Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

12/09/2016

PLANOS SECRETOS DOS CANDIDATOS I
Gaspar é muito diferente. Os políticos daqui são extremamente criativos quando se trata deles exercerem à transparência mínima com seus eleitores e à comunidade. E a ousadia começa na própria campanha eleitoral. Não há a menor cerimônia para enrolar e esconder o que deveria ser público, debatido, esclrecido e reafirmado, principalmente por quem busca votos para se legitimar na condução administrativa de um município. E a perplexidade continua com o silêncio dos cidadãos, entidades, adversários e da própria imprensa. Eu também fiquei quieto, e de propósito. Esperava a natural reação mínima dos adversários, em defesa de si próprios ou da desconfiança pela sobrevivência na disputa. Nem isso aconteceu! Meu Deus.

PLANOS SECRETOS DOS CANDIDATOS II
Recentemente, numa sabatina, - está gravada e disponível na rede - Lovídio Carlos Bertoldi, ex-presidente do Samae e secretário de Obras e Serviços Urbanos, preparado por oito anos pelo PT daqui para suceder o prefeito Pedro Celso Zuchi, garantiu que se eleito não vai municipalizar o Hospital de Gaspar. “A solução será definitiva”, deixando claro mais uma vez neste assunto, que tudo o que o prefeito Pedro Celso Zuchi fez lá, é meia-sola, improviso, arrumação e que não deu certo como se prometia, por isso terá que ser diferente. Segundo Lovídio, a municipalização – ou seja, a experiência de tornar a intervenção permanente com os companheiros lá dentro - deixaria as coisas ainda piores do que estão. Como assim? Duram com um barulho e contradição como essa. E quem disse isso para o Lovídio? Foi um grupo “especializado” que o assessora no Plano de Governo, como revelou na sabatina. E nesse grupo está incluído o seu vice, o médico Odilon Áscoli, que já foi secretário de Saúde, que já disse na rádio – e está gravado também - que implantaria um hospital dia da Unimed, mas não implantou...

PLANOS SECRETOS DOS CANDIDATOS III
Resumindo. Durante o governo do “prefeito Celso” não se conseguiu dar uma solução definitiva para o Hospital. Só improviso. Fez-se uma experiência. Não deu certo. Vão fazer outra. Mas é segredo. Aliás, quando se lançou a ocupar o Hospital, o PT e o “prefeito Celso”, diziam que faziam isso porque lá havia ladrões. Não apontaram nenhum até hoje. Jogo de poder. Disputa partidária. Até o cachorro que dorme na praça sabe disso. Agora, se queixam que o buraco é grande, que não dão conta e que o governo do estado é culpado (e em parte é mesmo). E neste rol do queixume, até a posse de Temer, isentavam Lula, Dilma e a União. Lovídio garante que ele eleito vai trazer esta solução definitiva. Ele repete isso a exaustão. E vejam só. Ela está estudada e pronta para ser implantada. Entretanto, Lovídio não revela este “Plano Secreto”. Ora, ele deveria ser público e muito mais público, quando se trata de um candidato a prefeito em campanha. Incomodado, Lovídio acha que ainda é cedo. Com isso, sinaliza de a transparência fora do seu vocabulário, como não integrou governo do “prefeito Celso”. Em breve, ou no momento apropriado, Lovídio dará pistas deste assunto crucial para a cidade e os gasparense, informou ele na sabatina. Estão todos na cidade calados, nem curiosos, nem desconfiados.

PLANOS SECRETOS DOS CANDIDATOS IV
Primeiro: se fosse coisa boa, esta solução já estaria implantada, pois o Hospital do jeito que está, só traz desgastes para o PT, “o prefeito Celso, o próprio Lovídio e lhes tiram votos. E desgastes é tudo o que o PT não precisa mais neste momento. Chega já o que acontece no plano nacional, regional e local. Segundo: se fosse coisa boa, já estaria revelada pelo candidato para emocionar e posicionar a sua campanha, colocando os adversários no chinelo, pois eles não sabem bem o que verdadeiramente podem fazer com essa bomba relógio armada pela administração petista contra a cidade e os gasparenses. Desconfio – e tenho esse direito pois quem deveria se posicionar, enrola - que esse estudo nem exista. O que de fato deve estar sendo tramado entre amigos, é um negócio mal explicado e que vai dar o que falar quando o Hospital for repassado a terceiros. Se o PT perder ele será engavetado. Se ganhar vai colocar o prato pronto para a comunidade, como se fosse isso a única alternativa. Afinal que plano secreto é este Lovídio? A cidade quer saber. Se não lhe perguntaram na sabatina, pergunto agora. Acorda, Gaspar!

FORA CUNHA? I
Escrevi e estou publicando esta coluna antes da Câmara Federal decidir se cassa ou não o deputado Eduardo Cunha, PMDB-RJ, o ex todo poderoso presidente da Câmara, por ele ter mentido à CPI da Petrobrás. O Conselho de Ética da Casa pediu a cassação dele ao plenário e Cunha, como todo político complicado, que perdeu definitivamente a vergonha na cara, manobrou de todas as formas – internamente e no Judiciário e ainda nesta segunda-feira - para que este dia 12 de setembro nunca chegasse. Ele demorou inacreditáveis meses. E todos sabem que a mentira é algo simbólico neste caso como foi o crime de responsabilidade fiscal no caso de Dilma Vana Rousseff, PT. O carreirista na política e nas coisas inexplicáveis, arrogante, vingativo e capo Cunha estava em vantagem, até que o império dos ladrões começou a desmoronar em todos os partidos e nos mais diversos locais e escalões.

FORA CUNHA? II
A imprensa livre e investigativa teve papel sério e importante. Os traíras e camaleões, na sobrevivência, igualmente. O Judiciário também. Na mesma linha o Ministério Público. Entretanto, nada foi mais importante neste caso emblemático como foi no impeachment da ex-presidente – e está sendo em outros -, do que o cidadão e a cidadã esclarecidos exigindo à sua cidadania, bem como a outorga de mandatos respeitados. Exposto como poucos pelo poder que procurou a qualquer preço, Cunha terá que dar ou defender de forma heterodoxa, a própria cabeça, o poder e parte patrimonial do que amealhou, para que outros políticos e agentes públicos ladrões sobrevivam neste submundo, nas sombras, e com isso, encontrem novas formas para continuar a roubar o que é dos contribuintes brasileiros – trabalhadores e empreendedores – e que nunca foi dos políticos como eles se arvoram em suas monobras.

FORA CUNHA? III
A corrupção e a ladroagem no poder não são coisas novas ou recentes no mundo e no Brasil. Não é um ato exclusivo do PT, ao contrário. Entretanto, nos últimos 13 anos foi algo assustador. Lambuzou-se tanto e com tantos, que ficou difícil de disfarçar. Simplesmente o país quebrou. O povo foi levado ao sacrifício, como nunca antes houve por aqui. O PT, com os seus sócios e para permanecer no poder, instalou a governança dos ladrões. A votação desta segunda-feira na Câmara vai dar a dimensão de quanto – e se - os deputados entenderam o recado das suas bases – e ruas - sobre à necessidade de mudar e tirar o Brasil minimamente – completo, é impossível - do atoleiro moral, ético e de grave crise econômica. Os nossos pesados impostos estão sendo mal gerenciados e vergonhosamente roubados pelos políticos e agentes públicos – repito: de todos os partidos - quando deveriam ir para a saúde pública e atender os mais fracos e pobres, dar ensino de qualidade e fazer a inclusão do conhecimento de forma universal, garantir segurança, obras de infraestrutura para suportar o desenvolvimento, moradias, saneamento básico...

FORA CUNHA? IV
A votação que se faz nesta segunda-feira, tentava-se levar matreiramente – como sempre convém aos políticos espertos e descompromissados com a sociedade - para depois de dois de outubro. A votação se houver, é resultado da pressão das bases sobre as lideranças e os deputados em campanha para seus candidatos cabos, hoje tentando o poder para serem prefeitos ou vereadores. O eleitor e a eleitora estão cansados das mentiras reiteradas dos políticos e desta vez pediram provas concretas. Na base – currais eleitorais – os políticos falam uma coisa para seus eleitores. Em Brasília praticam outra. E bem diferente. Escondem-se, justificam-se e esperam que o tempo façam as pessoas esquecerem do que praticaram para ter vantagem entre eles com o dinheiro que não é deles. Neste caso de Cunha – como foi do Dilma para deputados e senadores – os eleitores e eleitoras querem uma prova antecipada dos deputados federais. Querem a presença e voto (contra ou a favor). Conhecidos os votos, ausências e abstenções, os eleitores e eleitoras vão tomar suas decisões nos grotões. Em Gaspar, espera-se pelos votos de Rogério Peninha Mendonça, Mauro Mariani, ambos do PMDB, Esperidião Amim Helou Filho, PP e Décio Neri de Lima, PT. Todos já se declararam publicamente favoráveis à cassação. Agora é conferir.

FORA LADRÃO I
O PT, o PCdoB, CUT, MST, PDT, UNE MTST e outros criaram o “Fora Temer”, como vingança por causa do vice de Dilma Vana Rousseff, Michel Temer, PMDB, ter assumido o poder no lugar dela. Um poder herdado de forma constitucional, num rito absolutamente legal. As palavras derrota, alternância, respeito, ética, responsabilidade fiscal, gestão pública, dialética, devido processo legal, transparência entre muitas outras essenciais ao estado de direito e democracia, são totalmente estranhas no dicionário petista e seus sócios de esquerda sem senso de disputa. A sociedade, para deixar tudo mais claro, criou o “Fora Ladrão”. É um basta não exatamente ao PT – e também -, mas aos políticos de um modo geral, incluindo o PMDB que foi sócio e gigolô do PT por 13 anos.

FORA LADRÃO II
O PMDB de Michel Temer, Romero Jucá, Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Edison Lobão e tantos outros manchados, é tão responsável pelo desastre da economia, pela rapinagem dos pesados impostos que pagamos e que sumiram, quanto o PT, PCdoB, PDT, PP, PR, PTB, PSD, PRB...Todos eram Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Vana Rousseff, José Dirceu, Vaccari por esses anos todos. Usufruíram. Mamaram não exatamente do PT, mas dos brasileiros sob o manto protetor do PT. O Brasil precisa ser passado a limpo. Foram o PT (titular) e PMDB (vice), com os seus sócios lambuzados que desempregaram 12 milhões de trabalhadores, que estão dando aumentos reais para servidores de altos vencimentos à custa de mais sacrifícios e impostos da sociedade. Foram o PT e PMDB, com os seus sócios que quebraram a saúde pública deixando à morte e sacrifícios pobres, fracos e velho; que deixaram as prateleiras das farmácias populares sem remédios básicos, que armam deixar os aposentados sem dinheiro porque não querem discutir claramente com a sociedade este problema que eles criaram. Foram o PT e o PMDB que sucatearam a Petrobrás; que emburreceram as crianças nas escolas públicas trocando ensino por ideologia; que permitiram o aumento da criminalidade; que paralisaram ou atrasaram as obras essenciais para o desenvolvimento como a Ponte do Vale, duplicação da BR 470; que estão metidos até a alma na operação Lava Jato; que lavaram dinheiro para a compra de votos e poder... Ufa!

FORA POVO I
Agora, estão todos esses partidos e políticos que quebraram o Brasil estão envolvidos nas eleições municipais. Todos com seus disfarces. Todos tratam os eleitores e as eleitoras como analfabetos, ignorantes e desinformados. Combatem a imprensa livre, o Ministério Público, a Justiça, o esclarecimento, a lei e as eventuais punições. Uns se disfarçam de pobres, outros de religiosos, de pais caridosos, amigos dos pobres, dos negros, gays e animais. Chegam ao cúmulo de lançar planos sem nexos, com falhas legais ou de se apoiarem na propaganda enganosa como meio de emocionar e se relacionar. Pagam e como pagam bebidas e comidas, bebem e comem o que nunca beberam e comeram. Xingam-se nas mentiras e até na verdade. Desconhecem números, contas e legislação. Só não dizem e provam o que administraram na vida, que transformação promoveram nos seus ambientes profissionais e como ganham a vida.

FORA POVO II
Neste momento aqui nos grotões, estão todos escondendo que são sócios da miséria que está instalada no país e contra os brasileiros. O PT quebrou o Brasil, mas ele teve o apoio de muita gente que se finge não ter culpa nesse cartório. Tudo para garantir a sua boquinha em dois de outubro. Por isso, “Fora Ladrão” é a advertência de quem sustenta essa gente sem escrúpulos, que no fundo gostaria que fosse “Fora Povo”. E será para muitos eleitos depois de dois de outubro. Eles não roubam apenas dinheiro do contribuinte, mas sonhos, esperanças e até a vida que quem quer uma cidade, um estado e um país diferente.

O PT E SUAS VERDADES
O PT de Gaspar e suas incoerências locais, fruto da sua essência nacional. Prega a diversidade, mas quando não possui argumentos rotula seus adversários de bichas; prega a pluralidade, mas não admite que outros pensem diferente dele ou dos seus; faz projeto de quotas para negros e constrangem adversários a aprova-lo como se fossem contra as minorias, mas de verdade não emprega negros no primeiro escalão da prefeitura; diz ser defensor da participação da mulher na vida política e administrativa, mas a chapa de vereadores sofreu questionamento na Justiça Eleitoral exatamente por não obedecer a Lei e à exigência mínima de mulheres candidatas; diz que é defensor dos animais, mas a administração não conseguiu construir um centro de acolhimento e zoonoses. E para completar, a ex-presidente Dilma Vana Rousseff mandou sacrificar o seu cão de estimação, o Nego, para não dar trabalho para ela na mudança do Palácio do Alvorada. O que se pergunta: como é que se consegue enganar e amedrontar tantos por tanto tempo?

TRAPICHE

O que está na pauta da sessão de hoje à tarde da Câmara de Vereadores? O adiamento da votação de mais um capítulo da polêmica revisão obrigatória do Plano Diretor. Ofício 238/2016 do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT diz o seguinte: “No uso da faculdade que nos é inerente, solicitamos a retirada do Projeto de Lei Ordinária nº 45/2014, que institui o Plano Diretor do Município de Gaspar e dá outras providências”.

Na edição de sexta-feira detalhei a tentativa da prefeitura de colocar goela abaixo a aprovação e audiência pública arrumada algo não foi construído com a sociedade e se enrolava em gabinetes e gavetas.

Fazia-se isso, sob silêncio, em época de eleição eleitoral e no fim do mandato, depois de se enrolar nele por mais de três anos. A equipe de Zuchi avaliou que era arriscado demais levar o fatiamento do projeto adiante, podendo torna-lo inconstitucional e resolveu recuar.

Pesou também a real possibilidade de tudo isso ser questionado no Judiciário e levado pelo Ministério Público. Pau que nasce torto, só atrapalha. Falta o “prefeito Celso” ou alguém que defende o dinheiro dos contribuintes, reaver a dinheirama que foi paga à Iguatemi para fazer esse serviço que não serve para nada.

Control C, control V. O PSDB de Gaspar organizou no dia Sete de Setembro um passeio de bicicletas pelos bairros periféricos do Centro. Era para divulgar proposta de implantar ciclovias e bicicletários públicos da candidata de Andreia Symone Zimmermann na tentativa de melhorar a mobilidade urbana.

Uma ação que nasceu do nada e da simplicidade, acabou atraindo mais de cem ciclistas com as bandeiras da candidata. Chamou a atenção dos concorrentes. No fundo e sem querer ela substituiu as tais caras carreatas ecologicamente incorretas. Mais este tipo de ação é o que cabe no orçamento curto da campanha.

No sábado dia 10, o PMDB resolveu imitar e promover o que chamou de bicikletaço para seu candidato Kleber Edson Wan Dall passear no Belchior. E “inovou ainda mais”. Levou do Centro para lá de ônibus a maior parte dos ciclistas apoiadores.

No domingo, o PSDB testou e repetiu a dose nos bairros perto do centro. Duplicaram-se os participantes, apesar da guerra para tornar indisponíveis as bicicletas para empréstimo.

Disputas à parte ou falta de autenticidade, a campanha eleitoral sem dinheiro, ou obrigando quem possui caixa extra a ser mais comedido na aparência devido a fiscalização que o Ministério Público Eleitoral vem exercendo, mostra que há um avanço.

As tais carreatas, eram uma disputa boba, cara, cheia de traíras e atrapalhava o trânsito nos finais de semana. Só os postos de gasolina é que lucravam. Hoje elas não sairiam por menos de R$100 mil em combustíveis. Alguns dos postos abastecedores ficavam com contas por meses afio para receber dos tais tíquetes de candidatos e padrinhos. A lei não permitia este abastecimento, mas...

Tem candidato a prefeito de Gaspar que não sabe o que escreveu, ou não leu ainda o seu Plano de Governo, ou sabe muito bem, mas não esperava que repórteres perguntassem sobre o que ele escreveu e se comprometeu realizar se eleito. Gagueja, não sabe defender a ideia, quando demonstra não desconhecer completamente o assunto. É uma vergonha. Beira o crime.

O governo de Pedro Celso Zuchi se orgulha de ter asfaltado 340 ruas. Esqueceu das ciclovias durante oito anos. Agora, o candidato do PT diz que vai mudar e fazer as tais ciclovias nas novas ruas que forem feitas por aqui. É uma festa a campanha política. Um dia ela será séria. E tudo começa pelos eleitores que precisam mudar o nível de exigência dos candidatos.

A prioridade do PT de Blumenau que manda no PT de Gaspar reflete uma realidade que já se provou falha. Não apenas no Brasil que passa tudo isso a limpo, mas em Gaspar onde o PT vizinho de Blumenau é governo.

O professor universitário Valmor Schiochet, homem estudado, esclarecido e por isso sabe muito bem o que faz, agora diz que ser prefeito de lá para mostrar “um novo jeito de governar do PT” (não é piada, não; é proposta ou propaganda).

Que jeito novo é este? O que quebrou o Brasil ou finalmente negá-lo? Ou o que está no poder há oito anos em Gaspar e que entupiu a Justiça de processos por dúvidas administrativas, que se negou à transparência e fez da prefeitura um celeiro de empregos para os companheiros? Ou o que está defenestrado de Blumenau por mais de 12 anos?

Diz na propaganda política do professor que o programa de governo dele se assenta em quatro eixos e nessa ordem: políticas sociais, o direito da cidade; desenvolvimento e gestão.

Esta é a prova de que o PT nunca se preocupou com o resultado para as políticas sociais. Ora, a lógica diz que primeiro se deve organizar, ou seja, com a gestão. Ela é que promove o desenvolvimento, produz resultado fruto dessa organização. Com ela vem riqueza e que podem suportar os direitos da cidade e às políticas sociais.

Como alguém vai distribuir alguma coisa se não a acumulou? Se não houver um bem como se pode repartir ou compartilhar como direito e igualdade social? É por isso, que o Brasil está quebrado. E há analfabeto, ignorante e desinformado suficientes – e são maioria - que acham esse tipo de discurso teórico desconexo é o máximo e pior: possível.

Trágico ou cômico é mesmo ouvir a sua vice Sandra Pinheiro dizer que vai melhorar o SUS, como se isso fosse possível um prefeito fazer. E não será por dois aspectos simples: a política do SUS é de competência do governo Federal e quem a quebrou mais – depois de jurar que reverteria este quadro deprimente – foi exatamente o governo do PT de Lula e Dilma.

Em campanha. Os assessores parlamentares da Câmara de Gaspar Roni Jean Muller e Celso de Oliveira pediram e tiveram concedidas férias de 30 dias e que vão até ao redor da eleição de outubro.

O leitor assíduo leitor Sidnei Luiz Reinert faz uma relação simples de boquinhas e muito dinheiro que move as tais mobilizações do “Fora Temer”, que neste domingo se limitou apenas a São Paulo e reuniu oito mil pessoas segundo a PM e 60 mil segundo os organizadores. Vale a pena conferir para encerrar a coluna de hoje.

Segundo o Ministro Elizeu Padilha, somente em Brasília, há 45 mil "pescadores" que estão recebendo o "auxílio-defeso" (pago durante a Piracema), instituído pelos petistas. Cerca de 500 mil, no Brasil todo. É muito "pescador", hein?

O famigerado MST (que não tem nem CNPJ) recebeu, nos últimos seis anos, cerca de 268 milhões de reais, dos cofres públicos.

A não menos famosa UNE, só em 2011 e 2012, recebeu 44 milhões de reais, a título de "compensação pelas perseguições sofridas, durante a Ditadura".

A CUT (dispensa apresentações), recebeu, de 2008 a 2015, cerca de 345 milhões de reais. Dinheiro público, é claro !

O Bolsa-Família contabilizou fraudes, somente no período 2013-2014, no valor aproximado de 2,5 bilhões de reais. Havia cerca de 584 mil funcionários públicos inscritos no Programa. Recebendo...

Em julho, foram demitidos, pelo Governo Temer, 2010 servidores comissionados pelo Governo Dilma, todos petistas e ocupando "cargos de confiança". Os salários variavam entre R$ 8.554,00 e R$ 24.535,00. Nenhum era concursado.

E Sidnei conclui de forma óbvia. É até compreensível a raiva que sentem, diante da perspectiva do fim de tanta moleza!

Faltam 19 dias para as eleições. Passou rápido. Chegará rápido. E os políticos não souberam lidar com a nova realidade de comunicação. Antes era fácil ter acesso ao juiz ou ao promotor e calar os veículos de comunicação. Hoje será difícil calar e se explicar para milhares que transitam e formam opinião nas redes sociais. Ganhou o eleitor que se esclareceu melhor. Venceu a dialética, a transparência, o contraditório popular. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1767

Comentários

Erva Daninha
15/09/2016 19:59
Olá, Herculano

Se Bernardo Mello Franco: "O Alvo Principal", às 06:46hs tivesse lido Josias de Souza: "Defesa terá que provar que Lula é míope e bobo", às 07:26hs, não ficaria buscando por resposta.

JAPONES DA F...
15/09/2016 17:24
Herculano

Lulla em sua entrevista hoje a tarde, além de dizer que aqui no Brasil só Jesus Cristo é mais honesto do que elle, tbém conclamou os PETISTAS a usarem VERMELHO, cor simbolo da legenda. Quero só ver o candidato do PT e a petezada vestindo vermelho a partir de agora, se não usarem, papai LULLA vem pra puxar a orelha dos PETISTAS Gasparenses. Estou pagando pra ver.
Herculano
15/09/2016 16:15
NÃO TEM JEITO. ELE E TODO PETISTA SEMPRE SERÁ VÍTIMA QUANDO HÁ PROVAS. PROTAGONISTA SO QUANDO OS QUE ERRAM E ROUBAM SÃO OS OUTROS. "PROVEM MINHA CORRUÇÃO E IREI A PÉ SER PRESO", DIZ LULA

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo)Um dia após ser denunciado pela Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quinta-feira (15) que "construíram uma mentira como um enredo de novela". O petista disse ainda que anda de "cabeça erguida" e que iria a pé para a prisão se alguém provar que ele é corrupto.

"Conquistei o direito de andar de cabeça erguida neste país. Provem uma corrupção minha, que eu irei a pé para ser preso", disse Lula emocionado durante pronunciamento que durou mais de uma hora no auditório de um hotel na área central de São Paulo.

O ex-presidente criticou a entrevista coletiva dada ontem pela força-tarefa da Lava Jato. Na ocasião, o procurador da República Deltan Dallagnol afirmou que Lula é o "comandante máximo do esquema de corrupção" investigado pela operação.

"Eles construíram uma mentira, construíram uma inverdade, como se fosse um enredo de uma novela e está chegando o fim do prazo. Afinal de contas, já cassaram o [ex-deputado federal Eduardo] Cunha, já elegeram o [Michel] Temer pela via indireta, com o golpe, já cassaram a [ex-presidente] Dilma [Rousseff]. Agora, precisa concluir a novela. Quem é o bandido e quem é o mocinho? Vamos agora dar o fecho, acabar com a vida política do Lula", afirmou.

Procuradas pelo UOL, as assessorias de imprensa do Ministério Público Federal (MPF) e da Justiça Federal do Paraná disseram que não comentariam as declarações de Lula.

O ex-presidente foi denunciado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso que envolve um tríplex em Guarujá, no litoral de São Paulo.

A ação chegou hoje às mãos do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância. Ele tem até a próxima segunda-feira (19) para decidir se aceita ou não a denúncia. Caso aceite, Lula se tornará réu pela segunda vez na Lava Jato.

Também foram denunciados ontem pelo MPF: a ex-primeira dama Marisa Letícia, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o empresário da empreiteira OAS José Aldemário Filho e outras quatro pessoas.

Críticas a Lava Jato

Lula fez um pronunciamento rodeado de líderes de movimentos sociais, centrais sindicais, além de parlamentares, políticos e aliados. Sua mulher, Marisa Letícia, não participou do evento.

Ele começou sua fala com críticas à entrevista coletiva dada ontem pela força-tarefa da Lava Jato.

"Eu não vou fazer um show de pirotecnia, como fizeram ontem; não vou me comportar como ex-presidente da República; não quero me comportar como um cara perseguido, como se estivesse reivindicando algum favor", disse.

"Minha declaração é de um cidadão indignado com as coisas que aconteceram e que estão acontecendo. Neste país, tem pouca gente com a vida mais pública, mais fiscalizada do que a minha", afirmou.

Lula relembrou a sua trajetória política desde a época que era líder sindical até sua eleição e reeleição como presidente. Ele falou também sobre a história do PT e declarou que tem orgulho de ter criado "o mais importante partido de esquerda da América Latina".

O ex-presidente falou sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Ele voltou a classificar o episódio como "um golpe tranquilo e pacífico", sem militar e canhão nas ruas.

Lágrimas e brincadeiras

O ex-presidente chorou em alguns momentos ao longo de seu pronunciamento. Um deles foi quando comentou sobre a denúncia feita pelo MPF. "Ontem, fui vítima. Foi um momento de indignação. Eu nunca pensei passar por isso". "Eu estava em Brasília e até pensei em ir para a China para me esconder", brincou em seguida.

Lula se emocionou também ao falar sobre as buscas que a Polícia Federal fez em sua casa, nas residências de seus filhos e na sede do Instituto Lula em março deste ano, durante a 24ª fase da Lava Jato. Na ocasião, Lula foi alvo de um mandato de condução coercitiva (quando a pessoas é levada para prestar depoimento).

Lula chorou ainda ao mencionar o nome de sua mulher. "Eu só quero que sejam verdadeiros comigo, que sejam honestos comigo, que respeitem dona Marisa". A ex-primeira-dama também foi denunciada pelo MPF.

