Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

17/01/2018

UM EMPRESÁRIO É MELHOR DO QUE UM POLÍTICO NA GESTÃO PÚBLICA?

Esta é uma pergunta que esconde um embuste e um preconceito sem tamanho. Ela só serve para enganar analfabetos, ignorantes e desinformados. Serve para rotular os dois, dependendo da situação em que se está e o que se quer como resultado ou vantagem. Na maioria dos casos, empresários têm sido desastrosos como políticos (e até como gestores públicos), exatamente por serem empresários. E a condição de empresário, nunca foi sinal de sucesso.

Mas, vamos ao que interessa.

A notícia é velha, mas o comentário não. O empresário brusquense e de sucesso meteórico, Luciano Hang, recentemente, fez circo em Santa Catarina (e até repercutiu nacionalmente, como queria). Ele, com o senso apurado de comunicação que possui, levantou no imaginário de muitos, a possibilidade dele ser candidato a alguma coisa no mundo político, incluindo o governo do estado.

Por enquanto, só espuma! Saiu do MDB e não sabe o que ele vai fazer ou a quem ele vai se aliar. Colocou-se na praça, num ambiente aparentemente preenchido nas principais forças que se assanham e com estrutura para disputar o governo do estado. Em política, há uma fila de espera entre eles (partidos, políticos).

E a possibilidade de Luciano Hang ser uma surpresa, inclusive por algo fora dos partidos tradicionais? Existe! Entretanto, será desgastante demais para a sua imagem de vencedor, empresário e os resultados conseguidos por ele no mundo empresarial. E os políticos espertos, estão à espreita para abocanhar a fatia que lhes cabe nesta cessão do lugar deles nesta fila.

Luciano Hang é aparentemente um empresário bem-sucedido. Mas, já tentou passar a perna no poder público, que vive dos nossos pesados impostos. Alavancou parte dos seus negócios com sonegação fiscal, fez concorrência desleal no seu próprio mundo empresarial, onde outros tiveram a desvantagem de pagar os tributos exigidos pela lei. Se injusta a cobrança de impostos, é outra questão! Mas, pagá-los é a obrigação indistinta de todos. Se pagou por ação processual, ficou a mácula que sempre lhe será cobrada e lembrada.

Luciano Hang de origem humilde, é reconhecidamente audaz, é acostumado a tomar riscos, é um empreendedor diferenciado, todavia é centralizador naquilo que quer e administra, gosta de estar empoderado, possui gestos simples e diretos, é vaidoso a tal ponto de se tornar do nada e repentinamente, garoto propaganda do seu próprio negócio, como fizeram outros do seu ramo – e onde quase todos não se deram bem nesta decisão.

Suprimindo à recente decisão de exposição midiática, tudo o que está encrustado em Luciano Hang, é o avesso do mundo político e dos políticos. E é aí que mora o perigo.

Conheci e o mundo da gestão pública está cheia de histórias e exemplos de políticos que nunca foram empresários, empreendedores, executivos, mas foram inovadores, líderes incontestes, realizadores, transformadores em seu tempo e locais. Antes, para tal, eles tinham como patrimônio, carisma; eram líderes forjados no ambiente político de militância, eram gestores de equipes técnicas, conhecedores na leitura, dos desejos ou do que era possível aceitar como inovação, transformação e mudança entre os seus eleitores.

Conheci e o mundo dos negócios privados está cheio de histórias de empresários que nunca foram empreendedores, inovadores, líderes e transformadores nos seus negócios. Eles fracassaram na medida em que usaram os seus negócios para atender desejos que não tinham a ver com o seu “core business”, inclusive a política.

Ou, então, em outras situações, os empresários até então referência em seus negócios, não tiveram a capacidade de perceberem as mudanças e exigências das novas tecnologias, concorrenciais, de consumo e substituição de produtos. Enfraqueceram-se, falharam ou mancharam suas biografias. Não precisa ser administrador ou ir a Harward, IMD, USP ou FGV. Basta uma boa bibliografia, disposição e tempo para a leitura.

MUNDOS DISTINTOS

O que eu quero dizer com isso? São coisas distintas a gestão no mundo político e no mundo empresarial. O sucesso em ambos, vai depender da oportunidade, das alianças, das decisões, do comprometimento e conhecimento das equipes e dos resultados como objetivos e alcançados.

Só que no mundo empresarial, o sucesso é uma obrigação de sobrevivência. E aí os empreendedores são mais exigidos, depuram-se, adaptam-se mais rapidamente às adversidades e constroem as suas histórias de exemplos. E os fracassos, penalizam apenas um micro-mundo.

No campo político e gestão pública, a percepção de sucesso é outra. Constrói-se um mundo paralelo para se ter poder, despreza-se a sobrevivência da sociedade no longo prazo, e se foca no curtíssimo prazo, criando e distribuindo-se privilégios para poucos que garantam a sustentação desse poder: gente que pode mobilizar massas de votos de analfabetos, ignorantes e desinformados. E os fracassos neste caso transformam-se em desastres para gerações. Eles não apenas penalizam o político, o gestor público, o poder de plantão, mas a sociedade, principalmente os mais pobres, os mais fracos, os empreendedores, os geradores de renda e tributos.

Então ser empresário não é uma regra de sucesso na vida política ou na administração pública, ao contrário. Quase todos os que tentaram, fracassaram ao enfrentarem o “modus operandi” dessa máquina política, burocrática e bandida, feita de descomprometidos com a sociedade, que não consegue enxergar e defender um futuro, com os resultados de mudanças. Pois mudanças atingem em cheio os interesses desses contumazes parasitas encrustados na elite do ambiente público.

Luciano Hang seria um bom político? Deu provas, até aqui, que possui habilidade de negociação com fornecedores (ao menos no início) e para relacionamentos seletivamente visando os resultados do seu negócio.

Mas, seria ele um gestor público capaz e eficiente? Tenho sérias dúvidas. Elas estão assentadas na experiência de assessoramento, nos relatos e nas leituras de casos recorrentes. Quem manda num governo não é exatamente o governante, é uma entidade invisível chamada estado, a legislação, os burocratas e uma casta de servidores estáveis, bem pagos, cheios de privilégios, impossível a qualquer empresa, que não estão preocupados com resultados, inovação, produtividade e transformação para o bem da sociedade do amanhã.

O gestor oriundo da iniciativa privada, logo descobre que é refém desse jogo brutal ou será aniquilado no ativo em que melhor é reconhecido: a capacidade de ser ágil, de ter uma agenda, de estar comprometimento com o tempo, de gerir e produzir resultados diferenciais para os outros.

Luciano Hang, penso, por vaidade nos dias de hoje, ficaria exposto (veja o que está acontecendo com o “mito” Jair Bolsonaro, PSC,) a partir de um passo em falso que deu no passado, grave, pois atentou contra o público; Luciano ficaria exposto e refém diante de políticos malandros que possuem uma “reserva” numa fila e um pacto de sobrevivência entre eles; Luciano Hang “estancaria” o sucesso do seu negócio para ficar paralisado (e desmoralizado) na política pelos políticos que estão quebrando Santa Catarina.

Há um porém, entretanto: a não ser que Luciano esteja prestes a vender a sua rede de Lojas, o que não deixa de ser uma grande cartada negocial. Afinal a economia está em recuperação, e ela abre os olhos para os investidores com capital. Eles querem ampliar mercados nesta recuperação, e não tiveram coragem faze-lo, com fez Luciano, com os riscos da crise econômica e de consumo na era PT e Dilma. Sem o seu negócio à consumir forças,no seu centralismo, talento e carisma, seria então a política ou a gestão pública, o outro investimento e desafio desse brusquense.

Por enquanto, Luciano Hang, fez o que ele sabe fazer bem: marketing pessoal. Resta saber qual a verdadeira razão que o levou a fazer isso, exatamente neste momento. A imprensa que foi lá, não perguntou, não descobriu e ele, com habilidade, a escondeu. Fez, como pensou e planejou, apenas a primeira parte do espetáculo. A repercussão foi imediata. Agora é avaliar todos os cenários, oportunistas e os canibais. Garanto-lhes, ser empresário ou empreendedor não é sinônimo de melhores resultados na gestão pública. A política não é para novatos.

SAMAE INUNDADO

Coisa técnica e orientada por executivos “entendidos”. Esta gambiarra é uma bomba de pressão de rede do Samae de Gaspar. Ela está instalada a 2,70m de altura. Inadequada para manutenção. Exige equipamento especial, pois ninguém contratado por lá, tem essa altura para manuseá-la. Mas isso é fichinha.

A área técnica é a que mais foi sucateada no governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e na gestão d do mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP, o atual presidente.

A falta de água nas torneiras dos consumidores, repetiu-se, as dezenas de vezes, sem efetivamente haver falta de captação, produção ou consumo anormal de água no município. Foi puro desconhecimento dos “novos comissionados” sobre às permanentes equipes técnicas, palpitando ou determinando sobre a rede (válvulas, desligamento automatizado das bombas, ou até simples fechamento ou abertura correta de registros troncais), ou ações preventivas de rotina. Uma loucura. A maior parte desses acontecimentos já foram relatadas aqui. Vou poupá-los da repetição.

Quem disse que trocar governo é trocar peões ou técnicos? Kleber fez isso, no Samae. A par disso, existem fantasmas, vinganças e revanchismos mútuos. No final do ano, por exemplo, foi feita a escala de técnicos para o plantão de manutenção e emergências. Quem queria estar escala, foi rifado como punição, do tipo, quem manda aqui sou eu. Quem não queria estar nela, foi obrigado, exatamente para que pudesse se concretizar lições aos outros.

Resumindo a rebordosa. Quem não queria estar na escala, apesar de ser de confiança do atual governo e gestão do Samae, fez de tudo para demonstrar a contrariedade, inclusive faltando quase todos os dias da escala. Gente que estava oficialmente de férias, estava na escala de plantão. Pode? Como vão acertar isso. Encanador virou, por falta de opção e por necessidade pois não haveria deslocamento, virou motorista. Pode? Até relógio ponto foi quebrado. Faltou negociação, harmonia, gestão e profissionalismo. Sobrou e Gaspar ficou nas mãos de alguns abnegados.

Kleber e Melato falam em boicote de gente instruída pelo ex-administradores da antiga gestão petista no Samae Pode ser! Mas, isso não era previsível, ainda mais quando se fez indicações políticas a fórceps para a autarquia? Quem provocou tudo isso? Em um ano não se resolveu e se estabilizou esse assunto, aparentemente simples de ser revolvido? Afinal, o conflito está numa área técnica e com concursados. É do quadro permanente. E por que não se estabilizou? Porque o preenchimento dos cargos superiores é política e de gente não acostumada à gestão de pessoas, e sem o mínimo conhecimento técnico adequado para a tomada de melhores decisões.

Ora, pela direção do Samae de Gaspar, passaram tantas pessoas simples (e a lista é grande), nunca houve um problema tão conturbado como agora, é claro que não está na equipe permanente, mas na equipe política transitória? E Kleber anunciou na sua entrevista ao jornal Cruzeiro do Vale que o Samae será a sua menina dos olhos nos próximos anos. É bom o prefeito procurar logo um oftalmologista, ou trocar de colírio: esse chamado Melato está lhe embaçando a visão Acorda, Gaspar!

PEQUENOS ATÉ NOS OBJETIVOS

A administração gasparense do petista Pedro Celso Zuchi, agora assessor do deputado Décio Neri de Lima, colocou um equipamento público de ginástica na Arena Multiuso, aquela área de posse precária e desapropriada judicialmente por vingança contra um empresário, ao arrepio de valor de mercado. Isso se tornou um grave problema legal e financeiro para o município.

Antes de continuar nesta história, reafirmo – já escrevi várias vezes sobre isso - que discordo da forma como foi feita a desapropriação, só para atender aos amigos e parentes do poder, vingança e marketing politiqueiro, mas concordo que do limão deveria se fazer uma limonada, até para dar uma lição a quem criou o problema. Resolvidas as pendengas por acordos entre as partes, a Arena Multiuso seria um diferencial de lazer, uso comunitário e um centro de exposições, shows e eventos no Médio Vale com fácil acesso a BR 470 e ligação fácil com o aeroporto, litoral e todo o Vale do Itajaí. Mas...

O atual prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, recuperou aquele equipamento de ginástica, danificado pelo tempo e uso, mas o transferiu para a Rua Pedro Simon. Resumindo: o equipamento saiu de uma área sub-judice para um ambiente público, praticamente próximos. O prefeito atendeu a um pedido do vereador da Margem Esquerda, Francisco Solano Anhaia, MDB. A então vice-prefeita nas duas últimas gestões de Zuchi e hoje novamente vereadora, Mariluci Deschamps Rosa, PT, foi à tribuna fazer um cavalo de batalha sobre o assunto tão mínimo. Para ela, o equipamento deveria continuar onde foi ele montado.

Segundo, Anhaia, que já foi petista, o equipamento de ginástica deveria ficar onde ele é mais acessível ao povo do seu bairro. Anhaia diz ter ouvido a Associação de Moradores de lá, bem como seus “eleitores” e a maior parte dos custos de recuperação e até transferência foi bancado por particulares.

Mas, para Mariluci, está se despindo um santo, para cobrir outro. Será? Primeiro, a colocação do equipamento de ginástica na Arena foi um ato político de ocupação para reafirmar promoção popular e a posse política da Arena. Segundo, o acesso ao equipamento é notório, está comprometido e o uso é diminuto pelos próprios moradores dos arredores. Terceiro, a degeneração do equipamento se deu não pelo vandalismo, mas pela falta de uso dele. Que coisa! Quarto: era preciso recuperá-lo, e fazer isso para deixa-lo às moscas, lá? Ao menos a tentativa de transferir de local o equipamento de ginástica e deixá-lo mais acessível, é algo, no mínimo, coerente.

É uma pena, que os políticos de Gaspar, por teses ideológicos, partidárias, pessoais e de discursos vazios, não consigam enxergar incoerências em suas atitudes. A insistência de Mariluci neste caso, beira ao ridículo por várias questões: é algo tão pequeno em relação aos grandes reais e problemas da cidade, ou seja, não é por falta de assunto, mas é por teimosia; a Arena Multiuso ainda não é uma arena de verdade, ela só é na fantasia petista que não foi capaz de torna-la viável por seus próprios erros, improvisações e vinganças; o acesso dos moradores da Margem Esquerda à Arena Multiuso para o uso desse equipamento, é comprovadamente, diminuto e a sua localização é isolada; à noite, quando os trabalhadores possuem disponibilidade para a prática de exercícios, falta até iluminação e segurança para tal.

O PT não é o partido do povo? Mas o equipamento de ginástica em Gaspar, pago pelo povo, está distante do povo? E os vereadores, representante do povo, do partido do povo brigam na Câmara para que ele fique isolado do povo? Então... Acorda Gaspar!

 

Edição 1834

Comentários

Maria José
18/01/2018 21:46
Ao Sr.Mario Pera ,em resposta dada á Sra.Maria Juliana fiquei desepcionado com o Sr.sugeriu que devemos sonegar.Nós temos é que mudar este tipo de pensamento.Deve ser por isso que o Sr.está no litoral tomando bons vinhos e fumando bons charutos.
Herculano
18/01/2018 16:54
OS IMPOSTOS DEVIDOS

Quatro coisas fatais a todos os cidadãos decentes:

1. Pagar os seus tributos devidos à sociedade (o dinheiro não é do governo), quando exigidos por lei e cobrados de outros em situação, condições e proporção assemelhadas.

2. Fiscalizar a aplicação correta desses tributos como o retorno prometido pelo estado à sociedade.

3.Eliminar e punir políticos e gestores públicos que mal usam, desviam ou corrompem usando o dinheiro do contribuinte, bem cobrar, exemplarmente, com multas pesadas, os sonegadores que se beneficiam ilicitamente com seus atos de esperteza relés contra os cidadãos pagadores de impostos.

