Enquanto vai as obras físicas e quase todas inacabadas ou já remendadas e alterando custos ? sem falar nas dúvidas ? antes mesmo da inauguração, Kleber relega a obra social que daria o mínimo aos vulneráveis - Jornal Cruzeiro do Vale

Enquanto vai as obras físicas e quase todas inacabadas ou já remendadas e alterando custos - sem falar nas dúvidas - antes mesmo da inauguração, Kleber relega a obra social que daria o mínimo aos vulneráveis

11/03/2019

Foi à votação na Câmara na quarta-feira passada, o PLC 9/2018. Ele deu entrada na Casa em maio do ano passado. Do que esse Projeto de Lei Complementar tratava? Da “criação” do Sistema Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas – Sismad, substituindo o Comad. E por que só no dia seis de março, quase um ano depois dele ter dado entrada no Câmara, o PLC foi aprovado por unanimidade dos presentes – Wilson Luiz Lemfers, PSD, recuperando-se de uma cirurgia, estava ausente?

Porque só em fevereiro deste ano, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, respondeu aos questionamentos do relator da matéria, o vereador Cícero Giovani Amaro, PSD. Foi só este ano, praticamente, que a secretaria de Assistência Social se interessou por esse assunto e interagiu na Câmara para aperfeiçoar o projeto. Com essas simples iniciativas, ambos agiram para entregar à sociedade um instrumento com políticas integradas e consistentes de conscientização, prevenção e combate às drogas.

Doeu? Não! O que está claro? O foco enviesado da administração de Kleber e Luiz Carlos Spengler, PP, que não consegue enxergar benefícios políticos na estabilidade social e emocional da comunidade para a segurança e enquanto essa instabilidade destrói valores, grupos, famílias, relacionamentos pela droga. E o exemplo está em casa de alguns políticos que vivem se estabelecendo na aparência naquilo que a cidade inteira sabe ele estar doente ou comprometido.

E olha que o prefeito Kleber, como evangélico, tem nas igrejas pentecostais, um foco de atração e ação religiosa, agindo e interagindo com as comunidades organizadas, voltadas para mitigar essa tragédia dos nossos tempos e tentar recuperar os mais vulneráveis: o vício pelo uso das drogas ilícitas e até lícitas.

Mesmo com o posicionamento tardio de Kleber, à Câmara juntamente com a interação tardia da sua equipe de Assistência Social com o Legislativo, talvez por ser o relator da matéria um suposto adversário e que queria aperfeiçoar o diploma legal, foi possível criar uma emenda modificativa e supressiva global ao original PLC. Ela tramitou em tempo recorde depois que as partes se entenderam e deram esse assunto como importante para Gaspar.

APERFEIÇOAMENTO PARA UMA AÇÃO INTEGRADA

Pela emenda, foi permitido aperfeiçoar o projeto governamental e dar à sociedade, um instrumento formal e atual de ação integrada envolvendo vários entes da comunidade para não apenas combater quem produz, comercializa, distribui e usa as drogas, mas conscientizar, reeducar, prevenir e reinserir no convívio social o dependente, resultado dessa praga dos nossos tempos: o uso das drogas ilícitas – e até das consideradas lícitas como o álcool e determinados remédios controlados.

O Comad existente na nossa cidade era um “conselho” consultivo. O Simad, criado pelo PLC 09/2018 e que agora está nas mãos do prefeito Kleber para sansão e virar lei, passa ser um colegiado deliberativo, normatizador e controlador sobre drogas na sua abrangência de efeitos no tecido social da comunidade. Deixa de ser mais um daqueles “conselhos”, as vezes até com vieses políticos partidários, para em tese, ter poder para formatar políticas e ações.

Agora, também, com o PLC 9/2018, do jeito aperfeiçoado e como foi aprovado, ele está perfeitamente adaptado às legislações estadual e federal sobre o assunto. E Gaspar poderá inclusive, ter acesso a recursos advindos da expropriação de bens de traficantes, seus laranjas e receptadores, para de posse deles por vias jurisdicionais legais, aplicar no combate (forças de segurança locais) e programas educativos ou de reabilitações de pessoas viciadas.

Para entender. Gaspar é uma cidade dormitório, passagem para migrantes devido ela estar às fáceis rodovias de acesso a Blumenau, Brusque e ao Litoral. As estatísticas da criminalidade são preocupantes; basta ficar por algum tempo no Fórum da Comarca para se constatar isso, ver os números das ocorrências da Polícia Militar, ou então olhar o quanto a Delegacia de Polícia Civil de Gaspar, projetou para a regional e o estado, delegados competentes, com vontade de trabalhar, e que passaram por aqui, ou então olhar para os preocupantes números sociais dos censos do IBGE que expõem a nossa cicatriz social.

O DESIQUILÍBRIO DAS OBRAS FÍSICAS COM A SOCIAL

Resumindo e já escrevi anteriormente, várias vezes, sobre esse tema: esta área social, é onde Gaspar possui mais problemas que seus vizinhos e pelas razões que já detalhei acima. Todavia, o prefeito Kleber e o vice Luiz Carlos relegaram a planos inferiores às áreas organizadas oficiais de combate ou mitigação com ocupação política, redução de despesas (não confundam com custos) e baixa efetividade desses aparelhos para a sociedade, consequentemente e por óbvio, gerando desproteção aos próprios vulneráveis.

A lista é longa de disparates e erros nessa área é longa. Começou pela nomeação política- por ser presidente do PDC local – e religiosa do secretário de Assistência Social, Ernesto Hostin. Não tinha qualificação nenhuma para o cargo, incluindo à capacidade de interagir interna e externamente na pasta. Saiu alegando problemas de saúde, mas não ficou desempregado e continuou nas tetas da prefeitura.

Passou pela tentativa de retirada dos repasses obrigatórios ao Fundo de Infância e Adolescência denunciado aqui; piorou na grave crise nos postos de saúde, bem como à falta de remédios nas farmácias básicas no qual o governo de plantão teve que voltar parcialmente atrás; está na clarificada na Educação; estabeleceu-se numa manobra operacional para diminuir à larga falta de vagas nas creches e que não se construiu ou se comprou vagas nas particulares, fazendo com as crianças de zero a três anos de idade e de pais trabalhadores ou desempregados formais à procura de empregos, tivessem a disponibilidade delas só por meio período desse tipo de serviço na rede pública, transtornando a vida deles, aumentando custos deles, sem falar na exposição dos bebês e crianças...

Outro desastre na área social que se ensaiou foi à tentativa de fechar a Casa Lar, e as mentiras que se seguiram sobre este assunto durante semanas para a cidade tentando mitigar à grande repercussão que o caso teve quando denunciado aqui e se enrolou no Ministério Público.

SE KLEBER NÃO MUDAR O FOCO, O SIMAD É IRRELEVANTE

Volto e encerro. Adianta aprovar o Simad se o governo de Gaspar não mudar o foco e a prioridade nos resultados que deseja para os seus cidadãos na base da pirâmide, os que verdadeiramente o elege? Será mais uma excelente ferramenta legal, para eventual enganosa propaganda, mas de pouca efetividade se o governo Kleber e de Luiz Carlos não usá-la, não der apoio e reavaliá-la como instrumento de equilíbrio social, prevenção e proteção mínima para a sociedade.

O comportamento de Kleber ao não se preocupar, contribuir e acelerar por quase um ano uma simples resposta e na interatividade com a Câmara, num assunto tão essencial na área social, é parte da mesma fotografia relatada nos cinco parágrafos anteriores. As pessoas mais carentes e principalmente, as mais vulneráveis não estão no seu projeto de governo de inclusão ou de mitigação.

É uma questão de contabilidade: as pessoas, os programas custam dinheiro, é um investimento necessário e a atual gestão, não consegue enxergar como isso é fundamental para uma sociedade mais segura, muito menos, como isso pode organizar as famílias e deixar as pessoas felizes e emocionalmente equilibradas.

E Kleber está “economizando” no social, para fazer obras físicas caras – algumas essenciais – mas, nenhuma delas, é tão prioritária, como a inclusão de gente que se atraiu para cá e não vai valorizar as obras faraônicas, porque na hierarquia de Maslow, ela não faz parte do circo político e de poder, e está desprezada pelo poder de plantão.

Em outubro do ano passado houve um claro recado. Parece que ele até agora não foi minimamente entendido. Faltam pouco mais de um ano para outubro do ano que vem. Acorda, Gaspar!

Incidente no elevador do Centro de Convivência do Idoso marca a inauguração do Espaço da Mulher. Bombeiros socorrem. Defesa Civil estava de folga

Falha no elevador do Centro de Convivência de Idosos – inaugurado em 2015 - causa pânico, deixa mulheres homenageadas pelo seu Dia e Espaço criado exatamente para a convivência delas. Ficaram “presas”. Um susto, mas agitou a solenidade, trouxe preocupações às autoridades, convidados e ao prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB que estavam no local.

Acionado emergencialmente pelo telefone perto das três horas da tarde da sexta-feira para dar orientações, o titular da Defesa Civil de Gaspar, Evandro de Mello do Amaral – que é bombeiro reformado -, não respondeu aos telefonemas.

Alternativamente chamados, Bombeiros locais foram ao local na Frei Canísio 500, na Coloninha. Tranquilizam todos, solucionam o problema e viram heróis. Teve gente que foi levada à viatura para aferir a pressão. Tudo virou o grande assunto, superou e marcou o evento. Esse elevador vive dando este tipo problemas. Se não houver uma solução, um dia, a notícia poderá ser pior, pois ele é uma peça essencial para os idosos.

Isto não foi notícia apesar de parte da imprensa estar lá, bem como os da cara orquestra de propaganda oficial. Certamente não será em outro local. Nem a inauguração do Espaço da Mulher, no Centro de Convivência do Idoso de Gaspar foi mencionado no site oficial da prefeitura até o momento em que escrevo este comentário, apesar da relevância, da promoção oficial. O Espaço fazia parte das homenagens ao Dia Internacional da Muller e está no calendário comemorativo dos 85 anos de Gaspar que acontecerá no dia 18 deste mês. Comunicação capenga e feita por curiosos, sem qualquer noção estratégica.

O INCIDENTE E O SUSTO

O Espaço Mulher foi inaugurado no início da tarde no Centro de Convivência dos Idosos criado ao tempo do governo petista de Pedro Celso Zuchi. Estava marcado para as 13h30min e como sempre acontece nesses casos, atrasou-se um pouco.

Pouco antes das 15h, os presentes foram convidados a subirem para o segundo andar do edifício para cortar a fita inaugural do tal Espaço e descerrar a placa de inauguração com o nome dos políticos. Algumas – quase todas da Rede Feminina de Combate ao Câncer - preferiram o elevador; foram acompanhadas do secretário de Assistência Social, Santiago Martin Navia. Entre elas estava Dilsa Spengler, a dona Dica, com 85 anos, esposa do ex-prefeito Evaristo Spengler.

