Kleber está mal assessorado naquilo que é básico para o respeito e à relação com o poder Legislativo, ou está arrumando encrenca onde o governo dele já possui problemas por falta de articulação - Jornal Cruzeiro do Vale

Kleber está mal assessorado naquilo que é básico para o respeito e à relação com o poder Legislativo, ou está arrumando encrenca onde o governo dele já possui problemas por falta de articulação

13/03/2019

Este não é o primeiro recado direto do presidente da Câmara, Ciro André Quintino, MDB, à equipe e ao prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB. Antes de continuar, para os que possam não entender o contexto do recado, é bom lembrar que Ciro não era o candidato de Kleber à presidência do Legislativo. Era Roberto Procópio de Souza, PDT, que não era da base do governo, até ele negociar à troca de lado.

Procópio era o líder da oposição, a mesma oposição que elegeu Silvio Cleffi, PSC, derrotando Kleber, MDB e PP contra a candidata deles, Franciele Daiane Back, PSDB. O ato de “rebeldia” foi o primeiro recado. Repetiu-se em dezembro do ano passado, quando o governo, estranhamente, bancou a candidatura de Procópio. Desta vez, mostrando articulação, Ciro se fez vencedor contra Kleber, MDB e PP, justamente com os votos da oposição.

Recomeço. Sem papas na língua, Ciro, da Tribuna, na quarta-feira passada e reclamou de Kleber, do assessoramento de Kleber e pediu ao líder do governo, vereador Francisco Solano Anhaia, MDB, que levasse o recado de insatisfação para se buscar urgente, uma solução de respeito à Câmara, um poder independente, ressaltado por ele no discurso.

É que as 16 horas da terça-feira, feriado na Câmara devido ao Carnaval, aportou um convite físico para uma inauguração oficial, naquela quarta-feira às 18h, coincidente com a sessão da Câmara que começou às 18h30min. Ou seja, se foi possível confeccionar um convite no papel, isso significaca que houve agenda, meios e tempo suficiente para comunicar o ato antecipadamente à Câmara

A reclamação não era pela coincidência da inauguração da obra ser em horário com a única sessão deliberativa semanal da Câmara, mas como o convite chegou lá: em cima do laço.

Com isso, não foi possível dar conhecimento aos demais vereadores e até escalar algum vereador para a representação da Casa, mesmo se ausentado dos trabalhos legislativos. Para Ciro, isso cheira à desorganização no protocolo, na chefia de gabinete – tantas vezes relatadas aqui – ou à falta de respeito, mesmo. “Trabalhamos juntos. Mas somos um poder independente e é por isso que vou defender à Câmara e os vereadores. É preciso corrigir isso”, acentuou.

Esta reclamação era recorrente no tempo do ex-presidente Silvio Cleffi, PSC, médico e funcionário público municipal. Os “convites” para não serem atendidos, chegavam tarde da noite, eletronicamente, para de manhã cedo do dia seguinte, e muitos deles, coincidentes com os horários de trabalho como funcionário, do vereador-presidente, que não se desincompatibilizou totalmente para servir exclusivamente à Câmara. Sabia-se que aquele gesto era uma clara retaliação a eleição de Silvio.

Ciro, que é do MDB que manda na cidade, que conhece as entranhas dos que estão no poder, não perdeu tempo. Resolveu sinalizar que não vai tolerar à um a possível retaliação, muito menos, desprezo e desleixo de gente bem paga no paço municipal, que na prefeitura tem a função de cuidar do protocolo e de bem relacionar com os poderes. Até porque Ciro não possui as restrições de horários como tinha Silvio. Ciro está 24 horas disponível para a política, o que para o governo Kleber é também um perigo, ainda mais, ele solto e articulado, a tal ponto de enfrentar o poder de plantão que queria um outro presidente na Câmara.

O Executivo não deveria se meter na autonomia do Legislativo como insiste, a não ser pelo diálogo, pois como se demonstra fartamente aqui e nesta reclamação de Ciro, a prefeitura não tem demonstrado competência ou não dá conta do recado no terreiro dela própria.

Na quarta-feira, Silvio aproveitou para retomar a velha ladainha neste assunto e mostrar como foi vítima.

O recado de Ciro é para antecipar barrar uma possível retaliação do Executivo sobre o Legislativo, devido a eleição dele para a presidência da Casa. Kleber e o MDB conhecem bem Ciro e sabem que ele não é o Sílvio. Então Kleber e os seus, com a frágil maioria que possuem na Câmara deviam tomar mais cuidado, com as provocações infantis, vinganças bobas a que estão acostumados aos que não se submetem ao seu relho, com a incompetência ou com a desorganização da sua equipe. Isso não é bom para ambos. Acorda, Gaspar!

ESGOTADA EMOCIONALMENTE

Outro exemplo de como a prefeitura engana, maltrata e não cuida dos seus que não são raiz. Na sessão da quarta-feira passada, a vereadora Franciele Daiane Back, PSDB, fiel da base do governo, mesmo contrariando orientações do seu partido, lavou a minha alma, pois como sempre escrevo, o tempo é o senhor da razão. Lascou o pau no governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e no superintende do Distrito do Belchior, Raul Schiller, MDB.

Eu sempre escrevi que isso iria acontecer, afinal, conheço pelo menos há 45 anos o MDB e o PP de Gaspar, sua história, seus blefes, seus interesses e jogos. Franciele deveria falar mais com o Gilberto Schmitt que já foi suplente de vereador para saber como isso funciona e porque ele abandonou tudo.

Franciele, jovem, diz que está “esgotada emocionalmente” com as enrolações do governo Kleber. Hum! Ainda bem que ela acordou, se acordou.

E o que a faz acordar? A conspiração que ameaça à sua reeleição. Apostou todas as fichas num único pote e parece que ele não possui fundo. Deixou de ouvir os mais experientes, menosprezou o partido quando não pode ser a dona dele e sozinha virou presa fácil para gente esperta, experiente, que blefa, escolhe as cartas e faz há anos, faz as regras desse jogo brutal da política local.

Kleber pegou Franciele e a colocou na janela do ônibus, mas o MDB, o PP e outros embarcados sabem que este assento é apenas passageiro e que a janela não é lugar para viajante de primeira viagem.

Ainda vou voltar a este assunto, até porque a vereadora voltou a ele na sessão de ontem a noite onde protocolou dois requerimentos: os de número 43 e 44.

O 43 quer informações sobre a reurbanização da Rua Bonifácio Haendchen, a principal rua do Distrito Belchior, área fundamentais de votos da vereadora. Ela quer saber “o que falta para o projeto da reurbanização ficar totalmente pronto? (Especificar com detalhes); quantas vezes já foram feitas alterações solicitadas pela Caixa Econômica Federal? Quem está cuidando/alterando o projeto desta via? Se for algum servidor municipal da Secretaria de Planejamento, encaminhar nome e algumas considerações propostas por este no projeto; e sabendo que existe recurso para a reurbanização, quanto tempo mais o Executivo Municipal vai postergar o início das obras sendo que se trabalha em cima do projeto desde 2017?”. Ai, ai, ai!

Tudo isso ela vinha pedindo desde que assumiu em 2017, vinha contatando pessoalmente gente na prefeitura, incluindo o próprio prefeito Kleber, na superintendência do Distrito e na Caixa. Foi enrolada toda esse tempo. Advertência daqui não faltou. E até nisso fui contestado pela própria vereadora, como se eu não conhecesse há anos o modus operandi dessa gente. Eu os conheço em mais tempo do que ela possui de vida.

E o que Franciele diz na justificativa deste requerimento? Que busca informações sobre a obra desde o início do seu mandato, ou seja, desde janeiro de 2017. “Além de repassar as informações com mais precisão para a comunidade, o requerimento é uma forma de garantir mais credibilidade ao trabalho desempenhado não só pelo Executivo, mas também por esta parlamentar. Por isso os questionamentos”. Entenderam?

E o requerimento 44, é praticamente um complemento do 43. Franciele pede para se marcar uma audiência lá no Distrito para o prefeito e o superintendente do Distrito se explicarem aos eleitores dela as razões da demora na execução da obra prometida lá no governo do petista Pedro Celso Zuchi. O dinheiro está disponível na Caixa e parte dele já foi até usado para outras obras por outros cantos da cidade. Se demorar, daqui a pouco ele desaparece.

Na verdade, a Franciele quer ver um compromisso público e tirar do colo dela a responsabilidade pela não execução da reurbanização, depois de tudo o que ela fez pelo governo de Kleber. Ela está olhando outubro do ano que vem. E lavando a minha alma, mais uma vez.

“Esta vereadora busca informações sobre a referida obra desde o início do seu mandato, ou seja, desde janeiro de 2017”. Resumo da realidade: mesmo sendo uma vereadora fiel da suposta base de apoio a Kleber, Luiz Carlos Spengler Filho, PP e o prefeito de fato Carlos Roberto Pereira, Franciele vem sendo enrolada na prefeitura, especialmente na secretaria de Planejamento Territorial, tocada pelo engenheiro Alexandre Gevaerd, e no Distrito, pelo superintendente, Raul Schiller, MDB, ex-vereador do Figueira, que fica do outro lado do Rio Itajaí Açú.

