05/07/2017
A PROPAGANDA DESALMADA I
Ontem pela manhã, o secretário de Assistência Social de Gaspar, Ernesto Hostin, PSC, foi à rádio CBN Notícias, de Blumenau, ocupar o espaço comercial a quem tem direito lá. Ajudado pela entrevistadora escada, Ernesto foi lá dizer que estava terminado mais uma “campanha” para a arrecadação de quatro mil peças de roupas (incluindo lençóis, cobertores e cobertas) para distribuir aos necessitados daqui e ajudá-los a suportar os rigores do inverno. Um sucesso, segundo ele. Todavia, é pouco e nem este é o foco de um secretário da Assistência Social, numa cidade cheia de problemas nesta área, sendo Gaspar um dormitório de Blumenau. Qualquer entidade daqui e até mesmo as igrejas, incluindo as de denominação evangélicas da qual o secretário faz parte, mobilizadas e de forma voluntária, fariam igual ou melhor na performance. Não era necessário usar a caríssima estrutura da Secretaria. paga com os nossos pesados impostos, para arrecadar quatro mil peças de roupas, a maior parte delas usadas, para distribuir aos infelicitados pela sorte e oportunidades, fazendo ainda por cima, política partidária no gesto de distribuição, antes da caridade que mascara o pedido, o ato e o resultado nesses casos.
A PROPAGANDA DESALMADA II
Lá pelas tantas da entrevista marota, Ernesto se orgulhou de ter já tirado famílias e moradores debaixo das nossas pontes do Centro, deixadas lá pela desassistência social petista de Pedro Celso Zuchi. Ontem, segundo Ernesto informou, esse procedimento foi feito com o último dos moradores. Orgulho do que? Seis meses para uma operação aparentemente simples. E só foi feita nos últimos dias porque o secretário e a secretaria sofreram uma saraivada de questionamentos neste assunto na Câmara e aqui neste espaço? A propaganda é a alma do negócio, mas no governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, parece que a propaganda é feita exatamente para expor a carcaça desalmada, o que está desajustado, o que se atrasa. E não é de hoje. Quem mesmo é que cuida da comunicação e imagem desse governo? Amigos, curiosos, incompetentes ou adversários infiltrados?
A PROPAGANDA DESALMADA III
Sobre a apropriação indevida da verba de quase R$ 5 milhões que tirou do Fundo da Infância e Adolescência de Gaspar, Ernesto, o religioso, o cordeiro de Kleber, nada falou, também nada lhe foi perguntado no programa comercial escamoteado de jornalismo na rádio de Blumenau. Ernesto só não acabou com a obrigação da prefeitura em participar obrigatoriamente do Fundo com no mínimo de 1% da arrecadação municipal, porque esta coluna, o MInistério Público que cuida da Moralidade Pública, bem como o que cuida dos assuntos da Criança e Juventude, os vereadores, parte da população. Todos agiram e se indignaram contra esta impropriedade esperta de Ernesto, Kleber e Luiz Carlos para descobrir os vulneráveis, menores, aumentar o caixa para a farra pública, e depois “oferecer” cobertores doados pelos cidadãos para lhes cobrir do frio proposital. Não vou me alongar contra outros assuntos em curso e todos contra esses menores desassistidos pela Assistência Social e que será m motivo de outros comentários....E para completar, quem estava lá com o Ernesto na rádio de Blumenau para fazer dupla e dizer que também tem parte de responsabilidade nestas quatro mil peças de roupas arrecadadas? O coordenador da Defesa Civil daqui, o bombeiro militar Rafael Araújo Freitas.
A PROPAGANDA DESALMADA IV
Ou seja, Rafael ao invés de vender à recuperação de uma área vital e inexistente no governo passado (já comentei isso exaustivamente e não vou repeti-los), a Indefesa Civil, mas preferiu se associar a algo que todos sabem ser um cabideiro de emprego do prefeito a um amigo e ex-assessor, sem qualificação e conhecimento específico da área. Este fato já deu o que falar na cidade. Ainda bem que sobre Rafael, ainda pesa sobre ele, a áurea de um entendido no assunto. Rafael foi designado para ter áurea própria. Entretanto, escolhendo as bengalas para apoiá-lo como Ernesto, logo se descobrirá que lhe faltará apoio ou que não possui essa áurea técnica. Aliás, sobre o Rafael, ainda prefiro lhe dar a segunda chance. E para isso, recupero um comentário que estava guardado há semanas no arquivo, esperando à oportunidade. E ele próprio a permitiu.
