Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

15/05/2017

OS BONECOS DE KLEBER I
Retomo ao tema. Já o abordei de relance na coluna de sexta-feira, devido ao espaço físico restrito da edição impressa. Entretanto, no pouco que escrevi, fiz de forma aguda, em o “Trapiche”. A repercussão do ato e não do comentário (que é consequência do ato), dominou a semana. É simbólico. É revelador. É relevante. É esclarecedor: a Câmara de Gaspar e a base do governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e Luiz Carlos Spengler Fillho, PP, ambos ex-vereadores (Kleber foi presidente, inclusive), não querem a autonomia do atual Legislativo gasparense, para assuntos que são do “corpore” da própria Câmara. Parece que não têm problemas aos montes ao redor deles na prefeitura. Impressionante. Primeiro, a Câmara se negou à discussão para abri-la num horário possivelmente mais acessível ao povo, seus eleitores. Depois, a Câmara ia dando no canetaço R$1 milhão no seu próprio Orçamento para transferi-lo ao Orçamento da prefeitura em jogo de comadres. E para completar, nem estava refeita de uma ação chavista ou bolivariana, - a que usa o regulamento e a manobra para dar perfeição e fazer a sua própria interpretação dos fatos e atos - agora a Câmara de Gaspar se negou à simples discussão se ela pode ou não construir a sua própria sede. Vergonhoso. Deprimente. Autonomia, independência e autodeterminação, zeros.

OS BONECOS DE KLEBER II
No Stammtisch fiquei no espaço do Cruzeiro do Vale. Fui discreto e estive lá por algumas horas observando àquela bela festa, principalmente feita de jovens gasparenses. O presidente da Câmara, o vereador Ciro André Quintino, PMDB, em tom de brincadeira e amável, sob testemunhas, mas num recado sério, direto e respirando desconforto, queixou-se das minhas observações sobre ele presidente escritas neste espaço, líder de leitura e acessos. Pediu-me para esquecer dele, ser mais complacente. Estou disposto, mas não de suas jogadas como presidente de uma instituição pública relevante para a cidade, os cidadãos e que possui legitimidade para representar o povo: a Câmara de Gaspar. Como vou esquecer, se dois dias depois ele impede, com o seu decisivo voto, o de minerva, um simples pedido de audiência pública de seis vereadores, para se discutir se a Câmara de Gaspar, que ele preside, pode ou possui condições de construir a própria sede? Quem manda em Ciro? Que autonomia da instituição democrática ele defende? Por que se desgastar num problema que não diz respeito ao Executivo, mas à sua própria casa, a Câmara? Quem manda verdadeiramente nela, afinal? Quem está orientando Ciro? Por que se queimar por tão pouco e naquilo que ele próprio devia liderar perante os seus vereadores? Meu Deus! Ciro: desse jeito vai ser difícil esquecê-lo ou ser complacente.

OS BONECOS DE KLEBER III
A melhor definição para tudo isso veio da leitora que se identificou como Maria José e postou na área de comentários a seguinte conclusão sobre o patético (mais um) episódio de terça-feira na Câmara: “os sete bonecos de Kleber”. Ciro e demais: depois de pedir votos e ganharem uma vaga na Câmara, tamparam os ouvidos aos eleitores? Viraram reféns de gente que quer mandar em Kleber e no paço? É cedo demais, mas não tarde para rever tudo isso. O governo Kleber ainda não decolou, está de bengala, como ele próprio apareceu em público na semana passada no Stammtisch; coisa passageira. A Câmara de Gaspar, todavia, está arrumando muletas para os seus num ambiente em que precisa de gente pronta para disputar uma corrida de fôlego. Ora, se a prefeitura ainda não está funcionando, se grupos se boicotam no fogo amigo, se a Câmara virou um braço daquilo que não funciona, se ficou refém de aprendizes do novo poder, ela está apenas se desgastando antes da hora com fatos menores que vão enfraquece-la para os embates cruciais numa maioria que está perigosamente no limite possível. É demais. Ciro, o senhor é líder de um poder, é o negociador e fiador dessa autonomia. Votar com o Executivo por defender interesses do Executivo e do seu PMDB, é uma coisa. Agora, diminuir o Legislativo para se submeter aos caprichos de gente que manda no Executivo, em assunto que não é do Executivo, é algo bem diferente. Revela submissão e fraqueza. Vai apenas dar espaço, voz e autoridade à oposição. Afinal quem orienta Ciro e a mesa diretora da Câmara?

OS BONECOS DE KLEBER IV
Tem gente que arruma sarna para se coçar (se explicar e se desgastar); assim, do nada. Inventaram que precisam do R$1 milhão que está rubricado no Orçamento da Câmara para as obras da sede própria da Câmara neste ano de 2017 para terminar a ponte do Vale. Taí mais uma razão para a audiência pública ser realizada. É para se esclarecer, desmentir os jogadores, suas jogadas e se chegar a um acordo. Ciro não quer. A mesa diretora da Câmara não quer. Kleber não quer. Os que mandam no Kleber não querem. “Mas, Herculano”, tocou o telefone para mim. “O Kleber não tem nada a ver com isso. Foi uma decisão dos vereadores”. A minha resposta. Vão tentar primeiro convencer os analfabetos, ignorantes, desinformados e os da claque, inclusive os da imprensa que não perguntam porque são convencidos a isso e por razões já conhecidas. Se é verdade o que insistem, qual a razão do líder do governo, ou seja, o porta-voz do prefeito Kleber na Câmara, o vereador Francisco Hostins Júnior, PMDB, defender e orientar a bancada governista contra audiência? Deveria ter ficado quieto, então! E para arrematar: todos sete vereadores que apoiam Kleber, votaram contra o requerimento, incluindo o voto desempate de Ciro, o presidente. E Kleber não tem nada a ver com isso? Conta outra!

OS BONECOS DE KLEBER V
Resumindo: Kleber, ou os que mandam de fato no seu governo, mais uma vez, meteram o bedelho na necessária gestão autônoma Câmara. Ali não é a alçada da prefeitura dizer o que deve ser feito administrativa e contabilmente. Politicamente, sim (e concordo, pois é do jogo de contrapesos). O prefeito Kleber e o PMDB de Gaspar parecem que gostam de ficar expostos, como fracos e perdedores. Quem orienta, ou leva, Kleber nessa e outras armadilhas? Os interesses? Os negócios? A divisão de poder do bolo? O ressarcimento de investimento na campanha? A medição de poder e poderosos entre eles próprios? Mas, e o bem comum dos gasparenses, onde fica? Quem paga tudo isso? Afinal qual a diferença entre a administração do PT e do PMDB/PP? Hostins justificou que não há sequer projeto para a construção da nova sede da Câmara? Ótimo. O que o governo de Kleber tem a ver com isso? Quem tem que mostrar o tal projeto é a Câmara, os vereadores que convocaram a tal audiência pública; os que querem palanque e holofotes. É lá na audiência, o fórum ideal para discutir esse assunto, armar o circo e desmoralizar quem pediu e não se preparou para a audiência. Ou há alguém com medo da demonstração dos interesses que se escondem? Kleber ainda não conseguiu por sob o seu controle e administrar o município; agora quer e insiste em ser babá da Câmara, com os seus da prefeitura, do PMDB, PSC e PSDB? Vão ficar marcados, e pelas bobagens que patrocinam. Está na hora de pensar grande. Acorda, Gaspar!

LADY FRAN I
A mais jovem vereadora eleita em Gaspar, a jornalista Franciele Daiane Back, PSDB, é um poço de incoerência ululante. Num vídeo que ela fez na semana passada na sua rede social para seus eleitores e eleitoras do Distrito do Belchior, Franciele afirmou que não é populista (será que ela sabe o que é ser populista ou cabulou essa aula?). Mandou bem, mas... Ao ser questionada por um eleitor seu sobre a sua resistência para a mudar o horário das sessões da Câmara, Franciele, desdenhou. Afirmou que a proposta de um grupo de seis (dos 13) vereadores é uma ação populista. Para Franciele, antes a mudança de horário, segundo ela ao eleitor que a questionava, deveria a proposta ser debatida numa audiência pública. Bingo. Excelente. Correta. E sabe qual a razão para isso, segundo Franciele? Para saber o que o povo quer (ela como representante dele, não sabe) e as implicações dessa mudança internamente no suporte da Câmara para os vereadores no novo horário, incluindo os custos decorrentes dessa mudança. Só para lembrar à mais jovem vereadora: com menos funcionários, a Câmara de Gaspar no passado muito recentíssimo, fazia não uma sessão à tarde como é hoje e longe do povo, mas, duas e a noite, para dar melhor acesso aos eleitores e eleitoras para acompanhar seus vereadores, suas votações, suas posições e incoerências. É isso que a vereadora Franciele chama de populismo, ou seja, facilitar a participação popular?

LADY FRAN II
E veja à incoerência do discurso da jovem vereadora, que é cria e pau mandado do PMDB e do prefeito Kleber Edson Wan Dall, o qual precisa dela para ter maioria na Câmara. Franciele defendeu audiência pública para mudar o horário das sessões da Câmara. E para voltar ao que já se praticava, e que por esperteza, o mais longevo dos vereadores José Hilário Melato, PP, mudou um dia, dentro da legalidade, com apoio da maioria e para atender o seu PT. Ladainha da vereadora. Só para justificar a razão pela qual negou – no voto, parecer e discurso maroto na época - essa possibilidade das sessões serem à noite. Se faz a defesa de uma audiência pública para a troca de horários, ao mesmo tempo nega uma audiência pública, no voto, a um requerimento de seus pares que pedia simplesmente, oram vejam só, a discussão se a Câmara pode, possui condições, deve ou não construir o próprio prédio para nele se instalar e funcionar como um poder independente. Como dizia o experimentado político Tancredo Neves, “quando a esperteza é demais, ela come o dono”. Aproveitando: até agora, o PSDB de Gaspar, presidido por uma ex-vereadora, a Andreia Symone Zimmermann Nagel, que foi vítima durante mandato por não se alinhar aos incoerentes e incoerências, está providencialmente quietinho nesta situação. Ou seja, deduz-se que concorda que os vereadores não devem discutir se devem ou não construir a sua sede própria.

LADY FRAN III
Franciele é jornalista graduada em escola própria de jornalismo, um ambiente há muito e hoje majoritariamente dominado pela esquerda do atraso. É de se supor que ela conheça bem o conceito de populismo, que ela invocou para ser contra para não aprovar uma simples audiência pública que visava discutir se a Câmara de Gaspar pode ou não construir a sua sede própria ou trocar os horários das sessões. Então para Franciele não vou esclarecer nada, pois ela sabe o que está falando, afirmando e principalmente fazendo – assim como eu. Vou reproduzir aqui para os meus leitores e leitoras que possam ter alguma dúvida, um conceito muito genérico sobre populismo e uma pergunta derradeira. Populismo se “caracteriza pelo modo como um governante governa, usando estratégias e recursos que têm como objetivo angariar o apoio e confiança popular, principalmente das classes mais desfavorecidas, analfabetos, ignorantes, desinformados e seus fanáticos esclarecidos aboletados na máquina estatal e de poder. Uma das características marcantes no discurso do líder populista é a ideia de que este é capaz de resolver todos os problemas, deslegitimando o restante das instituições democráticas e partidos políticos, tomando, para isso, medidas autoritárias”. O que fez Franciele? Deslegitimar o ente democrático Câmara de Gaspar à qual pertence? Se Franciele não acredita na dialética democrática da própria Câmara, o que ela faz lá? Então quem é o populista nesta história? Os que pedem uma audiência pública ou o quem a nega? Acorda, Gaspar!

ILHOTA EM CHAMAS I
Não é fácil, o erro ou a esperteza dos políticos administradores públicos. Veja o que foi publicado na quinta-feira, dia 11, no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e que não tem hora para sair: “Lei Complementar nº 67/2016, republicação por erro. A publicação do dia 25/05/2016 não trouxe as alíneas ‘f’ e ‘g’ do artigo 3º. altera dispositivos da lei complementar nº 16, de 20 de dezembro de 2007, que institui o código urbanístico do município de ilhota e dá outras providências”. Reparem o que está se corrigindo: uma publicação de 25 de maio do ano passado. E coisa grave. Ninguém viu. Ninguém reclamou. Ninguém fiscalizou, inclusive a Câmara onde a lei foi aprovada. É assim que funciona as coisas nos grotões. É preciso o Ministério Público pôr o olho e ver se alguém teve benefício com essa “omissão” de texto expresso da lei. Meu Deus!

ILHOTA EM CHAMAS II
O que o ex-prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, “esqueceu” (ou suprimiu?) de publicar e até esta semana ninguém havia notado, mas é essencial para a aprovação ou regularização de edificações em Ilhota?
“Art. 3º. Para que sejam viáveis e aprovados empreendimentos do tipo “Loteamentos ou condomínios”, residências, comerciais ou industriais solicitados nas propriedades ou áreas que forem classificadas como ZEUI – Zona de Expansão Urbana e Industrial, o empreendedor deverá fazer constar em seus projetos, executar e doar sem custos a municipalidade toda benfeitoria necessária para integrar as propriedades e empreendimentos as áreas urbanas e sistemas viários do município, assim, ao empreendedor caberá:
I- Ligação do empreendimento ao sistema viário existente, devendo projetar, executar e doar:
a. Pavimentação asfáltica, lajotas ou outro tipo de pavimento que for usual na área ou indicado pela municipalidade. Devendo essa pavimentação ser continua e ininterrupta até a via pavimentada mais próxima as ruas e rodovias existentes e legalmente instituídas que contenham pavimentação;
b. Sinalização viária em todo o trajeto de acesso ao empreendimento;
c. Iluminação pública em todo o trajeto de acesso ao empreendimento;
d. Drenagem pluvial em todo o trajeto de acesso ao empreendimento;
e. Melhorias em redes de distribuição de água, energia, gás e comunicações que existam em todo o trajeto de acesso ao empreendimento;
f. Terminais de transporte coletivo, devendo apresentar estudo que justifique a quantidade do número de terminais apresentados, prevendo um crescimento da demanda para os próximos vinte anos a contar da data do término das obras do empreendimento;
g. Projeto, execução e aparelhamento de uma edificação para servir como centro comunitário multiuso, o qual propicie a instalação e implantação de ambulatório ou unidade de policiamento e corpo de bombeiros, de forma que proporcione aos empreendimentos a garantia para cobertura da segurança pública, saúde e educação básica. Tal estrutura poderá ser um uma única edificação, desde que proporcione o funcionamento independente dos serviços de cada setor.

ILHOTA EM CHAMAS III
Aliás, aqui este assunto já tinha sido tema, quando comentei a “indústria” de loteamentos que virou Ilhota nos últimos anos. Perguntei se estavam sendo olhados o suporte que isso demandaria de serviços públicos como água, esgoto, transporte urbano, postos de saúde, escolas, creches, lazer segurança... Ou seja, tudo o que os dois itens suprimidos exigiam analisar e se discutir com o empreendedor e com as comunidades afetadas. Bingo. Não é a toda, que rola algo grosso sobre esse assunto na Comarca e que vem desde as eleições. Agora, cabe à Câmara (de onde saiu a lei e ela devia ter fiscalizado a sua publicação e aplicação), se tiver isenção, capacidade e coragem, bem como ao Ministério Público da Comarca, ver quem nesse período da lei valendo, sem a publicação de parte dela, se beneficiou para tornar “regular” o que não atendia os itens “f” e “g”. É preciso desnudar e punir todos os agentes públicos, políticos e particulares envolvidos.

AINDA SOBRE A SAÚDE DOENTE I
Quem lê os mais recentes longos, repetitivos, inclusive nas justificativas, decretos 7.470, do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, que “declara estado de perigo público e urgência na rede hospitalar de Gaspar”, e o 7.471, do mesmo dia nove de maio e que “estabelece a intervenção municipal por modalidade de requisição do prédio e todas as instalações físicas do hospital nossa senhora do perpétuo socorro, englobando laboratório, equipamentos médicos /cirúrgicos, de exames, recursos humanos e demais máquinas, objetos e itens que façam parte do regular e efetivo funcionamento do nosocômio para o atendimento dos que dele necessitam”, tem a clareza que pouca coisa vai mudar.

AINDA SOBRE A SAÚDE DOENTE II
A anunciada gestão profissional e terceirizada prometida pelo prefeito e a secretária de Saúde, Dilene Jahn dos Santos, especialista em gestão hospitalar e que já foi gestora do Hospital, pode ser apenas uma ação de fachada. A prefeitura ficará, pelos decretos, obrigada a socorrer o Hospital em qualquer situação, drenando os recursos que estão faltando à policlínica e nos postos de saúde. Tudo o que o PT fez, que não deu certo e até certo ponto, comprometeu a imagem da administração petista exatamente pela má gestão da saúde nos postos para sustentar o Hospital, está sendo repetido pela equipe de Kleber. Pior, vai prosseguir de outra forma em que o gestor só funcionará se houver o aporte do município. Hospital e Gaspar continuam sendo administradas como no século passado, mas com marketing próximo deste século. Isso vai custar caro ao PMDB e PP, e só eles não estão percebendo, mais uma vez.

TRANSPARÊNCIA ZERO I
A administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, ambos ex-vereadores, são experts em esconder as manobras que eles e outros urdem no Orçamento e que mandaram para a Câmara referendar. Os Projetos de Leis vão para lá com termos técnicos no título e curtas justificativas, ardilosamente vazias, construídas com um amontoado de palavras para dar impressão de nexo, tem um único objetivo: evitar discussões, esclarecimentos e polêmicas. Foi assim com o PL que tirava dinheiro do FIA; foi assim com a retirada de R$1 milhão do Orçamento da própria Câmara, o qual voltou revestido de legalidade; foi assim com outros e que a coluna desnudou; está sendo assim com o PL remetido há duas semanas para o Legislativo, o 22/2017. O que ele diz? “Altera anexo da lei nº 3.724, de 31 de agosto de 2016, que dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício de 2017, e suas alterações”. Entenderam alguma coisa? Nem a maioria dos vereadores que vão dar pareceres e votar, se espremerem eles, serão capazes de detalhar o que nada se disse.

TRANSPARÊNCIA ZERO II
O PL é um jogo de números no Orçamento que o próprio PMDB e o PP então liderado pelo mais longevo dos vereadores, mas que fazia o jogo do PT, José Hilário Melato (hoje emprestado no Samae no jogo de poder), com o hoje vice de Kleber, aprovaram naquela sessão marota, feita de afogadilho armadilhas daquele final de 2015. Não perceberam que poderiam ser poder? Estou exagerando? Então veja o que literalmente diz a justificativa de Kleber aos vereadores no referido PL: nada. “Pretende o presente Projeto de Lei modificar o Anexo II da Lei nº 3.724, de 31 de agosto de 2016, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias do Município de Gaspar para o exercício de 2017, e suas alterações” (isso já está no título, ou seja, gastou-se tinta). “As modificações nos programas mencionados neste Projeto de Lei têm por desiderato manter o anexo em consonância com as alterações na estrutura e na nomenclatura dos órgãos e programas do Município de Gaspar, constantes na Reforma Administrativa protocolada juntamente com o presente Projeto de Lei”. Ou seja, e esclarecendo: a “nova reforma” nem é conhecida da cidade e cidadãos pagadores de impostos, nem foi debatida, nem tramitou formalmente, nem foi aprovada, mas o respectivo “orçamento”, entretanto, com as danças dos números já está tramitando embaralhando tudo.

TRANSPARÊNCIA ZERO III
Outra. O orçamento que cobre a tal “nova” Reforma Administrativa querem-na aprova-la no regime de urgência. Hilário. Quando o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi e o PT mandaram a reforma que o novo poder emenda agora, PMDB ficou na dele e votou contra, como a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, ainda no DEM. Mas, o PP, ajudou com o voto do mais longevo vereador e hoje emprestado ao Samae, José Hilário Melato. E a matéria só passou, porque Marcelo de Souza Brick e Giovânio Borges, ambos do PSD, deram votos ao PT. E qual era o argumento dos autores: economia de R$ 800 mil a R$1 milhão para os cofres e o corte de mais de 100 cargos comissionados. Duas perguntas básicas? Primeiro: ocorreu esta economia em dinheiro e cargos? Quem tem que provar é o PT e quem tem que desmentir é Kleber? Qual é mesmo a razão da mudança que Kleber quer implantar sem discutir com a cidade? Criar acomodações para as facções que o levaram ao poder? Kleber e sua gente também insinuam que haverá economia de recursos? Onde estão os números e quem pode fiscalizar isso? Então eu pergunto: qual é mesmo a diferença entre o PT e o PMDB em Gaspar?

TRANSPARÊNCIA ZERO IV
Rir é pouco. Quando o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, mandou a reforma administrativa, justificou-a, principalmente, pela economia que produzia aos cofres municipais. Nada se provou até hoje, ou pelo menos, há, no mínimo, muita controvérsia. Coisa de políticos adversários e que sobrevivem em promover ilusões aos analfabetos, ignorantes e desinformados. Mas, você leitor e leitora se lembra quais as principais mudanças administrativas aprovadas pelo governo do PT com os votos do PP e PSD? Esqueceu? Vou lembrá-los: a Ditran e o Transporte Coletivo foram parar na nova Secretaria de Administração e Gestão; o Procon na Procuradoria; Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento virou a Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil; a cosmética e provocadora de confusões com o judiciário Secretaria de Desenvolvimento Social voltou a se chamar simplesmente, Secretaria de Assistência Social; já Secretaria de Transportes e Obras virou a Secretaria de Obras e Serviços Urbanos; o Sine ficou com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Renda; e a Secretaria de Administração e Finanças foi dividida em Secretaria de Administração e Gestão e Secretaria da Fazenda; além da polêmica por causa do criador, Adilson Luiz Schmitt, que fez desaparecer a secretaria de Agricultura; além disso se criou central de compras, do almoxarifado central e do controle de frotas, para melhorar a gestão dos recursos; criação de duas ouvidorias, uma somente para a saúde, e que de fato nunca funcionaram. E para encerrar: você conhece o que Kleber, Luiz Carlos e os seus estão reformando e a razão disso? O que o gasparense vai ganhar com essas modificações? O gasparense não sabe nem mesmo o quanto ele vai pagar por tudo isso. Para quem não quer audiência pública para debater o que é da sua alçada e autonomia, a Câmara está no papel dela: marionete do poder de plantão. Acorda, Gaspar!

A JUSTIÇA QUE TARDA NÃO PROTEGE
O Supremo Tribunal Federal, a instância suprema da Justiça brasileira vem dando mostras de fraqueza de membros e que mais parecem defensores não de crenças ou do exercício da hermenêutica, mas de clientes. É uma sinalização de que a Justiça é um instrumento para beneficiar uns e punir outros, principalmente os fracos, os pobres, os adversários e sempre livrar uma ordem dominante. Clique ouça o comentário de Ricardo Boechart, apresentador do jornal da Band. E conclua.

PARA ESPECIALISTAS
O promotor público Henrique da Rosa Ziesemer, esteve em Gaspar. Foi duro na área de meio ambiente e ocupação imobiliária. Os ex-prefeitos Pedro Celso Zuchi, PT (Gaspar), Daniel Christian Bosi, PSD (Ilhota) e loteadores não têm boas lembranças dele, devido à busca dele pelo legal. O doutor Henrique saiu daqui promovido para Jaraguá do Sul e hoje está, na nona promotoria de Blumenau, que cuida exclusivamente do crime. Ele é um estudioso. No dia primeiro de junho ele lança às 19h30min duas obras na Associação do Ministério Público, Florianópolis. A “Ministério Público: desafios e diálogos internacionais” (com Vinicius Secco Zoponi) e a segunda edição revisada e atualizada de “Direito Institucional, comentários ao Regime Interno do Conselho Nacional do Ministério Público”. A editora é a Lumem Juris. As obras têm um público específico: bibliotecas, promotores, advogados e alunos dos cursos de Direito no Brasil.

TRAPICHE


Como funciona. A duplicação da BR 470 está empacada. As obras viárias federais, incluindo as de manutenção paradas ou uma lástima. Mas, os políticos continuam empregando (e com polpudos vencimentos e criando despesas) seus afilhados ou políticos sem competência e votos. Veja esta.

O deputado Federal Jorginho Mello, PR, é da base do governo Michel Temer, PMDB. Mas, ele é contra as reformas Trabalhista e principalmente da Previdência. Entre muitos cargos por ser da base do governo, Jorginho tem a estrutura do Dnit, incluindo a indicação do superintendente catarinense, Vissilar Preto, da sua base eleitoral do meio-oeste.

Tudo herdado do governo do PT de Dilma Vana Rousseff que desgraçou o Brasil e os brasileiros, a quem o PR e Jorginho apoiaram. Se Jorginho não vai apoiar as reformas como faz questão de dizer com todas as letras, Temer vai continuar a passar a mão na cabeça mais uma vez do rebelde Jorginho garantindo empregos à sua estrutura partidárias e eleitoral com o dinheiro dos pesados impostos dos brasileiros?

Querem mais outra? Eu sempre escrevi aqui sobre o crime que o governo de Santa Catarina comete contra o dinheiro dos catarinenses ao sustentar um cabideiro de empregos para políticos sem votos e seus apadrinhados sem capacidade para disputar uma vaga em qualquer lugar decente ou competitivo.

Você sabe qual foi o custo de manutenção em 2016 das 35 Agências de Desenvolvimento Regionais? Absurdamente R$ 247 milhões. Quanto elas, com este altíssimo custo, realizaram de investimentos em favor da sociedade? Apenas R$225 milhões, ou seja, menos do que ela custou. É ou não é um crime administrativo? E o governo de Raimundo Colombo, PSD, perdendo todos os vetos na Assembleia que criam mais despesas e favorecem os políticos no jogo pela busca dos votos dos analfabetos, ignorantes e desinformados.

Esse cabideiro foi criado pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira, PMDB, para se eleger e acomodar os sapos, cobras e lagartos numa mesma balaia da enganação. O prefeito de Lages, Raimundo Colombo, PSD, prometeu extingui-lo, até receber o apoio de Luiz Henrique e do PMDB. E aí, ficamos com a pesada conta dessa gente sanguessuga.

Como funciona. Vagner Cesar Campos Maciel é funcionário da Câmara de Gaspar na área de Comunicações. Pois bem, agora, os vereadores decidiram que os gasparenses vão pagar um curso de fotografia de R$ 1.677,00 para o rapaz, habilidade que ele já deveria ter quando foi contratado para atender os vereadores. Acorda, Gaspar!

Mario Sabino, ex-editor-chefe da revista Veja, e hoje sócio de O Antagonista, bem lembrou no twitter: na Segunda Grande Guerra, o estadista francês Charles De Gaulle, leu a inscrição “Morte aos cretinos” num Jeep militar. Seu comentário, então foi: “É um vasto programa”. Retomo: alguém possui a mínima dúvida?

Começou. Santa Catarina possui um governador que ainda não deixou a prefeitura de Lages. Agora, o deputado Federal João Rodrigues e o deputado estadual Gelson Merísio (já foi presidente da Assembleia), ambos do PSD, acabam de fazer manchetes afirmando que o Oeste precisa um projeto para fazer um governador de lá.

Ou seja, os candidatos, não compreenderam que vão ser eleitos e governar para os catarinenses e com os votos de todos, os quais possuem o mesmo valor.

Veja como funciona. A prefeitura de Gaspar mostra que há transparência na compra de mercadorias. E até propaga que foi mais adiante com a tal transmissão ao vivo dos atos. Mas, o que aconteceu no dia nove de maio?

O credenciamento 2/2017 para “estabelecimentos comerciais para o fornecimento de gêneros alimentícios, em atendimento ao serviço de atenção à família em situação de risco social através do Auxílio Cidadão”.

O credenciamento se deu às oito horas da terça-feira, dia nove de maio. O edital foi publicado exatamente no dia nove de maio, terça-feira, no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem hora para ser publicado. E saiu só a tarde, quando tudo já estava consumado.

Para piorar, o edital foi republicado no Diário Oficial do dia 10, quando o ato, em tese, já havia sido realizado, no dia anterior. Acorda, Gaspar!

Tem político em Gaspar e Ilhota quando lê esta coluna respira aliviado. Supõe que o tema foi devidamente esquecido por mim. Ledo engano. Só postergo, devido à limitação de espaços. Então a tensão é permanente, confidencia-me um deles.

Uma definição momentânea mais atualizada de petista e de militante da esquerda do atraso: “petista é aquele que acreditava em João Santana quando ele mentia na campanha de Dilma Vana Rousseff (a que já foi guerrilheira Janete e agora é Iolanda, em homenagem, vejam só, à mulher do general ditador Arthur da Costa e Silva) e não acredita agora quando ele fala a verdade na Justiça”.

Ilhota em chamas IV. Virou rotina na Câmara Municipal de Ilhota, “dispensar” o trâmite pelo rito regimental dos projetos de lei ordinária. Aconteceu mais uma vez nos PLs nº 21, 22, 23, 24/2017, possibilitando sua leitura e deliberação em um único turno de discussão e votação na mesma sessão extraordinária. Tem gente de olho nesse exagero.

