15/05/2017
OS BONECOS DE KLEBER I
Retomo ao tema. Já o abordei de relance na coluna de sexta-feira, devido ao espaço físico restrito da edição impressa. Entretanto, no pouco que escrevi, fiz de forma aguda, em o “Trapiche”. A repercussão do ato e não do comentário (que é consequência do ato), dominou a semana. É simbólico. É revelador. É relevante. É esclarecedor: a Câmara de Gaspar e a base do governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e Luiz Carlos Spengler Fillho, PP, ambos ex-vereadores (Kleber foi presidente, inclusive), não querem a autonomia do atual Legislativo gasparense, para assuntos que são do “corpore” da própria Câmara. Parece que não têm problemas aos montes ao redor deles na prefeitura. Impressionante. Primeiro, a Câmara se negou à discussão para abri-la num horário possivelmente mais acessível ao povo, seus eleitores. Depois, a Câmara ia dando no canetaço R$1 milhão no seu próprio Orçamento para transferi-lo ao Orçamento da prefeitura em jogo de comadres. E para completar, nem estava refeita de uma ação chavista ou bolivariana, - a que usa o regulamento e a manobra para dar perfeição e fazer a sua própria interpretação dos fatos e atos - agora a Câmara de Gaspar se negou à simples discussão se ela pode ou não construir a sua própria sede. Vergonhoso. Deprimente. Autonomia, independência e autodeterminação, zeros.
OS BONECOS DE KLEBER II
No Stammtisch fiquei no espaço do Cruzeiro do Vale. Fui discreto e estive lá por algumas horas observando àquela bela festa, principalmente feita de jovens gasparenses. O presidente da Câmara, o vereador Ciro André Quintino, PMDB, em tom de brincadeira e amável, sob testemunhas, mas num recado sério, direto e respirando desconforto, queixou-se das minhas observações sobre ele presidente escritas neste espaço, líder de leitura e acessos. Pediu-me para esquecer dele, ser mais complacente. Estou disposto, mas não de suas jogadas como presidente de uma instituição pública relevante para a cidade, os cidadãos e que possui legitimidade para representar o povo: a Câmara de Gaspar. Como vou esquecer, se dois dias depois ele impede, com o seu decisivo voto, o de minerva, um simples pedido de audiência pública de seis vereadores, para se discutir se a Câmara de Gaspar, que ele preside, pode ou possui condições de construir a própria sede? Quem manda em Ciro? Que autonomia da instituição democrática ele defende? Por que se desgastar num problema que não diz respeito ao Executivo, mas à sua própria casa, a Câmara? Quem manda verdadeiramente nela, afinal? Quem está orientando Ciro? Por que se queimar por tão pouco e naquilo que ele próprio devia liderar perante os seus vereadores? Meu Deus! Ciro: desse jeito vai ser difícil esquecê-lo ou ser complacente.
OS BONECOS DE KLEBER III
A melhor definição para tudo isso veio da leitora que se identificou como Maria José e postou na área de comentários a seguinte conclusão sobre o patético (mais um) episódio de terça-feira na Câmara: “os sete bonecos de Kleber”. Ciro e demais: depois de pedir votos e ganharem uma vaga na Câmara, tamparam os ouvidos aos eleitores? Viraram reféns de gente que quer mandar em Kleber e no paço? É cedo demais, mas não tarde para rever tudo isso. O governo Kleber ainda não decolou, está de bengala, como ele próprio apareceu em público na semana passada no Stammtisch; coisa passageira. A Câmara de Gaspar, todavia, está arrumando muletas para os seus num ambiente em que precisa de gente pronta para disputar uma corrida de fôlego. Ora, se a prefeitura ainda não está funcionando, se grupos se boicotam no fogo amigo, se a Câmara virou um braço daquilo que não funciona, se ficou refém de aprendizes do novo poder, ela está apenas se desgastando antes da hora com fatos menores que vão enfraquece-la para os embates cruciais numa maioria que está perigosamente no limite possível. É demais. Ciro, o senhor é líder de um poder, é o negociador e fiador dessa autonomia. Votar com o Executivo por defender interesses do Executivo e do seu PMDB, é uma coisa. Agora, diminuir o Legislativo para se submeter aos caprichos de gente que manda no Executivo, em assunto que não é do Executivo, é algo bem diferente. Revela submissão e fraqueza. Vai apenas dar espaço, voz e autoridade à oposição. Afinal quem orienta Ciro e a mesa diretora da Câmara?
