A TAL BALANÇA DA JUSTIÇA: NO BRUTAL JOGO DO PODER QUEM A QUER PENDENDO PARA O LADO DOS SEUS INTERESSES? - Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

A TAL BALANÇA DA JUSTIÇA: NO BRUTAL JOGO DO PODER QUEM A QUER PENDENDO PARA O LADO DOS SEUS INTERESSES? - Por Herculano Domício

16/05/2018

O leitor Emerson Barth, ex- PV, PRB e agora no PSB – que se dividiu do PSD de Marcelo de Souza Brick para se embalar no berço do PT - e se arma contra o atual governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Luiz Carlos Spengler Filho, PP -, apareceu com um comentário interessante no portal Cruzeiro do Vale. Faltou apenas dizer que ele tinha interesse num lado da balança. Afinal, Emerson já foi do governo do PT de Pedro Celso Zuchi e continua tão próximo quanto. Emerson, naturalmente, já fez escolhas, exatamente, até porque os políticos e cabos estão se armando para este outubro, mas intencionalmente definindo assim, territórios para outubro de 2020.

Escreve-me ele: “impressionante a balança da Justiça utilizada em nosso município, de um lado o Ministério Público abre inquérito civil público para verificar a abertura de uma vaga, que ainda não aconteceu na Câmara de vereadores e a ausência de um assessor do seu posto de trabalho. Do outro lado da balança, não ouvi falar em nenhum inquérito para apurar à situação do Secretário de Planejamento Territorial de Gaspar Alexandre Gevaerd, que ocupa dois cargos de forma a ferir a Carta Magna, o qual estava em estágio probatório de professor universitário até setembro de 2017, sem que pudesse licenciar-se, mas, desde de janeiro de 2017 estava no cargo de secretário”.

Como funciona um lado da balança, quando se há interesses para que ela penda para esse lado e desfavoreça os interesses dos outros.

Primeiro: nenhum dos três casos citados por Emerson no seu comentário foi à Justiça. Então não há o que falar em balança ou Justiça. A não ser, que que esteja em prática a lei de Talião, praticada no mundo bandido e feito fora do ordenamento jurídico ou da formalidade jurisdicional. É papo de gente sabida, para ludibriar analfabetos, ignorantes e desinformados.

Segundo: diferente do que insinua Emerson, todos os três e não dois casos, estão no Ministério Público, o que cuida da Moralidade Pública, para no inquérito, verificar se tem procedência, se há algum erro, anomalia e havendo, com provas suficientes para uma denúncia, assim transformá-los numa Ação Civil Pública. E depois..., com muito tempo – pois Justiça demora para além da conta -, instrução, audiência e julgamento. Só então vai se punir e se absolver os envolvidos com a possibilidade de inúmeros e demorados recursos em todas as instâncias que os réus quiserem.

Terceiro:  reclama Emerson: “o MP abre um inquérito para verificar a abertura de uma vaga que ainda não aconteceu”. Certo.  O MP iniciou o tal inquérito porque foi provocado por alguém, que não foi o MP que ser arvorou como o tutor da causa. Iniciou o procedimento porque teve acesso a elementos suficientes para tal e se não tivesse, não abriria. Em tese é assim que funciona, ainda mais sabendo que o MP daqui está abarrotado de problemas deste tipo e principalmente da área criminal. Então não iria absorver um que não teria os indícios mínimos de improbidade ou imoralidade pública. Ou Emerson está insinuando que o MP da Comarca é agora – ou deva ser – um agente de polícia partidária a serviço de alguma ordem ou grupo de poderosos?

Um dos problemas centrais que este inquérito tende a apurar é a tal desproporcionalidade entre efetivos e comissionados. Ela supostamente pode ser impeditiva para às pretensões do presidente da Casa Sílvio Cleffi, do PT, PDT e PSD em tornar a Câmara numa gorda teta com o dinheiro do povo não só para esta função, mas para muitas outras como alinhou em discurso recente, beneficiando os próprios políticos que vivem dos votos dos cidadãos e dos pesados impostos.

Então, nesse caso, Emerson se junta ao chororô do Silvio, PT, PDT e PSD, pegos de calças curtas na jogada que armavam – ainda armam - entre eles, contra a cidade, os pagadores de pesados impostos e não contavam com a publicidade dessa desastrada e mal armada ação, a qual a cidade reprovou nas vastas manifestações que fez nas diversas redes sociais. É claro que os políticos, e seu entorno, como Emerson, estão contrariados.

Quarto: Emerson também lamenta que o MP esteja perdendo tempo para apurar se um assessor estava ou não ausente da sua obrigação laboral regiamente remunerada pelos pagadores de pesados impostos da cidade. Como assim? Não entendi! Um empregado do povo, pago pelo povo, para servir o povo, não precisa cumprir a sua função e obrigação? Mas, precisa receber o que expressa o holerite sem a devida contraprestação? Ai, ai, ai.

Então, Emerson acha essa grave anomalia funcional um fato normal, corriqueiro e aceitável? Ela não deveria ser denunciada e publicizada para que a cidade soubesse de como esse tipo de mal funciona entre os políticos, que dão as tetas públicas para que os seus cabos eleitorais se alimentem inapropriadamente com o dinheiro dos outros e de todos?  Hum!

Quinto: para acentuar o suposto desequilíbrio do Ministério Público e que segundo Emerson poderia estar apenas fiscalizando o lado dos seus interesses partidários, ele escreve: “do outro lado da balança, não ouvi falar em nenhum inquérito para apurar a situação do Secretário de Planejamento Territorial de Gaspar Alexandre Gevaerd”.

 

JOGOS DE INTERESSES OU FALTA DE INICIATIVA?

Bom, se não ouviu, é porque está surdo, está desinteressado, está mal informado ou estão lhe faltou à iniciativa do cidadão Emerson, quando a dos outros falharam. O próprio vereador Cícero Giovane Amaro, PSD, autor da denúncia no caso do secretário Alexandre Gevaerd, em função pública dupla na Câmara, relatou ter levado o caso ao MP.

Ora, se mesmo assim não houvesse inquérito, era o caso de cobrar do próprio Emerson, o cidadão pagador de impostos e não o opositor da atual administração, ir ao MP levar a notícia, ou então à sua corregedoria. O que Emerson quer? Desmoralizar o MP ou colocá-lo a seu serviço das suas causas políticas? O MP é provocado. Nos três casos, ele foi provocado. E precisa ser cobrado por tal. E a comparação não é uma boa cobrança, ainda mais quando se dá pesos antecipados em casos diferentes.

Os políticos e seus seguidores no grande esquema têm uma premissa de autoimunidade e que limpa a lama que os cobre. Ameaçam ou acusam os outros do mesmo mal, para receberem o perdão, o esquecimento ou até, no escurinho, anularem-se nos malfeitos. Dessa forma, continuam lambuzados, mas “imunizados” da retaliação e sem que se apontem um para o outro da lama que os impregna.

Entretanto, o que mais chama a atenção, é o fechamento do comentário feito por Emerson Barth, publicado aqui e a omissão dele em agir contra aquilo que está supostamente errado, mas consome os pesados impostos de todos.

Ainda nessa seara, ao se falar em desequilíbrio entre efetivos e comissionados, acho que não pode ser esquecido o quintal de casa, pois existem diversos departamentos da prefeitura que são compostos quase que exclusivamente por comissionados, um exemplo disso é a Superintendência de Meio Ambiente. Ela possui um servidor efetivo e todos os demais, uns cinco ou seis, são comissionados”.

E mais outro exemplo. “Convém lembrar, ainda, a situação da Captação de Recursos, que funcionava com dois servidores e realmente as coisas caminhavam, agora qual a explicação para a contratação de, aproximadamente, cinco comissionados e mais uma empresa de consultoria sendo que existem dois técnicos da área que estão em desvio de função fazendo serviço administrativo para o secretário onipresente Gevaerd”.

Volto ao que escrevi acima: muna-se de documentos, legislação e vá até o Ministério Público e noticia os fatos se efetivamente quer ver muda-los para que se cumpra o determina a lei vigente, ao ético ou principalmente ao que a lei classifica como improbidade administrativa do gestor de plantão. Caso contrário, é apenas discursos em época de eleições ou recados para ajustes de interesses, muito comum entre políticos que se estabelecem como adversários convenientes.

Eu mesmo tenho denunciado fatos aqui quando pesquisando, investigando ou recebendo documentação suficiente de terceiros, quando eles contrariem a normalidade legal. O MP lê a coluna, como lê outras fontes da cidade e essas leituras podem despertar interesses em demandar inquéritos. São os inquéritos, entretanto, que vão se estabelecer nas verdadeiras fontes para uma denúncia, consistente, convincente e bem instruída ao julgador, dando chances ao MP de sair vitorioso na Justiça em favor do cidadão, da cidade e da cidadania.

Como escrevi acima, se a atitude não vier de fato do cidadão, comprovada por provas de contrariedade à lei vigente, ela é apenas um recado dos políticos e seus permanentes interesses: “não nos denuncie, porque temos também denúncias contra vocês. É melhor parar com isso, pois todos ganharemos e quem vai pagar a conta, são os pagadores de pesados impostos, os trouxas de sempre e que votam na gente”.

Esse filme com esse enredo eu conheço há anos. Ele sempre foi o cerne das contestações judiciais dos políticos no poder de plantão contra a coluna e o jornal. E ao longo dos anos, tem se mostrado a eles infrutífero e inapropriado. Na outra ponta, a credibilidade do jornal, portal e da coluna só tem aumentado, para o desespero dos poderosos.

Emerson você está certo quando quer ver o caso do adversário, mas de seu interesse político esclarecido. Está errado, todavia, quando quer o caso dos seus amigos, esquecidos. A balança da Justiça como você mesmo sugere, não deve pender e se mostrar desequilibrada, por pressuposto, para todos os casos. Obrigado por seu comentário e participação. Uma sociedade antes de ser mais justa, se esclarece no debate, na divergência, no diálogo e na dialética. Acorda, Gaspar!

 

TRAPICHE

Estou de alma lavada mais uma vez.  Parte da imprensa de Gaspar acaba de descobrir o que os leitores e leitoras desta coluna já sabiam há pelo menos cinco meses sobre as jogadas de poder do presidente da Câmara, Silvio Cleffi,PSC, a serviço do PT, PDT e PSD, na traição que Silvio impôs ao MDB como “fiel” integrante da base do seu criador político, o prefeito Kleber Edson Wan Dall.

Afinal, o tempo é o senhor da razão. O problema Silvio Cleffi, que é médico, funcionário público municipal e evangélico à administração de Kleber, esta coluna sinalizou logo no início do ano passado quando passou a interferir fundamentalmente na área da saúde pública em defesa dos interesses corporativos e contra uma política que se tinha para a área, naquela época conduzida por uma técnica, a primeira secretária de Saúde, Dilene Jahn Mello dos Santos.