Denunciado na Lava Jato

Em resposta às acusações feitas pela força-tarefa da Lava Jato, Lula voltou a negar ser dono do tríplex em Guarujá e do sítio em Atibaia (SP).

Segundo as investigações, os dois imóveis foram reformados por empreiteiras investigadas pela operação, com dinheiro desviado da Petrobras "Eu tenho a consciência tranquila [em relação às denúncias]. Mantenho o bom humor porque eu me conheço, sei de onde eu vim, sei para onde vou. Sei quem quer que eu saia e quem quer que eu volte", falou.
Sidnei Luis Reinert
15/09/2016 12:56
Está no facebook do gaspar news:

O candidato a prefeito "vermelho-disfarçado" do PT promete desistir da candidatura se o post anexo tiver 3 mil curtidas, 2 mil comentários e 1 mil compartilhamentos.

Faz uma hora que foi postado e já chegamos a 656 curtidas, 242 compartilhamentos e 298 comentários.

Vamos colaborar e tirar este fardo de candidatura das costas do candidato.
Sidnei Luis Reinert
15/09/2016 12:40
Apocalipse now

Brasil 15.09.16 12:28
O relator da PEC do teto dos gastos, Darcísio Perondi, foi direto ao comentar a consequência da eventual rejeição da matéria pelo Congresso:

"Acaba o governo Temer e acaba a esperança. Fim. Colapso fiscal talvez em menos de quatro anos", disse, segundo a Coluna do Estadão.

Deu para entender a posição do PT sobre a PEC?


http://www.oantagonista.com/posts/apocalipse-now
Sidnei Luis Reinert
15/09/2016 12:35
Herculano, Sobre propinocracia, Olavo de Carvalho, 22 anos atrás:

"Para Karl Marx, aqueles que captam o sentido do movimento da História e representam as "forças progressistas" ficam ipso facto liberados de qualquer dever com a "moral abstrata" da burguesia; seu único dever é acelerar o devir histórico em direção ao socialismo, pouco importando os meios. Baseado nesse princípio, Lênin codificou a moral partidária, onde o único dever é servir ao partido. Esta moral, por sua vez, deu origem ao Direito soviético, que colocava acima dos direitos humanos elementares os deveres para com o Estado revolucionário. A delação de corruptos ou traidores, por exemplo, era na União Soviética uma obrigação básica do cidadão. Mas não é só na teoria que o comunismo é imoral. No Estado socialista, todos são funcionários públicos, e basta isto para que a corrupção se torne institucional. Na União Soviética ninguém conseguia tirar um documento ou consertar uma linha telefônica sem soltar propinas: ao socializar a economia, socializa-se a corrupção. A desonestidade desce das camadas dominantes para corromper todo o povo. O mesmo aconteceu na China, país que ademais se notabilizou por ser o maior distribuidor de tóxicos deste planeta. A justificativa, na época, era que os tóxicos enfraqueceriam a "juventude burguesa" e facilitariam o avanço do socialismo, sendo, portanto, benéficos ao progresso humano. As drogas só se tornaram um problema de escala mundial graças ao comunismo chinês, que, com isto, se tornou culpado de um crime de genocídio pelo qual, até hoje, ninguém teve coragem de acusá-lo. [...]
A participação intensa de intelectuais marxistas na campanha pela "Ética na Política" é um sinal seguro de que essa campanha não moralizará a política, mas apenas politizará a ética, tornando-a uma serva de objetivos intrinsecamente imorais. Quem viver, verá." (A Nova Era e a Revolução Cultural, 1994:

Quem viveu, viu.
Herculano
15/09/2016 12:21
O QUE LULA, DILMA E O PT DEIXARAM DE LEGADO PARA SEUS AMIGOS DO PEITO E DA SACANAGEM. MORO CONDENA BUMLAI, CERVERO E OUTROS REUS NA 21ª FASE DA LAVA JATO

Conteúdo do POrtal Paraná. Texto de Mariana Ohde, Fernando Garcel e Narley Resende. O juiz federal Sérgio Moro condenou o pecuarista José Carlos Bumlai a nove anos e dez meses de prisão nesta quinta-feira (15) por gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção. Os crimes foram confirmados pelas investigações da Operação Lava Jato.

Os réus foram responsabilizados pelo empréstimo de R$ 12 milhões feito por Bumlai junto ao Banco Schahin, em outubro de 2004. De acordo com o próprio pecuarista, o dinheiro foi destinado ao Partido dos Trabalhadores para pagar dívidas de campanha. Em troca do empréstimo, o Grupo Schahin teria sido favorecido por um contrato de R$ 1,8 bilhão com a Petrobrás, em 2009. Além das condenações, Moro pede a reparação de R$ 54,9 milhões. "O empréstimo, com vencimento previsto para 03/11/2005, não foi pago e nem possuía garantia. Foi ele sucessivamente aditado, apenas para incorporação dos encargos não­ pagos", diz a sentença.

Moro afirma na sentença que "os fatos admitidos por José Carlos Costa Marques Bumlai já haviam sido revelados pelos colaboradores Salim Taufic Schahin e Fernando Antônio Falcão Soares. A colaboração exige informações e prova adicionais. Não houve acordo de colaboração com o MPF e a celebração deste envolve um aspecto discricionário que compete ao MPF, pois não serve à persecução realizar acordo com todos os envolvidos no crime, o que seria sinônimo de impunidade. Salvo casos extremos, não cabe ao Judiciário reconhecer benefício decorrente de colaboração se não for ela precedida de acordo com o MPF".

Na sentença, Sérgio Moro também condena o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto por crimes de corrupção passiva aplicando seis anos e oito meses de reclusão em regime semiaberto; Milton Taufic Schahin e Salim Schahin por crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção ativa foram condenados a 9 anos e 10 meses de prisão; o executivo Fernando Schahin foi condenado a 5 anos e 4 meses em regime semiaberto; e o ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró a 6 anos e 8 meses em regime semiaberto.

Os delatores Fernando Baiano, Salim Schahin e Nestor Cerveró cumprirão as penas acertadas no acordo de colaboração premiada.

Na sentença, Moro absolveu o ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Jorge Zelada, que substituiu Cerveró na estatal, do crime de corrupção. O filho do pecuarista, Maurício Bumlai, que foi acusado de gestão fraudulenta e corrupção passiva, também foi inocentado. Segundo o juiz, houve "falta de prova suficiente para condenação criminal".

Doença

Bumlai estava em prisão domiciliar desde março deste ano para tratamento de um câncer, no entanto, a prisão preventiva foi restabelecida em 10 de agosto por determinação de Moro. Como Bumlai estava internado, a justiça adiou por duas vezes a volta dele para a cadeia.

A defesa do pecuarista ainda tentou um último recurso, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre. Os advogados fizeram um apelo aos desembargadores e alegaram que o homem de 71 anos está doente ?" além do câncer ele também trata problemas cardíacos. Apesar do apelo, no dia 6 de setembro Moro ordenou o retorno do pecuarista à carceragem da PF e determinou que Bumlai fosse submetido a uma perícia médica do Ministério Público Federal (MPF) para comprovar necessidade de internação.
Sidnei Luis Reinert
15/09/2016 12:20
Previsão é que Lula acabe condenado daqui a seis meses e possa ir preso no primeiro semestre de 2018


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Quem diria... Luiz Inácio Lula da Silva, que sonhava e ameaçava voltar ao Palácio do Planalto em 2018, agora corre o risco de estar na cadeia pouco depois da posse do novo Presidente. Nos bastidores da Lava Jato, a previsão é que, em seis meses, Lula seja condenado, em primeira instância, pelo juiz Sérgio Moro, na 13ª Vara Federal. Como vai recorrer e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região demora a média de um ano para (provavelmente) ratificar a condenação em segunda instância, Lula tem enormes chances de estar preso no primeiro semestre de 2018, caso o Supremo Tribunal Federal não modifique a inconstitucional decisão que manda prender antes do famoso "transitado em julgado".

Sem foro privilegiado, mesmo que não acabe preso, Lula tem a chance concreta de ficar enquadrado na Lei da Ficha Limpa, assim que houver a confirmação de uma eventual condenação imposta por Sérgio Moro - que é dada como "muito previsível". Sem foro privilegiado, os advogados de Lula terão de fazer um dantesco malabarismo jurídico para que ele consiga ter direito a disputar a próxima eleição presidencial. O cenário mais provável de agora em diante é de radicalização da Petelândia em defesa de seu ídolo decadente. Embora diga o contrário em público, intimamente Lula aposta que perde em breve. Sua esperança é uma remota chance de salvação no STF que "apadrinhou" e "aparelhou" pessoalmente. A tática defensiva do craque $talinácio será a chicana judicial, tentando protelar o ritmo dos processos e decisões.

Oficialmente, apontado como o comandante máximo do esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Lava Jato. Lula enfrenta a fase mais aguda de sua desmoralização e desconstrução de imagem. O Procurador da República Deltan Dallagnol acusou Lula de ser beneficiário, de maneira disfarçada, de pelo menos R$ 3 milhões 729 mil 784 reais e 92 centavos. A grana vem das falcatruas com a OAS, em crimes entre 2006 a 2016. Por enquanto, a Força-Tarefa preferiu não pedir a prisão temporária ou preventiva que a petelândia espera para incendiar o cenário. Mas se Lula fizer algum movimento brusco que indique tentativa de obstrução judicial, pode ser levado coercitivamente ao gelado cárcere curitibano.

Lula ainda não responde por crime de organização criminosa - que só poderia ser oferecida pela Procuradoria Geral da República. Em tese, mesmo sem foro privilegiado, é como se Lula continuasse com tal privilégio. Foi por isso que os procuradores da Lava Jato, por prudêndia tática, preferiram não pedir a prisão de quem tinha o poder político e partidário para comandar a "Propinocacia" - um governo dirigido pelo pagamento de propinas em negócios entre o Estado, empresas de economia mista e empreiteiras. A Propinocracia é a base do Capimunismo Rentista tupiniquim.

A novidade de agora é que o Ministério Público Federal conseguiu mínimas provas para confirmar que Lula sabia de tudo, Fica quase impossível sugerir que ele não poderia saber de nada, como sempre alegou em insustentável defesa própria. O chefão Lula foi definitivamente colocado no centro do esquema criminoso descoberto pela Lava Jato. Agora, "o grande general que comandou a prática dos crimes" será denunciado e julgado pelo juiz Sérgio Fernando Moro. Lula é acusado de gerir o famoso "petrolão" e a "propinocracia" (um neologismo criado pela "República de Curitiba". As falctruas sistêmicas se desenvolviam em torno de quatro núcleos: político, empresarial, operacional e administrativo - todos tendo Luiz Inácio Lula da Silva em seu núcleo.

A Força-Tarefa da Lava Jato contabilizou, até agora, R$ 6,2 bilhões em propinas pagas. O prejuízo da Petrobras é estimado em R$ 42 milhões de reais. A "propinocracia" operava em regime de trocas de favores entre partidos políticos e o Presidente da República. Os apadrinhados políticos assumiam os cargos com a missão de apanhar, receber e distribuir propina para três propósitos: alcançar governabilidade mediante corrupção, perpetuar o PT criminosamente no poder com colchão de recursos usados em campanhas eleitorais e promover o enriquecimento de agentes políticos.

A Lava Jato descobriu que o esquema envolvia a Petrobras, a Eletrobras, o Ministério do Planejamento, o Ministério da Saúde e na Caixa Econômica Federal. Ou seja, pelo que detalhou Deltan Dallagnol, as investigações estão no começo. Deltan explicou que a propinocracia queria atingir a governabilidade, perpetuação no poder e enriquecimento. O problema é que os métodos alcançados contaminavam os fins com corrupção, crimes e ilicitudes.

Agora, tudo indica que o chefão $talinácio, oficialmente reconhecido e tratado como General da Propinocracia, tem chances enormes de acertar suas contas com o Judiciário. Na primeira instância, Lula certemente vai se ferrar. A esperança de Lula é que sua influência política fale mais alto nos tribunais superiores, sobretudo no Supremo Tribunal Federal, no qual o petismo indicou ministros. A esperança da sociedade brasileira é que o STF não se deixe levar por tamanha canalhice institucionalizada pela governabilidade corrupta que Lula efetivamente liderou e comandou.

O Brasil do Bem espera que Lula acerte suas contas com o Judiciário.
Aurélio Marcos de Souza
15/09/2016 11:23
Herculano Bom Dia,

Para quem tem tempo e estômago, fica o endereço eletrônico para que os mesmos possam acessar para leitura da denuncia integral formulada pelo MPF contra LULA, MARISA e outros. São 149 paginas da mais pura sacanagem contra o povo brasileiro.

http://s.conjur.com.br/dl/denuncia-lula-apartamento.pdf
Fábio
15/09/2016 09:21
Gasparense Indignado,

Sou proprietário de um pequeno estabelecimento comercial em Gaspar e fiquei indignado pois para poder iniciar as atividades tive que pagar uma licença ambiental, sendo que a minha atividade não causa nenhum impacto ao meio ambiente, apenas presto um serviço que não gera resíduos.

Fiquei curioso para saber porquê algumas empresas de Gaspar não pagam a licença ambiental e outras não, soube de uma fonte que as que serviços que irradiam sinais eletromagnéticos não pagam.

Herculano será verdade ? porque não pagam licença ambiental ?

As operadoras de telefonia celular, a empresa provedora de internet via rádio localizada no morro da Bateia, a empresa provedora de internet via rádio localizadas no morro do parapente, inclusive aquela que está instalada em cima da capela, o Clube de ParaPente.

O impacto ambiental nesses casos é grande, principalmente quando colocam macadame no morro do parapente e contaminam as nascentes de água a li existentes.
Herculano
15/09/2016 09:16
O COMANDANTE, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

O conjunto da obra não é nada favorável àquele que já foi o maior líder político deste país. Mais importante, a longo prazo, que as denúncias pontuais feitas ontem ao ex-presidente Lula pela Operação Lava-Jato é a caracterização dele como "o comandante máximo do esquema de corrupção da Petrobras" ou "o verdadeiro maestro dessa orquestra criminosa", palavras duras usadas pelo procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa de Curitiba.

As denúncias podem levar, a curto prazo, à condenação de Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas é a acusação explícita de que ele é o chefe do esquema de corrupção que foi montado em seu governo desde o mensalão até o petrolão que o atinge politicamente de maneira quase letal, ao mesmo tempo que gerará a maior pena, caso seja aceita quando apresentada.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que está a cargo do processo-chave sobre o esquema de corrupção, já disse em alguns despachos que Lula é o chefe do grupo criminoso. Como já escrevi aqui, a Justiça brasileira levou quase dez anos para ter condições políticas de denunciar o ex-presidente Lula como chefe da quadrilha, que todo mundo sabia que era desde o início, no mensalão.

Agora ficou demonstrado que mensalão e petrolão são a mesma coisa ?" um segmento do mesmo esquema de corrupção montado pelo PT no Palácio do Planalto, que não poderia funcionar sem que Lula fosse o chefe, como sublinhou Dallagnol ontem.

A denúncia dos procuradores de Curitiba foi contextualizada dentro de um esquema de corrupção que teria três objetivos: montar uma base política no Congresso, a perpetuação no poder, e o enriquecimento ilícito de lideranças políticas. O apartamento tríplex no Guarujá e o armazenamento de pertences pessoais de Lula por cinco anos, a cargo da empreiteira OAS, são apenas parte desse último ramo do esquema, e não apenas eles.

Lula ainda está sendo investigado pelo pagamento de palestras que os investigadores desconfiam que foram superfaturadas, e em alguns casos nem existiram; pelo lobby a favor de empreiteiras em países amigos; e pelo sítio em Atibaia, que também teve outra empreiteira, a Odebrecht, a fazer reformas e melhorias.

Essas e outras denúncias serão reforçadas pelas delações premiadas de Leo Pinheiro, da OAS, e Marcelo Odebrecht. Pinheiro já disse na delação que foi anulada por Janot que o tríplex foi abatido da propina devida ao PT.

A obstrução da Justiça, para evitar a delação de Nestor Cerveró, é outra investigação que está em progresso. Juntando-se as vantagens pessoais com o esquema de corrupção montado a partir da sua chegada ao Planalto para comprar apoio político e manter o PT no poder o maior tempo possível, temos um retrato de um grupo político criminoso que tomou de assalto as instituições do país.

E que pode ter cometido crimes antes mesmo de chegar ao poder central. A Lava-Jato está também exumando outro fato escabroso, os aspectos políticos do assassinato do exprefeito Celso Daniel, de Santo André. O publicitário Marcos Valério confirmou ao juiz Sérgio Moro que foi procurado para resolver uma questão financeira envolvendo uma chantagem do empresário Ronan Maria Pinto contra os líderes do PT José Dirceu e Gilberto Carvalho.

Ele confirmou que o empréstimo do banco Schahin foi para pagar essa chantagem, e em troca o banco ganhou uma encomenda bilionária da Petrobras para compra de sondas. Valério, no entanto, recusou-se a revelar a razão da chantagem, assumidamente por receio de ser alvo de represálias. "O senhor não pode garantir a minha vida", disse a Moro.

Bruno, irmão de Celso Daniel, e outros parentes do ex-prefeito de Santo André consideram que foi crime político; ele teria sido assassinado para evitar que denunciasse esquemas de corrupção em financiamento de campanhas petistas e de aliados. O conjunto da obra não é nada favorável àquele que já foi o maior líder político deste país.
Herculano
15/09/2016 09:15
A PAUTA CERTA, por Rodrigo Constantino

A julgar pela esquerda, as coisas mais relevantes do mundo são a legalização do aborto e das drogas, o clima e o casamento gay ou o "poliamor", e não as mazelas da população pobre.

Andava por uma livraria outro dia quando vi um grupo de adolescentes "debatendo" política. Uns diziam que votariam no candidato do PSol, outros na candidata do PCdoB. Um, solitário, preferia o Partido da Causa Operária. Eram alunos de uma escola particular, num shopping carioca de luxo.

É verdade que a juventude é meio utópica e costuma ter uma queda pelo socialismo. Mas não é apenas isso que explica o fenômeno. Nos Estados Unidos, por exemplo, a garotada votaria em peso no socialista Bernie Sanders. Há algo mais por trás dessa "coincidência".

Uma das notícias mais importantes da década passou despercebida por nossa imprensa nos últimos dias. Falo do vazamento de dados da fundação de George Soros, o especulador bilionário que financia boa parte da esquerda mundial.

A esquerda sempre foi contra a globalização dos mercados, mas se tornou "globalista" no campo das ideias. Descobriu que é mais fácil fazer uma revolução mundial na cultura, e com isso avançar no controle de nossas vidas, com um Estado cada vez mais intervencionista.

Por isso Soros dá dinheiro para Hillary Clinton, para Fernando Henrique Cardoso e para o Mídia Ninja, de Pablo Capilé. São muitos milhares de dólares por ano para cada um. E qual a contrapartida? O mundo politicamente correto "debate" mais e mais as mesmas pautas, todas com um só denominador comum: o enfraquecimento da família, do cristianismo, o homem branco como vilão da humanidade e a "marcha das minorias oprimidas" como o caminho da redenção.

A solução para tudo ?" aquecimento global, preconceitos, desigualdades, violência ?" é sempre mais Estado; para todo problema há de se pregar a mão visível do Estado como resposta. É por isso que vemos tanta convergência na pauta da grande imprensa, dominada por essa esquerda. A julgar por essa gente, as coisas mais relevantes do mundo são a legalização do aborto e das drogas, o clima e o casamento gay ou o "poliamor", além do desarmamento dos civis inocentes. Esses "formadores de opinião", bancados por ricaços como Soros e sua trupe, vivem numa bolha, e alguns passam mesmo a crer que essas são as bandeiras mais importantes do momento.

Esqueça as verdadeiras mazelas da população do andar de baixo, o transporte caótico, a falta de saneamento, a comunidade dominada pela bandidagem, a péssima qualidade da educação pública e uma saúde cada vez mais cara. As prioridades da mídia são outras, definidas por uma elite culpada ou interessada em ampliar os tentáculos estatais para benefício próprio.

Voltemos aos garotos da livraria: eles acham que pensam por conta própria, mas nem percebem que são papagaios desses formadores de opinião, sustentados pelo "sistema". Repetem sem muita crítica aquilo que as "autoridades" e os "especialistas" dizem sobre cada coisa, e ainda se sentem os rebeldes!

Fumar sua maconha em paz, abortar o bebê quando o sexo é descuidado e participar de orgias com novo nome passam a ser suas grandes metas "revolucionárias", enquanto o pobre luta para sobreviver pagando impostos cada vez maiores e tentando manter sua filha longe do traficante, que o jovem mimado vê como herói, para poder odiar a polícia "fascista".

Mais de 60% dos partos no Rio, capital nacional dessa "esquerda caviar", são de mães solteiras, e muitas são adolescentes e sem estudo. É o quadro da destruição real dessas ideias "bonitinhas" que seduzem os filhos da elite, no conforto de seu condomínio.

Precisamos deixar de pautar nossos debates com base nas bandeiras "progressistas" enfiadas goela abaixo pelos globalistas. Há outras prioridades. No curto prazo, recuperar a economia com as reformas estruturais. No longo prazo, resgatar valores morais e impedir essa doutrinação ideológica em nossas escolas. Eis a pauta certa.
Herculano
15/09/2016 09:13
DOIS MUNDOS, por Miriam Leitão, para o jornal O Globo

Para se defender bem, Lula terá que ir além da teoria da conspiração e da perseguição política. A defesa do ex-presidente Lula atacou o procurador Deltan Dallagnol como se ele tivesse agido sozinho. "Sua conduta é política e incompatível com o Ministério Público", disse o advogado Cristiano Zanin. Minutos antes, Deltan já havia respondido a essa acusação. Disse que mais de 300 funcionários públicos, concursados, de diversos órgãos, trabalharam em conjunto de forma "técnica, imparcial e apartidária".

Essas duas falas juntas mostram dois mundos. "Nasce hoje um novo Brasil sob a batuta de Deltan Dallagnol", leu o advogado, insistindo na ideia de que o trabalho de um só homem havia produzido a denúncia contra o ex-presidente. A entrevista em Curitiba derrotava essa linha de defesa. Eram duas mesas longas, com vários procuradores, delegados da Polícia Federal, auditores da Receita Federal. Um mundo, o da defesa de Lula, acreditava numa conspiração comandada por um procurador contra Lula "apenas porque ele foi eleito e reeleito presidente do Brasil", e o outro mostrava agentes públicos agindo em rede para se chegar ao que Dallagnol chamou de "quebra-cabeças probatório".

Durante a entrevista, os advogados de Lula rebateram os diversos indícios de que a cobertura de Guarujá foi preparada, reformada, mobiliada para ser oferecida como um benefício para Lula com argumentos que têm uma óbvia lacuna. A cota-parte de um apartamento teria sido adquirida por Marisa Letícia em 2005, mas só em 2014 a família foi visitar o apartamento para saber se queria mesmo adquirir e só em 2015 entrou na Justiça para reaver o dinheiro aplicado. Já o Ministério Público tem, para apresentar, conexões muito mais robustas. Sustenta que o apartamento e a armazenagem de bens, onde se lia que iriam para a "praia" ou para o "sítio", foram parte de pagamentos de vantagens obtidas ilegalmente pela OAS em contratos na Petrobras.

Ao longo de todo o devido processo legal, tudo se esclarecerá. Se o que os procuradores, policiais federais e auditores da Receita mostraram em Curitiba for apenas fantasia que não se sustenta em prova alguma, Lula e Marisa Letícia nada têm a se preocupar. Se é uma idiossincrasia de apenas um procurador que age por motivações políticas, então também não será um problema para os denunciados, porque a Justiça tem as mais diversas instâncias para corrigir qualquer acusação sem prova.

Mas se o que estamos vendo é uma etapa de um processo que exigiu, como disse o procurador Roberto Pozzobon, a análise de centenas de gigabytes de informação para se formar a convicção que levou à denuncia o ex-presidente, os denunciados estão em apuros. Para essa análise, colaboraram funcionários de órgãos diferentes do setor público. Essa é a novidade que se abateu sobre o mundo do ex-presidente: o combate à corrupção no país se dá de forma institucional e parte de órgãos que colaboram entre si. Não é uma questão pessoal. Essa mesma força pública está sobre outros investigados por corrupção no país, seja ele integrante dos governos do PT, do PMDB, seja de que partido for. O país está determinado a combater a corrupção, e os agentes públicos atuam de forma conectada. O que está acontecendo é resultado de 30 anos de democracia, de 30 anos de Ministério Público independente, dos esforços de diversos governos, inclusive do próprio Lula, de fortalecer o setor público com funcionários especializados em diversos órgãos.

O que houve ontem foi mais uma etapa de um longo processo que se desdobrou em dezenas de fases e que provou que a Petrobras foi saqueada por uma conspiração que uniu empresários, políticos e integrantes dos partidos que estavam na coalizão de governo. Ontem, o MP deu um passo adiante e afirmou, com base em 14 evidências, que Lula foi o mentor, o comandante máximo, o maestro, o general do esquema que lesou os cofres da maior empresa do país.

Que o crime foi perpetrado não há dúvida. Se Lula era o comandante, é a hipótese que o Ministério Público apresenta agora, dizendo que isto está "acima de qualquer dúvida razoável". Para Dallagnol, "provas são pedaços da realidade que formam convicção". Mas há daqui para diante uma enorme estrada jurídica. Será preciso a Justiça receber a denúncia para então começar a transitar em julgado. Nesta estrada, a defesa terá tempo e meios de derrubar as acusações, se elas forem falsas.
Herculano
15/09/2016 09:12
da série: isto é um partido político com direito a busca de votos para se legitimar no poder por meios dos votos dos cidadãos livres numa democracia ou é uma organização criminosa que obteve a legalidade diante de tantas outras que a sociedade rotula e combate porque a lei assim a define?

"PROPINOCRACIA" E CLEPTOCRACIA", por Eliane Cantanhede, para o jornal O Estado de S. Paulo

Na longa entrevista de ontem, com formato e tom professoral, os procuradores da Operação Lava Jato não apresentaram nenhum fato novo, nenhum documento novo, mas contaram uma história com começo, meio, fim, e nexo, jogando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no centro da "propinocracia" que depenou os cofres de empresas públicas brasileiras. Uma história que tem evidente e até dramático impacto político, num momento já tão turbulento do País.

Adjetivos não faltaram para definir Lula no esquema de corrupção: "comandante", "general", "maestro", "chefe", já que tanto ele quanto o próprio esquema continuaram e até se ampliaram e se sofisticaram depois da saída de José Dirceu da Casa Civil e, portanto, do próprio governo Lula. Durante o julgamento do mensalão, Dirceu foi o "chefe da quadrilha". No petrolão, ele volta a ser o "braço direito", porque o "comandante" era outro: Lula.

