09/04/2020
O Terminal Urbano de Gaspar, vereador Norberto Willy Schlosser, inaugurado em 2005, malconservado, experimentou esta semana uma nova utilidade, a vacinação à idosos contra a gripe H1N1, no sitema Drive Thry. Foi o cenário escolhido para dar impacto à propaganda do governo Kleber Edson Wan Dall, MDB em um setor mal avaliado e que consumiu muito dinheiro. Sobre à volta dos ônibus aos trabalhadores, desempregados e estudantes quando liberados pela quarentena imposta pelo governo do estado, nada se sabia até o fechamento desta coluna. A Caturani deixou os políticos e principalmente os gasparenses a pé
Não vou lhes torturar – pela repetição - e escrever sobre tudo o que já se sabe naquilo que não funciona na Saúde Pública e no Hospital de Gaspar, cujo dono ninguém sabe dizer quem é. “Comeu-se” e “come-se” um dinheiro brabo dos pesados impostos dos gasparenses. E o retorno para o povo é sofrível, inclusive para o político. A Covid-19 por aqui, segundo anúncio que está na imprensa local e não desmentido ainda, “estaria regredindo”, num “case” mundial e espetacular para a ciência estudar. A afirmação leviana veio, antes da primeira morte no Vale e de gente daqui. A notícia dela – que não se escondeu porque Blumenau não quis ficar com a má fama. Ela “derrubou” mais uma da propaganda enganosa do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, à cidade e aos cidadãos. O prefeito, devidamente orientado por seus “çabios” está lavando as mãos em álcool contaminado. É que os doentes daqui, com o sistema frágil em Gaspar, se não recusados Blumenau, Itajaí e Brusque devido às prioridades para os nativos de lá, vão ficar aqui ao relento. Também não vou escrever – outra vez - sobre as permanentes dúvidas que permeiam à administração municipal. É uma máquina eleitoral e que está no palanque desde quando foi eleita. Como os planos estão afundando, os poderosos no poder torcem para que as eleições deste outubro sejam adiadas. Estão com medo?
Os que fazem a cidade funcionar (trabalhadores com empregos ameaçados, que estão mais uma vez sendo achatados dos seus ganhos, os informais sem trabalho, os desempregados, as empresas e empresários de todos os tamanhos), ou seja, os que verdadeiramente geram impostos para a prefeitura se esbaldar – inclusive nas dúvidas - e não se explicar, estão indignados. E nisso, estou com eles. Retirando alguns exageros e omissões das entidades - elas estranhamente nos últimos tempos se atrelaram aos políticos marotos ao invés de tê-los sob o cabresto delas. Já demonstrei isso em várias notas e artigos. Resumindo: todos, estão pedindo para trabalhar, com os devidos cuidados e sob riscos. Haverá mais falidos do que mortes sob a Covid-19. E uma das armas para dificultar à volta da normalidade está nos decretos do governador Carlos Moisés da Silva, PSL. Entre eles, o que impede à circulação dos ônibus urbanos. Em Gaspar, onde este serviço já era precário, cheio de dúvidas, o mais caro da região, o que tinha falhas grotescas em linhas e horários, a empresa Caturani aproveitou à brecha e correu da parada. Não a culpo. Também não vou me ater à morte anunciada aqui em vários artigos que assinei. Os meus escritos, como sempre, foram frontalmente contestados, achincalhados, desmentidos, desacreditados pelo governo de plantão. Tudo sob os olhos omissos do Ministério Público, bem como os panos quentes de quase todos os vereadores. Uma maravilha!
Ora, se hoje, o governador acabasse com todos os decretos restritivos e liberasse os catarinenses da quarentena, os gasparenses pobres, trabalhadores, desempregados, os que vivem de bicos e estudantes, continuariam isolados – ou sem dinheiro bancar a locomoção na busca da sobrevivência mínima. Não há transporte coletivo. Ah, mas o governo de Gaspar até tentou; foi o Tribunal de Contas que atrapalhou à concorrência, desculpam-se os políticos afeitos às mágicas para a claque, os desatentos e desinformados. Pode até ser! Mas por incompetência dos que estavam à frente desse assunto. Por exemplo: não tornaram público o que o TCE empentelhava. Contudo, eu li o edital. Há dois amplos artigos meus: a concorrência foi feita para ninguém se habilitar. Simples assim! O vereador Cícero Giovane Amaro, PL, denunciou. Pau nele. Além disso, como escrevi na época, o edital é para o século 20 e não para o 21. E se essas tecnicidades não fossem “pelos” colocadas em ovo de propósito pelo governo, o caso é o perfeito retrato do governo Kleber. Nele, tudo se atrasa. Tudo é loteado e aparelhado com cabos eleitorais. Ninguém com experiência administrativa e executiva para nada, a não ser a habilidade para segurar bandeiras de partidos e candidatos nas esquinas, pedir votos para outros nos cantões e bebedeiras, ou então serem eles próprios candidatos. E olha que Kleber é um jovem. Já as práticas...
