22/01/2018
Era sexta-feira. Mais um dia depois de um ano de governo. Sem ter o que anunciar como uma promessa de campanha cumprida. Uma necessidade política imensa para dizer que está trabalhando duro; realizando pelos gasparenses. Então, cercado de iluminados (a maioria deles estão nas fotos para fazer volume e aplaudí-lo) e orientado pela superintendência de Comunicação – a que falha permanentemente -, o prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, convocou a imprensa, a que não pergunta, ao auditório da prefeitura. Tudo em busca de manchetes e voltar ao noticiário.
Novidades? Que nada! Era para ouvi-lo no óbvio, no necessário e que é inerente à sua função: de que havia assinado o decreto de situação de emergência para o município de Gaspar. Ele e sua equipe apuraram, até nos centavos, os prejuízos da última enxurrada: R$2.736.580,00. Com o decreto e com sorte, Gaspar vai conseguir um dinheirinho nos governos Federal e Estadual para cobrir parte dos prejuízos e os comprovadamente atingidos, terão o Fundo de Garantia, se tiverem ainda saldo, liberados para também mitigar os eventuais prejuízos que tiveram contra o patrimônio.
Sobre a falta de mais de 1.100 vagas nas creches de Gaspar, nada! Sobre a anunciada implantação imitação de Anel de Contorno e que fragiliza o secretário técnico que Kleber contratou para fazer a diferença nesse assunto, nada! Sobre o crítico funcionamento dos postinhos de saúde, policlínica e das farmácias básicas que deixa os pobres e doentes em filas e piorando na doença, nada! Sobre a retificação, alargamento, urbanização e asfaltamento da Bonifácio Haendchen e da Vidal Flávio Dias, ambos no Belchior Baixo e Central, nada! Sobre o projeto para melhorar a iluminação urbana, com mais tecnologia e menor custos para os gasparenses depois da equipe de Kleber aumentar a Cosip em 40% na Câmara, nada! Sobre como melhorar o atendimento dos consumidores do Samae reféns de sucessivos erros técnicos banais, nada! Sobre tudo o que prometeu na campanha para ser realidade nesse primeiro ano de governo, nada! Sobre a concessão do serviço público de ônibus urbano, que funciona a título precário por quem nem experiência tem no assunto, nada! Sobre como vai lidar com a suposta minoria na Câmara, nada! A tal burocracia, não deixou fazê-lo o que prometeu, reclama aos que cobram. Os seus “estrategistas” falharam, mas eles e o prefeito culpam os outros e até a imprensa que ousa tocar nesses assuntos. Então paro aqui. A lista é comprida.
O prefeito Kleber, o vice Luiz Carlos Spengler Filho, PP, o prefeito de fato, o secretário da Fazenda e Gestão Administrativa, e presidente do MDB de Gaspar, a sua equipe e a assessoria de imprensa precisaram de um desastre natural para criar um factoide, convocar a imprensa e dizer que está fazendo o que qualquer um no lugar dele, por obrigação, faria. Os outros prefeitos da região fizeram a mesma coisa: assinaram o tal decreto de emergência. Entretanto, ao invés da “coletiva”, postaram e distribuíram “press release”, assessores lançaram-se às entrevistas, alguns deles, até mostrando ao povo como antes do decreto e por sua iniciativa – e obrigação, pois foi para isso que se elegeu - em favor do povo, resolveram o que a enxurrada estragou.
Administradores de primeira viagem, ou fracos e principalmente, os orientados pelas velhas raposas da velha política em vestes de novos, usam o desastre, o acidente, o temporal, a enxurrada, a enchente, para montar o palanque e dele arrotarem discursos de vítimas. E por quê? Para com isso, diminuir à responsabilidade daquilo que prometeram realizar e não conseguem por fatores bem conhecidos da sociedade. Gestores de verdade, fazem do problema uma solução diferencial. Os fracos, nem isso conseguem. Sentem-se vítima do ocaso, dos adversários, das leis que impede à farra nessa hora emergencial, dos críticos e da imprensa que não se alinha com a fraqueza administrativa.
Quem é mesmo orienta o prefeito Kleber. Resta-lhe ao seu grupo de beneficiários, a vingança e repetir as administrações de Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho e Adilson Luiz Schmitt. O resultado será inevitável. Acorda, Gaspar!
Na administração de um modo geral e não me refiro unicamente ao setor público, há um conceito clássico, verdadeiro e ao mesmo tempo, trata-se de uma advertência para a essência do perigo: um grande problema se torna grande para o administrador, quando o gestor permite o acúmulo de pequenos problemas não resolvidos. É desastroso. Tenho exemplos e experiências com esse assunto.