OS BONECOS DE KLEBER IV
Tem gente que arruma sarna para se coçar (se explicar e se desgastar); assim, do nada. Inventaram que precisam do R$1 milhão que está rubricado no Orçamento da Câmara para as obras da sede própria da Câmara neste ano de 2017 para terminar a ponte do Vale. Taí mais uma razão para a audiência pública ser realizada. É para se esclarecer, desmentir os jogadores, suas jogadas e se chegar a um acordo. Ciro não quer. A mesa diretora da Câmara não quer. Kleber não quer. Os que mandam no Kleber não querem. “Mas, Herculano”, tocou o telefone para mim. “O Kleber não tem nada a ver com isso. Foi uma decisão dos vereadores”. A minha resposta. Vão tentar primeiro convencer os analfabetos, ignorantes, desinformados e os da claque, inclusive os da imprensa que não perguntam porque são convencidos a isso e por razões já conhecidas. Se é verdade o que insistem, qual a razão do líder do governo, ou seja, o porta-voz do prefeito Kleber na Câmara, o vereador Francisco Hostins Júnior, PMDB, defender e orientar a bancada governista contra audiência? Deveria ter ficado quieto, então! E para arrematar: todos sete vereadores que apoiam Kleber, votaram contra o requerimento, incluindo o voto desempate de Ciro, o presidente. E Kleber não tem nada a ver com isso? Conta outra!
OS BONECOS DE KLEBER V
Resumindo: Kleber, ou os que mandam de fato no seu governo, mais uma vez, meteram o bedelho na necessária gestão autônoma Câmara. Ali não é a alçada da prefeitura dizer o que deve ser feito administrativa e contabilmente. Politicamente, sim (e concordo, pois é do jogo de contrapesos). O prefeito Kleber e o PMDB de Gaspar parecem que gostam de ficar expostos, como fracos e perdedores. Quem orienta, ou leva, Kleber nessa e outras armadilhas? Os interesses? Os negócios? A divisão de poder do bolo? O ressarcimento de investimento na campanha? A medição de poder e poderosos entre eles próprios? Mas, e o bem comum dos gasparenses, onde fica? Quem paga tudo isso? Afinal qual a diferença entre a administração do PT e do PMDB/PP? Hostins justificou que não há sequer projeto para a construção da nova sede da Câmara? Ótimo. O que o governo de Kleber tem a ver com isso? Quem tem que mostrar o tal projeto é a Câmara, os vereadores que convocaram a tal audiência pública; os que querem palanque e holofotes. É lá na audiência, o fórum ideal para discutir esse assunto, armar o circo e desmoralizar quem pediu e não se preparou para a audiência. Ou há alguém com medo da demonstração dos interesses que se escondem? Kleber ainda não conseguiu por sob o seu controle e administrar o município; agora quer e insiste em ser babá da Câmara, com os seus da prefeitura, do PMDB, PSC e PSDB? Vão ficar marcados, e pelas bobagens que patrocinam. Está na hora de pensar grande. Acorda, Gaspar!
