Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

29/09/2016

JÁ TEMOS UM ELEITO
Se as pesquisas até esta semana estiverem certas os novos prefeitos Gaspar e Ilhota já estão escolhidos. A ida dos eleitores e eleitoras às urnas no domingo, será uma mera formalidade para confirmar. Triste papel. Houve muito chororô. Muitas denúncias nas redes sociais. Pouquíssimas delas – em teor e gravidade – foram oficializadas na Justiça. Isso pressupõe que tudo é parte do jogo de quem está sem argumento perante à população. Não sabe perder. Todavia, se houver mudanças brutais aos que apontam os números, não culpem os eleitores. O erro, penso, estará em que as coletou, processou, fomentou e as usou despudoradamente como ferramenta de propaganda enganosa. De qualquer forma, haverá constrangimentos, comemorações e justificativas. É sempre assim. O que parece claro até o momento é que tanto em Ilhota e Gaspar, a continuidade do poder instalado, está balançando. Mesmo na eventual mudança, o velho deve prevalecer sobre o novo. O Brasil chega sempre mais tarde aqui. Acorda, Gaspar!

PARECE PROPOSITAL I
O que apareceu no site do Samae de Gaspar na terça-feira, dia 27? O que todos esperavam. O tucano mais petista de Gaspar e presidente da autarquia, Élcio Carlos de Souza, postou o seguinte aviso: “contratação de empresa especializada para executar os serviços de coleta e transporte dos resíduos sólidos domiciliares, de estabelecimentos comerciais e industriais (com características de domiciliares), das repartições públicas e da limpeza de áreas públicas do Município de Gaspar. Comunicamos que está suspenso o Pregão Presencial nº 41/2016 motivado por decisão judicial proferida pelo Juízo da Comarca de Gaspar, Estado de Santa Catarina, (Autos nº. 0303001-40.2016.8.24.0025), protocolado na Autarquia em 27 de setembro de 2016”.

PARECE PROPOSITAL II
Aqui o errado, o duvidoso e o confuso prevalece, para que o provisório seja permanente. Funciona assim a cortina de fumaça: diante das dúvidas faz funcionar os contratos emergenciais dos amigos. Nada muda. Esse é o caso emblemático do lixo em Gaspar. Assim foram outras concessões nos governos petistas de Pedro Celso Zuchi, incluindo a dos ônibus, dos serviços funerários, dos taxis e na marota intervenção no Hospital. Quatro impugnações no caso do lixo. Um recorde, inclusive no disfarce. A Recicle e a RW, ambas de Brusque, a Ecoeficiência Soluções, de São José e a própria Say Muller, de Gaspar, inventada pelo PT. Elas alegaram a mesma coisa contra o edital: projetos não claros, insuficiência de dados; exigência de documentação de menos ou em demasia para capacidade técnica, econômica, financeira ou ambiental, igualmente para medições etc. Coisa de doido. Ou proposital? Com tudo suspenso até que a Justiça e os concorrentes entendam o edital, ou entrem num “acordo de cavalheiros”. Afinal, quem ganhar, vai ter o direito de explorar por 20 anos mais outros 20 esse lucrativo negócio. Enquanto isso, quem continua roendo provisoriamente esse osso? A Say Muller.

ILHOTA EM CHAMAS I
O juiz Renato Mastella, atendeu parcialmente o pedido liminar feito pela promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon. Ela cuida da Moralidade Pública e impetrou uma Ação Civil Pública por Atos de Improbidade Administrativa contra o prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, PSD, e o seu ex-secretário de Administração, Fernando Neves, que hoje é assessor de Giovânio Borges, PSB, na presidência da Câmara além de coordenar a campanha de Marcelo de Souza Brick, PSD, a prefeito de Gaspar. Mastella mandou suspender o contrato que a prefeitura mantinha desde janeiro de 2013 com o escritório Scottini Advogados Associados, de Blumenau, sob pena de multa diária de R$1 mil. A promotora provou ser essa relação irregular, alterado ao preço inicial e na verdade, uma paga de um serviço da pré-campanha de Bosi em 2012, onde Scottini era o seu advogado. A promotora estimou o prejuízo para a prefeitura nesta ação R$247.440,87 e deu à causa o valor de 742.412,61 incluindo as possíveis multas.

ILHOTA EM CHAMAS II
O que apurou o Inquérito origem desta Ação. Segundo o servidor Fabrício Scharf, Scottini já prestava serviços desde as eleições a Bosi. E logo após a sua posse, Fernando Neves, tratou de “regularizar” esse serviço dentro da prefeitura. No dia oito de janeiro de 2012, Bosi autorizou o “processo licitatório”. Fernando Neves, conduziu. No dia 15 foram “distribuídos” os convites; tudo sem publicidade. Dois outros escritórios conhecidos de Blumenau – que também são réus nesta Ação e um deles com sociedade cruzada com Scottini - deram suposta legalidade ao certame para o de Scottini vencer. Há inúmeras provas acostadas no processo. Entre elas, a sequência de obtenção de CNDs, preços superiores dos concorrentes (R$7.500 e R$7.350) ao máximo que foi estabelecido na licitação: R$6.933,33, exatamente para não levar o serviço, etc. A Scottini ganhou com R$6.930. Na prefeitura de Ilhota não houve nenhum ato formal dessa “licitação”. Para piorar, o contrato foi renovado em abril de 2014 por aditamento: de R$6.930 passou para R$15.999, por mês.

