14/11/2016
MAIS CEDO
Leitores e leitoras da coluna reclamam. Segundo as observações, eu afirmo e chamo as colunas para a terça-feira e sexta-feira. E eles são surpreendidos com a antecipação delas. Então esclareço. Primeiro, a minha obrigação é com a terça e a sexta. Segundo, como se trata de internet – ou seja a instantaneidade - e elas estando prontas, não vejo razão para segurá-las, principalmente a de terça-feira que só estará disponível na internet. Isso premia o leitor assíduo ou o fiel. Ao final, esse é o recado: aqui você pode ter a qualquer momento novidades, esta é a razão de ser do virtual. Ele não possui horários para acontecer, mas urgência para compartilhar a novidade.
O OURO DOS TOLOS I
O ouro dos tolos é a pirita (dissulfeto de ferro), que, na verdade, só tem aparência de ouro. Seu valor é apenas uma fração do valor desse metal precioso. Explicado, então vamos adiante. Estou acometido de preguiça. As colunas se acumulam de tanto assunto que Gaspar e Ilhota produzem, mas a imprensa – na maioria das vezes até por falta de estrutura e espaço, reconheço, não apenas por interesses e desinteresses - passa ao largo. Se o mundo parasse por aqui, ainda assim, eu teria um mês de trabalho de adianto para os leitores e leitoras e com coisas “novas”, simplesmente porque a mídia tradicional daqui resolve ignorá-las. Sorte de uns que jogam com esse “esquecimento”. Azar de outros, quando resolvo relembrar o factual e o óbvio. Então, vamos a mais uma participação dos leitores, que fazem da coluna líder de acessos e credibilidade no portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais acessado e o mais atualizado. Tentaram imitar. Não conseguiram.
O OURO DOS TOLOS II
Voltando ao que interessa. Na terça-feira da semana passada, em duas notas despretensiosas com o títulos, “Mais loteamentos”, mostrei como a administração petista de Pedro Celso Zuchi faz as coisas pela metade e depois é obrigada à remendá-las. Zuchi ampliou o perímetro urbano de Gaspar em 2015. Entretanto, não regularizou à ocupação do solo e assim permitir o loteamento urbano, com medidas menores nessas novas áreas. Ele está fazendo isso só agora, um ano depois, via um “novo” Projeto de Lei. A matéria terá audiência pública nesta quinta-feira, no meio da tarde, na Câmara para por “tudo regular e cumprir uma exigência da Lei maior”. E o horário dessa discussão pública e que interessa a um monte de gente? Exatamente quando a população que ainda está empregada, estará cuidando do emprego ou dos negócios. E a mídia está silenciosa, apesar deste assunto já ter sido abordado aqui, tanto que resultou em comentários a seguir, dos leitores.
O OURO DOS TOLOS III
Na quarta-feira da semana passada, logo cedo, iniciou-se uma série de quatro comentários sucessivos. O primeiro foi de quem se diz se chamar Mário. “Herculano, não sei se irá publicar esse texto, mas quero expor minha opinião: mal aprovada a lei 56/2016 que afrouxará as construção de loteamentos, o Secretário Bigodudo do Planejamento vai aprovar todos os projetos de loteamentos que estão parados, sem se preocupar com a infraestrutura mínima, com vagas em creches, escolas e no atendimentos nos postos de saúde. Vão deixar o abacaxi para o próximo prefeito descascar. Cabe ao Ministério Público fiscalizar, pois não adianta criar novos loteamentos sem ter estrutura para atender a população. Aliás, se existisse algum vereador um pouco mais preocupado com a população já teria feito algum Projeto de Lei que obrigasse os loteadores a ajudar na ampliação da creches, escolas e postos de saúde.”
