Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

06/03/2017

O FEDOR DO LIXO DE GASPAR I
O tempo sempre é senhor da razão. Vira e mexe, a minha alma é lavada com a confissão dos meus detratores. Sob este título bem conhecido dos gasparenses “O fedor do lixo de Gaspar” escrevi várias vezes aqui sobre um mesmo tema cheio de dúvidas e contradições. Entretanto, na coluna do dia 18 de outubro do ano passado (uma terça-feira e por isso comentário só circulou no portal Cruzeiro do Vale) escrevi quatro nota.Foi um dia após a empresa Transólidos iniciar o seu trabalho em Gaspar. Vou reproduzir abaixo, apenas as duas primeiras notas. Elas estão super atualizadas. Após, então, acrescento uma nova conclusão e que substitui às orginais daquela coluna.

O FEDOR DO LIXO DE GASPAR II
Um leitor, plenamente identificado por mim, escreveu no sábado [15 de outubro] na área de comentários da coluna líder de acessos no portal do jornal Cruzeiro do Vale. “Por que o lixo de Gaspar é tão interessante para Curitiba? Há muitos anos atrás, ainda quando esta coluna era blog, e que depois foi invadida, já se falava em lixo. Em uma licitação que este nobre colunista mostrou, o vencedor antes mesmo da abertura dos envelopes, criou-se a Say Muller, onde o presidente da Samae ainda era o Careca [Lovídio Carlos Bertoldi, recém candidato a prefeito pelo PT]. Agora em uma tomada de preços emergencial, meio que na surdina como em outros tempos, voltou a ser de Curitiba a empresa que ganhou. Naquela época só os caminhões é que vieram de lá. Resgata isso nobre colunista”, pede o meu leitor, lembrando que o fedor deste assunto é antigo, desafia à lógica, e ninguém consegue por a mão e esclarecer tudo o que aparentemente está cheio de dúvidas.

O FEDOR DO LIXO DE GASPAR II
Minutos depois, os leitores puderam ler a minha resposta ao leitor indignado. “Em Gaspar, todos, inclusive os que assumirão o poder, sabem quem são os ‘donos’ do lixo de Gaspar e como isso funciona. Já escrevi sobre isso. Várias vezes e como você bem lembra, há quase oito anos. O que fazia um vereador [eleito] de Blumenau, patrocinador de uma campanha [aqui], atuando de forma discreta - seu modo de operação - num lobby interpartidário para se aprovar na Câmara o projeto de concessão de 40 anos do lixo, sem emendas alguma, do jeito como o PT mandou para lá? Todos por dinheiro, que não faltou na campanha [eleitoral, apesar das restrições legais]. Lixo. Se o candidato que você apoiou não lhe esclareceu ainda - e não seja esse o motivo da sua indignação -, pergunta a ele a razão dele conhecer tão bem o caminho de Brusque. Lixo. Isso fede há muito e não há tolos nesse negócio. Só podres. Acorda, Gaspar!”

O FEDOR DO LIXO DE GASPAR III
Depois de reler o que escrevi outubro do ano passado, volto a fevereiro de 2017. Trocou-se o PT, PDT e PCdoB pelo PMDB e PP. E o que isso significa? Muito e nada, ao mesmo tempo. Os problemas, as dúvidas e à falta de transparência continuam as mesmas sobre alguns negócios públicos. Estamos na metade do contrato de emergência de 180 dias da coleta de lixo domiciliar em Gaspar e próximo à uma nova licitação. O que apareceu na segunda Vara da Comarca de Gaspar? A cidadã Gisleine Reinert, questionando o edital e as estranhas dispensas de exigências concedidas à Transólidos. Mas, só agora? Este assunto lixo já provocou várias reuniões no Samae, inclusive com fornecedores tradicionais. Há uma reviravolta em curso. O ex-vice-prefeito de Blumenau, ex-presidente da Câmara de lá, o vereador Jovino Cardoso, PSD, evangélico, e cliente do advogado Carlos Roberto Pereira, em rumoroso caso de cassação por lá no ano passado, passou mais uma vez esta semana em Gaspar. Desta vez não fez segredos. Estava acompanhado de Sulamita Lemos (gerente da Recicle e ligada ao sócio Sérgio Hang). E até aproveitaram para tomar um cafezinho na padaria Pão de Mel. E para quem duvida, a lei que dá a concessão do lixo em Gaspar de iniciativa de Pedro Celso Zuchi, PT, foi feita sob medida, como já escrevi e esclareci na época em que este assunto tramitou na Câmara de Gaspar. Por isso, ninguém quer o azar metido nessa história.

O FEDOR DO LIXO DE GASPAR IV
Para lembrar e encerrar: a Transólidos, de Curitiba, assumiu a coleta emergencialmente no dia 17 de outubro do ano passado. Ela substitui a Say Muller Serviços, de Gaspar, criada do nada – literalmente - no governo petista para enfrentar a Recicle d que vinha de um contrato esticado à época do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PMDB(depois PSB e PPS). O reinado de sucessivas emergências e do contrato principal da Say Muller, expirou. A Transólidos assumiu com dispensa de licitação, por menor preço para os serviços de coleta e transbordo de resíduos sólidos domiciliares e de repartições públicas que deposita na Recicle. A Transólidos se propôs cobrar R$158,66 por tonelada de lixo recolhido. Na competição, em segundo lugar ficou a Ecsam Serviços Ambientais, com R$165,22, a tonelada. Em terceiro ficou a Say Muller Serviços Ltda., com R$165,91. E em último, ficou a Decorli Materiais de Acabamento Ltda., também de Gaspar, com R$168,66 por tonelada. O que se questiona na Justiça? Os compromissos mínimos e que não estariam sendo cumpridos ou que foram “dispensados” pelo Samae, mas que constavam do edital. Agora, a Justiça vai conhecer e julgar mais esta pendenga. Como se vê, tudo jogo de interesses de cachorro grande. Desta vez, e por enquanto, não usaram o Ministério Público, para fazer o serviço de retirar de cena os que incomodam. Acorda, Gaspar!

SAMAE INUNDADO I
O mais longevo dos vereadores (seis vezes consecutivamente eleito vereador) José Hilário Melato, PP, quer agora que esqueçam esse considerável currículo e o considere apenas um grande executivo e que nunca foi, como base à sua indicação à presidência do Samae. E a todo momento, como venho registrando, dá sinais claros desse incômodo. Melato acaba de dar mais uma prova que possui dificuldades para lidar com a crise – uma habilidade básica de um executivo de verdade. Diante da reiterada falta de água em alguns pontos da cidade e à falta de explicação disso acontecer de uma hora para outra; depois de ler aqui de que os seus argumentos não tinham fundamentos lógicos e técnicos, Melato passou ação: vai caçar as bruxas, trazer mais amigos de confiança para a administração do Samae, pois acha que os que estão lá, podem estar lhe traindo ou são fracos (?).

SAMAE INUNDADO II
Melato também anunciou via a imprensa amiga, economia e controle. Boa. Eu o apoio, integralmente. Ufa! Contudo, político, regra geral, não é afeito à economia. E Melato não é diferente. Basta ver o passado. Pois foi na gestão ou sob a influência de Melato que a Câmara de Gaspar aumentou o número de vereadores; que criou as assessorias parlamentares que possuem prazo para serem regularizadas, uma exigência do Ministério Público que cuida da Moralidade Pública e que para isso, estão se criando novos cargos efetivos na Câmara , ou seja, mais despesas; foi Melato aumentou, criou ou ajudou na aprovação de inúmeras regalias para os funcionários, como aquela em que se pode no primeiro dia de janeiro, receber antecipada a gratificação de final de ano. Então...

SAMAE INUNDADO III
Outra. Melato, presidente, erro exatamente o foco do Samae em tempo de crise. O controle é necessário sim, mas hoje e para o futuro, o mais importante é ter água – o principal produto de venda e sobrevivência do Samae – aos moradores de Gaspar. Mais. O que Melato chama de controle? Entre outras coisas descobrir quem estaria passando as informações para esta coluna? Com qual objetivo? Possivelmente para intimidar, impedir, punir, perseguir. Era só o que faltava! Um executivo de verdade, como Pedro Parente que esgtá na Petrobrás, viria a público, orientado, convicto e diria: “peguei uma autarquia que está produzindo menos água do que é necessário e para solução num prazo x vamos investir xy que dará segurança de abastecimento para os próximos 20 anos”, por exemplo. Criaria uma página no site do Samae e disponibilizaria todas as informações para a comunidade sobre os problemas com causas, soluções e prazos comprometidos. Afinal o Samae é público e a transparência é uma obrigação dele e do gestor com a comunidade. Todavia, como Melato contratou uma assessora de imprensa só porque pertence ao ambiente que elegeu Kleber Edson Wan Dall, o “executivo” vira refém da inanição, da fofoca e das desculpas. Por enquanto, a assessora é peça decorativa. Uma mera, fazedora press releases diante de um site rudimentar.

SAMAE INUNDADO III
O problema de abastecimento de água potável em Gaspar é grave e exige um gerenciamento no curto prazo, bem como um planejado investimento no médio e curto prazos, se o governo de Kleber não quiser ter mais desgastes neste assunto. Como já registrei na coluna de sexta-feira, não precisa ser um executivo para dar solução mágica, pois até aqui, o Samae foi tocado por leigos que se saíram razoavelmente bem. Eles, todavia, eram comandados por gente que sabia o que queria e mais do que isso, sabia que água é algo sensível aos eleitores. Quer ver o que aconteceu na semana passada? O bairro Bela Vista – e os pontos atendidos pela ETA II – ficou vulnerável o tempo todo. Apesar de ter trabalhado o tempo todo ao pico, a ETA II não conseguiu colocar água tratada no reservatório para o nível de segurança. Pior, com medo de que as queixas daquela região se avolumassem, a solução encontrada pelos técnicos foi a todo momento a de reverter o registro para mandar água do Centro para lá. Acorda, Gaspar!

TRANSPARÊNCIA ZERO DO SAMAE DE GASPAR I
Quem percorre o quase decorativo site do Samae de Gaspar – tem até uma tal de TV SAmae voltada para a promoção propagandista - é capaz de acessar o Portal Transparência da Agir – Agência Intermunicipal de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos do Médio Vale do Itajaí - e que está integrado ao site do Samae. Entretanto não consegue acessar o Portal Transparência da autarquia de Gaspar e a que ela está submetida pela lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Ela cria mecanismos para tornar efetivo esse direito previsto na Constituição. Onde está disposta a estrutura, os decretos, as portarias, as resoluções, as publicações oficiais do Samae de Gaspar, os contratos para a consulta da sociedade? É apenas acessível, as licitações e mesmo assim, um rastreador de vírus diz que ele possui problemas.

TRANSPARÊNCIA ZERO DO SAMAE DE GASPAR II
Como as coisas são de fachadas neste campo da transparência pública! Tratam-nos como imbecis ou intrometidos, naquilo que é sustentado pelos pesados impostos do cidadão ou à contrapartida de serviços numa autarquia pública e que deve prestação de contas ao público. No site do Samae de Gaspar há uma tal Missão, Visão e Valores. Decorativos. São descritos como Valores do Samae: Legalidade (como assim, se o que é obrigatório por lei não é atendido?); Qualidade; Responsabilidade Sócio-Ambiental; Respeito (como assim, se não aclara os seus atos?); Transparência (sem comentários) e Cooperação. Esta incoerência mostra que os agentes públicos e os políticos, sejam de quais partidos se abriguem, na sua maioria, vivem da propaganda enganosa e sob a vara das promotorias públicas. Esses políticos e gestores sabem das suas obrigações, mas desafiam-nas permanentemente naquilo que é o mínimo para com a comunidade. O que eles têm a esconder? Se não possuem nada a esconder, dão a entender. Acorda, Gaspar!

O RETRATO DO PSDB DE GASPAR
O senador Dalírio Beber (centro) veio a Gaspar anunciar verbas empenhadas ou em vias de, para a cidade. Nas contas do PSDB, elas somam R$590 mil da bancada tucana catarinense desde o final de 2016. Esta é a foto festiva feita pela assessoria da prefeitura pois o PSDB não possui comunicação e não explorou o encontro que promoveu no gabinete do prefeito Kleber Edson Wan Dall, onde conferiram os projetos e às respectivas aplicações. Festiva? O retrato, retrata perfeitamente o PSDB de Gaspar. Ele sempre foi um filhote bastardo do PMDB. Por isso, possui muitas dificuldades de deixar de ser nanico por aqui e ter autonomia. Está devidamente instrumentalizado. E uma parte ponderável está em cima do muro, como convém a um bom tucano. O PSDB de Gaspar é pressionado e até comandado por prepostos com outros interesses que se instalaram no diretório ou na suposta militância do PSDB. Do lado esquerdo está o presidente tucano em Gaspar, o advogado Renato Nicolletti; ao lado dele, Andreia Symone Zimmermann Nagel, a ex-candidata derrotada do partido e que veio do DEM. Na outra ponta da foto, está Luciano Coradini, vice do diretório tucano, com a vereadora Franciele Daiane Back, a única vereadora eleita em outubro passado depois de algumas legislaturas, abraçada ao prefeito peemedebista, o seu regente e tutor.

ILHOTA EM CHAMAS I
O Ministério Público da Comarca de Gaspar e que cuida da Moralidade Pública editou três portarias mandando instaurar inquéritos civis públicos e que atingem a administração do ex-prefeito Daniel Christian Bosi, PSD. O primeiro deles é sobre o projeto de lei 15/2015 que buscava autorização para suplementar os créditos orçamentários destinados ao Ilhotaprev no valor de R$569.468,94. Detalhe. A LOA de 2014, estimou receitas de R$1.366.000,00 para uma despesa anual de apenas R$140.000,00 no Ilhotaprev. Como este assunto veio parar nesta coluna e a Câmara pediu mais informações sobre o assunto, o ex-prefeito recuou e retirou o Projeto de Lei. Não mandou mais nada. Ora, se antes era preciso suplementar os créditos, por que depois desistiu de tal operação? Não havia necessidade? Ou contabilmente há alguma criatividade não explicada? Afinal, o Ilhotaprev é patrimônio dos funcionários públicos municipais de Ilhota e o MP que cuida da Moralidade Pública está agindo na proteção desse patrimônio.

ILHOTA EM CHAMAS II
As outras duas portarias assinadas e que constituíram o inquérito pela promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon tentarão esclarecer desvio de funções de servidores públicos. Uma delas dá conta que o ex-prefeito Daniel nomeou Rafael Fernandes Pereira para o cargo comissionado de Chefe de Divisão na secretaria de Educação. Consta que ele nunca teria exercido a função. Sempre esteve lotado na área administrativa. A outra é bem conhecida dos leitores e leitoras. Ela foi relatada aqui na coluna no ano passado. A funcionária concursada em Gaspar, Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos, foi requerida em 2013, sem vencimentos em Gaspar, para trabalhar em Ilhota num cargo em comissão como Diretora de Departamento. Mas, isso não aconteceu. Ela foi contratada como empregada pública. A denúncia partiu da Câmara de Vereadores.

FAKE NEWS I
Na coluna da sexta-feira passada e escrita especialmente para o jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação em Gaspar e Ilhota e o de maior credibilidade, relatei como os políticos do PMDB de Gaspar, quando no poder tentaram intimidar, prejudicar e até desacreditar o jornal. Chegaram até a criar um jornal concorrente para chamar de seu e com ele, mostrar versões fantasiosas da administração que faziam. Mostrei que isso não resolveu o problema contra as dúvidas administrativas, da falta de transparência e jogos dos que estavam no poder. Ao contrário, os políticos – como aconteceu com Henrique VIII - perderam para si próprios. Se há 40 ou 30 anos atrás tudo já era complicado, hoje é pior com as redes sociais. O que o jornal, a tevê, o portal e a rádio escondem ou mudam em benefício do poder de plantão, as redes sociais e o whatsapp esclarecem, provam, em detalhes miúdos. E quem fica mal e desacreditado além do político ou gestor público? O veículo que foi negligente, preguiçoso e não fez a sua parte, o que dourou a pílula criando uma falsa notícia ou uma “verdade” a título de amizade, ideologia, medo e principalmente paga (e com dinheiro público, o que é pior). O PT é a maior vítima dessa nova mídia. Mas, Gaspar não está sozinha. Aqui apenas é mais constrangedor devido à proximidade de todos, às influências dos supostos poderosos nas instituições por aparentados ou interesses pouco éticos.

FAKE NEWS II
Esta é uma história que se repete continuadamente em todos os locais, inclusive nos Estados Unidos (para não falar de Brasil onde os grandes veículos que mesmo sendo chamados de Partido da Imprensa Golpista, derrotaram a rede alternativa paga pelo governo petista e conhecida como esgotosfera). Nos Estados Unidos, a imprensa e o livre pensar é um pilar da democracia e da República. Mas, o presidente Donald Trump, republicano, conservador, acostumado a mandar e ser obedecido, sem experiência política, sem entender ainda o que significa direito, estado, abriu uma guerra frontal contra a grande imprensa que a chamou de “Fake News” (Notícia Falsa). Jogou lenha num momento delicado pelo qual passa a instituição jornal, como um produto de papel e que vê o digital tomando conta do espaço tradicional, numa velocidade tão espetacular, que não permitiu às adaptações mercado, refletindo, por consequência, crise na saúde financeira de todos. Trump decidiu velar quem estava reconhecidamente doente fisicamente, mas não na idoneidade.

FAKE NEWS III
O que aconteceu? A tática de Donald Trump teve um efeito contrário. Os jornais como New York Times (principalmente), Washington Post e Wall Street Journal (e há ainda uma lista de outros jornais, portais e tevês, incluindo a poderosa CNN), aumentaram as assinaturas eletrônicas como numa antes se viu. Mais, estes três jornais WYT, WP e WSJ investiram e reforçaram as suas equipes de repórteres investigativos e colunistas analistas para responder ao presidente e os seus leitores e leitoras, ou seja, consumidores, com um ainda melhor produto. O público norte americano preferiu não ficar na mão do seu presidente mesmo que ele possa estar certo, mas preferiu fortalecer o contrapeso. E foi a tal Fake News que já produziu a primeira baixa do governo Trump com denúncias consistentes. E virão mais outras. Trump apenas com o seu golpe para continuar no palanque depois das eleições e talvez proporcionar alguma vingança à cobertura eleitoral, acaba de aprimorar a armadilha que vai lhe deixar mais vigiado do que antes. E para finalizar. Os programas humorísticos das grandes redes de TV dos Estados Unidos com CBS, ABC e NBC já têm um personagem preferido: Donald Trump. Seus personagens, mostram que o rei está nú. E a morna audiência, disparou. Concluindo: esses políticos não se emendam e não se atualizam. Estamos no século 21, o da transparência. Acorda, Gaspar!

O PREFEITO ESTÁ PLANTANDO FLORES I
O prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, de Gaspar, e o seu vice, Luiz Carlos Spengler Filho, PP foram os grandes ausentes da audiência pública que a Câmara fez na semana passada na Capela Santa Catarina, no Belchior Baixo, Distrito do Belchior. Era para discutir o medo da comunidade com as recentes fugas de presidiários perigosos da então vendida como exemplar e segura penitenciária de Blumenau, e que fica colada ao bairro. Kleber preferiu plantar flores, criando uma cidade jardim, como se nela, não houvesse ervas daninhas para serem expurgadas e espinhos para serem desviados ou recolhidos. Todos os argumentos de bastidores se desmontam. Vamos aos principais.

O PREFEITO ESTÁ PLANTANDO FLORES II
Ah, mas o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, fazia o mesmo. Opa! Então Kleber, o PMDB, PP e o poder de plantão vão dar razão ao que me negam? Ou seja, que não existe diferença entre o PT e o PMDB? Hum! Outra: mas segurança pública não é do prefeito. Pode até ser. Mas, quem está reclamando dela são os cidadãos gasparenses e o prefeito, é o primeiro representante dos cidadãos da cidade. Então, Kleber está se negando a ser representante dos gasparenses num assunto tão crucial? Eu não vou polemizar agora, mas voltarei ao assunto. Se segurança pública não é um assunto do prefeito, por que esse tema estava em toda a campanha eleitoral e no plano de governo? Outra. Segurança pública não é apenas sinônimo de forças policiais, mas de prevenção. E uma delas é a de deixar as vias públicas iluminadas, como bem lembrou ou líder comunitário Paulo Filippus, que foi candidato a vereador pelo DEM. Ele enumerou várias ruas do Distrito do Belchior com esse crônico problema. Grave. E este sim de obrigação municipal, assim como as roçadas nas beiras das estrada que podem esconder armadilhas a qualquer momento para roubos, assaltos, violência sexual e mesmo para fugas dos evadidos da penitenciária.

O PREFEITO ESTÁ PLANTANDO FLORES III
Ah, mas a audiência foi uma armadilha do PT e PDT. Foi? Taí mais uma razão para estar lá e desarmá-la, liderar o seu povo nas iniciativas, esclarecê-lo e não deixá-lo sob a tutela da esperteza. Kleber teve a oportunidade para ocupar o espaço, liderar o processo, aproveitar a bola levantada pelo PT e PDT (que são a mesma coisa), chutar ou neutralizá-la. Não foi capaz. Não enxergou uma oportunidade. Preferiu se omitir, como fez durante quatro anos quando esteve empregado na ADR à espera da época para ser candidato. Quem mesmo orienta Kleber? O doutor Carlos Roberto Pereira, a mulher Leila, um pastor, o motorista, o pescador? Então agora quem vai falar em nome dos que estão com medo no Belchior com o governo do estado onde o PMDB é vice e fazer palanque para 2018 e preparatório para 2020? É o PT, o PDT, a deputada Ana Paula Lima e o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, representante do deputado Décio Neri de Lima? Parabéns aos iluminados da nova administração de Gaspar. Acorda, Gaspar!

O PT ENSINA I
O PT de Gaspar, junto com o seu espelho, o PDT, acabam de dar mais uma vez lições de oportunidade e oportunismo. A fuga de presos perigosíssimos e de forma assustadoramente fácil da recém-inaugurada penitenciária de Blumenau, tida como modelo e segura, motivou uma audiência pública no bairro do Belchior Baixo. Foi na quinta-feira. Já comentei esse assunto na mesma quinta à noite e ampliei na sexta-feira, na área de comentários da coluna na internet, a mais acessada do portal Cruzeiro do Vale. E bombou. E o PT e o PDT formuladores da audiência estavam lá em peso liderados pela deputada estadual, Ana Paula Lima, do PT de Blumenau que manda no daqui e pelo ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, agora assessor parlamentar do deputado Federal Décio Neri de Lima, que diz que está de muda para o PDT. Parecia uma reunião do Orçamento Participativo petista. O que isto significa? Que o PT está em campanha e já fez o primeiro comício. E haverá muitos outros. E se não houver contestação, vai ser açúcar no mel.