Repentinamente ao burburinho do evento, pedidos de socorro abafados. Correria. Vinham do elevador emperrado. Como não encontraram o superintende da Defesa Civil para receberem orientações, apesar de estar lá o prefeito de fato, o secretário de Saúde, o advogado Carlos Roberto Pereira e que já foi bombeiro militar, houve quem se dispusesse, sem conhecimento técnico de elevador e ao salvamento de pessoas presas nele.

Arrombaram à porta do elevador, colocaram um banquinho para sacar, improvisadamente, as pessoas de lá para fora, sujeitando-se a um acidente maior e fatal, se houvesse a movimentação espontânea do próprio elevador.

Entretanto, prevaleceu à sensatez em meio ao pânico de gente que deveria estar calma para tomar às decisões certas, o que mostra bem a razão de tanto erro no governo Kleber. Por fim, alguém “ordenou” se esperar pelos bombeiros que já tinham sido acionados. Três viaturas foram deslocadas e estacionaram na frente do prédio. Com seriedade e humor para tranquilizar as vítimas presas e os livres, patéticos do lado de fora, rapidamente os Bombeiros de Gaspar fizeram o seu papel, sob elogios e agradecimentos dos presentes e dos que passaram pelo perrengue.

PAPELÕES

Além do que relato, destaco três outros fatos:

Primeiro: foi programado para a mesma hora da solenidade, vejam só, a instalação de um ar condicionado no local. Éprácabar. Este simples “retrato”, em algo tão óbvio, mostra como é grave a falta de previsibilidade, planejamento e da organização em que se transformou a atual administração municipal recheada de cabos eleitorais e sem gente que entende do que faz.

O secretário Santiago Navia começou a discursar no evento, os operários terceiros contratados para instalar o ar condicionado no prédio, começaram a furar as paredes. Pediu-se, então para eles interromperem o serviço. E eles interromperam.

Segundo: com o incidente (ou é acidente?) resolvido, todos foram para o fechamento da solenidade no Espaço da Mulher de Gaspar: uma palestra sobre “inteligência emocional”. Apropriado para tudo o que tinha acontecido ali. Pareceu premonitória. Adivinha o que aconteceu? O pessoal do ar condicionado que não é barnabé – que tinha parado para a solenidade e a operação de resgate - recomeçou o trabalho, pois tinha que entregar o que foi contratado.

O pessoal da prefeitura pediu outra vez para os operários pararem o serviço novamente. Não pararam. Tinham prazo. O palestrante se esgoelou. Muitos da plateia foram embora. Afinal, era preciso algo mais do que simples inteligência emocional: agenda, organização e planejamento para minimamente não marcar obras no horário de uma solenidade pública.

Terceiro: quem roubou a festa com o mínimo intuitivo para um evento como aquele? O empresário e ex-prefeito Osvaldo Schneider, o Paca, MDB. Ele e sua mulher Marlise Cunha, distribuíram flores e pessoalmente cumprimentaram cada uma das mulheres que foram lá, com beijos.

Mas, não estavam lá o prefeito eleito Kleber e sua primeira dama, Leila, tão intrometida em tudo? Estavam! E esta iniciativa não deveria ter sido deles, ao menos de forma concorrente no gesto? Deveria! Contundo, faltam-lhes tino, traquejo para as obviedades e principalmente assessoria ou serviço de protocolo efetivo do próprio gabinete – que existe e é pago por todos nós com os pesados impostos -, para quando as coisas óbvias do cerimonial ou da politicagem falham.

Outro exemplo da falta de organização, previsibilidade e planejamento do governo e das pessoas. Mais uma lição do Paca aos aprendizes de políticos no poder de plantão. Acorda, Gaspar!

A Ditran que multa os outros

e não se dá ao exemplo

Esta foto é de um funcionário e de um veículo da Diretoria de Trânsito de Gaspar - Ditran. Um caminhão passou pela rua e espalhou óleo. A pista ficou escorregadia. E a Ditran agiu pronta e acertadamente em favor dos demais veículos, motoristas, passageiros e até pedestres que poderiam ser atingidos se algum carro se desgovernasse por ali.

Para fazer o necessário a favor da cidade e dos cidadãos, a Ditran de Gaspar infringiu o artigo 230 do Código Nacional de Trânsito. Ele diz: “Conduzir o veículo, II - transportando passageiros em compartimento de carga, salvo por motivo de força maior, com permissão da autoridade competente e na forma estabelecida pelo CONTRAN; Infração - gravíssima; Penalidade - multa e apreensão do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo”.

Ai, consultei um especialista: não poderia ser enquadrada na exceção: “salvo por motivo de força maior”? Poderia, se tivesse a autorização expressa da autoridade de trânsito, algo burocrático e formal. Ou seja, não tinha.

Conclusão: procedimento irregular, fruto da preguiça, é perigoso, pois com a camionete em movimento, não se poderia jogar o pó de serra no asfalto pois colocou própria integridade e a vida do funcionário da Ditran em perigo. E para piorar, não havia adequada sinalização para proteger os que estavam no trânsito em movimento.

Já escrevi isso aqui. Mostrei por fotos e vídeos feitos pela própria equipe de propaganda fantasiosa do governo, que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, quando vai “fiscalizar” as obras, não usa Equipamentos Proteção Individual – EPIs - e que as empreiteiras que fazem o serviço nas obras que o prefeito “fiscaliza”, também não usam EPI. Testemunham essas fotos que começaram a desaparecer, operários de sandálias, sem luvas, capacetes e até descamisados.

Mesmo diante de filmes e fotos abundantes na sua propaganda e nas suas “reportagens” nas redes sociais, o prefeito Kleber, teve a cara de pau, de dizer, para me contradizer e com medo da atuação necessária do Ministério Público do Trabalho contra as empreiteiras e solidariamente contra a prefeitura que é fiscal disso tudo, passou a afirmar que ele sempre prezou por esse tipo de segurança.

Esta foto, de mais um ato inseguro promovido por quem exatamente está preparado para coibi-lo acontecido, prova mais uma vez de que o trabalho inseguro ou sob risco é um modus operandi cultural. Ele permeia todo o serviço público municipal, não apenas às empreiteiras ou prestadoras de serviços, como se constatava. Acorda, Gaspar!

Político só faz mudanças quando a água bate na bunda.

Se a URB de Blumenau fosse uma empresa privada e tivesse que competir no seu ambiente competitivo, ela já não existiria há muitos anos

A notícia estrategicamente foi dada na sexta-feira para gerar o menor reboliço possível no ambiente da comoção pela perda dos empregos. Mas, hoje, a chama será re-acesa se não houver um fato que se crie e impacte mais. É o jogo jogado.

A decisão do prefeito da vizinha e espelho Blumenau, Mário Hildebrandt, PSB, de fechar a URB, não está ligada à nada que possa se chamar de modernização da administração pública, ou uma tal reforma administrativa que estão gestando por lá, como se faz por aqui em Gaspar há meses, depois da surra nas urnas em outubro do ano passado.

Trata-se de uma questão de morte mesmo. Se não fizesse isso, o prefeito de lá estaria morto como gestor e político – se ele tem essa pretensão -, e o pouco dinheiro que possui, para sustentar uma empresa falida, com fantasmas por todos os lados, improdutiva, deficitária e cabideiro de empregos na mão dos políticos no poder de plantão.

Perguntei ao meu "consultor" para assuntos blumenauenses, Carlos Tonet, se os prefeitos anteriores, João Paulo Kleinubing, hoje no DEM - estava no PSD-, e Napoleão Bernardes, agora sem partido, - mas quando prefeito estava no PSDB e entregou a prefeitura ao seu vice Mario, para se meter na aventura de ser traído pelo ninho tucano -, teriam tomado a atitude que Mário tomou.

No caso do Napoleão, Tonet arrisca dizer que sim; no caso de Kleinubing, não sugeriu nenhum exemplo. Também não perguntei para ele.

E qual a razão para Tonet achar que Napoleão teria tomado essa atitude mesmo com o desgaste político que poderá vir da decisão que tomou e divulgou na sexta-feira o atual prefeito Mário? Porque Napoleão já fez isso, no caso do falido Consórcio Siga, mal fiscalizado pelos políticos de plantão no poder, por anos afio e que deixou a cidade sem transporte coletivo viável.

Todos - no ambiente político e de gestão privada - são unânimes em mostrar que a URB se tornou inviável economicamente e se é um sugadouro de recursos públicos escassos em qualquer prefeitura deste 2019. Pior, a prestação de serviços dela era precária, mal percebida ou reconhecida pela própria população.

E os "642" pais de famílias que estão na rua? Primeiro é um exagero. Segundo, é do jogo, jogado.

Quem for competente, trabalhador de verdade, vai ser absorvido pelas empresas que serão contratados pelas empresas terceiras que farão o serviço de limpeza, capinação e jardinagem das ruas e praças da cidade para a prefeitura na licitação emergencial que a prefeitura de Blumenau terá que realizar. Foi assim com os motoristas e cobradores de ônibus do extinto consórcio Siga. É da natureza do mercado de trabalho.

Ora, se a atividade continua, o fechamento de uma empresa pela abertura de outra, ou outras, a migração do emprego é quase que automática, com a readequação salarial e funcional a cada nova realidade.

Quem vai ficar desempregado de verdade? Os que estavam nas tetas, os seus mais de 100 comissionados e em cargos confiança. Eles são empregados de políticos ou da politicagem e não exatamente da URB. São essas pessoas que estão mais desesperadas. Estão nas redes sociais ampliando o caos. Estão usando os políticos para se salvarem, mas com o dinheiro de todos. É sempre assim.

E por fim: como uma empresa pode sobreviver se 20% da sua força de trabalho está encostada do Seguro Saúde? Algo está errado na empresa, no trabalho, na relação e na gestão de Recursos Humanos.

Se a URB fosse uma empresa privada, ela já estaria fechada há muito tempo, pois teria falido há muitos anos atrás, por incompetência de gestão administrativa, financeira e de resultados naquilo que é o espertise dela.

A URB só resistiu até aqui, porque retirou dinheiro dos pesados impostos dos blumenauenses que deveria estar na educação, creches, saúde e investimentos. Tudo para bancar a farra da cidade mal-limpa e emprego de gente indicada por político nos postos mais bem pagos de uma empresa com cara de privada. Nem mais, nem menos.

Será que Gaspar vai se espelhar no exemplo do prefeito de Blumenau? Acorda, Gaspar!

Mais um sucesso com a marca Cruzeiro do Vale.

Vem aí, o Stammtisch no dia 4 de maio

A nona edição do Baile do Hawaii criado (Gilberto Schmitt), produzido e promovido (Indianara Schmitt) pelo jornal e portal Cruzeiro do Vale, no sábado na Associação da Bunge, em Gaspar, foi sucesso e o mais procurado de todos. Ele fez parte das comemorações dos 85 anos de emancipação do município e que será no feriadão da segunda-feira que vem, dia 18.

Gente feliz estava lá. Os amigos também. Quem não foi perdeu e se arrependeu. Quem foi, prometeu voltar. Não é o meu ambiente aqui na coluna este assunto, mas registro estas três fotos.

