Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

01/08/2017

O JOGO DOS POLÍTICOS PARA A PLATEIA IGNORANTE


Para se eleger governador do estado e dar emprego quando eleito aos políticos sem votos da sua aliança, o blumenauense, advogado e experimentado político (prefeito de Joinville, deputado Federal, ministro de Ciência e Tecnologia, presidente nacional do PMDB e senador), Luiz Henrique da Silveira, inventou as tais Secretarias de Desenvolvimento Regionais. Ele defendia a descentralização administrativa para legitimar a sua ideia e combater os céticos, adversários, técnicos e à realidade. Eu sempre fui contra e pude dizer isso a ele pessoalmente. Ele ficou praticamente em silêncio. Pediu-me tempo para primeiro colocar a ideia em prática e assim calar a minha boca.

Seis anos depois, numa outra rara oportunidade, lembrei ao ainda governador reeleito que as tais SDRs eram simples poleiros; que o possível adversário dele, Raimundo Colombo, PSD, tinha um discurso de acabá-las, e que a tese no “mercado” político ganhava aderência. Astuto e amável quando sabia não ter razão, Luiz Henrique não concordou e praticamente lançou um desafio de que Colombo não teria como seguir adiante sozinho e com aquela ideia contra as SDRs. Luiz Henrique estava certo, mais uma vez. Colombo de possível adversário virou o candidato de Luiz Henrique. E o que aconteceu?

As SDRs continuaram firmes como máquina política eleitoral para sumir dinheiro bom e elegê-lo duas vezes Colombo. Luiz Henrique morreu, não viu as SDRs se transformarem em “Agências” de Desenvolvimento Regionais para “apagar” a má imagem delas, gastarem mais do que efetivamente distribuem em serviços em suas regiões. Uma vergonha.

Agora, às vésperas de mais uma nova eleição, a história se repete. O deputado estadual e ex-presidente da Assembleia, Gelson Merísio, PSD, queridinho e do mesmo partido de Colombo, portanto conivente este erro administrativo por quase estes 15 anos, está vestido de candidato a governador. Como não possui bandeiras para se diferenciar do que está quebrando o estado, Merísio jurou que se eleito governador, vai eliminar as tais AGRs.

Dessa afirmação, pode-se concluir: Merísio considera os eleitores e pagadores de pesados impostos em Santa Catarina todos uns tolos. Ora, se realmente as AGRs não servem, por que ele como deputado e principalmente defensor do governo de Colombo não tomou uma ação real antes dessa promessa? Por que Merísio não se negou a usar as SDR/AGRs como máquina de suas indicações? E se as ADRs são essas máquinas de cabos eleitorais pagos pelos catarinenses, qual será a chance de Merísio na corrida eleitoral se ele promete desempregar os políticos sem mandatos, sem currículos e sem capacidade para trabalhar de verdade? Como eles vão buscar votos e como eles vão se sustentar depois da eleição para quem promete cortar os seus pescocos? Malandragem!

Além de Merísio, outros políticos estão se apropriando tardiamente desta bandeira: o de acabar com as tais SDR/AGRs depois de 15 anos de silêncio ou pouca ação prática. Entre eles o PT e o PSDB que na Assembleia estão propondo um projeto de lei para terminar com essa anomalia. Supondo que aprovado no plenário – o que é difícil, pois todos deputados e outros políticos da base têm indicados nesses cabideiros de empregos, inclusive, por exemplo, o prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, PMDB que viveu pendurando nela durante anos e agora colocou lá o irmão engenheiro com alto salário – o que fará Colombo sancionar e passar o recibo de sete anos de erro? Então, falta combinar com o Colombo que não vai desmanchar às vésperas da eleição esse reduto de cabos eleitorais do PMDB, PSD e aliados menores.

Resumindo. Estamos às vésperas da eleição estadual. E a enganação começou. O que Merísio está dizendo é que as AGRs não possuem serventia para a sociedade. É o que sempre escrevi por 15 anos e fui combatido: um cabideiro de empregos público e um sumidouro de impostos. Tudo tramado e feito para abrigar políticos sem votos, sem capacidade e sem empregos no mercado competitivo, ainda mais em crise provocada pelos políticos. O que Merísio está nos dizendo é que o seu governo Colombo jogou dinheiro fora e ele é sócio desse desastre econômico, administrativo e ético. Nem mais, nem menos. E faz isso com a maior cara de pau, usando os dependentes jornais da Adjori. Trata todos os pagadores de pesados impostos e jogados fora pelo governo, como beócios.

O “DIÁLOGO” DO PT


O PT não se emenda. É um poço de contradição na sua essência. Joga para analfabetos ignorantes, desinformados, sua massa de eleitores preferenciais, inclusive aqui em Gaspar. Veja esta. A vereadora Mariluci Deschamps Rosa, ex-vice-prefeita de Pedro Celso Zuchi por oito anos, mansa, pede e manda recado ao governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, por seu líder na Câmara, Francisco Hostins Júnior: de que “dialogue” com o proprietário do terreno da Arena Multiuso, Gert Fritzche. E para que? Para que “facilite” no preço e condições, à compra daquela área que o governo dela e do Zuchi desapropriaram na marra colocando preço de minhocas, exatamente para afrontar e não dialogar.

Diálogo? Pois foi exatamente diálogo que faltou ao PT, a Zuchi e Mariluci neste e outros casos, como o do loteamento das Casinhas de Plásticos – do mesmo dono - onde até hoje quem paga o pato são pessoas pobres, exatamente as eleitoras do PT. Ao necessário diálogo e negociação, o PT preferiu a força, a Justiça. Por vingança, o governo de Zuchi e Mariluci desapropriou aquela área e fixou um preço abusivamente irrisório por ela. Foi um plano sórdido de vingança ideológica, comandada pelo PT de Blumenau. E por que? Porque Fritzche, dono herdeiro da ex-Sulfabril, pediu a falência da empresa, mas salvou parte de seus bens em outras empresas que não tiveram o mesmo problema financeiro e gestão da Sulfabril.

O PT de Blumenau que manda no daqui e o de Gaspar, criaram um fato político. Demarcaram e criaram um suposto terreno entre patrões e empregados; entre o capital e o trabalho. Estranhamente, neste caso, ao contrário do que aconteceu com o terreno do mesmo proprietário que serviu para as Casinhas de Plástico, o governo, o PT, a esquerda do atraso, os socialistas, criaram uma área para distribuir ao lazer dos amigos do capitalismo, na retribuição de poder e votos. Este fato que só não se concretizou na sua plenitude no tempo como o engendrado, porque o Ministério Público que cuida da Moralidade Pública na Comarca, com a ex-titular Chimelly Louise de Resenes Marcon, e esta coluna, desnudaram a manobra.

Pública, acessível aos cidadãos, porque ficou sob o olhar investigativo do MP, a Arena Multiuso se tornou aos poucos um ponto de encontro e referência dos gasparenses. E o PT quer agora aproveitar este fato que não criou, mas foi obrigado à ele.

Eu já expressei publicamente à defesa daquela área como uma verdadeira Arena Multiuso, o que só será possível com muita negociação e diálogo com o proprietário. Gaspar não possui dinheiro – e não é algo prioritário, deve-se reconhecer - para bancá-la no curto prazo. O PT, Zuchi e Mariluci pedem agora ao adversário PMDB, ao prefeito de plantão, o diálogo com os donos daquelas terras, para salvar uma marca do PT e que deveria ser a da cidade. O PT, Zuchi e Mariluci, pedem diálogo e negociação que nunca tiveram pela cidade, neste e muitos outros casos. É anedótico ver e ouvir a Mariluci falar em diálogo. Pior, sob o testemunho de Zuchi que estava na Câmara. E por que ela faz isso? Só para a cidade não conhecer, pelo debate e o esclarecimento, o grande erro que o PT e o governo de Mariluci fizeram, que acabaram se transformando numa boa ideia, mas originalmente concebida para servir apenas a poucos. Acorda, Gaspar!

 

A NOTÍCIA E AÇÕES TORTAS


Ontem a prefeitura de Gaspar distribuiu esse press release. “A Secretaria de Assistência Social, realizou uma reunião com coordenadores de comunidades terapêuticas do município Novo Rumo (Arraial), Desafio Jovem Monte das Oliveiras (Barracão), Jovens Livres (Gaspar Alto) e Mosteiro da Ressurreição - Casa do Segundo Passo (Margem Esquerda). Ficou definida para o fim do mês de agosto, a abertura do credenciamento das comunidades terapêuticas com vagas para convênios no município. Também será reativado em Gaspar o Conselho Municipal de Políticas Antidrogas (COMAD), além da realização de um pedágio beneficente com todas as comunidades da cidade, ainda com data a ser definida”.

As reações foram imediatas. Um especialista no assunto consultado pela coluna sobre este delicado assunto e que é tratado superficial e propagandisticamente assim se posicionou: “realmente o governo {Kleber Edson Wan Dall, Luiz Carlos Spengler Filho, Carlos Roberto Pereira, Ernesto Hostin] não tem noção do que está fazendo. Quando que vão compreender que a drogadição é uma questão de saúde e não de assistência social?”

E a queixa é generalizada no setor que cuida deste assunto e outras vulnerabilidades sociais. “Quando se pensa que o atual governo retroagiu tudo que tinha direito em gestão de políticas públicas, vem uma notícia destas que consegue retroceder ainda mais! Vários entes envolvidos nesta notícia, mas o principal que é a Secretaria de Saúde não aparece nem na foto. Gostaria de saber com quais recursos serão pagos às vagas que se pretende conveniar. Com recursos da Assistência Social e do Gabinete? Mais um deslize administrativo e técnico que pode custar a cabeça de alguém!” Acorda, Gaspar!

TRAPICHE


Hoje, os 13 vereadores de Gaspar retornam ao trabalho. Estão “revigorados” depois de 15 dias de férias. Eles foram empossados no dia primeiro de janeiro e saíram para 30 dias de férias. Voltaram em fevereiro.

Em abril aprovaram para si próprios o reajuste do salário baseado na maior parte da inflação do ano passado. Ganharam frigobares para dar água gelada aos eleitores nos gabinetes, vão ganhar celulares para fazer política e o presidente Ciro André Quintino, PMDB, costura no escurinho, um aumento salarial para eles, com apoio de parte da imprensa, em plena crise econômica. Hoje, revigorados, vão votar a Reforma Administrativa. Ela aumenta substancialmente as despesas (mais de R$2 milhões até o final do mandato do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB) e cria mais vagas comissionadas para os amigos do poder

É triste ver o líder do governo na Câmara, Francisco Hostins Júnior, PMDB, pedindo mudanças na Câmara, pontuais alterações no trânsito da cidade.

Como líder, ele deveria estar discutindo isso no gabinete do prefeito Kleber Edson Wan Dall, do prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira ou do secretário de Planejamento, Alexandre Gevaerd. Na Câmara, Júnior deveria estar comunicando o sucesso da sua interferência e à prática da sua ideia em favor da comunidade, com aval dos técnicos.

Está claro que a saída dos vereadores Amarildo José Rampelotti e Antonio Carlos Dalsochio diminui muito o grau de beligerância provocado pelo PT na Câmara, durante a legislatura passada. Fico até comovido quando me falam sobre o tom da Mariluci Deschamps Rosa, para agradecer ao atual governo.

Ela parabenizou Kleber Edson Wan Dall, PMDB por manter as festas tradicionais de promoção e união da cidade como o Festinver, o Festival da Tilápia, entre outras. Chega a ser cômico, quando ela diz que o atual governo não "terminou" com nada do governo anterior, apenas por ser de outro partido, de outro governo. Ou seja, por vingança.

Primeiro: nem tudo que está acontecendo na cidade era do governo petista. Segundo, perguntar não ofende: então esta prática de não prosseguir com algo bom para a comunidade, mas iniciada em outro governo, é ou não uma prática do PT que ele, não quer ver imitada pelos outros partidos e governo que o sucedem?

Outra. O que fez prefeito Pedro Celso Zuchi, a vice Mariluci e seu secretário de Turismo, Indústria e Comércio Rodrigo Fontes Schramm sumirem com a ExpoGaspar? Terminar com algo iniciado pelo ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, incapacidade para realizar tal evento, ou um erro capital na gestão financeira da ExpoGaspar?

Este tipo de discurso e modo de se constatar as coisas, mostram claramente o quanto pequenos são os políticos de Gaspar. São capazes até de abortar projetos de cidade para apenas promover vinganças, retrocessos e substitui-los por ideias pessoais, ideológicas, de interesses dos novos amigos ou partidárias. Acorda, Gaspar!

Uma observação feita pelo vereador Francisco Solano Anhaia, PMDB, na última sessão da Câmara, que aconteceu lá no dia 11 de julho, mostra duas realidades preocupantes. A primeira delas é a falta de participação popular nos destinos da cidade e a outra, é a transferência indevida dessa culpa para os próprios cidadãos gasparenses.

Anhaia reclamou que a Audiência Pública realizada no dia anterior no plenário da Câmara sobre o Projeto de Lei nº 33/2017 e que tratava sobre às diretrizes orçamentárias do exercício de 2018, não teve "ninguém" além dos vereadores, do prefeito, alguns secretários e técnicos de ambos os poderes.

Para o vereador, bisonha e erradamente, tal constatação de baixo quórum popular, mostrou que é uma falácia a defesa que se faz a oposição para mudar o horário das sessões da Câmara e assim se ter mais oportunidades aos gasparenses de acompanharem o trabalho dos vereadores naquela Casa, durante as sessões.

Ora, a audiência foi realizada as 16 horas, horário em que a maioria está trabalhando. Outra, neste tipo de audiência o que se faz é apenas a de cumprir uma lei, e nada mais. Não é possível um popular interferir nas propostas, ou seja, os cidadãos irão lá para bater palmas, fazer número. Não terão poder de interferência.

E é bom lembrar, para complementar, que no tempo de Pedro Celso Zuchi, PT, vergonhosa e autoritariamente, nem se deixava os vereadores – que possuem a prerrogativa constitucional - fazerem qualquer mudança nas peças orçamentárias.

Se o presidente da Câmara, quisesse mesmo ousar e inovar (por aqui, pois outros já fizeram isso em outros locais), além de colocar num dia e horário mais acessível ao povo, teria montado um palco e apresentado isso aqui na Praça Getúlio Vargas, no palco do Festiver, na Festa de São Pedro. No mínimo, seria notícia. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1812

Comentários

Ana Amélia que não é Lemos
03/08/2017 16:05
Sr. Herculano:

Prá ver, a esquerda votou unida ... nenhum riscou fora da caixa...já os ditos "nossos", atiraram prá outros lados! Um tanto decepcionada com Esperidião Amin, Jair Bolsonaro, a tucana Giovana, Jorginho Mello, Carmen Zanotto e tantos outros! Não que adore Temer, nem tenho partido, só sei que sou bem de direita! Acho que Temer deve ficar até 2018 e ser investigado! Nada contra ... mas toda essa manobra, era para as eleições Diretas Já e enfiarem "aquela coisa nefasta" de candidato ... não vê, quem não quer!
Paty Farias
03/08/2017 15:40
Oi, Herculano;

"Votaram contra a bancada do PP, Esperidão Amim Helou Filho e Jorge Boeira, a tucana Giovânia de Sá, Jorginho Mello do PP e que detém todas a estrutura do Dnit em Santa Catarina e não é a primeira vez que faz isso contra Temer, e Carmem Zanotto, PPS que também tem repetido os votos contra a reforma. Também foram contra a bancada do PT com Décio Neri de Lima e Pedro Uczai."

Temos que dar o troco não votando mais nos patifes, tamanho o alinhamento ideológico com o atraso.
SENTA A PUA
03/08/2017 15:37
A PIADA DO DIA OU TALVEZ A DO ANO

O Kleber Wandall ta de sacanagem com o povo, só pode ser.
Fazer um evento para apresentar as pessoas que vão assumir uma vaga de comissionado na prefeitura, só pode ser piada com o povo gasparense. As pessoas que estão aguardando uma vaga em creches e as que aguardam por uma consulta ou exame médico deveriam se juntar lá na praça e se apresentarem para o Kleber. Já que tem dinheiro sobrando, o Kleber talvez anuncie que os problemas dessas pessoas serão resolvidos em no máximo 10 dias.
Não dá para acreditar que fizeram uma palhaçada dessas. Sinceramente Herculano, estou indignado, para não falar outras coisas.
Mariazinha Beata
03/08/2017 15:28
Seu Herculano;

O que era o Décio feito papagaio de pirata na votação ontem?
Nem precisava pendurar uma melancia no pescoço, bastou a gravatinha de "pois" vermelha.
Será que a samba-canção era do mesmo tecido?
Bye, bye!
Aurelio Marcos De Souza
03/08/2017 13:14
Herculano e leitores Boa Tarde.