O PT ENSINA II
O prefeito Kleber Edson Wan Dall faltou. O vice Luiz Carlos Spengler Filho, PP, faltou. Só não faltou o presidente da Câmara, Ciro André Quintino, PMDB, que por vias transversas, patrocinava o encontro pedido pelos vereadores Rui Deschamps, PT e Roberto Procópio de Souza, PDT. Por falta de alguém que pudesse representar os interesses do povo do Belchior na Assembleia e no governo do estado, Ana Paula Lima, foi a bem indicada. E por que? Porque os que podem votos aqui e prometem defender a comunidade estavam mais uma vez ausentes. Entre eles, os deputados Jean Jackson Kuhlmann, PSD, Ismael dos Santos, PSD e ligado à igreja e ao voto evangélico, ou Aldo Schneider, PMDB, vice da Assembleia, todos do Vale do Itajaí, mais uma vez estavam ausentes. Ou que possuem forte esquemas em Gaspar como Dirce Heidercheit, a queridinha do PMDB no poder, José Milton Schaeffer e João Amim, os queridinhos do PP no poder, ou Serafim Venzon, PSDB, também não deram as caras. Resumindo: todos querem os bandidos presos, mas não os querem perto das suas casas. Os políticos precisam de votos. E eles percebem esses jogos hipócritas. Uns adotam os temerosos, mas nunca solucionam o problema de verdade, apenas usufruem com promessas. Outros se omitem. E o PT é um expert na adoção por conta da omissão dos demais. Acorda, Gaspar!

MUITA SEDE
A prefeitura de Gaspar comprando por até R$25.149,90 de água engarrafada para o Gabinete do Prefeito e Vice-Prefeito – Superintendência do Belchior; Procuradoria Geral do Município - Coordenadoria Municipal de Defesa do Consumidor (Procon); Secretaria Municipal de Administração e Gestão; Corpo de Bombeiro Militar de Gaspar; Policia Militar; Diretoria de Trânsito – Ditran; Fundação Municipal de Esportes, Turismo, Cultura e Lazer; Secretaria Municipal Desenvolvimento Econômico e Renda – Superintendência de Agricultura e Aquicultura; Secretaria Municipal de Obras de Serviços Urbanos; Secretaria Municipal de Saúde; Secretaria Municipal de Assistência Social; e Secretaria Municipal de Educação. Na cotação 1.933 galões de 20l (vasilhame da prefeitura) ao máximo de R$9,98 cada; 99 (com vasilhame do fornecedor) a R$24,86; 227 fardos com 12 unidades de 500ml a R$14,06 cada fardo e 14 fardos de seis unidades de 1,5l ao máximo de R$14,70 cada.

TRAPICHE


Uma pergunta sem resposta. Quem vai pagar os prejuízos dos gasparenses nas vias elevadas e que terão que ser refeitas em Gaspar como mostrei na terça-feira passada? Mais uma vez os pagadores de pesados impostos ou os tais “executivos” gestores públicos e políticos que as fizeram erradas?

A todo gás. A prefeitura de Gaspar vai comprar até R$ 235.316,08 para a estrutura municipal além da Policia Militar e Bombeiros. Serão 398 cargas de GLP de 13kg ao máximo de R$53,44 e outras 849 de 45kg a R$241,08, além de 17 botijões de 13 kg a R$ 171,52 e 12 botijões de 45kg a 537,85. Ou seja, mais despesas (compra de novos botijões) e geração de mais custos (manutenção da nova demanda).

O promotor Henrique da Rosa Ziesemer, que atuou em Gaspar no Crime e no Meio Ambiente, volta à região. Depois de aceitar uma promoção e ir para Jaraguá do Sul, está na nona promotoria de Blumenau (criminal e júri).

Este é um espião de correspondência eletrônica: IP 144.217.12.60 (Montreal, Canadá), mas com IP reverso 60.ip-144-217-12.net ele é brasileiro.

Silêncio em Gaspar. Pobres mães. Manchete como esta mostra sim, que há diferenças em quem busca à solução e quem vai a reboque de gente esperta, preferindo cuidar de jardinagem.

"Hoje lançamos o programa 'Nossa Creche', que até março de 2018 vai zerar a fila de 66 mil crianças que aguardam uma vaga na rede municipal". Quem afirmou isso neste final de semana? Kleber Edson Wan Dall, PMDB?

Não. Essas palavras são do prefeito João Dória Júnior, PSDB, na sua conta do twitter. Já em Gaspar, a fila é de apenas 400 crianças... E ela continua crescendo, apesar de na campanha eleitoral se ter anunciado o fim dela para sensibilizar gente precisada. O jeito é orar.

O que você leitor e leitora é: um esquerdista, um direitista? O seu partido ou o político da sua simpatia é um esquerdista, um centrista ou um direitista? E a Câmara Federal é mesmo de direita como afirmam insistentemente o PT, PCdoB e outros da esquerda do atraso apostando que a maioria dos brasileiros são analfabetos, ignorantes e desinformados?

Então preste a atenção nesta classificação de Adolfo Sachsida, no Instituto Liberal. Guarde-a para o debate e as eleições de 2018.
Partidos de extrema-esquerda: PCdoB (10), PSTU, PCB, PCO, PSOL (5). Total = 15

Partidos de esquerda: PT (68), PSB (34), PTB (25), PDT (20), PPS (10), PTdoB (2), PTN (4), PPL, SD (15), REDE (formado depois da eleição de 2014). Total = 178

Partidos de centro-esquerda: PMDB (32), PSDB (54), PRP (3), PV (8), PP (38), PHS (5), PSD (36), PEN (2), PROS (11), PMB (formado depois da eleição de 2014). Total = 189

Partidos de centro-direita: PMDB (33), DEM (21), PTC (2), PSC (13), PMN (3), PRB (21), PR (34). Total = 127

Partidos de direita: PRTB (1), PSDC (2), PSL (1), NOVO (formado depois da eleição de 2014). Total = 4

Partidos de extrema-direita: nenhum. Ou seja, o Brasil está concentrado no centro e no lado mais progressista ou liberal.

Ilhota em chamas. Lá também o lixo fede. Leitor da coluna reclama. “Prefeitura, no carnê do IPTU, está cobrando o serviço de lixo com passadas de três vezes por semana. Mas o caminhão passa só uma vez. O prefeito não está vendo que isso está errado? Eu não vou pagar isso!”

Ilhota em chamas. Os estudantes universitários estão esperando sentados o acordo que o prefeito Érico de Oliveira, PMDB, fez com eles para fecharem a boca na imprensa e redes sociais sobre a promessa de campanha de lhes dar ônibus para Balneário Camboriú, Itajaí e Blumenau. Um dia aprenderão.

Hoje é dia de sessão da Câmara de vereadores de Gaspar. E os requerimentos diminuíram e começam a chegar as primeiras matérias do Executivo, entre elas a dança dos números.

O projeto de lei 07/2017, que entrou em regime de urgência, bem sintético, sem muitas explicações, mexe nos recursos disponíveis ao Fundo da Criança de Adolescente. Já o PL 04/2017 cria um crédito de R$ 59.748,84 para compra de equipamentos à Polícia Militar.

Já o PL 06/2017 contraria o discurso de economia e enxugamento. Cria uma vaga permanente de Assistente Administrativo para a Secretaria de Administração e Gestão.

Justificativa? Crescimento da demanda. Ou seja, mais um carimbador. Modernizar, integrar, desburocratizar, digitalizar? Nada. Acorda, Gaspar!


 

Edição 1791

Comentários

Miguel José Teixeira
09/03/2017 10:52
Senhores,

Vamos comemorar, sim!

"Temer assina lei que torna Blumenau a 'Capital Nacional da Cerveja'.

Ein Prosit!!!

+em: http://diariodopoder.com.br/noticia.php?i=75406732924
Miguel José Teixeira
09/03/2017 08:52
Senhores,

Câmara dos Deputados lança novo portal e-Democracia

Iniciativa visa aproximar sociedade e seus representantes por meio da interação digital

Já está disponível na internet o novo portal do e-Democracia, da Câmara dos Deputados, que busca incentivar a participação da sociedade no debate de temas importantes para o País e para a vida do cidadão.

A nova versão está mais intuitiva e o conteúdo traz novos serviços e novidades em serviços já existentes. A iniciativa visa aproximar a sociedade e os seus representantes por meio da interação digital.

Serviços
O novo portal traz serviços como o "Expressão", em que o cidadão pode discutir com outras pessoas e com deputados possíveis soluções para projetos de lei sobre diversos temas, como administração pública, direito e justiça, direitos humanos, educação, saúde, segurança, dentre outros.

O "Wikilegis", também disponível, permite que cidadãos ajudem a aprimorar projetos de lei, artigo por artigo, por meio de sugestões à proposta. As colaborações podem ser incorporadas ao substitutivo do relator, como aconteceu com a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência.

No espaço "Audiências Públicas" é possível acompanhar ao vivo e participar de audiências públicas por meio do envio de perguntas aos deputados presentes na audiência. As perguntas mais votadas são encaminhadas à Mesa para serem respondidas ao vivo.

Câmara Aberta
O e-Democracia faz parte do Câmara Aberta, projeto integrante do esforço da Câmara dos Deputados em atender ao propósito do Parlamento Aberto, compromisso do qual fazem parte legislativos de várias nações e que se pauta pela transparência e disponibilização de canais que promovam a interação com a sociedade.

O Brasil é signatário do Parlamento Aberto, juntamente com outros 52 países, desde 2012. A primeira edição do Câmara Aberta foi realizada em 2015, ocasião em que foram lançados serviços que estão disponíveis hoje no portal e-Democracia.

Mais informações pelo telefone (61) 32166003 e e-mail edemocracia@camara.leg.br

Da Redação - NA

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'
Herculano
09/03/2017 06:13
da série: o tumultuador geral da República. Acostumado a deixar as instituições, partidos e o próprio PMDB reféns das suas manobras, pessoais, o senador agora está inconformado de perder parcial e momentaneamente o controle delas. Wake up, Brazil!

RENAN DIZ QUE GOVERNO É ALVO DE DISPUTA ENTRE PSDB E EDUARDO CUNHA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Daniel Carvalho e Thais Bilenky, da sucursal de Brasília. O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), disse que o ministro Eliseu Padilha "deveria voltar imediatamente" de sua licença médica para evitar que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) instale um aliado na Casa Civil.

Segundo ele, o governo do presidente Michel Temer é alvo de uma disputa entre o PSDB e um grupo de deputados comandado por Cunha, ex-presidente da Câmara, preso em Curitiba por causa da Operação Lava Jato.

Renan poupou a indicação do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) para o Ministério de Relações Exteriores, mas condenou a escolha de Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o Ministério da Justiça, de André Moura (PSC-SE) para a liderança do governo no Congresso e de Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) para a liderança do governo na Câmara.

"A política se compreende pelos sinais. Os últimos sinais emitidos pelo governo com as nomeações é que há uma disputa interna entre o PSDB e o núcleo originário da Câmara dos Deputados, que foi liderado pelo Eduardo Cunha", afirmou Renan a jornalistas na tarde desta quarta (8).

"Se [Michel Temer] não está fazendo esta leitura, deve estar equivocado pelas decisões que tomou", disse Renan, afirmando que defende o PSDB na tal disputa e citando o ex-presidente argentino Juan Domingo Perón. "Política não se aprende, se compreende."

Mais cedo, Renan esteve no Palácio do Planalto para uma conversa com o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral), homem muito próximo a Michel Temer.

Ele disse ter alertado o ministro de que, se Eliseu Padilha não reassumir logo a Casa Civil, Cunha colocará no lugar o atual subchefe para Assuntos Jurídicos da pasta, Gustavo do Vale Rocha, que já atuou como advogado do ex-presidente da Câmara.

Padilha submeteu-se a uma cirurgia na próstata no Rio Grande do Sul e recebeu alta nesta quarta.

"Hoje, falei para o Moreira: 'avisa ao Padilha que volte o mais imediatamente possível, porque, senão, o Eduardo Cunha vai sentar o Gustavo Rocha na cadeira dele'. Esses são os sinais que a política tem emitido", afirmou Renan.

Questionado pelos jornalistas se Michel Temer estava sendo alvo de chantagem, Renan esquivou-se, mas citou o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na Justiça Federal.

"Moro, há 20 dias, estava defendo o presidente da chantagem de Eduardo Cunha, negando as perguntas [encaminhadas pelo ex-presidente da Câmara ao presidente da República]", afirmou Renan.

FOGO AMIGO

Renan Calheiros também criticou o PMDB da Câmara, que tenta articular o afastamento do senador Romero Jucá (RR) da presidência do partido.

Uma carta cobrando o afastamento de envolvidos na Lava Jato do comando do partido foi redigida pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS), aliado fiel de Cunha.

"Depois de tomar conta do governo, vai querer tomar conta do partido", afirmou Renan Calheiros
Herculano
09/03/2017 05:59
GILMAR MENDES: TEMER PODE RETORNAR À PRESIDÊNCIA SE FOR CASSADO PELO TSE, por Josias de Souza

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Gilmar Mendes sustenta que Michel Temer pode retornar à Presidência da República na hipótese de perder o mandato no julgamento sobre a cassação da chapa vitoriosa na disputa presidencial de 2014. Segundo Gilmar, Temer pode manter seus direitos políticos intactos. Assim, poderia candidatar-se ao Planalto numa eleição indireta feita pelo Congresso Nacional, onde dispõe de ampla maioria.

Gilmar Mendes, hoje um dos principais conselheiros de Temer, falou sobre o tema à agência Reuters. Na sua avaliação a comprovação do uso de caixa, potencializada pelos depoimentos de delatores da Odebrecht à Justiça Eleitoral, afeta a chapa Dilma Rousseff?"Michel Temer como um todo.

"Evidente que o vice participa da campanha", disse o ministro. "Mas quem sustenta a chapa é o [candidato a] presidente, o cabeça de chapa." Por esse raciocínio, a caracterização do abuso do poder econômico levaria à cassação dos dois integrantes da chapa. Mas apenas Dilma, deposta pelo Senado há seis meses, ficaria inelegível. Seria dela, não do seu vice, a responsabilidade pelo ingresso de verbas de má origem na caixa registradora do comitê. Prevalecendo esse entendimento, Temer não seria alcançado pela inelegibilidade.

Gilmar Mendes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal, disse que não há dúvida quanto à forma de preenchimento do cargo de presidente em caso de cassação da chapa. A Constituição prevê que, durante a segunda metade do mandato, a eleição tem de ser indireta e conduzida pelo Congresso Nacional.

A defesa de Temer vinha sustentando a tese segundo a qual a contabilidade da campanha do vice deveria ser apartada das contas da cabeça de chapa. Relator do processo, o ministro Herman Benjamin torce o nariz para a tese. Que tornou-se dura de roer depois que os delatores da Odebrecht deixaram claro que a construtura repassou milhões por baixo da mesa ao comitê encabeçado por Dilma.

O Planalto passou a opera rem favor da protelação do julgamento. Gilmar Mendes não exclui a hipótese de o processo se estender até o ano eleitoral de 2018. Ele acredita que o relatório de Herman Benjamin "dificilmente" ficará pronto "antes do final do semestre". Por quê? "Como ele abriu, pode ter pedidos de novos depoimentos por parte das partes, e provas e perícias. Há possibilidade de delay (atraso)".

Gilmar afirma, de resto, que os ministros do TSE podem pedir vista do processo, o que contribuiria para retardar o julgamento. "Não é de se excluir que (o processo) dure até o ano que vem", disse.
Herculano
09/03/2017 05:55
MANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA

Ela integra a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação em Gaspar e Ilhota e o de maior credibilidade.
Herculano
09/03/2017 05:53
RETROCESSO ECONOMICO PROVOCADO POR POLÍTICAS DE DILMA É UM CRIME, por Clóvis Rossi, no jornal Folha de S. Paulo

Vamos tirar as luvas que encobrem as palavras duras e dizer, com toda a clareza, que o retrocesso econômico-social provocado pelas políticas de Dilma Rousseff é o equivalente a um crime. Um crime de lesa pátria.

Não há outra palavra adequada para qualificar a redução de quase 10% na renda de cada brasileiro.

Dilma Rousseff foi punida pelo crime. Que ninguém se iluda: ela não foi afastada pelas pedaladas fiscais. Foi vítima de um teorema clássico na política: um governo fracassa, o público se irrita, os políticos oportunistas abandonam o governante e se cria um pretexto para o impeachment, afinal consumado.

O problema é que, punida Dilma, ficou de pé todo o "sistema" que a sustentava, para chamá-lo de alguma maneira.

Cito meu guru na análise econômica, Vinicius Torres Freire, na coluna desta quarta-feira (8) :

O que trouxe o país a "esse abismo sórdido" foi "a 'pax luliana', o acordão entre petismo e agregados esquerdistas com os donos da grande empresa e do dinheiro grosso em geral".

O que se tem agora é a "pax temeriana". Saem o PT e os agregados esquerdistas, mas fica o PMDB, partido corresponsável de resto pelo crime de lesa pátria que é essa brutal recessão.

No lugar do PT, entra o PSDB, partidos que a Lava Jato tornou mais indistinguíveis do que já eram antes dela. Basta lembrar um detalhe: Henrique de Campos de Meirelles foi eleito, em 2002, pelo PSDB, mas se tornou, em 2003, o ministro da Fazenda de fato do governo petista, na condição de presidente do Banco Central. Volta, no novo acordão, como ministro "de jure" e de fato do governo Temer.

Claro que continuam no novo "sistema" os donos da grande empresa e do dinheiro grosso. Estão sempre com o governo, seja qual for o governo, e representam o que os argentinos gostam de chamar de "poderes fácticos".

Os que na verdade mandam.

É possível que o novo acordão ressuscite um país que respira por aparelhos? Que retire o país da UTI é perfeitamente possível e até esperável. De um lado porque nenhuma das invenções modernas ou antigas foi capaz de pôr um fim aos ciclos econômicos.

Do outro porque os novos gestores parecem determinados a não cometer mais os desatinos que arruinaram o país.

Mas, entre sair da UTI e se tornar hígido, há um espaço fundamental, que por enquanto não está nem remotamente no horizonte.

A crise não fez o país perder apenas renda, o que já é uma enormidade. Perdeu ambição. Como aponta essa excelente repórter que é Érica Fraga, "as estimativas do chamado PIB potencial brasileiro ?"capacidade de crescer sem gerar pressões inflacionárias?" variam, atualmente, de 1,5% a 3,5%".

É muito pouco por si só, mas se torna um crescimento anêmico quando se pensa que, não faz tanto tempo assim, havia estimativas de que o país precisaria crescer 7% ao ano (na média, claro) para se tornar de fato desenvolvido.

Com essas perspectivas, calcula a Folha, apenas em 2023 o país retornará ao mesmo nível de renda média de 2013, "numa década inteira de estagnação".

É ou não um crime?
Herculano
09/03/2017 05:47
TUCANOS VÃO MANDAR NA JUSTIÇA A PARTIR DE 2018, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O ministro Osmar Serraglio (Justiça) deve deixar o cargo em abril de 2018 para se lançar candidato ao governo do Paraná. Ou à reeleição como deputado federal. A equipe tucana do antecessor Alexandre de Moraes, que foi mantida, vai continuar dando as cartas em áreas importantes como a Secretaria Nacional de Segurança Pública e até a Secretaria Executiva. Serraglio optou por uma transição "sem marolas".

REAÇÃO A MILITARES
Uma dezena de militares (Exército, Marinha e Polícia Militar de São Paulo) em postos chaves provoca reações no Ministério da Justiça.

ASSUNTO DE POLÍCIA
A alegação de experts é que segurança pública é para especialistas policiais. Por isso, desde 1989 quase não há militares no Ministério.

LUGAR RESERVADO
Serraglio nomeou o almirante Alexandre Mota como chefe interino da Secretaria Nacional de Segurança, até Temer encontrar um tucano.

DESPRESTÍGIO
O almirante que virou secretário nacional de Segurança substituiu o delegado Cristiano Sampaio, provocando descontentamento na PF.

ANCINE USA DINHEIRO FEDERAL PARA PROVOCAR TEMER
A turma do PCdoB, que "aparelha" a Agência Nacional do Cinema (Ancine) há 13 anos, não se conforma com o fim do mandato do seu atual presidente, no cargo desde 2006, e de uma diretora, dirigentes do partido. Após fazer artistas que financiam protestarem contra o "golpe" em festivais no exterior, a Ancine continua a provocação contra o governo: quase fez sumir as logomarcas oficiais, até do Ministério da Cultura, na propaganda autoelogiativa que exibe em salas de cinema.

ARROGÂNCIA
A Ancine não explica o uso da logo do governo em desacordo com o manual de aplicação, nem quanto a provocação a custa do contribuinte.

MINHA BOQUINHA, MINHA VIDA
A propaganda da Ancine é outra tentativa de pressionar o governo para manter a turma do PCdoB "aparelhando" as boquinhas da agência.

DIRIGENTE CARRAPATO
Na presidência da Ancine desde 2005, no fim do terceiro mandato, Manoel Rangel Neto é integrante do comitê central do PCdoB.

DERRAME DE DINHEIRO
A força-tarefa da Lava Jato quer atuar em colaboração com a Op. Greenfield para esmiuçar o destino de R$253 milhões aplicados pelo Grupo JBS/Friboi no financiamento eleitoral de 2014. A Odebrecht provocou estupefação ao confirmar que gastou R$200 milhões.

BOLSONARO NO PTB
O deputado Jair Bolsonaro (RJ) prepara seu voo político mais consistente, na corrida presidencial: deve se filiar ao PTB. Confirmada a transferência, Bolsonaro terá a "musculatura" partidária que lhe falta.

NADA COMO SER ESCOLHIDO
Escolhido nos governos do PT para tocar a Supertele (Brasil Telecom + Telemar), Ricardo Knopfelmacher, o "Ricardo K", é o escolhido da era Temer para levar a Oi. Marcelo Odebrecht, André Esteves e Otávio Azevedo também foram escolhidos pelo PT. Além de Eike Batista, também em cana, que escolheu e contratou "K" em 2013.

