13/09/2017
Isso vai dar o que falar, inclusive em Gaspar. O Ministério Público, o que cuida da Moralidade Pública na Comarca, acaba de instaurar o inquérito civil para apurar o “possível acúmulo de funções públicas com incompatibilidades de horários por servidor em Ilhota e que exerce o cargo eletivo de vereador”
E lá, dos nove vereadores, três estão nesta situação. Uma proporção fora da conta. Isto pode revelar outro problema: o uso da máquina pública para pescar votos.
Primeiro, não há legislação que impeça um funcionário público dele ser político eleito e exercer ao mesmo tempo, o cargo eletivo. Segundo, o que não se admite, entretanto, é que um funcionário público, ao invés de cumprir a sua jornada de trabalho nor
mal, ausente-se dela, sem qualquer desconto, prejudicando a repartição pública e os cidadãos a quem serve, e ao mesmo tempo sem prejuízo algum ao seu holerite, e exerça o cargo eletivo, onde também é remunerado pelos pagadores de pesados impostos.
Em Ilhota, a Câmara a sessão é a noite (diferente da de Gaspar que é uma vez por semana à tarde), ou seja, a princípio não haveria problemas. Todavia, o prefeito fez do Legislativo um braço de necessidades. Por isso, há sessões extraordinárias durante o dia e reuniões preparatórias, ou das comissões – a qualquer dia e horário - para se resolver tudo a toque de caixa. Dessa forma, elas tomam os horários dos vereadores que deviam estar dando expediente na prefeitura.
Eu aqui mesmo já noticiei isso e publiquei fotos de carros da prefeitura de Ilhota e dirigidos por agentes públicos estacionados por horas na Câmara, quando deviam estar a serviço do executivo. Terça-feira é um dia onde todos passam a maior parte do tempo na Câmara. Há registros, testemunhas e provas robustas quanto a isso.
O caso atinge mais diretamente o presidente da Câmara, Francisco Domingos, o Chico Caroço, PMDB. Ele é motorista da secretaria de Saúde de Ilhota. Estão no bololô, por consequência, Almir Aníbal de Souza, PMDB, que é contador da prefeitura de Ilhota e Juarez Antônio da Cunha, PSD, que também é motorista da prefeitura.
Em Gaspar, esse assunto já foi tema quente. A oposição apresentou um projeto para impedir o vereador de ser secretário, presidente de autarquia ou coisa assemelhada. Foi votado para ser vereador, deve exercer a função. Para isso, buscou votos. A situação se incomodou, pois esta é uma forma de ajeitamentos e trocas, como acontece com José Hilário Melato, PP, o mais longevo deles e que está no Samae.
Mas, é do Samae que está, por enquanto, um dos mais ativos vereadores da dita oposição Cícero Giovane Amaro, PSD. Para participar das sessões e até outras atividades, ele precisa de ausentar da autarquia. E ele já recebeu da tribuna o recado de Francisco Solano Anhaia, PMDB. Se Cícero insistir numa coisa, o PMDB vai insistir na outra. É o jogo.
Mais resolvida, quando decidiu ser a única a fazer frente ao PT e ao poder de plantão do governo de Pedro Celso Zuchi, a ex-vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, pediu licença da escola. Ficou só na vereança. Decidiu honrar os votos e os eleitores. Não puderam chantageá-la ou regatear dela, coisa alguma.
O vereador Cícero Giovane Amaro, PSD, é funcionário público do Samae de Gaspar. Então ele entende desse assunto melhor do que eu. E também é capaz de entender a minha indignação e de muitas outras pessoas por aqui sobre este desleixo não apenas do atual governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, mas principalmente dos que o antecederam, como Pedro Celso Zuchi, PT e até mesmo Adilson Luiz Schmitt (PMDB, PSB, PP e sem partido). O Samae de Gaspar possui uma estrutura, incluindo comissionados, para cuidar do esgoto da cidade, mas aqui, não se coleta e o que diz coletar; se se “coleta”, não trata um mililitro de esgoto. Ponto final. O resto é discussão para boi dormir.
