25/05/2017
TRANSPARÊNCIA ZERO I
O governo do estado de Raimundo Colombo, PSD, mesmo enrolado e se contradizendo nas atitudes e discursos, fez da transparência aos cidadãos pagadores de pesados impostos no seu segundo mandato, a sua arma de propaganda. Errou no timming e no foco. Prova-se hoje, que a falta de transparência é um erro original seu, e começa na campanha, como sempre foram as daqui de Gaspar e Ilhota. Voltando. E realmente o “novo” portal do governo do estado é uma boa ferramenta para se pesquisar e se assustar. Na semana passada a administração de Blumenau fez o mesmo, reclamando inclusive da nota dada ao que já tinha e que não era tão ruim como classificavam os órgãos de monitoramentos das contas públicas. Estão certos. É preciso ser rigoroso e exigir sempre mais com essa gente. E na mesma toada, a de se expor, a Câmara de vereadores de lá, também apresentou o avanço no portal da transparência dos seus números, ações e acessibilidade dos cidadãos.
TRANSPARÊNCIA ZERO II
E aqui em Gaspar? Continuamos perto do zero. Pior, há decisões judiciais, com prazos e punições, por iniciativa do Ministério Público e que cuida da Moralidade Pública, para resolver este assunto. Os espertos mascararam, zombam, tripudiam no escárnio. E ficou por isso mesmo. Os problemas são tantos que a Justiça e o MP relaxaram. E os políticos e gestores públicos já acostumados aos desfechos, sabem que é sempre será assim. Birra. Jogo do cansaço e esquecimento. Desafiam e mandam bananas, na verdade não ao MP, ao Judiciário ou eventualmente a esta coluna, mas para os eleitores de quem escondem o que fazem, o que não fazem, o que fazem à margem da lei e à forma como gastam e desperdiçam os pesados impostos de todos os gasparenses. Vivem de desculpas. O site da Câmara de Gaspar é uma piada: na navegação confusa e dados incompletos quando acessáveis. É um conluio de interesses políticos e corporativos. O site confunde até especialistas. Proposital.
TRANSPARÊNCIA ZERO III
A laranja nunca cai longe do pé, diz o dito popular. Há quantos meses Kleber Edson Wan Dall, PMDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, assumiram a prefeitura de Gaspar? Quase seis meses. Quanto tempo faz que o mais longevo dos vereadores daqui, - ex-presidente da Câmara e que sempre foi contra essa bobajada de transparência, o vereador José Hilário Melato, PP-, é o presidente do Samae? O mesmo tempo! Pois é. Até o fechamento da coluna não era possível acessar a folha de pagamento dele no Portal da Transparência; nem da primeira assessora de sempre Janete da Silva, nem da assessora de comunicação, Ana Caroline Morello (belo exemplo!); nem de um simples motorista como Otocar Albanaes, nem demais servidores comissionados da autarquia. Transparência é tudo. E foi à falta dela é o que faz o cidadão ser enganado e roubado com o que se desmascara entre outros, na Lava Jato. Afinal, quem paga essa gente toda com aquela estrutura inchada de reis? Nós, com os nossos pesados impostos. Então qual a dificuldade de nos prestar contas? Essa gente, é servidora, nós o patrão. Simples assim! Acorda, Gaspar!
Depois de afirmar que teria por ordem expressa do governador uma gerência no cabideiro de empregos de políticos sem votos e competência, a ADR de Blumenau – sugadouro de recursos públicos; depois de ensaiar entre os seus uma assessoria de “alto escalão” no governo do estado; depois de pedir emprego em qualquer teta, inclusive na prefeitura de Gaspar à qual se declara “opositor”, o ex-vereador, ex-presidente da Câmara, ex-presidente do partido e ex-candidato a prefeito pelo PSD de Gaspar, Marcelo de Souza Brick, com seguiu uma colocação.