Esta coluna também antecipou em dezembro, mas com fontes do MDB, de que Silvio seria o presidente. E foi.  A proposta de inchamento da Câmara de Gaspar com polpudos cargos comissionados, não é apenas ideia de Silvio, mas dos que apoiam e o colocaram na presidência como o PT, PDT e PSD, sempre gulosos por cargos.

 

Edição 1851 - quarta-feira

Comentários

Violeiro de Codó
17/05/2018 19:55
Sr. Herculano

"O Alerta Total dá parabéns ao advogado e militar na reserva da Marinha pela coragem em mover a ação. No entanto, dificilmente, o STM determinará que um IPM seja instaurado contra o poderoso Grupo Globo."

Também quero parabenizar o militar Roberto Bellido, e pergunto; porque não???
Paty Farias
17/05/2018 18:42
Oi, Herculano

Do Blog do Políbio:

"Lula comemora, hoje, 40 dias de cadeia.

O País não está em comoção.

Lula cai no esquecimento.

A corja que faz acampamento diante da PF, está cada vez mais raquítica."

Que fique lá até apodrecer, pelego maligno!
Este é o meu desejo de coração.
Mariazinha Beata
17/05/2018 18:23
Seu Herculano;

Fui solicitar orientação junto ao PROCON - Gaspar e fiquei de cara!!!!
O andar térreo da Prefeitura está lindo, todo pintado de branco com divisórias de vidro sem nenhum resquício de gosto duvidoso comum em petista.
Fui atendida com rapidez e a devida atenção, sem contar com a simpatia das atendentes, tão carente em reduto petista.
Bye, bye!
Sujiru Fuji
17/05/2018 18:01
https://www12.senado.leg.br/noticias/audios/2018/05/cdh-aprova-criacao-do-diploma-de-direitos-humanos-marielle-franco

Este diploma usa-se no banheiro?
Sidnei Luis Reinert
17/05/2018 12:40

quinta-feira, 17 de maio de 2018
STM e Exército terão coragem abrir IPM contra Globo?



Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Em pleno alegado "regime democrático da Nova República de 1985", o Grupo Globo pode ser alvo de um Inquérito Policial Militar. Tudo vai depender da decisão do Superior Tribunal Militar em acatar ou não um pedido de "Mandado de Segurança com Pedido de Liminar" para que o Comandante Militar do Leste abra um IPM para investigar as circunstâncias e veracidade do suposto "Dossiê da CIA" que denuncia os ex-Generais-Presidentes Ernesto Geisel e João Figueiredo (já falecidos) de terem ordenado o assassinato de 104 "inimigos do regime militar".

A ação foi movida segunda-feira passada (dia 14 de maio) pelo advogado Ricardo Bellido ?" que é Capitão-de-Mar-e-Guerra na Reserva da Marinha, onde atuou por 30 anos. Bellido justifica sua ação com base no Código Penal Militar (Decreto Lei nº 1.001 de 21 de outubro de 1969, ainda em vigor) ?" que tipifica como crime a ofensa às Forças Armadas, em seu artigo 219. O caso agora será avaliado pelo presidente do STM, ministro José Coelho Ferreira, que deve escalar um relator entre os 15 membros da Corte. A Procuradoria Militar terá de ser ouvida.

O advogado ressalta que o dispositivo legal é bem claro: "Art. 219. Propalar fatos, que sabe inverídicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das forças (sic) armadas ou a confiança que estas merecem do público: Pena - detenção, de seis meses a um ano. Parágrafo único. A pena será aumentada de um terço (sic), se o crime é cometido pela imprensa, rádio ou televisão".

Ricardo Bellido se mostra indignado com o caso: "Apenas concebo ser meu dever, como cidadão fardado e brasileiro, reagir à altura da ofensa oriunda das Organizações Globo. É de total domínio público que as Organizações Globo, domiciliadas na cidade do Rio de Janeiro, através do seu jornal diário (impresso e eletrônico) e transmissões por vídeo nas diversas mídias televisivas de comunicação em massa, vêm deliberadamente ofendendo a honra das Forças Armadas brasileiras. Dizer que antigos Chefes, já falecidos, foram cruéis assassinos é uma afronta imperdoável à Família Militar. Mormente quando dito sem provas e com intenções ocultas e inconfessáveis".

Bellindo lista a séria de reportagens dos produtos do Grupo Globo que agrediram os militares. A primeira matéria publicada no jornal O Globo ocorreu em 11/05/2018. Já na capa e em imensas letras dizia a gazeta que: "Documento da CIA indica que Geisel autorizou execuções" e que "Memorando da agência americana para Kissinger diz que assassinato de opositores era política de Estado".

Bellindo prossegue: "Segundo o jornal, um documento de um ex-diretor da CIA para o então secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger, de 11 de abril de 1974, afirma que o então presidente Ernesto Geisel sabia da execução de 104 opositores da ditadura militar durante o governo Médici. Mais ainda, que o general Médici teria autorizado que as execuções continuassem, como política de Estado, com apoio do general João Figueiredo, então chefe do SNI".

O advogado acrescenta: "O suposto memorando teria sido encontrado pelo pesquisador Matias Spektor, da Fundação Getúlio Vargas, que o classificou como "o documento mais perturbador" que leu em 20 anos de pesquisa.
Ora, a versão do jornal é completamente absurda. Por primeiro, fez a divulgação de um "memorando" sem apresentá-lo. A própria matéria já nos mostra que o acesso ao fantasioso memorando foi parcial, pois a cártula está em poder da CIA e há parágrafos não divulgados".

Ricardo Bellindo segue atacando: "Outra incongruência na narrativa é o fato de um agente da CIA ter acesso ao que foi discutido em uma reunião secreta com vários generais. Isso não faz o menor sentido! O tal "relatório" (cujo original não apareceu), datado de 1974, está escrito no processador de texto do Microsoft Word, criado somente em 1983. Bom que se esclareça, que há circulando pelas redes sociais um "memorando" digitalizado, típico da nossa era, ou seja a era da tecnologia da informação. Ora, o documento apontado pela Globo, se existe, deve estar datilografada nos moldes da velha "máquina de escrever" e que, no máximo, poderia estar "escaneado". Nunca algo em forma digital do ano 2018".

O advogado aponta outra incongruência: "Salta também aos olhos o número 104. Ora, se há um número tão preciso de pessoas executadas é porque existe uma relação nominal computável. E alguém contou: 1, 2, 3...104. Quem contou? Esse rol precisa ser apresentado!"

O advogado argumenta que, "por outro lado, mesmo que as Organizações Globo consigam demonstrar a existência do memorando, o que é extremamente improvável, vale lembrar que os fatos narrados estariam cobertos pela Lei de Anistia, em vigor e já homologada pelo Supremo Tribunal Federal. E, ainda nesse caso, estaria O Globo incidindo no crime de difamação".

O Alerta Total dá parabéns ao advogado e militar na reserva da Marinha pela coragem em mover a ação. No entanto, dificilmente, o STM determinará que um IPM seja instaurado contra o poderoso Grupo Globo.

"Invasão militar" no Congresso?

Relato de um militar estagiário da Escola Superior de Guerra que participou das visitas ao Senado (no dia 14) e ao Supremo Tribunal Federal (ontem):

"Vou relatar um fato que aconteceu no dia de ontem para vocês observarem como a nossa mídia é amadora e sensacionalista. O curso que estou realizando (CAEPE, da ESG) encontra-se em viagem de estudos em Brasília. No contesto desta viagem, está a visita a determinados órgãos, com a respectiva palestra de um tema relevante por um membro do órgão visitado. No dia de ontem, 15/05/18, estivemos no STF e no Congresso. No primeiro tivemos a palestra com o Ministro Gilmar Mendes e no segundo com o Deputado Federal Nilson Pinto. Durante a visita no Senado Federal, nos foi permitido assistir à uma sessão (durante aproximadamente 5 minutos apenas) onde, naquele momento estava discursando a Senadora Vanessa Grazziotin (detalhe: discursando para dois senadores, além do presidente e um secretário, embora no painel estavam presentes 32 senadores, por mim contados. Pois bem, a notícia dada, conforme consta abaixo, foi que o congresso passará a ser fiscalizado a partir daquela data. Realmente, com uma mídia assim o Brasil não precisa de inimigo".

O problema nem é a mídia, mas sim a interpretação que alguns idiotas de esquerda fizeram do caso, uma simples visita, que acontece todo ano, feita por civis e militares que fazem o CAEPE - Curso de Altos Estudos Em Política e Estratégia da ESG.

Definitivamente, o "Poder Fardado" tem provocado medinho em muita gente que anda devendo nos três outros poderes da Republiqueta de Bruzundanga...
Releia a segunda edição de ontem: Militares "ameaçam" visitar o STF...

Juros de mentirinha...

É absolutamente falso informar que o mercado recebeu com surpresa a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil de manter os juros básicos da economia em 6,5%.

Na verdade, os bancos já "precificam" juros de 10% a partir de janeiro de 2019.

Portanto, nos próximos meses, por causa da aceleração da economia norte-americana e do dólar em alta que pode alimentar nossa inflaçãozinha, o BC do B deve retomar sua política de subir juros...
Herculano
17/05/2018 12:24
LULA CANDIDATO A COLUNISTA DO LE MONDE

Conteúdo de O Antagonista. A Internacional lulista continua a estapear a democracia brasileira e a lógica.

O condenado assina um artigo no francês Le Monde no qual repete que será candidato:

"Sou candidato à presidência do Brasil nas eleiç?es de outubro, porque não cometi crime nenhum e porque sei que poderei fazer com que o país retome o caminho da democracia e do desenvolvimento para o nosso povo.

Depois de tudo o que cumpri como presidente da República, eu tenho a certeza de que poderei devolver ao governo toda a sua credibilidade, sem a qual não pode haver desenvolvimento econômico nem defesa dos interesses nacionais. Eu sou candidato para dar aos pobres e excluídos a sua dignidade, para garantir a sua dignidade e lhes dar a esperança de uma vida melhor.

Nada na minha vida foi fácil, mas aprendi a não renunciar."

Talvez a Internacional lulista consiga candidatar o condenado a colunista do Le Monde.

O PT SE LIVRA DE LULA

A entrevista de Camilo Santana ao Estadão muda o cenário eleitoral.

Ele é o primeiro petista a falar abertamente sobre a necessidade de esquecer a candidatura de Lula - contrariando as ordens do presidiário - e apoiar Ciro Gomes.

Ele mostrou também que não está sozinho, dizendo que conversou sobre o assunto com Jaques Wagner, Rui Costa, Wellington Dias "e alguns governadores que não são do PT".
Miguel José Teixeira
17/05/2018 09:55
Senhores,

Para refletir:

1) No Senado (ooops. . .pronuncia-se céunado), a CDH aprova criação do Diploma de Direitos Humanos Marielle Franco.