TRAPICHE

Devido ao processo industrial do jornal impresso para a publicação da pesquisa, esta coluna foi redigida na quarta-feira à noite. Mas, registro uma iniciativa do juiz e promotor eleitorais da Comarca, Rafael Germer Condé e Marcelo Sebastião Netto de Campos, para colocar fim às rugas pessoais entre os dois únicos candidatos e coligações de Ilhota.

O que a iniciativa pretende? Que o grotão Ilhota fique no passado e os candidatos trabalhem os temas propositivos envolvendo à cidadania e à sociedade. Um avanço. Entretanto, penso que não está ainda à altura dos políticos de lá.

Em Gaspar esse duelo jurisdicional praticamente se restringiu ao PT e PMDB. O uso indevido e abusivo da propaganda foi repetitivo. Igualmente as altas multas. E em alguns casos, se levados adiante, poderão dar complicações. Kleber por exemplo está impedido de publicar propaganda nos jornais nesta reta final.

O PSDB foi o que menos acionou ou foi acionado pela Justiça eleitoral. De Luiz Alves, quase não se ouviu falar lá no Fórum.

Está claro que a campanha mudou muito em relação às anteriores. Contudo, dinheiro e as velhas práticas de abordagens ainda foram determinantes, apesar de oficialmente estarem abolidas pelas legislações em vigor.

Aquela multa milionária (até R$3 milhões) que o juiz Rafael Germer Condé aplicou ao facebook por ele não retirar a pedido do PT, uma página anônima, de poucos acessos até então, e considerada ofensiva ao candidato Lovídio Carlos Bertoldi, numna brincadeira que inseriu, tem um único objetivo: descobrir o autor ou autores dela. Descobertos, poderá haver desdobramentos muito perigosos para um candidato. Só isso.

E as tais obras? Nem governo Federal, nem governo do Estado, nem o prefeito. Todos falharam com seus candidatos aqui em Gaspar.

Independe do resultado deste domingo. Mas, quem mais perdeu nestas eleições, mais uma vez, foi o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido. Tentou ser protagonista para o seu PMDB e foi isolado. Tentou mostrar força para Marcelo de Souza Brick, PSD, via Gelson Merísio, mas teve que fazer sem confiança. E nesta última semana está detonando como poucos, Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB.

Outro fato que deve ser ressaltado no cenário político a partir de domingo. A Câmara de Gaspar vai sofrer uma renovação sem precedentes.

Ao novo prefeito ou prefeita eleitos, a preocupação ronda a todos: o dia seguinte, ou seja, a governabilidade, principalmente diante da crise e de uma herança maldita que o PT deverá deixar para o seu sucessor, mesmo sendo o próprio PT.

Uma cena de reunião eleitoral noturna. “Visse? O PT está asfaltando a cidade toda”. Ao que é retrucado, por alguém espirituoso e antenado: “o asfalto é tão bom que se varrer amontoa”.

 

Edição 1769

Comentários

Herculano
03/10/2016 18:18
COLUNA NO JORNAL AMANHÃ, DIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

O jornal Cruzeiro do Vale circula amanhã com uma edição especial para contar os detalhes das eleições de Gaspar e Ilhota.

A coluna Olhando a Maré das terças-feiras feita especialmente só para os internautas, estará também no impresso, que já está no parque gráfico para ser repassado aos assinantes e nas bancas.
belchior
03/10/2016 12:28
Herculano, nem tudo está perdido, os esquerdistas derrotados ainda podem fazer o PRONATEC.
Herculano
03/10/2016 08:11
LULA SOFRE A DERROTA MAIS HUMILHANTE DE SUA CARREIRA POLÍTICA. SEU FILHO NÃO CONSEGUE SE ELEGER VEREADOR, por Reinaldo Azevedo, de Veja

O chefão petista ainda achou que tinha o antigo poder encantatório; as urnas lhe dão uma resposta avassaladora

É fatal que se façam também agora as perguntas que se fazem a cada resultado de uma nova eleição: quem é o grande derrotado? Quem é o grande vitorioso? Bem, acho que ninguém tem dúvida de que o PT, até pelo desempenho pífio no país, é o grande derrotado. Mas não só a legenda: a razia a que se assiste tem uma face, uma personalidade, um discurso: chama-se Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele foi o grande Midas às avessas dessa eleição. Desde quando anunciou, tentando fazer a Terra tremer, que, ao convocá-lo coercitivamente para depor - o que era, de fato, uma desnecessidade -, Sérgio Moro havia apenas batido no rabo da jararaca e que, para matar a serpente, seria preciso bater na cabeça, estamos esperando a reação de sua peçonha. De lá para cá, nada se viu. Os atos bisonhos foram se multiplicando.