MUSA INSPIRADORA
Diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo contou ao jornal suíço Les Temps que foi o amor por sua mulher que trocou a engenharia pela diplomacia. Maria Nazareth Farani de Azevedo, é embaixadora do Brasil junto à ONU e OIT, em Genebra.

A LAÇO
Agentes da Polícia Federal aguardavam no Rio a chegada do voo 6235 da Avianca, ontem à tarde, que saiu de Brasília às 14h05. Procuravam os passageiros que estavam na fila 11. Ninguém sabe o porquê.

AMARO É O MELHOR
O prêmio Profissional do Ano da Anefac, entidade de executivos de finanças, administração e contabilidade de todo o País, homenageará este ano Amaro Gomes, ex-Banco Central, que há 7 anos atua com brilho no Iasb (International Accounting Standards Board), em Londres.

A VOLTA DAS ARMAS
O deputado Alberto Fraga (DEM-DF) apresentou pedido de "urgência urgentíssima" para o trâmite de um projeto que revogaria o estatuto do desarmamento. Apoiam o projeto que permite armas no Brasil para colecionadores e caçadores, por exemplo, os líderes de dez partidos.

RONDA
O novo líder do governo Temer no Congresso, André Moura (PSC-SE) tem visitado senadores para se apresentar e diminuir a resistência no Senado a um deputado federal no cargo.

PENSANDO BEM...
...após o espetacular Barcelona 6x1 PSG, que será lembrado até daqui a 100 anos, com atuação de gala de Neymar, duro foi assistir aos jogos da Libertadores, ontem.
Herculano
09/03/2017 05:40
PERDIDO NO TEMPO, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo

Em mais um esforço para tentar melhorar a imagem presidencial, o governo organizou uma solenidade em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. O palácio ficou cheio, mas a ideia se revelou um desastre. E desta vez não há como jogar a culpa no marqueteiro.

Diante de uma plateia majoritariamente feminina, Michel Temer cometeu deslizes em série. "Tenho absoluta convicção, até por formação familiar e por estar ao lado da Marcela, do quanto a mulher faz pela casa, do quanto faz pelo lar", disse.

"Na economia, também, a mulher tem uma grande participação. Ninguém mais é capaz de indicar os desajustes, por exemplo, de preços em supermercados", acrescentou.

O discurso constrangeu parlamentares e servidoras convidadas para a cerimônia. Nas redes sociais, a repercussão foi ainda pior.

A secretária de Políticas para as Mulheres, Fátima Pelaes, tentou defender o chefe. "O presidente Michel é muito mais do que palavras", disse. Fora dos microfones, aliados reconheceram a bola fora. Não foi a primeira neste campo.

Ao suceder a primeira presidente mulher, Temer montou um ministério só de homens, num retrocesso à era Geisel. Completou a obra ao rebaixar a Secretaria das Mulheres ao segundo escalão do governo.

Em outro trecho do discurso desta quarta (8), Temer reforçou a impressão de não ter entendido que estamos em 2017. Ele exaltou o fato de que as brasileiras passaram a votar. "A mulher representa, e representava no passado, 50% da população brasileira. E, sem embargo, o fato é que 50% estava excluído", disse.

O voto feminino foi instituído em 1932. Oitenta e cinco anos depois, a exclusão persiste de outras formas. Apesar de serem maioria no eleitorado, as mulheres não ocupam nem 12% das vagas no Congresso. No mercado de trabalho, a discriminação também continua. É o que mostram os dados oficiais sobre renda e emprego, que Temer deveria conhecer.
Herculano
09/03/2017 05:29
REVELAÇÕES SOBRE LULA SÃO "ARRASADORAS"

Conteúdo de O Antagonista. A reportagem do Estadão sobre o "Amigo" se baseia no depoimento de Marcelo Odebrecht à Lava Jato, e não àquele de Hilberto Silva ao TSE:

"Marcelo Odebrecht confirmou nos depoimentos que integram sua arrasadora delação premiada que o 'amigo' ou 'amigo de EO' que aparece em trocas de e-mails e planilhas do grupo é mesmo Luiz Inácio Lula da Silva.

Procuradores que acompanharam a colaboração atestam: as revelações de Odebrecht são 'arrasadoras' para o petista ?" o que ajuda a explicar a pressa em lançar sua candidatura à Presidência em 2018".

O FIM DO MUNDO É O FIM DE LULA

Lula vai morrer daqui a cinco dias.

Emílio Odebrecht foi intimado por Sergio Moro para depor no processo contra Antonio Palocci, no dia 13.

Em seguida, em 10 de abril, Lula será incinerado.

Marcelo Odebrecht foi intimado para depor na mesma ação.

O fim do mundo será o fim de Lula
Herculano
09/03/2017 05:16
O LANCE DE ALCKMIN, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Rival do PT há mais de duas décadas, o PSDB seria o beneficiário mais provável da devastação política, econômica e moral que vitimou o governo Dilma Rousseff e seus sustentáculos à esquerda.

As eleições municipais de 2016 reforçaram essa leitura. Apenas 254 petistas conquistaram prefeituras, uma queda na casa dos 60% em relação a quatro anos antes; no mesmo período, o número de municípios nas mãos de seus adversários subiu cerca de 15%, para 803.

Sobressaiu, em especial, o poderio do governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin. Foi dele o patrocínio à candidatura do neófito João Doria, que, em feito inédito, venceu o pleito na capital paulista no primeiro turno. Postulantes apoiados pelo governador saíram-se vitoriosos nas principais cidades do interior.

Não é por autoconfiança, porém, que Alckmin vem agora manifestar publicamente o desejo de concorrer à Presidência da República em 2018. "Se eu disser que não quero, que não pretendo, não é verdade", declarou na segunda-feira (6).

A sintaxe tortuosa parece trair o desconforto em torno do anúncio precipitado. Desgastado, como outros expoentes do partido, pelo impacto da Lava Jato sobre as figuras tradicionais da política, o governador viu nascer entre aliados a extravagante ideia de lançar ao Planalto seu pupilo João Doria.

A seu favor, o prefeito conta com expressivos índices de popularidade e a imagem de gestor afastado das castas partidárias. Já seu currículo na vida pública resume-se, por ora, a pouco mais de dois meses de intenso marketing.

Difícil dimensionar a solidez de tal aposta; que tenha sido cogitada dá sinal do encurtamento das opções no campo da centro-direita.

Entre os caciques tucanos, Alckmin, em menor grau, e os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) são mencionados em delações da Odebrecht parcialmente vazadas à imprensa. Por mais que haja longo caminho até uma eventual comprovação de ilícito, o risco de dano político é palpável.

Nenhum deles obtém boa pontuação nas pesquisas de voto, lideradas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), réu na Lava Jato. Cresce o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), sob impulso do conservadorismo mais extremado.

Qualquer nome, de todo modo, terá pouca consistência nesta altura. Em cenário tão volátil e distante do pleito, levantamentos são por demais influenciados pelos humores momentâneos dos entrevistados.

Tendem a ser decisivos, daqui para a frente, os rumos da economia e o grau de aceitação das reformas controversas. Disso dependerá o ânimo do eleitorado e a perspectiva de cada candidato em 2018.
Herculano
08/03/2017 21:56
PARA PRESIDENTE DA CÂMARA, JUSTIÇA DO TRABALHO "NÃO DEVERIA NEM EXISTIR"8

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Fernando Nakagawa, da sucursal de Brasília.O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu fortemente a mudança da legislação trabalhista nesta quarta-feira, 8, e, ao reclamar do excesso de regras para a relação entre patrão e empregado, sugeriu que a Justiça do Trabalho "não deveria nem existir". Contrariado com a proposta de reforma considerada "tímida" produzida pelo governo, Maia disse que a Câmara deve dar "um passo além" e até desagradar ao presidente Michel Temer.

Rodrigo Maia (DEM-RJ) defende reforma mais agressiva
"Apesar de o governo tentar nos convencer que devemos votar o texto que veio, eu acho que não. Acho que há temas em que precisamos avançar, como o trabalho intermitente e outras questões", disse Maia em evento na capital federal. "Acho que há um consenso da sociedade que esse processo de proteção (do trabalhador) na verdade gerou desemprego, insegurança e dificuldades para os empregos brasileiros. Então nós precisamos ter a coragem de dizer isso", disse Maia.

Com tom crítico acima do visto no governo, o presidente da Câmara defendeu que "o excesso de regras no mercado de trabalho gerou empregos de investidores brasileiros no exterior, não gerou nada no Brasil". "Gerou 14 milhões de desempregados", resumiu.

Além das regras, Maia também disparou contra a Justiça trabalhista. "Juízes tomando decisões das mais irresponsáveis quebraram o sistema de bar, restaurantes e hotel no Rio de Janeiro. O setor de serviço e de alimentação quebrou pela irresponsabilidade da Justiça do Trabalho no Rio", disse. Por isso, destacou, foi preciso regulamentar temas curiosos como a gorjeta.
"Agora tivemos que aprovar uma regulamentação da gorjeta porque isso foi quebrando todo mundo pela irresponsabilidade da Justiça brasileira, da Justiça do Trabalho, que não deveria nem existir", disse Maia em evento na inauguração do novo escritório da agência de notícias Bloomberg em Brasília.

Certo de que a Câmara deverá adicionar itens à proposta de reforma trabalhista, Maia já diz que a Casa vai "desagradar" ao presidente Michel Temer. "Infelizmente, o presidente Michel não vai gostar, mas acho que a Câmara precisa dar um passo além daquilo que está colocado no texto do governo".

Ainda sobre a agenda reformista, Maia disse a reforma da Previdência não tem temas polêmicos. "Não são temas polêmicos. A aposentadoria rural não tem nada de polêmico", disse, ao defender a separação dos benefícios de prestação continuada do pagamento das aposentadorias rurais. Sobre a regra de transição do atual sistema para o novo proposto, o deputado fluminense disse que "qualquer ponto de corte é polêmico" porque sempre quem estiver próximo, mas fora da transição reclamará.
Platao
08/03/2017 19:32
Ao Leo!!
Interessante suas afirmações acerca do PSD. Deves ter suas fontes para afirmar isso.
Mas eu também tenho as minhas em relação ao PSDB. Vereadora Franciele Back e seu partido faz tanto parte da base do Governo que participa das reuniões secretas da base governista. E os cargos que ela possui.....isso deixarei para novas postagens!!
Miguel José Teixeira
08/03/2017 16:23
Senhores,

Na foto em que aparece o Senador Dalírio Beber, aparece também a logo de Gaspar que nos remete à máscara do Batman. Santa coincidência, Robin. . .Não estará na hora de rever esta logo???
Platao
08/03/2017 15:22
Boa tarde, Colunista.
Interessante saber que, do recurso da Ponte do Vale, sobrara em torno de 3 milhões de reais e a Prefeitura, através do seu Secretario da Fazenda pede através da imprensa, para que a população pague seu IPTU em dia, pois, precisam deste recurso para terminar a obra da ponte.
Nao entendi?! Nao vai sobrar dinheiro da ponte? Tem algo de errado ai!!
Sidnei Luis Reinert
08/03/2017 12:18
Recessão, cagaço político e chantagem de Meirelles


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Hoje é Dia Internacional das Mulheres. Na véspera, aqui no Brasil, despontaram algumas palavras femininas que não merecem qualquer homenagem: Recessão, Chantagem, Corrupção e Politicagem. Enquanto o noticiário era monopolizado pela constatação oficial da mais brutal retração econômica da História, os políticos ficaram apavorados com uma decisão do Supremo Tribunal Federal que complica a vida dos enrolados com a Lava Jato. A reação do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) foi sintomática:

"Eu estou perplexo. A partir de hoje, tem que perguntar para uma cartomante se o que é legal hoje continuará sendo legal daqui a cinco ou dez anos. Porque está na lei hoje, mas se daqui a cinco ou dez anos disserem que não é mais legal, o que eu faço? Eu estudei direito, mas estou com muitas dúvidas. Prefiro só consultar a cartomante, senão, corro risco de ser punido porque observei a lei".

O amedrontado sarcasmo de Barbalho foi a reação quase histérica à decisão do STF que transformou em réu o senador Valdir Raupp (PMDB-RO). O parlamentar é acusado de receber propina por meio de doações oficiais registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um outro deputado, que covardemente pediu ao jornal O Globo para não ser identificado, também reagiu alopradamente: "Isto não é bom. Nas denúncias do Rodrigo Janot (procurador-geral da República), ele usou três pesos e dez medidas. O que vale para um, não vale para outros. Isso preocupa muito, não é uma coisa normal. Agora, tudo no Brasil é propina".

Tão ruim e inaceitável quanto à propina da corrupção é a chantagem em meio à recessão. O presidente do "dream team", Henrique Mairelles, proclamou um falso impasse: "Ou o País faz a reforma da Previdência ou quebra"... Meirelles vive em qual planeta? O Brasil já está quebrado pela recessão e pela roubalheira sistêmica geradas por uma estrutura estatal rentista, improdutiva, que só suga recursos da sociedade sem a devida contrapartida.

O governo Michel Temer quer aprovar a reforma da previdência na Câmara e no Senado até 15 de julho. Meirelles ainda sinalizou que, se a reforma falhar, pode até criar mais um imposto para compensar... Ele não está de sacanagem... O problema é que a vida dele é muito fácil... Banqueiro se acostumou a lucrar em cima dos juros estratosféricos que roubam as pessoas e empresas, enquanto ajuda a financiar e rolar a gastança sem fim de uma máquina pública corrupta, perdulária e sem transparência. Novamente, a Previdência é apontada como a vilã-mor de uma estrutura estatal capimunista.

A visão que Meirelles apresentou sobre a Previdência é o supra-sumo do rentismo. Meirelles defendeu, com a sensibilidade de um banqueiro, que o Brasil precisa de mais juros, para ter menos dinheiro disponível na sociedade: "A Previdência do Brasil é uma das mais generosas. O problema é quem paga. E a tributação do Brasil é uma das maiores do mundo. Já temos hoje que isso (carga tributária) está caminhando para o limite, inclusive para a economia poder crescer".

O discurso oficial afrontando a realidade de vida das pessoas comuns só reforça a obviedade ululante de que o Brasil tem passar por Mudanças Estruturais ?" e não por "reforminhas" de mentira que só escondem os privilégios mantidos por uma máquina pública e por quem lucra ou mama na teta em simbiose com ela (como é o caso dos rentistas e dos políticos profissionais). A discussão sobre o modelo, tamanho e redesenho do setor estatal tem de acontecer antes de outras mudanças.

Infelizmente, a "zelite" no poder estatal não quer debater mudanças estruturais. Os segmentos esclarecidos da sociedade ?" uma minoria ainda longe de se tornar hegemônica ?" precisa aumentar a pressão sobre os corruptos, ao mesmo tempo em que tem de intensificar um amplo debate sobre um Plano Estratégico para o Brasil.

Os Estados Unidos da América investiram 13 anos em acalorados debates entre representantes das 13 colônias inglesas, até que chegaram a um modelo de Nação. O Brasil, que teve uma falsa independência e uma república de mentirinha, que nunca implantou, de fato, o Federalismo, precisa se reinventar, ou vai parecer mais quebrado do que está.

Não tem outro jeito: Temos de partir para uma inédita Intervenção Institucional, que redefinirá uma base legal enxuta e possível de ser cumprida rigorosamente, sem a necessidade da caríssima e demorada judicialização. Resumindo: os segmentos menos idiotizados do povo precisam tomar vergonha na cara e agir antes que o Brasil mergulhe na explosão de violência e pobreza que nos levará à desintegração nacional.

Em linguagem metafórica: Se a onça não quiser beber água vai acabar extinta ou fragmentada pela fúria dos bárbaros criminosos que vão dividir o Brasil em pedaços colonizáveis.
Herculano
08/03/2017 12:13
da série: ontem quando saiu os números do IBGE mostrando a repetição do ciclo de recessão nunca antes visto nestepaíz, a militância nas redes sociais e os blogs da esgotosfera que era paga a peso de ouro pelo governo com o dinheiro dos pesados impostos do brasileiros, sem a menor cerimônia, culparam o governo de Michel Temer, PMDB. Uma aposta numa maioria manipulada de analfabetos, ignorantes e desinformados.

OS REAIS RESPONSÁVEIS PELA CRISE HISTORICA, editorial do jornal O Globo

Estes 7,2% de perda de produção são o preço que a sociedade paga pelo populismo adotado por Lula no segundo governo, sob inspiração da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff

A informação do IBGE, de que o país se manteve em grave recessão em 2016, pelo segundo ano consecutivo ?" sequência rara - tem uma evidente dimensão econômica e, por inevitável, repercussão política, por estarmos a uma distância não muito grande do ano eleitoral de 2018.

Os 3,6% da recessão do ano passado se somam aos 3,8% da queda no exercício anterior, para subtrair 7,2% do PIB, algo sequer comparável à perda relativamente menor que teve a economia brasileira na Grande Depressão americana, com duros impactos no mundo, em 1929 e 30.

Há um fato estatístico que não se pode creditar à mera coincidência: com a recessão do ano passado, a produção da economia brasileira voltou aos níveis do segundo semestre de 2010, quando o país teve um crescimento de 7,5%, forjado por políticas "desenvolvimentistas" de aumento descuidado de gastos públicos, via indução a investimentos subsidiados pelo BNDES e práticas do tipo.

Entenda-se, portanto, que estes 7,2% de perda de produção, causa de um mastodôntico desemprego de quase 13 milhões de pessoas ?" que amargarão muito tempo até voltarem ao mercado formal de emprego ?", são o preço que a sociedade paga pelo populismo adotado por Lula no segundo governo, sob inspiração da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. E, ao ser eleita presidente pelo ex-chefe, Dilma completou o serviço, em grande estilo. Tanto que sofreu impeachment por irresponsabilidades fiscais.

A adoção de medidas heterodoxas de aperto no acelerador das despesas sem qualquer preocupação fiscal gerou a euforia dos 7,5%, permitiu naquele ano a eleição da pupila e, mantida a dosagem de irresponsabilidades fiscais, ainda foi possível reeleger Dilma Rousseff. Mas já com a aplicação desbragada de técnicas de "contabilidade criativa", ou seja, manipulação estatística, a fim de esconder o verdadeiro estado das contas públicas.

O gráfico ao lado resume a tragédia produzida pelo lulopetismo: PIB em queda, desemprego em alta e inflação de volta aos dois dígitos. Uma mistura tóxica para a renda, os salários e, claro, o emprego.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem razão em dizer que a recessão está no espelho retrovisor. Há sinais de que ela terá estancado neste primeiro trimestre. Mas esta cena vista por cima dos ombros é que deverá, em alguma medida, pautar a discussão político-eleitoral que tende a crescer daqui para frente.
Herculano
08/03/2017 12:01
da série: os privilegiados com estabilidade correrem para se aposentar com os privilégios e os altos vencimentos, enquanto a maior parte dos brasileiros trabalhadores e desempregados, se aposentam com um salário mínimo (63%)

A CORRIDA PELA APOSENTADORIA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Número de servidores públicos que anteciparam a passagem para a inatividade, no ano passado, foi o mais alto desde 2003.

A corrida do funcionalismo da União pela aposentadoria, por receio de eventuais perdas de benefícios com a reforma previdenciária, está abrindo para o governo federal uma oportunidade ímpar para reestruturar a administração pública direta, autárquica e fundacional. Segundo o Boletim Estatístico de Pessoal, elaborado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o número de servidores públicos que anteciparam a passagem para a inatividade, no ano passado, foi o mais alto desde 2003, quando ocorreram as últimas grandes mudanças na Previdência Social. No segundo semestre de 2016, a União tinha 577,4 mil aposentados, 6,1% mais do que no final de 2015.

Os especialistas em previdência já esperavam essa corrida. Como a máquina do Estado há décadas se encontra inchada, pagando salários muito mais altos do que a iniciativa privada para cargos correspondentes, uma das decisões do governo para adequá-la a um cenário de queda de arrecadação e ajuste das contas públicas foi não repor os servidores que estão se aposentando. Segundo o IBGE, em 2016 o funcionalismo ganhava, em média, 63,8% mais do que um empregado com função equivalente numa empresa privada.

Pelas estimativas do Ministério do Planejamento, o número de servidores recém-aposentados somado ao número de servidores que já completaram os requisitos para se aposentar, mas ainda não entraram com os pedidos, pode chegar a 20% do funcionalismo.

Para consolidar a redução do tamanho do funcionalismo, deflagrada pela corrida pela aposentadoria, o governo congelou contratações e proibiu a realização de concursos públicos, especialmente nas carreiras de nível médio. Por isso, quase todos os concursos previstos para 2016 e 2017 na administração direta foram suspensos. Além disso, a Secretaria de Coordenação e Governança de Empresas Estatais, vinculada ao Ministério do Planejamento, já informou que em breve publicará portarias com a mesma determinação para as empresas estatais.

Originariamente, o governo federal queria trabalhar com a premissa da "reposição zero". Mas o fato é que um decreto de 2009 e outro de 2014 impedem que a suspensão de concursos atinja algumas carreiras de Estado com média salarial entre R$ 25 mil e R$ 27 mil mensais, como as de diplomata, advogado da União, procurador federal, procurador da Fazenda, defensor público e delegado da Polícia Federal. A suspensão também não inclui as universidades federais, que poderão contratar substitutos para os professores que se aposentarem. Além disso, por causa do risco de colapso no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, onde há 242 mil pedidos de registro de patente na fila e um tempo médio de espera de 11 anos, o governo teve de abrir uma exceção, autorizando a nomeação de 70 candidatos aprovados em concurso realizado em 2014.

Para os sindicatos do funcionalismo, o congelamento das contratações, conjugado com a suspensão de concursos públicos, travará algumas áreas estratégias, por falta de pessoal. Para os técnicos do Ministério do Planejamento, contudo, é possível afastar esse risco por meio do remanejamento de servidores para as áreas carentes de pessoal especializado e da oferta de cursos de treinamento para que possam assumir novas funções sem risco de descontinuidade dos serviços públicos. As entidades sindicais alegam que o direito administrativo em vigor restringe as transferências de cargo e a realocação dos servidores. As autoridades federais reconhecem essas limitações, mas acreditam que, por meio da aprovação de leis ordinárias, o governo ?" que tem amplo apoio no Congresso ?" poderá flexibilizar progressivamente a legislação administrativa.

