01/07/2019
O prefeito Kleber (a direita) pressionou à Câmara para autorizar o Samae fazer a drenagem da Rua Frei Solano. Houve dúvidas técnicas e administrativas. E esqueceu de licitar o asfaltamento. Colocou a culpa dele nos vereadores Dionísio, PT, e Cícero, PSD, por esse atraso só para se livrar das cobranças dos moradores e comerciantes de lá. A licitação só saiu na semana passada.
Só depois de seis meses, o prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, anunciou o que escondia de todos – nem no site oficial prefeitura estava ainda: o asfaltamento da Rua Frei Solano, no Gasparinho, que mais parece um campo de guerra devido a implantação dos tubos de drenagens da região. Kleber preferiu anunciar a novidade pelas redes sociais. Nelas botou os críticos sob controle e apenas tolera os que aplaudem ou fazem babação. Ou seja, contrataram profissionais especializados na auto-enganação.
Há meses, a desastrada situação da Rua Frei Solano leva ao sacrifício centenas de moradores e passantes de lá, bem como a pesados prejuízos para os comerciantes daquela região. Eles não se cansam de reclamar aqui e nas redes sociais. Afinal quem vai ressarci-los da perda de faturamento?
A notícia dada agora da reurbanização da Frei Solano é realmente muito boa, mas ao mesmo tempo, ela desnuda à farsa sustentada até aqui pelos políticos no poder de plantão. É também um aviso claro de que tudo vai demorar ainda mais. É só olhar o que aconteceu a reurbanização do Centro no tempo de Pedro Celso Zuchi, PT, e o que está acontecendo com a Rua Itajaí.
E os representantes do governo Kleber na Câmara na terça-feira da semana passada anunciaram isto com a maior cara de pau como sendo “um fato novo” do governo, como se tivesse “enterrado” com esse “anúncio”, toda a ladainha de desculpas e distribuição de culpas que fizeram por meses seguidos aos outros, tentando livrar a cara do governo de Kleber, Luiz Carlos Spengler Filho e do prefeito de fato Carlos Roberto Pereira, dessa situação de descontrole e até, irresponsabilidade naquela obra. “Foi falta de planejamento ou gestão”, pontuou o oposicionista, Dionísio Luiz Bertoldi, PT. Acorda, Gaspar!
UMA NUVEM SOBRE À DURA REALIDADE IRRESPONSÁVEL
Este desfecho anunciado com realização da licitação pública 02/2019 teve um começo e um fim. Vejam bem: ela foi lançada à praça só no dia 24 de abril – ou seja, bem depois do término da abertura de vala e enterro de canos de cimento bem no meio da Rua Frei Solano. E esta licitação só foi aberta agora no dia 25 de junho, repito, 25 de junho, ou seja, na semana passada. Quase seis meses das obras iniciadas na Frei Solano.
Ou seja, um serviço não foi na sequência do outro como deveria ser para qualquer obra normal ou minimamente planejada.
O que isso mostra? Como discursos, reuniões “montadas” pela prefeitura na comunidade, entrevistas fakes para gente que não faz perguntas, bem como o uso intensivo das redes sociais do entorno do poder de plantão – incluindo a do próprio prefeito Kleber – desvirtuaram, construíram e mostraram outra realidade. Resumindo: tentou-se apenas encobrir à falta ou o erro grave de planejamento do prefeito, da secretaria de Planejamento e a de Obras.
A tática manjada dos políticos e seus técnicos – muitos comissionados – levou à falha clamorosa neste caso – mas há outros e só não farei a lista agora para não fugir do foco deste artigo. Escondeu-se a culpa. Transferiu-a, sem pudor, para os outros. Culpou-se à dita oposição pelos erros que são unicamente do pessoal da prefeitura. Culpou-se, até, vejam só, até esta coluna, por simplesmente ela divulgar o que estava acontecendo na comunidade, na prefeitura e na Câmara.
A prefeitura e os políticos no poder de plantão só toleram notícias boas ou as fabricadas por eles, onde escondem os seu próprios erros e dúvidas.
Os representantes da prefeitura, seus fanáticos ou escalados por obrigação - tentaram enxovalhar os “fiscais do povo”. Os principais alvos neste caso da Rua Frei Solano foram os vereadores Dionísio Luiz Bertoldi, PT, Cícero Giovane Amaro, PSD e esta coluna.