E os pequenos problemas na administração pública têm quase sempre uma mesma origem: as indicações políticas de incompetentes. Eles reinam absolutos e não são cobrados, nos escalões inferiores, um lava a mão do outro, ninguém se incomoda. Afinal, no topo da cadeia o foco é outro: os grandes projetos e os consequentes resultados para mover mentes, corações e a máquina de votos. No que não está totalmente errado. Gaspar não é diferente. Todavia...
Um exemplo de pequeno problema e que se somaram com outro e pode virar uma percepção de que nada funciona. O Cemitério Municipal possui uma estrutura cara e ampla para cuidar dele, em algo que deveria ser concedido ou privatizado. Gente encostada. Desafiadora com o povo que lhe paga. Este é mais um exemplo dessas coisas pequenas, que não recebem a devida atenção e por isso, tornam-se um problema não para o político, mas para a sociedade.
Vejam essas fotos. Ao invés de parque santos, limpos, acessíveis, o cemitério do Santa Terezinha parece que virou área de preservação permanente diante do mato que cresce nos caminhos de lá. E adianta reclamar? Não! O administrador e funcionários ficam fulos e até distratam que tenta registrar a situação em filmes e fotos. Não querem provas contra si, a teta e a mamata “Não custa vocês limparem o matinho?” Retrucam aos reclamantes! Como assim? Quem é pago pelo povo de Gaspar para fazer esse serviço, supervisionar e dar a limpeza do cemitério municipal? Todos os indicados por Kleber. E quem vai ao campo santo, testemunha, que o maior tempo dessa gente é estar sentados naquelas cadeiras de plástico à espera de um morto (veja a foto). O que está morta, de verdade, é a obrigação de dar conta daquilo para os quais foram concursados, contratados ou indicados politicamente. Falta gestor. Falta cobrança de resultados. Falta ouvir e ter respeito pelo povo. Acorda, Gaspar!
O assunto é antigo. Faltou espaço entre tantos outros que já abordei e que ganharam prioridade. Mas, ele se enquadra nesta de que a soma dos pequenos problemas, torna-se um grande problema. E depois que o grande problema se instala dessa forma, a percepção para mudá-lo, como já escrevi, no mundo da administração pública é algo problemático e que leva tempo, sem antes dar prejuízos a quem não cuidou devidamente desse assunto: falta de votos.
Gaspar voltou a ter os pardais eletrônicos. Bom. E a empresa ganhadora, por orientação e por necessidade (pois ganha pelas multas) passou a instalá-los pela cidade. Fez do jeito que queria. E só fez do jeito dela, porque a Ditran – Diretoria de Trânsito – de Gaspar permitiu. E por causa desse desleixo administrativo e responsabilidade, foi possível ver a instalação de um desses pardais, como mostra a foto, em cima de uma calçada, obstruindo-a quase totalmente. Ou seja, para controlar e multar, a empresa, a Ditran e a prefeitura de Gaspar, preferiam que os gasparenses ficassem expostos à acidentes na faixa de rodagem. Vergonhoso!
Precisou-se do berreiro dos transeuntes pelas redes sociais, para que tudo fosse olhado, julgado como errado e consertado. E por que isso aconteceu? Porque a Ditran – dirigida por uma indicação política com José Marildo Azevedo – não cumpriu a sua obrigação: primeiro não viu o que estava acontecendo, segundo não orientou à empresa permissionária ao bom senso, e terceiro, não acompanhou o serviço. E aí a prestadora achou que Gaspar era a casa da mãe joana e tascou o totem do pardal, no meio da calçada e interrompeu o ir e vir dos pedestres. Resumindo: precisou o erro, o desgaste, o retrabalho, os custos para colocar as coisas no seu devido lugar. Se não fossem as redes, até a maior parte da imprensa teria ficado quieta para não incomodar o paço, o prefeito, os secretários, todos amigos dos amigos...
É impressionante como na gestão do mais longevo dos vereadores de Gaspar, José Hilário Melato, PP, e agora licenciado para ser presidente do Samae, a autarquia se tornou uma fonte de problemas e não de água potável. Melato se jacta como um “experiente” executivo e não um político matreiro que é. Devia era ter vergonha desta auto-intitulação que assume pensando em ser mais poderoso, qualificado e ter melhor currículo do que a de político, que mais recentemente levou até à derrota do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, na eleição da mesa diretora da Câmara. A maioria dos problemas do Samae de Gaspar, hoje é exatamente a soma de pequenos, sucessivos e repetidos problemas, todos oriundos da má gestão técnica, principalmente, de pessoas.
E olha que o Samae nunca foi um exemplo de profissionalismo. Sempre foi ocupado por gente curiosa, mas humilde, porque sabia ela que estava lidando com algo sério e ao mesmo tempo importante para a cidade, os cidadãos e que vigilantes e insatisfeitos, deixaram os gestores expostos, vulneráveis e marcados perante o poder.