LADY FRAN I
A mais jovem vereadora eleita em Gaspar, a jornalista Franciele Daiane Back, PSDB, é um poço de incoerência ululante. Num vídeo que ela fez na semana passada na sua rede social para seus eleitores e eleitoras do Distrito do Belchior, Franciele afirmou que não é populista (será que ela sabe o que é ser populista ou cabulou essa aula?). Mandou bem, mas... Ao ser questionada por um eleitor seu sobre a sua resistência para a mudar o horário das sessões da Câmara, Franciele, desdenhou. Afirmou que a proposta de um grupo de seis (dos 13) vereadores é uma ação populista. Para Franciele, antes a mudança de horário, segundo ela ao eleitor que a questionava, deveria a proposta ser debatida numa audiência pública. Bingo. Excelente. Correta. E sabe qual a razão para isso, segundo Franciele? Para saber o que o povo quer (ela como representante dele, não sabe) e as implicações dessa mudança internamente no suporte da Câmara para os vereadores no novo horário, incluindo os custos decorrentes dessa mudança. Só para lembrar à mais jovem vereadora: com menos funcionários, a Câmara de Gaspar no passado muito recentíssimo, fazia não uma sessão à tarde como é hoje e longe do povo, mas, duas e a noite, para dar melhor acesso aos eleitores e eleitoras para acompanhar seus vereadores, suas votações, suas posições e incoerências. É isso que a vereadora Franciele chama de populismo, ou seja, facilitar a participação popular?
LADY FRAN II
E veja à incoerência do discurso da jovem vereadora, que é cria e pau mandado do PMDB e do prefeito Kleber Edson Wan Dall, o qual precisa dela para ter maioria na Câmara. Franciele defendeu audiência pública para mudar o horário das sessões da Câmara. E para voltar ao que já se praticava, e que por esperteza, o mais longevo dos vereadores José Hilário Melato, PP, mudou um dia, dentro da legalidade, com apoio da maioria e para atender o seu PT. Ladainha da vereadora. Só para justificar a razão pela qual negou – no voto, parecer e discurso maroto na época - essa possibilidade das sessões serem à noite. Se faz a defesa de uma audiência pública para a troca de horários, ao mesmo tempo nega uma audiência pública, no voto, a um requerimento de seus pares que pedia simplesmente, oram vejam só, a discussão se a Câmara pode, possui condições, deve ou não construir o próprio prédio para nele se instalar e funcionar como um poder independente. Como dizia o experimentado político Tancredo Neves, “quando a esperteza é demais, ela come o dono”. Aproveitando: até agora, o PSDB de Gaspar, presidido por uma ex-vereadora, a Andreia Symone Zimmermann Nagel, que foi vítima durante mandato por não se alinhar aos incoerentes e incoerências, está providencialmente quietinho nesta situação. Ou seja, deduz-se que concorda que os vereadores não devem discutir se devem ou não construir a sua sede própria.
LADY FRAN III
Franciele é jornalista graduada em escola própria de jornalismo, um ambiente há muito e hoje majoritariamente dominado pela esquerda do atraso. É de se supor que ela conheça bem o conceito de populismo, que ela invocou para ser contra para não aprovar uma simples audiência pública que visava discutir se a Câmara de Gaspar pode ou não construir a sua sede própria ou trocar os horários das sessões. Então para Franciele não vou esclarecer nada, pois ela sabe o que está falando, afirmando e principalmente fazendo – assim como eu. Vou reproduzir aqui para os meus leitores e leitoras que possam ter alguma dúvida, um conceito muito genérico sobre populismo e uma pergunta derradeira. Populismo se “caracteriza pelo modo como um governante governa, usando estratégias e recursos que têm como objetivo angariar o apoio e confiança popular, principalmente das classes mais desfavorecidas, analfabetos, ignorantes, desinformados e seus fanáticos esclarecidos aboletados na máquina estatal e de poder. Uma das características marcantes no discurso do líder populista é a ideia de que este é capaz de resolver todos os problemas, deslegitimando o restante das instituições democráticas e partidos políticos, tomando, para isso, medidas autoritárias”. O que fez Franciele? Deslegitimar o ente democrático Câmara de Gaspar à qual pertence? Se Franciele não acredita na dialética democrática da própria Câmara, o que ela faz lá? Então quem é o populista nesta história? Os que pedem uma audiência pública ou o quem a nega? Acorda, Gaspar!