O OURO DOS TOLOS IV
Não respondi o leitor, mas observo agora para que a minha preguiça não seja total. 1) Por que eu não publicaria um texto tão sigelo? Não entendi! Você deve estar me confundindo com outra pessoa. 2) A observação é esclarecedora. Primeiro. O que está na Câmara é um PL –que se aprovada vai se transformar numa lei - e não uma Lei como você afirma. E se está lá, qual o esperneio do leitor? Há uma audiência pública na quinta-feira. Na Câmara, e principalmente na audiência pública, se for o caso, é o fórum e a oportunidade para se iniciarem o barramento da sanha do “Bigodudo”, o secretário de todas as secretarias do PT de Gaspar – desde 2000 - e de Zuchi, Soly Waltrick Antunes Filho. Então leitor Mário, vá lá. Inscreva-se na audiência pública. Exerça o seu direito. Mande brasa naquilo que me reclama. Dê valor à sua própria cidadania Ou quer que eu lhe represente? Afinal quem é o seu vereador que lhe está traindo ou é omisso? O que ele fará por você e por todos que pensam como você? Zuchi é culpado? É, mas ele trama e só faz o que deixam ele fazer. 3) Você pede a fiscalização do Ministério Público? Até pode ser. Entretanto, quem deve fiscalizar essa matéria administrativa são os vereadores. Eles foram eleitos para isso, não o Ministério Público. Se assim for, vamos economizar com a cara estrutura do Câmara e os inoperantes vereadores. Colocamos os promotores para resolverem os nossos problemas comunitários.
O OURO DOS TOLOS V
4) “Vão deixar o abacaxi para a próxima administração descascar” – a de Kleber Edson Wan Dall, PMDB?, você acentua. Eu lhe respondo: Uma ova! Você e muitos outros estão me tratando como um tolo e os leitores da coluna como beócios. Vamos fazer uma conta rápida: o PT, que quer fazer urgência e que quer que todos engulam esta matéria no final do ano, como sempre foi manhoso nisso em outros finais de ano, possui apenas quatro vereadores e votos em 13 possíveis. Ou seja, o PT sozinho não aprova nada. Certo? Nem barulho faz direito. Resumindo: esta matéria só será aprovada com o voto do mais longevo e experimentado vereador José Hilário Melato, PP, exatamente o que está na coligação do novo prefeito eleito, e com os dois votos do que formaram o PT 2 disfarçado nas eleições de outubro, o PSB de Giovânio Borges (presidente) e o de Marcelo de Souza Brick, PSD, ex-presidente da Casa. Eles devem favores ao PT por tudo que aconteceu com eles. Nem mais, nem menos.
O OURO DOS TOLOS VI
Compreenderam Mário e leitores? Isso, mostra por derradeiro, o quanto o PMDB é parte e culpado nisso tudo. Todavia, ele finge e quer lavar as mãos. Vamos fazer as contas? O PMDB possui três votos dele, possuiria dois do PP – o do vice eleito Luiz Carlos Spengler Filho e Melato – se ele resolva provar que está com Kleber. Só aí a coligação do futuro prefeito Kleber já teria mais votos que o PT de hoje. Com isso, faltam dois votos para barrar a matéria que você Mário tanto reclama. Um outro voto pode ser o do suplente Charles Petry, DEM. Ele está no lugar da peemedebista licenciada por doença e mentora do governo de Kleber, Ivete Mafra Hammes. No mínimo há empate e faz o presidente da Câmara, o Giovânio, mostrar de que lado ele está nessa história. Pior. Sabe o que acontecerá, Mário? O PMDB lavará as mãos, porque possui dívidas, amigos e interesses. E jogará a culpa de algo que ele também quer. E por que? Para ficar aparentemente de bem com os loteadores. Ou seja, o seu esperneio Mário, apesar da eventual boa intenção, é desprovido do pragmatismo do PMDB e PP que ganharam as eleições em Gaspar. Mais. Não faz bem ao pós-eleitoral essas coisas certinhas.
O OURO DOS TOLOS VII
Esclarecido o jogo político e de interesses, voltemos aos comentários que foram postados na coluna na internet. Se o assunto já estava embrulhado numa isca frágil, uma hora depois da postagem do Mário, tudo descambou. Um outro leitor chamado João (todos identificados por seus respectivos IPs) descarregou: “ao Mário. Concordo que na construção de um Loteamento, o proprietário seja responsável em executar toda estrutura, documentação de projetos do loteamento, licenças(pensa numa burocracia desgraçada), terraplanagem, tubulação de esgoto, tubulação de água pluvial, água potável, rede elétrica, pavimentação, etc. Agora querer cobrar de quem faz todo esse investimento que ajude na construção de creches, escolas e postos de saúde... Você só pode estar de brincadeira ou não tem noção nenhuma do trabalho que é e o custo para se fazer um loteamento dentro da Lei. Por isso, tem tantas construções e loteamentos clandestinos por aí, ao invés do poder público ajudar para que mais pessoas façam loteamentos legais; não, ficam dificultando. Antes de comentar algo sem conhecimento de causa, vai atrás, pergunte para quem já fez um loteamento dentro da lei, como é difícil, caro, quantas vezes tem que ir na prefeitura, Fatma, engenheiro, cartório, etc, etc...”. Direto. Claro. Razoável!
