18/06/2018
O DEPUTADO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, ALDO SCHNEIDER, MDB, VAI MORAR NA RESIDÊNCIA OFICIAL DOS VICES-GOVERNADORES. ELA POSSUI 1.229,80 METROS QUADRADOS. MAS SE ALDO FOR CANDIDATO À REELEIÇÃO COMO ANUNCIA, ELE NUNCA PODERÁ ASSUMIR TEMPORARIAMENTE O GOVERNO DO ESTADO. EXPLICO!
O atual presidente da Assembleia Legislativa, Aldo Schneider, MDB, parece não ter nenhum apreço pelo dinheiro dos pesados impostos dos catarinenses e que está faltando para saúde, segurança, educação, obras como vem desnudando fartamente a imprensa catarinense, depois de finalmente a RBS – uma empresa de negócios disfarçada de jornalística - saiu de Santa Catarina.
Aldo nada fez para interromper ou esclarecer à compra daquele prédio por R$83 milhões feita no final do ano passado, na maior surdina, pelo seu antecessor Silvio Dreveck, PP (você já percebeu como o PP sempre está metido em grandes negócios, tanto que foi o campeão no Petrolão do PT?). Aldo lavou as mãos em nome dos deputados e principalmente dos que o levaram à presidência da Casa por acordo e voto. Não comandou. Foi comandando.
Aldo e Dreveck dividiram a presidência da Casa num pacto entre as bancadas para dar apoio ao ex-governador Raimundo Colombo, PSD. Dreveck comprou um prédio sem licitação, apenas por propostas, segundo se anunciou à época, por sete proponentes. E no prédio que comprou, vejam só, Dreveck “conseguiu” até, baixar o preço de R$95 para R$83 milhões. Quem acredita em tanta diferença como esta? Só reafirma que alguma coisa está errada. É muito “desconto”, é muito dinheiro. Até, nos disfarces para impressionar os analfabetos, ignorantes e desinformados, os políticos tratam os pagadores de impostos como idiotas.
E Aldo, na vez de presidente da Alesc, está pagando o que ficou para trás no contrato feito por Dreveck e está equipando-o para os supostos 370 servidores ocuparem o novo prédio. Mas, como tudo na administração pública funciona mal, ou com deficiências e atrasos, os custos decorrentes disso vão novamente para o bolso dos contribuintes.
Ao preço milionário do novo prédio, os catarinenses ainda estão pagando desde janeiro deste ano, os alugueis em torno de R$2 milhões por mês que a Alesc prometeu economiza-los, como justificativa marota, para adquirir o tal edifício.
Na semana passada, o presidente da Alesc, Aldo Schneider, foi pego pela imprensa em outro desperdício dos pesados impostos. Desta vez só sob sua total responsabilidade. E diante da má repercussão aos que viram, ouviram e leram, inclusive entre os pares da mesa diretora, os quais dizem não terem sido consultados, e como estamos em ano eleitoral, Aldo não teve outra alternativa senão a de recuar. E fez isso, 24 horas após autorizar a contratação de 30 terceirizados ao custo de R$3,6 milhões por ano.
Nesta jogada, tudo com amparo legal e feita sem transparência como bem convém a esses assuntos pagos pelo povo, gente - vergonhosamente indicada e apadrinhada pelos deputados em tempo de eleições - iria atender telefone, responder emails e ganhar R$ 12.361,79 mensais. Era maioria: 19. Uau!
UMA RESIDÊNCIA CARA PAGA PELO POVO PARA DIZER QUE É SUA
Mais outra. Este fato, por si só, mostra como os políticos que dizem representar o povo e agora estão à cata dos votos para se manter no poder a partir de outubro, são apegados ao que custa muito para esse mesmo povo que só paga impostos e não percebe o retorno deles na saúde, segurança, educação, obras...
Aldo Schneider, em tese, com a posse de Eduardo Pinho Moreira, MDB, como governador, é o seu vice. Só em tese, pois se assumir, Aldo não pode mais concorrer à reeleição de deputado. Aldo acaba de dizer – e uma portaria publicada há duas semanas no Diário Oficial - que vai morar na Casa reservada aos vices de Santa Catarina. Quem revelou tal treta? Anderson Silva, no Diário Catarinense, da NSC Florianópolis.
Das duas uma: ou deputado Aldo - que continua adoentado – assumiu que como presidente da Alesc é de fato vice- governador, e com isso já deu adeus à reeleição – já tinha escrito sobre isso há semanas - , ou está morando indevidamente, num lugar de caríssima manutenção pago pelos catarinenses, pois o vice de verdade de Pinho Moreira, neste caso, é o presidente do Tribunal de Justiça.