+em:

https://www12.senado.leg.br/noticias/audios/2018/05/cdh-aprova-criacao-do-diploma-de-direitos-humanos-marielle-franco

2) Mal chegamos ao meado do mês de maio e o ano de 2018 já registra 140 policiais baleados ?" sendo que 52 não resistiram. Reteclo: 52 não resistiram!!!

+ em:

https://robertatrindade.wordpress.com/estatistica-de-policiais-mortos-e-baleados-2018/

Herculano
17/05/2018 08:21
BRICK PERDE O "EMPREGO" NO GOVERNO EM FLORIANóPOLIS

O ex-vereador e ex-candidato a prefeito de Gaspar, Marcelo de Souza Brick, PSD, foi exonerado do cargo de "Secretário Executivo de Assuntos Institucionais" da SC Participações e Parcerias.

Um esculacho esta função comissionada, o título dela e a empresa num estado com um governo em crise financeira. Ao invés de terminar com esta teta e cabide de emprego como fez com outros, o governador Eduardo Pinho Moreira, MDB, nomeou o filho do ex-governador Luiz Henrique da Silveira, MDB, Cláudio Appel da Silveira.

Cláudio, há dias tinha sido agraciado com a nomeação para ser Assessor de Relações Sindicais na secretaria da Administração. Recusou. Oficialmente porque se tratava de um cargo sem qualquer relevância para um filho de ex-governador, senador, ministro e presidente nacional do MDB, apesar da falta de vivência de Cláudio nesse ambiente político. No fundo, a função estava sujeita ao controle de presença, e isso o incomodava. Já o nova função...

A saída de Brick desse cabideiro já era esperada. Primeiro com a saída do PSD do governo do MDB - e Brick se escondia para não ser percebido - e depois porque o seu padrinho político, o deputado estadual Jean Jackson Kuhlmann, PSD, de Blumenau, armou contra o governo em várias matérias e principalmente naquela em que dava um ICMs menor para o desenvolvimento, fortalecimento e geração de empregos na indústria catarinense.

Este cargo era da cota do deputado no governo do estado.
Herculano
17/05/2018 07:54
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA E ESPECIAL PARA O JORNAL CRUZEIRO DO VALE, O MAIS ANTIGO E DE MAIOR CIRCULAÇÃO EM GASPAR E ILHOTA
Herculano
17/05/2018 07:53
DE REPENTE, ACREDITA-SE N A DERROTA DE NICOLÁS MADURO, por Clóvis Rossi, no jornal Folha de S. Paulo

Começa a crescer um movimento para desencorajar a abstenção na eleição venezuelana

Imagine um país que vai promover eleições na seguinte situação:

1 - A economia sofreu uma contração de sufocantes 31,9% nos cinco anos de mandato do presidente que agora quer a reeleição, segundo as contas da Comissão Econômica para América Latina e Caribe;

2 - O Fundo Monetário Internacional informa, por sua vez, que a variação de preços neste ano eleitoral será de estratosféricos 12.870%, a mais alta do mundo. Só a cesta básica custou, em abril, 92,5% mais do que em março, segundo a Federação de Professores da Venezuela;

3 - Há uma absurda escassez de quase tudo, de papel higiênico a remédios.

Em um país assim, o governo de turno, seja qual for, pode ganhar uma eleição? Pode se for a Venezuela de Nicolás Maduro, que tenta a reeleição neste domingo (20).

Pode em uma de duas circunstâncias: ou por meio de uma fraude, como a que já foi praticada na votação da Assembleia Constituinte em 2017. Ou se os eleitores acatarem em massa a orientação de abster-se dada pela maioria dos líderes oposicionistas.

Se a abstenção ficar em 50%, Maduro ganha, afirma, por exemplo, Luis Vicente León, presidente do Datanálisis, o mais respeitado instituto de pesquisas do país (ganha sem precisar de fraude, acrescento eu).

É por isso que começa a crescer um movimento para desencorajar a abstenção. Mesmo analistas que entendem a posição adotada pelos partidos oposicionistas de pregar a ausência estão defendendo agora o comparecimento às urnas.

(A abstenção) "é compreensível, mas inútil. Ao deixar de votar, a oposição desperdiçará a única chance, em anos, de quebrar esta ditadura", escreve para The New York Times Javier Corrales, professor de ciência política no Amherst College.

Corrales acha que, se a abstenção for baixa, a oposição tem chance de vencer, considerando-se a avassaladora impopularidade de Maduro (taxa de desaprovação em torno de 70%).

Concorda com ele até mesmo um dos líderes da MUD (Mesa de Unidade Democrática, o conglomerado oposicionista que decidiu pela abstenção).

Em programa de televisão, Jesús "Chúo" Torrealba, que foi secretário-geral da MUD, o cargo mais alto da coalizão, disse que o cenário mais provável é o do triunfo de Henri Falcón, o único líder oposicionista que desafiou a MUD e resolveu concorrer.

Não é o único a antever um papel relevante para Falcón, dissidente do chavismo e que agora dissente também da oposição. Em conversa com a Folha, em evento no México, o ex-presidente dominicano Leonel Fernández desenhou um cenário de sonho para o pesadelo venezuelano: Falcón ou ganha ou tem um desempenho excepcional, o que, segundo Fernández, poderia levar Maduro a propor um governo de união nacional para enfrentar a crise.

Fernández não é um completo "outsider": foi um dos três ex-chefes de governo que mediaram um diálogo (frustrado) entre governo e oposição.

Tenho sérias dúvidas de que tal cenário seja factível, mas a alternativa é horrenda: continuar a ver "uma geração perdida nascer na Venezuela", como disse o pediatra Franco Sorge à sempre excelente Sylvia Colombo, desta Folha.
Herculano
17/05/2018 07:48
PT E DEM SE UNEM CONTRA VOTAÇÃO DE EMENDAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Inusitada aliança entre deputados do PT e DEM, que contam também com PP, PSD e PDT, adia indefinidamente a votação do recurso contra a decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de liberar a análise de Propostas de Emenda à Constituição durante a intervenção no Rio. Maia está entre os políticos investigados em denúncias na Lava Jato. Em ano de eleição, virou pretexto para evitar temas nos quais os deputados não pretendem mexer, como a reforma da Previdência.

APEGO A REGALIAS
O "casamento de jacaré com cobra d'água" entre PT e DEM reflete também o desinteresse dos dois partidos pelo fim do foro privilegiado.

ESCRITA EM PORTUGUÊS
A Constituição "não poderá ser emendada" durante intervenção, veda o seu artigo 60. Mas não impede análise, nem o trâmite de propostas.

DECANO TEM JUÍZO
Para Miro Teixeira (Rede-RJ), decano da Câmara, não há intervenção no Rio, apenas na segurança, por isso as PECs deveriam tramitar.

ELE ACHA QUE NÃO
Para o relator do recurso, Leonardo Picciani (MDB-RJ), propostas de emendas devem ficar na geladeira da intervenção.

MINISTRO TENTA HÁ MESES TIRAR O PRESIDENTE DO INSS
O presidente do INSS, Francisco Pinto, foi ferido de morte pelos grupos que brigam pelo seu cargo, sobretudo José Beltrame, recém-nomeado ministro do Desenvolvimento Social (MDS). Eles travam uma queda de braço desde a posse de Pinto, em novembro. Quando ainda era secretário-executivo, Beltrame assinou portaria cancelando o poder do presidente do INSS de nomear os próprios assessores, numa das tentativas, citadas por fontes do INSS, de forçar pedido de demissão.

CONTRATO POR ADESÃO
Se o problema é mesmo o contrato, o ministro da Integração e o titular da Funasa deveriam ser demitidos: têm contratos idênticos ao do INSS.

VAI LÁ E BATE
Beltrame sempre foi solidário aos que desafiam e ofendem o presidente do órgão, segundo fontes do INSS, inclusive durante as greves.

LUTA PELO PODER
Dirigente da associação de peritos médicos, Luiz Argolo, cuja mulher é diretora do INSS e pretendente à presidência, também se opõe a Pinto.

GOVERNO DE ESQUERDA
Os 26.523 ti?tulos definitivos de domi?nio para assentados da reforma agra?ria, emitidos em 2017, representam mais de dez vezes a me?dia anual histo?rica de 2.600 ti?tulos, durante os governos Lula e Dilma.

VEXAME EUROPEU
Deixaram seus cargos de forma lamentável, pela porta nos fundos, meia dúzia de ex-"líderes europeus" que pregam, em resumo, que Lula é inimputável, apesar de condenado por corrupção e lavagem. São três italianos do mesmo partido, um francês, um belga e um espanhol.

SEM CONTAR SALÁRIOS
Na Câmara, Gedeão Amorim (MDB-AM) foi o primeiro em 2018 a ultrapassar a marca dos R$200 mil em ressarcimentos de gastos. Este ano, deputados federais já tiveram R$ 62,6 milhões ressarcidos.

LONGO CAMINHO PELA FRENTE
O primeiro procurador negro aprovado com cota de vagas no Ministério Público do Trabalho (MPT) tomou posse este ano. Lá, apenas 1,16% dos procuradores e promotores são negros. No MPU inteiro são 2%.

STRESS PóS-TRAUMÁTICO
O "7 a 1" em 2014 deixou marcas: pesquisa CNT mostra que 8,1% dos brasileiros acreditam que a Alemanha será a campeã de novo este ano. Mas o otimismo na Seleção voltou: 51,9% estão confiantes no Brasil.

PORTA DE SAÍDA
O balanço de dois anos revelou a aposta do governo Temer na política de microcrédito como porta de saída do Bolsa Família: R$2 bilhões em financiamentos resultaram em 68 mil empregos formais.

SEM COMENTÁRIOS
O experiente jornalista Vicente Limongi, "em respeito" a craques como Gerson, Pelé, Rivelino, Zico etc, não comenta o time de Tite, "onde despontam os fantásticos Fagner, Taisson, Renato Augusto e Fred".

TRABALHAR PARA QUÊ?
A leitura do parecer sobre as mudanças na Lei de Licitações foi adiada e o relator João Arruda (MDB-PR) prevê ainda outro adiamento: "Tem Marcha dos Prefeitos semana que vem e na outra, tem feriado".

PENSANDO BEM...
...é boa a notícia de críticas à convocação da Seleção: afinal, toda unanimidade é burra.
Herculano
17/05/2018 07:43
VOLTA DOS MILITARES À POLÍTICA ABRE AS FERIDAS DO PASSADO, por Matias Spektor, professor de Relações Internacionais na FVG SP, para o jornal Folha de S. Paulo

Regime autoritário continua sendo tema quente de campanha eleitoral

A memória histórica sobre a ditadura militar continua sendo contestada, mas o embate brasileiro é totalmente singular: somos a única nação sul-americana onde os regimes autoritários da segunda metade do século passado continuam sendo tema quente de campanha eleitoral.

Há dois motivos para isso.