Numa das sessões da Câmara de Gaspar, Cícero questionou o governo do qual é oposição, o que estava sendo feito com o esgoto da recente área reurbanizada da localidade da Marinha e parte do Bela Vista. A conclusão dele, e de quem passa por lá, é a mais óbvia possível: tudo está indo para o Rio Itajaí Açú, poluindo, agravando e onerando ainda mais a captação para o tratamento de água potável.
Projeto até existe naquela área de uma estação de tratamento de esgotos. O problema de verdade, é fazê-lo funcionar.
Também há outros projetos como o do Santa Terezinha, Coloninha e Centro cujo estação de tratamento ficaria lá na Margem Esquerda. Se alguma coisa foi feita, com dinheiro público, foi o de coletar e encanar o esgoto na rede pluvial, do Santa Terezinha e que vai dar no Rio Itajaí Açú. Isso já deu o que falar e tentaram colocar a culpa em quem executou o projeto feito nas coxas por burcoratas e gente atrás de verbas públicas. Vergonha.
Recentemente, a Câmara, aprovou a toque de caixa, o Plano de Saneamento de Gaspar. Discursos bonitos. E para que? Para o município ter “acesso” a R$36 milhões, os quais prioritariamente, seriam para o sistema de esgotos. Essa gente, parece que não está no Brasil ou está lendo, ouvindo e vendo o noticiário. O Brasil está quebrado e está privatizando tudo para pelo menos para área de infraestrutura funcionar.
Não nego, que Gaspar pode ter a sorte grande, mas do jeito que está, sobrará apenas papelinhos, assinaturas, palanques armados, discursos e entrevistas às vésperas das eleições. Ou todos nós já não vimos esse filme? Vamos assisti-lo de novo? Os políticos querem arriscar-se na exposição e no desmascaramento? Então...
Gaspar, se realmente tivesse um governo que funcionasse, e o presidente do Samae, o mais longevo dos vereadores José Hilário Melato, PP, fosse um executivo de verdade como apregoa por aí, estaria modelando a privatização dessa área na sua autarquia, para resolver um problema grave, inclusive de saúde pública e onde não há dinheiro aqui, em Florianópolis e Brasília, nem garantias reais para um empréstimo internacional, num jogo arriscado.
Blumenau privatizou o serviço de implantação, coleta e tratamento de esgotos, na época de João Paulo Kleinubing, PSD, contra toda a sorte de questionamentos da esquerda do atraso e liderada pelo PT de Décio Neri e Ana Paula Lima. Havia uma disputa de verbas públicas, que tinham padrinhos, mas nunca chegavam naquela cidade. E hoje se sabe bem a razão disso!
O projeto prosseguiu com Napoleão Bernardes, PSDB, sob tempestades dos ajustamentos, questionamentos certos e sacanas, e onde, recentemente, abriu-se feridas incontornáveis na relação entre o privado, o público e o financiamento de campanha.
Entretanto, Blumenau, saiu de zero e em oito anos de privatização da implantação, coleta e tratamento de esgotos, possui, hoje, uma cobertura de 42% e promete em mais dez anos ter 90%. O Samae de lá ficou só com o lixo e a água tratada, o que é demais, lucrativa, gera um cabide enorme para os amigos e muitas desconfianças do Ministério Público e do Observatório Social. Quantas décadas a mais Gaspar vai esperar por verbas de Brasília para o seu esgoto e que estão escassas para tudo? Acorda, Gaspar!
As contas de 2015 do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foram aprovadas na Câmara de Gaspar, por unanimidade. A recomendação havia sido feita pelo Tribunal de Contas do Estado.
Sabe quanto vai custar a reforma da cobertura e feitura muro de contenção do CDI Tia Maria Elisa? R$ 231.088,72 e será feita pela Di Fatto Indústria e Comércio.