Por maiores que sejam as resistências corporativas do funcionalismo e o impacto inicial do aumento de servidores aposentados nas contas da Previdência, a corrida pela aposentadoria e a decisão do governo de não repor as vagas abertas são um passo decisivo para se enfrentar o desafio da modernização do aparelho estatal.
Herculano
08/03/2017 11:57
A DIMENSÃO DO DESASTRE, por Miriam Leitão, para o jornal O Globo

A maior queda do PIB da nossa história foi construída na marcha da insensatez do governo Dilma. Ontem foi o dia de olhar de frente para todos os números do nosso desastre e é espantoso que haja quem duvide da origem dos erros que nos trouxeram ao ponto em que estamos. Mais de 7% de recessão em dois anos, mais de 9% quando a conta é feita pelo PIB per capita desde 2014.

A história econômica registrará o ineditismo do momento. Desde que há estatísticas, em 1901, nunca se viu um biênio como esse. A crise foi feita por Dilma, mas Temer ainda não a reverteu. Estamos numa transição. O dado do último trimestre de 2016 foi mais negativo do que o esperado, mas, felizmente, não é uma tendência.

Há várias formas de se olhar esse índice. O PIB caiu 0,9% no último trimestre comparado ao trimestre anterior. Havia sido de -0,3% no segundo trimestre e -0,7% no terceiro. Quem olha a sequência de números pode pensar que estamos no meio de um agravamento da recessão. Mas não. A melhor forma de olhar os dados é compará-los com o mesmo trimestre do ano anterior. Por essa conta, no começo do ano passado, a queda era de 5,4%, e agora, 2,5%. Atenua-se lentamente o tamanho da recessão.

A melhora vai ser demorada e com isso o país vai continuar convivendo com números desastrosos. A taxa de investimento ?" que mostra possibilidade futura de crescimento ?" teve uma queda no ano de 10,2%. Em 2015, havia caído mais: 13%. E chegou a estar em queda de 18,7% no último trimestre de 2015. Ainda está muito ruim, mas já foi pior.

A história que os números contam é a de um país que despencou em queda livre e longa desde o fim de 2014, época em que a então presidente e candidata Dilma Rousseff perguntava sempre a cada entrevista: "crise? que crise?" O que ela não via estava diante dos olhos dos economistas e analistas do país. A recessão estava sendo contratada pela displicência com a inflação, pelo gasto excessivo, pelos subsídios insustentáveis aos empresários, pelo seu pensamento econômico rudimentar.

Hoje o IBGE vai divulgar a produção industrial e a previsão é de novo número negativo em janeiro. O governo Temer já governa desde maio do ano passado. Tem conseguido algumas melhoras na economia, mas não fez a virada rápida que o país precisava. É, de fato, muito difícil mudar em pouco tempo uma situação tão ruim. O governo Temer tem tomado decisões acertadas na economia, mas permanece imerso em ambiguidades e suspeições. O pior ficou para trás, contudo a recuperação será lenta.

Como o dado do último trimestre foi pior do que o esperado, os economistas explicam que o carregamento estatístico para 2017 também piorou: saiu de -0,7% para -1,1% no cálculo da Tendências. Isso significa que a economia começou o ano de um ponto ainda mais baixo do que se esperava. Para voltar ao zero, na média, terá que, primeiro, recuperar esse 1,1%. Por isso, as projeções para o PIB, de vários bancos e consultorias, já estão sendo revistas para baixo.

A inflação caminha para o centro da meta e no dado de fevereiro, que o IBGE divulga na sexta-feira, deve ficar abaixo de 5%. Com o nível de atividade mais fraco e a redução da inflação, o Banco Central vai acelerar o ritmo de corte dos juros de 0,75% para 1% na reunião de abril. Esse impulso da política monetária chegará à economia real, mas apenas no segundo semestre. No primeiro semestre a grande esperança está na agricultura. Mesmo com todos os impulsos o país terá um número pífio em 2017.

Há ainda uma grande incerteza. O economista Sérgio Valle, da MB Associados, diz que se não for aprovada a reforma da Previdência o país pode ter recessão também em 2017, em vez do ligeiro positivo que todos esperam. Parece exagero. Mas uma parte da melhora dos indicadores é resultado da expectativa de que o país vai começar a sair buraco fiscal.

Ele diz que, sem a reforma, o limite de teto de gastos não se sustenta e o aumento das despesas com aposentadorias continua em ritmo insustentável. Isso elevará o risco-país, o dólar, o pessimismo. É o que pensam os economistas em geral.O país terá que fazer reformas difíceis num governo cheio de fragilidades para sair do fundo desse poço.
Herculano
08/03/2017 11:44
O FIM DO MUNDO É O FIM DE LULA

Conteúdo de O Antagonista. Lula vai morrer daqui a cinco dias.

Emílio Odebrecht foi intimado por Sergio Moro para depor no processo contra Antonio Palocci, no dia 13.

Em seguida, em 10 de abril, Lula será incinerado.

Marcelo Odebrecht foi intimado para depor na mesma ação.

O fim do mundo será o fim de Lula
Belchior do Meio
08/03/2017 09:57
Sr. Herculano:

Agarrada no prefeito, não ficou bem na foto.
Deu ares de oferecida.

VIVA O DIA INTERNACIONAL DA MULHER!
Rogério Lessa
08/03/2017 09:26
Herculano

Parabéns por continuar nos mostrando a imundície política de Gaspar. Nada mudou em nossa cidade, alias mudou para pior. Onde já se viu gastar dinheiro público comprando água que até pode tá contaminada? Kleber/kukinha não acreditam no trabalho do EXECUTIVO do SAMAE? O qual motivo de nao usar a água do Samae para o Gabinete, Superintentencia e penduricalhos?
Realmente a coisa ta feia, Melato emprestou uma máquina retro pra a sec de Obras por um mês sendo operada por pessoa não habilitada e fundiu o motor. Quem vai pagar isso?
Vai ter inquerito ou investigação para punir responsável?
Vergonha, o macaco veio vai cair do calho.
GAINETE VIEIRA
08/03/2017 08:20
Alo Prefeito a dois dias estou tentando marcar uma consulta na Unidade Saude do Santa Terezinha, sem sistema ontem a tarde e hoje de manha. Sem sistema dois dias, quando vai ser resolvido?
Herculano
08/03/2017 07:54
HOJE É O DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Avançar é preciso.
Roberto Sombrio
08/03/2017 07:32
Oi, Herculano.

Os Jornais da BAND insistiram em mostrar uma faxineira com dois filhos menores, que enfrenta sozinha a luta pela vida acordando de madrugada e depois ainda até altas horas da noite, cuidando de sua casa.

Isso no Brasil não é novidade. E é aí que eu me pergunto. O que fazem aqueles bonequinhos no Congresso, governadores, prefeitos e vereadores em favor do Brasil?

Aqui preferem plantar flores. Hummm...

Seja humano; seja prefeito, Sr. Kleber Edson Wan dall. Gaspar não é diferente do resto do Brasil. Aqui tem centenas de mulheres que aguardam uma vaga na creche para deixar seus filhos enquanto vão à luta.
Deixe para plantar flores no último dia de sua gestão. Isso se sua gestão merecer.
Herculano
08/03/2017 07:28
UMA EMPRESA SE APROPRIOU DOS POLÍTICOS E GESTORES PÚBLICOS OU OS POLÍTICOS E GESTORES PÚBLICOS, ENGENHOSA, CRIMINOSA E ESPERTAMENTE ENGORDARAM FALSAMENTE UMA EMPRESA PARA ALIMENTÁ-LOS DISFARÇADAMENTE NA ROUBALHEIRA ORGANIZADA CONTRA OS PESADOS IMPOSTOS DOS BRASILEIROS?

MANCHETE DO DIA: ODEBRECHET MOVIMENTOU A EXTRAORDINÁRIA QUANTIA DE 3,3 BILHÕES DE DOLARES EM PAGAMENTOS, DIZ DELATOR. REPETE-SE É BILHÕES E É DE D?"LARES OU SEJA MAIS DE 11 BILHÕES DE REAIS

ISTO DÁ A DIMENSÃO QUE O DINHEIRO ROUBADO DO POVO E QUE FALTA NO SUS, NA EDUCAÇÃO, NAS OBRAS, NA SEGURANÇA VIA OUTRAS EMPRESAS, PODE CHEGAR A VÁRIAS VEZES A ESTE VALOR DECLARADO. E TODOS AGORA QUEREM SE VER LIVRE DA JUSTIÇA COMO SE FOSSE UM ATO NORMAL O QUE SE ROUBOU E O QUE PEDEM. MUITOS ATÉ CONSEGUEM.

COM ESSA CORRUPÇÃO BILIONÁRIA É POSSÍVEL TER OS MELHORES E ARDILOSOS ADVOGADOS, COMPRAR O PODER, LEIS NO PARLAMENTO, A JUSTIÇA; INTIMIDAR O MINISTÉRIO PÚBLICO E INVESTIGADORES, FORJAR PROVAS, MANIPULAR A IMPRENSA E DESQUALIFICAR ADVERSÁRIOS. É ASSIM QUE FUNCIONA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Bela Megale, Letícia Casado e Rubens Valente, da sucursal de Brasília. Ex-funcionário da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas disse nesta segunda (6) ao ministro Herman Benjamin, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que um departamento da empresa movimentou cerca de US$ 3,39 bilhões entre 2006 e 2014 em pagamentos ilícitos.

Deste valor, entre 15% a 20% ?"ou seja, de US$ 500 milhões a US$ 680 milhões?" foram destinados para financiar campanhas eleitorais no Brasil via caixa dois. O restante era usado para pagar propina, obras e serviços no exterior.

Mascarenhas era funcionário do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, apontado pelos investigadores da Operação Lava Jato como "departamento da propina" da empreiteira. Ele é um dos 78 delatores da empreiteira na operação e prestou depoimento na ação que corre no TSE e investiga a chapa presidencial de 2014.

Do total de delatores, 77 tiveram negociação conjunta coordenada pela Odebrecht. O 78º, Fernando Migliaccio, fechou acordo depois, mas que foi homologado em conjunto com os outros pela ministra Cármen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal).

Mascarenhas disse que a empreiteira corrompeu agentes públicos, em Angola e na América Latina. Ele detalhou os pagamentos feitos aos marqueteiros do PT Duda Mendonça e João Santana.

Mascarenhas disse que era basicamente um operador financeiro da empreiteira.

VALORES ANO ANO

Mascarenhas detalhou os valores movimentados ano a ano pelo departamento.

A quantia foi crescendo ao longo da segunda metade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e só reduziram em 2014, depois de deflagrada a Lava Jato.

Segundo ele, passaram pelo departamento US$ 60 milhões em 2006; US$ 80 milhões em 2007; 120 milhões em 2008; US$ 260 milhões em 2009; US$ 420 milhões em 2010; 520 milhões em 2011; US$ 730 milhões em 2012; US$ 750 milhões em 2013; e US$ 450 milhões em 2014.
Herculano
08/03/2017 07:11
COMO PACIFICAR O BRASIL

Conteúdo de O Antagonista. O ministro Gilmar Mendes, em 1 de setembro 2015, foi autor de uma frase histórica:

"Pacificação social só é alcançada com justiça".

A frase constava de um despacho em que ele contestava a decisão de Rodrigo Janot de arquivar a investigação sobre a gráfica fantasma VTPB.

Depois da revelação de Hilberto Silva ao TSE de que o departamento de propinas da Odebrecht destinou mais de 3 bilhões de dólares para a compra do sistema político brasileiro, é necessário retomar a frase de Gilmar Mendes e levá-la às últimas consequências.

A pacificação social só será alcançada com a implosão dos partidos que se envolveram nessa atividade criminosa.
Herculano
08/03/2017 07:07
ANOS 2010 SÃO UMA VIAGEM AO FUNDO DO ABISMO SORDIDO, Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

Antes de ser uma década perdida para a economia, os anos 2010 terão sido um ano de assombrações, de coisas terríveis e, se não inexplicáveis, ainda muito mal explicadas.

Por que a grande revolta política "das ruas" começou quando consumo e renda flutuavam no nível mais alto da história, 2013? Por que a recessão não provoca conturbação social maior, embora produza projetos de monstros, líderes políticos das trevas?

Em 2015 e 2016, jamais a renda média dos brasileiros rolou tão rápido a ribanceira desde que se tem notícia dessas coisas, desde o começo do século passado.

No entanto, mesmo depois de tamanha desgraça, a renda média, na verdade o PIB per capita, ainda equivale à de meados do ano da felicidade consumista de 2010, da canonização política de Lula e da eleição do poste que ele indicou por um "dedazo" de caudilho, Dilma Rousseff.

Sim, há o desemprego terrível, que duplicou em dois anos, para níveis altos mesmo no Brasil, de tumultos e exageros ciclotímicos. Por falar nisso, talvez o desemprego fulminante seja devido justamente ao fato da proteção dos rendimentos, do trabalho ou outros, como acreditam economistas ditos ortodoxos. Sem ajuste maior pela renda, talham-se empregos.

Mas, por horrível que seja dizê-lo, mesmo a massa imensa de desempregados é minoritária.

Mesmo após o desastre, ainda está quase no maior nível da história o número de pessoas com salários protegidos por lei, com empregos formais, com renda mínima garantida por algum programa social. Ao menos na história até 2014 ou 2015, o que, em termos históricos, desculpem o pleonasmo, foi anteontem.

A renda média aumentaria ainda até o pico de 2013, um dos anos de assombros e assombrações. Ano daquele Junho que foi o começo da campanha contra Dilma Rousseff. Ano do colapso súbito da confiança política e econômica, dos primeiros sinais de recessão, na indústria, no investimento, evidentes no segundo semestre.

No entanto, a revolta da massa era de um modo ou outra política. A recessão estava longe das ruas. Mesmo o movimento de deposição de Dilma antecedeu a crise econômica dura. Foi deflagrado pelo udenismo de Aécio Neves em fins de 2014; teve repercussão social maior antes da crise braba, ainda no primeiro trimestre, uma reação ao estelionato eleitoral chocante.

A revolta da elite empresarial era quase inaudível em 2012; era sussurrada com ira pouco antes do Junho de 2013. Mas, até pouco antes disso, aceitavam-se quase de bom grado as primeiras loucuras de Lula e os primeiros terremotos ruinosos de Dilma. Era um conluio. Ignorava-se a demência da política econômica porque havia rapina direta, roubança, e subsídios, empréstimos empresariais e consumismo insustentável financiado com dívida pública.

É fácil compreender o oportunismo vulgar da elite quase toda. É menos simples entender como um país inteiro foi incapaz de resistir a esse pacto de ruína. Um país que pareceu imunodeficiente de instituições, forças políticas e debate público que abalassem a versão final e mais degradada da "Pax Luliana", o acordão entre petismo e agregados esquerdistas com os donos da grande empresa e do dinheiro grosso em geral.

Isso que nos trouxe a este abismo sórdido.
Herculano
08/03/2017 06:56
AO LEO

Quando reiteradamente o então vereador, presidente da Câmara, presidente do PSD e candidato a prefeito de Gaspar, Marcelo de Souza Brick, me perguntava o que eu tinha contra ele quando revelava as suas permanentes incoerências (e dúvidas), sempre respondia: "nada".

E por que? Porque as respostas estavam nas suas atitudes. Há alguma dúvida? O tempo é o senhor da razão. Todos enxergam. E a chapa alternativa do PT quase cumpriu o seu papel em Gaspar diante do silêncio da imprensa omissa e a amiga.
Herculano
08/03/2017 06:43
HÁ UM MENTIROSO ENTRE OS DELATORES DA ODEBRECHET, por Josias de Souza

Num acordo de colaboração judicial, pode-se desconfiar das verdades dos delatores. Mas uma mentira deslavada, quando apanhada no pulo, revela-se sempre rigorosamente verdadeira. Por isso, um dedo-duro jamais deve dizer uma mentira que não possa provar. Do contrário, prêmios judiciais como a redução da pena podem ser anulados e convertidos em castigos mais severos.

A Justiça Eleitoral intimou três delatores da Odebrecht para uma acareação. Entre eles o príncipe-herdeiro Marcelo Odebrecht e o ex-executivo da construtora Claudio Melo Filho. Um dos dois mentiu ao ministro Herman Benjamin, do TSE, sobre o jantar ocorrido em 2014, no Palácio do Jaburu ?"aquele rumoroso repasto em que Michel Temer mordeu uma doação de R$ 10 milhões da Odebrecht para o PMDB.

Se o mentiroso for Marcelo Odebrecht, Michel Temer, que já frequenta a cena de modo constrangedor, ficará numa posição ainda mais vexatória. Por ora, sabe-se que Temer, hoje um presidente-tampão com o mandato sub judice, levou um empreiteiro à mesa de jantar do Jaburu, para fazer-lhe a corte e rogar por uma contribuição eleitoral. A partir desse ponto, começam as contradições.

De acordo com o depoimento de Marcelo Odebrecht, o jantar do Jaburu serviu apenas para um "shaking hands". No idioma de Camões: um "aperto de mãos", para selar um acordo entre cavalheiros. Nessa versão, o valor da mordida e a forma de pagamento não foram discutidos na presença de Temer. O acerto dos detalhes teria ficado a cargo de Claudio Melo Filho e Eliseu Padilha.

O problema é que, inquirido pelo ministro Herman Benjamin cinco dias depois, Melo Filho reiterou declarações que fizera aos procuradores da Lava Jato no âmbito do seu acordo de delação. Repetiu que o valor do repasse ?"R$ 10 milhões?" foi acertado por Mercelo Odebrecht diretamente com Temer. Reiterou que o acordo Temer envolveu também a distribuição do dinheiro.

Melo Filho esclareceu a Herman Benjamin, relator do processo que pode resultar na cassação do mandato de Temer, que o agora presidente da República pediu explicitamente uma contribuição para o PMDB. O delator declarou que coube a Marcelo Odebrecht oferecer R$ 10 milhões. O empreiteiro sugeriu que o dinheiro fosse repassado integralmente à campanha de Paulo Skaf. A sugestão não agradou.

Lero vai, lero vem ficou entendido, sempre na presença de Temer, que a verba deveria abastecer outras campanhas além da de Skaf. Segundo Claudio Melo Filho, foi Marcelo Odebrecht quem propôs o rateio: R$ 6 milhões iriam para a campanha de Skaf e R$ 4 milhões seriam repassados a Eliseu Padilha, que cuidaria de redistribuir os recursos para outros candidatos, a critério do PMDB.

Em nota oficial divulgada na semana passada, Temer agarrara-se à versão de Marcelo Odebrecht, que lhe soara mais conveniente. Sustentara que, como presidente do PMDB, era seu papel pedir ajuda financeira para candidatos da legenda. Reafirmara que todo o dinheiro recebido da Odebrecht pelo PMDB ?"R$ 11,3 milhões?" foi declarado à Justiça Eleitoral. Ecoando o empreiteiro, acrescentara não ter discutido cifras.

Por mal dos pecados, o enredo de Claudio Melo Filho parece fazer mais nexo. Sobretudo depois que Marcelo Odebrecht, apertado pelo ministro Herman Benjamin, se autodefiniu como um "otário do governo", um "bobo da corte". Só falta mimetizar Tim Maia na acareação do TSE, marcada para sexta-feira. O gênio da música dizia: "Não fumo, não bebo e não cheiro. Só minto um pouco."

Em tempo: chama-se Hildebrando Mascarenhas o terceiro delator da Odebrecht intimado pelo ministro Herman Benjamin a participar da acareação agenda para esta sexta-feira. No organograma da empreiteira, cabia a Hildebrando comandar o Departamento de Operações Estruturadas, eufemismo para departamento de propinas. No seu depoimento à Justiça Eleitoral, Mascarenhas declarou que, entre 2006 e 2014, o seu Deprop borrifou no caixa dois das campanhas eleitorais brasileiras a bagatela de US$ 3,4 bilhões. Em moeda nacional: R$ 10,5 bilhões, ao câmbio de hoje. Nunca antes na história desse país viera à luz uma caixa clandestina desse tamanho.
Herculano
08/03/2017 06:41
O DOCE PURGATORIO DO CAIXA DOIS, por Élio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Durante dois anos, o PT ralou na sua descida pelos nove círculos do inferno. Tudo bem, porque tinha direito a essa excursão. Agora, às vésperas de uma nova lista do Janot, na qual brilharão estrelas do PMDB e do tucanato, aparece uma visão do purgatório e ele se chamará caixa dois.

A melhor descrição do fenômeno do caixa dois veio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, numa nota em que defendeu sua prole tucana: "Há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção".

São "dois atos, cuja natureza penal há de ser distinguida pelos tribunais". Admita-se que os tribunais descobrirão uma maneira de distinguir a natureza penal do destino dado ao dinheiro. Em tese, o magano comprovaria com notas fiscais como gastou em sua campanha o milhão que a empreiteira lhe deu pelo caixa dois. Fora essa hipótese, só com mais uma verdade alternativa de Donald Trump.

A construção do purgatório mora na primeira ponta do argumento exposto por FHC. É preciso punir o uso do caixa dois, mas se deve distinguir o que foi grana para a campanha ou para o próprio bolso. A ideia tem a beleza de um arco-íris, com sua mágica. Nele estão todas as cores, mas nunca se pode dizer quando uma acaba e a outra começa.

O caso extremo de Sérgio Cabral é fácil. Usando dinheiro de propinas e achaques fez-se um nababo e azeitou a máquina de corrupção que ainda hoje domina a política do Estado do Rio.

Daí em diante, começam as nuances. Há até mesmo uma distinção essencial na classificação da fonte pagadora. O dinheiro pode vir da atividade legítima de uma empresa que usou mecanismos contábeis ilegais para esconder o dinheiro que deu ao candidato.

Noutra vertente, o dinheiro pode derivar de uma propina. Entre esses dois extremos estão as cores do universo.

Todos os políticos apanhados nas listas das empreiteiras dirão que o dinheiro foi para o caixa dois de suas campanhas. Salvo nos casos mais grotescos, como o de Cabral, será difícil provar o contrário. Como o crime é amplo, geral e irrestrito, algum tipo de anistia votada pelo Congresso resolverá a questão e assim safamo-nos todos.