Cito alguns, e pedindo desculpas aos demais, que não eram do ramo e se deram bem à frente do Samae de Gaspar: Jorge Luiz de Souza, Luiz Carlos Spengler, Lovídio Carlos Bertoldi, Elcio Carlos de Souza... Nenhum deles entendia de água tratada, distribuição, química, manutenção, estação de tratamento, booster, captação.... Se duvidar, nem sabia o que queria dizer as palavras manancial, montante, jusante, saneamento... quando chegou ao Samae. Mas, todos deram conta do recado e fizeram do Samae ser melhor do que quando eles chegaram lá.
Mas, o Melato, entende de tudo: só nas palavras, porque nos gestos é a negação viva do que afirma. E ai de quem o contrarie nisso! Gaspar não recolhe um milímetro, nem trata um mililitro, mas possui estrutura para cuidar de esgotos. Todos que não somem em fossa séptica, por erros de projetos e por falta de fiscalização, ganham os ribeirões e o Rio Itajaí Açú pela rede pluvial, trazendo doenças às pessoas e poluição às cidades. Agora até de esgotos, Melato entende. É coisa que ele vai tratar para dar vantagens nas próximas eleições ao prefeito Kleber, ao MDB e ao seu PP. Só se for com esgoto que o Samae vai mudar a imagem da autarquia e do seu presidente, porque com água tratada, dessa para beber, está cada vez pior.
Na semana passada, o Bateias e o Barracão, além do Belchior e Margem Esquerda, sofreram com falta de água por dias seguidos, segundo os consumidores da região à coluna. Por dias seguidos, a operação da ETA da Bateias não conseguia nem se quer colocar 50% de água dentro do reservatório e os canos de distribuição, vazios. No Belchior, já relatei aqui. É coisa de filme do Gordo e o Magro, dos Três Patetas....
A coisa está tão feia, que o diretor externo do Samae, e braço direito de Melato, José Bonetti já ameaçou jogar a toalha se a situação não melhorar na equipe, que acha estar lhe boicotando para deixar Melato exposto. Então, é ver para crer. Lá para as bandas da Rua Luiz Franzoi e transversais, bem como nos pontos mais altos do Sertão Verde, só chega água a noite. É que a bomba ainda estava operando no manualmente. Verdade! Logo na era da tecnologia, da automatização e robotização. Uma enrolação só para arrumar o que é simples e óbvio. Para não se incomodar mais com as tantas reclamações que fez, o sogro do líder do MDB, o Chicão do Canarinhos e que mora alí perto da BR e da rua Mário Werner, está pensando em fazer ele próprio um poço artesiano. Enquanto isso, Eder Luz, está firme, sob proteção política do próprio MDB, na direção da automação do Samae. Só na direção, ao que parece. Porque de fato, tudo está cada vez mais manualizada. Acorda, Gaspar!
Luciano Odair Coradini, leitor assiduo do jornal e portal Cruzeiro do Vale, bem como desta coluna, o cabo eleitoral de Franciele Daiane Back à presidência da Câmara que já foi da executiva do PSDB de Gaspar e hoje não é mais nada (apesar de dizer na carta que ainda é) revelou o que Gaspar já conhece há décadas.
Coradini é também o porta-voz do atual vice-presidente do diretório de Gaspar, Claudionor da Cruz Souza, funcionário da prefeitura tucana de Blumenau. Claudionor, esperto não está entrando em divididas e deixou o queixume (e os recados) para Coradini. Na edição da sexta-feira do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, de maior circulação de Gaspar e Ilhota e o de maior retorno para os anunciantes de jornais e portais por aqui, publicou uma carta de Coradini. Ela foi escrita logo após as eleições. Ao ser consultado pela editora do jornal Indianara Schmitt para publicá-la, pediu que a guardasse. Agora, Coradini foi até a redação para resgatá-la e dar o sinal verde. “Era hora de publicá-la”, segundo ele.
E para que? Para atestar a credibilidade do jornal. Fez bem! Mais um. Por isso, o jornal e o portal são líderes. E liderança não se faz com negócios, silêncios e fraquezas, mas com trabalho, opinião e suportando às pressões – que não são poucas - dos interesses contrariados, principalmente pelos poderosos, os ignorantes e os políticos no poder de plantão.
Segundo Coradini na carta, as pesquisas eleitorais que o jornal publicou há 15 meses, continham números parecidos com as que o partido possuía e ele, pela transparência, teve pleno acesso no comitê de campanha. Esses resultados foram assemelhados ao que se deu na apuração daquele três de outubro. Aliás, em todas até aqui, o Cruzeiro acertou nas pesquisas, exatamente porque as contratou bem e não cedeu às dúvidas dos que se acham donos dos veículos sem sê-los nas responsabilidade e custos. Ou dos que os usam para seus interesses particulares ou versões convenientes. Tudo é passageiro, menos a credibilidade.