Lula resolveu sair Brasil afora apoiando candidatos. O resultado, tudo indica, foi contraproducente. Em companhia de Dilma, o ex-poderoso chefão resolveu fazer campanha, por exemplo, para Alice Portugal, do PCdoB, em Salvador, na disputa contra o prefeito ACM Neto, do DEM. A dupla só serviu para valorizar a acachapante vitória do democrata. Dava-se como certo que seria reeleito. Mas com 73,99% dos votos? Lula e Dilma fizeram o favor de emprestar a um disputa que poderia ter apenas cores locais o sabor de uma vitória de dimensão nacional.

O ex-presidente também andou pelo tal cinturão vermelho de São Paulo. Demonizou coxinhas, falou mal de tucanos, acusou conspirações, disse que tudo não passa de uma campanha para impedi-lo de voltar à Presidência, falou em nome dos trabalhadores, anunciou o corte de direitos trabalhistas, antecipou o fim do mundo? Resultado no Estado de São Paulo: sete prefeituras apenas ?" em 2012, foram 72. No país, míseras 256, contra 630 há quatro anos.

Mas foi na capital paulista que os petistas encontraram a definição mais acabada do desastre. Como informei neste blog, logo depois do debate de quinta, na Globo, o tracking da campanha tucana começou a perceber a possibilidade de João Dória vencer no primeiro turno. Mas nem mesmo os partidários mais entusiasmados do agora prefeito eleito contavam com uma votação tão consagradora. Tudo é inédito nessa conquista: a vitória no primeiro turno, a rapidez da ascensão, o vexame protagonizado pelo petismo.

Ah, meus caros, já enumerei aqui por que as coisas deram tão certo para Dória e tão errado para seus adversários. Mas não se descarte, de maneira nenhuma, a contribuição de Lula para a disparada final do candidato do PSDB. Como noticiou fartamente a imprensa, nos dias finais que antecederam a disputa, o companheiro houve por bem, ora vejam, brigar com o eleitor. Teve um ataque de Marilena Chaui.

Ah, claro! Ele também colou em João Paulo, o petista que chegou a liderar a disputa pela Prefeitura de Recife. O prefeito Geraldo Júlio faz uma gestão aprovada pela maioria da população, mas o candidato do PT administrou a cidade por oito anos e deixou o cargo com boa avaliação. Tão logo evidenciou a força de sua tutela, o petista empacou. E não tem a menor chance de ser bem-sucedido na etapa final. Geraldo Júlio ficou a 0,7% de vencer no primeiro turno.

O país dá um sinal maiúsculo de que não aceita mais a bobajada petista de que há apenas uma maneira de votar em favor do bem, do belo e do justo. Até porque os companheiros ficaram 13 anos no poder e nos deixaram como legado o que se vê aí.

Para encerrar: Marcos Cláudio Lula da Silva, enteado de Lula, mas tornado seu filho, com o devido registro e tudo, se candidatou a vereador em São Bernardo. Sim, a campanha sempre deixou claro: "É o filho de Lula!". O rapaz obteve 1.504 votos. Não foi eleito. Ficou na 58ª colocação. Com outro padrinho, quem sabe?
Herculano
03/10/2016 08:05
da série: uma constatação óbvia e serve para Gaspar

DORIA APARECEU MAIS, ANDOU MAIS, GASTOU MAIS E TEM MAIOR DÍVIDA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ana Estela de Souza Pinto. Se as campanhas à Prefeitura de São Paulo fossem empresas, o prefeito eleito João Doria, que martelou o slogan de bom gestor, ostentaria os maiores números.

Mas não necessariamente os melhores.

O tucano foi o que mais arrecadou, mais gastou na eleição, apareceu por mais tempo na TV e no rádio e mais andou pelas ruas em comícios, caminhadas e panfletagem.

A vitória no primeiro turno foi um investimento de R$ 13,573 milhões - um terço do lucro em todo o ano de 2015 da Coopersucar, a 20ª maior empresa do Brasil em faturamento.

São quase R$ 289 mil para cada um dos 47 dias desde o início da campanha, em 16 de agosto.

A maior parcela, quase R$ 9 milhões (65%), foi gasta nos anúncios do horário eleitoral e nas outras inserções publicitárias no rádio e na TV.

Com a coligação mais ampla - 12 partidos além do PSDB?", Doria garantiu também o maior tempo de campanha: foram 16 minutos e 49 segundos por dia, de 26 de agosto a 29 de setembro (somando o horário eleitoral gratuito e as inserções em rádio e TV).

O tempo do tucano era maior porque, conforme a legislação, 90% do horário eleitoral gratuito é dividido proporcionalmente ao número de representantes dos partidos da coligação na Câmara dos Deputados.

Ou seja, candidatos de partidos mais representativos são beneficiados.

Mas o prefeito também pagou mais caro. Cada um dos 565 minutos em que foi ao ar custou R$ 15,5 mil, 8% acima do que pagou Haddad por minuto, quase o triplo de Marta e oito vezes o gasto por minuto declarado por Russomanno.