TRAPICHE

Acorda, Gaspar! Dos três viadutos que se fazem na BR 470 duplicada, os da Ponte do Sonho, em Ilhota e o da Lagoa, em Gaspar, estão mais adiantados se comparados com o que se faz na conexão para a Ponte do Vale, a principal ligação da cidade, maior que Ilhota, e certamente do que a do bairro da Lagoa.

O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, repórter de si mesmo nas redes sociais, depois de denunciado aqui, tomou tento. Agora, quando faz “reportagens” sobre obras, ao menos está usando capacete e não está invadindo áreas de riscos, muito menos mostrando operários das empreiteiras sem Equipamentos de Proteção Individual. Kleber até tentou me desmentir, mas as velhas imagens eu as guardei e a repliquei quando ele, evangélico, tentou, pela mentira descarada, desmoralizar-me. Ganharam Gaspar e os operários, mais humanamente tratados e protegidos nos canteiros de obras contratadas pela prefeitura.

Duas observações. É triste ver como os moradores do Loteamento das Casinhas de Plástico, na BR 470, no Belchior Baixo, em Gaspar, continuam sendo maltratados e ao mesmo tempo usados para votos pelos políticos, desde quando quase perderam tudo na catástrofe severa ambiental de novembro de 2008. São 11 anos de agruras, precariedade e enrolação.

Eu sempre observei que aquela área era imprópria para o assentamento: ao lado da rodovia movimentada e perigosa; isolada e sem transporte coletivo para algo popular, num aterro mal feito sobre área de terra mole. O tempo e o sacrifício não diminuíram parte do calvário. Pobre sofre!

E o que o vereador Francisco Solano Anhaia, MDB, cobrado e em nome do governo justificou na semana passada para atrasar, mais uma vez, as obras de reurbanização daquele loteamento, inventado, diga-se, pelos petistas de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, principalmente a respeito da drenagem? Que o solo de lá é mole e está exigindo investimento diferente daquele que foi projetado.

Meu Deus! Eu não sou engenheiro e nem especialista neste assunto, mas ouvi vários a respeito. A prefeitura de Gaspar paga muitos especialistas neste assunto dela própria e de terceiros, além disso, tem nos moradores de lá como testemunhas do histórico ambiental. Precisaram começar a obra para descobrir o que a cidade inteira sabia e o que se escreve aqui na coluna há pelo menos uma década? Se se isso não fosse permitido, porque não se fez um laudo geológico do solo? Esta gente gosta mesmo é de jogar o escasso dinheiro do povo fora. Outubro de 2020 está chegando. Acorda, Gaspar

Laranja. Corria a sessão de quarta-feira da Câmara de Gaspar e um dos temas foi o Dia Internacional da Mulher. Lá pelas tantas, a vereadora Franciele Daiane Back, PSDB, ao reverenciar à participação da mulher na política local, citou que em 2012, ela própria foi convidada para ser mera candidata-cota, e não aceitou para esse vexatório encargo.

Franciele está obrigada a denunciar o partido e a pessoa (homem ou mulher, não importa) que fez isso contra as mulheres, sob pena de perder a autoridade do discurso que pronunciou para homenagear e pedir igualdade para as mulheres na política e nos espaços representativos da sociedade. São omissões como estas, ditas como politicamente corretas, que acobertam erros, vícios e perpetuam, ao mesmo tempo, os predadores dos espaços femininos. Acorda, Gaspar!

Quando o vereador Silvio Cleffi, PSC, até então situacionista, elegeu-se presidente com os votos da oposição, barrando a candidata oficial do governo, Franciele Daiane Back, do PSDB. Silvio caiu na cilada dos novos no poder e anunciou um reinado de assessores caros para si e à Câmara.

Alertados aqui, foi então que, os governistas ainda tontos pela derrota, acordaram-se, ganharam fôlego e viram no gesto de Silvio uma brecha para cobrar moralidade, eficiência e economia do novo presidente na gestão do Legislativo. Estavam certos. Barraram a ideia de Silvio com a bandeira da economia de recursos públicos na farra do empreguismo pelos vereadores.

Um dos que mais sentiu a derrota de Franciele – além dela própria -, foi o então líder do MDB, Francisco Solano Anhaia. Empresário do ramo – ou seja, entende desse assunto água engarrafada -, pediu que o novo presidente da Câmara só comprasse bombonas e eliminasse as garrafinhas de 500ml. Fez cálculos e provou a economia que propunha.

É claro que nada foi adiante. Só discursos de oposição enraivecida. Tanto que o próprio Anhaia não se deu ao exemplo daquilo que pregou. Ele, até hoje, continua a tomar água nas sessões da Câmara, todos os goles abastecidos pelas garrafas de 500ml distribuídas aos senhores parlamentares antes das sessões ou disponíveis nas farras dos frigobares dos gabinetes.

Coisa de doido. O suplente de vereador José Ademir Moura, PSC, protocolou um requerimento para obter informações do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, sobre “o início das obras de implantação do sistema de saneamento básico na Rua Barão do Rio Branco, no Bairro Santa Terezinha, a saber: qual a data de início da obra? Qual é o prazo final para sua conclusão? Qual a previsão para refazer a pavimentação irregular, no qual encontra-se a Rua Barão do Rio Branco?”

Primeiro, Moura é governo Kleber, é suplente do mais longevo vereador e que é presidente do Samae, José Hilário Melato, PP, o que esburaca o bairro. O requerimento não deveria ser enviado ao Melato? Ou os dois estão de tabelinha contra a administração municipal? Ai, ai, ai.

Segundo: o bairro Santa Terezinha já não recebeu à época do governo petista de Pedro Celso Zuchi, um custoso projeto de saneamento básico? Será feito de novo? E que deixou a pavimentação irregular, senão as obras malfeitas por lá?

E o que disse o suplente Moura na justificativa? “A Rua Barão do Rio Branco é motivo de descontentamento de grande parte da população que utiliza a referida via para trabalhar/estudar, enfim seus afazeres diários. E um grande número de pessoas vem questionando a sua repavimentação, porque já não estão suportando mais o elevado custo de manutenção de seus veículos”.

Uai! Eu sempre escrevi isso aqui e sou contestado, desmentido, desmoralizado pela prefeitura, o Samae e os vereadores da base do governo contra a realidade das ruas e do povo gasparense afetado por tais descasos. O vereador Moura, que tem como assessor José Carlos Spengler, o mais fiel cabo eleitoral de Melato não viu isso e também lavou a minha alma? Ou ele está viajando novamente? Acorda, Gaspar!

 

Edição 1892

Comentários

Herculano
14/03/2019 18:57
O QUE SE SABE E COMO ESTÁ O CASO DO MASSACRE DE SUZANO?

Segundo a Polícia, Guilherme, de 17 anos, teria sido o mentor do ataque

Polícia investiga a participação de uma 3ª pessoa, um menor que estudou com Guilherme

Motivação dos jovens seria de "caráter pessoal, buscando reconhecimento da sociedade"

Jovens se inspiraram no atentado de Columbine, ocorrido em 1999 nos EUA

Polícia não vê relação do massacre com participação dos autores na deep web

A causa da morte dos atiradores ainda é investigada
Miguel José Teixeira
14/03/2019 11:34
Senhores,

Furdunço na escória!

"Ao chamar Gleisi Hoffmann de chefe de organização criminosa na entrevista ao jornal Valor Econômico, o ex-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) afastou de vez seu partido do PT."

"A relação entre os partidos está um pandemônio, a começar pela ausência de consenso entre a líder da Minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), e o líder da oposição, Alessandro Molon (foto, PSB-RJ)."

(fonte: Correio Braziliense, ed. hoje, Brasília-DF)

Huuummm. . .parafraseando provérbio português:

Em casa onde falta o pixuleco, todos brigam, ninguém tem razão.
Miguel José Teixeira
14/03/2019 08:57
Senhores,

Atentem para o prejuízo que os oportuno/oposicionistas
causam aos brasileiros, freando as reformas, principalmente a da previdência:

"O Previdenciômetro da Confederação Nacional da Indústria ultrapassou a marca dos R$ 7,6 bilhões. É o valor que já teria sido poupado se a proposta de reforma da previdência tivesse sido aprovada, em 2017." (CH abaixo)

Pensando bem. . .economizar pra quê? Provavelmente o dinheiro teria sido convertido em pixulecos. . .

Acorda, Brasil!


Herculano
14/03/2019 07:16
KLEBER VAI SALVAR O O GOVERNO DE MOISÉS

Quem leu o post do prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, na sua rede social, teve à impressão que acaba de ver uma vaca voando.

Mais: explicita que a cidade está esbanjando virtudes e exemplo de gestão e resultados - que vai para o terceiro ano de mandato -, os quais estariam faltando ao governo do estado - que se inicia e tateia -, e que por causa disso, sem Gaspar, o "comandante" e não o governador, não terá muita sorte e escolha para ser bem sucedido.

Pelas mal traçadas linhas abaixo, fruto também do mal assessoramento além do senso do ridículo, vê-se o tamanho da propaganda enganosa que se faz e como e quanto são superficiais esses relacionamentos institucionais, ao mesmo tempo fundamentais para se avançar por aqui, e contribuir decisivamente para os resultados pretendidos pela gestão do próprio prefeito Kleber. Acorda, Gaspar!