Agora a equipe do Cruzeiro já está se preparando para o Stammtich para o dia quatro de maio. Todos se encontram lá.


TRAPICHE

A eleição na sexta-feira, dia 15, para a busca da nova presidência do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Gaspar – Sintraspug – poderá ter urna itinerante. A comissão eleitoral decidirá este assunto nesta segunda-feira.

Pelas redes sociais, está claro que o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, possui um candidato à presidência do Sintraspug. Familiares de comissionados – escalados manjados para desmoralizar os portadores das más notícias contra o governo - e até o pai do prefeito já demonstraram essa simpatia nas redes sociais e nos disparos nos aplicativos de mensagens que circulam pela cidade.

A atual presidente do Sindicato e que preferiu não concorrer à reeleição, Lucimara Rozanski Silva, continua se dizendo neutra, mas.... Nas redes sociais, o PT também está claramente trabalhando por um dos candidatos.

Não é a primeira vez. O site da Câmara de Gaspar parece cumprir horário de repartição pública. Mais, uma vez, neste final de semana ele esteve fora do ar para quem quisesse pesquisar em áreas sensíveis como Legislação, Publicações e vídeos das sessões. Alguma coisa a esconder?

A Rede Catarina da Polícia Militar – para a proteção de mulheres ameaçadas por seus maridos e companheiros em seus lares – foi implantada só em meados de dezembro do ano passado em Gaspar. Até a semana passada, 21 mulheres estavam sob a proteção do programa. A implantação da Rede em Gaspar é debitada ao atual comandante local da PM, major Pedro Carlos Machado Júnior e que assumiu em setembro do ano passado.

Só aqui você está acompanhando mais uma do fedor do lixo, onde a Say Muller, de Gaspar, a empresa de lixo, originalmente “criada” pela administração do petista Pedro Celso Zuchi para supostamente “interromper” o monopólio da Recicle, de Brusque, é centro de mais um rolo. Desta vez, ela está prestes a provocar à cassação do prefeito de Ituporanga, o tucano Osni Francisco de Fragas, o Lorinho. Uau!

A CPI do Lixo já está instalada e devidamente instruída pelo ex-secretário de Urbanismo de Lorinho, Leandro May, também do PSDB, o que se diz enganado, que com documentos e provas fundamentadas, para lavar as mãos naquilo que tinha obrigação de fiscalizar e não permitir o que aconteceu, pediu o boné, voltou para a Câmara e fez a denúncia e que deu uma CPI com votos unânimes dos vereadores. Nas notas havia mais lixo do que efetivamente recolhido e pesado nos depósitos de destino. Uau!

A coisa está tão feia, que não só a Câmara quer o coro do prefeito Lorinho, de Ituporanga. Nesta segunda-feira, 11 de março, os integrantes do próprio colegiado vão se reunir e a maioria, salvo uma mudança radical no quadro, deve pedir do afastamento voluntário do prefeito, chefe deles. A Say Muller, como em outros casos, em tão curta existência, está como canarinho na muda: não canta. Uau!

 

 

Comentários

Herculano
12/03/2019 15:24
A HIPOCRISIA

A presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmannn, está cobrando a urgente revelação dos mandantes e a motivação da execução da vereadora carioca Mariell Franco, PSOL.

Ela está certa, certíssima, todavia errada.

O Brasil e os brasileiros esperam há décadas pela revelação dos mandantes e da motivação das mortes de Celso Daniel e o Toninho do PT, por exemplo.

Ou seja, cobra dos outros, o que não foi capaz de fazer sobre os seus.
Herculano
12/03/2019 15:18
CASO MARIELLE EXPõE AS ENTRANHAS DO PODER, por Fernanda Mena, no jornal Folha de S. Paulo

Poderio de milícias, suspeitas de envolvimento no crime, emana de estruturas legais e ilegais

A ciência criminal preconiza que, à medida que o tempo passa, a resolução de um assassinato se torna mais e mais difícil: evidências tendem a desaparecer ou ser apagadas, assim como a disposição de testemunhas em colaborar com as investigações.

Sob este princípio, é contraintuitiva a prisão de dois suspeitos de serem os executores do atentado que matou a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, quase um ano depois do crime.

O policial reformado Ronaldo Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz foram presos na manhã desta terça (12). Lessa, suspeito de ser o autor dos 13 disparos, dos quais quatro acertaram a cabeça da vereadora em 14 de março passado, foi preso em sua casa, no mesmo condomínio da Barra da Tijuca onde o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem casa.

Confirmada a suspeita, falta à investigação apontar quem foi o mandante do brutal assassinato de uma parlamentar e defensora de direitos humanos, ocorrido logo após o início da intervenção federal no estado do Rio, que colocou o Exército no comando da segurança pública fluminense. Um vexame.

A chave para a ausência de um desfecho consolidado, passados 12 meses, no entanto, é evidência da escalada de poder das milícias no país, de acordo com o sociólogo José Cláudio Souza Alves, autor do estudo "Dos Barões ao Extermínio: a História da Violência na Baixada Fluminense" (Ed. Sepe).

Souza Alves pesquisa milícias da Baixada Fluminense há 26 anos e explica que os grupos de extermínio da região estão na origem dessas organizações e que seu poderio emana de uma dupla vinculação: tanto com estruturas legais como com aquelas ilegais.

Formados em boa parte por policiais e ex-policiais, as milícias conquistaram dimensão política ao eleger representantes e obter nomeações para postos estratégicos que beneficiam seus esquemas. O relatório da CPI das milícias já apontava para sete políticos envolvidos com essas organizações criminosas. Ao menos cinco foram presos.

Para Souza Alves, é a ligação com o Estado que garante às milícias "poder, informação, proteção e impunidade". "Milícias não são um Estado paralelo. Elas são o próprio Estado."

O caso Marielle e Anderson, em que as milícias parecem estar em todas as pontas, pode ilustrar essa premissa.

Um delator, considerado testemunha-chave do caso, apontou o vereador Marcello Siciliano (PHS) e o miliciano Orlando Curicica, hoje num presídio de segurança máxima, como mandantes do crime. Eles negaram a acusação, e chegaram a procurar a Anistia Internacional dizendo-se pressionados a assumir o duplo assassinato.

O então secretário de Segurança do Rio, general Richard Nunes, também chegou a afirmar que Marielle teria sido morta por supostamente ameaçar o esquema de grilagem de terras operado por uma milícia na zona oeste do Rio.

O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), escreveu em seu perfil numa rede social que um dos cinco presos na operação "Os Intocáveis", deflagrada em janeiro deste ano pela Polícia Civil e Ministério Público, era suspeito de envolvimento nas mortes de Marielle e de Anderson.

A operação teve como alvo milicianos que atuam na grilagem de terras na zona oeste do Rio de Janeiro. Surpreendente é o fato de dois dos alvos da operação terem sido homenageados pelo então deputado Flávio Bolsonaro (PSL) com moção de louvor e honrarias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Um deles, o ex-capitão da PM Adriano Magalhães Nóbrega, hoje foragido, foi apontado pela operação como um dos líderes da milícia de Rio das Pedras que opera esquema de grilagem de terras, entre muitos outros. Ele também seria chefe do grupo de extermínio Escritório do Crime, suspeito de estar associado à execução de Marielle e Anderson.

Nóbrega foi celebrado pelo hoje senador Flávio Bolsonaro com moção de louvor por seu "brilhantismo e galhardia", em 2003, e com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Alerj, em 2005.

Mais: até novembro do ano passado, a mãe e a mulher de Nóbrega trabalhavam no gabinete de Flávio Bolsonaro, que atribuiu as contratações a seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, amigo de longa data do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).

Queiroz, que foi policial militar, já estava sujo. Ele é suspeito de comandar rachadinhas no gabinete do filho zero um do presidente. O esquema retém parte dos salários de funcionários nomeados de um gabinete. Queiroz atribuiu a movimentação de R$ 7 milhões, valor incompatível com sua renda, a negócios particulares de compra e venda de automóveis.

O jogo de empurra-empurra e esconde-esconde, no entanto, não desata o nó que amarrou milicianos suspeitos de envolvimento na morte da vereadora com o gabinete do filho do presidente da República.

Em dezembro passado ?"portanto, antes de o Brasil conhecer Queiroz, Nóbrega e o Escritório do Crime?", a suspeita de que uma organização criminosa estivesse travando as investigações do atentado que matou a vereadora e seu motorista levaram a Polícia Federal a entrar no caso.

Na ocasião, o então ministro da Segurança Raul Jungmann definiu o processo de apuração do crime como "uma aliança satânica entre a corrupção e o crime organizado".

Se a morte de Marielle Franco já era um caso de interesse nacional antes de reveladas as tenebrosas relações entre milicianos e o filho zero um do presidente, agora sua resolução deveria ser também questão pessoal e de honra para a família Bolsonaro.
Herculano
12/03/2019 15:12
REGISTRO

Hoje é aniversário do Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, o gasparense Paulo Norberto Koerich
Herculano
12/03/2019 11:48
PARA ESCLARECER

Três investigações distintas mostram que os maiores blogs bolsonaristas (que se dizem mídia independente) são ligados ao PSL: Conexão Política, Terça Livre e República de Curitiba
Herculano
12/03/2019 11:42
da série: a coerência não é o forte dos políticos

O NOVO PT

Conteúdo de O Antagonista. O PT divulgou uma nota contra os "ataques" de Jair Bolsonaro à imprensa.

Sim, o PT, aquele que sempre defendeu o controle da imprensa.
Miguel José Teixeira
12/03/2019 09:39
Senhores,

Na mídia:

"PT vai à Justiça contra fundação que vai gerir recursos da Lava-Jato"

Huuummm. . .se é ruim para os PeTralhas, seguramente, é bom para o Brasil!
Herculano
12/03/2019 09:07
SE FALAREM

Presos os supostos autores do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, PSOL, é fundamental que se saiba a motivação e quem mandou ordenou o crime.

Preso, Adélio Bispo dos Santos, ex-integrante do mesmo PSOL de Marielle, defendido por gente cara e famosa, ainda não esclareceu quem ordenou acabar com a vida do então candidato Jair Messias Bolsonaro, PSL.

A tese que se estabelece, é que Adélio é doido e um lobo solitário. Se ela vale para um lado, valerá para o outro?
Herculano
12/03/2019 09:02
VIZINHO DO BARULHO

De Ricardo Noblat, de Veja, sobre um dos PMs que supostamente matou a ex-vereadora carioca Marielle Franco, PSOL, ser vizinho no condomínio em que morava e ainda possui imóvel, o presidente Jair Messias Bolsonaro, PSL

"Que deve ser desagradável para o presidente, como seria para qualquer um de nós, morar no mesmo condomínio onde mora um suspeito de assassinato tão bárbaro. Você não acha?"

Eu também acho. Agora, a priori, isso não significa que haja ligação entre ambos, apesar das afinidades retóricas e práticas.
Herculano
12/03/2019 08:57
O PT FAZ O QUE PODE, BOLSONARO FAZ O ERRADO E CIRO FAZ O CERTO

Conteúdo de O Antagonista. A estratégia de Ciro Gomes para ganhar proeminência política está límpida na entrevista ao Valor.