O OURO DOS TOLOS VIII
Encerrada as ponderações? Nada. Mais duas horas depois, e outro leitor que se identificou como Pedro, escreveu ao Mário e João pela área de comentários. Discorreu sobre a cara de pau de ex-prefeitos nos negócios imobiliários por aqui, à falta de fiscalização e os ganhos com os loteamentos sem infraestrutura. E com toda razão. Por isso, é que os vereadores deveriam olhar – se olham - o que fazem. Eles sabem que estão fazendo o errado. Eles conhecem os resultados e quem ganha com isso. É só olhar o que aconteceu e está acontecendo em Ilhota. E Pedro não parou ai. Insistiu em algo impróprio num mundo competitivo. “Sei muito bem o que estou dizendo, mesmo que seja um grande incômodo, que tenha alto investimento e que demore tempo. O lucro com a venda dos lotes é alto, pois compra-se um banhado; faz-se um aterro precário; vende-se por valores altos cada terreno. Se o lucro fosse pequeno não teria tantos projetos loteamentos. Depois não adianta culpar a prefeitura por falta de vagas em creches e escolas, falta de postos de saúde. É especulação imobiliária; é ganância de alguns. Ainda bem que temos pessoas responsáveis a frente do cartório de registros de imóveis e do Ministério Público, senão Gaspar não teria mais terrenos de várzea, seria tudo loteamentos”.
O OURO DOS TOLOS IX
Agora eu pergunto ao leitor Pedro: se você sabe mesmo do que está escrevendo, o que você tem contra o lucro? Como bem escreveu o João, o loteador paga uma montoeira de taxas, impostos, investe, faz o que manda a lei e o marketing, corre riscos de todos os tipos do mercado e ele não pode lucrar? Inveja? Incapacidade? Ou tolice? Ora quando se pagam aquela montanha de taxas e impostos exatamente se está contribuindo para a construção de creches, escolas, postos de saúde, manutenção... O loteador, honesto, terá que repassar todos esses custos na venda do lote. Quem vai pagar de verdade, triplamente – o terreno, os tributos e mais um percentual para a “construção de creches”? O comprador. Este custo estará embutido no preço.
O OURO DOS TOLOS X
Você Pedro, com esta ideia antiga a matreira, quer mais novos impostos desperdiçados pelos péssimos políticos e gestores públicos que temos? Quando essa farra vai terminar? Se precisa terminar com a farra dos loteamentos clandestinos e irregulares tão comum entre nós e que se deu um basta para os novos com a atuação do MP e do Registro de Imóveis atuante, é também hora de acabar com os políticos bravateiros, incompetentes e até mesmo ladrões. Para esses – que sabem o que estão fazendo -, não há outra maneira que não seja a de aumentar impostos, ferrar o cidadão, para lhes sustentar nas gastanças pelo poder com o dinheiro dos outros. A população não aguenta mais esta ladainha sem fim. Se você é um político, mostra o seu atraso. Se você é um empresário, desculpe-me, a sua visão é míope. Se você é um adquirente de lote, é você quem vai pagar esta conta. Se você é um cidadão inconformado, está na hora de conhecer melhor o que está acontecendo na sua cidade.
O OURO DOS TOLOS XI
O que o Mário pediu, o Pedro desvirtuou. Mário escreveu que antes de se aprovar um loteamento – e principalmente os populares que demandam muitos serviços públicos - a prefeitura precisa avaliar se há infraestrutura no local ou planos reais para creche, posto de saúde, ônibus, escola, assistência social, abastecimento de água, recolhimento de lixo, acesso, calçamento etc, pois os problemas surgirão, serão agravados e os desprovidos novos moradores vão reclamar dos políticos e da prefeitura logo que começarem o novo povoamento. Veja o que acontece com o loteamento das casinhas de plástico lá na BR 470. Alí não é nenhum loteador que está em dívida com os cidadãos e cidadãs moradores de lá. É a própria prefeitura, o PT e o prefeito Zuchi. Eles fizeram de lá um assentamento precário e uma permanente dependência dos moradores para se ter votos de cabresto. Agora, culpar os loteadores por aquilo que não lhes cabem, é querer lustrar ouro que não tem valor para sustentar discursos sem argumentos lógicos. Quer mais? Abaixo tem mais um exemplo dos políticos. É no Rio. Mas, tudo é igual ao nosso redor. Os políticos pedem os votos, prometem o céu, nadam nas incoerências, mas nos levam ao inferno e ainda passam a conta para todos nós. Acorda, Gaspar!