FHC diz que o caixa dois é um "erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido". O primeiro passo para isso seria o reconhecimento, pelos próprios beneficiados, de que receberam pelo caixa dois o dinheiro já exposto pelos empresários. Feita a confissão, cada doutor pagaria uma multa proporcional à estimativa do que embolsou. Finalmente, o cidadão informaria que não incorporou ao seu patrimônio um só tostão, comprometendo-se a pagar pela mentira. Caso a Polícia Federal e o Ministério Público venham a provar a falsidade, ele vai para Curitiba.

Esse caminho preenche as condições postas por FHC de que o erro que precisa "reconhecido, reparado ou punido". Segundo um cidadão que entende de leis e põe gente na cadeia, não há como fazer isso sem tornar inelegível o candidato que confessou. A ver.

Terrível época para se criar o purgatório do caixa dois. Não se deram conta de que a turma que vive no caixa um está preenchendo suas declarações de imposto de renda.
Herculano
08/03/2017 06:37
STF DECIDE QUE, MESMO 'LEGAL', DOAÇÃO É PROPINA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

A decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), tornando réu o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), pode criar um precedente que complica políticos citados na Lava Jato e que alegam terem recebido "doações legais". Raupp recebeu doação "legal" de R$ 500 mil da empreiteira Queiroz Galvão interpretada como "propina" pelo Ministério Público Federal. Pela primeira vez, os ministros concordaram com isso. A 2ª Turma, que tornou Raupp réu, será a mesma que o julgará.

É PROPINA
Confirmado o precedente, qualquer doação eleitoral, mesmo declarada à Justiça Eleitoral, pode ser interpretada como propina.

PROPINA DISFARÇADA
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, a "doação eleitoral" de empresas fornecedoras do governo é "propina disfarçada".

O QUARTO RÉU
Valdir Raupp virou réu no STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele é o quarto parlamentar réu no exercício do mandato.

ENGENHOSA ESTRATÉGIA
Em seu voto, o decano do STF Celso de Mello disse que usar a doação como propina é uma "engenhosa estratégia" para lavar dinheiro.

PEC DO PARLAMENTARISMO AVANÇA NO SENADO
A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) será a relatora da PEC do Parlamentarismo, apresentada em 2013 pelo senador Fernando Collor (PTC-AL). Se aprovada, a proposta vai instaurar no Brasil o regime adotado em toda a Europa. Prevê um presidente no papel de chefe de Estado, mas o governo será chefiado pelo primeiro-ministro ?" em geral, o principal líder do partido ou coligação vitorioso em eleição direta.

CAMPANHAS BARATAS
Uma grande vantagem do parlamentarismo é baratear as campanhas: o eleitor votará em listas de candidatos apresentadas pelos partidos.

OPÇÃO PROGRAMÁTICA
Campanhas no parlamentarismo são baseadas em propostas. Não existe o "vote em mim", mas "vote neste programa de governo".

VOTO DIRETO
No Parlamentarismo, o presidente é eleito e terá funções de Estado, e caberá a ele nomear primeiro-ministro o líder do partido vitorioso.

OLHO VIVO, CHANCELER
Se tiver juízo, e parece que o tem, Aloysio Nunes evitará "diplomatas de gabinete". São especialistas na arte de impedir que o chanceler tome conhecimento da terrível realidade do Itamaraty e dos postos no exterior, largados ao abandono na maior parte do planeta.

BOLA DA VEZ
Cotado para concorrer à sucessão de Michel Temer em 2018, Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, foi de longe o mais paparicado na cerimônia de ontem no Planalto, assediado por "papagaios de pirata".

LISTÃO DOS MARAJÁS
Assim como se faz com deputados que decidem contra interesses da população, o governo do DF expor em praça pública a lista de marajás de até R$95 mil em um mês, e que ameaçam ir à Justiça contra qualquer iniciativa que acaba com esse afano aos cofres públicos.

À FRANCESA
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), saiu de fininho da cerimônia de posse dupla no Planalto. Assim que Michel Temer encerrou o discurso, Maia "vazou", sem falar com ninguém.

DENÚNCIA
Após denúncia do site Brazil Monitor, o governo recuou da decisão de retirar comércio exterior do Ministério das Relações Exteriores. O papel do Itamaraty na Camex havia sido reduzido a quase nada.

TERCEIRIZADOS SALVAM A PÁTRIA
Leitores se queixam do péssimo atendimento da Receita Federal em Brasília. "Sistema fora do ar" é pretexto recorrente para não atender, e ninguém nunca sabe nada. Salvam a pátria dois seguranças, homem e mulher, muito cordiais. São os únicos sem estabilidade no emprego, ali.

MESMO LADO
Antes de o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) decidir reapresentar o projeto original das "Dez Medidas contra a Corrupção", seu colega Lasier Martins (RS) fez isso, no final de 2016.

INCOMPETÊNCIA SEM LIMITES
Muito ágil para pagar salários a marajás, incluindo seu presidente, a Caesb, estatal de águas do DF, desaprendeu até a abrir e fechar torneiras. E mente ao informar que o corte de água do racionamento é por 24 horas. No Lago Norte, a água só foi religada 61 horas depois.

PENSANDO BEM...
..."suruba" mesmo é suplente de um senador, como o de Romero Jucá, receber R$80 mil por 6 dias de mandato
Herculano
08/03/2017 06:28
RECESSÃO HISTORICA

Na história de que se tem registro, jamais os brasileiros empobreceram tanto num biênio como em 2015-2016. Caso se pretenda fixar tal desastre na memória, com uma pincelada rápida e forte, pode-se dizer que estamos diante de um recorde em muitas décadas.

Conforme os dados recém-divulgados pelo IBGE, a renda média por habitante do país encolheu quase 9% no período - se incluída a queda menos aguda de 2014, atinge-se esse percentual.

No colapso financeiro que apressou o fim da ditadura militar, o PIB per capita diminuiu cerca de 13% no triênio 1981-1983, e o patamar de 1980 só seria recuperado de maneira sustentável 13 anos depois.

Agora, dadas as atuais estimativas de crescimento, apenas em 2023 o país retornaria ao mesmo nível de renda média de 2013, numa década inteira de estagnação.

Previsões econômicas decerto não passam de exercícios. Baseiam-se em relações e comportamentos verificados no passado, que podem ser em parte alterados pela inovação institucional e política.

Dito de outra maneira, as reformas ora em andamento afetarão, a depender de sua profundidade e ambição, as projeções para o futuro ?"que hoje ainda embutem a expectativa de avanços não mais do que medíocres, aos quais o país não deve acomodar-se.

É fato que os motivos desta recessão são excepcionais, em variedade e força. Houve excesso de endividamento público e privado, em boa parte devido ao exagero de consumo estimulado pelos governos petistas a partir de 2010.

Intervenções governamentais de incompetência inaudita reduziram a rentabilidade dos empreendimentos privados e arruinaram estatais. Uma tentativa atabalhoada de ajustar as contas federais em 2015 acelerou a crise.

Tamanho dano mal começou a ser reparado. Ademais, correntes relevantes da opinião pública ainda não se deram conta da gravidade dos problemas e do risco de encarar reformas como mero lobby de grupos conservadores, tal como se observa no debate sobre as mudanças cruciais na Previdência.

Vislumbram-se sinais de recuperação, mas não está afastado o risco de recaída - de reprise de uma regressão tão profunda e duradoura quanto a dos anos 1980. Nesta hipótese, o drama do retrocesso seria também social e político.
leo
07/03/2017 21:55
AGORA É OFICIAL O PSD FAZ PARTE DO GOVERNO DO PREFEITO KLEBER [PMDB]MAIS O PSD DE BLUMENAU,COM KARINA EM UM CARGO DE SUPERINTENDENTE[APADRINHADA DO DEP KLEINUBING] ,NA SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO. E COM A FILHA DO DEPUTADO ISMAEL .DEISE NO SETOR DE IMPRENSA.PARA O BLOCO DEMOCRÁTICO DE GASPAR,OPA QUERIA FALAR PSD DE GASPAR NADA DE CARGOS NA PREFEITURA QUE PENINHA.O GRUPO WHATSAPP DO PSD DE GASPAR TODA SEMANA TEM UM ROLO. PRIMEIRO BRIGARAM NA ELEIÇÃO POR CAUSA DE DINHEIRO,DEPOIS FOI OUTRO ROLO POR CAUSA DE CARGOS NA PREFEITURA,MAIS NÃO SE LEMBRARAM QUE TINHA QUE GANHAR PRIMEIRO A ELEIÇÃO.DEPOIS FOI OUTRA BRIGA POR POSSÍVEIS CARGOS NO GOVERNO DO COLOMBO,QUE NÃO DEU EM NADA DE CARGOS.A ULTIMA BRIGA FOI POR CAUSA DE UMA CÂMERA DIGITAL, QUE PEGARAM EMPRESTADA NA ELEIÇÃO.E A CÂMARA DIGITAL SUMIU .O DONO QUER SABER QUEM VAI PAGAR UM EMPURRA PARA O OUTRO.AINDA VAI DAR BO.
Herculano
07/03/2017 18:36
reeditada das 17h45min

AGORA É OFICIAL. O EX-VEREADOR RAUL SCHILLER, PMDB, É INDICADO INTENDENTE DO DISTRITO DO BELCHIOR

Mais de dois meses depois de tomar posse, o governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, indicou oficialmente hoje o primeiro intendente do recém criado Distrito do Belchior.

Será Raul Schiller, como esta coluna havia antecipado na sexta-feira passada. Sem muita divulgação até agora e devido a algumas resistências, a apresentação será nesta quinta-feira às 19h30min no Clube de Bocha Belchior. Parece que ainda se está em campanha.

PARA RELER O COMENTÁRIO DE SEXTA-FEIRA, às 11h59min

E A SUPERINTENDÊNCIA DO DISTRITO DO BELCHIOR?

Hoje faz dois meses e dois dias que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB tomou posse. Até agora em que posto esse comentário não nomeou oficialmente o superintendente do recém e único Distrito daqui, o de Belchior - que o PT quis mudar até de nome e o PMDB ficou na moita e deixou os outros espernearem. O ex-vereador Jaime Kirchner, PMDB, entrou no último minuto. O Belchior é onde Gaspar começou.

Na administração de Kleber apenas o diretor de obras de lá, Marco Vinício Reinert, está indicado.

Guardadas as proporções, é a mesma coisa que um município não tivesse prefeito ou representatividade administrativa perante à sua comundidade. O superintendente quando indicado será ligado ao vice-prefeito, Luiz Carlos Spengler Filho, PP. Mas, o nome que deve ir para lá, a princípio será do PMDB.

Ontem circulou a informação nos arredores do gabinete do prefeito de que o ex-vereador Raul Schiller, PMDB, da região da Figueira, aqui na Margem Direita, seria o indicado.

Foi considerado um balão de ensaio. Foi para sentir a reação. E a reação não foi boa, a julgar pelas conversas de ontem a noite das lideranças do Belchior reunidas na Capela Santa Catarina para discutir o problema da segurança do bairro com a implantação da penitenciária de Blumenau, nas cercanias do Belchior Baixo.

Não se questiona à capacidade administrativa, ou não, de Raul, mas o conteúdo político da indicação e à falta de identidade dele com a região. Raul possui planos para voltar a vereança, mas com os votos da Figueira e Bela Vista, as suas praças preferidas, não deu mais. Com o Belchior, a taxa aumenta. O PMDB e ele miram no que fez Rui Deschamps, PT, lá para se eleger vereador em outubro passado.

Lideranças do Belchior já fizeram esta leitura e não gostaram. Então... Acorda, Gaspar!
Platao
07/03/2017 17:05
Boa tarde, Colunista!!
Saber que a nova Administração atual esta perdida eu já sabia, mas perdida e mal assessorada eu ainda tinha as minhas duvidas.
Com tantos capacitados e especialistas na área, conseguem mandar para a Câmara de Vereadores 3 projetos de leis inconstitucionais, o ultimo tiveram que mandar o Vice Prefeito protocolar um pedido de retirada da pauta, pois, o Presidente Ciro Quintino iria ler na integra a devolução do projeto cheios de erros amadores. O bá-fá-fá na Câmara de Vereadores foi enorme e a vergonha dos que compõem a base maior ainda.
Sao estas e outras que o PMDB de Gaspar mostra para que veio.
Estamos de olho nas próximas mancadas. Como diria Wando Andriette: " um beijo no coração"
Dante
07/03/2017 16:19
Pois é Herculano, fiquei sabendo hoje que a prefeitura vai vender os mortos do municipio e isto esta previsto para acontecer no dia 11/04/2017 às 9h e 9h30min. respectivamente, no Departamento de Compras e Licitações da Prefeitura Municipal de Gaspar
Michel, que não tem o Temer!
07/03/2017 15:17
Adorei a sua frase colunista Herculano!

"E o PT é um expert na adoção por conta da omissão dos demais."

Que sirva de lição para toda e qualquer omissão de todos os demais partidos e políticos gasparenses!

Completo a frase dizendo ainda: "... o PT é o mais oportunista e hipócrita de todos os partidos, e, aqui em Gaspar, ele se supera, é sempre o pior!"
Herculano
07/03/2017 12:57
CONTRADIÇÃO ENTRE REFORMAS E LAVA JATO SO EXISTE NA CABEÇA DE CELSO DE BARROS, por Kim Kataguiri, coordenador do Movimento Brasil Livre, no jornal Folha de S. Paulo

As colunas de Guilherme Boulos, Janio de Freitas, Celso de Barros e Gregorio Duvivier deveriam ser unidas em uma só. Há tempos, todos eles batem na mesma tecla, a de que o impeachment foi uma grande farsa para dar espaço a um governo pautado por banqueiros.

Em seus dois últimos artigos, Celso de Barros sustentou a mesma tese, mas trazendo uma novidade. Para ele, nesse período pós-impeachment, a "direita brasileira precisa se decidir sobre Temer" pois "abandoná-lo é colocar em risco as reformas de mercado, apoiá-lo é colocar-se no centro do alvo da Lava Jato".

Para início de conversa, a direita nunca esteve com Temer. Como já repeti inúmeras vezes, quem lutou pelo impeachment não escolheu Michel Temer. Quem escolheu foi a Constituição. Diferente da esquerda, a direita sabe que a lei está acima de seus anseios políticos.

A escolha dos liberais virá em 2018. Setores expressivos da esquerda ainda parecem acreditar na candidatura de Lula. Quando descobrirem que não passa de um delírio, será tarde demais - mas isso já é assunto para outro artigo.

Não conheço ninguém que seja contra a Lava Jato por defender as reformas econômicas que estão sendo postas em debate. Aliás, quem aceita a corrupção, desde que cometida em prol de um projeto "virtuoso", são os esquerdistas, que acolheram de braços abertos os "guerreiros do povo brasileiro" condenados no mensalão e cujo melhor quadro para 2018 é réu, acusado de chefiar um assalto bilionário aos cofres públicos.

Como bem escreveu Demétrio Magnoli, os mesmos intelectuais de esquerda que aplaudem os inquéritos contra os aliados de Temer dizem que a Lava Jato é uma grande conspiração para inviabilizar a candidatura de Lula à Presidência da República.

Podemos desenhar uma interessantíssima teoria com os devaneios dessa gente: se o governo Temer quer acabar com a Lava Jato, e o objetivo da operação é perseguir Lula, então o impeachment foi um grande complô armado pelo PT e pelo PMDB para que Temer acabasse com as investigações e garantisse a vitória do PT em 2018. Tem lógica? É claro que não, mas isso é mero detalhe para aqueles que são guiados por cabrestos ideológicos.

Não é preciso ser apoiador do governo Temer para defender que temas como o sistema previdenciário, a legislação trabalhista e o sistema tributário sejam debatidos. Basta ter bom senso.

A oposição esquerdista está se limitando a negar o debate, repetindo berros do tipo "não existe rombo na Previdência!" e "não aceito governo golpista!" ad aeternum. Está dando tão certo quanto negar a Lei da Gravidade e pular do vigésimo andar de um prédio.

Me diga, Celso, por que aqueles que defenderam o impeachment precisam fazer uma autocrítica? A lei foi cumprida e o curso do trem que nos levava a mil por hora para um desastre similar ao da Venezuela foi desviado.

A pergunta "foi para isso que vocês derrubaram a Dilma?" - que não foi feita por Celso, mas está nas entrelinhas de seu artigo - é tão tola que, como diria Reinaldo Azevedo, está na categoria das coisas que nem erradas são. A pergunta correta é: o que piorou com a queda de Dilma Rousseff? Ministros citados na Lava Jato estão caindo, a economia está voltando a crescer, reformas importantes estão sendo debatidas no Congresso etc.

Qual é o motivo da indignação dos petistas? Existe algo objetivo ou é só esperneio por terem perdido o poder?

A direita sabe que há corrupção em todos os partidos. E é justamente por isso que, ao contrário da esquerda, apoia investigações contra todos os suspeitos. Mas existe, sim, algo de excepcional no PT: foi o único partido que utilizou a corrupção para atentar contra a República.

Os petistas, além de encherem os próprios bolsos, também utilizaram dinheiro saqueado dos cofres públicos para fechar o Congresso na base da propina. Isso não é opinião, é fato. Mas, para a militância vermelha, não há fato que destrua a verdade revelada pelos seus sacerdotes.

Sei que nenhum dos brilhantes intelectuais que citei no começo me responderão. Como bons esquerdistas de boutique, pensam que são seres iluminados, nobres demais para debater com um reles mortal, como eu. Não tem problema. Quando lançarem o livro "Todo mundo que discorda de mim é golpista", estarei lá para pedir autógrafos
Herculano
07/03/2017 12:37
TEMER ANUNCIA REFORMA TRIBUTÁRIA FATIADA E COM INÍCIO NO PRIMEIRO SEMESTRE

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Por Gustavo Uribe, Dimmi Amora e Maeli Prado, da sucursal de Brasília. O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (7) que a reforma tributária será fatiada e realizada por meio de medidas provisórias que serão enviadas à Câmara dos Deputados.

A proposta explicada pelo peemedebista, que foi antecipada pela Folha, prevê o envio até o mês que vem de iniciativa que altera as regras da contribuição para o PIS. Na sequência, até o final do primeiro semestre, será encaminhada mudança na legislação da Cofins.

Com as medidas provisórias, a intenção é acelerar a entrada em vigor e simplificar as regras dos dois tributos, mas sem alterar a carga tributária, para preservar ao máximo a arrecadação.

O anúncio foi feito durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão. O presidente também afirmou que o Palácio do Planalto pretende realizar mudanças no ICMS até o fim do ano.

"O governo federal até concorda com a direção apontada pelos conselheiros. Até o fim de março, adotaremos medida provisória para simplificação do PIS. Até o fim do primeiro semestre, adotaremos em relação a Cofins. E, no segundo semestre, será a vez do ICMS", disse.

Em 2016, o PIS representou cerca de 4% da arrecadação federal. A Cofins, 16%. Para evitar choques na arrecadação, a equipe econômica decidiu priorizar o PIS.

Hoje, existem cerca de 30 alíquotas para o PIS porque, desde 2002, quando ele sofreu uma reforma, diversos setores pressionaram o governo para recolher menos.

O que está em estudo neste momento pela equipe econômica é a definição de duas novas alíquotas para substituir todas as outras.

O presidente afirmou ainda que o Poder Executivo vai se engajar no apoio a medida de emenda constitucional, que tramita no Senado, a qual estabelece regras para a segurança jurídica de investimentos feitos pela inciativa privada.

Em discurso, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Rodrigues Martins, defendeu uma simplificação do PIS e Cofins e pregou também a criação de um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) federal.

A proposta, contudo, enfrenta resistência no núcleo econômico do governo federal, que considera mais viável realizar reformas do PIS e da Cofins.
Herculano
07/03/2017 12:33
IBGE CONFIRMA O CRIME DA TEIMOSA ECONOMISTA DILMA VANA ROUSSEFF CONTRA OS BRASILEIROS E O FUTURO DO PAÍS: COM O AVAL DO PT E DA ESQUERDA DO ATRASO, COM DOIS ANOS DE RECESSÃO, PIB BRASILEIRO ENCOLHE 7,2%.

ECONOMIA RECUOU 3,6% NO ANO PASSADO COMPLETANDO A MAIOR RECESSÃO DESDE 1930, E PIB DO PAÍS VOLTOU AO MESMO NÍVEL DE 2010

Conteúdo do Estado de S.Paulo. Texto de Daniela Amorim, Fernanda Nunes, Mariana Sallowicz, Vinicius Neder. A economia brasileira encolheu pelo segundo ano consecutivo em 2016, confirmando a pior recessão desde 1930. O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas, caiu 3,6% no ano passado, segundo divulgou o IBGE nesta terça-feira, 7. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que "a queda do PIB em 2016 é o espelho retrovisor."

Com dois anos de recessão, o PIB brasileiro acumula retração de 7,2%. Pelos dados do IBGE, é a maior retração desde 1948, mas séries históricas mais antigas, como as do Ipea, apontam para a maior recessão desde 1930, quando o mundo vivia a Grande Depressão, provocada pela quebra da Bolsa da Nova York.

O resultado veio um pouco abaixo do recuo de 2015, de 3,8%, e dentro das expectativas dos analistas. O tombo foi generalizado entre todas as atividades econômicas, com a agropecuária liderando os recuos (-6,6%), seguida pela indústria (-3,8%) e serviços (-2,7%).

A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, relutou em afirmar que se trata da pior recessão da história, por causa da falta de dados sobre antes de 1948. Ainda conforme os cálculos do IBGE, o PIB encerrou 2016 no mesmo nível do terceiro trimestre de 2010. "É meio como se estivesse anulando 2011, 2012, 2013, 2014, que tinham sido positivos", afirmou Rebeca.
No quarto trimestre, a queda do PIB foi de 0,9% em relação aos três meses anteriores, a oitava nesta comparação. Nesta análise, a agropecuária cresceu 1%, enquanto a indústria (-0,7%) e os serviços (-0,8%) recuaram.

Depois de dois anos de contração do PIB, os analistas afirmam que já há sinais de melhora, como a queda da inflação e juros, e o crescimento da confiança de consumidores e empresários. Mas a indicação é que a recuperação ainda será frágil diante da alta taxa de desemprego, que compromete a retomada do consumo, um dos motores do crescimento nos últimos anos.
Pelos dados do PIB, o consumo das famílias caiu 4,2% em relação a 2015, enquanto a despesa do governo caiu 0,6%.

Os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), caíram 10,2%, o terceiro recuo seguido. O dado é olhado pelos economistas para medir a capacidade da economia de crescer.
Apesar do tombo generalizado entre todas as atividades, as exportações mostraram alta de 1,9%, impedindo um declínio maior do PIB.