A arrancada tucana não se deve, porém, apenas ao departamento de marketing.

Numa campanha muito mais modesta que a das eleições de 2012 (as contas finais ainda não saíram, mas o gasto por candidato por dia em 2016 deve ser cerca de um décimo do que foi na eleição anterior),Doria gastou sola de sapato e atacou o que parecia ser seu ponto mais fraco: o desconhecimento.

Em 45 dias, participou de 75 eventos pela cidade, em todas as regiões, e foi o único a participar de eventos na madrugada, na zona leste e na zona sul - que concentram eleitores mais pobres.

O resultado já se mostrava na pesquisa de intenção de voto divulgada pelo Datafolha feita na sexta (30) e no último sábado (1º): "João trabalhador", como martelava seu jingle eleitoral, liderava pela primeira vez nos extremos paulistanos.

Nesses distritos da periferia, onde se concentram 36% dos eleitores da cidade, Doria havia crescido dez pontos percentuais.

Mas os grandes números da campanha tucana também trazem uma péssima notícia: pelos dados declarados até agora ao TSE, Doria gastou mais de R$ 6 milhões acima do que arrecadou - mais que o dobro do lucro das Casas Pernambucanas no ano passado.

Maior rombo entre os candidatos, a soma equivale a 46% do que ele gastou: ou seja, para cada R$ 100 reais gastos pelo prefeito eleito, ele ficou devendo R$ 46.

Além dele, também o atual prefeito Fernando Haddad terminou em débito: R$ 5,8 milhões, quase a metade de tudo o que gastou.

Computados os votos e apagados os holofotes, será importante acompanhar como tais dívidas serão saldadas.

A minha observação: feitas as contas, e com a eliminação do segundo turno, eliminou-se esse custo, ou seja, a campanha se tornou mais barata no conjunto da obra.
Herculano
03/10/2016 07:49
O artigo abaixo, foi publicado originalmente na edição desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo
Herculano
03/10/2016 07:48
PREFEITOS ELEITOS TÊM PELA FRENTE CENÁRIO DE GOVERNANÇA DESAFIADOR, por Aécio Neves, senador, presidente do PSDB, candidato derrotado pela ex-presidente Dilma Vana Rousseff nas eleições de 2014

Os milhares de prefeitos já eleitos - e os candidatos que ainda sairão eleitos pelas urnas no 2º turno - têm pela frente um cenário de governança extremamente difícil e desafiador.

Em resumo, terão que lidar com os dramáticos efeitos, sobre a administração de suas cidades, da pior recessão das últimas décadas, inflação alta, paralisia de investimentos, endividamento e inadimplência da população. E, em especial, com o desemprego em escalada, que alcança hoje cerca de 12 milhões de brasileiros.

Tudo isso vem afetando diretamente a vida nas cidades, que ficou muito mais penosa e difícil para a população. E compromete também as tarefas e os serviços mais básicos sob responsabilidade direta das prefeituras.

Como se sabe, somos um país de milhares de pequenos municípios ainda quase totalmente dependentes dos repasses do fundo de participação, que vem tendo queda significativa. Soma-se nesse contexto a crônica incapacidade do governo federal de ressarcir e compensar as desonerações feitas a esmo nos últimos anos e que atingiram a arrecadação de Estados e municípios e a do próprio país durante o ciclo de governos petistas.

Acrescenta-se à diminuição das receitas repassadas às prefeituras, os milhares e milhares de pequenos negócios locais engolfados pela recessão e que acabaram fechando suas portas, além dos empreendimentos de porte que patinam sem confiança ou capacidade de investir.

Como se isso não bastasse, além da impossibilidade de realizar investimentos, há hoje pelo menos 13 Estados com dificuldade de manter a folha de pagamento em dia e com crescente precarização dos serviços públicos em áreas cruciais, como saúde e segurança.

Ou seja, cada vez mais há insuficiência de recursos para fazer o básico em uma hora em que as parcelas mais vulneráveis da população precisam tanto da ação efetiva do poder público para minimizar suas dificuldades.

Considerando esse cenário de múltiplas perdas, o princípio clássico mobilizador das gestões modernas, "fazer mais e melhor, com menos", precisará ser alçado dos discursos generalistas e dos manuais teóricos de reengenharia governamental para o dia a dia e a realidade das administrações municipais.

Austeridade, transparência, eficiência, controle rigoroso e qualidade do gasto público não compõem apenas mais um elenco de escolhas ou de um modelo de gestão. Tornaram-se obrigações e o único caminho possível para vencer a ingovernabilidade.

Dizem que em toda experiência há sempre algum ganho. Nesse caso, talvez seja esta a lição que precisamos aprender depois de anos
e anos de farra dos gastos públicos e lamentável irresponsabilidade.
Herculano
03/10/2016 07:44
O FIM DO PICOLÉ DE CHUCHU, por Vera Magalhães, do jornal O Estado de S. Paulo

Alckmin arrasta sozinho as fichas da vitória de Doria, que ele tirou do bolso do colete

Alckmin arrasta sozinho as fichas da vitória de Doria, que ele tirou do bolso do colete

A crônica política terá de encontrar um novo apelido para o governador Geraldo Alckmin. A era Picolé de Chuchu chegou oficialmente ao fim.