Leia e conclua você mesmo:

No encontro que tive com governado de Santa Catarina, comandante Carlos Moisés, no início da tarde de hoje, reforcei o convite para uma visita ao nosso município. Em nossa conversa, lembrei-o da disposição de Gaspar em contribuir com o desenvolvimento de Santa Catarina e de nossa região.

Gaspar, a cada dia, se fortalece como uma das principais economias do estado, além de ser um polo turístico e têxtil. A parceria com o Estado é fundamental para que possamos melhorar ainda mais as estruturas de mobilidade, segurança, educação e saúde em nossa cidade.

Quem irá ganhar será a nossa população. Seguiremos trabalhando e cobrando por melhorias para a nossa querida Gaspar. #AvançaGaspar
Herculano
14/03/2019 06:42
da série: um conhecido retrato urbano dos nossos dias e que passa longe das políticas públicas preventivas; quando existem atendem ao empreguismo político ou discursos ideológicos e que agravam ainda mais o cenário e impedem a solução.

OBSESSÃO POR GAME, ABANDONO DOS PAIS E BULLYNG MARCARAM VIDA DE ATIRADOR

Conteúdo do jornal Folha de S.Paulo. Texto de Fernanda Mena

Guilherme Taucci e Luiz Henrique de Castro cresceram na mesma rua e estavam sempre juntos

No cômodo de paredes sem acabamento, o aparelho de televisão que domina o pequeno ambiente exibe os retratos de Guilherme Taucci Monteiro, 17, e de Luiz Henrique de Castro, 25, sobre uma tarja onde se lê: "Assassinos mataram oito em escola de Suzano".

Diante da tela, Tatiana Taucci, 35, esfrega as mãos, agitada, antes de levá-las ao rosto. "Como é que pode meu filho ser chamado de assassino, meu Deus? Isso é chocante", lamenta. Segundos depois, ela mesma conclui: "Mas do que é que vão chamar ele se matou toda essa gente na escola?".

Guilherme e Luiz invadiram a Escola Estadual Professor Raul Brasil, onde estudaram, na manhã desta quarta-feira (13), e abriram fogo contra coordenadora pedagógica, inspetora e alunos, matando sete pessoas e ferindo outras onze.

No caminho até o colégio, Guilherme parou na loja do tio, Jorge Antônio Moraes, irmão de sua mãe, onde já havia trabalhado, e atirou contra ele. O tio morreu no hospital.

"Cheguei na escola gritando pelo meu filho, dizendo que tinham machucado ele. Quando me contaram o que tinha acontecido, meu mundo caiu", diz.

"Perdi meu filho e meu irmão. Não dá nem pra acreditar... Minha vida acabou", diz ela, sentada na cadeira em que, conta, Guilherme passava as madrugadas jogando no computador.

"Ele tinha internet, TV a cabo, tinha tudo. E o bobão faz isso?", revolta-se. "Estou com muita raiva, de tudo."

A família diz nunca ter desconfiado de que Guilherme pudesse ter algum tipo de comportamento violento. "Nosso relacionamento até que não era ruim. Mas a gente quase não conversava", revela a mãe.

"A única coisa é que ele era pirado nesse bagulho de jogo de computador. Ele ficava paranoico e gritava para a tela: vou te matar, vou te matar!"

Desempregada há dois anos e mãe de outras quatro crianças, duas das quais moram na mesma casa onde Guilherme vivia, Tatiana batalha contra uma dependência química de longa data, que a leva a passar boa parte do tempo nas ruas.

Fruto de um relacionamento breve entre Tatiana e Rogério Machado Monteiro, Guilherme foi criado pelos avós, Benedito Luiz Cardoso e Arlete Taucci, numa casa de tijolo aparente, entulhada de móveis e objetos, no bairro Jardim Imperador.

"O pai e a mãe não estavam muito aí pra ele, sabe?", diz o avô, antes de ser repreendido pela filha. "Agora a culpa é minha? Culpa é sua, que criou ele".

Com a morte da avó, quatro meses atrás, Guilherme passou a dar sinais de tristeza permanente. "Acho que ele ficou deprimido", arrisca a tia.

O quarto de Guilherme fica nos fundos da casa, atravessando a lavanderia onde se acumulam roupas, jornais, latas, baldes, ripas de madeira, bicicletas de criança e uma gaiola com um pequeno pássaro.

Ao sair pela manhã para o atentado, Guilherme deixou no chão, ao lado do beliche onde dormia, uma foto queimada, que a mãe reconheceu como sendo sua com o pai do adolescente.

Do chão, a mãe recolhe uma sacola em que encontra mais de cinco caixas vazias de Bis de chocolate branco. "Ele tinha problemas de acne. Também, comendo chocolate desse jeito", diz ela, como se falasse consigo mesma.

Segundo Tatiana, Guilherme abandonou a escola no ano passado, a um ano de concluir o ensino médio, porque dizia não aguentar mais ser "zoado por causa das espinhas do rosto".

O avô pagou um tratamento para o neto, e sua pele "melhorou muito". "Ontem mesmo, quando ele chegou da rua de noite, eu esquentei o jantar pra ele. Estava tudo bem", lembra o avô, com a voz embargada. Guilherme comeu arroz, feijão e hambúrguer. "Ele adorava hambúrguer."

Na mesma calçada da casa do adolescente, poucos metros depois, vivia Luiz Henrique, com os pais e irmãos. Eles moravam nos fundos da casa do avô, uma construção térrea de pintura alegre e jardim cuidado.

Luiz Henrique havia acabado de começar a trabalhar com o pai, que atua no ramo da jardinagem.

O avô, de 85 anos, teve de ser sedado quando soube que o neto havia protagonizado um massacre. "Ninguém consegue acreditar", comentou um amigo da família, que preferiu não se identificar.

Guilherme e Luiz se conheceram na infância e, desde então, andavam sempre juntos.

"Eram meninos normais. Falavam bom dia, boa tarde, boa noite. Não usavam drogas", conta o motorista Cássio Nogueira, 39, vizinho que os viu crescer. "Nunca percebi nenhum traço que indicasse que esse tipo de comportamento poderia ocorrer. Estamos todos ainda em choque."

Os programas da dupla dos últimos tempos eram passeios pelo shopping e visitas regulares à LAN house do bairro, onde costumavam jogar video-games de tiros.

"Por aqui passam cerca de cem pessoas por dia, e quase todos jogam games de tiros. Se isso determinasse alguma coisa, todas essas pessoas seriam assassinas", pondera Tatiane Motta, 27, que trabalhou até mês passado como atendente da LAN house frequentada pela dupla.

Ela conta que Guilherme e Luiz jogavam videogames no espaço ao menos três vezes por semana. Eram conhecidos por serem fechados, seletivos e xingarem muito e em voz alta durante as partidas.

Um dia, a atendente percebeu um pingente com a suástica nazista no pescoço de um deles. "Levei um susto", diz. Os clientes passaram a ser vistos com cautela.

A mãe e o avô de Guilherme dizem nunca terem visto o menino ostentar esse tipo de símbolo.

A tia e vizinha Karina Mendes, 27, diz que está com medo de represálias. "A gente entra nas redes sociais e só vê gente xingando eles e dizendo que a culpa é da família, que temos todos de morrer também", afirma. "Eu entendo a revolta das pessoas, mas não podemos pagar por aquilo que não fizemos. Estamos todos sofrendo, mas estamos com muito medo também."
Herculano
14/03/2019 06:23
PELA LEI, MATADORES DE SUZANO ERAM TERRORISTAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Se fossem capturados vivos, os dois assassinos da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), seriam enquadrados como terroristas, de acordo com a Lei Antiterrorismo em vigor desde 2016. O especialista em direito criminal Adib Abdouni confirma o entendimento. Segundo ele, a preparação para o crime, a participação de mais de um criminoso e o assassinato de pessoas a esmo caracterizam o ato de terrorismo.

APENAS TRÊS ANOS
O pior é que a legislação brasileira garantiria ao terrorista "dimenor", Guilherme Taucci Monteiro, 17, apenas 3 anos de "internação".

PENSE NUM ABSURDO
O terrorista "dimenor" ficaria internado por 3 anos porque não estaria cumprindo sentença de natureza penal. Seria "medida sócio-educativa".

INVESTIGAR É PRECISO
O criminalista Adib Abdouni também lembra que a investigação policial vai indicar se o crime teve "outros colaboradores".

SAIRIA BARATO
Condenado pelos dez assassinatos e outros crimes, Luiz Henrique de Castro, 25, o terrorista "dimaior", ficaria preso no máximo por 30 anos.

BRASIL QUER CHINA E RÚSSIA CONDENANDO MADURO
O ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) alimenta a esperança de que China e Rússia vão rever a posição de apoio ao ditador Nicolas Maduro, que o Brasil considera um "usurpador", e disse que não apenas fará iniciativas no campo bilateral como também pretende levar o assunto ao âmbito do Brics, grupo de países que mais crescem no planeta. O Brasil exerce a presidência rotativa do Brics em 2019.