O governo tem adotado o discurso de que o PIB vai mostrar crescimento já no primeiro trimestre deste ano. De acordo com as projeções dos analistas ouvido pelo Banco Central, a economia deve ter alta de 0,49% em 2017 e de 2,39% em 2018.

Em 2015, o quadro já fora ruim, quando houve declínio de 3,8%. Em 2014, o PIB cresceu apenas 0,5% - dado revisado após taxa positiva original de 0,10%.
Sidnei Luis Reinert
07/03/2017 12:14
Dificilmente Temer cairá antes de acabar mandato


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Respiram, aliviados, os deuses do rentismo ?" cuja força econômica não permitirá o afastamento de Michel Temer antes do término do mandato em 2018. É altíssima a aposta de que, antes do meio do ano que vem, o Tribunal Superior Eleitoral não conseguirá tomar uma decisão final sobre a eventual cassação da chapa Dilma/Temer. A crença é que, se ficar muito próxima de outubro, a decisão do TSE tem grandes chances de deixar tudo como está...

Cada nova delação premiada de dirigente da Odebrecht apenas confirma que Michel Temer (então presidente do PMDB) efetivamente pediu apoio financeiro de empreiteiras para o caixa reeleitoral de 2014. A torcida maior de Michel Temer é que a protelação no processo acabe emplacando. Um dos "planos" é que articulações de bastidores sugiram que novas e infindáveis diligências sejam pedidas, antes que o caso seja efetivamente colocado em julgamento final no TSE.

Mesmo que cause mais desgaste político, a "embromação" é o negócio mais seguro para Temer. Ainda este ano, o Presidente terá a chance de indicar três ministros para o TSE. A aposta é que os apadrinhados ajam com "independência e rigor", exigindo mais diligências. A defesa de Michel Temer também poderá armar recursos ao Supremo Tribunal Federal ?" o que também ajudaria a atrasar o andamento do processo.

Caso a chapa Dilma/Temer seja cassada, o Congresso Nacional deverá realizar uma eleição indireta para escolher o "novo" Presidente-tampão". Os "candidatos" citados em tal hipótese são Nelson Jobim e Carlos Ayres de Britto (dois ex-ministros do STF). Especula-se até sobre o nome do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso.

A instabilidade política tende a se ampliar com as 77 delações da Odebrecht que complicam a vida de pelo menos 170 congressistas. No entanto, os deuses do mercado não ligam para isto. O negócio, para eles, é a estabilidade econômica para fazer os grandes negócios previstos na agenda de Temer. O resto que se dane...

Assim caminha o Brasil, em ritmo de ruptura institucional e com risco de explosão de violência que pode gerar desintegração, porém com uma economia (prejudicada pela corrupção) que pode voltar a crescer, ironicamente, com muito dinheiro roubado que voltará ao País nas repatriações ou disfarçado de "investimentos estrangeiros diretos". No final das contas, o crime institucionalizado sempre compensa... E como...

Alguns bodes expiatórios serão detonados pela Lava Jato, para que o "sistema" continua intocável, apenas "reformado" para enganar os "verdadeiros otários" e "bobos da corte" que somos nós, os cidadãos-eleitores-contribuintes extorquidos pelo Capimunismo Tupiniquim.
Herculano
07/03/2017 08:30
REFORMA ESTÁ À ALTURA DAS DISTORÇÕES NA PREVIDÊNCIA, editorial do jornal O Globo

Há reclamações de que propostas de mudanças no sistema são duras, mas elas refletem a demora que governos levaram para adequá-lo às rápidas alterações demográficas

Mesmo que não fosse do folclore brasileiro dizer que o ano começa depois do carnaval, isso acontecerá forçosamente com a reforma da Previdência. Pois é necessário que o projeto encaminhado pelo governo à Câmara dos Deputados comece a tramitar agora, não muito depois da Quarta-Feira de Cinzas, para que, como é necessário, a reforma seja aprovada em meados do ano, bem antes do calendário eleitoral de 2018.

Por se tratar de Proposta de Emenda Constitucional (PEC), há um longo rito a ser cumprido, que passa por duas votações em cada Casa do Congresso, sempre com a exigência de apoio de no mínimo três quintos (60%) dos deputados e senadores. Não se pode perder tempo.

O presidente Michel Temer agiu com acerto ao entrar no trabalho político de convencimento de parlamentares sobre a importância desta reforma, depois que o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi alvejado pelo depoimento de José Yunes, amigo e ex-assessor do presidente, de que teria sido usado pelo ministro como "mula" no envio a ele de um envelope em que haveria dinheiro da Odebrecht para financiar campanhas do PMDB. Além disso, Padilha, o principal negociador do Planalto no Congresso para viabilizar as mudanças previdenciárias, pediu licença para realizar uma cirurgia em Porto Alegre. E já não voltou ontem ao trabalho, como era previsto. Prorrogou a licença, enquanto se aguarda a lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a ser encaminhada ao Supremo com pedidos de abertura de inquéritos sobre políticos com foro privilegiado citados em depoimentos da cúpula da Odebrecht à Lava-Jato. Entre eles, provavelmente Padilha.

Joga-se muita coisa importante nesta reforma, a própria estabilidade da economia, dependente do estancamento da tendência de déficits previdenciários crescentes, devido às rápidas mudanças demográficas por que passa o país. Com uma população em irreversível processo de envelhecimento, a queda no número de jovens cuja contribuição previdenciária paga os benefícios dos mais velhos, enquanto cresce a expectativa de vida destes, instalou dentro do INSS uma bomba-relógio de alto poder destrutivo.

Há quem considere dura a regra proposta da idade mínima de 65 anos para se pedir aposentadoria ?" como vários países já fazem ?", bem como as normas de transição para quem está no mercado de trabalho. Mas sucede que o conteúdo da PEC reflete a demora dos governantes em adequar o sistema previdenciário à nova demografia dos brasileiros.

Daí os gastos com previdência já serem 40% das despesas primárias (sem os juros) da União. Índice em alta constante, porque, entre outros fatores, apesar de a população estar com uma expectativa de vida de 75 anos, continua a poder se aposentar com 58, em média.

É claro, por simples lógica aritmética, que esta conta não fecha. O déficit ultrapassou já os R$ 100 bilhões, e mesmo que a economia volte a crescer e a gerar empregos, o quadro estrutural da crise previdenciária continuará o mesmo. Até chegar ao ponto de o sistema comprometer todo o Orçamento. A crise fiscal que espreita o país daqui a mais alguns anos será tenebrosa, com desdobramentos políticos de mesmo teor.
Herculano
07/03/2017 08:27
'QUADRO DE DESCALABRO", por Eliane Cantanhêde, no jornal O Estado de S. Paulo

O Fórum Estadão, que debateu ontem o "Equilíbrio entre os Poderes", começou com uma dura crítica do ex-ministro Mailson da Nóbrega à irresponsabilidade fiscal do Judiciário, passou pela avaliação do ex-presidente do BC Gustavo Loyola de que a culpa maior é do Legislativo e fechou com a economista Zeina Latif jogando o Executivo no vendaval das críticas.

Mailson, da Consultoria Tendências, sugeriu que os cursos de Direito incluam economia entre as disciplinas obrigatórias e condenou o aumento salarial de magistrados do Rio em meio à grave crise fiscal e a decisão da ministra Cármen Lúcia (que Zeina também criticou) de manter repasses da União para o mesmo inadimplente Rio. A ministra sempre diz que sua liminar foi para estabelecer uma trégua e obrigar as partes, Estado e União, a negociarem. Mas os economistas não se convenceram...

Loyola, também da Tendências, criticou "a mania dos economistas de atribuir todas as culpas ao Judiciário" e, admitindo que vem de uma família de advogados e magistrados, tascou: "A maior responsabilidade é do Legislativo, que joga nas mãos do juiz decidir sobre leis utópicas". O processo legislativo, diz, "é muito ruim". E Zeina (XP) lembra que quem jogou o País na crise foi o Executivo, inclusive escamoteando a realidade fiscal para continuar gastando.

Mas nem tudo é só desgraça. Apesar de crítica aos três Poderes, Zeina Latif (XP) lembra avanços, como o teto de gastos e a flexibilização da exploração do pré-sal. E o professor José Márcio Camargo (PUC-RJ) acrescenta que, em meio a tantos temores e solavancos, as instituições brasileiras funcionam bem. Sem citar a política de crédito e consumo de Lula, Camargo propôs o contrário: "Não existe crescimento futuro sem sacrificar o consumo no presente". Aliás, o Brasil gasta, per capita, 12 vezes mais com seus velhos do que com suas crianças.

Armando Castelar (FGV) alertou para o descumprimento de contratos, sobretudo na área trabalhista, e disse que o ativismo judicial é "preocupante", até por desconsiderar a pessoa jurídica. Erica Gorga (FGV) fez eco: a ênfase da Lava Jato está na proteção do dinheiro do Estado, sem preocupação com o dinheiro privado. Para ela, há um "desprezo aos investidores".

Para Joaquim Falcão (FGV), o problema "não é o protagonismo do Supremo, mas o ativismo individual dos ministros. Não temos um Supremo, temos 11 supremos". E provocou: "Por que o STF não tem de cumprir prazos?" Se escapuliu de polemizar com Mailson pelo desprezo do Judiciário às questões econômicas e financeiras, o ex-presidente do STF Ayres Brito respondeu a Falcão: "É isso mesmo, (o Supremo) são 11 ilhas", mas "seria ruim que combinassem as ações nos bastidores". E, com 50 mil ações no STF, "não há como lavrar a jato."

Ex-deputado do PT, Paulo Delgado (Fecomércio) fez restrições às dez medidas de combate à corrupção, adulteradas na Câmara: "Da mesma forma que o Congresso não pode proteger parlamentares investigados, o MP não pode se valer de provas ilícitas". E alertou: "Ninguém quer ver o acúmulo de excessos e destemperança na cúpula do Estado".

Permearam o debate os confrontos público-privado, política-economia, direitos individuais-direitos coletivos, enquanto, a muitos quilômetros do Fórum, o ministro Herman Benjamin (STJ), relator da cassação da chapa Dilma-Temer no TSE, concluía que a Odebrecht se apropriou do poder. E Gilmar Mendes (STF) fazia coro: "Há um quadro de descalabro".

As críticas partem de todos os lados, mas o professor Camargo tem razão: as instituições funcionam plenamente no Brasil, apesar de tudo isso ou talvez por causa de tudo isso, desse processo, dessa transparência. Está ruim, mas pior do que está não fica.
Herculano
07/03/2017 08:24
O NO DOS IMPOSTOS, por Míriam Leitão, no jornal O Globo

Reforma tributária todos prometem fazer, mas acabam se enredando nos mesmos vetos e ficando presos nos mesmos nós. A Receita tem medo de perder arrecadação, o contribuinte quer uma redução dos impostos, os estados querem ficar com uma fatia maior do bolo. Não dá para agradar a todos. Reforma tributária se negocia com as bancadas estaduais e não com os partidos.

Para negociar a mudança da Previdência é preciso conversar com os partidos. Eles têm diferenças programáticas e defendem às vezes lobbies diferentes. Já na tributária, parlamentares adversários no campo político costumam defender o mesmo ponto que favorece o seu estado e seu eleitorado. As técnicas e a abordagem são diferentes na negociação. Fazer as duas reformas ao mesmo tempo é muito difícil. O governo Lula tentou.

No dia 30 de abril de 2003, quatro meses depois da posse, o presidente Lula foi pessoalmente ao Congresso e entregou os textos das duas reformas que ele disse achar fundamentais para garantir o crescimento do PIB. Uma alterava a aposentadoria do servidor e a outra a organização de impostos. A primeira foi atenuada mas aprovada, e a outra, abandonada. Entre as várias mudanças que prometia, uma era a de "acabar" com a guerra fiscal unificando a legislação do ICMS e reduzindo o número de alíquotas. A guerra nunca acabou e amanhã o STF vai julgar uma ação do governo de São Paulo contra vários programas de incentivo de Goiás que, segundo os paulistas, são inconstitucionais.

Todos os governos tentaram e seguiram o mesmo caminho. Começam com a ideia de fazer uma reforma ampla, depois de algum tempo optam por fazer mudanças pontuais, fatiadas, para assim enfrentar um problema por vez. O governo Temer começa a falar no assunto, mas já vai direto para a ideia do fatiamento. Encontrará os mesmos bloqueios.

A reforma do PIS-Cofins havia sido apresentada pela presidente Dilma. No período do ministro Joaquim Levy, a proposta foi usar parte do dinheiro da repatriação para financiar a mudança no ICMS dos estados, compensando os que tivessem perdas temporárias com a reforma. Isso foi abandonado no Congresso e o dinheiro da repatriação acabou indo para os cofres estaduais exauridos.

Falar de imposto no Brasil é mexer em vespeiro. Qualquer que seja o tópico. Publiquei aqui no sábado que os empresários estão pedindo a volta do Reintegra. Por esse mecanismo, os exportadores receberiam 5% do valor de tudo o que exportam a título de retirada do que eles definem como resíduo tarifário. Eu acho que isso é benefício fiscal. Pois ontem foi o dia de ouvir reclamação.

A Abimaq e a Abit entraram em contato para dizer que discordam de que o programa seja algum tipo de benefício ao setor industrial. Para eles é apenas a restituição de impostos pagos e que acabam tirando competitividade do produto brasileiro exportado. O presidente da Abit, Fernando Pimentel, diz que o Reintegra é só um instrumento para atenuar o "manicômio tributário" brasileiro. Já o presidente-executivo da Abimaq, José Velloso, diz que a associação encaminhou um projeto de reforma tributária ao Congresso, mas que ele está parado. "A reforma que seria necessária este Congresso não faria", afirmou.

O que eles têm razão é que o país não faz a reforma tributária e isso os leva a propor como solução algum benefício setorial compensatório. E sim, o país parece um manicômio tributário, mas a loucura não atinge apenas empresários, mas todos os contribuintes. A diferença é que os empresários formam grupos de pressão e pedem mudanças que os favorecem e eventualmente conseguem.

A "Folha de S.Paulo" publicou que o governo quer fazer em três etapas iniciais e o primeiro passo seria o PIS. Ele tem uma alíquota de 1,65%, mas 30 setores conseguiram pagar menos. O governo quer simplificar para apenas duas alíquotas. Quando fizer isso, quem pagava menos vai dizer que é aumento de imposto. E é sempre assim.

O governo anterior criou tantos benefícios setoriais que isso torna mais difícil ainda fazer qualquer reforma simplificadora. A equipe tem deixado vencer o benefício e, então, não renova. Há um enorme trabalho a fazer de simplificação e redistribuição de impostos. Mas este é o tipo de assunto em que falar é fácil, fazer é que são elas
Herculano
07/03/2017 08:18
O MUNDO REAL, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

No mundo ideal, os parlamentares aprovariam sem mais delongas a reforma da Previdência em razão de sua urgência e de sua absoluta necessidade. Também no mundo ideal, os movimentos sociais, se de fato estivessem preocupados com as pessoas pobres que dizem proteger, apoiariam a reforma, pois entenderiam que é a única forma de garantir, num futuro previsível, a própria existência da Previdência Social.

Como não vivemos no mundo ideal, o governo está sendo obrigado a ameaçar com perda de cargos e de sinecuras os parlamentares que supostamente fazem parte da base aliada, mas que, por razões puramente fisiológicas e sem nenhuma consideração pelos eleitores que representam, pretendem explorar o momento crítico para chantagear o presidente Michel Temer.

Do mesmo modo, os tais movimentos sociais, totalmente indiferentes ao futuro do sistema previdenciário, usam o tema da reforma para fazer a única coisa que lhes interessa: oposição cerrada ao presidente Temer, a quem qualificam de "golpista". Jamais foi seu objetivo discutir as nuances da reforma proposta pelo governo ou mesmo apresentar alguma alternativa para salvar as aposentadorias e, com elas, as contas públicas. Seu objetivo, desde sempre, foi desqualificar qualquer reforma da Previdência, ainda mais quando essa reforma é proposta por aqueles que esses movimentos consideram não como adversários, mas como inimigos.

É justamente por saber que não vivemos no mundo ideal que o governo partiu para uma ofensiva política e publicitária para fazer avançar as mudanças previdenciárias. Conforme noticiou o Estado, o Palácio do Planalto mandou avisar que os parlamentares governistas terão de comprovar que estão com o governo de maneira permanente, e não ao sabor das circunstâncias e dos benefícios que possam auferir.

A intenção é substituir imediatamente os deputados governistas que integram a comissão da Câmara que avalia a reforma da Previdência e que sinalizaram alguma forma de oposição às mudanças encaminhadas pelo governo. Os recalcitrantes, segundo o Palácio do Planalto, serão devidamente punidos.

A razão dessa atitude mais enérgica é simples: no momento não cabem considerações de caráter paroquial, pois estão em jogo o alívio das contas públicas nos próximos anos e a própria viabilidade do sistema previdenciário. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, começou a conversar com os parlamentares para demonstrar que não é possível recuar dos principais pontos da reforma, especialmente a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres e o regime de transição para homens acima de 50 anos de idade e mulheres acima de 45. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um dos que eram inicialmente reticentes sobre a velocidade da reforma, parece ter mudado de ideia depois de se encontrar com Meirelles e agora se diz convencido da necessidade de acelerar o processo.

Esse poder de dissuasão, contudo, não funciona com os movimentos sociais, cuja intenção é sabotar o governo e seus esforços para equilibrar as contas públicas. Como fazem muito barulho, esses grupelhos podem criar uma atmosfera hostil à reforma da Previdência e influenciar a votação no Congresso. Assim, para avançar nesse terreno, o PMDB, partido de Temer, decidiu partir para o ataque, realizando uma campanha nas redes sociais em que aponta os efeitos nefastos da eventual desfiguração da reforma. "Se a reforma da Previdência não sair, tchau Bolsa Família, adeus Fies, sem novas estradas, acabam programas sociais", diz uma das postagens. O PT, é claro, classificou a peça de "terrorismo" ?" como se não fosse terrorismo dizer, como fazem os petistas, que a reforma da Previdência vai acabar com as aposentadorias ou que os brasileiros terão de trabalhar até morrer para receber o benefício.

Está na hora de impedir com vigor que os parasitas do dinheiro público continuem a contaminar o debate sobre a Previdência, deixando claro para todos que, sem uma reforma - mesmo tímida, como a apresentada pelo governo -, o sistema deficitário elevará a dívida pública, reduzirá investimentos para fazer o País crescer e consumirá recursos de áreas como saúde e educação - afetando, portanto, especialmente os mais pobres.
Herculano
07/03/2017 06:46
A FARRA E AS DESCULPAS

O RBS Notícias resolveu, genericamente, mostrar o quanto os deputados federais e senadores catarinenses gastam. Boa.

Quando chegou a vez dos senadores, descobriu-se que Paulo Bauer, PSDB, foi o que mais gastou.

Entrevistado, justificou que com a morte de Luiz Henrique da Silveira, PMDB, resolveu colocar um escritório de atendimento em Joinville, além do que possui em Florianópolis.

Espera ai. O escritório de atendimento aos eleitores significa ter uma "máquina" ativa de votos e que garante ao parlamentar uma permanente cabala. Isso não deveria ser paga pelo bolso do senador -pois é do seu interesse atender bem os seus supostos interesses e eleitores? Ou bancada pela milionária verba partidária, que já sai dos pagadores de pesados impostos dos brasileiros, dinheiro que deveria estar na saúde, educação, segurança, assistência social obras de infraestrutura? Wake up, Brazil!
Herculano
07/03/2017 06:14
TEMER SUBSTITUIU O "NÃO SABIA" PELO "NADA A VER", por
Josias de Souza

Michel Temer não tem nada a ver com os R$ 10 milhões que a Odebrecht deu ao PMDB por baixo da mesa em 2014, como não teve nada a ver com o rateio do dinheiro. Marcelo Odebrecht, o provedor dos recursos, foi recebido em jantar no Jaburu. Seu funcionário Cláudio Melo Filho acertou a distribuição do dinheiro com o atual chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, amigo do presidente há três décadas. Mas Michel Temer não tem nada a ver com isso.

Diz-se que parte do dinheiro (R$ 6 milhões) foi para a campanha de Paulo Skaf, que era o candidato de Temer ao governo de São Paulo em 2014. Informa-se que coube a Padilha fazer a divisão do que sobrou (R$ 4 milhões). Mas Michel Temer não tem nada a ver com isso.

O delator Cláudio Melo diz que um dos endereços onde mandou entregar dinheiro vivo foi o escritório paulistano do advogado José Yunes. Amigo de Temer há 50 anos, Yunes demitiu-se da assessoria especial do Planalto quando a revelação ganhou as manchetes. Mas isso não tem nada a ver com o presidente.

Com um atraso de quase três meses, José Yunes levou os lábios ao trombone para admitir que, a pedido de Eliseu Padilha, recebera em seu escritório um ''pacote'' das mãos do notório doleiro Lúcio Funaro. Entregou a encomenda para alguém cujo nome não se lembra. O barulho de Yunes e o mutismo de Padilha se parecem muito com uma operação para blindar o amigo-presidente. Michel Temer, obviamente, não tem nada a ver com isso também.

As contas da campanha presidencial de 2014 estão apodrecidas. O departamento de propinas da Odebrecht enfiou dinheiro roubado da Petrobras e adjacências dentro da caixa registradora do comitê eleitoral. Michel Temer não tem nada a ver com isso. Nada a ver também com os pagamentos ilegais que a Odebrecht fez ao marqueteiro João Santana no estrangeiro. O vice virou presidente graças aos mesmos 54 milhões de votos dados pelo eleitorado à antecessora deposta. Mas por que diabos Michel Temer teria alguma coisa a ver com isso?

O 'nada a ver' é uma adaptação de Michel Temer ao 'não sabia' de Lula e Dilma. Permite que ele governe sem que nenhuma revelação abale o seu otimismo. Muita gente acredita em Temer porque sua desculpa tem lógica. O presidente deveria mandar tatuar na testa a frase: "Eu não tenho nada a ver com isso." Pouparia o papel e a tinta das notas oficiais.