Gostaria que o jornal. cruzeiro realiza se de um enquete on line, com o seguinte tema:

E o que você pai ou mãe acharia da Administraçao aumentar o número de vagas em creches públicas do municipio de Gaspar, acabando com o período integral?

Herculano
03/08/2017 12:25
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA E FEITA PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE
Herculano
03/08/2017 12:24
DENÚNCIA CONTRA TEMER: MAIORES TRÂNSFUGAS SÃO PSDB E PPS; PSD E SD FAZEM FEIO, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

A vitória do presidente Michel Temer foi folgada, mas isso não implica que, com alguma normalização, ele não deva procurar recompor a base. Houve, sim, um número considerável de defecções entre os partidos que pertencem oficialmente à base de apoio: 87 votos. Não considero nessa contagem o PSB, que já se declarou independente, embora mantenha um ministério (Minas e Energia). Com os socialistas (20 votos contra o presidente), o número subiria para 107.

Em números absolutos, o partido que mais traiu foi o PSDB: 21 de 47 votos (44,6%) votaram contra o presidente. Não custa lembrar: a sigla tem os ministérios das Cidades (Bruno Araújo), das Relações Exteriores (Aloysio Nunes), Direitos Humanos (Luislinda Valois) e Secretaria de Governo (Antonio Imbassahy). Percentualmente, o maior trânsfuga é o PPS, com índice de infidelidade de 90%: deu 9 de seus 10 votos contra Temer. A pasta tem Ministério da Defesa. É bem verdade que Raul Jungmann pertence, de fato, à cota pessoal de Temer.

O PSD, com o ministério das Comunicações (Gilberto Kassab) também não fez bonito. Conta com 38 deputados. Nada menos de 14 (36,8%) resolveram se rebelar. Percentualmente, fez pior o Solidariedade, de Paulinho da Força: deu 6 de seus 14 parlamentares (42,9%) para a causa "Fora, Temer". O PRB, partido ligado à Igreja Universal, não pode se orgulhar da fidelidade àquele que deu à legenda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Marcos Pereira): 7 de seus 23 assentos (30,43%) resolveram se juntar à oposição.

Com 10 deputados, a infidelidade do PSC foi de 40% ?" 4 de 10 votaram contra o relatório que beneficiava Temer. O líder do governo no Congresso é André Moura (CE), que pertencem é legenda.

Você queria porque queria que a denúncia recebesse o sinal verde da Câmara. Seu lugar nem é o PDT, que è de oposição, mas deu um voto a Temer. Seu lugar é mesmo o PT, o PCdoB, o PSOL e a Rede.
Herculano
03/08/2017 12:17
MENTEM OU ENGANAM OS UE AFIRMAM OU FAZEM MANCHETES AFIRMANDO QUE AS GRAVES ACUSAÇÕES CONTRA O PRESIDENTE MICHEL TEMER, PMDB, FORAM ARQUIVADAS.

O QUE A CÂMARA FEZ, FOI IMPEDIR O PROSSEGUIMENTO DO PROCESSO ENQUANTO ELE FOR PRESIDENTE. A PARTIR DE PRIMEIRO DE JANEIRO DE 2019, ELE TERÁ QUE RESPONDER AS MESMAS E TODAS AS ACUSAÇÕES DE HOJE.

ATÉ NISSO O PT E A ESQUERDA DO ATRASO USAM A IGNORÂNCIA OU BOA FÉ DOS DESINFORMADOS E ANALFABETOS PARA ENGANÁ-LOS DESCARADAMENTE. PIOR MESMO É VER A MÍDIA COM REDAÇÕES RECHEADAS DE IDEOLóGICOS DE ESQUERDA FORMADOS NAS "ESCOLAS" DE JORNALISMO, FAZER O MESMO.
Herculano
03/08/2017 12:03
O MURO

Ontem na votação para autorizar o STF processar presidente Michel Temer, PMDB, a metade da bancada do PSDB na Câmara votou a favor e a outra metade contra. Um partido piada.
Herculano
03/08/2017 11:47
DE OLAVO CARVALHO, O CONSERVADOR

Cassar o mandato do Temer junto com o da Dilma em 2015 era dar ao Brasil uma chance de renovar de alto a baixo a política nacional.

Fazê-lo agora é estender o tapete vermelho para a esquerda voltar ao poder (se é que algum dia saiu).
Herculano
03/08/2017 11:25
VOTAR A FAVOR DE TEMER NÃO É O MESMO QUE VOTAR PELA CORRUPÇÃO, E SIM CONTRA A EXTREMA-ESQUERDA GOLPISTA, por Rodrigo Constantino, no jornal Gazeta do Povo, Curitiba, PR

A extrema-esquerda, com a ajuda global, preparou a narrativa de que só havia uma coisa a ser feita nesta quarta para quem tem um pingo de ética: votar "sim" pela abertura da investigação da denúncia do Ministério Público de Rodrigo Janot contra o presidente Temer. O discurso foi tão envolvente que muitos ignoraram de onde ele saía: daqueles que nunca ligaram a mínima para a ética e defendem marginais condenados como heróis. Era o sinal para um pouco de pausa e reflexão.

Que a acusação tenha partido de uma conversa claramente armada pelo maior bandido do país (depois de Lula) que, graças a ela, ficou totalmente impune, curtindo seus bilhões em Nova York, não vinha ao caso. Que o processo de denúncia tenha se dado numa velocidade a jato, incomum, fora de qualquer padrão, tampouco foi abordado. O "Fora Temer" era o único grito de quem "não defende bandido algum", e aí os moralistas, numa sinuca de bico, tiveram que dançar de acordo com a música tocada pelo PT e o PSOL.

Mas não era nada disso em jogo, e qualquer pessoa minimamente atenta sabia disso, não caiu no engodo dos socialistas, que teve o apoio da Rede Globo e de O Antagonista, sabe-se lá por qual motivo. Em jogo não estava ser contra ou a favor de um corrupto, mas sim não bancar o idiota útil dos golpistas radicais. A capa do Globo de hoje demonstra um viés absurdo, que ignora esse detalhe.

Temer não está livre da Justiça, como pensam muitos e como parte da imprensa desinforma. A Gazeta do Povo explica que judicialmente o caso não morreu: "E ele pode ser processado sem o foro privilegiado quando deixar de ser presidente. O caso seria apreciado com trâmite normal na Justiça comum a partir de 2019".

A questão era a pressa toda, estranha, e a obsessão em derrubar Temer, abortando as reformas tímidas em curso, além de outras medidas, como a asfixia aos sindicatos e aos artistas engajados, além da mudança nos comandos das estatais. Vários na direita compreenderam isso, como Paulo Eduardo Martins:

Foi o caso de Luciano Ayan também, que condenou o voto dos Bolsonaros.

E até mesmo Olavo de Carvalho é de opinião contrária àquela dos moralistas jacobinos, que cederam à pressão da extrema-esquerda.

Ou seja, não foi por "amor" a Temer, e sim por ódio ao PT e por saber o que estava em jogo que tanta gente à direita, intransigente com a corrupção e sem qualquer tipo de lealdade ao governo Temer, pregou o voto pelo encerramento da investigação neste momento.

Por isso as pessoas não foram às ruas. Engana-se quem diz que isso é ter corrupto favorito. Não é! Apenas não dá para fazer o jogo dos golpistas da extrema-esquerda. Um mínimo de pragmatismo é sinal de maturidade e sabedoria, e Burke, o "pai do conservadorismo", seria o primeiro a concordar:

"A raiva e o delírio destroem em uma hora mais coisas do que a prudência, o conselho, a previsão não poderiam construir em um século."

[?]

Não ignoro nem os erros, nem os defeitos do governo que foi deposto na França e nem a minha natureza nem a política me levam a fazer um inventário daquilo que é um objeto natural e justo de censura. [?] Será verdadeiro, entretanto, que o governo da França estava em uma situação que não era possível fazer-se nenhuma reforma, a tal ponto que se tornou necessário destruir imediatamente todo o edifício e fazer tábua rasa do passado, pondo no seu lugar uma construção teórica nunca antes experimentada?

[?]

Se chegam à conclusão de que os velhos governos estão falidos, usados e sem recursos e que não têm mais vigor para desempenhar seus desígnios, eles procuram aqueles que têm mais energia, e essa energia não virá de recursos novos, mas do desprezo pela justiça. As revoluções são favoráveis aos confiscos, e é impossível saber sob que nomes odiosos os próximos confiscos serão autorizados.

A alternativa a esta prudência é virar um jacobino revolucionário e moralista, que banca o "incorruptível" contra tudo e todos que estão aí, contra a "corrupção" em abstrato, e tacar fogo no país, entregá-lo de bandeja para os comunistas, em nome da pureza fatal.

Temer contou com uma arma poderosa: o medo real da volta do PT. E claro: há também a diversão legítima de imaginar o luto no Projaquistão, a decepção dos antagonistas janotistas (a mesma decepção de quando Trump ganhou), e a festinha micada de Caetano e sua turma, que nem a erva do capeta pode salvar.

Vivemos num novo país, em que a Globo não consegue mais derrubar presidente, mesmo quando suspende o Jornal Nacional e até o futebol. Não é porque voltamos a ficar lenientes com a corrupção, e sim porque percebemos que havia algo mais por trás desse falso moralismo repentino, e que não era inteligente cair nessa armadilha janotista.

Sergio Moro continua sendo um herói do povo brasileiro. A Lava Jato já estava dividida em duas partes. Não há motivo para desespero, tampouco para conclusões precipitadas de que o combate a corrupção acabou. Acabou nada, égua! Ele continua. Como é preciso continuar isso que está aí, viu, as reformas e a asfixia gradual das fontes de financiamento da extrema-esquerda. Não vão levar no grito?

PS: Não teve Jornal Nacional, mas isso não quer dizer que o PSOL não teve sua oportunidade de impor sua narrativa na "mídia golpista". No Jornal da Globo, Alessandro Molon e Chico Alencar receberam o destaque esperado. Parecia até que eram de partidos grandes, representantes de parcela expressiva da população, e não radicais comunistas com poucos votos. Foi só um breve resumo da cobertura de um dia todo. Os comunistas queridinhos do Projaquist?o n?o poderiam ficar de fora, n?o é mesmo?
Migueel José Teixeira
03/08/2017 10:44
Senhores,

Sobre a derrota dos vermelhóides esquerdopatas ontem, ouvi a seguinte frase de um "tapioqueiro" (o mesmo que recebeu a conta de tapiocas, do então ministro comunista Orlando Silva, pagas por meio do cartão corporativo do ministério):

"Sé é ruim para os comunistas é bom para o Brasil". . .
Herculano
03/08/2017 08:22
COMO VOTARAM OS CATARINENSES

Votaram a favor da continuidade do governo de Michel Temer, toda a bancada do PMDB: Celso Maldaner, Mauro Mariani, Rogério Peninha Mendonça (que aparecida em todas as listas com indiciso), Ronaldo Benedete e Valdir Colato; a bancada do PSD com César Cousa, João Paulo Klenubing e João Roderigues, além do tucano Marcos Tebaldi.

Votaram contra a bancada do PP, Esperidão Amim Helou Filho e Jorge Boeira, a tucana Giovânia de Sá, Jorginho Mello do PP e que detém todas a estrutura do Dnit em Santa Catarina e não é a primeira vez que faz isso contra Temer, e Carmem Zanotto, PPS que também tem repetido os votos contra a reforma. Também foram contra a bancada do PT com Décio Neri de Lima e Pedro Uczai.

Décio, o que manda no PT de Gaspar, foi incisivo e raivoso: classificou o relatório um manto para a impunidade, classificou o presidente Michel Temer como bandido e auxiliado por duas quadrilhas como o PMDB e PSB. Hum! Espelho?
Herculano
03/08/2017 07:45
MESMO COM VITóRIA, TEMER TEVE MAIS DE 100 "TRAIÇõES em partidos com ministérios

Conteúdo do Congresso em Foco, texto de Edson Sardinha.
O presidente Michel Temer (PMDB) teve vitória expressiva, na noite desta quarta-feira (2), com a rejeição do pedido para o prosseguimento das investigações contra ele na Operação Lava Jato. Com 263 votos a seu favor, Temer não sentiu o impacto das dissidências em sua base aliada no resultado final. Mas elas existiram ?" e já preocupam o governo, pois matérias como a da reforma da Previdência, principal desafio do Planalto daqui para a frente, exigem ao menos 308 votos em plenário. Entre os 227 votos contrários ao presidente (115 votos a menos que o necessário, 342), 106 foram dados por integrantes dos 11 partidos que ocupam ministérios no atual governo. As "traições" vieram até do PMDB de Temer: seis peemedebistas negaram apoio ao presidente para escapar do Supremo Tribunal Federal (STF).

Jarbas Vasconcelos (PE), Veneziano Vital do Rêgo (PB), Sérgio Zveiter (RJ), Laura Carneiro (RJ), Celso Pansera (RJ) e Vitor Valim (CE) votaram pelo prosseguimento das investigações contra o presidente. Como o partido fechou questão em defesa de Temer, eles estão sujeitos a punições como afastamento de cargos de direção e até expulsão.

Mas foi no PSDB, que comanda quatro ministérios, que a divisão foi mais evidente: 22 tucanos se posicionaram a favor do presidente, e outros 21 se manifestaram em favor das investigações. Outros quatro faltaram à sessão. Em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (2), a liderança do partido decidiu orientar o voto pela continuidade da denúncia contra Temer, mas, ao mesmo tempo, liberar a bancada para votar como quisesse. A ala contrária às apurações foi reforçada pelos ministros Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo, e Bruno Araújo, das Cidades, exonerados por um dia pelo presidente, apenas para votar a favor dele na Câmara.

Fora, mas dentro

Embora se declare oposição, o PSB ainda tem o titular do Ministério de Minas e Energia, o deputado Fernando Coelho Filho (PE). Ele também reassumiu o mandato na Câmara para votar com Temer. Além dele, outros dez apoiaram o presidente, inclusive a líder da bancada, Tereza Cristina (MS), integrante da bancada do agronegócio que, nos últimos dias, foi beneficiada pelo presidente com medidas provisórias e outras sinalizações na pauta legislativa. Na outra ponta ficaram 22 deputados do partido, que apoiaram o andamento das investigações.

Outro que também anunciou rompimento com o governo, mas ainda comanda uma pasta, a da Defesa, o PPS deu apenas um voto a favor de Temer ?" o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (BA). Ministro da Cultura até o fim de maio, Roberto Freire (SP) alegou fidelidade partidária para votar contra o ex-chefe. Assim como ele, outros oito integrantes do PPS apoiaram a investigação do presidente.

Também registraram "traições" na base aliada os seguintes partidos que ocupam ministério: o DEM (5 dissidências), o PP (7), o PR (9), o PRB (7), o PSD (14), o PTB (2) e o PV (4). Na oposição, o PT, o PCdoB, o Psol e a Rede tiveram 100% de fidelidade em relação à orientação contra Temer. No PDT houve apenas a dissidência de Roberto Góes (AP).
Herculano
03/08/2017 07:38
JANOT PODE SER PROCESSADO ASSIM QUE DEIXAR O CARGO, por Mônica Bérgamo, na Folha de S.Paulo.

O procurador-geral Rodrigo Janot pode ser alvo de ações judiciais assim que deixar o comando da Procuradoria-Geral da República, no próximo mês. A iniciativa já é discutida entre alvos da Operação Lava Jato.

ESPINHO
Se as iniciativas forem adiante, elas serão apreciadas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça): Janot, como subprocurador, terá foro privilegiado. O clima na Corte não é dos melhores para o atual procurador-geral, que já pediu investigação contra dois integrantes do colegiado -os ministros Francisco Falcão e Marcelo Navarro.

NA DELE
As opiniões no STJ se dividem: um ministro diz que Janot, por causa do espírito de corpo, corre risco na Corte. Já um segundo integrante do tribunal afirma que é muito difícil que uma ação prospere já que ele apenas cumpriu as atribuições de seu cargo. Pode-se discordar do procurador, mas o "embasamento probatório" das ações que propôs seria "devastador", segundo o magistrado.