Ilhota em chamas V. Um problema sem fim. Ilhota vai fazer mais uma vez uma “licitação” para ter emergencialmente caminhões coletores de lixo. Será no dia 23 de maio. O discurso do prefeito Érico de Oliveira, PMDB, que eleito, resolveria esse problema em pouco tempo, até agora não deu sinais quando acontecerá.

Ilhota em chamas VI. Do outro lado desse problema, foi renovado por apenas oito meses o contrato dando a destinação do lixo recolhido em Ilhota. Até o 31 de dezembro está garantido o depósito na Recicle, em Brusque.

Ilhota em chamas VII. O reajuste foi de 4,5710%. Passou de R$ 187,20 para o valor de R$ 195,75 a tonelada depositada lá. Calcula-se uma média de 300 toneladas por mês. Fazendo-se as contas, o contrato é para 2.400 toneladas, e a prefeitura terá que desembolsar, por baixo, R$ 469.800,00.

Começou a época de compras na prefeitura de Gaspar: no dia 23 é para comprar de medicamentos, no dia 24 para óleo lubrificantes, no dia 26 para solda e usinagem.

Samae inundado. De quem o Samae de Gaspar está comprando macadame? Da Balneário Materiais de Construção, CNPJ 00.874.055/0001-20.

Se tudo correr como o programado, no dia seis de junho a prefeitura de Gaspar licita a reforma da cobertura e muro do CDI Tia Maria Elisa.

Nada mudou no atual governo. Já é a nona portaria que o governo Kleber Edson Wan Dalll, PMDB, assina para prorrogar o prazo para conclusão dos trabalhos da comissão permanente de sindicância e processo administrativo disciplinar.

A sessão da Câmara hoje está morna. Nenhum projeto em discussão e votação. Nada assim tão importante. Mas, está na pauta um requerimento para que “autoriza a realização de audiência pública para discussão de questões pertinentes ao transporte público escolar integrado no bairro Bela Vista”.

Como isso rende votos na comunidade de lá, será aprovado. Se fosse para esclarecer e apontar a inércia dos políticos, seria vetado, como aconteceu na terça-feira passada, com o caso se a Câmara pode ou não, ao menos, discutir a construção da sua sede própria.

Onde está parado este carro que serve a prefeitura de Gaspar? No local destinado à deficientes. Faltam consciência, cidadania antes do respeito às leis de trânsito.

 

Edição 1801

Comentários

Herculano
18/05/2017 16:27
A COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DESTA SEXTA-FEIRA DO CRUZEIRO DO VALE JÁ ESTÁ PRONTA

O BRASIL ESTÁ PEGANDO FOGO, MAIS UMA VEZ E QUEM PAGARÁ PELA IRRESPONSABILIDADE, CORRUPÇÃO E ROUBO DOS POLÍTICOS, GESTORES PÚBLICOS E EMPRESÁRIOS, MAIS UMA VEZ SERÁ O POVO DESEMPREGADO, DO SALÁRIO MÍNIMO, O ANALFABETO, IGNORANTE E DESINFORMADO USADO PELOS SALVADORES DA PÁTRIAS OU DAS PALAVRAS DE ORDEM, INCLUINDO A IGREJA CATóLICA.

MAS NADA DISSO TRATAREI NA COLUNA DE AMANHÃ. TEM MUITA GENTE COMPETENTE FAZENDO ISSO E PASSANDO O BRASIL, POLÍTICOS, GESTORES E EMPRESÁRIOS A LIMPO.

A COLUNA CUIDARÁ DO QUINTAL, POIS É POR AQUI QUE AS MANOBRAS COMEÇAM. ACORDA, GASPAR!
Paty Farias
18/05/2017 16:06
Oi, Herculano;

A coluna Painel, Folha, há pouco, postou:

"O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu uma bronca em sua equipe de colaboradores que, na noite desta quarta (17), publicou na página do petista nas redes sociais fotos do juiz Sergio Moro ao lado de Michel Temer (PMDB) e de Aécio Neves (PSDB-MG).

Os registros foram feitos quando Temer, Aécio e Moro participaram de eventos públicos ao longo dos últimos meses.

O petista viu a postagem nesta quinta e determinou que ela fosse removida. O estrago, porém, já estava feito.

Aliados do PT no Congresso sabem que, embora a crise esteja neste momento desabando nas cabeças do PMDB e do PSDB, petistas não devem ser poupados na delação dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista".

Mais uma daquelas que o LuLLa não sabia de nada.
Por isso que o Brasil está nesta merda, governado oito anos por um bosta que nada sabia.
Mariazinha Beata
18/05/2017 15:56
Seu Herculano;

A Lady Fran está como barata tonta, desculpa... desculpa... desculpa...

Acreditaram nela?
Bem feito!
Bye, bye!
Violeiro de Codó
18/05/2017 15:52
Sr. Herculano;

O que o Danilo Gentili quis dizer, estão no cartaz acima:

"OS IGNORANTES DEFENDEM CORRUPTOS E PARTIDOS POLÍTCOS!
OS SÁBIOS DEFENDEM UMA NAÇÃO!"

Casinha de Plástico
18/05/2017 15:42
Olá, Herculano:

"Se Aécio for preso, Lula pode fazer a malinha com a escova de dentes.
Por que razão? Sempre se dá um jeito."
Reinaldo Azevedo, às 13:06hs.

Não vejo a hora!!!
Vamos fazer a faxina, logo!
Sidnei Luis Reinert
18/05/2017 13:16
Após gravação de Temer, filho de Teori publica desabafo

Confira, a seguir, o texto na íntegra:

"O PMDB está no poder desde sempre e, como todos sabemos, estava com o PT aproveitando tudo de bom que o Governo pode dar? até que veio a Lava jato.

A ordem sempre foi a de parar a Operação (isto está gravado nas palavras dos seus líderes). Todavia, ao que parece, até para isso o PT era incompetente e, ao que tenho notícia, de fato, o PT nunca tentou nada para barrar a Lava Jato (ao menos o pai sempre me disse que nunca tinham tentando nada), o que sempre gerou fortes críticas de membros do PMDB.

O problema é que as investigações começaram a ficar mais e mais perto e os líderes do PMDB viram como única saída, realmente, brecar a Operação a qualquer custo. Para isso, precisava do poder. Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer.

Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo?

O pai sabia de tudo isso. Sabia quanto cada um estava afundando nesse mar de corrupção. Não é por acaso que o pai estava tão afilho [sic] com o ano de 2017.

Aflito ao ponto de me confidenciar que havia consultado informalmente as Forças Armadas e que tinha obtido a resposta de que iriam sustentar o Supremo até o fim!

Que gente sínica [sic]. Não tem coisa que me embrulha mais o estômago do que lembrar que, no dia do velório do meu pai, diante de tanta dor, ainda tive que cumprimentar os membros daquele que foi apelidado naquele mesmo dia de o "cortejo dos delatados".

Impeachment já!

Desculpem o desabafo, mas não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai!"

http://exame.abril.com.br/brasil/apos-gravacao-de-temer-filho-de-teori-publica-desabafo/
Herculano
18/05/2017 13:06
SE AÉCIO FOR PRESO, LULA FAÇA A MALINHA COM A ESCOVA DE DENTES, por Reinaldo Azevedo, na Veja

Os petistas estão numa euforia incontida. Entendo que a esquerda esteja contente. Afinal, a força-tarefa fez um esforço enorme para ressuscitá-la e foi bem-sucedida.

Mas peço que pensem um pouquinho. Se o Supremo votar em favor da prisão de Aécio e se pelo menos 41 senadores aprovarem tal decisão, estaremos diante de algo fabuloso.

Lula, o chefe máximo do PT - partido que, sem dúvida, comandou o esquema de assalto ao estado -, estará solto, e o principal líder da oposição e sua irmã estarão presos.

Nem é preciso entrar nas motivações para que fique claro que isso não faz sentido.

E a Lava Jato e seus braços têm lá suas vocações simétricas.

Se Aécio for preso, Lula pode fazer a malinha com a escova de dentes.

Por que razão? Sempre se dá um jeito.
Herculano
18/05/2017 13:01
O BRASIL ESTÁ DERRETENDO, MAIS UMA VEZ, POR CAUSA DOS POLÍTICOS CORRUPTOS. QUEM VAI PAGAR MAIS UMA VEZ? OS BRASILEIROS COM SACRIFÍCIOS, RECESSÃO, DESEMPREGO E A SUSTENTAÇÃO DE PESADOS IMPOSTOS

O PT ES A ESQUERDA DO ATRASO ESTÁ FELIZ PORQUE TODOS SÃO LIXOS

QUANDO ALGUÉM VAI PENSAR DIFERENTE E CONSTRUIR UM PAÍS - COM TODOS - PARA OS BRASILEIROS?
Herculano
18/05/2017 12:56
E AINDA PODE SER MUITO PIOR...., por Eliane Cantanhêde, no jornal O Estado de S. Paulo

O presidente Temer despenca no escuro, deixando o País sem presente e sem futuro

O Brasil, pobre Brasil, acaba de dar mais uma cambalhota mortal. Após uma semana de boas notícias na economia, com as reformas andando e justamente a 20 dias do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Michel Temer despenca no escuro, deixando o País sem presente e sem futuro.

Temer foi estupidamente flagrado estimulando a compra do silêncio do ex-deputado e atual preso Eduardo Cunha e favorecendo a JBS com benesses de governo, enquanto um assessor direto, o deputado Rocha Loures, é filmado recolhendo uma mala com dinheiro vivo.

Não bastasse, a Polícia Federal também filmou o senador tucano Aécio Neves, presidente de um partido-chave na sustentação política de Temer, pedindo R$ 2 milhões para Joesley Batista, da JBS. E mais: os policiais puseram um chip na dinheirama e descobriram que ela foi parar nas contas do também senador Zezé Perrella (PMDB), de Minas.

Não bastasse, o filme de terror fica ainda mais assustador quando se lembra que Perrella é um velho personagem das páginas policiais, sobretudo quando um avião de propriedade de sua família foi capturado carregando cocaína.

Tudo parece tão absurdo, tão realismo fantástico, que o mínimo que se pode dizer é que a realidade está superando a ficção no Brasil, que já passou pelo impeachment de Fernando Collor e acaba de sair do impeachment de Dilma Rousseff em meio à maior crise econômica da história.

A nota do Planalto para reagir a tudo isso lembra alguém tentando combater um incêndio de grandes proporções com um copo d'água. Ficam, portanto, três sérias ameaças a Temer, além dos gritos de renúncia que ecoam: uma guinada do TSE rumo à cassação do mandato, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), acatar o pedido de impeachment ou, simplesmente, a PGR e o Supremo processarem o presidente.

Pela Constituição, presidentes só não podem ser processados por crimes alheios e anteriores ao mandato, o que não é o caso. E, também pela Constituição, se Temer cair agora, o presidente da Câmara assume e convoca eleições indiretas. Sabe o que significa? Que os deputados que elegeram Eduardo Cunha para a presidência da Câmara e os senadores que içaram Renan Calheiros para a do Senado vão eleger o novo presidente da República. Só rezando...
Sidnei Luis Reinert
18/05/2017 12:29
Temer fica insustentável, Lula se complica ainda mais e Lava Jato faz devassa no tucano Aécio Neves


Edição Atuializada do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Os deuses do mercado ficaram perplexos (alguns investidores, assustados), depois que Michel Temer foi arrasado ontem pela divulgação de uma gravação, em pleno Palácio do Jaburu, na qual Temer dava o aval para que o silêncio de Eduardo Cunha, preso em Curitiba, continuasse comprado por uma mesada que também manteria calado o doleiro Lúcio Funaro. A fraca carne de Temer foi estragada e assada no inferno político por Joesley Batista. do frigorífico JBS. Inconsolável até pela bela Marcela, o insustentável Temer já avisou que não pretende renunciar. Quem poderá salvá-lo da degola?

Assim, o espectro do impeachment presidencial com eleição indireta ?" que parecia remoto ?" agora ronda Bruzundanga, assustadoramente. Também ganham mais força as teses da Intervenção Institucional (que seria a solução ideal) e da convocação de Eleições Gerais para uma Assembléia Constituinte (perigoso paliativo que pode beneficiar, de imediato, os esquemas do Crime Institucionalizado agora amedrontados). O clima de radicalização tende a esquentar na guerra de todos contra todos os poderes no Brasil.

A Petelândia sitiou o Palácio do Planalto, exigindo o "Fora, Temer"... Lula, que já estava ferrado, ganhou novas provas para o juízo final. E a Lava Jato chega, finalmente, para arrasar, também, com Aécio Neves... Os meninos da JBS denunciaram outra gravação em que o senador tucano pediu R$ 2 milhões em "ajuda" (propina). O neto de Tancredo Neves, agora um presidenciável desmoralizado, alegou que não tinha dinheiro para bancar sua defesa na Lava Jato... A Polícia Federal começou o dia atrás de Aécio, da turma da JBS e da família de Eduardo Cunha. São 40 mandados de busca e apreensão na rua e até no Congresso Nacional... Tudo com autorização do Supremo Tribunal Federal... Que afastou Aécio do mandato de senador.

Depois de uma noite e madrugada de protestos, com insônia forçada para a politicagem, o humor rentista tende para o "bearish", afetando as cotações da bolsa e do dólar. A hiper dúvida ?" quase uma certeza ?" é que Temer, numa delação só, perdeu as condições morais e políticas para liderar a aprovação das reformas previdenciária e trabalhista ?" remendos vendidos pelo mercado como essenciais para a retomada do crescimento econômico. Ironicamente, por inconfidência dos acuados donos de um frigorífico, foi para o brejo a vaca da politicagem.

A vingança de Joesley atinge mais um ex-chefão da área econômica ?" só que do regime petista. Joesley Batista também revelou que pagava mesadas ao ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff. Na versão do delator da JBS, Guido Mantega "distribuía propina a parlamentares petistas". Nem isso conseguirá acuar a petelândia radicalóide ?" cujo único objetivo desesperado é vingar a queda de Dilma Rousseff com a derrubada de Temer, já que Lula é cabra marcado para o sacrifício no cadafalso da Lava Jato.

A frase "tem que manter isso, viu" ?" na qual Temer se referia à manutenção da propina para manter calados Eduardo Cunha e Lúcio Funaro ?" é fatal para a insustentável manutenção de Michel Temer no poder. A gravação feita por Joesley no final da noite de 7 de março, em plena residência oficial do Presidente Temer, foi "batom na cueca". Em delação ao Ministério Público Federal, Joesley confidenciou que foi Temer quem ordenou que a "mesada" fosse paga a Cunha e Funaro. A Polícia Federal filmou alguns pagamentos, incluindo aqueles para um homem de confiança de Michel Temer: o deputado paranaense Rodrigo Rocha Loures ?" que foi assessor especial de Temer na vice-Presidência.
Resultado: Temer, de uma hora para outra, ficou caidão... desmoralizado... Os deuses do mercado, que até ontem o protegiam, agora não devem querer mais salvá-lo. Temer cairá, por renúncia, impeachment ou com a cassação da chapa presidencial com Dilma. A pergunta é: quem poderá substituí-lo em uma eleição indireta cujos eleitores serão os 513 deputados - em grande maioria envolvidos em esquemas de corrupção?

Agora se especula qual pode ser o impacto negativo sobre o grande timoneiro da economia, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles - que foi do conselho grupo J&F (Holding dos Batista) e até criou, para eles, o virtual Banco Original.
Miguel José Teixeira
18/05/2017 12:25
Senhores,

Eu, hein? No Jardim do Lauro, só flor que não se cheira. . .
Herculano
18/05/2017 11:09
AO QUE SE ESCONDE COMO PLATÃO

A sua legitimidade é zero com nomes, telefones e email falso, rastreado em Igrejinha, no Rio Grande do Sul.

Você escreve: "A coisa ficou feia para o PMDB e para o PSDB. Se mexer mais, vai cada vez mais feder".

É verdade. E tomara que feda e os partidos e os implicados não posem de inocentes e santos como fazem os do PT e da esquerda de atraso, os únicos honestos e santos.

"Aqui em Gaspar, quando dos protestos a favor da saída de Dilma, Dra Celina, com o seu vigor e indignação, Paulo Felipus, com o seu MBL de fachada, entre outros alienados, estavam nas ruas pedindo "Fora Dilma", "Fora Corruptos". E agora?? Aonde andam??"

É. Eles precisam, urgentemente, se posicionarem. Urgente para não serem iguais aos demais. O MBL, nacionalmente, por exemplo, já disse que quer todos na cadeia e Temer renunciando, bem diferente do que fez a CUT, Instituto Lula, UNE, PCdoB, PDT, MST MTST e até a Igreja Católica que defenderem criminosos e corruptos por serem os seus.

"Gostaria muito de vê-los pedindo 'Fora Aécio', 'Fora Temer', Eu também. Qualquer um cidadão decente, também. Não podem ser iguais aos que pedem a absolvição sumária de Dilma e Lula

"Não sou PT não. Sou apenas coerente. Fora todos eles"

É verdade? Você não é PT? Fora todos eles? Quem? Só os do PMDB e os do PSDB? Os ladrões do PT, PP, PDT e outros sócios da recessão, da corrupção de bilhões, incluindo suporte financeiro aos países bolivarianos, inflação alta e desemprego de mais 14 milhões de trabalhadores brasileiros, não?

Você encerra: "E, por fim, verificando as postagens dos Tucanos daqui e da região, todos, sem exceção usam a palavra "Desculpas". Desculpas por ter votado....desculpas por pedir votos...etc...
Na verdade fazem isso para poder diminuir suas contribuições neste processo danoso a desfavor do país.
Vamos esperar pelas cenas dos próximos capítulos".

Volto. Olhando os petistas, pedetistas, psolistas, comunistas, da região (de Igrejinha ou de Gaspar?), percebe-se quem nem pedido de desculpas são capazes de fazer por roubar e participar de um organização criminosa que quebrou o Brasil para uma causa e para poucos no poder. Wake up, Brazil!

Platão
18/05/2017 09:51
Bom dia, Colunista!!

A coisa ficou feia para o PMDB e para o PSDB. Se mexer mais, vai cada vez mais feder.
Aqui em Gaspar, quando dos protestos a favor da saída de Dilma, Dra Celina, com o seu vigor e indignação, Paulo Felipus, com o seu MBL de fachada, entre outros alienados, estavam nas ruas pedindo "Fora Dilma", "Fora Corruptos". E agora?? Aonde andam??
Gostaria muito de vê-los pedindo "Fora Aécio" "Fora Temer".
Não sou PT não. Sou apenas coerente. Fora todos eles.
E, por fim, verificando as postagens dos Tucanos daqui e da região, todos, sem exceção usam a palavra "Desculpas". Desculpas por ter votado....desculpas por pedir votos...etc...
Na verdade fazem isso para poder diminuir suas contribuições neste processo danoso a desfavor do país.
Vamos esperar pelas cenas dos próximos capítulos.
Carollina
18/05/2017 08:53
Bom dia!!!

A casa caiu então...

Mais bonito disso tudo é ver a vereadora Franciele Back pedindo desculpas por apoiar e defender tanto o Aécio kkk sera que quando o Napo cair ela tbm vai pedir???
Herculano
18/05/2017 08:49
QUEM ASSISTIU A SÉRIE DE FICÇÃO HOMELAND, NÃO SE ASSUSTA E PODE COMPREENDER ESSA SUJEIRA E O JOGO DE PODER, ABUSO E ACEITAÇÃO DOS POLÍTICOS COM A CORRUPÇÃO E A TRAIÇÃO PARA MANTER VIVAS SUAS CAUSAS E CONVICÇÕES, MESMO QUE ISSO PENALIZE O POVO
Herculano
18/05/2017 08:47
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA OLHANDO A MARÉ PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE, O MAIS ANTIGO, O DE MAIOR CIRCULAÇÃO EM GASPAR E ILHOTA E O DE MAIOR CREDIBILIDADE.

O TEMA NÃO SERÁ O ESCÂNDALO TEMER-AÉCIO-CUNHA, MAS AS INCOERÊNCIAS E ESPERTEZAS DOS POLÍTICOS LOCAIS, QUE NADA DIFEREM DELES. E N?"S PAGANDO ESTA FARRA E DESCASO COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS.
Herculano
18/05/2017 08:42
PF COM AÉCIO EM BRASÍLIA

Conteúdo de O Antagonista. A PF acaba de entrar na casa de Aécio Neves no Lago Sul, em Brasília.

O Globo informa que "o senador está na sala de sua casa já trajando camisa e calça social e conversando com os policiais federais".
Herculano
18/05/2017 08:38
O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DECIDIU AFASTAR IMEDIATAMENTE O SENADOR MINEIRO AÉCIO NEVES, QUE É PRESIDENTE DO PSDB NACIONAL, DAS ATIVIDADES PARLAMENTARES. IGUAL MEDIDA ATINGIU O DEPUTADO FEDERAL RODRIGO DA ROCHA LOURES, PMDB, QUE RECEBEU A PROPINA PARA CALAR EDUARDO CUNHA, PMDB.

AMBOS VÃO SER JULGADOS AINDA HOJE PELO PLENÁRIO DO SUPREMO SE VÃO SER PRESOS OU NÃO, CONFORME DECIDIU O MINISTRO LUIZ FACHIN, RELATOR DA LAVA JATO NO STF
Herculano
18/05/2017 08:33
SE A JBS DELATAR, SERÁ O FIM DA REPÚBLICA", DISSE EDUARDO CUNHA, SEGUNDO O JORNAL O GLOBO

Conteúdo da revista Isto É e jornal O Estado de S. Paulo. O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) se mostrou 'apreensivo' esta semana com a possibilidade de vazamento do teor das delações dos executivos do Grupo JBS. Em conversa com interlocutores, ele afirmou que "se a JBS delatar, será o fim da República".

Segundo informações do jornal O Globo, a JBS pagou R$ 5 milhões pelo silêncio de Cunha ?" para que ele não faça delação premiada.

O jornal informou, com exclusividade, que Joesley Batista, da JBS, gravou conversa com o presidente Michel Temer na noite de 7 de março no Palácio do Jaburu.

Nessa reunião, que durou cerca de quarenta minutos, Temer teria incentivado o empresário a continuar pagando mesada milionária ao ex-presidente da Câmara ?" em troca do silêncio de Eduardo Cunha.

Condenado a 15 anos e quatro meses de prisão na Operação Lava Jato, o peemedebista está recolhido no Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba, desde outubro de 2016, por ordem do juiz federal Sérgio Moro.

Cunha também comentou a interlocutores que as delações da empreiteira Odebrecht seriam "pequenas causas" se comparadas ao teor das revelações dos controladores do Grupo JBS.

O ex-parlamentar não comentou se estaria envolvido em esquemas de corrupção com os novos delatores
Herculano
18/05/2017 08:20
FORA DA CONSTITUIÇÃO, NADA!, por Ricardo Noblat, em O Globo

Há na Constituição dois artigos que se aplicam à situação que o presidente Michel Temer começou a viver desde o início da noite de ontem: se ele renunciar, o Congresso elegerá em 30 dias um novo presidente (artigo 81, inciso 1). Do contrário, ele poderá responder a processo de impeachment, se assim quiser o Congresso (artigo 85, incisos 2 e 5).

Nos dois casos, o sucessor de Temer deverá ser brasileiro nato, com 35 anos ou mais de idade. Uma vez eleito, o novo presidente completará o mandato que já foi de Dilma e que caiu no colo de Temer. Pelo voto direto, em outubro do próximo ano, os brasileiros elegeriam o próximo presidente para um mandato de quatro anos.

É o que diz a Constituição. Mas não há nada nela que impeça o Congresso de emendá-la e convocar eleições diretas para a escolha do substituto de Temer. Deputados começaram ontem mesmo a se debruçar sobre a Proposta de Emenda à Constituição apresentada por Miro Teixeira (Rede-RJ). Ela prevê eleições diretas.

Ninguém se arriscava no Congresso, Palácio do Planalto e sede dos tribunais superiores a prever o que deverá acontecer. Como reagirá hoje o mercado financeiro? Como reagirão as redes sociais? E o que mais se teme: o ronco das ruas se fará ouvir? Somente uma coisa parecia certa: Temer perdeu as mínimas condições para continuar no cargo.

Como um presidente de rala popularidade como a dele conseguirá se arrastar pelos próximos 17 meses depois de ser acusado de crime de responsabilidade? Porque é disso que se trata. Se pedaladas fiscais derrubaram Dilma, por que Temer não cairá se pedalou a moral, os bons costumes e a probidade administrativa?

Comprometido com uma agenda de reformas impopulares que enfrentam forte resistência no Congresso e fora dele, como Temer conseguirá que elas sejam aprovadas? No próximo dia 6 de junho, a impugnação da chapa Dilma-Temer que disputou e ganhou as eleições de 2014 começará a ser julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Até o início desta semana, tudo indicava que a impugnação seria recusada por cinco votos contra dois. A gravação da conversa de Temer com o dono do grupo JBS poderá influir no resultado do julgamento. Talvez se encontre aí a saída menos traumática para a crise política que se agrava. Uma vez impugnada a chapa, Temer renunciaria em sinal de respeito à Justiça.

Terá grandeza para isso? Ou será forçado a renunciar antes?

DELATOR: MANTEGA DISTRIBUIA PROPINAS E PARLAMENTARES PETISTAS

Joesley Batista afirmou em sua delação que ex-ministro era seu intermediário

Nem Antonio Palocci, nem Lula. De acordo com o que Joesley Batista contou em sua delação, o ex-ministro Guido Mantega era o seu elo com o PT. Relatou que havia uma espécie de conta corrente para o PT na JBS. Por meio dela, e tendo sempre Mantega como intermediário, irrigava os bolsos de parlamentares petistas.

Ao falar de Mantega, os delatores afirmam que era ele quem operava para o grupo no BNDES. Portanto, eram através de tratativas diretamente com Mantega que se negociavam os aportes ao grupo J&F. Os delatores ressaltam, no entanto, que Mantega não pegava o dinheiro para si próprio, mas sim para o partido.

Joesley disse aos procuradores que Luciano Coutinho, o presidente do BNDES em quase toda a era petista, era duro nas negociações. Mas admite que às vezes se reunia com Coutinho e parecia que Mantega, com quem tratava de propinas para o PT, já antecipara os assuntos da JBS para ele.

Palocci entrou em situação mais light. Joesley disse que o contratou como consultor quando a JBS começou sua escalada. Mas, segundo ele, Palocci atuava mais como uma espécie de "professor de política" ao empresário então neófito entre os gigantes da indústria e da política. Garantiu que Palocci nunca se meteu em seus pleitos ao BNDES ?" tarefa de Mantega. Mas admitiu que o ex-ministro de Dilma e Lula pediu a ele doação de campanha, via caixa dois. E o dinheiro, claro, foi dado.

Em relação a Lula, Joesley afirmou aos procuradores que não tinha intimidade com o ex-presidente. Narrou, entretanto, um encontro com Lula em que, preocupado, reclamou que as doações, no caixa um ou dois, estavam atingindo cifras astronômicas. Já estariam chamando a atenção. Segundo Joesley, Lula ficou quieto, nada falou e não esticou o assunto.

Em 2014, a JBS foi a maior doadora de campanha: R$ 366 milhões, repassados a diversos partidos, de acordo com dados do TSE. Nesta prestação de contas, claro, só aparece o dinheiro "por dentro".

GRAMPO REVELA QUE ACÉCIO PEDIU R$ 2 MILHÕES A DONO DA JBS


Joesley Batista entregou à PGR uma gravação que piora de forma descomunal a tempestade que já cai sobre a cabeça de Aécio Neves. No áudio, o presidente do PSDB surge pedindo nada menos que R$ 2 milhões ao empresário, sob a justificativa de que precisava da quantia para pagar despesas com sua defesa na Lava-Jato.

O diálogo gravado durou cerca de 30 minutos. Aécio e Joesley se encontraram no dia 24 de março no Hotel Unique, em São Paulo. Quando Aécio citou o nome de Alberto Toron, como o criminalista que o defenderia, não pegou o dono da JBS de surpresa. A menção ao advogado já havia sido feita pela irmã e braço-direito do senador, Andréa Neves. Foi ela a responsável pela primeira abordagem ao empresário, por telefone e via WhatsApp (as trocas de mensagens estão com os procuradores). As investigações, contudo, mostrariam para a PGR que esse não era o verdadeiro objetivo de Aécio.

O estranho pedido de ajuda foi aceito. O empresário quis saber, então, quem seria o responsável por pegar as malas. Deu-se, então, o seguinte diálogo, chocante pela desfaçatez com que Aécio trata o tema:

?" Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança - propôs Joesley.

?" Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho ?" respondeu Aécio.

O presidente do PSDB indicou um primo, Frederico Pacheco de Medeiros, para receber o dinheiro. Fred, como é conhecido, foi diretor da Cemig, nomeado por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014. Tocava a área de logística.