Segundo os procuradores, recheando a exposição com organogramas e gráficos em que Lula está sempre no centro, em destaque, o mensalão e o petrolão são duas faces da mesma moeda. E o elo entre elas é justamente Lula, que passa a ser também o centro dos debates políticos, depois do impeachment de Dilma Rousseff, há duas semanas, e da cassação do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dois dias antes.

O estrago é monumental e é em cadeia (sem trocadilho): deixa em frangalhos a imagem de Lula, os debates já muito tensos sobre o futuro do PT e as chances do partido nas eleições municipais, que estão logo aí. Se já estavam em situação difícil, os candidatos petistas ficam agora sem pai, Lula, e sem mãe, Dilma. Quem Fernando Haddad pode chamar para seu palanque em São Paulo, por exemplo?

Como tudo na vida tem dois lados, e como Lula e o PT sempre foram bons de marketing, a reação deles será a vitimização. Na campanha, nas entrevistas, nas redes sociais, atacarão o juiz Sérgio Moro, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e até a imprensa, que divulga os fatos. Quando não há defesa, parta-se para o ataque. Às vezes dá certo, às vezes não. Mas é o que resta a Lula e ao PT.

Quanto ao governo Michel Temer, só resta fingir que não é com ele. A orientação no Palácio do Planalto é não haver comentários e muito menos comemoração diante da desgraça do parceiro de até poucos meses atrás. Primeiro, porque Temer não lucraria nada com isso. Segundo, porque nunca se sabe o que pode surgir sobre a cumplicidade do PMDB na "propinocracia" do PT.

Essa palavrinha, aliás, lembra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que acusou os governos do PT de "cleptocracia" com um "plano perfeito" para se eternizar no poder. Logo, a força-tarefa da Lava Jato e o ministro estão falando a mesma língua. Uma língua ferina, que conta uma história que certamente terá efeitos políticos, jurídicos e policiais.
Herculano
15/09/2016 09:08
REVOLUCIONÁRIO, COM VELHAS IDEIAS, por Carlos Alberto Sardenberg, para o jornal O Globo

Cargos em comissão no governo federal brasileiro, a maior parte com nomeação do presidente: 23 mil. Nos EUA, oito mil

Provocado pelo pessoal da Associação Brasileira de Shopping Centers com o tema "O Brasil que temos e o Brasil que queremos", o ministro do STF Luís Roberto Barroso apresentou um conjunto de dez ideias que a gente poderia chamar de liberal e progressista, não estivessem esses termos tão embaraçados.

E para embaraçar um pouco mais, podemos dizer que o ministro apresenta algo moderno ao buscar temas do passado. O que pode ser mais velho do que dizer que só a iniciativa privada gera riquezas? Pois foi o que Barroso sugeriu: o Brasil precisa de menos Estado, menos oficialismo e mais livre empreendedorismo. Ou seja, capitalismo de verdade, não esse praticado no país nos últimos tempos, uma associação criminosa e imoral entre governo e empresas cartelizadas e, de algum modo, beneficiadas com dinheiro público.

Mas o capitalismo não gera desigualdades?

O ministro, falando no congresso da entidade na última terça, não fugiu do tema. E tomou outra ideia antiga: o mais importante é a igualdade na partida. Aqui aparece talvez a mais importante missão do Estado: fornecer a todos uma educação de qualidade.

Dito de outro modo, não pode haver um bom capitalismo sem um Estado eficiente, que garanta os bens comuns, como escola, saúde, segurança, mas, sobretudo, a educação.

Sim, esta é uma ideia velha e, sobretudo, praticada largamente com sucesso pelo mundo afora. Aliás, neste aspecto, Barroso mostrou-se internacionalista. Sugeriu que a gente contratasse consultorias internacionais para avaliar a escola brasileira, do fundamental ao superior, e apresentar propostas. O ministro já adiantou algumas, ao comentar a decadência das universidades públicas: "Todo ano começa com uma greve".

A favor de um tipo de internacionalização, Barroso disse que precisamos de mais intercâmbio com as universidades do mundo, precisamos abrir nossas faculdades para o saber externo, trazendo mestres, com aulas em inglês e espanhol, por exemplo.

De novo, é o que se faz nos países bem-sucedidos em educação. Mas se trata de uma proposta odiada pela elite acadêmica brasileira e, especialmente, pelos sindicatos de professores. Dizem que é para proteger nossa cultura. Na verdade, é reserva de mercado e, sobretudo, medo da competição, da comparação.

Por contraste, ao sugerir a abertura, o ministro Barroso parece um revolucionário.

E também quando sugere um corte radical nos famigerados cargos em comissão - esse instrumento do aparelhamento do Estado e da corrupção, isso agora por nossa conta.

Os números são eloquentes. Cargos em comissão preenchidos no âmbito do governo federal brasileiro, a maior parte com nomeação do presidente da República: 23 mil. Nos EUA, oito mil. Na França, 550. E ainda temos um crescente quadro de concursados.

Barroso defendeu a reforma da Previdência ?" a necessidade disso "é intuitiva" ?" o equilíbrio fiscal e, neste item, a recuperação do Orçamento como peça política de alocação de recursos para o benefício da sociedade, em vez do Orçamento assaltado todo ano pelas forças políticas - aqui, de novo, comentário por nossa conta.

O ministro disse que o combate à corrupção em curso é um avanço notável e defendeu a regra pela qual a pessoa deve cumprir pena depois de ter sido condenada em segunda instância.

Tema crucial este, que está para ser revisitado pelo Supremo Tribunal Federal. A tese contrária, resumindo, diz que a pessoa só pode ir em cana depois de condenada em "última, ultimíssima instância", o STF - o que abre espaço para quem pode contratar bons advogados e, com uma farra de recursos, protelar para sempre o julgamento. Aqui também o acréscimo é nosso.

Barroso citou ainda a reforma política, aliás a primeiro item de seu decálogo. Defendeu o fim das coligações em eleição proporcional ?" regra pela qual o eleitor não sabe qual deputado elegeu e este não sabe quem o elegeu. Defendeu também a cláusula de barreira - isso para o curto prazo. Para o futuro, a proposta é o sistema distrital misto, como o alemão.

Como políticas públicas, Barroso mostrou a necessidade de um esforço máximo no saneamento básico e preservação do meio ambiente. Aqui, de novo, foi moderno ao comentar ideia velha: é preciso ter um sistema no qual preservar a floresta seja mais lucrativo e mais eficiente economicamente do que destruí-la.

A pergunta que fica é a seguinte: por que a sociedade brasileira simplesmente não copia o que deu certo em outros lugares?
Herculano
15/09/2016 09:06
DENÚNCIA É PETARDO TRIPLO PARA LULA E O PT, por Vera Magalhães, para o jornal O Estado de S. Paulo

A denúncia apresentada nesta quarta-feira pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato é um petardo triplo que atinge em cheio Lula e o PT no momento em que ensaiavam tomar as ruas denunciando o suposto golpe de Estado e a vindoura supressão de direitos sociais.

Agora, o partido e seu líder máximo terão de recolher tropas e munições que pretendiam manter nas ruas, na esperança de evitar um desastre completo nas urnas no mês que vem, para tentar desconstruir a peça que é avassaladora politicamente e muito bem fundamentada do ponto de vista técnico.

O petardo é triplo porque faz desmoronar de uma só vez o discurso do golpe, as chances eleitorais do PT e a esperança que ainda havia nas hostes petistas de que haveria espaço para uma campanha Lula 2018. Não há.

A entrevista foi propositalmente dividida entre três procuradores. Coube a Deltan Dallagnol, o mais "midiático" dos procuradores, fazer o que ele chamou de montagem do "quebra-cabeça": a tese segundo a qual Lula era o "elo", "comandante" ou "maestro" de um esquema criminoso que ele batizou de "propinocracia".

Citando em looping o nome do ex-presidente, como para marcar de forma indelével a tese, Deltan também tratou de fixar graficamente o que dizia, por meio de um diagrama que logo viralizou nas redes sociais com círculos de partes do esquema que levavam a Lula, no centro da tela.

Foi a mais clara ligação feita até aqui por uma autoridade da Lava Jato entre os esquemas do mensalão e do petrolão, que seriam ambos "faces" de um mesmo esquema destinado a "perpetuar criminalmente" o PT no poder, segundo o procurador.

Mais: pela primeira vez, o Ministério Público acusou o ex-presidente de ter sido beneficiado pessoalmente com "pelo menos" R$ 3,7 milhões do esquema de propinas vindo da Petrobras, por meio da empreiteira OAS.

Depois do show de Lula feito pelo "maestro" da Lava Jato, coube a outros dois procuradores elencarem as provas a embasar a denúncia, que teve como foco a compra e reforma do tríplex do Guarujá, que a Lava Jato sustenta que foi dado a Lula e sua família para lavar recursos oriundos de propinas, e no armazenamento dos "presentes" de Lula como presidente pela mesma construtora.

O estrago na defesa de Lula é imenso. A Lava Jato reuniu documentos, fotos e fez até exame grafotécnico no documento do tríplex. Não será possível desconstruir a denúncia apenas com base no discurso de que há uma perseguição ao ex-presidente.

Eleitoralmente para o PT é um strike. Equivale, em termos de estrago, à foto da pilha de dinheiro que seria usada para comprar um dossiê contra José Serra às vésperas do primeiro turno da eleição presidencial de 2006.

Candidatos petistas como Fernando Haddad estavam começando a ensaiar uma estratégia eleitoral de se irmanar à tese do golpe e tentar consolidar o voto dos anti-Temer. Diante da cena de Lula denunciado como chefe de um esquema criminoso, haverá menos apelo para esse discurso.
Herculano
15/09/2016 07:35
VAMOS TORCER PELA "BOULOSIZAÇÃO" DO PT. ASSIM, O PARTIDO ACABA MAIS DEPRESSA, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Qual vai ser a reação do PT ao anúncio de que Lula é chefe de uma organização criminosa? Aposta na prudência e na eventual absolvição de Lula ou apressa seu fim?

Qual vai ser a reação do PT ao mais duro golpe sofrido até agora?

Que os métodos e as heterodoxias de Deltan Dallagnol colaboram com a defesa de Lula no médio e no longo prazos, eis algo evidente. Mas não é menos claro que, no curto prazo, o partido fica ainda mais acuado. O que fazer? Apelando a uma ironia, o pior erro seria tentar acordar a múmia de Lênin?

Vamos lá. Quando Sérgio Moro cometeu aquele exagero óbvio e determinou a condução coercitiva do chefão petista, este fez um discurso contundente e chamou a sua militância à rua. Os companheiros resolveram se encher de brios. Parecia que o mostro vermelho poderia acordar ali de seu sono. A esperança durou pouco. O dia 13 de março assistiu à maior manifestação da história do país: em favor do impeachment. Três dias depois, Moro resolveu divulgar o conteúdo de grampos que mostravam o claro esforço de Lula de melar a investigação. O que restava de reputação ao governo Dilma foi tragado. A partir daquele momento, a legenda não se encontrou mais e foi cometendo erros em série. Uma das decisões estúpidas foi apressar a nomeação de Lula para chefe da Casa Civil. Deu no que deu.

Pouco coisa restou ao PT senão esperar a deposição de Dilma. Já ali, os petistas que ainda conservavam uma capacidade mínima de ler a realidade não acreditavam mais na sobrevivência da então presidente. Sem poder de reação, a legenda se entregou às vontades dos ditos "movimentos sociais".

É evidente que uma certa excitação estava em curso, embalada, em boa parte, pela, digamos assim, "militância qualificada" na imprensa e no meio artístico. Lula e o PT resolveram se pintar para a guerra e combater a suposta "agenda conservadora" do governo Temer. A legenda teve de cair nos braços de tipos como Guilherme Boulos. Os black blocs fizeram o trabalho de difamação da Polícia Militar, especialmente em São Paulo, e a coisa ameaçava ganhar corpo.

Pois é? Haja ânimo para um próximo protesto. Em nome de quê? Quem será conduzido em triunfo? O chefe da organização criminosa?

A pior saída para o PT, obviamente, será inflamar o discurso. Em situações assim, quanto menor é o protesto, mais radical se mostra. Os estúpidos costumam ser particularmente convincentes nesses casos, e os extremistas parecem ter razão prática. Fica fácil secretar o ódio.

Se o PT tiver um mínimo de juízo e prudência, vai aliviar a tensão da corda, em vez de puxá-la ainda mais. A única chance de sobrevivência do PT está na absolvição de Lula, caminho que a porra-louquice de Dallagnol, sem dúvida, abriu. Se, no entanto, se entregar à condução de mestres como Guilherme Boulos, aí o fim da legenda se antecipa.

Pensando bem, que tal a gente torcer por Boulos, se é que me entendem??
Herculano
15/09/2016 07:31
STF DEVE DECIDIR SOBRE FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS DE ALTO CUSTO PARA O SUS, por Pedro de Carvalho

O STF discutirá hoje o fornecimento pelo Estado de medicamentos de alto custo e não previsto na lista dos fármacos fornecidos pelo SUS. O recurso tem relatoria do ministro Marco Aurélio e a decisão da Corte deve ser seguida em instâncias inferiores em casos idênticos.

Segundo dados do Ministério da Saúde, desde 2010, apenas no âmbito federal, houve um aumento de 500% nos gastos com aquisição de medicamentos, próteses e realizações de cirurgias determinadas pela Justiça, ultrapassando a soma de 2,1 bilhões. No Estado de São Paulo, a Secretaria de Saúde gastou em 2015 1,2 bilhão para atender demandas judiciais em prol de 79,5 mil pessoas. Esse montante seria suficiente para custear durante um ano o Hospital das Clínicas, que atende 35 mil pessoas por dia.

A expectativa é que o Supremo defina os limites da responsabilidade dos entes públicos no fornecimento de medicamentos e tratamentos excepcionais "conciliando o orçamento público com a eficácia dos direitos fundamentais", disse o procurador do Estado de São Paulo e diretor da Apesp, Fabrizio Pieroni.
Herculano
15/09/2016 07:26
DEFESA TERÁ DE PROVAR QUE LULA É MÍOPE E BOBO, por Josias de Souza

A defesa de Lula se autoimpôs uma missão irrealizável. Para refutar a acusação de que seu cliente era "o comandante máximo" do petrolão, os advogados de Lula se esforçam para provar que aquele ex-operário que chegou à Presidência como um mito e deixou o Planalto como um recordista de popularidade era, na verdade, um míope meio bobo ?"indigno dos milhões de votos que o elegeram duas vezes.

Os defensores de Lula optaram por uma linha desconstrutiva. É como se tentassem livrar Lula de suas culpas imolando-o. A grandeza de sua vista curta o impediu de enxergar a roubalheira que se implantou sob suas barbas. A doce ingenuidade de sua alma não permitiu que Lula constatasse que o patriotismo dos aliados era movido a propinas.

Coordenador da força-tarefa de Curitiba, o procurador Deltan Dellagnol foi mais respeitoso com Lula do que os advogados do ex-presidente. Homenageou-lhe a inteligência e a fama de cérebro solitário do petismo grudando nele três denominações: 1) "comandante máximo do esquema de corrupção identificado na Lava-Jato"; 2) "maestro da orquestra concatenada para saquear os cofres da Petrobras e outros órgãos públicos"; e 3) "grande general do esquema de corrupção."

Em entrevista concedida nas pegadas da divulgação da denúncia de Curitiba, um dos advogados de Lula, Cristiano Zanin Martins, disse que a "verborragia" do procurador Dellagnol teve conotação "política". Como assim? ''O Ministério Público Federal elegeu Lula como 'maestro de uma organização criminosa', mas esqueceu do principal: a apresentação de provas dos crimes imputados.''

O doutor talvez não se recorde - ou esquece de lembrar?" que o procurador Dellagnol e a força- tarefa de Curitiba não estão sozinhos em suas conclusões. Numa petição que protocolou em maio no Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República Rodrigo Janot requereu a inclusão de Lula no "quadrilhão", como é conhecido o principal inquérito da Lava Jato. Na peça, Janot referiu-se a Lula em termos dignos de um epitáfio.

Escreveu o procurador-geral: ''Essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Lula dela participasse.'' O procurador Dellagnol apenas ecoou: "Só o poder de decisão de Lula fazia o esquema de governabilidade corrompida viável. Ele nomeou diretores para que arrecadassem propina. Sem o poder de decisão de Lula, esse esquema seria impossível."

Noves fora os E$ 30 milhões em palestras financiadas pelas cleptoconstrutoras e o sítio de Atibaia, duas denúncias que estão na fila, as evidências de que Lula se beneficiou financeiramente do esquema constam da primeira denúncia da Lava Jato. Ao dizer que faltam provas sem refutá-las adequadamente, a defesa pede à plateia que também se finja de boba para que Lula possa continuar executando no palco o papel de um Napoleão se descoroando.

De acordo com esta primeira denúncia, Lula recebeu R$ 3,7 milhões em propinas da OAS, uma das empreiteiras que assaltaram a Petrobras. O dinheiro foi aplicado no célebre tríplex do Guarujá e no aluguel de contêineres para guardar os bens e presentes que Lula ganhou durante o exercício da Presidência.

Apenas no armazenamento daquilo que Lula chama de "tralhas", a OAS torrou R$ 1,3 milhão. No apartamento que Lula diz não possuir, a construtora enterrou R$ 1,1 milhão na aquisição do imóvel, R$ 926 mil na reforma e R$ 350 mil na instalação de uma cozinha gourmet. Lula, sua mulher Marisa e seu filho Fábio Luiz vistoriaram o imóvel.

A defesa de Lula sustenta que a família Silva não se interessou pela compra do tríplex. E se abstém de explicar por que diabos a OAS enterraria uma fortuna para dotar o apartamento de facilidades como um elevador e uma cozinha de luxo se não tivesse um compromisso com Lula. O advogado se escora no registro cartorial como se a ocultação da propridade não fosse a essência do crime de lavagem de dinheiro.

A denúncia não faz de Lula um culpado automático. Antes de proferir uma sentença, o juiz Sérgio Moro terá de atestar o nexo das acusações do Ministério Público, enviando o ex-presidente e os outros acusados ao banco dos réus. Vencida a fase do contraditório, virá o veredicto. Seja qual for o desfecho, Lula sairá mal do processo.

Condenado, pode passar uma temporada no xadrez. Absolvido, passará à história como um cego atoleimado que presidiu o país sem notar que sob os fios do seu bigode desenrolava-se uma roubalheira sem precedentes. E o petrolão se eternizará como a corrupção acéfala, a máfia sem capo. O sucesso da defesa de Lula depende do talento dos seus advogados para desmoralizar a reputação do cliente.
Herculano
15/09/2016 07:23
TEMER FICA INDIGNADO COM BOATOS DA REFORMA TRABALHISTA, MAS NÃO COLABORA, por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S.Paulo

Michel Temer reagiu irritado aos boatos exagerados a respeito da morte da CLT. O presidente ora efetivado no emprego porém ainda não explicou direito o seu plano de mudanças.

O Plano Real e o primeiro governo FHC poderiam servir de exemplo na maneira de apresentar e implementar as medidas, pensando seu ritmo e seus efeitos sociais, políticos e econômicos. Mas o governo Temer se arrisca de parecer com o foguetório atabalhoado de medidas mal sequenciadas de Fernando Collor.

Há boatos ignorantes ou propaganda de má-fé a respeito de mudanças na CLT. Mas o que resta de fato, embora ainda vago, não é muito menos assustador para o cidadão comum.

O governo parece uma nuvem de onde partem só raios e trovoadas de medidas que, ao menos no curto prazo, devem esfolar ainda mais alguns dos pobres e os assalariados.

A cúpula do governo não parece perceber que apenas o congelamento de gastos por uma ou duas décadas e a reforma da Previdência seriam mudanças históricas em pactos essenciais do funcionamento do país, uma reviravolta constitucional.

Reduzir o governo federal em até um quinto, na próxima década, é enorme. Reforma da Previdência implica mudar as relações de trabalho, a poupança nacional e o conceito de seguro social.

Como se não bastasse, o desastre fiscal é o grande, decisivo e imediato empecilho à retomada do PIB. A mudança na CLT não é. Logo, o essencial é conter a dívida pública.

Reforma trabalhista "liberal" implica de imediato a redução de salários. Em tese, em um resumo de manual, pode eliminar distorções de custos e entulhos na alocação eficiente de capital, o que em um segundo momento acelera o crescimento econômico.

A evidência histórica dessa tese geral é controversa. No entanto, tal ou qual regulação do trabalho, em certo contexto, pode mesmo emperrar o crescimento.

As empresas (excluídas as picaretas) não sabem muito bem seu custo salarial no médio prazo, dada a incerteza do que sairá de decisões judiciais. O cálculo econômico se torna imponderável, o que prejudica investimentos (há evidências) ou induz que se joguem as taxas de retorno para a lua, "por conta" do custo trabalhista incerto.

Multa por demissão parece incentivo equivocado. Em tese, uma empresa que treina trabalhadores e paga mais para mantê-los empregados por mais tempo será mais prejudicada em caso de recessão ou reviravolta do mercado. O peso das multas é menor para empresas que pagam pouco e rodam mais a mão de obra.

Isto posto, o que colocar no lugar a fim de proteger o trabalho? O caso do "acordado" sobre o "legislado" parece uma bonita tese geral até que se pergunte: e o trabalhadores sem organização, sob sindicatos de fantasia, pelegos ou mesmo corruptos?

É preciso flexibilizar, terceirizar? Sim. É fato também que terceirizadas são becos de espancamento de direitos trabalhistas. O assunto, pois, é muito enrolado.

Aproveitar a ocasião do "governo de transição" para passar um rodo de reformas no povo bestificado pode dar besteira. Para piorar, não há contrapartida de sacrifício dos mais ricos. Desde que se "candidatou" a suceder Dilma Rousseff, Temer fala em "reunificação" e "pacificação". Falta fazer.
Herculano
15/09/2016 07:19
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA PARA A EDIÇÃO IMPRESA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE

E vou poupar os meus leitores e leitoras de comentar este absurdo que a administração petista de Gaspar faz contra a cidade e os mais fracos, como esconder que fez um acordo para não ter mais ônibus a partir do dia quatro, dois dias depois das eleições, e não anunciou o plano emergência alternativo. É algo repetitivo. E na emergência o político sempre leva vantagens. Tem sido esta a prática não apenas aqui em Gaspar, mas no Brasil. Acorda, Gaspar
Herculano
15/09/2016 07:13
HOJE É DIA DE CRIAR MAIS UM FACTOIDE PARA ABRIR ESPAÇOS NA IMPRENSA PARA FAVORECER A CAMPANHA DO PT E ESCONDER OS VERDADEIROS PROBLEMAS DA CIDADE

O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, que não conseguiu entregar a ponte do Vale a tempo para alavancar a campanha do seu candidato Lovídio Carlos Bertoldi,vai ocupar a imprensa para fazer mais um factoide e ocupar os analfabetos, ignorantes, analfabetos, dependentes e fanáticos

Ele promete levar os empresários daqui para mostrar aquela obra inacabada, dar entrevistas, posar para fotos - e até assinar papelinhos - e assim armar o circo da propaganda enganosa de governo e do marketing eleitoral, tão comum ao PT, mas também a qualquer outro político que usa a ingenuidade do povo ao extremo, não sente vergonha e não é cobrado pela dita oposição.

Como o PT é tido com um partido popular e voltado para os pobres, a causa dos excluídos e discriminados, fazendo sempre um governo participativo, neste caso, o prefeito Pedro Celso Zuchi esqueceu de levar exatamente o povo para compartilhar a sua grande obra que sacrificou o orçamento para as causas sociais.

De verdade, Zuchi e seus apoiadores, deveriam ir para a frente da Policlínica, dos postos de saúde, da farmácia básica e Hospital anunciar que acabaram-se as filas e a falta de remédios.

Melhor, deveria ir no Terminal Urbano e lá anunciar à imprensa como vai fazer para que os trabalhadores, desempregados, idosos e estudantes tenham a partir do dia quatro, transporte coletivo, como deu aqui em primeira mão o jornal Cruzeiro do Vale, fato que Zuchi e sua turma escondia da cidade, fato já sacramentado em acordos de gabinetes e na Justiça.

Como escrevi ontem e abaixo, o "prefeito Celso" e o PT não são os únicos culpados deste mar de incoerências e incertezas. Os vereadores do PMDB, PSD, PSB e até do PP - todos candidatos - são parte desta trama contra a cidade, cidadãos e cidadãs gasparenses. Se falta transparência ao governo popular, também a imprensa não fez a parte dela.

Agora, acuados e ameaçados nos seus planos de alternância e tomada de poder, esses mesmos partidos e políticos omissos, estão plantando e repassando informações à imprensa sobre esses descasos, esperando que a divulgação jornalística gratuita e profissionalmente necessária lhes favoreça. Onde estavam para impedir estes descalabros contra os gasparenses a quem pedem votos e prometem defende-los?

Tudo farinha do mesmo saco. Acorda, Gaspar!
Herculano
15/09/2016 06:46
O ALVO PRINCIPAL, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

A força-tarefa de Curitiba elegeu Lula como o principal alvo da Lava Jato. A escolha já era conhecida, mas havia certo pudor em anunciá-la. Isso acabou nesta quarta (14), quando o procurador Deltan Dallagnol chamou o ex-presidente de "comandante máximo" do esquema de corrupção na Petrobras.

Em apresentação transmitida ao vivo pela TV, o procurador acusou Lula de estar no centro de uma organização criminosa destinada a "saquear os cofres públicos" e assegurar sua "perpetuação criminosa no poder". Ele resumiu a tese com um diagrama em que todas as setas apontam para o ex-presidente.

Repetindo o nome do petista a cada frase, Dallagnol o acusou de instaurar uma "propinocracia" no país. Nas palavras dele, o ex-presidente seria o "grande general" ou o "maestro da orquestra criminosa" -as metáforas transitavam entre os campos de batalha e as salas de concerto.

Num arroubo retórico, o procurador chegou a comparar Lula a um homicida que "foge da cena do crime após matar a vítima e depois busca silenciar as testemunhas".

Apesar da contundência verbal, a força-tarefa não denunciou o petista por organização criminosa. Ele foi acusado de receber vantagens de uma só empresa, a OAS, no total de R$ 3,7 milhões. A quantia é expressiva, mas não chega perto das somas desviadas por alguns funcionários de segundo escalão da Petrobras.