QUESTÃO DE TEMPO
Para o chanceler brasileiro, a queda do ditador venezuelano é apenas uma questão de tempo. "Pouco tempo", torce o ministro.

NA PAUTA DO BRICS
Ernesto Araújo defende a condenação da tirania de Maduro na reunião dos vice-ministros dos Brics, que ocorre em Curitiba até sexta (15).

DESDE 2006
Brics é um acrônimo dos países integrantes do grupo criado em 2006: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

MANDOU BEM
O presidente Jair Bolsonaro marcou um gol de placa ao extinguir mais de 21 mil cargos em comissão e funções gratificada. Aqueles que petistas, adoradores de boquinhas, ocuparam por três governos.

IGNORÂNCIA AMPLA
O chanceler Ernesto Araújo tem dito a amigos que se sente triste com as criticas dos que resistem ao novo na diplomacia. Até pela ignorância ampla, geral e irrestrita em matéria de política externa.

FOI DURO PARA TODOS
O secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, ficou muito impactado com o massacre. Cuidou da estruturação de assistência psicológica às vitimas e familiares, mas talvez necessite também.

Nó NA CABEÇA
A troca de mensagens dos terroristas de Suzano, nas redes sociais, mostra uma confusão mental que deveria preocupar as autoridades, educadores e até os próprios controladores de Facebook e etc.

TUDO BEM, PARÇA
O governo de Israel já sinalizou que compreende as dificuldades do Brasil de transferir imediatamente embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém, conforme prometeu o presidente Jair Bolsonaro.

NOVO PACTO FEDERATIVO
Eduardo Bismarck (PDT-CE) e Sílvio Costa Filho (PRB-PE) lançaram a Frente Parlamentar Mista do novo Pacto Federativo, de olho na partilha do dinheiro de impostos. "É preciso redistribuir", diz Bismarck.

PASSOU DA HORA
O Previdenciômetro da Confederação Nacional da Indústria ultrapassou a marca dos R$ 7,6 bilhões. É o valor que já teria sido poupado se a proposta de reforma da previdência tivesse sido aprovada, em 2017.

MENOS DO EXTERIOR
O volume de capital captado no exterior por empresas brasileiras foi de US$ 1,35 bilhão este ano. O valor é uma queda drástica em relação ao US$ 9,1 bilhões captados durante os 80 primeiros dias de 2018.

PENSANDO BEM...
...se o Boeing 737 Max-8 é mesmo seguro, como diz a empresa, então põe a diretoria dentro e manda pra China. Se a China autorizar, claro.
Herculano
14/03/2019 06:16
RETóRICA DE CAMPANHA ACORRENTA BOLSONARO DIANTE DA TRAGÉDIA, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Temendo exploração política, presidente demora em aparecer como líder solidário

Jair Bolsonaro ainda não conseguiu se ajeitar na cadeira presidencial. Quando as notícias do massacre brutal em Suzano chegaram ao gabinete, pela manhã, ele subiu e desceu o assento, reclinou o encosto, e esperou. À tarde, sentiu o peso da faixa e deu a dimensão merecida aos fatos: "Uma monstruosidade e covardia sem tamanho", escreveu.

O país ficou abalado com a crueldade dos assassinos, que tiraram as vidas de cinco jovens e três adultos de maneira brutal. A comoção naturalmente tomou o Palácio do Planalto. O presidente, porém, levou seis horas para se manifestar. Bolsonaro acertou no tom, mas provou mais uma vez que a retórica de campanha é uma bola de ferro presa a seus pés.

Dois episódios revelam as razões da cautela exagerada do governo. Três horas após o atentado, Carlos Bolsonaro afirmou a um seguidor que o pai aguardaria detalhes do caso antes de se pronunciar. "?"bvio que todos nos solidarizamos e óbvio que muitos exploram maldosamente contra o presidente. Portanto, aguardar as informações é vital, sem oportunismo", publicou. Pouco depois, apagou a mensagem.

No fim da tarde, o porta-voz do Planalto foi questionado sobre possíveis ações do governo para impedir novas tragédias, mas ficou na defensiva. "O evento não tem relação direta com os projetos propostos pelo nosso presidente em seu programa de governo", respondeu, sem que alguém tivesse tocado no ponto.

A defesa enfática da flexibilização do porte de armas tornou Bolsonaro prisioneiro do discurso de campanha. O medo da exploração política do ataque, praticado com um revólver, capturou o líder que deveria ter o papel de oferecer solidariedade, rumos e soluções para o país.

Se Bolsonaro acredita que os cidadãos devem ser livres para comprar armas de fogo, ele deve ter a coragem de debater o assunto racionalmente, com dados concretos e exposto ao contraditório, mesmo que o ambiente pareça desfavorável a suas teses. Mas o candidato não pode acorrentar o presidente.
Herculano
14/03/2019 06:11
CORONEL DEFINIDO POR OUTRO CORONEL POLÍTICO DO ATRASO

Da presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, no twitter:

Ciro Gomes é um coronel oportunista ressentido e covarde. Qdo a conjuntura exigia sua presença, fugiu p/ Paris. Está à espreita de crises p/ se apresentar como salvador da burguesia e sistema financeiro.Por isso ataca Lula, PT, nossas lideranças. Quer se apresentar como "solução".
Herculano
14/03/2019 06:08
IMPREVISÍVEL

De Ricardo Noblat, no twitter:

Uma vez, Bolsonaro foi assaltado no Rio. O bandido estava armado. Bolsonaro entregou tudo que tinha - até uma arma. E seus devotos agora dizem que se um professor, ou servente, tivesse uma arma, a tragédia em Suzano poderia ter sido menor... Poderia ter sido maior também.
Herculano
14/03/2019 06:07
TEORIAS DELIRANTES

De Augusto Nunes, no twitter:

O ataque homicida à escola em Suzano não deveria ressuscitar teorias delirantes q só comprovam o oportunismo e a insensibilidade de certos políticos. O ser humano tem defeitos de fabricação. Só uma cabeça indigente recorre a discurseiras ideológicas para explicar o inexplicável
Herculano
14/03/2019 06:06
OPORTUNISMO

De Denian Costa, no twitter:

As armas usadas na escola foram adquiridas de acordo com a nova legislação? Obviamente que não. Atribuir à política de flexibilização da posse de arma como causa dessa lamentável tragédia é mero oportunismo ideológico e uma grande falta de vergonha na cara.
Herculano
14/03/2019 06:00
O BRASIL VIROU UM BAILE DE MASCARADOS, por Roberto Dias, secretário de Redação do jornal Folha de S. Paulo

Nesta festa quem tira alguém para dançar está sempre circunavegando o abismo

Máxima atribuída a Tim Maia decretava que o Brasil é um país em que prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita.

Mas isso foi quando o país era apenas complicado. Agora virou outra coisa, ainda não dicionarizada
- o adjetivo brasil, quem sabe, acabará por encampar nova acepção.

O crime organizado por aqui continua crime e continua organizado, mas ele se misturou de tal forma com política, polícia, bombeiros, seguranças e qualquer outro estamento que está difícil roteirizar. Visto com os olhos da história, o filme "Tropa de Elite" retrata na verdade uma sociedade pré-revolucionária.

O crime desorganizado, esse só agregou tipificações penais. O que antes não tinha agora tem; o coleguinha de escola de hoje pode bem ser o algoz do massacre de amanhã.

Nesse baile de máscaras, as pessoas são isso e são aquilo, ao mesmo tempo ou na sequência.

Presidente da República, por exemplo. Num dia é o chefe de Estado, noutro convive com miliciano, como vizinho, nas fotos e nos laços familiares - quem há de saber ao certo onde termina essa relação?

Já governador como cargo só do Executivo é algo que ficou no passado. No Rio, o dono da cadeira permite-se encampar tarefas que antes eram de promotor e juiz, como discutir delação premiada.

Procurador da República acha que pode ser gestor de fundação. Militar não cumpre só sua função constitucional, como também faz estrada, cuida da comunicação do governo e fomenta a ciência, para ficar em três exemplos só. Em São Paulo, o domínio do PCC diminui o número de crimes violentos nas favelas.

A confusão torna difícil saber se o interlocutor é mocinho ou bandido. Nesse baile, quem tira alguém para dançar está sempre circunavegando o abismo - e confiança, aquele velho cimento social, jamais foi convidada para uma festa assim. A máxima de Tim Maia tinha um preâmbulo: "Este país não pode dar certo".
Miguel José Teixeira
13/03/2019 15:10
Senhores,

A maldita corja vermelha esperneia, alegando que começou o "toma-lá-dá-cá", pois até o presente
não se tem conhecimento de mensalão no governo do Capitão, como tinha no governo do luladrão. . .

R$ 1 bi em emendas (São verbas que o governo é obrigado a executar em obras e serviços de saúde, transporte e educação). . .