Quem levou o dinheiro a Fred foi o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, um dos sete delatores. Foram quatro entregas de R$ 500 mil cada uma. A PF filmou uma delas.


No material que chegou às mãos de Fachin na semana passada, a PGR diz ter elementos para afirmar que o dinheiro não foi repassado a advogado algum. As filmagens da PF mostram que, após receber o dinheiro, Fred repassou, ainda em São Paulo, as malas para Mendherson Souza Lima, secretário parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG).

Mendherson levou de carro a propina para Belo Horizonte. Fez três viagens ?" sempre seguido pela PF. As investigações revelaram que o dinheiro não era para advogado algum. O assessor negociou para que os recursos fosse parar na Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, de Gustavo Perrella, filho de Zeze Perrella.

Não há, portanto, nenhuma indicação de que o dinheiro tenha ido para Toron.

DONO DA JBS GRAVA TEMER DANDO AVALA PARA COMPRA DE SILÊNCIO DE CUNHA

Na tarde de quarta-feira passada, Joesley Batista e o seu irmão Wesley entraram apressados no Supremo Tribunal Federal (STF) e seguiram direto para o gabinete do ministro Edson Fachin. Os donos da JBS, a maior produtora de proteína animal do planeta, estavam acompanhados de mais cinco pessoas, todas da empresa. Foram lá para o ato final de uma bomba atômica que explodirá sobre o país ?" a delação premiada que fizeram, com poder de destruição igual ou maior que a da Odebrecht. Diante de Fachin, a quem cabe homologar a delação, os sete presentes ao encontro confirmaram: tudo o que contaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) em abril foi por livre e espontânea vontade, sem coação.

É uma delação como jamais foi feita na Lava-Jato: Nela, o presidente Michel Temer foi gravado em um diálogo embaraçoso. Diante de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?".

Aécio Neves foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB, numa cena devidamente filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho dos reais. Descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).

Joesley relatou também que Guido Mantega era o seu contato com o PT. Era com o ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma Rousseff que o dinheiro de propina era negociado para ser distribuído aos petistas e aliados. Mantega também operava os interesses da JBS no BNDES.

Joesley revelou também que pagou R$ 5 milhões para Eduardo Cunha após sua prisão, valor referente a um saldo de propina que o peemedebista tinha com ele. Disse ainda que devia R$ 20 milhões pela tramitação de lei sobre a desoneração tributária do setor de frango.

Pela primeira vez na Lava-Jato foram feitas "ações controladas", num total de sete. Ou seja, um meio de obtenção de prova em flagrante, mas em que a ação da polícia é adiada para o momento mais oportuno para a investigação. Significa que os diálogos e as entregas de malas (ou mochilas) com dinheiro foram filmadas pela PF. As cédulas tinham seus números de série informados aos procuradores. Como se fosse pouco, as malas ou mochilas estavam com chips para que se pudesse rastrear o caminho dos reais. Nessas ações controladas foram distribuídos cerca de R$ 3 milhões em propinas carimbadas durante todo o mês de abril.

Se a delação da Odebrecht foi negociada durante dez meses e a da OAS se arrasta por mais de um ano, a da JBS foi feita em tempo recorde. No final de março, se iniciaram as conversas. Os depoimentos começaram em abril e na primeira semana de maio já haviam terminado. As tratativas foram feitas pelo diretor jurídico da JBS, Francisco Assis e Silva. Num caso único, aliás, Assis e Silva acabou virando também delator. Nunca antes na história das colaborações um negociador virara delator.

A velocidade supersônica para que a PGR tenha topado a delação tem uma explicação cristalina. O que a turma da JBS (Joesley sobretudo) tinha nas mãos era algo nunca visto pelos procuradores: conversas comprometedoras gravadas pelo próprio Joesley com Temer e Aécio ?" além de todo um histórico de propinas distribuídas a políticos nos últimos dez anos. Em duas oportunidades em março, o dono da JBS conversou com o presidente e com o senador tucano levando um gravador escondido ?" arma que já se revelara certeira sob o bolso do paletó de Sérgio Machado, delator que inaugurou a leva de áudios comprometedores. Ressalte-se que essas conversas, delicadas em qualquer época, ocorreram no período mais agudo da Lava-Jato. Nem que fosse por medo, é de se perguntar: como alguém ainda tinha coragem de tratar desses assuntos de forma tão descarada?

Para que as conversas não vazassem, a PGR adotou um procedimento incomum. Joesley, por exemplo, entrava na garagem da sede da procuradoria dirigindo o próprio carro e subia para a sala de depoimentos sem ser identificado. Assim como os outros delatores.

Ao mesmo tempo em que delatava no Brasil, a JBS mandatou o escritório de advocacia Trench, Rossi e Watanabe para tentar um acordo de leniência com o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ). Fechá-lo é fundamental para o futuro do grupo dos irmãos Batista. A JBS tem 56 fábricas nos EUA, onde lidera o mercado de suínos, frangos e o de bovinos. Precisa também fazer um IPO (abertura de capital) da JBS Foods na Bolsa de Nova York.

Pelo que foi homologado por Fachin, os sete delatores não serão presos e nem usarão tornozeleiras eletrônicas. Será paga uma multa de R$ 225 milhões para livrá-los das operações Greenfield e Lava-Jato que investigam a JBS há dois anos. Essa conta pode aumentar quando (e se) a leniência com o DoJ for assinada. (Colaborou Guilherme Amado)
Herculano
18/05/2017 08:00
FRANKLIN GANHOU DINHEIRO ATACANDO CRÍTICOS DO PT, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O esquema que rendeu a Franklin Martins, ex-ministro de Lula, US$8 milhões (R$25 milhões) na campanha de Hugo Chávez na Venezuela, segundo revelação de Mônica Moura, é semelhante àquele que atuou nas campanhas de Dilma atacando os adversários e críticos do PT. Na campanha petista de 2014, o "bunker" de Franklin se escondia em uma mansão no Lago Norte, em Brasília, mas ele não dava as caras.

CHEFE DO BUNKER
Quem chefiava o bunker da turma de Franklin Martins, até pagava salários, era um Alex Miranda, citado na delação de Mônica Moura.

PREPOSTO
Segundo a mulher de João Santana, Alex Miranda foi usado como preposto para pegar dinheiro com a gangue que governa a Venezuela.

BANDITISMO
O atual presidente Nicolás Maduro, "operador" de Hugo Chávez, pagava os serviços de Franklin Martins e de João Santana no caixa 2.

COMO HACKERS
Adversários chegaram a acusar a turma de Franklin de atacar rivais na política e usar técnicas de hacker para "derrubar" sites críticos ao PT.

BOMBA PODE FAZER TEMER RENUNCIAR AO MANDATO
A delação do empresário Joesley Batista e diretores da JBS Friboi, revelada no jornal O Globo, terá o efeito devastador de bomba atômica. Confirmada a denúncia, poderá custar o mandato do presidente Michel Temer, se não por impeachment, por renúncia. Assessores próximos de Temer sempre disseram que ele jamais enfrentaria um processo de impeachment, como o de Dilma Rousseff. O presidente foi gravado dando aval à compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.

TUCANOS ABATIDOS
As delações também ferem de morte, definitivamente, o presidente do PSDB, Aécio Neves, gravado pedindo R$ 2 milhões.

REFORMAS PARAM
No curtíssimo prazo, a "bomba atômica" disparada por Joesley Batista deve dificultar a aprovação das reformas trabalhista e da previdência.

DE CONFIANÇA
Agravando-se a crise, Temer pode até renunciar. Mas somente o fará quando houver um nome de confiança para sucedê-lo por via indireta.

VERGONHA ALHEIA
O único grande suicídio em razão da política, no Brasil, foi o de Getúlio Vargas, na "República do Galeão". Hoje, no redemoinho da República de Curitiba, o grande líder do PT pede para que morram no lugar dele.

CUIDADO COM ELES
A contundente nota de João Santana, em resposta a José Eduardo Cardozo, mostrou que os petistas devem ser cautelosos na provocação aos marqueteiros. Santana cresce na polêmica. Sem contar que o casal é fiel depositário dos mais sórdidos segredos da era Lula-Dilma.

TOMOU GOSTO
O governador interino do Amazonas, David Almeida, tomou gosto e deve disputar a eleição do substituto definitivo de José Melo, cassado pela Justiça Eleitoral. Sua candidatura é considerada fortíssima.

SORVETE FINO A 1 REAL
A fabricante de sorvetes Diletto tem sido oferecida a empresários, em São Paulo, ao preço simbólico de 1 real. A empresa derrete desde a revelação de que era falsa a propaganda apontando sua origem no avô do fundador da empresa, "que fazia o sorvete artesanalmente na Itália".

CONFUSÃO
Os deputados Takayama (PSC-PR) e Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP) chegaram às vias de fato após um bate-boca na comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara. Sobrou até cotovelada para Takayama.

OLHA O INCHAÇO
Foi só a Petrobras voltar a dar lucro e os políticos retomam pedidos e enviam currículos. Betinho Gomes (PSDB-PE) pediu a Pedro Parente, presidente da estatal, para abrir empregos na refinaria Abreu e Lima.

IMPASSE
Foi do presidente da Câmara, Rodrigo Maia a ordem para não instalar a comissão da reforma política alternativa. Acordo dava a presidência a Renata Abreu (Podemos-SP), mas DEM, PMDB e PSDB o vetaram.

EM CIMA DA HORA
A 12 dias do fim do mandato de Simone Sanches Freire como diretora da Agência Nacional de Saúde Suplementar, o Senado aprovou por 59 votos a 4 sua recondução ao posto. Fica mais três anos.

PENSANDO BEM...
..os fãs de Lula poderiam aproveitar a corrupção que tanto os orgulha para empreender, criando uma Orcrim - Negócios Estruturados S/A.
Herculano
18/05/2017 07:55
IMPEACHMENT DE TEMER E CONDENAÇÃO POR CRIME COMUM SÃO IMPROVÁVEIS, por Reinaldo Azevedo, em Veja

Ainda que o pior se confirme, um processo de deposição do presidente Michel Temer por crime de responsabilidade ou por crime comum se afigura, em princípio, difícil.

Duvido que se reúnam 342 votos na Câmara para tanto ?" eles são necessários nos dois casos (ver post anterior).

Isso, claro, dadas as circunstâncias atuais. Vamos ver o que vem pela frente. Se a turbulência for grande, um processo pode se impor ou outro. Seria um tanto traumático porque um processo longo.

A depender da gravidade do caso e dessas circunstâncias, é claro que a renúncia do presidente está entre as possibilidades teóricas ao menos.

Segunda as primeiras manifestações, nota-se que a esquerda inclina-se mais para o impeachment; grupos à direita cobram a renúncia.

A direita, está posto, em regra (deve haver exceções), aceita a eleição indireta. É o que dispõe o Artigo 81 da Constituição. Um conservador que não "conserva" uma Carta democrática não serve nem para caçar sapo à beira do brejo das almas.

O jogo das esquerdas, incluindo Marina Silva, é conhecido e tratarei dele em outro post. Elas estão empenhadas no "Golpe das Diretas Já".

Bem, afinal, o jogo convergiu para os vermelhos, não é?, conforme aqui se anteviu tantas vezes. Mas esse também será outro post.
Herculano
18/05/2017 07:51
TEMER PEDIRÁ NO STF ACESSO À DELAÇÃO DA JBS, por Josias de Souza 18/05/2017 06:58

Em reunião encerrada na madrugada desta quinta-feira, no Palácio do Jaburu, Michel Temer informou aos ministros palacianos que pedirá ao Supremo Tribunal Federal que lhe dê acesso ao conteúdo das delações do Grupo JBS. Quer saber em que condições foi citado e gravado pelo empresário Joesley Batista. Participaram da conversa com o presidente os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaira-Geral da Presidência), Antonio Imbassahy (Relações Institucionais) e o líder do governo no Senado Romero Jucá. Todos gravaram vídeos em defesa de Temer e da continuidade das reformas.

Horas antes, quando soube da notícia sobre o novo lote de delações, Temer irritou-se. Cogitou convocar os repórteres para refutar as informações veiculadas no Globo pelo repórter Lauro Jardim. Foi aconselhado a esperar até que tivesse acesso aos dados armazenados no Supremo, sob a guarda do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato. Avaliou-se que o momento, por delicado, não recomenda que o presidente faça declarações das quais possa se arrepender. Optou-se pela divulgação de uma nota oficial.

Temer reconheceu ter conversado com Joesley no Jaburu, em março. Admitiu para seus auxiliares que falaram sobre Eduardo Cunha. Nessa versão, o empresário apenas teria informado ao presidente que decidira prestar socorro monetário à família do ex-presidente da Câmara, preso em Curitiba. Temer disse não ter solicitado a "compra" do silêncio de Cunha. Na versão de Joesley, o presidente da República ouviu dele a revelação de que estaria pagando uma mesada a Cunha e ao doleiro dele, Lucio Funaro, preso em Brasília. Em troca, a dupla se absteve de delatar. Sem saber que estava sendo gravado, Temer estimulou: ''Tem que manter isso, viu?''.

Joesley contou à Procuradoria-Geral da Repúclica que Temer lhe indicou o amigo e deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver uma encrenca relacionada à J&F, holding que controla a JBS. Depois, Loures foi filmado pela Polícia Federal recebendo R$ 550 mil enviados pelo empresário. Temer disse que não se recorda de ter indicado Loures para coisa nenhuma. E afirma não ter conversado sobre dinheiro.

Antes de saber que a delação do JBS lhe explodiria sobre a cabeça, Temer havia marcado audiências com 20 parlamentares nesta quinta-feira. Vai recebê-los individualmente. Descartou a hipótese de alterar sua rotina
Herculano
18/05/2017 07:50
O PT COM O SEU SóCIO PMDB QUEBRARAM O BRASIL. O PMDB COM CONCESSÕES, TENTAVA RECUPERAR MINIMAMENTE O PAÍS PARA SOBREVIVER NO PODE, MAS CONTINUAVA ACHACANDO E CORROMPENDO COM OS PESADOS IMPOSTOS DOS BRASILEIROE

PEGOS, O BRASIL VOLTA À CORDA BAMBA DO DóLAR ALTO, INFLAÇÃO FORA DE CONTROLE, DESEMPREGO E DOMÍNIO DAS CORPORAÇÕES DE SERVIDORES ESTÁVEIS DE ALTOS VENCIMENTOS E QUE NÃO QUEREM QUE NADA MUDE PARA QUE SEJAM SUSTENTADOS PELOS POBRES DE SALÁRIOS MÍNIMOS NAS SUAS MORDOMIAS.
Herculano
18/05/2017 07:46
TIRO NO CORAÇÃO POLÍTICO DE TEMER, GRAVAÇÃO SUGERE CRIME NO CARGO, por Igor Gielow, po jornal Folha de S. Paulo

A delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista é um tiro no coração político de Michel Temer (PMDB).

Até aqui, ele driblava com um misto de sorte e habilidade as inúmeras citações a seu nome na Operação Lava Jato. Agora, pode no limite ser acusado de um crime cometido no exercício do mandato, a obstrução de Justiça -se isso é factível juridicamente, é questão a ser esclarecida.

A devastadora delação-surpresa dos "irmãos JBS" empareda o presidente.

A serem confirmados os termos relatados pelo "Globo", o presidente no mínimo foi conivente com uma conspiração visando obstruir as investigações da Lava Jato com a compra de silêncio. De quebra, indicou um subordinado para ajudar a JBS a resolver problemas no governo.

Diferentemente de tudo do que foi acusado na Lava Jato, as ações ocorreram enquanto ele já exercia o cargo. Logo, não se trata do famoso "ato anterior ao mandato" que o imunizava a priori.

Claro, tudo isso dependerá de avaliações jurídicas precisas do que está gravado.

Politicamente, o presidente depende do Congresso e da manutenção ou não do apoio que mantém na elite empresarial. Como ele mesmo já pontuou algumas vezes, sua baixa popularidade não é fator que o comova, e a essa altura a pressão das ruas parece difícil de ser retomada.

Num Parlamento coalhado de acusados de coisas piores ou semelhantes, Temer poderia até ter esperança de se manter. Mas e se for acusado formalmente pela Procuradoria-Geral da República, caso isso seja possível? O PIB ficará com ele?

Até por falta de opção no momento, talvez sim. Uma renúncia, como se sabe, abriria o caminho para uma eleição indireta no Congresso que ninguém deseja. E, bem ou mal, a economia dá sinais de estabilização e melhoria.

Isso tudo, contudo, pode não valer nada se um nome de consenso já estiver sendo cozido por essa mesma elite.

Já o caso do senador Aécio Neves, presidente do PSDB, parece torná-lo definitivamente radioativo. Para o PT, uma semana depois de sofrer com as agruras judiciais de Luiz Inácio Lula da Silva, ainda sobrou o detalhamento do papel do ex-homem forte da Fazenda, Guido Mantega.

Num comentário lateral, mas nem tanto, impressiona que, passado um ano da revelação das gravações do escudeiro peemedebista Sergio Machado, políticos brasileiros ainda tenham coragem de falar de forma desenvolta sobre ilícitos com um alvo da Operação Lava Jato.

E pensar que todos eles se vendiam, em contraposição ao amadorismo político do PT, como os "profissionais"
Herculano
18/05/2017 07:42
AÉCIO FORA DO SENADO

Conteúdo de O Antagonista. A PGR pediu a Edson Fachin o afastamento de Aécio Neves do Senado. Ele pode ser preso.
Herculano
18/05/2017 07:40
STF AUTORIZOU PRISÃO PREVENTIVA DE ANDREA NEVES, por Andrezza Matais, na coluna Estadão, no jornal O Estado de S. Paulo

O STF autorizou a prisão preventiva de Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Andrea teria pedido dinheiro em nome do irmão para Joesley Batista, num primeiro contato antes de o próprio tucano procurar o empresário. As conversas foram gravadas. Joesley fez delação premiada. Até o momento, o mandado de prisão não foi cumprido.
Herculano
18/05/2017 07:38
DE DANILO GENTILI

"Não tô vendo ninguém defendendo o Aécio ou fazendo manifestação pró Temer. Cada dia fica mais fácil entender quem é que ama bandido".

Volto. Se as denúncias fossem contra alguém do PT e da esquerda do atraso, os defensores já estariam nas ruas.
Herculano
18/05/2017 07:35
TSE É OPÇÃO PARA TIRAR TEMER. MAS QUE ENTRA? por Josias de Souza

Em reunião emergencial noturna, Michel Temer sinalizou aos seus ministros do peito a intenção de resistir à nova leva de delações. Não cogita abdicar da Presidência da República. Assim, a menos que o delatado mude de ideia, o eventual aprofundamento da crise ateará fogo no debate sobre a conveniência de recorrer à deposição de mais um presidente.

Enquanto a oposição se equipava para guerrear pelo impeachment, aliados do próprio Temer mencionavam na noite desta quarta-feira uma saída mais rápida: a cassação do presidente no Tribunal Superior Eleitoral. Nessa hipótese, o mandato presidencial seria passado na lâmina no julgamento do processo que questiona a legitimidade da vitória da chapa Dilma-Temer na sucessão de 2014.

O debate sobre hipotéticas saídas para a crise esbarra numa pergunta incômoda: quem seria o substituto de Temer? Pela Constituição, uma eventual deposição do inquilino do Planalto acomodaria provisoriamente no trono o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), protagonista de inquérito na Lava Jato. Também enrolado no petrolão, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), teria de convocar eleições indiretas para escolher, em 30 dias, um substituto.

Quer dizer: um Congresso repleto de delatados, investigados, denunciados e réus, teria um mês para eleger um novo presidente. E a pergunta não pára de ressoar: Quem? Em meio a nomes partidários, como o do grão-tucano Fernando Henrique Cardoso, que se apressou em informar a correligionários que não está interessado, mencionou-se a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, número três na linha de sucessão do Planalto.

Há um complicador: a eleição indireta está prevista no parágrafo 1º do artigo 81 da Constituição. Diz o seguinte: "Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos [presidente e vice] será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei." A lei mencionada no texto constitucional não existe. Significa dizer que, além de procurar um substituto para Temer, o Legislativo teria de votar, a toque de caixa, a regulamentação do processo eleitoral indireto.

Por ironia, horas antes da explosão da delação do Grupo JBS, auxiliares de Temer alardeavam que o Planalto desistira de empurrar com a barriga o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral. A despeito da fartura de evidências do uso de dinheiro sujo no financiamento da chapa, operadores do presidente previam um placar de 5 a 2 a favor do 'Fica, Temer'. Um dos otimistas chegou mesmo a ditar os nomes dos ministros que estariam propensos a afastar a lâmina do pescoço de Temer (veja comentário abaixo).

O início do julgamento do TSE está marcado para 6 de junho. No cenário atual, 20 dias são uma eternidade. Nesse intervalo um julgamento político estará sempre sujeito aos efeitos da velha máxima de Magalhães Pinto: política é como nuvem: você olha e vê um formato. Mas quando olha de nova, já vê outro.
Herculano
18/05/2017 07:32
CAMBADA DE DESCLASSIFICADOS, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

O que será feito do país quando Michel Temer for defenestrado do Planalto? Essa é a dúvida desesperadora. Como evitar que o governo caia na mão de aventureiros talvez ainda piores? Como conter
a desorganização econômica?

Qualquer solução deveria ser rápida, a fim de evitar riscos institucionais ainda maiores e, se possível evitar a recaída no pior da recessão. Eleição direta, a melhor solução política, reivindicada pela maioria do eleitorado desde o impeachment, não é prevista na Constituição e tende a ser lenta, em tese. Qualquer arranjo limitado ao Congresso ou a sua cúpula repulsiva não será tido como legítimo, para dizer o menos.

Antecipar excepcionalmente o fim deste mandato não parece mais descabido, embora complexo: um governo novo, para quatro anos.

A não ser em hipótese implausível de fraude da denúncia, Temer deve ser deposto. O modo de defenestrá-lo talvez deva fazer parte da negociação do que fazer do país logo após a deposição. Mas as alternativas são renúncia, impeachment e cassação por meio de carona no julgamento da chapa Dilma-Temer.

O julgamento da cassação da chapa foi marcado para 6 de junho. Trata de outro assunto, crime eleitoral em 2014. A absolvição da chapa ou, gambiarra ainda maior, a salvação apenas de Temer seria pilhéria, jeitão e acordão político. Agora, não é mais preciso ou possível manter as aparências descaradas.

Um processo de impeachment lançaria o país em tumulto caótico prolongado, óbvio. A defenestração de Temer deve ser quase imediata. Os problemas não terminam aí, apenas recomeçam.

O artigo 81 da Constituição determina que, vagando os cargos de presidente e vice nos últimos dois anos do mandato presidencial, haverá eleição para os dois cargos, pelo Congresso Nacional, em 30 dias, na "forma da lei".

Não há lei específica para regulamentar a eleição, apenas um projeto em tramitação. Enquanto não se elege o novo presidente, assume o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, outra figura notável, por assim dizer.

Isto posto, ainda que se chegasse a um acerto sobre os procedimentos da eleição, a população vai aceitar acordos e candidatos negociados por essa gente que está na cúpula do Congresso? A cúpula do PMDB inteira foge da polícia. O presidente do PSDB, aliado maior deste governo, Aécio Neves, faz parte do bando em fuga, tendo caído também na série de grampos que deu cabo de Temer.

O tumulto político que sobrevirá deve no mínimo suspender essa recuperação econômica que se limitava a uma passagem da recessão profunda para o que seria apenas estagnação, neste ano. Agora, haverá algum tumulto financeiro e incerteza profunda, com choque na confiança de consumidores e empresas. É improvável que o país não pare de novo, ao menos no interregno.

O problema maior será como elaborar um plano consensual de saída de mais esta desgraça. Será necessária uma concertação política rápida. No entanto, um governo que aparente continuidade, mesmo que apenas econômica, parecerá ilegítimo. Um governo inteiramente novo terá quase tempo algum para implementar políticas novas.

O problema essencial é como encurtar a crise com uma solução legal e legítima.
Herculano
18/05/2017 07:17
OS POLÍTICOS NO PODER E OS PODEROSOS PROVARAM COM A DELAÇÃO DE ONTEM, QUE NÃO TEM MEDO DA JUSTIÇA

O COMENTÁRIO DE BOECHAT QUE ESTÁ DISPONÍVEL NESTA COLUNA DEVE SER VISITADO. ELE É ATUAL.

A JUSTIÇA CHEIA DE RECURSOS E LENTA, IDEOLóGICA, FEITA DE PARENTES QUE ATUAM EM ESCRIT?"RIOS E FACILITAM OS PROCESSOS DOS SEUS CLIENTES NA JURISDIÇÃO, QUE DISCRIMINA PODEROSOS E FRACOS, É A PRINCIPAL ALAVANCADORA DESSA MISÉRIA ÉTICA.
Herculano
18/05/2017 07:10
PF FAZ BUSCAS NO GABINETE DE AÉCIO E EM ENDEREÇOS DO POLÍTICO

Conteúdo da revista Veja. Texto de Laryssa Borges. Autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal realiza neste momento operação de busca e apreensão de documentos no gabinete do presidente do PSDB, senador Aécio Neves, no Congresso. Também há mandados sendo cumpridos também na casa do parlamentar em Brasília, e em endereços ligados ao político no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.

Segundo o empresário Joesley Batista, que fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, ao lado de seu irmão Wesley Batista e outros cinco executivos da JBS, Aécio pediu 2 milhões de reais para supostamente custear a defesa dele na Operação Lava-jato. De acordo com O Globo, que revelou a delação premiada nesta quarta-feira, o presidente do PSDB teria dito ao empresário que o valor custearia o trabalho do advogado Alberto Zacharias Toron. A conversa teria durado 30 minutos e foi gravada em um hotel em São Paulo.

"Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança", teria dito Joesley ao tucano. "Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho", teria respondido Aécio, em uma suposta referência a seu primo Frederico Pacheco de Medeiros.

Ainda segundo a publicação, o dinheiro foi entregue em quatro parcelas de 500.000 reais a Medeiros pelo diretor de relações institucionais da JBS, Ricardo Saud. Uma das entregas teria sido filmada pela Polícia Federal, ocasião em que Frederico Medeiros teria repassado o dinheiro a Mendherson Souza Lima, secretário do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).

O jornal também informa que a PGR tem indícios de que essa parte do dinheiro não foi destinada ao pagamento do advogado. A PF teria seguido Souza Lima, que fez três viagens de carro a Belo Horizonte para levar a propina. Ele teria remetido os 500.000 reais à empresa Tapera Participações Empreendimentos Imobiliários, de Gustavo Perrella, filho de Zezé Perrella.
Herculano
18/05/2017 07:06
AÉCIO NEVES DEVE ASSUMIR QUE PEDIU DINHEIRO A EMPRESÁRIO, por Mônica Bérgamo, no jornal Folha de S. Paulo

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) deve assumir que pediu dinheiro ao empresário Joesley Batista, da JBS.

Ele deve afirmar que solicitou os recursos para pagar dívidas e que se trata de um negócio privado, sem contrapartidas nem tentativa de obstrução da Justiça.

O senador tucano foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley e que a quantia foi entregue a um primo do tucano, em ação filmada pela PF, segundo informação publicada na noite dessa quarta (17) pelo colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo", e confirmada pela Folha.

Segundo os executivos da JBS, a quantia foi entregue a um primo do tucano, em ação filmada pela PF.

A gravação que supostamente compromete o senador Aécio Neves tem 30 minutos e foi entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR). Deve integrar acordo de delação premiada, que aguarda homologação do ministro do Supremo Edson Fachin.

Aécio divulgou nota nesta quarta-feira (17) dizendo estar "absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos". Sobre a relação com Joesley Batista, o senador afirma ser "estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público"
Herculano
18/05/2017 07:03
O RAIO CAIU SOBRE TEMER, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo

O ato falho do apresentador William Bonner, que chamou Michel Temer de ex-presidente na abertura do "Jornal Nacional", reflete a gravidade da nova crise que se instalou sobre o Planalto.

A notícia de que Temer deu aval à compra do silêncio de Eduardo Cunha deu início a conversas sobre o que parecia quase impossível: a segunda queda de governo em um ano.

A hipótese de afastamento do presidente passou a dominar as rodas no Congresso poucos minutos depois de o jornal "O Globo" revelar a gravação feita pelo empresário Joesley Batista no Palácio do Jaburu.

Se Temer não provar que foi dublado por um imitador de raro talento, sua situação tende a ficar insustentável. Não há registro, na história recente do país, de um flagrante tão grave envolvendo a conduta pessoal de um presidente no cargo.

A fita entregue pelo dono da JBS à Procuradoria é demolidora. O empresário avisa ao presidente que está pagando uma mesada para manter Cunha calado. A resposta de Temer dispensa qualquer explicação: "Tem que manter isso, viu?".