À esquerda, ele desqualifica o PT, o seu principal adversário nesse espectro ideológico. Desqualifica com a verdade criminal sobre o partido que ainda é dominado por Lula.

À direita, Ciro se aproveita dos disparos do clã Bolsonaro e seu ideólogo contra os militares, para aumentar a cizânia dentro do governo. Desqualifica lançando mão da paranoia desse pessoal.

O PT faz o que pode, Bolsonaro faz o errado e Ciro faz o certo politicamente.
Herculano
12/03/2019 07:49
SERÁ QUE AGORA VAI? POLÍCIA E MP PRENDEM PM REFORMADO E EX-PM SUSPEITOS PELOS ASSASSINATOS DE MARIELLE E ANDERSON


Conteúdo do portal G1 e TV Globo, ambos do Rio de Janeiro. Texto e apuração de Felipe Freire, Leslie Leitão, Marco Antônio Martins e Paulo Renato Soares. Força-tarefa afirma que o policial reformado Ronnie Lessa atirou contra a vereadora e que o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz dirigia o carro que perseguiu Marielle. Crimes completam um ano nesta quinta-feira (14).

Polícia prende 2 PMs suspeitos de participação nas mortes de Marielle Franco e Anderson

Policiais da Divisão de Homicídios e promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam, por volta das 4h30 desta terça-feira (12), o policial militar reformado Ronnie Lessa, 48 anos, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos. A força-tarefa que levou à Operação Lume afirma que eles participaram dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

O que diz a denúncia
Ronnie Lessa é o autor dos 13 disparos que mataram Marielle e Anderson; ele estava no banco de trás do Cobalt que perseguiu o carro da vereadora. Ele foi preso em casa, num condomínio na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca; Élcio Vieira de Queiroz dirigiu o Cobalt. Ele foi pego também em casa, na Rua Eulina Ribeiro, no Engenho de Dentro.

A investigação ainda tenta esclarecer, no entanto, quem foram os mandantes do crime e a motivação.

Ronnie e Élcio não resistiram à prisão e nada disseram aos policiais.

A Operação Lume realiza ainda mandados de busca e apreensão contra os denunciados para apreender documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, acessórios, munição e outros objetos. Durante todo o dia, haverá buscas em 34 endereços de outros suspeitos.

Após a prisão de Ronnie, agentes fizeram varredura no terreno da casa dele e encontraram armas e facas. Detectores de metais vasculhavam o solo, e até uma caixa d'água foi vistoriada.
Herculano
12/03/2019 07:43
IMPRENSA PARTICULAR DO POLÍTICO NO PODER DE PLANTÃO PARA BAJULA-LO, MAS PAGA PELO PELOS PESADOS IMPOSTOS DO POVO

De Mário Vitor Rodrigues, no twitter:

A imprensa nunca foi tão atacada quanto agora. Antes era incompetente, vendida e oportunista apenas sob a ótica da esquerda. Agora também a claque pseudoconservadora faz esse discurso. Para os fanáticos, imprensa boa é aquela que bajula os seus. Bando de irresponsáveis.

Herculano
12/03/2019 07:40
ISSO AQUI NóS CONHECEMOS BEM

De Mário Sabino, no twitter

Não foi a chuva que inundou e matou em São Paulo. Foram a negligência, a incompetência e a corrupção, como ocorre no Brasil inteiro.
Herculano
12/03/2019 07:39
O ATO DE ATACAR A IMPRENSA

de Augusto Franco, no twitter

Nenhum governo democrático ataca a imprensa. Pode reclamar, responder com a sua própria versão dos fatos, mas nunca ameaçá-la, promover campanhas contra alguns veículos, chamá-los de inimigos, traidores da pátria e produtores de fake news. Só líderes autoritários agem assim.
Herculano
12/03/2019 07:33
PREFEITO FLANAVA EM PRAGA COM SP DEBAIXO D'ÁGUA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Enquanto cinco pessoas morriam em deslizamentos e sete afogadas, centenas ficavam desabrigadas e milhares perdiam seus pertences, o prefeito Bruno Covas passeava na cidade de Praga, capital tcheca, e já tinha voo marcado para seguir em férias para Genebra, na Suíça. Ele escolheu sair de férias exatamente quando a cidade que administra enfrentava temporais que chegaram a derrubar mais de 600 árvores.

CIDADE ACÉFALA
Nesta segunda (11) pela manhã, a impressão era de acefalia. Com o prefeito ausente, ninguém aparecia para tomar as rédeas da situação.

PASSEIO SUSPENSO
Informado do que se passava em São Paulo, Bruno Covas parece ter recuperado o juízo para retornar à cidade pela qual é responsável.

ERRO REPETIDO
Ao flanar em Praga, Bruno Covas repetiu o erro da então prefeita Marta Suplicy, que foi passear em Paris com a cidade debaixo d'água.

COMPANHIA
A revista Veja São Paulo insinuou que Bruno Covas viajou na companhia de Gustavo Pires, "principal assessor e amigo".

CORONEL SERÁ O CHEFE DE GABINETE DO PORTA-VOZ
O coronel Didio Pereira de Campos será o novo chefe de gabinete do general Otavio do Rêgo Barros, porta-voz da presidente Jair Bolsonaro, e não "coordenador das redes sociais", como indicava uma fake news. A estruturação do Gabinete do Porta-Voz ainda não está pronta, por isso Didio foi nomeado para cargo do mesmo nível, ligado à Secretaria de Comunicação (Secom): diretor do Departamento de Publicidade.

ALÉM DA IMAGINAÇÃO
A nomeação de Didio Pereira de Campos excitou a imaginação de quem viu uma "intervenção" nas redes sociais do presidente.

REDES SOCIAIS, NÃO
Sites de grandes jornais chegaram a noticiar que Didio foi "escalado" para coordenar redes sociais, "após polêmicas". Nada, era falso.

VIROU PIADA
Após instantes de perplexidade, a especulação sobre o papel do coronel Didio Pereira de Campos virou chacota no Planalto.

ESTADO PARALELO
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) usam a expressão "estado paralelo" para definir a estrutura criada pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba com R$2,5 bilhões "doados" pela Petrobras.

AGENTE DE VIAGENS
Ex-assessora que escapou do atentado a Marielle, Fernanda Chaves contou ao jornal português Diário de Notícias que Dilma (PT) foi a sua casa oferecer "ajuda com contatos de entidades fora do Brasil".

TRADUÇÃO ERRADA
Na conversa gravada, a jornalista Constança Resende, do Estadão, não diz que fez matérias com o objetivo de "arruinar" Flávio Bolsonaro. Apenas se revela orgulhosa do trabalho que fez no caso Queiroz.

CÂMARA VAI ÀS COMPRAS
Um mês depois de eleita, a mesa diretora da Câmara Legislativa do DF foi às compras: cinco carrões para mordomia de deputados, avaliados em quase meio milhão de reais. A licitação será no próximo dia 26.

DIRIGINDO NA CADEIA
Ao noticiar, como todos, a suspeita do MP paulista sobre o papel do PT na morte de Celso Daniel, um jornalista de Itabuna (BA) foi processado por José Dirceu, que vai mofar na cadeia, mas ganhou com incrível rapidez a ação para tomar de Marcel Leal seu carro pago em 36 vezes.

FOCO NA LAVA JATO
Após "intervenção" do presidente Bolsonaro no Ministério da Educação, que resultou numa dezena de demitidos, o MEC concentra seu foco na Lava Jato da Educação, anunciada pelo presidente.

UM FOGUETE? UM AVIÃO?
Ao tentar vender o carro em Brasília, leitor da coluna descobriu que foi multado por excesso de velocidade e, segundo a infração, trafegava a 530 km/h. Como a multa estava vencida, não teve como recorrer.

CHECOU, PERDEU
Banco fatura alto nas tarifas escorchantes. O Santander cobra R$2,50 de clientes que desejam checar o saldo, no Caixa 24 Horas. O desavisado só não paga se isso está previsto no "pacote de serviços".

PENSANDO BEM...
...tem gente, inclusive no governo, precisando de tradutores melhores.
Herculano
12/03/2019 07:22
da série: como as redes sociais permitiu se florescer e conhecer idiotas ativos e principalmente passivos (patetas, ignorantes e fanáticos), que detestam conhecimento, evolução, ciência e fatos reais provados e comprovados


A TERRA NÃO É PLANA, MAS..., por Joel Pinheiro da Fonseca, economista, no jornal Folha de S. Paulo

A energia dos terraplanistas não está no debate científico, mas na política

O documentário "A Terra é Plana" ("Behind the Curve", Daniel J. Clark, 2018), disponível no Netflix, não apenas sacia nossa curiosidade mórbida por um movimento de crenças bizarras (no caso, de que nosso planeta não é uma esfera e sim um disco). Ele nos mostra a dimensão política da crença humana e o quão pouco somos guiados pela razão.

No Brasil, ainda podemos considerar a esfericidade da Terra como uma verdade óbvia. Podemos buscar entender os terraplanistas, portanto, sem levar a sério o mérito de suas teses. Se eles crescem e se organizam, não é pela racionalidade dos argumentos. A explicação tem que estar em algum outro mecanismo psicológico, que guardará lições sobre muitos outros movimentos.

Primeiro ponto notável: as redes sociais foram condição necessária para o terraplanismo florescer. Nelas, pessoas comuns podem gerar seu conteúdo e chegar a milhões de outras sem passar por nenhum crivo da ciência institucional. Comunidades se formam e se retroalimentam, fortalecendo o sentido de uma causa comum e convertendo pessoas que, não fosse pelas redes, jamais questionariam o formato da Terra.

Segundo ponto: os terraplanistas falam a língua do homem comum, enquanto a linguagem dos cientistas lhe é inacessível. "Science just throws math at us", diz um dos expoentes do movimento, contando vantagem. E ele está certo. Alguns dos cientistas ouvidos pelo documentário, por sua vez, lutam para não transparecer o óbvio desprezo que sentem pelo terraplanismo; o que só fortalece nos membros o sentimento de que o sistema os persegue.

Afinal, é impossível acreditar que a Terra é plana sem, ao mesmo tempo, acreditar que toda a comunidade científica, as universidades, o governo e a mídia estão metidos numa conspiração para nos enganar sistematicamente. Sendo assim, nenhum argumento vindo da comunidade científica será persuasivo.

As crenças humanas não se destinam apenas a conhecer a verdade; cumprem também uma função social de coesão grupal e sentido de pertencimento. Somos apresentados a pessoas que se sentiam sozinhas e excluídas. Em muitos casos, o terraplanismo só acentuou o isolamento da família, mas apresentou uma comunidade na qual se sentem valorizadas e na qual têm o reconhecimento que lhes era negado.

Pois as energias dos terraplanistas não estão no debate científico. Seus olhos brilham é com a política: querem ocupar espaços (no currículo da educação pública, por exemplo) e se fazer ouvir. Organizam eventos, militam nas redes, veem-se como um coletivo em uma luta heroica contra um inimigo maligno.

