coisas do tipo "você me conhece, conhece toda minha família, sabe que somos boas pessoas", "estou sendo injustiçado, me ajuda aí que depois vou resolver isso com calma".

O porteiro não pode impedir o acesso do oficial de Justiça, tampouco retardar sua entrada, negar informações ou prestá-las de forma falsa, sob pena de configurar os crimes de desobediência e desacato.

Por vezes, trata-se de um condômino devedor. Nesse caso, a ocultação prejudica toda a massa condominial, em razão do atraso no andamento da própria ação judicial para cobrança.

Há regras simples, e toda equipe deve ser treinada e orientada para os seguintes procedimentos:

1) Todo oficial de Justiça precisa se identificar e apresentar sua carteira funcional, além de mostrar o mandado judicial, por questões óbvias de segurança;

2) O porteiro deve interfonar na unidade, mas também deve, a pedido do oficial, facilitar sua entrada, caso opte por subir direto até o apartamento;

3) Em caso de confusão, coação ou pedidos impróprios, a Polícia Militar deve ser acionada;

4) O porteiro deve relatar formalmente ao síndico qualquer ocorrência relacionada com o tema e deve receber todo apoio, respaldo e orientação da administração;

5) O morador que tentar utilizar o porteiro para obstruir a Justiça deverá ser advertido e, na reincidência, receber multa.
Herculano
08/12/2018 08:16
O que esperar de um estado governado por um partido que foi a chave para a corrupção dos governos petistas? O que esperar de políticos que fazem da família uma "dinastia" de poder e governo em locais pobres e tomados por forças policiais paralelas? O que esperar de um estado que deu emprego fake, com o dinheiro do povo pobre de lá, para apenas dar foro privilegiado nomeando como "secretário extraordinário", o ex-deputado federal catarinense enroladíssimo na Lava Jato, João Alberto Pizzolatti Júnior?

TEMER ANUNCIA INTERVENÇÃO FEDERAL EM RORAIMA; INTERVENTOR SERÁ O GOVERNADOR ELEITO

Conteúdo do portal G1 e TV Globo. Texto e apuração de Jão Cláudio Netto e Felipe Matoso, de Brasília. Presidente afirmou que intervenção foi negociada com governadora Suely Campos, que será afastada do cargo. Estado enfrenta crise migratória e crise no sistema penitenciário.

O presidente Michel Temer anunciou nesta sexta-feira (7) intervenção federal em Roraima até 31 de dezembro.

De acordo com a assessoria da Presidência, como a intervenção é integral, a governadora Suely Campos será afastada do cargo após o interventor federal ser nomeado. O interventor será o governador eleito, Antonio Denarium (PSL).

Roraima enfrenta uma crise migratória com a chegada de cidadãos venezuelanos e também uma crise no sistema penitenciário.

Temer recebeu ministros no Palácio da Alvorada nesta sexta-feira e, no momento em que cinegrafistas foram autorizados a filmar a reunião, o presidente anunciou a decisão, afirmando ter negociado a intervenção com Suely Campos.

"Tentamos os mais variados meios [...]. Não encontramos nenhuma saída legal para tanto, daí porque eu, ainda pouco tempo atrás, falei com a senhora governadora e disse que a única hipótese para solucionar esta questão, especialmente aquela de natureza salarial, seria decretar a intervenção até a posse, naturalmente, do novo governador, ou seja, até 31 de dezembro", afirmou Temer.

"Fiz com a senhora governadora uma espécie de intervenção negociada. Ela acedeu a esta fórmula, concordou com esta fórmula, acha que de fato a situação está se complicando no estado de Roraima e que a melhor solução seria precisamente essa", acrescentou.
O presidente Michel Temer, no Palácio da Alvorada, ao anunciar a intervenção federal em Roraima

Segundo o presidente Michel Temer, um interventor federal em Roraima será nomeado e, neste sábado (7), serão convocados os conselhos da República e de Defesa Nacional.

Por lei, os dois conselhos devem ser consultados sobre a intervenção, mas uma eventual decisão dos órgãos contra a medida não tem poder de barrar a decisão do presidente.

Atualmente, o estado do Rio de Janeiro também está sob intervenção federal, mas somente na área de segurança pública. A intervenção foi decretada por Temer em fevereiro e também vai durar até 31 de dezembro.

Mais cedo, nesta sexta-feira, terminou sem acordo uma audiência de conciliação entre a União e o governo de Roraima. A audiência aconteceu na sede do Supremo Tribunal Federal.

Em abril, o governo do estado pediu ao STF para fechar a fronteira com a Venezuela, e a ministra Rosa Weber, relatora do caso, negou o pedido por entender que a decisão cabe ao presidente da República. Michel Temer, por sua vez, diz que o fechamento é "incogitável".

A audiência desta sexta-feira foi marcada por Rosa Weber e conduzida pelo juiz instrutor Gabriel da Silveira Matos. O objetivo era chegar a um consenso e pôr fim à ação movida pelo estado.

Reunião no Alvorada
Segundo a assessoria de Temer, participaram da reunião desta sexta com o presidente na qual foi anunciada a intervenção:

Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados;
Sérgio Etchegoyen, ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
Esteves Colnago, ministro do Planejamento;
Grace Mendonça, advogada-geral da União;
Gustavo Rocha, ministro dos Direitos Humanos;
Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública;
Joaquim Silva e Luna; ministro da Defesa.
Pronunciamento

Leia abaixo a íntegra do pronunciamento de Temer sobre a intervenção:

Nós estivemos hoje reunidos, uma boa parte da equipe, como podem perceber, com a presença do presidente da Câmara dos Deputados. Eu também comuniquei ao senador Eunício, mas ele está no Ceará e fora de Fortaleza.

Mas nós debatemos hoje, durante umas três horas, mais ou menos, a questão de Roraima, que está, na verdade, se agravando, de dois dias para cá. E tentamos os mais variados meios, de maneira a que pudéssemos fornecer recursos a Roraima, a fim de tentar inviabilizar esse movimento que lá está ocorrendo.

Não encontramos nenhuma saída legal para tanto. E daí porque eu, ainda há pouco tempo atrás, falei com a senhora governadora e disse que a única hipótese para solucionar esta questão, especialmente aquela de natureza salarial, seria decretar a intervenção até a posse, naturalmente, do novo governador. Ou seja, até 31 de dezembro. E fiz com a senhora governadora uma espécie de intervenção negociada. Ela acedeu a esta fórmula, concordou com esta fórmula. Acha que, de fato, a situação está se complicando no estado de Roraima e que a melhor solução seria precisamente essa.

Com isso nós queremos, na verdade, pacificar as questões de Roraima. E vejam que, sem embargo de tratar-se de uma intervenção já agora, no próprio estado, mas é de comum acordo com a senhora governadora. Foi pelo menos o que nós falamos ao telefone com ela. Não apenas eu, mas a senhora advogada-geral da União.

De modo que é esta comunicação que eu quero fazer, espero que chegue a Roraima, na convicção de que com esta intervenção, e logo mais eu consultarei, para nomear o interventor. Eu espero que com isto o movimento se amaine, não é? Fique mais, digamos, compreensivo, porque, afinal, especialmente as forças militares, agentes penitenciários e todos aqueles que se dedicam à tarefa pública, têm que pensar precisamente na população de Roraima.

Nós decidimos desta maneira. Amanhã já estamos convocando o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional para colocarmos esta questão. Portanto, nós levaremos a este Conselho a decisão que aqui tomamos. E logo depois, naturalmente, expediremos não só o decreto de intervenção, como outras medidas, já acertei com o presidente Rodrigo Maia, outras medidas normativas que sejam necessárias para complementar e para completar a intervenção federal em Roraima.
Incorformado
08/12/2018 08:10
Sexta feira dia 07/12/2018, eu seguia pela avenida Francisco Mastela, qdo no trevo ouvi a sirene dos bombeiros. Pelo retrovisor avistei a camionete mitsubishi vindo com sirene e luzes ligadas. Fiz minha parte dei espaço para que passassem. Ai vem minha indignação." Entraram a esquerda no trevo, entraram no quartel, guardaram a viatura mas não saíram com outra viatura. Fica a pergunta " Cadê a ocorrência? Precisavam andar em alta velocidade, com sirene ligada pra estacionar na garagem do quartel?
Herculano
08/12/2018 07:34
A POLÍTICA É O Nó CEGO DE BOLSONARO, por Andrei Meireles, de O Antagonista.

O time de ministros de Jair Bolsonaro está praticamente escalado. Como é praxe na formação de governos, o desenho final da equipe ficou diferente do esboço original. Mesmo assim, é um retrato que parece coerente com as poucas bandeiras defendidas na campanha eleitoral - endurecer no combate à corrupção e à violência, adoção de um modelo ultraliberal na economia e um cavalo de pau conservador nos costumes.

Surpreendeu ao quebrar paradigmas. Encarada com ceticismo, até aqui foi cumprida a promessa de que a escolha para ministérios, bancos públicos, grandes estatais - os cargos mais cobiçados da República - não seria no tradicional rateio com os partidos políticos. A delegação de poderes sem precedente com as cartas brancas aos superministros Paulo Guedes e Sérgio Moro é outro diferencial.

Há uma espinha dorsal, com forte influência militar, com o propósito de pôr um mínimo de ordem na gestão pública, anarquizada pelos feudos corporativos e os esquemas de corrupção. Há também fios soltos, que podem causar curtos circuitos, como o deslumbre na política externa.

Mas o nó cego na transição é na política. Suas linhas gerais, algo esquemáticas, estão mais ou menos definidas: convencer uma ampla maioria de deputados e senadores a aprovar as reformas econômicas, leis mais duras contra a criminalidade e alguns pontos da pauta conservadora. A promessa de campanha é fazer isso sem a cessão de nichos no governo para os políticos que fazem da atividade pública uma máquina de arrecadar dinheiro para bancar seus projetos de poder e o enriquecimento pessoal.