A nova licitação para os pardais em Gaspar já tem data: dia 22 de setembro. Até lá e mais tempo para controvérsias jurídicas e implantação, com boa sorte, tudo voltará em dezembro. Resta saber se desta vez terá comissionamento de servidor.
A AC Kar Transporte de Cargas e Descargas vai continuar com a concessão para execução de serviços públicos de remoção por guincho, depósito e guarda de veículos, decorrentes de infrações de trânsito em Gaspar. O primeiro aditivo acaba de ser pactuado neste sentido com a prefeitura.
O novo endereço do Caps - Centro de Atendimento Psicossocial -, na rua São Pedro, no Centro, vai custar R$ 57.600,00 em aluguel por ano. O dono do imóvel é Celso Nicoletti.
Escolhas. Se um empresário fecha a sua empresa porque não dá conta do recado e enfrentar o mercado inóspito, se pendura os impostos porque alavancou erroneamente o seu negócio, pode ele ser um gestor de entidade que depende de filantropia? Antes para buscar doações dos outros é preciso ter credibilidade, sob todos os aspectos. Ai, ai, ai.
A Câmara de Gaspar vai gastar R$4 mil para “melhorar” a sua imagem. Ela vai fazer um filmete para dourar a pílula. Agora, acabar com as férias de mais de 45 dias por ano dos vereadores e realizar sessões à noite, até o momento, nada.
É verdade que os caminhões acima de 10 toneladas não devem mais passar na ponte Hercílio Deecke? A Ditran de Gaspar não enxerga ou está sacaneando a secretaria de Planejamento e desmoralizando o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB.
Um vídeo de um morador da redondeza, mostra com clareza o descaso. Ele bomba nas redes sociais e whatsapp. E depois a prefeitura diz que a imprensa não lhe ajuda. Falta liderança, prioridade, calendário e comando. Acorda, Gaspar!
O triste enlace da religião, seita, fé e política. As vezes a Câmara de Gaspar parece um templo e os seus protagonistas, pastores. Todos precisam do mesmo público para sobreviverem.
Em Gaspar, o desperdício do dinheiro público é notório. Falta fiscalização mais sistematizada dos cidadãos, os pagadores desses desperdícios, nada mais. Há um exemplo na rua chamada Antônio Francisco de Carvalho, no Gaspar Grande.
Ela, em 2008 recebeu a doação do morador lindeiro, Reinaldo Isensee, 70 tubos. E no acordo, a prefeitura então fez a drenagem dela, a dupla camada, a armação de tela e fez a pavimentação....
Essa rua é onde mora a mãe da líder comunitária e ex-vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB. O que aconteceu agora? A prefeitura está “fazendo” novamente a pavimentação desta mesma rua. E para isso, retirou a tubulação anterior, quebraram e por certo gastaram o que já havia sei gasto anteriormente.
Tudo no improviso. Meteram as máquinas. Detalhe, como fizeram a coisa
sem que tivesse sido batido o nível, tudo no olho, baixou-se a antiga tubulação. E com isso ela vai assorear, informam os entendidos. E o que vai acontecer? A necessidade de se limpar a tubulação duas vezes por ano, se não quiser sofrer com as futuras inundações.
Ilhota em chamas II. Não deu certo. A licitação 001/2017, na modalidade Pregão Presencial n° 01/2017- Ilhotaprev, Instituto de Previdência de Ilhota, tipo menor preço, foi anulada.
Ilhota em chamas III. Só dia 18 de setembro. O assessor de Planejamento, Carlos Eduardo Schmitt, convocou os integrantes do recém-criado Conselho da Cidade de Ilhota para a reunião extraordinária na Prefeitura.
Ilhota em chamas IV. E para que? Para deliberar do Regime Interno do Conselho da Cidade. Ou seja, primeiro ele não existia. E agora existe, mas ainda é decorativo. E o prefeito Érico de Oliveira, PMDB, só se mexeu, depois que o ministério Público colocou o dedo na esbórnia da indústria dos loteamentos e a contrariedade das aprovações urbanísticas exigidas pelo Estatuto das Cidades
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