Aldo – que é de Ibirama - diz que abrirá mão do famigerado , legal – eles próprios votaram nesta esperteza - e indecoroso “auxílio moradia”. Era mesmo só o que faltava: morar naquela dispendiosa casa, paga pelos catarinenses e ainda receber o “auxílio moradia de mais de R$ 4mil por mês.
Ah, mas a Alesc possui um orçamento próprio na fatia do estadual. Sim! E se economizar com esses desperdícios, poderia devolver ao governo para uso nas suas contas. Como vai ter que pagar o milionário prédio que não ocupou; como tem que pagar os alugueis que não foram interrompidos porque o prédio não está pronto para ser ocupado; como tem que pagar as despesas da dispendiosa casa do vice para seu presidente – e que vai ser usada para fazer política em período de campanha; como vai ter que pagar as contratações de terceiros com empregos de altos vencimentos – em parte denunciada e interrompida -, nada vai sobrar para devolver. Tudo pelo ralo.
E para encerrar. Até mesmo a anunciada dispensa do “auxílio moradia” pela assessoria da presidência da Alesc, terá que ser fiscalizada diante de todas as artimanhas que se vê cos políticos contra os pagadores de pesados impostos. Aldo quando esteve em Gaspar recentemente, reafirmou que será candidato. O seu cabo eleitoral em Gaspar, o vereador Ciro André Quintino, MDB, no palanque da Câmara, na busca de votos, tem reafirmado frequentemente a mesma coisa.
Escreveu Anderson:
“O governo de Santa Catarina cedeu recentemente a residência oficial do vice-governador para a Assembleia Legislativa do Estado (Alesc). O imóvel localizado na Rua Vinte e Três de Março, no Bairro Itaguaçu, região Continental de Florianópolis, será usado pelo presidente da Casa, deputado Aldo Schneider (MDB). A portaria autorizando a cessão foi publicada no dia 6 de junho do Diário Oficial do Estado (DOE) com data de 5 de junho.
Segundo o texto, a área transferida, uma moradia de alto padrão, tem 1.229,78 metros quadrados. Até fevereiro ela era ocupada pelo atual governador Eduardo Pinho Moreira (MDB), então vice de Raimundo Colombo (PSD). Moreira agora reside na Casa D'Agronômica, também na Capital, casa oficial do governador catarinense [...]
[...] Essa é a primeira vez que um presidente do Legislativo estadual terá uma residência oficial. Pelo publicação no DOE, a transferência vai até 31 de dezembro de 2018, quando termina a atual gestão do governo do Estado. Até esta quinta-feira, Schneider não havia se mudado para a casa”.
Contrário à compra, o deputado estadual e 2º vice-presidente da Alesc, Mario Marcondes (sem partido), garante que vai acionar os órgãos reguladores para apurar possíveis irregularidades no processo. Desde setembro, Marcondes manifesta o entendimento de que os critérios definidos para a aquisição de um novo imóvel direcionaram a compra para o edifício na avenida Mauro Ramos.
- Fizeram um negócio na contramão, não concordo. Acredito que eu deva entrar com uma ação popular, com pedido de antecipação de tutela no sentido de trancar os pagamentos - contesta.
Marcondes pediu cópias do processo de compra e da avaliação quanto ao valor pago no imóvel.
- Não é o valor do prédio, tenho avaliações paralelas que não dão aquele valor. Vou questionar e quero que a Justiça se manifeste - reforça.
A chefia de gabinete da presidência afirma que o processo de dispensa de licitação será encaminhado pela Mesa Diretora ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público Estadual como forma de atestar a transparência do negócio. A compra, segundo a presidência, foi amparada pelo relatório “Programa de Necessidades”, elaborado por uma comissão formada por servidores efetivos e comissionados.
Na coluna de sexta-feira, feita especialmente para a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo e de maior circulação em Gaspar e Ilhota, tratei de uma dupla despesa paga por todos em “o gasparense paga duas vezes quem faz a merenda para os estudantes municipais”.
O que significa isso? Que a oposição - Silvio Cleffi, PSC, PT, PDT e PSD - forçou essa barra do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, Luiz Carlos Spengler Filho, PP e Carlos Roberto Pereira, MDB, para retirar o Projeto de Lei 29/2018 do seu trâmite na Câmara, fez isso apenas como uma forma a criar fatos, enfraqueceu a educação e apenas puniu o futuro das crianças gasparenses. Também com uma secretária de Educação como Zilma Mônica Sansão Benevenutti que se nega ao diálogo e à negociação, o governo de Kleber tinha poucas alternativas a não ser abortar o projeto em prejuízo da sociedade, a pagadora dos pesados impostos e manter essas despesas duplas.