A turma que entende a política como negócio, apesar do recado das urnas, pode até ficar mais discreta, mas não vai largar o osso. Assim, organizar uma base parlamentar capaz de superar um barulhenta oposição e destravar o funcionamento legislativo sem pagar pedágio é um enorme desafio. Dirigentes partidários, com anos de balcão, não creem que nenhuma mudança radical no modo de negociação com os políticos seja bem sucedida.

Outro complicador é o time que, em nome de Jair Bolsonaro, está entrando em campo para negociar com os políticos. Escaladado para coordenar a equipe, o ministro Onix Lorenzoni enfrenta fogos amigos de várias procedências: os militares não consideram seu perfil adequado para a tarefa, seus colegas de parlamento avaliam que ele não tem jogo de cintura suficiente, e a nova tropa bolsonarista chega com espírito de ocupar terra arrasada.

Os barracos entre os deputados Eduardo Bolsonaro e Joice Hasselmann no grupo de WhatsApp da bancada do PSL fazem muito barulho, mas nem são o mais desgastante. O pior é a pretensão no entorno de Bolsonaro de passar a perna nas raposas que dão as cartas no Congresso. A mensagem de Eduardo Bolsonaro, endereçada a 51 colegas de partido, de que, por ordem do presidente eleito, estaria articulando na moita com líderes do Centrão para enganar Rodrigo Maia é de uma ingenuidade atroz.

O problema é que na tropa de choque de Bolsonaro todos se acham capazes de fazer boa interlocução política, inclusive alguns generais. Se ninguém puser ordem na casa, tem tudo para dar errado.

A conferir.
Herculano
08/12/2018 07:29
É HORRÍVEL SER TRABALHADOR NO BRASIL, por Sofia Julianna, secretária de redação da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Com FAT e FGTS nas mãos, Guedes deve inovar no uso de dinheiro do trabalhador

O futuro governo de Jair Bolsonaro fatiará tal qual um salame o quase secular Ministério do Trabalho. As rodelas graúdas e cobiçadas ficarão sob a aba do poderoso Paulo Guedes (Economia), restando a Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e Osmar Terra (Cidadania) administrar os nacos menos apetitosos - registro sindical e economia solidária, respectivamente.

A emissão das cartas sindicais virou caso de polícia e faz sentido remeter a tarefa à alçada de Moro.
O envolvimento de parlamentares, políticos e burocratas do Ministério do Trabalho em um esquema de propina para liberação de registros para sindicatos foi desvendado pela Operação Espúrio, que já mandou para o banco dos réus peixes grandes como o ex-deputado Roberto Jefferson.

Ainda está indefinido se o ex-juiz herdará também o combate ao trabalho escravo, tema controverso numa gestão em que a ascendência da bancada ruralista será inquestionável. Há chance de a fiscalização desse tipo de atrocidade ficar com Guedes.

Duas joias da coroa do reinado trabalhista, o FGTS e o FAT ?"donos de um patrimônio calculado em R$ 800 bilhões?" foram estrategicamente capturadas pelo czar da economia bolsonarista. Não é de hoje que sucessivas equipes econômicas tentam inovar no uso desses fundos, que asseguram aos trabalhadores benefícios como seguro-desemprego e abono salarial, além de acesso a habitação popular e saneamento básico.

Guedes terá franco acesso a essas poupanças. No receituário, há propostas para extinguir o abono e usar o FGTS num sistema complementar ao seguro-desemprego. Isso reduziria o gasto do Estado com essas despesas ?"R$ 60 bilhões/ano. Outra ideia é usar até 25% dos depósitos do fundo de garantia na capitalização de contas individuais dentro de um novo modelo previdenciário.

Num país com 12,3 milhões de desempregados e taxa decrescente graças à destruição de vagas formais,
a revolução liberal causa arrepios. Não está horrível apenas para patrões o Brasil dos dias atuais.
Herculano
08/12/2018 07:25
da série: está demorando muito, e está se imitando os enlameados, incluindo o PT e seus sócios, que se escondiam apesar das pegadas e por isso foram derrotados em outubro


É PRECISO QUE FABRÍCIO QUEIROZ VENHA A PÚBLICO EXPLICAR COMO MOVIMENTOU 1,2 MILHÃO DE REAIS

Conteúdo de O Antagonista. A questão é simples: trata-se de saber se Fabrício Queiroz coletava dinheiro de assessores parlamentares da família Bolsonaro e o repassava a quem os empregava. Ou se não é nada disso, muito pelo contrário.

É essencial que Jair Bolsonaro e seu filho Flávio deem uma explicação convincente sobre o episódio. Para tanto, Queiroz deve vir logo a público para tentar esclarecer como é que conseguiu movimentar 1,2 milhão de reais com um salário de motorista.
Herculano
08/12/2018 07:17
da série: os políticos que elegemos e pagamos caros por eles nos representar (senadores e deputados) afrouxam a contas públicas de prefeitos irresponsáveis, para nós todos pagarmos o desastre administrativo ou roubalheira de alguns. Vergonhoso.

INCENTIVO ERRADO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

É falaciosa justificativa para aprovar projeto que afrouxa controle de gastos municipais

Encerramentos de mandatos costumam ser períodos perigosos da atividade legislativa. Com presenças escassas e menor atenção do Executivo, cresce o risco de que prosperem lobbies corporativos e outras pautas perdulárias.

Nas últimas semanas, houve o reajuste salarial para os ministros do Supremo Tribunal Federal, elevando o teto remuneratório do funcionalismo, e o avanço de um texto que permite a volta das indicações políticas nas empresas estatais.

Agora, a Câmara dos Deputados aprovou projeto que afrouxa o controle dos gastos municipais com pessoal, que por lei estão limitados a 60% da receita.

A regra votada elimina sanções para as prefeituras que ultrapassarem esse patamar, quando ocorrer queda de mais de 10% na arrecadação por fatores alheios à situação local - em caso, por exemplo, de perdas com royalties do petróleo.

A justificativa para a proposta, que seguiu à sanção presidencial, é evitar danos adicionais às cidades. Por atraente que possa parecer, o argumento é falacioso.

Constitui dever dos prefeitos e vereadores, afinal, gerir o Orçamento de forma prudente, preservando alguma margem de manobra para lidar com intempéries.

Um cuidado básico deve ser o de não criar despesas permanentes, como a contratação de mais funcionários, com base em recursos que deveriam ser considerados transitórios, ou no mínimo instáveis, como os royalties.

As estatísticas mostram que os gastos com o funcionalismo continuam em alta nas cidades, em boa parte devido a aposentadorias, tomando o espaço de outras políticas públicas - em particular obras e projetos de mobilidade urbana.

Conforme dados compilados pelo Tesouro Nacional, referentes a 5.109 municípios (de um total de 5.570), os desembolsos com servidores ativos e inativos tiveram alta de 3,7% acima da inflação em 2017. Como nem a economia nacional nem a arrecadação tributária acompanharam esse ritmo, a saída foi cortar investimentos.

Não resta dúvida de que o principal gargalo das finanças estaduais e municipais sejam as folhas de pagamento. Todos os gestores precisam, pois, tomar providências para evitar o estrangulamento das contas. O afrouxamento das regras representa incentivo na direção oposta e merece o veto.
Herculano
08/12/2018 07:10
Ao Léo, mais uma vez.

Já lhe respondi a uma questão semelhante esta semana. Então como estou com preguiça, vou repetir a postagem

"Da série não dá para entender. Então, a pergunta que se faz é: onde está a dita oposição? Onde estão os cidadãos pagadores de impostos? Onde está o Ministério Público - que naturalmente, precisa antes ser provocado?

As urnas pediram mudanças, mas em Gaspar, o aviso ainda não foi percebido. Talvez em outubro 2020".
LEO
07/12/2018 18:03
TEM COISA DO GOVERNO DE GASPAR, QUE NÃO DA PARA INTENDER ;DOM DE HOJE.EXTRATO DO VIGÉSIMO SÉTIMO ADITIVO DO CONTRATO 2037/2014. OUTRO EXTRATO DO VIGÉSIMO OITAVO ADITIVO DO CONTRATO 37/2014. NÃO INTENDO DA LEI.MAIS ME PARECE UM POUCO DE MAIS.
Herculano
07/12/2018 17:58
da série: não se trata de perseguição, trata-se de ser diferente daquilo que apontou nos outros como defeito e jurou que combateria. Simples assim! Foi isso que motivou a vitória e os votos do primeiro e segundo turno no vencedor. Não foi pelos seus belos olhos, que não os possui...

OS BOLSONAROS E O MOTORISTA: A FAMÍLIA TERÁ DE SER MAIS ÁGIL EM ACHAR EXPLICAÇÃO PARA JABUTI EM ÁRVORE; NÃO VALE PADRÃO "WAL DO AÇAÍ", por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Flávio, Jair e Michelle: motorista do senador eleito movimentou R$ 1,2 milhão em um ano, parte em dinheiro vivo, e repassou R$ 24 mil à mulher do presidente eleito

A Família Bolsonaro tem de começar a se acostumar com o poder em sentido amplo. E isso inclui dar respostas mais rápidas quando jabutis aparecem em cima de árvores. Considerando que o bicho lá não sobe por determinação da natureza, alguma razão há de haver. Qual? Vocês se lembram da Wal do Açaí? O agora presidente eleito, Jair Bolsonaro, tentou posar de vítima da imprensa quando esta descobriu que uma pessoa lotada em seu gabinete, paga com dinheiro público, não trabalhava na Câmara e lhe prestava serviços em sua casa de veraneio, na praia. Na voragem da campanha eleitoral, o bolsonarismo transformou a notícia, objetiva e inquestionável, em expressão de uma suposta conspiração da "mídia esquerdista" contra o movimento de restauração moral da República. O problema é que o jabuti encontrado sobre a árvore remete a Flávio Bolsonaro, senador eleito, filho de Jair, a Michelle de Paula Firmino Reinaldo Bolsonaro, futura primeira-dama, e ao próprio presidente eleito.