Palácio do Planalto concorda em liberar recursos obrigatórios para que a reforma da Previdência seja aprovada sem muitas modificações e rapidamente. Porém, é esperado que parlamentares façam mais demandas, como conversas com ministros

Fonte: Correio Braziliense, hoje, por Rodolfo Costa e Rosana Hessel

Os parlamentares cobraram, e o governo atendeu. Para melhorar a relação com deputados e senadores, que se queixam da falta de atendimento de demandas, o Palácio do Planalto autorizou a liberação de R$ 1 bilhão em emendas impositivas a parlamentares reeleitos. E há mais recursos a serem cedidos para esse grupo nos próximos meses, a fim de aumentar a base de apoio à nova reforma da Previdência. Na última legislatura, cada um teve direito de propor até R$ 15,4 milhões em emendas individuais para destinar às suas bases eleitorais. São verbas que o governo é obrigado a executar em obras e serviços de saúde, transporte e educação, destacou ontem o presidente Jair Bolsonaro.

O montante é referente a restos a pagar, verbas represadas desde 2014. Do total, R$ 300 milhões atenderão às emendas de bancadas. Os outros R$ 700 milhões são individuais, destinadas a municípios que cadastraram propostas para o recebimento do dinheiro até 17 de março. É o prazo final revelado por parlamentares para a destinação da importância. A liberação está sendo articulada entre a Casa Civil e a Secretaria de Governo, mas o detalhamento do destino dos recursos deverá ser feito no fim do mês, quando o Ministério da Economia divulgar a programação orçamentária.

O Orçamento de 2019 prevê o pagamento de R$ 13,7 bilhões de emendas impositivas, dos quais R$ 9,1 bilhões são individuais. É esse bolo que será repartido entre os projetos apresentados por 244 deputados reeleitos e 35 senadores remanescentes da antiga legislatura, num total estimado de R$ 15,4 milhões.

Essa primeira parte do acordo foi anunciado pelo líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), na segunda-feira. A liberação de R$ 1 bilhão foi bem recebida por parlamentares, que cobram o fortalecimento dos encarregados pela articulação com o Parlamento. "É um sinal de que ele está 'respirando'. Vitor Hugo é esforçado, mas tem falhado em fazer as convocações com as lideranças. Talvez, agora, o governo esteja transmitindo, por meio dele, a sinalização de que o major pode ser um canal de confiança e credibilidade", ponderou um deputado.

A ação do Planalto é uma ajuda no processo de construção da base aliada para aprovar a reforma previdenciária. "É um gesto mais do que simpático de respeitar a Casa e é muito bem-visto", sustentou o deputado Capitão Augusto (PR-SP), vice-líder do governo na Câmara. Entretanto, a cobrança continua.

Fluxo

A expectativa é de que o fluxo de liberação de emendas aumente daqui para frente, pois, desde janeiro até 10 de março, não houve registro muito expressivo. Nesse período, o volume pago foi de R$ 184,5 milhões, conforme levantamento feito pela Associação Contas Abertas a pedido do Correio. "Há uma concentração forte de pagamentos de emendas nas vésperas de votações de interesse do Executivo, que somavam mais de R$ 2 bilhões em um único mês.

Com essa ordem do Palácio para liberar R$ 1 bilhão de emendas impositivas, muito provavelmente, vão começar a aparecer valores bilionários nos pagamentos, como ocorria no passado", comentou o secretário-geral da Contas Abertas, Gil Castello Branco, que acompanha de perto os gastos públicos. "Ainda que sejam obrigatórias, essas emendas vão ser usadas a conta-gotas, conforme o interesse do Executivo na pauta do Congresso. Não é uma irregularidade", explicou.

Parlamentares ainda se queixam da falta de diálogo com ministros de Estado. Para lidar com a pressão que sofrerão nas bases eleitorais por apoiar a reforma da Previdência, cobram participação na entrega de obras e programas do governo, como projetos de infraestrutura e de unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida. Essa pressão é endossada, sobretudo, pelos novatos, que não têm emendas a apresentar em seus estados.

E, para equacionar as demandas, a Casa Civil e a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), dividiram atribuições na articulação política. A liberação de emendas impositivas a parlamentares novatos está no radar do Planalto, mas há uma negociação em curso. Congressistas eleitos querem R$ 7 milhões em emendas, enquanto a Casa Civil tenta bater o martelo em R$ 5 milhões. O recado dado por parlamentares reeleitos e, sobretudo os novatos, em especial os da bancada do PSL, é de que a liberação de emendas ajuda, mas não resolve todos os problemas de comunicação com o Planalto. Contudo, para conseguir liberar esses recursos, o Executivo precisará cortar despesas ou solicitar ao Congresso um novo crédito suplementar para essa despesa que não está prevista no Orçamento.

Evolução

Veja o histórico, nos últimos anos, dos empenhos e
dos pagamentos das emendas individuais impositivas

Ano Total empenhado Total pago (R$ bilhões)
2016 7,268 3,647
2017 10,738 4,956
2018 11,312 9,481

Emendas pagas mês a mês (R$ milhões)
Mês 2018 2019
Janeiro 28,243 85,925
Fevereiro 264,081 53,554
Março 2.003,424 45,066

Fonte: Contas Abertas/Siaf
Miguel José Teixeira
13/03/2019 13:45
Senhores,

Da série "só pra PenTelhar":

Segundo a presidenta dos PeTralhas, a suprema protegida gleisi hoffmann, "Tragédias como essa resultam do incentivo à violência e à liberação do uso de armas."

Não, senhora presidenta! Tragédias como essa, vêm do exemplo dado pelos PeTralhas de que o crime compensa.

Foram quase 14 anos de PaTifaria oficializada que levaram entre outros, o seu chefe à cadeia!!!

Lula-lá. . .na cadeia comum, já!!!
Herculano
13/03/2019 12:50
GLEISI USA OS MORTOS DE SUSANO

Conteúdo de O Antagonista. O PT já está usando os mortos de Suzano para fazer proselitismo.

Gleisi Hoffmann disparou:

"Toda solidariedade às vítimas da escola de Suzano. Tragédias como essa resultam do incentivo à violência e à liberação do uso de armas. O Brasil precisa de paz".
Herculano
13/03/2019 12:44
CRÁPULAS

De Rodrigo Constantino, no twitter

Crápulas! Todos vocês desarmamentistas que exploram essa tragédia são crápulas! Eram adolescentes: não podem comprar armas legalmente. As leis ainda continuam duras para posse e mais ainda para porte, não houve sequer tempo hábil para mudança. Vocês são abutres oportunistas!
Herculano
13/03/2019 11:42
POR QUE "OLAVETES" NÃO ACEITAM CRÍTICAS?, por Rodrigo Constantino, no site da Gazeta do Povo, de Curitiba, PR

Olavo de Carvalho, o "guru" do presidente Bolsonaro, é uma metralhadora giratória contra tudo e todos. Com suas mensagens repletas de adjetivos, rótulos e xingamentos, qualquer um que desvie uma vírgula de sua cartilha é logo tratado como inimigo, idiota, vendido. Seus "alunos" aprenderam as mesmas táticas. Mas, curiosamente, sempre que alguém tece críticas ao filósofo é recebido por uma horda intolerante que age como manada para tentar calar o crítico.

Nesse sentido, são muito parecidos com os "bolsominions". Tenho vários artigos elogiando coisas do governo Bolsonaro, mas quando escrevo alguma crítica, viro um "traidor", alguém que se vendeu, um "comunista". É tudo ou nada. Típico de seita fanática. Se você criticar Olavo, apontar incoerências, a turma logo puxa da cartola Ciro Gomes para me "humilhar" (risos), ou o apelido Rodrigo Cocô Instantâneo criado pelo mestre.

Os mais "razoáveis" deixam de te seguir, apontam para sua "obsessão" (devo ser obcecado pelos petistas então) ou questionam o motivo de "fogo amigo", sendo que Olavo pode soltar fogo em todos que está tudo bem: o velho caçador de ursos tem salvo-conduto para agir como quiser, e se você reagir, a culpa é sua! O que você já fez pelo Brasil? Olavo criou a direita!!!! É a narrativa mais bizarra que existe, mas engana trouxas por aí.

Sejamos claros ao dizer o óbvio: por que criticar Olavo? Ora bolas! O homem é o "guru" do presidente, seus filhos, influentes na gestão do pai, declaram abertamente o apoio ao filósofo, que chegou a "emplacar" dois ministros e criou uma quizumba no MEC. Está de bom tamanho ou quer mais? Por que não deixar Olavo em paz? Simples: porque ele não deixa o Brasil em paz, e usa sua influência para espalhar intrigas, confusão e ódio. E tudo isso em nome da direita!

Eduardo Bolsonaro saiu uma vez mais em defesa de Olavo e alegou que ele está no seu papel de crítico. Mas não quer ser criticado? Banca a vítima quando isso acontece? Finge ser alvo de uma terrível conspiração internacional? Vejam que mesmo quando alguém culto como Martim Vasques da Cunha publica uma crítica com mais de 50 páginas à filosofia controladora de Olavo, demonstrando que conhece a fundo sua obra, a reação é a mesma de um típico esquerdista: fuga, ataque ad hominem, baixeza moral, como mencionar coisas do passado familiar do crítico. Ataca-se o mensageiro para não rebater a mensagem. Comentei sobre isso no meu Face.