Por um lado, sobram indícios de que Lula manteve relações próximas demais com as empreiteiras do petrolão. Ele ainda não deu explicações convincentes para a generosidade das empresas, que não costumam agradar políticos por filantropia.

Por outro lado, a força-tarefa parece não ter provas suficientes para sustentar que o ex-presidente era o líder de uma organização criminosa que usava as horas vagas para governar o país. Para bancar essa acusação, Dallagnol e seus colegas precisariam apresentar menos frases de efeito e mais evidências.
Herculano
15/09/2016 06:42
AGORA S?" FALTA PRENDER O CHEFE DA PROPINOCRACIA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

A denúncia devastadora contra o ex-presidente Lula, apresentada nesta quarta (14) pela força-tarefa da Lava Jato, provoca a pergunta que não quer calar: "Por que o 'comandante máximo da propinocracia' ainda não foi preso?" O meticuloso procurador Deltan Dallagnol mostrou como Lula, seu PT e cúmplices implantaram um esquema criminoso que resultou, só na Petrobrás, num roubo de R$6,2 bilhões.

DEVOLVE AÍ, COMPANHEIRO
Num primeiro momento, o MPF exige na Justiça que o ex-presidente Lula devolva R$87 milhões aos cofres públicos em apenas um caso.

PODER CORROMPIDO
Segundo Dallagnol, o objetivo de Lula com a ladroagem era "garantir a governabilidade". Mas só assegurou a "governabilidade corrompida".

VIROU REGRA
Procuradores verificaram que o esquema de Lula chegou ao ponto de não ser mais necessário cobrar propina. Já havia virado regra.

POLÍTICO 171
Lula é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio, enriquecimento ilícito, falsidade ideológica etc.

PF MONITORA LULA POR NÃO DESCARTAR POSSÍVEL FUGA
A Polícia Federal monitora Lula por não pode descartar a hipótese de fuga. Afinal, há possibilidade concreta de decretação de sua prisão. O ex-presidente tem dito que não "reconhece" a autoridade do juiz Sérgio Moro e insiste em ser julgado só pelo Supremo Tribunal Federal. Mas foi a fuga de Mauricio Funes, ex-presidente de El Salvador, amigo de Lula, acusado de corrupção, que ligou o "alerta" na força-tarefa.

À IMAGEM E SEMELHANÇA
Mauricio Funes se diz "petista", o marqueteiro João Santana fez sua campanha e ele era casado com uma brasileira filiada ao PT.

PARTIU 'EXÍLIO'
Investigadores apuram contatos de Lula com governantes da América do Sul e da África que seu governo financiou fortemente.

SEMPRE OS MESMOS
Além do Uruguai, Lula tem relações próximas com governantes da Venezuela e Equador e outros países integrantes do "Foro São Paulo".

PRISÃO SOLICITADA
O procurador Deltan Dallagnol não informou se havia pedido a prisão de Lula, lembrando que o MPF jamais divulga o que pretende fazer. Mas a verdade é que a prisão de Lula foi mesmo solicitada.

PT PODE SER EXTINTO
A devastadora denúncia contra Lula terá efeito colateral: o Tribunal Superior Eleitoral retoma o processo da extinção do PT, cancelando seu registro por "doações" de dinheiro roubado da Petrobras.

CORRENDO PARA O ABRAÇO
Enquanto a força-tarefa da Lava Jato revelava detalhes da denúncia contra o "poderoso chefão", a pergunta se recusava a calar: quando é que Lula, que para o MPF é o "chefe supremo da corrupção", vai se juntar na cadeia a José Dirceu, o "gerente da organização criminosa"?

SO VÊ O QUE QUER
Deputado Pedro Uczai (PT-SC) viaja na maionese, na Câmara. Ele disse que Lula, denunciado pelo Ministério Público por corrupção, é "perseguido". Ele não vê qualquer caso envolvendo o ex-presidente.

CRUELDADE
Na Câmara, deputados ficaram estarrecidos com a morte do labrador Nego, cão sacrificado pelo ex-presidente Dilma após o impeachment. "Não estava acreditando", disse o perplexo Laércio Oliveira (SD-SE).

HONROSAS EXCEÇÕES
Os senadores Reguffe (Sem partido-DF) e Eunício Oliveira (PMDB-CE) não participaram da farra de pedidos de "ressarcimento" de gastos. Esse tipo de despesa já nos custou R$ 12,18 milhões só até agosto.

VOLTOU AO NORMAL
A Câmara retornou ao ritmo normal... de falta de trabalho. Após a cassação de Eduardo Cunha, só meia dúzia de gatos pingados apareceu para trabalhar, ontem. Mas os salários não serão cortados.

RECORDAR É ELEGER
Dos dez senadores do PT e de Dilma, sete são investigados ou respondem a processos. Ângela Portela (RR), Gleisi Hoffmann (PR), Humberto Costa (PE), Jorge Viana (AC), Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Rocha (PA) são alvos de investigação no Supremo Tribunal Federal.

PENSANDO BEM...
...não foi a casa que caiu; foi o tríplex.
Herculano
15/09/2016 06:38
COMANDANTE MÁXIMO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Se o PT imaginava que a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) daria ao partido algum fôlego para se recuperar do impeachment de Dilma Rousseff, o procurador da República Deltan Dallagnol tratou de desfazer o engano com acusações devastadoras dirigidas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (14), Dallagnol afirmou que Lula não poderia, como fez no mensalão, dizer que não sabia do petrolão. Ao contrário, o ex-presidente, nas palavras do procurador da República, foi "comandante máximo" do esquema identificado pela Lava Jato, "grande general" da corrupção e "maestro da orquestra criminosa".

Pesadelo para os petistas, as expressões devem ter soado como música para seus adversários. Diante da inevitável dilaceração política, Lula terá de pensar duas vezes antes de emprestar seu carisma a candidatos a prefeito ?"isso para ficar apenas no curto prazo.

Não se trata só das expressões. Todo o contexto de corrupção sistêmica descrito por Dallagnol converge para Lula, cuja posição central foi repetidas vezes lembrada por recursos visuais.

O conjunto de evidências, prossegue o procurador, faz concluir que os desvios de recursos públicos ocorriam em nome da governabilidade, da perpetuação no poder e do enriquecimento ilícito. Na infografia, tudo aponta para Lula: José Dirceu, depoimentos, mensalão, pessoas próximas na Lava Jato etc.

O petrolão, segundo Dallagnol, é apenas uma parte da corrupção. Ainda maior é o sistema que ele chamou de propinocracia, o governo regido pelas propinas ?"cuja existência seria impossível sem a participação do ex-presidente Lula.

Passado o momento espetaculoso, Dallagnol cedeu a vez a seus colegas Roberson Pozzobon e Julio Carlos Motta Noronha, que explicaram a denúncia de fato apresentada pelo Ministério Público Federal.

A acusação formal, ainda a ser apreciada pela Justiça, representou o anticlímax. Tratava-se, no caso de Lula, de corrupção passiva (R$ 87,6 milhões) e lavagem de dinheiro, envolvendo um tríplex em Guarujá e o armazenamento de bens pela OAS (total de R$ 3,7 milhões).

Não que seja pouco ou perdoável, mas causa estranheza que, num esquema descrito com tantas hipérboles, a parte do "comandante máximo" se resuma a valores inferiores aos obtidos por figuras sem expressão política.

Diga-se, em favor da força-tarefa da Lava Jato e do trabalho esmerado que tem realizado, que toda a apresentação é verossímil. A ninguém escapa, afinal, que Lula era o chefe político; daí a ser o chefe criminoso há uma distância que precisa ser superada com provas.

Verdade que não se sabe que outras surpresas os procuradores trazem no bolso, mas, ao menos por ora, fica a impressão de que, sem conseguir apesentar evidências mais robustas contra Lula, o Ministério Público Federal tenta suprir a lacuna com retórica.
Erva Daninha
14/09/2016 18:48
Olá, Herculano:

Ao ler " A CIDADE DE GASPAR ESTÁ QUEBRADA E DE QUEM É A CULPA?"

Me passou como um lampejo, se todos os dependentes de transporte coletivo fossem nas janelas dos desavergonhados e omissos bater panela, seria uma bela sinfonia.
Quem gostaria de ser acordado às 5 da matina seria o encarquilhado do longevo.
Maria
14/09/2016 17:48
Herculano, você foi muito feliz no comentário postado "A CIDADE DE GASPAR ESTÁ QUEBRADA E DE QUEM É A CULPA?" Realmente numa cidade onde a maioria dos vereadores poderiam sim ter feito algo para limitar os gastos e com isso nossa Gaspar sairia ganhando. Mas não, os favores pessoais falam mais alto. Na cidade vizinha Luiz Alves não é diferente, só que lá, a maioria na câmara de vereadores é do prefeito, sem contar com o único jornal da cidade, que funciona como alguns aqui de Gaspar, só na base do favor e interesse próprio. Só para se ter uma ideia, o dono do único jornal de Luiz Alves virou secretário de Esporte e Lazer, porque seu genro teve que deixar o cargo porque era sobrinho do vice-prefeito, nepotismo, então para não perder a bocada o sogro assumiu, pode uma coisa dessas...rsrsrs Ainda tem umas pessoas mal informadas de Ilhota que elogiam o prefeito de Luiz Alves. Povo tem que tomar vergonha na cara e parar de aceitar essas jogadas políticas que não favorecem empresas e povo trabalhador.
Herculano
14/09/2016 17:11
A CIDADE DE GASPAR ESTÁ QUEBRADA E DE QUEM É A CULPA?

Não é exatamente do PT, do PDT, do PR, do PRB, do novo agarrado o PPS ou do Partido Comunista do Brasil que o PT emprestou para o PSD e o PSB para serem sob disfarces, o plano B do petismo daqui. Nem mesmo do prefeito Pedro Celso Zuchi que colocou todos no chinelo, zombou e por pouco não mandou a espetacular conta do que se enrolou na Justiça para os próprios gassparenses pagar, é culpado.

Ele seguindo o caráter do partido e que é conhecido nacionalmente, fez o jogo. Não foi impedido. Não foi enquadrado. Não foi fiscalizado.

A culpa é dos vereadores calados do PMDB na Câmara, do PP do decano vereador e duas vezes presidente (uma num golpe a um acordo) José Hilário Melato que manobrou todas para o PT mandar e desmandar, bem como do PSD e do novo PSB, que emprestaram votos para dar maioria na Câmara, e ganharam benesses na estrutura de poder da prefeitura por isso e para os seus.

Todos, PMDB, PP parcialmente, PSD e PSB formaram uma sólida maioria para fechar os olhos aos desatinos administrativos daqui.

A outra culpa é da imprensa que não divulgou todas essas dúvidas e acertos de bastidores que prejudicam a cidade, os cidadãos, as cidadãs e o futuro de todos. Preferiu os press releases e os espaços comerciais ocupados como se fosse jornalismo. Eu me sinto livre para escrever isso. E pago caro pela perseguição por antever e mostrar os desatinos políticos administrativos. Então, poderia ser bem pior.

Esta manchete de hoje, exclusiva e em primeira mão do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação, de que a partir do dia quatro de outubro não teremos ônibus coletivos em Gaspar, é algo que beira o absurdo, antes de ser uma irresponsabilidade administrativa. E pior: tudo com o tempo certo e escondido para passar incólume pelas eleições de dois de outubro.

Apostavam no silêncio dos políticos que deviam fiscalizar, pois nenhum deles até agora sabia ou se lançou a defender os trabalhadores, idosos, estudantes, desempregados. Apostavam que a imprensa não receberia a denúncia. E se recebesse não a divulgaria. Impressionante. Acorda, Gaspar!

Herculano
14/09/2016 16:50
TEMER MANDA UM RECADO A LULA E AOS BADERNEIROS: NÃO É IDIOTA!, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Presidente reafirma que governo vai, sim, cortas gastos sem eliminar conquistas sociais

Faz muito bem o presidente Michel Temer em subir o tom da resposta à campanha de difamação de seu governo, iniciada pelas esquerdas e que tem Lula como o líder principal. Como a tese do "golpe" micou; como isso virou discurso de maluco e de extremista mascarado, então se tenta emplacar a falcatrua de que o presidente lidera uma cruzada contra os direitos trabalhistas e contra os benefícios sociais. Temer mandou um recado: o governo não é idiota. Vamos ver.

Temer participou nesta quarta de uma solenidade em que se anunciou a transferência de R$ 1 bilhão para o financiamento de UPAs, santas casas e hospitais filantrópicos. O dinheiro derivou do corte de despesas na pasta: eliminação de 417 cargos e renegociação de contratos. Essa é uma das marcas que o presidente quer imprimir ao governo: fazer mais sem aumentar despesas.

Muito bem, no discurso, ele se exaltou um pouco mais do que de hábito. Negou que o envio de uma proposta estabelecendo um teto para os gastos se fará em prejuízo da saúde da educação:
"E eu digo com isso, e peço licença para dizer que isso é inadmissível, porque, quando nós falamos em teto de gastos, estamos falando da totalidade dos gastos. Do teto de gastos públicos. É preciso que tenhamos consciência disso. Os deputados e senadores vão para a tribuna e contestem aqueles que possam eventualmente vilipendiar os fatos".

Ainda sobre o corte de gastos, respondeu aos críticos:
"Essas vozes todas desconhecem que a responsabilidade fiscal é pressuposto de qualquer sistema público, de saúde e educação. Desconhecem que a proposta do teto não obriga qualquer redução de gastos em saúde e educação. E que a volta do crescimento do país reverberá em financiamento mais abundante para os serviços públicos".

É evidente que falou a coisa certa.

Temer deixou claro também que não é um abestado, como podem imaginar os petralhas:
"[É desagradável imaginar que] somos um governo cidadão tão estupidificado, tão idiota, que chega ao poder para restringir os direitos dos trabalhadores, para acabar com saúde e para acabar com educação".

As esquerdas, que gostam de se imaginar monopolistas do bem, adorariam que assim fosse. O presidente se referiu a uma lamentável distorção havida, por exemplo, no debate sobre a reforma trabalhista. Repetiu o que disse em entrevista ao programa "Os Pingos nos Is", da Jovem Pan, na segunda-feira:
"O que bombou nas redes [sociais] foi isto: que o governo estava exigindo [jornada de] 12 horas por dia. [?] Mas isso é o que interessou aos jornais, é o que se alardeia ou que se divulga, e se deixa de reproduzir a verdade dos fatos".

E qual é a verdade dos fatos? O que se debateu foi a possibilidade de uma jornada de apenas quatro dias por semana - e, nesse caso, sim, como já se faz em algumas profissões, com jornada de 12 horas. Logo, não haveria aumento da carga semanal de trabalho.

Sobre a campanha orquestrada para difamar o governo, disse: "É preciso combatê-los, e eu vou combatê-los. Não vamos permitir que se faça isso. Nós queremos, por acaso, o mal do país? Ao contrário".
Herculano
14/09/2016 16:34
O ÚLTIMO QUE FICAR APAGA A LUZ

O PT está no governo há oito anos. E parece que vai fechar a cidade e sacrificar os gasparenses depois das eleições.

Qual a razão para esconder que Gaspar só terá ônibus coletivos até o dia quatro de outubro, dois dias depois das eleições municipais no dia dois de outubro?

O PT que diz defender os trabalhadores, as minorias, os fracos, os excluídos, vai deixar sem transportes coletivos exatamente os trabalhadores, idosos e estudantes o que mais usam este tipo de serviço, e num triste momento, onde a crise econômica criada pelo PT e PMDB prejudica os que estão desempregados, salários achatados ou convivendo com poucos recursos?

Por que isso não está sendo debatido entre os candidatos a prefeito, inclusive o do PT ou seus adversários, a maioria tontos e sem soluções para os graves problemas da cidade. Acorda, Gaspar!
Herculano
14/09/2016 16:22
LAVA JATO DENUNCIA LULA SOB SUSPEITA DE COMANDAR ESQUEMA NA PETROBRÁS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Estelita Hass Carazzai e Flávio Ferreira, enviado a Curitiba. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi denunciado na tarde desta quarta-feira (14) pela força-tarefa da Operação Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex em Guarujá. Os procuradores acusam ainda o ex-presidente de ter comandado o esquema de corrupção na Petrobras.

"Após assumir o cargo de Presidente da República, Lula comandou a formação de um esquema delituoso de desvio de recursos públicos destinados a enriquecer ilicitamente, bem como, visando à perpetuação criminosa no poder, comprar apoio parlamentar e financiar caras campanhas eleitorais", escrevem, na denúncia.

Esta é a primeira denúncia contra o petista encaminhada ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná.

Lula é acusado de ter sido beneficiado pela reforma do imóvel, feita pela construtora OAS, cujos recursos teriam origem no esquema de corrupção na Petrobras.

O ex-presidente também já foi denunciado pelo Ministério Público Federal em Brasília, sob acusação de obstrução da Justiça na Lava Jato, ao supostamente tentar evitar a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

As benfeitorias no tríplex, que foi construído pela cooperativa Bancoop e havia sido adquirido por Lula e sua mulher em 2005, custaram R$ 2,4 milhões, segundo a investigação da PF.

Além do ex-presidente, também foram denunciados a ex-primeira-dama Marisa Letícia; os executivos da OAS Léo Pinheiro, Agenor Franklin Medeiros e Paulo Gordilho; o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto; Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira.

A OAS também pagou a mudança do acervo de Lula em Brasília, após o término do seu mandato presidencial. Segundo a PF, R$ 1,3 milhão foram gastos no contrato de transporte, feito em nome da construtora, mas destinado ao ex-presidente.

A denúncia não quer dizer que o petista é culpado. Se ela for aceita pelo juiz federal Sergio Moro, o petista passará à condição de réu pela primeira vez em uma ação criminal resultante das investigações em curso em Curitiba.

O trabalho entrou na reta final após a realizações de oitivas de políticos, como o ex-senador petista Delcídio do Amaral e o ex-deputado federal do PP Pedro Corrêa.

Antes, o petista já havia sido indiciado pela Polícia Federal no caso do tríplex, no fim de agosto, sob suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A investigação apontou que o tríplex, reformado pela OAS, estaria reservado à mulher de Lula, e que as melhorias foram feitas para beneficiar a família do petista.

Na ocasião, também foram indiciados Marisa, os executivos da OAS Léo Pinheiro e Paulo Gordilho, e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Parte deles deve estar entre os denunciados.

Lula ainda é alvo de outros dois inquéritos na Lava Jato, que apuram se ele é o real proprietário de um sítio em Atibaia (SP), reformado pela construtora Odebrecht, e se as palestras dadas pelo ex-presidente após deixar o governo foram pagas com dinheiro oriundo do esquema da Petrobras. A investigação continua em andamento.

OUTRO LADO

O ex-presidente tem afirmado reiteradamente que nunca cometeu qualquer ato ilegal e que é perseguido politicamente pela Lava Jato.

A defesa de Lula já recorreu à ONU acusando o juiz Sergio Moro de violar direitos, e argumenta que ele indicou um juízo de valor desfavorável ao ex-presidente.

Em nota, o advogado de Paulo Okamotto, Fernando Augusto Fernandes, afirmou que "o Ministério Público criou uma corrupção em que não há vantagem ilícita. O valor é pago para a conservação de um acervo considerado como 'patrimônio cultural brasileiro de interesse público' pela Lei 8394/91. A nota fiscal foi emitida em nome da empresa que contribuiu, a OAS, e não houve qualquer falsidade."

Fernandes diz que "o valor foi para a empresa, que mantinha o acervo em depósito. Não houve lavagem. A única lavagem que poderia existir é dos abusos cometidos, da condução coercitiva do Presidente Lula e do Presidente do Instituto, Paulo Okamotto. Abusos que agora se tentam legitimar sem nada encontrar."

Procurada, a OAS afirmou, por meio de sua assessoria, que não irá se manifestar sobre o assunto.
Ana Amélia que não é Lemos
14/09/2016 13:53
Sr Herculano:

ARTILHARIA PESADA
Vice-presidente da CPI da Lei Rouanet, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) promete "artilharia pesada para o PT". O primeiro requerimento pede a convocação do ator petista José de Abreu.
Às 07:23hs.

Na verdade, são ladrões poeque aderiram às correntes Comunistas e Socialistas, cujo direcionamento ético é tirar o que é dos outros.
E tiram ... em favor de sí i de seus apaniguados.
É preciso um basta!
Anônimo disse:
14/09/2016 13:12
Herculano,as pessoas inteligêntes e honestas estão do seu lado.
Mariazinha Beata
14/09/2016 13:07
Seu Herculano;

Comunistas (cmo o Pomarolla das 11:35hs) são invejosos e malandros. Detestam trabalhar, por isso mesmo querem "socializar" aquilo que os outros ganham trabalhando.
O que eLLe faz neste espaço que não lhe pertence?
Deve ser porque acabou os pixulecos para "blogs sujos" e está aí perdido feito zumbi.
Fora, amouco PeTralha.
Bye, bye!
Sidnei Luis Reinert
14/09/2016 12:39
O GOVERNO TEMER publicou segunda feira, sem alardes da imprensa, que fica prorrogada a permanência de 10 mil "médicos cubanos" no país por mais três anos sem a necessidade do exame Revalida, sem alteração da forma de envio de recursos para Cuba e com reajuste no valor da remessa. E a "nação de escravos" preocupada com a presença de Lula na posse da nova presidente do STF. Quer dizer: eles sabem que somos uma "nação de escravos", que debate pessoas enquanto agem com "coisas de poder".

http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/temer-sanciona-prorrogacao-do-mais-medicos-por-mais-tres-anos/
Herculano
14/09/2016 12:38
IMITAÇÕES DE VIDAS, por Dora Kramer, para o jornal O Estado de S. Paulo

O caro leitor e a prezada leitora podem reparar: Eduardo Cunha e os petistas de modo geral usam a mesma linguagem. Adotam métodos semelhantes e argumentos muito parecidos para justificar as respectivas descidas ao inferno depois de experimentarem as delícias do paraíso. A começar pela adoção do ataque como defesa, estratégia que, no caso deles, nem sempre se mostrou a melhor prática.

Aqui desmentem o velho lema, mas, no conjunto das desastrosas obras, confirmam o ensinamento do dito segundo o qual quem almeja em excesso acaba perdendo tudo. Sendo o pecado original e deflagrador da derrocada, a perda de noção da realidade, atributo dos insensatos.

Começam satisfeitos com a conquista do poder, logo se deixam embriagar por ele, em seguida se convencem da condição de onipotentes e em pouco tempo transformam-se em napoleões de hospício, dizendo qualquer coisa que lhes venha às cabeças, crentes de que são invencíveis a despeito das circunstâncias adversas criadas por eles em sua incapacidade de reconhecer o equívoco ?" quando lhes bate à porta ou quando já materializado na forma de péssimas consequências.

A culpa é sempre dos outros. Dos primeiros aos últimos escândalos de corrupção nos quase quatro governos do PT, Luiz Inácio da Silva e Dilma Rousseff nunca sabiam de nada daquilo que o País via exposto em denúncias, investigações, processos e condenações. A responsabilidade no início era de grupos isolados ou de "traidores" da confiança alheia.

À medida que foi ficando impossível sustentar a alegação que colocava ambos na condição de presidentes néscios, a culpa passou a ser da perseguição dos adversários, da elite insatisfeita com a alegria dos pobres, da ingratidão dos agraciados. Da arbitrariedade da Suprema Corte de Justiça, dos excessos da Polícia Federal, da leviandade do Ministério Público, da maldade de Joaquim Barbosa, da pérfida vaidade do juiz Sérgio Moro, dos golpistas conspiradores, dos vingativos congressistas, do traiçoeiro vice-presidente Temer, de Cunha o anjo mau maior.

Nada, nada mesmo a ver com a irresponsável e populista gastança, com a abertura dos cofres públicos e do aparelho de Estado à sanha de ladrões, com o menosprezo pelo contraditório, com a soberba petista no trato dos aliados como subordinados. Com a arrogância de Dilma na imposição de suas convicções erráticas, com a suposição de que popularidade e votos sirvam de salvo-conduto ao vale tudo. Com a cínica negativa de evidências, impertinência autodefinidos como heróis da resistência, com a compra de brigas erradas, as alianças espúrias e a recusa em ouvir os que aconselhavam na direção do acerto e eram mandados à companhia do agourento Velho do Restelo sem escusas pelo desrespeito a Camões.

Eduardo Cunha também quis cair atirando sem dispor de munição essencial: credibilidade. Anunciou a publicação de um livro "contando" tudo. José Dirceu fizera o mesmo e desistiu da empreitada. Antes da carreira de escritor, Cunha tem outras preocupações mais atinentes à residência onde Dirceu vive restrição de liberdade.

Tido e havido como poderoso incondicional e visto em sua imaginação como presidente da República, terminou na noite de segunda-feira dono de escassos 10 votos. Frutos de seus tropeços. Da mentira, do uso da Casa (por extensão dos colegas) como instrumento de seu desejo, da crença no lema "comigo ninguém pode". Nem o Ministério Público a quem desafiou na pessoa de Rodrigo Janot nem a sociedade a quem pretendeu convencer da posição de perseguido político, herói do impeachment, vítima de um golpe. Tudo culpa do PT, da covardia eleitoral dos colegas, de uma urdidura do governo.

Há mais um traço de união entre Cunha e o PT, expresso em antigo dístico: são anjos de candura amarrados pela cintura.
Herculano
14/09/2016 12:34
E O CUNHA? TOMOU NO CUNHA! O humor de José Simão no jornal Folha de S. Paulo

UFA! O Parto da Montanha! A montanha pariu! Depois de 400 anos: o Cunha foi cassado!

O Cunha foi pras Cucunhas. O Cunha tomou no Cunha!

Foi pior que o 7 a 1!

O Cunha não tinha que ser cassado. Tinha que ser afastado do planeta Terra!

Agora aproveita e cassa o Renan, cassa o Jucá, cassa o etc.!

Se organizar direitinho, todo mundo dança.

E o roqueiro Serguei: "O Cunha foi expulso da suruba por mau comportamento!".

Rarará!

E ele não mentiu quando disse que não tem dinheiro no exterior. Porque o dinheiro não é dele. É NOSSO!

Nóis que tem conta na Suíça!

Rarará!

E o Cunha saiu atirando: atacou o Temer, atacou a Globo e disse que vai escrever um livro entregando todo mundo.

Ferido de morte que sai atirando!

Sabe aquela cena de filme que o cara ferido de morte se levanta cambaleando e sai atirando?

Adeus Coisa Ruim, o Inominável, o Insepulto!

Rarará!

E o deputado Marun? Show à parte! Cassação do Cunha ou Show do Marun! O Papai Smurf!

Ele pediu a palavra 265 vezes! Pra defender o Cunha!