Não se sabe se a vitória surpreendente e acachapante colhida pelo tucano ontem, não só na capital, mas em todo o Estado, se traduzirá automaticamente em favoritismo na disputa interna para definir quem será o candidato do PSDB à Presidência da República em 2018. Isso dependerá de diversos e em grande medida imponderáveis fatores.

Mas é certo que a caricatura que se fazia de Alckmin até aqui, de um político insosso, algo caipira, menos "de raiz" que outros expoentes do PSDB de São Paulo, não é mais compatível com a realidade do partido e do Estado que emergiu das urnas ontem.

Alckmin tirou João Doria Jr. literalmente do bolso do colete. Não faltaram vozes no interior da sigla a profetizar que ele ficara maluco, que estaria agindo "com o fígado", disposto apenas a tratorar internamente aliados de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, que estaria "jogando fora" a vitória que o partido colheu em 2014 com um político desconhecido e difícil de emplacar na periferia, um "coxinha".

Nunca tantas teses caíram por terra de uma vez só. Doria venceu em praticamente todas as regiões da cidade, com base num marketing que enfatizava justamente o fato de não ser político. Numa eleição em que Fernando Haddad escondeu Lula na TV e Marta Suplicy parecia nem ser do mesmo partido do presidente Michel Temer, Doria levou o padrinho à TV e à rua, defendeu Alckmin nos debates e prometeu aliança com o governo do Estado.

Já na reta final, quando o coxinha já era mais visto na cidade como o "João trabalhador" do jingle de campanha, os tucanos históricos que antes lhe torciam o nariz tentaram surfar a onda alckmista. FHC gravou uma mensagem protocolar, genérica, mas outros, como o presidente nacional do partido, Aécio Neves, foram mais efusivos.

Tudo em vão. Essa é uma rodada da roleta em que não há como Alckmin não arrastar todas as fichas sozinho. Nem aliados próximos, como o ex-secretário da Casa Civil Edson Aparecido, concordaram com a escolha de Doria. Alckmin insistiu. E venceu.

Mostrou, assim, uma característica bem diferente do aguado chuchu: deixou claro que quem manda no PSDB em São Paulo é ele, que não há outro cacique a dar as cartas no Estado. Isolou José Serra. O ministro de Relações Exteriores se manteve distante do palanque de Doria até o final.

Não foi só na capital que Alckmin venceu: o PSDB elegeu prefeitos ou estará no segundo turno em muitas das principais cidades do Estado, da região metropolitana ao interior. A onda azul praticamente varreu o PT do mapa no Estado de Lula, algo que aconteceu também no plano nacional.

E agora? Alckmin é favorito para a sucessão presidencial em 2018?

Muita calma nessa hora. Fazer um prognóstico dois anos antes é sempre arriscado. Na estrutura nacional do PSDB, o senador Aécio Neves ainda tem mais apoios. O mineiro também colocou um aliado, João Leite, no segundo turno em Belo Horizonte, e o PSDB se recuperou no Estado, onde Aécio perdera para Dilma Rousseff em 2014.

A nova correlação de forças internas que emergirá das eleições municipais ainda levará algum tempo para ser conhecida. A Lava Jato também v ai desempenhar um papel de desempate na disputa interna: quem escapar incólume do mar de lama que será derramado com delações como as da Odebrecht e da OAS será favorito na corrida.

Alckmin dependerá, ainda, de um bom governo de seu afilhado. Não foram poucos os prefeitos de São Paulo tirados da cartola de padrinhos que fracassaram - de Celso Pitta/Maluf a Fernando Haddad/Lula.

Nada disso, no entanto, tira de Alckmin o título de grande vencedor das eleições nem afasta a necessidade de um novo apelido para o governador. Está lançado o desafio.
Herculano
03/10/2016 07:40
COLUNA INÉDITA

Amanhã é dia de coluna inédita e somente para os internautas do portal Cruzeiro do Vale, que ontem sofreu até pane por excesso de acessos. E não é a primeira vez que isso acontece pelo volume dos que o procuram.

A coluna, como adiantei, há dias, já está escrita no comentário principal. Ele só seria modificado se as pesquisas estivesses erradas, como alguns juravam. E prometi publicar dois comentários sobre o mesmo tema, o vencedor, caso, houvesse surpresa.

Diante do que aconteceu em Gaspar, publicarei o original, sem retoques. Acorda, Gaspar!
LUCIANO DA CUNHA
03/10/2016 07:40
FOI FEITA A DEMOCRACIA

AGORA CABE AOS PTISTAS ACEITAREM A DERROTA,ENGOLIR O CHORO E
PRINCIPALMENTE RESPEITAR A DEMOCRACIA.
FOI FEITA A VONTADE DA MAIORIA.
FINALMENTE GASPAR VOLTARA A CRESCER.
Herculano
03/10/2016 07:35
CELE 13, Denis Lerrer Rosenfiel, professor de filosofia da UFRGS, para o jornal O Estado de S. Paulo

Como o partido que se anunciou como o da redenção nacional pôde cair tão baixo?