FALTOU TEMPO
O empresário Joesley Batista, da JBS, algoz de Michel Temer, não assistiu à sessão da Câmara que deliberaria sobre a ação penal contra o presidente.

FOCO
Joesley estaria concentrado exclusivamente em ouvir de novo todas as gravações que fez com políticos e em reler documentos para finalizar os anexos de sua delação premiada. Ele deve entregar a papelada ao Ministério Público Federal em dez dias.
Herculano
03/08/2017 07:34
TEMER PODERÁ DEFLAGRAR MINIRREFORMA MINISTERIAL, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Após saltar a enorme fogueira da denúncia da Procuradoria Geral da República, o presidente Michel Temer vai se dedicar a cumprir acordos que negociou para garantir a vitória na Câmara, o que deverá implicar em uma minirreforma ministerial. Políticos que se beneficiaram do governo Temer e ontem votaram contra ele perderão espaço, e os respectivos partidos, como PSDB, podem até perder ministérios.

NO CADERNINHO
Atento e meticuloso, Temer agora sabe nome e sobrenome de todos os que o ajudaram a escapar da degola. E todos serão prestigiados.

NÃO SAIRÁ BARATO
O PMDB, partido de Michel Temer, é o mais determinado a não deixar baratas as traições. Seus afilhados perderão os cargos no governo.

ALOYSIO PODE SAIR
Após cumprir a promessa de ficar no governo até ontem, Aloysio Nunes, de discreta atuação no Itamaraty, poderá ser o primeiro a cair.

REFORMA VEM AÍ
Além de mudar a cara do governo, o presidente Temer já avisou aos mais próximos que vai retomar com força a reforma da Previdência.

GILMAR ACUSA PGR DE NÃO INVESTIGAR EX-PROCURADOR
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusou a Procuradoria Geral da República de não investigar o ex-procurador Marcelo Miller, ex-braço direito de Rodrigo Janot, que deixou a carreira para atuar em escritório de advocacia contratado pelo grupo J&F/JBS. Joesley Batista fez um acordo de delação muito vantajoso, que de uma só vez o blindou de cinco investigações do Ministério Público Federal.

INVESTIGADO, É
Apesar da afirmação do ministro, a Procuradoria da República no DF já confirmou que investiga o ex-procurador Marcelo Miller.

PODER SOBERANO
"Estamos dando poder à PGR, que nenhum soberano jamais teve", disse Gilmar sobre os superpoderes de Janot nos acordos de delação.

STJ AMEDRONTADO
Ao votar por soltar Ângelo Goulart, Gilmar disse que até o Superior Tribunal de Justiça está amedrontado com as ameaças de vazamentos.

ÚLTIMA CARTADA
Incansável, no dia em que os deputados votavam sua denúncia contra Temer, Rodrigo Janot requeria ao Supremo Tribunal Federal a inclusão do presidente na lista de denunciados do "quadrilhão do PMDB".

PIXULECO AGREDIDO
Conhecido pelo fino trato, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) perdeu a linha: arrebatou um Pixuleco das mãos de um colega e o atacou a mordidas, tentando esvaziar e rasgar o coitado do boneco.

IMPORTANTE É O FOGÃO
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, segredou por que se esforçava para agilizar a votação da denúncia da PGR: não queria perder na TV a estreia do craque chileno Valencia pelo Botafogo, contra o Palmeiras.

MANDOU BEM
Rodrigo Maia conhece bem a casa que preside. Na semana passada, ele garantiu que haveria quórum para votar a denúncia da PGR, e cravou que 480 deputados estariam presentes. Apareceram 488.

QUE BAIXARIA, DOUTOR
Pegou fogo a campanha pela presidência da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, após o vazamento de áudio em que Niveo Steffen, candidato da situação, chama os adversários de "f.d.p.".

PRESENTE AO PARAÍSO
O prefeito da Barra de São Miguel, Zezeco (PP), deu um presente ao paradisíaco balneário alagoano que celebra 54 anos: emprestou um imóvel dele que fará a prefeitura economizar R$110 mil em aluguéis.

COMPARATIVO
O quórum da reeleição de Rodrigo Maia a presidente da Câmara contou com a 499 deputados. Ele teve 293 votos. Ontem, o governo Michel Temer registrou a presença de 488 dos 513 na Câmara.

CANSEI
Afonso Motta (PDT-RS) foi vencido pelo cansaço, após participar do início da discussão da denúncia contra Temer, e caiu no sono no plenário. Acordou apenas para votar contra o presidente.

PERGUNTA NO PARLATóRIO
Se a ditadura venezuelana pode reescrever a Constituição, como defende o PT, o constitucionalista Michel Temer pode fazer uma Carta Magna para chamar de sua?
Herculano
03/08/2017 07:15
CHAPECOENSE EXPLORA A TRAGÉDIA, E VÍTIMAS ENTRAM EM DESESPERO, por Juca Kfouri, no jornal Folha de S. Paulo

Desagradável ter de informar, mas obrigatório: enquanto a solidariedade mundial continua a se manifestar em torno da tragédia que matou 71 pessoas no voo da Chapecoense para Medellín, as vítimas que perderam seus filhos, maridos, pais e irmãos não encontram o mesmo respaldo nem do clube, nem da CBF, nem da Conmebol.

A maior revista esportiva do mundo, a americana "Sports Illustrated", acaba de publicar tocante reportagem sobre o pesadelo vivido na madrugada de 29 de novembro passado, o Barcelona receberá a equipe catarinense na próxima segunda-feira (7), o Papa vai abençoar o time que jogará com a Roma no dia 1º de setembro, mas quem ficou, as maiores vítimas, estão a cada dia mais desamparadas.

A ponto de terem criado uma Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo da Chapecoense (AFAV-C) e constituído advogados cíveis e trabalhistas para lutar pelos seus direitos mal atendidos até aqui.

Não se trata de vitimismo, diferentemente do marketing feito pelos cartolas do clube.

No desespero do desamparo, algumas famílias dos jogadores que perderam a vida aceitaram receber por dois anos o salário dos que morreram, mas apenas o registrado em carteira, em regra muito inferior ao verdadeiro, praxe no futebol que remunera o direito de imagem, por ironia macabra, exatamente o explorado incessantemente como homenagem aos que se foram.

Numa investigação que envolve os governos da Colômbia, onde o avião caiu, e da Bolívia, país-sede da criminosa LaMia, a companhia aérea irresponsavelmente fretada, só se tem poucas ou desagradáveis notícias como a de que o seguro do avião estava vencido, além da pane seca que permitiria à companhia seguradora se eximir de qualquer pagamento.

Passa-se por cima da responsabilidade objetiva de quem contratou o fretamento do jato, dividida entre a Chapecoense e a Conmebol, que recomendava a famigerada LaMia.

Rememora-se aos poucos que outras viagens da Chape foram verdadeiras aventuras, com a delegação sendo submetida a traslados em vans com pisos avariados por estradas perigosas, como a feita para Barranquilla, também na Colômbia, em outubro de 2016, que durou quase dois dias e resultou, devido ao cansaço extremo, na derrota do time catarinense para o Júnior Barranquilla, em jogo pela Copa Sul-Americana.

A verdade é que, com exceção das corretamente atendidas famílias de funcionários da Globo mortos no acidente, quase todas estão abrindo luta na Justiça pelos seus direitos e clamam para não serem esquecidas como é tão comum num país que gosta de se fazer sem memória, porque também caminho perfeito para a impunidade.

Por mais antipático que seja em vez de apenas chorar os mortos e dar força ao reerguimento daquele que virou o segundo time de todos nós, urge que providências sejam tomadas e que os responsáveis deixem de se esconder com a desculpa da fatalidade.

Porque não há fatalidade quando se contrata um voo comandado por gente de ficha suja como hoje se sabe e que para economizar no combustível faz o que fez.

Que nós não soubéssemos, vá lá. Quem o contratou, não
Herculano
03/08/2017 07:12
PSDB ESCONDE SEUS LÍDERES E ENALTECE PARLAMENTARISMO EM PROPAGANDA NA TV, por Josias de Souza

Às voltas com a maior crise de sua história, o PSDB levará ao ar no próximo dia 17, em rede nacional de rádio e TV, uma propaganda partidária inusual. Nela, não haverá o tradicional desfile de lideranças. A vitrine eletrônica -dez minutos no horário nobre- será usada para enaltecer o parlamentarismo como sistema de governo ideal para o Brasil, um país em eterna ebulição política.

O parlamentarismo é uma velha bandeira do tucanato. A hipótese de ser implementado é remota. Ainda assim, o PSDB decidiu bater bumbo. Foi o pretexto que a legenda encontrou para esconder as aves do ninho, sobretudo Aécio Neves, cuja plumagem foi tisnada por nove inquéritos criminais abertos no Supremo Tribunal Federal.

Em condições normais, a um ano da corrida ao Planalto, o partido não hesitaria em aproveitar o tempo de propaganda que a lei lhe assegura para colocar um presidenciável no pedestal. Mas o PSDB não dispõem de um candidato consensual. Seria Aécio, pois ele bateu na trave na disputa de 2014. Mas o senador mineiro, com a biografia na lama, talvez tenha dificuldades para se eleger deputado federal.

O governador paulista Geraldo Alckmin tenta emplacar a própria candidatura. Mas seu nome também soou em delações premiadas da Lava Jato. De resto, sua posição nas pesquisas de intenção de voto provoca nos correligionários um entusiasmo de velório. A atmosfera fúnebre leva o prefeito paulistano João Doria, uma cria política de Alckmin, a sonhar com a hipótese de furar a fila dos presidenciáveis do PSDB.

Na propaganda partidária anterior, exibida em maio passado, o PSDB intercalou o falatório de jovens líderes municipais com o lero-lero dos seus bicos mais tradicionais?"Aécio, Alckmin e Fernando Henrique Cardoso, por exemplo. Embora a propaganda contivesse uma crítica à forma tradicional de fazer política, João Doria, que se autoproclama um não-político, foi excluído da peça.

Decorridos pouco mais de quatro meses, o futuro do tucanato está acorrentado a Michel Temer, um presidente que acaba de renovar sua aliança com a banda ladra da Câmara para enterrar a denúncia em que a Procuradoria o qualifica de corrupto. Rachada ao meio, a bancada de deputados tucanos deu sua cota de contribuição para salvar a Presidência de Temer

Nos subterrâneos, Aécio pegou em lanças por Temer. Os dois foram alvejados pelo mesmo delator: Joesley Batista, da JBS. O infortúnio alterou a natureza do relacionamento da dupla. Antes, mantinham uma aliança política. Agora, cultivam um vínculo de solidariedade penal do tipo em que uma mão suja a outra.

O PSDB não consegue se livrar de Aécio, hoje um filiado tóxico. Licenciado da presidência da legenda, o senador se move nos porões de Brasília como se pretendesse retomar o trono partidário. Incomodado com a desenvoltura de Aécio, o grão-tucano Tasso Jereissati, que preside interinamente a legenda, ameaça devolver o cetro a Aécio nesta quinta-feira. Ensaia o gesto desde o início da semana.

É contra esse pano de fundo conflagrado que a marquetagem do PSDB concebeu a propaganda que esconde as mazelas do tucanato atrás da bandeira do parlamentarismo ?"uma iniciativa da presidência interina de Tasso. Planeja-se exibir na próxima segunda-feira (7) um comercial de 30 segundos convidando a plateia para assistir à propaganda do dia 17. No convite, sem mencionar nomes, o PSDB admite que cometeu erros. Receia-se que Aécio vista a carapuça e implique com a peça, vetando-a.
Herculano
03/08/2017 07:06
da série: trair e coçar é só começar. Rodrigo Maia não teve coragem de ir adiante na traição e chama isso de caráter, além de colocar falsamente um preço após a vitória do governo. Mas a esquerda do atraso o alimentou falsamente o tempo todo a possibilidade do espetáculo traição de Rodrigo.

MAIA CHORA AO FAZER BALANÇO E DIZ QUE PODERIA TER AGIDO PARA DERRUBAR TEMER, MAS TEM "CARÁTER", conteúdo da coluna painel, do jornal Folha de S. Paulo

Não sou você amanhã
Um dos artífices da vitória de Michel Temer desta quarta (2), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chorou diante de seus colegas de bancada ao fazer um balanço dos últimos meses, quando vislumbrou a possibilidade de se tornar o mandatário da República, mas escolheu recuar. Aos aliados, confessou ter se sentido pressionado, mas disse não se arrepender de nada. Deixou claro que, se quisesse, poderia ter derrubado o peemedebista. Não o fez, afirmou, por ter "caráter".

Lucro
Maia fez o desabafo em jantar com deputados do DEM, na noite desta terça (1º), véspera da votação da denúncia. Pessoas próximas ao presidente da Câmara avaliam que ele "sai maior do que entrou na crise" e admitem que ele mira voos mais altos em 2018.

Nossa vez
Passada a votação da denúncia, o DEM se debruçará sobre os debates a respeito de sua refundação. Os parlamentares que estão à frente das discussões querem colocar na rua, na próxima semana, o mote do novo partido: "Desenvolvimento econômico para garantir o desenvolvimento social".

RG
O Democratas vai mesmo mudar de nome. Cogita a sigla MUDE: Movimento de Unidade Democrática.

Mortos e feridos
A votação da denúncia contra Temer provocou avarias profundas no PSDB. No saldo final, a maioria da sigla votou a favor do presidente, com 22 votos a 21 ?" quatro deputados faltaram à sessão. O resultado deve dar força à decisão de Tasso Jereissati (PSDB-CE) de deixar a presidência da sigla.

Chefe mandou
O anúncio do líder do PSDB, Ricardo Trípoli (SP), de que encaminharia voto a favor da denúncia foi visto como um erro crasso. Ele acabou mobilizando a ala afeita ao governo a trabalhar para garantir maioria. Antes de fazer o pronunciamento, Tripoli falou três vezes com Geraldo Alckmin.

Vai ter troco
Como reação, ala do PSDB pró-Temer começou movimento para esvaziar a possível candidatura de Alckmin ao Planalto, ventilando o nome de Marconi Perillo (GO) como opção.

Nem aí
Petistas admitem que o resultado obtido por Temer evidenciou a debilidade da articulação política de Dilma Rousseff no impeachment. Ela não acompanhou a votação da denúncia.

Em marcha
Em conversas com líderes do Congresso, Henrique Meirelles (Fazenda) disse que pretende, em no máximo dez dias, reinserir a reforma da Previdência na pauta de prioridades. Ele vai marcar reunião para debater o tema com parlamentares.

No forno
A Fazenda faz os últimos ajustes no projeto que atualiza a lei de recuperação judicial, uma das apostas para reaquecer a economia. O texto vai permitir que empresas quebradas possam tomar crédito com seus credores. Quem liberar o empréstimo ganha prioridade na fila de pagamentos.

Página virada
Com a vitória, Temer quer baixar a poeira da crise. Não decidiu se vai retaliar os traidores. Quer estudar caso a caso antes de fazer trocas no governo.

Sem fígado
Temer recebeu, já nesta quarta (2), ligações de deputados que votaram contra ele, mas queriam justificar o gesto alegando problemas nas bases eleitorais.

Tranquilão
Pouco antes da votação, o advogado de Temer, Antônio Claudio Mariz, pediu três bolas de sorvete. Deputados brincaram que ele era o retrato do clima de já ganhou
Rádio Corredor.
02/08/2017 20:44
Depois da reforma administrativa aprovada da forma que foi,você acredita que exista diferença entre estes políticos daqui e os federais.Corre pelos corredores da Barrosa que mais um Secretário de peso desta administração não passa deste mês aceita-se apostas....
Herculano
02/08/2017 17:24
LÍDER DO PSDB RECOMENDA VOTO CONTRA TEMER, por Josias de Souza

Por decisão da maioria de sua bancada, o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Trípoli (SP), recomendará aos liderados tucanos que votem contra o arquivamento da denúncia em que Michel Temer é acusado de corrupção. Defenderá a continuidade do processo no microfone do plenário da Câmara.

O encaminhamento da liderança do PSDB foi formalmente discutido em reunião da bancada. Inicialmente, Trípoli planejava liberar seus 46 liderados para votar como bem entendessem. Mas a bancada preferiu demarcar a posição da maioria.