Como diz um amigo: "No dia em que eu fizer muita cagada vou chamar o Marun pra me defender!".

Deviam ter dado um tiro de tranquilizante nele, aquele que faz hipopótamo dormir na Nat Geo!

E tinha um delegado que segurava o microfone igual ao Roberto Carlos! E citou de Shakespeare ao goleiro Bruno!

Rarará! Nem em hospício tem tanto maluco!

E quando o cara tá roubando no truco, o povo grita: "Um no dedo e outro no Cunha". O Cunha é sujo até no truco!

É mole? É mole mas sobe!

E a posse da ministra Cármen Lúcia? Eu sempre disse que a Cármen Lúcia é o clone do Mr. Bean.

Mas os leitores falaram que maquiada e com aquela capa ficou a cara do Bento Carneiro, o Vampiro Brasileiro.

E ainda tirou foto com o Frankstemer. Só faltou o Serra. Rarará!

A Transilvânia é aqui!
Sidnei Luis Reinert
14/09/2016 12:32
Internet Sob Controle da ONU: Um Legado de Barack Obama


https://criticanacional.wordpress.com/2016/09/14/internet-sob-controle-da-onu-um-legado-de-barack-obama/

Se não houver qualquer iniciativa contrária por parte do Congresso dos Estados Unidos, no dia 30 desse mês o presidente Barack Obama poderá decretar o fim da liberdade de expressão na internet. Obama decidiu passar o controle da internet mundial, que é feito por um órgão privado de perfil estritamente técnico localizado nos Estados Unidos denominado ICANN (sigla em inglês para a entidade encarregada de atribuição de nomes e endereços de IP) para outro órgão vinculado a ONU, que já possui diretrizes claras no sentido estabelecer normas e regras para os conteúdos publicados na internet.

Essas novas normas e regras de conteúdo estabelecidas pela ONU impõem restrições à liberdade de expressão, usando dos mesmos pretextos e eufemismos que a agenda globalista de esquerda usa em todos os lugares do mundo: combate à (inexistente) homofobia, combate à (inexistente) islamofobia, defesa da diversidade e dos direitos humanos, combate a supostos crimes de ódio e outros. Tratam-se portanto dos mesmos mecanismos de censura vigentes em países como a Suécia, onde a agenda globalista na sua versão multiculturalista, escudada pela guilhotina do politicamente correto, já avançou de tal forma que na prática resultou no fim da liberdade de expressão naquele país.

O tema contém algumas tecnicalidades que precisam ser explicadas, e o Crítica Nacional irá publicar nos próximos dias um artigo mais detalhado a respeito. Mas por ora é suficiente dizer que o fato de a internet ser controlada (pois ao contrário da suposição comum, existe algum grau de controle e centralização na internet) por um órgão submetido à jurisdição dos Estados Unidos é o que garante a liberdade da expressão na rede, pois a liberdade de expressão é assegurada e garantida pela Constituição norte-americana.

Se o controle da internet ficar a cargo de um órgão que não se restrinja a questões estritamente técnicas, mas que também se ocupe do conteúdo segundo as diretrizes da ONU, essa liberdade estará seriamente ameaçada. Na ilustração abaixo, o senador Ted Cruz expressa essa preocupação e conclama o Congresso dos Estados Unidos para barrar essa iniciativa de Barack Obama, cuja passagem pela Casa Branca deixará um legado dos mais nefastos para os americanos e para todo o ocidente, como mostramos nesse artigo aqui.
Herculano
14/09/2016 12:31
"EU SOU VOCÊ AMANHÃ" por Carlos Brickmann

Não, não se trata de propaganda de vodca, embora pudesse, com propriedade (e haja propriedade!), sê-lo. É política: Mauricio Funes, ex-presidente de El Salvador, investigado por enriquecimento ilícito, corrupção, tráfico de influência e peculato (crime que consiste em transformar a verba pública em privada), conseguiu asilo político na Nicarágua, que o considerou "perseguido político".

E não ganhou o benefício sozinho: "perseguidos políticos", asilados com ele, são sua companheira, Ada Mitchell Guzmán, e seus filhos Carlos Mauricio, 34 anos, Diego Roberto, 25 anos, e Mauricio Alexandre, 2 anos - um raro caso de perseguido político pediátrico. Maurício Funes sempre teve excelentes relações com o PT, foi casado com uma brasileira, a militante petista Vanda Guiomar Pignato, e sua vitoriosa campanha, que o levou à Presidência de 2009 a 2014, foi conduzida pelo marqueteiro João Santana.

Maurício Funes foi o primeiro presidente salvadorenho eleito com o apoio da Frente Farabundo Marti, antigo movimento guerrilheiro. Seu sucessor Sanchez Cerén foi eleito pela mesma base política, mas a coisa era tão brava que, em pouco mais de um ano, Funes passou de Guerreiro Ferrenho do Povo Salvadorenho a forte candidato a uma vaga na prisão.

Lembra algum personagem de algum país? Não: as acusações a Funes envolvem só US$ 600 mil. Como diriam seus amigos, dinheiro de pinga.

SALVAM-SE OS BONS

Há ainda outras coisas em El Salvador diferentes das de outros países. Lá, em um ano e pouco de investigações, o ex-presidente corre risco de prisão. No Brasil, de março de 2014 até hoje, foram abertos processos no Supremo contra 54 parlamentares. Desses, dois viraram réus. Quanto tempo se passou do desastre até a identificação dos donos do jatinho utilizado em campanha por Eduardo Campos?

O TEMPO PASSA

O ministro do Supremo Teori Zavascki tinha retirado da pauta, por causa do impeachment, a denúncia de longa data contra a senadora Gleisi Hoffmann e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo. Agora o caso voltou à tona: perto do fim do mês, deve entrar em julgamento.

ARTILHARIA PESADA

Emílio Odebrecht conversou longamente com promotores da Lava Jato, em Curitiba. Era o passo que faltava para a delação premiada. A Odebrecht entra no jogo com o filho do dono, Marcelo, em companhia de 60 executivos de porte. Mais letal ainda, trata-se de uma empresa organizada. Tem tudo registrado, cada propina, paga a quem, de que maneira, entregue em que lugar.

Só falta (se faltar) o número de série de cada nota.

O SUCESSO E O DECLÍNIO

Há um ano, Eduardo Cunha era um dos homens mais poderosos do Brasil. Botou o Governo na parede, enquadrou a tal base aliada e comandou o processo político que levou ao impeachment. Mas seu telhado de precioso vidro suíço, Verre au Pishoulec, não resistiu aos temporais e Cunha foi cassado.

Na sessão em que caiu, dos 469 deputados presentes, cinco o cumprimentaram. E o placar foi de 450? - 10 contra ele, com 9 abstenções. Agora, ele está à disposição da Justiça de primeira instância, que deverá julgar dois inquéritos que estavam no Supremo. Enfrenta outros seis inquéritos, um pedido de abertura de investigações, uma ação cautelar com pedido de prisão, uma ação de improbidade. Dos dois inquéritos que estavam no STF, um tem tudo para ser enviado ao juiz Sérgio Moro.

O POETA E UM FINGIDOR

Renan Calheiros, presidente do Senado e companheiro de partido de Cunha, comentou cautelosamente a cassação - afinal, responde a 12 inquéritos no Supremo - citando provérbios e frases de sucessos musicais, como "Afasta de mim esse cálice", de Chico Buarque e Gil, inspirado nos Evangelhos, e "Quem planta vento colhe tempestades", com base na Bíblia (Provérbios, 22).

Aos leitores mais maldosos: não, ele não citou o sucesso Reunião de Bacanas, de Ary do Cavaco e Bebeto di São João. Lembra? Começa com "se gritar pega-ladrão/ Não fica um, meu irmão (?)"

BOA NOTÍCIA

A Câmara aprovou ontem a conversão de pouco mais de dez mil cargos comissionados (de livre nomeação) em vagas exclusivas para aprovados em concurso público. A redução de tetas disponíveis é uma ótima notícia.

VOLTA DE INVESTIMENTOS

A canadense Brooksfield, liderando consórcio com os fundos soberanos da China e de Singapura, comprou a rede de gasodutos da Petrobras no Sudeste brasileiro. Valor do negócio: US$ 5,2 bilhões.

A Brooksfield é uma velha conhecida do Brasil, onde opera há mais de um século em energia e transportes, com os nomes Light e Brascan.
Sidnei Luis Reinert
14/09/2016 12:24
BRASIL PAÍS DA PIADA PRONTA:MINISTRO DO STF UM DIA FALA MAL DOS ASSALTANTES DE IMPOSTOS, OUTRO DIA OS SOLTA!

Urgente: STF solta todos os presos

Brasil 14.09.16 11:48
Marco Aurélio Mello mandou soltar todos os presos da Operação Turbulência.

Por isso é melhor prender Lula depois de sua condenação em segunda instância: para evitar que o STF possa soltá-lo.
Aurélio Marcos de Souza
14/09/2016 11:58
Herculano Bom Dia.

Em Blumenau o embate político é alicerçado no Transporte Coletivo Urbano, que diga-se de passagem estar em via de ter um desfecho face a implementação de processo licitatório.

E pergunto?, e o Transporte Coletivo Urbano de Gaspar que está com o fim marcado para o dia 04 de outubro de 2016, conforme restou acordado em 09 de setembro de 2016, entre a Prefeitura Municipal de Gaspar e a empresa prestadora de serviço.

Porque tal tema vem sendo escondido a 7 chaves pela atual gestão, e porque dá falta de interesses dos pretensos candidatos a administrar Gaspar a partir de 1 de janeiro de 2017.

Não adiantara de nada ter melhorias futuras na saúde, educação, trabalho, e etc..., se a comunidade não ter como acessar tais melhorias por falta de transporte urbano.

O tema é áspero, mais terá que ser enfrentado.





Herculano
14/09/2016 11:55
OS PETISTAS ESTÃO DESESPERADOS COM O DESEMPREGO DELES. NÃO COM OS 12 MILHÕES DE TRABALHADORES DE BAIXO SALÁRIO E SEM ESTABILIDADE QUE EXPULSARAM DO MERCADO DE TRABALHO E RENDA

Depois de ficar pendurados anos afio na máquina pública da república sindical de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Vana Rousseff, agora estão preocupados com o que se escreve e se esclarece nos grotões, onde também estão perdendo os seus cabides.
Elinor Pomatti
14/09/2016 11:35
Caro Herculano! Conheci tuas lambanças na escrita não pelas mentiras, mas pela hipocrisia de tanto você falar e falar demais em PPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPP falar um monte de MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMas. Deixe de ser usado por favor. Valorize este meio de comunicação.
Herculano
14/09/2016 08:00
SEMPRE É TARDE, TEMER, por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

O presidente Michel Temer realiza reunião sobre o PPI (Programa de Parceria em Investimentos), no Palácio do Planalto

As tempestades dos últimos dias na finança mundial são um lembrete dos riscos de desaquecimento global e de acidentes anticlimáticos. Nesta mesma terça de rolos nos mercados financeiros, o governo Temer divulgava seu plano de concessões, com as quais se espera que cresça um bocadinho o investimento em aeroportos, estradas, ferrovias, portos e petróleo.

O que uma coisa tem a ver com a outra?

Os riscos de acidentes financeiros internacionais ou de resfriado econômico podem acontecer a qualquer momento. A recuperação brasileira, por sua vez, deve ser lenta. Estamos sujeitos a esses riscos vestindo calças curtas e rotas.

Um impulso de melhoria no Brasil depende das obras de infraestrutura, que no entanto vão demorar demais, a julgar pelos planos divulgados ontem.

Pelo menos desta vez, o anúncio governamental não expôs ideias de jerico, tais quais as dos ministros da Saúde ou do Trabalho, para citar os casos mais estrambóticos, ainda que não se conheçam detalhes de financiamento das obras.

Conviria adiantar prazos. Os leilões de aeroportos, os mais próximos, ficaram para o primeiro trimestre de 2017. Os de portos, poucos, para o segundo trimestre.

Rodovias ficaram para o segundo semestre de 2017, assim como as ferrovias, essas sempre as mais suspeitas, pois têm encalhado ou se tornam jiboias gigantes brancas no meio do nada (uma versão do elefante branco). Leilões grandes de petróleo e de hidrelétricas também ficaram para a segunda metade de 2017.

No mais importante, a atividade econômica vai depender de uma baixa rápida de juros, que depende, bidu, do plano de contenção de gastos ("teto") e da reforma da Previdência, história que o Congresso pretende enrolar.

No mais, resta o imponderável de uma animação de empresários e consumidores que independa diretamente de sinais como juros e crédito, limitada, porém. Como se sabe, os salários ainda baixam rápido e há um colapso no crédito bancário.

Em suma, estamos com a resistência baixa demais para enfrentar uma gripe mundial.

Os preços dos ativos financeiros estão perto de níveis recordes pelo mundo rico, mesmo com crescimento econômico frustrante e rentabilidade baixa das empresas, graças às torrentes de dinheiro a custo zero, cortesia dos bancos centrais.

Essa alegria demasiada é visível até na Bolsa do Brasil, que de janeiro a julho se recuperou de um tombo feio e, desde então, vai subindo para alturas próximas do limite da responsabilidade.

Pequenas dúvidas a respeito da continuidade dessa farra de dinheiro barato balançam o castelo de cartas, para usar metáfora nada original mas precisa. Isto é, há medo de alta de juros nos EUA, de contenção do despejo de dinheiro europeu ou japonês, de sinais de desaquecimento econômico etc.

Mesmo que tais movimentos sejam limitados, os danos são incertos. A regulação da finança mudou e não foi testada em situação de tumulto novo. A finança é excessivamente imensa e jamais se sabe se há bombas escondidas por aí.

Já faz mais de três anos, há alguns sustos e tumultos contidos diante de sinais de virada nos juros. Pode continuar a ser alarme falso. Mas jamais convém apostar em calmaria contínua, menos ainda neste nosso estado deplorável.
Herculano
14/09/2016 07:56
GUERRA DE METÁFORAS, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

O mar revolto em que os políticos navegam não está para peixe. Mares revoltos e cidadãos revoltados, como lembrou a ministra Cármen Lúcia ao tomar posse na presidência do Supremo Tribunal Federal.

Depois da cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, e pela avalanche de votos contrários que o deixaram com o apoio, envergonhado ou acintoso, de pouco mais de 10% do plenário que já comandou com mão de ferro, uma guerra de metáforas travou-se entre ele e o presidente do Senado, Renan Calheiros.

Parece que aprenderam a falar por códigos depois que conversas gravadas encrencaram políticos e empresários. Perguntado sobre o episódio que marcou gravemente cada um dos deputados federais, que em número recorde se sentiram pressionados pela opinião pública a cassar seu antigo protetor, Renan Calheiros saiu-se com esta: "(...) O que vimos ontem é aquilo: quem planta vento colhe tempestade. Essa é uma lei da natureza".

Depois da cassação, Cunha deu uma entrevista alegando, entre outras coisas, que os processos contra ele no STF correram mais rápido do que os de Renan, que tem nada menos que oito processos, alguns já há tanto tempo que podem prescrever.

Ao ser perguntado sobre essas críticas de Cunha, Renan retrucou: "Afasta esse cálice de mim". O conjunto da obra fez Cunha retribuir com a mesma moeda, sem trocadilhos. O deputado cassado desejou que "os ventos que nele chegam através de mais de uma dezena de delatores e inquéritos, inclusive do Sérgio Machado, não se transformem em tempestade".

Cunha se referia, com especial maledicência, ao ex-senador Sérgio Machado, indicado por Renan Calheiros para presidir a Transpetro, uma subsidiária da Petrobras onde atuou por cerca de dez anos. Apanhado em uma série de falcatruas, fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público que pode render dores de cabeça a Renan.

Esta é apenas uma amostragem do que ocorre nos bastidores políticos, depois que a cassação cortou pela raiz a carreira política de um dos mais poderosos líderes da Câmara, apanhado em pleno voo quando imaginava que tinha pela frente um céu de brigadeiro.

Já Renan adotou tática diferente da de Cunha, que enfrentou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o próprio STF na busca de se impor como intocável da República. Renan, ao contrário, recolheuse, fez acordos com o Judiciário, o último deles organizando ação favorável ao aumento dos ministros do STF, que teve, em contrapartida, o escandaloso fatiamento da Constituição para garantir que a presidente cassada Dilma Rousseff não perdesse seus direitos políticos.

Ao mesmo tempo, fez um aceno ao STF e ao PT, na tentativa de criar um ambiente favorável a si quando necessitar. Entregou só metade do que prometeu, pois tudo indica que a nova presidente do STF não vai assumir compromissos para aprovar o aumento dos ministros.

Pelo tom dos discursos da posse na segunda-feira, não há ambiente para essas jogadas de bastidores, e o plenário da Câmara captou bem a mensagem, entregando a cabeça de Eduardo Cunha em grande estilo. As eleições municipais provavelmente reforçarão essa mensagem de repúdio à corrupção e à politicagem que a sociedade emite há muito tempo, e então, a partir do fim deste ano, talvez tenhamos condições de avançar nas pautas indispensáveis à retomada do desenvolvimento do país.

Mais do que nunca, porém, esses movimentos dependerão dos humores que vierem de Curitiba e dos fantasmas que sairão das delações premiadas.

Coisa feia
O comentário do diretor do filme "Aquarius" sobre a escolha do representante brasileiro ao Oscar foi uma das coisas mais patéticas já registradas nas disputas de egos da cultura nacional. Já que seu filme não foi o escolhido, a decisão só pode ter sido tomada por razões políticas, pois ele e o elenco protestaram em Cannes contra o governo Temer. O mesmo raciocínio de Dilma: o golpe parlamentar se caracterizaria se o resultado do julgamento do Senado fosse sua cassação. Se lhe fosse favorável, todo o processo estaria legitimado.
Herculano
14/09/2016 07:54
O DEPUTADO ROGÉRIO PENINHA MENDONÇA O ÚNICO CATARINENSE QUE NÃO VOTOU NA CASSAÇÃO DE EDUARDO CUNHA, VEM HOJE A GASPAR PARTICIPAR DO COMÍCIO DO PMDB. ILHOTA TAMBÉM ESTÁ NO ROTEIRO

E quem informou isso? O deputado estadual Aldo Schneider no press release que distribuiu ontem a noite. Este é o texto oficial.

Na reta final da campanha eleitoral, a caravana do PMDB, liderada pelo presidente estadual, deputado Mauro Mariani, continua o roteiro pelo Estado em apoio aos candidatos da sigla.

A agenda inicia quarta-feira pelo Médio Vale, onde os líderes passam por municípios como Gaspar, Brusque, Pomerode e Indaial. Na sexta-feira, no Alto Vale, percorrem Rio do Sul e Ibirama, finalizando o dia em São Joaquim. No sábado, a comitiva encerra a caravana por Lages e outros municípios da Região Serrana.

"O objetivo da caravada é levar apoio ao nosso time, participando de eventos e gravando mensagens. Não temos condições de estar em todos os municípios onde participamos da eleição, mas estamos fazendo o máximo para prestigiar o máximo de candidatos. Sabemos da importância da presença para estimular a militância", disse o coordenador das Eleições 2016, deputado Valdir Cobalchini.

O grupo é formado ainda por líderes como os ex-governadores Casildo Maldaner e Paulo Afonso, e os deputados Rogério Peninha e Aldo Schneider.

Quarta-feira
19h - Timbó (Comício)
20h30 - Gaspar (Comício Associação Recreativa Canarinhos)
Quinta-feira
8h30min - Luiz Alves(Café com lideranças)
10h - Ilhota
12h30min - Guabiruba
14h30min - Brusque
17h Pomerode
19h30min - Indaial (Comício)
Sexta-feira
9h - Rio do Sul (Caminhada Centro)
12h - Ibirama (Gravação)
18h - são Joaquim
Sábado
9h Lages (Gravações)
14h - Anita Garibaldi (Comício Lagoa da Estiva)
15h45 - Lages (Caminhada Bairro Guarujá)
18h - Ponte Alta (Comício)
19h30 - Correia Pinto (Comício)
Herculano
14/09/2016 07:46
RELAXAR UM PROGRAMA DE AUSTERIDADE QUE NEM FOI INICIADO É IDEIA CRETINA,, por Alexandre Schwartsman, economista, ex-diretor do Banco Central, para o jornal Folha de S. Paulo


Há pouco mais de dois anos, tive a alegria de publicar um livro com Fabio Giambiagi. Para quem não o conhece, Fabio, além de economista de primeira, possui uma das maiores coleções de citações que conheço. Aliás, minto: entre conhecidos é, disparado, a maior.

Uma delas, devidamente reproduzida em nosso livro, traz a seguinte afirmação de conhecido jornalista, referindo-se ao gasto público: "Desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, só fazemos cortar, cortar, cortar. Declaração curiosa, pois, apenas no caso do governo federal, a despesa (sem contar transferências a Estados e municípios) saltou de 11% do PIB em 1991 para quase 20% do PIB em 2015. De alguma forma, mesmo entre pessoas que deveriam ser bem informadas, o aumento do gasto continua a ser um ilustre desconhecido.

Se isso ocorre entre os supostos especialistas, o que esperar dos amadores nada bem-intencionados que pululam por aqui, como na coluna de Benjamin Steinbruch publicada no dia 6/9?

Juras de lealdade à "austeridade fiscal e contenção da dívida pública, mas (e o que importa é sempre o que vem depois do "mas") também o alerta sobre a necessidade de "virar o disco", fazendo "investimentos em infraestrutura (...) com recursos do próprio governo". E como financiar a mágica? Com mais mágica, pois "é possível reduzir gastos correntes e aumentar investimentos, o que trará novas receitas fiscais".

Este é um dos melhores exemplos da parapsicologia aplicada à economia: a ideia de uma elevação autofinanciável do gasto, segundo a qual o impulso à atividade econômica proveniente da despesa pública seria tão grande que levaria a aumento da arrecadação ainda maior que o gasto inicial.

Há, é bom que se diga, fortes razões teóricas para suspeitar que se trata de uma atrocidade inominável, mas não precisamos nos prender à teoria. Basta notar que, se isso fosse verdade, não haveria no mundo país em dificuldades financeiras. Bastaria gastar para que a arrecadação subisse ainda mais, reduzindo deficit e dívidas. E tudo isso satisfazendo todas as demandas da população e partidos políticos.

Um verdadeiro moto perpétuo, impedido apenas pelas ideias antiquadas de uns tantos economistas que insistem em rotular essa descoberta de bruxaria de péssima qualidade, sem intenção, é bom dizer, de ofender bruxas de qualquer procedência...

Não é necessário ir muito longe para entender os problemas associados à proposta. Apenas a perspectiva de ajuste fiscal (e não muito mais que a perspectiva, para ser sincero) foi suficiente para reduzir taxas reais de juros, em particular para os prazos mais longos, de 1,0 a 1,5% anual do começo do ano para cá.

Esse movimento não ocorreu por acaso, mas refletiu a redução da percepção de risco-país (pouco mais de dois pontos percentuais no período), em grande parte associada exatamente às expectativas de melhora do desempenho fiscal por parte do novo governo.

O abandono da promessa de ajuste provavelmente reverteria esses ganhos, reduzindo as chances de uma recuperação da atividade econômica. Nesse sentido, se há uma ideia especialmente cretina, trata-se da proposta de relaxar um programa de austeridade fiscal nem sequer iniciado.

Realmente, "são espantosas as coisas tolas em que se pode acreditar temporariamente quando se pensa sozinho durante muito tempo".
Herculano
14/09/2016 07:43
ELES FINGEM-SE DE VÍTIMAS. MAS, SÃO ESPERTOS, INCOMPETENTES E TENTAM APENAS SE LIVRAR DO CRIME QUE COMETEM CONTRA A SOCIEDADE. GASTARAM O QUE NÃO TÊM OU PODIAM. EMPREGARAM OS AMIGOS, CORRILIGIONÁRIOS E PARENTES PARA A FARRA DO PODER. AGORA GOVERNADORES PEDEM SETE BILHÕES À UNIÃO E AMEAÇAM DECRETAR CALAMIDADE COMO CHANTAGEM POLÍTICA AO NOVO GOVERNO. SE PEDEM À UNIÃO, SIGNIFICA QUE ESTÃO PASSANDO A CONTA DA MÁ GESTÃO TODOS OS BRASILEIROS DE TODOS OS ESTADOS, INCLUSIVE OS RESPONSÁVEIS E QUE NÃO POSSUEM DÍVIDAS PARA PAGAR A IRRESPONSABILIDADE DELES. E QUE COMEÇA QUANDO AO PEDIR MAIS ESTE SACRIFÍCIO DE TODOS QUANDO NÃO DIZEM O QUE VÃO CORTAR PARA EQUILIBRAR AS CONTAS E MELHOR USAR O QUE PEDEM. SE NÃO FIZEREM ISSO, O BURACO E A FARRA CONTINUAM

Conteúdo da revista Veja. Governos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste querem antecipação de 7 bilhões de reais pelo ressarcimento de perdas com o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e ameaçam decretar calamidade financeira caso não sejam atendidos. A informação foi dada nesta terça-feira por representantes dos Estados após reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.


O pedido surge na esteira do projeto apresentado pelo governo para renegociação das dívidas estaduais com a União, que já recebeu aval da Câmara dos Deputados. Com baixo endividamento, muitos Estados dessas regiões buscam ajuda adicional do governo para lidar com seus problemas de caixa. Eles alegam que não foram beneficiados pelo alongamento.

"É uma decisão já tomada por vários Estados brasileiros, algo como catorze, quinze Estados brasileiros, principalmente dessas três regiões", afirmou o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), citando que há problemas de seca, insuficiência de recursos para segurança pública e para arcar com a folha de pagamento. Segundo Dias, Meirelles afirmou que, por enquanto, não há proposta para socorrer os Estados.

Em junho, o Estado do Rio de Janeiro declarou calamidade pública em suas finanças e pediu recursos ao governo federal para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste ano. Em resposta, o governo do então presidente interino Michel Temer editou uma medida provisória liberando 2,9 bilhões de reais para a segurança dos eventos esportivos.

A intenção inicial dos governadores era ter uma reunião com Temer. Por questões de agenda, contudo, o compromisso para falar sobre o tema acabou sendo assumido pelo ministro da Fazenda.

"(Ele) colocou algumas questões e que vai estudar, mas já estamos esperando esse estudo há bastante tempo", disse o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB).

Ativos no exterior

Durante a reunião, foi apresentada inclusive a ideia de o auxílio emergencial ser feito como antecipação ao que os Estados receberão com a regularização de ativos no exterior. Os recursos com a investida entrarão nos cofres do governo até 31 de outubro, e parte será destinada aos Estados.