4. Lutar para que mais paguem menos tributos e que eles contenham o mínimo de justiça distributiva e social. Não é mais possível sustentar a reiterada e secular incompetência estatal, bem como o uso da pobreza para justificar o permanente estado dela.

Não é porque falhamos como cidadãos na escolha dos políticos, gestores públicos e na fiscalização sobre o mau uso dos tributos, que devemos admitir que o melhor caminho é sonegar. Como estamos vendo na história recente do Brasil, isso só é possível à uma minoria de fortes, poderosos e ao poder político de plantão, que usam analfabetos, ignorantes, desinformados e fracos para se locupletarem. Wake up, Brazil!
mario pera
18/01/2018 16:33
Sra Maria Juliana, que me citou sobre questão de sonegaçao fiscal da empresa HAVAN, se há devem as autoridades fiscais agirem e cobrarem efetivamente.
Eu não sou afeito a deixar de pagar meus tributos. Agora até acho que um empreendedor como Luciano faz muito melhor uso dos recursos, reinvestindo e criando empregos, que repassar as esferas de governos que demonstram em todos os níveis que não têm competência para gestão, basta ver as crises na saude, segurança e educaçao, sem contar os escandalos de desvios que se tem noticia todos os dias. Dá mesmo vontade de deixar de pagar para bancar esta banca de maus administradores da coisa pública.
Alguem me disse
18/01/2018 16:26
Em postagem em redes sociais o prefeito Krebe e o macaco Velho, postando foto da construção do novo reservatotio do Samae, e os puxa sacos de plantão e incopetentes cargos comissionados e fanaticos pelo MDB babando o ovo deles, mal sabem eles que esse projeto e verba é ainda do governo anterior, contudo estão aplaudindo Celso Zuchi e Elcio de Oliveira
Herculano
18/01/2018 15:53
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA E ESPECIAL PARA OS LEITORES E LEITORAS DA EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE, O MAIS ANTIGO E DE MAIOR CIRCULAÇÃO EM GASPAR E ILHOTA.

Ela acaba de ser editada.
Joanim
18/01/2018 13:11
Mané do Breu, se me permite, faltou "passar a cola". É que macaco (novo ou velho) passa a cola antes de se locomover para não cair.
Periquito Australiano
18/01/2018 13:08
Oi, Herculano

Quem defende o maior corrupto de toda a história é porque nao tem moral, não passam de uns ratos. Inadmissível isso ,defender quem saqueou e quebou o Brasil. Prisão é pouco, pena de morte.
E nem precisa lápide com nome porque não fará falta.
Sebastião Cruz
18/01/2018 12:56
Olhando a Maré X Samae Inundado está de 9X1 para a Coluna.
Olhando a Maré bomba e o Samae do Macaco Véio continua cheio d'água.
Sidnei Luis Reinert
18/01/2018 12:14
quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
Sistema quer Geraldo/Meirelles, e Lula neutralizado


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Pouco adiantam as especulações nem sonhos sobre o que acontecerá com Luiz Inácio Lula da Silva, a partir do julgamento de 24 de janeiro, no TRF-4. O "sistema" já bateu o martelo que Lula será impedido de disputar o retorno ao Palácio do do Planalto. Os donos do poder definiram que o candidato oficial é Geraldo Alckmin (PSDB), em provável dobradinha com Henrique Meirelles (PSD), com o Ministério da Fazenda ficando com Pérsio Arida (Banco BTG) e Ilan Goldfjn (Banco Itaú) seguindo no Banco Central.

Desenhando, para ficar fácil de compreender: O rentismo continuará hegemônico. Apenas fará "reforminhas" para garantir a sobrevivência do regime. Alguns corruptos serão punidos como bodes expiatórios, enquanto a maioria dos bandidos organizados continuará em plena atividade, agindo de modo sistêmico no domínio das instituições. A renovação política de mentirinha será o grande espetáculo cínico do sistema. Candidato com grana seguirá por cima da carne seca. A fraude eleitoreira faz qualquer negócio no cassino do voto eletrônico sem conferência.

A economia vai crescer, porque não tem outro jeito. A galinha dará sua habitual voadinha. O cartório monopolista da bolsa continuará dando suas especuladinhas. Porém, o Brasil será apenas uma periferia mais sofisticada. Empresas ligadas à Oligarquia Financeira Transnacional vão tomar de assalto os melhores negócios brasileiros. O desgoverno anterior e o atual (uma seqüência melhorada dele) cumpriram a missão de destruir a estrutura industrial, neutralizada ou assimilada pelo capital de fora. O próximo Presidente será apenas um fantoche, um mero síndico de um condomínio sem soberania e sem Projeto Estratégico de Nação.

O sistema quer Geraldo/Meirelles com Lula "neutralizado" e fora de qualquer jogo mais sério. No máximo, ele participará de uma falsa "oposição". O plano é uma "conciliação de araque". Em troca de não acabar preso ?" que é seu grande temor, apesar das bravatas em contrário -, Lula continuará encenando seu teatrinho. Se ficar quietinho, fazendo apenas críticas banais aos seus inimigos de mentirinha, poderá desfrutar da fortuna que (suspeita-se) juntou lá na África.

Os velhos-novos controladores do "condomínio" deixarão que "empresários petistas" usem a grana mocosada da corrupção para atuar, com laranjas, nos futuros empreendimentos, concessões e parcerias público-privadas (as PPPs). A esquerda radical terá de se conformar com o papel secundário, porém bastante lucrativo para os dirigentes de sua cúpula. A militância, fanática e sem-noção da realidade, ficará com as migalhas, se não fizer besteira.

Acidentes de percurso podem acontecer na eleição? Podem, sim... Jair Bolsonaro é o acumulador da insatisfação popular. Ainda é dúvida se ele conseguirá sobreviver ao massacre ao qual será submetido pelos controladores do sistema e seus jagunços bem remunerados, dentro e fora da máquina estatal. Bolsonaro ficará facilmente inviabilizado se não investir nas propostas de mudança estrutural ?" tudo que os donos do poder não querem. Caso se posicione como mera oposição caricata, acabará massacrado no "fla-flu" eleitoreiro. Bolsonaro ainda tem chance pelo eficiente trabalho de mobilização nas redes sociais da Internet. O problema é que isto não basta para vencer uma eleição completamente fraudável...

A petelândia desvairada e seus companheiros de canhota cumprirão o papel de idiotas na eleição. Agora, ainda têm algum fôlego na campanha judicial "salva, Lula". Até o dia 24, promoverão espetáculos dantescos de intolerância, radicalismo babaca e violência inútil. Eles acreditam que suas manifestações truculentas (na suposta defesa de Lula) ajudarão a criar e consolidar um clima revolucionário para uma futura tomada do poder. Tal previsão peca pela infantilidade bandida. Apenas "emputecerão" o povo as arruaças - como as promovidas ontem em São Paulo e a greve dos metroviários manobrados pela CUT petista.

Com condenação ratificada e impedido pela Lei da Ficha Limpa de disputar a Presidência da República em 2018, Lula terá de se recolher à própria insignificância causada pela corrupção abusiva durante os 13 anos de poder. Se não houver uma explosão descontrolada de violência ?" o que é ainda improvável -, a eleição brasileira acontecerá normalmente no cassino eletrônico da urna inconfiável.

Os militares já cansaram de avisar que não têm a menor intenção de influir no processo político. Por segurança, os donos do poder não desejam mexer com a caserna ?" que segue igualzinha ao papagaio da piada de português: não fala nada, porém presta uma atenção danada... Os generais ainda se dividem sobre um apoio a Bolsonaro. Muitos alegam que um "capitão" não pode ser o comandante-em-chefe de seu oficial superior. Pura bobagem, já que as legiões têm obedecido, candidamente, a Presidentes de canhota e a ministros da Defesa comunistas ou socialistas fabianos.

Vale repetir por 13 x 13: O Brasil só tem jeito com uma Intervenção Institucional que mude a estrutura do Estado e institua uma Nova Constituição Liberal e Democrática. Nosso drama é que não estão maduras as pré-condições para isto. Os militares preferem manter o papel de funcionários públicos fardados, sem interferências na política, nem que seja no apoio envergonhado ao Jair Bolsonaro ?" que promete governar com a caserna, caso vença a eleição.
Herculano
18/01/2018 10:50
LULA JÁ PERDEU NA SEGUNDA INSTÂNCIA, por Ascânio Seleme, no jornal O Globo

Ele entrou com a ação contra os jornalistas, e não contra o jornal que publicou a reportagem. Uma medida absolutamente fora dos padrões aparentemente para intimidar

Bem antes de ser condenado pelo juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia perdido na Justiça, quatro vezes e em duas instâncias, em um processo relativo ao tríplex do Guarujá. No segundo semestre de 2015, Lula entrou com uma ação na Justiça do Rio contra três jornalistas do GLOBO, os repórteres Cleide Carvalho e Germano Oliveira, e o autor destas linhas, na época diretor de redação do GLOBO. O expresidente queria receber uma indenização por danos morais porque os repórteres escreveram, e o diretor publicou, matéria jornalística afirmando que ele era dono do citado imóvel.

Atendendo orientação de seus advogados, Lula entrou com a ação contra os jornalistas, e não contra o jornal que publicou a reportagem. Uma medida absolutamente fora dos padrões aparentemente desenhada para intimidar. O GLOBO sequer foi relacionado como corréu na ação. Apesar disso, foi o departamento jurídico do jornal que contratou um escritório de advocacia para defender e afinal ganhar a causa aberta pelo ex-presidente.

Na ação defendida pelos advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, Lula pedia que os jornalistas pagassem a ele indenizações mínimas individuais de R$ 22 mil por danos morais, porque "os réus agiram de má-fé com a intenção de difamar e injuriar o autor". O jornal havia publicado matéria informando que o doleiro Alberto Youssef tinha dado dinheiro à empresa que construíra o prédio em que estava o tríplex de Lula. A empresa era a OAS.

A audiência de Lula com os jornalistas aconteceu na sala da 48ª Vara Cível do Rio, no dia 2 de dezembro de 2015. Coincidentemente no mesmo dia em que Eduardo Cunha recebia e dava prosseguimento ao pedido de impeachment da ex-presidente Dilma. Lula reclamou do mau tempo no Rio e disse que seu avião não conseguiu aterrissar no Santos Dumont e acabou descendo no Galeão. O juiz Mauro Nicolau Junior perguntou em que companhia ele tinha voado, que "se fosse pela Gol, que tem um equipamento especial para estas horas, ele teria pousado bem no Santos Dumont". Lula enrolou e não respondeu.

O ex-presidente estava com um ar cansado e bebia muita água. A certa altura, quando pediu ao juiz uma terceira garrafa, Lula perguntou se tinha mais água. O juiz disse que obviamente havia mais água, o quanto ele quisesse, e ouviu o autor da ação dizer que estava mal-acostumado porque São Paulo atravessava a fase mais aguda de um longo racionamento. Foi um ano de poucas chuvas, e os reservatórios estavam no volume morto. Lula disse: "Lá em casa, meritíssimo, tenho tomado banho de balde, que a Marisa já deixa dentro do box do chuveiro". Desta vez foi o juiz que nada respondeu.

A sentença foi proferida duas semanas depois. O juiz Mauro Nicolau Junior fez considerações sobre a ação em 21 páginas. E nas últimas 15 linhas definiu as razões que o levaram a julgar improcedente a ação de Lula contra os três jornalistas. Sumarizando, o juiz entendeu que a matéria tinha "um claro objetivo informativo" e não trazia "qualquer teor de crítica" que sustentasse o pedido de indenização ao ex-presidente.

Mauro Nicolau Junior afirmou que o fato de "haver investigações criminais em curso sobre as obras do edifício em que o autor tem unidade (...) não deve passar despercebido pela imprensa". Ele acrescentou que os jornalistas têm sim "o direito, mais do que isso, o dever de noticiar tais fatos, desde que devidamente embasadas as suas afirmações e apresentadas as versões dos envolvidos, o que é observado na matéria jornalística tratada neste processo".

Ao julgar improcedente a ação, o juiz condenou o autor da denúncia a pagar as custas processuais, a taxa judiciária e os honorários advocatícios dos defensores, que arbitrou em R$ 2 mil para cada um dos réus. Lula, obviamente recorreu ao Tribunal de Justiça. Em outras duas decisões, a 14ª Câmara Cível do TJ rejeitou por unanimidade uma apelação, um embargo de declaração e dois recursos, um especial e um extraordinário movidos por Lula contra os três jornalistas.

Em 14 de setembro de 2016, a 14ª Câmara negou provimento à primeira tentativa de reabrir o caso, aprovando o relatório do desembargador Gilberto Guarino. No dia 19 do mês seguinte, o relator indeferiu também embargos de declaração apresentados pelos advogados de Lula. E, finalmente, em 23 de janeiro do ano passado, o desembargador Celso Ferreira Filho negou seguimento aos recursos apresentados pela acusação.

"O mero inconformismo não autoriza a reabertura de matérias já apreciadas e julgadas".
Herculano
18/01/2018 10:48
O DESVARIO DO PT, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Para sorte do País, a ameaça de Gleisi Hoffmann apenas simboliza o desvario que tomou conta dos petistas desde que seu grande líder foi flagrado com a boca na botija

Os petistas querem mesmo fazer crer que o Brasil está às portas de uma convulsão, talvez quem sabe até mesmo de uma guerra civil, caso os desembargadores responsáveis pelo julgamento em segunda instância do senhor Lula da Silva resolvam condenar e eventualmente mandar prender o ex-presidente por corrupção no próximo dia 24.

A mais recente manifestação nesse sentido foi feita pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que, numa entrevista ao site Poder360, foi enfática: "Para prender o Lula, vai ter que prender muita gente, mas, mais do que isso, vai ter que matar gente. Aí, vai ter que matar". Diante da previsível repercussão negativa causada por sua incontinência verbal, Gleisi tratou de dizer que usou apenas uma "força de expressão" para caracterizar a reação popular que, segundo ela, a condenação do chefão petista provocará, já que "Lula é amado pelo povo brasileiro". Lula, escreveu a senadora no Twitter, "é o maior líder popular do país e está sendo vítima de injustiças e violências que atingem quem o admira". Assim, "como não se revoltar com condenação sem provas?", questionou a indignada petista.

Embora a ameaça de baderna e de confrontos violentos seja grave, não se pode tomar ao pé da letra o que disse a presidente do PT. Não se trata de menosprezar a capacidade petista de causar problemas, já suficientemente comprovada ao longo das três décadas de existência do partido, mas sim de observar a verdadeira dimensão da mobilização em favor do demiurgo de Garanhuns.

Desde que o senhor Lula da Silva se viu formalmente processado sob acusação de corrupção no âmbito da Lava Jato, os petistas trataram de qualificar seu caso como perseguição política. Afinal, se o "maior líder popular da história do Brasil" diz que é inocente, sem viva alma capaz de rivalizar com ele em honestidade, não caberia à Justiça outra atitude a não ser encerrar seu caso e pedir-lhe desculpas pelo inconveniente. Se os magistrados decidiram levar o caso adiante ?" e, pior, condenar Lula à prisão, como já fez o juiz Sérgio Moro ?", é porque há um complô, articulado pelas "elites", para evitar que o ex-presidente volte ao poder.

A ideia, claro está, é constranger o Judiciário, mas tal estratégia só teria alguma chance de êxito se houvesse efetivo risco de grave comoção nacional ante a eventual decisão de encarcerar Lula, razão pela qual os petistas estão empenhadíssimos em dar a impressão de que grande parte do "povo" está de prontidão para enfrentar os "golpistas" aninhados no Judiciário. É nesse contexto que deve ser entendida a declaração de Gleisi Hoffmann sobre os cadáveres que uma condenação de Lula poderá produzir. Ela quis dar a entender que não só há gente disposta a morrer por Lula como também que os "golpistas" terão de reprimir violentamente as esperadas manifestações de protesto contra a condenação.