Todo brasileiro bem informado sabia do potencial do ex-deputado, hoje preso, para implodir o governo do velho aliado. Agora Cunha pode entrar nos livros como protagonista da derrubada de dois presidentes.

Um dos líderes mais impopulares da história do Brasil, Temer se sustentou até aqui com apoio do mercado e do empresariado, que viram nele um aliado capaz de aprovar reformas igualmente impopulares. Se ficar claro que o presidente perdeu as condições de cumprir a tarefa, ele tende a ser abandonado com rapidez.

Entre os caminhos que já começaram a ser discutidos por aliados do governo, estão renúncia, impeachment e cassação via TSE, o que poderia abrir caminho a uma nova eleição presidencial. Na coluna passada, escrevi que a última hipótese estava praticamente descartada, a não ser que um raio caísse sobre Brasília. O raio acaba de cair sobre Temer.
Herculanio
18/05/2017 06:56
A PERGUNTA RECORRENTE E CONTÍNUA DESTE ESPAÇO: QUAL É MESMO A DIFERENÇA ENTRE O PT E O PMDB, O GIGOL?" PERMANENTE DO PODER HÁ MAIS DE 20 ANOS?

MICHEL TEMER E JOESLEY BATISTA, O FALSO MEGA EMPRESÁRIO CRIADO PELO PT, RESPONDEREM ONTEM AOS BRASILEIROS DEPOIS QUE O COLUNISTA LAURO JARDIM, DE O GLOBO, DEU A CONHECER A ARMADA DELAÇÃO PREMIADA DO EMPRESÁRIO.

O BRASIL PRECISA SE RECOMEÇAR, MAS SEM OS POLÍTICOS E A MAIORIA DOS PARTIDOS QUE ESTÃO NO PODER E DIZEM NOS REPRESENTAR
Lalinho
18/05/2017 00:23
Seu Herculanus

O senhor vai ficar caladus,
no k diz respeito a "onestidade" de temmner?
Nalzira Xiza Perera
17/05/2017 23:38
Herculano

Tu nao vai falar nada dos teus comparsas federais?
Aecio, Temer, Padilha, Mauro, Peninha de merda e Kreber?
Herculano
17/05/2017 19:50
da série: essa história eu conheço bem, eu vivi na pele durante a administração petista de Pedro Celso Zuchi. Tudo pelo descrédito, pelo constrangimento e humilhação. A verdade tem um lado. A mentira também. Justiça só para perseguir, intimidar e a serviço ou contra os adversários e os da imprensa investigativa.

PT CHAMA FEIRA E XEPA PARA A BRIGA

Conteúdo de O Antagonista. Wadih Damous disse que João Santana e Mônica Moura formam um "casal de canalhas" e "não merecem a menor credibilidade".

O PT tem certeza de que vai encarar essa briga?

João Santana divulgou uma nota para rebater os comentários de José Eduardo Cardozo.

No trecho que mais interessa, Feira diz o seguinte:
"Só menti sobre a presidente Dilma - e isso já faz algum tempo - para defendê-la. Jamais para acusá-la."

VEJA A ÍNTEGRA DA NOTA DE JOÃO SANTANA

A grotesca e absurda entrevista do advogado José Eduardo Cardozo ao Globo faz-me romper o compromisso ?" que tinha comigo mesmo ?" de somente tratar dos termos das colaborações, minha e de Mônica, no âmbito da Justiça.

Desta forma, digo de forma sucinta (e reservo detalhes para momentos apropriados):

1. Não há nenhuma contradição naquilo que Mônica e eu afirmamos sobre as informações recebidas, em fevereiro de 2016, a respeito de nossa prisão iminente. Quando disse que soube da prisão pelas câmeras de segurança de minha casa ?" acessadas por computador desde a República Dominicana ?" referia-me ao óbvio: foi naquele momento, na manhã do dia 22 de fevereiro, que eu vi, de fato e realmente, a prisão concretizada.

2. Antes, sabíamos, por informações da presidente Dilma, que a prisão seria iminente. Seu último informe veio no sábado, em e-mail redigido com metáforas, cuja cópia está anexada aos termos da nossa colaboração.

3. Apenas para ficar em dois indícios não devidamente noticiados: se não estivéssemos sendo informados da iminência da prisão, porque chamaríamos, na sexta, 19 de fevereiro, o nosso então advogado, Fabio Tofic, para que viesse às pressas a S. Domingos?

4. Por que cancelaríamos nosso retorno ao Brasil, dias antes, com passagem comprada e com reserva já confirmada ? (A Polícia Federal chegou a esse detalhe através de investigação feita na época).

5. Com relação ao Caixa-2, o advogado Cardoso insiste também na versão surrada expressa a mim, desde 2015, pela presidente Dilma, de que o "altíssimo custo" oficial da campanha seria uma prova vigorosa de que não houvera "pagamentos não contabilizados". Este argumento não se sustenta para qualquer pessoa que conheça os altos custos e a realidade interna das campanhas.

6. Diz, também, de forma enviesada que haveria um espécie de acordo tácito entre eu e Marcelo Odebrecht para misturar caixa dois das campanhas do exterior com a campanha de Dilma. É uma mentira deslavada: nos nossos depoimentos está bem discriminado o que são campanhas do exterior e campanhas do Brasil.

7. De forma cínica diz que não houve caixa dois nas campanhas de 2010 e 2014. Pra cima de mim, José Eduardo?

8. Para finalizar, afirmo que as únicas vezes que menti sobre a presidente Dilma ?" e isso já faz algum tempo ?" foi para defendê-la. Jamais para acusá-la. Lamento por tudo que ela, Mônica e eu estamos passando. A vida nos impõe momentos e verdades cruéis. João Santana

VEJA A NOTA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO

A respeito da nota divulgada pelo publicitário João Santana, acerca de entrevistas que concedi sobre as claras contradições existentes entre os seus depoimentos e os de sua esposa Monica Moura, em delação premiada, afirmo e esclareço que:

1. É esperado que alguém defenda, inclusive com deliberada veemência e indignação, os termos de uma delação que firmou com a finalidade de obtenção de condições mais vantajosas para o cumprimento de uma sanção penal. Afinal, a não comprovação dos depoimentos prestados pelos delatores levará à perda das vantagens pretendidas.

2. Todavia, o que chama atenção é que, com esta manifestação, o publicitário não só não esclarece a clara contradição entre o seu depoimento e o de Monica Moura, mas como a reitera. De fato, basta verificar os depoimentos dos delatores e a nota em questão, para que se constate a evidente contradição, sobre os momentos e as maneiras pelas quais teriam sido hipoteticamente avisados da sua prisão pela presidenta Dilma Rousseff.

3. Reitero, por fim, que no caso da prisão de João Santana, nem a Polícia Federal, nem o Ministério Público, nem o Poder Judiciário quebraram o sigilo da operação, avisando a mim, então ministro da Justiça, das prisões antes do momento apropriado. Apesar da possibilidade da prisão, naquele período, ser abertamente especulada pela imprensa, fui comunicado da existência de mandado de prisão a ser executado, como rotineiro, no momento da sua concretização. Foi nesse instante que, ao ser cientificado, cumpri meu dever funcional informando à senhora presidenta da República da prisão de João Santana e da Monica Moura.

José Eduardo Cardozo, ex-Ministro da Justiça e ex-Advogado Geral da União
Herculano
17/05/2017 19:11
OS TAPAS DE LULA NA CARA DA SOCIEDADE, por Felipe Moura Brasil, no O Antagonista.

Lula aparece com Léo Pinheiro em fotos no tríplex do Guarujá e no sítio de Atibaia - aparentemente, nesta última, imitando Carmen Miranda.

Se Lula tivesse apenas visitado o tríplex com Léo Pinheiro, com a perspectiva de usufruí-lo, já seria um tapa na cara da sociedade por três motivos básicos:

1) Léo Pinheiro é ex-presidente da empreiteira baiana OAS, que tinha contrato público com a Petrobras no governo do PT.

2) A OAS integrava o cartel que fraudava licitações da maior estatal brasileira e pagava propina a agentes públicos e políticos, inclusive ao próprio PT.

3) Léo Pinheiro não é um simples corretor de imóveis querendo convencer um cliente a comprar um apartamento, como Lula tentou retratá-lo ao ser interrogado pelo juiz Sérgio Moro, mas, sim, o ex-presidente da empreiteira, o que também indica privilégio de Lula no tratamento recebido.

Se Lula tivesse apenas se reunido com Léo Pinheiro no sítio para tratar de reforma no imóvel, já seria, também, um tapa na cara da sociedade por todos os motivos anteriores.

Se Lula tivesse apenas discutido com Léo Pinheiro e o arquiteto da OAS Paulo Gordilho, em seu apartamento em São Bernardo do Campo, a cozinha do sítio de Atibaia, como Lula admitiu no interrogatório, já seria... o mesmo.

O Antagonista, no entanto, repete: João Vaccari Neto, ex-tesoureiro preso do PT, disse a Léo Pinheiro que o tríplex e a reforma no sítio poderiam ser debitados da propina que a OAS pagava ao partido, segundo o empreiteiro.

"Usei valores de pagamento de propinas para poder fazer encontro de contas", contou Léo Pinheiro. "Em vez de pagar X, paguei X menos despesas que entraram no encontro de contas. Só isso. Houve apenas o não pagamento do que era devido de propina."

De quebra, a cozinha do sítio é da mesma marca da do tríplex, como revelou O Antagonista, e ambas foram compradas pela OAS, o que praticamente caracteriza a aceitação de favores indevidos de uma fornecedora do Estado.

"Bebemos eu e ele uma garrafa de cachaça da boa Havana mineira e umas 15 cervejas", relatou ainda Paulo Gordilho em mensagem sobre outro encontro em Atibaia, registrado em foto na qual Lula aparece tomando pinga.

Mensagens, aliás, sobre os dois centros de custos que seriam criados na OAS para "sítio" e "praia" trazem referência a Lula como "Zeca Pagodinho".

O tapa na cara da sociedade não podia ser mais completo: Lula Pagodinho Miranda bebeu do petrolão e revelou ao mundo o que é que a baiana tem.
Herculano
17/05/2017 19:04
CIRO GOMES PERDE AÇÃO E TERÁ DE INDENIZAR TEMER EM R$30 MIL, por Naira Trindade, na Coluna Estadão, no jornal O Estado de S. Paulo

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) confirmou, na tarde desta quarta-feira, 17, a condenação ao ex-ministro Ciro Gomes na ação movida pelo presidente Michel Temer por danos morais. Ciro terá de pagar indenização de R$ 30 mil a Temer. O advogado responsável pela ação é Gustavo do Vale Rocha, subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. Ciro perdeu recurso da ação por ter chamado Temer de "ladrão fisiológico" em palestra na Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia (EUA), em abril. Irmão de Ciro, Cid Gomes também já foi condenado a pagar R$ 50 mil por danos morais ao presidente. Os dois são conhecidos por tratar adversários de forma truculenta
Herculano
17/05/2017 16:55
O ADVOGADO TEM A CARA DO CLIENTE, por Eliziário Goulart Rocha.

Advogado de defesa do ex-presidente senhor Luís Inácio, Cristiano Zanin roubou a cena durante o depoimento da viva alma mais honesta do país ao juiz que conduz os processos da Operação Lava Jato. Se pretendia aparecer mais do que Lula e Sérgio Moro, Zanin atingiu seu objetivo. Ocorre que, para o bem e para o mal, advogados não podem ofuscar os clientes, não importa do que eles sejam acusados. Quando isso acontece, o cliente deveria abrir o olho. Cada interrupção arrogante do verborrágico causídico contribuiu apenas para o acusado parecer ainda mais culpado do que já é.

A estratégia de provocar o magistrado, além de velha, inócua e sob todos os aspectos inadequada, antes de ajudar nos procedimentos da defesa, invariavelmente acaba por configurar mais uma evidência de culpa. Moro por certo tem seus inúmeros defeitos, como qualquer um de nós, mas, também por certo, tem entre suas principais virtudes a paciência, predicado indispensável para juízes em geral, embora nem sempre esteja presente nos integrantes do Supremo Tribunal Federal, costumeiros protagonistas de descontroles, bate-bocas, bravatas e proselitismos de toda ordem.

Consta que amigos têm aconselhado Lula a se livrar de Zanin, mas é improvável que isso se concretize, porque a arrogância do advogado combina perfeitamente com a soberba do cliente. Neste aspecto, foram feitos um para o outro. Identificam-se e se merecem. Portanto, tendem a morrer abraçados.
Herculano
17/05/2017 16:50
PARA SE SAFAR, LUTA TEM QUE PROVAR QUE NÃO É LULA, por Josias de Souza

A força-tarefa da Lava Jato anexou ao processo em que Lula é acusado de receber mimo$ da OAS uma foto reveladora. Nela, Lula aparece ao lado do sócio da construtora, Léo Pinheiro. Estavam no célebre sítio de Atibaia. Noutra foto, já conhecida, Lula e Léo dividiram a cena no interior do também afamado tríplex do Guarujá.

O tríplex e o sítio, como se sabe, não pertencem a Lula. Mas os procuradores de Curitiba se esforçam para provar o contrário. Eles formaram um complô contra Lula, ataca o petismo. Nessa hipótese, integrariam a conspiração agentes da PF, uma penca de delatores e a lógica. Na versão dos conspiradores, Lula é o proprietário oculto dos imóveis.

Em depoimento a Sergio Moro, na semana passada, Lula disse que descartara a hipótese de ficar com o tríplex desde a primeira visita. Mas não informou sobre o seu desinteresse a Léo, que até hoje reserva o imóvel para o amigo (ou ex-amigo).

Marisa Letícia fez uma segunda visita ao apartamento. Vistoriou benfeitorias providenciadas pela OAS. Mas não avisou ao marido. Do modo como falou sobre o interesse que a ex-primeira-dama chegou a nutrir pelo tríplex, Lula parecia oferecer-se como herdeiro dos benefícios judiciais de uma hipotética delação póstuma de sua falecida esposa.

No mesmo depoimento, confrontado com agendas da época, Lula admitiu ter conversado com Léo sobre a instalação de uma cozinha planejada no sítio. Coisa adquirida na mesma empresa que equipou a cozinha do tríplex. Entretanto, a conversa com o companheiro-empreiteiro ocorrera no apartamento de Lula em São Bernardo. O depoente não fizera menção ao encontro in loco, agora naturalizado numa foto.

O sócio da OAS municiou a Lava Jato com documentos valiosos sobre o tipo de relacionamento que a construtora teve com Lula nos verões passados. A defesa do réu desdenhou: "Os papéis ?" mesmo sem qualquer relevância para a ação ?" fazem parte da tentativa de Léo Pinheiro de agradar os procuradores em troca do destravamento de sua delação, para que ele possa obter benefícios."

Os procuradores também anexaram ao processo comprovantes de que Lula avistava-se amiúde com diretores da Petrobras que disse mal conhecer. Reuniu-se ou viajou 27 vezes com diretores corruptos da Petrobras.

Decerto os advogados de Lula guardam um trunfo no bolso do paletó. Logo, logo comprovarão que Lula não é Lula. Os doutores revelarão a identidade do sósia que tenta enlamear a reputação do seu cliente. Está claro que alguém muito parecido com o líder máximo do PT, depois de ter confiado a Petrobras a uma quadrilha de burocratas, políticos e empreiteiros, desfruta de confortos incompatíveis com a honradez do Lula original.
Miguel José Teixeira
17/05/2017 12:55
Senhores,

OOOps. . . para contemplar o Zéquinha da Noca, o caro Senhor D'Avila e o Coveiro Manquinho, complemento:

Em "REDE", pensemos "NOVO".
Pois, com "SOLIDARIEDADE", "PODEMOS".
Portanto, "AVANTE" !!!
PT
Saudações. . .
Herculano
17/05/2017 12:47
A OAS NO SÍTIO DE LULA

Conteúdo de O Antagonista.Léo Pinheiro entregou à Lava Jato documentos que desmoralizam ainda mais a defesa de Lula.

Diz O Globo:
Uma troca de mensagens do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, com um interlocutor deve ser usada como mais uma prova da relação do ex-presidente Lula com o sítio de Atibaia pelo Ministério Público Federal (MPF). Numa conversa, um número não-identificado envia a seguinte mensagem a Pinheiro: "Léo, amanhã vou pra o nosso tema esvaziar o lago para impermeabilizar. Eles, eu soube que vão estar lá para acompanhar a despesca. Mas não tenho certeza. Se desejar podemos combinar". No dia seguinte, conforme o Portal da Transparência, seguranças da Presidência estiveram no sítio que teve reformas bancadas pela empreiteira.

A mensagem avisando sobre as obras em um lago foi enviada no dia 6 de junho de 2014, três meses após a deflagração da operação Lava-Jato. Segundo dados do Portal, quatro seguranças da Presidência que acompanham o ex-presidente e sua família após o fim do mandato estavam em Atibaia no dia seguinte. Misael Melo da Silva, Rogério dos Santos Carlos, Edson Antonio Moura Pinto e Elias dos Reis estavam na cidade durante o período. Os dois primeiros foram para a cidade do interior ainda no dia 6 e os outros dois, no dia seguinte.
Herculano
17/05/2017 12:43
CÁRMEN LÚCIA SUGERE ENTERRAR O "SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?"

Conteúdo do jornal de S. Paulo. O Plenário do Conselho Nacional de Justiça concluiu nesta terça-feira, 16, que o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte Dilermando Motta Pereira não cometeu falta disciplinar que justifique punição administrativa devido a desentendimento que teve com o garçom de uma padaria de Natal, em janeiro de 2014. Motta Pereira teria exigido ser tratado de excelência e até ameaçado o garçom de agressão.

O processo foi aberto pelo Conselho para apurar se a conduta do magistrado violou a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) e se houve abuso de autoridade no episódio, mas os conselheiros presentes à 251ª sessão ordinária do colegiado seguiram o voto do relator do processo, Carlos Levenhagen, segundo o qual não foram comprovadas as faltas disciplinares atribuídas inicialmente ao desembargador.

Ressalvas

A presidente do Supremo Tribunal Federal e do CNJ, ministra Cármen Lúcia, acompanhou o relator, segundo ela, devido ao fato de o episódio não tratar da atuação de Motta Pereira como juiz, mas fez ressalvas quanto à prudência exigida da conduta dos magistrados.

"Reconheço que não há nada que possa comprometer nem nada que diga respeito à judicatura, mas todos nós que exercemos determinados cargos devemos ter cuidado. Acho que era para ser enterrado o Brasil do 'sabe com quem você está falando? e do exigir ser tratado de Excelência numa padaria."

"O que li do voto é que o entrevero com o garçom teria decorrido disso: (o desembargador) achar que teve um tratamento que não era condigno com sua condição. Ninguém vai à padaria em condição desigual. Você chegar a um lugar como consumidor e exigir ser tratado como excelência, Sua Excelência o consumidor vale igual para todos."

Na fase de provas, o relator Levenhagen interrogou testemunhas indicadas pelo Ministério Público e pela defesa, em novembro do ano passado, e também assistiu ao vídeo da confusão.

No entanto, na avaliação do Conselho, o material audiovisual não permite inferir que as acusações imputadas ao desembargador ocorreram de fato, de acordo com o entendimento do relator e do Ministério Público, que também pediu a improcedência do Processo Administrativo Disciplinar (PAD 0003017-15.2016.2.00.0000).

"Não vi qualquer ato disciplinar violador por parte do magistrado, com as provas produzidas, razão pela qual, além de reconhecer que não seria nem mesmo aplicável, conforme o próprio Ministério Público, pena de advertência ou pena de censura ao desembargador", afirmou Carlos Levenhagen. "No caso, reconheço que não houve ainda qualquer fato que pudesse imputar este apenamento."

No processo, o desembargador do Rio Grande do Norte afirmou ter sido mal atendido na padaria ?" a discussão teria começado quando o magistrado pediu para o garçom trocar um copo de vidro na mesa.

Por causa de um outro cliente da padaria que começou a discutir com o desembargador, Motta Pereira precisou chamar a Polícia local para conseguir sair do local.

O caso ficou conhecido nacionalmente por causa dos vídeos feitos por outros clientes presentes à padaria na hora da confusão e publicados nas redes sociais.
Sidnei Luis Reinert
17/05/2017 12:43
Quem acreditou na imprensa americana...pagou de trouxa novamente!


BREAKING: Putin emite um anúncio de trunfo surpresa, mídia atordoada

A conspiração de conspiração Trump-Rússia tem acontecido há meses. Os americanos patrióticos já tiveram o suficiente ... e a Rússia também!



RT relata que Putin é tão frustrado pela mídia liberal quanto nós. O mais novo lote de rumores circulantes afirmam que o presidente Trump revelou uma tonelada de segredos de segurança ao ministro russo Sergey Lavrov. É uma "esquizofrenia política", exclamou Putin, então ofereceu-se para dar ao nosso Congresso e Senado as transcrições completas das conversas entre Trump e Lavrov! UAU!

Agora que Putin deu um passo à frente e se ofereceu para resolver esta situação, temos que nos perguntar o que a esquerda vai fazer a seguir. Eles vão finalmente calar a boca, e aceitar fatos, ou eles vão manter o seu absurdo? Independentemente do que eles decidem fazer uma coisa é certa: todos estão em seu jogo.

Putin falou em uma conferência de imprensa recentemente e fez o seguinte anúncio: "Se a administração dos EUA julga possível, estamos prontos para fornecer ao Senado e ao Congresso a transcrição da conversa entre Lavrov e Trump". O presidente russo se reuniu com o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni.



A esquerda tem inventado coisas à medida que avançam. Parece que eles não querem nada mais do que para obter Trump fora do escritório, e eles vão parar em nada para realizar seu objetivo. Temos algumas más notícias para eles.

Contanto que haja pessoas HONESTAS que relatam na notícia sua narrativa nunca voará. Cada vez que eles saem com outra história louca, ele é picado cheio de buracos e é aparentemente esquecido. Nós suspeitamos que a mesma coisa vai acontecer com esta história.

http://www.angrypatriotmovement.com/putin-surprise-trump-announcement/?utm_source=Boomtrain&utm_medium=manual&utm_campaign=20170424
Herculano
17/05/2017 12:31
"OS DIAS ERAM ASSIM" REGISTRA PIOR AUDIÊNCIA DO HORÁRIO: PÚBLICO NÃO QUER PSOL REESCREVENDO A HIST?"RIA, por Rodrigo Constantino, no jornal Gazeta do Paraná, Curitiba.

"Os Dias Eram Assim" registra, até agora, a pior média de audiência de todas as produções da faixa horária exibidas pela emissora até hoje. Foram 14 capítulos ao ar e a média de audiência foi de 15,9 pontos. Os dados são da Grande São Paulo. Essa é a pior média dos últimos seis anos. A obra é escrita por Angela Chaves e Alexandra Poggi.

A faixa das 23h foi inaugurada em 2011 com "O Astro". Após seus primeiros 14 capítulos, a produção tinha média de 21,3 pontos de audiência, com 40% de share. Comparada a "O Astro", "Os Dias Eram Assim" teve queda de 26% e share 30% menor.

A obra da faixa das 23h com maior audiência foi "Gabriela". A produção conseguiu média de 30,7 pontos de audiência em suas primeiras duas semanas no ar.

O alcance ainda é grande, motivo pelo qual a esquerda investe tanto em cultura e ocupação desses espaços. Mas os proprietários dos veículos de comunicação deveriam deixar o bolso falar mais alto do que a ideologia, caso contrário vão perder cada vez mais audiência ?" e receita. O termômetro do que o público quer ver mostra que há falta de sintonia entre autores e consumidores.

No caso dessa série, por exemplo, uma das autoras é camarada do PSOL, e essa visão ideológica está claramente sendo transportada para as telas. A mensagem politizada tenta reescrever a história do Brasil, de forma grotesca, enviesada, enaltecendo e romantizando terroristas comunistas que tentavam transformar nosso país em Cuba.

O recado está dado na audiência em queda. Alexandre Borges, colunista da Gazeta do Povo, comentou:

Nem com Sophie Charlotte pelada deu jeito: "Os Dias Eram Assim" tem a pior audiência das minisséries das 23h de todos os tempos. O público simplesmente não quer os psolistas da Globo reescrevendo a história, estes tempos estão realmente acabando. Os dias agora vão ser assim. Aceitem que dói menos.

Os dias agora vão ser assim: com reação do público, melhor informado graças às redes sociais, que permitiram à direita um espaço para o contraditório. Agora temos um instrumento poderoso capaz de disseminar fatos antes escondidos, fazendo com que mais e mais pessoas possam julgar por conta própria o que realmente aconteceu naquela época.

E, como sabemos, foi algo muito diferente do que diz a esquerda, que banca a vítima como se pregasse a democracia e tivesse sido massacrada por um terrível regime militar opressor e arbitrário. Ninguém nega a existência de excessos, de crimes cometidos pelos militares.

Mas isso não faz daqueles comunistas automaticamente democratas. Nunca foram. E a tentativa de pintá-los dessa forma é uma agressão não só à História, como ao bom senso do público. Creio que os proprietários de empresas de comunicação deveriam se mostrar mais sensíveis a esse recado. Afinal, é ou não o telespectador que tem a palavra final?
Sidnei Luis Reinert
17/05/2017 12:15
Vamos além do deprimente $talinácio?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O Grupo Especial de Repressão de Delitos Econômicos do Ministério Público de São Paulo não sabe o destino de R$ 375 milhões de um total de R$ 500 milhões desviados da Secretaria Municipal de Fazenda da Prefeitura de São Paulo. A grana foi sumida pela máfia de fiscais do Imposto sobre Serviços (ISS). Os bandidos inventavam descontos no imposto a pagar em troca de polpudas propinas, coincidentemente, nos tempos em que Gilberto Kassab (atual ministro de Michel Temer) era Prefeito. A suspeita do MP é que o dinheiro sumido tenha sido malocado por gente poderosa, acima e por trás dos bandidos.

O mesmo MP paulista também trata, desde agosto de 2015, de uma outra máfia, desta vez formada por pelo menos 11 fiscais, só que da Secretaria Estadual de Fazenda. Todos são acusados de se apropriar ilegalmente de recursos públicos, barrando multas por sonegação e reduzindo o valor a ser pago do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ?" o ICMS. Durante 15 anos, a quadrilha esquentou a grana comprando ou vendendo 143 imóveis, em várias cidades do País, avaliados em pelo menos R$ 62 milhões.

Os dois casos não são isolados no Brasil. Apenas confirmam que a corrupção é sistêmica porque o Crime é Institucionalizado no Brasil. É por isso que a Lava Jato e outras investigações não podem ficar restritas apenas a pessoas. Não adianta apenas focar em réus famosos (como é o caso do ex-Presidente Lula, um mito decadente, deprimente). É preciso avançar sobre a administração pública direta e as empresas "estatais" (de economia mista) da União, Estados e municípios. Mais importante que isso, é preciso avançar sobre a atuação das "assessorias jurídicas" (que avalizam e fabricam contratos), as áreas financeiras (que fazem o pagamento) e, principalmente, sobre os setores responsáveis diretamente por controle e fiscalização.

Não basta constatar e tentar enxugar o gelo no combate a um mecanismo de corrupção que se reinventa. É preciso que a maioria da sociedade brasileira entenda que só uma Intervenção Institucional, comandada pelo cidadão consciente, conseguirá reinventar a máquina estatal que opera em regime organizadamente criminoso, por erro, ação ou omissão de "servidores" públicos. Este "mecanismo" funciona para produzir benefícios para quem nele atua, e não em favor do efetivo interesse público. Assim, não basta "reformar". É urgente um tratamento de choque, criando um sistema direto de controle do cidadão sobre a gestão dos serviços públicos, cujos gastos e ações devem ser absolutamente transparentes, sem segredinhos.

A Força Tarefa da Lava Jato tenta provar (e não é difícil) que Luiz Inácio Lula da Silva sabia de tudo que ocorria na Petrobras (e a regra valeria para outras estatais, como a Eletrobrás, ainda sequer investigadas). Agora se divulga que, entre 2003 e 2010, Lula participou diretamente de pelo menos 27 encontros para discutir projetos da empresa, no Brasil e no exterior. A tese é que Lula acompanhava de perto os projetos da estatal e discutia diretamente com a diretoria da empresa. Lula negou que fizesse isso, no recente depoimento ao juiz Sérgio Moro...

Lula também se ferrou com uma nova prova entregue ao Ministério Público Federal pela defesa de seu amigo José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro. O ex-presidente da OAS apresentou registros de várias reuniões, no Instituto Lula, com Lula, Paulo Okamotto e João Vaccari Neto (ex-tesoureiro do PT). O delator ratificou que os encontros, nos dias 23 de fevereiro de 2012, 27 de julho de 2012 e 16 de abril de 2013 trataram do famoso triplex 164-A do Edifício Solaris, no Guarujá, e sobre o armazenamento de bens do ex-Presidente pagos pela empreiteira à empresa Granero, entre 2011 e 2016.