O primeiro é que a sociedade ainda desconhece detalhes importantes daquilo que aconteceu. A ferida segue aberta porque tanto as forças que ocupavam o poder quanto seus opositores na luta armada esconderam os aspectos mais nefastos de sua atuação. Diante da limitação de informações e de documentos brasileiros, ficamos à mercê de evidência empírica estrangeira para contar a história mais completa.

O segundo motivo pelo qual a memória da ditadura permanece sob disputa é que, agora, os militares estão de volta na política. Seja na intervenção federal no Rio de Janeiro, seja em candidaturas para o Legislativo e para o Executivo, a corporação militar entrou mais uma vez no jogo.

Desta vez, tudo corre sob as regras da democracia, mas há um choque ferrenho.

Por um lado, os candidatos militares contam com espaço fértil para crescer porque a deterioração desses 30 anos de Nova República tem levado muitos eleitores -inclusive jovens - a olhar com saudosismo para um passado imaginado.

Por outro, setores amplos da sociedade se lembram de um passado cheio de incompetência, desordem e corrupção, além da prática corriqueira de tortura, assassinatos e execuções sumárias.

O resultado disso é que um memorando redigido há 44 anos pela CIA sobre o papel do Palácio do Planalto no assassinato de prisioneiros políticos ocupa as páginas dos jornais não apenas porque joga luz sobre aspectos de nossa história, mas porque esquenta o embate atual pelo voto do eleitor.

E aqui há um dado importante do qual pouco se fala. As Forças Armadas de 2018 estão longe de ser um bloco onde reine o pensamento único.

Para mim, a experiência pessoal mais rica da última semana tem sido o depoimento de militares da ativa que fizeram contato depois de ler o documento para dizer que, finalmente, depois de tantos anos, o Brasil tem condições de olhar para seu passado de cabeça erguida. Essa turma não reza pela cartilha do Clube Militar.

Os candidatos militares têm todo o direito de sair à busca de cargos eletivos. Mas seu movimento terá custos.

Quanto mais adentrarem a arena eleitoral, maior será o escrutínio que atrairão para o presente e para o passado da corporação. Mais difícil será jogar a sujeira para debaixo do tapete. Mais impossível será impedir que a sociedade questione.
Herculano
17/05/2018 07:28
O SóCIO DO PRIMO DE ALCKMIN ARREMATOU IMóVEL DE GUARUJÁ QUE LEVOU LULA À PRISÃO. O QUE TEM A PORCA COM PREGO? PETRALHAS NÃO MUDAM NADA, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Ah, tenham a santíssima paciência!

O troço só é notícia porque, na era das redes sociais, a interpretação costuma preferir o caminho da maledicência. A que me refiro?

O sujeito que arrematou em leilão judicial o tal tríplex de Guarujá que acabou levando Lula à cadeia é sócio de um advogado que é primo de Geraldo Alckmin, candidato tucano à Presidência.

E daí?

Cadê a notícia?

Fernando Gontijo, o comprador, divide com José Augusto Rangel de Alckmin uma empresa imobiliária. O sujeito criou uma empresa, a Guarujá Participações, apenas para arrematar o imóvel, por R$ 2,2 milhões. Ele disse achar um bom negócio. Ah, sim: Gontijo aparece nos tais "Panama Papers". Teria utilizado uma offshore para adquirir por US$ 2,7 milhões (R$ 9,9 milhões) dois apartamentos nos condomínios Trump Tower I e II, em Miami, nos EUA.

Bem, não foi desta vez que o menino mordeu o cachorro, o que seria notícia. Aliás, nem o cachorro mordeu o menino. O que tal compra quer dizer? Nada!

No petismo enfezado das redes, diz-se que "a quadrilha tucana" resolveu tomar o apartamento, como se o imóvel tivesse, então sido arrancado de Lula. Não custa lembrar:

1: o petista diz que o apartamento nunca foi seu; logo, segundo o próprio, ninguém lhe tomou nada. A menos que tenha sido...;

2: como é? O sócio do primo de Alckmin comprou... Não merece figurar nem na sessão de fofoca.

Ainda que o tal Gontijo tivesse alguma relação com o tucano, que vantagem o apartamento traria ao pré-candidato tucano à Presidência?

Aliás, se alguém quisesse me dar o imóvel, de graça mesmo!, sem eu ter de desembolsar um tostão, eu recusaria a oferta, mesmo que estivéssemos falando de um pedaço dos jardins suspensos da Babilônia.

Sei lá o que Gontijo pretende fazer com o troço. Abri-lo à visitação pública? Certamente as regras do condomínio não permitem tal prática. Quer lucrar com a venda? Por que alguém pagaria um preço acima do mercado - e já foi leiloado por um valor e tanto, dadas as dimensões do imóvel (215m²) e a localização - só para ser dono de um troço que a mim, ao menos parece povoado pelos miasmas da urucubaca?

O PT e não aprendeu nada nem esqueceu nada.

O mesmo pode ser dito sobre os sites, blogs e a rede petralha que serve ao petismo.
Herculano
17/05/2018 07:20
MINISTROS DE TEMER ENSAIARAM DEMISSÃO EM MASSA NO DIA DA JBS, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Presidente queimou capital político para comprar fidelidade e fragilizou governo

O gabinete ministerial de Michel Temer por pouco não se esfarelou. Nas primeiras 24 horas após a divulgação da delação da JBS, aliados que davam sustentação ao presidente ameaçaram pedir demissão em bloco para se distanciar da crise.

Foi "uma conspiração", nas palavras de um auxiliar direto de Temer que relembrou a quarta-feira que incendiou a política do país, há um ano.

Em conjunto, cinco partidos começaram a articular um desembarque. Horas depois da publicação pelo jornal O Globo de informações sobre a conversa gravada entre Joesley Batista e Temer, alguns ministros se reuniram para discutir o assunto na casa de Rodrigo Maia (DEM).

Logo na manhã seguinte, três deles telefonaram ao Palácio do Planalto para dar um aviso prévio: prometeram entregar suas cartas de demissão e alertaram que outras viriam.

Naquele 17 de maio, o governo quase explodiu. O movimento daria início a um desmanche da base congressual. Não haveria outra saída senão renunciar, admitem aliados.

A bomba foi desarmada com duas ferramentas. Primeiro, Temer jogou uma nuvem sobre a gravação e pediu aos ministros que esperassem até que detalhes viessem a público.

Na conversa, Joesley indica que fazia pagamentos a Eduardo Cunha para evitar uma delação do ex-deputado. Temer responde com a célebre frase: "Tem que manter isso, viu?".

Para demover auxiliares da fuga em massa, o presidente cometeu um deslize que jamais repetiu. Admitiu que, sim, entendera que Joesley pagava Cunha. Ponderou que se tratava de um auxílio à família do ex-deputado e disse não ter feito objeções.

O segundo artifício foi mais simples: Temer ofereceu poder real aos aliados. Se ele caísse, quem o substituiria numa eleição indireta? Os partidos manteriam seus quinhões?

Na negociata, o presidente queimou capital político para comprar a fidelidade dos aliados. Estava enterrada a reforma da Previdência e, praticamente, o restante de seu mandato. Temer sobreviveu, mas o governo acabou em 17 de maio de 2017.
Herculano
17/05/2018 07:17
COLIGAÇõES SUJAS INIBEM DISCURSO ÉTICO, por Josias de Souza

Começa em 31 de agosto o horário político no rádio e na TV. Vai durar 35 dias, até 4 de outubro, antevéspera da eleição. Como sempre, os candidatos levarão ao ar propaganda política, não informação política. A mistificação será maior em 2018. O combate à corrupção, uma das prioridades do eleitor, tende a ficar em plano secundário, pois alguns dos principais candidatos negociam a incorporação de partidos sujos às suas coligações. Em troca de alguns segundos a mais de propaganda, dão de ombros para a lama.

A corrida pelo Planalto é marcada por um paradoxo: quem tem mais votos - Jair Bolsonaro, Marina Silva e Ciro Gomes - não dispõe de partidos estruturados. Quem tem estrutura partidária - Geraldo Alckmin e Henrique Meirelles - não dispõe de votos. A exceção é o PT, que tem estrutura e Lula. Mas o candidato favorito amarga numa cela o castigo de segunda instância que fez dele um ficha-suja.

O excesso de candidatos retardou a formação das coligações. Começa a bater um desespero nos candidatos. A vitrine eletrônica terá uma dimensão fixa: dois blocos de 12min30s - um no início da tarde, outro à noite - sempre às terças, quintas e sábados. Sem contar as inserções de 30 segundos espalhadas ao longo da programação, até totalizar 14 minutos diários por emissora. Quanto maior a coligação partidária, maior o tempo de exposição do candidato. Daí a inquietação.

A bordo do minúsculo PSL, Jair Bolsonaro, que lidera as pesquisas nos cenários sem Lula, dispõe de ridículos 10 segundos de propaganda diária. Defensor de gogó da ética e dos bons costumes, o ex-capitão negocia abertamente, na frente das crianças, uma aliança com o PR do ex-presidiário do mensalão Valdemar Costa Neto, dono de um tempo de publicidade de 45s.

Tomado pela biografia, Ciro Gomes poderia puxar um debate sobre corrupção. Mas ele dispõe de exíguos 33s de propaganda. E negocia uma aliança do seu PDT, varrido do Ministério do Trabalho na gestão Dilma sob a acusação de converter a pasta num ninho de ONGs desonestas, com os 50s de propaganda do PP, campeão no ranking de enrolados na Lava Jato.

O PSDB oferece a Geraldo Alckmin 1min18s de propaganda. Perto do tempo dos rivais, trata-se de um latifúndio eletrônico. Mas é insuficiente para prover ao candidato uma exposição capaz de projetá-lo da quarta colocação para o segundo turno da eleição. Às voltas com a acusação de receber R$ 10,3 milhões da Odebrecht por baixo da mesa, Alckmin já adicionou ao seu tempo os 33s do PTB do ex-presidiário Roberto Jefferson, o homem-bomba do mensalão.

Insatisfeito, Alckmin frequenta o mercado da baixa política disposto a fechar qualquer negócio. Não descarta nem mesmo a hipótese de celebrar um acordo com o PMDB. Apinhada de delatados, investigados, denunciados, réus, condenados e presos a legenda de Michel Temer virou lixo hospitalar. Mas dispõe de 1min26s, que Alckmin disputa com o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

Repete-se em 2018 a mesma pantomima de eleições anteriores. Antes de se venderem no horário eleitoral como protótipos do avanço, os candidatos entregam a alma ao atraso em troca de segundos de propaganda. Com isso, em plena crise de compostura, a ética pode se tornar um valor invisível na campanha de 2018. Candidatos como Marina Silva (Rede) e Álvaro Dias (Podemos) talvez se animem a tocar no assunto. Mas será por pouco tempo. Cada um dispõe de 12s diários de exposição no rádio e na TV.
Herculano
17/05/2018 07:11
QUEM DISSE QUE O CRIME NÃO COMPENSA? por Roberto Dias, secretário de redação na área de produção do jornal Folha de S. Paulo

Um ano após o escândalo da JBS, os três principais personagens estão no mesmo endereço de antes

O Brasil voltou um ano em um ano. O Planalto pode escolher onde colocar as, vírgulas, mas não há como dizer que o país está melhor do que em 17 de maio de 2017, quando estourou o escândalo da JBS.