Sim, precisamos falar sobre Olavo. Infelizmente. Alguém com esse perfil ter influência no governo é temerário. Olavo transformou o vice-presidente Mourão num petista infiltrado, por exemplo. Eis o nível de intrigas geradas pelo filósofo. Alguém acha mesmo que está ajudando o Brasil? Que está contribuindo para o avanço da direita conservadora?

Olavo pode ter abandonado o marxismo, mas o marxismo nunca o abandonou. Ao menos os métodos dialéticos persistem. Senão, vejamos: Olavo foi favorável à greve "revolucionária" dos caminhoneiros, apenas para depois criticar seus resultados; ele apoiou Bolsonaro e conseguiu indicar dois ministros, mas pouco depois repetiu que sempre disse não ser o momento de uma vitória política, afastando-se de forma tática da gestão atual; Ricardo Vélez foi uma de suas indicações, mas agora já se torna alguém distante e não há qualquer responsabilidade pela sugestão do seu nome. Percebem o modus operandi? É por isso ?" e só por isso - que Olavo "está sempre com a razão". Porque ele diz coisas contraditórias o tempo todo!

E claro, se você aponta tais incoerências, só pode ser porque tem "dor de cotovelo", é um "invejoso", quer chamar a sua atenção, ou não entendeu nada da visão holística de mundo do filósofo, algo que só quem faz seu curso online (e se mantém leal) consegue. Se você não compreende as declarações aparentemente contraditórias do homem é porque não tem inteligência suficiente para ver suas lindas roupas invisíveis. Soa familiar?

Olavo não criou a direita brasileira. Não é o responsável pela vitória de Bolsonaro (alguém acha mesmo que 57 milhões de eleitores leram ou sequer sabem quem é Olavo?). Ao contrário: sua postura faz mal ao avanço do movimento conservador brasileiro. Ele claramente não foi capaz de criar uma elite intelectual focada no resgate da alta cultura. Nada perto disso. Seus seguidores mais próximos, os olavetes, mais parecem um bando de puxa-sacos cegos, leais ao guru acima de tudo, não às suas ideias. É postura de seita mesmo. Olavo é o Osho da política nacional. E isso precisa ser exposto por razão muito simples: o núcleo do poder leva a sério o que esse homem diz!
Herculano
13/03/2019 11:36
O SAMAE INUNDADO, A NOTÍCIA, O FERIDO E O CULPADO

Parte da imprensa de Gaspar noticiou que uma colisão entre uma moto e um caminhão deixou um ferido no início da tarde de segunda-feira, na rua Vitório Anacleto Cardoso, no Bairro Figueira.

A mesma notícia dava conta que o ciclista perdeu o controle da moto ao desviar de um buraco na rua.

O buraco, causador do acidente e dos ferimentos no motocilista que se chocou com o caminhão, existe desde o dia três de novembro, repito, desde três de novembro do ano passado, quando o Samae de Gaspar consertou um vazamento de água no local. Estamos no dia 13 de março, mais de quatro depois do conserto...

Quando escrevo aqui, rotineiramente, sobre o desastre da gestão do Samae de Gaspar e tocado pelo mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP, há que diga ser uma implicância pessoal.

Implicância pessoal é do gestor, do político que administra a autarquia, e do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, que avaliza por anos esta situação, num total desrespeito contra a cidade, os cidadãos, naquilo que é mínimo, necessário e básico.

E se o motociclista morresse ou se tornasse inválido pelo desleixo do Samae e das autoridades de Gaspar? Estão preocupados em grande obras e mesmo assim, deixá-las pela metade para o uso dos gasparenses. Acorda, Gaspar!
Herculano
13/03/2019 11:24
REDE DE PROTEÇÃO ACOBERTA POSSÍVEIS MANDANTES DA MORTE DE MARIELLE, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Para autoridades da intervenção na segurança do Rio, máquina política dá guarida a milícias

Em fevereiro, quando policiais chegaram aos endereços de 13 integrantes do Escritório do Crime, 8 deles já haviam fugido. A operação Os Intocáveis fora preparada com sigilo, mas os investigadores perceberam que alguém havia alertado a quadrilha de matadores de aluguel suspeita de assassinar Marielle Franco e Anderson Gomes.

A apuração das mortes da vereadora do PSOL e de seu motorista são uma aula sobre a blindagem que milícias e o crime organizado em geral recebem da máquina política e institucional do Rio. Por um ano, os autores do assassinato foram acobertados por uma estrutura que funciona até hoje dentro do poder público.

Autoridades federais que atuaram na intervenção na segurança do estado em 2018 encontraram uma rede para proteger milicianos e contraventores. O complô usava a força política para se perpetuar. Raul Jungmann, então ministro da Segurança, dizia que o mecanismo transformava o Rio no "coração das trevas".

Até a prisão, nesta terça-feira (12), do PM e do ex-PM acusados diretamente pelas mortes de Marielle e Anderson, a quadrilha de assassinos foi favorecida por uma trama de depoimentos falsos, vazamentos e atrasos na apuração. A Polícia Federal precisou entrar no caso para fazer a "investigação da investigação".

Um dos integrantes da intervenção diz, em caráter reservado, que os mandantes do crime não serão encontrados enquanto não houver mudanças profundas. Segundo ele, a teia de proteção continua estendida.

Nos meses em que esteve à frente da segurança do Rio, o governo federal não conseguiu desmantelar os esquemas que dão guarida aos criminosos. As transformações ainda dependerão de vontade política.

Durante a campanha, o governador Wilson Witzel participou do ato em que um candidato quebrou uma placa com o nome de Marielle, quando milicianos já eram suspeitos do crime. Por décadas, Jair Bolsonaro enalteceu e homenageou esses bandos. Os dois precisam se empenhar para redimir os erros do passado.
Herculano
13/03/2019 11:20
PROTESTO DA HIPOCRISIA 'DEFENDE' O MINHA CASA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

ONGs que se intitulam "organizações sociais" fazem protesto nesta quarta (13), em Brasília, "em defesa do Minha Casa Mina Vida", o MCMV, mas é pura hipocrisia. A manifestação defende o mensalão criado nos governos do PT que transferiu R$1,03 bilhão a um certo "Minha Casa Minha Vida Entidades", que era secreto até ser descoberto em maio de 2016 com a posse do governo Michel Temer.

O GATO COMEU
O financiamento bilionário previa 60,1 mil unidades residenciais para quem precisa, mas as "entidades" dizem ter construído só 7 mil.

MORTADELAS S/A
A suspeita é que esses recursos eram liberados para bancar os "mortadelas", em mobilizações de partidos "de esquerda".

APARELHAMENTO
Entidades são batizadas com expressões do tipo "popular" ou "luta" etc. que denunciam o aparelhamento do PT e seus puxadinhos.

SÃO UNS ARTISTAS...
Somente após a descoberta do dreno de bilhões para essas ONGs é que se revelou a existência da sigla "MCMV-E". "E" de entidades.

RENDA INCOMPATÍVEL CHAMOU ATENÇÃO PARA MATADOR
O sargento reformado Ronnie Lessa, preso pelo assassinato da vereadora Marielle, está no radar de investigadores há muito tempo pela suspeita de integrar o "escritório do crime" e tráfico de armas. As principais provas giram em torno de bens, como casa em condomínio na Barra da Tijuca, no Rio, e estilo de vida, incluindo várias viagens ao exterior, incompatíveis com seus vencimentos de R$ 8,1 mil. Ele passou o carnaval deste ano em um iate, na região de Angra dos Reis.

SARGENTO MILIONÁRIO
Pesquisa em site especializado, mostra que custa entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões casa no condomínio onde Ronnie Lessa foi preso.

DIFÍCIL EXPLICAR
A suspeita de tráfico de armas ganhou força após a apreensão, na casa de um amigo de Ronnie, de peças para mais de 100 fuzis.

LUXO PARA POUCOS
O ex-militar também era presença frequente no condomínio Portogalo, em Angra, que ficou famoso depois que Ayrton Senna virou morador.

ALTO LÁ
Se a força-tarefa da Lava Jato não tivesse solicitado a suspensão do curioso fundo de R$2,5 bilhões, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já havia providenciado um freio de arrumação. Segundo ele, a criação do fundo e a apropriação do dinheiro exigem autorização legislativa.

'PAULO AFROAMERICANO'?
Emissoras "politicamente corretas" já não chamam o operador do PSDB de Paulo Preto. Agora é só Paulo Vieira de Souza, apesar de ter sido Paulo Preto nos escândalos com Lula, Alckmin e até Mário Covas.

CADA UM PAGA A SUA
O governador do DF, Ibaneis Rocha, vai nesta quarta a Lisboa assinar acordos para atrair turistas a Brasília. Sua reduzida comitiva foi avisada de que não haverá dinheiro público nas contas. Cada um pagará a sua.

NINGUÉM MERECE O CUSTO BRASIL
Após Lush, que fechou lojas e fábricas no Brasil em junho, cansada de murro em ponta de faca, outra marca britânica de cosméticos, a Kiehl's, deu no pé. Nem na rica Europa se pagam impostos tão elevados.

DISTRIBUIÇÃO
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a ser instalada nesta quarta (13), tem 66 membros. Os governistas são maioria com 39 deputados, sete deles do PSL. O PT também terá sete membros.