É até possível que algum desequilibrado resolva se martirizar por Lula, pois há louco para tudo, mas é altamente improvável que mais alguém além do restrito grupo de adoradores do chefão petista arrisque-se a quebrar uma unha que seja diante do infortúnio do ex-presidente, ainda mais considerando-se o fato de que defender Lula significa defender um corrupto condenado.

Constatado o fato de que o apoio a Lula contra os magistrados que o julgarão é muito mais limitado do que a propaganda do PT pretende fazer crer, é preciso que as autoridades usem tudo o que a lei lhes faculta para impedir que os baderneiros a serviço daquele partido criem situações violentas que possam lhes servir de pretexto para denunciar um regime de exceção que só existe em suas delirantes fantasias. Felizmente, essas providências estão sendo tomadas.

O caminho que o PT escolheu não lhe dá outra opção senão a de provocar confrontos para que algo da desastrada profecia de sua presidente se realize. Para sorte do País, porém, a ameaça de Gleisi Hoffmann apenas simboliza o desvario que tomou conta dos petistas desde que seu grande líder foi flagrado com a boca na botija.
Herculano
18/01/2018 10:46
GOVERNO VÊ 'VINGANÇA' EM DERROTAS NA JUSTIÇA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O Planalto interpreta como "pequena vingança" de setores da Justiça a série de derrotas do presidente Michel Temer na tentativa de exercer a prerrogativa de nomear seus ministros. O governo acha que decisões de primeira e segunda instância, impedindo a posse de Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho, seriam respostas ao empenho de Temer de suprimir privilégios do serviço público, com a reforma da Previdência.

QUEIXAS FREQUENTES
Integrantes da Justiça Federal estão entre os que mais se queixam da perda de direitos, no caso de aprovação da reforma da Previdência.

PRIVILÉGIOS MANTIDOS
Em dezembro, a associação de juízes chocou o País ao defender os supersalários (que chama de "extrateto") e o bilionário auxílio-moradia.

ASSIM É SE LHE PARECE
A Ajufe acha que se pretende reduzir os supersalários não por serem absurdos, mas por "retaliação ao combate à corrupção".

ACABOU O FORO?
Assessores de Temer não entendem como juiz de primeira instância agora tem poder até para anular um ato do presidente da República.

MAGGI PODE SER PROCESSADO POR PREJUDICAR O BRASIL
Produtores brasileiros avaliam ir à Justiça, apelando inclusive ao Ministério Público Federal (MPF), para exigir do ministro Blairo Maggi (Agricultura) ressarcimento do prejuízo milionário que provocou, ao anunciar a possível retirada da taxação de 20% sobre a importação de etanol podre (poluente) dos Estados Unidos. O anúncio do ministro, de inacreditável leviandade, derrubou a cotação do açúcar na bolsa de Nova York e o valor dos contratos, com graves prejuízos ao Brasil.

QUE VERGONHA
Blairo Maggi tenta levantar o embargo americano à carne do Brasil oferecendo, em troca, o fim da taxação do etanol podre.

MATANDO EMPREGOS
Maggi ignora que a importação criminosa inviabiliza o etanol nacional. Somente no Nordeste, o setor sucro-energético gera 640 mil empregos.

A FIRMA DELE É RICA
O ressarcimento deveria ser cobrado do ministro e não do governo. Senão vai sobrar para o contribuinte, também vítima do prejuízo.

LEI MARIA DA PENHA NELE
O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), foi notificado no dia 15 pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em uma ação movida pela ex-primeira-dama Pâmela Bório, com base na Lei Maria da Penha. O processo corre em segredo. O relator é o ministro Francisco Falcão.

VIROU EX NO CARGO
O tom de despedida do discurso presidente Michel Temer, ontem, ainda que gentil, deixou o ministro Mendonça Filho (Educação) na condição de ex ainda no cargo. Mas ele só quer largar o osso em abril.

COMO NUM ASSALTO
Servidores com os braços levantados, como se ouvissem do assaltante a ordem "mãos ao alto", tem sido comum no Ministério da Saúde, quando eles recebem da operadora de plano de saúde Capesesp uma circular comunicando reajuste de 22% num país de inflação de 2,5%.


DA BOCA PRA FORA
Ao reclamar do "excesso de protagonismo" do Judiciário, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fez lembrar declarações anteriores, sem lhes dar consequência, em defesa da extinção da Justiça do Trabalho.

PIROU TOTAL
Gleisi Hoffmann parece estar fora da casinha, com a iminente prisão de Lula: tem dito que o PT não reconhecerá que há democracia no País. Para gente dessa laia, só há democracia quando é feita sua vontade.

ALIADO NA BRIGA
Presidente do Sebrae, Guilherme Afif faz reunião nesta quinta (18) com parlamentares e mais de vinte entidades empresariais para articular a derrubada do veto do governo ao Refis para pequenos negócios.

CHAMEM A POLÍCIA
O Brasil é o paraíso da indústria farmacêutica. O remédio Evista, usado na prevenção câncer mamário e osteoporose, custa R$270 aqui e apenas 12 euros (R$47) em qualquer país europeu. O Stilnox, contra depressão, custa 7 euros (R$27) em Lisboa e R$200 em Brasília.

ANIVERSÁRIOS ILUSTRES
Os mineiros Francisco Rezek e Carlos Mário Veloso, aposentados do Supremo Tribunal Federal, aniversariam esta semana. Rezek completa 74 anos nesta quinta (18) e Velloso chega aos 82 na sexta (19).

PERGUNTA NA CÂMARA
Se Bolsa Família escraviza, como afirmou Rodrigo Maia, o que dizer do "cotão parlamentar", vicia?
Herculano
18/01/2018 10:43
NO DESESPERO, por Carlos Alberto Sardenberg, no jornal O Globo

Milhares de cargos foram perdidos pelo PT e associados. Um segundo cataclismo, nas eleições deste ano, seria devastador

É um claro sinal de desespero essa radicalização do PT à medida que se aproxima o julgamento de Lula no Tribunal Regional Federal de Porto Alegre. Há um componente de agitação e propaganda nesse movimento ?" uma última tentativa de intimidar o Judiciário ?" mas tem aí uma questão pessoal.

Trata-se do futuro profissional, do meio de vida mesmo, de grande parte dos quadros do PT. Estamos falando daqueles que só trabalham em três ambientes: no próprio partido, nos sindicatos e nos governos. São pessoas que praticamente largaram suas profissões para se dedicar inteiramente à atividade política.

Lula, claro, é o exemplo maior. Mas há outros milhares que descreveram a mesma trajetória de vida. São operários, advogados, médicos, engenheiros, técnicos de diversas áreas, jornalistas, que há muitos anos não têm qualquer atividade no setor privado da economia.

Podem reparar nos currículos. O sujeito é membro do partido, diretor do sindicato, depois aparece como secretário de alguma prefeitura, vai para um DAS no governo federal, assume um posto em governo estadual, uma bela assessoria em estatal ?" e assim vai, de administração em administração, de cidade em cidade, sempre acompanhando as vitórias do PT.

Os funcionários públicos concursados, como os professores, estão em parte protegidos pelas generosas regras do setor, entre as quais a estabilidade. O PT perde a eleição, o sujeito perde o cargo no governo e volta para a repartição. Mas como um simples peão. Tem um garantido mensal, mas perde gratificações, DAS, jetons por participação em conselhos de estatais, perde poder.

Eis um ponto pouco comentado, mas que está nas preocupações internas dos militantes.

Isso, aliás, explica grande parte dessa adesão cega a Lula. Tem o fervor político, claro, mas, convenhamos, é coisa de poucos. Os outros, inclusive por terem participado de campanhas e governos, sabem que é tudo verdade: caixa dois, desvio de dinheiro para o partido e para bolsos pessoais. Sabem que Lula se beneficiou pessoalmente desses esquemas ?" e sabem que a Lava-Jato descobriu tudo isso, com provas, sim senhor. Os que não sabiam e ficaram chocados já deixaram o partido.

Os demais lutam pela sobrevivência. Já houve um primeiro desmoronamento nas eleições municipais de 2016. Milhares de cargos foram perdidos pelo PT e associados. Um segundo cataclismo, nas eleições deste ano, seria devastador.

Daí o desespero ?" condição que frequentemente leva a decisões equivocadas.

Ameaçar o Judiciário, por exemplo, é um baita erro. Mas o que fazer quando se sabe que não há saída jurídica? Na verdade, há uma alternativa ?" a delação premiada. Lógico: o sujeito é apanhado, sabe que a Lava-Jato tem provas, faz o quê? Colaboração.

Como Lula não pode fazer isso, sobra o quê? Ir para o confronto, o desafio ao Judiciário, a ameaça de incendiar as ruas.

Esse confronto é politicamente ruim. Só agrada mesmo à militância cega. Assusta a maior parte da sociedade com a volta do PT radical, daquele Lula antes de fazer a barba, aparar o cabelo, vestir um terno Ricardo de Almeida com gravata Hermès e falar manso. Quase um suicídio? Aqui entra outra, digamos, convicção de Lula e seus mais próximos colaboradores. A de que ele consegue mudar o discurso a qualquer momento, de modo convincente. O radicalismo pré-julgamento seria só uma fase. Depois, na hipótese improvável da absolvição, volta-se para o paz e amor.

Na hipótese provável da condenação, vem agitação, mas a aposta maior será ganhar tempo com os recursos. Não será surpresa se aparecerem nessa fase declarações elogiosas aos tribunais superiores. Veremos. De todo modo, o que importa para Lula e seus militantes é salvar algum naco de poder. O que explica, por exemplo, as negociações partidárias nos estados com os golpistas do PMDB. Vale tudo pelos cargos e para estar no governo, qualquer governo.
Herculano
18/01/2018 10:41
NOSSA CRISE FISCAL TEM TUDO A VER COM CORRUPÇÃO, por Matias Spektor, no jornal Folha de S. Paulo

"Não existe uma ligação direta, forte, entre a corrupção e o problema fiscal do Estado brasileiro", disse em palestra Samuel Pessôa, colega colunista e de FGV.

Samuel é um dos melhores intelectuais públicos do país, mas está equivocado. Na experiência democrática brasileira, o problema fiscal do Estado e a corrupção endêmica têm raiz comum. São duas características da Nova República que têm tudo a ver uma com a outra.

O problema fiscal, como Samuel aponta há tempos, reside na concessão de vantagens excepcionais a grupos de interesse enquistados no Estado cuja força é suficiente para manter o fluxo de recursos públicos jorrando mesmo quando isso é incompatível com a realidade orçamentária. A dívida e ineficiência que resultam são custeadas por toda a população.

Assim como ocorre com o problema fiscal, a corrupção endêmica também reside na dominância dos grupos de interesse. Quando a Nova República foi negociada, a velha elite que prosperou durante a ditadura buscou salvaguardas para se proteger do choque do sufrágio universal. Para isso, criou um sistema de regras talhadas no qual a classe política protege grupos de interesse antes de prover bens públicos para a maioria desorganizada dos eleitores.

Em nosso sistema, a corrupção endêmica é o pedágio que os grupos de interesse pagam à classe política para fazer a roda girar. Também é o pedágio que o Executivo paga aos partidos políticos e a seus caciques para formar a maioria parlamentar sem a qual o ocupante do Palácio do Planalto não consegue governar.

Nesse sistema, as instituições de controle fazem vista grossa à apropriação particularista de recursos públicos. Grandes conglomerados rentistas compram junto aos deputados e ao Executivo a legislação que cria crédito subsidiado, perdoa dívidas irresponsáveis de grupos privados e impede o funcionamento bem-regulado do mercado nas áreas que mais afetam a vida do cidadão, como educação, saúde e saneamento básico. Tais grupos atuam em associação estreita com o alto funcionalismo público e a Justiça, eles próprios organizados como grupos de interesse dedicados a extrair vantagens do Estado.

A captura do Estado por grupos de interesse é causa central do problema fiscal e da corrupção no Brasil.

Mudar esse quadro é possível. Outros países que, como nós, fundaram suas democracias depois de longos períodos autoritários conseguiram resolver seu problema fiscal e, no processo, reduzir a corrupção. Espanha e Portugal quiçá sejam os exemplos mais relevantes para nós.

Mas a batalha é árdua e só será ganha se houver clareza a respeito do diagnóstico do problema
Herculano
18/01/2018 10:38
O JULGAMENTO DE LULA, TERMôMETRO DAS INSTITUIÇõES BRASILEIRAS, por Marchezan Taveira, jornalista e servidor público federal, para o jornal Gazeta do Povo, Curitiba PR

Continuamos orbitando em torno do carisma e megalomania de indivíduos "predestinados", ou finalmente reconheceremos a primazia das leis sobre os homens ?" quaisquer que sejam eles?

Ser o franco favorito em um iminente pleito presidencial pode tornar alguém impermeável ao arcabouço penal do país que pretende governar? A devoção de parte expressiva das massas confere ao líder ungido status de supralegalidade?

O desfecho do caso Lula pode ser um termômetro valioso para aferir o nível de maturidade institucional a que o país chegou. Continuamos a ser parte da "velha" América Latina, orbitando em torno do carisma e megalomania de indivíduos "predestinados", ou finalmente reconheceremos a primazia das leis sobre os homens ?" quaisquer que sejam eles?

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, Winston Churchill era virtualmente um semideus na Inglaterra, aclamado em todo o mundo, reconhecido interna e externamente como uma das lideranças a quem se devia tributar o triunfo dos Aliados. Com tais antecedentes, era natural que o Partido Conservador, ao qual pertencia, ingressasse nas eleições que se seguiram ao fim da guerra como (quase) indisputável favorito e que Churchill fosse reconduzido ao cargo de primeiro-ministro. Para espanto geral, as urnas não endossaram o favoritismo.


Inconscientemente, incorporamos o preceito de que os fins justificam os meios?
Os ingleses não têm o mesmo fetiche que os latino-americanos por lideranças messiânicas. Fosse pelas bandas de cá, não é absurdo supor que Churchill teria sido instado por bajuladores a surfar no imenso respaldo que possuía e arquitetar uma manobra constitucional para continuar no poder. Eis aí uma diferença fundamental entre uma nação que cultiva leis e princípios e aquelas que preferem cultivar o ego e a vaidade de seus líderes.

O fenômeno Lula diz muito sobre o Brasil de hoje, que, no fundo, continua sendo o Brasil de ontem e de sempre, pelo menos no campo dos costumes: inconscientemente, incorporamos o preceito de que os fins justificam os meios e tendemos a ser complacentes com desvios éticos, desde que cometidos por aqueles que acreditamos bem intencionados ou que julgamos ter uma lista expressiva de serviços prestados.

É certo que inúmeros outros políticos brasileiros já deveriam, há muito tempo, ter sido banidos da vida pública. Talvez não poucos dos que frequentam os corredores do Congresso merecessem estar circunscritos aos corredores da Papuda. Paulo Maluf é um espécime retardatário, ilustrativo da tradição morosa do Judiciário brasileiro. Tais constatações, entretanto, não tornam Lula menos responsável pelos abusos e crimes que tenha praticado no exercício da Presidência ou depois dela.

Boa pontuação no Ibope não deve servir de salvo conduto pra ninguém. No direito, a cominação legal independe de o sujeito ter 99% ou 0,99% nas sondagens de preferência pública, e não está atrelada ao tamanho das obras e das realizações computadas no currículo dele. Havendo efetiva culpa, que Lula seja condenado e retirado do páreo presidencial. Mais que de homens públicos populares e carismáticos, muito mais que de mitos, o Brasil precisa de representantes íntegros, éticos e dispostos a respeitar as leis.
Morador do Macuco
18/01/2018 07:19
Indignação, ontem a noite a CELESC demorou 4 horas para religar a energia elétrica no bairro Macuco, proximidades da Rodovia Ivo Silveira. Gaspar não tem equipe de plantão, tem que vir equipe de Blumenau para resolver pequenos problemas. Uma vergonha uma cidade de 70.000 habitantes não ter uma equipe de manutenção. É sinal que a CELESC tá quebrada mesmo.
Chico Denisio
17/01/2018 22:19
Seu Herculano

O senhor deve ter coisas mais importantes para escrever.
Será que não enxerga que o SAMAE vai bem obrigado.
Obras em andamento, a principal é o reservatório, os funcionários estão contentes com o sr. José Hilário, só vocês da oposição não vêem.
Chega, que saco, que falta de assunto.
Periquito Arrepiado
17/01/2018 21:18
A Gretchen já sabia.
Ela sempre canta: "bomba, bomba, bomba... bomba, bomba, bomba...
Mané do Breu
17/01/2018 20:23
A bomba tá na altura certa. O macaco véio consegue subi e consertar.
O cara é bomba. E bota bomba nisso.
Sujiru Fuji
17/01/2018 19:37
INCITAÇÃO À VIOLÊNCIA
A "palavra de ordem" de ódio foi da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, incitando a violência: "Para prender o Lula, vai ter que matar gente".