Tão ou mais importante que focar na responsabilidade de Lula e outros dirigentes da Petrobras é questionar e apurar, efetivamente, até que ponto a empresa, como Pessoa Jurídica, promovia a corrupção de forma estruturada, independentemente de quem estivesse em seu comando ou na presidência do governo da União Federal (controladora da "estatal"). É urgentíssimo apurar a real dimensão dos crimes societários cometidos pela Pessoa Jurídica Petrobras contra seus investidores, parceiros e seus acionistas (desde pessoas comuns até a própria União, sua controladora).

Até agora, a Lava Jato não se dispôs ou não teve fôlego suficiente para avançar sobre tal linha de investigação, avaliando a responsabilidade da Pessoa Jurídica, e não apenas de seus dirigentes. È fundamental que isso aconteça, para que possam ser pensados e instituídos mecanismos diretos de controle do cidadão sobre os setores públicos e as "estatais", desde a que cuida da exploração do Petróleo, da Energia e por aí vai, até aquelas empresas que tocam a famosa indústria da multa de trânsito em várias cidades.

O Brasil tem de ir muito além da Lava Jato, e da eventual (quase certa) punição rigorosa a políticos da estirpe do lendário $talinácio. Ele é a apenas uma ilustre marionete no mecanismo do Crime Institucionalizado. Lula e outros são peças descartáveis, substituíveis por outros que, no poder, cumprem o papel que o "mecanismo" definir para eles. O papo de "poderoso chefão" vale para filme de máfia. A organização criminosa é impessoal, não comandada por pessoas, que apenas fazem parte dela.

Resumindo, quase desenhando: o Estado Capimunista Rentista brasileiro (este ente ficcional) e seu mecanismo institucionalmente criminoso são os inimigos dos cidadãos que queiram estudar, trabalhar e investir produtivamente.

Por isso, passou da hora de combater e neutralizar o "mecanismo" através da Intervenção Direta da Cidadania nas instituições públicas e nas privadas que prestem serviços ou vendam para o setor público.
Miguel José Teixeira
17/05/2017 11:47
Senhores,

Na mídia:

PTN agora se chama 'Podemos', e PT do B quer mudar para 'Avante'.

Agora vai!!!

Com "Solidariedade", "Podemos". Portanto, "Avante"!!!
Miguel José Teixeira
17/05/2017 09:46
Senhores,

Em reunião polêmica, Orçamento elege Dário Berger para presidência:

+ em:

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/534650-EM-REUNIAO-POLEMICA,-ORCAMENTO-ELEGE-DARIO-BERGER-PARA-PRESIDENCIA.html?utm_campaign=boletim&utm_source=agencia&utm_medium=email
Herculano
17/05/2017 08:41
DE CURITIBA A BRASÍLIA, por Carlos Brickmann

A sentença de Lula deve ser anunciada até o início de julho, se o juiz Sérgio Moro mantiver seu rápido ritmo de decisão. Caso seja condenado, Lula irá recorrer ao Tribunal Regional Federal de Porto Alegre, que costuma decidir em um ano. Se condenado, Lula irá para a cadeia? Talvez não: um condenado em segunda instância pode ser preso, mas isso não é obrigatório. A Justiça pode aplicar a pena só após o trânsito em julgado, no Superior Tribunal de Justiça. Aliás, isso não tem muita importância. Ninguém, exceto os mais ferozes inimigos do PT (e boa parte da opinião pública), quer ver Lula em Curitiba. O que não se quer é vê-lo em Brasília.

O nome do jogo é outro: se Lula conseguirá ou não ser candidato à Presidência da República. Condenado em segunda instância, não poderá concorrer. Mas a condenação, para evitar que ele apareça como vítima, deve ocorrer antes que se inicie o prazo legal para registro de candidaturas, em agosto de 2018. Os prazos, portanto, são a chave da história.

Se Lula for candidato, terá dificuldades para se eleger. Lidera com folga as pesquisas de opinião, mas não o suficiente para ganhar no primeiro turno. E metade do eleitorado o rejeita, o que pode ser decisivo num eventual segundo turno. Mas quem conseguiu eleger até Dilma e Haddad pode dar a vitória a um candidato mais competitivo ?" ele mesmo. Pelo sim, pelo não, os adversários de Lula preferem que ele fique longe das urnas.

O ABECEDÁRIO PETISTA

Se Lula não for candidato, quem sairá pelo PT? O partido nega que esteja pensando nisso. Mas tenta um Plano B, sim: o nome mais citado, por incrível que pareça, é o de Fernando Haddad, que deixou a Prefeitura paulistana com rejeição recorde e não conseguiu a reeleição. Há quem sugira o ex-governador baiano Jaques Wagner, houve quem pensasse no governador mineiro Fernando Pimentel. Mas Wagner tem ampla troca de mensagens com Léo Pinheiro, então presidente da OAS, sobre liberação de pagamentos; e Fernando Pimentel é alvo de delações premiadas.

O ABECEDÁRIO TUCANO

O PSDB, que desde o fim dos mandatos de Fernando Henrique manteve três candidatos à Presidência da República, uns abandonando os outros e sendo alternadamente surrados nas eleições, enfim pensa num Plano B: sem Aécio, nome constante de delações premiadas, e sem Serra, também delatado e com problemas de coluna (que, segundo disse, o levaram a renunciar ao Itamaraty), dos TCS (Três Candidatos de Sempre) só restou Geraldo Alckmin. Mas Alckmin não desperta grandes entusiasmos desde que, nas eleições de 2006, teve menos votos no segundo turno do que no primeiro. O Plano B dos tucanos é João Doria Jr., que vem tendo forte aprovação popular como prefeito de São Paulo.

Doria foi lançado por Alckmin para disputar a Prefeitura, e já disse muitas vezes que Alckmin é seu nome para a Presidência. Mas, se continuar crescendo, pode ser candidato. Doria não tem esquema montado no partido, porém já disse que o melhor candidato para os tucanos é o que tiver melhores condições de vencer. Em política, o cheiro da vitória é o mais atraente que existe.

O ABECEDÁRIO DOS OUTROS

Tirando PT e PSDB, nenhum partido mostrou musculatura suficiente para disputar bem a Presidência. O PMDB é forte, mas não tem candidato (e Michel Temer, hoje com baixa popularidade, dificilmente se arriscaria a sair). Ciro Gomes sonha com a candidatura, pelo seu PDT, ou algum outro; Jair Bolsonaro quer ser candidato pelo PSC (embora brigado com a cúpula partidária). Há candidatos nanicos, como sempre. Há outras possibilidades, mas só nos sonhos de alguma legenda, sem nada articulado, como Sérgio Moro, Joaquim Barbosa, ministra Cármen Lúcia ou Luciano Huck.

FIRMES...

Um fator novo é a cada vez mais possível delação de Antonio Palocci. Palocci é gente de dentro; conhece hábitos, costumes, manias, vícios do pessoal do PT, do Governo e dos aliados; sabe quem doou e quem levou, como o dinheiro foi ganho e foi gasto. Mônica Moura e João Santana, os marqueteiros de Lula e Dilma, íntimos dos hábitos eleitorais do Planalto, fizeram delações devastadoras. Palocci, além de íntimo, foi coordenador de campanha, foi ministro da Fazenda, foi a conexão entre o PT e os grandes empresários. Ele sabe o que todos fizeram no verão passado.

...COMO GELEIA

E tudo depende, enfim, de investigações e de decisões judiciais. Nos dias 6, 7 e 8 de junho, o Tribunal Superior Eleitoral decide se cassa ou não o registro da chapa Dilma-Temer por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2014. Se o registro for cassado, Temer perde o cargo e o Congresso elege quem completará seu mandato. Quem? O TSE levará em conta que o Congresso está cheio de parlamentares sob investigação?
Herculano
17/05/2017 08:18
VICE DECORATIVO, por Merval Pereira, no jornal O Globo

Foi providencial Michel Temer se declarar um "vice decorativo" naquela carta que enviou à então presidente Dilma, na qual se queixava de estar relegado a plano secundário no governo. Esse tratamento depreciativo por parte da ex-presidente, citado na carta, pode levar à sua absolvição no processo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que julga o abuso de poder econômico na campanha presidencial.

A possibilidade de absolver Temer e condenar Dilma separando as contas de campanha, que não é apoiada pela jurisprudência do TSE, foi aberta inadvertidamente (será?) pelo vice-procurador-geral Eleitoral, Nicolao Dino, por outra vertente.

No seu parecer ele afirma que não encontrou nos autos do processo elementos que liguem o presidente atual aos financiamentos ilegais da campanha revelados pelos executivos da Odebrecht. Ele considera que não há sequer indícios de que Temer tivesse conhecimento da prática de qualquer ilícito E vai mais adiante: diz não haver elementos que liguem o então candidato a vice-presidente aos fatos relatados nos autos.

Mesmo assim, Nicolao Dino pede que a chapa Dilma-Temer seja cassada, mas com penas distintas para cada um de seus componentes. A ex-presidente Dilma ficaria inelegível por um período de oito anos, enquanto Temer, sem poder ser responsabilizado pelos atos ilícitos, continuaria com seus direitos políticos intactos.

Essa sentença, se acolhida pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral, ocasionaria a estranha situação de um presidente cassado poder ser eleito em seguida, de maneira indireta, pelo Congresso, retornando ao governo. Isso porque a cassação da chapa obrigaria a uma nova eleição, desta vez indireta, para um mandato tampão até a eleição de 2018. Temer provavelmente seria eleito, pois continua tendo a maioria do Congresso, e a solução esdrúxula impediria que o país entrasse em novo ciclo eleitoral, causando graves prejuízos à economia que, mal ou bem, começa a sair da depressão.

O julgamento será retomado pelo TSE no dia 6 de junho, com dois novos ministros: Henrique Neves foi substituído por Admar Gonzaga, e a ministra Luciana Lóssio saiu para Tarcísio Vieira de Carvalho entrar. Não é certo que o julgamento prossiga, pois um dos dois ministros nomeados por Michel Temer pode pedir vista do processo, que tem 29 volumes, com depoimentos de mais de 50 testemunhas.

Ao que tudo indica, porém, há uma tendência no TSE de resolver o caso o mais rapidamente possível, retirando do caminho uma insegurança política imediata. Se, como salientou o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, somente com a definição da eleição presidencial de 2018 os investimentos voltarão ao país (ou não), imaginem se um problema adicional, uma nova eleição para mandato-tampão, saísse do TSE.

É por isso que a tese da "garantia da governabilidade" entra na análise dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral, e o seu presidente, ministro Gilmar Mendes, sempre ressalta que o tribunal é "cauteloso" em decisões complexas.

O ministro recém-empossado Admar Gonzaga, em entrevista recente ao GLOBO, disse acreditar que todo juiz tem responsabilidade política "até porque o objeto da nossa jurisdição tem um viés político considerável. Não porque sofremos interferência política, mas porque as decisões tomadas aqui têm essa repercussão".

Pelas provas que estão nos autos, além das delações premiadas dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que foram acrescentadas, é impossível não constatar que houve abuso de poder econômico na campanha de 2014, com a utilização de dinheiro desviado de obras públicas por diversas empreiteiras.

A falta de responsabilidade do vice-presidente Michel Temer, constatada pelo procurador-geral Eleitoral, pode levar a uma decisão majoritária que possibilite a absolvição de Temer e a condenação da ex-presidente Dilma, o que a levaria a perder os direitos políticos que lhe foram garantidos quando do seu impeachment, por uma decisão tão heterodoxa quanto seria essa de separar as punições numa chapa que é teoricamente indivisível.

E ainda pode não acontecer nada. Como a ex-presidente Dilma já foi impedida, arma-se o entendimento de que o processo perdeu o objeto. Ninguém seria punido, apesar das provas avassaladoras sobre abuso do poder econômico. Um jeitinho bem brasileiro.
Herculano
17/05/2017 08:17
IOLANDA, UMA VIGARISTA CÍNICA, CRUEL E CHINFRIM, por José Nêumanne, no jornal O Estado de S. Paulo

Ex-presidente cometeu crime grave ao criar e-mail falso e vazar mandados de prisão

Sete fatos negam a biografia de estadista ilibada e avó inocente da ex-presidente Dilma Rousseff.

1) A pretensa heroína da democracia ?" Dilma jacta-se de que arriscou a vida, foi presa e torturada na ditadura militar lutando pela democracia. De fato, ela militou num grupo armado que combateu a ditadura, pôs a vida em risco e foi torturada, mas o objetivo de tais grupos não era democrático. Seus planos consistiam em substituir uma ditadura militar de direita por outra, comunista. Isso não justifica os métodos da ditadura, mas expõe uma farsa que convém desmascarar. O jornalista Luiz Cláudio Cunha apurou que, de fato, Dilma foi torturada e pelo menos um oficial do Exército foi acusado de tê-la seviciado, mas isso não a torna mártir da democracia, Aliás, ela nunca exigiu na Justiça punição para esse agressor.

2) Sua importância nos grupos armados ?" Durante suas campanhas eleitorais, foi acusada pela direita ignorante e de má-fé de haver participado pessoalmente de assaltos, como ao cofre herdado por Ana Caprioli, amante de Ademar de Barros, celebrizada como "doutor Rui". Não se sabe se Dilma participou de ações armadas. Mas o fato é que ela nunca foi relacionada em nenhuma das listas preparadas pelos chefes dos grupos armados para a troca de companheiros presos por sequestrados. Isso em nada deslustra sua biografia de militante nem reduz a importância dos crimes por ela cometidos, mas mostra que foi mera tarefeira, sem maior relevância, em todos os grupos de que participou. Na luta armada talvez ela só se tenha destacado pela profusão de codinomes que usou: Estela, Vanda, Patrícia e Luíza. Manteve esse gosto pela falsidade ideológica pela vida pública afora, até mesmo durante e após sua passagem pela Presidência.

3) A falsificação do currículo acadêmico ?" O repórter Luiz Maklouf de Carvalho revelou, em 2009, que o currículo Lattes de Dilma continha fraudes: nele anotou que era master of science e doutoranda em Economia pela Universidade de Campinas (Unicamp). Maklouf apurou que ela começou, mas nunca concluiu o mestrado e também nunca deu início ao doutorado. O professor Ildo Sauer, da USP, ficou tão impressionado com o tal currículo que contou a amigos, por e-mail, tê-la convidado para participar da mesa na defesa de tese de um orientando dele. Ela respondeu com a má-criação de hábito: "Não tenho tempo para cuidar desse tipo de baboseiras". Não é mesmo uma fofa?

4) A farsa da gerentona implacável ?" Analfabeto funcional e completamente jejuno em matérias técnicas ou de administração, Lula desprezou currículos respeitáveis de petistas competentes, como o citado Ildo Sauer e o físico Luiz Pinguelli Rosa, que foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Impressionado com a assessora que sempre sacava dados de um laptop, que nunca largava, nomeou-a ministra de Minas e Energia, em vez de um deles. Sauer foi diretor de Gás e Energia da Petrobrás e é o único ex-dirigente da estatal nas gestões do PT que não foi acusado de ter participado da roubalheira. Pinguelli presidiu a Eletrobrás. Ela passou, impávida, pela transformação da petroleira em fornecedora de lama moral e destruiu o sistema elétrico no Brasil. Os especialistas não resistiram ao convívio com seu estilo grosseiro: perderam os cargos subalternos e a possibilidade de avisar ao chefe sobre os desmandos que levaram à descoberta do enorme escândalo de corrupção.

5) O fatiamento da Constituição em seu proveito ?" Em 2016, os então presidentes do Senado, Renan Calheiros, e do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, rasuraram o artigo 52 da Constituição para lhe garantirem o direito de ser merendeira de escola, o que, aliás, seria arriscado, pois, conforme se revelaria depois, ela talvez fosse até capaz de envenenar a merenda.

6) O estelionato eleitoral ?" Em suas campanhas eleitorais para a Presidência, em 2010 e 2014, as únicas que disputou na vida, ela ludibriou os eleitores, sob a batuta do marqueteiro João Santana, com a produção de ficção milionária, recheada de mentiras e calúnias contra adversários, bancada por propinas de empreiteiras de obras públicas, não apenas com seu conhecimento, mas também com sua intervenção. Em delação premiada, João e Mônica contaram que, quando o pagamento via caixa 2 atrasava, ela, assim como Lula o fizera antes, cobrava pessoal e duramente. Além das delações, documentos sustentam a acusação, na ação do PSDB contra a reeleição da chapa dela com Temer de vice, com farta exposição de laranjas e abusivo uso de notas frias para forjar serviços não prestados. Será uma ignomínia se o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral deixar tais crimes impunes.

7) Clandestina em palácio ?" Durante o processo do impeachment, ela execrou delações, delatores ("desprezíveis") e vazamentos seletivos. Mas, segundo Mônica, beneficiou-se de vazamentos feitos por seu ministro da Justiça e advogado no impeachment, José Eduardo Martins Cardozo. Vangloriava-se de ser honesta e nunca ter praticado atos ilícitos nem ter conta no exterior. Na delação, Mônica desmentiu-a, ao contar que Dilma usou o expediente chinfrim de pré-adolescente de usar e-mail falso e comunicar-se por rascunhos. Batizou o e-mail de Iolanda, referindo-se à mulher do ex-presidente e marechal Costa e Silva, somado a 2606, relativo a 26 de junho, data em que seus "irmãos em armas" executaram com crueldade, no portão do quartel-general do II do Exército, o recruta Mário Kozel Filho, que nunca torturou ninguém nem participou de nada reprovável. Foi morto por acaso, como sói ocorrer em atentados terroristas. Em casa, em Porto Alegre, deposta, ludibria quem lhe telefona dizendo ser Janete, estratégia usada por vigaristas que alugam terrenos na Lua e fogem de credores.

É injusto definir Iolanda/Janete como vigarista cínica, cruel e chinfrim? E dizer o que de Lula, que no-la impingiu?
Herculano
17/05/2017 07:35
HOJE SERÁ O TESTE DE CARGA NA PONTE DO VALE?

1. Será a prova de que a ponte não estava pronta, que o PT, PDT, Pedro Celso Zuchi enganaram ao inaugurá-la.

2. Será a prova de que a ponte não estava testada, que o PT, PDT, Pedro Celso Zuchi colocaram em risco a população. Exagero? Pode ser, mas este é o atestado oficial de que ela não oferece perigo.

3. Será a prova de que a imprensa é omissa, inclusive a "nova" NSC, que quando ainda RBS, ficou surpresa com o fato, ontem, no micro Jornal do Almoço regional.

A RBS Ela esteve aqui e não foi capaz de apurar o fato, apesar desta coluna ter escrito aos seus leitores e leitoras de que a ponte não estava pronta e testada, e que a RBS fazia propaganda a favor do poder de plantão.

Este é o jornalismo de resultado, mas contra os próprios clientes do jornalismo. Depois não sabem a razão pela qual perdem a credibilidade.
Herculano
17/05/2017 07:19
O TSE DEVE MATAR NO PEITO, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo

O Natal vai cair em dezembro, um artista famoso vai morrer este ano e o TSE vai salvar Michel Temer. As três profecias acima andam com a mesma cotação em Brasília. Apesar da enxurrada de provas de caixa dois na campanha de 2014, não há mais quem acredite na hipótese de o presidente vir a ser cassado pela Justiça Eleitoral.

O processo contra a chapa Dilma-Temer se arrasta há quase dois anos e meio. Enquanto esteve no cargo, a petista fez de tudo para adiá-lo. Depois do impeachment, o peemedebista assumiu a tarefa com gosto.

No último capítulo da novela, o TSE decidiu que não estava pronto para decidir. A corte deu mais prazo para as defesas e o ministro Gilmar Mendes parou o julgamento sem marcar data para retomá-lo. Com ar atarefado, informou que teria compromissos inadiáveis no exterior.

Depois de dois giros pela Europa, Gilmar encontrou uma brecha para bater ponto no tribunal. Ele marcou a reabertura do caso para o próximo dia 6. O último capítulo da novela ainda não está escrito, mas quem acompanha a trama de perto já sabe que Temer ganhará um final feliz.

No último mês, o presidente trocou dois dos sete ministros que vão julgá-lo. O Planalto passou a considerar certos os votos de Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira. O raciocínio também vale para Gilmar, o juiz que vai decidir o futuro do presidente e não vê problema em viajar no avião presidencial. Com três votos na manga, Temer só precisaria de mais um. Seus aliados contam com dois: de Luiz Fux e Napoleão Nunes Filho.

Se Brasília não for atingida por um raio capaz de mudar este roteiro, restará saber de que forma o TSE vai "matar no peito" o julgamento. Há duas alternativas na mesa: o tribunal manda o processo para o arquivo ou aceita a tese de separação da chapa. Se a última opção prevalecer, o caso terminará de forma inusitada: o tribunal vai salvar o presidente e declarar a cassação da antecessora ?"que já foi cassada há um ano.
Herculano
17/05/2017 07:01
PELA PREVIDÊNCIA, TEMER DÁ PRÊMIO À SONEGAÇÃO, por Josias de Souza

Em troca de apoio à reforma da Previdência, Michel Temer distribui bondades com o chapéu do contribuinte. Refinanciou a dívida de prefeituras e Estados inadimplentes com o INSS. Prepara-se para servir o mesmo refresco ao agronegócio, que acumula uma dívida bilionária no Funrural. De quebra, negocia um novo Refis, espécie de bolsa sonegador. Tudo lindo. Mas esse movimento ofende o brasileiro que acaba de entregar o seu Imposto de renda. E perpetua a indústria da sonegação.

O discurso oficial é arrumadinho. Pergunta-se: por que não estender a mão a contribuintes que se dispõem a pagar o que devem? O diabo é que são poucos os que querem pagar. A maioria adere ao parcelamento para receber uma certidão negativa. Recupera a condição de firmar convênios e contratos com o governo, além de obter financiamentos de bancos oficiais. Depois, volta a sonegar. E passa a fazer lobby pelo próximo parcelamento.

Considerando-se apenas os parcelamentos batizados de Refis, foram lançados 27 desde o ano de 2000. Um deles foi comprado pela Odebrecht por R$ 50 milhões. Criaram-se dois guichês na Receita. Num, são tosqueados os brasileiros e as empresas que fazem papel de idiotas pagando seus tributos em dia. Noutro, sonegadores poderosos, privados e estatais, são brindados com o perdão de parte dos juros e das multas e parcelam suas dívidas a perder de vista.
Herculano
17/05/2017 07:00
DIRCEU RECEBEU PROPINA ATÉ MESMO DE PORTUGAL, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Em depoimento ao Ministério Público de Portugal, no âmbito da Operação Marquês, versão lusitana da Lava Jato, o ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) Ricardo Salgado revelou ter pago "mesada" de 30 mil euros (R$100 mil) ao ex-ministro do governo Lula José Dirceu, condenado nos escândalos do mensalão e da Lava Jato. Salgado disse que a Espírito Santo Financial fez os pagamentos mensais a um escritório de advocacia, mas o dinheiro era para Dirceu.

POR 'INFLUÊNCIA'
O esquema de pagamento a Dirceu servia para ajudar executivos da Portugal Telecom na compra de parte da telefônica brasileira Oi.

AMIGO DE LULA
A Operação Marquês investiga pagamento de propina do Espírito Santo a José Sócrates, ex-primeiro ministro socialista, ligado a Lula.

PROPINA POR INFLUÊNCIA
Sócrates é acusado de usar testa de ferro para receber propina de ?22 milhões na Suíça. Tudo para influenciar a Portugal Telecom e a Oi.

PUNIDO
Em 2016, o Banco de Portugal, o BC de lá, condenou Salgado a uma multa de ?4 milhões e à proibição de exercer atividades por dez anos.

DEPUTADO: MORO 'NÃO TEM CORAGEM DE PRENDER LULA'
Presidente do partido Solidariedade, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), que se reaproxima do ex-presidente Lula, resolveu cutucar a Lava Jato com a vara curta. Ele desafiou ontem o juiz Sérgio Moro, em entrevista ao programa "Bastidores do Poder", da rádio Bandeirantes, a condenar Lula à prisão por corrupção passiva e outros crimes, no caso do tríplex-propina do Guarujá. "Ele não tem coragem de prender o Lula", afirmou o deputado-sindicalista.

SEGURANÇA IRONIZADA
"Não teve coragem nem de ouvir ele" - ironizou Paulinho, referindo-se ao interrogatório de Lula - "Teve de chamar a tropa de choque...."

IDAS E VINDAS
Louco para se aliar a Lula, Paulinho da Força não é exemplo de coerência: apoiou Aécio Neves em 2014 e o impeachment de Dilma.

EM DEFESA DO FATURAMENTO
Paulinho se opõe à reforma trabalhista e contra, claro, o fim do imposto sindical, que rendeu à sua Força Sindical R$49,7 milhões só em 2016.

NUNCA SE ROUBOU TANTO
A procuradora da República Thaméa Danelon, colaboradora da Lava Jato, afirmou que esse escândalo de corrupção, que segundo o MPF é chefiado por Lula, "é o maior da historia da humanidade".

MAUS LENÇóIS
O TRE de Minas pediu ao TRE-DF para ouvir Benedito Rodrigues de Oliveira, o Bené, na ação que pode cassar o governador Fernando Pimentel (PT). Advogados do governador tentam impedir a oitiva.

FORO PRIVILEGIADO
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, marcou para esta quarta (17) a votação em segundo turno da PEC do Foro Privilegiado. Será votação nominal. É a única PEC aprovada por unanimidade no Senado.

DINO ABALADO
Aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) dizem que ele se esforça para não demonstrar o abalo que deveras sente com as más notícias, da citação na Lava Jato à retirada de apoio de Aécio Neves (PSDB).

REFERÊNCIA NO DIREITO
É coautor da reforma do Código Penal e autor da Lei de execução penal o professor René Ariel Dotti, 83, que deu bronca no garotão defensor de Lula pela atitude desrespeitosa em relação a Sérgio Moro.

CANSOU
O secretário de Fazenda do DF, João Fleury Teixeira, deixa o cargo no fim do mês. Recentemente, ele contou que só dorme uma noite ao mês: quando consegue pagar a folha mensal de R$1,7 bilhão. No DF, servidores (7% da população) embolsam 80% de todas as receitas.

O ROTO E O ESFARRAPADO
Robinson Almeida (PT-BA), deputado que representou contra Michel Temer pela suposta babá do seu filho, torrou R$24 mil em abril apenas para "divulgar a atividade" parlamentar. Aliás, desconhecida.

A BABÁ DE DILMA
Se babá tomando conta de criança causa celeuma, imaginem a ex-assessora Marly Ponte Ferreira, que pageava a então presidente Dilma ganhando belo salário do governo para cuidar da roupa de madame.

PENSANDO BEM...
...se Lula tivesse mantido silencio, no interrogatório perante Sérgio Moro, talvez a porta de entrada da prisão estivesse mais distante.
Herculano
17/05/2017 06:57
A LIÇÃO DA XP INVESTIMENTOS SACUDIU A BANCA, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

A compra pelo banco Itaú de metade da corretora XP Investimentos por R$ 5,7 bilhões é uma grande notícia, mesmo para quem não tem um tostão aplicado no mercado de capitais. A notícia é boa porque sinaliza vitalidade, um atributo raro nas grandes empresas brasileiras.

Em 1943, quando os grandes bancos de Pindorama eram geridos por quatrocentões de muitos sobrenomes, Amador Aguiar, um bancário caladão, abriu a primeira agência do Bradesco na cidade de Marília. Nesse tempo achava-se que entrar em banco era coisa de rico e o gerente ficava trancado numa sala.

No Bradesco a mesa do gerente ficava no salão de atendimento e os funcionários ensinavam os clientes a preencher cheques. Passados oito anos, em 1951, o banco de Amador Aguiar era o maior do país. Aos poucos, a banca tradicional desmilinguiu-se.

Em 15 anos, a XP Investimentos tornou-se a maior corretora independente do país, com 300 mil clientes e R$ 69 bilhões em aplicações financeiras. Seu sucesso, bem como o de algumas casas do gênero, veio da agressividade, do uso da internet e da capacidade de prestar serviços que os grandes bancos não oferecem. No século passado havia gente que tinha medo de banco, no 21 tem-se medo das taxas que cobram. A XP oferece aplicações sem cobrança de taxas.

Nada do que a XP fez estava fora do alcance dos grandes bancos. A diferença esteve nas estruturas que têm dificuldade para absorver o novo. Essa praga está muito bem contada no livro "The Innovator's Dilemma", de Clayton Christensen. A Sears foi o novo, perdeu o passo do novo varejo e arruinou-se. Às vezes as grandes empresas sabem que o novo bate à porta, tentam adaptar-se, mas afogam-se.

A sabedoria convencional ensinava que a expansão da XP obrigava os grandes bancos a resmungar ou padecer uma difícil concorrência. O Itaú teve uma ideia e comprou metade do concorrente, deixando-o livre para administrar-se como bem entender. Com isso, virou sócio de um bom negócio e ainda por cima valorizou a custódia da XP.