Ele se “empregou” como secretário parlamentar no gabinete do deputado Jean Jackson Kuhlmann, PSD, seu padrinho político, o que também perdeu pela segunda vez a corrida à prefeitura de Blumenau.
O vencimento bruto mensal de Marcelo é de R$4.714,63, e que com os descontos baixa para uns R$3.900,00. O que não está explicado é se ele dá expediente lá, porque por aqui Brick trabalha numa atividade para angariar clientes à causas judiciais. Acorda, Gaspar!
Do leitor Roberto Sombrio. “Herculano. Estão criticando que não falas de Gaspar. Tem alguma coisa para falar? Aconteceu alguma coisa? Fizeram algo novo? A esta altura as flores já murcharam. Onde foram plantadas mesmo? Naquele barranco de capim nos fundos do Samae? Nas duas rotatórias não vi. Ao redor da figueira na prefeitura? Ali cabem uma dúzia de vasos. O prefeito usou luvas para não ficar com calos? Sei não!”
Este assunto é complexo, mas o pedido de compensação da Viação do Vale, da família de políticos Berger, de R$8.615.079,29, para os gasparenses pagarem para ela, é um escárnio.
Primeiro A Viação do Vale venceu uma concorrência e não cumpriu o edital. Está em dívida. Foi protegida pelo PT de Pedro Celso Zuchi. Sobreviveu discutindo o caso na Justiça até poucos meses de encerrar o contrato. Expertos. Ou seja, explorou até o osso.
Segundo, esse mesmo PT, enrolou, não cortou o mal pela raiz o erro. Agora, depois que saiu do poder, deixou mais uma alta conta para os pagadores de pesados impostos de Gaspar se virarem.
Mas, o PT é o único culpado no que armou. O PMDB de Kleber Edson Wan Dall, e o PP, de Luiz Carlos Spengler Filho, a Câmara são tão culpados quanto. “Usam” a imprensa agora para se colocarem de vítimas. Nada mais.
Choram lágrimas de crocodilos. A cidade inteira sabia desse problema. Só eu publiquei inúmeras informações e comentários sobre este assunto. Tudo está na Justiça. Havia uma Ação popular e o Ministério Público agiu.
Mas a comunidade, os vereadores, os políticos, a oposição que poderia ser poder e o poder plantão, ignoravam. Taí o resultado. Há muitas outras armadilhas que o PT fez para encher o município com problemas, dívidas e ser ingovernável. E tudo sob a complacência da comunidade.
Voltarei ao tema com detalhes. Não há inocentes nesta história como quer fazer crer Kleber e o que manda nele, Carlos Roberto Pereira. Acorda, Gaspar!
Ilhota em chamas. O advogado Aurélio Marcos de Souza, faz um paralelo ao que está acontecendo com o presidente Michel Temer, PMDB (no governo), e o que aconteceu com o prefeito Érico Oliveira, PMDB (na campanha e depois se desdobrou no governo), que foram gravados (esta coluna já deu e rola no MP) atestando-se como crimes de responsabilidade e prevaricação. Isso não vai terminar bem para ambos.
Os políticos – incluindo os do Vale de Itajaí com atuação em Gaspar e Ilhota - negam o que receberam por fora, mas candidamente, admitem que receberam legalmente verbas da JBS, a quem nunca pediram, nunca negociaram e nem sabiam o porquê do mimo.
A JBS sabia muito bem quem eram os políticos que ela comprava e o que eles deveriam fazer por ela quando no poder Executivo e no Legislativo. Está na gravado e escrito nas delações. Os políticos – alguns que se dizem religiosos - tinham donos e cabrestos e não eram os seus eleitores que lhes garantiram à diplomação.
Mais comissionados: a servidora Larissa Stefany Cruz Lopes passou a responder pela coordenação do Procon de Gaspar; Karine Alves Ribeiro e Beatriz Pamplona Rainert, como encarregada de atendimento, nível III, da Secretaria da Fazenda; Solange da Silva, encarregada-geral de regiões de Saúde, nível II, da Secretaria de Saúde.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).