Hoje, Michel Temer está licenciado da presidência do PMDB. Mas comandou a legenda por 15 anos. Se durante todo esse período não teve nada a ver com descalabros como a sociedade que seu partido firmou com o PT para assaltar a Petrobras e converter obras como Belo Monte em usinas de propinas, por que Michel Temer teria algo a ver com qualquer coisa agora? Melhor indultá-lo preventivamente com uma amnésia coletiva fingida. Do contrário, seria necessário concluir que o Brasil está sendo presidido por um tolo.
Herculano
07/03/2017 06:11
ODEBRECHT PAGOU MESMO 7 MILHÕES A PARTIDOS QUE APOIARAM DILMA

Conteúdo de O Antagonista. O ministro Herman Benjamin, nos depoimentos que colheu ontem com Cláudio Melo Filho, Alexandrino Alencar e Hilberto Silva, obteve a confirmação de que a Odebrecht pagou 7 milhões de reais no caixa dois, em espécie, pela adesão de cinco partidos à coalizão em torno da chapa Dilma-Temer, nas eleições de 2014.

Entre os partidos que levaram bola, estão o PCdoB e o PRB [o partido dos pastores evangélicos].

Foi confirmado a Herman Benjamin que Marcos Pereira, do PRB, atual ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, foi o encarregado de receber o dinheiro.
Herculano
07/03/2017 06:07
METADE DA FÚRIA CONTRA TRUMP É DE UMA HIPOCRISIA SEM LIMITES, por João Pereira Coutinho, escritor e sociólogo português, no jornal Folha de S. Paulo

1. Donald Trump pode ser mau para a América mas é bom para o negócio. Eis, em resumo, uma conversa tida com um jornalista americano ?"ainda antes da eleição.

Ele, democrata desde o berço, contava-me os seus dilemas. Politicamente falando, o Donald não lhe oferecia optimismo e confiança. Mas, por outro lado, ele tinha família para sustentar. Os jornais já tinham conhecido melhores dias. E a presidência Obama, apesar de um escândalo aqui e ali, era um tédio sentimental.

Com o Donald, pelo contrário, haveria matéria diária para oferecer às massas. Aliás, não apenas com o Donald: qualquer republicano era sempre garantia de melhores vendas. Moral da história?

Ele votaria Hillary (por princípio) mas torceria por Trump (secretamente). "Foi a mesma coisa com Bush", disse. E acrescentou: "Você acha que Al Gore ou John Kerry vendem um único exemplar?".

Escusado será dizer que o ianque tinha razão. A sabedoria chinesa aconselha qualquer ser humano a não viver em tempos interessantes? A sabedoria chinesa não tem jornais para vender.

Basta olhar para os números. Kyle Smith, no "New York Post", relembra alguns: no seu discurso ao Congresso, 48 milhões de americanos assistiram ao espectáculo Trump (o Oscar, "by the way", teve 33 milhões).

Mas há mais: Trump foi um bálsamo para as assinaturas do "The New York Times" ou do "The Wall Street Journal", que subiram a pique. Sem falar da CNN ou da Fox News, que melhoraram dramaticamente o ibope.

Mas o milagre Trump não ficou pelas notícias. A sátira televisiva nunca conheceu dias tão solares. Trump ressuscitou o "The Daily Show", idem para o "The Late Show", e ofereceu os melhores resultados do "Saturday Night Live" (em 23 anos).

E a tendência, opinião pessoal, é para subir. A mídia, como diz o fanfarrão, é "inimiga do povo"? Isso é música celestial para os ouvidos das redações. Com o Donald, o jornalismo adquire um renovado propósito ?"e uma épica missão.

Eu próprio, à minha insignificante escala, já estou grato ao demente. Durante anos, estudei anonimamente a democracia e as suas metástases (como o chamado "populismo"). Desde a eleição de Trump, são regulares os convites (pagos) para iluminar o povo sobre temas tão solenes. Não é de excluir um livro sobre o assunto.

Metade da fúria contra o presidente americano é justificada e genuína. Mas a outra metade, sejamos francos, é de uma hipocrisia sem limites: aqueles que marcham contra Trump, ou aqueles que marcharam contra as guerras de Bush, são os mesmos que mais faturam com ele.

Se houvesse justiça neste mundo, o "The New York Times" ou a CNN já teriam partilhado os lucros dos últimos meses com o santo padroeiro que chegou à Casa Branca.

2. "Cresce apoio gay a Marine Le Pen", avisava esta Folha. Bizarro? À primeira vista, talvez. À segunda, nem tanto.

O jornalista Daniel Avelar explica que a Frente Nacional é o partido preferido da comunidade LGBT na França. Motivos? Sim, houve esforços para "desdemonizar" a legenda ?"e Florian Philippot, homossexual e vice-presidente de estratégia e comunicação do partido, tem sido exímio nessa tarefa.

Mas é preciso acrescentar um detalhe: a comunidade LGBT apoia Marine Le Pen porque teme, mais do que qualquer outro grupo, a potencial "islamização" de um país onde 7,5% da população (no mínimo) é muçulmana. Um medo justificado?

Prefiro responder à pergunta com outra pergunta: que tipo de tratamento os gays, lésbicas ou bissexuais recebem em países de maioria muçulmana?

Agora respondo: a tolerância pode ir da prisão (Omã, Egito, Síria etc.) até a pena de morte (Arábia Saudita, Irã, Iêmen etc.). O mapa do Oriente Médio é o terror de qualquer homossexual.

Para usar as palavras do filósofo Nassim Nicholas Taleb, a comunidade LGBT da França é um caso de "skin in the game". Ela sente na carne aquela belíssima expressão brasileira sobre a pimenta e o refresco.

Nós, que não temos a "pele no jogo", podemos considerar esse medo um preconceito, uma aberração, um insulto, uma calamidade. É indiferente. A única forma de compreender o populismo, e se possível travá-lo, é descer da torre de marfim e provar o nosso refresco com a pimenta dos outros
Herculano
07/03/2017 05:57
SUPLENTE LEVOU R$80 MIL POR 6 DIAS DE MANDATO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Wirlande da Luz, suplente de Romero Jucá (PMDB-RR), virou senador quando o titular foi nomeado ministro do Planejamento de Temer, mas ficou na vaga por só 4 dias úteis, entre 17 e 23 de maio. O senador por 6 dias Wirlande da Luz só participou de uma sessão do Senado e não apresentou um único projeto, mas embolsou R$67.526 de "ajuda por início e fim do mandato", além de R$11.662 da cota parlamentar.

RELÂMPAGO E O TROVÃO
Wirlande foi tão senador quanto Jucá foi ministro. O mandato foi entre o relâmpago do impeachment e o trovão da delação de Sérgio Machado.

BOLSO CHEIO
Virginio de Carvalho foi outro a faturar no Senado. Em dois meses de mandato, recebeu R$220 mil entre salários, ajuda de custo e "cotão".

ESCRITORIO DE APOIO?
Se Wirlande não teve tempo de montar o gabinete, Carvalho contratou 14 servidores em Brasília e montou escritório de apoio com outros 19.

NA NOSSA CONTA
Os 21 suplentes que exerceram mandato, receberam mais de R$1,4 milhão só de ajuda de custo, fora salários, auxílios e cota parlamentar.

HÁ 92 OBRAS DE PRESÍDIOS PARADAS NO BRASIL
Anunciada em 2013 pelo governo Dilma, a obra da 5ª penitenciária federal no complexo da Papuda, em Brasília, ainda não foi concluída, a exemplo de outras 91 obras de presídios em todo o País ?" segundo dados do Ministério da Transparência. No caso da Papuda, faliu a construtora. Retomada nove meses depois, a construção do presídio está devagar, quase parando: só 65% dos projetos estão concluídos.

VAGAS À ESPERA
As 92 obras de presídios, que geram 42,5 mil novas vagas, estão atrasadas ou paralisadas por ordem do TCU ou por iniciativa do MPF.

ATRASOU, ENCARECEU
A conclusão da obra da penitenciária de segurança máxima na Papuda está prevista para outubro, e saltou de R$ 34 para R$ 39 milhões.

BLOQUEADORES, NÃO
O presídio terá aparelhos de raio-x, coleta digital e detectores de metal de sensibilidade. Não se fala em instalar bloqueadores de celulares.

MILITARES COM SERRAGLIO
A equipe do ministro da Justiça, Osmar Serraglio, provoca reações. Policiais criticam pela escolha de militar, o contra-almirante Alexandre Mota, como secretário interino de Segurança Pública. Desde 1989, os governos evitam militares no comando de órgãos de segurança pública.

EXPLICAÇÕES
Serraglio terá de explicar-se ao partido, o PMDB, que ganhou, mas não levou o Ministério da Justiça: os principais cargos continuarão entregues a tucanos nomeados pelo ex-ministro Alexandre de Moraes.

PEGOU MAL
Segue a estratégia petista de tentar desqualificar o juiz Sérgio Moro. Até José Roberto Batochio, experiente defensor do ex-ministro Antonio Palocci, tentou tirar Moro do sério. Não conseguiu. Ficou mal para ele.

DEZ MEDIDAS URGENTES
O senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) pedirá nesta terça urgência do projeto que resgata o texto original das Dez Medidas Contra a Corrupção, de autoria do MPF. Para ele, "o projeto foi desvirtuado".

PRIMEIRO AQUI
Leitores da coluna souberam na quinta o que jornalões só descobriram nesta segunda: ex-líder na Câmara, o deputado André Moura (PSC-SE) assumiu a Liderança do Governo no Congresso.

CRACHÁ NO PEITO
O repórter Victor Boyadjian deu o "furo" sábado (4), no Jornal da Band, da prisão de assaltantes de condomínios de alto padrão em São Paulo, Rio e Brasília. Mas não contou com o delegado da Polícia Civil do DF, que alegou "acordo de exclusividade com a Globo". Deve ser feliz portador de um crachá do Bozó, popular personagem de Chico Anysio.

CHOVENDO NO MOLHADO
A Constituição manda que nenhum servidor pode receber, a qualquer título, remuneração superior ao teto. Mas o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, promete alterar a Lei Orgânica para que a Constituição seja respeitada pelos marajás de estatais como Caesb e Metrô-DF.

FORA DA ESCOLA
Segundo senador Pedro Chaves (PSC-MS), há cerca de 1,7 milhão de jovens entre 15 e 17 anos no Brasil fora da escola, mas deveriam estar cursando o ensino médio. Para o senador, a educação "é essencial".

PENSANDO BEM?
?tem brasileiros aos montes na Odebrecht, mas "Italiano" só tem um
Herculano
07/03/2017 05:46
FHC DIZ QUE A CORRUPÇÃO É PIOR QUE CAIXA DOIS, MAS SERÁ MESMO? por Mário Sérgio Conti, no jornal Folha de S. Paulo

Um dos gângsteres da Odebrecht disse à Lava Jato que Aécio Neves pediu um dinheirão na campanha de 2014. Solícita, a empreiteira pôs R$ 9 milhões no caixa dois dos tucanos. O senador esclareceu que solicitara uma doação dentro da lei. Pouca gente lhe deu ouvidos.

Na quinta passada, dia 2, Fernando Henrique Cardoso veio em seu socorro. Numa nota à imprensa, sintetizou a distinção que está em todas as bocas da baixa política:

"Há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção".

Como a delação da Odebrecht emporcalhará uma penca de políticos, FHC aconselhou separar alhos de bugalhos. Vamos lá, pois. O artigo 317 do Código Penal diz que é corrupção solicitar ou receber vantagem indevida. Em teoria, é simples: o corrupto leva uma grana para beneficiar quem o corrompe.

Na prática, houve nuances. O Supremo, por exemplo, não condenou Collor por corrupção. Alegou que não ficara caracterizado o "ato de ofício", a ação concreta do presidente para que seu caixa de campanha, Paulo César Farias, recebesse dinheiro e lhe repassasse.

Anos depois, o mesmo Supremo, mas noutra composição, dispensou o ato de ofício para caracterizar a corrupção. Foi no julgamento do mensalão. José Dirceu ganhou determinada soma, disse o STF, mas não apontou o ato específico que ele cometeu para merecer o dinheiro.

O caixa dois, por sua vez, é regido pelo artigo 350 do Código Eleitoral. Ele caracteriza como falsidade a omissão de uma informação que deveria constar de um documento público. Em miúdos: o político omite da prestação de contas o dinheiro que entrou pelo caixa dois.

Voltando a Fernando Henrique. Ele afirma que a corrupção é crime. Já o caixa dois não passa de erro, a ser reparado ou punido. Não é bem assim. A corrupção é de fato crime, punível com 12 anos de prisão. Mas o caixa dois não é erro ?"é um delito que rende cinco anos de cana.

Até pela escolha de palavras, Fernando Henrique diz que a corrupção é pior que o caixa dois. Será mesmo? É uma discussão crucial. Porque a deduragem da Odebrecht pode implodir o sistema político criado a partir da primeira queda de Vargas.

Afora o hiato da ditadura militar (e noves fora a colocação dos comunistas na ilegalidade), os maiores partidos só puderam funcionar porque o poder econômico os financiou. Isso desde 1945.

Com o passar dos anos, o caixa dois ficou hegemônico. Jatinhos para cupinchas e aspones, programas de televisão onerosíssimos, marqueteiros alugados a peso de ouro, desvios para o bolso dos candidatos ""as campanhas passaram a consumir somas monstruosas.

Os grandes partidos se refastelaram. O resultado está aí: fraude da vontade popular, preponderância do dinheiro sobre o voto, uma casta de vigaristas no poder, nojo da política, podridão.

Os partidos agora tentam salvar os seus parlamentares, prefeitos, governadores e os seus presidentes. Buscam preservar os que usaram e abusaram do caixa dois. Ensaiaram uma anistia que, por desastrada, não vingou. Por enquanto.

Logo, logo, os ratos tentarão outra burla. Estão à cata de justificativas, de um arremedo de ideologia. A distinção feita por Fernando Henrique por certo não lhes passou despercebida.
Herculano
07/03/2017 05:42
LULA PERDE MAIS UMA, DESSA VEZ UM PROCESSO QUE MOVEU CONTRA JOICE HASSELMANN, por Rodrigo Constantino, do Instituto liberal

O ex-presidente Lula perdeu mais uma, dessa vez um processo que movia contra a jornalista Joice Hasselmann, por "ataques contra a honra" (é muita cara de pau mesmo para quem não tem honra alguma, eu sei). Abaixo, os comentários da própria jornalista sobre o caso, e depois trechos da decisão do juiz, que Joice me enviou. Seguem trechos da decisão:

Profiro desde logo decisa?o, por medida de economia processual. E o fac?o mesmo antes de decorrido o prazo para apresentac?a?o de defesa preliminar pela Querelada, visto que, qualquer que fosse o seu teor, a simples leitura da queixa, tal como oferecida, ja? denota que os fatos ali narrados na?o constituem crime.

[?]

E assim o fez para destacar a total primazia do direito a? liberdade de manifestac?a?o do pensamento e da liberdade de imprensa (pilares da ordem democra?tica) sobre os direitos da personalidade, como e? o caso do direito a? honra. Sendo assim, o Excelso preto?rio: a) afastou a possibilidade de qualquer tratamento juri?dico diferenciado aos agentes de comunicac?a?o social (qualquer que seja o meio de comunicac?a?o); b) sepultou toda e qualquer possibilidade de censura pre?via ou embarac?o, mesmo de ordem judicial, para a veiculac?a?o de qualquer mate?ria jornali?stica e, por fim, c) assegurou a protec?a?o ao direito a? honra (e demais direitos da personalidade), pore?m em cara?ter meramente subsidia?rio. E tanto assim que prescreveu observa?ncia do princi?pio da modicidade, mesmo em casos de reparac?a?o de danos civis advindos do abuso do direito de informac?a?o.

[?]

E? fato absolutamente noto?rio o crescimento da insatisfac?a?o popular com a administrac?a?o pu?blica federal, notadamente a partir das primeiras manifestac?o?es de rua, no ano de 2013, e que, desde enta?o so? cresceram ate? atingirem culmina?ncia com o impeachment da Sra. Presidente da Repu?blica, no ano de 2016. Dita insatisfac?a?o popular na?o se restringia a inconformismo com determinados atos de governo ou poli?ticas pu?blicas. Muito ale?m da simples diverge?ncia poli?tica, houve indignac?a?o com uma seque?ncia de esca?ndalos, o maior deles batizado de "petrola?o", com desdobramentos ate? agora na?o esgotados. Na?o se cogita aqui da veracidade ou falsidade das acusac?o?es que pesam sobre diversos agentes poli?ticos (dentre eles o pro?prio Querelante). Mas da existe?ncia de fatos absolutamente noto?rios e amplamente divulgados pela imprensa, configurando elementos indicia?rios robustos da malversac?a?o de recursos pu?blicos na ordem de bilho?es de Reais. E ta?o robustos que levaram a deciso?es do Poder Judicia?rio sobre apreenso?es miliona?rias de bens e valores e mesmo priso?es cautelares de importantes agentes pu?blicos, inclusive do primeiro escala?o da administrac?a?o pu?blica federal.

Isto, somada a? ra?pida deteriorac?a?o econo?mica ao longo do ano de 2015, com retrac?a?o da produc?a?o, aumento explosivo do desemprego e dra?stica reduc?a?o da renda e do consumo ?" todos estes fatos noto?rios e que independem de prova ?" so? fez aumentar a indignac?a?o e o clamor populares.

A? luz de tais pressupostos, de fato e de direito, reputo que, manifestamente, a conduta descrita na queixa mante?m-se nos limites do normal exerci?cio do direito de livre manifestac?a?o do pensamento e da normal liberdade de imprensa, sem poder se falar em abuso, em especial de propo?sito de ataque a? honra do Querelante como fim preci?puo da conduta.

[?]

Em suma, diante dos fortes indi?cios de existe?ncia de corrupc?a?o no governo federal, em proporc?o?es nunca antes vistas, na?o seria possi?vel esperar uma reac?a?o por parte da opinia?o pu?blica (e consequentemente, tambe?m da imprensa) que na?o fosse de absoluta reprovac?a?o e revolta.

*****
Soube que o PT também iniciou um processo contra mim, do qual ainda não fui notificado oficialmente. Se desistiram, pena. Seria delicioso também derrotá-lo na Justiça, como fez Joice. No caso, o PT queria me processar por usar a expressão "quadrilha" em vez de partido no meu blog. Risos. É derrota certa para os quadrilheiros! Se até o decano do Supremo Tribunal Federal já se referiu a essa turma como "quadrilha", que juiz daria ganho de causa aos bandidos?

Venha, PT. Venha com tudo! Porque derrotar vocês nos argumentos é importante, mas é fácil demais, como tirar doce de criança. E por isso derrotá-los na Justiça sempre tem um importante papel pedagógico: mostrar que seu projeto totalitário de poder fracassou, e que "ainda há juízes em Berlim". Não passarão!
Herculano
07/03/2017 05:38
NO LUGAR CERTO PARA ASSUMIR A CONDIÇÃO DE CHEFE DOS ENLAMEADOS.LULA DEVE CONCORRER À PRESIDÊNCIA DO PT

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Cátia Seabra. Apontado como o único nome capaz de reunificar o partido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá concorrer à presidência do PT.

Diante do apelo de dirigentes partidários e sindicalistas, Lula se rendeu ao argumento de que qualquer outro nome poderia amplificar a disputa interna na sigla.

Em reunião ocorrida na semana passada, Lula concordou que sua candidatura seja apresentada às diferentes tendências do PT, para que não seja endossada apenas pela sua corrente, a CNB (Construindo um Novo Brasil). A intenção é que o lançamento de seu nome conte com o apoio de diversas forças internas.

O presidente nacional do partido, Rui Falcão, é o encarregado da composição com todas as tendências petistas. Mas alguns dirigentes partidários, como Valter Pomar (Articulação de Esquerda), já avisaram que não abrem mão de uma candidatura própria.

Outro candidato é o senador Lindbergh Farias (RJ). Seus principais apoiadores, no entanto, têm defendido o nome de Lula.

Diretores do Instituto Lula ainda resistem à candidatura do ex-presidente. Eles alegam que o petista será dragado por uma agenda burocrática, em vez de se dedicar à sua defesa e a uma eventual campanha presidencial.

Lula responde a dois processos na Justiça Federal do Paraná: num deles, é acusado de ter se beneficiado de dinheiro de corrupção na compra e reforma de um tríplex no Guarujá. No outro, de ter recebido vantagem indevida por meio da Odebrecht, que pagou parte de um terreno onde seria a sede do Instituto Lula. Além disso, é réu em outras três ações que não estão em Curitiba.

Petistas contrários à candidatura afirmam ainda que o Instituto Lula, que hoje enfrenta grave crise financeira, definharia sem a presença de Lula. Com a deflagração da Lava Jato, caiu a receita do instituto e da LILS, empresa de Lula responsável pela contratação de suas palestras.

GASTOS

Na presidência do PT, Lula terá seus gastos, inclusive de viagens, custeadas pelo partido. Antes mesmo de qualquer campanha presidencial, ele poderá viajar em aviões fretados pelo partido.

Lula relutou alegando que, com ele à frente do PT, o partido seria alvejado cada vez que viesse à tona uma etapa dos processos aos quais responde. Em resposta, ouviu que o partido já sofre esse revés. Ainda segundo aliados do ex-presidente, Lula é sensível à tese de que um novo embate interno ameaçará a própria sobrevivência do PT.

Em favor da candidatura de Lula há ainda um ingrediente pessoal: antes de sua morte, em fevereiro, a ex-primeira-dama Marisa Letícia vinha defendendo que o marido reassumisse o controle da sigla para pavimentar sua volta à Presidência da República
Violeiro de Codó
06/03/2017 21:28
Mariazinha, é uma foto broxante...
Piriquito Arrepiado
06/03/2017 21:23
Qual é o problema do Kleber plantar flores, se quem manda na cidade é o Paca?

É pá cá bá!
Ana Amélia que não é Lemos
06/03/2017 21:20
Sr. Herculano:

Às 18:36 hs. "JUIZ NEGA A LULA DEPOR VÍDEOCONFERÊNCIA".