Nem sempre o capitalismo depende da "destruição criadora" para se renovar. Na compra de metade da XP nada se destruiu, mas tudo se transformou. No fundo, o principal destruidor de grandes empresas é a soberba sob a qual se escondem a preguiça e a inépcia. Um exemplo dessa moléstia (e do remédio) pode ser achado no mercado nacional de planos de saúde.

Meia dúzia de grandes operadoras operavam um mercado de 50 milhões de pessoas. Cuidando mais das conexões políticas do que dos custos hospitalares, hoje elas atravessam uma crise na qual perderam 2,8 milhões de clientes em dois anos. No meio dessa ruína está a soberba de maus gestores que tentam resolver seus problemas em Brasília.

Em 1997 o deputado Aires da Cunha, dono da operadora Blue Life, dizia que "se tirássemos todos os idosos do meu plano, minha rentabilidade aumentaria muito". Hoje uma das operadoras mais prósperas do mercado, a Prevent Senior, trabalha em São Paulo, atendendo idosos em planos individuais, com mensalidades baratas.

Ela foi fundada no mesmo ano em que Aires da Cunha se queixava dos velhos. (O cliente da Prevent deve usar seu plantel de médicos e é atendido pela rede própria de sete hospitais Sancta Maggiore e 40 unidades de apoio.) Para quem queria trabalhar, o que parecia um problema era uma mina de ouro.
Sidnei Luis Reinert
17/05/2017 06:46
ISTO é a real substância da política em Washington. A mídia zela para que ninguém no Brasil saiba destas coisas... o estabelishment americano assassina reputações tal qual se aplica também ao Brasil:

CHILLING SIMILARIDADES ENTRE SETH RICH ASSASSINATO E 'CLINTON BODY COUNT' VÍTIMAS
Pessoas com informação condenatória sobre Bill e Hillary dispararam em lugares públicos, sem sinais de roubo
Publicado: há 9 horas


Assassinado membro da DNC Seth Rich
Assassinado membro da DNC Seth Rich
O caso não-resolvido da morte do analista de dados do Comitê Nacional Democrata, Seth Rich, compartilha algumas semelhanças com muitas mortes misteriosas de indivíduos ligados ao ex-presidente Bill Clinton e duas vezes falhou a candidata presidencial Hillary Clinton.

Assim como no caso Rich, várias das pessoas que morreram mortes misteriosas foram espancadas espontaneamente e em locais públicos, às vezes por trás, às vezes por assaltantes desconhecidos e muitas vezes pouco antes de serem liberados evidências incriminatórias sobre as atividades dos Clintons. Na maioria dos casos, não havia sinais de roubo nas cenas do crime. E enquanto algumas das mortes foram governadas suicídios, outros casos permanecem um mistério.


Read more at http://www.wnd.com/2017/05/chilling-similarities-between-seth-rich-murder-and-clinton-body-count-victims/#6ODMx0Ik817qfx37.99

Herculano
17/05/2017 06:45
CLT DESTRUIU O SINDICALISMO HONESTO, por Antônio Delfim Netto, economista, ex-ministro da fazenda dos governos Costa e Silva e o de Médici na ditadura militar, no jornal Folha de S. Paulo

Já em Adam Smith (1776), o problema da distribuição do que se produz pelo uso combinado do trabalho "congelado" nos bens de produção (que pertencem ao capitalista) com o trabalho "quente" da força de trabalho vivo que ele compra para torná-lo fértil é uma questão de poder e, portanto, política! Na FEA/USP, no fim dos anos 1940, havia uma dicotomia.

Na cadeira de economia política, ensinava-se que a distribuição era explicada, "cientificamente", pela teoria marginalista. Na de sociologia, o grande Heraldo Barbuy, em fantásticos seminários, analisava "A Grande Transformação", de Karl Polanyi, com suas restrições ao marxismo vulgar, e "A Filosofia do Dinheiro", de Georg Simmel. Mostrava ?"convincentemente?" a insanidade daquela proposição.

Produzir com eficiência, ensinava, é uma questão técnica para a economia, mas a quem se destinará o produzido (mesmo usando os "mercados") é uma questão que historicamente sempre foi resolvida por quem, na sociedade, detém o poder ?"e, portanto, pertence ao campo da política.

Essa proposição não era estranha ao meu fabianismo primitivo, servido pela utopia da propriedade coletiva dos fatores de produção, dirigida por uma burocracia ascética e esclarecida, cujo poder seria contrastado por outro poder, a socialização da negociação salarial, transformando-a de individual em coletiva por meio de sindicatos.

Essas duas condições pareciam suficientes para dar a "paridade de armas" capaz de produzir uma sociedade civilizada na qual gozaríamos de liberdade individual e relativa igualdade que, graças à coordenação pelos "mercados", lhe dariam eficiência produtiva e respeitariam as preferências dos cidadãos.

Aprendi, na vida, com todas as tentativas fracassadas de socialismo "real" a que assisti, que a propriedade "coletiva" dos fatores de produção acaba sempre sendo a propriedade de "ninguém" e tem a terrível propensão à acomodação que corrompe mesmo honestos administradores, como ensina a boa teoria. Quem ainda tiver dúvida que olhe para qualquer uma de nossas estatais...

A mesma desilusão alcança hoje os atuais sindicatos: veio à luz o que todos sabiam, mas que agora foi escrachado! A intervenção de Getúlio Vargas, por meio da CLT, criou o monopólio da unicidade e, para maior conforto do pelego, o imposto sindical. Destruiu o velho sindicalismo honesto e agressivo construído pelos imigrantes anarquistas italianos que tivemos a sorte de receber. Os surgidos depois da CLT foram apenas instrumentos políticos dos governos e, agora sabemos, também do poder econômico que nasceram para limitar.

Já passou da hora de acabar com isso!
Herculano
17/05/2017 06:41
JUIZ DE BRASÍLIA TENTOU SER MORO E VIROU VEXAME, por Josias de Souza

Ao decretar o fechamento das portas do Instituto Lula, o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, revelou-se um magistrado generoso. Num instante em que o ex-presidente petista coleciona dissabores, o doutor deu-lhe de presente, data venia, a oportunidade de obter uma vitória judicial. Na noite desta terça-feira, o desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, determinou, para gáudio de Lula, a reabertura da entidade.

A decisão não havia empolgado nem o Ministério Público Federal, que se abstivera de apoiar a suspensão das atividades do Instituto Lula. O juiz alegara que "há veementes indícios de delitos criminais que podem ter sido iniciados ou instigados naquele local." Levando-se o raciocínio às últimas consequências, seria necessário fechar a Petrobras, as grandes empreiteiras e vários prédios de Brasília, pois tramaram-se nesses locais crimes em profusão.

Além de propiciar a Lula e aos seus advogados um instante de felicidade, o juiz Ricardo Leite rendeu homenagens ao colega Sergio Moro. Foi como se tivesse planejado meticulosamente o vexame, apenas para realçar o valor dos despachos proferidos na 13ª Vara Federal de Curitiba, a usina dos desgostos de Lula. O doutor talvez tenha aprendido que o impulso é essa coisa que o fígado dá ao ser humano para o cérebro desarmar.
Herculano
17/05/2017 06:38
PENSANDO BEM

Reabrir o Instituto Lula? A Justiça decidiu muito bem e provou que é justa com o legado histórico. Não se pode fechar o Memorial Nacional da Corrupção.

Os brasileiros precisarão dele aberto para sempre para se lembrar de uma era de ladroagem institucionalizada entre os políticos, partidos e empresas, além da recessão, inflação alta, 14 milhões de desempregados, bem como da separação dos eles e nós.
Herculano
17/05/2017 06:33
AS BONDADES DE TEMER, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Com os objetivos complementares de melhorar a imagem do governo e fazer avançar a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer (PMDB) deu publicidade, nos últimos dias, a uma lista um tanto desconjuntada de agrados a setores os mais diversos.

De tudo o que se anunciou, como possibilidade ou decisão tomada, o mais facilmente defensável é reajustar os benefícios do Bolsa Família, em índice que ao menos compense a alta do custo de vida desde o ano passado.

Trata-se de medida de amplo impacto social, dado que a clientela do programa soma 13,4 milhões de famílias, ou cerca de um quarto da população brasileira - contingente que abrange a quase totalidade dos pobres e miseráveis.

Considerado o alcance, são baixos os custos envolvidos. Estes não deverão superar R$ 2 bilhões neste ano, elevando os desembolsos totais a pouco mais de R$ 29 bilhões.

Por atingir de forma direta os estratos vulneráveis da sociedade, o Bolsa Família é a política adequada para atenuar o avanço da taxa nacional de pobreza, que, conforme projeções publicadas pelo Banco Mundial, caminha para os 10%.

Mais controversa, embora não injusta, seria a correção da tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas, de maneira a elevar o número de contribuintes isentos. Tal intenção, manifestada por Temer, encontra notórias resistências nos ministérios econômicos.

Há razões para levar a ideia adiante ?"que não se limitam à pressão dos sindicatos. Nas últimas duas décadas, a tabela acumulou enorme defasagem em relação aos índices inflacionários, o que elevou de forma tortuosa a carga do IR.

Entretanto uma eventual correção seria mais cara do que o reajuste do Bolsa Família ?"a um índice de 5%, teria custo de R$ 5 bilhões anuais?" e resultaria em benefício social muito menor.

A providência favoreceria trabalhadores que ganham acima de R$ 1.904 mensais, atual faixa de isenção; já o programa assistencial destina-se a famílias com renda até R$ 170 por membro.

Para outras concessões cogitadas pelo Planalto, não há justificativa que não seja a necessidade de atender a lobbies influentes no Parlamento. Exemplo cristalino é o apoio ao projeto que dá descontos de multas e juros em dívidas atrasadas com a Receita Federal, a colocar em risco R$ 8 bilhões.

Recorde-se, por fim, que todas as medidas, da mais à menos virtuosa, implicarão cortes em outros gastos, mais impostos ou, dado o ainda gigantesco rombo no Orçamento, aumento da dívida pública.

O que hoje se chama de "bondades", portanto, terá de ser pago já ou mais à frente, com juros
Digite 13, delete
16/05/2017 20:17
Olá, Herculano;

Estou colecionando o que escrevem nos comentários sobre a moçoila edil:
- "deslumbrada"
- "alugada do PSDB"
- "bastarda do PMDB"
- "cria da vergonha do Belchior"
- "votei nela e estou decepcionada"
- "tão nova e já faz o jogo sujo da velha e antiética política"
- "tucana de pouca plumagem"
- "oferecida"
- "sem postura"
- "mau caráter"
- "daqui uns dias vai morar na casa do prefeito"
- "penosa"
- "mosca de padaria"

A da hora é "Lady Fran" é "uma piada".
Nem a defenestrada DilmANTA teve tantos em tão pouco tempo.
Herculano
16/05/2017 19:18
DONALD TRUMP ESTÁ SENDO DESMASCARADO PELA IMPRENSA LIVRE E INVESTIGATIVA

Os principais jornais impressos dos Estados Unidos, seguindo uma tendência mundial, estavam em situação financeira crítica, devido à troca do papel pelo mundo digital, tão rapidamente.

O republicano Trump, empreendedor, homem de mercado, observador, astuto, percebeu que era a hora de virar o jogo depois de eleito, com o poder na mão. Foi vasculhado na campanha e se decidiu pela vingança para não ser transparente em um cargo público e de maior poder no mundo. E afrontou à sua própria imprensa; a quis mais fraca, desacreditada, para não ser fiscalizado.

Logo a livre, a investigativa, a com crédito (porque existe a imprensa sem crédito). Então, Trump errou, como se comprova diariamente pelo noticiário, onde tentou até enfraquecer o FBI para por em risco a segurança do país e dos cidadãos.

Primeiro, a população preferiu à imprensa a um empreendedor, mesmo não sendo ele um político, mas no poder político e que depende a sociedade.

Segundo, as empresas de comunicação perceberam também a oportunidade para redenção delas se reforçando na credibilidade e se recuperando nos negócios, num mundo ainda desconhecido, o digital. Apostaram alto. Contrataram mais gente qualificada e estão saindo da crise financeira.

Trump, ao contrário, está se afundando nas dúvidas e se não mudar de estratégia (e comportamento, inclusive em relação à imprensa séria), rapidamente poderá ser mais um republicano a enfrentar o impeachment.

É assim que funciona num país plural, livre e democrático. A imprensa que se respeita, cria ou fortalece o respeito no ambiente social, político e negocial. Um recado aos políticos do novo Brasil, acostumados à migalhas e uso da imprensa para o jogo dos poderosos.

Aqui a imprensa está mudando. Os políticos, ainda não. Mas...
Herculano
16/05/2017 19:03
MUITOS NOMES PARA NENHUM CARÁTER, por Valentina de Botas, na Veja

Texto magno, Augusto. Oportuníssimo para lembrar que, nos dias incertos que vivemos em que tantas consciências dançam conforme quem toca a música, a lucidez e a paixão pela verdade sempre nortearam esta coluna que foi uma das primeiras e solitárias vozes a denunciar que Dilma Rousseff, tenha o codinome que tiver ?" de "Wanda" a "presidenta", de "companheira de armas" a "mulher honrada" ?" é uma fraude das mais evidentes e cruéis que já floresceram por aqui. Somente os adversários da verdade negavam isso, ainda que por razões próprias, pois todos sempre as têm.

Com oito anos, completados em injusto silêncio no mês passado, a coluna resiste a deformações do tempo e institucionais porque manteve íntegra não somente a lucidez e a paixão que já mencionei, mas também, esta espécie de fonte Gaia. Desde o começo do século 15, ela jorra no topo da Piazza del Campo, na deslumbrante Siena. A lenda diz que o nome se deve ao contentamento dos habitantes que viram a água, viajante por canais subterrâneos, manar ali pela primeira vez. Gaio, em italiano, é alegria.

Sem a alegria de ser o que é e o que faz, a coluna ?" como tudo na vida talvez ?" não persistiria e hoje não veríamos o colunista radiografar a guerrilheira para confirmar o que a radiografia do longínquo 2009 escancarava: Luiza, Iolanda, Wanda, Janete ou Dilma são apenas muitos nomes para nenhum caráter
Herculano
16/05/2017 19:01
O BRASIL PRECISA RECONHECER QUE A TRANSIÇÃO ACABOU, por Mariana Mota Prado, professora na Faculdade de Direito de Toronto, no Canadá, para o jornal Folha de S. Paulo

Estamos em um momento chave na história do país. Nunca se viram tantos integrantes da elite política e econômica sendo investigados por corrupção. Todavia, há um longo caminho a percorrer até que a lista de Fachin resulte em algum tipo de condenação. Mesmo uma reforma política capaz de minimizar incentivos à corrupção será insuficiente, se não vier acompanhada de outras para garantir que a corrupção seja efetivamente punida.

Nesse ponto, porém, há um desafio adicional. No Brasil, há diversos arranjos institucionais e garantias processuais que minimizam a probabilidade de punição de corruptos. Boa parte dessas proteções foram adotadas no momento de transição democrática, motivadas pelo temor de um retrocesso às práticas adotadas pela ditadura militar. Pareciam perfeitamente justificáveis naquele momento. Mas será que ainda fazem sentido, na mesma extensão, no contexto presente?

Enquanto o país assiste estupefato a uma lista cada vez mais longa de investigados por corrupção, diversos juristas, professores de direito e advogados descrevem a Lava Jato e seus desdobramentos como "caça às bruxas".

Lembram que não se pode fazer justiça sem obedecer o direito. Enfatizam a importância de respeitar escolhas feitas pelo nosso ordenamento, como a não admissibilidade de provas colhidas ilicitamente em processo penal.

Em nome dessas escolhas, criticam o uso de prisões preventivas para incentivar a colaboração dos réus em investigações de corrupção. Esse uso instrumental do direito seria repugnante -uma verdadeira "tortura psicológica", para alguns juristas.

Esse discurso sugere que temos apenas duas opções: obedecer aos procedimentos processuais em vigor no país, interpretados da forma mais radicalmente possível em favor do réu, ou voltar à Idade Média. Mas não é tão simples assim.

Argumentar que os procedimentos adotados nas presentes investigações seriam "um retorno ao autoritarismo" e "um retrocesso na evolução institucional do país" aponta para riscos reais, mas ignora que há alternativas.

Não temos aqui uma escolha entre dois polos, mas um espectro de arranjos institucionais que permitem conciliar devido processo legal e combate ao crime. Basta olhar para sistemas jurídicos que fizeram opções distintas.

Na questão das provas ilícitas, por exemplo, o Judiciário pode subordinar a proteção de direitos individuais ao interesse da coletividade, mas de maneira parcimoniosa e fundamentada, sem dar uma carta branca para autoridades judiciais e investigatórias. Por exemplo, em 2009, a Suprema Corte canadense estabeleceu um teste para admitir provas colhidas ilicitamente baseado em três critérios: 1) quão séria foi a violação da lei na colheita da prova; 2) qual o impacto dessa violação no acusado; 3) qual o interesse social a ser protegido naquele processo.

Ou seja, a ilicitude da prova apenas serve de obstáculo à condenação se for muito mais grave do que a ilicitude do crime que possa ter sido potencialmente cometido. Caso contrário, prevalece o interesse público.

Da mesma forma, aqueles que criticam o uso instrumental de prisões preventivas não parecem indagar que tipo de prática é adotada em outros países. Nos EUA, por exemplo, os promotores podem negociar sentenças menores com acusados que concordarem em confessar o crime.

Esse tipo de discricionariedade poupa tempo e dinheiro do sistema penal, tornando-o muito mais célere e efetivo. Corre-se, obviamente, o risco de que hajam erros e excessos. O próprio sistema dos EUA é alvo de muitas críticas.

O Reino Unido, por sua vez, criou um sistema robusto de controle judicial dessas negociações em casos de corrupção, justamente para coibir abusos. Considerar esses riscos como uma razão para não adotar essa solução equivale a jogar fora o bebê com a água do banho.

Em contraste com uma visão maniqueísta, que sugere haver um único procedimento certo -uma única maneira de proteger direitos, precisamos reconhecer que qualquer arranjo institucional virá com custos, benefícios e riscos. Precisamos olhar para outros países e nos perguntar se há mudanças institucionais possíveis para que o nosso devido processo legal não se transforme em garantia de absolvição.

Por exemplo, nos últimos anos, 17 países adotaram uma Justiça anticorrupção, com juízes especializados e garantias processuais mais adequadas a esse tipo de crime. É curioso que se discuta tão pouco a possibilidade de adotar essa solução no contexto brasileiro.

Essa é só uma das várias medidas em jogo quando olhamos para como outras nações combatem corrupção. Sem reformas institucionais desse calibre, é difícil acreditar que muita coisa mude.

O Brasil precisa reconhecer que a transição democrática acabou. Trinta anos após o fim da ditadura, precisamos começar a nos perguntar de que tipo de ordenamento precisamos daqui para a frente. Precisamos aprender com a experiência de três décadas aplicando o sistema atual.

O índice baixo de condenações penais por corrupção no Brasil certamente indica que há algo muito errado com arranjos institucionais e interpretações jurídicas que adotamos até então. Ficar atrelado ao nosso passado apenas nos dará mais do mesmo: muito direito e pouca justiça.
Herculano
16/05/2017 18:53
TEMER DERRUBA ITEM QUE PERMITIA VOOS EM CLASSE EXECUTIVA, por Gabriel Mascarenhas, na coluna Radar, da revista Veja.

Trecho do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias concedia a regalia a autoridades

Michel Temer pensou melhor em relação ao tópico da Lei de Diretrizes Orçamentárias que permitia às autoridades viajar de classe executiva.

O presidente decidiu derrubar a regalia. Ele ligou para Dyogo Oliveira, determinando que seja elaborado um aditivo ao projeto em tramitação no Congresso.
Herculano
16/05/2017 18:44
JULGAMENTO QUE PODE CASSAR A CHAPA DILMA-TEMER ESTÁ MARCADO PARA O DIA SEIS DE JUNHO

Conteúdo de Veja. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, marcou para os dias 6, 7 e 8 de junho o julgamento da ação que pode levar à cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições de 2014. Segundo informações do TSE, foram reservadas quatro sessões para deliberar sobre o processo movido pelo PSDB ?" duas ordinárias e duas extraordinárias.

O Tribunal vai decidir se existem indícios suficientes de abuso de poder político e econômico para cassar a chapa, o que, na prática, significa retirar do cargo o presidente Michel Temer, levando à convocação de eleições indiretas. Neste caso, ele ainda poderia concorrer à vaga que será votada pelos membros do Congresso Nacional.

As sessões foram agendadas para as 19 horas no dia 6 de junho (terça-feira); às 19h em 7 de junho (quarta-feira) e às 9h e às 19h em 8 de junho (quinta-feira).

O julgamento havia começado em 4 de abril, mas foi interrompido após os sete ministros da corte decidirem por unanimidade reabrir a etapa de coleta de provas, fixar um prazo de cinco dias para as alegações finais das partes e autorizar a realização de quatro novos depoimentos ?" do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, do marqueteiro João Santana, da empresária Mônica Moura e de André Santana, assistente do casal.

O processo pode ser suspendido novamente se algum ministro fizer pedido de vista (mais tempo para avaliar o caso) ou se alguma questão de ordem for aceita pela corte.

Em depoimentos sigilosos ao ministro Herman Benjamin, relator do processo na corte, o casal de marqueteiros afirmou que a ex-presidente Dilma Rousseff sabia do uso do caixa dois na sua campanha à reeleição e que não tratou de assuntos financeiros com Temer. Com base nessas alegações, o vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino voltou a pedir que apenas Dilma se torne inelegível por oito anos. Ele, no entanto, recomendou que os dois sejam cassados por considerar inviável a divisão da chapa.
Herculano
16/05/2017 18:42
EM DEFESA DO IMPOSTO SINDICAL E DAS PRECOCES E ALTAS APOSENTADORIAS DOS POLÍTICOS E SERVIDORES ESTÁVEIS, LINDBERGH FARIAS, PT, fala em "LUTAS DE CLASSES NAS RUAS"

Conteúdo de O Antagonista. Depois dos discursos dos pelegos, agora é Lindbergh que diz no Senado que se aprovadas as reformas trabalhista e da Previdência, o Brasil seguirá por "um caminho muito perigoso de lutas de classes escrachadas nas ruas.

Sérgio Nobre, da CUT, da tribuna do Senado:

"Não duvidem da nossa capacidade de reagir. Não temos nenhum orgulho do que fizemos no dia 28. Mas se esta Casa teimar em não ouvir a voz das classes trabalhadores, vocês podem esperar: vamos construir uma greve geral muito maior do que a do dia 28."

Gleisi Hoffmann puxou os aplausos
Platão
16/05/2017 14:54
Franciele é uma piada.

Porque falo isso?
Acompanho ela nas mídias sociais e, como está na moda fazer vídeos ao vivo, Lady Fran não é exceção, faz quase que diariamente.
Alguns bons, é verdade. Porém, a sua maioria, é mais engraçado ver suas "caras e bocas" do que o conteúdo postado.
É igual piada sem graça: ou se dá risadas da piada ou se dá risada da cara da pessoa. Neste caso da Lady Fran, é da última.
Herculano
16/05/2017 13:06
QUASE 60 MIL VAGAS DE EMPREGO FORMAL FORAM CRIADAS EM ABRIL

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto Eduardo Rodrigues e Fernando Nakagawa, da sucursal de Brasília. O Brasil abriu 59.856 vagas de emprego formal em abril, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira, 16, pelo Ministério do Trabalho. O resultado decorre de 1,141 milhão de admissões e 1,081 milhão de demissões.

Após respiro em fevereiro, Brasil perde 63,6 mil vagas de emprego em março

Esse foi o primeiro resultado positivo para o mês desde 2014, quando foram abertas 105 mil vagas. Nos quatro primeiros meses de 2017, há ainda uma perda de 933 postos de trabalho com carteira assinada. Em 12 meses, há um fechamento de 969.896 vagas.

Apenas no setor de construção civil houve aumento do desemprego em abril, com 1.760 demissões líquidas no mês.

No setor de serviços, foram abertos 24.712 postos de trabalho em abril, seguido pela agropecuária, com saldo positivo de 14.648 vagas. Na indústria de transformação foram criadas 13.689 vagas, enquanto o comércio ganhou 5.327 empregos. Na administração pública, houve criação de 2.287 postos de trabalho. Por fim, o setor de extração mineral abriu 263 vagas.

O saldo positivo de 59.856 vagas de emprego formal em abril se concentrou no Centro-Sul do País. A Região Sudeste registrou a abertura de 46.039 postos de trabalho no mês passado, seguido pelo Centro-Oeste, com 10.538 vagas criadas. Na Região Sul, houve um saldo positivo de 5.537 empregos. Já na Região Norte, houve um fechamento de 1.139 vagas em abril, enquanto no Nordeste o saldo foi negativo em 1.119 vagas.

Dentre os Estados, São Paulo liderou a criação de empregos no mês, com 30.227 vagas, seguido por Minas Gerais (14.818), Bahia (7.192), Goiás (7.170) e Paraná (6.742). Já Alagoas perdeu 4.008 postos de trabalho e foi a Unidade da Federação com maior fechamento de vagas, seguido por Rio Grande do Sul (3.044) e Rio de Janeiro (2.554).

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, comemorou o saldo positivo vagas de emprego formal em abril. "Estamos comemorando números positivos de abril e espero comemorar essa retomada do emprego no Brasil com número positivo também em maio", afirmou. "Esperamos que se estabeleça e se concretize essa tendência de números positivos. Quanto maior é o número de trabalhadores contratados e recebendo salários, melhor será a retomada da economia", completou.

Segundo ele, com a Reforma Trabalhista, o número de trabalhadores contratados com carteira assinada deve aumentar. O ministro disse que o objetivo da mudança na legislação não é baratear o custo de mão de obra, mas melhorar as condições dos trabalhadores, com a garantia de direitos e segurança jurídica para os acordos coletivos.

"O empregador não pode ter medo de contratar, porque desde que ele cumpra com as suas obrigações ele não será surpreendido com decisões baseadas em outro entendimento legal", avaliou.

Nogueira disse ainda que a terceirização é uma realidade no Brasil e no exterior. "Terceirização é fenômeno global e precisamos dar garantias para trabalhador", concluiu.
Sidnei Luis Reinert
16/05/2017 12:39
Michel Temer vai até o fim do governo


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Não precisa ser bidu para prever que Michel Temer vai terminar seu mandato-tampão ?" a não ser que tenha um problema de saúde inesperado. Os deuses do mercado ?" que dão sustentação ao Presidente - estão dando bola nenhuma para o julgamento, no Tribunal Superior Eleitoral, para definir se a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014.

Os controladores econômicos apostam que Temer será poupado ?" como já deu a entender o supremo-ministro Gilmar Mendes ?" "em nome da estabilidade conjuntural". A "incompetenta Dilma" caiu porque os donos da grana quiseram. Temer ficará no cargo pelo desejo da mesma turma que detém o poder real, manipulando a política e a economia. Os dias sempre foram assim em Bruzundanga...

Gilmar Mendes, presidente do TSE, deve anunciar a retomada do julgamento da chapa Dilma/Temer no dia 25 de maio ou no começo de junho. Gilmar só volta ao Brasil na quinta-feira ?" pois está em viagem oficial em São Petersburgo, na Rússia, onde participa da 14ª Conferência Europeia de ?"rgãos de Organização de Eleições. Gilmar já antecipou que deseja resolver tudo até o final do ano. Ontem, o mercado não se abalou com a liberação do processo para julgamento ?" feita pelo ministro-relator Herman Benjamin.

O caso vai dar uma esquentadinha. Será retomada a fase de coleta de provas com quatro novos depoimentos: do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, do marqueteiro João Santana, da empresária Mônica Moura, e de André Santana, assistente do casal. Nas delações da Lava Jato, os marketeiros comprovaram que ocorreu abuso do poder econômico na eleição de 2014. Temer deve ser poupado, com a ajuda do depoimento deles.

Mônica e João Santana alegaram que Dilma sabia do uso de caixa 2 na sua campanha à reeleição. No entanto, os marketeiros ressalvaram que não trataram de assuntos financeiros com Temer. O vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino vai usar tais argumentos para justificar o pedido de que Dilma seja considerada inelegível por oito anos. Porém, Temer será poupado. No máximo, se a chapa toda for punida, ele tem a chance de concorrer na eleição indireta que será marcada no Congresso Nacional para garantir o mandato até o fim.

Temer não teme perder o Palácio do Planalto. O foco dele são os negócios. Não é à toa que o governo promoverá nos dias 30 e 31 de maio o Fórum de Investimentos Brasil 2017, no hotel Gran Hyatt, em São Paulo. Já confirmaram presença pesos-pesados do Capitalismo Global: Sergio Marchionne (CEO mundial da Fiat Chrysler), José Antonio Álvarez (Santander) e presidentes da América Latina ou das subsidiárias brasileiras de empresas como GE, ABB, Siemens, Citi, Credit Suisse, Syngenta, Merck, Shell e State Grid.

Organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o evento vai reunir, com empresários daqui e de fora, os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Dyogo de Oliveira (Planejamento), Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Grace Mendonça (Advocacia-Geral da União), Blairo Maggi (Agricultura), Marcos Pereira (Indústria), Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) e Ricardo Barros (Saúde).

Temer só deu um sustinho nos rentistas com a promessa de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas para R$ 4 mil ou R$ 5 mil. O probleminha é que essa desoneração precisa ser compensada por aumento de outros impostos. Uma das alternativas cogitadas é aumentar a tributação de lucros e dividendos distribuídos aos acionistas de empresas. Outra saída seria cobrar IR sobre lucros de multinacionais que são auferidos no Brasil, porém remetidos, de forma isenta, para o exterior.

Apesar do sustinho, os rentistas não querem Temer fora do Palácio do Planalto. Vale a tese do ruim com ele, pior com outro ainda pior que ele. E assim o Brasil será "reformado", para ficar do mesmo "jeitinho" que sempre...
Herculano
16/05/2017 09:33
CRESCE DE IMPORTÂNCIA PAPEL DE DILMA NO PETROLÃO, editorial de O Globo

Delação de marqueteiros ajuda a se ter a dimensão real de como a ex-presidente participou do esquema de desvio de bilhões da Petrobras

Era inverossímil que Dilma Rousseff não soubesse do saque que diretores da Petrobras fizeram durante tanto tempo na estatal, para que parte do dinheiro financiasse o caixa 2 de campanhas eleitorais, principalmente do seu partido, o PT, incluindo as dela própria à Presidência da República.

Tanto quanto isso, sabe-se hoje, era dinheiro também para elevar o padrão de vida de dirigentes partidários e, em última análise, sustentar o projeto de poder lulopetista, para se perpetuar no Planalto. Aspectos que já ficaram visíveis nas investigações sobre o mensalão, um esquema muito menor que o petrolão. Na verdade, começaram a ser montados de forma paralela.

A imagem cultivada por Dilma de distanciamento do petrolão nunca se firmou, e acaba de ser demolida pelas delações do casal de marqueteiros, João Santana e Mônica Moura, o preferido do PT pelo histórico de vitórias: Lula em 2006 e com a própria Dilma.

Nem mesmo a ideia de uma pessoa de inabalável honestidade fica de pé com o relato de Mônica sobre gastos com a ex-presidente feitos também em período não eleitoral. Com o cabeleireiro Celso Kamura, teriam sido R$ 90 mil. Ao todo, R$ 170 mil em dinheiro do petrolão, surrupiado de obras da estatal, por meio do superfaturamento de contratos.

Os relatos de Mônica Moura confirmam o que se suspeitava: Dilma tinha absoluto conhecimento de tudo o que se passava dentro da Petrobras ?" a origem do dinheiro e o destino, também ilegal, dele.

Não foi honesto, por exemplo, aceitar a proposta da publicitária de criar e-mail com nome fictício para as duas trocarem informações sigilosas usando um artifício criado por redes de terrorismo (deixar textos em "rascunho" para outro acessar).

Um dos resultados é que, assim, Dilma deixou um rastro eletrônico que pode complicar-lhe a vida. Não sem motivos, Mônica Moura, para usar como prova, imprimiu uma dessas mensagens e a autenticou devidamente em cartório.

Dilma assumira a presidência do Conselho Administrativo da Petrobras, no início do primeiro governo Lula, na condição de ministra de Minas e Energia. Por isso, não parecia verossímil que ela nada soubesse.

Também não foi honesto usar informações espionadas na Lava-Jato ?" que lhe foram transmitidas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo ?" para avisar ao casal que ele seria preso.

Dilma demonstra, ainda, conhecer o esquema do petrolão, ao dizer para a publicitária procurar Antonio Palocci ?" o "Italiano", onipresente em negociações em torno de grandes cifras para o caixa 2 lulopetista ?" e cobrar dele pagamento atrasado aos marqueteiros, pelo trabalho na campanha frustrada do petista Patrus Ananias à prefeitura de Belo Horizonte, em 2012.

As delações de Mônica reforçam o ex-diretor da estatal Nestor Cerveró, quando ele garante que Dilma também sabia da escandalosa compra da refinaria americana de Pasadena. A passagem de Dilma pela estatal faz todo sentido.
Herculano
16/05/2017 09:31
da série: a guerra de uma minoria (feita de servidores estáveis) que se aposenta cedo (antes dos 50 anos) e com altos vencimentos. A maioria, 63%, que dá duro o dia inteiro,só consegue se aposentar em média aos 66 anos e ganhando apenas um salário mínimo.

"DETURPAM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA COM CONTRA INFORMAÇÃO"

Seja por má-fé ou falta de conhecimento, ficou a errônea ideia de que mexer na Previdência é ruim, diz especialista.

Conteúdo do jornal O Estado de S.Paulo. Texto e entrevista de Alexa Salomão, O Estado de S.Paulo

Pelas estimativas de Leonardo Rolim Guimarães, ex-secretário de Previdência e consultor de Orçamento da Câmara dos Deputados, até o início de junho a Reforma da Previdência passa. O maior esforço agora é derrubar "a argumentação falaciosa" que prejudica a tramitação no Congresso e a compreensão do cidadão. "A comunicação foi muito deturpada", diz ele. A seguir, trechos da entrevista.

Estadão - Dá para estimar em quanto tempo o governo vai garantir maioria para aprovar a reforma?

Eu estimo que, entre final de maio ou início de junho, o governo já tenha todos os votos de que precisa.

Estadão - Por que está demorando mais tempo do que o previsto?

Essa reforma é difícil de qualquer jeito, ainda mais em ano pré-eleitoral, e a sua comunicação, em tempos de redes sociais, foi muito deturpada.

Estadão - Deturpada em que sentido?

Chegou para as pessoas que a reforma é ruim, negativa e desnecessária. Muitas mentiras foram colocadas na internet, de forma totalmente irresponsável. As pessoas já são resistentes às mudanças e leem essas coisas, já viu: basta que alguém fale algo que elas se convencem logo e ficam contra. Era de se esperar, nesse cenário, que o governo tivesse dificuldade. Apesar de o governo até ter uma base muito mais ampla que os três quintos necessários para a aprovação, uma quantidade considerável de parlamentares realmente ainda não está convencida da real necessidade da reforma. Eles ficam perguntando se não dava para esperar, se é tão grave assim. A gente vai lá, explica: olhe, a reforma está atrasada.

Estadão ´Atrasada em quanto tempo?

Voltando lá atrás. Fernando Henrique Cardoso, quando presidente, fez uma reforma na Previdência. Nem de longe, porém, ela foi o que ele pretendia. O texto que saiu do Congresso ficou bem aquém do que era preciso. Resultado: foi uma reforma importante, mas não resolveu o problema. Em pouco tempo, foi preciso fazer outra. Mas a mesma coisa aconteceu no governo de Lula: ele mandou um projeto muito mais ambicioso, o que saiu foi menos. Em 2011, criamos grupos de trabalho com aposentados, com centrais sindicais. Era para o governo ter apresentado uma proposta, mas não saiu. Em 2015, Dilma Rousseff retomou a questão, anunciou que faria a reforma. Novos grupos foram criados. Mas veio o impeachment. Aí entra o governo de Michel Temer. Tem gente que diz que agora estão acelerando a discussão da reforma. Não. São uns 10 anos de atraso, se pensarmos que devia ter saído no governo Lula.

Estadão - O sr. mencionou que a reforma de FHC foi diluída e não resolveu o problema. O que seria "resolver o problema"?

Garantir que o governo vai ter dinheiro no futuro, para poder pagar a aposentadoria de quem é jovem hoje e, lá na frente, vai ser velho. Garantir equilíbrio dos benefícios concedidos entre ricos e pobres. O Barroso está certo no que disse (no sábado passado, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, defendeu a Reforma da Previdência, alegando que o modelo atual transfere renda dos mais pobres para os mais ricos). O nosso sistema previdenciário é altamente regressivo. A reforma vai melhorar a distribuição de renda. Digo o mesmo sobre os jovens. Tenho pena dos jovens que são contra. Essa reforma é para eles.

Estadão - Não vai ter dinheiro mesmo?

Não tenha dúvida: não vai ter. A conta é simples. Há 20 anos, o sistema tinha metade dos aposentados que tem hoje. Em 2050, serão o triplo do que temos hoje, mas a quantidade de pessoas contribuindo vai ser praticamente o que temos hoje. Você já cobre esse buraco usando dinheiro de impostos. Quem paga mais impostos? Os mais pobres. Barroso está certo: tiramos dinheiro dos mais pobres para dar de aposentadoria aos mais ricos. E se hoje a sociedade já não consegue pagar, já tem um rombo, como vai pagar no futuro? Já estamos tirando dinheiro de educação, de saúde, de investimento, de ciência e tecnologia para cobrir a Previdência. Não precisa ser expert em matemática para ver como será no futuro.

Estadão - Como militares ficaram de fora e aposentadorias especiais prevalecem, fica a impressão de que a reforma prejudica os pobres.

O que acontece no debate sobre a reforma hoje aconteceu nos debates anteriores. A elite brasileira sempre foi vampira, sanguessuga. São pessoas inteligentes, bem formadas, competentes. Mas usam os pobres como escudos. Para defenderem os seus privilégios, criam toda uma argumentação falaciosa, para que os pobres e os jovens, os grandes beneficiários, fiquem contra. Toda ênfase dessa reforma preserva os mais pobres e tira privilégios da maioria dos funcionários públicos. Gente como eu e o Marcelo (Caetano, secretário de Previdência), funcionários públicos, somos odiados pelos colegas hoje. Quem se aposenta mais cedo? Quem tem emprego estável, carteira assinada a vida toda ou emprego no serviço público. Pobre não tem isso. Pela regra nova fica igual para todo mundo ?" e essa é a diferença dessa reforma que irrita a elite. Acaba aposentadoria precoce, acaba a regra diferenciada, acaba a integralidade e a paridade. E a regra de transição endurece para quem ia se aposentar cedo. Obriga a criação de Previdência complementar nos Estados. Todo mundo vai ter o teto do INSS. Entre os novos trabalhadores, não tem privilégio para ninguém e, entre os antigos, reduz muito dos privilégios existentes. Você tem ideia de quanto ganham os auditores fiscais, que fizeram campanha contra a reforma? Uns R$ 25 mil. Por que você acha que são contra?
Herculano
16/05/2017 09:18
ATOS FALHOS, por Merval Pereira, no O Globo

Muito interessante notar que o ex-presidente Lula, por mais treinado que seja, não conseguiu, ou não pode, escapar de alguns atos falhos durante seu depoimento ao juiz Sergio Moro, o que lhe valerá novos processos. O mais espontâneo deles foi quando admitiu que discutiu com Léo Pinheiro e o engenheiro Paulo Gordilho, em seu apartamento em São Bernardo do Campo, a cozinha do sítio de Atibaia.

Lula disse que nem se lembrava da visita do empreiteiro a seu apartamento, "mas se os dois disseram que foram, devem ter ido". Para escapar do tríplex do Guarujá, Lula enrolou-se com a cozinha: "Eu acho que eles tinham ido discutir a cozinha, que também não é assunto para discutir agora, lá de Atibaia. Eu acho", disse Lula. Como o procurador insistiu em saber o tema do encontro, o ex-presidente foi enfático: "Apenas a questão da cozinha".

O problema de Lula é que a cozinha do sítio é da mesma marca da do tríplex, e as duas foram compradas pela OAS, o que indica que as reformas dos dois foram mesmo feitas pela empreiteira, o que por si só já representaria aceitar favores indevidos de uma fornecedora do Estado.

Existem provas testemunhais aos montes demonstrando que o tríplex estava reservado para o ex-presidente e família, inclusive e principalmente o depoimento do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, que afirmou que o tríplex foi descontado de uma espécie de conta corrente que a empreiteira mantinha em nome de Lula.

Os diversos e-mails entregues aos procuradores da Operação Lava-Jato indicam que as reformas foram feitas a pedido de dona Marisa, tanto no sítio de Atibaia quanto no tríplex. São funcionários que trabalhavam no assunto e recebiam orientação para acertar com "a madame" as reformas.

O ex-presidente Lula teve que admitir dois encontros com seus delatores, apenas adocicou as versões. Renato Duque, ex-diretor da Petrobras indicado pelo PT, dissera em seu depoimento que foi convocado para um encontro com o ex-presidente em um hangar no aeroporto de Congonhas, ocasião em que Lula o interpelou sobre se teria uma conta na Suíça com o dinheiro desviado das obras da Petrobras.

A então presidente Dilma havia sido informada disso e estaria preocupada. Duque tinha, mas garantiu ao ex-presidente que não, e Lula, a Moro, disse que se satisfez com a negativa. Por essa versão ingênua, Dilma estava preocupada com a corrupção na Petrobras, e Lula convenceu-se de que não havia corrupção, já que Duque não tinha conta na Suíça.

Em outro depoimento, a mulher de João Santana disse que a presidente a alertou que as contas na Suíça eram facilmente rastreáveis, e sugeriu que mudassem o dinheiro para Cingapura. O empreiteiro Marcelo Odebrecht já a havia avisado que o governo brasileiro deveria impedir que a Operação Lava-Jato firmasse acordo com o governo da Suíça para rastrear suas contas, e advertiu que sua campanha seria contaminada. No celular, anotou: "Se eu caio, ela cai".

Na versão de Renato Duque, Lula no encontro no hangar de Congonhas ainda o advertiu: "Presta atenção no que eu vou te dizer: Se tiver alguma coisa, não pode ter. Não pode ter nada no teu nome, entendeu?" Outros dois encontros no mesmo dia em horários diferentes, com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, e Léo Pinheiro, da OAS, estavam na agenda oficial de Lula e ele teve que confirmá-los.

No relato de Pinheiro, nesse encontro em junho, o presidente textualmente fez a seguinte pergunta: "Léo, o senhor fez algum pagamento a João Vaccari no exterior?" Eu (Léo) disse: "Não, presidente, nunca fiz pagamento a essas contas que nós temos com Vaccari no exterior." (Lula): "Como você está procedendo os pagamentos para o PT?" (Léo) "Estou fazendo os pagamentos através de orientações do Vaccari de caixa dois, de doações diversas que nós fizemos a diretórios e tal". (Lula): "Você tem algum registro de algum encontro de contas feitas com João Vaccari com vocês? Se tiver, destrua".

Lula mais uma vez negou que tivesse instruído Léo Pinheiro a destruir provas, mas confirmou o encontro. Por essas contradições e indícios, considerados "provas indiciárias", os procuradores querem abrir um novo processo sobre obstrução da Justiça contra Lula. Já existe um com o mesmo objetivo em Brasília, mas em outro caso, o de Nestor Cerveró.

O ex-senador Delcídio Amaral revelou em delação premiada que foi Lula quem organizou a tentativa de evitar que o ex-diretor da Petrobras fizesse uma delação premiada. As histórias todas se encaixam e formam um quadro fechado sobre a atuação do ex-presidente contra as investigações da Lava-Jato.
Herculano
16/05/2017 09:17
ESCOLA NÃO SALVA A DEMOCRACIA, por Hélio Schwartsman, no jornal Folha de S. Paulo

Educação melhora a qualidade do voto? Trocando em miúdos, se nossas escolas fossem melhores, correríamos menos risco de eleger bandidos ou aventureiros no próximo pleito presidencial? Infelizmente, a resposta é "não".

A ideia de que a democracia é um processo no qual cidadãos bem informados analisam desapaixonadamente as propostas em debate e escolhem a mais conveniente é sedutora, bastante popular e, lamentavelmente, errada. Não é que seja impossível que algum eleitor siga esse roteiro, mas o que várias décadas de estudos empíricos mostram é que essa está longe de ser a regra.

Um exemplo eloquente é o da fluoretação dos reservatórios de água. Do ponto de vista científico, não há dúvida de que a medida é excelente. Ela previne cáries a um custo irrisório. Nos EUA, nos anos 50 e 60, inúmeras cidades a adotaram; outras, porém, julgaram que era mais democrático submeter a questão a plebiscito. Nessas, a taxa de rejeição da proposta foi maior, chegando a 60%. E se enganam aqueles que acham que a recusa estava confinada aos rincões ignorantes da América.

Cambridge, em Massachusetts, onde têm sede Harvard e o MIT, está entre as cidades que rejeitaram o flúor. Não uma, mas duas vezes. O livro "Democracy for Realists", que já comentei aqui, traz vários outros exemplos de que as relações entre educação/informação e deliberação democrática são muito mais complexas e surpreendentes do que se supõe.

O ponto central é que as pessoas tendem a usar critérios muito mais calcados em emoções e impressões do que na razão para tomar suas decisões. Pior, eleitores são frequentemente vítimas de vieses cognitivos e pressões sociais contra os quais a escola pode muito pouco.

A democracia só não é um caso perdido porque ela, no mais das vezes, consegue ao menos evitar que indivíduos de campos políticos opostos troquem tapas e tiros nas ruas.
Herculano
16/05/2017 09:15
AS FEMINAZIS E AS MULHERES DO BRASIL, por Miguel Almeida, em O Globo

O belo é tão necessário quanto a fotossíntese e a erótica de Anaïs Nin

Quis o acaso (ou o destino) colocar no mesmo tempo cronológico três mulheres - Iolanda, Monica e Adriana - e a ludita guerrilha feminazi. Mais uma gargalhada da história.

A guerrilha feminazi se caracteriza por uma insistente caçada nem sempre aos homens mas em especial às mulheres bonitas, independentes e inteligentes (não necessariamente nessa ordem).

É espécie de missão catequizadora de extermínio da individualidade feminina. Fernandinha Torres, Juliana Paes e Emma Watson (é o alinhamento da Internacional Feminazi) tiveram suas meias desfiadas (arranhadas?) após saírem da conduta ditada por um códex rígido, azedo e fascista. Outras sofrerão nas unhas mal cortadas da milícia que esconde o rosto.

São as Sem Esmalte.

E preconceituosas, porque renegam a importância da biologia da beleza. O belo é tão necessário quanto a fotossíntese e a erótica de Anaïs Nin.

O códex aplicado pelas proto-feministas segue uma linha tênue de proximidade com o olhar histórico adotado pelo politicamente correto. Você critica os fatos do passado com o conhecimento do presente e desce a borduna nos fatos do presente com a insensibilidade dos mercadores de escravos.

São abolidas as nuances históricas de percepção e de política. Para um fácil entendimento e compreensão, ajuda, é perfeito: a complexidade é mortal aos palanqueiros necessitados de dividir o mundo entre o mal e o bem. Ou: eles e nós.

No caso, homens e mulheres, apartados, clivados.

A brigada se mobiliza em caçadas exploratórias, em expedições de justiçamento e nas dissoluções de independência. Lembra muito os métodos de Zé Stalin de dilapidação de biografias. Aos adversários são destinados insultos, infâmias e aleivosias disfarçadas de aconselhamentos.

Outro dia a ex-ministra Eleonora Menicucci foi derrotada num processo contra o ator Alexandre Frota. A sentença saiu da lavra de uma juíza, condenando-a a pagar R$ 10 mil. A reação revoltada da ex-ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres (um dos 40 ministérios da ex-Dilma) anotou que sua invertida partiu de uma mulher. Esperava que a questão de gênero se sobrepusesse a uma interpretação jurídica. Julgada por uma mulher, imaginou, teria ganho de causa, porque afinal também é mulher.

Parece lógico, mas não é: se trata de uma tentativa de intimidação. Da brigada feminista contra as mulheres. Há um esforço de uniformizar as análises e os procedimentos.

A atriz Juliana Paes declarou que era uma feminista adepta de batom vermelho e salto alto. A patrulha reagiu ao uso do batom vermelho, ao salto alto e à sua condição de ser feminista. De novo, um esforço concentrado em desfavor da biologia da beleza.

Dorothy Parker, famosa por seu humor cáustico, deveria ser leitura de cabeceira por conta de sua postura de dar de ombros. Preferia colecionar a rasgar sutiãs? Sem hastear bandeira, foi feminista radical e avançou palmo-a- palmo nos espaços literários americanos dominados por homens. Trouxe à literatura um olhar diferenciado, agudo, da solidão feminina frente a uma estrutura social em transformação. As mulheres brigavam por um lugar ao sol, apoiadas em suas diferenças; mas brigavam para integrar um mundo caótico, competitivo, que necessitava de mudanças. E elas queriam participar desse cenáculo tortuoso, quando poderiam se esforçar para torná-lo outro, no mínimo melhor. Ficariam doentes como os homens que o integram.

No fundo, almejavam deixar de ser súcubos para se tornar íncubos. Seis por meia-dúzia.

Pois minhas heroínas Anaïs Nin e Dorothy Parker dariam risadas desabridas no Brasil contemporâneo...

...Pois chegamos a Iolanda, Monica e Adriana.

Nunca antes neste país o povo trabalhador se deparou com tantas mulheres envolvidas em tamanhas falcatruas. Sinal dos tempos? Para isso que brigaram? Houve um certo orgulho quando o Brasil elegeu uma mulher como presidente. Tolice, esse raciocínio, essa agenda é ultrapassada: gênero, raça ou origem social não deveriam pautar processos eleitorais.

______

Foi-se Antonio Candido, meu vizinho paulistano nos Jardins. Com frequência o encontrava na Alameda Pamplona, em passos lentos, bengala à mão, boina à cabeça, jaqueta azulada, na sua elegância circunspecta. Eu gritava de longe ?" Professor -, ele estancava, sorria, e me apertava as mãos com força. Candido, antes de pensador privilegiado, foi estilista, com texto acondicionado em poderosa estrutura e recursos linguísticos desconhecidos ou distantes à maior parte de seus colegas acadêmicos. Como escrevia bem? E seu bom humor era notável pelo refinamento. Era o último dos chato-boys, em alcunha dada à turma da "Clima" (Paulo Emilio Salles Gomes, Décio de Almeida Prado e outros), por Oswald de Andrade. Casado com sobrinha de Mário de Andrade, professora Gilda de Mello e Souza, soube como poucos juntar os Andrades, Mário e Oswald, duas facetas do Brasil teimosamente transformadas pela inquisição intelectual em Fla x Flu, opositores, quando deveriam estar na mesma arquibancada: o amor e o humor.
Herculano
16/05/2017 09:05
A CAMPANHA CONTRA DORIA

Conteúdo de O Antagonista.João Doria conta com a internet.

Ele conta também com a hostilidade da velha imprensa.

A Folha de S. Paulo, hoje, publica uma entrevista com o prefeito de Santos, que defende a candidatura de Geraldo Alckmin a presidente da República.

No mesmo jornal, um colunista petista, Bernardo Mello Franco, compara João Doria a Fernando Collor.

E outro colunista petista, Nabil Bonduki, secretário de Fernando Haddad, acusa João Doria de ser um gestor antiquado.

A Folha de S. Paulo já está em 2018.
Herculano
16/05/2017 09:03
LULA FORA DE 2018

Conteúdo de O Antagonista. A Lava Jato, na última semana, deu um nó em Lula.

Isso fez com que o PT voltasse a procurar um candidato para 2018.

Diz a Folha de S. Paulo:
"A certeza de que a delação de Antonio Palocci deve levar o ex-presidente Lula mais uma vez ao centro da Lava Jato intensificou conversas dentro do partido sobre um plano B para a disputa presidencial de 2018".

O PT está à procura de um candidato em 2018.

Mas não há ninguém que possa ocupar o lugar de Lula.

Segundo a Folha de S. Paulo, "são lembrados como opções Fernando Haddad e Jaques Wagner. Ciro Gomes, apontado como alternativa de fora do partido, desagrada parte dos petistas, como o presidente da sigla, Rui Falcão".

De fato, um é pior do que o outro.

O PT precisa de um plano E.

A Polícia Federal indiciou Lula por corrupção passiva em novo inquérito da Operação Zelotes, informa a TV Globo.

A investigação é sobre a edição da chamada MP do Refis, que estendeu a vigência de incentivo fiscal às montadoras e fabricantes de veículos instalados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O incentivo seria extinto em 31 de março de 2010, mas foi prorrogado até 31 de dezembro de 2015.

Também foram indiciadas outras 12 pessoas, incluindo Gilberto Carvalho, Erenice Guerra, Carlos Alberto de Oliveira Andrade (Caoa) e Paulo Ferraz (Mitsubishi).
Herculano
16/05/2017 07:29
O LEGADO DE TEMER, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Presidente compreende as circunstâncias excepcionais que o levaram ao poder e tem a exata dimensão do papel que a História lhe reservou

Passado pouco mais de um ano desde que assumiu a Presidência da República ?" após o processo de impeachment que culminou na cassação do mandato de Dilma Rousseff ?", o presidente Michel Temer compreende as circunstâncias excepcionais que o levaram ao poder e tem a exata dimensão do papel que a História lhe reservou. É o que se depreende da entrevista exclusiva concedida aos jornalistas João Caminoto, Carla Araújo, Marcelo Beraba e Eliane Cantanhêde, do Estado, publicada na edição de domingo passado.

Administrador da massa falida legada pela inépcia e pela incúria de sua antecessora ?" e também pela sanha criminosa que permeou sua gestão, a serem verdadeiras as acusações que lhe são feitas por dois de seus colaboradores próximos, os marqueteiros João Santana e Mônica Moura ?", Temer elegeu o combate ao desemprego como a principal marca de seu governo. "Meu principal objetivo é combater o desemprego. Se não conseguir, aí sim você pode dizer que o governo não deu certo", disse o presidente.

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de abril, a taxa de desocupação no Brasil ficou em 13,7% no trimestre encerrado em março de 2017. Foi a maior taxa de desocupação registrada pelo IBGE desde o início da medição do indicador em 2012. Portanto, o presidente Michel Temer acerta ao definir como meta principal de seu mandato o combate a um problema que aflige, aproximadamente, 14,2 milhões de brasileiros. O contraste em relação às parvoíces de Dilma Rousseff é tão expressivo que o mero diagnóstico acurado de uma mazela nacional ?" habilidade mínima que se espera de quem ocupa a Presidência da República ?" já é, por si só, digno de nota.

Para a grande maioria do povo brasileiro, o sucesso ou o fracasso de um administrador público é medido por indicadores de qualidade de vida e renda, por ações cujos resultados lhe tocam diretamente. O cidadão espera dos que administram o Estado a oferta de serviços públicos de qualidade, o bem-estar promovido pela sensação de segurança, um rígido combate à inflação que preserve o poder de compra da moeda, a geração de empregos que garantam renda e dignidade. No que compete ao Poder Executivo federal isso passa pela aprovação das reformas trabalhista e previdenciária, fundamentais para a retomada do crescimento econômico.

É imperioso registrar que sob a gestão de Dilma Rousseff o País experimentou a pior recessão econômica desde o início da década de 1930. Em 2015, a economia brasileira recuou 3,8%. Em 2016, nova queda de 3,6%. Biênio tão catastrófico só havia sido medido em 1930 e 1931, quando o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 2,1% e 3,3%, respectivamente. O desemprego recorde é o desdobramento mais perverso da irresponsabilidade populista da administração do Partido dos Trabalhadores.

Diante das circunstâncias de sua ascensão ao Palácio do Planalto, do ambiente anuviado que toma conta do País e da impopularidade de medidas essenciais que precisam ser adotadas pelo governo para a correção dos rumos nacionais ?" como a adoção de um teto de gastos públicos, além das reformas já mencionadas ?", não surpreende o índice de rejeição ao presidente Michel Temer. Entretanto, este é justamente um fator que lhe permite encampar tais projetos sem o risco de pender para o populismo daqueles que governam pensando na próxima eleição.

Tomada pelas circunstâncias, cabe à liderança política escolher o legado que pretende deixar. Lula da Silva ascendeu ao poder sustentado por apoio popular, congressual e uma conjuntura internacional favorável sem precedentes. Estivesse imbuído dos melhores desígnios, teria promovido grandes transformações no País. Hoje é réu em cinco ações penais e corre o risco de responder a mais uma, por obstrução de justiça. Dilma Rousseff assumiu o governo com o propósito de dar à política e à economia as feições de seu nacional-populismo rastaquera. Quebrou o País.

Ao assumir o governo sob condições de penúria, caberá a Michel Temer concluir a construção do que chamou de "ponte para o futuro" e nele figurar como um presidente histórico, e não apenas acidental.
Herculano
16/05/2017 07:27
LULA SUJEITO A ACUSAÇÃO DE QUADRILHA INTERNACIONAL, por Claudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais brasileiros

Já acusado de tráfico de influência, Lula pode responder por formação de quadrilha internacional, após a confissão de João Santana de que o ex-presidente esteve por trás das campanhas do marqueteiro em sete países, utilizando o esquema petista de financiamento eleitoral com recursos de caixa 2. Como no Brasil, as cinco campanhas foram pagas com o superfaturamento de contratos com empreiteiras brasileiras.