Ninguém se convence racionalmente de que a Terra é plana e por isso passa a rejeitar o sistema. O mecanismo é justamente o inverso: a pessoa já queria, por algum motivo, rejeitar o sistema e, para isso, argumentos baratos fornecem uma justificativa fácil. Não são, nisso, menos racionais do que nós. Afinal, não temos a prova da maior parte de nossas crenças (entre elas, a esfericidade da Terra); elas dependem de nossa confiança nas instituições que nos rodeiam. É isso que está em jogo.

Limitar a expansão de seitas em um mundo no qual a informação circula livremente (e é bom que circule, não queremos voltar atrás) é um dos desafios deste século. O terraplanismo exige um salto de fé tão grande que provavelmente encontrará limites naturais. Comunidades de crenças menos absurdas embora também falsas - podem ir mais longe e fazer estragos maiores.
Herculano
12/03/2019 06:56
da série: os mesmos que tentam demonizar, constranger, sabotar e descredenciar a imprensa livre e investigativa, foram os que usaram da independência e profissionalismo dela para chegar ao poder. É assim lá, é assim, aqui. E além de ingratos, continuam sendo desmascarados nas tramoias e jogadas que fazem contra a própria sociedade, com o dinheiro dos pesados impostos de todos para poucos, trazendo mais credibilidade para a imprensa séria, a que não é comprada e não se ajoelha para as ameaças. Vão trabalhar mais, gerar mais empregos, roubar menos, gerir melhor e cumprir as promessas de campanha políticos de m...

A MISSÃO DO "ESTADÃO", editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Os jornalistas do 'Estado' se pautam pelo compromisso inarredável com os valores democráticos e com o regime da lei, que estão na essência da identidade do jornal desde sua fundação, em 1875

Os jornalistas do Estado se pautam pelo compromisso inarredável com os valores democráticos e com o regime da lei, que estão na essência da identidade do jornal desde sua fundação, em 1875. A defesa da liberdade contra todo tipo de tirania, a começar por aquelas que se creem chanceladas pelas urnas, marca a atuação desta publicação e de seus profissionais ao longo de 144 anos de história.

Esse compromisso se encontra mais vivo do que nunca, em especial diante de ameaças que partem do próprio presidente da República, o sr. Jair Bolsonaro. Esses arreganhos só fazem confirmar a relevância do exercício do jornalismo livre, que tem no Estado um centenário patrono.

Este jornal se comprometeu, desde seu primeiro número, a ser totalmente apartidário e independente, infenso às injunções do poder. A imparcialidade necessária para o exercício dessa liberdade não significa, contudo, que o jornal silencie ou deixe de defender o que acredita ser o certo diante do malfeito e do arbítrio. É papel desta publicação funcionar como a consciência crítica de seu tempo.

Foi com esse espírito que o Estado defendeu o fim da escravidão e o advento da República, que consagra a liberdade - e a responsabilidade - do indivíduo. Essa é a razão pela qual este jornal se tornou atuante tribuna dos defensores da democracia, quando esta palavra expressava apenas um desejo da sociedade. É assim há tanto tempo que tal característica se tornou a própria natureza do Estado perante seus leitores e a sociedade.

Em respeito a essa missão, o Estado posiciona-se radicalmente contra qualquer forma de populismo e extremismo. Governantes que pretendem consolidar seu poder por meio do desprezo pelas instituições democráticas e republicanas e pelo apelo direto às ruas em geral sentem-se desconfortáveis com a atuação deste jornal na defesa do exercício responsável do governo.

Essa é provavelmente a razão de fundo do inaceitável ataque do presidente da República, sr. Jair Bolsonaro, a este jornal e a uma de suas jornalistas, a repórter Constança Rezende. O sr. Jair Bolsonaro decerto não se conforma que haja quem dele discorde ou, então, que ouse investigar os malfeitos a ele relacionados. Julga-se imune a críticas e a dúvidas sobre seus atos por ter sido eleito por dezenas de milhões de eleitores, como se o voto na urna o colocasse acima do bem e do mal.

Mas este jornal não se deixa intimidar por quem quer que seja o inquilino na Presidência, a começar por aqueles que se julgam em missão messiânica de salvação do País. O Estado esteve ao lado dos democratas nas principais lutas políticas brasileiras desde a Proclamação da República, servindo-lhes de porta-voz. Foi assim, por exemplo, que o Estado enfrentou a truculência de Getúlio Vargas, ao reivindicar o regime da lei que aquele caudilho prometeu e afinal não respeitou. Foi assim, também que este jornal se insurgiu contra a ditadura militar, sofrendo, em razão disso, uma feroz censura. Nem isso fez o Estado vergar-se: no lugar das muitas notícias censuradas, o jornal publicou poemas de Camões com sugestivas estrofes para comunicar aos leitores a violência a que estava sendo submetido. Assim, o Estado foi protagonista da luta que por fim restabeleceu a democracia no País.

O comportamento do presidente da República, sr. Jair Bolsonaro, que não se vexa de usar até mesmo informações falsas para atacar jornalistas que considera inimigos, mostra o quão frágil é o regime democrático e reforça a necessidade da vigilância redobrada contra a sedução do arbítrio. É nessa difícil conjuntura, em que a hostilidade à imprensa profissional é estimulada pelo próprio presidente da República, que o trabalho dos jornalistas do Estado torna-se ainda mais relevante. Tendo como norte a objetividade e atenção exclusiva aos fatos, os repórteres desta casa sabem muito bem como enfrentar a ferocidade dos que se consideram inatacáveis.

As ameaças do sr. Jair Bolsonaro e de suas hostes de milicianos virtuais indicam que o Estado e seus jornalistas estão cumprindo seu dever, zelando pela tradição deste jornal de defender a liberdade e a democracia em qualquer circunstância.
Herculano
12/03/2019 06:38
RIR OU ENLOUQUECER, por João Pereira Coutinho, escritor e sociólogo português, no jornal Folha de S. Paulo

Só respeito humoristas que temem ser sequestrados, estuprados ou mortos

Estou cansado de humoristas ocidentais que declaram em público seus tormentos. Hoje, é difícil fazer humor, dizem, apontando o dedo trêmulo para o "politicamente correto", a fúria das redes sociais ou a imbecilização progressiva da sociedade.

Entendo o que dizem. E longe de mim negar que o "politicamente correto", entendido como qualquer tentativa de limitar a liberdade de expressão por meios extrajudiciais, é uma praga irritante.

Mas é preciso não confundir uma mosca com um bisonte. Só respeito humoristas que, na hora da lamúria, temem ser sequestrados, estuprados, queimados vivos ou assassinados. Todo o resto é frescura.

Que o diga Larry Charles, uma das cabeças responsáveis pela maior comédia televisiva de todos os tempos (é preciso dizer qual é? "Seinfeld", obviamente).

Agora, Charles resolveu filmar para a Netflix um documentário sobre o humor em lugares distantes. Lugares como o Iraque, a Nigéria ou a Libéria (palavra de honra: a Libéria!). O resultado é "Larry Charles' Dangerous World of Comedy".

Nesses países, o problema dos humoristas, lamento, não é o "politicamente correto", as redes sociais nem a pressão dos idiotas sérios. As ameaças dão pelo nome de Al Qaeda, Daesh, Al Shabaab e vários esquadrões da morte que são pouco conhecidos pelo seu sentido de humor.

Só uma cabeça como Larry Charles poderia formular essas questões: como será apresentar um "Daily Show" no Iraque e fazer piadas com os "goat fuckers" do Daesh? Como será fazer stand-up entre os escombros de Monróvia? E, na era do empoderamento feminino, que desafios enfrentam as humoristas da Nigéria, onde a violência contra mulheres bate recordes?

Larry Charles partiu à descoberta e entrevistou os humoristas que sobrevivem ainda (os que foram mortos nos entretantos têm direito a uma referência especial).

No Iraque, encontramos Ahmed Albasheer, uma espécie de Jon Stewart local que nasceu para a comédia no dia em que foi sequestrado por jihadistas. Preso nas masmorras, o rapaz olhou em volta. Testemunhou violações, castrações, homicídios. Quando chegou a sua vez, começou a contar piadas. Os jihadistas riram. Ele escapou.

É um destino comum. Na Libéria, uma das mais conhecidas humoristas foi estuprada aos 12 anos e passou a guerra entre cadáveres.

Hoje, essas experiências fazem parte do seu repertório, juntamente com piadas sobre a epidemia de Aids e o surto do ebola que devastou o país. É a vida: cada cultura tem os seus dramas para expiar. Nos clubes de comédia de Londres ou Nova York, são os hilariantes dilemas da meia-idade. Na África, é a falta de sacos mortuários para aviar o pessoal.

Mas estou sendo injusto. Porque Larry Charles também dedica algum tempo a comediantes ocidentais. Não, não falo dos "perseguidos" Kevin Hart ou Louis C.K.

Falo de Bobby Henline, por exemplo, um veterano do Exército dos Estados Unidos que foi bombardeado no Iraque e, espantosamente, sobreviveu.

Foi o início de uma carreira: hoje, em espectáculos de stand-up, Bobby, ou o que resta dele (o corpo está queimado, o rosto já não existe), deslumbra as plateias com as suas histórias.

A primeira piada que ele contou profissionalmente foi sobre o seu "defeito de nascença" ("mesmo quando estava grávida de mim, minha mãe continuou trabalhando no circo como comedora de fogo").

Mas essa não é a melhor piada. É essa aqui: "I'm so cheap I expect a discount on my cremation". Lamento. Só funciona completamente em inglês, embora uma tradução soe assim: "Sou tão pão-duro que espero um desconto na minha cremação".

O leitor sente-se desconfortável com esse humor? Não deve. O magistral documentário de Larry Charles tem duas mensagens otimistas que contrastam severamente com os cenários de horror que ele visitou.

A primeira mensagem é que o humor é impossível de eliminar quando falamos de seres humanos. As circunstâncias podem ser inomináveis; mas há sempre um raio de luz que se intromete entre a loucura, o ódio e o sofrimento.

A segunda mensagem, que decorre da primeira, é que Freud tinha razão quando dissertava sobre o poder libertador das piadas --rimos ou enlouquecemos. Esse lema, que sempre tomei como a verdade das verdades pessoais, encontrou agora uma confirmação universal.

Espero nunca me esquecer disso. E da próxima vez que assistir a um humorista brasileiro ou português chorando copiosamente porque é insultado nas redes sociais, prometo oferecer-lhe uma passagem para Bagdá, Monróvia ou Abuja. Sem possibilidade de retorno.
Herculano
11/03/2019 18:38
COTADO PARA SER SECRETÁRIO DE OBRAS EM GASPAR, O ENGENHEIRO PAULO FRANÇA, MDB, QUE ESTAVA NO DEINFRA RETORNA PARA SER SECRETÁRIO BLUMENAU QUE AVANÇA NA REFORMA ADMINISTRATIVA, ENQUANTO AQUI ELA NÃO DESATA

Paulo França vai ser secretário Executivo do Programa de Mobilidade Sustentável e de Projetos Especiais de Blumenau a partir desta terça-feira.