O poder de plantão criou uma narrativa falsa para analfabetos, ignorantes, desinformados, fanáticos, bem como aos que estão obrigados pelas tetas que eles e os seus possuem ou ocupam na máquina política pública. A tática foi a de constranger gente que cobrava, denunciava ou simplesmente anunciava os fatos sob dúvidas e se pediu esclarecimentos oficiais para isso, como aconteceu na tribuna da Câmara e aqui neste espaço.
O jornal Cruzeiro do Vale, esta coluna e este colunista estão, mais uma vez de alma lavada. O tempo é o senhor da razão. E essa gente não entende como e porquê está tão mal nas pesquisas a ponto de mudar pela quarta vez, em menos de dois anos e meio de governo, a área de comunicação do próprio governo.
Preferiu contratar uma equipe especialista em reeleição de políticos e que vai se basear nas constantes pesquisas. Ela vai tentar abafar essas incoerências constantes e tentar fazer milagres contra os erros operacionais tão crassos e principalmente à falta de foco do governo de Kleber para anunciar e obter resultados reais nas promessas que fez na campanha e durante o governo.
UM ERRO REPETIDO DEVIDO À CONSTANTE IMPROVISAÇÃO COMO SE NADA TIVESSE AVANÇADO. É ISSO QUE MOSTRA A COMUNICAÇÃO. ELA HOJE É INSTANTÂNEA NAS REDES SOCIAIS E APLICATIVOS DE MENSAGENS E DESMONTA A FANTASIA DA ASSESSORIAS ESPECIALIZADAS
Errou o prefeito Kleber. Errou o ex-secretário de Planejamento Territorial, Alexandre Gevaerd. E errou, principalmente, o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Jean Alexandre dos Santos, o “imexível” e protegido pelo prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira. Eles patrocinaram a tal drenagem da rua Frei Solano, sem que ela estivesse ligada cronológica e imediatamente à recuperação da referida rua, como a colocação do asfalto e outras obras de melhorias logo após o esburacamento para a colocação dos tubos.
O berreiro era previsível a qualquer um, mesmo com alguma deficiência de inteligência lógica, a menos que propositadamente, quisessem impor sacrifícios aos moradores daquela parte da cidade no Gasparinho, para depois se tornarem heróis com a solução que estão arrumando tardiamente.
E para se livrar da culpa, de uma obra amplamente vistoriada como malfeita, já enterrada com os defeitos e que agora se discute na Justiça à culpa e os possíveis culpados, os vereadores que a denunciaram, principalmente o morador daquela região, o vereador Dionísio, matéria-prima para esta coluna, a única, que praticamente que documentou e acompanhou detalhadamente este assunto, todos foram humilhados, constrangidos e taxados como anti-gasparenses, como se fossem obrigados à compactuar com os graves erros da administração ou não pudessem, ao menos questioná-la em nome nos atingidos, dos pagadores de pesados impostos e dos que não recebiam as devidas explicações.
Não tem jeito. A mentira tem pernas curtas e ela não resiste à realidade que está à vista de todos.
Qual foi a primeira jogada do poder de plantão contra a Câmara que queria explicações? Deixaram o verão chegar para sob pressão de que estariam contribuindo para um possível desastre comunitário obter à autorização na Câmara. E com ele, diante da época de enxurradas, agravada pelo adensamento urbano, fruto da ocupação desordenada e feita fora do Plano Diretor, evitar os questionamentos de praxe dos vereadores sobre o PL. Não deu muito certo. Acenderam a polêmica.
E por que dessa jogada manjada de pressão de última hora? Para tornar o fato uma emergência e assim evitar a discussão na Câmara ou desconstituí-la se alguém insistisse nela. E por que? É que apareceu no Legislativo, em regime de urgência – quase que um rito natural do Executivo por lá – um Projeto de Lei que passava a obrigação da drenagem pluvial de Gaspar até então sob a responsabilidade da secretaria de Obras e Serviços Urbanos – onde estava o Orçamento próprio para a execução – para o Samae. A autarquia não tinha expertise nesse serviço e nem mesmo caixa específico para a drenagem.
E aí, até arrumaram uma tal “sobra de caixa” no Samae vinda da cobrança a maior das taxas de lixo e de água, ou da não aplicação correta dessa sobra na manutenção de ambas prestações de serviços. Também no decorrer da discussão, esta tese foi desmentida nos números.
Diante do quadro de pressão pelo exíguo tempo, os vereadores da dita oposição ensaiaram os questionamentos. Bingo. O prefeito, vereadores e outros porta-vozes oficiais e principalmente os informais atraídos pela prefeitura, caíram de pau contra os vereadores questionadores.