Se o PT quer tanto um cadáver como troféu, porque não pegar a "coxa" ou "amante" codinomes da Gleise na planilha da Odebrech?
Herculano
17/01/2018 19:15
da série: Gaspar já viu esta história; Ilhota está repetindo. Funcionários e sindicatos ideológicos são coniventes com os políticos no poder e péssimos fiscais de seus direitos, recursos de sustentação dos seus próprios futuro.

ALERTA: GOVERNADORES E PREFEITOS NÃO PODEM DESTRUIR OS FUNDOS DE PENSÃO DOS FUNCIONÁRIOS! por Adolfo Sachsida, no Instituto Liberal

Sejamos claros: vários governadores e prefeitos estão usando recursos do fundo de previdência dos funcionários públicos estaduais e municipais para fecharem as contas. Tal procedimento necessita de aprovação da Assembleia Legislativa (ou da Câmara de Vereadores). Faço aqui meu pedido a Todos os Deputados Estaduais e Vereadores: NÃO deixem os governadores e os prefeitos destruírem os fundos de pensão dos funcionários estaduais e municipais.

O governador do Distrito Federal já meteu a mão no fundo de previdência dos funcionários do Distrito Federal. Vários outros estados e municípios estão fazendo o mesmo. E depois? O que irá acontecer quando esses funcionários se aposentarem??? ?"bvio que esse problema é uma bomba relógio, os governadores estão empurrando esse problema para o futuro. No futuro essa conta será muito mais pesada e difícil de pagar do que se o problema fosse enfrentado hoje.

2018 é um ano eleitoral. Governadores querem gastar mais recursos, querem contratar mais funcionários, pois acreditam que assim sua chance de reeleição aumenta. Sim, isso pode ser verdade. Mas a que custo? Ao custo de sacrificar mais ainda as já destruídas contas públicas. E aqui cabe um alerta: é óbvio que nesse ritmo os estados caminham para se transformarem em insolventes no futuro. Isto é, ao aumentar os gastos públicos em vez de reduzi-los os governadores transferem para o próximo governador eleito o custo do ajuste. Em breve teremos vários "Rio de Janeiros" espalhados pelo país. Estados sem capacidade de sequer pagar o salário de seus funcionários e pensionistas.

Peço que os deputados estaduais e vereadores lutem contra isso. Não permitam que os governadores e prefeitos usem recursos destinados a pagamento futuro de aposentadorias para o pagamento de outras despesas.

Repito: os fundos de pensão estaduais e municipais são uma verdadeira bomba relógio, prontas para explodirem nos próximos anos. É dever dos deputados estaduais e vereadores não permitir que governadores e prefeitos piorem ainda mais essa situação.

Um último alerta: o governo federal precisa ficar atento a essa destruição dos fundos de previdência dos funcionários públicos estaduais e municipais. Afinal, quem você acha que será obrigado a pagar essa conta quando os estados e municípios falirem??? É óbvio que essa conta vai cair no colo do governo federal, isto é, todos os contribuintes brasileiros serão obrigados a pagar a conta da irresponsabilidade de alguns governadores e prefeitos. Pior que isso, aqueles estados e municípios que estão ajustando suas contas serão obrigados a socorrerem os estados e municípios irresponsáveis. Em outras palavras, os responsáveis serão obrigados a pagar a conta gerada pelos irresponsáveis. Pior que isso: governadores e prefeitos honestos, que realizaram o ajuste fiscal e pagaram o preço político disso verão o governo federal premiando os governadores e prefeitos irresponsáveis. Isso simplesmente não é correto!
Herculano
17/01/2018 19:08
PRESIDENTE DO TST REBATE ROBERTO JEFFERSON

Conteúdo de O Antagonista.Ives Gandra Martins Filho, presidente do TST, divulgou uma nota pública em que lamentou e contrapôs as declarações de Roberto Jefferson, à Folha de S. Paulo, defendendo o fim da Justiça Trabalhista[está publicado e pode ser lido abaixo].

Para o ministro, extinguir a Justiça do Trabalho é um retrocesso para o Brasil e para a sociedade.

"Somos a Justiça que mais julga e a mais eficiente. Somos também a que mais concilia, ou seja, a que soluciona processos, evitando ou solucionando greves que impactariam toda a sociedade."

"Além disso, nossos processos são os únicos de todo Poder Judiciário que são totalmente eletrônicos: agilizando a vida de quem recorre a este ramo, rompendo barreiras físicas e desburocratizando o processo", acrescentou.

COM DOIS APARTAMENTOS NO LEBLON, FILHA DE FUX GANHA AUXÍLIO-MORADIA

Marianna Fux, desembargadora do TJ-RJ, recebe auxílio-moradia de R$ 4.300 por mês mesmo com dois apartamentos no Leblon que valem no mínimo R$ 2 milhões, informa o BuzzFeed.

O pai dela, Luiz Fux, é o mesmo ministro do STF que concedeu liminar para que todos os magistrados brasileiros obtivessem o direito ao auxílio-moradia.

Marianna, que se tornou desembargadora aos 35 anos e hoje tem 37, disse que recebe o valor conforme a lei e as regras do Conselho Nacional de Justiça.
Erva Daninha
17/01/2018 18:18
Oi, Herculano

A insistência de Mariluci neste caso, beira ao ridículo porque o cabeção do boneco de Olinda é oco.
Porque não te calas, anciã caduca?
Periquito Australiano
17/01/2018 18:13
Herculano;

O José Hilário Melato acha que o SAMAE é como a Câmara de Vereadores onde não precisa fazer nada.

Sabe nada, inocente!
Digite 13, delete
17/01/2018 18:08
Oi, Herculano

SAMAE inundado;

"esse chamado Melato está lhe embaçando a visão".

Agora querem dizer que o Hilário Melato é o "cara". E como fica o "macaco veio"?

Já sei! dá para inserir os dois termos numa frase:

O "macaco veio" ´Hilário Melato é o "cara" incompetente do SAMAE.

#lacrou
Maria Juliana
17/01/2018 18:06
Mario Pera

Que tal o seu amigo Luciano da Havan iniciar este novo desafio, explicando a condenação de sonegação de impostos?
seria um bom começo.
CIDADÃ INDIGNADA
17/01/2018 17:28
Perguntar não ofende, mas após a junção da taxa de lixo com a conta da água, não se passa mais o caminhão de lixo no município de Ilhota? Até quando vamos ter que chegar em casa e ajuntar todo o lixo do chão porque os cachorros bagunçaram tudo?
Sidnei Luis Reinert
17/01/2018 17:16
FIM DO BITCOIN

Criminosos e terroristas estão vendendo seus bitcoins e migrando para o monero ?" outra criptomoeda e usando-o para realizar transações na dark web.

https://www.bloomberg.com/news/articles/2018-01-02/criminal-underworld-is-dropping-bitcoin-for-another-currency?cmpid=BBD010318_MKT&utm_medium=email&utm_source=newsletter&utm_term=180103&utm_campaign=markets
Sidnei Luis Reinert
17/01/2018 16:57

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
E se o Judiciário organizar o Brasil, Rodrigo Maia?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A guerra aberta e declarada entre os poderes ganhou mais uma ingrediente de tensão, graças à mosquinha azul que mordeu o presidente da Câmara ?" que agora ameaça ser "presidenciável". Rodrigo Maia certamente vai ampliar seu hall de inimigos, depois da infeliz declaração de que "a interferência indevida do judiciário está desorganizando o Brasil". Maia abriu o bico em Washington, nos EUA.

O filho do imperador César Maia, com certeza, tentou imitar seu pai na criação de factóides, mas pode se dar mal. Ao defender a posse da deputada Cristiane Brasil, bloqueada por uma liminar da Justiça Federal que o governo não consegue derrubar, Rodrigo bateu forte no Poder Togado: "Daqui a pouco a sociedade vai achar que o Judiciário pode tudo, que vai salvar o Brasil. Começa a demandar dele uma escola melhor, um posto de saúde melhor, mas esse papel não é do Judiciário".

A crítica do Rodrigo procederia se ele fizesse, antes, uma condenação ao modelo institucional do Estado brasileiro, cuja estrutura foi rompida e corrompida pelo Crime. Rodrigo também faria uma reclamação consistente e relevante se apontasse o regramento excessivo como um dos fatores da confusão entre os poderes no Brasil. O vício autoritário, arraigado em nossos "donos do poder", é o causador da "judicialização de tudo". A sistemática violação legal força que se recorra ao judiciário, excessivamente, para mediar e solucionar pendengas facilmente resolvidas se tivéssemos Democracia ?" e não nossa demo-cracia que é sinônimo de oclocracia (governo de bandidos e ladrões).

Agora imagina, Rodrigo Maia, se os integrantes íntegros do Judiciário resolverem aceitar o desafio de organizar o Brasil? A opinião pública já faz pressão para que o Judiciário funcione. Ninguém agüenta mais a corruptela, o tal do "Judasciário", que abusa de poder, promove rigor seletivo junto com uma parte do Ministério Público e da Polícia (Judiciária) e, pior de tudo, se omite na hora de decidir pela efetiva e plena aplicação da Segurança do Direito (a verdadeira Democracia).

Não é só na novela das nove da Rede Globo que uma magistrada jovem decide enfrentar um velho juiz corrupto... Na vida real, sobretudo os juízes e juízas mais jovens, com apoio de desembargadores cientes de sua missão institucional, tem mudado a postura para dar uma dimensão humana e estritamente legal a suas decisões. Vide o exemplo da juíza Federal Anne Karina Costa, que usou a criatividade e a lei para encontrar uma solução para um caso que parecia ser impossível. Veja o vídeo abaixo... Boa vontade faz a diferença!



Rodrigo Maia pode ter mirado no que pensou que viu, para acertar naquilo que sua visão limitada não consegue ou não quer enxergar e nem compreender. Vai tomar pauladas do Judiciário ?" e também do Judasciário. Todos os poderes são responsáveis pela guerra de todos contra todos. Por isso, a única saída é uma Intervenção Institucional que reinvente o Brasil em bases federalistas e republicanas, de clara separação equilibrada entre os poderes.
O modelo hoje em vigor cai de podre. A exacerbação da violência, geradora de cada vez mais insegurança (política, jurídica e individual), sacramentará as condições para a mudança estrutural. Até lá, aguentemos a picadura da mosquinha azul do poder - que tem causado, no Brasil, a febre vermelha...
Ameaça babaca
O e-mail do Editor-chefe do Alerta Total recebeu às 16h 37 de ontem, a carinhosa mensagem de algum fdp anônimo, com o título "Cuidado com o rabo":
"E ai viadao chupador de rola. Vamos comer o seu cu heim!!!!" (sic)
A mensagem covarde foi enviada pelo endereço Anonymous Remailer (austria) - mixmaster@remailer.privacy.at -, logo depois que publicamos o artigo: O crime de lesa-pátria da Petrobras...
Esse e-mail é público e manjado, sempre usado para atacar pessoas...
Parece que o texto doeu no rabo de alguém que adora estuprar o povo brasileiro...
Sidnei Luis Reinert
17/01/2018 16:56
O crime de lesa-pátria da Petrobras


2ª Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A Republiqueta Interventora de Bruzundanga parece que perdeu, definitivamente, qualquer vergonha de ser uma mera colônia de exploração da periferia globalitária. No momento em que a cotação do barril de petróleo sobe, a Petrobras vende uma importante concessão do pré-sal. Tudo a preço de banana podre e a toque de caixa. Pior ainda, a estatal de economia mista se esquece de pagar os R$ 90 bilhões da revisão do contrato da cessão onerosa. Será que vão esperar o preço petróleo decolar ainda mais no mercado internacional?

Ficou na cara que a Petrobrás vendeu, correndo, a reserva do pré-sal no Campo de Iara para pagar a indenização de quase R$ 10 bilhões aos detentores de ADRs que fecharam um acordo para parar com a maior ação judicial de Class Action nos EUA. Outra parte do rombo será coberta com a abertura de capital da BR Distribuidora ?" onde a turma do petrolão roubou até o talo. Silmplesmente, a Petrobras está pagando a conta da corrupção da qual a empresa não foi totalmente "vítima". Já os investidores brasileiros, os tais dos "minorotários", que se danem...

Shell, Exxon, Total e outras mais fazem a festa... Como de péssimo hábito, os colonizados bruzundanguenses agem conforme o complexo de vira-latas ?" magistralmente conceituado pelo imortal Nelson Rodrigues. A mania aqui é acreditar na mentira de que os estrangeiros têm sempre mais capacidade e competência de explorar qualquer negócio por aqui. Na prática, entregamos, na bacia das almas, toda a nossa tecnologia de exploração em águas profundas e no próprio pré-sal. Enquanto agirmos como "Macunaímas", estaremos dominados pelo Crime Institucionalizado e seus agentes conscientes do poder real globalitário.

A delinqüência tem de ser contida. Fragmentar a Petrobras é como bem define o ativista Romano Allegro, que desde 2007 faz sistemáticas e comprovadas denúncias aos órgãos de controle (MPF, CVM, TCU, CADE e por aí vai): "Eles estão fritando o porco na própria banha. Eles estão pagando o almoço para pagar o jantar. A abertura de capital da BR é um crime. A B3 flexibilizou o nível 2, para se adaptar a Petrobrás, presida pelo Pedro Parente, que também é presidente do Conselho de Administração da Bolsa de Valores, e faz o mercado engolir que não existe conflito de interesses. Pedro Parente parece um imperador que implode a empresa".

Romano Allegro divulga o teor de suas manifestações, nas recentes assembléias da Petrobras, em 31 de janeiro de 2017, 27 de abril de 2017 e 15 de dezembro de 2017. O ativista denuncia que vem sendo vítima de uma tentativa de desmoralização pela área jurídica da companhia. No entanto, Romano promete seguir em sua campanha para a moralização do mercado e para que a empresa, um dia, adote práticas efetivas de Governança Corporativa. Romano também sonha com uma punição exemplar, pela Lava Jato, a Luiz Inácio Lula da Silva, o grande e maior comandante de todo o desastre causado contra a Petrobras e pela companhia contra os investidores do mercado interno e externo.

Os "minorotários" se danam com os abusos de gestão e barbaridades cometidas pelo governo da União. Enquanto isso, o povinho e os empreendedores pagam a conta, bancando os sucessivos aumentos de combustíveis que tentam saldar o rombo gerado pela corrupção. E os bandidos aguardam o momento em que poderão usar e abusar da grana "roubada" que escondem nos paraísos fiscais e nas armações africanas...

E o Batman ainda tem a coragem de dizer ao Robin que o crime não compensa... Só se for apenas em Gotham City...
Herculano
17/01/2018 15:35
da série: o pai da deputada Cristiane Brasil, que não respeitou o direito de seus ex-empregados

JUSTIÇA TRABALHISTA É "BABÁ CARA", DIZ ROBERTO JEFFERSON

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Gustavo Uribe e Daniel Carvalho, da sucursal de Brasília. O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, defendeu o fim da Justiça do Trabalho, que classificou de "excrescência brasileira" e "babá de luxo".

A reação deve-se às decisões recentes que barraram a posse de sua filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), como ministra do Trabalho. Ela foi condenada a pagar R$ 60 mil por dívidas trabalhistas a um de seus ex-motoristas e fez acordo com outro profissional para evitar nova condenação.