A decisão escancara o paradoxo vivido pelo tucanato. O relator do processo contra Temer é tucano: Paulo Abi Ackel (PSDB-MG). Ele já defendeu da tribuna da Câmara o arquivamento da denúncia (veja no vídeo acima). Esta foi a posição que prevaleceu na Comissão de Constituição e Justiça, em votação ocorrida no dia 13 de julho. E o líder Trípoli defenderá posição oposta.

Embora o PSDB ocupe quatro ministérios na Esplanada de Temer, pelo menos 26 dos 46 deputados tucanos devem votar contra o presidente. Ironicamente, dois dos ministros da legenda são deputados: Bruno Araújo (Cidades) e Antonio Imbassahy (Relações Instititucionais). Ambos foram despachados de volta à Câmara para engrossar o coro pró-Temer.

Com gabinete no Planalto, Imbassahy é responsável pela coordenação política do governo. Ele já registrou sua presença no painel da Câmara. Mas não compareceu à reunião da bancada do PSDB. Bruno Araújo tampouco se animou a dar as caras para defender Temer junto aos colegas de bancada.

O desconforto dos deputados tucanos com o sepultamento da denúncia já ficara claro antes do recesso parlamentar de julho. Cinco dos sete deputados do PSDB com assento na Comissão de Constituição e Justiça votaram a favor do relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que recomendava a continuidade do processo contra Temer. Coube ao tucano Betinho Gomes (PE), coordenador do partido na comissão, fazer o encaminhamento da votação.

O parecer de Zveiter foi derrotado. E o bloco governista escalou o tucano Abi Ackel, aliado do senador Aécio Neves, para desempenhar o papel de relator do parecer alternativo, contrário à denúncia do procurador-geral da República Rodrigo Janot. O comportamento de Abi Ackel irritou os colegas. Que agora dão o troco no plenário da Câmara.
Herculano
02/08/2017 16:26
CÂMARA PODE ARQUIVAR DAQUI A POUCO TENTATIVA DESCARADA DE GOLPE. OU: IMPRENSA E SALSICHA, Por Reinaldo Azevedo, na Rede TV.

Tudo o mais constante, a Câmara dos Deputados arquiva daqui a pouco a mais abusada tentativa de golpe de estado jamais desfechada no país. E não venham os vigaristas de esquerda falar no impeachment de Dilma: ela cometeu crime de responsabilidade e foi denunciada segundo a lei. O presidente Michel Temer foi alvo de uma operação ilegal envolvendo o Procurador Geral da República, um megaempresário picareta, achado a dedo e devidamente chantageado para denunciar o que queriam que denunciasse e setores do Supremo infiltrados por interesses outros que não a lei: num caso, falou a ideologia: em outros, o medo do próprio passado.

E assim se tentou derrubar Temer, ainda que o senhor Rodrigo Janot, nesta que ele sugeriu ser a "primeira etapa" de sua saga, não tenha apresentado a prova. Isto mesmo: ousou-se depor o chefe do Poder Executivo com base em conjecturas oriundas de um flagrante armado. Contente-se com a patuscada quem quiser. Por aqui, nunca passou nem passará. Convenham: por aqui, nem mesmo Lula, o arquiteto do petismo, protagonista do grande assalto ao Estado e ao Estado de Direito, é condenado sem provas.

Quem tem vergonha na cara, seja jornalista, artista ou um cidadão qualquer, exige que o ente acusador demonstre o que diz. E isso só pode ser feito com as tais provas. Mas Janot, o insaciável, sabemos, pretende voltar ao ponto mais adiante por intermédio de acólitos: vamos ver se a próxima pistola contra Temer vem na forma de acusações de Eduardo Cunha, de Lúcio Funaro ou de ambos. O país, a julgar pelo noticiário de certa imprensa, ficou a um passo de se entregar ao cutelo e ao moedor de carne de Joesley Batista, o ex-maior salafrário do Brasil, absolvido pela beatitude de Janot, este santo homem, capaz de julgar os vivos e os mortos.

É claro que setores da imprensa fizeram o serviço sujo. Nesse caso, consiste em quê? Bem, cada um executou sua tarefa de acordo com seu talento específico. Houve aqueles que se esmeraram em reconhecer que não há provas contra Temer, mas que aquela conversa com Joesley já seria o suficiente para depor o presidente. É mesmo? Não sei se lembram: o açougueiro de instituições disse lá que tinha no bolso um procurador e dois juízes. Sabemos quem é o procurador acusado pelo MPF, ente que se orgulha de ter cortado na própria carne, como se estivéssemos numa saga corporativista. Mas cadê os dois juízes? Joesley disse que estava apenas brincando.

De fato, parece uma piada.

"Oh, mas como Temer ousa receber alguém como Joesley no fim da noite?" A pergunta é de um falso moralismo canalha. Quem não receberia? Fica fácil falar agora, depois de tudo o que se sabe. Aliás, aconselho aos senhores jornalistas que, doravante, só passem a tratar de política com os santos, com quem nada deve e de quem nada se diz de ruim. Lembro que a todo cidadão socorre a competência de dar voz de prisão a criminosos ou de chamar a Polícia ?" e isso inclui jornalistas? Já imaginaram? Dado o que se lê de teoria política na imprensa, muitos teriam de pedir emprego a Joesley, como fazedores de salsichas. "Ah, mas nós falamos com marginais em nome do interesse público?" Bem, cara pálida, cada ofício tem a sua desculpa.

E, claro!, vimos os esquerdistas de sempre, que ainda tentam se vingar do impeachment de Dilma, que mal disfarçam a estrela que trazem da testa, e a direita aborrecida, refém do moralismo brucutu ?" que é, já disse, o túmulo da moral e a Disneylândia dos idiotas ?" a gritar também o "Fora, Temer!" Os "vermelhos" pedem "diretas já", como se fosse corriqueira a tarefa de encurtar o mandato de um presidente, de 27 governadores, de 513 deputados federais, de 1.059 deputados estaduais e de 54 senadores? Já os direitistas, perdidos na indigência intelectual, ensaiaram a saída Rodrigo Maia, como se este acenasse com uma governabilidade que Temer teria perdido; como se não fosse ele próprio o próximo alvo.

Assim como o povo demonstrou uma sabedoria prática indo às ruas contra Dilma, exibiu-a uma vez mais não indo contra Temer. Afinal, só "ozartistas" de Caetano Veloso e os hipócritas, mentirosos de esquerda e nefelibatas de direita da imprensa embarcam numa aventura para depor um presidente sem dizer o que vem depois.

Se a palhaçada de Janot não terminar nesta quarta, termina logo mais. O país tem mais o que fazer. Tenham um pouco mais de respeito pelos pobres, senhores golpistas!
Adriana Castellain
02/08/2017 13:16
Herculano

Demorou, mas o vereador Rui Carlos Deschamps, agora faz parte da base do governo, mesmo sendo funcionário público votou pelo inchaço da folha e contra a bancada que era dele.
Rui, sempre foi assim, está com quem estiver no poder. É o que diz a história: Com Ta risco, foi diretor geral do Samae, com Adilson diretor subalterno, com Zuchi, foi superintendente e com Kleber logo Abraça alguma coisa.
É o jogo de interesse, pois pergunta - se o quê a Secretaria de Agricultura vai fazer que a superintendência, não poderia fazer.
Como você diz: acorda Gaspar.
Sidnei Luis Reinert
02/08/2017 12:29
Cuidado! O Brasil ainda pode piorar muito!


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Michel Temer vencerá, porém não convencerá. Só não dá para saber como chegará ao fim de um governo que sequer começou. O Presidente sangra, e seus aliados mamam nas tetas do dinheiro público. O desgaste política é imenso, e o desempenho sofredor da economia só anima quem tem dinheiro para viver em outra dimensão. As contas públicas seguem arrombadas. A equipe econômica vai nos impor mais impostos.
A violência sai de controle. As pessoas sofrem com a insegurança. A jurídica, nem se fala. Lula vira réu pela terceira vez na Lava Jato. A segunda turma do Supremo Tribunal Federal segue a rotina de soltar condenados por crimes de corrupção. A blindagem que será dada a Michel Temer consagrará a impunidade e a falta de vergonha na cara da desqualificada classe política. A impressão real é que o Brasil, que está ruim, pode ficar ainda pior. Todo cuidado é pouco!

Toda sociedade "doente pela falta de democracia" é marcada pela completa falta de representatividade do Estado / Governo com a sociedade. Esta doença que aflige os regimes democráticos às vezes gera DITADURAS na prática e em diferentes formatos. Elas podem ser explicitamente sustentadas pelo uso da força, ou seja, das Forças Armadas, sejam as regulares ou nos moldes milicianos lá da Venezuela. Agora em pleno século 21, o século das comunicações instantâneas, das redes sociais, das fibras óticas e da tecnologia da informação o que assistimos é a falta de democracia através do Populismo de Estado.

Os Governos Populistas se apresentam com verniz ora de esquerda, ora de direita. A ideologia é mero instrumento de enganação e dominação. O traço comum é a existência de uma casta que vive "incrustada" na máquina pública. Existe e "prospera" em condições financeiras suntuosas, enquanto o restante da população "paga indefinidamente" a fatura de políticas públicas que prometem melhorar a vida de todos, um dia. Triste Zelite...

Não importa o tamanho do PIB do país. O principal traço do subdesenvolvimento é o baixo nível de renda da esmagadora maioria da população, enquanto uma burocracia estatal / pública se esbalda em altos salários, corrupção generalizada e ausência de mecanismos sociais, políticos e econômicos que permitam a esta sociedade deixar de ser refém desta máquina pública.

As cleptocracias (estado governado por ladrões) da Venezuela e da Coreia do Norte não são tão diferentes como podem parecer no estilo. Baixa qualidade de vida da grande maioria da população, grandes bolsões de miséria, repressão contra a sociedade que tenta se organizar para alterar as políticas públicas, inexistência total ou aparelhamento do Poder Judiciário e por aí vai. As melhores práticas de gestão do aparato público não são aplicadas. São reprimidas.

Vimos nas últimas décadas as oligarquias latino americanas adotarem todas as formas de práticas medievais para permanecerem no poder político e econômico. Oligarquia não tem cor política. A esquerda festiva e infantil da América Latina, firmemente reprimida pelos regimes militares implantados nos anos 60 e 70, se deixou encantar pelos lindos sorrisos das velhas raposas oligarcas. Através de alianças espúrias, chegaram ao poder no início do século XXI.

Pensavam poder controlar a máquina pública e promover políticas públicas historicamente associadas às bandeiras da esquerda socialista internacional.
Para tanto, os fins justificavam os meios. Ficaram parecidas com o regime do oligarca e ditador nicaraguense Anastásio Somoza, que culminou com uma guerrilha que dizimou a economia do país.

No Brasil, a zelite oligarca faz e desfaz alianças políticas e econômicas para se manter a qualquer custo no controle da máquina pública. Fabricam "nomes novos" para disputar as eleições, mas as práticas de corrupção e enriquecimento ilícito às custas do dinheiro público se perpetuam - independentemente do Partido Político que tenha obtido maioria no processo eleitoral, em todas as esferas do poder público.

A população total da Venezuela é menor que a população do estado de São Paulo. A população da Argentina também. Sorte nossa que é bem diferente manter o controle político sobre uma população de aproximadamente 230 milhões de pessoas, em um país de extensão continental como o Brasil. A turma do Foro de São Paulo deve ter descoberto isso, depois da queda do PT, com a continuidade da Nova República implantada pelo PMDB, em acordo de conivência com os partidos que eram situação no tempo dos militares.

Ficou evidente a existência de uma esquerda fraca intelectualmente e inexperiente em termos de controle de uma máquina pública corrompida e tradicionalmente controlada por uma oligarquia medieval. Foi isto que "salvou" o Brasil de passar por experiências como as da Venezuela (de Chaves) e da Argentina (do clã dos Kirchner).

Associado a isso, temos uma grande parcela da população que tem menos de 40 anos e utilizam intensamente as redes sociais. Assim, "velhos" mecanismos de controle da mídia, tão usados pela oligarquia medieval brasileira, passaram a falhar e escancarar o distanciamento entre o padrão de vida das famílias oligarcas e do restante da população.

Nos anos 80 assistíamos horrorizados às guerras na África e víamos depois os ditadores sanguinários mudarem com suas famílias para mansões suntuosas na Europa ou nos Estados Unidos. Enquanto as populações de seus países eram massacradas pelas forças militares ligadas a seus Governos, esses diretores e suas famílias depositavam bilhões e mais bilhões de dólares em bancos no Exterior.

Não, caros leitores. Não estamos falando do Brasil de 2017 revelado a nós pela Lava Jato. Estávamos falando de miseráveis países africanos dos anos 80. Poderíamos dizer que só nos falta mesmo a guerra civil para estarmos iguais a estes países africanos. Acontece que em 2016 ocorreram pelo menos 60 mil assassinatos no Brasil. No ano anterior os números foram parecidos. Só falta anunciarmos que se trata de uma guerra civil, pois os mortos estão aí, lotando hospitais, necrotérios e nas ruas das nossas pacíficas cidades.

Parceiro do Crime Institucionalizado, o chamado "crime organizado" controla nossos presídios e aterrorizam toda a população. Eles não podem ser combatidos apenas pela mera via repressiva armada. Só umamudança estrutural no Brasil pode conter o crime. É preciso que a sociedade assuma definitivamente o controle do Estado no Brasil. Só assim vamos tirar o Crime do Poder.
Herculano
02/08/2017 12:01
BILLIONS

Recomendação, por recomendação, sugiro assistir a série Billions, na Nateflix. A trama é financeira, mas o jogo de poder e a busca e a dificuldade de justiça, é a mesma
Thomas
02/08/2017 08:59
Bom dia Herculano.
O JOGO DOS POLÍTICOS PARA A PLATEIA IGNORANTE
Sabe o que mais assusta nesse teatro???
É aonde vão colocar toda essa gente, ou você acredita em papai noel!!
Esse maldito sistema instalado na política não vai acabar assim, não com esses que fazem parte desse circo.
Tem um Cientista político chamado Luiz Felipe d´Avila que é interessante acompanharmos. Tem explicações coerentes e quantitativas de ações que devem ser tomadas para colocarmos o Brasil nos trilhos. Muito bom mesmo.
Herculano
02/08/2017 08:02
OS BONS RESULTADOS NOS ANIMAM, por Michel Temer, PMDB, presidente da República, no jornal Folha de S. Paulo

Em breve retrospectiva, posso dizer que meu governo se divide em três fases. A primeira, quando assumi em momento de grande recessão, com o país inteiramente fora dos trilhos. Cuidei de levar adiante a criação de teto para os gastos públicos por meio de emenda à Constituição. Restabelecido o diálogo com o Congresso, dele tivemos apoio para aprovar essa matéria.

Logo depois, foi a vez da reforma do ensino médio, proposta há duas décadas. Outro tema dessa primeira fase foi a renegociação da dívida dos Estados. Reunimos os governadores e chegamos a um acordo para uma discussão que também se arrastava há anos.

O mesmo fizemos com os municípios: devedores da Previdência, eles estavam imobilizados porque eram classificados como inadimplentes. Resolvemos isso, parcelando em 240 meses a quitação da dívida.

De igual maneira, dividimos, por acordo, a multa pela repatriação de capitais com Estados e municípios. Assim, concretizei o projeto de fortalecimento da Federação, com o qual me comprometi no dia da posse.

Foi também nessa fase que reajustamos o valor do Bolsa Família, congelado havia mais de dois anos, e aumentamos as vagas do Fies. Fizemos ainda a inédita e justa liberação das contas inativas do FGTS, dinheiro devido aos trabalhadores.

Como prometemos, o programa injetou, de fevereiro a julho, mais de R$ 42 bilhões na economia. Citei, aqui, apenas alguns exemplos. Tudo na convicção de que o Brasil tinha e tem pressa.

Passo à segunda fase: a que se iniciou em meio à crise política produzida nos últimos 70 dias. Logo que ela se esboçou, dissemos que o Brasil não iria parar, pois o dever do governo é governar.

De meados de maio a julho, produzimos enormemente: aprovamos no Congresso 11 medidas provisórias e editamos outras 14 -todas essenciais para mudar a dinâmica social e econômica do país.

A modernização da legislação trabalhista, matéria importantíssima também emperrada há anos, foi um dos atos mais significativos. Também nesse período da chamada crise editamos um grande programa de regularização fundiária, com impacto nas cidades e no campo.