Ele retorna a Blumenau onde esteve de 2014 a 2017, antes de ir para o governo do estado como adjunto do Deinfra -Secretaria de Infraestrutura do governo do Estado -, onde ficou titular durante a campanha Luiz Fernando Cardoso, Vampiro, MDB
Herculano
11/03/2019 16:51
da série: colocando ordem na República que a clã Bolsonaro tentou torná-la a ridícula casa da mãe joana

APóS POLÊMICA, GOVERNO BOLSONARO ESCALA MILITAR PARA COORDENAR AS REDES SOCIAIS

Nome sugerido por Santos Cruz, coronel Didio Pereira de Campos reforça estrutura de comunicação para evitar novas crises como as criadas pelo presidente

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Gustavo Uribe, da sucursal de Brasília. Em uma tentativa de evitar novas crises nas redes sociais, o governo do presidente Jair Bolsonaro escalou um militar para coordenar a estrutura de mídias digitais e reforçar a comunicação oficial do Palácio do Planalto.

Ex-chefe da assessoria de imprensa do Exército, o coronel Didio Pereira de Campos comandará uma nova estrutura chamada Comunicação Global, que ficará responsável pelo monitoramento das redes sociais, publicidade oficial e criação de conteúdo.

Com a sua chegada, a gestão das mídias digitais, que estava subordinada à secretaria de imprensa, passa a ser controlada pela nova estrutura, assim como a área de publicidade, que estava sem um gestor específico desde o início do governo.

A nomeação do coronel foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda (11) para o cargo de diretor do Departamento de Publicidade da Secretaria de Publicidade e Promoção da Secom (Secretaria de Comunicação Social). Quem assina o despacho é o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

A indicação foi feita pela equipe do ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Santos Cruz, e ocorreu após um diagnóstico da equipe do presidente, sobretudo do núcleo militar, de que a comunicação oficial precisava ser melhorada diante das últimas polêmicas.

Na semana passada, Bolsonaro compartilhou vídeo, filmado durante o Carnaval, no qual um homem introduz um dedo no próprio ânus e recebe jato de urina na nuca. Neste domingo (10), ele divulgou relato deturpado contra uma repórter.

Os dois episódios causaram polêmica e foram criticados, em caráter reservado, por assessores presidenciais, para os quais Bolsonaro não deveria gastar seu capital político com assuntos menores no momento em que o foco do Palácio do Planalto é a aprovação da reforma previdenciária.

Eles avaliam, contudo, que o temperamento do presidente é "irrefreável", como definiu um auxiliar palaciano, e que, apesar dele já ter sido recomendado a diminuir o tom nas redes sociais, dificilmente mudará a postura, sobretudo ao ter o filho Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) como uma espécie de consultor em redes sociais.

O coronel é descrito como um militar de perfil moderado e técnico. Apesar de sua entrada na equipe de comunicação, a estrutura geral continuará a ser chefiada por Floriano Amorim, indicado pelo posto por Carlos, que blindou as contas oficiais do pai.

O episódio da semana passada, do vídeo obsceno, foi detectado pelo monitoramento do Palácio do Planalto como desencadeador de desmobilização de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais.

Além do reforço na comunicação social, o Palácio do Planalto busca um profissional experiente que oriente Bolsonaro nas declarações públicas. A equipe do presidente já começou a procurar uma pessoa que se encaixe nesse perfil de conselheiro, mas tem encontrado dificuldades diante da limitação salarial dos cargos disponíveis pelo governo.

O entorno de Bolsonaro é entusiasta do nome do jornalista Alexandre Garcia, que deixou a Rede Globo no final do ano passado e ocupou o cargo de porta-voz na gestão de João Figueiredo (1979-1985), durante a ditadura militar. Ele, contudo, já sinalizou que não pretende fazer parte do governo.
Odir Barni
11/03/2019 16:45

GASPAR TEM VÁRIOS NOMES PARA PREFEITO PARA 2020.

Prezado Herculano;

Não sou mais eleitor de Gaspar, onde votei e fui candidato para vereador em duas oportunidades, em 1982 - 219 votos e em 1992 - 267, não logrei êxito, não tive apadrinhamento de ninguém, fiz minha campanha franciscana acreditando nas pessoas, consciente do dever cumprido.Acho que foi melhor assim, sou aposentado pelo município de Gaspar e por isso me preocupo com quem deve assumir a prefeitura no futuro. Vejo vários postulantes. Hoje acabei de publicar, em meu face, como lembrança uma foto do ex-prefeito, Adilson Luiz Schmitt. Comentei que , apesar de suas polêmicas, o ex-prefeito é um forte nome para dirigir o município; uns me dirão que estou louco e outros opositores dirão que o candidato é doido. Tudo isto é uma forma de tirar do páreo alguém que demonstra estar mais preparado que todos. Adilson, foi assessor parlamentar do saudoso deputado, Aldo Schneider, trabalhou na FESPORTE, sempre defendendo interesses de seu município. Para ser prefeito o primeiro quesito é ter vontade e gostar de política. Pergunto: quem de Gaspar tem tempo para se dedicar a tarefa de prefeito; que conhece sua geografia e suas prioridades como o ex-prefeito? Por outro lado, Adilson foi polêmico, perdeu seu tempo ao discutir com os empresários, tomar decisões que nenhum outro prefeito tomou; não é covarde, bateu de frente com o ex-governador falecido que não cumpriu seus compromissos com Gaspar; Adilson errou quando afastou servidores sem consultar ninguém,percebe-se que esteve mal assessorado. Hoje depois de tomar muitas lições acredito que bem lapidado ainda é o melhor nome para mostrar que tem espaço na senário estadual. Quem não é visto, não é lembrado, Adilson é o único gasparense que tem aparecido em várias secretarias do governo estadual. Desculpe minha intromissão;como gosto desta coluna que oportuniza a todos nós o direito de se expressar não posso ficar inerte. Minha convivência por 22 anos com os gasparenses onde ocupei o cargo de contador do município, diretor interino do Hospital, assessor contábil do SAMAE, primeiro presidente e fundador do SINTRASPUG. eleito em 3 oportunidades ( 6 anos), fundador da Associação dos Servidores Municipais, diretor do esportivo do Gasparense e do Canarinhos, além de outras atividades me credenciam a opinar para que as brigas paroquianas, a inveja e o ciúme sejam exterminados assim como queria Frei Goodofredo. Cada um tem sua opinião, quem não opina não pode criticar depois. É hora de começar a pensar, não pense só em quem tem mais dinheiro, pense em quem pode ser o seu melhor prefeito.
Salve Gaspar!
Leo
11/03/2019 15:43
POLÍTICO É TUDO IGUAL. MESMO AP?"S O RECADO DAS URNAS NA ÚLTIMA ELEIÇÃO. AONDE A POPULAÇÃO PEDIA MUDANÇAS.PARECE QUE O VEREADOR DO PDT DE GASPAR NÃO ENTENDEU O PEDIDO DA POPULAÇÃO POR UM NOVO MODELO POLÍTICO. SEM O TOMA LÁ E DÁ CÁ.MAIS TEM GENTE QUE GOSTA DE VIVER DE MIGALHAS. PARABÉNS SEU HERCULANO POR SEMPRE MOSTRAR O LADnO PODRE DA POLÍTICA LOCAL.
Ze do PP
11/03/2019 14:49
Senhor Herculano

Este será o ano de ouro do seu desafeto preferido, José Hilario Melato, o político mais experiente de Gaspar. Muitas obras estão saindo papel, mais um reservatório será erguido, desta vez no Bateias e região e muitas estão a caminho, modernização e muito, muito trabalho.
Melato, se prepara para o candidato a vice Prefeito de Kleber, com quase 100% certo de ser empossado. Chupa que é de uva.
Herculano
11/03/2019 14:38
da série: a direita xucra vergonhosamente vai reabilitar a esquerda do atraso

O PT COMEMORA OS ATAQUES BOLSONARISTAS A JORNALISTAS

Conteúdo de O Antagonista. Enquanto Jair Bolsonaro e imprensa se engalfinham, o PT vai conseguindo avançar nas tratativas para livrar o Comandante Máximo e conquistar espaços.

Os ataques de bolsonaristas a jornalistas que ajudaram a derrubar Dilma Rousseff e mandar Lula para a prisão são especialmente comemorados pelos petistas.
Herculano
11/03/2019 14:23
BOLSONARO QUER REVER ACORDO FEITO POR LULA

Conteúdo de O Antagonista.Lula assinou um acordo com o Paraguai que faz com que o país vizinho pague muito menos pela energia gerada pela binacional Itaipu.

A diferença, claro, é paga pelo consumidor brasileiro.

Jair Bolsonaro quer rever esse acordo injusto para o Brasil.
Herculano
11/03/2019 13:15
NÃO HÁ MAIS TEMPO PARA ERROS NO GOVERNO BOLSONARO, por Leandro Colon, diretor da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Planalto jogou cinco semanas no lixo e precisa colocar bola no chão para reforma

Com a posse do novo Congresso, em 1º de fevereiro, criou-se a expectativa de que o jogo para o governo de Jair Bolsonaro começaria para valer depois de um janeiro bem morno, de escassas medidas.

Fevereiro deveria ter sido o mês para o Planalto estabilizar uma base parlamentar aliada decente, ajustar os pontos frágeis de sua articulação política, após a entrega da reforma da Previdência, e entrar em março tinindo para o que der e vier.

Não foi o que vimos. O governo meteu os pés pelas mãos e jogou cinco semanas no lixo. Encalacrou-se na crise dos laranjas do PSL, que levou à queda de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência e transformou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, em um morto-vivo na Esplanada, apenas à espera de uma demissão inevitável.

No Congresso, sobraram críticas à capenga articulação política governista, visivelmente confusa e sem uma estratégia desenhada para garantir um apoio mínimo para o pontapé da reforma previdenciária.

Bolsonaro botou gasolina no fogaréu das redes sociais ao compartilhar em sua conta pessoal um vídeo obsceno no último dia de carnaval.

Ao demitir da direção de um instituto importante um diplomata experiente e respeitado pelos colegas, o Itamaraty expôs mais uma vez os traços de autoritarismo e perseguição ideológica que parecem dominar a gestão do ministro Ernesto Araújo.

A barafunda no Ministério da Educação é assustadora. Depois do constrangedor episódio da carta sobre a filmagem dos alunos cantando o hino nacional nas escolas, os pupilos do guru bolsonarista Olavo de Carvalho foram alijados pelo ministro Ricardo Vélez Rodríguez na sexta (8).