Em entrevista à Folha, ele disse que manterá a indicação "até o final" e que a parlamentar tem pago um preço alto por ser sua filha.

Responsável por denunciar o esquema do mensalão , Jefferson diz não se arrepender e que faria tudo outra vez.

Para as eleições deste ano, defendeu a candidatura do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), disse que o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) não tem "embocadura política" e que Jair Bolsonaro (PSC-RJ) não deve chegar ao segundo turno.

Posse

Nós temos de exaurir isso. Cristiane Brasil enfrentou as duas reclamações [trabalhistas] por entender que não eram justas e as pagou. Negar ao cidadão o direito de se defender é pior que interferir no ato de um presidente. Quando você diz que isso é imoral, que a Justiça do Trabalho prevalece acima de tudo, isso é uma ditadura trabalhista. Foi feito barulho contra a Cristiane dizendo que ela é imoral. Imoral é aquele que se defende de acusações que acha que são injustas? A minha filha se defendeu, foi condenada e pagou. A pena na Justiça do Trabalho é capital ou perpétua? Isso é gravíssimo, porque nega a cidadania. A Justiça do Trabalho agora quer dar lição de moral em todas as pessoas e eu não vejo qualidade nela para dar lição de moral.

Justiça trabalhista

É socialista e populista. Não consigo entender o custo benefício dela. Temos 2% da mão de obra regular, reconhecida com carteira assinada, e 85% das reclamações trabalhistas do mundo. O que mostra que é uma indústria do reclamante, porque o reclamado sempre perde. A Justiça do Trabalho custou no ano passado R$ 22 bilhões para dar de soluções entre indenizações e acordos menos de R$ 8 bilhões. Ela é a babá mais cara do mundo. Você não tem defesa na Justiça do Trabalho. Nós tínhamos que acabar com a Justiça do Trabalho, porque ela é uma excrescência brasileira, e julgar na Justiça comum.

Indicação da filha

Na última vez que conversei com o presidente Michel Temer, ele disse que vai levar isso [a indicação de Cristiane Brasil] até o final. Ele acha que foi uma intervenção descabida e indevida e ele quer discutir isso até o final. Eu vou até o final, até o momento em que o presidente garantir o que ele me falou. Eu acho que o STJ [Superior Tribunal de Justiça] já tem uma outra visão. O Rio de Janeiro é um Estado muito socialista, tanto que faliu. Não vejo razão para o presidente se sentir pressionado e, por mim, não está sendo pressionado. Isso vem para atingir a mim, que venho numa luta contra a esquerda e contra o PT.

Mensalão

Eu não delatei. Se você falar em delatar, paro de fazer a entrevista contigo. Delação premiada é conversa para vagabundo, é para canalha. Eu fiz essa denúncia à Folha [em entrevista em 2005]. Se vocês já se acham capazes de negociar delação, a Folha está maior que o Ministério Público. Não vejo na bela Renata Lo Prete [ex-repórter do jornal a quem Jefferson denunciou o mensalão] uma procuradora da República, uma bruxa má. Eu, absolutamente [não me arrependo]. Fiz o que tinha que ser feito.

Lula
Vai correr o risco gravemente de ter um mandado de segurança ao seu favor, disputar a eleição e depois não computar o voto. Ele não ganha a eleição em primeiro turno. Não tem a menor chance. Ainda mais tendo perdido a classe média. Ele vai ter 20%, 25%. Não vai para o segundo turno. Vão os segundo e terceiro colocados. Você enterra o mito na eleição. Senão ele vai ficar a vida inteira gritando que foi vítima do [juiz federal] Sergio Moro, do Tribunal do Rio Grande do Sul, dos procuradores da República.

Apoio
[O PTB] é muito próximo do Geraldo Alckmin. É uma velha amizade e um respeito muito grande que temos pela trajetória dele. É um homem que tem lastro e passou incólume por todas essas suspeitas, todas essas acusações. É um homem pronto para assumir o Brasil.

Maia e Meirelles
Não vejo vontade dos partidos de lançar candidato a presidente. Penso que o Rodrigo [Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara] está na imprensa muito bem. Tem se colocado muito bem aos olhos da opinião pública, vai ser o deputado mais bem votado do Rio de Janeiro e vai ter toda chance de presidir a Câmara dos Deputados novamente. E o Meirelles, não vejo embocadura política nele. Não quero discutir economia com o Meirelles porque ele é um profundo conhecedor disso. Mas ele não venha discutir política comigo porque eu dou um baile nele. Política é para político. Esse negócio de outsider eu acho complicado.

Bolsonaro
Ele vai ter muito voto. Se o Lula sair, o Bolsonaro cai. [São] tese e antítese. Mas se o Lula for até o final, mesmo pendurado em mandado de segurança, o Bolsonaro vai ter seus 15%, é o que as pesquisas vêm dando. Não vai passar para o segundo turno.

Candidatura
Vou ser candidato a deputado federal por São Paulo. Eu busco a verdadeira absolvição para as minhas atitudes, que é o voto popular
Herculano
17/01/2018 13:20
CARTA ABERTA AO COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL - FURANDO O BLOQUEIO CONTRA O POLITICAMENTE CORRETO, por Ana Paula Henkel, para o jornal O Estado de S. Paulo

Esta é uma carta aberta aos dirigentes do Comitê Olímpico Internacional (COI) e estendida aos dirigentes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), em defesa das modalidades femininas dos esportes profissionais.

Prezados,

Antes de tudo, quero agradecer ao COB e à CBV pela oportunidade de representar meu país em quatro Olimpíadas e inúmeros mundiais no vôlei de quadra e de praia. Foram anos de enorme sacrifício e prazer testemunhando diariamente os valorosos ideais do Barão de Coubertin, ideais que morarão para sempre em minha alma.

Poder representar meu país entre os melhores do mundo é a maior honra que qualquer atleta pode sonhar na carreira. Entre os títulos alcançados, certamente a confiança depositada em mim, de que eu representaria com respeito e dignidade o esporte brasileiro durante 24 anos da minha vida, está entre as mais importantes conquistas da minha carreira.

É com respeito mas com grande preocupação que escrevo às entidades responsáveis pelo esporte sobre a ameaça de total desvirtuação das competições femininas que ocorre atualmente com a aceitação de atletas que nasceram homens, que desenvolveram musculatura, ossos, capacidade pulmonar e cardíaca como homens, em modalidades criadas e formatadas especificamente para mulheres. Se alguém tem que ir à público e pagar um preço em nome da verdade, do bom senso e dos fatos, estou disposta a arcar com as consequências. O espaço conquistado de maneira íntegra por mulheres no esporte está em jogo.

Tenho orgulho de ser herdeira dos valores que construíram a civilização ocidental, a mais livre, próspera, tolerante e plural da história da humanidade. Este legado sócio-cultural único permitiu que nós mulheres pudéssemos conquistar nosso espaço na sociedade, no mercado e nos esportes. Na celebração das diferenças é que nos tornamos ainda mais unidos, homens e mulheres, dentro e fora das quadras. E é apenas com esse legado que podemos olhar para cada indivíduo como um ser único e especial.

Num tempo em que a militância política condensa e resume o pensamento às pautas ideológicas para negar a realidade, não é difícil identificar a armadilha em que as entidades esportivas caíram e que podem levar junto todo o esporte feminino. Sabemos da força do esporte para elevar o espírito humano acima das guerras e conflitos, especialmente a cada quatro anos, quando durante três semanas mágicas testemunhamos o que há de melhor e mais nobre em todos nós. É esse legado que precisamos defender.

A verdade mais óbvia e respeitada por todos os envolvidos no esporte é a diferença biológica entre homens e mulheres. Se não houvesse, por que estabelecer categorias separadas entre os sexos? Por que colocar a rede de vôlei masculina a 2,43m de altura e a feminina com 2,24m? Basta uma análise superficial com um mínimo de bom senso no porte físico de jogadores de basquete masculino e feminino para entender que não são intercambiáveis.

A nadadora americana Allison Schmitt estabeleceu o recorde mundial dos 200 metros (livre) em 1:53.61, um feito admirável, mas quando comparado aos 1:42.96 de Michael Phelps na mesma prova só evidencia a óbvia diferença física entre homens e mulheres. Seleções de futebol feminino costumam treinar (e perder) de times masculinos sub-17. Os exemplos são infinitos de como não faz sentido misturar homens e mulheres em modalidades onde a força física faz diferença no resultado final.

É justo simplesmente fingir que estas inegáveis diferenças biológicas não existem em nome de uma agenda político-ideológica que servirá para cercear um espaço tão duramente conquistado pelas mulheres ao longo de séculos? Como aceitar homens "biológicos" em competições como lutas, batendo impiedosamente em mulheres e ainda ganhando dinheiro, fama e medalhas por isso? Será que todos enlouquecemos ao permitir tamanho descalabro?

Médicos já começam a se pronunciar sobre a evidente vantagem de atletas transexuais no esporte feminino e contestam a recomendação feita pelo COI de permitir atletas trans de competirem entre mulheres com apenas um ano com o nível de testosterona baixo. Inúmeros fisiologistas já atestaram que esse parâmetro estabelecido pelo COI não reverte os efeitos do hormônio masculino na já finalizada construção de ossos, tecidos, órgãos e músculos ao longo de décadas. Treinadores de voleibol no Brasil e na Itália já relatam que agentes esportivos estão oferecendo atletas trans que já podem competir no vôlei feminino, homens biológicos que ocuparão o lugar de mulheres nos times. Até quando vamos assistir calados a tudo isso? Eu me recuso.

Esportistas em geral e jogadoras de vôlei em particular estão sendo patrulhadas e cerceadas da sua liberdade de expressão. Muitas não expressam sua indignação pela total falta de proteção das entidades esportivas, coniventes com esse disparate. "É uma diferença muito grande e nos sentimos impotentes", relata Juliana Fillipeli, atleta do time de vôlei do Pinheiros, depois de assistir Tiffany Abreu, ex-Rodrigo, vencer seu time e ser, mais uma vez, recordista em pontos na partida. Tiffany, que jogou na Superliga Masculina no Brasil como Rodrigo, é hoje a maior pontuadora da Superliga Feminina em apenas poucos jogos, deixando para trás a campeã olímpica Tandara, uma das melhores atacantes do Brasil e do mundo.

Durante 24 anos dedicados ao voleibol, fui submetida ao mais rigoroso controle antidoping por todas as entidades esportivas, incluindo a Agência Mundial Antidoping (WADA). Fui testada dentro e fora das competições para provar que meu corpo não estava sendo construído em nenhum momento da minha vida com testosterona. De todos os testes, um dos mais importantes para mulheres é o que mede exatamente o nível do hormônio masculino, proibido de ser usado ou mesmo de ser naturalmente produzido, em qualquer fase da vida de uma atleta mulher além do permitido.

Em resumo, desde a adolescência preciso provar, cientificamente, que sou mulher para competir e depois manter minhas conquistas, títulos e medalhas. Quantas mulheres não perderam títulos ou foram banidas do esporte especificamente por conta deste hormônio que sobra num corpo masculino normal? Havia uma relação de confiança mútua entre atletas, entidades e confederações para garantir o esporte limpo, justo e honesto, sem atalhos ou trapaças. Esta relação está a um passo de ser quebrada.

O material colhido de anos atrás para testes antidoping de todos os atletas, como eu, continua guardado até hoje e pode ser novamente acessado e testado. Uma nova medição que constate níveis incompatíveis de testosterona num corpo feminino pode retirar títulos retroativamente, conquistas de anos ou décadas anteriores. Este nível de rigor foi totalmente abandonado para acomodar transexuais que até pouco tempo eram homens, alguns deles tendo competido profissionalmente como homens. O que uma amostra de anos atrás de atletas transexuais femininas acusaria? É simplesmente inaceitável.

O combate ao preconceito contra transexuais e homossexuais é uma discussão justa e pertinente. A inclusão de pessoas transexuais na sociedade deve ser respeitada, mas essa apressada e irrefletida decisão de incluir biologicamente homens, nascidos e construídos com testosterona, com altura, força e capacidade aeróbica de homens, sai da esfera da tolerância e constrange, humilha e exclui mulheres.

Assistimos atualmente entidades esportivas fechando os olhos para a biologia humana na tentativa de ludibriar a ciência em nome de agendas político-ideológicas. Assistimos atualmente um grande deboche às mulheres e a cumplicidade dos responsáveis pelo esporte no mundo com a forma suprema de misoginia. Uma declaração de boas intenções das entidades encarregadas de proteger o esporte escrupuloso e correto não é suficiente para justificar tamanho absurdo.

O esporte sempre foi um grande e respeitado veículo de conquistas femininas, uma arma que sempre evidenciou o mérito das mulheres àqueles que tentaram impor limites aos sonhos de todas que lutaram e lutam para mostrar nosso verdadeiro valor, talento, capacidade de superação e mérito. Numa semana que celebramos Martin Luther King Jr., deixo aos dirigentes do esporte mundial uma de suas célebres frases: "nossas vidas começam a terminar no dia que nos silenciamos para as coisas que são realmente importantes.".

Ana Paula é medalhista Olímpica tendo disputado 4 Olimpíadas pelo Brasil ao longo de 24 anos de carreira dedicados ao voleibol.Com um olhar original e bem-humorado sobre política e esportes, Ana Paula comenta as notícias que importam ao leitor sem medo do politicamente correto. Arquiteta formada pela UCLA, atualmente cursa Ciência Política na mesma universidade.
Herculano
17/01/2018 13:15
A SEITA COM DINHEIRO ROUBADO

Mário Sabino, ex-editor de Veja e hoje em O Antagonista, no twitter: "A histeria petista com o julgamento de Lula mostra que ele é o Comandante de uma seita, não de um partido. A seita recolhia o dízimo nos cofres públicos"
Herculano
17/01/2018 12:39
INOCENTE

O amigo particular do empreendedor Luciano Hang, Mário Pera escreve, sobre ele, e meu comentário:

"Hoje Luciano é ícone nacional de competência e visão. Capaz de se mover por todos os setores, porém com as mesmas convicções, como me disse há alguns dias numa conversa em Balneário Camboriu, que será sempre homem com visão pragmática e em defesa de um Brasil decente, a partir de governos enxutos e competentes, longe da corrupçao e da falácia do socialismo.

Uma coisa tem de sobra: coragem para dizer o que pensa e o que pretende fazer, coisa que aos políticos tradicionais restam meias palavras e acertos convenientes".

Como escrevi: "Quem manda num governo não é exatamente o governante, é uma entidade invisível chamada estado, a legislação, os burocratas e uma casta de servidores estáveis, bem pagos, cheios de privilégios, impossível a qualquer empresa, que não estão preocupados com resultados, inovação, produtividade e transformação para o bem da sociedade do amanhã".

Luciano não deve ser nenhum inocente. Precisamos mudar esse quadro de sacanas e sacanagens, mas levará muito tempo, com muitos lucianos. Num ponto, convirjo: é preciso começar e não precisa ser com um empresário, mas com políticos decentes e comprometidos com a sociedade e o futuro
Herculano
17/01/2018 11:57
LULA QUER EXONERAR SÉRGIO MORO

Conteúdo de o Antagonista.A escalada petista contra o Judiciário é comandada pelo próprio Lula.

Isso se tornou ainda mais evidente ontem à noite, no teatro Oi.

Além de atacar o TRF-4, em particular o presidente do tribunal, Carlos Eduardo Thompson Flores, e o revisor da Lava Jato, Leandro Paulsen, Lula disse também que Sergio Moro tem de perder o emprego:

"Juízes com o comportamento dele deveriam ser exonerados."

IDENTIFICADOS

Roberto Veloso, da Ajufe, disse que os responsáveis por ameaças aos desembargadores que julgarão Lula no TRF-4 foram identificados, relata O Globo.

Segundo o presidente da associação dos juízes federais, as ameaças foram feitas basicamente em redes sociais, e os perfis foram identificados e enviados à Procuradoria-Geral da República.