A agenda reformista deu lugar a um governo na defensiva, que gastou o que tinha e o que não tinha para evitar o afogamento. A ponte para o futuro não mais chegará até a outra margem do rio, e o timoneiro da recuperação econômica já pulou fora do Ministério da Fazenda.

A despeito desse custo para o Brasil, os três principais personagens do escândalo podem ser encontrados nos mesmos endereços de antes.

Michel Temer continua sentado naquela cadeirinha do Planalto. Não que tenha faltado telhado de vidro para acertá-lo ali ?"o material disponível daria, por exemplo, para cobrir todo o Porto de Santos.

Aécio Neves se manteve senador e engatinha pelas sombras da política atrás de novo cargo público, com o foro especial decorrente dele.

Joesley Batista está em casa e cada vez mais rico. Único dos três que é criminoso confesso, viu o lucro de sua empresa subir 43,5% no primeiro trimestre -movimento bem distante do da economia brasileira.

É inegável que a trapalhada da PGR ao concentrar energia numa gravação inconclusiva e não periciada contribuiu para tal cenário. Os problemas do caminho janotiano, que incluem o risível acordo de leniência, só foram ficando mais nítidos.

A corrupção declarada pela JBS, envolvendo centenas e centenas de políticos, não é um mal menor, muito pelo contrário. Dinheiro público desviado mata gente: são pessoas que morrem por falta de ação do Estado nas filas de hospitais e nos tiroteios urbanos.

A justificada revolta social contra quem bate uma carteira à mão armada não tem paralelo com os casos em que alguém toma um monte de dinheiro de milhões de pessoas, deixando ainda um rastro de crise política e econômica. Alguns crimes podem compensar, e muito.
Mariazinha Beata
16/05/2018 18:56
Seu Herculano;

Fui uma das que comemorou a atitude da PM Kátia Sastre. PARABÉNS à ela. Mil PARABÉNS!!!
Bandido bom é bandido morto.
Bye, bye!
Periquito Arrepiado
16/05/2018 18:45
Oi, Herculano

EM NY, MORTADELAS PROTESTAM CONTRA MORO.
Petista adora pagar mico.
Emerson Barth
16/05/2018 15:31
Herculano, eu é quem agradeço toda atenção dada ao meu comentário, gostaria de agradecer também aos amigos e colegas que semanalmente me procuram pedindo ajuda, apoio ou orientação, pasmem, assim como você destacou, essa é sempre a mesma orientação dada por mim: "procurem os nossos órgãos de fiscalização: Câmara de Vereadores e Ministério Público", e a resposta é sempre a mesma: tenho medo da perseguição e das retaliações que sem dúvidas virão (para que não seja mal interpretado, perseguição por parte dos "denunciados" não réus ou seja lá o que vierem a ser, como bem explicado, pois só o serão após trânsito em julgado, após o devido processo legal). Já as "Provas", dos fatos públicos e notórios, inclusive reportada por sua coluna, sempre muito bem informada e de tamanha credibilidade, na seara jurídica sei que demanda muito mais responsabilidade e fundamentações robustas, por isso o poder de solicitar e requerer documentações e explicações.

Entretanto, acredito que nosso papel como cidadão vai muito alem de ideologias partidárias, sempre discuti o que acho certo ou errado, inclusive, é reconhecendo nossas falhas e as corrigindo é que aprendemos, já o papel da imprensa que sempre respeitei e tenho a maior admiração, e que por muitos é tido como o quarto poder, justamente por deter o entendimento e a opinião pública que busca guardar os propósitos basilares da sociedade, denunciando e reportando, tornando público e notório os desmandos, o abuso de poder e as mazelas políticas, o papel da mídia vai ainda mais alem. E por finalizar, gostaria de deixar claro minha admiração e respeito pelo trabalho do Ministério Público, que em minha opinião vem desempenhando um ótimo serviço, obrigado mais uma vez pelo espaço concedido e que mais uma vez as palavras ditas não sejam usadas para distorcerem o propósito de se emitir uma opinião, em uma coluna opinativa, ao benefício daqueles que gostam mesmo é de politicagem. E que a balança da justiça dentro de cada cidadão, seja político, servidor público ou homem médio saiba buscar através da equidade o equilíbrio necessário para o bem de nossa sociedade.
Herculano
16/05/2018 11:39
O MELHOR DE FHC FOI DEMONIZADO PELA LOROTA PETISTA DA IGUALDADE; O MELHOR DA GESTÃO TEMER É ESMAGADO PELO FETICHE DA HORA: O LAVA-JATISMO, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Já houve um tempo em que a imprensa não era mera caudatária das teses influentes ou refém da sensação, que nem sempre é um pensamento, da maioria. Deu-se antes do advento das redes sociais. Infelizmente, os dias em curso não conseguem fazer a necessária distinção entre o popular e o populista. Há muito tenho dito e escrito que o Brasil ainda sentirá saudade do governo de Michel Temer. Não precisei que o próprio editasse uma cartilha para destacar seus impressionantes feitos em apenas dois anos. Editado o texto e tornado público, como se viu nesta terça, ainda assim, como é notório, a reação da própria imprensa foi de desconfiança, como se o material fosse mero panfleto publicitário.

E não que a depredação das escolhas certas, sensatas, racionais, que fazem bem ao país, seja uma novidade entre nós, não é mesmo? FHC fez certamente o melhor governo desde a redemocratização do país e um dos melhores da história. Ocorre que a máquina então encarregada de produzir "verdades coletivas", o PT, demonizou a melhor herança do adversário.

A gestão que nos devolveu uma moeda; que reconstruiu a ideia do preço, que se havia perdido; que domou a superinflação; que deu início à modernização do Estado, depois abortada; que recolocou no seu lugar o mercado como o principal fator de desenvolvimento; que venceu anos de atraso com a simples privatização de algumas estatais, bem, esse governo foi mandado pelo petismo para a lata do lixo. E, não há como ignorar, houve uma reação passiva da imprensa diante do desmanche moral do que era uma herança bendita, nunca maldita. Pistoleiros que tiveram interesses contrariados ajudaram a satanizar as privatizações como mero ato de pirataria contra o bem público.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, como escreveu o poeta. Um novo valor se alevantou, e a noção um tanto tacanha de "justiça social" que o PT havia tornado influente foi substituída por uma nova verdade coletiva: a caça aos corruptos. Transformou-se a necessária profilaxia nas relações entre o setor público e o setor privado num novo valor absolutista. Quando isso acontece, a primeira coisa que se perde é o critério. Quando isso acontece, a primeira faculdade que sai comprometida é a capacidade de julgamento.

E, então, nada mais resta a ser exaltado senão o novo valor que se passa a adorar como um fetiche. Perde-se a objetividade. Em seu lugar, entra o culto religioso em homenagem ao Deus entronizado: antes, todas as virtudes do governo FHC foram rendidas no altar da "igualdade social", que o tucano não teria promovido, o que é falso. Todas as virtudes do governo Temer, agora, se diluem no Bezerro de Ouro da hora, que é o combate à corrupção. E uma nota à margem: do próprio governo Lula, que chegou a ser religião influente em passado nem tão remoto, não sobraram nem as qualidades. E algumas havia.

E, lamento constatá-lo, os entes da sociedade que deveriam ser isentos para, afinal, aprovar o que tem de ser aprovado e descartar o que tem de ser descartado, acabam perdendo a isenção. Deixam de ser os juízes criteriosos de uma opinião pública qualificada para se tornar meros alto-falantes do alarido. A imprensa deixa de ser uma referência de objetividade e se esforça, ela própria, para ser legitimada pelo vozerio sem dono que opinião pública não é, mas gritaria histérica de grupelhos organizados.

E isso, meus caros, acaba nos conduzindo às piores escolha
Herculano
16/05/2018 11:35
MÃE POLICIAL QUE REAGIU E MATOU BANDIDO NA ESCOLA MOSTRA ABISMO ENTRE ELITE "PROGRESSISTA" E POVO, por Rodrigo Constantino, no site Gazeta do Povo, Curitiba,PR

Todos viram as cenas que o Facebook tentou ocultar como "conteúdo violento ou explícito", do bandido que chega apontando uma arma para crianças numa escola em Suzano, SP, e é surpreendido por uma mãe policial, que sacou sua pistola e atirou no marginal, que veio a morrer depois. Foi um assalto à "mãe armada". A reação a esse mesmo episódio expõe com perfeição o abismo que se abriu entre uma elite "progressista" que vive em sua bolha e o povo de carne e osso.

A imensa maioria celebrou o acontecimento, mostrando o que significa uma mulher "empoderada" na prática, ao contrário do que pregam feministas, e festejou o resultado: mais um bandido morto. E um bandido que chega apontando sua arma para crianças em escola não merece mesmo viver. Foi um caso claro de legítima defesa, mostrando que o discurso de nunca reagir é falso e produz apenas uma sociedade de cordeiros passivos, alvos fáceis de lobos cruéis, cada vez mais ousados.

Outro aspecto terrível dessa narrativa do "nunca reaja" é que transfere a culpa do crime para as vítimas. É como se o responsável pelas mortes quando algo dá errado fosse quem tentou reagir, não quem ameaçou a vida de terceiros antes. Os bandidos chegam a "reclamar" que "tiveram" que matar porque, afinal, tentaram reagir. É muita inversão de valores!

Claro que haveria a turminha dos "direitos humanos" que sairia em defesa do marginal, ou ao menos tentaria condenar o ato da policial em si. O grau de insanidade varia. Alguns chamaram a atenção para o risco em que a policial colocou aquelas crianças, ignorando que quem as colocou em risco foi o bandido, que já chegou apontando uma arma para elas. A mãe policial protegeu as crianças.

Outros mostraram como se produz "fake news", ao chamar o marginal baleado de "suspeito", ignorando que tudo foi capturado pela câmera e que não é um "suspeito" aquele que chega apontando armas para suas vítimas, e sim um marginal da pior espécie que já merece levar chumbo como legítima defesa. Suspeito de todos os "jornalistas" que chamam de suspeito um bandido pego no flagra.

Por fim, as manchetes destacaram o local do ocorrido e a presença das crianças, claramente num tom de condenação, como se a policial tivesse sido inconsequente ao reagir naquela situação:

Essa mentalidade de que nunca se deve reagir a assaltos tem ligação direta com o caos da violência no Brasil.