Parabéns ao Juiz Ricardo Augusto, da 10ª Vara Federal de Brasília!
O salafrário tem o desplante de querer depor por videoconferência em São Bernardo do Campo!!!
Quero vê-lo no banco dos réus, posteriormente, cadeia!
Maria José
06/03/2017 20:55
Realmente é um absurdo o prefeito do nosso município não ter alguém para indicar à fazer plantio de flores nos canteiros centrais.Pior ainda é ele próprio executar o serviço,e não comparecer numa importante Audiência Pública sobre segurança dos gasparenses,é para Quebrar....
Mariazinha Beata
06/03/2017 20:47
Seu Herculano;

Pela foto, mostra um PSDB acasalado com o PMDB.
Desenhando: o PSDB não fez nenhum esforço concentrado para a eleição de Andréia.
E nós que votamos nela ficamos com cara de tolos.
BEM FEITO pra nós que acreditamos no PSDB.
Bye, bye!
Erva Daninha
06/03/2017 20:40
Olá, Herculano

Melato contratou uma assessora como peça decorativa? Então, vê se eu adivinho:
É uma mulher com o cabelo gaforina ou seria a mulher tucano?
Herculano
06/03/2017 18:59
SAMAE INUNDADO

A notícia é nova, mas repetida. Ou seja, os problemas continuam e desafiam o executivo presidente do Samae de Gaspar, José Hilário Melato, PP, o mais longevo dos vereadores (seis eleições seguidas).

Na noite sábado, um vigilante ameaçou abandonar a garita do Samae. Por que? Devido as inúmeras ligações e reclamações por falta de água.

Adivinhem qual o motivo? Falha operacional.E grotesca.

O Bela Vista estava com problema de abastecimento reverteram a água no sentido do Centro para o Bela Vista, como relatei na coluna acima.

Ou seja, Tiraram água da ETA I para abastecer o Bela Vista. Mas, sábado, e há um histórico para decidir e gerenciar a crise, é o dia de maior consumo na região abastecida pela ETA I(Centro).

O problema se agravou porque era para reverter o registro de madrugada. Isso só foi feito às 9h. Era tarde.Secou o reservatório do Centro, por volta das 10h.

Ai mais uma operação do improviso para compensar a falha. E não deu certo.Desligaram-se as bombas dos bairros. A gritaria foi geral.

Na outra ponta, o reservatório do Bela Vista foi enchido pela ETA II, mas a água não foi utilizada.E por que? Porque a região estava sendo abastecida pelo Centro, operação com logística falha e prejudicial aos consumidores do Centro.

O gerenciamento disso parece ser fácil e óbvio. O PT fazia assim. Para a atual administração do PMDB PP e para Melato, é uma tarefa complicada. Acorda, Gaspar!
Herculano
06/03/2017 18:44
AUSÊNCIA DE PADILHA FORTALECE INTERLOCUÇÃO POLÍTICA DE MEIRELES, por Bárbara Lobato, da revista Época

Com a licença médica do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ganha espaço político no governo. O presidente Michel Temer determinou a Meirelles que participe de reuniões com parlamentares sobre as reformas da Previdência e Trabalhista. Na tarde desta segunda-feira (6), por exemplo, Meirelles foi escalado para uma reunião com líderes de partidos. No início da noite, participará de uma reunião, no Palácio do Planalto, com líderes da base aliada do governo
Herculano
06/03/2017 18:36
JUIZ NEGA A LULA DEPOR VIDEOCONFERÊNCIA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Julia Affonso, Mateus Coutinho e Fausto Macedo

O juiz federal Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal, em Brasília, negou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira, 6, ser interrogado por meio de videoconferência. O petista havia solicitado ao magistrado para que fosse ouvido em São Bernardo do Campo (SP). Lula será interrogado em 14 de março, às 10h, na sede da Justiça Federal de Brasília.

São réus nesta ação, além do ex-presidente Lula, seu amigo, o pecuarista José Carlos Bumlai, o ex-senador Delcídio Amaral, o banqueiro André Santos Esteves, o ex-assessor de Delcídio, Diogo Ferreira Rodriguez, o advogado Edson Siqueira Ribeiro Filho, e o filho de Bumlai, Maurício Barros Bumlai. Todos são acusados de 'agirem irregularmente para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato'.

O interrogatório de Lula estava marcado para 17 de fevereiro. Após a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher do petista, o juiz adiou o depoimento do ex-presidente para 14 de março.

"Este Juízo, dessarte, tem atendido aos pleitos das defesas desde que dentro de suas possibilidades técnicas e da ausência de prejuízo ao andamento processual. Todavia, não poderá acolher postulação que envolva logística fora de suas capacidades, a par da indisponibilidade de videoconferência no dia 14/03/2017 com São Paulo e com São Bernardo do Campo, conforme certificado pela Secretaria deste Juízo (fls. 4149-51), e que imponha ao retardamento de seu curso regular desta ação penal, ressaltando-se que os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva (artigo 6º do Código de Processo Civil)", anotou o juiz.
Herculano
06/03/2017 18:27
TRINTA FATOS QUE MOSTRAM COMO A ESQUERDA É INCOERENTE E HIPOCRITA, por João César de Melo, para o Instituto Liberal

Apesar de seu maior representante na política - o PT - ter afundado o Brasil na mais profunda recessão econômica e nos mais absurdos esquemas de corrupção da história, a esquerda brasileira insiste em julgar os outros, em apresentar-se como vítima e em enaltecer a si mesma como aquela que promoveu "avanços sociais" que não são comprovados pelos dados.

Diante disso, creio ser pertinente listarmos algumas incoerências do discurso esquerdista para expor, de forma clara e didática, como seus militantes são a mais escrachada manifestação da demagogia e da hipocrisia.

1 - Diz que os trabalhadores não são valorizados pelos patrões, mas defende leis que impedem que cada trabalhador seja remunerado em função do rendimento de cada um.

2 - Diz "meu corpo minhas regras", mas é contrária à ideia de que as pessoas negociem livremente o fruto do trabalho feito utilizando seus corpos.

3 - Diz que as pessoas devem ser livres, mas desde que os políticos e burocratas estatais se intrometam nas trocas voluntárias que desejam fazer.

4 - Diz que a polícia não presta e é "fascista", mas não aceita que uma pessoa pratique a autodefesa contra agressores, ladrões, assassinos e estupradores, tendo que confiar em tudo ao estado.

5 - Diz que a população não deve ter o direito de portar armas, mas suas lideranças vivem sempre cercadas de seguranças muito bem armados.

6 - Diz que o capitalismo é ruim porque ainda existe muita pobreza no mundo, mas continua desejando o socialismo, o sistema que mais gera e distribui pobreza por definição.

7 - Diz que o capitalismo precisa ser "melhorado" por meio de teorias que eliminam os pilares do capitalismo.

8 - Diz que as grandes corporações capitalistas exploram a sociedade, mas defende programas econômicos que transferem dinheiro de pessoas comuns para as grandes corporações, seja por meio de subsídios, empréstimos especiais ou programas direcionados.

9 - Diz que as grandes corporações capitalistas exploram a sociedade, mas seus artistas são os primeiros a receber patrocínios dessas mesmas corporações.

10 - Diz que a Globo é de "direita, fascista e golpista", mas seus artistas adoram o dinheiro e a exposição que a Globo lhes oferece.

11 - Diz que odeia o capitalismo, mas não abre mão dos frutos que o capitalismo produz (como aquele iPhone ou MacBook opressor).

12 - Diz que os bancos exploram as pessoas, mas defende que o governo seja um gigantesco banco que ainda impede a livre concorrência no setor por meio de regulações.

13 - Diz que a desigualdade social é uma desgraça, mas é incapaz de distribuir sua própria renda aos mais necessitados.

14 - Diz ser contrário à "burguesia", mas prefere morar nos bairros mais "burgueses" da cidade.

15 - Diz que ama os pobres, mas odeia os gostos deles quando vão contra a lógica da esquerda.

16 - Diz que é contra todo tipo de discriminação contra as mulheres, mas apoia o islamismo e os países árabes que impõem grotescas discriminações contra as mulheres.

17 - Diz que é contra todo tipo de discriminação aos LGBTs, mas defende o islamismo, religião que joga LGBTs de prédios quando domina o estado e impõe a Sharia.

18 - Diz que defende a democracia, mas não aceita quando o povo vota em qualquer político que considerem "de direita".

19 - Diz que defende a democracia, mas apoia políticos, partidos e grupos que apoiam as ditaduras cubana, venezuelana e norte-coreana.

20 - Diz que é a favor da liberdade de expressão, mas dá faniquitos quando alguém diz algo que "agride" seus sentimentos.

21 - Diz que é contra qualquer discriminação racial, mas faz questão de apoiar iniciativas que discriminam as pessoas pela cor da pele.

22 - Diz que a "classe média branca" não presta, mas ela própria é a mais clara representação da "classe média branca".

23 - Diz que é contra a corrupção, mas votaria novamente no PT, aquele que promoveu o maior esquema de corrupção do planeta.

24 - Diz que é contra a corrupção, mas afirma que a Lava Jato é fascista.

25 - Diz que Dilma não cometeu fraude fiscal, mas cobra que Temer seja punido pelas fraudes fiscais que Dilma não teria cometido.

26 - Diz que o financiamento da campanha eleitoral de Dilma foi legal, mas exige que Temer seja afastado pelas irregularidades na campanha da chapa Dilma-Temer.

27 - Diz que é tolerante, mas é a primeira a manifestar ódio contra todos aqueles que criticam ou apenas não concordam com a esquerda.

28 - Diz que defende um "por um mundo melhor", mas não tem um único exemplo de país socialista que não tenha ido à falência ou se tornado uma ditadura.

29 - Diz que é honesta, mas está sempre incitando o roubo.

30 - Diz que as minorias devem ser protegidas da tirania da maioria, mas ignora completamente a menor minoria de todas, o indivíduo.
Herculano
06/03/2017 18:13
A DITADURA DOS ESPECIALISTAS, por Paulo Briguet, na Folha de Londrina)

"O especialista é um conspirador contra os leigos", dizia George Bernard Shaw. Se vivesse hoje em dia, o escritor irlandês talvez fosse mais longe: "O especialista é um conspirador contra a realidade". De fato, a teimosia dos especialistas atuais em negar o bom senso, a sabedoria perene e a evidência cotidiana é coisa de deixar o próprio Shaw sem palavras.

Há dois tipos de especialistas: o autêntico e o ideológico. O primeiro ajuda os cidadãos comuns que não dispõem de conhecimento em alguma área. Trata-se da pessoa certa na hora certa: o chaveiro quando você perde a chave; o dentista quando você está com dor de dente; o pediatra quando seu filho adoece; o contador na hora de pagar impostos; o bombeiro quando há fogo; o salva-vidas quando alguém está afogando; o tradutor quando você não entende um idioma; o engenheiro quando você quer construir uma casa. Abençoados sejam os especialistas que fazem parte da solução.

Mas há aquele outro tipo de especialista: o ideológico, o politicamente correto, antigamente chamado fariseu ou sofista. O cara que adora "problematizar". Traz os problemas, nunca as soluções. Mesmo quando aponta saídas, estas acabam por se tornar mais complicadas que o problema original. Como dizia minha mãe: "Fica pior a emenda que o soneto".

Como, então, diferenciar os especialistas em solucionar e os especialistas em problematizar? Em primeiro lugar, desconfie do especialista que se apresenta como especialista. O verdadeiro conhecedor não precisa usar essa denominação. Beethoven não é especialista em sinfonia, Sócrates não é especialista em filosofia, Fernando Pessoa não é especialista em poesia. O título muitas vezes funciona como disfarce para o palpiteiro.

Outra forma de separar o joio do trigo é verificar se as palavras possuem algum vínculo com a realidade mais óbvia. Se um especialista teima em dizer que pichação é arte, e a maioria esmagadora das pessoas entende que é vandalismo, o problema está com o especialista, não com as pessoas. O prefeito de São Paulo, João Dória, recentemente desmascarou palpiteiros midiáticos com uma simples frase: "Eu fui eleito pelo povo, não por especialistas".

O problema é que as universidades brasileiras, especialmente nos cursos de humanas, têm produzido especialistas cuja principal diferença em relação aos leigos é ter lido meia-dúzia de ideólogos esquerdistas. O resultado aí está: passam a ditar regra na mídia os doutores em pensamento mágico, os mestres em autoengano, os experts em mimimi e os PhDs em panfletagem travestida de ciência. Quando mais precisamos de um esclarecimento substantivo, mais eles oferecem clichês adjetivos. E com a mãozinha no queixo, em sinal de superioridade.

A realidade é coisa muito séria para ficar na mão dos especialistas que vendem sinceridade, mas entregam fingimento. Leigos do mundo, uni-vos!
Herculano
06/03/2017 18:10
DESCONFIE DE POLÍTICOS E PODEROSOS QUE TENTAM PERSEGUIR, DESMENTIR, DESMORALIZAR E CALAR OS FRACOS. O COMENTÁRIO ABAIXO DE JOSIAS DE SOUZA MOSTRA QUE O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO

Para quem esqueceu. Em 14 de março, Francenildo Santos Costa, caseiro da mansão alugada no Lago Sul, bairro nobre da cidade de Brasília, por amigos e ex-assessores do Ministro da Fazenda Antonio Palocci, declara para O Estado de S. Paulo, em reportagem de Rosa Costa, que Palocci (tratado pelo nome de: "chefe") costumava ir ao local. Costa diz que via Palocci chegar à casa num Peugeot prata, de vidro escuro, dirigindo sozinho a caminho da mansão.

O caseiro da mansão, encarregado de vigiar e limpar o local, diz que havia reuniões para organizar a distribuição de dinheiro e festas com garotas de programa. Ele alega ter visto malas e maços de dinheiro e que testemunhou o motorista da casa entregar um envelope cheio de reais a um assessor de Palocci no estacionamento do Ministério da Fazenda.

O Ministro da Fazenda Antonio Palocci desmente o caseiro da mansão de Palocci. O ministro afirma que as denúncias de Francenildo Costa não podem ser verdadeiras porque ele (Palocci) "não sabe dirigir em Brasília".

Em 16 de março, durante sessão da CPI dos Bingos, o caseiro da mansão no Lago Sul de Brasília confirma as declarações que havia feito há poucos dias para O Estado de S. Paulo sobre o Ministro da Fazenda Antonio Palocci do Partido dos Trabalhadores.

O esquemão do PT, a mando de Palocci, quebra o sigilo bancário de Francelino para persegui-lo, desmoraliza-lo, e colocar um novo bode na sala para livrar a cara do PT, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do próprio Palocci.

Em 17 de março, blog da Revista Época, da editora Globo, divulga extrato da conta bancária do caseiro Francenildo dos Santos Costa onde ele aparece como beneficiário de R$ 38.860,00.

Em 18 de março, a revista Época, datada do dia 20 de março, revela sobre o extrato do caseiro de R$ 38.860,00. A revista sugere que o caseiro foi pago para fazer as denúncias contra o Ministro da Fazenda Antonio Palocci.

No mesmo dia a farsa é desmontada por uma equipe da PF. O caseiro apresenta recibos bancários e explica que não recebeu R$ 38.860,00, mas 3 parcelas num total de R$ 24.990,00, de seu suposto pai biológico, um empresário do Piauí, como parte de um acordo para não entrar com um processo de paternidade. O empresário e a mãe do caseiro confirmam a história.

O fato de a Revista Época ter tido acesso ao extrato bancário do caseiro e ele ter sido divulgado configura grave crime contra a Constituição Federal. O caso tem uma repercussão negativa e o Ministério da Fazenda, Polícia Federal e Caixa Econômica Federal são supeitos de ter tido participação na quebra do sigilo bancário do caseiro.

Em 23 de março, o PSDB encaminha pedido de impeachment de Palocci.

Em 27 de março, o ministro da Fazenda,Antônio Palocci, pede afastamento do cargo devido às denúncias de quebra ilegal de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos, seu acusador na CPI dos Bingos, sendo substituído por Guido Mantega.

O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Mattoso, coloca o seu cargo à disposição do Presidente da República, por causa das denúncias de quebra ilegal de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos, dentro da CEF. Neste mesmo dia, ele é ouvido pela Polícia Federal.

Em 28 de março, é publicado no Diário Oficial da União, a exoneração de Antonio Palocci e a nomeação de Guido Mantega na pasta da Fazenda. Nessa mesma edição, aparece a exoneração de Jorge Matoso da presidência da Caixa Econômica Federal.
Herculano
06/03/2017 18:00
MINISTÉRIO DA FAZENDA COMO CENTRO DA "PROPINOCRACIA" SUPERA QUALQUER FICÇÃO, por Josias de Souza

- Quem é o 'Italiano' referido no e-mail?, inquiriu Sergio Moro

- A gente sabia que o 'Italiano' era o Palocci, respondeu executivo da Odebrecht Fernando Sampaio Barbosa.

- A gente sabia quem?, insistiu Moro.

- Eu sabia. Eu tinha sido informado pelo Márcio Faria, acrescentou Fernando Sampaio, citando outro executivo da Odeebrecht.

Arrolado como testemunha de Marcelo Odebrecht, Fernando Sampaio prestou depoimento nesta segunda-feira. Foi a primeira vez que um operador da Odebrecht reconheceu em juízo que 'Italiano' é mesmo o apelido de Antonio Palocci nas planilhas do departamento de propinas da construtora. De acordo com os investigadores, Palocci atuou como coletor de pixulecos para o PT enquanto foi ministro da Fazenda de Lula. Beliscou pelo menos R$ 128 milhões. Foi sucedido no ministério e nas planilhas da Odebrecht por Guido Mantega, o 'Pós-Italiano'.

Se a Era do PT no Poder fosse um filme de James Bond, o serviço secreto britânico descobiria uma caverna nos subterrâneos da pasta da Fazenda. Dentro dela, protegida por paredes de aço, um sofisticado centro tecnológico de gerenciamento de interesses espúrios e captação de verbas tóxicas. No comando, uma dupla de personagens satânicos de vida dupla. Nos porões, eram gênios do mal, dedicados a comprar o PMDB e assemelhados, para dominar o mundo. Na superfície, não passavam de ministros inocentes, empenhados em defender os cofres da República.

Por azar, a realidade brasileira superou qualquer ficção. Faltou à nação petista um 007 capaz de explodir com uma caneta a laser a caverna instalada sob a Fazenda antes que os vilões transformassem o sistema político nacional numa propinocracia pós-ideológica. Num filme, Bond exterminaria os vilões e livraria a humanidade de suas ameaças. No Brasil real, o PMDB cavalga a Presidência de Michel Temer como se não tivesse nada a ver com o governo comprado pela Odebrecht. E Lula é candidato a um terceiro mandato. Talvez um quarto. Quem sabe um quinto? O que diferencia o Brasil da ficção é que a ameaça dura muito mais do que o intervalo de um filme.
Herculano
06/03/2017 17:55
UMA DAS CAUSAS DA CARETICE 3.0 É A CRIAÇÃO DA NOÇÃO DE JOVEM CRÍTICO, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

Tem coisa mais brega do que colocar números depois de palavras ou conceitos, como marketing 3.0? Vamos embarcar nessa breguice geral e propor a caretice 3.0. Aquela presente na geração chamada milênio ou Y (e, ao que tudo indica, na Z, mais careta ainda).

Primeiro, vamos esclarecer para quem não sabe: milênio ou Y são jovens nascidos entre 1983 e 2000 (mais ou menos) e "bem de vida". A partir daí viriam os chamados Z. Outra coisa: trabalho com jovens entre 18 e 20 há quase 20 anos e posso dizer com razoável certeza que eles chegam à universidade cada vez mais caretas.

O que confunde é que certos marcadores como liberdade sexual, fumar maconha, ausência de preconceitos, roupas descoladas e posturas políticas progressistas, classicamente considerados índices de comportamento não careta, aparecem nos jovens de hoje de forma bastante evidente. E isso parece indicar que não seriam caretas. Ledo engano. A caretice 3.0 é justamente esta: ela aparece ali onde se imaginava que jamais estaria por causa desses marcadores históricos. O que nos ensina isso?

Antes de tudo, que a caretice não é um traço que se refere ao conteúdo de uma opinião ou atitude, mas à forma com que essa opinião ou atitude se manifesta. E é justamente na forma que aparece a caretice 3.0 nos mais jovens.

Caretice se refere, antes de tudo, à rigidez associada à autoafirmação moral. Os jovens são cada vez mais rígidos e certos de sua pureza moral. E rigidez, como se sabe, é fruto de sofrimento psicológico. Nunca as famílias foram mais disfuncionais e solúveis em água. Pais tontos e melosos querendo ser mães, mães solitárias e estressadas pelas jornadas triplas. As redes sociais e seu debate histérico são muito mais tóxicas do que a televisão jamais foi.

Essa rigidez se revela no fato de que os jovens nunca se levaram tão a sério como os de hoje. Eles têm opiniões claras sobre tudo.

Aborto, sexo, política, Oriente Médio, cinema iraniano, teoria crítica adorniana, sistemas complexos de economia, relação cosmologia-cosmética trans, uso de medicação tarja preta, amor com outras espécies animais, química da lactose, como alimentar sete bilhões de pessoas com hortas caseiras, a eliminação absoluta do sofrimento na vida dos frangos, como alocar um milhão de sírios na Alemanha, sistemas políticos democráticos para o Iêmen, calotas glaciais, formas de vida sob opressão em Marte, como educar filhos que não existem, métodos democráticos de avaliação escolar, fóruns com crianças de cinco anos para votar as leis de mercado, enfim, toda um gama de temas abertos a opiniões rígidas, porque evidentemente simples e facilmente resolvidos numa aula de filosofia contemporânea a partir de Deleuze e Foucault.

Os jovens estão reduzidos a um manual produzido por professores pregadores e mídias sociais furiosas.

No que concerne à relação com os pais, ou esses aderem à caretice 3.0 (quando não são eles mesmos uma das causas dessa caretice 3.0 devido às suas próprias opiniões corretinhas), submetendo-se à pregação no café da manhã, ou abrem uma frente contínua de polêmicas que sempre chegam ao mesmo lugar: a definitiva desqualificação de qualquer forma de consistência argumentativa em favor da preguiça intelectual e afetiva.
Além da calça jeans, o mercado da caretice 3.0 é um dos efeitos evidentes da contracultura dos anos 1960.

Uma das causas mais interessantes desse fenômeno é a criação da noção de jovem crítico. Ser crítico é, talvez, uma das coisas mais fáceis na vida (facilidade essa pouco pensada por todos os pensadores que criaram esse fetiche da crítica): basta você falar mal de tudo o que não gosta de forma arrogante e estar seguro de que você representa o avanço social e político.

A ideia de que fazer a crítica de algo implica um largo repertório intelectual e afetivo de experiências revelou-se falsa. O caminho mais curto para a não-educação é tornar pessoas de 15 anos críticas. Nunca mais arrumarão o quarto delas justificando essa atitude, agora, na estupidez do Trump.

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