Resumindo: antes de abrir as urnas, as pesquisas do Cruzeiro e do próprio PSDB davam conta que o MDB era o líder na corrida à prefeitura e o PSDB, estava na rabeira. E que as queixas que o partido fazia sobre ambas, eram descabidas. Jogo. Coradini está certo! Todavia, atrasado demais na atitude, na consciência e no depoimento de que o jornal Cruzeiro é isento, e por isso, não agrada a todos. Ao contrário. Resultado: é líder e acreditado, doa a quem doer.
Mas, por quê mais de um ano depois Coradini, o dissidente do PSDB, resolveu fazer o que ele não teve capacidade de fazer no dia seguinte às eleições quando escreveu a carta, para salvar a si próprio entre poucos, mas não a tornou pública? Porque agora coordenou, com Claudionor, a candidatura de Franciele Daine Back, PSDB, à presidência da Câmara, não pelo exatamente pelo PSDB, mas pelo MDB. Todos perderam. Neste jogo, nada dependia de pesquisas. E com a vitória garantida, não perceberam os sinais, mesmo que remotos, de que tudo poderia cair por terra. E caiu! Mais uma vez, o Cruzeiro, por meio desta coluna, anunciou que Silvio Cleffi, PSC, poderia ser o plano B. E foi!
Coradini queria desde antes da eleição do ano passado que o PSDB fosse um apêndice do MDB, o mesmo que o traiu novamente ou não entregou o que prometeu (a eleição de Franciele e sempre será assim, basta olhar o passado e a história), ou então se associasse ao PSD, de Marcelo de Souza Brick, que não abriu nenhuma negociação, a não ser para submissão total e integral dos tucanos à aventura de ser poder com o PCdoB e PSB, ambos representantes do PT que se camuflava para não perder o poder de oito anos.Logo o PT que prometia esmagar o PSDB. É que as mesmas pesquisas, que Coradini elogia e as tinha no PSDB, davam conta que o PT de Pedro Celso Zuchi, com Lovídio Carlos Bertoldi, perderia para um ou para outro grupo, em qualquer cenário.
No parágrafo final da carta só permitida a publicação na sexta-feira passada, Luciano Coradini é traído pela coerência do processo do qual participou ativamente até o final para que nada desse certo no ninho tucano, a candidata e o DEM.
O PSDB – ao contrário do PT, PMDB e PSD -, não foi exatamente às eleições de outubro passado em Gaspar para ganhar a prefeitura. Antes, fez esse movimento, e todos diziam isso, para se recuperar como partido e assim ser uma opção aos que não estavam alinhados com o MDB, com o PSD ou com o PT. O objetivo era, principalmente, fortalecer-se, pois tinha sido engolido e enfraquecido, em negociatas anteriores pelo então PMDB, em sucessivos insucessos políticos e eleitorais nos anos anteriores, na maioria dos casos com o MDB.
Escreveu Coradini: “sempre defendi que tínhamos que avaliar o risco de irmos com a coligação DEM e PSDB sozinhos. As pesquisas mostravam que não era hora e a sociedade dava sinais claros disso. Podia dar certo, mas a probabilidade era muito remota. Feita a escolha, acho que é natural participar do jogo desde que o trabalho alheio seja respeitado. A grandeza está em se arriscar, mas muito mais em reconhecer. Parabéns pelo belo trabalho, Cruzeiro do Vale”.
Ou seja, para Coradini, não importa como se ganha, o importante é ganhar. Se ele se importasse com isso e olhasse o passado de traições e submissão a que foi submetido e enfraquecido o PSDB em Gaspar, talvez Franciele fosse hoje presidente da Câmara. Coradini experimentou do próprio veneno: a vitória com sócios que não dividem o poder.
Para encerrar e sobre a carta. Verdadeiramente bonito seu gesto, Coradini, mas ele não é tarde demais? Precisou se isolar o partido, ser traído mais uma vez pelo MDB e PP (que MDB desmantelou o PSDB em Gaspar) naquilo que não dependia de pesquisa alguma, que não dependia de votos populares, que não dependia de palanque, para ver que o jogo não é uma questão de escolha, mas uma opção de vontades onde os mais articulados superam os sinais claros de vitória dos outros e transformam a probabilidade remota em realidade?
Enquanto o PSDB de Gaspar não se depurar e insistir em ser uma sucursal do velho MDB, não será respeitado como força política. Acorda, Gaspar!
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