Não fugimos de problemas. Não foi sem razão que o Ministério da Justiça passou a ser também da Segurança Pública. O caso do Rio de Janeiro é emblemático: desencadeamos agora medidas planejadas há um bom tempo pelos centros de inteligência federais.

Determinei que fosse destinado orçamento para as operações em curso no Rio que envolvem mais de 10 mil homens e que ocorrem com pleno sucesso. Atuamos porque era urgente garantir a integridade da população do Rio, nossa porta de entrada para os estrangeiros.

As forças federais e as Forças Armadas, que já haviam feito trabalho exemplar no Estado, da Olimpíada até as eleições de 2016, foram requisitadas neste ano no Espírito Santo, no Rio Grande do Norte, no Amazonas, em Roraima e em Mato Grosso do Sul. Sempre buscando garantir a segurança dos brasileiros.

Saibam que o planejamento silencioso da complexa Operação Rio foi concluído nessa segunda fase, quando as vozes do catastrofismo alardeavam: "o governo vai parar". Não parou.

Prosseguiu, agindo com rapidez para buscar eficiência e modernização nos vários setores. Acabamos, por exemplo, de assinar contratos de concessão de quatro aeroportos. Parcerias com a iniciativa privada surgem para incentivar o desenvolvimento e combater o desemprego.

Chegamos agora à terceira fase, que coincide com a retomada dos trabalhos legislativos. Vamos continuar com as reformas estruturantes: são fundamentais para que o próximo governante possa seguir numa direção segura. Previdência, simplificação tributária, reforma política e mais medidas desburocratizantes serão as forças motrizes desta fase.

Continuaremos a trabalhar duro, com a responsabilidade geradora de confiança. Foi neste ambiente que conseguimos reduzir a inflação e os juros. E é isso também que faz ressurgir o emprego. Lutamos para resgatar a tranquilidade social.

Todos os dias, tenho consciência de que pesam sobre meus dois anos de gestão problemas acumulados desde a crise global de 2008, agravados pelas decisões populistas dos últimos anos. A carga é grande, mas os bons resultados nos animam.

Não importam os obstáculos; o importante é que os diversos setores tenham maturidade e disposição para discutir o mérito das questões nacionais.

Temos longa tarefa pela frente. Entre elas, a de pacificar o país, um dos motes de nosso discurso de posse. Chegaremos lá. Com o apoio do Congresso e do povo brasileiro.
Herculano
02/08/2017 07:59
A VOTAÇÃO QUE INTERESSA À SOCIEDADE, por Roberto Azevedo

A inédita situação que envolve uma denúncia criminal contra um presidente da República no exercício do cargo por corrupção passiva depõe contra a nossa jovem democracia. Michel Temer está no centro de uma polêmica iniciada em 2005, com a revelação do mensalão no primeiro governo do petista Lula, e que vem de muito mais longe, uma chaga de misturar interesses particulares com dinheiro público.

Se dependesse unicamente das manifestações dos 16 deputados da bancada catarinense, Temer estaria em sérios apuros. Sete deputados (Carmen Zanotto, do PPS; Esperidião Amin, do PP; Décio Lima, do PT; Geovânia de Sá, PSDB; Jorge Boeira, do PP; Jorginho Mello, do PR; e Pedro Uczai, do PT) decidiram votar a favor da denúncia. Três são contra (Celso Maldaner, do PMDB; Ronaldo Benedet, do PMDB; e Valdir Colatto, do PMDB) e os demais estão indecisos (Cesar Souza, do PSD; João Paulo Kleinübing, do PSD; João Rodrigues, do PSD; Mauro Mariani, do PMDB; Marco Tebaldi, do PSDB; e Rogério Peninha Mendonça, do PMDB).

O interessante é observar que, neste contexto, a maioria dos que se manifestaram são da base governista, o que indica que, mesmo que não chegue aos 342 votos necessários para que a denúncia passe, o presidente seja afastado por 180 dias e vire réu no Supremo, há muita preocupação por parte de quem pretende se candidatar no ano que vem com as cobranças que receberam de suas bases.

LÍDERES

Outro ponto entre os da bancada catarinense que disseram abertamente estar a favor da abertura do processo contra Temer. Há quatro presidentes estaduais de partido: Carmen Zanotto, Esperidião Amin, Décio Lima e Jorginho Mello. Assim, a questão remete à eleição do ano que vem. Amin e Jorginho teriam outro motivo, o de terem sido despachado da Comissão de Constituição e Justiça.
Herculano
02/08/2017 07:55
DENÚNCIA CONTRA TEMER PODE SER ARQUIVADA HOJE, por Cláudio Humberto, na coluna publicada hoje nos jornais.

Nem 342, nem 51: é de 257 deputados o quórum necessário para simplesmente arquivar a denúncia da Procuradoria Geral da República contra Michel Temer. Esta é a mais forte opção do governo para liquidar o caso da PGR. O regimento prevê que, em matéria com quórum qualificado, presentes no plenário metade mais um dos 513 deputados, o presidente da Câmara pode abrir votação para arquivá-la, por ser impossível reunir os 342 votos exigidos pela Constituição.

COMO AGE UM ALIADO
Deputados governistas apostam que, como aliado, Rodrigo Maia deverá mesmo abrir votação para arquivar a denúncia da PGR.

A HORA É DE DECISÃO
Maia tem dito que o País já não suporta a indefinição sobre o futuro de Temer, por isso não deve criar obstáculos ao desfecho do caso hoje.

ESQUEÇAM OS 342
As últimas estimativas do governo e da oposição indicam que nenhum dos lados consegue reunir 342 votos, na Câmara.

A VIDA COMO ELA É
Os mais otimistas governistas contam 282 deputados favoráveis a Temer, no voto ou pela ausência. A oposição não chega a 200.

RESERVAS BATEM RECORDE E CHEGAM A US$380 BILHõES
A equipe econômica de Michel Temer conseguiu um feito sem precedentes: elevou as reservas internacionais brasileiras ao maior nível da História, atingindo US$380,8 bilhões, em julho. As reservas são espécie de "poupança cambial", utilizada em medidas anticíclicas para amenizar os efeitos de crises externas, como a de 2008. Apesar da economia frágil, as reservas cresceram 1,4% no governo Temer.

PIORAR, NÃO PIOROU
Quando Michel Temer assumiu, em 13 de maio, as reservas cambiais totalizavam US$375,6 bilhões.

CHINA: DEZ VEZES MAIS
Apesar do maior nível da história, as reservas brasileiras são pequenas em relação a China: mais de US$3 trilhões (maior que o PIB do Brasil).

SITUAÇÃO AINDA CRÍTICA
Se as reservas cambiais são boa notícia, há indicadores preocupantes, como a queda na arrecadação e consequente aumento do rombo fiscal.

VAI PARA O ARQUIVO
O líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), afirmou que ninguém na Câmara tem 342 votos para aprovar uma matéria como a denúncia da PGR contra Temer. Sua aposta é no arquivamento da denúncia.

ALIADôMETRO
Desde abril aumenta o índice de apoio ao governo Temer na Câmara. Os partidos mais fiéis ao Planalto no 1º semestre foram PSDB (69,65% de votos favoráveis ao governo), PPS (66,97%) e PMDB (66,75%).

DILMA PAGOU MAIS
Líderes governistas estão sempre lembrando que Michel Temer liberou R$1,8 bilhão em emendas, inclusive para deputados de oposição, mas Dilma pagou R$3,2 bilhões para tentar barrar o impeachment.

TÁ FEIA A COISA
É tão ruim a relação do governador com deputados e senadores do DF que, ao recebê-los, o líder do governo, senador Romero Jucá, indagou quem ali era ligado a Rodrigo Rollemberg. Ninguém se apresentou.

FALTA QUALIDADE
O site "Ranking dos Políticos" avalia parlamentares em quesitos como participação, ações na Justiça e atuação legislativa: entre os 71 do PT, apenas sete têm resultado positivo no quesito "qualidade legislativa".

BRASILIENSE DA GEMA
O Supremo e os três tribunais superiores têm no total 86 membros, mas só o Superior Tribunal Militar (STM) tem ministro de Brasília. Trata-se do ministro Artur Vidigal de Oliveira, que nasceu em outubro de 1960, cinco meses após JK inaugurar oficialmente a atual capital.

TAPA NA CARA
A criminosa Susane Von Richthofen vai se aproveitar mais uma vez este ano com o "saídão" do Dia dos Pais para tirar umas férias da prisão. Ela já havia recebido o benefício no Dia das Mães. Logo ela.

PARA FAZER MAROLA
Confiante na rejeição da denúncia contra Michel Temer, já tem deputado do PMDB pedindo sua candidatura à reeleição, em 2018, "só para causar confusão". Ele não quer ouvir isso nem de brincadeira.

PENSANDO BEM...
...réu pela terceira vez na Lava Jato, Lula já pode pedir música na TV.
Herculano
02/08/2017 07:51
JUSTIÇA MANDA PRENDER BRAÇO DIREITO DE ABÍLIO DINIZ NA BRF

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Igor Goelow. A Justiça Federal mandou prender o principal aliado de Abilio Diniz dentro da BRF, aumentando a pressão sobre a posição do empresário como presidente do conselho de administração da líder do mercado de alimentos processados no Brasil.

José Roberto Pernomian Rodrigues, vice-presidente de Integridade da BRF, terá de cumprir a pena de 5 anos e 2 meses de prisão em regime semiaberto, segundo decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo.

Em julgamento de recursos no dia 20, o desembargador Nino Toldo manteve a condenação em duas instâncias, mas aceitou mudar o regime inicial de cumprimento de pena de fechado para semiaberto. O executivo pode recorrer, mas terá de dar expediente e dormir na cadeia.

O caso não tem a ver com a BRF. Pernomian, ou JR, como é chamado, foi condenado por fraude na importação de computadores em 2007. Ele chegou a ser preso.

JR era o diretor da Mude, representante da fabricante americana de computadores Cisco no Brasil. À época, sua defesa negou irregularidades. No fim de 2016, o Carf (órgão do Ministério da Fazenda) condenou JR e seus então sócios a pagar R$ 2,64 bilhões pelo caso.

GESTÃO TEMERÁRIA

Segundo a Folha apurou, um grupo de acionistas da BRF prepara uma queixa de gestão temerária à CVM e à sua análoga americana, a SEC, já que a empresa é listada na Bolsa de Nova York.

Eles devem pedir o afastamento de JR e também questionam a gestão da empresa, que de 2016 até março de 2017, perdeu R$ 658 milhões.

A administração culpa a recessão e os efeitos da Operação Carne Fraca, da PF, que investiga desde março suspeitas de irregularidades e corrupção de fiscais.

As críticas não são consensuais. Um conselheiro ouvido diz que a empresa já apresenta sinais positivos, com a recuperação de fatias antes perdidas de mercado.

Como quem dá as cartas na BRF são dois fundos de pensão estatais, o Petros (Petrobras, com 14% do controle) e a Previ (BB, 13%), o governo foi alertado sobre as críticas.

Em 3 de abril, o presidente Michel Temer (PMDB) recebeu governadores e senadores de Estados em que a BRF atua: Goiás (Marconi Perillo, PSDB), Mato Grosso (Pedro Taques, PSDB), Paraná (Beto Richa, PSDB) e Santa Catarina (no caso, o vice, Eduardo Pinho Moreira, PMDB).

BENDINE

Eles entregaram um documento reservado apontando o que chamavam de aparelhamento do conselho da empresa pelo PT, que naquele momento contava com Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do BB, preso pela Operação Lava Jato na semana passada.

Relatavam o caso de JR. "É uma prova da absoluta falta de critérios", dizia o texto, ao qual a Folha teve acesso. "É hora de mudar" o comando da empresa, escreveram.

Com efeito, a reunião do conselho ocorrida 23 dias depois removeu Bendine e outro nome ligado ao PT, o ex-presidente da Previ Sérgio Rosa, do grupo.

Eles eram indicados dos fundos na gestão petista, que também haviam colocado na empresa dois ex-conselheiros que estavam na folha de pagamento de propina da rival JBS, segundo a delação do empresário Joesley Batista. A suspeita é de que pretendiam ajudar na compra da BRF pela rival.

Abilio, por sua vez, foi reconduzido à presidência do conselho na ocasião, até porque a empresa estava sob o fogo da Carne Fraca.

Segundo um outro conselheiro ouvido pela Folha, o tema JR foi discutido apenas na terceira reunião do fórum com nova composição. Ele diz que o tema terá de ser tratado pelo executivo-chefe da BRF, Pedro Faria ­_sócio do fundo Tarpon, um dos controladores da empresa no cargo desde 2014.

Na Carne Fraca, JR teve o pedido de prisão negado, mas foi levado coercitivamente para depor e viu dois diretores sob sua alçada serem detidos.

JR foi consultor de Abilio na disputa com o grupo francês Casino pelo controle do Pão de Açúcar. Mesmo com a condenação já em recurso e outros 16 processos judiciais pendentes, ele entrou na BRF em 2013 como consultor. Virou diretor jurídico e, em 2016, foi eleito por dois anos como vice-presidente da área de "compliance" e ética empresarial.
Herculano
02/08/2017 07:46
TUCANOS DISSIDENTES AJUDARÃO TEMER NO QUORUM, por Josias de Souza

Estimada em mais da metade da bancada de 46 deputados do PSDB, a banda rebelde do tucanato distanciou-se da oposição. Votará contra Michel Temer, mas se nega a aderir à tática de esvaziar o plenário para impedir que os aliados do governo enterrem a denúncia em que a Procuradoria acusa o presidente de corrupção.

Sem os 342 votos de que precisa para autorizar o Supremo Tribunal Federal a transformar Temer em réu, afastando-o do Planalto, os oposicionistas tentarão esvaziar o plenário da Câmara. Partidos como PSOL, Rede, PDT e PCdoB avaliam que, retardando a votação, esticam o suplício de Temer.

Os rivais do presidente esperavam contar com a ajuda da dissidência governista. Não conseguiram, porém, seduzir a ala sublevada do ninho. Até o líder do PSDB, Ricardo Trípoli (SP), votará contra Temer. Mas os tucanos alegam que não há sentido em permanecer à beira do gramado apenas para retardar um resultado que todos já conhecem.

Um pedaço da bancada do PT, que prega o 'Fora, Temer' só da boca pra fora, também avalia que o partido deveria entrar em campo, permitindo que o jogo seja jogado. Na segunda-feira, o PT havia deliberado que compareceria ao plenário. Bombardeados nas redes sociais, passou a flertar com a ideia do boicote ao quorum. O Planalto aposta que os petistas darão as caras no plenário.
Herculano
02/08/2017 07:43
TEMER FORJOU ALIANÇA DO ATRASO E CORRUPÇÃO COM OPORTUNISMO DO ANDAR DE CIMA, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Os números não mentem: 81% dos entrevistados pelo Ibope acham que a Câmara deveria permitir que Michel Temer seja julgado pelo Supremo Tribunal Federal. O mesmo Ibope mostrou o que todo mundo sabe: o governo tem o maior índice de rejeição dos últimos 31 anos.

O presidente foi beneficiado por um erro palmar que acompanha o grito de "Fora Temer". Tudo bem, "fora", mas para botar quem no lugar?

Em 2016 milhões de pessoas foram para a rua gritando "Fora, Dilma" ou "Fora, PT", sabendo que no lance seguinte Temer iria para o Planalto. Muita gente não fez essa conta ou preferiu não fazê-la. Era o jogo jogado, pois os bois tinham nome. Hoje, o quadro é outro, há o "fora", mas não há o quem.

Nas três grandes crises da segunda metade do século passado, só uma guardou uma semelhança constitucional, quando Getúlio Vargas matou-se e o vice Café Filho assumiu. Nas outras, seis patetas no comando das Forças Armadas decidiram melar o jogo, tentando impedir a posse de João Goulart em 1961 e oito anos depois, defenestrando o vice Pedro Aleixo. Levaram o país para a beira da guerra civil num caso e produziram um período de anarquia militar na outra. Nos dois episódios o defeito era o mesmo, faltava identificar o substituto.

Se a Câmara der licença para que Temer seja processado, assume por seis meses Rodrigo Maia. Ganha uma viagem a Caracas quem for capaz de ir para a rua pedindo "Rodrigo Já". Admitindo-se que Temer seja condenado, o Congresso deveria eleger outro presidente. Volta a pergunta: quem?