A (IN)DEFESA CIVIL DE GASPAR I
O coordenador da Defesa Civil de Gaspar, o bombeiro militar Rafael Araújo Freitas, questionou-me há semanas (quando das ameaças de enchentes) à razão pela qual eu chamo a coordenadoria que ele toca de Indefesa Civil. Pediu-me para denomina-la, o que classificou de correta nas minhas notas, como Defesa Civil. Mas, conversa vai, conversa vem, concluímos que o que ele recebeu como herança do governo de Pedro Celso Zuchi, PT, não tinha nada a ver com Defesa Civil. Era algo nominado pomposamente para apenas dar autoridade à uma dissimulação que empregava amigos e familiares do poder de plantão da época. Ora se não há sequer o tal mapas das cotas, se não se sabe as ruas e imóveis que são invadidos nas referidas cotas em Gaspar, se não há um plano organizado de evacuação e mobilidade emergencial para enchentes e outras catástrofes, do que se está querendo se falar e designar como defesa coletiva dos civis de Gaspar? Então vamos por partes, pois andor, ainda é de barro (e podre).
(IN)DEFESA CIVIL DE GASPAR II
Rafael, todavia, tem toda a razão quando me diz que não foi ele quem criou esse quadro. Ele herdou depois de oito anos de governo petista. Entretanto, é e será Rafael responsável enquanto coordenador, o único técnico pelas reais possibilidades de revertê-lo. E quando fizer isso, a Indefesa Civil passará a ser Defesa Civil, tendo ela como missão comum, a proteção da sociedade num ambiente público, bem como coordenadora recursos, profissionais, ações e voluntários em situação dos estados emergências, sejam eles quais forem. Na língua portuguesa, na maioria dos casos, e este é o caso, o prefixo “in” significa à negação do sentido da palavra ao qual o prefixo precede. Ou seja, (in)defesa civil, e neste caso não usual na própria língua, tem o sentido de negar e ao mesmo tempo, por liberdade literária (ou linguística!) e até jornalística, chamar à atenção para um fato grave no setor público e a consequente desproteção que isso causa na sociedade que depende e a sustenta. É assim que se faz quando invoco alguns como “Acorda, Gaspar!”, “Samae Inundado”, “Loteamento das Casinhas de Plástico”, “Ilhota em Chamas”, Wake up, Brazil!”...
(IN)DEFESA CIVIL DE GASPAR III
Já relatei numa antiga coluna feita especialmente para o portal Cruzeiro do Vale, que houve progressos entre a primeira e a segunda ameaças de enchentes neste ano em Gaspar, principalmente no que tange à democratização da informação. Contudo, é pouco, falta muito ou quase tudo, ainda se avançou. É, verdadeiramente, também reconheço, desafiador. Os planos de Rafael, um técnico e não um mero curioso professor de educação física como tínhamos no passado, são, teoricamente, consistentes. Mas, à sua avaliação será, unicamente, prática, no dia da enchente, da enxurrada, do vendaval, do deslizamento, da catástrofe. As emergências e as catástrofes são reais, circunstanciais, diferentes entre si e locais, além de imprevisíveis. E Rafael como bombeiro militar que é, sabe do que escrevo.
(IN)DEFESA CIVIL DE GASPAR IV
As cotas de enchentes, segundo ele revelou, serão prioridades, ufa! Credibilidade delas é outra coisa que precisa ser verificada. Há outras ideias óbvias que Rafael quer ver implementadas. Entre elas, a de treinar os voluntários, assim como incutir nas escolas municipais, estaduais e particulares da cidade à consciência voluntária e atitudes diante das catástrofes que se avizinham como cotidianas nesta mudança climática global. Tem tudo para ser uma Defesa Civil de verdade, ao lado de outras que são exemplos como Blumenau, Brusque, Rio do Sul e Itajaí, a quem ele diz que vai se espelhar. Qualquer uma, é, por enquanto, muito, mas muito melhor do que do que Gaspar é atualmente. Tudo isso demandará tempo, autonomia técnica (sem interferência de curiosos e políticos o que em Gaspar é algo raro, infelizmente), respeito e compreensão dos gestores públicos da sua importância para a sociedade como um todo. Um ponto Rafael possui em relação aos demais: o prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, já foi bombeiro voluntário e em tese deve saber que o que Rafael faz, representa para a comunidade. Mesmo assim, eu continuarei vigilante “olhando a maré”, num assunto essencial para a prevenção, para a conscientização, para salvar vidas e patrimônio, e para mitigar danos econômicos que possam comprometer a arrecadação, o futuro e o desenvolvimento da cidade. Vou ver se a indefesa civil terá capacidade para chegar a Defesa Civil. Acorda, Gaspar!