CIDADÃOS PAGADORES DE IMPOSTOS SÃO CULPADOS I
Estava na frente do noticiário da TV a cabo, quando um líder sindical do Rio de Janeiro, diante da falência do estado e das propostas amargas do governo de lá para o Rio e o funcionalismo, foi categórico: “nós não vamos pagar pela incompetência dos políticos”. Será? Quem quebrou o Rio de Janeiro, outros estados e milhares de municípios pelo Brasil afora, desafiando a Lei de Responsabilidade Fiscal, com as suas irresponsabilidades e contabilidades criativas? Sem dúvida foram os políticos. Eles, na maioria dos casos, foram incapazes, incompetentes, coniventes, espertos e omissos. Não enfrentaram à máquina corporativa e a sindical. Eles não enfrentaram à realidade no tempo em que deveriam enfrentá-la. Empurraram o problema para os sucessores. Fizeram o “papel” de bonzinhos para os funcionários públicos. Enganaram quem sustenta de fato os servidores: o povo. Um dia a conta viria. Quando? Agora está estourando.
CIDADÃOS PAGADORES DE IMPOSTOS SÃO CULPADOS II
O que gera dinheiro ao governo? Os pesados impostos dos contribuintes (já aumentaram demais esfolando todos nós – trabalhamos quase cinco meses no ano para dar de tributos ao governo) e o endividamento (além do limite de alavancagem e LRF, quase todos não podem mais se endividar. E dívida tem que ser paga. E quem paga? O contribuinte). Resumindo: os sindicalistas exigiram o impossível. Os parlamentares aceitaram e aprovaram para não se incomodarem. Os executivos referendaram – e em alguns casos até propuseram - aquilo que sabiam não ser possível aceitar e que um dia daria à falência ao sistema. Tudo para não perder votos, não enfrentar greves. Tudo contra à saúde pública, à educação, à segurança, à assistência social e às obras para a sociedade.
CIDADÃOS PAGADORES DE IMPOSTOS SÃO CULPADOS III
Culpa apenas dos sindicalistas e políticos? Nada. Mas dos cidadãos que agora são os únicos prejudicados. Eles estão mais uma vez convocados a pagar esta pesada conta. E para que? Para que os privilegiados não percam os seus privilégios, os que dizem que possuem direitos constituídos. Todos à custa dos milhões de brasileiros. Os mesmos que elegeram e reelegeram os políticos cúmplices dessa máquina insaciável de sacanagens. Foram os cidadãos que deveriam, mas não se rebelaram contra a falta de limites das guildas corporativas. Elas estão no papel delas. Só olharam o umbigo delas. Umbigo dissociado da sociedade e da capacidade dela sustentar um mundo irreal de benefícios. É impossível acreditar que o voto de uma minoria com emprego garantido na crise, por falta de dinheiro e sustentabilidade econômica, tenha mais valor do que os pesados impostos de uma maioria que a sustenta, sacrifica-se e até morre nesse descompasso. Então de quem é a culpa? Nossa! Sua! Você paga com dor, desemprego, inflação alta, arrocho salarial, o paraíso dos políticos e do funcionalismo público, inclusive nas polpudas aposentadorias, enquanto a sua, está restrita e até ameaçada de desaparecer, apesar de ser também um direito.
CIDADÃOS PAGADORES DE IMPOSTOS SÃO CULPADOS IV
Está certo o sindicalista fluminense em reclamar de que eles não podem pagar e perder o que ganharam diante da irresponsabilidade dos políticos. Faltou acrescentar: da irresponsabilidade de todos vocês cidadãos, seus trouxas! Exagero? Então relembro o que escreveu José Casado, no dia oito de novembro, no jornal O Globo, sob o título, “Estado de Anarquia” para desvendar a quebra de parte do estado do Rio de Janeiro, mas que é o espelho de outros estados e municípios. “Em setembro, o sistema de pagamentos do funcionalismo registrou nada menos que 312 tipos de vantagens, gratificações, auxílios, adicionais e abonos à margem da remuneração convencional. Contam-se, por exemplo, 188 variedades de gratificações e 42 auxílios.”