Reportagem do Estadão informa que o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou o que considera uma movimentação atípica na conta de Fabrício José Carlos de Queiroz, funcionário lotado no gabinete de Flávio até o dia 18 do mês passado. Era um dublê de motorista e segurança. Entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, ele movimentou nada menos de R$ 1,2 milhão. Segundo informa o Estadão, Queiroz consta da folha de pagamento da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro de setembro com salário de R$ 8.517. Ele era lotado com cargo em comissão de Assessor Parlamentar III, no gabinete do filho do presidente eleito. Conforme o relatório do Coaf, ele ainda acumulava rendimentos mensais de R$ 12,6 mil da Polícia Militar. A estranheza não se resume ao valor movimentado.

Queiroz, então na condição de funcionário de Flávio, repassou um cheque de R$ 24 mil em favor de Michelle, mulher de Jair Bolsonaro. Não parece corriqueiro que o motorista do enteado transfira um volume considerável de dinheiro à madrasta. Não pegaria bem nem em história infantil. Mas a coisa e mais estranha: ao longo de um ano, o funcionário de Flávio sacou R$ 320 mil em dinheiro vivo - R$ 159 mil na agência bancária da Alerj. Também eram comuns transações financeiras com outros funcionários da Assembleia. No relatório, lê-se o seguinte:

"A conta teria apresentado aparente fracionamento nos saques em espécie, cujos valores estão diluídos abaixo do limite diário. Foi considerado fator essencial para a comunicação pela possibilidade de ocultação de origem/destino dos portadores".

O Coaf apontou transações atípicas entre a conta de Queiroz e de sua filha, Nathalia Melo de Queiroz. Até o mês passado, ela era assessora lotada no gabinete do próprio Jair Bolsonaro, presidente eleito. Informa reportagem do Estadão:

"Nathalia é citada em dois trechos do relatório. O documento não deixa claro os valores individuais das transferências entre ela e seu pai, mas junto ao nome de Nathalia está o valor total de R$ 84 mil. A filha do PM foi nomeada em dezembro de 2016 para trabalhar como secretária parlamentar no gabinete de Bolsonaro na Câmara. No dia 15 de outubro deste ano ela foi exonerada, mesma data em que seu pai deixou o gabinete de Flávio, na Alerj. Nathalia recebeu em setembro, pelo gabinete de Jair, um salário de R$ 10.088,42."

A assessoria de Flávio Bolsonaro afirma que Queiroz esteve lotado em seu gabinete de 2007 a 15 de outubro deste ano. Informa a Folha: "Em 2011, o policial militar respondeu a um processo disciplinar, pelo qual acabou condenado. Segundo a assessoria da Alerj, Queiroz recebeu bolsa de reforço escolar em favor da filha Nathalia, declarada como sua dependente. Nathalia, no entanto, exercia cargo comissionado no gabinete da liderança do PP, então partido de Flávio Bolsonaro, o que, segundo o regulamento da Casa, impediria que figurasse como dependente do pai." Sim, Nathalia foi parar, depois, no gabinete de Bolsonaro, o agora presidente eleito.

O ex-funcionário de Flávio Bolsonaro que aparece no relatório do Coaf é, sem dúvida, próximo da família. Informa a Folha: "Os irmãos Flávio (PSL-RJ) e Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filhos do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL-RJ), prestaram homenagens na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e na Câmara dos Vereadores, respectivamente, ao policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor do gabinete de Flávio, deputado estadual." Em 2003, então deputado estadual do PP, Flávio apresentou uma menção de louvor àquele que viria a ser seu motorista nestes termos: "Com vários anos de atividade este policial militar desenvolve sua função com dedicação, brilhantismo e galhardia. Presta serviços à Sociedade desempenhando com absoluta presteza e excepcional comportamento nas suas atividades". Em 2006, foi a vez de Carlos fazer aprovar um requerimento para conferir a Queiroz a Medalha de Mérito Pedro Ernesto.

Como é que o Coaf chegou a Queiroz? O documento foi anexado pelo Ministério Público Federal à investigação que deu origem à Operação Furna da Onça, realizada no mês passado e que levou à prisão dez deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, embora nem Flávio nem seu agora ex-motorista sejam alvos da investigação. Queiroz veio à luz porque o Coaf mapeou, a pedido dos procuradores da República, todos os funcionários e ex-servidores da Alerj citados em comunicados sobre transações financeiras suspeitas.

Queiroz disse ao Estadão nada sabe sobre o assunto. Jair Bolsonaro, e sua mulher, Michelle, preferiram o silêncio. Não custa lembrar que, na quarta-feira, o presidente eleito ameaçou Onyx Lorenzoni, seu futuro chefe da Casa Civil, com a sua BIC caso este não consiga se desvencilhar da acuação que lhe fazem delatores da JBS. Afirmam ter repassado R$ 200 mil ao deputado pelo caixa dois em duas parcelas de R$ 100 mil: uma em 2012 e outra em 2014. Onyx só admitiu a segunda. Antes de Jair, o vice, Hamílton Mourão, foi mais explícito: se não consegue explicar, tem de deixar o governo. Já Flávio Bolsonaro houve por bem sair em defesa de seu ex-funcionário tanto em mensagem no Twitter como em nota emitida por seu gabinete:

"Fabricio de Queiroz trabalha há mais de dez anos como segurança e motorista do deputado Flávio Bolsonaro, com quem construiu uma relação de amizade e confiança. O deputado não possui informação de qualquer fato que desabone sua conduta. No dia 16 de outubro de 2018, a pedido, ele foi exonerado do gabinete para tratar de sua passagem para a inatividade."

Informa Mônica Bérgamo na Folha:

"Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Paulo Teixeira (PT-SP) propuseram nesta quinta (6) à PGR (Procuradoria-Geral da República) uma representação criminal" contra Flávio e Michelle Bolsonaro. Eles pedem que a procuradora-geral Raquel Dodge aprofunde investigações "acerca da origem e destinação" de R$ 1,2 milhão que foram movimentados" por Queiroz."

Bem, é evidente que a oposição a Bolsonaro iria reagir. Corriqueiro, com efeito, o fato não é. Ninguém ainda é culpado de nada. E, se alguém acha que R$ 1,2 milhão é dinheiro de pinga, cabe lembrar que Lula, um ex-presidente da República, está na cadeia porque o tal tríplex de Guarujá foi considerado pagamento de propina: estava avaliado em R$ 1,8 milhão e acabou leiloado por R$ 2,2 milhões. A sentença foi dada por Sérgio Moro, que vai comandar o Coaf, que identificou a movimentação suspeita do motorista de Flávio, filho de Jair, que será chefe de Moro.
Herculano
07/12/2018 17:33
da série: você pensa que em Santa Catarina o clima está diferente? Não! Apenas é que a imprensa, sem concorrência, que desaprendeu a farejar e investigar, cobre mal ou esconde dos leitores, leitoras, ouvintes e telespectadores este assunto. É só olhar as redes sociais e trocas de aplicativos que se percebe o banho.

COM CLIMA TENSO NO PSL, BOLSONARO CHAMA REUNIÃO COM A BANCADA EM BRASÍLIA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Angela Boldrini, da sucursal de Brasília. Com clima tenso na bancada do PSL na Câmara, o presidente eleito Jair Bolsonaro deve fazer uma reunião com os parlamentares eleitos na próxima quarta-feira (12).

Segundo parlamentares ouvidos pela Folha, o objetivo é apaziguar os ânimos na segunda maior bancada da Casa, com 52 deputados eleitos.

A assessoria do presidente eleito afirma que a agenda da próxima semana está em análise, mas deputados eleitos confirmaram que um encontro foi marcado para o dia 12.

A disputa interna pelos postos de liderança do governo e de liderança do partido têm atiçado os ânimos entre os parlamentares, mesmo aqueles que ainda não assumiram mandato.

Nesta quinta-feira (6), protagonizaram brigas no grupo de WhatsApp da bancada o líder atual, Eduardo Bolsonaro (SP), a deputada eleita Joice Hasselmann (SP) e o senador eleito Major Olímpio (SP).

Na conversa, o filho do presidente eleito chama a deputada de "sonsa" e diz que ela tem "fama de louca". Joice, por outro lado, o acusa de mandar "recadinhos infantis".

Parlamentares dizem reservadamente que a deputada eleita, que já afirmou que há grandes chances de ser a líder do governo, está isolada.

Teria sido para ela o recado de Eduardo no Twitter na quarta-feira (7), em que disse que "apenas os deputados que estão exercendo mandato tem autonomia para fazer articulações no Congresso".

Joice afirmou que o fato de Eduardo ser filho do presidente pode criar uma "vidraça" para o partido, o que gerou reações de correligionários próximos ao atual líder.

Segundo o deputado Delegado Waldir (GO), que tem atuado na prática como líder na Câmara, já que o parlamentar de São Paulo tem cumprido agendas externas com o pai, não há impedimento para que Eduardo siga no comando do partido na Casa.

"Aqueles que dizem isso estão plantando a discórdia, por ciúmes", afirmou à Folha. Ele também disse que é necessário "respeitar a hierarquia", mas botou panos quentes e chamou de "debate de alto nível" a discussão ocorrida no grupo.

Nesta sexta (7), novas tensões entre os deputados surgiram no aplicativo de troca de mensagens. Após mensagens de apoio a Eduardo e Waldir, Joice reagiu chamando os colegas de cínicos.

"É muito cinismo. Ainda bem que tenho provas do passado", escreveu. "Não apago um único WhatsApp. As pessoas mudam, eu não. JB tbm não", disse.