Segundo o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), outra demanda dos Estados é referente ao pagamento de 1,95 bilhão de reais no âmbito do FEX (Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações). Ele admitiu, contudo, que o pedido também segue sem horizonte.

"(O ministro) não conseguiu ainda nos dar uma resposta concreta em relação exatamente ao que pode ser destinado aos Estados enquanto operação de crédito, tampouco conseguiu ainda precisar quando é que o 1,95 bilhão do Fundo de Exportações será pago aos Estados", disse.

Mais cedo, o governador do Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), havia dito que alguns Estados do Nordeste iriam decretar estado de calamidade se não fosse apresentada uma solução em 10 dias.

Participaram da reunião com Meirelles nesta terça-feira os governadores de dezessete Estados: Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Amazonas, Paraná, Acre, Distrito Federal, Amapá, Roraima e Tocantins.
Herculano
14/09/2016 07:26
FATIAMENTO: STF NÃO DESAUTORIZARÁ LEWANDOWSKI, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O Supremo Tribunal Federal não vai alterar o julgamento de Dilma no Senado para não desautorizar ex-presidente, Ricardo Lewandowski, e porque "não é órgão consultivo e sim julgador", afirma um dos ministros ouvidos pela coluna. Ações contra ou pró -"fatiamento" serão negadas. A destituição de Dilma é mesmo definitiva, e os ministros dizem que à Justiça de 1º grau caberá decidir sobre os direitos políticos de Dilma.

POSIÇÃO CONSENSUAL
Até ministros que criticaram o "fatiamento" publicamente, como Celso de Mello e Gilmar Mendes, tendem a não desautorizar Lewandowski.

NÃO É COISA DO STF
Ministros do STF discordam da decisão de livrar Dilma da perda dos direitos políticos, mas acham que esse assunto não é do STF.

NÃO CABE RECURSO
O STF não se mete no resultado do julgamento de Dilma porque o impeachment é prerrogativa constitucional do Poder Legislativo.

INTERFERÊNCIA SO NO INÍCIO
O STF se limitou a definir o rito, inclusive acrescentando dificuldades em relação ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor.

METADE DOS BRASILEIROS ADORA UM CONTRABANDO
Quando se exige ética dos políticos, uma pesquisa revela que metade da população que os elege admite a compra regular de produtos ilegais ou pirateados. Os dados são de pesquisa Datafolha encomendada pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco), que sai do forno nesta quarta (14). O Centro-Oeste é a região onde há mais adoradores de produtos contrabandeados. No Norte estão os que menos os apreciam.

MAIS VIOLÊNCIA
Na pesquisa do Etco, os entrevistados reconhecem que o contrabando favorece o crescimento da violência e do tráfico de drogas.

ALTA CARGA TRIBUTÁRIA
O contrabando também impacta nas altas taxas tributárias que incidem sobre produtos nacionais.

EM TODO O BRASIL
A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 27 de agosto e entrevistou 2.081 pessoas maiores de 16 anos em todo o País.

EM NOME DE DILMA
Ao revelar encontro nas eleições de 2014 em que o ministro Ricardo Berzoini pediu "ajuda" para que a Lava Jato não chegasse ao governo, Leo Pinheiro confirmou velha suspeita: Dilma sabia das maracutaias.

EM NOME PROPRIO
Leo Pinheiro contou a Sérgio Moro que se reuniu com Berzoini e o ex-senador Gim Argello, quando o ministro de Dilma tentou garantir que o governo não se "sujasse" com a CPI da Petrobras, onde Gim mandava.

ALVO FINAL
O aparente desinteresse de Eduardo Cunha em negociar acordo de delação premiada é correspondido pela força-tarefa da Lava Jato. A força-tarefa avalia que o ex-deputado não é fonte, é alvo final.

ARTILHARIA PESADA
Vice-presidente da CPI da Lei Rouanet, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) promete "artilharia pesada para o PT". O primeiro requerimento pede a convocação do ator petista José de Abreu.

PROFUNDO, CRIATIVO
Após refletir sobre a cassação do ex-deputado Eduardo Cunha, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) sacou uma jamais pronunciada antes: "Quem colhe vento semeia tempestade".

VIDA DURA
Ex-PT, o senador Walter Pinheiro (BA) virou secretário de Educação da Bahia, Estado que o ex-governador Jaques Wagner deixou com 90 mil analfabetos - alguns deles no governo, segundo piadinha da oposição.

PRESENÇAS ILUSTRES
Os ministros Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, e Dias Toffoli, vice-presidente do Supremo, participam nesta quarta do 20º Congresso Internacional de Direito Tributário, em Belo Horizonte.

CONTRA AS CASSAÇÕES
O deputado Wellington Roberto (PR-PB) foi escolhido relator do projeto do reajuste salarial da Receita Federal. Ele votou contra a cassação de Eduardo Cunha e contra o impeachment de Dilma Rousseff.

PENSANDO BEM...
...como Eduardo Cunha prometeu contar tudo em livro, a onda "fora, Cunha" deveria dar lugar agora à campanha "fala, Cunha".
Herculano
14/09/2016 07:15
ESCRITORIO DE MULHER DE TOFFOLI RECEBEU DE CONSORCIO ALVO DA LAVA JATO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Flávio Ferreira Bela Megale. Um consórcio das empresas Queiroz Galvão e Iesa, suspeito de repassar propinas em contrato de mais de R$ 1 bilhão sem licitação com a Petrobras, fez pagamentos em 2008 e 2011 no total de R$ 300 mil ao escritório Rangel Advocacia, que teve o ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli como sócio até 2007.

Desde então, o escritório tem como dona a mulher do ministro, a advogada Roberta Rangel.

O contrato do consórcio com a Petrobras é um dos investigados na última fase da Operação Lava Jato, a 33ª, intitulada "Resta Um", e foi executado entre 2007 e 2011.

Em depoimento de delação premiada, o ex-gerente de engenharia da Petrobras Pedro Barusco disse que recebeu suborno ligado a esse contrato.

Segundo planilha apresentada por Barusco, o contrato resultou em propina de 2% sobre seu valor inicial, de R$ 627 milhões.

O suborno teria sido dividido entre o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (1%), o PT (0,5%) e integrantes da diretoria de Serviços da Petrobras (0,5%).

Além disso, a Andrade Gutierrez, também acusada no petrolão, pagou R$ 50 mil à Rangel Advocacia em 2006, quando Toffoli ainda pertencia à banca.

Os pagamentos ao escritório não são alvo de investigação pela Lava Jato, mas poderão expor Toffoli a acusações de conflito de interesses caso tenha de tomar decisões sobre o consórcio.

A Folha indagou ao ministro se a relação entre as empresas e a banca advocatícia poderia levar ao afastamento dele de processos na Operação Lava Jato.

Toffoli afirmou que os casos não se enquadram nas hipóteses legais em que um magistrado deve deixar de atuar em processos por impedimento legal ou nos quais possa ter interesses pessoais.

Em março de 2015, Toffoli pediu para ser transferido para a 2ª Turma do STF, colegiado que vai julgar a maioria dos casos da Lava Jato.

No mês seguinte, ele participou do julgamento que libertou executivos de empreiteiras e converteu a detenção deles em prisão domiciliar com tornozeleiras.

Entre os beneficiados estava Ricardo Pessoa, da construtora UTC.

Junto com os ministros Gilmar Mendes e Teori Zavascki, Toffoli votou pelo fim do regime fechado.

Essa decisão ainda não beneficiou diretamente executivos da Queiroz Galvão, Iesa e Andrade Gutierrez, mas pode servir como precedente em casos futuros.

MENSALÃO

A Rangel Advocacia recebeu duas transferências do consórcio Queiroz Galvão-Iesa: uma em 2008, no valor de R$ 150 mil, e outra em 2011, também de R$ 150 mil. Em valores atualizados pela inflação, totalizam R$ 455 mil.

O consórcio Queiroz Galvão-Iesa foi criado em 2007 e no mesmo ano assinou contrato com a Petrobras para realização de obras na refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, pelo valor de R$ 627 milhões.

Obtido sem licitação, o contrato teve 16 aditivos que elevaram seu valor para pouco mais de R$ 1 bilhão, um acréscimo de cerca de 60%.

Em março de 2007, Toffoli assumiu o posto de Advogado-Geral da União, no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 2009, Lula indicou Toffoli para o cargo de ministro do Supremo.

Até o marido ser empossado ministro, a principal atuação de Roberta Rangel era na área eleitoral, segmento no qual deixou de advogar há cerca de sete anos.

Entre os nomes que ela defendeu estão os do ex-deputado federal Professor Luizinho (PT-SP) e do senador Paulo Rocha (PT-PA), ambos absolvidos no julgamento do mensalão.

Hoje, o escritório de Rangel é dedicado a causas de direito tributário.

Rangel também é procuradora da Câmara Legislativa do Distrito Federal há cerca de 20 anos.

OUTRO LADO

O ministro José Antonio Dias Toffoli afirmou que o fato de empresas acusadas na Lava Jato terem feito pagamentos ao escritório de advocacia da sua mulher não é situação que deva levar a seu impedimento para julgar processos relativos ao tema.

"Os casos mencionados não se enquadram nas hipóteses de impedimento ou suspeição previstas no Código de Processo Penal, no Código de Processo Civil e no Novo Código de Processo Civil".

A advogada Roberta Rangel disse que foi remunerada após prestação de serviços às empresas. Ela afirmou que o escritório "não tem qualquer contato profissional com elas há bastante tempo".

"Tudo está declarado à Receita Federal. Houve procurações, peças nos autos, boletins de medição dos serviços prestados emitidos pelas empresas, relatórios, audiências, reuniões, etc.", disse. Ela afirmou que não iria revelar os serviços pois o "escritório tem cláusula de confidencialidade nos contratos".
Herculano
14/09/2016 06:56
MINISTÉRIO PÚBLICO DEVE APRESENTAR HOJE DENÚNCIA CONTRA LULA POR TRIPLEX E SÍTIO, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Caso Sérgio Moro a aceite, o chefão petista se torna réu pela segunda vez; a outra diz respeito à acusação de obstrução da Justiça

Luiz Inácio Lula da Silva arrota por aí o que lhe resta de empáfia - um resto ainda grande? -, mas está bem mais encrencado do que a sua arrogância faz crer. Como informa a Folha, o Ministério Público Federal, que convocou entrevista coletiva para esta quarta, pode apresentar uma denúncia criminal contra ele no âmbito da Lava Jato propriamente. Não custa lembrar que ele já é réu na Justiça Federal de Brasília, acusado de obstrução da Justiça.

O que pode vir à luz nesta quarta é a denúncia envolvendo o tríplex do Guarujá, reformado pela OAS segundo os desejos da família Lula da Silva, já que o imóvel lhe estava reservado. Quando a imprensa se interessou pelo caso, o petista desistiu do apartamento. Há ainda a investigação sobre o sítio de Atibaia, que foi reformado pela Odebrecht.

Bem, a história já é conhecida de sobejo. Lula e sua mulher, Marisa Letícia, orientaram reformas nos dois imóveis. Para os procuradores, tal "favor" era uma paga pelos benefícios irregulares que aquelas empresas tinham no trato com a Petrobras.

O ex-presidente nega que os imóveis lhe pertençam e trata a questão como perseguição política, o que levou seus defensores a denunciar ao Comitê de Direitos Humanos da ONU a suposta agressão de que estaria sendo vítima.

Em palanques país afora, o líder petista diz tratar-se de um complô para impedi-lo de se candidatar em 2018. Sua defesa já tentou vários expedientes para retirar a investigação de Curitiba. Um dos recursos foi negado por Sérgio Moro, e outro pelo próprio ministro Teori Zavascki, relator do petrolão no Supremo. Num caso, a alegação era a de que as investigações não eram pertinentes à 13ª Vara Federal de Curitiba porque os dois imóveis ficam em São Paulo. Ao STF, os advogados de Lula tentaram demonstrar que o imbróglio não dizia respeito à Lava-Jato porque não estaria relacionado ao escândalo da Petrobras. Zavascki rejeitou a argumentação.

A denúncia será apresentada a Moro. Se o juiz aceitá-la, Lula se tornará, então, réu pela segunda vez. A investigação de irregularidades envolvendo seu nome serviu de motivo para os petistas darem início às manifestações de rua. A aposta, que se mostrou equivocada, era de que o tema incendiaria o país e serviria para intimidar a Lava-Jato.

Deu tudo errado.

Lula só volta a ganhar um pequeno fôlego se, eventualmente, Moro rejeitar a denúncia apresentada pelo Ministério Público. Caso contrário, só lhe restará vociferar um pouco mais nos palanques.

E, a cada dia, menor e mais fraco.
Herculano
14/09/2016 06:54
GRUPO GLOBO COMPRA CONTROLE DO JORNAL "VALOR ECONOMICO"

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. O Grupo Globo comprou os 50% da empresa Valor Econômico S.A. que eram detidos pelo Grupo Folha. Com isso, a empresa que publica o jornal "Valor Econômico" passa a ser de propriedade exclusiva do grupo carioca.

Não foi revelado o montante da operação, que ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O "Valor Econômico" foi lançado em maio de 2000, em meio ao boom de sites noticiosos, e logo se impôs em sua versão impressa. Seu primeiro diretor de Redação foi o jornalista Celso Pinto, ex-colunista da Folha. Um dos principais responsáveis pela definição da linha editorial do veículo, Pinto se licenciou do jornal em 2003 por problema de saúde.

Maior jornal de economia e negócios do país, o "Valor" registrou circulação paga de 61.184 em julho deste ano, segundo os dados mais recentes do IVC (Instituto Verificador de Comunicação). A audiência digital no mesmo mês foi de 50 milhões de páginas acessadas ("page views") e 2 milhões de visitantes únicos.

O jornal é líder na publicação de demonstrações financeiras de empresas (publicidade legal), que, de acordo com a legislação atual, precisam ser divulgadas em veículo impresso. Essa obrigatoriedade de publicação, no entanto, está sendo discutida no Congresso.

Em 2013, o diário econômico lançou o Valor Pro, serviço de informação em tempo real por assinatura. A facilidade disputa o mercado de clientes corporativos - principalmente do setor financeiro?" e consumiu investimento de R$ 100 milhões há três anos (R$ 131 milhões se corrigidos pelo IPCA).
Herculano
13/09/2016 20:28
SOB TEMER, LUCRO PRIVADO DEIXOU DE SER PECADO, por Josias de Souza

A economia, como se sabe, compreende todas as atividades do país. Sob Dilma Rousseff, porém, nenhuma atividade do país compreendia a economia segundo a ótica do governo. A presidente deposta levou à vitrine um ambicioso programa de concessões à iniciativa privada. Mas o grosso ficou no gogó, porque Dilma ignorou um princípio elementar do mundo dos negócios: o dinheiro não aceita ofensa.

Treze dias depois de ser efetivado no cargo de presidente da República, Michel Temer anunciou o seu programa de concessões. Chama-se Crescer. Inclui 25 projetos. Na prática, é uma reedição do pacote de Dilma ?"aeroportos, rodovias, ferrovias, portos, minas, usinas, saneamento? A diferença é que, agora, o governo informa aos empresários que Brasília não vai mais tratar o lucro como pecado.

As coisas são simples. Simples como ABC. A, o Brasil precisa retirar os projetos de infraestrutura do papel para religar as caldeiras da economia. B, o Estado foi à breca e não dispõe de dinheiro para investir ?"a necessidade roda na casa de R$ 1 trilhão até 2018. C, a iniciativa privada topa assumir os riscos desde que lhe sejam garantidos: crédito, segurança jurídica e perspectiva de retorno financeiro. Do contrário, nada feito. Simples.

Ao governo cabe perseguir o equilíbrio que garanta o lucro adequado ao investidor sem permitir que o consumidor seja espoliado. Nesse jogo, há espaço para muita coisa, menos para o irrealismo tarifário que Dilma tentou implementar. Num cenário em que há na praça quase 12 milhões de brasileiros sem emprego, a manutenção da fantasia seria uma ofensa à lógica.
Mariazinha Beata
13/09/2016 18:32
Seu Herculano;

Vamos comemorar:

"NA PRÁTICA, DILMA FICA INELEGÍVEL POR OITO ANOS, por Cláudio Humberto.".

DEUS é Pai!
Bye, bye!
Herculano
13/09/2016 18:09
O DEPUTADO ROGÉRIO PENINHA MENDONÇA, PMDB, DEPOIS DE SE ESCONDER A MAIOR PARTE DO DIA SOBRE A AUSÊNCIA DE ONTEM NA VOTAÇÃO DA CASSAÇÃO DE EDUARDO CUNHA, PMDB RJ, JUSTIFICA-SE POR NOTA AGORA A TARDE. O ESTRAGO ESTÁ FEITO NOS CURRAIS ELEITORAIS ONDE APADRINHA CANDIDATURAS. NENHUMA JUSTIFICATIVA FARÁ MUDAR A OPINIÃO DOS ELEITORES E PRINCIPALMENTE DOS ADVERSÁRIOS À CURTO PRAZO

"Sempre tive uma boa relação política com o deputado Eduardo Cunha. Ele me ajudou a defender ideias e projetos importantes, como a redução da maioridade penal e a instalação da Comissão Especial do PL 3722, de minha autoria, que revogará o Estatuto do Desarmamento. Também foi decisivo para o impeachment de Dilma, que dentre tantos equívocos, deixou 11 milhões de desempregados e um déficit de R$ 170 bilhões nos cofres públicos do Brasil. Com a interlocução de Cunha, também consegui a liberação de recursos do governo federal para dezenas de municípios catarinenses".

"Não tenho o rabo preso com ninguém, muito menos com o Sr Eduardo Cunha. Fui eleito para representar meus eleitores, cidadãos de Santa Catarina. Acredito que cada parlamentar tem de ser julgado pela Justiça e pelas urnas. A própria Dilma teve um julgamento imparcial, presidido pelo Supremo Tribunal Federal. Abri mão de votar na cassação de Cunha por acreditar nisso. Nesta segunda-feira Cunha não foi a julgamento por corrupção, mas por quebra de decoro. Respeito a posição de todos, mas não acho justo ser um oportunista de ocasião. Eduardo pode ter errado e será punido, se a Justiça assim concluir. Porém, sou um homem de palavra e de convicções. Continuarei defendendo os projetos que acredito até o povo de Santa Catarina achar que eu não devo mais. Tenho minha consciência tranquila."
Sidnei Luis Reinert
13/09/2016 15:24
Se invadiram o sistema do banco central dos EUA e os computadores do sistema nuclear iraniano, imaginem as urnas Capitunistas Venezuelanas do Brasil...

PF prende três em suposto esquema para fraudar urna eletrônica neste ano
Grupo pedia até R$ 5 milhões para fraudar eleição; 'estelionato', diz PF.

Do G1 DF

Policiais federais apreendem documentos na casa de suspeito no Rio Grande do Sul durante operação contra fraude em urnas eletrônicas
Policiais federais apreendem documentos na casa de suspeito no Rio Grande do Sul durante operação contra fraude em urnas eletrônicas

A Polícia Federal prendeu duas pessoas em Brasília e uma em Xangri-lá, no Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (13) em uma operação contra uma organização criminosa que prometia fraudar urnas eletrônicas nas eleições municipais deste ano. Após a ação, a PF informou ter constatado que era um caso de estelionato porque não há indícios de que eles poderiam conseguir interferir nos equipamentos.
saiba mais
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Segundo a PF, a denúncia partiu de um prefeito de um município na região metropolitana de Porto Alegre. Os suspeitos afirmavam que tinham contrato com uma empresa que atualiza o software das urnas eletrônicas e cobravam R$ 5 milhões para supostamente fraudar a eleição para prefeito e R$ 600 para a de vereador, diz a corporação.
Na operação, batizada de Clístenes, também foram cumpridos três mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para depor) em Xangri-lá e Canoas, no Rio Grande do Sul, e Piripiri, no Piauí. Os policiais também cumpriram cinco mandados de busca e apreensão, em Canoas, Xangri-lá, Goiânia (GO), e dois em Brasília.
Os presos vão ser indiciados pelos crimes de estelionato e organização criminosa. Eles serão julgados pela Justiça Federal e podem pegar de 4 a 13 anos de prisão.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, a urna eletrônica passa por inspeção antes de ser lacrada a fim de coibir fraudes contra o equipamento.
Policiais federais cumprem mandado durante operação para combater organização criminosa que prometia fraudar eleições (Foto: Polícia Federal/Divulgação)
Policiais federais cumprem mandado durante operação para combater organização criminosa que prometia fraudar eleições
As urnas eletrônicas que serão usadas neste ano passaram por um primeiro teste de segurança em março deste ano. Na ocasião, ao avaliar diversos itens das urnas, técnicos encontraram duas "vulnerabilidades" no sistema, que, segundo a equipe de tecnologia do próprio tribunal, seriam corrigidas.
Em um dos testes, um dos grupos de investigadores conseguiu instalar um gravador de áudio na urna adaptada para deficientes visuais, em que uma voz eletrônica comunica para o eleitor suas opções.

Assim, se alguém interessado em quebrar o sigilo do voto obtivesse a ordem dos eleitores que votaram naquela urna, seria possível saber como cada um votou, ao fazer a correspondência entre a gravação e a lista dos votantes.
Um outro grupo de técnicos externos conseguiu adulterar um código eletrônico que aparece na contabilização dos votos de uma urna reserva que quebrou durante a votação. Assim, poderia adulterar o resultado da votação daquela seção eleitoral específica.
Herculano
13/09/2016 15:06
UM DISCURSO PARA SER LIDO VÁRIAS VEZES, INCLUSIVE PELOS MEMBROS DO JUDICIÁRIO

O discurso de investidura da ministra Carmen Lúcia Antunes Rocha, 62 anos, como presidente do Supremo Tribunal Federal é algo leve e ao mesmo tempo agudo. É algo para ser lido e até por que é fácil, de ser entendido. São 13 páginas no original em que ela leu ontem à tarde. Emblemático.

Carmem Lúcia chegou ao Supremo por indicação de Luiz Inácio Lula da Silva, PT, quando ele era presidente. Ele estava lá na sua investidura ontem, e parte do que ela escreveu e leu, certamente, lhe cabe como uma luva.

Ele é que não deve ter entendido, se prestou a atenção. Se não prestou a atenção não vai entender quando a Justiça lhe bater às portas. E vai acusa-la de perseguição contra pobres, defensores dos oprimidos...
JOSE HILARIO DECKER
13/09/2016 14:55
POR QUE, OS CANDIDATOS À CARGO PUBLICO PROMETEM {{"MUDAR - MUDAR"}}, SERÀ QUE NÃO TEM NADA QUE BASTA APENAS {{"MELHORAR - APERFEIÇOAR}}". OU OS "ANTERIORES" NADA FIZERAM DE BOM OU BEM QOE POSSA SER APROVEITADO ??
Herculano
13/09/2016 14:50
TEMPO DE RECONSTRUIR, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Reconstruir o País e abrir caminho para uma nova etapa de vigor, dinamismo e criação de oportunidades é a grande tarefa, depois de rompido o desastroso domínio do PT. Não basta haver encerrado a longa fase de populismo, mentira, irresponsabilidade e pilhagem do Estado. O resgate só será completo com a retomada do trabalho, interrompido por mais de dez anos, de modernização das instituições, de reforma do governo e de revalorização da seriedade e do esforço produtivo e criativo em todos os setores de atividade ?" públicos e privados. Tirar da UTI a economia nacional é o desafio mais urgente, mas o novo governo e seu sucessor terão de levar em conta uma pauta muito mais complexa e ambiciosa.

Os grandes temas dessa agenda serão explorados pelo Estado na série A Reconstrução do Brasil, iniciada na edição do último domingo. A reforma política, a modernização trabalhista, a revisão das normas da Previdência, a atualização do sistema tributário, a reavaliação das funções do Estado e da operação do governo são temas obrigatórios de qualquer discussão consequente sobre o futuro do País. Serão, portanto, explorados de forma ampla e articulada nesse conjunto de reportagens.

Questões institucionais envolvem muito mais que direitos básicos, obrigações, forma de governo e regras de operação dos chamados Poderes da República. Exemplo: nem todos percebem, no dia a dia, como as normas constitucionais afetam os custos da economia brasileira e limitam ?" de fato, severamente ?" as possibilidades de crescimento da produção e de criação de empregos decentes e úteis.

Coleção de nobres princípios e de bons propósitos, a Constituição de 1988, tanto na forma original quanto depois de grande número de emendas, engessa as finanças públicas, facilita o desperdício, dificulta o equilíbrio fiscal, cria ambiente favorável à inflação e impõe obstáculos ao crescimento econômico.

A chamada Constituição Cidadã estabelece direitos e impõe obrigações ao Tesouro Nacional sem cuidar de como financiá-las. Distribui recursos e tarefas entre os níveis de governo sem levar em conta as proporções entre meios e fins. Consagra um sistema tributário mal concebido e incompatível com as necessidades de uma economia aberta à concorrência internacional.

A estrutura de impostos e contribuições encarece o investimento e a produção e diminui a competitividade brasileira. A reforma desse sistema já virá com muito atraso.

A proposta de um teto para o aumento da despesa pública, enviada ao Congresso pelo presidente Michel Temer, é só um passo inicial para a correção de algumas dessas ?" para usar uma palavra suave ?" inadequações. Mas a Constituição formulada com bons sentimentos e belas intenções é só uma das fontes de problemas legais, a começar, é claro, pelas vinculações criadas sem pragmatismo, sem visão de futuro e sem racionalidade administrativa. Erros desse tipo se multiplicam facilmente, quando se propõem, por exemplo, planos educacionais com metas de despesas mínimas, como se a solução dos grandes problemas dependesse apenas do volume de despesas ?" ideia contrariada pela experiência dos países mais avançados.

Eficiência e qualidade são pelo menos tão importantes quanto as somas destinadas aos vários programas. De modo geral, determinam os graus de sucesso ou de insucesso. Comparem-se, por exemplo, os gastos e os padrões educacionais da Coreia e do Brasil.

Mas eficiência e qualidade são atributos de ações governamentais. A incompetência e o desleixo na elaboração e na execução de programas, no caso brasileiro, são irmãos gêmeos do desperdício de recursos e da fragilidade fiscal. A qualidade da administração pública tem sido um problema crônico do governo brasileiro, atenuado ocasionalmente com ações de reforma sempre abandonadas em pouco tempo. A ineficiência da infraestrutura, para citar um exemplo, é componente desse quadro, assim como o baixo desempenho dos estudantes brasileiros em testes internacionais.