ILHOTA EM CHAMAS I
Não é fácil, o erro ou a esperteza dos políticos administradores públicos. Veja o que foi publicado na quinta-feira, dia 11, no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e que não tem hora para sair: “Lei Complementar nº 67/2016, republicação por erro. A publicação do dia 25/05/2016 não trouxe as alíneas ‘f’ e ‘g’ do artigo 3º. altera dispositivos da lei complementar nº 16, de 20 de dezembro de 2007, que institui o código urbanístico do município de ilhota e dá outras providências”. Reparem o que está se corrigindo: uma publicação de 25 de maio do ano passado. E coisa grave. Ninguém viu. Ninguém reclamou. Ninguém fiscalizou, inclusive a Câmara onde a lei foi aprovada. É assim que funciona as coisas nos grotões. É preciso o Ministério Público pôr o olho e ver se alguém teve benefício com essa “omissão” de texto expresso da lei. Meu Deus!
ILHOTA EM CHAMAS II
O que o ex-prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, “esqueceu” (ou suprimiu?) de publicar e até esta semana ninguém havia notado, mas é essencial para a aprovação ou regularização de edificações em Ilhota?
“Art. 3º. Para que sejam viáveis e aprovados empreendimentos do tipo “Loteamentos ou condomínios”, residências, comerciais ou industriais solicitados nas propriedades ou áreas que forem classificadas como ZEUI – Zona de Expansão Urbana e Industrial, o empreendedor deverá fazer constar em seus projetos, executar e doar sem custos a municipalidade toda benfeitoria necessária para integrar as propriedades e empreendimentos as áreas urbanas e sistemas viários do município, assim, ao empreendedor caberá:
I- Ligação do empreendimento ao sistema viário existente, devendo projetar, executar e doar:
a. Pavimentação asfáltica, lajotas ou outro tipo de pavimento que for usual na área ou indicado pela municipalidade. Devendo essa pavimentação ser continua e ininterrupta até a via pavimentada mais próxima as ruas e rodovias existentes e legalmente instituídas que contenham pavimentação;
b. Sinalização viária em todo o trajeto de acesso ao empreendimento;
c. Iluminação pública em todo o trajeto de acesso ao empreendimento;
d. Drenagem pluvial em todo o trajeto de acesso ao empreendimento;
e. Melhorias em redes de distribuição de água, energia, gás e comunicações que existam em todo o trajeto de acesso ao empreendimento;
f. Terminais de transporte coletivo, devendo apresentar estudo que justifique a quantidade do número de terminais apresentados, prevendo um crescimento da demanda para os próximos vinte anos a contar da data do término das obras do empreendimento;
g. Projeto, execução e aparelhamento de uma edificação para servir como centro comunitário multiuso, o qual propicie a instalação e implantação de ambulatório ou unidade de policiamento e corpo de bombeiros, de forma que proporcione aos empreendimentos a garantia para cobertura da segurança pública, saúde e educação básica. Tal estrutura poderá ser um uma única edificação, desde que proporcione o funcionamento independente dos serviços de cada setor.
ILHOTA EM CHAMAS III
Aliás, aqui este assunto já tinha sido tema, quando comentei a “indústria” de loteamentos que virou Ilhota nos últimos anos. Perguntei se estavam sendo olhados o suporte que isso demandaria de serviços públicos como água, esgoto, transporte urbano, postos de saúde, escolas, creches, lazer segurança... Ou seja, tudo o que os dois itens suprimidos exigiam analisar e se discutir com o empreendedor e com as comunidades afetadas. Bingo. Não é a toda, que rola algo grosso sobre esse assunto na Comarca e que vem desde as eleições. Agora, cabe à Câmara (de onde saiu a lei e ela devia ter fiscalizado a sua publicação e aplicação), se tiver isenção, capacidade e coragem, bem como ao Ministério Público da Comarca, ver quem nesse período da lei valendo, sem a publicação de parte dela, se beneficiou para tornar “regular” o que não atendia os itens “f” e “g”. É preciso desnudar e punir todos os agentes públicos, políticos e particulares envolvidos.