Qualquer cidadão, por mais desatento que seja, fica estarrecido com o destino do PT. Um destino político que se tornou policial. Não há dificuldade em fazer uma reunião da cúpula petista no xilindró! Lá já estão ex-ministros, tesoureiros, líderes partidários, e assim por diante. Outros estão na fila, o que vai completar esse quadro da derrisão.

A verborragia da "perseguição política" e do "golpe" nada mais é que uma tentativa desesperada dos que não foram ainda condenados ou presos, procurando, assim, escapar do encarceramento iminente. Os que acreditam em tal palavreado mais parecem religiosos que se apegam a dogmas. Seriam dignos representantes da religiosidade petista e comunista. O partido da "ética na política" tornou-se o símbolo mesmo da imoralidade e da corrupção.

Cabe, então, uma pergunta: como pôde esse partido, que se anunciou como o da redenção nacional, cair tão baixo?

Talvez seja um equívoco conceitual considerar o PT como social-democrata, do gênero dos partidos europeus que, tendo começado com o marxismo, enveredaram para uma óptica de transformação social do capitalismo, no amplo reconhecimento da economia de mercado e do Estado Democrático de Direito. Embora algumas mentes mais lúcidas do partido tenham tentado impor essa nova visão, ela terminou não prevalecendo, dada a animosidade partidária contra a propriedade privada, a economia de mercado, a liberdade de imprensa e dos meios de comunicação em geral e a democracia.

Não é suficiente considerar as medidas sociais tomadas pelo PT quando no exercício do poder como essencialmente social-democratas, dado que a própria experiência europeia mostra que os partidos democrata-cristãos na Itália e na Alemanha, além da direita francesa com De Gaulle, seguiram política semelhante. Aliás, muitas medidas sociais, por exemplo, na Inglaterra, nasceram das consequências sociais da 1.ª Guerra, no cuidado de órfãos, viúvas e idosos.

Há uma tentativa ainda em curso no País de salvar a concepção de esquerda das consequências dos governos petistas. É curioso, pois é como se a ideia de esquerda fosse imaculada, desde sempre válida, o problema consistindo, então, em sua má realização. Ora, trata-se de uma ideia fundamentalmente religiosa, dogmática, pois a experiência histórica mostra que a realização das ideias de esquerda culmina sempre no totalitarismo, no desastre econômico-social, em políticas liberticidas, quando não no assassinato coletivo de milhões de cidadãos.

No Brasil, ela está acabando na prisão. Dos males, o menor, pois o País tem uma chance de revigorar sua mentalidade, sua concepção, e empreender um novo caminho. O que não pode ?" nem deve ?" é permanecer em mera repetição histórica.

Analisemos alguns dos fatores do malogro petista, tendo presente que não estamos diante de nenhum acidente de percurso, mas de algo inerente a esta lógica esquerdista. A corrupção seria um elemento central.

Primeiro ?" O intervencionismo dos governos Dilma e Lula em seu segundo mandato origina-se de profunda desconfiança quanto à economia de mercado, à propriedade privada e à livre-iniciativa. Tudo foi feito para limitar a vida dos empreendedores, salvo os grandes grupos empresariais e financeiros que se aliaram ao assalto ao Estado e aos seus "benefícios". As bases da corrupção já se faziam presentes tanto na alocação de recursos quanto na necessidade de os empresários comparecerem aos balcões da propina. As delações bem mostram o compadrio entre eles.

Segundo ?" O PT considerou o lucro como algo moralmente negativo, algo a ser evitado, devendo os membros partidários se apresentar como as encarnações do bem, por mais falsa que fosse essa representação. O lucro deveria ser controlado por uma elite burocrática partidária, imbuída do esquerdismo de suas concepções.

Terceiro ?" Ora, se o lucro era desprezível, qualquer medida para combatê-lo seria justificável, até mesmo extorquir empresários para dele compartilharem. Ou seja, se o lucro não era legítimo, a propina e a corrupção enquanto formas de partilha seriam justificáveis, sobretudo se feitas em nome do partido. Note-se que até hoje o partido considera como válida a distinção entre corrupção privada e partidária, a segunda tendo valor moral.

Quarto ?" De acordo com essa perspectiva, os fins (partidários) justificariam os meios (a corrupção, a propina, saquear estatais), de tal maneira que a imoralidade e a ilegalidade nada mais seriam do que meios de atuação partidária. A imoralidade partidária foi, assim, erigida em princípio.

Quinto ?" A corrupção petista, no entanto, não se restringiu a enriquecer os cofres partidários, mas se alastrou também para os bolsos de seus membros. Os milhões de enriquecimento individual saltam aos olhos e assombram qualquer um. Foi, digamos, um meio perverso de conversão ao capitalismo, tudo passando a valer.