"Agora caberá à PGR decidir o tratamento que dará a esses dados", acrescentou Veloso.

GLEISI DEVERIA SER ENQUADRADA NA LSN

Como registramos mais cedo, Gleisi Hoffmann disse que "para prender Lula, vai ter que matar muita gente".

A grave ameaça da senadora se enquadra na velha, porém vigente, Lei de Segurança Nacional, que prevê pena de até 15 anos de prisão.

Os artigos 17 e 18 são claríssimos:

Tentar mudar, com emprego de violência ou grave ameaça, a ordem, o regime vigente ou o Estado de Direito.
Tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União ou dos Estados.

O parágrafo único da mesma LSN diz que, "se do fato resulta lesão corporal grave, a pena aumenta-se até a metade; se resulta morte, aumenta-se até o dobro".

LULA SE COMPARA A BOLSONARO

Para tentar limpar sua folha corrida, Lula comparou-se a Jair Bolsonaro.

Ele disse no teatro Oi:

"O Bolsonaro vai agora comer o pão que o diabo amassou. A mídia vai fazer com ele o que tentou fazer comigo durante anos sem encontrar nada".
Herculano
17/01/2018 11:49
da série: depois de malhado, restou a explicação, e quando juiz explica fora dos autos suas atitudes, é porque alguma coisa está errada com os seus atos, a sua hermenêutica ou com a sociedade não tolera a lei que ele usa para as suas decisões.

EM DEFESA DO HABEAS CORPUS, por Gilmar Mendes, ministro do STF, para o jornal Folha de S. Paulo

Os juízes têm uma relação paradoxal com a liberdade. De um lado, são defensores da ordem: apenas a ordem escrita e fundamentada de um juiz legitima que alguém seja mantido preso (artigo 5º, LXI, da Constituição). De outro, eles são defensores da liberdade: sempre que a lei admitir a liberdade, a obrigação do juiz é assegurá-la (art. 5º, LXVI, da Constituição).

O Brasil é um país violento e corrupto. A sociedade clama por reação, ainda que simbólica, especialmente em face de crimes de sangue e corrupção. Não é surpresa que as decisões que privilegiam a ordem, determinando o encarceramento, sejam bem vistas pelo público.

Por outro lado, decisões que afirmam a liberdade são impopulares. O juiz também é um membro da sociedade e, como tal, compartilha o sentimento coletivo. Ainda assim, ao determinar a prisão, deve seguir a lei à risca, evitando encarceramento além do necessário.

Dentre outras maneiras, o sistema jurídico manifesta a preferência pela liberdade por meio da ação de habeas corpus (HC), uma via processual prevista constitucionalmente, destinada a assegurar a liberdade, podendo ser proposta por qualquer um do povo para fazer cessar uma prisão indevida.

O habeas corpus é igualmente valorado pelos tribunais, seja ele escrito pelo advogado consagrado, em papel especial timbrado, seja pelo próprio preso ?"ou seus parentes?" em folhas de caderno.

O HC acaba sendo o meio para coibir interpretações equivocadas e mesmo abusos na prisão. Essa característica de defesa da liberdade o torna bastante impopular entre aqueles que pregam a punição desmedida, gerando reações destinadas a limitar sua utilização.

Um dos projetos de lei elaborados pelo Ministério Público Federal na campanha intitulada "Dez Medidas contra a Corrupção" buscava justamente reduzir o poder dos tribunais para conceder habeas corpus. Felizmente, restou rejeitado pela Câmara dos Deputados.

Em outra frente, discute-se a limitação do poder do Supremo Tribunal Federal de conhecer de ações de habeas corpus, por meio de uma nova interpretação da Constituição.

A inovação seria limitar os pedidos da defesa a apenas duas instâncias. Assim, contra decisões de primeira instância caberia habeas corpus ao Tribunal de Justiça e recurso ordinário ao Superior Tribunal de Justiça. O Supremo não poderia ser acionado.

Defendo que a ação de habeas corpus não pode ser limitada. O Brasil tem a terceira população carcerária do mundo, com 726.000 pessoas presas ?"quase o dobro do número de vagas. Cerca de 40% dos encarcerados não foram julgados em definitivo. Não vamos resolver a impunidade ou a morosidade judicial antecipando penas, muitas vezes injustamente, mas apenas criar novos problemas.

Os presídios servem como agências do crime organizado, verdadeiros escritórios de logística e de recursos humanos das organizações.

Nesse contexto, defender o habeas corpus é defender a liberdade individual, é defender a expectativa de civilidade para todos e cada um, mas também é defender a sociedade contra a propagação desenfreada do crime. A violência e a corrupção não podem ser combatidas fora da lei. A persecução dos criminosos sem o Estado de Direito apenas gera novos crimes.
Herculano
17/01/2018 11:45
A PERSISTENTE E CANSATIVA CARA DE PAU DE LULA E PT, por Ricardo Vélez Rodríguez,coordenador do Centro de Pesquisas Estratégicas da Universidade Federal de Juiz de Fora, para o jornal O Estado de S. Paulo

Sua retórica se inspira na tradição totalitária que fez milhões de vítimas mundo afora

O fato que salta à vista neste início de ano é a eterna cara de pau de Lula e dos advogados e militantes do Partido dos Trabalhadores (PT). O famigerado líder petista e seus sequazes tentam peitar a magistratura, com o propósito de tumultuar o julgamento do réu pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, no próximo dia 24, tendo sido já o ex-presidente condenado pelo juiz federal Sergio Moro em primeira instância, no âmbito da Operação Lava Jato.

A finalidade da estratégia petista sempre tem sido pescar em águas turvas. Para Lula, só há uma alternativa: guindá-lo de novo ao poder, do qual ele e seu partido foram desalojados pela sociedade brasileira após 14 anos de desmandos.

Inovou Lula com essa estratégia? Definitivamente, não: essa é a via aberta pelos totalitários desde os jacobinos e Lenin até os dias atuais.

O grande problema não resolvido pelos totalitários é que eles se acham superiores ao restante da humanidade. O termo "democracia", para o espírito totalitário, significa governo dos próprios totalitários sem nenhuma limitação. Eles assumiram o espírito pregado por Jean-Jacques Rousseau no seu Contrato Social: o líder e os "puros", seus seguidores, têm a missão escatológica de dar origem ao "homem novo", aquele não conspurcado pela defesa dos interesses individuais. E somente pode haver uma forma de governo válida: a ditadura do líder messiânico e dos puros, a fim de garantir a unanimidade ao redor da "vontade geral" encarnada neles.

Ora, segundo pensava o maluco filósofo de Genebra na obra citada, o poder total a ser exercido pelo líder e seus seguidores consiste na unanimidade de todos ao redor deles para garantir a felicidade do gênero humano. Qualquer dissidência deve ser aniquilada como atentado contra a felicidade geral. A infelicidade infiltra-se na sociedade em decorrência da existência dos indivíduos e dos seus interesses privados. Devem ser esmagados, portanto, todos aqueles que não se curvarem ao "interesse público", entendido como a imposição da "vontade geral", da qual são garantia e manifestação soteriológica, na História, o líder messiânico e os seus seguidores imediatos, os "puros". O ideal da nova ordem política foi bem definido por Lenin, em O Estado e a Revolução, como "um poder não limitado por leis".

O espírito totalitário perversamente apregoado por Rousseau passou, na modernidade, a encarnar nas lideranças revolucionárias radicais, que tingiram de sangue a História desde os jacobinos na Revolução Francesa e no Terror por eles imposto, no final do século 18, passando pelo império napoleônico (entre 1804 e 1814) e seguindo, já nos séculos 20 e 21, com a Revolução Bolchevique, na Rússia, em 1917, e a emergência dos totalitarismos. Em todos eles o fantasma do "poder total" assoma, até na mais recente manifestação de chantagem nuclear do tresloucado líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Essa saga do totalitarismo já se tinha manifestado em Fidel Castro e na sua ditadura familiar, no Che Guevara, com o seu dístico "Pátria (totalitária) ou morte", na louca aventura nazi-fascista, com o endeusamento da minoria ariana ao redor do Führer, ou com Mussolini apregoando o princípio do "poder total" na célebre proposta de "tudo dentro do Estado, nada fora dele".

Não nos enganemos: se Lula representa alguma tradição política, ela se filia a essa herança do totalitarismo hodierno. Não é por outra razão que, para ele e seus cansativos militantes, só há uma alternativa para salvar o Brasil: Lula e o PT.

Como a tradição totalitária se encarna com as cores de cada cultura, no Brasil Lula e os seus sequazes adotaram uma máscara: a cara de pau do "herói sem nenhum caráter", Macunaíma, genialmente descrito por Mário de Andrade no seu clássico de 1928. Vamos convir: não é de cara de pau a feição do líder messiânico quando aparece na televisão, ou em palanque, afirmando para a enojada audiência que não há vivalma mais ética do que ele? Os petralhas especializaram-se em fazer da corrupção método de ação política e em esfregar no rosto dos perplexos cidadãos tungados por eles na roubalheira geral as "façanhas" praticadas.

Não são, aliás, de cara de pau as feições do comando petralha que "visitou" o desembargador Thompson Flores recentemente em Porto Alegre, como se ele e o tribunal por ele presidido fossem os meliantes, e não eles próprios? Os seguidores de Lula entenderam bem a lição da tragicomédia montada pelo líder: aparecer em público com ar contrito e na maior cara de pau, para dizer o seguinte: "Corruptos são vocês, otários, que votaram em nós e ficaram na rua da amargura juntamente com os 14 milhões de desempregados! Nós somos os puros, os retos, os que devem prevalecer no comando do Estado. Fora de nós não há salvação". É mesmo muita cara de pau!

A sociedade brasileira tem um caminho para tirar esse lixo da História e impedir que os petralhas assumam, de novo, o poder no Brasil, a fim de destruírem o que ficou das nossas já combalidas instituições republicanas: repetir, em alto e bom som, que sabemos de quem se trata, conhecemos os malfeitos por eles praticados, que hoje já se situam na casa dos bilhões de dólares roubados e ainda estão intactos em paraísos fiscais.

Devemos repetir até o cansaço que acreditamos nas instituições, que a Justiça fará o seu trabalho até o fim, para pôr atrás das grades todos os que se aproveitaram da passagem pelo poder para enriquecer ilicitamente. E devemos repetir, na cara de Lula e dos seus sequazes, que já identificamos onde se inspira a sua retórica vazia: na tradição totalitária que deixou espalhados pelo mundo afora milhões de vítimas.
Herculano
17/01/2018 11:43
A DIREITA ESTÁ PRONTA PARA O LULA QUE SAIRÁ DO TRF4?, por Luiz Guilherme de Medeiros, presidente do Instituto Liberal Centro Oeste, no jornal Gazeta do Povo, Curitiba, PR

Para rebater a propaganda petista, liberais e conservadores devem ligar os crimes de Lula ao sofrimento que a crise causou ao povo brasileiro

Enquanto o dia 24 pode marcar a condenação de Lula na segunda instância, tal data encerra apenas um episódio jurídico dentro da disputa eleitoral que se dará em 2018. Enquanto a eleição não influencia o julgamento de Lula, o julgamento de Lula influencia a eleição. Do menor deputado estadual até o presidenciável do PT, todos esperam os votos dos desembargadores para definir e coordenar o discurso com que pretendem tomar de assalto o imaginário popular.

Esta estratégia é conhecida, se não pelo público geral, ao menos pelos formadores de opinião do bloco que se contrapõe de forma mais firme ao projeto petista: a direita brasileira. No entanto, à medida que o grande momento chega, parece que apenas um lado se prepara para tomar a bola e marcar seus gols.

A extrema-esquerda sabe a importância de ter uma narrativa forte sobre o julgamento?

Chega a hora da verdade para o chefe do petrolão, o ícone que a esquerda forjou e ao qual se atrelou desde a redemocratização. Mas liberais e conservadores dormem na tarefa de divulgar a verdade sobre os crimes de Lula. Há perigosa confiança num legalismo estéril, que sozinho causará pouca mudança de consciência e será rapidamente deixado de lado graças ao esforço da propaganda partidária petista.

A tática do "deixar sangrar", guiada pela ilusão de que as instituições farão aquilo que é dever daqueles que atuam na guerra política, mostrou ser um fracasso já no escândalo do mensalão, em 2005. Em vez de avançar o impeachment contra Lula, os tucanos apostaram que a mera exposição da corrupção petista bastaria para afundá-lo perante o povo. O resultado foi a reeleição de Lula, que ainda fez Dilma como sucessora, com um saldo final de mais 11 longos e desnecessários anos de PT no poder.

Pode-se dizer que a direita teria feito diferente dos social-democratas caso tivesse, em 2005, a força política e organização civil que tem hoje, ambas ainda em crescimento. Mas a história nos permite atuar tão somente no período que vivemos, e estamos perigosamente perto de mostrar frouxidão similar à que teve o PSDB ao lidar com a corrupção sistemática de seu irmão mais radical à esquerda.

Há tempo para sair da inércia e preparar a direita para a disputa de narrativas. É preciso mostrar como os crimes de Lula traumatizaram o Brasil, como ele tirou dinheiro do povo para dar a ditadores amigos, como seus esquemas resultaram na destruição de nossa economia e, acima de tudo, como a volta dele ao poder nos levaria ao início do ciclo de miséria e censura que vemos hoje devastar a Venezuela.

Coube à Lava Jato trabalhar para mostrar à Justiça por que Lula devia ser condenado perante a lei. Cabe à direita trabalhar para mostrar ao povo por que Lula deve ser condenado perante a opinião pública.
Herculano
17/01/2018 11:40
FIZ, MAS NÃO FUI EU..., por Alexandre Schwartsman, economista, ex-diretor do Banco Central, no jornal Folha de S. Paulo

"Narrativa" virou uma palavra da moda. Há quem acredite que, mais que uma verdade, só é necessária uma narrativa que possa ser facilmente reproduzida pelos militantes de plantão, o que no contexto da disputa política é possivelmente verdade, mas certamente não quando estamos tentando entender o que de fato ocorreu.

Digo isso porque está em curso uma tentativa de criar uma narrativa (ou várias) que tire do governo anterior a responsabilidade pelo desastre que se abateu sobre a economia brasileira a partir do começo de 2014, do qual só começamos a sair no fim de 2016 e no começo do ano passado.

Não falta quem tente atribuir a recessão bíblica que vivemos ao suposto "austericídio", apesar do aumento persistente das despesas públicas (R$ 16,5 bilhões, já ajustados à inflação, de 2014 para cá, equivalentes a 1,7% do PIB) e da elevação do deficit público (limpo de "pedaladas" e afins) de 1,2% para 3,1% do PIB no mesmo período, ignorando acintosamente o papel dos erros da política econômica acumulados até o final de 2014.

Tentativa mais sutil de relativizar os erros do período é a de Marcio "Antonieta" Holland, em artigo recente na revista "Conjuntura Econômica", em que ensaia um mea-culpa, algo envergonhado, mas que esbarra numa série de problemas.

A começar porque quer limitar sua responsabilidade aos aspectos macroeconômicos do desastre, deixando para outros o fardo das intervenções desastradas no domínio econômico, que, como afirmei recentemente, conseguiram ser ainda piores que a política macro.

Quer também atribuir parcela do fracasso à corrupção, deixando convenientemente de lado que as oportunidades para a corrupção generalizada que se observou no período tenham se originado precisamente do intervencionismo patrocinado pela Nova Matriz.

Ou alguém em sã consciência acredita que é mera coincidência a concentração de tais atos na Petrobras, exemplo maior da política intervencionista? E as acusações relativas à compra de medidas provisórias, justamente na área das desonerações tributárias, que o próprio Holland associa à Nova Matriz?

Por outro lado, mesmo quando se penitencia, ainda se gaba do crescimento do país entre 2011 e 2013 afirmando "algo parece que deu certo". Já quando fala do período posterior, lamenta que o estouro do boom de commodities não seja considerado como fator responsável por "pelo menos um pouco da recessão".