AINDA SOBRE A SAÚDE DOENTE I
Quem lê os mais recentes longos, repetitivos, inclusive nas justificativas, decretos 7.470, do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, que “declara estado de perigo público e urgência na rede hospitalar de Gaspar”, e o 7.471, do mesmo dia nove de maio e que “estabelece a intervenção municipal por modalidade de requisição do prédio e todas as instalações físicas do hospital nossa senhora do perpétuo socorro, englobando laboratório, equipamentos médicos /cirúrgicos, de exames, recursos humanos e demais máquinas, objetos e itens que façam parte do regular e efetivo funcionamento do nosocômio para o atendimento dos que dele necessitam”, tem a clareza que pouca coisa vai mudar.
AINDA SOBRE A SAÚDE DOENTE II
A anunciada gestão profissional e terceirizada prometida pelo prefeito e a secretária de Saúde, Dilene Jahn dos Santos, especialista em gestão hospitalar e que já foi gestora do Hospital, pode ser apenas uma ação de fachada. A prefeitura ficará, pelos decretos, obrigada a socorrer o Hospital em qualquer situação, drenando os recursos que estão faltando à policlínica e nos postos de saúde. Tudo o que o PT fez, que não deu certo e até certo ponto, comprometeu a imagem da administração petista exatamente pela má gestão da saúde nos postos para sustentar o Hospital, está sendo repetido pela equipe de Kleber. Pior, vai prosseguir de outra forma em que o gestor só funcionará se houver o aporte do município. Hospital e Gaspar continuam sendo administradas como no século passado, mas com marketing próximo deste século. Isso vai custar caro ao PMDB e PP, e só eles não estão percebendo, mais uma vez.
TRANSPARÊNCIA ZERO I
A administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, ambos ex-vereadores, são experts em esconder as manobras que eles e outros urdem no Orçamento e que mandaram para a Câmara referendar. Os Projetos de Leis vão para lá com termos técnicos no título e curtas justificativas, ardilosamente vazias, construídas com um amontoado de palavras para dar impressão de nexo, tem um único objetivo: evitar discussões, esclarecimentos e polêmicas. Foi assim com o PL que tirava dinheiro do FIA; foi assim com a retirada de R$1 milhão do Orçamento da própria Câmara, o qual voltou revestido de legalidade; foi assim com outros e que a coluna desnudou; está sendo assim com o PL remetido há duas semanas para o Legislativo, o 22/2017. O que ele diz? “Altera anexo da lei nº 3.724, de 31 de agosto de 2016, que dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício de 2017, e suas alterações”. Entenderam alguma coisa? Nem a maioria dos vereadores que vão dar pareceres e votar, se espremerem eles, serão capazes de detalhar o que nada se disse.
TRANSPARÊNCIA ZERO II
O PL é um jogo de números no Orçamento que o próprio PMDB e o PP então liderado pelo mais longevo dos vereadores, mas que fazia o jogo do PT, José Hilário Melato (hoje emprestado no Samae no jogo de poder), com o hoje vice de Kleber, aprovaram naquela sessão marota, feita de afogadilho armadilhas daquele final de 2015. Não perceberam que poderiam ser poder? Estou exagerando? Então veja o que literalmente diz a justificativa de Kleber aos vereadores no referido PL: nada. “Pretende o presente Projeto de Lei modificar o Anexo II da Lei nº 3.724, de 31 de agosto de 2016, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias do Município de Gaspar para o exercício de 2017, e suas alterações” (isso já está no título, ou seja, gastou-se tinta). “As modificações nos programas mencionados neste Projeto de Lei têm por desiderato manter o anexo em consonância com as alterações na estrutura e na nomenclatura dos órgãos e programas do Município de Gaspar, constantes na Reforma Administrativa protocolada juntamente com o presente Projeto de Lei”. Ou seja, e esclarecendo: a “nova reforma” nem é conhecida da cidade e cidadãos pagadores de impostos, nem foi debatida, nem tramitou formalmente, nem foi aprovada, mas o respectivo “orçamento”, entretanto, com as danças dos números já está tramitando embaralhando tudo.