Até parte da população do Gasparinho foi mobilizada pela prefeitura para pressionar os vereadores. Se viessem as costumeiras enxurradas de verão, com os prejuízos de sempre, sem as novas obras realizadas, a culpa seria debitada dos vereadores e a prefeitura lavaria às mãos. Manjado expediente. Ao final foi essa jogada que prevaleceu. E o PL foi aprovado.
Qual o resultado disso tudo? Na primeira obra de drenagem com a marca do Samae e participação da secretaria de Obras e Serviços Urbanos de Gaspar aconteceu à primeira prova do improviso. Licitou-se um serviço. Fez-se outro. Vou encurtar este assunto porque já escrevi muito sobre ele aqui, já houve muito discurso sobre isso, o assunto já está no Tribunal de Contas e outras instâncias para apuração e para a possível judicialização.
ATRASO DE SEIS MESES. E NOVA MENTIRA
As obras de drenagens da Rua Frei Solano foram “executadas”. Já o projeto delas, pelo menos nos sucessivos requerimentos pedidos pela Câmara – e até numa audiência no Legislativo armada pelo Executivo - nada apareceu. Naquela audiência, “amigos” da prefeitura apareceram lá, filmaram, distribuíram o vídeo nas redes sociais e culparam os vereadores pela falta de acabamento das obras e especialmente pela ausência do asfaltamento, mesmo com os tubos enterrados e que nada impedia a colocação desse asfalto, ou ao menos um tratamento anti-pó para atenuar os incômodos de lá. Culparam esta coluna também por dar voz às reclamações de parte da comunidade e aos vereadores.
Agora, a verdade está na cara de todos. Por que não se fez o asfalto sobre as obras de drenagem questionadas da Frei Solano? Porque a prefeitura de Gaspar não tinha licitado esta parte. Simples assim. Ela sempre soube que era a única culpada. Abafou o caso. Passou a mão na cabeça dos que erraram no planejamento em favor dela e da comunidade. O secretário Jean, de Obras sabia. A prefeitura escondia tudo, enquanto fazia discurso e acusava a tal oposição que é minoria na Câmara e que estava apenas, atrás de explicações da pefeitura. Explicações que a prefeitura tinha, mas escondia.
Para encerrar mostrando mais uma vez as pernas curtas desta mentira. O asfaltamento da Rua Frei Solano já tem vencedor. Ganhou a Engeplan por R$5.768.026,94. Ela venceu a Ramos que apresentou para o mesmo serviço uma proposta de R$5.913.662,30 para a pavimentação e drenagem. É ruim, heim! É bom a nova área de comunicação da prefeitura termine com esse tipo de jogada para a enganação. Podem até enrolar e enganar parte da, mas a população, a que vota e escolhe os governantes cada vez mais transparentes
Aliás, o prefeito Kleber já foi à Câmara pedir desculpas por ter articulado com os seus, falso apoio nas redes sociais. Não seria o caso de ir novamente se penitenciar sobre o erro de planejamento da Frei Solano onde atrasou a licitação do asfaltamento e urbanização da rua causando sacrifícios e prejuízos ao povo de lá? Acorda, Gaspar!
Os representantes da PSL do Vale com deputado Federal Coronel Armando (de paletó), em Joinville, com Marciano à sua direita, exibindo o mapa de ligação intermunicipal alternativa com Blumenau.
Definitiva, mas tardiamente, a mobilidade urbana e regional entrou na agenda dos políticos catarinenses como opção de alavancagem do desenvolvimento do Vale do Itajaí. Ufa! Pretende-se com isso, eliminar ou mitigar, ao menos, o gargalo gasparense feito de décadas de desinteresses dos políticos e gestores públicos, como lhes relatei na coluna de sexta-feira, escrita especialmente para a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale – o mais antigo, o de maior circulação e credibilidade de Gaspar e Ilhota - em “Mais de 20 anos de atraso”.
Depois da promessa feita pelo ministro da Infraestrutura, engenheiro Tarcísio Gomes de Freitas, do governo de Jair Messias Bolsonaro, PSL, de que a duplicação desta rodovia é o foco do governo Federal quando ele “inaugurou” apenas oito quilômetros de 70 da duplicação da BR 470, o presidente do PSL de Gaspar, Marciano da Silva, rumou para Joinville no final da semana passada. Lá se encontrou com o deputado Federal Coronel Armando – Luiz Armando Schroeder Reis – PSL, interessado em ampliar à sua base eleitoral.