Sexto ?" Essa conversão perversa é, assim, o fruto de uma concepção do mercado como não tendo nenhuma regra, onde tudo valeria. Na verdade, essa concepção termina por identificar o mercado ao contrabando, não imperando nenhuma lei. E se a lei não vigora numa economia de mercado, por que os membros do partido deveriam segui-la?

Sétimo ?" Para que tal política fosse bem-sucedida seria necessário que a imprensa e os meios de comunicação em geral fossem controlados e supervisionados, de tal modo que a verdade não fosse revelada. Foram inúmeras as tentativas do governo Lula de exercer esse controle, aquilo que foi eufemisticamente qualificado como "controle social dos meios de comunicação". O "social" era o acobertamento da corrupção. Isto é, a corrupção e a imoralidade partidária não poderiam tornar-se públicas, pois o projeto partidário terminaria inviabilizado. E é isso que, de fato, está acontecendo.
Herculano
03/10/2016 07:33
PARTIDOS RECLAMAM DE PINDAÍBA, MAS ESTÃO RICOS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Apesar do chororô sobre a proibição de doações de empresas privadas para campanhas, os partidos políticos faturaram R$ 492 milhões do Fundo Partidário entre janeiro e agosto. E isso é só metade do que vão embolsar até dezembro. Os políticos criaram no Congresso essa forma segura de meter a mão no bolso do contribuinte sem o risco de ver a Polícia Federal na porta. Em 2015, eles nos tungaram R$ 811 milhões.

OBRA DE DILMA
Em 2015, a então presidente Dilma sancionou alegremente a lei que triplicou o valor anual de dinheiro público transferido aos partidos.

PT MILIONÁRIO
O PT faturou R$ 73,56 milhões, até agosto. Em segundo lugar, o maior rival, PSDB (R$ 60,6 milhões), seguido do PMDB (R$ 59 milhões).

?"TIMO NEG?"CIO
A Rede de Marina Silva, o PRTB de Levy Fidélix e o PSDC de outro eterno candidato, Eymael, somados, levaram mais de R$ 10 milhões.

HIPOCRISIA
Partidos nanicos de esquerda enjeitam o capitalismo, mas não rejeitam os milhões do fundo: PCB, PSTU e PCO juntos levaram R$3,8 milhões.

ALIADOS PEDEM REFORMAS SO DEPOIS DAS ELEIÇÕES
O Planalto acertou com aliados que enviará a reforma da Previdência para o Congresso somente após as eleições. É caso típico de sangria desatada, porque logo não haverá dinheiro para pagar a aposentados e pensionistas, mas, na avaliação do governo, com deputados e senadores focados na campanha, o assunto não seria discutido de forma "construtiva" e poderia acabar contaminado pelo clima eleitoral.

SEM EMBARAÇOS
Além disso, Henrique Meirelles prometeu ao presidente da Câmara que não criaria embaraços para aliados às vésperas da eleição.

PROMESSA
Em conversa com empresários, Rodrigo Maia avisou que a proposta não será aprovada neste ano, mas começará a tramitar este mês.

PRIORIDADES
Rodrigo Maia avisou à equipe econômica do governo que é melhor esgotar o debate sobre o teto do gasto do funcionalismo público.

CHAVE DE CADEIA
Ser ministro da Casa Civil do PT virou sinônimo de cadeia. José Dirceu e Antônio Palocci já estão presos, e Aloizio Mercadante, Jaques Wagner e Erenice Guerra não perdem por esperar, dizem adversários.

RALO ABERTO NA CEMIG
A estatal Cemig aumenta a tarifa alegando crise, mas dinheiro não falta para bancas de advocacia, às quais deu R$ 8 milhões de uma tacada: Belgo Advogados (R$ 1,4 milhão), Jason Albergaria (R$ 3,1 milhões), Santos Rodrigues (R$ 1,1 milhão) e Tostes & Paula (R$ 2,4 milhões).

MERA COINCIDÊNCIA, CLARO
O presidente da Cemig, Mauro Borges, e Felipe Torres, sobrinho do governador mineiro Fernando Pimentel (PT), que abiscoitou cargo na estatal de energia, estão no foco da PF na Operação Acrônimo.

LOBBY REGULAMENTADO
Esta semana, líderes partidários se reúnem para discutir a regulamentação do lobby na Câmara. Os deputados acham que a proposta deve ser concluída até o fim deste ano.

LIGAÇÕES PERIGOSAS
Funcionários da Dataprev andam "boquiabertos" com a presença quase diária, antes de sua efetivação, de Paulo de Tarso Campolina, que seria amigo dos petistas Guido Mantega e Carlos Gabas, despachando com o presidente que pretende substituir, Rodrigo Assumpção.

REJEIÇÃO CAMPEÃ
São Paulo vive processo eleitoral atípico: os principais candidatos têm rejeição mais alta que as respectivas intenções de votos, à exceção de João Dória Jr (PSDB). Mesmo assim, por muito pouco: dois pontos.

FORUM DE JUÍZES
Nesta segunda, mais de 200 juízes, incluindo Sérgio Moro, participam do Fórum Nacional Criminal dos Juízes Federais, promovido pela Ajufe. O presidente da entidade, Roberto Veloso, vai defender que o STF mantenha a decisão de prender condenados na segunda instância.