TRANSPARÊNCIA ZERO III
Outra. O orçamento que cobre a tal “nova” Reforma Administrativa querem-na aprova-la no regime de urgência. Hilário. Quando o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi e o PT mandaram a reforma que o novo poder emenda agora, PMDB ficou na dele e votou contra, como a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, ainda no DEM. Mas, o PP, ajudou com o voto do mais longevo vereador e hoje emprestado ao Samae, José Hilário Melato. E a matéria só passou, porque Marcelo de Souza Brick e Giovânio Borges, ambos do PSD, deram votos ao PT. E qual era o argumento dos autores: economia de R$ 800 mil a R$1 milhão para os cofres e o corte de mais de 100 cargos comissionados. Duas perguntas básicas? Primeiro: ocorreu esta economia em dinheiro e cargos? Quem tem que provar é o PT e quem tem que desmentir é Kleber? Qual é mesmo a razão da mudança que Kleber quer implantar sem discutir com a cidade? Criar acomodações para as facções que o levaram ao poder? Kleber e sua gente também insinuam que haverá economia de recursos? Onde estão os números e quem pode fiscalizar isso? Então eu pergunto: qual é mesmo a diferença entre o PT e o PMDB em Gaspar?
TRANSPARÊNCIA ZERO IV
Rir é pouco. Quando o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, mandou a reforma administrativa, justificou-a, principalmente, pela economia que produzia aos cofres municipais. Nada se provou até hoje, ou pelo menos, há, no mínimo, muita controvérsia. Coisa de políticos adversários e que sobrevivem em promover ilusões aos analfabetos, ignorantes e desinformados. Mas, você leitor e leitora se lembra quais as principais mudanças administrativas aprovadas pelo governo do PT com os votos do PP e PSD? Esqueceu? Vou lembrá-los: a Ditran e o Transporte Coletivo foram parar na nova Secretaria de Administração e Gestão; o Procon na Procuradoria; Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento virou a Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil; a cosmética e provocadora de confusões com o judiciário Secretaria de Desenvolvimento Social voltou a se chamar simplesmente, Secretaria de Assistência Social; já Secretaria de Transportes e Obras virou a Secretaria de Obras e Serviços Urbanos; o Sine ficou com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Renda; e a Secretaria de Administração e Finanças foi dividida em Secretaria de Administração e Gestão e Secretaria da Fazenda; além da polêmica por causa do criador, Adilson Luiz Schmitt, que fez desaparecer a secretaria de Agricultura; além disso se criou central de compras, do almoxarifado central e do controle de frotas, para melhorar a gestão dos recursos; criação de duas ouvidorias, uma somente para a saúde, e que de fato nunca funcionaram. E para encerrar: você conhece o que Kleber, Luiz Carlos e os seus estão reformando e a razão disso? O que o gasparense vai ganhar com essas modificações? O gasparense não sabe nem mesmo o quanto ele vai pagar por tudo isso. Para quem não quer audiência pública para debater o que é da sua alçada e autonomia, a Câmara está no papel dela: marionete do poder de plantão. Acorda, Gaspar!
A JUSTIÇA QUE TARDA NÃO PROTEGE
O Supremo Tribunal Federal, a instância suprema da Justiça brasileira vem dando mostras de fraqueza de membros e que mais parecem defensores não de crenças ou do exercício da hermenêutica, mas de clientes. É uma sinalização de que a Justiça é um instrumento para beneficiar uns e punir outros, principalmente os fracos, os pobres, os adversários e sempre livrar uma ordem dominante. Clique ouça o comentário de Ricardo Boechart, apresentador do jornal da Band. E conclua.
PARA ESPECIALISTAS
O promotor público Henrique da Rosa Ziesemer, esteve em Gaspar. Foi duro na área de meio ambiente e ocupação imobiliária. Os ex-prefeitos Pedro Celso Zuchi, PT (Gaspar), Daniel Christian Bosi, PSD (Ilhota) e loteadores não têm boas lembranças dele, devido à busca dele pelo legal. O doutor Henrique saiu daqui promovido para Jaraguá do Sul e hoje está, na nona promotoria de Blumenau, que cuida exclusivamente do crime. Ele é um estudioso. No dia primeiro de junho ele lança às 19h30min duas obras na Associação do Ministério Público, Florianópolis. A “Ministério Público: desafios e diálogos internacionais” (com Vinicius Secco Zoponi) e a segunda edição revisada e atualizada de “Direito Institucional, comentários ao Regime Interno do Conselho Nacional do Ministério Público”. A editora é a Lumem Juris. As obras têm um público específico: bibliotecas, promotores, advogados e alunos dos cursos de Direito no Brasil.