O tamanho da crise política e econômica recomendaria o aparecimento de um ou dois nomes. Nada. Temer administrou esse vácuo, cavalgando uma plataforma mambembe de reformas. A da Previdência está baleada. A trabalhista está na frigideira, com a articulação de um novo imposto sindical, capaz de preservar a banda pelega do corporativismo de patrões e empregados. Admita-se, contudo, que essa plataforma seja saudável. Não é pelas reformas que Temer articula sua bancada.

Nela não há um real interesse por mudanças. Pelo contrário, é uma maioria regressista, que busca na permanência de Temer uma vacina contra o prosseguimento da Operação Lava Jato, em defesa do balcão de verbas e do loteamento da máquina do Estado. Tudo deve continuar como está, para estancar a sangria e, se possível, piorar.

A Lava Jato expôs o conluio do andar de cima que faz política com as melhores teorias econômicas e as piores transações de caixa dois.

Nos últimos anos esse mando oligárquico foi alvejado e parecia encurralado. Com a maestria de seus movimentos, o Planalto recompôs a aliança tradicional do atraso, piorando-a. Juntou a Federação das Indústrias de São Paulo, a Confederação Nacional da Indústria, Aécio Neves, mais a tropa de Eduardo Cunha. Tanto é assim que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso manteve-se longe da geleia.

O Temer que substituiu Dilma Rousseff não foi o que a acompanhou na campanha de 2014. O Temer que vier a ser mantido pelo coletivo que formou depois da exposição do grampo de Joesley Batista e da mala de Rodrigo Rocha Loures também será outro. Pior
Andersen Duarte
02/08/2017 07:19
Sr. Herculano

Vamos ver onde e quando vai mudar e melhorar a vida do agricultor em Gaspar, com a criação da Secretaria de Agricultura. Ou será que foi só articulação política para beneficiar candidatos derrotados com altos salários?
Eu acho não vai mudar nada, pois até o incompetente Afonso Hostes tocou referido órgão aos trancos e barrancos.
Esperar para ver.
Sidnei Luis Reinert
02/08/2017 06:43
Vamos dar um pau na Ditadura Tributária?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Michel Temer tem tudo para ser salvo na quarta-feira (ou a qualquer dia e hora que sua base amestrada quiser). O povo brasileiro é quem parece não ter salvação, sob regime Capimunista Rentista do Governo do Crime Institucionalizado. A equipe econômica insiste que aumentar impostos a "única" maneira de cumprir a meta fiscal (com os costumeiros rombos bilionários).
O instrumento mais feroz do Estado-Ladrão gastador contra os brasileiros é o regime de quase cem tributos, taxas, contribuições, fora multas e outras jogadas para tirar dinheiro do cidadão. Estranhamente, o maior paradoxo brasileiro ainda é a quase incapacidade da maioria da população em protestar contra a ditadura tributária. Parece ser um grave e histórico vício da (falta de) cidadania brasileira.
É nojento ouvir o discurso oficial dos governos da União, Estados e Municípios sobre "contenção de gastos". Os poderes executivo, judiciário e legislativo raramente ou quase nunca cumprem a missão básica de eliminar gostos inúteis ou exagerados. Os diversos órgãos de fiscalização, sobretudo os chamados "tribunais de contas", não cumprem sua missão básica e ainda contribuem para a gastança sem fim.
Sem uma Intervenção Constitucional, que promova um choque de transparência e controle direto do cidadão sobre os diversos órgãos da máquina estatal, o Brasil continuará sob regime da ditadura tributária. É este "monstro" que temos o dever de combater imediatamente. A pergunta é: será que vamos fazer isto?
Discutir se Temer vai ou fica é secundário... Ele nem devia ter entrado, mas foi colocado lá por um processo eleitoral claramente fraudado, contra o qual a sociedade brasileira não reclamou. E vamos nos aprontar para o próximo... Coisas do País da Piada Pronta e das Tragédias anunciadas previamente... Até a hora que alguém risque um fósforo e a coisa exploda...
Pedro Paulo
01/08/2017 22:57
A aprovação da reforma administrativa é certamente uma vitória do secretario da fazenda de Carlos Roberto Pereira, que conduziu muito bem esse processo e conseguiu até votos da oposição. Parabéns.
Violeiro de Codó
01/08/2017 20:43
Sr. Herculano:

Sobre o comentário de comparação da vermelha Mariluci ao governo Kleber, mostra que ela percebeu diferença entre este governo e o governo dela, que é tacanho, atrasado, medíocre, por isso estamos no fundo do poço.

Paty Farias
01/08/2017 20:25
Oi, Herculano

Coluna Cláudio Humberto
"PENSANDO BEM...
...após o mensalão e 42 fases da Lava Jato, o PT ainda ignora próprio estatuto e não expulsa qualquer dos corruptos filiados ao partido."

Já visse alguma quadrilha expulsar um meliante "cumpânheiro"?
Nem eu!!!
Erva Doce
01/08/2017 20:09
Herculano, esta foto, com feições sisudas denuncia que alguém morreu.
De quem seria o velório?
Mariazinha Beata
01/08/2017 20:05
Seu Herculano;

"Ciro André Quintino, PMDB, costura no escurinho, um aumento salarial para eles ..."

É que a irmã dele outro dia se estatelou-se no chão na saída da igreja porque arrebentou a chinela.
Vai que ele quer aumento para comprar uma chinela para a coitada.
Bye, bye!
Herculano
01/08/2017 19:55
CÂMARA ABRE CEDO AMANHÃ

Conteúdo da Época Expresso. Texto de Marcelo Rocha, da sucursal de Brasília. A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados divulgou comunicado nesta terça-feira (1º) sobre a sessão que analisará a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer. As portas do plenário serão abertas às 7 horas desta quarta-feira (2) para a formação de fila dos deputados interessados em se inscrever para a discussão da matéria. As inscrições serão liberadas a partir das 9 horas e serão pessoais e intransferíveis. Parlamentares a favor do parecer (que conclui pela não autorização do processo) deverão formar fila do lado direito do plenário. Os contrários, do lado esquerdo.
Herculano
01/08/2017 19:50
BOLSA SOBE PELO 4º DIA ANTES DA VOTAÇÃO DA DENÚNCIA DE TEMER;DóLAR AVANÇA

Conteúdo e texto do jornal Folha de S. Paulo. A Bolsa brasileira conseguiu fechar em alta pela quarta sessão e o dólar registrou leve valorização, após operar a maior parte do pregão em baixa, um dia antes da data marcada para a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva no caso JBS.

O índice Ibovespa, das ações mais negociadas no mercado brasileiro, subiu 0,90%, para 66.516 pontos.

O dólar comercial encerrou o dia com ganho de 0,22%, para R$ 3,126. O dólar à vista, que fecha mais cedo, caiu 0,45%, para R$ 3,114.

Aos poucos o noticiário de Brasília volta a influenciar os mercados de Bolsa e câmbio. A expectativa com a votação desta quarta-feira (2) já deixou os investidores apreensivos nesta sessão, mesmo com a avaliação de que o presidente não terá dificuldade para se manter no cargo.

Governo e oposição ainda têm dúvida sobre conseguir quorum, ou seja, a quantidade mínima de 342 deputados em plenário para iniciar a votação.

"Há uma cautela com o dia de amanhã, uma sinalização de maior preocupação dos investidores", afirma Alexandre Wolwacz, sócio-fundador do Grupo L&S. "Mas o resultado deve ser positivo em termos de decisão. O mercado também reage muito ao otimismo após a queda da taxa de juros", diz.

A Bolsa foi beneficiada pela valorização das ações do Itaú Unibanco, que têm maior peso no Ibovespa. Os papéis do banco subiram 3,16%, após o lucro da instituição financeira subir 10,7% no segundo trimestre, acima das expectativas do mercado.

A alta do Itaú impulsionou outros papéis do setor financeiro. As ações preferenciais do Bradesco avançaram 1,23%, e as ordinárias subiram 0,50%. Os papéis do Banco do Brasil tiveram valorização de 2,09%, as units ?"conjunto de ações?" tiveram ganho de 1,18%.

Ainda no terreno positivo, destaque para o setor de celulose. Os papéis da Suzano tiveram a maior alta do Ibovespa, ao subirem 7,42%. O segundo maior avanço foi registrado pelas ações da Fibria, com alta de 4,17%.

Na ponta negativa, a queda dos preços do petróleo no exterior afetou os papéis da Petrobras. Os papéis preferenciais caíram 1,28%, para R$ 13,12. As ações com direito a voto recuaram 0,87%, para R$ 13,68.

Após a forte valorização de 7,23%, os preços do minério de ferro recuaram 0,19% no exterior. As ações da Vale também devolveram parte dos ganhos do dia anterior. Os papéis preferenciais caíram 0,93%, para R$ 28,90. As ações com direito a voto fecharam em baixa de 0,77%, para R$ 31,06.

D?"LAR

No mercado cambial, o dólar fechou sem uma direção definida no exterior. Das 31 divisas mais importantes, 16 ganharam força em relação ao dólar nesta terça.

O risco-país medido pelo CDS (Credit Default Swap, espécie de seguro contra calote) caiu 1,24%, para 207,3 pontos.

No mercado de juros futuros, os contratos fecharam com sinais opostos. O contrato com vencimento em janeiro de 2018 recuou de 8,265% para 8,235%.

O contrato para janeiro de 2019 passou de 8,100% para 8,070%. Já o contrato com vencimento em janeiro de 2021 avançou de 9,280% para 9,310%.
Herculano
01/08/2017 19:46
A DESCONTRAÇÃO DA FÁBULA LULISTA

Conteúdo de O Antagonista. O despacho de Sérgio Moro de hoje é mais um prego batido para acabar com a fábula do "sítio do amigo".

Por favor, relembrem o que disse Emilio Odebrecht em sua delação: a reforma em Atibaia era para ser uma surpresa de Marisa Letícia a Lula, como forma de celebrar o término do segundo mandato do petista.

Sérgio Moro também aceitou a denúncia contra Roberto Teixeira, advogado e compadre de Lula, que teria atuado para ocultar a propriedade do sítio de Atibaia e o beneficiário das reformas no imóvel.

Segundo o juiz, no caso "não há imunidade quando o próprio advogado se envolve em ilícitos criminais, ainda que a título de assessoramento de seu cliente".
Herculano
01/08/2017 19:43
INSS CONVOCA 55,1 MIL BENEFICIÁRIOS PARA REAVALIAÇÃO PARA AUXILIO-DOENÇA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo.Marcelo Osakabe, O Estado de S.Paulo. O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) convocou nesta terça-feira, 1.º, 55.152 beneficiários que recebem o auxílio-doença e que não foram encontrados pelos Correios a entrar em contato para a reavaliação do proveito. A convocação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Os beneficiários chamados, que tiveram as cartas de convocação retornadas por inconsistência de endereço, têm até cinco dias para entrar em contato com o INSS. Eles precisam passar, novamente, por perícia médica e, caso não respondam ou não compareçam na data agendada, terão o benefício suspenso.

A ação faz parte da operação pente-fino que o instituto faz sobre os benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), até o dia 14, foram realizadas 199.981 perícias, que resultaram em 159.964 auxílios cancelados.

O não comparecimento dos convocados levou ao cancelamento de outros 20.304 benefícios. Ao mesmo tempo, 31.863 segurados tiveram os benefícios convertidos em aposentadoria por invalidez, 1.802 em auxílio-acidente, 1.058 em aposentadoria por invalidez com acréscimo de 25% no valor do benefício e 5.294 pessoas foram encaminhadas para reabilitação profissional.

A economia anual estimada até o momento é de R$ 2,6 bilhões. Ao todo, o MDS calcula que 530.191 benefícios de auxílio-doença serão revisados até setembro. Após esse período, o foco deve se voltar para os cerca de um milhão de aposentados por invalidez que têm menos de 60 anos. O governo tem até dezembro de 2018 para completar essa revisão.
Herculano
01/08/2017 19:38
ZEBRA E ALERTA

Sonia Racy, no Direto na Fonte, do jornal O Estado de S. Paulo, informa: Com escolhidos já na função, CNJ deve anular concurso na Bahia

O CNJ deve anular, ainda hoje, o único concurso para cartório realizado pelo Tribunal de Justiça da Bahia. Motivo: o próprio tribunal alterou, na reta final da seleção, uma norma que definia a equação para se obter a nota final.

Detalhe crucial: os candidatos selecionados já estão em atividade nos cartórios? desde janeiro.

A ação está em pauta para a sessão presencial desta tarde. Quando o caso ainda estava na sessão virtual, já havia onze votos para anular o concurso? e só dois contra.
Herculano
01/08/2017 19:34
CERCADO PELA JUSTIÇA, LULA VIROU ESTORVO DO PT, por Josias de Souza

Freguês de caderneta da Lava Jato, Lula foi enviado pela terceira vez ao banco dos réus nesta terça-feira. O juiz Sergio Moro aceitou a denúncia da Procuradoria no caso do sítio de Atibaia. A novidade ganhou as manchetes um dia depois de um encontro de Lula com dirigentes do PT para tratar de 2018. O réu defendeu na reunião a tese segundo a qual o partido deve restringir o número de candidatos a governador, privilegiando a disputa por cadeiras no Congresso.

Lula soou assim: "O partido tem que decidir se a pessoa merece ser candidata. Às vezes, a pessoa decide e impõe sua candidatura. Nessas eleições a gente vai ter que pensar. Tem Estado que a gente vai ter candidato a governador, mas tem Estado que é melhor a gente não ter." Beleza. Mas o pajé do PT faria um favor aos companheiros se decidisse até quando pretende ser o estorvo que impede a legenda de colocar em pé um Plano B.

Com uma condenação de 9 anos e meio de cadeia nas costas, Lula sabe que pode retirar o PT da sucessão federal se insistir em fazer de sua candidatura um cavalho de batalha. Tornando-se um candidato sub judice, meterá o partido numa aposta arriscada. Os petistas se arriscam a ficar na posição da personagem de Lília Cabral na novela das nove. Apostadora compulsiva, ela perde no jogo o dinheiro e até o carro que a levaria de volta para casa. O PT já deixou a alma sobre o pano verde. Acorrentado a Lula, corre o risco de ficar a pé.
Joaquim Massaneiro
01/08/2017 14:24
O deputado Peniche, se declara indeciso quanto a votar a favor ou contra Temer. Quem acredita nisso?
Aposto que vai se acovardar e vai se ausentar do plenário.
Herculano
01/08/2017 13:15
PMDB FECHADO

O presidente nacional do PMDB, Romero Jucá, acaba de anunciar que o partido fechou questão para livrar no plenário da Câmara, o presidente da República, Michel Temer, PMDB, de ser processado no Supremo Tribunal Federal.

1. Tantos dias para fazer um anúncio destes? Seria óbvio e natural.

2. Mesmo assim, amanhã, se houver a votação na Câmara vai se conhecer o que é realmente PMDB fechado às questões cruciais para o partido, a governabilidade e a estabilidade econômica, incluindo a Reforma da Previdência.
Herculano
01/08/2017 13:02
Ao Marcos

Realmente a Audiência foi realizada as 19h, mudada na última hora e sem divulgação. Olha só o que diz a resolução publicada no próprio site da Câmara no dia primeiro de agosto.

RESOLUÇÃO Nº 56/2017
Autoriza a realização de audiência pública para apresentação do projeto de Lei nº 33/2017, que "Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício de 2018 e dá outras providências".

A Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Gaspar, no uso das atribuições contidas no art. 39, incisos I e VIII, da Lei Orgânica do Município,

CONSIDERANDO o Ofício Interno nº 151/2017, originário da Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização, solicitando a realização de Audiência Pública no dia 10/8/2017, às 16h, no recinto do Plenário da Edilidade, sobre o Projeto de Lei nº 33/2017, que "Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício de 2018 e dá outras providências";

RESOLVE:

Art. 1º Fica autorizada a realização de Audiência Pública no dia 10/8/2017, às 16h, no Plenário da Câmara de Vereadores de Gaspar, com a finalidade de se efetivar a apresentação do Projeto de Lei nº 33/2017, que "Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício de 2018 e dá outras providências".

Art. 2º Fica autorizada a realização de despesas, inclusive a expedição de convites e publicação junto ao Diário Oficial dos Municípios, para a efetivação da Audiência Pública a que se refere o artigo 1º desta Resolução.