Falar isso para um texano é pedir para ser incompreendido ou ridicularizado: como assim, não devemos reagir aos marginais?! Houve um sujeito que escreveu que o certo a fazer era esperar o bandido sair dali, após seu roubo bem-sucedido, e tentar prende-lo, sem mata-lo. Essa gente vive no mundo da fantasia!

Mas como os ventos de mudança estão aí, a policial Katia da Silva Sastre foi homenageada pelo governador de SP, talvez porque Alckmin não esteja mais no comando. Ainda que seja oportunismo político em ano eleitoral, é o reconhecimento de que a população sente orgulho dela, tanto que vários usaram as imagens de seu ato heroico para homenagear todas as mães neste domingo. Márcio França teve a coragem de bancar sua decisão, a despeito da reação da imprensa:

Nem todos, porém, ficaram felizes. Pior ainda do que os "jornalistas" foi o caso do "especialista" Leonardo Sakamoto, um dos "checadores de fatos" do Facebook, ícone dos "direitos humanos" e respeitado pela mídia mainstream (mas não pelo povo). Eis o que ele escreveu, que poderia ter saído direto de um sanatório:

"Uma coisa é uma policial militar reagir a um assalto e matar um ladrão na porta de uma escola enquanto esperava uma celebração do Dia das Mães com sua filha. Apenas um inquérito poderá apontar se a ação colocou em risco outras famílias reunidas, mas especialistas em segurança pública têm apontado que ela agiu em legítima defesa, ou seja, dentro da lei.

Outra é uma parte da população usar as redes sociais para demonstrar seus orgasmos de prazer com a morte de um outro ser humano, aproveitando para clamar que todo cidadão comum receba uma arma para reagir da mesma forma. O que é, ao mesmo tempo, dois atestados. Um, de ignorância, por desconsiderar que policiais, ao contrário da massa, recebem longo treinamento para reagir a situações-limite. E o segundo, de sociopatia grave, ao não ver problema em festejar a morte de outra pessoa.

Mas o pior é o governador do Estado de São Paulo aproveitar que o tema estava quente nas redes sociais para tentar surfá-lo, fazendo pré-campanha eleitoral. Márcio França (PSB) organizou uma cerimônia, neste domingo (13), para enaltecer o ato da policial, indo na contramão da própria Polícia Militar ?" que tem tentado reduzir a letalidade da corporação, atuado para desarmar a população e alertado para que civis não reajam a assaltos"

Fica cada vez mais difícil negar a atração que a esquerda sente pelos marginais. É óbvio que a policial merecia medalhas de honra, até uma estátua de bronze! Ninguém está premiando "a morte", como diz o censor das redes sociais, e sim a vida: a vida de todas as crianças e pessoas de bem que foram colocadas em risco por um marginal cruel (parece que ele já tinha matado vários policiais).

E para deixar claro o viés de extrema esquerda das redes sociais e da imprensa, enquanto Sakamoto recebe espaço para suas loucuras, Bene Barbosa, do Movimento Viva Brasil e um dos maiores especialistas em segurança pública no país, levou um bloqueio do Facebook só por divulgar as imagens que milhares de brasileiros divulgaram.

Ou seja, enquanto Bene Barbosa, que está claramente em sintonia com a opinião popular, é perseguido nas redes sociais e ignorado na mídia mainstream, Sakamoto, que fala apenas para os malucos ou simpatizantes de marginais, recebe grande espaço na imprensa e vira "censor" das redes sociais. Dá para confiar nessa parceria entre grande imprensa e agências de checagem de fatos?
Herculano
16/05/2018 11:20
da série: e tem gente candidato a presidente, senador, deputado e até a governador em outubro, que defende o modelo Maduro

KELLOGG's DEIXA A VENEZUELA, E MADURO DIZ QUE TRABALHADORES SERÃO OS DONOS

Fabricante americana de cereal segue exemplo de outras múltis e abandona operações no país

Conteúdo da agência Reuters. Texto do jornal Folha de S. Paulo. Depois de a fabricante de cereal Kellogg's anunciar que vai deixar a Venezuela, o ditador Nicolás Maduro afirmou que vai passar o comando da companhia para seus trabalhadores.

"Decidi entregar a empresa para os funcionários para que eles possam continuar produzindo para o povo", afirmou Maduro, que acrescentou que o governo vai processar os dirigentes da companhia americana porque a saída deles do país é inconstitucional.

Segundo a Kellogg's, a decisão de abandonar a Venezuela foi provocada pela deterioração social e econômica vivida pela quinta maior economia sul-americana.

A fabricante não deu detalhes sobre as dificuldades específicas vividas no país, mas muitas empresas têm sofrido dificuldades para adquirir matérias-primas e com os controles cambiais adotados pelo governo Maduro que dificultam a importação.

A administração venezuelana também tem dificultado o aumento de preços pelas empresas, como uma forma de conter a inflação, que neste ano deve beirar os 14.000%, de acordo com o FMI.

Uma das consequências dessa estratégia é que o lucro dessas companhias é fortemente afetado e muitas operações ficam simplesmente insustentáveis.

O resultado é que, nos últimos anos, várias multinacionais abandonaram seus ativos na Venezuela ou os venderam por preços muito baixos: Bridgestone, Kimberly-Clark, General Mills e General Motors são apenas alguns exemplos.

A Kellogg's não comentou a decisão de sua fábrica ser entregue aos funcionários, mas, ao anunciar sua saída do país, ela disse que pretende voltar a operar na Venezuela no futuro e fez um alerta para quem vender seus produtos e marcas sem a devida autorização.

O fim das operações da Kellogg's não deve piorar de modo expressivo os problemas de abastecimento na Venezuela, mas é mais um golpe para os moradores do país, já que ela é dona do cereal mais popular no mercado local.
Herculano
16/05/2018 11:13
MPT EXIGE DE NOVELA DIVERSIDADE QUE NÃO PRATICA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O próprio Ministério Público do Trabalho (MPT) não pratica a política que, em nome da diversidade racial, impõe à TV Globo sob pena de a empresa responder a ação judicial. O MPT notificou a emissora para contratar mais atores negros para uma novela que nem havia sequer estreado, mas não faz o mesmo: no MPT, são negros apenas 9 dos seus 776 integrantes. Algo como 1,16% do total de procuradores.

FAÇA O QUE EU DIGO
A assessoria do MP do Trabalho confirmou que existem apenas seis mulheres e três homens negros procuradores. 71,26% são brancos.

NO GERAL, APENAS 2%
Estudo das universidades Cândido Mendes, UFRJ e UFMG revela que, até 2016, eram negros apenas 2% dos integrantes do MP da União.

MAIORIA BRANCA
O Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Cândido Mendes conclui: a maioria do MP é de homens brancos, com pais universitários.

MULHERES SÃO MINORIA
As mulheres representam de 51% da população, mas no ministério público não passam de 30% do total, segundo o levantamento.

ELEIÇÃO DE DEPUTADOS FEDERAIS CUSTARÁ R$1,3 BILHÃO
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, o total de doações para os atuais 513 deputados federais se elegerem em 2014 superaram os R$688,6 milhões. Na Eleição de 2006, o valor total foi de R$252,5 milhões, pouco mais de meio milhão por parlamentar. Para 2018 a nova lei eleitoral limitou o custo da campanha de deputados federais a "apenas" R$2,5 milhões cada. Ou seja, total de quase R$ 1,3 bilhão.

MULTIPLICOU POR CINCO
O custo da campanha da bancada de 513 deputados federais cresceu cinco vezes: foi de R$252 milhões em 2006 para R$1,3 bilhão este ano.

HISTóRIA VAI MUDAR
Centro de três operações da PF, a JBS foi a maior doadora da Câmara em 2014: 177 deputados dividiram (oficialmente) R$53,4 milhões.

BILHÃO NOS ESTADOS
Serão eleitos 1.024 deputados estaduais em outubro, a custo máximo de R$1 milhão cada. Só os eleitos custarão mais de R$1 bilhão.

ELOGIOS VALIOSOS
Em conversas informais, o ministro Luís Roberto Barroso tem elogiado o desempenho de dois personagens do governo Temer: os presidentes do Banco Central, Ilan Goldfajn, e da Petrobras, Pedro Parente.

MINHA DIÁRIA, MINHA VIDA
Dinheiro saindo pelo ralo é coisa que não se vê: somente em 2018, o governo pagou diárias a 63.377 servidores. Foram R$89 milhões para a turma viajar e se hospedar por nossa conta, no Brasil e no exterior.

O CHORO É LIVRE
O primeiro ex-presidente brasileiro condenado por corrupção cumpre pena por corrupção há mais de um mês. Não é nada, não é nada, não é nada mesmo: seu amigão Sérgio Cabral está preso há 18 meses.

DESINTERESSE CONTAGIANTE
Pesquisa CNT/MDA avaliou o grau de foco do brasileiro na Copa do Mundo da Rússia: 42% dizem não ter interesse nenhum e outros 30,7% estão "pouco interessados". Desinteresse maior só pela eleição.

ELEIÇÃO E SEGURANÇA PÚBLICA
O Monitor de Temas FGV/DAPP, que monitora o Twitter, identificou a Eleição 2018 como o segundo tema mais comentado desde o dia 8, no Brasil. Mas segurança pública ainda é o tema mais comentado na rede.

ACEFALIA
Continua vaga, no Ministério dos Direitos Humanos, a Coordenação de Direito à Memória e Verdade e Apoio à Comissão sobre Mortos e Desaparecidos. Mesmo após a revelação da CIA de que assassinar covardemente os opositores era uma política de governo, na ditadura.

LAVA JATO
A Lava Jato é, de longe, no Twitter, o tema mais associado ao debate sobre a corrupção no Brasil. É o que mostra levantamento da FGV/DAPP, levando em consideração 62.458 tweets.

JÁ FOI MELHOR
A Odebrecht já foi a maior empreiteira brasileira, bajulada pelos políticos. Mas depois da Lava Jato, no Congresso, só se vê Odebrecht na marca do cafezinho em (algumas) lideranças da Câmara.

PERGUNTA NA ESCOLA
Agora que tem lei proibindo, acabou mesmo o bullying no Brasil?
Herculano
16/05/2018 11:07
SER CREDOR EM DóLAR FAZ PAÍS GANHAR TEMPO PARA SOLUCIONAR O PROBLEMA FISCAL, por Alexandre Schwartsman, economista, ex-diretor do Banco Central, no jornal Folha de S. Paulo.

Quadro político, no entanto, não colabora para a solução do desequilíbrio nas contas públicas

Por que o dólar subiu tanto? Fácil: porque passei dez dias no exterior (Portugal, participei de prova de ciclismo no Douro, incrível, obrigado por perguntar) e sempre que viajo para fora o dólar dá um jeito de subir, pelo menos até que pague a fatura do cartão do crédito...