CIDADÃOS PAGADORES DE IMPOSTOS SÃO CULPADOS V
O que Casado relata a seguir, é conhecido aqui em Gaspar e em Santa Catarina. Quer que eu aponte? Funcionário que acumulou tantos penduricalhos, todos legais, aprovados na Câmara, ganha tanto ou mais que um secretário. O vencimento nominal normal não chegaria a R$1.800,00, mas hoje é possível vê-lo em R$12 mil. E vai se aposentar assim: com este valor. Mais: acha que o Instituto da Previdência de Gaspar vai lhe dar mais dinheiro. E de onde virá? Do céu ou do bolso dos gasparenses que não terá creches, atendimento nos postos de saúde para atende a mais este capricho de poucos, enquanto nas empresas se enxuga, demite-se e até fecha? Na Câmara, as férias são de 45 dias. Qual o trabalhador da iniciativa privada que sustenta o poder público pode gozar 45 dias de férias? Quando foi para sair de 60 dias para 30 dias, o relator Marcelo de Souza Brick, PSD, inventou problemas “insuperáveis”.
CIDADÃOS PAGADORES DE IMPOSTOS SÃO CULPADOS VI
Quer mais um exemplo da distorção do funcionalismo? Continuamos na Câmara de Gaspar. A maioria dos assessores dos vereadores não tiram férias de 30 dias nas férias de 45 dias dos vereadores que assessoram. E com essa manobra, podem então “somar” 45 mais 30 dias de férias. Alguns não possuem sequer horários para serem cumpridos na Câmara. Fazem “serviços externos”. A promotora que cuida da Moralidade Pública, Chimelly Louise de Resenes Marcon, um dia, precisou ir à Câmara. Em alguns gabinetes nem vereador, nem assessor. Ou seja, são cabos eleitorais de seus vereadores. Nós o pagamos para fazer política. Outra, em janeiro, os funcionários da Câmara podem antecipar a metade do 13º. Qual o trabalhador que sustenta a Câmara, pode fazer isso na sua empresa? A lista é grande no Executivo, Legislativo, Samae... Tudo “dentro” da Lei. Contundo esta lei não vale para os pagadores de pesados impostos que sustentam essa farra sem fim. Tem mais. Essas coisas aparecem nas Resoluções da mesa diretora. Este ano. Mexeram no site da Câmara. Só um entendido para zapear e achar as mágicas contra o cidadão eleitor pagador de pesados impostos. E logo da Casa constituída para “fiscalizar” em nome da sociedade. Mas...Voltemos. Veja a explicação de Casado para o Rio e que serve muito bem para entender como funciona essa máquina de sacanagens contra o nosso bolso. “Premia-se por ‘assiduidade’ quem comparece ao trabalho. Gratifica-se por ‘produtividade’, ‘desempenho’, ‘aproveitamento’, ‘responsabilidade técnica’, ‘qualificação’, ‘habilitação’, ‘titulação’ e ‘conhecimento’. Paga-se por ‘produção’, ‘resultados’ e até por ‘quebra de caixa’ - aparentemente, quando o saldo é positivo. Tem até uma gratificação ‘extraordinária de Natal’”.
CIDADÃOS PAGADORES DE IMPOSTOS SÃO CULPADOS VII
Qual a sociedade pobre, em crise econômica, como a nossa, que pode suportar tudo isso? E prossegue Casado em algo quase didático que todos nós cidadãos permitimos para não “nos incomodar”, não sermos ameaçados por esse tipo de bandido que lucra com a miséria alheia, que tornou insustentável e quase impossível de acabar, pois os políticos resistem ao basta. Eles não querem ficar de mal com o funcionalismo, os sindicatos não querem não saber de colocar o assunto em pauta diante de uma sociedade falida. Preferem esfolar os cidadãos sem empregos, com baixos salários, arrochados, e desprovidos dos serviços – como o de saúde - dos bem pagos servidores públicos.