Os brasileiros têm mais uma oportunidade, agora, de atacar essas questões e de reconstruir o País segundo modelos melhores para todos. Se for desperdiçada, quem sabe quando surgirá a próxima?
Herculano
13/09/2016 14:48
TEM CANDIDATO ATÉ PARECE QUE BEBE, MEU!

Mau sinal. Tem candidato a prefeito em Gaspar, posando de anjo e galã, que gravou um vídeo gozando dos eleitores, ao menos no mínimo faltou com o respeito no que diz a seriedade do quer ser - e aqui foi o primeiro lugar a reportar isso -, e depois que se espalhou a merda que fez, queria censurar o que se observava e criticava nas mídias sociais.

Levou uma invertida do juiz eleitoral da Comarca, Rafael Germer Condé.

O que o candidato sem planos - ou ao menos nas entrevistas e sabatinas demonstra não conhece-los - sinalizou que gosta é de coluna social, que se eleito, vai perseguir e censurar a imprensa que resolver apontar as suas incoerências, imbecilidades e erros.

Não vai dar conta. As redes sociais farão o serviço de esclarecer a sociedade. Acorda, Gaspar!
Herculano
13/09/2016 14:41
UM JORNADA REPUBLICANA, por José Casado, para o jornal O Globo

Na peculiar cena de posse da nova presidente do Supremo, Cármen Lúcia, sobraram evidências de que vem aí um trimestre pródigo em emoções fortes na política.

Vai ser um trimestre pródigo em emoções fortes na política, por iniciativa do Judiciário e do Ministério Público. Isso ficou evidente, ontem, na peculiar cena da posse da nova presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.

Escolhido porta-voz do colegiado de juízes, Celso de Mello avisou: o Supremo escolheu a ocasião para emitir uma "advertência, severa e impessoal" sobre sua determinação de "repelir qualquer tentativa de captura das instituições do Estado por organizações criminosas constituídas para dominar os mecanismos de ação governamental".

Desenhou a formação de "uma estranha e perigosa aliança" entre agentes públicos e empresariais "com o objetivo ousado, perverso e ilícito de cometer uma pluralidade de delitos, profundamente vulneradores do ordenamento jurídico instituído pelo Estado".

Acrescentou: "Tais práticas delituosas ?" ainda mais quando perpetradas por intermédio de organizações criminosas - enfraquecem as instituições e comprometem a própria sustentabilidade do estado democrático."

Na audiência destacavam-se o presidente Michel Temer, os ex-presidentes Lula e Sarney, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel ?" entre outros citados, envolvidos ou investigados na meia centena de inquéritos sobre corrupção supervisionados pelo tribunal.

Há 27 anos Mello integra a corte onde juízes são, na essência, políticos vestidos de toga. Seria imprudência apostar que o seu discurso, combinado e revisado em cada palavra, foi mera peça de retórica destinada ao acervo do tribunal.

"Práticas desonestas de poder", insistiu, "deformam o sentido democrático das instituições e conspurcam a exigência de probidade inerente a um regime de governo e a uma sociedade que não admitem nem podem permitir a convivência, na intimidade do poder, com os marginais da República, cuja atuação criminosa tem o efeito deletério de subverter a dignidade da função política e da própria atividade governamental, degradando-as, e transformando-as em um meio desprezível de enriquecimento ilícito."

Aplainou a trilha para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na sequência, para quem "o sistema da Nova República está em xeque". Responsável por inquéritos sobre 49 personalidades com foro privilegiado, Janot acha que o país precisa escolher entre duas alternativas: "A primeira, danosa e inaceitável, consiste numa reação vigorosa do sistema adoecido contra as instituições que combatem a sua estrutura intrinsecamente patológica. A segunda, mais auspiciosa, revela-se em um movimento virtuoso de tomada de consciência da sociedade e de autodepuração do próprio sistema político-jurídico, na busca de um novo arranjo democrático."

A cena ganhou adorno irônico quando a nova presidente do Supremo, Cármen Lúcia, pediu licença para cumprimentar, primeiro, não a principal autoridade convidada, Temer, mas "Sua Excelência, o povo". Terminou com juízes admitindo ser "muito difícil" o STF recuar na decisão sobre prisões depois da condenação em segunda instância. Enquanto isso, o pôr-do-sol surpreendia a Câmara, no outro lado da Praça dos Três Poderes, abrindo o ritual para cassação do mandato de seu ex-presidente, Eduardo Cunha, alvo central em múltiplos inquéritos sobre corrupção.
Herculano
13/09/2016 14:38
PODRIDÃO POLÍTICA QUE GEROU CUNHA ESTÁ VIVA E VOA ALTO, por Mário Sérgio Conti, para o jornal Folha de S. Paulo

O cavalheiro de Maceió alertou: "Você precisa conhecer um amigo meu lá do Rio. Ele sabe tudo, manda e desmanda na Telerj". O guapo alagoano era Paulo Cesar Farias. O carioca que manjava tudo, Eduardo Cunha. Corria o ano de outro impeachment, 1992.

PC Farias deu a ficha do amigo depois de almoçar codornas, na sua casa paulista. Economista, fora um arrecadador eficaz e discreto na campanha de Collor. Chamado a ocupar um cargo subalterno na equipe de Zélia, preferira se assenhorar da telefonia fluminense. "É um ás", avisou.

Mas a conversa com Cunha foi um caso de tédio à primeira vista. Como Collor caía em câmera lenta, o sabe-tudo engabelava com a cara dura de quem joga pôquer: "Paulo Cesar não me nomeou". A política o aborrecia quase tanto quanto a economia. Não ofereceu café nem água.

Mais de 20 anos depois, outra entrevista. Apesar da gravata Charvet (que Walter Moreira Salles lançou aqui, imitando de Gaulle e Churchill), Cunha continuava amarfanhado, oco, enfadonho. Tomou água, mas teimou que PC não o indicara. Cumpriu-se, porém, a praga alagoana: virara um ás.

Cunha logo notou que não tinha chance como economista. A chefia do Ministério da Fazenda, ou do Banco Central, eram cargos de alta rotatividade, dedicados aos de alto coturno. Seus ocupantes fracassavam, mas logo retornavam aos bancos, onde ficaram milionários contando como o governo trabalhava.

Não havia lugar para economistas colloridos nesse esquema - que o digam Zélia, Antonio Kandir ou Ibrahim Eris. Foi aí que Cunha viu Deus, tornando-se radialista e pregador evangélico. Depois de PC, seu mestre foi Anthony Garotinho, também ele um carola a quem a república pseudolaica franqueou microfones de rádio.

Não se pode acusar Eduardo Cunha de, em duas décadas de carreira, ter sido iluminista. Como apóstolo da Assembleia de Deus, a maior denominação evangélica, com 65 milhões de crentes, só tratou de costumes. Seu catecismo foi obscurantista: ataques aos gays, à união dos do mesmo sexo, ao afrouxamento da lei sobre drogas.

Na política substantiva - porque é de pão que vive o homem, e não da palavra de Deus- Cunha foi a favor da iníqua desigualdade entre os brasileiros, da submissão do país ao parasitismo financeiro, do direito de herança total, dos impostos regressivos. Não precisava nem propalar isso porque o velho racionalismo burguês é hoje anátema.

Ninguém lhe deu combate. A Igreja Católica se calou por concordar com a sua pauta moralista. Sob João 23, os católicos agiram no desmonte da ditadura e na luta por justiça. Com João Paulo 2º e Bento 16, renderam-se à reação evangélica. Não só eles. Parlamentos, escolas, empresas, mídia ?"a capitulação foi geral.

Em nenhum lugar ela foi tão viciosa quanto na política. Cunha foi paparicado por todos os partidos, liderou a maior bancada da Câmara e a presidiu. Sem ele, o impeachment não prosperaria.

Agora, para que a derrubada de Dilma aparente ter sido justa, e para que a corriola que a abateu se diga implacável com os corruptos, o Brasil é instado a crer que a cassação de Cunha é histórica. Será festejar, no entanto, um sétimo lugar olímpico.

Vejam-se as eleições para prefeito. Em São Paulo e no Rio, vieram da máquina evangélica os candidatos à frente nas pesquisas. Russomanno e Crivella são uns ases, comemoraria PC. A podridão política que gerou Cunha está viva e voa alto.
Herculano
13/09/2016 14:32
GOLPE PARA QUEM? por Denis Rosenfield, para o jornal Zero Hora, da RBS Porto Alegre

O discurso petista do golpe já está ultrapassando qualquer índice de poluição sonora. O som estridente da verborragia atinge até os ouvidos menos sensíveis. Os defensores do meio ambiente deveriam protestar contra tamanho disparate barulhento!

Certamente, para os países mais desenvolvidos do Planeta, o novo governo foi plenamente reconhecido. O G-20 expôs um presidente no pleno exercício de suas funções, tornando-se interlocutor dos Estados que representam mais de 85% do PIB global.

Para os países mais importantes da América Latina, a saber, Argentina, Colômbia e México, o novo governo goza de pleno reconhecimento. Os que se insurgem são Venezuela, Equador e Bolívia, que deveriam ser mais propriamente enquadrados na América Latrina. Eles representam, hoje, a maior poluição de ideias do mundo.

O processo de impeachment demorou longos nove meses, com a ex-presidente exercendo todos os seus direitos. Apesar das chicanas de seu advogado, nenhum de seus recursos para anular o julgamento foi acatado pelo Supremo.

Aliás, o julgamento foi presidido pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, conhecido por sua simpatia pelo PT e indicado para o cargo pelo ex-presidente Lula. O presidente do Senado, Renan Calheiros, por sua vez, foi um fiel escudeiro da ex-presidente e, em várias ocasiões, demonstrou o seu profundo apreço por ela. Seriam golpistas?

O rito do processo foi determinado pelo Supremo, tendo sido, no início, objeto de sérias disputas envolvendo os grupos favoráveis e contrários ao impeachment. Neste contexto, o PT chegou a festejar as regras finalmente adotadas. Será que o PT também seria golpista?

Talvez o seja, por não aceitar o resultado de todo um processo institucional, em que o país mostrou a vitalidade de suas instituições democráticas. Talvez o seja, também, por não acatar a própria Constituição brasileira, esta mesma sob a qual governou por 13 anos. Renegou a Constituição quando de sua promulgação, usufruiu dela e, agora, se volta contra ela.

O partido não possui, tampouco, nenhum pudor em denegrir o país na esfera da política exterior, sem se importar, minimamente, com o que isto poderia eventualmente significar internamente em termos de investimentos e emprego. A sua política é a do quanto pior melhor.

Golpe, então, para quem? Para o narcisismo petista, os incautos, os militantes e para os quadros partidários que procuram fugir da Lava-Jato e de suas consequências.
Herculano
13/09/2016 14:30
UMA MULHER NA CORTE, por Miriam Leitão, para o jornal O Globo

O Supremo Tribunal Federal passa a ser presidido por uma mulher pela segunda vez na história da Corte. Isso significa um passo a mais no esforço de se quebrar o espaço de poder quase que completamente masculino, mas não significa que ela deva ser cobrada ou elogiada por ser mulher. O que levou Cármen Lúcia ao posto é sua competência jurídica. Sua posse foi um ato político, pelos discursos e ambiente.

O presidente Michel Temer e o ex-presidente Lula ficaram na mesma sala antes de entrar no plenário. Lula chegou antes. Os dois sequer se olharam durante os minutos que aguardaram o início da cerimônia. O discurso do ministro Celso de Mello deu o tom político. Fez uma longa e forte condenação da corrupção, com palavras contundentes. Atrás dele, estava o ex-presidente Lula. O discurso do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi na mesma linha, acrescentando a defesa das 10 medidas anticorrupção. O representante dos advogados também falou do tema, mas argumentando que não se pode aceitar provas de origem ilícita mesmo que de boa-fé. A Lava-Jato estava presente o tempo todo, nas entrelinhas, ou em referências diretas.

A nova presidente foi republicana logo na lista de saudações. Quebrou o protocolo e primeiro fez homenagem à sua excelência o cidadão. Admitiu que ele, o cidadão, não está satisfeito com a Justiça. Usando a poesia de Cecília Meireles, Drummond e Guimarães Rosa defendeu uma Justiça mais eficiente.

Cármen Lúcia tem visão crítica de alguns dos benefícios que têm os juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores como auxílio moradia, por exemplo. Não está no momento disposta a abraçar a causa do aumento do Judiciário, como fez o ministro Ricardo Lewandowsky. Em outro momento, talvez. Por outro lado, espere-se dela a defesa intransigente dos ritos e da independência da Justiça.

Em um fim de semana tormentoso da vida do país, o ministro Lewandowsky viajara para fora do Brasil, e ela ficou na presidência. Um integrante do alto escalão do governo Dilma lhe telefonou para dizer que ela não se preocupasse, porque qualquer urgência que houvesse eles poderiam recorrer ao ministro no exterior.

?" A presidência do Supremo Tribunal Federal não viaja, por isso gostaria de informar que é a mim que devem recorrer. Exatamente pela conjuntura política eu cancelei até a viagem a Minas, e ficarei de plantão. Se houver qualquer problema vocês poderão me encontrar domingo no meu gabinete - respondeu.

Ela assume em momento de extrema judicialização da política. A Segunda Turma do STF, sem Cármen Lúcia, pode ter outra tendência. Serão tomadas decisões cruciais, como o cumprimento da pena após a condenação em segunda instância. Quem julga é o pleno da Corte, mas ela presidirá, e o mundo jurídico está totalmente dividido sobre isso.

Sua posse é oportunidade para se entender um pouco mais da questão de gênero, tão desentendida. Certa vez, conversando sobre a obtusa e desatualizada decisão de nomear um ministério todo masculino, ouvi de um integrante do governo Michel Temer que o importante é o "mérito". Fica parecendo então que não havia talentos ao alcance desse mérito.

Há um fenômeno bem conhecido que é a invisibilidade do grupo discriminado. O mérito do ex-presidente Lula foi ver o talento de Cármen Lúcia e do ministro Joaquim Barbosa, como o ex-presidente Fernando Henrique viu o mérito de Ellen Gracie. Não é verdade que não haja mulheres com méritos, é que é preciso ter olhos de ver. Cada vez que uma mulher assume cadeira no comando do país, as mulheres dão um passo a mais no esforço coletivo para quebrar o monopólio exercido pelos homens desde sempre.

Em Espinosa, no sertão de Minas, onde Cármen cresceu, sua mãe Anésia plantava flores na quintal. Mas o tempo seco e o excesso de sol costumavam destruir todo o trabalho. Ela plantava novamente. Um dia "seu" Florival disse para a mulher que aquele trabalho incessante era inútil, já que a seca destruía suas flores. Ela respondeu: "Pois eu continuarei plantando, porque não tenho vocação para cultivar erva daninha." As flores da ministra Cármen Lúcia podem não prosperar, mas não se peça à filha de dona Anésia que ela cultive erva daninha.
Herculano
13/09/2016 14:25
O BRASIL ESTÁ SENDO PASSADO A LIMPO. GASPAR INSISTE NO ATRASO
Herculano
13/09/2016 14:24
PETISTAS LAMENTAM A QUEDA DE CUNHA, por Kim Kataguiri, coordenador do Movimento Brasil Livre, no jornal Folha de S. Paulo

"E o Cunha?", essa foi a pergunta que mais ouvi de jornalistas e militantes petistas depois que o pedido de impeachment de Dilma Rousseff foi acolhido. Nunca me perguntaram sobre o lamaçal de corrupção dos governos petistas, nem sobre os milhões de desempregados ou outros tantos que foram jogados na miséria. A cegueira ideológica os impedia de enxergar a catástrofe. Apesar disso, na mente deles, o cego era eu.

O primeiro contato que tive com Cunha foi no dia 27 de Maio de 2015. Partindo de São Paulo, andei, junto com colegas de movimento, mais de 1.000 km, e, depois de 33 dias, finalmente havia chegado a Brasília para protocolar o pedido de impeachment de Dilma Rousseff. E foi no ato do protocolo que a famosa foto que - a meu pedido - ilustra este artigo foi tirada.

Como muitos de vocês devem saber, essa foto é frequentemente utilizada por viúvas do petismo para me atacar, me tachar de "amigo do Cunha". O fato é que a única pessoa que pode receber uma denúncia de crime de responsabilidade contra um presidente da República é o presidente da Câmara dos Deputados. Se, na ocasião, o presidente da Câmara fosse o Lula, teria protocolado o documento com ele.

O MBL nunca manifestou nenhum tipo de apoio ao ex-deputado. Pelo contrário: na manifestação do dia 13 de março de 2016 ?"a maior da história do país?", como em outras, discursamos e protestamos não apenas pelo impeachment de Dilma Rousseff, mas pela cassação e prisão de Eduardo Cunha. Os petistas, por outro lado, parecem se esquecer que, durante anos, ajudaram e foram ajudados por Eduardo Cunha. Em 2010, Cunha salvou Dilma Rousseff fazendo campanha para a então candidata em igrejas evangélicas, discursando sobre quão conservadora e temente a Deus ela era.

Depois que se tornou inimigo do PT, Cunha se transformou numa espécie de saída honrosa para o discurso petista. Sempre que um militante vermelho era confrontado com o fato de que o seu partido é o mais corrupto da história do país, respondia com um simples: "Ah, tá bom! Mas e Cunha?", -afinal, se Cunha é corrupto, os petistas podem cometer crimes à vontade.

Até para a narrativa do "golpe" ele contribuiu. José Eduardo Cardozo, que advogou em defesa de Dilma Rousseff, chegou até a tentar criar uma mística em torno do acolhimento da denúncia. Em discurso, sustentou que todo o processo estaria maculado por causa de um "pecado original", já que, formalmente, quem deu início a ele foi Cunha, um político corrupto.

Ora, Ibsen Pinheiro, presidente da Câmara que conduziu o processo de impeachment de Collor, foi cassado posteriormente. Não vemos nenhum petista dizendo que o impeachment de Collor foi golpe.

A verdade é que a cassação de Cunha entristece os petistas porque enfraquece a sua narrativa. Eles perdem um algoz para culpar por todas as mazelas do mundo e fazer seus crimes parecerem um pouco menos graves. Eles perdem o discurso de que o impeachment foi um grande acordão para salvar Cunha e parar a Lava Jato. Eles perdem o seu malvado favorito.

Para os tolos que acham que me constrangem com a foto do protocolo de pedido de impeachment de Dilma Rousseff, ficam as vitórias dos milhões de brasileiros que pintaram as ruas de verde e amarelo contra a corrupção. Dilma caiu. Cunha caiu. Outros também cairão. Não me arrependo de nada. Faria tudo novamente.

Apesar de vocês, há quem defenda a democracia, a decência e a liberdade.
Herculano
13/09/2016 10:22
da série: os políticos em campanha em Gaspar e Ilhota deviam ler este artigo. Alguma coisa vai dar errada para quem acha-se esperto e se lança meia verdades com segundas intenções para arrebatar votos de analfabetos, ignorantes, desinformados, medrosos, dependentes e fanáticos.

A ERA POS-VERDADE, por Hélio Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

No caso de Eduardo Cunha, não colou. Acho que nem seus amigos acreditaram que ele ganhou o dinheiro que abastecia suas contas na Suíça vendendo carne enlatada aos africanos. Já Dilma Rousseff teve mais êxito em convencer parte da opinião pública de que a ruína econômica em que ela nos meteu é fruto só da crise internacional.

Cunha e Dilma não são casos isolados. O semanário "The Economist" deu a capa de sua última edição para uma interessante reportagem sobre a política "pós-verdade". Ilustra o conceito com Donald Trump afirmando que Barack Obama é o criador do Estado Islâmico e a campanha do Brexit dizendo que a permanência do Reino Unido na União Europeia custa US$ 470 milhões por semana aos cofres britânicos. Não é preciso mais do que alguns neurônios e um computador para descobrir que ambas as afirmações são falsas, mas, ainda assim, elas prosperaram.

Obviamente, a centenária publicação reconhece que governantes sempre mentiram, mas conjectura que vivemos uma era em que está ficando cada vez mais fácil para políticos inventar qualquer coisa e se dar bem.

Parte do problema é a natureza humana. Nossos cérebros têm uma perigosa inclinação por acreditar naquilo que nossos sentimentos dizem que está certo e evitam o trabalho de conferir a veracidade das teses de que gostamos. E, se nunca foi fácil estabelecer o que pode ser considerado um fato na política, isso está se tornando cada vez mais difícil.

Para "The Economist" são dois os motivos. Primeiro, instituições que se encarregavam de facilitar a formação de consensos como escolas, ciência, Justiça e mídia vêm sendo vistas com mais desconfiança pelo público. Além disso, passamos a nos informar através de algoritmos que, em vez de nos expor ao contraditório, nos enterram cada vez mais fundo naquelas versões que já estávamos mais dispostos a acreditar. Daí aos reinos mágicos é só um pulinho.
Herculano
13/09/2016 10:05
AOS "INDIGNOS DO PODER", por Eliane Cantanhede, para o jornal O Estado de S. Paulo

Com um discurso planejadamente morno, próprio talvez de uma ex-aluna de colégio interno, aplicada e chegada aos clássicos e à poesia, a nova presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, abriu espaço para que o decano da Corte, ministro Celso de Mello, desse todos os recados políticos com o calor e a contundência que o momento merece e as barbaridades havidas exigem. Enquanto Mello falava, a ilustre palestra fazia um silêncio sepulcral.

Ao lado do também ex-presidente José Sarney (que nomeou Mello para o STF), Luiz Inácio Lula da Silva (autor da nomeação de Cármen Lúcia) ouviu calado, quase sem se mexer, não fosse o tique de cofiar o bigode. Na terceira poltrona, o governador de Minas, Fernando Pimentel. Na mesa de honra, o presidente do Senado, Renan Calheiros. Mais adiante, o ex-ministro Edison Lobão. O que não faltou na posse da nova presidente do Supremo foi político enrolado de alguma forma com a Justiça.

Celso de Mello não se fez de rogado, nem de diplomata: "Os cidadãos desta República têm o direito de exigir que o Estado seja dirigido por administradores íntegros, por legisladores probos e por juízes incorruptíveis". E advertiu: "Que deste tribunal parta a advertência, severa e impessoal, de que aqueles que transgredirem tais mandamentos expor-se-ão (...) à severidade das sanções criminais, devendo ser punidos (...) esses infiéis da causa pública e esses indignos do poder".

Os recados foram de uma coragem rara, de uma clareza inquestionável e para alvos evidentes, bem ali, a poucos metros. Segundo Mello, "impõe-se repelir qualquer tentativa de captura das instituições de Estado por organizações criminosas para dominar os mecanismos de ação governamental, em detrimento do interesse público e em favor de pretensões inconfessáveis". Ainda mais direto, referiu-se a "uma estranha e perigosa aliança entre determinados setores do poder público, de um lado, e agentes empresariais, de outro, reunidos em imoral sodalício (confraria)...".

Esse, segundo o decano, é um "contexto de criminalidade organizada e de delinquência governamental". E citou Ulysses Guimarães, ainda hoje um exemplo de político, enquanto a Câmara se preparava para cassar Eduardo Cunha: "A corrupção é o cupim da República. (...) Não roubar, não deixar roubar, pôr na cadeia quem roube, eis o primeiro mandamento da moral pública".

A cerimônia ?" considerada a posse mais concorrida, no mínimo uma das mais, em 25 anos ?" teve ainda discurso do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, lembrando o quanto o País precisa mudar e saudando: "Parabéns, ministra Cármen Lúcia, o Brasil precisa mais do que nunca do seu caráter".

No encerramento, a nova presidente circundou o protocolo para começar seu discurso saudando não o presidente Michel Temer, ali ao seu lado, ou qualquer outra das muitas autoridades presentes, mas, sim, "Sua Excelência, o povo brasileiro". E é em nome desse povo que ela tem proferido seus votos de vanguarda, a favor, por exemplo, das biografias não autorizadas, das células-tronco embrionárias, da união homoafetiva.

Na guerra das redes sociais, não faltaram os que condenaram a presença de Lula e o convite a Fernando Collor, mas esse foi mais um recado de ontem, nessa nova fase do Supremo: Cármen Lúcia, mesmo nomeada por Lula, mantém-se distante da política partidária, da polarização PT-PSDB. Pronta, portanto, para mais um momento histórico - e inédito - do STF e da vida nacional: o da investigação, julgamento e eventual condenação dos políticos na Lava Jato. Republicana, ela convidou para sua posse os ex-presidentes da República e do Supremo, mas, "amizade, amizade, negócios à parte". Ou "convite, convite, julgamentos à parte".
Herculano
13/09/2016 08:22
PENSANDO BEM...

O deputado Rogério Peninha Mendonça, PMDB, é amigo da onça do KLeber Edson Wan Dall e do PMDB de Gaspar. Deu mais um motivo para o PT discursar.

Aliás as coisas não andam bem para o lado do PMDB. Até a falta de criatividade da cara equipe de marketing começou a ser questionada. E quando isso começa na reta final, é sinal de que boa coisa não é.

Outra. O PMDB está sem reação aos ataques diretos do PT. Apensar do tempo curto, não vai conseguir suportar o desgaste provocado.
Herculano
13/09/2016 08:18
NA PRÁTICA, DILMA FICA INELEGÍVEL POR OITO ANOS, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Dilma ficará mesmo inelegível por 8 anos, mas não por deliberação do Supremo Tribunal Federal. No exame de "caso concreto", uma ação civil pública será suficiente para anular a nomeação da ex-presidente para um cargo público ou o eventual registro de uma candidatura, afirmam ministros do STF ouvidos pela coluna. Juízes aplicam a Constituição, que vincula a perda do cargo à perda de direitos políticos.

ESTÁ ESCRITO
O art. 52 da Constituição, ignorado pelo Senado no julgamento de Dilma, determina inelegibilidade de presidente que sofre impeachment.

RECURSOS NO LIXO
O STF decidiu ignorar as ações contra o "fatiamento": não é instância de recurso para o impeachment, tema exclusivo do Poder Legislativo.

OITO ANOS FORA
Se Dilma quiser se candidatar, a Justiça de 1º grau poderá enquadrá-la na Lei Ficha Limpa, que inabilita gestores públicos condenados.

UMA COISA É UMA COISA
O STF não analisará o julgamento, ainda que não se conheça um único ministro que aprove o conchavo para preservar os direitos de Dilma.

DEMISSÃO NA AGU ESTAVA DECIDIDA DESDE JUNHO
Michel Temer decidiu demitir Fábio Medina da Advocacia Geral da União (AGU) em 4 de junho, após bizarrices como a "carteirada" para usar jato da FAB. O presidente mandou Eliseu Padilha (Casa Civil) sondar para o cargo o ex-presidente da OAB Marcos Vinícius Furtado Coelho, que declinou. Como já havia crise de sobra, com a saída dos ex-ministros Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência), ele adiou a demissão para depois do impeachment.