SEM BARGANHA
Líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO) vê clima favorável para a reforma da Previdência e celebra o fim do "toma lá, dá cá": "Não houve loteamento dos ministérios".

NUNCA FALHA
O 6º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) manteve previsão de colheita de 233,3 milhões de toneladas de grãos na safra 2018/19. Quase a metade, 113,5 milhões, somente de soja.

MERCADO MAIS FRIO
Empresas brasileiras movimentaram R$8,8 bilhões no mercado de capitais em fevereiro, R$1,6 bi a menos que fevereiro 2018, segundo a Associação das Entidades dos Mercados Financeiro. No 1º bimestre do ano cresceu: R$ 23,4 bilhões em 2019, e R$ 18,8 bilhões em 2018.

VIZINHANÇA
Bombou o meme mostrando que o ex-PM assassino de Marielle está de mudança: antes vizinho de Bolsonaro, agora será vizinho de Lula.
Herculano
13/03/2019 11:12
A SEGUNDA GRANDE GUERRA DE GUEDES, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Ministro da Economia propõe outra reforma que vai causar muito conflito político

O ministro Paulo Guedes (Economia) quer acabar com a obrigação do governo de gastar nisso ou naquilo e de reajustar certas despesas. Para que tal medida revolucionária tenha algum efeito nas contas federais, o que deveria acontecer, na prática?

1) Fim do reajuste obrigatório de salários, aposentadorias etc.;

2) Demissão facilitada de servidores;

3) Corte em saúde e educação.

No caso de estados e municípios, não seria muito diferente, embora a parte maior da conta tenda a ficar com os funcionários públicos.

Guedes foi enfático. Disse ao jornal O Estado de S. Paulo que em breve vai mandar ao Congresso projetos a fim de implementar seus planos, de modo que os parlamentares sejam livres para alterar 100% do projeto de Orçamento (que é elaborado pelo Executivo, obedecidos montes de vinculações).

Goste-se ou não da ideia, na prática vai ser preciso comprar aquelas brigas listadas no início deste texto. Por quê?

Como já se escreveu aqui tantas vezes, 69,8% da despesa federal vai para Previdência (INSS) e salários de servidores. Outros 10,2% das despesas estritamente obrigatórias são picados em vários itens, de corte difícil, inviável ou impossível.

Na soma desses 10,2%, há o 1% do Fundeb, dinheiro enviado a estados e municípios para completar a verba da educação das crianças.

Há os 2,7% do seguro-desemprego. Outro 1% é gasto com sentenças judiciais. Mais 1% vai para as despesas de manutenção e investimento de Legislativo, Judiciário e Ministério Público.

Há 1,3% do abono salarial do PIS/Pasep, que o governo já pretende reduzir a quase nada por meio de uma emenda da reforma da Previdência.

Mais 1% vai para subsídios, muitos tão alegremente concedidos por deputados e senadores.

Tem 1% que é compensação pela redução da contribuição patronal para o INSS.


É fácil perceber onde está o filé a ser cortado. Para começar, reajustes de salários e Previdência.

Suponha-se que, por um ano, não se dê reajuste a salários de servidores e benefícios previdenciários.

Nenhum reajuste, nem para corrigir a inflação (o que atualmente é inconstitucional, no caso da Previdência. A reforma Bolsonaro-Guedes acaba com essa obrigatoriedade constitucional).

A economia seria bastante para pagar toda a despesa do seguro-desemprego ou bem mais que um ano de Bolsa Família.

Uma alternativa é cortar em saúde e educação, que desde Michel Temer não levam mais parcela porcentual fixa da despesa federal (os gastos têm um piso fixo, reajustado anualmente pela taxa de inflação).

O Congresso mal está disposto a mexer na Previdência. Vai mexer em mais e maiores vespeiros?

O ministro foi além. Disse que quer "mais Brasil, menos Brasília": repassar mais recursos a governadores e prefeitos. Se não repassar responsabilidades, o governo federal vai ficar ainda mais quebrado.

O que Guedes pretende? Transferir a estados e municípios quase todas as atribuições do governo federal em saúde, por exemplo? Estadualizar escolas e universidades federais?

Parte dessa descentralização pode fazer sentido, em particular em saúde, se o governo mantiver poder de regular políticas necessariamente nacionais e reorganizar o SUS. Cadê o projeto?

Em resumo, "desvinculação, desindexação, desobrigação e descentralização" apenas vão ter efeitos práticos se o Congresso tiver disposição de entrar em conflitos políticos e sociais duros e se o governo federal descentralizar quase todas as suas atribuições sociais.
Herculano
13/03/2019 11:08
TRAGÉDIA E CHOQUE EM ESCOLA EM SUZANO, NA GRANDE SÃO PAULO

Oito pessoas morrem num ataque de dois jovens encapuzados que se mataram no local da tragédia: cinco crianças estudantes e um funcionário da escola atacada quando se fazia o horário do recreio.

A escola estadual Raul Brasil, segundo o último Censo, tem 358 alunos do ensino fundamental e 693 alunos do ensino médio.

A escola fica no centro de Suzano, na Grande São Paulo.

A Polícia investiga para tentar montar a história e a motivação desse bárbaro crime
Herculano
13/03/2019 11:03
AMNÉSIA SELETIVA

'Não me lembro desse cara', disse o presidente Jair Messias Bolsonaro, PSL, sobre assassino da vereadora Marielle Franco, PSOL e seu motorista. O preso era seu vizinho próximo no mesmo condomínio fechado e ambos moravam lá por anos.

Afirmação foi feita no café com jornalistas. Estavam presentes Folha, TV Bandeirantes, TV Globo, Rede TV!, SBT, TV Record, Estado de S. Paulo, Poder 360, entre outros.
Herculano
13/03/2019 10:56
AFUNDAMOS ENQUANTO O PRESIDENTE DISCUTE COM QUE COR QUER PINTAR O BARCO, por Alexandre Schwartsman, economista, ex-diretor do Banco Central, no jornal Folha de S. Paulo

Apesar do desafio das reformas, presidente prefere agradar a um público que já o idolatra

O setor público registrou no ano passado déficit pouco inferior a meio trilhão de reais, equivalente a 7% do PIB de 2018.

Ainda que tenha melhorado em relação ao observado em anos anteriores (mais de 10% do PIB em 2015, 9% do PIB em 2016 e pouco menos de 8% do PIB em 2017), o progresso tem sido extraordinariamente lento.

Sua contrapartida, o endividamento do governo, reflete isto: a dívida, que equivalia a pouco mais de metade do PIB ao fim de 2013, cresceu em todos os anos desde então, embora em ritmo declinante a partir de 2016, em parte pela redução da taxa real de juros, em parte pela queda do déficit primário.

Assim, no fim do ano passado ultrapassava 3/4 do PIB, sem dar sinal de reversão, ao menos no futuro imediato.

De fato, algumas simulações sugerem que, caso o teto de gastos seja respeitado (hipótese bastante delicada, como veremos), a dívida, sempre medida como proporção do PIB, pararia de crescer em algum momento entre 2023 e 2027, dependendo do ritmo de expansão da economia nos próximos dez anos (suposto entre 2% e 3% ao ano a partir de 2020), atingindo seu pico entre 83% e 90% do PIB.

Se, porém, o produto seguir crescendo no ritmo observado em 2017 e 2018, mesmo esses números, já bastante feios, podem se tornar tenebrosos, ultrapassando a marca de 100% do PIB na metade da próxima década e, pior, sem tendência à reversão, mesmo com o teto de gastos, por hipótese, operante.

O problema, contudo, é precisamente a suposição do teto de gastos se mantendo ao longo de todo o horizonte de projeção.

De 2016 para cá, o governo federal conseguiu estabilizar suas despesas: equivaliam a 19,9% do PIB naquele ano e atingiram 19,7% do PIB em 2018. O resultado, aparentemente positivo, embora modesto, embute uma dinâmica preocupante.

A estabilização só foi obtida com a redução das despesas não obrigatórias, que caíram de 2,3% para 1,9% do PIB; já as despesas obrigatórias continuaram aumentando, em particular os benefícios previdenciários e os gastos com pessoal.

Somadas ao BPC (Benefício de Prestação Continuada), tais despesas, que representavam cerca de 2/3 do teto de gasto, hoje chegam a pouco menos de 3/4 dele.

Essa dinâmica não é sustentável por muito mais tempo. Se as contas da Instituição Fiscal Independente estiverem corretas, nos próximos dois ou três anos a redução persistente do dispêndio discricionário tornará o governo inoperante, antes que o teto de gastos consiga reverter a trajetória do endividamento.

Se chegarmos a essa situação, muito provavelmente o teto será abandonado e, com ele, qualquer chance de estabilização da dívida pela via fiscal.

Há, é claro, quem acredite que um governo que deve em sua própria moeda não precisaria se preocupar com isso, porque sempre poderia emiti-la para pagar sua dívida.

Já a experiência histórica mostra que tais casos desembocam sistematicamente em processos inflacionários bastante complicados, apesar das crenças em contrário.

Para evitar esse cenário, não há alternativa que não passe por reformas fiscais profundas, a começar pela previdenciária.