A deputada eleita Carla Zambelli (SP) respondeu com um vídeo em que a futura colega diz que é a única candidatura chancelada por Bolsonaro, e ironizou: "faça o seu trabalho e me esqueça, vc é a mulher de 1 milhão de votos, a única chancelada pelo Jair, eu sou só uma ativista que não tem onde cair morta, segundo você".

Em evento em São Paulo, Major Olímpio também disse que Joice está isolada. "Não há conflito de todos contra um, é só um se adequar", disse a jornalistas.

A Folha tentou entrar em contato com a deputada eleita Joice Hasselmann, mas não obteve resposta.
Herculano
07/12/2018 17:10
da série: a realidade do poder transforma as pessoas; a sede de poder, deforma as pessoas, ainda mais as iniciantes, principiantes e toscas

ATUAÇÃO INTENSA DOS FILHOS DE BOLSONARO PREOCUPA EQUIPE DO PRESIDENTE ELEITO, por Mônica Bérgamo, colunista social do jornal Folha de S. Paulo

A atuação intensa dos filhos de Jair Bolsonaro preocupa integrantes da equipe do presidente eleito. O vereador Carlos Bolsonaro, do Rio, é o que mais causa apreensão, desde a campanha eleitoral.

DE LONGE
O parlamentar é considerado o mais tempestuoso dos três filhos de Bolsonaro que seguiram carreira política. E o mais propenso a gerar crises, ainda que permaneça distante do núcleo do futuro governo.

DE PERTO
Carlos Bolsonaro já se desentendeu com o futuro secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno,
e acaba de comprar briga com um dos parlamentares eleitos mais próximos do futuro presidente, Julian Lemos (PSL-PB).

SAI FORA!
No entrevero, o vereador pediu que Lemos pare de "aparecer atrás" do presidente eleito, "por algum motivo como faz sempre".

SOLDADO
Julian Lemos diz que não quer comentar os ataques. E afirmou: "Fui forjado acompanhando, por quatro anos, a vida política de Bolsonaro, vendo seu exemplo e ouvindo seus conselhos. Sou soldado de primeira hora. Respeito a família, mas só sigo as orientações do presidente. Ele me lidera e só aceito o seu comando".

CUIDADO, PAI
Numa postagem recente no Twitter, Carlos Bolsonaro chegou a declarar que a morte de Bolsonaro interessa a pessoas próximas.

FREIO
Já o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro fala demais, na opinião de auxiliares do presidente. É dele a declaração de que bastariam um soldado e um cabo para fechar o STF (Supremo Tribunal Federal), o que gerou uma crise com a corte.

DOCE
O filho mais velho, Flávio Bolsonaro, que foi eleito senador pelo Rio, é considerado o mais maduro, ponderado e amistoso dos três. É definido como "um amor de pessoa" por um político do círculo íntimo do presidente eleito.

DESTAQUE
Na quinta (6), no entanto, ele foi envolvido na notícia de que um ex-assessor movimentou R$ 1,2 milhão, de forma atípica. E virou um dos assuntos mais comentados do Twitter.
Herculano
07/12/2018 16:58
POR ENQUANTO, CIDADÃOS PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS UM, ESPERTOS E AMIGOS DOS ESPERTOS, ZERO. MAS ELES ESTÃO GANHANDO DE GOLEADA, FAZ TEMPO.

O que publiquei ontem, quinta-feira, às 8h46min neste espaço de comentários?

AMANHÃ É DIA DA IPM FAZER A FESTA

Para a maioria, parecia uma frase solta, sem nexo. Para alguns, um recado certeiro e claro.

Resultado: uma correria para cancelar a festa. E cancelaram. Mas, não desistiram, soube há pouco das fontes. Estão desconfiados. Estão à procura de delatores. Estão armando outra.

O que posso escrever? Esta não é a primeira, nem será a última. Mas, há tantas que quando alguém entrar neste carteado e cassino, haverá pouco a comemorar. As provas abundam e estão devidamente registradas e guardadas. E não é de hoje.
Miguel José Teixeira
07/12/2018 16:08
Senhores,

Na mídia:

"Imagens mostram Pezão de camiseta, short e chinelos em vistoria na prisão"

O discípulo de lula, cabral & cia., está em seu elemento: comendo, bebendo e dormindo por conta do erário. . .

Só que, ATRÁS DAS GRADES, como seus mestres!!!
Herculano
07/12/2018 12:43
da série: o Brasil da marcha ré


EM REAÇÃO À DECISÃO DE FUX, GRUPOS DE CAMINHONEIROS DISCUTEM PARALISAÇÃO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Fux decidiu suspender a aplicação de multas, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), pelo descumprimento dos preços mínimos para serviços de frete rodoviário

Em reação à decisão tomada na quinta-feira (6) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, grupos de caminhoneiros passaram a mobilizar, por WhatsApp, uma possível paralisação. O movimento ainda é incipiente e há dúvidas se vai se propagar.

Na noite da quinta-feira, Fux decidiu suspender a aplicação de multas, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), pelo descumprimento dos preços mínimos para serviços de frete rodoviário. As punições ficam suspensas até que o STF decida sobre a constitucionalidade do tabelamento, que os caminhoneiros preferem chamar de "piso mínimo".

A medida atendeu a pedido formulado pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolada no dia 13 de novembro. A entidade argumentou que as multas estavam sendo aplicadas pelo descumprimento de uma tabela que não foi feita conforme manda a lei.

A legislação prevê que os preços serão fixados após uma discussão entre os caminhoneiros, o governo e os usuários dos serviços de transporte. Mas os preços aplicados pela ANTT não foram determinados dessa forma. São ainda de uma tabela feita às pressas em maio passado para acabar com a greve. Pela falta de base legal para as multas, a entidade pediu a suspensão das punições.

Duro golpe
Para os caminhoneiros, foi um duro golpe. A fiscalização pela ANTT era a única forma de assegurar o cumprimento dos pisos mínimos, uma vez que muitas empresas embarcadoras se recusavam a seguir a tabela e até ameaçavam colocar numa "lista negra" aqueles caminhoneiros que não aceitassem preços menores.

A decisão de Fux causou revolta entre os motoristas autônomos. "O STF está de brincadeira: aumentam o salário para quase R$ 40 mil e ferram com os caminhoneiros", escreveu Alexandre Fróes, que atua no porto de Itajaí (SC). "Vamos parar agora, aí vai ficar bom acabar com a festa."

Já o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários de São Paulo (Sindicam - SP), Norival de Almeida Silva, o "Preto", disse ter dúvidas se uma eventual paralisação vai prosperar.

Antiga liderança do movimento, o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí (RS), Carlos Alberto Litti Dahmer, divulgou entre os caminhoneiros um áudio onde diz que vê duas possíveis saídas para o impasse. Uma é pressionar a ANTT a implementar rapidamente um controle eletrônico sobre os serviços de transportes, que evitará que a carga saia de sua origem se o frete estiver abaixo do piso mínimo.

A outra é uma "mobilização nacional forte", o que significará "confrontar o STF" para que decida, afinal se o piso mínimo é ou não constitucional. "É uma batalha só, um tiro só", alertou.

"Talvez seja o momento de a ANTT agilizar o sistema, daí a gente não precisa parar o País", comentou ele em conversa com o jornal O Estado de S. Paulo. A ideia de uma nova paralisação, disse ele, está em discussão na categoria e ainda não há uma decisão."
Carlinhos
07/12/2018 08:33
Bom Dia Herculano assim e governo do MDB,aonde se fala e nada acontece seus crédulos vereadores eleitos que se vendem por migalhas ou em troca de favor,Chico inhaia ganho a licitação de água já ta bom o agora barba branca Wando Andriete ganha umas camadas de macadame para colocar no barracão tb tá bom o vereador com mais votos eleitos pelo partido nem responde a celular só cuidando para o Kleber não mandar embora seus apadrinhados que não são poucos que prometeu em campanha e ainda nem cumpre o que promete palavra para ele não existe né seu Junior Hostim certo fez o doutor Silvio sumiu do antro da bola de vidro e tá fazendo um ótimo trabalho ontem estava na câmara prestigiando os Pais e os alunos formados pela Defesa Civil de Gaspar a qual só teve elogios de todos presentes e mais aqui virão leia o próximo cruzeiro vcs irão ler o que acontece
Herculano
07/12/2018 08:19
da série: os novos do poder: A realidade x a vaidade. É um mal sinal que se apresentava bem antes da eleição de outubro, mas...

É A REFORMA, ESTÚPIDO

Conteúdo de O Antagonista. A guerra do WhatsApp entre Eduardo Bolsonaro e Joice Hasselman apavora o mercado financeiro.

Como é que essa gente vai reunir 308 votos para aprovar a reforma da Previdência?
Herculano
07/12/2018 08:16
ESTAVA NA COLUNA DE ESTELA BENETTI: MOISÉS SE ENCONTRA COM INVESTIDORES INTERNACIONAIS EM MINAS GERAIS

Cheira contradição e propaganda enganosa. Vamos ao texto da colunista do Diário Catarinense, da NSC TV. Volto ao final.

Belo Horizonte sediou nesta quarta-feira o Doing Business Brazil 2019, que reuniu representantes de mais de 60 multinacionais de 14 países, o futuro vice-presidente Hamilton Mourão e diplomatas dos Estados Unidos e do Reino Unido. O governador eleito de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva foi convidado e falou para os presentes sobre os projetos que vai desenvolver no Estado para melhorar as condições aos investidores. Informou sobre planos de desburocratização e medidas de controle da gestão, por meio da Controladoria Geral do Estado.

Segundo o novo governador, foi possível concluir que houve um aumento significativo da confiança dos empresários para voltar a investir no Brasil e em Santa Catarina. Os organizadores do evento cogitaram a possibilidade de realizar a edição 2019 do Doing Business em SC.