Lógica curiosa: quando o país cresce, é porque "algo deu certo"; já na recessão, invoca-se o preço das commodities.

A verdade é que países latino-americanos como Chile, Colômbia e Peru ?"que compartilhavam com o Brasil a dependência de preços de commodities (e são muito mais abertos ao comércio internacional, portanto mais sensíveis a esta variável), mas que mantiveram políticas econômicas corretas?" sofreram uma desaceleração de seu crescimento da casa de 1,5% a 2,5% entre 2011-14 e 2015-16; já o Brasil passa por uma queda de seis pontos percentuais (de +2,3% ao ano para -3,7% anuais) no mesmo período e vê seu PIB encolher. Algo parece que não deu certo.

Ao fim da história, temos mais um exercício de equilibrismo do que o reconhecimento do estrago que suas políticas causaram ao país. Em vez de um longo artigo, Holland poderia simplesmente ter dito: fiz a Nova Matriz, mas não fui eu...
Herculano
17/01/2018 11:37
MAIA DIZ QUE INTERFERÊNCIA DO JUDICIÁRIO EM OUTROS PODERES ESTA "DESORGANIZANDO O BRASIL". E MERECE, POR ISSO, MEUS APLAUSOS, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Todos sabem que o meu santo, o retórico ao menos, não combina com o de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, que está em viagem aos EUA para se cacifar para, atenção à expressão!, "A DISPUTA" pela Presidência da República". Notem que não escrevi "DISPUTAR" a Presidência. Obviamente, ele não será candidato. Mas, se ganha musculatura política, torna-se mais influente no processo decisório que vai definir o nome ?" ou nomes ?" que vai representar o centro. Dito isso, adiante. Eu, que estou acostumado a dar umas pancadas em Maia, vou agora aplaudi-lo. Sou assim: meus alvos, para elogiar ou criticar, nunca são as pessoas, mas as ideias. Meus argumentos nunca são "ad hominem". São sempre "ad rem". Costuma me interessar "o quê", não o "quem"; o "é da coisa", não a sua periferia inútil.

Por que isso? Maia marcou um golaço, segundo os meus critérios, ao dizer, nos EUA, num encontro com empresários, que as interferências do Judiciário em esferas que não são de sua competência estão "desorganizando o Brasil". E ele está certo. Referia-se à absurda decisão do juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói, que concedeu liminar suspendendo a posse da deputada Cristiane Brasil como titular do Ministério do Trabalho, veto mantido pelo Tribunal Regional Federal do Rio, o TRF-2. As duas alegações para impedir a posse ?" falta de currículo e condenação em processo trabalhista ?" constituem o mais puro exercício de direito criativo.

Afirmou o deputado:
"Essa não é uma decisão que cabe à Justiça. Nomeando, se há críticas, a sociedade vai criticar. E o governo vai ter uma resposta na sua avaliação, no futuro das eleições. Daqui a pouco a sociedade vai achar que o Judiciário pode tudo, que vai salvar o Brasil. Começa a demandar dele uma escola melhor, um posto de saúde melhor, mas esse papel não é do Judiciário".

Eis o ponto. Alguns juízes começam a achar que são os monopolistas do "não", sem que precisem dizer "sim"; seu papel seria o da permanente altivez negativa. Explico. Juízes não precisam governar. Não têm de alocar recursos. Não são obrigados a dividir o Orçamento e a contingenciá-lo. Não arcam com o custo político de puxar o cobertor e descobrir os pés ou a cabeça. Não se preocupam com o peso das urnas. Não obstante, decidiram, em parceria com o Ministério Público, encabrestar os Poderes Legislativo e Executivo, justamente os dois que são alvos do descontentamento do eleitorado.

Maia lembrou o óbvio, que destaquei na madrugada desta terça. Ao impedir a posse da deputada Cristiane Brasil, a Justiça Federal está interferindo na reforma da Previdência. Não se trata de operação secreta. Ela foi escolhida porque o presidente Michel Temer está em busca dos votos do PTB, o que é legítimo. E fez uma crítica direta, que endosso na íntegra, a Roberto Veloso, presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais). Em entrevista a um jornal, o doutor alegou que a reforma da Previdência prejudicaria os mais humildes. Não é verdade. Maia foi duro e espero que não recue. Afirmou:

"O juiz Veloso está defendendo o seu interesse e usa o exemplo do trabalhador, do motorista de ônibus, para defender a manutenção dos seus benefícios, da aposentadoria acima de R$ 20 mil, de seus auxílios. Isso tem no Judiciário e tem no Legislativo, e muito".

Para Maia, a fala de Veloso está "completamente desconectada da realidade e da verdade", o que chamou de "coisa grave".

Não! Maia não esteve certo o tempo todo. Disse, por exemplo, o que me pareceu desnecessário, que ou se aprova a reforma até fevereiro ou não se consegue mais nada neste ano. Para quê? Ele não tem de estabelecer limites e prazos que dele não dependem. O que impede, dada a natureza das coisas, que seja em março ou abril? Sim, eu sei a resposta. Sei que cada dia de adiamento representa uma penca quando se tem uma eleição pela frente. Mas insisto: o papel de um líder político não é atuar com esse realismo meio fatalista. Se ele, um defensor da reforma, se mostra um tanto abúlico, acaba dando corda aos adversários, que tudo farão, então, para ver fevereiro se esgotar sem que nada se vote.

Candidatura
Embora lidere um grupo que defende seu nome como alternativa para disputar a Presidência, Maia negou que estivesse nos EUA por isso. Mas se apresentou como o nome que defende a "reestruturação do estado brasileiro". E afirmou, segundo a Folha, sobre a reforma da Previdência:

"Ela vai dar condições para que a gente tenha uma eleição melhor no nosso campo, o campo daqueles que acreditam que o Estado gasta muito, gasta mal e não atende o cidadão; que o Estado brasileiro é burocrático, cobra muito da sociedade e entrega pouco".

Tudo verdade, mas algo ainda precisa ser ajustado nessa fala e na fala de quantos defendam a mudança. Não se trata de uma questão de "nosso campo" e de "campo dos outros". Trata-se, antes de mais nada, de uma questão aritmética. Não há milagre possível. Ou o Estado brasileiro começa a gastar menos ou vai ficar atolado na mediocridade, e serão os pobres, que não tem campo nenhum, a pagar o pato.

De toda sorte, a restrição a esse realismo um tanto maneirista não minimiza o aplauso às suas considerações sobre a destrambelhada intervenção do Judiciário em áreas que não são da sua competência. Espero que não retire a fala nem acomode. Afinal, Maia preside nada menos do que a Casa do Legislativo que representa o conjunto e cada um dos brasileiros.
Herculano
17/01/2018 11:34
SERÁ VERDADE QUE O SUPREMO AJUDA OS RICOS E PERSEGUE OS POBRES, por Marcelo Coelho, membro do conselho editorial do jornal Folha de S.Paulo

Corria o mês de maio de 2015, quando o sr. Abraão Justino de Barros "adentrou" a casa de uma pessoa em Campo Grande (MS) e tentou roubar algumas peças de roupa, avaliadas em R$ 100.

Foi condenado. Um ano e quatro meses. A pena por tentativa de furto se agravou um pouco: o crime se torna "qualificado" porque houve "rompimento de obstáculo".

A defesa do sr. Abraão argumentou que o material roubado era insignificante. O Ministério Público, sempre atuante, pediu para que se mantivesse a pena do criminoso.

A defesa respondeu. Além de mínimo o prejuízo, não se configurou risco ou perigo para ninguém: o imóvel em que o sr. Abraão "adentrou" estava vazio. O Tribunal de Justiça do Mato Grosso absolveu o réu.

Mas o Ministério Público não desistia. O caso subiu para Brasília. O Tribunal Superior de Justiça foi acionado. A defesa, então, recorreu ao Supremo Tribunal Federal. O roubo das roupas caiu em mãos do ministro Gilmar Mendes ?"que deu um basta nessa história e reafirmou a insignificância de todo o caso.

Não é o único, infelizmente.

Jocimar Alves roubou, em 2001, 25 codornas poedeiras, avaliadas na época em R$ 62, 50. Em 2015, George Augusto Machado tentou furtar uma barra de chocolate de um quilo, no valor de R$ 23,05.

Recursos e mais recursos, do Ministério Público e da defesa, levaram essas bagatelas ao Supremo Tribunal Federal. Por sorte, caíram nas mãos daquele que é considerado, por muitos, o "absolvedor-geral da República" ?"o sempre detestado Gilmar Mendes. Vieram dele (e não duvido de que outros ministros apliquem o mesmo princípio) as decisões concedendo habeas corpus a esse tipo de réu.

Entrei em contato com a assessoria de Gilmar após ouvir entrevista dele no rádio. O jornalista estranhava, como todo mundo, o fato de tantas de suas decisões beneficiarem políticos acusados de corrupção.

O sentimento geral é de que a Justiça, em especial o Supremo, e mais especialmente ainda Gilmar Mendes, gosta de absolver os ricos e os importantes, deixando os pobres na cadeia. Ele rebate, dizendo que não para de absolver pobres. A imprensa é que não dá destaque a essas decisões. Por que, ministro? Ele provoca: "Porque a imprensa brasileira não gosta de pobre".

Volta-se contra os jornalistas, portanto, a acusação fácil que eles tantas vezes reproduzem ao falar mal da Justiça.

Gilmar tem razão. Os jornalistas também. Ignoramos, com certeza, casos como os de Abraão, George e Jocimar, exatamente pelos motivos que Gilmar invoca ao libertá-los: cometeram, se é que cometeram, crimes sem importância nenhuma.

Este argumento, contudo, não é suficiente. A notícia, no caso, não é a de que fulano roubou tijolos, chocolates ou codornas, mas sim a de que se gastam energias e verbas do Estado com bagatelas desse tipo.

A distorção é especialmente grave nos dias que correm, porque a tendência de todo mundo é a de enaltecer o Ministério Público, e de torcer pelas condenações mais severas e irrestritas.

O que é certo, quando se pensa na impunidade de tantos corruptos e grandalhões. Mas não é certo fechar os olhos para os possíveis exageros e manias dos acusadores.

Nada é simples quando se analisa uma questão concreta. O Ministério Público, nesses crimes insignificantes, argumenta com algum bom senso também. Está certo, o sujeito roubou só uma barra de chocolate. Mas, se ele faz isso toda semana, é preciso que tenha alguma punição.

Em termos jurídicos, a reincidência faz com que deixe de valer o princípio da insignificância. Alguns juízes adotam a tese; outros, como Gilmar Mendes e Celso de Mello, resistem. Bem ou mal, eis o Supremo absolvendo réus pobres ?"em boa quantidade. Isto encerra o debate?

Não. Estatisticamente, há muito mais pobres do que ricos. Se o Supremo absolve cinco pobres e um rico, a balança ainda é favorável aos ricos. A questão seria saber quantos advogados de ricos chegam ao Supremo, e quantos advogados de pobres ?"não por culpa do STF?" morrem na praia.

Já se concedeu, lembra Gilmar, habeas corpus a um réu que, no desespero, mandou uma carta ao STF, sem advogado nenhum.

Moral da história: a sociedade é injusta. Resultado natural: a temporada de caça aos bodes expiatórios, chamem-se Janot, Gilmar, imprensa ou advogados, prossegue
Herculano
17/01/2018 11:31
POLÍCIA TEME QUE O PT 'PRODUZA' UM CADÁVER DIA 24, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Autoridades de segurança estão prevenidas sobre a forte possibilidade de o PT promover manifestações violentas, no próximo dia 24, o "dia de fúria" contra a Justiça, provocando policiais gaúchos a tentar "produzir um cadáver". Só a comoção provocada por uma morte, na concepção de porraloucas petistas, poderia inibir a condenação de Lula por corrupção no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, de Porto Alegre.

TUDO PELA CAUSA
As forças de segurança estão cientes de que os manuais de agitação e propaganda preconizam a fabricação de cadáver, em casos extremos.

CADÁVER COMO TROFÉU
"Tudo o que o PT mais deseja, na situação atual, é um cadáver", adverte experiente analista de inteligência de órgão de informações.

INCITAÇÃO À VIOLÊNCIA
A "palavra de ordem" de ódio foi da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, incitando a violência: "Para prender o Lula, vai ter que matar gente".

É Só LADROAGEM
Não há manipulação no processo contra Lula. Sérgio Moro o condenou a 9 anos e seis meses de prisão por corrupção, simples assim.

AZUL USA BIMOTOR QUE ESPANTA PELA ROTINA DE PANES
Não é caso isolado a pane que provocou pouso forçado do bimotor ATR 72-600 da empresa aérea Azul em Vitória da Conquista (BA), segunda (15). Não é caso isolado nem mesmo naquele aeroporto, que já registrou vários pousos forçados desse avião de fabricação franco-italiana. É o mesmo que chocou o mundo em fevereiro de 2015, ao cair em um rio na zona urbana de Taiwan matando mais de 40 pessoas.

LISTA EXTENSA
Panes em ATR da Azul ocorreram em Uberlândia, São José do Rio Preto, Juiz de Fora, Salvador, Belo Horizonte, Vitória da Conquista etc.

VENDEM-SE
A Azul garante que "não tem fundamento" a preocupação, mas já anunciou a venda de dez dos seus 40 ATRs, e a devolução de três.

O QUE MOVE O MUNDO
O ATR 72-600 é muito usado por ser mais barato (US$ 25 milhões), um quarto do valor do Airbus A320, e pelo baixo custo de manutenção.

MEIO BILHÃO DE PRIVILÉGIOS
O governo do DF terá de pagar a 6.508 servidores meio bilhão de reais (R$519 milhões), a título de "pecúnia", regalia que existe apenas no DF e no Acre. É a materialização em dinheiro da tal "licença-prêmio".

QUE VERGONHA, MINISTRO
O ministro Blairo Maggi (Agricultura) parece ter sido abduzido pelo lobby das poderosas distribuidoras de combustíveis: ameaça remover a taxa de 20% sobre a criminosa importação de etanol podre (muito poluente) dos Estados Unidos, que incide a partir de certo volume.

MANOBRA VETADA
Lula e sua turma, incluindo advogados, insultam a Justiça, mas não abrem mão de manobras protelatórias. A uma semana do julgamento, o desembargador João Pedro Gebran Neto negou nova oitiva de Lula.

CHAME O UBER, MADAME
O carro oficial da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), estava às 11h40 desta terça (16) no estacionamento do Centro Clínico Sul, na 716 Sul, em Brasília. Com o Congresso em recesso e ela fora do juízo perfeito com a iminente prisão de Lula, ninguém sabe a quem o veículo servia.

O BRASIL NO RADAR
O Grupo Industrial João Santos recebeu a visita de representantes da empresa indiana Aditya Birla, que fatura U$43 bilhões em 36 países, produzindo mais de 100 milhões de toneladas de cimento.

FABINHO PESSIMISTA
Atual vice-presidente da Câmara, o deputado Fabio Ramalho (PMDB-MG) é pessimista quanto à reforma da Previdência. Ele estima que o governo só conta com 160 dos 308 votos necessários à aprovação, e "se trabalhar muito, muito mesmo" pode chegar aos 220 apoiantes.

DESENCANA, ALCKMIN
Geraldo Alckmin ainda se sente ameaçado por João Dória: disse ontem a José Luiz Datena, da rádio Bandeirantes, que "o Brasil não precisa de showman". Não era alfinetada no global Luciano Huck, mas no prefeito que durante anos apresentou o programa de TV "Show Business".

DEPARTAMENTO DOS ENCOSTADOS
Itamaraty diz que servidores de várias classes vão para o Grupo de Assistência Operacional e Administrativa (Gaoa), segundo "o interesse da administração", blábláblá. Localizado no porão do Anexo 2, o Gaoa é a nova versão do "Departamento de Escadas e Corredores (DEC)".