Veja se isso não teria tudo para ter o final que teve? Quem Kleber nomeou em agosto de 2017 como diretora de Transporte Coletivo, da poderosa Secretaria Municipal da Fazenda e Gestão Administrativa de Carlos Roberto Pereira, MDB, o prefeito de fato? Barbara Cristina Soares. O que ela entendia desse assunto? Ela era a irmã da então namorada do irmão prefeito e que tinha sido indicada Rainha da ExpoGaspar. Quem foi nomeado em fevereiro do ano passado para a mesma função? Salésio Antônio Conceição. Ele vinha de um estágio de alguns dias em um cargo comissionado-trampolim no Samae. O que ele entendia? Nada! Ficou até junho quando foi ser diretor da Ditran. O que ele entendia? Nada! Agora, está exonerado. E para que? Para ser candidato a vereador como declara – já foi em outra eleição -, ou então cabo eleitoral por ter se alimentado no atual poder de plantão, sustentado pelos pesados impostos de todos e de gente que está pagando caro pela Covid-19, com os políticos lavando as mãos em álcool sem os 70%. E os cidadãos que colocam a mão no bolso para sustenta-los na politicagem? Sem ônibus em Gaspar e quando tinham, pagavam caro por um serviço de quinta. As obras físicas de Kleber exalam dúvidas, já as obras sociais, elas passaram longe do seu governo. Ah! No dia 27 de julho de 2018 o prefeito criou a Comissão Especial de Licitação, para auxiliar a Comissão Permanente, nomeada através do Decreto nº 8.248/2018, no processo licitatório da Concessão dos Serviços Públicos de Transporte Coletivo Urbano de Gaspar. Como se sabe hoje, foi um desastre contra a cidade e os cidadãos. Acorda, Gaspar
Boa iniciativa I. Por decisão da mesa diretora da Câmara de Gaspar e referendada numa sessão ordinária virtual – para fugir das ameaças da polícia e do Ministério Público que deviam ter outras prioridades -, foi repassado R$600 mil do Fundo de Construção da Sede da Câmara para a secretaria de Saúde. É para investir em ações emergenciais à Covid-19.
Péssima notícia I. Diante de tantas dúvidas e de tantos recursos investidos nas Saúde Pública e Hospital de Gaspar, sem retorno, sem prestação de contas e sem transparência, esses R$600 mil é mais um dos que vão para um saco sem fundo, sem que os vereadores, doadores, tenham controle do que será efetivamente feito com os recursos que não são deles, mas dos pesados impostos do povo.
Boa iniciativa II. O vereador Roberto Procópio de Souza, PDT, o ex-ferrenho articulador contra Kleber Edson Wan Dall, MDB, na Câmara, é hoje um dos seus maiores defensores. Procópio é autor do Projeto de Resolução para que nenhum vereador e servidor receba qualquer diária até o final do ano. A outra é de que os vereadores reduzam 20 por cento dos seus ganhos por dois meses. É pouco, mas antes isso, do que nada. Ainda não é lei!
Péssima Notícia II – Em março o prefeito de Gaspar, o prefeito de Ilhota, seus vices, seus secretários e os vereadores dos dois municípios se deram reajustes de 4,3% sobre os seus vencimentos. E sobre isso, um silêncio só. Em Gaspar, por ser um ano eleitoral, Kleber Edson Wan Dall, MDB, deu ainda aumento real de 1% para os servidores em busca de votos. Tudo vai ser pago pelos desempregados, gente que está falindo ou com salários achatados pela Covid-19. É uma conta desigual.
Político é um bicho matreiro demais. Não é que o populista Ciro André Quintino, que não está no ônibus do MDB, apesar de ser o carregador de votos por lá, o que ameaçava até de trocar de partido, fez juras ao 15. E já deu a cara para bater no lugar de outros. Está alardeando que as eleições deste quatro de outubro devem ser adiadas. Engraçado, como Kleber, Luiz Carlos, Melato, Carlos Roberto Pereira...
Segundo Ciro, não há “clima” para as eleições. Será? Ou é esperteza? As pesquisas mostram que o povo está sedento para ir às urnas em quatro de outubro, mas os políticos no poder de plantão – e não só em Gaspar e Ilhota - estão com medo delas. Será esta à preocupação dos aliados de Ciro e de quem ele virou porta-voz de mais este ensaio? Acorda, Gaspar!
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