Como funciona. A duplicação da BR 470 está empacada. As obras viárias federais, incluindo as de manutenção paradas ou uma lástima. Mas, os políticos continuam empregando (e com polpudos vencimentos e criando despesas) seus afilhados ou políticos sem competência e votos. Veja esta.
O deputado Federal Jorginho Mello, PR, é da base do governo Michel Temer, PMDB. Mas, ele é contra as reformas Trabalhista e principalmente da Previdência. Entre muitos cargos por ser da base do governo, Jorginho tem a estrutura do Dnit, incluindo a indicação do superintendente catarinense, Vissilar Preto, da sua base eleitoral do meio-oeste.
Tudo herdado do governo do PT de Dilma Vana Rousseff que desgraçou o Brasil e os brasileiros, a quem o PR e Jorginho apoiaram. Se Jorginho não vai apoiar as reformas como faz questão de dizer com todas as letras, Temer vai continuar a passar a mão na cabeça mais uma vez do rebelde Jorginho garantindo empregos à sua estrutura partidárias e eleitoral com o dinheiro dos pesados impostos dos brasileiros?
Querem mais outra? Eu sempre escrevi aqui sobre o crime que o governo de Santa Catarina comete contra o dinheiro dos catarinenses ao sustentar um cabideiro de empregos para políticos sem votos e seus apadrinhados sem capacidade para disputar uma vaga em qualquer lugar decente ou competitivo.
Você sabe qual foi o custo de manutenção em 2016 das 35 Agências de Desenvolvimento Regionais? Absurdamente R$ 247 milhões. Quanto elas, com este altíssimo custo, realizaram de investimentos em favor da sociedade? Apenas R$225 milhões, ou seja, menos do que ela custou. É ou não é um crime administrativo? E o governo de Raimundo Colombo, PSD, perdendo todos os vetos na Assembleia que criam mais despesas e favorecem os políticos no jogo pela busca dos votos dos analfabetos, ignorantes e desinformados.
Esse cabideiro foi criado pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira, PMDB, para se eleger e acomodar os sapos, cobras e lagartos numa mesma balaia da enganação. O prefeito de Lages, Raimundo Colombo, PSD, prometeu extingui-lo, até receber o apoio de Luiz Henrique e do PMDB. E aí, ficamos com a pesada conta dessa gente sanguessuga.
Como funciona. Vagner Cesar Campos Maciel é funcionário da Câmara de Gaspar na área de Comunicações. Pois bem, agora, os vereadores decidiram que os gasparenses vão pagar um curso de fotografia de R$ 1.677,00 para o rapaz, habilidade que ele já deveria ter quando foi contratado para atender os vereadores. Acorda, Gaspar!
Mario Sabino, ex-editor-chefe da revista Veja, e hoje sócio de O Antagonista, bem lembrou no twitter: na Segunda Grande Guerra, o estadista francês Charles De Gaulle, leu a inscrição “Morte aos cretinos” num Jeep militar. Seu comentário, então foi: “É um vasto programa”. Retomo: alguém possui a mínima dúvida?
Começou. Santa Catarina possui um governador que ainda não deixou a prefeitura de Lages. Agora, o deputado Federal João Rodrigues e o deputado estadual Gelson Merísio (já foi presidente da Assembleia), ambos do PSD, acabam de fazer manchetes afirmando que o Oeste precisa um projeto para fazer um governador de lá.
Ou seja, os candidatos, não compreenderam que vão ser eleitos e governar para os catarinenses e com os votos de todos, os quais possuem o mesmo valor.
Veja como funciona. A prefeitura de Gaspar mostra que há transparência na compra de mercadorias. E até propaga que foi mais adiante com a tal transmissão ao vivo dos atos. Mas, o que aconteceu no dia nove de maio?