PENSANDO BEM...
...se Eduardo Cunha merece 386 anos de prisão, o ex-presidente Lula, considerado o "chefe", corre o risco de penas milenares.
Herculano
17/01/2018 11:29
MENOS ESTATAL, MAIS SOCIAL, por Elena Landau, economista, no jornal Valor Econômico

Com a melhoria dos resultados das estatais em 2017, vem sendo defendida a tese de que estatal que dá lucro não precisa ser privatizada e que e é possível pensar em novas formas de atuação empresarial do Estado. Essa ideia está errada.

Primeiro, porque recursos públicos são escassos. O fracasso da Nova Matriz Econômica deixou claro que não existe almoço grátis. Nossa tradição mostra que nossas estatais compõem o patrimônio de um grupo de interesse e de políticos que delas se servem e absorvem recursos que poderiam construir o verdadeiro patrimônio público: escolas e atendimento médico de qualidade, saneamento e segurança. Nossa carga tributária já é alta, mal distribuída entre entes federativos, com base num sistema regressivo e confuso. Sem a redução de despesas, especialmente quando podem ser assumidas pelo setor privado, será impossível aumentar os investimentos públicos.

Segundo, porque a eficiência na alocação de recursos não se resume apenas a dados positivos de balanço, mas também ao seu custo de oportunidade. É preciso analisar seus pares, custos operacionais, custo por empregado, múltiplos de mercado, dividendos previstos e averiguar se de fato os resultados são positivos para a União, que apenas representa a sociedade pagadora de impostos. Muito poucos daqueles que, por ideologia, defendem o controle estatal se sentem, de fato, donos das ações da empresa, ou pensam qual seria o melhor uso dos impostos que pagam. Há na nossa sociedade um sentimento subjetivo de patrimônio público, um misto de nacionalismo e soberania, que não envolve o cálculo financeiro.

Certamente não há uma ideia clara de que, para manter o Estado em atividades que o setor privado pode comandar, recursos deixam de ser alocados naquilo que fala direto com o bem-estar da população. Esse trade-off não é colocado para a sociedade. Será que alguém diria ser contra a privatização da Eletrobras se tivesse que escolher entre o governo capitalizar a empresa com mais de R$ 10 bilhões, além de deixar de receber outro tanto, ou em investir em setores que garantissem acesso a serviços públicos para si e sua família? O mesmo raciocínio se aplica a qualquer estatal, seja Petrobras ou Correios.

Terceiro, porque num país de tradição patrimonialista, na primeira oportunidade se dará a volta da interferência política. A principal oposição à desestatização da Eletrobras vem dos parlamentares, que não estão defendendo o futuro da empresa ou do Rio São Francisco, mas seu feudo. Tivessem de fato tanta preocupação não teriam assistido de braços cruzados a destruição da empresa nos últimos anos.

Responsabilidade na administração de recursos públicos não está tão arraigada na cultura empresarial das estatais quanto o patrimonialismo. Não fosse a Lei das Estatais dezenas de indicações políticas teriam ocorrido mesmo neste governo. Na realidade, nem deveríamos precisar de leis específicas para garantir a conformidade ética na condução dos negócios, como também não deveria ser necessária a lei das estatais se as sociedades de economia mista seguissem as regras mestres definidas pela Lei das Sociedades Anônimas. Tudo que foi descoberto na operação Lava Jato já era proibido antes. E o primeiro a desrespeitar todas as regras de boa governança foi o próprio Estado, acionista controlador.

Atuando no Conselho de Administração da Eletrobras, tive o privilégio de participar da mudança benigna na governança de uma grande estatal ocorrida no último ano e meio. A mesma transformação ocorreu em outras empresas, o que permitiu que, no seu conjunto, as estatais brasileiras melhorassem seu endividamento, interrompendo a trajetória perigosa de suas dívidas, reduzissem o número de empregados, adotassem novas regras de transparência e conformidade, gerando lucros após anos de prejuízo. Mas na mesma posição pude também testemunhar os danos causados pelo uso político das empresas federais. Excesso de empregados, investimentos ruinosos, ausência de critérios de conformidade, falta de responsabilização por decisões equivocadas são as consequências da má gestão.

Novas leis, ainda que desnecessárias se os princípios éticos e de gestão tivessem sido seguidos, ajudaram a estabelecer novos padrões, mas foi a autonomia dada pelo governo aos novos administradores que fez a real diferença. No entanto, a cultura não mudou de forma permanente. Um novo governo, ou uma mudança da administração das estatais, pode jogar todo esse esforço no lixo, como vimos no passado ainda bem recente. Um estatuto pode ser modificado ao sabor do grupo político da ocasião, uma lei pode ser revogada, não havendo garantia nenhuma de permanência da boa gestão.

Para reduzir o Estado, bastaria seguir o que está dito na Constituição em seu capítulo Ordem Econômica, mais especificamente, o que determina que a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo. Assim, não há previsão na nossa ordem econômica para uma "atuação empresarial do Estado". As funções do Estado estão também estão ali muito bem definidas, regulação, fiscalização e planejamento.

Uma revisão das leis que criaram estatais num contexto pré-1988, ampliando o programa de desestatização, é o primeiro passo para uma redução drástica do desperdício de recursos públicos. É apenas um dos meios, que pode e deve vir acompanhada da reforma da Previdência, da reforma administrativa e do funcionalismo, da eliminação de programas de poupança compulsória que sustentam a ineficiência no sistema financeiro público, da redução do conjunto de incentivos e desonerações e, por fim, da revisão da própria forma de prestação de serviços essenciais para prover saúde e educação de qualidade para todos. Em 2018 o debate será em torno do Estado que podemos ter. A privatização é só uma parte de uma agenda muito mais ampla e muito mais complexa.
Herculano
17/01/2018 11:26
CADEIA DE EQUÍVOCOS, por Carlos Brickmann

Juristas das mais diversas tendências, estrategistas políticos, acusadores e defensores que nos perdoem, mas só falta uma semana para que o Tribunal Regional Federal examine o apelo de Lula contra sua condenação em primeira instância. O que se sabe é que as questões que importam não devem ser resolvidas. Muito barulho por nada: mesmo que, dia 24, Lula perca por unanimidade, 3? - 0, não será preso (quem diz é o presidente do TRF-4, desembargador Thompson Flores). E pode ser que a Lei da Ficha Limpa, segundo a qual réus condenados em segunda instância por um colegiado não podem ser candidatos, por algum motivo deixe de ser aplicada. Conforme a tendência política do jurista consultado, a lei é clara ou tem muitas brechas, abrindo campo para recursos mil. Em resumo, pode sair uma sentença com a qual ou sem a qual a eleição continua tal e qual.

Lula, sem dúvida, sai vitorioso: ao contrário do que muitos imaginavam, abre-se a possibilidade de arrastar a candidatura até a eleição, ou pelo menos perto o suficiente para que ele se apresente como vítima e lance um poste para herdar seus votos. Se for preso, melhor: vira mártir. Nem precisa atacar a Justiça, pois tem quem faça isso por ele. Como Gleisi Hoffmann, que disse que para prender Lula será preciso matar gente. Logo se desculpou, mas é o que pensa. E já se sabe que, para muitos, a Justiça só é justa quando é favorável a Lula. Teremos um ano bem quente.

O APITO FINAL

A grande esperança de Lula é levar o caso até Brasília. Por um lado, por ganhar tempo; por outro, sente-se melhor com ministros do Supremo, que já conhece, com quem teve alguma convivência, do que com o pessoal de primeira e segunda instâncias. Ao longo de treze anos de poder petista, coube-lhe, e à sucessora Dilma Rousseff, nomear sete dos atuais ministros (só Gilmar Mendes, escolhido por Fernando Henrique; Celso de Mello, por José Sarney; Marco Aurélio, por Fernando Collor; e Alexandre de Moraes, por Michel Temer, não foram indicados por eles).

OLHA O CANDIDATO!

Michel Temer deve terminar seu mandato em 31 de dezembro. No dia 1° de janeiro de 2019, deixa de ter direito ao foro privilegiado. Os processos que o Congresso suspendeu voltam a andar, e o então ex-presidente estará sujeito a juízes de primeira instância, tendo de explicar a conversa com Joesley Batista, a corrida de seu amigo Rocha Loures com a mala e sabe-se mais o que. É ruim, aos 78 anos, antever essa aposentadoria.

Todas as atitudes de Temer na área política devem ser avaliadas levando em conta esse fato. Nos EUA, ao deixar o poder, Nixon combinou com o sucessor Gerald Ford que seria indultado. O indulto foi bem aceito, já que era a condição para o país voltar à vida normal. Aqui, com a radicalização em alta, quem pode garantir que o indulto será dado e validado? Se é para ficar na luta política, Temer tentará a reeleição. Nada é impossível, nem isso. Na opinião do presidente, se a economia for bem, ele pode até ganhar.

MICHEL TEMER VEM AÍ

Teremos um ano bem quente. E com cenas inimagináveis: amanhã, 18, Temer grava uma participação no Programa Sílvio Santos. Eles têm algo em comum (como o bordão "Quem quer dinheiro? Quem quer dinheiro?"), mas só se pode imaginar os dois juntos na TV levando em conta o esforço de Temer para elevar seus índices de popularidade. O programa com Temer vai ao ar no dia 28, mas foi preciso gravar com antecedência porque Sílvio viaja de férias já neste fim de semana. Tudo bem, Michel Temer deve ser coisa nossa, mas nem tanto que interrompa o intervalo de férias de Sílvio.

OUTRA SAÍDA
Há gente de boa cabeça trabalhando com outra hipótese: disputar com um candidato de centro, que tenha o apoio de Temer (dependendo das pesquisas, aberto ou discreto), e que, eleito, lhe garanta o foro privilegiado.

A tese básica desse grupo é que nenhum candidato radical terá chances de vencer a eleição ?" o que elimina Lula e Bolsonaro (mais os anedóticos, tipo Boulos, Maria do Rosário, Contra Burguês Vote 16 e outros). Um bom candidato de centro teria grandes chances de vencer, e nomearia Temer no dia da posse para o Itamaraty. Ele viajaria pelo mundo e manteria o foro.

BOLÍVIA X BRASIL
Evo Morales e Michel Temer trocam elogios e gentilezas, mas há um sério problema no futuro das relações entre Brasil e Bolívia. Dois altos funcionários bolivianos, o procurador-geral (na Bolívia, Fiscal-General) e o chefe de Polícia, que participaram da investigação oficial sobre a morte de três estrangeiros suspeitos de planejar o assassínio de Evo Morales, descobriram algo que ainda não querem revelar (até se sentirem em segurança) e fugiram para o Brasil, onde conseguiram refúgio. Ambos dizem que estão sendo ameaçados de morte. A Bolívia os quer de volta.
Herculano
17/01/2018 11:22
DE NIXON@COM PARA TEMER@GOV, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Caro colega,

Em 1974, quando tive que renunciar à Presidência dos Estados Unidos, o senhor estava concluindo seu doutorado e, pelo que sei, não se meteu naquele movimento
destrutivo dos anos 60.

O Roberto Campos, um brasileiro de quem gosto muito desde o tempo em que estávamos aí, me contou que há dias o senhor teve uma conversa com o chefe da Polícia Federal, sem a presença do seu ministro da Justiça. Ele não gostou e pediu que lhe escrevesse.

Saiba, doutor Temer, eu me ferrei no caso Watergate, quando uns doidos da Casa Branca resolveram grampear o escritório do Partido Democrata para apanhá-los arrecadando dinheiro para o que vocês chamam de caixa dois. Era uma mixórdia e o resto da história é conhecido. Pegaram-me tentando obstruir o trabalho da Justiça, pois eu gravava
minhas conversas no Salão Oval.

De fato, eu tentei abafar a investigação do FBI, a nossa Polícia Federal. Teria conseguido, se não fosse o tal "Garganta Profunda", o misterioso informante de um repórter do Washington Post. Na mitologia que a imprensa cria em seu próprio benefício, ele só teria sido identificado em 2005, 11 anos depois da minha morte. Besteira. Seis dias depois do início do caso Watergate, quando eu percebi que havia alguém orientando o repórter, suspeitei de Mark Felt, que havia sido preterido na escolha para o lugar de chefe do Federal Bureau of Investigation. Era ele. (O diretor do FBI era homem meu. Serviu para nada.)

Outro dia eu fiz ginástica com o Ben Bradlee, que era o editor do Washington Post à época. Repassamos alguns episódios e ele me contou coisas muito interessantes, mas pediu-me reserva. Para seu governo: o informante decisivo foi um dos jurados do julgamento dos doidos presos quando punham os microfones na sede do Partido Democrata. Conversar com jurado é crime.

Talvez eu só possa revelar essa história quando o repórter chegar aqui.

Doutor Temer, blinde-se. Há dez dias a Polícia Federal mandou-lhe 50 perguntas relacionadas a uma investigação de práticas corruptas no porto de Santos. Disseram-me que algumas delas são substantivas, outras são vagas e há também uma meia dúzia simplesmente impróprias. Responda a todas, mas não trate verbalmente do assunto com ninguém. O Trump encalacrou-se porque inventou uma história de que a reunião de sua turma com os russos foi para tratar da adoção de crianças.

A ideia de conversar com o chefe da Polícia Federal numa audiência que não estava prevista foi desastrosa. Sua assessoria diz que os senhores trataram de assuntos de segurança pública. Permita-me lembrar que o senhor tem um ministro da "Justiça e Segurança Pública". Receber o chefe da Polícia Federal sem o ministro só serve para alimentar insinuações relacionadas a sua segurança política e a mexericos de jornalistas. Eles me odiavam e me acertaram. Arrisco
dizer-lhe que eles não o amam.

Como diz um diplomata brasileiro que está aqui, o senhor atravessou a rua para escorregar numa casca de banana que estava na outra calçada.

No limite, até para dar boa tarde ao chefe da Polícia Federal o senhor precisa de uma testemunha.

Com meus votos para que o senhor passe por mais essa provação, este amigo do Brasil despede-se.

Richard Nixon
mario pera
17/01/2018 11:16
Conheço o Luciano Hang desde 1985, quando eu presidia a ASSEUG (Associaçao dos Estudantes Universitarios de Gaspar) e ele o CEUB (Clube dos Estudantes Universitários de Brusque). Estudávamos na FURB. E a aproximação se deu, além de estudarmos Administração na mesma instituição, também atuávamos na organização estudantil, mas com foco em ações práticas e de apoio e interesse dos universitários. Por conta disso era possível que os estudantes de Gaspar que moravam entre o Barracão e região podiam utilizar ônibus da Brusquense e depois reunidas, que faziam o transporte dos universitários até a FURB. Naquela época não se ganhava transporte escolar da prefeitura. Alcançamos a passagem para estudantes e só.
Nós em Gaspar como as linhas para Blumenau eram normais, quase urbanas, podíamos utilizar diversos horários. Mas tbém tinhamos os que iam para a FEPEVI (depois UNIVALI0, Itajai, que então precisavam de ônibus especiais.
Mas à época o Luciano demonstrava capacidade de liderança também, de atuar na politica estudantil, neste sentido de ajustar e resolver impasses.
Promoveu em Brusque uma Olimpiada dos Clubes de Estudantes Universitários em que entidades de cinco municipios estiveram presentes (Brusque, Gaspar, Blumenau, Indaial e Timbó). Gaspar conseguimos levar uma delegação expressiva que encheu um ônibus, integrante diversas modalidades tendo sedes os clubes Bandeirantes e Araujo Brusque. Fim de semana de competições.
Mas este movimento nosso tinha viés da solução dos problemas e da união universitários para construir condições melhores a todos. E seguimos.
Hoje Luciano é ícone nacional de competência e visão. Capaz de se mover por todos os setores, porém com as mesmas convicções, como me disse há alguns dias numa conversa em Balneário Camboriu, que será sempre homem com visão pragmática e em defesa de um Brasil decente, a partir de governos enxutos e competentes, longe da corrupçao e da falácia do socialismo.
Uma coisa tem de sobra: coragem para dizer o que pensa e o que pretende fazer, coisa que aos políticos tradicionais restam meias palavras e acertos convenientes.

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