18/04/2019
Novos caminhos I
A oposição vem fiscalizando o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, em Gaspar, e já entendeu que terá pouco sucesso se procurar respostas institucionais e jurídicas por aqui. Agora, ela está afundando o caminho da Capital. Ela passou a acreditar naquilo que lhe parecia ser uma afronta anedótica e um deboche que se propagavam pelos provisoriamente no poder de plantão. Dizem que possuem “imunidade” às denúncias nos órgãos de fiscalização, investigações e julgamento, tudo, segundo eles, devido aos relacionamentos e proximidade entre poderosos. O ponto de rompimento da oposição se deu no final do ano passado, depois de repetidos insucessos. Um deles foi à invasão, na construção de um prédio, sobre uma área de preservação permanente. Não sensibilizou nenhum órgão por aqui. Só foi possível barrar o processo, e bem ao seu final, via uma queixa na Ouvidoria do MP, em Florianópolis.
Novos caminhos II
Cidadãos comuns – indignados, desconfiados e anonimamente alegando temor de vingança e perseguição, uma marca bem presente por aqui e não apenas neste governo, registre-se - também têm levado denúncias ou questionamentos a órgãos de fiscalização locais. Ao mesmo tempo, os denunciantes estão apreensivos devido à falta de retorno público mínimo ao denunciado nessas instâncias oficiais. Nem o que se faz na Câmara ou se publica na imprensa, mesmo suportada por documentação, prospera. Mesmo assim, são cada vez mais volumosas e consistentes as denúncias feitas pelos vereadores contra os procedimentos do Executivo. Ao mesmo tempo, o prefeito tem relutado, atrasado ou dado propositalmente e de forma parcial, as respostas aos questionamentos dos vereadores, isso quando não é obrigado a fazê-lo por mandado judicial. Kleber joga com o “esquecimento”, com o “silêncio” da imprensa que praticamente não trata desses assuntos, com a “burocracia” que atrasa os procedimentos de aferição das denúncias, do “círculo de amigos” que os políticos dizem ter nesses órgãos, ou joga que as dúvidas serão entendidas como um simples embate entre adversários.
Novos caminhos III
Esses problemas graves de drenagens que foram motivos de sucessivos artigos aqui e questionamentos na Câmara, talvez tivessem sido estancados há muito se as primeiras denúncias fossem avaliadas no tempo em que elas foram feitas. Com o sinal vermelho ligado, os políticos teriam tomado medo e precauções. Em 29/11/2018 sob número 11.2018.00013725-3, uma denúncia anônima no MP de Gaspar, já relatava irregularidades em obras de drenagens. Então nada é novo. Como o assunto entrou na fila, a prefeitura continuou na batida daquilo que armou e julgou como certo, agravando tudo. Agora, a materialização dos erros foi parar no Tribunal de Contas do Estado e lá o MP que atua no órgão, diz estar escandalizado com as evidências. A insistência dos gestores daqui poderão ter consequências graves para si e para a imagem política deles. E que Kleber não diga que nada sabia: o denunciante anônimo, que não é um adversário político, jura que o alertou, e por escrito, em endereço eletrônico da prefeitura, sobre os erros. Ele possui provas para exibi-las da tentativa de esclarecer e impedir os fatos errados.
Novos caminhos IV
O leitor ou leitora que tiver curiosidade e devido ao pouco espaço desta página, ofereço estes endereços eletrônicos para consultas da denúncia e do protocolo do MP: https://pt.scribd.com/document/405647659/Denuncia-Obras-Drenagem-GASPAR, bem como no MP: https://uploaddeimagens.com.br/imagens/cadastro_mp-jpg. Volto e para não confundir. Naquela 29 de novembro não havia o empenho dos serviços contratados para as obras de drenagem da Rua Frei Solano. Hoje é possível verificar no Portal da Transparência de Gaspar esses empenhos e pagamentos. Eles demonstram que realmente, conforme suspeita, foram pagos os serviços de berço em concreto para tubulação, caixas de concreto armado moldadas “in loco” e outros, embora tais serviços não foram executados ou realizados de maneira divergente do contratado, como ficou demonstrada na resposta parcial do prefeito ao requerimento 005/2019 do vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT, e eu ressaltei no artigo da coluna de segunda-feira no portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, mais acessado e atualizado de Gaspar e Ilhota.
Falando francamente. Esse foi o tema da palestra do Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, o gasparense Paulo Norberto Koerich, na Associação Empresarial de Joinville. De acordo com o prefeito Udo Döhler, MDB, e o presidente da ACIJ, João Joaquim Martinelli, foi a primeira vez que alguém da Polícia Civil esteve lá e apresentou os dados sem qualquer temor e com franqueza tratou das questões de segurança da cidade e região.
Caso de polícia. Trator e gente da prefeitura de Gaspar foram flagrados no final da semana passado terraplanando terreno particular, e com indícios de invasão em Área de Preservação Permanente. O caso deu Boletim de Ocorrência e que é mantido no maior sigilo. Acorda, Gaspar!
A Defesa Civil de Gaspar tinha até então o maior contingente de voluntários motivados e mobilizados. Depois de minguarem por falta de liderança, ela está nas redes sociais pedindo inscrições.
Samae inundado I. Buraco feito pelo Samae na Rua Vereador Augusto Beduschi, defronte a Delegacia de Polícia causou danos em pelo menos três veículos que deixaram lá, inclusive, manchas de óleo.
Samae inundado II. O buraco era tão grande que precisou uma concha de trator de macadame. Quem vai pagar os prejuízos dos motoristas se eles resolverem reclamar os danos? Os gasparenses e na taxa de água.
Marcado para a Casa do Agricultor, a Feira do Peixe Vivo, mudou de endereço. A prefeitura não só desafiava uma ordem judicial, mas também à insalubridade do local que ela abandonou há três anos.
Registro. O primeiro prefeito eleito de Ilhota, José Köehler, 93 anos e viúvo, morreu sábado em Balneário Camboriú. Foi velado na Câmara de Ilhota. Governou o município de 31 de janeiro de 1959 a 31 de janeiro de 1964.
Você pensa que censura à imprensa é só em Brasília e do Supremo que virou investigador, denunciador e julgador ao mesmo tempo numa clara afronta à Constituição? Aqui também há proteção preventiva e que auto se incrimina para posar de vítima. Nem citado nos comentários estava.
O Stammtisch de Gaspar, organizado pelo Cruzeiro do Vale e que será realizado no dia quatro de maio, já possui a mesma quantidade de grupos confirmada aos do ano passado, segundo os gestores do evento, Gilberto e Indianara Schmitt. A exemplo do Baile do Havaii, renovou-se e se formaram novos grupos.
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