Apesar do que está em jogo, o presidente prefere gastar seu capital político na pauta de costumes e no atrito contraproducente com a imprensa para agradar a um público que já o idolatra, ao mesmo tempo em que o ministro da Economia admite faltarem 48 votos para aprovar a reforma da Previdência.

Afundamos enquanto o presidente discute com que cor quer pintar o barco.
Herculano
13/03/2019 10:51
DISCUTINDO BOBAGENS. AINDA BEM, por Carlos Brickmann

A reforma da Previdência, assunto essencial, está no Congresso. Outra reforma com alto potencial de controvérsia está para ser enviada: a que devolve ao Congresso sua missão básica de determinar o Orçamento, dando fim às porcentagens obrigatórias para Educação, Saúde, etc. O Ministério Público desistiu de criar uma fundação para lutar contra a corrupção, com verbas recuperadas após investigações. Um pacote anticrime, proposto por Sergio Moro, está pronto para exame pelos parlamentares. Para o bem ou para o mal, são propostas que modificam muito a estrutura do país.

E estamos discutindo tweets e fake news que, seja a razão de quem for, fazem tanta diferença quanto o resultado de um jogo sub-15. É triste.

Ou não: um leitor desta coluna, advogado e ex-ministro, lembra que, por menos relevantes que sejam esses temas, pelo menos não discutimos hoje alguns bilhões de reais em propinas, nem somos surpreendidos porque um diretor de estatal devolveu R$ 90 milhões - que tinha na conta! - para se livrar da prisão fechada. As notícias de hoje são sobre indecências no Carnaval ou declarações atribuídas a uma repórter que estaria se esforçando para que suas descobertas derrubem o presidente. Coisa mais micha!

O comportamento é ilegal? Cabe à Justiça decidir. A discussão é boba? É. Mas os temas são menos escandalosos que construir uma refinaria como Hugo Chavez mandou sem ele botar um centavo na obra. Esta coluna quer esquecê-los. Mas admite que é melhor discutir besteira do que ladroeira.

PASSAGEM RÁPIDA

Discussões sobre um episódio do Carnaval e uma entrevista a um site francês, que nega ter feito a entrevista, são chatas demais. Não deve ser impossível que governistas defendam o projeto de reforma da Previdência e oposicionistas mostrem suas falhas. É melhor até para ler a notícia!

OS LUCROS DO ASSASSÍNIO

Dois presos são apontados como assassinos de Marielle. Cessa com isso a choradeira de que o Governo não queria esclarecer o crime? Não: para os radicais que dividem o mundo entre nós e eles, o assassínio continua sendo culpa de Bolsonaro - embora as prisões tenham ocorrido em seu Governo, embora ele tenha dito que é preciso chegar aos mandantes. Sergio Moro é criticado por não ter dito nada sobre as prisões - embora tenha emitido nota oficial sobre o tema.

?", gente chata! Será que só pensa em lucro político?

OS AUSENTES

Há quase 50 anos, 1972, Tom Jobim já falava nas "águas de março fechando o verão". Mas o prefeito da maior cidade brasileira, Bruno Covas, escolheu justo esta época para tirar férias na Europa. A tragédia atingiu São Paulo e alcançou Covas, obrigado a trabalhar na época de trabalho!

Mas ele não está só. O Congresso começa a discutir a reforma da Previdência; o projeto anticorrupção também será debatido; o superministro Paulo Guedes anuncia uma mudança na estrutura do país, eliminando gastos obrigatórios e liberando os parlamentares para definir despesas e investimentos. É bem nessa hora que o articulador político do Governo, Onyx Lorenzoni, decide fazer um passeio à Antártida.

Entre uma fria e outra, escolheu a fria errada.

RICO...

A Assembleia do Mato Grosso do Sul aprovou e o governador Reinaldo Azambuja, do PSDB, sancionou: a partir de agora, e com efeito retroativo a 1º de fevereiro, os salários do Tribunal de Contas do Estado podem ser aumentados em até 90%. Quase dobram. Quem decide os beneficiários é o presidente do TCE - sim, o próprio. Previsão de gastos? Não foi divulgada. Afinal, quem é rico de verdade não precisa perguntar o preço de nada.

..,ri...

O Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul tem uma lista com uns 90 juízes e desembargadores que ganham bem acima do teto constitucional de R$ 39,2 mil. O salário mais baixo da lista é de R$ 64.812,58. O mais alto atinge R$ 135.576,90 - pouco mais que o triplo dos vencimentos de um ministro do Supremo, que deveria ser o servidor público mais bem pago. Ainda bem que o agronegócio anda próspero e paga as contas do Estado.

...à toa

E, completando o quadro, o governador Reinaldo Azambuja nomeou 27 comissionados (cargos de confiança) com salários que começam na faixa de R$ 28 mil. Cinco superam o teto, e deles o mais bem pago recebe R$ 92.985,55 mensais. O Estado é generoso e ninguém regula merreca.

NINGUÉM É DE FERRO

Indignado, caro leitor? Então, mais uma: o famoso Carnaval baiano, de longa duração, é para os fracos. A Câmara dos Deputados reiniciou ontem o trabalho, após 13 dias de Carnaval, com reuniões de bancadas estaduais. Resta uma dúvida: se o Carnaval de três dias era Tríduo Momesco, como será apelidado o de 13 dias? Teremos de chamá-lo de Trezena Momesca?
Herculano
13/03/2019 10:40
da série: os políticos e não políticos que se elegeram nos últimos tempos prometendo o novo e mudanças, estão perdidos nos resultados. Vergonha. E não precisa sair de Gaspar e Ilhota para se constatar isso.

O GOVERNO TEM RUMO, O DA CRISE, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

A quitanda não tem troco, mas vende fiado emendas constitucionais

O professor Delfim Netto avisou que a partir do dia 2 de janeiro o governo precisaria abrir a quitanda todas as manhãs oferecendo beringelas e troco à freguesia. A quitanda tem oferecido encrencas, baixarias e tuítes. Se isso fosse pouco, o "Posto Ipiranga" de Jair Bolsonaro vende fiado três projetos de emendas constitucionais, daquelas que precisam de três quintos das duas Casas do Congresso. Pode-se até pensar que a da reforma da Previdência será aprovada. Qual? A que conseguir os três quintos.

Como se planejasse dificuldades, o ministro Paulo Guedes anunciou que pretende propor a desvinculação das despesas orçamentárias. Nova emenda constitucional. Tem mais. Uma medida provisória determinou que as contribuições sindicais não podem ser descontadas na folha de pagamento dos trabalhadores. ?"tima ideia, porque a nobiliarquia do sindicalismo quer que os trabalhadores tenham todos os direitos, menos o de decidir se contribuem para suas guildas. O fim do desconto compulsório abalará todos os sindicatos, que bem ou mal, devem cuidar dos interesses dos trabalhadores. Para evitar esse colapso surgiu outra boa ideia, acabar com a unicidade que obriga que cada categoria tenha um só sindicato por município. Em tese, havendo competição, o sistema funcionará melhor. Para o estabelecimento da pluralidade será necessária uma terceira emenda constitucional.

Vistas separadamente, cada uma dessas propostas faz sentido. Juntas, coligam os interesses dos sindicalistas, dos marajás da Previdência às corporações da saúde ou da educação. Separados, esses blocos podem ser batidos. Juntos, até hoje estão invictos.

Há na pregação do ministro Paulo Guedes algo de José Wilker no comando da inesquecível caravana Rolidei do "Bye Bye Brasil" de Cacá Diegues. Quem viu o filme lembra que no seu momento de glória poética o Lord produziu o supremo símbolo da modernidade: neve.

A plataforma reformista de Guedes tem suas próprias dificuldades, mas a elas somou-se à natureza errática do próprio presidente, que não pode ver casca de banana sem atravessar a rua para escorregar nela. Em menos de cem dias, Bolsonaro viu-se encoberto pela névoa de um possível controle palaciano. É a velha lenda segundo a qual grandes ministros são capazes de controlar presidentes. Donald Trump está aí para demonstrar a futilidade dessa ideia.

No Brasil, a teoria do controle interno teve dois grandes fracassos e um êxito. Pensou-se que Fernando Collor seria controlado. Deu no que deu. Antes dele, pensou-se em blindar o comportamento errático do general João Figueiredo. A trama derreteu em menos de um mês.

O controle funcionou no caso do general Emilio Médici. De 1969 a 1974, quando ele presidiu o Brasil, mandaram os professores Delfim Netto (na economia), João Leitão de Abreu (na administração) e o general Orlando Geisel (nas Forças Armadas). A manobra só deu certo porque foi voluntária e sincera. Médici, que não queria ser presidente, decidiu delegar esses poderes. Ao decidir não mandar, mandou como poucos, até porque tinha o cajado do Ato Institucional nº 5. Faltam a Bolsonaro não só o AI-5 como a disciplina circunspecta de Médici. (Vale lembrar que, sabendo o risco que corria por ter dois filhos adultos, levou-os para o quartel do Planalto. De um deles, Roberto, pouco se falou. Do outro, Sérgio, nada.)

O governo Bolsonaro parece sem rumo. A má notícia é que seu rumo pode vir a ser o de uma crise.

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