14/07/2017
O ESPERNEIO DA CATURANI I
A Viação do Vale veio aqui e desde 2002 (administração de Pedro Celso Zuchi, PT) até no ano passado, terceiro mandato de Zuchi, explorou o transporte coletivo urbano de forma irregular. Por esperteza, ficou até quase o final do contrato. Agora, está pedindo uma indenização milionária por eventuais prejuízos contratuais (menos passageiros do que o previsto). A Caturani, ganhou um contrato precário emergencial para substituir a Viação do Vale e assim não parar o sistema. Jogo jogado. Até baixou o preço da passagem, para assim impedir que outros se aventurassem na concorrência. Uma carta falsa e que usa para pedir vantagens ao município. Carta que fez a administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, propagandear este ganho à cidade e se sair bem na foto como “negociador”.
O ESPERNEIO DA CATURANI II
Agora, a Caturani está esperneando. Começou cedo demais. Ela está falando em prejuízos e seu advogado, o criminalista Benjamim Coelho, de Blumenau, chegou até a ocupar a Tribuna Livre da Câmara, sob o silêncio de quase todos, para denunciar o tal decreto 1.603/2006 (leia na íntegra, abaixo, na área de comentários desta coluna) Segundo Benjamim, esse decreto favorece à concorrência desleal para a Verde Vale contra o seu cliente; provoca o colapso na rentabilidade do sistema. E como em Gaspar faltam líderes, políticos e administradores com capacidade, o caso foi parar, mais uma vez, no Ministério Público. Esse decreto foi feito no governo do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt (ex-PMDB, PSB e PPS). Foi um bafafá danado na época. Reuniões, pressões e audiência pública para se chegar até a redação dele. A ex-vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB, pode até explicar hoje o porque achava esse decreto prejudicial ao seu povo do Santa Terezinha e um favor a Viação do Vale. Só desgastes.
O ESPERNEIO DA CATURANI III
O decreto foi feito exatamente para impedir que a Verde Vale, por esperteza, concorresse em horário e itinerários, com o transporte urbano de Gaspar feito pela então Viação do Vale. Isso foi na época do procurador geral, Aurélio Marcos de Souza. Tinha o objetivo de proteger à exploração da Viação do Vale (mesmo ela irregular). Arrumou-se uma briga com a Verde Vale, a local de tantos anos. O decreto não só vigorou em parte do governo de Adilson, como integralmente nos dois seguidos novos mandatos do próprio petista Zuchi, ferrenho opositor de Adilson e Aurélio Marcos. Alguém acha que Zuchi e sua turma não teriam derrubado o tal decreto se ele não favorecesse quem explorava o sistema urbano de transporte coletivo de Gaspar? Agora, o decreto não serve? E o PMDB envolvido novamente? O que está claro? É que não há fiscalização municipal, muito menos pelo estado com Deter, o que regulamenta no estado o transporte intermunicipal feito pela Verde Vale. Não há punições. Abolir o tal decreto neste momento, como quer a Caturani, pode simplesmente retirar o marco regulatório mínimo e facilitar ainda mais à suposta deslealdade concorrencial alegada pela Caturani. O que realmente querem a Caturani e o seu advogado? A administração de Kleber capturada? Uma desculpa e uma suposta saída honrosa para um barco furado que entraram? Ai, ai, ai!
O ESPERNEIO DA CATURANI IV
Quando a Caturani – que não possui experiência neste assunto - veio a Gaspar não estudou o mercado, à concorrência e à legislação? Quanto realmente se transportava em cada linha? Quais as vulnerabilidades do sistema? Baseada em que estudo baixou o preço da passagem? Onde estão as planilhas e memórias de cálculos que assentam à decisão tomada à época para vir e fixar preço? Impulso? Só agora descobriram a exorbitante retirada de 30% do faturamento? É exagerado para ser verdade. O assunto é delicado, até porque um empresário não deve arcar com prejuízo do serviço que presta ao setor público, à sociedade. Prejuízo quebra. O lucro deve ser a sua premissa de sobrevivência e competição, todavia, ele deve saber fazer isso. Se lhe falta competência para o primário, faltará para cumprir o resultado que prometeu. E Kleber que abra o olho: o reconhecimento de disfunção econômica do tal decreto 1603 como quer a Caturani é a prova que a Viação do Vale quer para dar razão aos milhões de Reais que ela quer dos pesados impostos dos gasparenses. Não é possível admitir que isso estava armado por onze anos para um particular ganhar numa exploração que não cumpriu a licitação. Acorda, Gaspar!
LAÇOS DE FAMÍLIA
Nilberto Wan Dall, com a namorada Natália Soares, na posse do irmão, o prefeito Kleber Edson Wan Dall. Agora ela é rainha do 22º Festinver.
Ilhota em chamas I. A portaria 171 do prefeito, Érico de Oliveira, PMDB, destituiu o vice-prefeito, Joel José Oliveira, PP, e empresário do ramo imobiliário, da função acumulativa que tinha desde o início do governo, de assessor do Planejamento. Então tinha razão a coluna, mais uma vez?
Ilhota em chamas II. Depois do ex-prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, ter passado alguns dias na cadeia em função das confusões no setor imobiliário da cidade e o atual estar em situação semelhante, o prefeito Érico resolveu não insistir nesse erro com o seu próprio vice. Nomeou para o seu lugar Carlos Eduardo Schmitt, hoje no cargo de fiscal de tributos.
Manchete do espanto e da propaganda enganosa: “Zerou a fila de espera para cirurgia eletiva pediátrica em Gaspar” O anuncio é da prefeitura de Gaspar em “press release” maroto.
Desde 2015, 68 crianças aguardavam na fila, não para serem operadas, mas para confirmar se precisam de cirurgia, pois essas operações são eletivas, ou seja, não são urgentes ou emergenciais. Ou seja, as crianças saíram de uma fila e entraram n’outra.
O próprio “press release” esclarece: “doze conseguiram o laudo para a cirurgia. Outras 56 aguardavam por respostas. Agora, elas passarão por outros exames e consultas que indicarão a necessidade ou não de procedimentos cirúrgicos”.
Resumindo: a fila só terminará quando todas as crianças forem operadas. Nem mais, nem menos.
Samae inundado. Depois de seis meses com sucessivas falhas operacionais e de manutenção, o presidente do Samae de Gaspar, o mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP, dispensou Alfredo Soares, que ficará à disposição da secretaria de Saúde. Tudo a ver. O funcionamento é precário.
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