O credenciamento 2/2017 para “estabelecimentos comerciais para o fornecimento de gêneros alimentícios, em atendimento ao serviço de atenção à família em situação de risco social através do Auxílio Cidadão”.
O credenciamento se deu às oito horas da terça-feira, dia nove de maio. O edital foi publicado exatamente no dia nove de maio, terça-feira, no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem hora para ser publicado. E saiu só a tarde, quando tudo já estava consumado.
Para piorar, o edital foi republicado no Diário Oficial do dia 10, quando o ato, em tese, já havia sido realizado, no dia anterior. Acorda, Gaspar!
Tem político em Gaspar e Ilhota quando lê esta coluna respira aliviado. Supõe que o tema foi devidamente esquecido por mim. Ledo engano. Só postergo, devido à limitação de espaços. Então a tensão é permanente, confidencia-me um deles.
Uma definição momentânea mais atualizada de petista e de militante da esquerda do atraso: “petista é aquele que acreditava em João Santana quando ele mentia na campanha de Dilma Vana Rousseff (a que já foi guerrilheira Janete e agora é Iolanda, em homenagem, vejam só, à mulher do general ditador Arthur da Costa e Silva) e não acredita agora quando ele fala a verdade na Justiça”.
Ilhota em chamas IV. Virou rotina na Câmara Municipal de Ilhota, “dispensar” o trâmite pelo rito regimental dos projetos de lei ordinária. Aconteceu mais uma vez nos PLs nº 21, 22, 23, 24/2017, possibilitando sua leitura e deliberação em um único turno de discussão e votação na mesma sessão extraordinária. Tem gente de olho nesse exagero.
Ilhota em chamas V. Um problema sem fim. Ilhota vai fazer mais uma vez uma “licitação” para ter emergencialmente caminhões coletores de lixo. Será no dia 23 de maio. O discurso do prefeito Érico de Oliveira, PMDB, que eleito, resolveria esse problema em pouco tempo, até agora não deu sinais quando acontecerá.
Ilhota em chamas VI. Do outro lado desse problema, foi renovado por apenas oito meses o contrato dando a destinação do lixo recolhido em Ilhota. Até o 31 de dezembro está garantido o depósito na Recicle, em Brusque.
Ilhota em chamas VII. O reajuste foi de 4,5710%. Passou de R$ 187,20 para o valor de R$ 195,75 a tonelada depositada lá. Calcula-se uma média de 300 toneladas por mês. Fazendo-se as contas, o contrato é para 2.400 toneladas, e a prefeitura terá que desembolsar, por baixo, R$ 469.800,00.
Começou a época de compras na prefeitura de Gaspar: no dia 23 é para comprar de medicamentos, no dia 24 para óleo lubrificantes, no dia 26 para solda e usinagem.
Samae inundado. De quem o Samae de Gaspar está comprando macadame? Da Balneário Materiais de Construção, CNPJ 00.874.055/0001-20.
Se tudo correr como o programado, no dia seis de junho a prefeitura de Gaspar licita a reforma da cobertura e muro do CDI Tia Maria Elisa.
Nada mudou no atual governo. Já é a nona portaria que o governo Kleber Edson Wan Dalll, PMDB, assina para prorrogar o prazo para conclusão dos trabalhos da comissão permanente de sindicância e processo administrativo disciplinar.
A sessão da Câmara hoje está morna. Nenhum projeto em discussão e votação. Nada assim tão importante. Mas, está na pauta um requerimento para que “autoriza a realização de audiência pública para discussão de questões pertinentes ao transporte público escolar integrado no bairro Bela Vista”.
Como isso rende votos na comunidade de lá, será aprovado. Se fosse para esclarecer e apontar a inércia dos políticos, seria vetado, como aconteceu na terça-feira passada, com o caso se a Câmara pode ou não, ao menos, discutir a construção da sua sede própria.
Onde está parado este carro que serve a prefeitura de Gaspar? No local destinado à deficientes. Faltam consciência, cidadania antes do respeito às leis de trânsito.
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