Entendo, porém, que nem todo o mundo compartilhe minha opinião. Nesse caso, o melhor é olhar o que está acontecendo globalmente com o dólar, que tem se valorizado diante das demais moedas mundiais, embora, é claro, não na mesma proporção. Um euro, por exemplo, comprava cerca de US$ 1,24 há cerca de um mês; hoje, compra menos do que US$ 1,20.

Parte do fortalecimento da moeda americana se deve às tensões geopolíticas. O dólar costuma ser visto como um porto seguro para aplicações, mesmo quando os Estados Unidos estão no centro da turbulência, seja ela política, como hoje, seja econômica, como, por exemplo, durante a crise financeira no final de 2008.

Outra parte da história se deve à percepção de que a inflação americana, ainda que permaneça em patamares relativamente baixos, finalmente começou a se mover.

Assim, o IPC, deduzidos alimentos e combustíveis, ultrapassou a marca de 2% nos últimos 12 meses pela primeira vez desde fevereiro do ano passado. A medida favorita do Federal Reserve, o deflator do consumo (também livre de alimentos e combustíveis), segue um pouco abaixo disso (1,9% nos 12 meses até março), mas a tendência de elevação é também visível.

Obviamente não se trata de aceleração descontrolada, longe disso, mas tais números se traduzem em probabilidades mais elevadas de aumentos da taxa de juros americana além do que era esperado no começo do ano. Assim, a taxa de juros de dez anos do Tesouro americano, que embute as perspectivas de alterações das taxas de juros mais curtas, veio de 2,5% anuais para 3,0% ao ano do começo de 2018 para cá.

Aos poucos, portanto, as condições financeiras vão finalmente se normalizando, dez anos depois da crise de 2008. Isso significa que a enorme liquidez mundial que caracterizou esse período deve declinar gradualmente, processo liderado pela economia cuja recuperação foi mais longe, os Estados Unidos, o que, naturalmente, implica dólar mais forte.

A reação de cada moeda, contudo, não deve ser, a princípio, a mesma, muito embora o impulso original o seja. Características específicas de cada país, como a extensão do seu desequilíbrio externo (portanto, a necessidade de recorrer a capitais internacionais) ou problemas fiscais, modulam a resposta das moedas à mudança internacional.

Assim, moedas de países com elevados desequilíbrios externos, como a lira turca, sofreram forte desvalorização.

Já no caso do Brasil o problema é, como de praxe, fiscal. A dívida governamental já ultrapassou 75% do PIB (Produto Interno Bruto), e o déficit operacional recorrente do setor público permanece na casa de 5% do PIB.

Mais relevante, porém, do que os números é a noção de que o quadro político não colabora para a solução dos desequilíbrios nas contas públicas. Pelo contrário, o que se vê é o predomínio da hostilidade ao processo reformista e, portanto, a desvalorização da moeda.

Prevalece, apesar disso, o fato de o país ser credor em moeda estrangeira, fenômeno que limita a realimentação da fraqueza do real para os balanços dos setores público e privado. Isso não soluciona a questão fiscal, mas ganha tempo para o país decidir se irá (ou não) tomar o rumo correto.
Herculano
16/05/2018 11:04
EM NY, MORTADELAS PROTESTAM CONTRA MORO

Conteúdo de O Antagonista. A Folha registra que um grupo de "cerca de 60 pessoas" foi para a frente do Museu de História Natural de Nova York, na noite de ontem, a fim de protestar contra Sergio Moro.

O juiz federal recebeu o prêmio Pessoa do Ano, promovido pela Câmara de Comércio Brasil-EUA - o outro homenageado foi o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg.

Com faixas dizendo "Lula livre", os mortadelas batucavam e gritavam coisas como "golpista", "vergonha" e "Moro salafrário, juiz partidário". O juiz os driblou entrando no museu por uma porta fora do campo de visão dos manifestantes.

SOBRE A FOTO

Atacado pela imprensa petista por ter tirado uma foto com João Doria durante um evento em Nova York, Sergio Moro respondeu:

"Estar em um evento social e tirar uma foto não significa nada, acho uma bobagem isso".
Herculano
16/05/2018 10:56
DEPOIS DE AÉCIO, MORO FAZ POSE AO LADO DE DORIA, por Josias de Souza

Quatorze dias depois de ter declarado à revista Cruzoé que se arrepende da foto em que aparece aos risos ao lado do grão-duque do tucanato Aécio Neves, Sergio Moro deixou-se fotografar na companhia do neo-tucano João Doria. Deu-se na noite desta terça-feira, em Nova York, num jantar oferecido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Durante o repasto, o juiz da Lava Jato foi homenageado com o título de "Personalidade do Ano".

A cruzada que empreende contra a corrupção transformou Sergio Moro num colecionador de homenagens. O flagrante ao lado de Aécio também ocorreu numa confraternização em que a revista IstoÉ concedeu a Moro, em dezembro de 2016, o galardão de "Brasileiro do Ano na Justiça."

Espera-se de um juiz que tenha um comportamento recatado. Se Moro foi sincero ao expressar o arrependimento que a foto com Aécio lhe causou, as imagens com Doria constituem indício de que, para o magistrado, é errando que se aprende... A errar.

Doria apressou-se em jogar as imagens no seu Facebook. Na legenda da foto, o candidato do PSDB ao governo de São Paulo anotou: "Noite especial aqui em NY ao lado de duas pessoas que admiro: ex-prefeito de NY, Michael Bloomberg e o Juiz Sergio Moro, homenageados no 'Person of the Year Awards' (Personalidade do Ano), prêmio que também tive a honra de receber no ano passado."

Ao discursar, Moro disse ter refletido sobre a conveniência de aceitar o convite. Juízes devem atuar com modéstia e humildade, disse ele. Dirigindo-se a uma plateia majoritariamente composta de empresários e banqueiros, Moro declarou que só aceitou a homenagem por se tratar de algo que partiu da iniciativa privada. Enxergou no gesto um reconhecimento do setor privado à importância do combate à corrupção.

Dentro de dois anos, o juiz da Lava Jato talvez declare numa entrevista qualquer que se arrependeu da pose ao lado de Doria. É possível que Moro considere difícil definir recato. Mas a coisa é mais simples do que parece. Funciona como a gravidez. Assim como nenhuma mulher pode estar um pouquinho grávida, um juiz também não pode ser um pouco recatado. Ou é ou não é.
Herculano
16/05/2018 10:35
A ELEIÇÃO E A ECONOMIA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Rombo orçamentário e pleito imprevisível acentuam temores que podem dificultar a recuperação do país

Nem sempre a alta do dólar e outros movimentos dos mercados podem ser atribuídos com precisão a este ou aquele motivo, em particular do campo político. Em ano eleitoral, contudo, tais associações se tornam quase inevitáveis.

É fato que a moeda americana se valoriza em grande parte do mundo, devido à perspectiva de crescimento econômico e de alta de juros nos EUA. Essa tendência se manifesta de modos variáveis entre os países, a depender das fragilidades e incertezas locais.

Na Argentina, mais dependente de capital estrangeiro, os efeitos se mostraram dramáticos. No Brasil, ainda que em grau menor, também se observa nervosismo dos investidores - e as dúvidas suscitadas pelo pleito presidencial são explicações recorrentes.

Já se cogita que tais inquietações tenham consequências além da mera especulação financeira. Na sexta-feira (11), um documento do Fundo Monetário Internacional afirmou que um risco-chave para a recuperação da economia do país é a possibilidade de mudança da agenda reformista após a eleição.

Para Henrique Meirelles (MDB), ex-ministro da Fazenda e presidenciável de chances até aqui obscuras, os efeitos negativos já se dão agora: temores relacionados à disputa pelo Planalto estariam inibindo os investimentos privados e desacelerando a retomada.

Desconte-se o óbvio viés dessa tese, ao mesmo tempo desculpa conveniente para os resultados decepcionantes deste ano e ensaio de discurso de campanha. É inegável, de todo modo, que existem motivos de sobra para angústias.

Estes não se limitam à imprevisibilidade da eleição e aos diferentes defeitos dos principais postulantes.

A fragmentação inédita do quadro partidário nacional prenuncia um cenário inóspito para o próximo governo ?"ainda mais porque parece improvável que o presidente vá assumir o posto embalado por uma votação consagradora.

À sua espera haverá o enorme rombo orçamentário a exigir decisões imediatas. Levar adiante ou não o teto do gasto federal e a reforma da Previdência, definir a política para o salário mínimo: todas as opções implicam custos elevados.

Não surpreende, pois, que os pré-candidatos mais importantes tratem de cercar-se de economistas de boa reputação ou, ao menos, de mostrar disposição, real ou imaginária, para ajustes e negociações.

Quem pretende herdar um país governável precisa administrar as expectativas - dos mercados, de eleitores, da política - desde já.
Herculano
16/05/2018 10:22
CHEFE DE ANÁLISE RISCO DA MOODY's DIZ QUE A IMPRENSA, SOB PATRULHA, OMITE ATÉ DE SI MESMA: TEMER FEZ EM 2 ANOS O QUE OUTROS FARIAM EM 8, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Já escrevi aqui sobre os momentos desastrosos em que a própria imprensa perde a objetividade e se deixa seduzir por "verdades coletivas" que nada mais são do que mentiras influentes.

Não deixa de ser chocante - porque poucos jornalistas teriam coragem de afirmá-lo no país - a gente ler a opinião sobre o governo Temer expressa por Mauro Leos, chefe de análise de risco soberano para a América Latina da agência de rating Moody's.

Em entrevista ao Estadão/Brodcast, ele afirmou o seguinte:

"Não sei se foram 20 anos, 15 ou 10 anos, mas o fato é que, para um presidente que começou a governar no meio de uma administração, para um presidente que tem sua legitimidade questionada, para um presidente que foi apontado em caso de corrupção também questionável, ele fez muita coisa em um curto período de tempo".

Leos destaca algumas virtudes que eu já apontava na gestão Temer em dezembro de 2016: avanços em marcos regulatórios, na governança corporativa para estatais, na nova forma de atuação da Petrobras e na reforma trabalhista. E acrescenta:

"Ele [Temer] fez isso não apenas porque contou com bons conselheiros, mas porque é um político de operação. Se há alguém que sabe lidar com o Congresso, é Temer. Eu não acho que ele tenha feito essas coisas porque sempre tenha pensado desse jeito: 'quando eu for presidente, vou fazer as reformas'. Acho que ele fez estas coisas porque buscou um caminho para compensar essas questões negativas, mas foram mudanças importantes. Ele fez em apenas dois anos o que muitos presidentes fizeram em quatro ou oito anos, esta é a realidade".