Basta vontade para o governo consertar logo os estragos das últimas semanas - alguns decorrentes de falhas evitáveis -, colocar a bola no chão e tentar controlar o jogo político. A partir de agora, o Congresso assume de vez o protagonismo da reforma da Previdência, crucial para o sucesso de Bolsonaro. Não há mais tempo para erros primários.
Herculano
11/03/2019 13:11
MPF ESTÁ 'PRóXIMO' DE ACHAR DINHEIRO ROUBADO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Procuradores do Ministério Público Federal (MPF) garantem que estão "próximos" de encontrar o paradeiro de mais de R$100 milhões que eram armazenados em um quarto na casa de Paulo Vieira de Souza, o "Paulo Preto", operador da corrupção do PSDB em São Paulo. Além de revelar o total do dinheiro sujo, o doleiro Adir Assad contou em delação que Paulo Preto dava banho de sol nas cédulas para não mofar.

DESTINO: BAHAMAS
Uma das linhas de investigação aponta que os R$100 milhões sacados de bancos da Suíça podem ter sido depositados nas Bahamas.

DENÚNCIA SUSPENSA
Com o sumiço do produto do roubo, o ex-diretor da Dersa, do governo de São Paulo, ainda não foi denunciado por lavagem de dinheiro.

PRESCRIÇÃO ADIADA
Apesar dos 70 anos de Paulo Preto, completados na sexta-feira (8), a prescrição do crime começará a contar (pela metade) após o dinheiro aparecer.

GEDDEL É Só METADE
O dinheiro que sumiu é o dobro dos R$51 milhões encontrados pela Polícia Federal em apartamento do ex-ministro Geddel Vieira Lima.

OPERAÇÃO LAVA JATO COMPLETA 5 ANOS NO DIA 17
Após mais de 60 fases e 91 denúncias contra 426 acusados apenas no núcleo de Curitiba, a Lava Jato, operação policial mais famosa do mundo, completa cinco anos no próximo dia 17. A investigação obteve 50 sentenças judicias, que inclui 242 condenações contra 155 criminosos. No núcleo do Rio de Janeiro da Lava Jato, já foram 49 processos penais instaurados após as investigações. No DF são dois.

MILÊNIOS
O total de penas das condenações que tiveram origem na Lava Jato em Curitiba já atinge mais de 2.242 anos de pena.

BILHõES
Segundo cálculos do Ministério Público Federal, a Lava Jato conseguiu recuperar mais de R$12,3 bilhões surrupiados pela corrupção.

BLOQUEIOS
Apenas em bens bloqueados de acusados e denunciados pela Lava Jato são mais de R$3,2 bilhões nos últimos cinco anos.

RESPEITO É BOM
Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o general Augusto Heleno é o auxiliar mais admirado pelo presidente Jair Bolsonaro, e tem sido visto como uma espécie de "oráculo" do governo.

HAJA IMPOSTO
O governo federal já superou a marca de R$500 bilhões arrecadados com impostos, taxas, execuções judiciais etc. A previsão, sem reforma da Previdência, é terminar o ano com pouco mais de R$ 3,2 bilhões.

CONTAGEM REGRESSIVA
O ex-presidente Lula vai ganhar os holofotes do Brasil e do mundo em 28 dias quando completará um ano em cana. Enquanto os apoiadores do petista preparam protestos, apoiadores da prisão preparam a festa.

FIM DO ABUSO
Autorizações da Aneel para aumentos abusivos de até 23,2% na conta de luz podem estar com dias contados. A Câmara analisa projeto que limita o aumento à inflação oficial (IPCA), que fechou 2018 em 3,75%.

TURISMO EM BRASÍLIA
O governador do DF, Ibaneis Rocha viaja a Portugal, nesta quarta (13), para assinar acordo criando a "stopover". Quem pagar passagem Lisboa-Brasília pela TAP ganhará direito a dois dias de hotel na capital. Para viajar, Ibaneis pagou passagens e hospedagem do próprio bolso.

DE VOLTA AO TRABALHO
Após 13 dias de Carnaval, a Câmara dos Deputados retoma o trabalho nesta terça (12). Há reuniões de bancadas de Roraima, Amapá e São Paulo, além da votação do projeto que tipifica o assédio moral.

DEFESA ATRASADA
A Defensoria Pública do RJ esperou mais de um ano e aproveitou o Dia Internacional da Mulher para requerer prisão domiciliar a 20 mulheres com filhos pequenos, tal como a mulher de Sérgio Cabral conseguiu.

NA NOSSA CONTA
A União começou 2019 gastando pouco menos que em 2018. Houve queda de 4,3% entre janeiro e dezembro, mas os salários, benefícios e regalias dos Três Poderes consumiram R$25,9 bilhões em um só mês.

PENSANDO BEM...
...após o fim do Carnaval, agora sim, feliz 2019!
Herculano
11/03/2019 13:03
da série: é por essa e outras, que os ditadores, autoritários e os que se dizem democratas no poder de plantão trabalham para ter a sua própria imprensa, comprar a que se vende para fazer dela gato e sapato, ou arruinar e fechar a quem não serve às mentiras, corrupção e roubalheira do poder de plantão contra os pesados impostos do povo

Ao invés dos Bolsonaro explicarem as razões das rachadinhas na Câmara do Rio de Janeiro, arrumam culpados fora do ambiente da corrupção e da política, apra acusar jornalistas e jornais, os mensageiros e não os verdadeiros autores da sacanagem com o dinheiro público.

Deveriam virar a página, mas insistem em ressuscitar assunto que só trabalha com eles próprios. Gente maluca.


#VERIFICAMOS: É FALSO QUE REPóRTER DO ESTADÃO TENHA DITO QUE PRETENDE "ARRUINAR FLÁVIO BOLSONARO E O GOVERNO"

Conteúdo da Equipe Lupa, fact checking. Circula nas redes sociais a "notícia" de que a repórter Constança Rezende, do jornal O Estado de S.Paulo, teria dito que sua intenção profissional "é arruinar Flávio Bolsonaro e o governo". Flávio é senador pelo PSL-RJ e filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ele vem sendo investigado pelo núcleo de combate à corrupção do Ministério Público Federal por conta de sua movimentação financeira e também no âmbito eleitoral por suposta falsificação de documento público e lavagem de dinheiro. Sempre que procurado para comentar o assunto, diz ser vítima de perseguição política e repudia aquilo que considera ser uma tentativa de imputar irregularidades e crimes onde não há.

A "informação" sobre a repórter do Estadão foi publicada pelo site Terça Livre, que reúne ativistas conservadores e simpatizantes da família Bolsonaro, repercutindo postagem anterior feita numa página em francês. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho da Lupa:

"Jornalista do Estadão: 'a intenção é arruinar Flávio Bolsonaro e o governo'"

Título de postagem feita pelo site Terça Livre e que, até as 20h45 do dia 10 de março de 2019, já tinha 70.434 interações no Facebook, segundo a ferramenta CrowdTangle

FALSO
A aspa utilizada pelo site no título de sua reportagem é falsa. A citação atribuída à repórter não aparece sequer na transcrição que a própria página faz de toda a conversa que a jornalista do Estadão teria supostamente mantido em inglês com um estrangeiro, sobre a investigação envolvendo Flávio Bolsonaro.

Além disso, no áudio oferecido pelo site, não é possível escutar nenhuma vez a frase pinçada para o título da "reportagem" analisada pela Lupa.

Quando acessada a versão em francês do material, publicada pelo site Mediapart, encontra-se a transcrição da conversa em inglês. Nela, a frase do título postado pelo Terça Livre também não aparece.

Na gravação do diálogo, Constança não fala em "intenção" de arruinar o governo ou o presidente. A conversa, em inglês, tem frases truncadas e com pausas. Apenas trechos selecionados foram divulgados. Em determinado momento, a repórter avalia que "o caso pode comprometer" e "está arruinando Bolsonaro", mas não relaciona seu trabalho a nenhuma intenção nesse sentido. O que levou o jornal a publicar uma nota sobre o assunto na noite deste domingo (10).

O Estadão ainda destaca que o site falsamente atribui à repórter a publicação da primeira reportagem sobre as investigações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão nas contas de um ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro. O autor da primeira reportagem, lembra o jornal, foi o jornalista Fábio Serapião, também de O Estado de S.Paulo.

Por fim, o jornal informa que Constança Rezende não deu entrevista nem dialogou com o jornalista francês citado pelo Terça Livre. As frases da gravação foram retiradas de uma conversa que ela teve em 23 de janeiro deste ano com uma pessoa que se apresentou como Alex MacAllister, que seria um "suposto estudante interessado em fazer um estudo comparativo entre Donald Trump e Jair Bolsonaro".

Volto. Com toda essa trama falsa, o presidente Jair Messias Bolsonaro, PSL, reproduziu o artigo do Terça-Feira Livre, uma espécie de 247 da direta xucra, na sua conta do twitter. Tudo com isso para dizer que está sendo perseguido por jornalistas que estão abandonando a profissão e deliberadamente estruturando perseguições para depô-lo. Gente doente. Eleita para governar e se diferenciar do PT e da esquerda do atraso, perde tempo com uma suposta síndrome de perseguição da imprensa livre, a quem não conseguem enganar e nem domar.
LUIZ
11/03/2019 12:36
Cadê o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Figueira, se é que ela existe ainda.
Todos do bairro estão questionando sobre as lombadas físicas, que ainda não retornaram ao seus devidos lugares.
Aquelas faixinhas vermelhas que pintaram nesses locais não vai resolver nada.
Infeliz o cara que implantou isso achando que os motoristas vão respeitar.
Será que teremos que esperar acontecer algumas mortes na entrada da Rua geral Águas Negras, Guilherme Sabel e Manoel Bernardes para resolver esse problema?
Sr. Presidente da ASSOCIAÇÃO se apresente para nos ajudar.
O Reporter Kleber também poderia nos ajudar fazendo uma matéria expondo o perigo talvez assim o poder publico tomaria as providências.

Herculano
11/03/2019 11:42
QUANDO SE ENXERGA Só UM LADO, A COMPARAÇÃO FACILITA À COMPREENSÃO

De uma postagem no twitter, não plenamente identificada.

A imprensa reclama que gastos de Bolsonaro com hospital serão de R$ 400 mil.

Se um ex filiado ao PSOL não tivesse tentado matá-lo, não haveria esse gasto.

Já a estadia de Lula na prisão 5 estrelas de Curitiba custa R$ 300 mil/mês.

A esquerda comete os crimes e a gente paga
Miguel José Teixeira
11/03/2019 11:40
Senhores,

Revisitando a fala do Senhor Presidente,

"democracia e liberdade só existem quando as suas respectivas Forças Armadas assim o querem"

acrescento: como também nos regimes de exceção (ou é o povo que sustenta as ditaduras cubana, venezuelana e outras?
Herculano
11/03/2019 11:39
GOVERNO ESTÁ FADADO À METAMORFOSE, por Vinicius Mota, secretário de Redação do jornal Folha de S. Paulo

Redução do núcleo ideológico é apenas uma de várias fases pelas quais vai passar a gestão, recheada de instabilidade

É cedo e arriscado dizer que o presidente da República absorveu lições da série de atritos iniciais da gestão. Observam-se sinais nesse sentido.