Uma escola é essencialmente um local de saber e sociabilização. A merenda, necessária no ambiente de desnutrição de muito alunos, é, todavia, algo complementar. Mas, em Gaspar, para a oposição, serventes e merendeiras valem mais do que o reconhecimento, a valorização dos professores e a Escola. Política de quinta categoria. Feita para analfabetos, ignorantes e desinformados que querem criar mais para ser servir do discurso demagógico e oportunista.
Coincidente na mesma sexta-feira, Cláudia Costin, professora visitante de Harvard, ex-diretora de Educação do Banco Mundial e ministra da Administração, escreveu no jornal Folha de S. Paulo: “a OCDE publicou um relatório sobre políticas públicas para professores. Nele uma ideia se fez muito presente: como o bom professor é o elemento mais importante, entre os fatores dentro da escola, para lograr qualidade no ensino, os sistemas educacionais devem se assegurar de que os mais vulneráveis possam também receber esse benefício”.
Mas, é exigir demais dos nossos vereadores. Os nossos alunos ainda não produzem votos: serventes e merendeiras, sem fazer a sua tarefa, mas ganhando no serviço público pago por todos, sim. Esta é a dinâmica do mundo dos políticos: eles não sabem distinguir verdadeiramente os vulneráveis, ou se distinguem, preferem cria-los para ter as rédeas sobre eles quando em se tornarem eleitores.
Como escreveu ontem, no Twitter, Alexandre Garcia, após o empate da seleção brasileira de futebol: “a Suíça nos ganha de goleada em segurança, saúde, educação, impostos, liberdades, renda per capita, representação popular. Em compensação, conseguimos empatar com ela em futebol”. Em educação, está difícil imitar a Suíça... Acorda, Gaspar!
MEU ERRO.
Na coluna de sexta-feira eu escrevi sobre este assunto: “na verdade, esse PL complementa o aprovado na Câmara e que permitiu à terceirização da merenda escolar em Gaspar. Com a desistência do PL 29, a terceirização da merenda em Gaspar está manca e mais cara. Só isso”.
Na verdade, esse PL não complementa nada ao supostamente aprovado anteriormente na Câmara, mas sim, complementa um ato administrativo do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB que com sua equipe decidiram pela tal terceirização da merenda escolar em Gaspar, inicialmente, disfarçada de uma experiência.
Aos leitores e leitoras, as desculpas. Com a desistência pelo prosseguimento do PL 29 por iniciativa do próprio prefeito e sua equipe, a terceirização da merenda em Gaspar está manca e mais cara. E vai continuar porque a oposição quer mais serventes e merendeiras, ao invés de negociar qualificação, mais professores e uma ação eficaz aos alunos mais vulneráveis. Só isso.
O olho por olho, o dente por dente e que atrasam Gaspar e mostram a cara de rancor permanente dos nossos políticos. Leio na coluna Chumbo, do editor e proprietário do jornal e portal Cruzeiro do Vale, Gilberto Schmitt, testemunha do fato:
“Participei no meio da semana da solenidade de assinatura do convênio que garante a pavimentação da rua Pedro Simon, no bairro Margem Esquerda. Até aí, tudo bem... só que na hora de chamar as autoridades para a mesa de honra, achei uma falta de respeito enorme o presidente da Câmara, Silvio Cleffi, não ser convidado a ir à frente. Por mais que possam existir diferenças de pensamento, presidente da Casa de Leis é autoridade e, se está presente, deve ser chamado. Fica a dica”.
Isso não merece dica nenhuma. Teria que fazer parte da boa e respeitosa convivência entre pessoas que são eleitas para buscar avanços para a comunidade. Quem estava lá não era o vereador Silvio Cleffi, PSC, que se bandeou para o outro lado só para ter a presidência da Câmara. Quem estava lá, era o presidente de um poder constituído, o Legislativo de Gaspar, eleito de forma legitima. É vergonhosa a atitude do governo, dos medebistas e seus amigos da ocasião. Nem os que se dizem religiosos, valeu o dar a outra face. Isso mostra muito bem o atraso e como se negamos a nos unir às causas comuns pela comunidade.
Ah, mas era um ato político, num reduto do MDB e liderado pelo vereador Francisco Solano Anhaia, MDB, cabo eleitoral do ex-secretário e atual deputado, Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro, MDB, o “dono da verba” que na verdade é dos pesados impostos de todos nós. Para lembrar: Anhaia é o maior crítico da atitude de Silvio Cleffi na busca da presidência da Câmara. Ele não a disputava, mas era defensor do pacto da ex-maioria situação e que Silvio, sem avisar ninguém, quebrou.