Em Joinville, com representantes do PSL de Indaial, Anderson Braciani; de Pomerode, Allan Dirk Weber; de Timbó, Flávio Ribeiro e Jean Schütz, e de Blumenau, professor Rodrigo Hane, Marciano e o deputado Coronel Armando definiram algumas prioridades como foco de retorno ao Médio Vale do Itajaí no âmbito da integração e mobilidade.
Entre elas, está continuidade da proposta que foi apresentada inicialmente no gabinete deputado estadual de Blumenau, Ricardo Alba, PSL, sobre à viabilidade e à implantação da rodovia intermunicipal interligando Blumenau e Gaspar via a Garuba, bairros Santa Terezinha e Gaspar Grande. Ela, inclusive, já ganhou apoio de outros deputados como Ivan Naatz PV e de representantes do PSD, bem como núcleos de representantes de entidades empresariais de Blumenau, em alguns casos, levada e explicada pelo ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido.
O outro ponto discutido durante o encontro de Marciano com o Coronel Armando em Joinville foi o de dar apoio para fazer constar no Orçamento da União, uma ponte entre a BR 470 e Gaspar ao lado onde está hoje a Loja da Havan, no Bela Vista. Ela, no traçado original do milionário Anel de Contorno criado pela Iguatemi no governo de Raimundo Colombo, PSD, e feita para não sair do papel, estava prevista mais para próximo ao norte do Bela Vista, perto do porto de Areia da família Zimmermann. Todavia, estudos recentes, demonstraram que a mudança dessa localização favoreceria à mobilidade entre o Belchior, Bela Vista e Gaspar onde já se aumenta o adensamento urbano, bem como a implantação de indústrias e equipamentos de logística no Belchior Baixo.
Também na mesma reunião ficou definida, a defesa para a inclusão no Orçamento da União para a construção de uma outra ponte com a mesma finalidade para Blumenau e próxima ao Sesi – defendida pelas associações empresariais de lá -, completando o Anel Viário Sul daquela cidade, sem, no entanto, excluir a de Gaspar como se aventou no passado e amplamente discutida neste espaço.
As escolhas dessas prioridades se darão no âmbito do Fórum Parlamentar Catarinense e elas terão que conciliar com outras demandas regionais e as limitações orçamentárias.
Agora, falta Gaspar se unir em torno de pautas comuns para a cidade e os seus cidadãos, sempre divididos por interesses e vaidades de seus políticos sem lideranças e líderes capazes de influenciar nos governos de Santa Catarina e brasileiro.
Blumenau, por exemplo, não possui nenhuma dúvida sobre às suas prioridades, independente de quem esteja no poder de plantão de lá. Isto ficou claro durante a visita do ministro da Infraestrutura e também durante a audiência pública realizada na Câmara de vereadores de lá que discutiu a duplicação da BR 470 e a lentidão para desapropriar quase 1.400 propriedades para constituir o traçado duplicado.
Por isso, Blumenau está avançando e Gaspar se atrasando, apesar do governo daqui, que se diz jovem, feito para mudanças e ter até dois slogans, mas que de fato não funcionam ou retratam à realidade até o momento: gestão eficiente e que avança sobre o que está parado, disputado ou mal resolvido. Acorda, Gaspar!
Caminhões que trazem materiais para a barranca da Rua Nereu Ramos estão fazendo sem lonas de proteção. E a sinalização, não é a oficial para impedir e punir quem desobedece no local, como o exemplo da que é usada na ponte do Centro.
A primeira constatação é de que o solo é arenoso no local. Então este assunto não era novo. Deveria estar sendo monitorado. Faltou ação preventiva da Defesa Civil. Faltou exames preventivos da secretaria de Planejamento onde está a superintendência do Meio Ambiente. Falhou a secretaria de Obras, responsável pela execução da manutenção preventiva.
Havia desde o início do ano passado uma sinalização de que uma grave patologia poderia estar presente na barranca quando o solo teve o mesmo movimento defronte ao Supermercados Archer. Ou seja, todos, mais uma vez negligenciaram à prevenção. Então há culpados. E quem escolheu esta equipe foi o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, por critérios políticos para algo que é especialmente técnico.
Tão importante do que propagandear, projetar e até executar – algo temerário por aqui até agora – é manter o que já existe, ainda mais numa situação como o trecho da Anfilóquio Nunes Pires no Bela Vista, até a Nereu Ramos na Coloninha, e carente de rotas alternativas seguras para suportar o fluxo urbano e interurbano.