Art. 3º Disponibilize-se à Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização, os equipamentos solicitados via Ofício Interno nº 151/2017.

Art. 4º A presente Resolução entra em vigor nesta data.

Gabinete da Presidência, 12 de julho de 2017.

MESA DIRETORA

Ciro André Quintino Silvio Cleffi

Vereador - Presidente Vereador - Vice-Presidente

Rui Carlos Deschamps Cícero Giovane Amaro

Vereador - Primeiro Secretário Vereador - Segundo Secretário
Marcos
01/08/2017 12:48
Sr. Herculano,

Referente a audiência pública realizada em julho para tratar do PPA, embora eu não tenha participado, mas recebi convite, esta foi marcada para as 19h e não 16h como mencionado. Logo, muito pertinente a observação feita pelo Vereador Francisco Solano Anhaia
Herculano
01/08/2017 12:44
OS CAMINHONEIROS ESTÃO PROTESTANDO CONTRA O AUMENTO DOS IMPOSTOS NOS COMBUSTÍVEIS.

ESTÃO CERTOS, CERTÍSSIMOS.

ESTE AUMENTO NOS AFETA DIRETAMENTE, PRINCIPALMENTE PARA OS MAIS POBRES E ATÉ PARA OS QUE NÃO CONSOMEM UM MILILITRO DE COMBUSTÍVEL.

O FRETE AUMENTA. OS PRODUTOS TRANSPORTADOS AUMENTAM NA PRATELEIRA PARA TODOS. DIMINUI O NOSSO DINHEIRO NO BOLSO QUE VAI PARA O GOVERNO PAGAR A FARRA DOS POLÍTICOS QUE PEDEM VOTOS PARA O POVO COM O ARGUMENTO DE QUE OS REPRESENTARÃO NO SEU INTERESSE.

MAS QUEM É CULPADO? O GOVERNO? CERTAMENTE!

ENTRETANTO, QUEM ENCALACROU O GOVERNO? OS POLÍTICOS, OS PARLAMENTARES (DEPUTADOS FEDERAIS E SENADORES). ELES NÃO APROVAM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E DÃO INCENTIVOS FISCAIS E PERDÕES AOS EMPRESÁRIOS DE IMPOSTOS JÁ RECOLHIDOS DOS CIDADÃOS.

SE FALTA DINHEIRO NO GOVERNO, VEM MAIS IMPOSTO DO POVO, ISTO SEM FALAR QUE OS SERVIDORES PÚBLICOS VEM RECEBENDO AUMENTO QUANDO MUITOS TRABALHADORES DA INICIATIVA PRIVADA FORAM DESEMPREGADOS OU TIVERAM ACHATAMENTO SALARIAL.

E NÃO PARA AI. AGORA, EM PLENA CRISE E INFLAÇÃO BAIXÍSSIMA, PROMOTORES PÚBLICOS QUEREM AUMENTO DE 16% E JUÍZES DE 41%. É S?" COMEÇO DE NOVO CICLO DA FARRA.

E DE ONDE VAI SAIR ESSES AUMENTOS QUE VIRÃO SOB PRESSÃO E MOBILIZAÇÃO CORPORATIVA? DE MAIS IMPOSTOS PAGOS POR CIDADÃOS - RICOS OU POBRES, DESEMPREGADOS - EM TUDO QUE CONSOME, INCLUSIVE COMBUSTÍVEIS.

SE OS IMPOSTOS ESTÃO AUMENTANDO, A CULPA É DOS NOSSOS REPRESENTANTES NA CÂMARA E SENADO. ELES PEDEM VOTOS DO POVO QUE REPRESENTA 95% DOS ELEITORES, MAS CRIAM PRIVILÉGIOS PARA 5% DESSES ELEITORES: FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS QUE TÊM UMA MÁQUINA SINDICAL DE FORTE PRESSÃO E COM APOIO DA MÍDIA QUE SE NEGA ESCLARECER ESTE ASSUNTO E EXPOR OS POLÍTICOS DE DUAS CARAS: UMA NA ELEIÇÃO E OUTRA DEPOIS DE ELEITO. WAKE UP, BRAZIL!
Herculano
01/08/2017 11:01
HOJE É DIA DE SESSÃO DA CÂMARA, ATÉ AS 11 HORAS QUANDO FOI EDITADA ESTA COLUNA, O ARQUIVO DA PAUTA NÃO ABRIA NO SITE DA CÂMARA.

ESTRANHO. NELA ESTÁ A VOTAÇÃO DA REFORMA ADMINISTRATIVA.TRANSPARÊNCIA? SOMENTE A CONVENIENTE PROPAGANDA ATÉ PARA SIMPLES INDICAÇÕES DO PRESIDENTE, CIRO ANDRÉ QUINTINO, PMDB, COMO A ESTÁ "SUGERINDO" CRIAR MAIS TETAS NO GOVERNO COM A TAL SUPERINTENDÊNCIA DO SUL DE GASPAR
Herculano
01/08/2017 10:52
O PROTESTO

O suplente de vereador de Gaspar, Lelo Piava, DEM, escreveu na sua rede social:

Você que reclama do Lula, Temer e cia, acorde, porque debaixo do seu nariz, sai cada uma...

É hoje que a vergonheira acontece em Gaspar. Vão aprovar a reforma administrativa dobrando os gastos do município. Cadê as justificativas? Quais são os planos para aumentar a arrecadação e cobrir isso?

E quem irá aprovar isso já são cartas marcadas dr. Silvio,Ciro, Moura Vando Andrietti, Júnior Hostins, Franciele Back, Chico Anhaia. Quero morder a minha língua.

Enquanto isso a população vai pagar a conta desses arranjos e desarranjos, das promessas políticas...

...Se é para chegar assim, nem quero. #Acorda meu povo.

Em tempo: Lelo não estará na sessão para conferir o resultado. É horário de trabalho dele. Os políticos agradecem. Acorda, Gaspar!
Herculano
01/08/2017 10:33
O ESTADO DE ESPÍRITO DA POPULAÇÃO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

O Brasil vive profunda angústia e perplexidade por ter descoberto a falência de uma proposta populista que afundou o País

O Ibope divulgou na semana passada o resultado de uma nova pesquisa de opinião realizada a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI), sobre "as eleições, o comportamento do consumidor, a política e a economia do País, entre outros temas". Nenhum dado novo ou surpreendente foi apresentado, mas algumas informações reveladas pelo instituto de pesquisa ensejam uma análise mais cuidadosa.

O presidente Michel Temer continua com alto índice de desaprovação popular. De acordo com a pesquisa, apenas 5% dos brasileiros consideram seu governo "ótimo" ou "bom". Para 70% dos entrevistados, o governo é "ruim" ou "péssimo". E para 21%, apenas "regular". Questionados se confiavam ou não no presidente da República, apenas 10% dos entrevistados disseram que sim.

O resultado negativo já era esperado porque a pesquisa foi feita em meio ao debate no Congresso acerca da admissibilidade da denúncia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro oferecida contra o presidente Michel Temer pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tendo como base, exclusivamente, o conteúdo da delação mais do que premiada do sr. Joesley Batista, um dos controladores da J&F e criminoso confesso.

Além disso, o período de tomada das opiniões coincide com a divulgação dos estudos da equipe econômica sobre o aumento de impostos sobre os combustíveis ?" o que, de fato, ocorreu no último dia 20 ?" como uma das medidas de ajuste para o cumprimento da meta fiscal.

Também não se pode perder de vista que a impopularidade do presidente Michel Temer é resultado das fundamentais medidas de ajuste fiscal para recuperar um país completamente quebrado por sua antecessora. Justamente por não ser candidato a qualquer cargo nas eleições de 2018, Temer pode se dedicar a uma agenda de reconstrução absolutamente necessária.

A reversão do quadro de recessão econômica sem precedentes na história recente impõe a tomada de decisões duras, não raro impopulares, como o referido aumento de impostos, a revisão de investimentos, o contingenciamento de despesas e, sobretudo, a aprovação das reformas trabalhista, já sancionada, e previdenciária, em discussão no Congresso.

A pesquisa Ibope/CNI revela muito mais o estado de desencanto dos brasileiros com a política em geral do que opiniões refletidas a partir da análise de dados objetivos, que mostram que há um processo de recuperação em andamento no País.

Pela primeira vez desde 2013, a taxa básica de juros caiu para um patamar abaixo de 10% ao ano, sendo fixada em 9,25% na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Entretanto, curiosamente, ao serem questionados pelo Ibope sobre a atuação do governo em relação à taxa de juros, 84% dos pesquisados disseram desaprová-la.

O mesmo porcentual de desaprovação foi observado em relação às ações de combate ao desemprego. A mais recente pesquisa do IBGE mostrou o primeiro recuo da taxa de desemprego desde 2012.

O resultado também é paradoxal no quesito referente às ações de combate à inflação, projetada em 3,6% para este ano e abaixo, portanto, da meta de 4,5%. A maioria dos pesquisados ?" 77% ?" disse desaprovar as ações do governo para reduzir a inflação.

A atuação de Michel Temer no combate à violência urbana também foi objeto da pesquisa Ibope/CNI. Para 84% dos entrevistados as ações do governo federal são insuficientes para a redução dos índices de criminalidade. O fato de a responsabilidade pela segurança pública ser dos governadores dos Estados passou ao largo do discernimento de pesquisadores e pesquisados.

A irritação da sociedade é compreensível diante da vasta sucessão de desvios morais e financeiros que são revelados dia sim, outro também. O Brasil vive momento de profunda angústia e perplexidade por ter descoberto na própria carne a catastrófica falência de uma proposta populista que afundou o País na desesperança do crescimento, na desilusão da política e no pântano moral da corrupção. O ceticismo e a descrença marcam hoje as reações dos brasileiros, antes tão cheios de esperanças.

Talvez seja para esse importante tema que os institutos de pesquisa devam dirigir suas consultas.
Herculano
01/08/2017 10:30
INACREDITÁVEL

A colunista Sonia Racy, do jornal O Estado de s. Paulo, escreve, hoje. Juízes pedem 41,3% de aumento a Cármen Lúcia. Representantes da Anamatra, Ajufe e AMB foram à ministra Cármen Lúcia pedir que ela inclua na proposta orçamentária do Supremo aumento para a? magistratura.

Entendem que existem perdas acumuladas em relação aos subsídios para remuneração dos membros do Poder Judiciário, criados em 1998 por emenda constitucional.

Outro país

Por que Cármen Lúcia? É hoje função de presidentes do STF ?" emenda constitucional de 2003 ?" fixar esses subsídios.

O pedido? Por perdas acumuladas? 41,3%.
Herculano
01/08/2017 10:26
PóS-JOESLEY, PROCURADORES E JANOT TENTAM USAR LULA E AÉCIO PARA LAVAR REPUTAÇÃO DA LAVA JATO, por Reinaldo Azevedo

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reduziu a cinzas a reputação da Lava Jato ao celebrar aquele acordo com Joesley Batista. E não é que o dito-cujo seja incompreensível para os simples e para os leigos, como é a presunção de inocência, por exemplo. Não! É inaceitável também, ou muito especialmente, para quem conhece as leis. Estão em curso várias ações que buscam recuperar parte ao menos da credibilidade perdida. É difícil. Parece que esse ser mitológico não voa mais.

É uma pena, já escrevi aqui. Poderíamos ter iniciado um caminho virtuoso de combate à corrupção, que passaria, inclusive, por mudanças legislativas graduais, por uma nova compreensão do Estado e de seus entes e por uma redefinição da relação do capital privado com o Estado. Ainda podemos, como país, fazer tudo isso. Mas, hoje, a Lava-Jato e suas estrelas atrapalham. Explico.

Esta segunda-feira foi um bom exemplo do destrambelhamento que toma conta da Procuradoria-Geral da República e da Força-Tarefa propriamente. Resta cristalino, evidente, escandaloso até, que o Ministério Público Federal quer usar o ex-presidente Lula e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) para fazer proselitismo, não para fazer Justiça. E isso, em certa medida, é uma espécie de sentença moral de morte que Janot e os procuradores decretam contra a operação.

Resta inegável que Lula e Aécio são os dois nomes políticos mais graúdos sob investigação ou já sob a ação da Justiça. Um era o prócer do regime que criou o petrolão; o outro, o seu principal opositor - quando caiu nas malhas da operação ao menos. Janot, por incrível que pareça, sem que tenha surgido um miserável fato novo, resolveu pedir, atenção!, pela terceira vez!, a prisão do senador. E pelos mesmos motivos antes rejeitados por Edson Fachin, quando o caso estava na Segunda Turma, e Marco Aurélio, agora que está na Primeira.

Em decisão exemplar, Marco Aurélio observou que não estão dadas as condições que permitem a prisão preventiva de um senador: não foi preso em flagrante por crime inafiançável. Que se note: só o flagrante não basta. Ainda que os crimes de que o acusa Janot tenham sido cometidos ?" e não entrarei no mérito para que reste pura a questão técnica ?", inafiançáveis não seriam.

Não é Marco Aurélio que quer assim, mas o Parágrafo 2º do Artigo 53 da Constituição. Apelando a uma interpretação capenga da lei, Janot topa, no entanto, trocar a preventiva por medidas cautelares, o que implicaria o afastamento de Aécio de seu mandato: tornozeleira eletrônica, prisão domiciliar, proibição de falar com outros investigados. Mas esperem: segundo o Parágrafo 1º do Artigo 283 do Código de Processo Penal, as medidas cautelares, previstas no Artigo 319, não se aplicam à infração a que não couber, originalmente, pena de prisão. Como demonstrado está que Aécio não poderia ser preso, o resto não faz sentido.

Não agem melhor os procuradores que contestam a pena imposta por Sérgio Moro a Lula e a outros implicados no tal caso do tríplex. Tudo soa um pouco ridículo, mas o valor da multa pedida pelos doutores é de trincar catedrais. Moro já aplicou por um suposto benefício irregular de R$ 2,2 milhões uma pena pecuniária de R$ 16 milhões. Os doutores acham pouco e querem R$ 87,6 milhões. Também pedem aumento do tempo de prisão. A presunção, no fim das contas, é que assim deve ser porque Lula exerceria papel de comando. Mas isso, reitero, está em outro processo: diz respeito ao inquérito que está no STF.

Pior: para pedir tais agravamentos, os procuradores citam contratos de consórcios integrados pela OAS com a Petrobras. Ocorre que, ao responder aos embargos de declaração, Moro já declarou que não os levou em conta, embora os tenha usado como referência para aplicar a multa. De novo, como fiz com Aécio, não entro no mérito: é razoável que se peça uma multa de R$ 87,6 milhões por um suposto ganho ilegal de R$ 2,2 milhões?

Janot e os procuradores tentam salvar a cara da Lava Jato jogando a massa contra os políticos. Não vai adiantar. Hoje, eles também são vítimas do espírito que ajudaram a criar.

Outras iniciativas
E não se tenta apelar apenas ao populismo judicial, não! Entrevistas estão sendo concedidas às pencas, num esforço de mobilizar as ruas.

A verdade é uma só: enquanto o ex-maior bandido do Brasil, Joesley Batista, estiver solto por aí, os brasileiros hão de lembrar que, no país, o crime compensa, especialmente quando um criminoso inigualável se depara com Deus na forma de um procurador-geral, que decide quem vive e quem morre no Brasil.

Sim, parcelas consideráveis repudiam hoje a política e quase todos os políticos. Têm um justo ódio da corrupção. Mas também desconfiam, ainda que não preencham com estas palavras tal desconfiança, que a Lava Jato não buscava exatamente punir bandidos, mas fazer política.

Ah, sim: no papel do Altíssimo, Janot é bem mais generoso do que o Senhor bíblico: aquele acenava com o reino dos Céus, depois da morte. O procurador-geral garante o paraíso na Terra: no iate, em Nova York, na China?