Primeiro, se aquele anúncio de verba (exibição de papelinhos como mostra a foto acima, discursos e entrevistas) para a pavimentação da Pedro Simon é um ato político de campanha eleitoral, o candidato Vampiro está desde agora com a corda no pescoço. É bom não confundir as coisas.
Segundo, se era um ato público e de governo, como se anunciou e estava lá um secretário de estado, o Paulo França, então o presidente da Câmara teria lugar obrigatório naquela solenidade – incluindo pronunciamento -, como terá sempre, o traído por ele, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, nos atos oficiais da Câmara.
Protocolo, regras de convívio e educação fazem parte da relação de exemplos de adversários de ideias e atitudes para seus admiradores e eleitores na defesa de interesses comuns e bem-vindos, para a comunidade.
Eu, Herculano! Agora você virou defensor do doutor Silvio? Não e sim. Eu não defendo a incoerência dele, a interferência corporativa naquilo que ele faz, mas não se responsabiliza pelo resultado ruim, bem como a tentativa de inchamento da Câmara e outras coisas em transparência, quando o seu discurso de posse apontou para o lado oposto. Agora, pela própria coerência da minha vigilância, não posso deixar de registrar esse tipo de agressão contra um poder contra outro poder, confundindo esses atos com a indevida pessoalidade, partidarismo e vingança. Acorda, Gaspar!
Dias atrás, onde a greve dos caminhoneiros tomou conta dos discursos da Câmara de Gaspar, a maioria em busca de identificação fácil na busca de votos, a vereadora e ex-prefeita de Gaspar, Mariluci Deschamps Rosa, PT, desceu o cacete na qualificação técnica e capacidade administrativa de Pedro Parente, que antes de ter sido presidente da Petrobrás, foi da Bunge Brasil, RBS, além de ministro da Casa Civil de Fernando Henrique Cardoso, PSDB. Rir é pouco. Parente deve ter um monte de defeitos, mas não esses.
Parente ao deslocar a sede da Bunge Alimentos de Gaspar para São Paulo, sobrou o prédio administrativo Renato Manoel Peixoto, no Poço Grande [hoje reocupado pela própria Bunge]. E o PT por oportunidade e principalmente retaliação, declarou-o de interesse público. Queria por lá a prefeitura.
A jogada jurídica e a lábia, entretanto, os petistas de Gaspar não conseguiram dobrar Pedro Parente. Ele mandou o outro Pedro, o Celso Zuchi, depositar as garantias para vender o imóvel ao município de Gaspar. Não tinha. Pedro, o Parente, foi então, no papel que lhe cabia e eficaz para os acionistas da Bunge – é uma companhia aberta com ações na Bolsa de Nova Iorque e por conta disso sofre uma fiscalização severa. E esta é a razão do chororô de Mariluci e do PT, quando tentam desqualifica-lo. Aliás, não só com ele, mas com todos que não atendem aos seus interesses. É do jogo.
De Augusto Nunes, de Veja, no Twitter: “quem faz o diabo pra tirar da cadeia um gatuno juramentado como Lula é, na hipótese mais branda, comparsa de ladrão. É o caso de Gilmar Mendes e seus parceiros fantasiadas de ministros do STF. Ponto. O resto é conversa fiada”.
Como a gestão de Kleber Edson Wan Dall, MDB, se perde ou está ajustada com a oposição. Na sessão da Câmara de terça-feira passada, numa raríssima intervenção de enfrentamento do líder do governo, Francisco Hostins Júnior, MDB, mas que já foi PT, ficou-se sabendo que um simples telhado na Arena Multiuso teria custado mais de R$1 milhão na administração petista de Pedro Celso Zuchi.
Foi um recado cifrado para conter discursos em sentido semelhante contra o governo Kleber Edson Wan Dall, MDB. Coisa estranha do tipo: não toca no meu calo, que não tocarei no seu, assim todos ganham e a conta vai para os pagadores de pesados impostos da cidade.
Ora, se o tal telhado está caro e há indícios comprovados disso, por que a administração de Kleber não encurralou até agora do ex-prefeito? Por que a situação não foi atrás disso na própria Câmara? Por que o Ministério Público não está envolvido nesse esclarecimento? Então, é carta na manga? Hum! Apropriado. Acorda, Gaspar!
De Ricardo Amorim, no twitter: “nossas expectativas com a seleção são completamente irrealistas. Não basta sermos campeões; temos de ganhar todas as partidas, com facilidade, mesmo com o juiz contra. Se cobrássemos os políticos como cobramos o treinador e os jogadores da seleção, o Brasil seria o paraíso”.
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