Após Jair Bolsonaro ter atuado como líder da oposição à reforma da Previdência, ter enfiado o pé na jaca nos tuítes carnavalescos e ter cometido ato falho sobre o papel dos militares na democracia, nota-se um esforço de correção de rota.

Nunca foram tão frequentes suas manifestações pessoais pela mudança previdenciária. Ter aparecido sob escolta de dois generais na sessão ao vivo da quinta (7) pareceu uma cautela contra a tendência à autoimolação da retórica presidencial.

Na Educação, ensaia-se um expurgo dos meninos que queriam brincar de talibãs com os estudantes brasileiros. Algo parecido ocorrera nas relações exteriores. As que envolvem custos e riscos palpáveis foram logo subtraídas do chanceler viajandão.

Nestes 70 dias, a primeira escolha de Bolsonaro diante de uma crise tem sido a caserna. Se há problema, busca nos militares a solução. Foi reduzida, embora esteja longe de ter sido anulada, a influência da banda lunática, que esperneia.

Essa deve ser apenas uma de várias fases pela qual vai passar o governo ao longo do mandato. A instabilidade e, portanto, o metamorfismo lhe são constitutivos.

A eleição do presidente não se refletiu no Congresso. Sua legenda de ocasião cresceu, mas não ganhou escala nem coesão para organizar maiorias legislativas. Bolsonaro desprezou a lógica da representação parlamentar na confecção do ministério.

Por isso a negociação da reforma previdenciária, que começou para valer, será uma etapa com potencial de transformar mais uma vez a cara do governo. A velha lista de desejos por cargos e verbas dos congressistas já circula no Executivo.

Assessores de um presidente que desqualificou essas barganhas na campanha começam a dizer que há um campo legítimo para elas. E isso é só o princípio.
Herculano
11/03/2019 11:35
GENERAIS REJEITAM TRÉGUA COM GURU DO CLÃ BOLSONARO, por Andrei Meireles, em Os Divergentes

Depois de pedir aos Olavettes para saírem do governo, Olavo de Carvalho recua após demissão de neo desafeto no MEC . Seu problema é que sua turma continua sob a mira dos militares

No domingo à noite, o ideólogo Olavo de Carvalho avaliava ter bons motivos para comemorar. Dois dias depois de ter pedido, em uma sequência de posts entremeados de ataques aos generais do governo, que seus ex-alunos deixassem os cargos na administração Bolsonaro, ele assegurava a permanência da turma como se nada tivesse acontecido. "Com exceção de um só, que pediu dispensa por motivos pessoais, nenhum Olavette saiu do MEC. Os primorosos analistas do fim do olavismo federal erraram em mil por cento das suas ideias de jerico".

O que motivou essa brusca mudança de ânimo foi o aparente sucesso de uma operação nos bastidores, com o aval do clã Bolsonaro, para acertar uma trégua. Na manhã deste domingo, Jair Bolsonaro chamou o ministro da Educação, Veléz Rodriguéz, ao Palácio da Alvorada e mandou demitir o coronel aviador Ricardo Roquetti, eminência parda no ministério, alvo durante todo o fim de semana de intenso bombardeio dos seguidores de Olavo nas redes sociais. Atribuíam a interesses escusos do coronel a caça aos Olavettes no MEC: "Quem saiu, exoneradíssimo, foi o gostosão que os estava perseguindo e boicotando. Aguardem detalhes", postou o guru Olavo.

Apesar da patente, Ricardo Roquetti não chegou ao ministério com o aval dos generais do governo. Pelo contrário. Ele não fazia parte da equipe que cuidou dos projetos para a Educação que, desde o começo da campanha eleitoral, foi chefiada pelo general Ribeiro Souto e coordenada pelo tenente-coronel dos Bombeiros Paulo Roberto, hoje na Casa Civil. Roquetti só apareceu depois de a Comissão de Transição ter sido formalmente instalada e se apresentou como um ex-aluno de Olavo de Carvalho que chegava para colaborar por indicação da deputada eleita Bia Kicis (PSL-DF). Em um de seus inúmeros posts no domingo, Olavo se diz arrependido de ter apresentado Roquetti a Bia Kicis.

Depois de vários impasses, idas e vindas, Bolsonaro optou por Vélez Rodriguéz, apadrinhado de Olavo de Carvalho, para ministro da Educação. Vélez, então, entrou em contato com a equipe transição, passou a ser ciceroneado em Brasília pelo tenente-coronel Paulo Roberto e acatou a indicação do cientista político Antonio Flávio Testa para a Secretaria Executiva. Daí a surpresa quando Vélez trocou a carona no carro particular de Paulo Roberto por um veículo oficial da Aeronáutica e foi se hospedar em um hotel dentro da Base Aérea de Brasília. Foi aí que o coronel aviador Ricardo Roquetti se credenciou para se tornar o homem forte no MEC, com o aval dos Olavettes que foram contemplados com cargos-chave no ministério.

Quem não gostou foram os generais que chefiaram a elaboração do programa de governo e a transição. Eles não tinham um nome fechado para comandar o MEC. O consultor Stavros Xanthopoylos, que montou um grupo no Rio de Janeiro para colaborar no programa de Bolsonaro para a Educação, chegou a ser cogitado, mas os militares o consideraram muito próximo de interesses privados na área. O general Augusto Heleno, hoje ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, sempre foi favorável à escolha de um nome para a Educação com conhecimento técnico e comprovada capacidade de gestão. Chegou a convidar para uma exposição a equipe de transição a ex-presidente do Inep, Maria Inês Fini.

Mesmo não gostando da opção de Bolsonaro, os generais preferiram não comprar briga. Agora é diferente. Os militares não engoliram os xingamentos de Olavo de Carvalho que os chamou de "trapaceiros e covardes". Para eles não importa se o guru Olavo vai baixar o facho, dar-se por satisfeito com a queda do neo desafeto Roquetti, e esperar uma possível reconciliação na festa que o estrategista conservador Steve Bannon vai oferecer semana que vem a Bolsonaro durante sua viagem oficial aos Estados Unidos. Trata-se de uma viagem preparada a seis mãos pelo chanceler Ernesto Araújo, pelo filho Eduardo Bolsonaro e o diplomata Nelson Foster, cotado para ser o novo embaixador do Brasil em Washington - os três são ligados a Olavo de Carvalho. Ainda é dúvida se o general Heleno participará da comitiva.

O que parece certo pela intensa troca de mensagens no fim de semana é que, independente do desejo do clã Bolsonaro, os militares vão ampliar a pressão para afastar os Olavettes do governo. Os alvos principais são o Itamaraty e o Ministério da Educação.

A conferir.
Herculano
11/03/2019 11:06
CHURRASCO NA VARANDA, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

Bolsonaro deve parar de governar como se estivesse na sua casa na Barra

Se o presidente Bolsonaro não começar a entregar logo o que mais importa em seu governo (melhor desempenho econômico, as reformas para tal e medidas funcionais para, pelo menos, melhorar a insegurança pública), um mal-estar se instalará.

Esse mal-estar levará o dólar a subir, a bolsa a cair, os investidores a fugir e à desconfiança generalizada -e mesmo a uma certa depressão pós-mania (a mania aqui foi a confiança eufórica depositada na administração Bolsonaro, que agora parece perdida nos seus âmbitos familiares e reacionários mais estreitos).

E, como todo mundo sabe, reacionários são ruins para os negócios. Esse grupo boçal ao redor da administração Bolsonaro pensa que foi ele quem o elegeu, mas essa percepção é típica de quem vive alienado da realidade. Quem elegeu Bolsonaro, na sua maioria, detesta seu clã, seus idiotas paranoicos e seus churrascos na varanda.

Esse mal-estar nascerá a partir dos dois superministérios (Guedes e Moro), que começarão a se sentir desautorizados (conflitos com política de armas, desconvites a especialistas por razões ideológicas, vaivém confuso das declarações do presidente sobre a reforma da Previdência e futuros "bate-cabeça na parede" em questões essenciais).

O núcleo militar, que nunca foi simpático à candidatura Bolsonaro e sua tentativa de se oferecer como "opção militar democrática", também monitora cada vez mais de perto o desempenho do presidente, do seu clã, dos idiotas paranoicos de costumes (que impactam direitos humanos, educação, diplomacia) e as reações nas mídias sociais e na mídia em geral.

O vice-presidente Mourão cada vez desponta como figura mais confiável, mais equilibrada, com visão mais ampla da política e geopolítica, e vence, ainda que vagarosamente, os preconceitos que muita gente alimenta contra os militares.

A relação com o Legislativo, sob a batuta de Rodrigo Maia, fiador das grandes reformas e senhor todo-poderoso de Brasília, de repente pode azedar se deputados e senadores sentirem que Bolsonaro "cheira" a Dilma.

Os evangélicos brasileiros, mais próximos aos idiotas paranoicos de costumes, têm um histórico político pragmático e fisiológico, e nada prova que ficarão ao lado de um Titanic que pareça rumar em direção ao iceberg.

O STF, como tem demonstrado, seguirá o curso da maioria e da opinião pública ("a voz das ruas"), fazendo-se poder representativo, o que não é, porque, afinal de contas, ele também é cada vez mais contaminado pela democracia e sua fúria por visibilidade e fama.

Enfim, a opinião pública, que mesmo tendo elegido Bolsonaro, na sua maioria não compactua com seu clã e com o núcleo paranoico e reacionário que parece estar mandando no presidente.

As mesmas mídias sociais, que agora são arma na mão do seu clã e dos idiotas paranoicos, poderão se virar rapidamente contra o presidente e a lua de mel acabar num mar de pressão contra a administração Bolsonaro.

Bolsonaro deve acordar e parar de governar como se o país fosse um churrasco na varanda de sua casa na Barra da Tijuca. O problema não é só estético (rider com paletó, camiseta amarela no Planalto, ainda que isso faça a moçada "com verniz" ir às raias da náusea); o problema adentra o terreno da compostura protocolar.

Bolsonaro deve afastar seu clã do Planalto e deixar que eles brinquem no parque - de briga, sendo este seu gosto. Bolsonaro deve afastar todos os representantes da ala paranoica conspiratória que parece mandar nos meandros do Planalto. E mais, deve perceber que foi eleito pra deixar Guedes e Moro trabalhar em paz.

Bolsonaro parece ser muito sensível ao que os idiotas reacionários das redes berram. Idiotas são más companhias quando você não está apenas falando merda num churrasco na varanda.

Se essa rota não mudar, o país mergulhará em inquietação de novo. A esquerda terá mais do que razão em recuperar seu discurso "avisei no que ia dar" (o que é péssimo, porque a esquerda tem se revelado bastante canalha eticamente e politicamente nos últimos anos no país).

Uma atmosfera (já conhecida por nós) pode se formar ao redor da ideia de que um novo arranjo palaciano pode ser a melhor opção para o país. Não necessariamente um novo impeachment, mas o presidente pode acordar vestindo roupas de uma rainha da Inglaterra trans.

Isso não é bom para o país. Sofreremos muito. O melhor é que Bolsonaro saia, definitivamente, da sua varanda da Barra da Tijuca e vá para Brasília.

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