Notem: este não é um governo que deveria estar sendo aplaudido apenas porque domou a inflação, recolocou os juros em patamar civilizado e nos tirou da pior recessão da história, sem arranhar minimamente os programas sociais - na verdade, ele até lhes aplicou uma injeção de recursos. Este é um governo que merecia continuar em razão de escolhas que se mostrarão acertadas no longo prazo. É o caso da reforma trabalhista. Afirma o analista:

"Tudo o que podemos dizer é que muitos analistas acreditam que esta administração fez o que precisava ser feito. É o caso da reforma da Previdência, que [ainda] precisa ser feita. No médio prazo, se verá resultado, no curto prazo, depende do ciclo econômico, então, [a reforma trabalhista] não muda [ainda] o número [do emprego], mas é um bom sinal para o sentimento do investidor. Temos de reconhecer que ele [Temer] fez coisas que podem não ter dado resultado ainda, mas que são importantes e podem fazer diferença sobre como as coisas vão ocorrer no futuro".

É esse presidente que enfrenta dificuldades até em seu próprio campo ideológico para encontrar quem se disponha a reconhecer esse óbvio legado. É esse presidente que teve a sua reputação corroída, de um lado. pela conhecida máquina petista de depredar biografias e, de outro, pela adesão de conservadores e direitistas genéricos ao que de pior produziu não a Lava Jato, mas o lava-jatismo: a absolutização da caça à corrupção. Também esse valor, a exemplo de qualquer outro, quando tornado redutor de todas as coisas, distorce ou destrói a verdade em nome de uma mística.

Em vez de esse presidente ver ao menos reconhecido o papel central em ações que afastaram o país do abismo e o recolocaram no caminho, nós o vemos obrigado a responder se teme ir para a cadeia depois de encerrado o mandato. A pergunta, feita pela rádio CBN, poderia estar ao menos ancorada em alguma prova evidente e inquestionável. Mas não está. Ela é pautada apenas pelo poder discricionário de que hoje gozam setores do MPF e do Judiciário para mandar para a cadeia quem eles acharem útil que seja mandado para a cadeia.

E ninguém ousa contrastar esse poder. Nem mesmo aquele que, na prática, tem o poder de fazê-lo na defesa da Constituição: o STF. O tribunal deixou de ser "supremo" para ser "subordinado" ao alarido, à gritaria e às formas várias de justiçamento.

Ruim para o conjunto dos brasileiros. Pior para os mais pobres. Porque é sabido que os investidores fogem do populismo, da insegurança jurídica e da irresponsabilidade fiscal. País assim fica à mercê de bucaneiros, que já estão lucrando com a instabilidade decorrente da incerteza eleitoral gerada por essa nova religião que tiraniza a inteligência e que, não fossem algumas faltas e gols de mão que afastaram o petista da disputa - o que também cobrará seu preço - levaria o país a um segundo turno entre Lula e Bolsonaro.

Isso diz muito do que estamos fazendo, como país, de nós mesmos
Herculano
16/05/2018 10:09
PROFESSOR DILMO, ÀS SUAS ORDENS. por Carlos Brickmann

Por pouco, muito pouco, a expressão "Depois de mim virá quem bom me fará" não se confirma de novo: no quesito "que é que quis dizer", Dilma continua imbatível. Mas quem veio logo depois, Michel Temer, mostra-se competitivo na confusão verbal. Ontem, dia em que festejou dois anos de governo, quis lançar um slogan-bumerangue: "O Brasil voltou, 20 anos em 2". Duplo sentido: pode significar que o Brasil voltou 20 anos. Ele desistiu.

Temer ensaia há tempos seu lado Dilmo. Há um ano, na reunião do G20, disse que estava "fazendo voltar o desemprego". Na mesma época, explicou por que o Ministério do Trabalho indicava a redução do desemprego e o IBGE falava em aumento: "Não é que o desemprego aumentou. É que o desempregado, quando a economia começa a melhorar, ele, que estava desalentado, portanto, não procurava emprego, ele se transforma em um alentado. Ele vai procurar emprego. Como não há emprego para todos ainda, ele não consegue o emprego e isso entra na margem do cálculo do IBGE."

Até dá para entender. Mas o slogan "Ordem é Progresso" pode indicar que a Coreia do Norte progride rapidamente. E a última, de ontem, é notável: o Twitter oficial do Governo Michel Temer traduziu para o inglês, no "Brazil Gov News", o nome do cônsul-geral em Nova York, Enio Cordeiro. Ele foi transformado em "Ernie Lamb".

Data vênia, professor, homenageá-lo-emos como Dilmo com Mesóclise.

MATÉRIA DE MEMóRIA

Michel Temer não está sozinho: além da companhia de Dilma, desfruta da solidariedade, em sua busca por um mundo paralelo, de mais uma estrela oposicionista. Manuela d'Ávila, candidata do PCdoB ao Planalto, disse que os governos militares foram "mais nacionalistas" que o atual. Pois este colunista se lembra de Juracy Magalhães, ministro das Relações Exteriores e da Justiça no Governo militar do marechal Castello Branco, afirmando que "o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil".

MATAR OU MORRER

É difícil entender o raciocínio dos que condenam a correta reação da PM Kátia Sastre, que matou o bandido armado que assaltava mães e crianças à porta da escola. Kátia agiu como agiria qualquer mãe, defendendo a filha; como qualquer pessoa, defendendo a própria vida; como policial, defendendo gente ameaçada. O policial, como o médico, é policial dentro ou fora do expediente.

Qual a alternativa que tinha? Fingir que não era com ela nem com sua filha? Fingir que não era policial? Na hora em que o bandido abrisse sua bolsa e encontrasse a arma e o distintivo, seguiria a Lei do Cão: iria matá-la, por ser policial. E quem, dos que a condenam, pelo menos iria ao enterro?

Ah, mas não precisava atirar no peito. Poderia atirar no braço, no joelho (alvos menores e mais difíceis). Em combate, e era disso que se tratava, é preciso neutralizar o inimigo. O tiro no peito o detém. Mesmo assim, ele atirou nela duas vezes. Parabéns, PM Kátia! E, sr. governador Márcio França, quando irá promovê-la por mérito e bravura?

IMPRENSA LIVRE

O Supremo acaba de cassar duas decisões de instâncias inferiores que afrontavam a liberdade de imprensa. A primeira decisão derrubada é da juíza da comarca de Fortaleza, que proibia a Editora Três de divulgar notícias sobre uma investigação criminal que, supõe-se, envolveria o ex-governador Cid Gomes, irmão do candidato presidencial Ciro Gomes. A decisão mandava também apreender uma edição de 2014 da revista IstoÉ.

A segunda decisão cassada é da 7ª Vara Cível de João Pessoa: mandava remover postagens de uma jornalista sobre o governador paraibano Ricardo Coutinho (PSB). Diz o ministro Luís Roberto Barroso: "A personalidade pública dos envolvidos, a natureza e o interesse públicos no conhecimento do suposto fato, noticiado em jornal local, são inegáveis" (...) negar o exercício do direito de manifestação implicaria a intimidação não só da reclamante, mas de toda a população, que restaria ainda mais excluída do controle e da informação sobre matérias de interesse público".

SEM CENSURA

Outra decisão em favor da liberdade de imprensa: o advogado do hotel Maksoud Plaza pediu que a revista Veja fosse impedida de publicar, neste próximo fim de semana, reportagem sobre denúncias contra os administradores da empresa. O repórter de Veja nada comenta; diz apenas que o assunto é bom e deve repercutir. O pedido de liminar para impedir a publicação foi rejeitado em primeira e segunda instâncias, e nada impede Veja de divulgar a matéria na edição deste final de semana.

O repórter não revelou os temas principais. Quem quiser saber, veja a revista.
Herculano
16/05/2018 09:59
OS DOIS PMs DE SP MERECEM FESTA, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Em qualquer lugar do mundo, quem puxa a arma para assaltar precisa saber que arrisca a própria vida

A primeira cena deu-se em Suzano, no interior de São Paulo: Katia Sastre levou a filha de 7 anos para uma festa da escola, estava na calçada, junto com outras mães e crianças, quando um assaltante começou a revistar o segurança. Katia é cabo da Polícia Militar. Num átimo, tirou sua pistola da bolsa e deu-lhe três tiros, quase à queima-roupa. Matou-o.

No dia seguinte, em Guarujá, numa farmácia, um assaltante armado com um revólver perseguiu durante 16 segundos um cidadão que estava na loja. Era um PM em dia de folga. Com um tiro matou o bandido.

Os vídeos dos dois episódios estão na rede e não deixam dúvida. Não se está numa daquelas parolagens em que a polícia fala em confrontos que em São Paulo giram em torno de 20 por mês. No Rio, são cinco por dia. (Um terceiro caso de PM sem farda matando assaltante, ocorrido também em São Paulo, infelizmente não tem vídeo.)

O governador Márcio França fez uma justa homenagem a Katia Sastre, mas, tendo gostado do espetáculo, deu-se a um momento de comédia: "As pessoas têm que entender que a farda deles [PM] é sagrada, é a extensão da bandeira do estado de São Paulo. Se você ofender a farda, ofender a integralidade do policial, você está correndo risco de vida. É assim que tem que ser".

Quer dizer que se uma pessoa ofender um PM, caso de desacato previsto no Código Penal, "está correndo risco de vida".

Deixando-se de lado a irresponsabilidade de França, o comportamento da PM de Suzano e de seu colega de Guarujá foi adequado. Casos clássicos de legítima defesa não podem ser vistos como estímulo à letalidade.

A segurança pública será um dos grandes temas da eleição de outubro. Os 18% de Jair Bolsonaro na pesquisa da CNT/MDA bem como o surto do governador paulista comprovam essa relevância.

O professor Mário Henrique Simonsen ensinava que o problema mais difícil do mundo, caso seja bem formulado, um dia poderá ser resolvido. Já os problemas mal formulados, ainda que fáceis, são todos insolúveis. Discutir e letalidade das forças da segurança pública junto com a atitude dos dois PMs dos vídeos é uma forma de embaralhar a questão, tornando-a insolúvel.

Pior: trata-se de aproveitar os holofotes para pontificar sobre o inexistente, em nome do politicamente correto. Casos existentes, politicamente inconvenientes, ficam na penumbra.

Na noite de 11 de novembro de 2017 sete pessoas foram mortas no Complexo do Salgueiro, no Rio. Moradores viram pessoas vestidas de preto, mascaradas, e com capacetes. Blindados do Exército passaram pela cena, e uma mulher que socorreu um ferido diz que encontrou soldados na cena.

O inquérito está na jurisdição do Ministério Público Militar. Foram ouvidos soldados, sargentos e oficiais, mas não foram tomados depoimentos de testemunhas civis. Outra investigação, da polícia do Rio, ouviu civis, mas não entrevistou militares. Passaram-se seis meses e não se sabe o que aconteceu no Salgueiro naquela noite. Nadinha.

?O escritório brasileiro da Human Rights Watch vem chamando a atenção para esse episódio, sem muito sucesso. A Human Rights Watch é uma organização internacional, e em 1997 compartilhou o Prêmio Nobel da Paz. Sua sede fica em Nova York.

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