Apesar de tão óbvio e claro, faltou e falhou a contingência. Afinal, quem pensa Gaspar que não seja o que busca votos dos incautos?
A segunda constatação é de que há registro histórico sobre a extração irregular de areia perto das margens do Rio Itajaí Açú. E mesmo que ela fosse ou é regular e autorizada, é preciso aprofundar estudos sobre este impacto dessa atividade extrativa. Faltou na fiscalização e enfrentamento do problema. E quem deveria fazer isso? A área de meio ambiente da secretaria de Planejamento. Mais do que isso. Está no próprio governo – e não é de hoje – a voz que combate esse olho fechado da prefeitura: o vereador e líder do governo de Kleber na Câmara, Francisco Solano Anhaia, MDB. Gaspar tem produtora de material que substitui a areia.
A terceira constatação, nenhuma emergência autoriza que caminhões façam o transporte de materiais para o “enrrocamento” pela Rua Anfilóquio Nunes Pires – com intenso tráfego -, sem enlonamento obrigatório, previsto no Código Nacional de Trânsito, desafiando à própria Ditran – Diretoria de Trânsito. Quantas multas foram aplicadas por reiteradas infrações? Está se cobrindo um santo e descobrindo outro. Uma pedra solta na caçamba daqueles caminhões pode causar mais acidentes, inclusive contra pessoas.
A quarta constatação é a cara da atual administração. Depois de ver que a picada da Águas Negras oferecida como alternativa aos carros, caminhões, ônibus e motos trabalhava contra a imagem dos políticos já desgastados, a gestão municipal criou, em tempo recorde, outra, mais curta. Louvável.
E foi comemorar o feito nos gabinetes refrigerados e nas redes sociais como heróis de pirro que são. Bastou uma chuva para tudo se desmanchar, em plena noite. E por que isso aconteceu? Porque a prefeitura, mais uma vez, por meio da secretaria de Obras e Serviços Urbanos, não se deu à responsabilidade da permanente manutenção, mesmo tendo ao seu dispor, com muita antecedência a previsão meteorológica e possivelmente, à parceria da Defesa Civil local.
A quinta constatação. Especialistas, entre engenheiros e geólogos que contatei, afirmam que o remendo que está sendo feito lá na Nereu Ramos, pode não ser suficiente e poderá custar mais do que já está custando. Lembram que o que se fez no Archer exigiu uma cortina de estacas para conter o solapamento e à erosão. A mesma técnica deveria – até por aprendizado - ser aplicada na Nereu Ramos. Além disso, garantem esses mesmos técnicos que o material que está sendo colocado lá é inadequado e já está sendo tragado pelo Rio Itajaí Açú, mesmo o rio não aumentando o seu nível.
Finalmente a sexta constatação. Para não encompridar este comentário, escrevo outra obviedade.
A Ditran, esvaziada há muito tempo e não é desta administração, não possui gente para orientar e controlar permanentemente o desvio. Em muitos horários só há viaturas com o alerta ligado. Aceitável, desde que não haja emergência, mas abre oportunidade aos abusos. Nem a sinalização adequada colocou lá. Segundo do Código, só uma placa, oficial como a que mostro acima para o caso da ponte Hercílio Deecke, no Centro. Ela colocada cabeceira da ponte. Só assim, se é capaz de impedir trânsito de veículos com mais de quatro toneladas e autorizar multas, guinchamentos no desvio, mesmo que antes, haja informações ou advertências em faixas que naquele desvio não serão permitidos veículos com mais de quatro toneladas.
Tudo no improviso. E ainda criminalizam quem aponta as soluções. Só aqui. Acorda, Gaspar
Gasparenses foram as ruas em Balneário Camboriú (fotos) e Blumenau a favor da Lava Jato, do Ministro Sérgio Moro, pelas reformas da Previdência e Fiscal, bem como contra os parlamentares chantagistas no Congresso Nacional.
Gaspar desta vez, não teve manifestação. A desculpa é de que não quiseram concorrer com a bem-sucedida Festa de São Pedro.
Uma coisa não tema ver com a outra. Quem disse que a escadaria da Igreja Matriz é o único local de concentração política? E a praça Getúlio Vargas, defronte à prefeitura. Outra. O que a religião tem a ver com a manifestação política – mesmo que majoritariamente suprapartidária. Quando misturam as duas (religião e política), o resultado nunca é bom para uma sociedade plural.Wake up, Brazil!
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