S?" BOLA FORA
Temer também se irritou quando Medina quis ter acesso à Lava Jato, fazendo parecer interesse do governo de "monitorar" as investigações.

PESSOAL É PESSOAL
Furtado Coelho é advogado "pro bono" de Temer, que, ao contrário de Dilma, não quer a AGU fazendo eventual defesa pessoal do presidente.

SUSPEITA NO PLANALTO
Assessores do Planalto acham que Medina tentava checar eventual ligação de ministros à Lava Jato para virar "homem forte" do governo.

POLÍTICOS, NÃO
Articula-se na Câmara a alteração na lei que permitirá a repatriação de dinheiro não declarado no exterior: políticos e ocupantes de cargos públicos serão excluídos dos benefícios da norma.

RUIDOSA CELEBRAÇÃO
O ruído dos manifestantes na praça dos Três Poderes é perfeitamente audível no plenário do Supremo Tribunal Federal. Ao ser empossada a ministra Cármen Lúcia, ouviram-se gritos de alegria e fogos de artifício.

LEITURA OBRIGAT?"RIA
À chegar no Supremo para a posse da ministra Cármen Lúcia, os convidados ?" Lula inclusive ?" foram recebidos com faixas do tipo "Luladrão" ou "Adeus, Lewandowski". Não se viu "Fora Temer".

CONSTRANGIMENTO
Abatido, o ex-presidente Lula estava nitidamente constrangido, na cerimônia de posse da ministra Cármen Lúcia. E parecia procurar um buraco para mergulhar quando o ministro Celso de Mello, em vigoroso discurso, criticou governantes que roubam e/ou deixam roubar.

FRIEZA IMPACTANTE
A decisão da ex-presidente Dilma de sacrificar o cão "Nego", por estar "velho e doente", não deixou indignados apenas os funcionários do Palácio Alvorada. Até nos tribunais superiores a frieza foi impactante.

CALOTE DÁ CONFUSÃO
A Polícia Militar de Alagoas foi acionada nesta segunda (12) para conter funcionários da campanha do candidato de Renan Calheiros a prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PMDB), queixando-se de calote.

TEMER SEM STF
Caso nenhum ministro se aposente antecipadamente, o presidente e constitucionalista Michel Temer não indicará integrante para o Supremo Tribunal Federal. Já o sucessor escolherá em seu mandato os substitutos para Celso de Mello e Marco Aurélio Mello.

BOLA DIVIDIDA
O centrão não está em sintonia com o Palácio do Planalto sobre a Reforma da Previdência. Deputados do grupo prometem endurecer o tom contra a proposta, caso a discussão comece antes das eleições.

RESPONDA RÁPIDO
Quem ficou mais constrangido, na posse da nova presidente do STF: os enrolados na Lava Jato ou os ministros que vão julgá-los?
Herculano
13/09/2016 07:41
CUNHA CAI DO CAVALO SEM TIRAR A MÃO NO COLDRE, por Josias de Souza

Heroi de sua própria ficção, Eduardo Cunha migrou da posição de Durango Kid, uma espécie de cowboy fora da lei da Câmara, para a condição de anão-político. Excluídas as ausências e as abstenções, restaram-lhe míseros 10 aliados. Empurrado pelos votos de 450 deputados, Cunha caiu do cavalo sem tirar a mão do coldre. (aqui, a íntegra da lista de votação) Na sua primeira entrevista como ex-deputado, distribuiu rajadas de insinuações. Levou à alça de mira inclusive o governo. Ao notar o timbre de ameaça, Michel Temer e seus auxiliares reagiram com estrondoso silêncio.

Cunha fez propaganda do livro que planeja escrever sobre os bastidores do impeachment. Anunciou que contará em detalhes as conversas secretas que manteve antes de levar Dilma Rousseff ao cadafalso. Uma repórter quis saber: Quando o senhor abriu o impeachment, conversou com Michel Temer, ele pediu para o senhor abrir? E Cunha, enigmático: "Leia o meu livro que você vai ver."

Além de falar do impeachment, vai expor o que sabe de políticos?, indagou outro entrevistador. "Ao tempo em que eu for me lembrando de qualquer coisa, pode ficar tranquilo que eu falo com vocês", respondeu Cunha, borrifando na atmosfera envenenada a ameaça de sofrer a qualquer momento surtos de indiscrição.

Estalando de pureza moral, Cunha voltou a protelar as suas culpas. "Eu cometi muitos erros, sou um ser humano. Mas não foram os meus erros que levaram à minha cassação. Fui vítima de uma vingança política perpetrada no meio do processo eleitoral."

Sem exibir nenhuma dúvida ético-existencial, Cunha atribuiu a perda do seu mandato a uma aliança que o Planalto, já sob Temer, firmou com o PT e outras forças que apoiavam Dilma para acomodar na presidência da Câmara o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Citou nominalmente seu companheiro de PMDB fluminense Wellington Moreira Fanco, sogro de Maia e um dos mais chegados auxiliares de Temer.

De acordo com Cunha, o Planalto se meteu na disputa pela presidência da Câmara para derrotar o candidato que ele apoiava, Rogério Rosso (PSD-DF), e eleger Rodrigo Maia. Nessa versão, Moreira Franco, tachado de "eminência parda" do governo Temer, teria agido para favorecer o genro. "O sogro do presidente da Casa comandou uma articulação e fez com que fosse feita uma aliança com o PT. A minha cassação estava na pauta. Era óbvio que isso iria acontecer se fosse votado antes da eleição."

Fará delação premiada? "Só faz delação quem é criminoso", desdenhou Cunha. "Eu não sou criminoso, não tenho que fazer delação. Eu vou escrever o livro do impeachment. Vou contar, obviamente, tudo o que aconteceu no impeachment, diálogos com todos os personagens que conversaram. Esses serão tornados públicos na sua integralidade. Todos, todos, todos? Todo mundo que conversou comigo."

Gravou as conversas?, cutucou um repórter. "Não, não. Eu tenho uma boa memória", desconversou Cunha. "Eu não gravo conversa e não compactuo com quem grava conversa."

Sem mandato, Cunha assistirá nos próximos dias à migração dos seus processos do foro privilegiado do STF para a primeira instância da Justiça Federal de Curitiba. Teme o juiz Sérgio Moro? "Não tenho que temer ninguém", disse Cunha, tentando manter a pose. "Eu só temo a Deus", acrescentou. "Eu me sinto inocente. Como inocente, vou me defender. O ônus da prova é de quem acusa."

Acha que vai ser preso? "Não acho nada. A instrução dos meus processos já foi à fase de denúncia [da Procuradpria-Geral da Repúblia]. Eu vou responder, provavelmente em outro foro."

O que pretende fazer agora? "Primeiro, vou procurar uma editora, para ver se consigo ter uma boa renda com o livro", afirmou Cunha, que perdeu o mandato, não o faro para a pecúnia. "Depois, vou pensar no que vou fazer." O livro já estava em seus planos. "Só que, agora, vou escrever mais rápido. Tenho mais tempo."

Por ironia, Dilma Rousseff já informou aos amigos que também escreverá um livro sobre o impeachment. Graças à ajuda de Cunha, ela dispõe, igualmente, de muito tempo livre.
Herculano
13/09/2016 07:39
ENCONDEU O JOGO ATÉ O ÚLTIMO MINUTO. O DEPUTADO FEDERAL ROGÉRIO PENINHA MENDONÇA DO PMDB FOI O ÚNICO PARLAMENTAR CATARINENSE QUE FALTOU A SESSÃO QUE CASSOU O DEPUTADO EDUARDO CUNHA

Todos os outros parlamentares catarinenses se posicionaram pela cassação de Eduardo Cunha envolvido em corrupção, desvio de recursos públicos, caixa dois, lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito. Peninha era sempre dúvida, e várias vezes aqui isto ficou acentuado, apesar dele ter dado indicações de que poderia votar pela cassação de Cunha.

A tática de se abster ou faltar era a que Cunha queria de seus aliados, para eles não ficarem expostos com os seus apoiadores nas bases eleitorais. Ou seja, como todo o político, usar a tática da pouca transparência, de enganar os eleitores analfabetos, ignorantes e desinformados. Não deu certo. Agora, poderá ficar com a marca a qual poderá prejudicar os candidatos a prefeito que ele apoia no Vale do Itajaí.
Herculano
13/09/2016 07:22
A MAIORIA DOS DEPUTADOS FEDERAIS FIZERAM O QUE OS ELEITORES NOS GROTÕES E INCLUSIVE OS DE GASPAR E ILHOTA PEDIAM: CASSARAM EDUARDO CUNHA, PMDB RJ. SO FALTA AGORA EM DOIS DE OUTUBRO OS ELEITORES SEREM COERENTES E NA URNA REALIZAREM A SUA PARTE QUE EXIGIRAM DOS DEPUTADOS.

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo). Texto de Felipe Amorim e Leandro Prazeres, da sucursal de Brasília. A Câmara dos Deputados decidiu nesta segunda-feira (12) cassar o mandato do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de ter mentido ao afirmar que não possuía contas no exterior em depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras no ano passado. Assim, Cunha perde o mandato e fica inelegível por oito anos devido à Lei da Ficha Limpa.

A cassação foi aprovada por 450 votos a favor, 10 contra e 9 abstenções; 470 deputados participaram da sessão, incluindo o presidente da Casa, que só votaria se houvesse empate. Ao deixar o plenário após a votação, Cunha ouviu gritos de "adeus, Cunha" e "fora".
Luiz
13/09/2016 07:19
QUEM PASSA PELO "ELEVADO" A MAGNIFICA OBRA DO PT EM GASPAR, PERCEBE UMA CONTAGEM REGRESSIVA 5-4-3-2-1.
SERÁ OS PREPARATIVOS DE LANÇAMENTO DA ULTIMA VIAGEM DO PT EM GASPAR?
Herculano
13/09/2016 07:15
ABANDONADO, CUNHA SO TEVE 61 DEPUTADOS AO SEU LADO NA RETA FINAL

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Rainier Bragon, Débora Álvares. Laís Alegretti, da sucursal de Brasília, Marina Dias e Mariana Haubert.

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teve o apoio de apenas 61 deputados na votação de sua cassação -10 parlamentares defenderam sua absolvição, 9 se abstiveram e houve 42 ausências.

Entre os que se posicionaram contra a punição ao peemedebista está o líder do governo de Michel Temer na Câmara, André Moura (PSC-SE). Alçado à função devido ao apoio de Cunha, o deputado só foi ao plenário nos últimos minutos da votação e apertou o botão de abstenção.

Outros que se mantiveram ao lado do agora deputado cassado foram os deputados Marco Feliciano (PSC-SP), Carlos Marun (PMDB-MS) e Paulinho da Força (SD-SP), que votaram por sua absolvição, e Jovair Arantes (PTB-GO), que não apareceu na sessão.

O PMDB e os partidos do chamado "centrão" (PSD, PP, PR, PTB e PRB, principalmente), que eram a base de sustentação política de Cunha, o abandonaram na reta final.

No partido de Cunha, 52 da bancada de 66 votaram para cassá-lo, entre eles o líder da bancada, Baleia Rossi (PMDB-SP). No PSD, 33 de 35, entre eles Rogério Rosso (DF), líder da bancada, que teve o apoio do peemedebista na sua candidatura à presidência da Câmara, em julho.

PP (39 de 47) PTB, (13 de 18), PR (33 de 42) e PRB (21 de 22) também votaram majoritariamente pela perda do mandato do peemedebista, entre eles o candidato à Prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (PRB) e o ex-prefeito Paulo Maluf (SP).

O PSDB e o PT votaram em peso pela cassação. Não houve nenhuma ausência nessas duas bancadas, que estão entre as maiores da Câmara. No DEM, houve quase a totalidade contra Cunha. Só Marcos Soares (RJ) se ausentou.

Autores da representação que resultou na cassação de Cunha, PSOL (seis deputados) e Rede (quatro) também votaram em sua integralidade contra o ex-presidente da Câmara, incluindo a candidata à Prefeitura de São Paulo Luiza Erundina (PSOL).
Herculano
12/09/2016 21:54
EDUARDO CUNHA ENFRENTA A SOLIDÃO NO PLENÁRIO, por Severino Motta

Chamou a atenção de aliados e adversários a solidão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no plenário.

Enquanto aguardava o momento de iniciar sua defesa, foram pouquíssimos os que com ele falaram.

Deputados observaram como a política traz reviravoltas. Disseram que, para quem outrora foi o todo poderoso da República, não ter quase ninguém para conversar deixava clara a iminente cassação
Herculano
12/09/2016 21:50
POSSE NO STF MOSTRA QUE A JUSTIÇA MORA LONGE, por Josias de Souza.

A posse de Cármen Lúcia na presidência do Supremo Tribunal Federal foi marcada por um paradoxo. A cerimônia teve como pano de fundo a corrupção, mencionada direta ou indiretamente em todos os discursos. E a plateia estava apinhada de convidados de honra cuja honradez está, por assim dizer, sub judice em inquéritos que correm no próprio Supremo.

Ao discursar, Cármen Lúcia inovou. Rendeu homenagens às autoridades presentes, como de praxe. Entretanto, antes de se dirigir ao presidente Michel Temer e a um interminável rol de figurões, a ministra cumprimentou o grande ausente do plenário: "o cidadão brasileiro", autoridade máxima da República. Para ela, quem merece a primeira deferência é "Sua Excelência, o povo".

Na posse de uma personagem como Cármen Lúcia, foi reconfortante perceber que o Supremo não está alheio ao papel central que exerce no combate à corrupção. Hoje, não se fala em outra coisa no país. A roubalheira é tema de todas as rodinhas de conversa. Impossível mudar de assunto. Pode-se, no máximo, mudar de corrupto.

Autora do discurso mais ameno da tarde, Cármen Lúcia disse que o Supremo "não deixará ao desalento o direito e a ética." Dono da fala mais enfática, o decano Celso de Mello atacou as "organizações criminosas" que infestam o Estado, condenou a ''delinquência governamental'', execrou os ''marginais da República''.

''A corrupção é o cupim da República", disse Celso de Mello. "República suja pela corrupção impune tomba nas mãos de demagogos, que, a pretexto de salvá-la, a tiranizam." Falando em nome de toda a Corte, o ministro evocou Ulysses Guimarães: "Não roubar, não deixar roubar, pôr na cadeia quem roube, eis o primeiro mandamento da moral pública'', disse.

Na sua vez de discursar, o procurador-geral da República Rodrigo Janot fez menção explícita à Lava Jato. Tinha do seu lado o presidente do Senado, denunciado ou réu em nove inquéritos que correm no Supremo, oito dos quais relacionados à Lava Jato. Defronte do chefe do Ministério Público, na primeira fila de cadeiras, o ex-presidente Lula, indiciado pela Polícia Federal no Paraná e mandado ao banco dos réus pela Justiça Federal de Brasília.

Espalhados pelo plenário do STF, havia outros protagonistas de processos e personagens de delações. Entre eles o tucano Aécio Neves, o ex-ministro Edison Lobão e o ex-tudo José Sarney. A presença de tantos investigados potencializou a sensação de que, no Brasil, o crime é perto. Mas a Justiça continua morando muito longe.

No comando do Supremo, o desafio de Cármen Lúcia é grande, muito grande, enorme. Cabe à Corte processare julgar os suspeitos que dispõem de mandatos eletivos. Por sorte, a ministra assume num instante em que não há vestígio de aumento da taxa de corrupção no Brasil. Continua nos mesmos 100%.
Herculano
12/09/2016 21:47
O TOM. O JURISDICIONADO NO CENTRO DO PROCVESSO. O CIDADÃO NA BUSCA DA CIDADANIA

A ministra Carmem Lúcia quebrou o protocolo e começou seu discurso de posse como presidente do Supremo Tribunal Federal, esta tarde, em Brasília. Primeiro dirigiu-se aos cidadãos brasileiros, a quem chamou de "autoridade suprema sobre todos nós, servidores públicos". De acordo com a regra protocolar, a presidente deveria se dirigir aos integrantes da mesa de convidados, entre eles, o presidente Michel Temer e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado
Copiando Programa de Governo
12/09/2016 20:40
Herculano!

A candidata Andreia está fazendo o maior sucesso com a sua campanha, digamos assim bem franciscana, com poucos recursos e muita criatividade, diga-se de passagem.
Primeiro foi o PMDB que copiou com o seu bicikletaço no Belchior, pra mim não passou de uma bicikletinha. Agora o que me chamou mais a atenção foi o governo municipal do PT copiar do plano de governo de Andreia o tal do "Remédio em casa" que começa na próxima segunda feira, plágio puro, uma vergonha. Peço aos eleitores Gasparenses para que não votem nestes candidatos, se fazem isso durante a campanha, imagina o que poderão fazer se eleitos forem. Votem na candidata "VERDADEIRA" e não nos candidatos "FALSOS". Vão ter um pouco de vergonha na cara, seus falsos. Analise bem eleitor Gasparense, não se deixe enganar.
ADILSON LUIS SCHMITT
12/09/2016 20:04
GASPAR, CIDADE CORAÇÃO DO VALE NECESSITA E MERECE RESPEITO!!!

Setembro florido, primavera a caminho. Vivemos a plena época eleitoral. Devagar quase parando, recursos controlados, regras legais em observação. O quadro permanece em estado de estudos e a procura de eventos criativos para convencer o eleitor. Eleitor desconfiado, descontente e a procura de candidato com compromissos com a cidade e sua comunidade.

Gaspar busca entre os quatro nomes apresentados um que irá governar e gerenciar. Gaspar cidade cidadã, respeitadora dos seus filhos, preocupada em bem receber seus irmãos que aqui buscam oportunidades.

Dentre os quatro nomes, temos pessoas que fazem parte da história da cidade, com suas famílias de há muito comprometidas com a cidade e suas belezas. Podemos não concordar com as costumeiras plataformas políticas, mas devemos respeitar a participação no curso dos anos de histórica vida da cidade. Gaspar abraça os seus tais como uma grande família. Dizer que os nomes não têm raízes é puro exercício de desprezo.

Já tivemos durante o período de cidade emancipada Prefeitos que procuraram, cada qual respeitando seus objetivos, alcançar os sucessos e evitar os fracassos. Nem sempre os que mais realizaram grandes obras, conseguiram eleger seus sucessores. Muitos tiveram que conviver com promessas não possíveis de realização.
Semana passada como cidadão gasparense, abrimos nossa opinião eleitoral. Resultaram em opiniões as mais diversas. Como Democrata que somos respeitamos todas, pois vivemos numa DEMOCRACIA. Podemos e devemos concordar e não concordar, ACEITAR E OU NÃO ACEITAR.

A mais terrível década de desmandos está se esvaindo. Enquanto procuraram só denegrir os seus desafetos a corrupção explodiu, modo de operação, esqueceram de criar as condições de uma Governabilidade decente. O resultado está na mídia. A posição firme de um cidadão não era de interesse desta organização que conseguiu destroçar as finanças, criar o desemprego, gerar a intranquilidade e piorar o social. Rotular criminosamente pessoas de bem, com posições ficha limpa, incomoda esta quadrilha que tomou conta do poder, destruiu sonhos e queimou esperanças.

Querem governar Gaspar procurem respeitar as pessoas de bem desta cidade, simplificar as ações, planejar a cidade, dar a devida mobilidade, preparar para conviver com as surpresas do dia a dia. Como Ex-Prefeito podemos e devemos comunicar nossa opinião. Preocupados devem ficar quem está a mentir e agredir todo o tempo. A mentira e a calunia um dia serão desmascaradas.

Gaspar e seus eleitores devem analisar e votar nos melhores e mais eficazes. Papagaiadas são as armas dos que estão e irão enfrentar as leis. Para finalizar cada eleitor e eleitora gasparense, deve escolher um candidato a Vereador e um a Prefeito. Pois dia 02 de outubro está se aproximando!!!!

Adilson Luís Schmitt
Ex-Prefeito de Gaspar
Herculano
12/09/2016 17:52
da série: faltou incluir o tal presidenta, que por motivo político ou ultrapassado, ou incorporado ao besteirol, já se tornou passado, mesmo que ninguém chame ninguém de estudanta...

A ÚLTIMA PALAVRA, por Ruy Castro, para o jornal Folha de S. Paulo

Com os jornais (não a Folha), rádios e TVs endossando a cada minuto a asneira de chamar a Paraolimpíada de Paralimpíada, será inevitável que, em suas próximas edições, os aurélios e houaisses oficializem essa agressão à língua. A internet, por exemplo, já decretou que o certo é o errado - se você digitar "Paraolimpíadas" no Google, ele sublinhará a palavra de vermelho e dirá que você está procurando por "Paralimpíadas".

Sérgio Rodrigues, em seu magnífico livro "Viva a Língua Portuguesa!", recém-lançado, discute esse e outros problemas envolvendo nossa atual maneira de falar e escrever - erros que estão virando "acertos" pelo poder da mídia, acertos que estão sendo transformados em erros pela atuação das patrulhas e os modismos sem causa que, de repente, contaminam até os mais conscientes. Importante: seu livro não tem nem sombra do mau humor típico dos puristas do passado, nem prega o liberou-geral que hoje tentam nos impor.

Como se fala? "Andáime" ou "andãime"? "Gratúito" ou "gratuíto"? "Ióga" ou "yôga"? "Vende-se casas ou vendem-se casas"? "Incluso" ou "incluído"? Falando em "mídia", uma importação anglófila, não seria melhor trocá-la por "meios de comunicação de massa"? (Não!) E o "risco de morte", que está substituindo o corretíssimo "risco de vida"? E as expressões saídas do nada e que flanam por aí com a maior naturalidade, como "melhor idade", "por conta de" e "obrigado eu"?

Sérgio discute a emergência de palavras como avatar, disruptivo, escopo, gentrificação, proativo, randômico e outras que, até há pouco, podíamos passar sem. E um capítulo delicioso é o que explica a origem de "acabar em pizza", "pé na jaca", "lavagem de dinheiro" e "mensalão".

A língua, para ele, respira melhor quando nada é imposto ou proibido, e os falantes têm a última palavra.
Herculano
12/09/2016 17:48
O DISCURSO DE POSSE DA PRESIDENTE DE CARMEN LÚCIA, NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

Ele deveria ser lido por políticos e candidatos. O cidadão é o senhor para quem o servidor deve prestar serviços e contas. Este foi o resumo.
Herculano
12/09/2016 17:43
QUEM DIZ QUE NÃO EXISTE PREGAÇÃO SOCIALISTA NAS ESCOLAS MENTE OU É DESINFORMADO, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, para o jornal Folha de S. Paulo

Quem disser que não existe pregação política socialista ou afins nas escolas e nas universidades mente ou é, simplesmente, desinformado. Chega-se ao cúmulo do ridículo quando se nega isso em público. Só se repete essa mentira em público porque a maior parte da audiência ?"feita de professores, alunos e gente "do ramo"?" concorda com a pregação petista.

Já disse isso aqui, mas, como num mundo ruidoso como o nosso sempre precisamos repetir o óbvio, vamos lá: quase todo professor de humanas prega descaradamente em sala de aula a cartilha marxista, requentada ou não. E, assim, formará outros professores, artistas, cineastas, profissionais de TV e rádio, publicitários, advogados, jornalistas, enfim, um monte de gente que será massa de manobra de partidos como o PT e PSOL.

Entretanto, não sou a favor de uma lei que crie espaço para ainda mais censura na sala de aula. Por outro lado, se pais, professores menos alienados na cartilha marxista e alunos menos manipulados por essa cartilha não botarem a boca no trombone, continuaremos a ter a reprodução infinita de esquemas de "bullying" intelectual e institucional contra professores e alunos que se distanciarem desse quadro de "comissários petistas do povo".

Nesta semana recebi de uma leitora uma foto de uma lousa numa sala de aula de uma dessas escolas caras da zona oeste de São Paulo, que prima por ser a mais rica da cidade e com mais gente 'mimimi', na qual o professor ou professora pedia um trabalho cujo tema era "Fora Temer, golpista" (sei qual é a escola, mas não vou dar o nome dela aqui para poupá-la da saia justa).

A foto foi tirada por uma aluna, como é de hábito hoje em dia fazer quando o professor escreve algo na lousa, em vez de copiar no caderno. A intenção da atividade didática era levar os alunos a pesquisar e refletir sobre o "golpe" e as formas de enfrentamento dele.

"Et voilà", diriam os franceses quando mostram algo óbvio. Poderíamos acrescentar que, na pós-graduação, professores dedicam parte de suas aulas para falar mal de vídeos e textos de colegas que criticam seu "ópio" mais amado: o caminho da roça conhecido como crença marxista.

Mas, como toda gente militante acaba por ficar meio "tosca", ao fazer isso eles provam a tese de quem os acusa de pregar o "ópio do intelectuais" em sala de aula.

Sobre isso, aliás, indicaria o grande clássico recém lançado no Brasil pelo selo Três Estrelas, "O ?"pio dos Intelectuais" do filósofo e sociólogo francês Raymond Aron (1905 - 1983). O livro foi lançado nos anos 1950 e de lá para cá nada mudou: os intelectuais e associados continuam a viver dos mesmos mitos políticos do socialismo.

E nada vai mudar se você não se mexer (claro, se você não for um dos integrantes da seita retrógrada): seus filhos serão petistas e dirão que, sim, "podemos roubar e calar a boca dos outros, em nome da revolução". A ideia de uma lei contra a escola com partido não vai adiantar nada, vai apenas criar condições para os "pastores do ópio dos intelectuais" continuarem sua pregação, com a cara mais lavada do planeta. Usarão de recursos retóricos do tipo "queremos apenas formar alunos críticos", ou a "direita quer censurar o pensamento na sala de aula". Risadas? Esse papinho só cola para os ouvidos mal informados.

Já existe censura na sala de aula. Recebo continuamente e-mails de professores e alunos em papos de aranha porque não rezam na cartilha dos "pastores do ópio dos intelectuais".

Em escolas como a daquela lousa petista, mesmo se os alunos quiserem convidar os professores ou intelectuais que não rezam na cartilha do "ópio dos intelectuais", terão sua iniciativa negada.

Isso acontece da forma mais descarada que você pode imaginar. Portanto, não acredite quando ouvir muitos desses intelectuais ou professores (não são todos, mas, sim, são a maioria) dizerem que são a favor do "diálogo" ou do "debate". É uma piada. Não existe diálogo ou debate na universidade ou na escola. É mais fácil você achar diálogo e debate numa igreja evangélica. Juro por Deus! Aleluia, irmãos!

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