Em sua palestra, Mourão falou sobre os novos rumos da política nacional, o que agradou os empresários presentes, informou a assessoria do governador eleito de SC. Este é o segundo encontro de Moiséis com lideranças internacionais visando a atração de investimentos ao Estado. O outro foi em Brasília, poucos dias após ser eleito, quando foi apresentado para embaixadores de boa parte dos países que são os principais parceiros comerciais do Estado.

VOLTO

1. Primeiro, o governador eleito Carlos Moisés da Silva, PSL, está certo e fez bem. É preciso expor Santa Catarina e atrair novos investimentos para diversificar ainda mais a economia e de preferência algo que não produza tantos danos ao meio-ambiente.

2. Mas, antes de ir para fora atrair novos, o Comandante Moisés, precisa dizer claramente o que quer e o que vai fazer com os que já estão aqui. Não fala em perpetuar o que já está e que para ele, e às vezes, até para mim, parecem ser privilégios.

3. O comandante que ainda não sabe a diferença entre comandar e governar, que não quer ser estadista e quer dar lições de vinganças a quem não simpatiza para supostamente colocá-los no seu lugar, mesmo que isso prejudique não só o estado, os catarinenses de um modo geral, mas o próprio governo dele que está sem apoio de esquemas que o protejam - a não se parte ponderável dos Militares da reserva da PM -, reduziu o seu espaço para ouvir as representações empresariais.

A mais notória foi se negar a ouvir os de Blumenau e Vale do Itajaí, onde está uma das bases mais plurais, competitivas e organizadas de produção.

Ou o comandante Moisés acha que essa negativa não está percorrendo o mundo empreendedor, inclusive nos fóruns onde ele está tentando vender um paraíso de oportunidades? Pior mesmo, é a imprensa - cria da RBS que fez do jornalismo um ponto cego no estado - não enxergar isso. Santa Catarina, merece mais,
Herculano
07/12/2018 07:49
BOLSONARO CONTRA O AGRONEGóCIO, por Reinaldo Azevedo, no jornal Folha de S. Paulo

Presidente eleito e sua seita de esquisitos podem quebrar o setor

Ainda que todos os diagnósticos de Jair Bolsonaro sobre meio ambiente e terras indígenas estivessem corretos, cumpriria perguntar: "As terapias que propõe são eficazes?". Note-se: nem dá para saber se ele acerta ao apontar os problemas porque é impossível obter desse arauto de uma nova era um enunciado compreensível, com sujeito, verbo (sem a vírgula no meio), complementos e seus adjuntos. Com alguma frequência, ele se aborrece com a gente e larga o raciocínio pelo caminho.

Outra pergunta: os programas ambientais em curso no país e as metas estabelecidas de redução de emissão de carbono, por exemplo, concorrem para diminuir a produção agropecuária? Os empresários de alta performance do setor respondem com todas as três letras: "Não!".

Na verdade, dizem eles, o fato de o Brasil ter passado a gozar de boa reputação na área e de ser visto, em alguns casos, como referência no respeito ao meio ambiente contribui para abrir as portas do mercado mundial.

Mas vem coisa ruim por aí. A Folha informou na quarta que as ONGs que acompanham a Conferência do Clima na Polônia (COP-24) já transformaram o Brasil em um de seus alvos. Irrelevante? Gritaria inútil? Elas que se danem? Não há certeza absoluta de que os desequilíbrios climáticos e a elevação da temperatura do planeta se devam a fatores antropogênicos? Digamos que tudo isso seja verdade. E daí?

Tenho conversado com muita gente ligada ao agronegócio. Não me refiro a madeireiros disfarçados de produtores rurais. Nenhuma das brigas retóricas que Bolsonaro comprou até agora seria favorável ao setor se seus vitupérios virassem políticas públicas.

Vamos lá. Quanto dos 13% do território brasileiro ocupados por reservas indígenas teria viabilidade econômica para a produção de alimento? "Muito pouco", asseguram. As exceções não justificam a difamação internacional a que o país ficaria exposto diante da suspeita de que comunidades tradicionais estariam sendo submetidas à força a processos de aculturação.

Não! Os produtores não estão nem aí para a gritaria das ONGs e das esquerdas. Eles temem seus concorrentes mundo afora. O Brasil é hoje uma potência agropecuária justamente por se submeter a leis ambientais restritivas e disciplinadoras que forçaram um salto de qualidade e de produtividade.

A hostilidade ao Acordo de Paris, por exemplo, beira o surrealismo. Boa parte dos signatários não vai cumprir as metas acordadas. Já não está cumprindo, conforme atesta a COP-24. Mas ninguém saiu por aí fazendo mira contra o dito-cujo.

E vai acontecer o quê? Nada. Haverá algo parecido com escusas, novas promessas, e a vida segue. Como? Bolsonaro é um homem muito sincero e não aceita esse teatro hipócrita das relações internacionais? Então que vá brincar de soldadinho de chumbo e de Forte Apache!

Acusar o Acordo de Paris, como faz o presidente eleito, de ser expressão de uma tramoia para internacionalizar parte do nosso território por intermédio do tal "Triplo A" ?"a faixa ecológica que uniria Andes, Amazônia e Atlântico?"? é de uma estultice que só não choca seu futuro chanceler, Ernesto Araújo, aquele que reza para o "Deus de Trump", o esquisitão que prepara a futura recessão americana, à qual o bolsonarismo quer atrelar o nosso destino. Quem reivindica o tal corredor é uma ONG colombiana e nada tem a ver com o acordo sobre o clima, que, convenham, cria mais dificuldades para a França, como se vê, do que para o Brasil.

Na entrevista coletiva que concedeu na quarta, Bolsonaro fez referência à coluna que escrevi aqui no dia 16 de novembro, em que afirmei que ele "acerta quando recua e erra quando avança". Com gramática solipsista, viu nela coisa "de pessoas 'más-intencionadas' (sic)", que não teriam ainda engolido a sua vitória.

Besteira. O que se tenta evitar é que uma política de décadas de conquista de mercados mundo afora, com resultados formidáveis, seja sacrificada no altar capenga de uma seita de esquisitos, convicta de que estamos exportando soja, milho e carne e importando comunismo, como asseveram velhos e moços gagás.

Parafraseando Antero de Quental, há malucos que precisariam de 50 anos a menos de idade, o que justificaria tamanha tolice, ou de 50 a mais de reflexão.
Herculano
07/12/2018 07:44
UMA MANCHETE CONTRA AS MULHERES E O SEU EMPODERAMENTO

Pabllo Vittar fica na frente de [Débora] Secco e Sabrina Sato na lista das mulheres mais sexy do ano.
Observador
07/12/2018 07:41
Herculano, será que sou somente eu ou mais alguém percebeu o "sumiço" do vice prefeito.
Já fazem dias que o mesmo "desapareceu", ninguém sabe seu paradeiro, na prefeitura não aparece, nas redes sociais onde postava diariamente nem sinal.
Será que o senhor vice prefeito antecipou as férias coletivas?
Mais um mistério a ser desvendado na nossa Gaspar.
Herculano
07/12/2018 07:40
da série: gente estranha. Move-se por afeto, pequenez e se nega ser estadista em favor de uma nação. Em algum ponto, ela se parece muito com o pessoalismo que minou e derrubou o governo do PT e da esquerda do atraso. É do tipo: "estou de mau com você..."

O JATINHO DE MALTA


Jair Bolsonaro escanteou Magno Malta depois de ser informado que ele tentou emplacar no Ministério da Agricultura um apaniguado de Eraí Maggi, que lhe pagou viagens de jatinho.

Segundo o Estadão, "a família do presidente eleito reclamava que Malta não teve sensibilidade ao entrar no quarto em que Bolsonaro estava internado - após ter sido vítima do atentado a facadas - para fazer imagens. Numa das fotos, quem aparece ao lado de Bolsonaro é Maggi, levado pelo senador".
Herculano
07/12/2018 07:10
PETISTA GANHA SINECURA SOB GOVERNO BOLSONARO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou nesta sexta-feira nos jornais brasileiros

O governo Jair Bolsonaro vai estrear, em janeiro, com um petista ilustre em uma das mais secretas sinecuras do Brasil no exterior: diretor da Casa do Brasil... em Paris. O presidente eleito nem sabe disso, mas a partir de janeiro, assumirá a benesse o professor da UFRGS Lívio Amaral, conhecido por suas ligações ao PT e tido no MEC como um dos mentores do aparelhamento da Fundação Capes, nos governos do PT, e da "esquerdização" da pesquisa científica com dinheiro público.

GOELA ABAIXO
O conselho da fundação é que escolhe o diretor da sinecura em Paris, que é presidido pelo embaixador brasileiro. Pior que isso, tem mandato.

QUEM PRESIDE
Embaixador em Paris desde o PT no poder, Paulo Oliveira Campos foi auxiliar de Lula. E tem relações quase familiares com o ex-presidente.

'EXÍLIO' DOURADO
O futuro diretor da Casa do Brasil em Paris continuará receber seu salário na UFRGS e mais 3.200 euros (R$14,1 mil). E casa montada.

CLAQUE LULISTA
Colecionador de medalhas do governo Lula, Lívio Amaral era assíduo em reuniões da "comunidade científica" petista com o então presidente.

DEFESA DE LULA BATE RECORDE DE 'HCS' E DE DERROTAS
A defesa do ex-presidente Lula usa e abusa do "direito" de agastar a Justiça, demonstrando notável capacidade de ganhar prioridade nos tribunais. Até agora, impetrou mais de 140 habeas corpus para tentar soltar o petista condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Todos negados. Com o Supremo Tribunal Federal sempre disposto a acolher qualquer manobra sem arquivar, ainda que insultem a inteligência.

JUSTIÇA EXCLUSIVA
Há levantamentos indicando que quase 180 magistrados em cerca de 50 instâncias foram mobilizados para julgar manobras do presidiário.

OUTRA FACE
Os tribunais permitem as manobras, sempre gentis, apesar de serem sistematicamente desqualificados pela defesa do presidiário.

