Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Herculano Domício

02/09/2008

Herculano Domício
herculano53@hotmail.com

Hospital I
Triste constatação e perpetuação: candidatos a prefeitos de Gaspar percorrem o interior do município e continuam a afirmar que quem fechou o Hospital de Gaspar foi a prefeitura. Estão mentindo. Repetem a mentira exaustivamente para transformá-la em verdade. Como é também falsa a promessa de que vão reabri-lo se antes não falarem para a população como e quando querem fazer isso. Esta preocupação eu detalhei na coluna da terça-feira passada. O leitor pode revê-la acessando o portal do Cruzeiro do Vale (www.cruzeirodovale.com.br). Acorda Gaspar.

Hospital II
O Hospital de Gaspar não é da prefeitura. Sobrevive de serviços, subsídios, doações e subvenções, entre elas, as municipais. Assim nenhum prefeito ou candidato a prefeito pode abri-lo ou fechá-lo. Candidatos que mentem assim para população e insistem nisso, sinalizam que não sabem o assunto que falam para os eleitos ou como vão governar se eleitos. Até o momento, nenhum deles foi conhecer a realidade do Hospital para assim fazer propostas consistentes. Estão enganando agora. Enganarão mais tarde. Fazem propaganda falsa. Apenas buscam votos fáceis. Querem o poder. Não estão comprometidos com soluções e nem com os assuntos sérios da comunidade. Acorda Gaspar.

Gasparense?
Candidato a vereador em Gaspar faz campanha no município dirigindo carro com placas de Blumenau. No santinho diz que ele e a mulher são gasparenses da gema. Começou bem, pagando impostos para o vizinho, mas pedindo doações e votos por aqui. Tai um exemplo de político da gema. Acorda Gaspar.

Belchior
Belchior é uma parte de Gaspar comunitariamente muito bem auto-identificada. É feita de líderes pragmáticos. Belchior tem sido exemplo nos avanços que ela busca para todos de lá. Uma vez deu uma resposta contundente a políticos que teimavam em esquecer aquele espaço. Veio o Belchior Unido. Foi uma lição. Passaram os tempos e veio Belchior é Meu Partido. Outra lição. E o caso parece se ensaiar à repetição nestas eleições. Entretanto, desta vez, a localidade de Belchior parece não estar tão unida assim. Vi num carro um adesivo de contraponto: Belchior Sem Partido. Será que a escrita e a força comunitária vão ser quebradas? Pragmatismo muitas vezes não combina com pluralidade e democracia.

Confusão
Candidato, partido ou coligação quando compram espaços comerciais nos veículos de comunicação para se promoverem pensam que também estão comprando a voz, a imagem e a palavra desses veículos, proprietários e profissionais. Uma prática do coronelismo ou pior, do totalitarismo. Candidato, partido ou coligação quando compram espaços comerciais nos veículos de comunicação para pedir votos, avaliam que esses veículos são muito importantes para eles se comunicarem com o eleitores. É o mesmo propósito de comunicação como têm as placas, santinhos, reuniões, comícios, visitas, adesivos, carro de som etc. Nada mais. Donos do mundo, acordem.

Disfarces
Como esses políticos são cínicos! Agora eles elogiam a decisão do Judiciário que proíbe o nepotismo até terceiro grau nos três Poderes. Se a medida é elogiável, por que não a fizeram antes? Se bem que nos bastidores tem gente que não dorme e está estudando como driblar esta orientação. Neste quesito Gaspar saiu na frente. A lei contra o nepotismo por aqui já tem quase dois anos.

Buraco Negro I
A notícia é velha. Todavia, ela não circulou e conseqüentemente não repercutiu por estas paragens, fato que por si só é estranho. Ela é de extrema importância. Nem este e nem o futuro prefeito de Gaspar podem ser cassados pela Câmara de Vereadores com base na Emenda 6 à Lei Orgânica do Município. É que em julgamento no dia 20 de agosto, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina decidiu suspende-la na sua totalidade de forma liminar. É preciso esperar o julgamento do mérito pelo Pleno do TJ. Dos três processos de cassação contra o atual prefeito, um os vereadores já desistiram e os outros dois - que capengavam - agora não têm base legal e processual. Pelo menos enquanto não houver o julgamento do mérito desta questão. Acorda Gaspar

Buraco Negro II
Para entender. Esta é um jogo de forças e entendimento jurídico dos poderes Executivo e Legislativo municipais. Coisa de gente que se acha grande, mas que perde tempo por pouca coisa, e de assessores que entendem ou dizem entender do assunto só para agradar o político de plantão. O instrumento jurídico para a cassação já existia. É o Decreto 201/67. Os vereadores resolveram então "aperfeiçoá-lo" do jeito deles. Deu no que deu. Os leitores da coluna já sabiam do assunto em detalhes. E até podiam antever a decisão que o Tribunal publicou. Na coluna de 05.08.08 discorri longamente sobre este tema sob os títulos Leis I a X. Não vou repeti-los. Acessem o portal do Cruzeiro do Vale (www.cruzeirodovale.com.br), revejam aquela coluna e entendam o caso, se assim desejarem. Acorda Gaspar.

Padrinho I
Quem tem padrinho não morre pagão diz o adágio popular. Veja esta deste final de semana. A terceira rodada da pesquisa contratada pelo Estado( de São Paulo) e pela TV Globo mostra uma virada surpreendente em Belo Horizonte (coisa que fazia tempo não se via): em apenas duas semanas, quadruplicou a intenção de voto em Márcio Lacerda (PSB), que saltou de 9% para 40% - cenário que hoje lhe garantiria a vitória em primeiro turno. Seu índice supera a soma de todos os adversários, que é de 29 pontos porcentuais. Lacerda é apadrinhado pelo governador Aécio Neves (PSDB), pelo prefeito de BH Fernando Pimentel (PT) e logicamente pelo horário eleitoral gratuíto da televisão. Inveja por aqui, é pouca.

Padrinho II
Vejam a cara de pau dos candidatos sem propostas concretas ( mas com mentiras e armações ilimitadas!) para suas comunidades e que precisam de padrinhos para encobrir a farsa. A Justiça Eleitoral decidiu na semana passada, segundo as agências de noticiais, proibir a veiculação de supostos depoimentos do presidente Lula em favor de dois candidatos a prefeito no interior do Ceará. O motivo é que as gravações eram falsas, feitas por um imitador que buscava reproduzir, além da voz, até as figuras de linguagem (erros!) que o presidente costuma usar. Aliás, candidato a prefeito que diz que é amigo do presidente da República nas reuniões políticas e que por isso vai resolver os problemas do seu município, mente descaradamente, engana. Enganará os cidadãos depois de eleito. Só por isso, merece não ser votado. Lição nele. Reflitam sobre a bela campanha da Justiça eleitoral que está um show na televisão. Acordem eleitor.

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