Limpeza. Os cargos de confiança ou comissionados da secretaria de Saúde de Gaspar, depois da saída da secretária de Saúde, Dilene Jahn de Mello, já estão quase todos modificados. Desta vez quem saiu foi Thiago Guimarães Silva, do cargo em comissão de Médico Regulador.
Quem passou integrar o Conselho Municipal de Saúde foram Maria Bernardete Tomazzini, secretária de saúde; Luiz Carlos Schmitt, diretor administrativo. Rubiana Azambuja Proença Becker, Diretora-Geral de Controle Avaliação, Regulação e Auditoria; e Arnaldo Gonçalves Munhoz Júnior, Supervisor de Atenção Básica.
Ilhota em chamas I. Na semana que vem a prefeitura de ilhota vai às compras e não será pouco. Começa na terça-feira e vai até quinta-feira.
Ilhota em chamas II. No dia 11, a prefeitura vai ao pregão para comprar até R$ 2.539.833,00 (ulalá) em tubos, meio fio e lajotas. Pelo jeito, não vai ter rua sem calçamento em ilhota. Em tempo: sobre aquele serviço de porco onde se perde pedras e meio fio na estrada do Baú, e feito na administração de Daniel Christina Bosi, PSD, nada se falou até agora.
Ilhota em chamas III. E como o material não pode ser amontoado, no dia seguinte, mais outro pregão. Desta vez, agora vai? Desta vez para mão-de-obra para assentamento e reforma da pavimentação em lajotas bem como de meio- fios. Quando a prefeitura vai gastar? R$839.900,00.
Ilhota em chamas IV. E para completar, e demonstrar que os cofres estão cheios, na quinta-feira o pregão será carros, utilitários, van e caminhões. Tudo vai custar R$1.268.682,98.
Ilhota em chamas V. E qual a justificativa do prefeito Érico de Oliveira, PMDB? “Para dar maior autonomia e celeridade aos trabalhos desenvolvidos pela prefeitura municipal e suas secretarias”, como se isso não fosse possível com aluguéis. O que se compra hoje, amanhã e mais cedo do que qualquer outra atividade, está sucateada nos pátios para serem vendidos como sucatas, depois de deixarem milhares de reais dos pesados impostos nas oficinas nas tais manutenções emergenciais.
Ilhota em chamas VI. Serão comprados cinco carros de passeios de R$44.503,33 cada um; um sedam de R$104.907,00 (ulalá); dois utilitários de dois lugares de R$62.776,33 cada um; uma van de 16 lugares por R$172.373.33 e dois caminhões 6x4, por R$321.666,67 cada um (quantos seis!).
Ilhota em chamas VII. Ah! E não para aí. Também vai se comprar duas caçambas basculantes para suprir a demanda da secretaria de obras e serviços urbanos do município. Cada uma vai custar, R$39.666,67 (novamente, quantos seis! Tem algum significado?).
Ilhota em chamas VIII. Enquanto isso, a prefeitura está retirando R$4 mil do Orçamento da Iluminação Pública para aplicar na manutenção de estradas. Também está se mexendo e permitindo o remanejamento em até R$ 200 mil no Fundo Municipal de Saúde.
Ilhota em chamas IX. Já ontem, a prefeitura fez o registro de preços para eventual locação de ônibus para suprir a necessidade do transporte escolar no município.
Jonelde Bianchi Damo, foi demitida do cargo em comissão como Diretora de Captação de Recursos, da Secretaria Municipal de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil de Gaspar. Captadora de Recursos? Eu, heim! Como abundam nomenclaturas sofisticadas para justificar os cabides nos empregos públicos e seus grupos de apoio. Acorda, Gaspar!
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