SÃO UNS MALAS
Advogados acham que a fábrica de manobras de Lula objetiva tentar forçar situação para eventualmente alegar "cerceamento de defesa".

MIL DIAS DE TORMENTO
O ex-ministro Antônio Palocci teria tentado se matar quatro vezes no cárcere, segundo os amigos que lhe restam. Até retiraram meias de sua cela, para evitar tentativa de enforcamento. Indagada, a assessoria da Polícia Federal em Curitiba diz não ter informações sobre isso.

KIT OBSTRUÇÃO
O depoimento de Palocci à Justiça, ontem, mais parecia debate no Congresso. Entre a autorização para Palocci falar e o início do depoimento, foram 20 minutos de "obstrução" da defesa mala de Lula.

APEX NO ITAMARATY
O futuro chanceler Ernesto Araújo venceu a disputa com Paulo Guedes (Economia): manteve no Itamaraty a Apex (Agência de Promoção de Exportações). Seu presidente será o gestor público Alexandro Carreiro.

JÁ DEU, ASTRONAUTA
Já passou da hora de o futuro ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, aposentar o macacão usado na reunião ministerial. Sua loja de lembranças da proeza se incumbirá de lembrar que ele foi astronauta.

BOM EXEMPLO
Após ouvir a empresa pública Terracap, o secretário de Comunicação do governo do DF, Paulo Fona, agiu rápido e suspendeu licitação de publicidade de R$12 milhões. Atendeu a pedido da equipe de Ibaneis Rocha, contrariando interesses de antecessores dele na Secom.

ÚLTIMOS SUSPIROS
As centrais farão protesto dia 11, em São Paulo, contra a extinção do Ministério do Trabalho, fonte de suas receitas milionárias com a criação de lojas sindicais, também conhecidos como sindicatos.

SEM 'TOMA LÁ', NÃO TEM 'CÁ'
Líder do PR na Câmara dos Deputados, José Rocha (BA) deixou claro que o partido apoiará o governo Bolsonaro, mas não vai obrigar que os parlamentares votem a favor. "Vamos dançar conforme a música", diz.

POUCO A VER COM ISSO
A Adasa, agência reguladora de uma empresa só no DF, comemorou o nível de 91,1% do reservatório do Descoberto. Antes havia divulgado 94,2%. Mas Adasa e Caesb pouco têm a ver com isso.

PENSANDO BEM...
...pelo espírito da denúncia do MPF à Justiça, o governo Dilma só não pedalou mais por falta de bicicleta.
Herculano
07/12/2018 07:02
COM SORTE, NOVA MINISTRA NÃO TERÁ PODER SOBRE EDUCAÇÃO E SAÚDE, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Área de direitos humanos tem problemas e não precisa de invencionices ultraconservadoras

Segundo Damares Alves, em breve a princesa do desenho "Frozen" acordará a Bela Adormecida com um "beijo lésbico". Ela também reclamou quando viu o pai gay de uma ilustração usando um tênis da moda, que o faz parecer mais descolado do que um pai heterossexual.

Com sorte, a futura ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos não terá poder para interferir em políticas públicas na saúde, na educação, na cultura e em outros temas fora de seu guarda-chuva.

A pasta que será comandada pela advogada e pastora não toma decisões nessas áreas, mas costuma ser ouvida. Caso ela abasteça o governo com as informações que usou em palestras nos últimos anos, o país corre o risco de enfrentar retrocessos.

Damares já distorceu dados sobre saúde pública para mobilizar fiéis de igrejas evangélicas. Em 2013, disse que não há milhares de mulheres que morrem em consequência de abortos ilegais e desafiou qualquer pessoa a mostrar seus túmulos.

Também exibiu uma propaganda italiana sobre discriminação sexual e disse falsamente que ela seria reproduzida no Brasil. Ao falar de turismo sexual, afirmou: "Tem muito hotel fazenda de fachada por aí para os homens transarem com animais".

Nesta quinta-feira (6), Damares disse estar interessada em combater preconceitos, a pedofilia e a violência contra a mulher. O ministério já tem um prato cheio de problemas para resolver sem as invencionices de alas ultraconservadoras.

Se não surgirem explicações convincentes, a revelação de que um ex-assessor de Flávio Bolsonaro movimentou R$ 1,2 milhão em um ano e assinou um cheque de R$ 24 mil para a mulher de Jair Bolsonaro abrirá a primeira crise do novo governo.

O azar do futuro presidente é que ele não poderá usar a caneta Bic para demitir o filho, senador eleito, caso precise se distanciar do problema. Nesta semana, Flavio disse que, por causa do sobrenome, não será "um senador comum". Ele tem razão.
Herculano
07/12/2018 06:43
A MÁQUINA DA GRÁFICA PIFOU

O jornal Cruzeiro do Vale que rodaria ontem a noite na gráfica, não rodou. E a tradicional edição das sextas-feiras, não pode estar nas bancas e nos assinantes como sempre acontece.

Virá, excepcionalmente amanhã. Ao menos a coluna Olhando a Maré, mostra - com dados e história - como os pagadores de pesados de impostos bancam projetos caríssimos que nunca saem do papel para a festa e farra dos políticos em todos os cantos de Santa Catarina e Gaspar. Afinal, quem ganha com essa irresponsabilidade? Acorda Gaspar!
Herculano
06/12/2018 19:51
TEX COTTON ARREMATA COMPLEXO INDUSTRIAL DA SULFABRIL POR R$ 34,3 MIKLHõES

Conteúdo e texto do site Noticenter, de Blumenau. O segundo leilão online e presencial da Sulfabril ocorreu nesta quinta-feira, dia 6, no salão do júri da comarca de Blumenau e encerrou com a venda dos últimos dois lotes da massa falida da empresa.

Quem deu o maior lance foi o diretor financeiro da empresa Tex Cotton, de Blumenau, Ricardo Lira.

Ele representou o empresário Sérgio Ferrari durante os lances na compra do Lote 2 da Sulfabril, avaliado em R$ 41.256.481,42, com lance inicial de R$ 20.630.000,00 e arrematado por R$ 34.350.000,00, com 10% de entrada e saldo em 72 vezes.

A compra corresponde ao complexo industrial, com 27 terrenos e área total de 71,2 mil metros quadrados.

No total, o leiloeiro oficial Daniel Elias Garcia recebeu 114 lances, online e presenciais, de pessoas interessados em adquirir o imóvel.

O vencedor da disputa, o representante da Tex Cotton, falou brevemente sobre o futuro do imóvel.

Segundo ele, a intenção é retomar o quanto antes a atividade têxtil na propriedade arrematada.

A Tex Cotton também adquiriu o Lote 3 avaliado em R$ 2.840.523,33 e com lance inicial de R$ 1.420.500,00.

O terreno localizado na Rua Itapema, no bairro Vorstadt, com área de 35,5 mil metros quadrados foi arrematado na tarde desta quinta-feira por R$ 1.480.500,00, com entrada de 10% e saldo em 24 vezes.

A juíza Quitéria Tamanini Vieira Péres, titular da 1ª Vara Cível de Blumenau explica que os valores arrecadados serão destinados prioritariamente ao pagamento de processos trabalhistas.
Herculano
06/12/2018 19:44
PROFISSÃO DE POLÍTICO

O catarinense Vinicius Lummertz Silva, atual ministro do Turismo, e que já transitou em vários partidos, foi notícia por aqui e São Paulo. Ele vai ser o secretário de Turismo de São Paulo.

Falando sério...

Profissão do catarinense Vinicius Lummertz é estar num cargo público top de linha em qualquer lugar dentro do velho esquema e que foi derrotado nas urnas e penou para ganhar em São Paulo.

Quem é mesmo o agente desse político? Parece jogador: a cada temporada está num time e vestido de craque que trabalha nas sombras.
Herculano
06/12/2018 19:36
da série: não tem jeito, o PT e seus sócios são uma máquina de sacanagens com o dinheiro dos pesados impostos de todos os brasileiros.

LULA ACERTOU PROPINA AO FILHO EM TROCA DE BENEFÍCIOS A MONTADORAS, DIZ PALOCCI

Ex-ministro petista acusa o ex-presidente de ter ajudado filho com vantagens ilícitas para projetos esportivos

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Fábio Fabrini, da sucursal de Brasília. O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil) acusou nesta quinta-feira (6) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de acertar com um lobista do setor automobilístico pagamentos ao filho caçula, Luís Cláudio Lula da Silva, em troca de benefícios viabilizados por uma medida provisória.

Em depoimento prestado à 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, Palocci declarou ter sido procurado por Luís Claudio entre o fim de 2013 e o início de 2014 na sede de sua consultoria, a Projeto, em São Paulo, pedindo ajuda para captar recursos para projetos esportivos. Ele organizava uma liga de futebol americano no Brasil.

O ex-ministro relatou ter se encontrado com Lula depois disso, no Instituto Lula, na capital paulista, para tratar do assunto. Na ocasião, o ex-presidente teria admitido a combinação ilícita. "Não precisa se preocupar, porque eu já arrumei esses recursos na renovação dos benefícios da Caoa e da Mitsubishi", disse o ex-mandatário, conforme o depoente.

As montadoras Caoa (Hyundai) e MMC Automotores (Mitsubishi) conseguiram em 2009 e em 2013, por meio de duas medidas provisórias distintas, manter incentivos fiscais por terem suas fábricas na região Centro-Oeste. Os benefícios foram concedidos a título de estimular o desenvolvimento da região.

A partir de 2014, uma das empresas de Luís Cláudio, a LFT Marketing Esportivo, recebeu R$ 2,5 milhões do lobista Mauro Marcondes Machado, que representava as duas empresas perante o governo e o Congresso. Machado já foi condenado por corrupção nas tratativas para viabilizar os incentivos.

Palocci contou que Lula disse ter acertado com Machado que o lobista receberia das montadoras entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões e repassaria o valor ao filho.