Não há lugar ruim para um ex-criminoso abençoado por Janot
Herculano
01/08/2017 10:19
O BRASIL NA UTI POR CAUSA DOS DEPUTADOS E SENADORES DA BASE DO GOVERNO MICHEL TEMER, PMDB. ELES NÃO APROVAM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA QUE TIRA O PRIVILÉGIOS DE SERVIDORES DE ALTOS SALÁRIOS E QUE SE APOSENTAM CEDO E COMEM O DINHEIRO DOS PESADOS IMPOSTOS QUE ESTÁ FALTANDO À SAÚDE, SEGURANÇA, EDUCAÇÃO E OBRAS

SEM RECEITA, MEIRELLES ADMITE QUE ESTUDA MUDAR META FISCAL DE 2017. MAIS IMPOSTOS E SACRIFÍCIOS PARA O POVO ENQUANTO OS PARLAMENTARES CONCEDEM MAIS BENEFÍCIOS PARA ELES PRóPRIOS COMO O BILIONÁRIO FUNDO PARTIDÁRIO E ISENÇÕES PARA EMPRESÁRIOS QUE NÃO REPASSARAM EM DIA AO GOVERNO, OS IMPOSTOS QUE COBRARAM DOS CONSUMIDORES

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Lais Alegretti, da sucursal de Brasília. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a meta fiscal de um deficit de R$ 139 bilhões nas contas deste ano está mantida "no momento", mas admitiu nesta segunda-feira (31) que o assunto está em análise pela equipe econômica do presidente Michel Temer.

Nos bastidores, conforme mostrou a Folha, integrantes do Palácio do Planalto e dos ministérios da Fazenda e do Planejamento reconhecem que pode ser necessário aumentar essa previsão de deficit até 31 de agosto ?"data-limite para a apresentação do projeto de lei orçamentária do ano que vem.

"Em relação à questão da meta fiscal, estamos analisando o assunto. No momento, a meta anunciada será seguida. Mas, de novo, estamos monitorando todos os fatores da economia, a evolução da arrecadação", afirmou, acrescentando que houve uma grande queda na arrecadação de tributos.

Meirelles argumentou que o governo deve priorizar a transparência nas contas públicas. "Vamos aguardar a evolução da arrecadação. Acreditamos que pode haver recuperação grande da arrecadação, mas temos que fazer o que for melhor para transparência e aumento da confiança na economia brasileira", disse.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou no sábado (29) a possibilidade de o governo rever a meta fiscal de 2017.

"A minha posição é que a meta fiscal fique onde está. Não é correto gerar mais [R$] 30, 40, 50 bilhões de gastos para a população pagar", escreveu em mensagem postada nas redes sociais no último domingo (30). A alteração da meta depende de aprovação do Congresso Nacional
Herculano
01/08/2017 10:09
GOVERNO ESTIMA ATÉ 286 VOTOS CONTRA DENÚNCIA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

O governo contabiliza neste momento um mínimo de 252 votos, segundo líderes partidários, e um máximo de 286 votos, pelos cálculos da Casa Civil da Presidência, contrários à aprovação no plenário da Câmara da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer. São necessários 342 dos 513 deputados para autorizar o Supremo Tribunal Federal (STF) a investigar Temer.

MAIS VINTE VOTOS
O governo acha que conquistou metade de 40 deputados indecisos que se reuniram nesta segunda (31) com líderes e ministros de Temer.

INCREDULIDADE
A oposição custa a acreditar que existam tantos deputados governistas dispostos a apoiar Temer de viva voz, na votação desta quarta (2),

FALTOU FOCO
Durante o recesso, enquanto o governo articulava dia e noite votos pró-Temer, líderes de oposição preferiram curtir a folga de duas semanas.

ACUSAÇÃO GRAVE
A PGR alega que era para Temer a mala de dinheiro da JBS entregue a Rocha Loures (PMDB-PR). A defesa diz é uma ilação e não há prova.

ATÉ O LÍDER DO PT RECEBEU EMENDA: R$9 MILHÕES
O fato de os deputados hiperoposicionistas Júlio Delgado (PSB-MG) e Carlos Zarattini (SP), líder do PT, terem recebido emendas parlamentares milionárias seria "a maior prova" de que o governo não se utiliza dessas liberações para aliciar votos na Câmara, segundo o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), vice-líder do governo. Júlio Delgado levou R$6 milhões. Carlos Zarattini, bem mais: R$9 milhões.

MAIS QUE GOVERNISTA
Perondi afirma que tanto Júlio Delgado quanto Carlos Zarattini conseguiram empenhar mais emendas que ele, vice-líder do governo.

A TEORIA, NA PRÁTICA...
Fontes do governo garantem que também foram liberadas emendas de outros hiperoposicionistas, como Alexandre Molon (Rede-RJ).

DILMA, A RECORDISTA
Para tentar barrar o impeachment, Dilma liberou R$3,2 bilhões em emendas, mas só para quem a apoiava. Temer liberou R$1,8 bilhão.

COVARDIA À BRASILEIRA
A nota do Itamaraty sobre a "constituinte" venezuelana foi um primor de covardia. Tinha a obrigação de ser mais enfático que Argentina e EUA, não reconhecendo a eleição de domingo, além de adotar represálias comerciais. O Itamaraty ainda não se livrou da influência bolivariana.

APOIO VERGONHOSO
O jornal espanhol El País, um dos maiores do mundo, chamou o apoio de Lula, Dilma e Gleisi Hoffmann ao pelanco de tirano Nicolás Maduro, na Venezuela, "a página mais vergonhosa da história do PT".

PELAS BEIRADAS
Candidatíssimo a presidente, o prefeito paulistano João Dória articula títulos de Cidadão no Nordeste, para consolidar seu nome País afora. A próxima é a entrega da honraria em Campina Grande (PB).

PALAVRA DE LÍDER
Líder do PR na Câmara, o deputado José Alves Rocha (BA) estima 32 votos do seu partido favoráveis à aprovação do relatório aprovado na CCJ, que recomenda o sobrestamento da denúncia contra Temer.

CANSEI
O governador do Acre, Tião Viana (PT), vai abandonar a política no fim do mandato, em 2018, dizem seus aliados. Pretende se dedicar à vida acadêmica, trabalhando numa universidade privada do Estado.

MERCADO SABE DAS COISAS
O mercado às vezes é sábio: em 2009, ficou aflito com a escolha de Aldemir Bendine para presidir o Banco do Brasil, por isso suas ações caíram 11% em um só dia. Temia-se o pior. Não deu outra.

FUNDO DO POÇO
Segundo o site "Ranking dos Políticos", o petista mais bem avaliado entre os 625 parlamentares é o senador Jorge Vianna (AC), na 435ª posição. Além dele, mais sete do PT, todos abaixo da posição 500.

LANTERNA PETISTA
O petista mais mal avaliado, que também é o penúltimo na lista geral dos 625 parlamentares avaliados pelo site "Ranking dos Políticos", é o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), na 624ª colocação.

PENSANDO BEM...
...após o mensalão e 42 fases da Lava Jato, o PT ainda ignora próprio estatuto e não expulsa qualquer dos corruptos filiados ao partido.
Herculano
01/08/2017 10:04
CONTAR OU NÃO CONTAR AO AMIGO ENGANADO, EIS A QUESTÃO, por João Pereira Coutinho, sociólogo e escritor português, no jornal Folha de S. Paulo

Parece coisa de filme: estar na hora errada, no lugar errado. Ou, para os otimistas, estar na hora certa, no lugar certo. Não sou um otimista.

O dia era promissor: dormi até tarde, fui nadar, almocei com os jornais. E já tinha bilhetes para assistir ao concerto de Woody Allen e sua banda de jazz no Coliseu de Lisboa.

Quando abandonava o restaurante, a namorada de um amigo era beijada por um estranho com intensidade cinematográfica no canto da sala. Instintivamente, pensei que fosse abuso: cavalheiro como sou, avancei para salvar a donzela.

A donzela não precisava ser salva. Eu, sim: quando me viu, desviou o olhar como se não me conhecesse de lado algum e continuou a conversa. Ela sabia que eu sabia que ela sabia, e blá blá blá.

Caminhando pela calçada, repeti a célebre questão do príncipe da Dinamarca: contar ou não contar ao amigo enganado, eis a questão.

Procurei ajuda. Partilhei a revelação com a minha mulher, que logo aconselhou: entre amigos verdadeiros, há conversas verdadeiras. Hipocondríaco que sou, procurei logo uma segunda opinião.

"Não sejas louco", aconselhou-me um amigo em comum. A vida dos outros não é da nossa conta. E a mentira tem pavio curto. "Ele que abra os olhos", eis a sentença implacável.

Como o burro de Buridan, fiquei no meio da ponte. Seria fácil esquecer o assunto se o casal vivesse na China. Azar. Vivemos na mesma cidade e havia um jantar combinado para o sábado seguinte.

Fomos. Ela abriu a porta, cumprimentou-nos e, no meu caso, até perguntou: "Está mais magro ou é impressão minha?".

Eu, com queda para o drama, respondi: "Tenho dormido mal".

Claro que tenho dormido mal. "Não pratica esporte com regularidade", sentenciou o meu amigo, que me apertou os ossos da mão com uma vitalidade obscena. Primeiro pensamento: ela não contou. Segundo pensamento: e agora?.

Vieram as primeiras bebidas. Falei pouco. Eles falaram bastante: as férias em agosto, problemas com os pais dele, um filme qualquer de um diretor qualquer. Eu olhava para ele (com compaixão) e depois para ela (com estupefacção).

Quando nos preparávamos para o jantar, ela fez-me um sinal para falarmos a sós na cozinha. Sorri. Ainda há esperança no mundo?

"Não digas nada", começou a donzela, "mas estive a pensar no presente surpresa para o aniversário dele." O mundo não merece a minha esperança.

O jantar foi tenso. Para mim, não para eles. Estranharam o meu silêncio, pontuado por monossílabos hostis. Ele, para quebrar a modorra, perguntou pelas minhas leituras. "Que tem lido, doutorzinho?"

Com voz áspera, o doutorzinho respondeu: "Os clássicos". E acrescentou, no mesmo tom: "'Anna Kariênina', 'Madame Bovary', 'O Amante de Lady Chatterley'...". Depois, olhei para ela: "Vocês sabem do que estou a falar".

Sabiam e concordaram. "Os clássicos não envelhecem", disse ele, em lamentável clichê. "É como a infidelidade", disse eu. "Exatamente", disse ela, rindo.

Depois do jantar, houve um momento em que fiquei a sós com ele. A oportunidade surgiu com um comentário ("passa-se alguma coisa contigo?"), mas logo desapareceu com a minha covardia ("cansaço, só cansaço."). A conversa ficou por ali.

Regressei para casa com uma fúria sufocada. "Esquece o assunto", aconselhou-me a patroa. Esqueci.

Mentira, claro. Nessa mesma noite, escrevi um e-mail com as entranhas: que a amizade era importante para mim; que a honestidade também; que a minha consciência era uma "puta exigente" e outros melodramas de folhetim. Contei-lhe a verdade.

Recebi silêncio como resposta. Respeitei. Passou quase um mês. Voltei a dormir como um anjo.

Ontem, o dia era promissor: acordei tarde, fui nadar, mudei de restaurante. Quando me sentei à mesa, o sangue parou e congelou: o maldito casal pagava a conta à minha frente.

Levantei-me, aproximei-me e desabafei: "Ainda bem que acabou a farsa, Patrícia".

Ela olhou para mim ?"primeiro com espanto, depois com um sorriso caridoso?" e respondeu com uma pergunta: "O senhor não estaria me confundindo com a minha irmã?
Herculano
01/08/2017 10:01
OTIMISTA, TEMER AGE PARA EVITAR VITóRIA MIXURUCA, por Josias de Souza

A impressão de que Michel Temer se encaminha para celebrar o arquivamento da denúncia que o acusa de corrupção é real. Mas o otimismo do Planalto está escorado numa realidade incompleta. Às vésperas da votação no plenário da Câmara, o presidente ainda se esforça para evitar um triunfo à moda do rei Pirro. O personagem derrotou os romanos na célebre batalha de Ásculo. Porém, amargou tantas baixas em seu Exército que teria exclamado: Outra vitória como esta será a minha ruína!

A autorização para que o Supremo Tribunal Federal dê sequência à denúncia contra Temer requer dois terços dos votos da Câmara. Isso equivale a 342 votos. O presidente precisa que apenas 172 deputados votem a seu favor ou se ausentem da sessão para impedir que seus rivais alcancem o número mágico. Mas para evitar que o sepultamento da denúncia se converta numa "Vitória de Pirro", Temer teria de levar ao painel eletrônico da Câmara algo próximo de 300 votos. Por ora, estima que dispõe de cerca de 250. E tenta cooptar o restante.

No ano passado, o governo contabilizava 411 aliados na Câmara. Desde que Temer foi alvejado pela delação da JBS, a máquina estatal foi colocada a serviço do acobertamento da corrupção que a Procuradoria grudou no presidente. O Planalto levou às fronteiras do paroxismo a velha tática de distribuir verbas e cargos. Mandou às favas o recato. Se depois de tudo isso Temer sobreviver com uma tropa mixuruca, seu êxito mal se distinguirá de uma derrota.

Primo de Alexandre, o Grande, o rei Pirro amealhou no século 3º a.C. uma fama de militar valoroso. Entretanto, acabou expulso da península itálica. E passou à história como símbolo de vitórias com sabor de derrota. Temer costuma vangloriar-se de suas habilidades de articulador político. O balcão escancarado anabolizou-lhe o talento. Com uma segunda denúncia da Procuradoria da República no forno, um placar pírrico manteria o pescoço de Temer na guilhotina.
Herculano
01/08/2017 09:58
VENEZUELA SERVE COMO TESTE DE CARÁTER NA POLÍTICA BRASILEIRA, por Joel Pinheiro da Fonseca, economista e filósofo, no jornal Folha de S. Paulo.

A Venezuela serve como um teste de caráter na política brasileira. Se alguém defende o regime Maduro, pode ter certeza: essa pessoa nutre as piores e menos democráticas intenções para o Brasil.

Maduro preside a fase terminal do chavismo, num espetáculo deprimente de pauperização, degeneração institucional e violência. Com inflação que deve superar os 1.000% este ano, produção em queda livre, pobreza em ascensão, falta de alimentos, emigração em massa e dezenas de opositores mortos, a última desculpa para os abusos do governo cai por terra: não é pelo social; é pelo poder.

É o resultado previsível de um programa insustentável. As conquistas sociais de Chávez nada mais foram que usar os ganhos extraordinários do petróleo (cujo preço estava alto) para financiar políticas de transferência de renda. Nisso, aproveitou para submeter todas as instituições do país ao Poder Executivo, cercear a mídia, amordaçar a oposição e estatizar a economia.

Minou a capacidade produtiva do país e tornou os serviços públicos reféns dos altos e baixos do mercado internacional. Quando o preço do petróleo caiu, o sonho acabou. Com as instituições tomadas pelo chavismo, a economia em frangalhos e a violência em alta, é difícil vislumbrar uma saída.

A Assembleia Constituinte agora eleita é um golpe de Maduro para anular o Congresso, que lhe faz oposição. As regras foram feitas sob medida para favorecer o regime: pequenas comunidades rurais têm o mesmo peso que grandes centros urbanos, que é onde reside a maior parte da oposição. Isso sem falar no um terço das vagas reservadas para "grupos sociais" selecionados a dedo.

O esquema vem revestido da retórica mistificadora da soberania popular. Quem seria contra deixar o povo escolher? Invariavelmente, a exaltação ufanista da democracia sem lei serve à concentração do poder nas mãos de um só. Isso passa longe da democracia de verdade, que depende de divisão de poderes e de regras claras, constantes e não pautadas pela expediência política.

É lamentável ver partidos como PT e PSOL apoiando o governo Maduro. O PT é o cabeça da corrupção nacional. O PSOL é, até onde sabemos, limpo nesse front. Agora ambos se mostram unidos num intento ainda pior que a corrupção: a aspiração totalitária, ou seja, o uso oportunista das massas para alavancar o poder total de um pequeno grupo.

Felizmente, o Brasil difere da América hispânica. Não temos Chávez nem Maduro, Perón nem Kirchner; nem muito menos Fidel. Conosco, o deboche sempre falou mais alto que a devoção. A percepção generalizada da corrupção nos mantém realistas: sabemos que, por trás da propaganda, todo líder é demasiado humano. Onde nossos vizinhos fazem a hagiografia de seus heróis, nossa história funciona melhor como chanchada.

Somos individualistas demais para nos sacrificarmos em prol de um projeto de poder alheio; é uma de nossas virtudes. Gratidão e ternura para com um líder? Sim, na medida em que esperamos ganhar com ele. Disposição para lutar nas ruas, cortar relações pessoais com opositores? Jamais. E se se achar muito acima da carne seca, que caia no chão.

Por isso, não acredito que o Brasil viverá o pesadelo venezuelano. Mas fiquemos alertas: não falta quem queira tentar.

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