CHEFÃO INTERNACIONAL
Lula articulou o financiamento eleitoral nesses países. "Todas no caixa 2", segundo João Santana, que ainda foi designado marqueteiro.

MULTINACIONAL DA CORRUPÇÃO
Santana trabalhou para candidatos "de esquerda" no Peru, Argentina, República Dominicana, El Salvador, Honduras, Venezuela e Angola.

LULA FOR EXPORT
Lula convenceu seus aliados "de esquerda" nesses países a adotar o mesmo esquema que implantado no Brasil com empreiteiras.

ALÉM FRONTEIRAS
A procuradora Thaméa Danelon, colaboradora da Lava Jato, considera que a mesma organização criminosa atuou, de fato, em vários países.

DONA DA PETROBRAS ARGENTINA ADMITE COMPRA BARATA
A Pampa Energia admitiu, em nota, que o preço pago pelos ativos da Petrobras na Argentina (Pesa) foi "baixo". A Pesa foi vendida ao grupo do empresário Marcelo Mindlin por US$897 milhões, menos da metade do valor de mercado. A venda ocorreu em 4 de maio de 2016, uma semana antes da queda de Dilma. Esta coluna advertiu para o negócio lesivo ao Brasil em 5 de abril de 2016, um mês antes de ser efetivado.

QUEM TEM AMIGO...
A ligação dos envolvidos na compra com a família Kirchner, aliada de Dilma, foi fundamental para o "negócio da China" fechado na Argentina.

ESPELHO MEU
Leitor da coluna sabe desde outubro o que o Valor divulgou sábado: a juíza Maria Amélia de Carvalho abriu investigação da presepada.

PREJUÍZO IMEDIATO
De acordo com a ação na Justiça, o prejuízo imediato da venda à Pampa foi de cerca de US$1 bilhão (ou R$3,2 bilhões, à época).

ROSEANA DE VOLTA
Filha do ex-presidente José Sarney, Roseana Sarney deve ser candidata ao Senado pelo PMDB do Maranhão, em 2018. Mas tem gente que a pressiona a disputar novo mandato de governadora.

COMO QUALQUER UM
Ao ouvir assessores combinando almoçar logo após uma cerimônia, no Planalto, Michel Temer se ofereceu para ir junto. Com segurança discreta, foi ao restaurante "Tejo", de cozinha portuguesa, e mandou, delicioso arroz de robalo com camarão, e meia sericaia de sobremesa.

MINA DE OURO
Usar medidas provisórias para inserir "jabutis" virou mina de ouro na Câmara, desde os tempos em que Henrique Alves foi presidente. A MP 651, por exemplo, recebeu 334 "emendas" sobre temas diferentes.

LIBERTAÇÃO
O presidente do Sebrae, Guilherme Afif, lança sábado em duas favelas de São Paulo o programa que acaba a proibição absurda de formalizar pequenos empreendimentos em imóveis não regularizados.

PÚBLICO E PRIVADO
Chegou ao Palácio do Planalto denúncia que usam veículos da frota oficial para fazer "panfletagem" contra Michel Temer e o PMDB um servidor e um jornalista da empresa pública de comunicação, EBC.

TEMER EM PE
Michel Temer irá a Pernambuco esta semana para devolver a gestão do porto de Suape ao governo estadual, retirada por Dilma. Suape gera 20 mil empregos e tem R$ 50 bilhões de investimentos privados.

RECORDAR É VIVER
Três deputados discordaram do texto final da CPI do BNDES e pediram o indiciamento do ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho, agora alvo da operação Bullish, da Polícia Federal: Alexandre Baldy (PTN-GO), Arnaldo Jordy (PPS-PA) e Sérgio Vidigal (PDT-ES).

GOSTAM DE MAMATA
Não surtem efeito prático as votações convocadas pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para as segundas-feiras. Nesta segunda, não deu para juntar nem mesmo o quórum mínimo de 257 deputados.

PENSANDO BEM...
...os brasileiros ainda não sabem se a reforma política é necessária, mas não têm dúvida: é urgente reformar os políticos
Herculano
16/05/2017 07:21
LEI DE ACESSO PARA O BRASIL DE AMANHÃ, por Guilherme Alpendre, diretor da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigação), no jornal Folha de S. Paulo

A Lei de Acesso à Informação, em vigor há cinco anos, já fez história no Brasil. Revelou à sociedade que a revista vexatória, prática imposta às visitantes em presídios, é, além de humilhante, ineficaz.

Trouxe à luz contratos da Sabesp que previam benefícios a grandes consumidores de água em meio à maior seca registrada no Estado de São Paulo.

Expôs a lista de empresas e pessoas que submeteram trabalhadores a situações análogas às de um escravo. Mostrou que 1 em cada 4 pessoas assassinadas em 2015 na capital paulista foi morta pela polícia.

No entanto, na avaliação conjunta de Abraji, Artigo 19, Conectas Direitos Humanos e Transparência Brasil, esse momento enseja uma reflexão crítica sobre suas fragilidades.

Desde que o projeto de lei começou a tramitar, essas entidades alertaram para a importância de um órgão nacional independente e especializado, com poder para implementar e fiscalizar o cumprimento da Lei de Acesso em todas as esferas e níveis de poder.

Sem essa autoridade, confirmou-se o pior. No nível estadual, há secretarias avessas à transparência (destaque para o Rio de Janeiro e para todas as secretarias das áreas de segurança pública e administração penitenciária).

No municipal, há lugares em que a Lei de Acesso é ignorada. Sem mencionar a falta de transparência do Judiciário: o Poder foi considerado o menos transparente em sucessivos levantamentos realizados pela organização Artigo 19.

O uso indiscriminado das exceções previstas na norma para negar informações coloca em risco o próprio espírito da iniciativa.

Os órgãos de segurança pública e administração penitenciária não raro lançam mão do argumento de proteção da sociedade e do Estado para negar detalhar suas operações.

O Ministério das Relações Exteriores se apoia no sigilo de dados que impactam negociações internacionais para limitar acesso a documentos referentes à política externa brasileira.

Por fim, a lei abre espaço para negativas de acesso por trabalho adicional, o que dá alto grau de discricionariedade aos servidores. Há casos de órgãos que nem sequer produzem os dados a respeito de suas atividades.
Isso mostra a urgência de se investir em recursos humanos, financeiros e materiais para a gestão da informação. Do contrário, sempre será "trabalho adicional" produzir ou compilar dados.

O sigilo de informações pessoais, frequentemente alegado pela administração, não se estende a quem fez os pedidos de acesso.

Em muitos órgãos, a solicitação circula por diferentes setores com o nome do requerente. Quando estes últimos são jornalistas ou defensores de direitos humanos, as consequências podem ser graves.

Por acompanharem sistematicamente determinados setores, terminam conhecidos dos funcionários e podem ser alvo de questionamentos ou mesmo ameaças.

A lei, no entanto, avançou em alguns setores e garantiu o acesso a informações previsto na Constituição.

O jornalismo profissional aprendeu a usá-la em seu favor, contribuindo para aproximar cidadãos da administração.

Academia, organizações da sociedade civil e movimentos sociais têm incorporado a Lei de Acesso à Informação como ferramenta na garantia de direitos humanos. Agora é preciso trabalhar para aprimorar sua implementação e evitar retrocessos no que já foi conquistado.
Herculano
16/05/2017 07:16
RELATOR NÃO ABRE MÃO DO FIM DO IMPOSTO SINDICAL, por Josias de Souza

O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator da proposta de reforma trabalhista, rejeita a ideia de criar uma regra de transição para suavizar o fim do imposto sindical, que corresponde a um dia de trabalho descontado anualmente do salário dos trabalhadores em favor dos sindicatos. "Surgiu uma informação de que alguém do governo estaria negociando isso", disse Ferraço à coluna. "Não faço parte desse acordo. Como relator, estou convicto de que a contribuição sindical obrigatória tem que ser varrida. Não tenho a menor disposição de ser flexível nisso."

Ferraço deve encontrar-se com Michel Temer nesta terça-feira. Vai expor ao presidente os ajustes que gostaria de fazer no texto, já aprovado pelos deputados. Em condições normais, as mudanças forçariam o retorno da proposta à Câmara, para nova votação. Para evitar o vaivém, Temer pede aos senadores governistas que aprovem tudo como está. E assume o compromisso de promover os ajustes posteriormente, por meio de medida provisória.

Ferraço pretende registrar os termos do acordo no seu relatório. Desse modo, ele recomendaria a aprovação do texto da Câmara. Mas deixaria registradas no documento as mudanças que constarão na medida provisória de Temer. O senador enumerou algumas alterações que irá expor na conversa com Michel Temer.

- Trabalho insalubre para mulheres: "Um dos pontos que vamos ajustar diz respeito ao trabalho de gestantes e lactantes em ambientes insalubres", disse Ferraço. Hoje, é de responsabilidade do empregador zelar para que suas funcionárias não atuem em ambientes impróprios. Pelo projeto, a trabalhadora é que teria de providenciar laudo médico atestando a insalubridade do local de trabalho. "Muitas talvez façam vista grossa, para não colocar em risco o emprego. Isso não é razoável", disse Ferraço.

- Intervalo para mulheres: "Outro ponto que desejamos modificar também diz respeito às mulheres", declarou Ferraço. "Hoje, entre o turno normal de trabalho e a jornada de hora extra, a mulher tem direito a 15 minutos de descanso. O projeto aprovado na Câmara eliminou esses 15 minutos, deixando o intervalo de repouso como algo opcional. Num debate que tivemos, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), presidente da Comissão de Assuntos Sociais, disse: 'Os homens querem tirar esses 15 minutos porque não sabem o que é uma menstruação.' Vamos alterar esse trecho também."

- Jornada intermitente: "Nesse quesito, é necessário ajustar o projeto porque ele está excessivamente aberto", declarou o senador. "A jornada intermitente é específica para certas atividades de serviço e comércio ?"bares, lanchonetes, restaurante e hotéis, por exemplo. Nesse tipo de estabelecimento, o movimento costuma ser maior de sexta a domingo. Então, é natural que a empresa possa contratar um número maior de pessoas para trabalhar por dois ou três dias na semana. Mas isso precisa ser caracterizado como exceção e o projeto trata como regra, válida para qualquer atividade econômica."

Temer tenta apressar a aprovação das mudanças na CLT porque parte do bloco partidário que apoia o governo na Câmara condiciona a votação da reforma da Previdência à aprovação da proposta trabalhista pelos senadores. Os deputados não parecem dispostos a tolerar uma eventual desfiguração do texto que aprovaram sob ataques do sindicalismo. Pegam em lanças sobretudo pela preservação do trecho que extinguiu a obrigatoriedade do imposto sindical.

Em relação a essa matéria, a concordância de Ferraço é total. "Não tenho nenhum interesse em mudar isso'', enfatizou o senador. ''Seria um retrocesso inaceitável recuar para manter uma contribuição autoritária como essa.
Herculano
16/05/2017 07:12
DIÁLOGO FHC/LULA, PARA DEVOLVER A ESPERANÇA, por Clóvis Rossi, no jornal Folha de S. Paulo

No dia 2 de fevereiro, como todos os jornais noticiaram, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso visitou seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, no hospital em que a mulher de Lula, Marisa Letícia, agonizava.

FHC estava acompanhando de José Gregori, que fora seu ministro da Justiça e sempre teve destacado papel na defesa dos direitos humanos. Lula, por sua vez, chamou para a conversa o seu ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim.

Falaram sobre muitos assuntos, sobre a vida, sobre o papel das mulheres e, inevitavelmente, sobre política.

A certa altura, Amorim soltou uma frase que é corretíssima e deveria ter desdobramentos:

"Vocês dois têm a obrigação de devolver a esperança ao Brasil", rememorou o ex-chanceler à Folha nesta segunda-feira (15).

Amorim defendeu que ambos dialogassem, daí em diante, em torno de um único tema, a reforma política, com o objetivo precípuo de diminuir drasticamente a influência do poder econômico sobre as votações.

"Se não foi assim, haverá caixa 2, caixa 3, caixa 4", suspeita o ex-chanceler.

Gregori pegou à unha a sugestão do diplomata e até ofereceu a sua residência como local de um encontro entre os dois ex-presidentes.

"Já abriguei conversas desse gênero antes", lembrou o ex-ministro à Folha, após um jantar na semana passada.

O diálogo, sempre segundo Amorim, deveria levar em conta como chegar à reforma política, posto que, com o descrédito em que estão os congressistas em funções, até propostas positivas que deles saíssem estariam cercadas de desconfiança.

Amorim cita, por exemplo, a posição oficial do PT que é a de voto em lista (o eleitor vota em uma lista definida pelo partidos, em vez de fazê-lo em um candidato individualmente, como é hoje).

Trata-se de uma ideia positiva, para Amorim, mas que, no atual cenário, passaria a impressão de que os partidos estariam apenas tentando esconder seus candidatos com problemas judiciais.

Amorim não participou de nenhuma nova articulação que desse sequência ao diálogo no hospital, mas a Folha apurou que há conversas, muito incipientes, em torno da convergência das duas principais lideranças políticas do país.

São conversas, que não envolvem diretamente nem Lula nem FHC, em torno do fortalecimento da democracia, o que inexoravelmente passa pelo fortalecimento dos partidos.

Se chegarão a algum lugar, seja qual for, não está à vista, mas a ideia de "devolver a esperança ao Brasil", cobrada por Amorim, é essencial.

E, para fazê-lo, parece indispensável que FHC e Lula tenham algum tipo de entendimento, porque, como diz o ex-chanceler, "cada um deles tem liderança que vai muito além de seus respectivos partidos".

Um diálogo nesse nível seria essencial para um primeiro passo, o de reduzir o nível de crispação política entre tucanos e petistas ?"crispação estéril e histérica.

Permitiria que o cérebro prevalecesse sobre o fígado no debate político.
Herculano Sabidão
15/05/2017 19:35
Parece-me ainda mais claro o incentivo "entre linhas" a um partido, cujo simbolo tem asas. O escritor não deixa uma semana sem pautar a ex e atual vereadora. Campanha neles.

Uma audiência para nada apresentar? Tal qual, aquela no Belchior baixo, onde a comunidade compareceu, mas não tiveram respostas. Se é pra fazer audiência pública para palanque aos "cobiçados" futuros vereadores, nem precisa fazer.
Herculano
15/05/2017 18:43
POR QUE A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SANTA CATARINA VEM PROPAGANDO QUE ESTÁ FAZENDO ECONOMIA? PORQUE OS CIDADÃOS NÃO AGUENTAM MAIS PAGAR TANTOS IMPOSTOS PARA OS POLÍTICOS,SEUS ASSESSORES E ESTRUTURA; PORQUE VAI HAVER ELEIÇÕES NO ANO QUE VEM E OS CANDIDATOS A REELEIÇÃO QUEREM TER UM DISCURSO DIFERENTE; PORQUE A IMPRENSA DEPOIS DA SAÍDA DA RBS GAÚCHA DE SANTA CATARINA, ESTÁ MAIS INTERESSADA NESTES TEMAS

Veja o que diz um press relase da Alesc. Legislativo fecha pacote de economia.

Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) vai alcançar uma economia de 10,36 milhões de reais até o final de 2017. Para isso, foi determinada a substituição de policiais da ativa por aposentados com redução de subsídios, corte de gratificações por acúmulo de função e eliminação de aluguel para a Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira. O presidente do Legislativo catarinense, deputado Sílvio Dreveck (PP) adiantou que o Projeto de Lei Complementar 005 de 2017, que poderá ir a votação em breve, pretende otimizar a estrutura de pessoal e reduzir custos, com economia de dois milhões de reais por ano. Com este conjunto de medidas e outras providências, como revisão de contratos com fornecedores, a redução de custos pode chegar a 20 milhões de reais/ano.

Volto. Quem vai fiscalizar? Por enquanto é marketing para analfabetos, ignorantes e desinformados
Herculano
15/05/2017 18:35
PROCURADORIA RENOVA NO TSE O PEDIDO DE CASSAÇÃO DA CHAPA DILMA-MICHEL TEMER, por Josias de Souza

Em parecer remetido ao Tribunal Superior Eleitoral, o procurador-geral Eleitoral Nicolao Dino renovou o pedido de cassação da chapa Dilma Rousseff?"Michel Temer, eleita em 2014. Com a manifestação de Dino, o relator do processo, ministro Herman Benjamin, fica liberado para requisitar a retomada do julgamento, interrompido no mês passado para que fossem ouvidas novas testemunhas.

Para Dino, ficou comprovado que o caixa da campanha de Dilma e Temer foi abastecido com verbas espúrias. Representante do Ministério Público na Justiça Eleitoral, o procurador posicionou-se contra a separação das contas do vice e da cabeça de chapa, como pede a defesa de Temer. Prevê-se que o relator Benjamin adotará esse mesmo entendimento.

Em essência, Dino recomenda que o mandato de Temer seja passado na lâmina e que Dilma seja declarada inelegível por oito anos. Se prevalecesse esse ponto de vista, o Congresso teria de escolher em 90 dias, numa eleição indireta, o substituto de Temer. Pouca gente em Brasília acredita que isso vá ocorrer. Receia-se que o julgamento seja postergado novamente por um pedido de vista a ser formulado por um dos sete ministros do TSE.

O primeiro adiamento ocorreu para que o relator Benjamin ouvisse mais três testemunhas: o ex-ministro petista Guido Mantega, a pedido da defesa de Dilma; e o casal do marketing petista João Santana e Mônica Moura, a pedido do próprio Nicolao Dino. Em manifestação anterior, Dino já havia pedido a cassação de Temer e a inelegibilidade de Dilma. Os novos depoimentos reforçaram sua convicção.
Herculano
15/05/2017 18:32
ALMAS HONESTAS, por Ricardo Noblat, no jornal O Globo

"Saibam que estão julgando uma mulher honesta, uma lutadora de causas justas." Dilma Rousseff, ao se defender do impeachment

De que adiantou a Dilma não roubar? Sabia que dinheiro público era desviado da Petrobras e pouco fez para estancar a sangria. Aceitou que dinheiro sujo pagasse despesas de sua campanha. Sugeriu ao casal João Santana e Mônica Moura que protegesse sua fortuna transferindo-a da Suíça para Cingapura. E criou um e-mail secreto para informá-lo sobre os avanços da Lava-Jato. Se não roubou, foi conivente ou cúmplice.

POR QUE, NO PRIMEIRO MANDATO, devolveu aos mesmos partidos os ministérios dos cinco ministros que demitira por suspeita de roubo? Porque foi convencida por Lula de que precisaria do apoio deles para se reeleger. A "faxineira ética" teve vida curta... Por que, logo no início do segundo mandato, aceitou o pedido de demissão de Graça Foster depois de tê-la nomeado três anos antes para presidir e higienizar a Petrobras?

PORQUE FOSTER TROCARA DIRETORES, admitira vultosos prejuízos e proibira 23 empresas investigadas pela Lava-Jato de fazerem novos negócios com a Petrobras. Lula mandara sucessivos recados para Dilma sobre o empenho de Foster em "fechar as torneiras" que irrigavam o pagamento de propinas aos partidos. Apontada antes por ele como "a melhor gestora", Dilma simplesmente puxou o tapete de sua melhor amiga.

SEGUNDO M?"NICA MOURA, MULHER de Santana, o empresário Marcelo Odebrecht pediu que seu marido procurasse Dilma para anular as provas da Operação Lava-Jato remetidas ao Brasil pela Suíça. O marqueteiro recusou-se. Mônica levou o pedido até ela. "Eu não posso fazer nada disso, eles são loucos, eles acham que eu posso fazer o quê? Não posso me meter nisso", respondeu a presidente, irritada. Resposta errada!

FOSSE HONESTA COMO DIZ, Dilma deveria ter chamado o ministro da Justiça e ordenado que tomasse providências judiciais contra Mônica e Marcelo. Mas, não. Combinou com Mônica a criação de um e-mail secreto para que se comunicassem a salvo de bisbilhoteiros. E mais tarde, por telefone "seguro" à prova de grampo, avisou a João Santana na República Dominicana que o casal seria preso ao desembarcar de volta ao Brasil.

UM DIA AINDA SABEREMOS o que Dilma disse a Lula para barrar sua pretensão de ser candidato em 2014. Lula contava com o apoio do PT e da "organização criminosa" que roubara muito enquanto ele governou. A Operação Lava-Jato já estava nos seus calcanhares. Por aqui, presidente da República não pode ser processado por atos que praticou antes de empossado. Lula carecia de imunidade. Carece cada vez mais e desesperadamente.

S?" O DESESPERO PODE EXPLICAR, por exemplo, seu encontro no final de 2014 em um hangar do aeroporto de Congonhas com o ex-diretor da Petrobras Renato Duque. Por que um ex-presidente se reuniria às escondidas com uma pessoa encrencada com a Lava-jato? Para perguntar se Duque tinha dinheiro no exterior, contou Lula ao juiz Sergio Moro. Para mandar que destruísse provas de que tinha dinheiro escondido, afirmou Duque.

O USO DE CAIXA DOIS EM campanhas corrompe o princípio constitucional da igualdade de condições entre os candidatos. Lula e Dilma não só se valeram do caixa dois para se eleger como governaram sob um mar de lama. Roubo é roubo, não é apenas "mal feito", como Dilma preferia chamar. "Roubalheira" não é tão somente "esculhambação", como ela chamou em conversa com Mônica Moura.

POR PENSAMENTOS, PALAVRAS e obras, Lula e Dilma pecaram gravemente contra a democracia. Que paguem por isso, ou não haverá Justiça neste país.
Herculano
15/05/2017 18:30
MORO BATE O MARTELO

Conteúdo de O Antagonista. O juiz Sergio Moro já ouviu testemunhas demais no processo sobre o triplex.

Em seu despacho, ele disse:
"Este Juízo já ouviu muitos depoimentos sobre o apartamento triplex e sobre a reforma dele, não sendo necessários novos a esse respeito".

Sergio Moro negou o pedido do MPF e da defesa de Lula para ouvir mais testemunhas no processo do triplex do Guarujá.

Na mesma decisão, o juiz marcou os prazos para as alegações finais.

Diz o G1:
"A acusação terá até o dia 2 de junho, e as defesas poderão apresentar as conclusões até o dia 20 de junho".

Cristiano Zanin Martins acaba de avisar que vai recorrer da decisão de hoje de Sérgio Moro de recusar novos depoimentos no caso do triplex do Guarujá.
Herculano
15/05/2017 18:26
REFORMAR O QUÊ, COMO E PARA QUÊ? por Bolivar Lamounier, sociólogo, na revista Isto É

O Brasil vive uma crise séria e há reformas políticas em debate. A questão a examinar é o que tais reformas têm a ver com a crise. São uma tentativa de resolvê-la, ou estamos mais uma vez nos engajando nessa importante discussão sem a necessária clareza quanto aos objetivos que pretendemos alcançar?

A superação da crise requer a aprovação de medidas duras pelo Congresso Nacional. Esse, porém, foi colhido em cheio pela crise política, devido notadamente aos inquéritos relacionados à corrupção. Ou seja, temos não uma, mas duas crises entrelaçadas, ambas complexas, cada uma alimentando-se da outra.

No aspecto político, que remédios têm sido aventados? Descartemos de início a antecipação das eleições de 2018, tese desprovida de sentido prático, que as esquerdas defendem por mero oportunismo, tentando "abutrizar" as dificuldades com as quais o atual governo se depara, causadas justamente pelo desastre da precedente gestão petista.

Num diapasão mais sério, duas outras ideias têm sido ventiladas. Primeiro, acoplar à eleição de 2018 um plebiscito mediante o qual os eleitores aprovariam (ou não) a convocação de uma Constituinte exclusiva, independente do Congresso, para refazer todo o ordenamento constitucional.

Esta proposta foi lançada em manifesto à Nação pelos juristas Modesto Carvalhosa, José Carlos Dias e Flávio Bierrembach. Segundo, apressar a reforma política, para que a cláusula de barreira e o fim das coligações em eleições legislativas sejam aplicados já em 2018. Conquanto tenham méritos, essas duas ideias envolvem um evidente problema de timing: os resultados almejados só seriam alcançados em 2019, ou mais tarde.

São dois, a meu juízo, os componentes reais da crise que o Brasil já está vivendo: a resistência irracional do Legislativo e de parcelas da sociedade a reformas imprescindíveis à recuperação econômica e expectativas negativas a respeito da eleição presidencial de 2018. No momento atual, não há como descartar a hipótese de uma recidiva populista com Lula ou Ciro Gomes, cenário em que a retomada dos investimentos obviamente não se concretizará. Enquanto esses dois componentes permanecerem ativos, o País ficará patinando, com escassas chances de superar a estagnação econômica.

São dois os componentes reais da crise: a resistência irracional do Legislativo a reformas imprescindíveis e as expectativas negativas quanto a 2018
Herculano
15/05/2017 18:22
OS INTELECTUAIS NÃO APRENDEM COM A "EXPERIÊNCIA HISTóRICA"? por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo.

A atividade intelectual é um tanto solitária. Por isso, muitos parecem gente estranha, com hábitos pouco comuns. Muita leitura e silêncio podem deixar você um tanto distante do mundo. Lugares mais quietos e recolhidos são bons para a atividade intelectual. Pensar horas a fio também é uma constante nesse ramo.

Como tudo, tem "seu lado mais e seu lado menos". Um "lado menos" dos intelectuais já é conhecido desde o século 18, com o advento do Iluminismo: intelectuais facilmente viajam na maionese e falam de mundos que não existem. O homem não é o ser racional que pensavam os iluministas, nem revoluções em nome do povo se saem muito bem. Normalmente, há que matar muita gente para se chegar ao povo que muitos intelectuais têm na cabeça.

A pergunta que me faço é: os intelectuais não aprendem com a "experiência histórica", essa mesma que tanto falam por aí? Por que, muitos insistem no mesmo erro? Qual erro?

Antes de tudo, que fique claro que não creio que o capitalismo seja o paraíso na Terra nem que sua majestade, o mercado, resolva tudo. Mas, sim, creio que o Estado, quando grande e gastador, destrói a economia e a vida as pessoas, fingindo que as ajuda.

Acredito também que posições liberais (em economia, política e moral) costumam ser melhores, no meu entendimento, para formar pessoas mais maduras na lida com a realidade do que posições mais dadas ao controle da vida das pessoas, em nome do "bem" delas.

O resto é contingência e experiência de lida com esta contingência.

Dito isso, voltemos ao erro acima. O erro é o seguinte: muitos intelectuais parecem beirar a idiotia no que se refere à capacidade de dizer frases que pareçam fazer sentido, mas que, se analisadas no contexto da realidade, se revelam estúpidas.

Imagine alguém que diz o seguinte: "o modo de divisão do trabalho deve mudar no mundo". Uma frase dessas, que parece responder aos problemas mundiais relativos à vida das pessoas e seu trabalho, peca de várias formas. Quer ver?

Quem faria essa mudança? Você? Eu? Ele? Um ser iluminado? Uma comissão? Como seria escolhida essa comissão? Qual método? Quantas pessoas? Quantas reuniões ela deveria ter pra decidir? Quem decidiria quantas reuniões? Como seria feita essa reunião? Teria hierarquia dentro da comissão? Como seria essa hierarquia? Quem decidiria como seria? Qual seria essa mudança?

Uma vez "decidido" por um tipo de mudança (sem entrar no mérito de qual mudança seria nem quem disse que ela seria melhor), como seria posta em prática? Se alguém discordasse dela, como se resolveriam as discordâncias? Como se identificaria esse "modo de divisão de trabalho" exatamente?

Basta um livro "dizendo" que é assim que se dá esse "modo de divisão de trabalho" ou muitos livros? Quantos exatamente? Alguma instituição seria utilizada como credenciada para "dizer" isso? Quem credenciaria a credencial dessa instituição credenciada pra dizer qual é o "modo de divisão de trabalho" a ser mudado? Todas as forma de trabalho existentes? Ou haveria algum tipo de ajuste a formas especificas de trabalho?

Como se decidiria o quão especifica é uma forma de trabalho? Como resolver o fato de que muitas funções acabam com o tempo e outras são criadas por conta, por exemplo, de mudanças tecnológicas? Como se ajustaria essa mudança ao fator tempo? Por quanto tempo essa mudança valeria?

Cansei de fazer essa lista de perguntas que parece escapar à mente brilhante de alguns intelectuais. Soltam pérolas que, na verdade, seriam identificadas como falas de um idiota caso o agente da fala no caso não fosse visto como um cara inteligente ou um dos caras mais importantes no pensamento contemporâneo.

Outro exemplo? "O povo deveria decidir diretamente tudo na democracia." Brilhante! O povo já provou que escolhe qualquer coisa a qualquer momento. Agora, na Turquia, acabou de dar poder a um islamita autoritário que quer ser sultão.

O povo escolhe de acordo com a melhor propaganda ou a melhor retórica que atenda aos seus "pequenos" interesses cotidianos. Seriam os intelectuais idiotas?

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