CIDADÃOS PAGADORES DE IMPOSTOS SÃO CULPADOS VIII
Escreve Casado: “cargos de confiança no governo, na Assembleia ou no Tribunal de Justiça têm adicionais por anuênios, triênios e quinquênios, além de ‘verba de representação’. Participantes de conselhos ganham ‘gratificação de órgão de deliberação coletiva’, ‘jeton’ e ‘honorários’. Em paralelo, pagam-se adicionais por ‘titularidade’, por ‘atribuição’ e até por ocupação de cargo de ‘difícil provimento’. Existem também ‘retribuições’, como a de ‘licenciamento de veículos’ e a de ‘exame de direção’”. Há duas semanas, o jornal Cruzeiro do Vale, meio que mexeu neste vespeiro mostrando o que ganham prefeitos, vices e secretários. Os políticos sentiram-se aliviados. Não computou-se os penduricalhos – como cita Casado no caso do Rio e não é só lá - do funcionalismo gasparense. Aqui não chegamos a este ponto de pagar ao funcionalismo a “antecipação funeral” mesmo ninguém morrendo só como expectativa de algo que um dia acontecerá, mas estamos muito bem perto disso. Apesar de quem está morrendo de verdade, somos nós que não temos mais como tirar dinheiro do bolso para sustentar tudo isso. Acorda, Gaspar!
Não tem jeito. É histórico. O PT é especialista em quebrar o que administra, colocar cascas de bananas para os outros escorregarem, rir do tombo dos outros e levar vantagens com a desgraça alheia.
O PT de Gaspar – mandado pelo de Blumenau - foi e é governo durante oito anos seguidos aqui. Agora que ele perdeu as eleições por tudo que não fez, fez e representa em Gaspar, no estado e principalmente no país, quando já não tem mais responsabilidade, o que Pedro Celso Zuchi mandou para a Câmara? Uma emenda substitutiva ao projeto da Previdência dos Servidores para tudo andar o que trancou.
Está na pauta da sessão desta quarta-feira -devido ao feriado desta terça - o ofício 291/2016 do gabinete. Ele traz a 1ª Mensagem Substitutiva Geral ao Projeto de Lei Complementar nº 01/2016. Ela explicita as alterações e adequações do PLC que institui o “regime próprio de previdência social do Município de Gaspar - RPPS e seus planos -, cria o Instituto Gasparense de Previdência - Gasprev -e dá outras providências”.
Primeiro. De onde virá o dinheiro para tal Instituto? Segundo, com a crise econômica que afeta todos, como criar privilégios para uma classe de privilegiados em função da crise que desemprega milhões e arrocha salários dos pagadores de pesados impostos que de fato sustenta a máquina pública?
Terceiro: como o futuro prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, vai se virar agora? Ele próprio – aliás todos os quatro candidatos - na campanha prometeu isso para os servidores. Ou seja, não pode dizer exatamente de que se trata uma casca de bananas do PT, mas dele próprio também.
Ou seja, Kleber e Luiz Carlos Spengler Filho vão ter que fazer o que Zuchi e o PT fizeram: enrolar até encontrar luz. A prefeitura está quebrada. Kleber e o PMDB tem noção ainda de quanto representa esta quebradeira. E uma conta genérica, mostra que quase 200 servidores estão à espera deste Gasprev para se aposentar com uns trocados a mais.
Kleber já é obrigado a catar dinheiro escasso na prefeitura para fazer funcionar minimamente o hospital, os postos de saúde, as farmácias, as creches etc e ainda vai arrumar um troco para dar aos servidores no novo Gasprev? Porque no antigo Instituto que os servidores já tiveram, perderam no governo de outro peemedebista, Bernardo Leonardo Spengler. Dura escolha esta, heim?. Quem mandou prometer o que sabia não podia!
Candidato a vereador em Gaspar fez campanha entre presidiários e familiares dele. Faltou votos. Agora, tenta um novo nicho: os estudantes que ocuparam o Instituto Federal. Mas, por falta de aderência, teve que importar ocupantes vindos de Rio do Sul. Será que vão transferir os títulos para cá na próxima eleição?
Se você quer emprego na futura administração de Gaspar? Fale com o motorista. Vergonha. Isso ainda vai dar zebra.
Afinal aonde está sendo depositado o lixo orgânico e urbano de Ilhota, aquele que a prefeitura está recolhendo emergencialmente? Se não for para um lugar legalizado, é outro crime.