"Eles vão dar uma contribuição ao Mauro Marcondes, o Mauro Marcondes já é representante deles e o Mauro vai dar o dinheiro para o Luís Cláudio", teria dito o petista, segundo o ex-ministro. "Fiquei espantado com a forma de um ex-presidente ter interferido numa medida provisória de uma maneira tão explícita. Mas ele falou que o Mauro Marcondes era muito de confiança dele", acrescentou.

Palocci depôs como testemunha de acusação, arrolado pelo MPF (Ministério Público Federal) em Brasília, em ação penal contra Lula. Ele falou por videoconferência ao juiz substituto Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal no Distrito Federal, na qual tramita o caso.

O ex-ministro fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal e está em prisão domiciliar desde a semana passada, após passar dois anos no regime fechado.

O MPF denunciou em setembro do ano passado o ex-presidente, o ex-ministro Gilberto Carvalho, seu ex-chefe de gabinete, e mais cinco pessoas por, supostamente, vender a medida provisória de 2009 a montadoras de veículos.

Eles são acusados de corrupção ao elaborar e editar, em 2009, a MP 471, daquele ano, que prorrogou por cinco anos incentivos fiscais a fábricas instaladas no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste.

Outra MP, a 627, renovou em 2013 os benefícios da 471 que estavam por vencer.

Naquela época, a então presidente Dilma Rousseff exercia seu segundo mandato. Ela editou a segunda MP, mas sem a regra que prorrogou os incentivos. A norma foi incluída no texto pelo Congresso, via emenda parlamentar.

Palocci disse que Lula contou no suposto encontro do Instituto Lula, no entanto, ter tratado com Dilma do assunto. "O ex-presidente me relatou dessa forma: que ele tinha tratado com a ex-presidente Dilma e com o ex-chefe da Casa Civil esse assunto da MP 627, que é a renovação dos benefícios da 471."

O ex-ministro sustentou que "o mesmo modus operandi" se deu na edição da primeira MP, mas não deu detalhes a respeito. "O ex-presidente Lula me disse na ocasião que o mesmo tinha ocorrido na 471."

Questionado pela defesa de Lula, Palocci afirmou que não há nenhuma outra testemunha das supostas conversas com Luís Cláudio e o ex-presidente.

Na denúncia sobre a 471, tratada na audiêncisa desta quinta, os procuradores da República Frederico Paiva e Hebert Mesquita afirmam que lobistas das empresas automotivas prometeram o pagamento de propinas a intermediários do esquema e a agentes políticos, entre eles Lula e Carvalho. Os dois teriam aceitado essa promessa.

A Marcondes e Mautoni Empreendimentos, empresa de Marcondes, teria ofertado R$ 6 milhões a Lula e Carvalho. O destino do dinheiro, segundo o MPF, seria o custeio de campanhas eleitorais do PT. As montadoras e o lobista negam ilicitudes.

A partir dessa promessa, a MP teria sido editada rapidamente e por meio do que chamam de "procedimentos atípicos", nos termos solicitados pelas empresas interessadas. O trâmite do texto em três ministérios se deu em apenas três dias, segundo a investigação.

O MPF se baseou em troca de mensagens entre os lobistas e empresários investigados, mas não consta entre elas comunicação direta com o próprio Lula.

Outros réus são Machado, o lobista Alexandre Paes dos Santos, o APS, o ex-conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) José Ricardo da Silva e os executivos de montadoras Carlos Alberto de Oliveira Andrade e Paulo Arantes Ferraz. Por meio de suas defesas, eles negam envolvimento no suposto esquema.

A Procuradoria da República requer R$ 12 milhões de ressarcimento aos cofres públicos.

O esquema criminoso teria começado em 2009, quando os lobistas teriam feito chegar ao Palácio do Planalto uma carta sugerindo a prorrogação dos incentivos fiscais.

Numa mensagem interceptada na Zelotes, Alexandre Paes dos Santos afirma que "colaboradores" teriam cobrado R$ 6 milhões de Marcondes. Para o MPF, essas pessoas seriam Lula e Carvalho.

Já as supostas ilegalidades na tramitação da MP de 2013 são tratadas em outra ação penal, na qual Lula e o filho caçula, Luís Claudio, são acusados de envolvimento num caso de tráfico de influência para viabilizar a aprovação do benefício.

A investigação foi feita pelo MPF na Operação Zelotes , com apoio técnico daCoordenação-Geral de Procedimentos Especiais da Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda.

Nesta quinta, Palocci disse ter conhecido Machado quando deputado, na sede da Anfavea, associação que representa as montadoras, e que desde aquela época o lobista demonstrou ter proximidade com Lula.

Os dois se conhecem desde os tempos em que o ex-presidente era sindicalista no ABC e Machado, executivo de montadoras.?

OUTRO LADO
A defesa de Lula afirmou nesta quinta, em nota, que Palocci aproveitou-se de seu depoimento para, "de forma inusual, tomar a iniciativa de fazer afirmações sem qualquer relação com o processo, com o nítido objetivo de atacar a honra e a reputação do ex-presidente Lula e de seu filho Luís Cláudio".

Embora a audiência tenha sido para tratar de ação penal referente à MP 471, de 2009, maioria das informações citadas pelo ex-ministro são sobre a MP 627, de 2013.

O advogado Cristiano Zanin Martins sustenta que Palocci teve que reconhecer que recebeu benefícios de redução de pena e também patrimoniais com sua delação; que um dos temas tratados em sua delação diz respeito a medidas provisórias; e que foi advertido pela Policía Federal de que poderá perder benefícios se sua narrativa não se confirmar.

"Palocci, portanto, não é uma testemunha - que fala com isenção ?", mas alguém interessado em manter as relevantes vantagens que obteve em sua delação. O ex-ministro ainda reconheceu que as supostas conversas que afirmou ter mantido com Lula e Luis Cláudio não tiveram a presença de qualquer outra pessoa, não havendo, portanto, qualquer testemunha sobre a efetiva ocorrência dos encontros e do teor do assunto discutido", argumenta o advogado.

Zanin diz que Palocci sabe que suas afirmações "são mentirosas" e não poderão ser confirmadas por qualquer testemunha. "Por isso, mais uma vez o ex-ministro recorre a narrativas que envolvem conversas isoladas com Lula, expediente que já havia recorrido em depoimento prestado perante a Justiça Federal de Curitiba."
Herculano
06/12/2018 19:27
ANA PAULA LIMA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Conteúdo do Informe Blumenau. Texto de Alexandre Gonçalves. Aconteceu nesta quinta-feira, 06, o julgamento do registro de candidatura da deputada federal de Ivana Laís da Conceição (PT), que não foi deferida pela Justiça Eleitoral. Ela não teria apresentado uma certidão, mas seu nome permaneceu na urna eletrônica, recebendo 495 votos, votos que o Partido dos Trabalhadores queria que fossem considerados válidos.

Por quatro votos a três, os desembargadores entenderam que a candidatura de Ivana estava valendo e os votos que ela recebeu deveriam ser considerados.

Com isso, a deputada estadual Ana Paula Lima (PT) está eleita para a Câmara dos Deputados, pois tinha faltado apenas um voto para a legenda do PT garantir a eleição de um segundo candidato. Fará companhia a Pedro Uczai.

Com isso, Ricardo Guidi fica de fora, ele que entrou pela legenda do PSD.
Herculano
06/12/2018 19:24
SUSPEITA SOBRE EX-ASSESSOR DOS BOLSONARO PõE MORO EM SAIA-JUSTA, por Helena Chagas, em Os Divergentes.

Assim como jabuti não sobe em árvore, o Ministério Público, o Coaf e outras corporações do setor de investigações não dão ponto sem nó. O vazamento do relatório que apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de um ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro - apontando inclusive um cheque de R$ 24 mil para a futura primeira dama Michelle Bolsonaro - criou uma saia-justa para o novo governo. A pergunta que não quer calar em Brasília é se, antes mesmo da posse, a família Bolsonaro começará a ser investigada.

Tal investigação não existe ainda. Fabrício Queiroz, o ex-assessor do filho 01 na Alerj, entrou numa lista de 22 funcionários que, segundo o Coaf, tiveram movimentação financeira incompatível com seus ganhos. Essa lista foi anexada pelo Ministério Público à investigação que deu origem à Operação Furna da Onça, que teve como alvo os esquemas na Alerj.

Nem Flávio nem Fabrício estão no alvo dessa operação, mas o relatório apontando os caminhos suspeitos do dinheiro, que era retirado também em espécie da conta do servidor, foi parar nas mãos da imprensa muito provavelmente para forçar a abertura de uma investigação. Afinal, são muito comuns, nesses tempos de Lava Jato permanente, aquelas situações que começam quando as autoridades atiram no que vêem e acabam acertando o que não vêem.

Também é frequente o expediente dos procuradores de vazar uma denúncia para respaldar a abertura de um inquérito quando o caso é delicado. Para lá de delicado, no momento, por citar parentes do presidente eleito. Flávio Bolsonaro, em seu twitter, jogou o caso no colo do ex-assessor, afirmando esperar que ele explique tudo. Será que vai?

Acima de tudo, o episódio será um teste para o novo governo e seu futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, que a partir de 1 de janeiro será o chefe da Polícia Federal e do Coaf. Se a investigação for aberta, portanto, estará nas mãos do sujeito que abriu a caixa e soltou todos os monstros - que, vê-se agora, são incontroláveis. Seu comportamento será acompanhado com lupa para ver se o pau que bate em Chico bate em Francisco.
Herculano
06/12/2018 19:20
da série: é preciso mesmo muita cara de pau. O mais enlameado, que não foi capaz de levantar o caso, foi acertadamente pedir punição aos outros, para aquilo que pratica rotineiramente, mas acha normal.