Brincadeira. O que está na pauta magra da Câmara desta quarta-feira? O requerimento 105/2016 da vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, PSDB. O que ela quer? Que a mesa reapresente e reenvie ao prefeito os requerimentos dela de números 16/2016, 20/2016, 43/2016 (referente reapresentação do Requerimento 32/2013), 75/2016 e 85/2016.
Para todos o prefeito Pedro Zuchi, PT, mandou até agora, bananas. E não foi para a vereadora, mas para um poder, o Legislativo, o fiscal do povo. Este é o valor da Câmara para o PT, como foi o Congresso para Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff.
Ainda sobre o acordo do espólio do ex-prefeito Bernardo Leonardo Spengler, Nadinho, PMDB, na Justiça e diante do Ministério Público, município de Gaspar e com aprovação da Câmara que dei em primeira mão aqui.
Na imprensa local se afirmou que o ex-prefeito foi cassado. Nunca aconteceu isso. Ele foi afastado e não reassumiu mais até o fim do seu mandato. Preguiça com a história e a pesquisa.
Na imprensa se afirmou que a devolução nas quatro ações é de aproximadamente R$3,4 milhões aos cofres públicos. Não é verdade. Nem um centavo entrou nos cofres. É um acordo, sobre bens materiais e serviços. Todos estimados.
No dia da audiência de acordo calculou-se se em principal, multas, juros e correções a dívida do espólio julgou-se ser de R$R$ 2.837.028,6. Este é o valor exato. Eu escrevi isso. Depois a imprensa deu interpretação diversa a este valor.
A proposta para encerrar o caso proposta pelo espólio e aceita por todos, foi de passar para o município um terreno no valor de R$ 2.401.894,50. Quem estimou o valor desse terreno? A Comissão de Avaliação do Município de Gaspar. Não é um valor exato, nem líquido.
Como ele era supostamente inferior à dívida na avaliação, o espólio ofereceu fazer um serviço de infraestrutura em parte da Rua Doralício Garcia, no lugar da prefeitura. Esse serviço também é algo estimado – se fosse feito pelo município ele custaria R$1.088.270,00. Ele será executado em 12 meses após a expedição das licenças. E há garantias reais para isso.
Ou seja, é um acordo – terreno e serviços - para quitar uma dívida fixada naquele momento da proposta de acordo em R$2.837.028,26. Nem mais, nem menos. É uma referência. Outra. Muitas outras pessoas do PMDB ou da administração de Nadinho estavam envolvidas neste assunto. E se livraram da pendência com o acordo.
Quem de Criciúma finge, confunde, disfarça ou comanda o PMDB que venceu as eleições daqui? Acorda, Gaspar!
Pois é. O tempo vai. O tempo voa. Há quantos anos eu escrevo e condeno que as publicações legais dos municípios se escondem num tal Diário Oficial dos Municípios suportado pela Fecam – Federação Catarinense dos Municípios?
Agora, quem zombava das minhas observações, reclama. E reclama não pelo motivo da falta de transparência que é o objeto das minhas observações, mas por causa da penúria no caixa dos pequenos jornais.
Só para deixar claro. Penso que o DOM é algo plugado na realidade virtual. Deve continuar. Diminui altos dos municípios com publicações. Evita a corrupção – muito comum- bem como os privilégios aos amigos do poder – também tão comum. O que não pode continuar é a dificuldade de acesso a esse material no portal do DOM.
Todos portais de transparência das prefeituras deveriam reproduzir, diariamente, de forma simples, direta, as publicações do DOM do município para que todo cidadão tivesse acesso. E deveria ter hora para isso para não ficar à mercê de manipulação. Às vezes, o conteúdo está disponível pela manhã, às vezes à tarde e às vezes tarde da noite. Só isso.
A Adjori – a Associação dos Jornais do Interior – é uma corporação para os pequenos se tornarem fortes a partir da união. Mas em Santa Catarina ela é para poucos. Ela fez um pacto com os governos de Luiz Henrique da Silveira, PMDB e Raimundo Colombo, PSD, por verbas para alguns e ao mesmo tempo esconder as mazelas do governo estadual.
A outra função é a de premiar o nada dos sócios e festejar à ensebação com políticos que precisam da imprensa mansa, para seus projetos de poder e enrolação na prestação das contas para com os cidadãos.
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