PT VAI À PGR CONTRA FLÁVIO E MICHELLE BOLSONARO

Conteúdo de O Antagonista. Os petistas não perdem tempo: Paulo Pimenta já foi à PGR pedir que seja instaurada investigação para apurar "possíveis ilícitos criminais e administrativos" de Flávio e Michele Bolsonaro, registra a Coluna do Estadão.

O motivo alegado é a "movimentação atípica" de R$ 1,2 milhão por parte do PM Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito, detectada pelo Coaf.

Uma das transações elencadas no relatório do Coaf como valores pagos pelo PM é um cheque de R$ 24 mil destinado a Michelle, futura primeira-dama.

Pimenta solicitou à PGR que apure "principalmente" a participação de Flávio e Michelle "em possíveis ilícitos criminais e administrativos, tendo em vista que as condutas do terceiro representado [Queiroz] já são objeto de investigação".
Herculano
06/12/2018 19:16
da série: só em Gaspar os aplicativos de passageiros são coisas de um futuro que não chegou ainda. Não está regulamentada a atividade.

BARROSO E FUX VOTAM PELA LEGALIDADE DE TRANSPORTE INDIVIDUAL POR APLICATIVOS

Ministros entendem que não há afronta à livre concorrência. Julgamento foi suspenso por vista de Lewandowski.Conteúdo do site Jota, especializado em assuntos jurídicos. Texto de Luiz Orlando Carneiro e Márcio Falcão, de Brasília.

Os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, votaram nesta quinta-feira (6/12) para considerar legal o transporte individual de passageiros por meio de aplicativos. O julgamento - que terá impacto para o uso de plataformas como Uber, Cabify e 99 táxi ?" foi suspenso após pedido de vista do ministro Ricardo Lewandowksi e não há previsão para ser retomado.

O plenário discute em conjunto a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 449) , de relatoria de Fux, e o Recurso Extraordinário (RE) 1054110, que tem repercussão geral reconhecida e está na relatoria de Barroso.

Segundo os relatores, não há afronta à livre iniciativa nem à livre concorrência, sendo que uma proibição atingiria a liberdade profissional. Os ministros ainda aproveitaram para defender uma menor intervenção do Estado na economia e criticaram o monopólio dos táxis.

Para o ministro Roberto Barroso, é inconstitucional a proibição do serviço de transporte individual de passageiros por aplicativo e também uma fiscalização que inviabilize a atividade. No RE, a Câmara Municipal de São Paulo questiona decisão do Tribunal de Justiça paulista que declarou a inconstitucionalidade da Lei Municipal 16.279/2015, que proibira o transporte nesta modalidade na cidade.

O ministro sugeriu a seguinte tese:

A proibição ou restrição desproporcional da atividade de transporte remunerado individual por motorista cadastrado em aplicativo é inconstitucional por violação aos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência;

No exercício de sua competência para regulamentação e fiscalização do transporte privado individual de passageiros, os municípios e o Distrito Federal não podem estabelecer medidas anti concorrenciais, como restrições de entrada ou controle de preço, uma vez que tal competência não pode contrariar os parâmetros fixados pelo legislador federal, que tem atribuição privativa na matéria.

"O que vem acontecendo é o que se chama de destruição criativa. Nós temos um ciclo próprio de desenvolvimento capitalista em que há substituição de velhos modos de produção por novas formas de produção", afirmou.

Segundo o ministro, a livre iniciativa não tem apenas dimensão econômica, mas também individual. Ela transcende o domínio simplesmente econômico. "Assim, penso ser incompatível com a livre iniciativa normas que proíbam transporte remunerado de passageiros cadastrados em aplicativo

Roberto Barroso ressaltou que "a regulação estatal não pode privar os agentes econômicos do direito de empreender, inovar e competir."

O magistrado ressaltou que a Lei 13.640/2018(Lei do Uber) regulamentando o transporte remunerado privado individual de passageiros acabou com a controvérsia sobre o tema, uma vez que foram caracterizadas duas situações distintas: o transporte público individual e o transporte individual privado que pode ser prestado por plataformas como a Uber e similares.

Barroso avalia, no entanto, que o problema atual é a fiscalização e regularização pelos municípios, que não pode criar barreiras para o desenvolvimento das plataformas.

"O que se percebe é que cabe, ao serviço de táxi promover a qualificação de sua atuação para que se mantenha atrativo ao consumidor, não se identificando fundamento para a instituição de reservas de mercado", completou.

Relator da ADPF, Fux argumentou que a restrição na atuação dos aplicativos é inconstitucional por violar os princípios da livre iniciativa e da liberdade de profissão. Para o ministro, o serviço de transporte de aplicativos não diminuiu o mercado de atuação dos táxis.

"A venda de permissões de táxi, um titular tem 300 permissões. É a exploração do homem pelo próprio homem pagam diárias, têm que superar o valor da gasolina para retirar resíduo ínfimo. A Uber veio vencer esse paradoxo", afirmou.

A ADPF foi ajuizada pelo Partido Social Liberal (PSL) contra a Lei 10.553/2016 de Fortaleza (CE), que, segundo a legenda, teria sido "encomendada" por associações de taxistas para conter o avanço dos serviços de transporte por aplicativos na capital cearense.

No julgamento, o advogado Carlos Mario Veloso Filho, representante da Uber, apresentou dados sobre a empresa. Segundo o advogado, a Uber está presente em 600 cidades de 60 diferentes países do mundo. No Brasil, funciona em 100 municípios e conta com 500 mil motoristas credenciados e 20 milhões de usuários cadastrados. Pagou, em 2017, mais de R$ 972 milhões em tributos.
Herculano
06/12/2018 19:08
COISAS ESTRANHAS DE GASPAR E DO PODER DE PLANTÃO

O caso da concorrência vencida pela Iguatemi e que trato com detalhes nesta coluna e lançada para fazer o projeto - mais um - do Anel de Contorno, não foi motivo de divulgação oficial pela prefeitura de Gaspar.

Será por que?

O prefeito Kleber Edson Wan Dall,MDB, até ensaiou na sua página da rede social que usa para a propaganda do seu governo.

Misteriosamente, a foto e o assunto sumiram de lá. Hum! Acorda, Gaspar!
Herculano
06/12/2018 19:03
1.Onde há fumaça,há fogo.Quem atirava pedra agora é vidraça.Está aí a oportunidade para provar que os discursos são iguais às práticas.

2.Tem que ser apurado e punido que deu vão ao ponto fora da curva. Ponto final.Foi esse o recado dos brasileiros em outubro nas urnas. E para todos: aos que praticavam e aos que diziam que combateriam porque se apresentavam como limpos ou capazes para esta limpeza.

3.Agora só falta se igualar o governo eleito que nem assumiu aos enlameados da Lava Jato.

COAF ENCOSTA PASTA DE MORO NA FAMÍLIA BOLSONARO, por Josias de Souza.

Primogênito de Jair Bolsonaro, o deputado estadual fluminense e senador eleito Flávio Bolsonaro pendurou na conta que mantém no twitter uma nota que destoa da sua retórica habitual. Sempre na ofensiva, Flávio expressou-se em timbre meticulosamente defensivo.

Flávio escreveu o seguinte:"Fabricio Queiroz trabalhou comigo por mais de dez anos e sempre foi da minha confiança. Nunca soube de algo que desabonasse sua conduta. Em outubro foi exonerado, a pedido, para tratar de sua passagem para a inatividade. Tenho certeza de que ele dará todos os esclarecimentos."

Quem lê a nota assim, inteiramente descontextualizada, fica curioso para conhecer os fatos que lhe deram origem. Trata-se de um desses episódios que podem definir de que tipo de matéria-prima é feito um governo. Vai abaixo um decálogo da encrenca.

1. Já se sabia que a decisão de transferir o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) da área econômica para a pasta da Justiça havia transformado Sérgio Moro num gestor de nitroglecerina.

2. A apenas 25 dias da instalação do novo governo, descobre-se que o estoque de material radioativo colecionado pelo Coaf inclui um conjunto de dados que encostam o futuro ministério de Moro na família Bolsonaro.

3. Responsável pelo mapeamento das transações bancárias suspeitas realizadas em todo o país, o Coaf farejou movimentação esquisita de um ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa fluminense.

4.Chama-se Fabrício José Carlos de Queiróz o personagem fisgado pelos radares do Coaf. Trata-se de um ex-PM que estava lotado no gabinete de Flávio Bolsonaro até o último dia 15 de outubro. Era meio motorista, meio segurança.

5. Detectou-se uma movimentação de R$1,2 milhão numa conta bancária atribuída a Fabrício entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

6. A cifra é incompatível "com o patrimônio, a atividade ou a ocupação profissional e a capacidade financeira" do correntista, cujo salário na Assembleia somava R$ 8.517, que ele acumulava com R$12,6 mil que ele recebia da Polícia Militar.

7. Entre as esquisitices detectadas pelo Coaf há grande número de saques em dinheiro vivo. Há também um cheque que eleve o nível de radioatividade do episódio. Menos pelo valor do que pelo nome da favorecida.

8. Na frieza de sua linguagem técnica, o Coaf descreveu assim o artefato tóxico extraído do levantamento de cheques emitidos por Fabrício:"Dentre eles constam como favorecidos a ex-secretária parlamentar e atual esposa de pessoa com foro por prerrogativa de função - Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro, no valor de R$24 mil.

9. Micelle Bolsonaro é a atual esposa de Jair Bolsonaro (pode me chamar de primeira-dama).

10. Há cinco dias, Moro sacou a "carta branca" que recebeu de Bolsonaro para confirmar que o Coaf estará mesmo sob a sua jurisdição a partir de janeiro. Indicou para comandar o órgão um craque: o auditor fiscal Roberto Leonel, da inteligência da Receita Federal. Logo, logo o país ficará sabendo o tamanho da liberdade que Bolsonaro diz ter concedido a Moro para combater os malfeitos.

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