DIA DO BOXE
Um projeto de lei do deputado Marcelo Matos (PHS-RJ) define 26 de março como Dia Nacional do Boxe. Trata-se de homenagem ao pugilista brasileiro Éder Jofre, que nasceu nesta data.

PENSANDO BEM...
...pelas regras eleitorais, ainda resta uma noite de sono tranquilo aos enrolados na Lava Jato. Só uma.
Herculano
03/10/2016 07:29
PRESENÇA INDESEJÁVEL, por Valo Cruz para o jornal Folha de S. Paulo

O PMDB de Michel Temer ficou bem mal na foto nas três principais capitais do país. Perdeu feio em São Paulo, no Rio e em Belo Horizonte. Para quem comanda hoje o país, era de se esperar resultado no mínimo um pouco melhor.

Afinal, nestas grandes cidades do chamado triângulo das bermudas da política, o pleito costuma sofrer mais influência de temas nacionais. Talvez aí esteja uma das razões da derrota dos aliados do presidente.

O peemedebista herdou de sua antecessora, Dilma Rousseff, uma herança maldita. Para consertar o estrago deixado pela petista, o receituário é amargo e impopular: ajuste fiscal e reforma da Previdência.

Não por outro motivo, Temer driblou os protestos programados para a hora de seu voto. Antecipou sua ida à seção eleitoral e escapou de vaias e xingamentos certos. Aplausos, dos eleitores, ele ainda não garantiu e vai demorar para conquistar.

Sua agenda, de fato, é ingrata. Não rende votos nem simpatia. Corta verbas de programas federais e vai fazer o brasileiro trabalhar mais para ter direito à aposentadoria. Só que ele não tem outra saída, já que o estrago deixado por Dilma é gigantesco.

Daí que, no segundo turno, ele deve manter a mesma posição do primeiro. Não interferir nas campanhas. Não porque possa beneficiar esse ou aquele candidato governista em detrimento de outros, mas porque sua presença, hoje, é indesejável para quem quer ganhar a eleição.

Temer, até aqui, tem prometido não se curvar ao populismo diante das vaias que tem enfrentado ou delas escapado, como na eleição em São Paulo. Diz não ter medo da impopularidade, desde que consiga equacionar a crise econômica do país.

Na fase da interinidade, ele emitiu sinais contraditórios nesta seara. Tinha a justificativa de ainda não ser definitivo. Agora, o que dele se espera é exatamente o que está prometendo. Fazer o que tem de ser feito. Se assim o fizer, por enquanto é conviver com as vaias e até fugir delas.
Herculano
03/10/2016 07:26
ENTRE A HESITAÇÃO E A FIRMEZA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

O presidente Michel Temer (PMDB) abandonou as meias palavras a que em geral recorre e, na semana passada, jogou a culpa pela crise na gestão petista e afirmou não ser passivo seu a irresponsabilidade que trouxe o país à recessão.

Às vésperas de seu teste de fogo - a votação da proposta que limita o crescimento dos gastos à inflação -, Temer busca angariar apoio na sociedade para o ajuste duro que será preciso implementar. O deficit nas contas públicas, afinal, chegou a R$ 170,5 bilhões.

O presidente deixa de lado uma parte fundamental, porém, ao não completar o balanço com um mea-culpa. Membro fundamental da coalizão que sustentou as duas gestões de Dilma Rousseff (PT), nada disse sobre o que acontecia.

Alertas não faltaram; provenientes dos mais variados setores, ganhavam volume na mesma proporção dos desmandos federais. O PMDB, contudo, engrossou o coro apenas quando Dilma já agonizava.

Se é correto dizer que o PT detinha o comando da política econômica desastrosa, também o é que o PMDB foi seu sócio minoritário e silencioso, beneficiando-se tanto da maquiagem contábil como do assalto aos cofres públicos.

Feito o balanço completo, reconheça-se que o país precisa sair do atoleiro em que se encontra. A esse respeito, as propostas do governo Temer apontam na direção correta.

O teto para os gastos públicos é condição necessária e primeiro passo para recuperar a confiança na solvência do Estado. Se aprovado, como se espera, o ritmo de crescimento das despesas se dará de forma controlada. A imposição de um limite também forçará um bem-vindo debate democrático sobre as prioridades do Orçamento.

Temer também se comprometeu a enviar ao Congresso uma sugestão de reforma da Previdência, sem a qual o teto se inviabilizará.

Para que prospere, porém, a proposta deve ser bem explicada e primar pela equidade. Ou seja, além de levar em conta a evolução da demografia, precisa equiparar os privilégios de aposentadorias especiais no serviço público às regras do INSS.

Quanto às mudanças na legislação trabalhista, após tropeços de comunicação, o governo dá sinais de que prefere aguardar respostas advindas da própria sociedade.

A agenda básica da administração Temer parece delineada. A hesitação e os recuos que têm caracterizado o governo, contudo, deixam dúvidas quanto à firmeza de propósitos do presidente - algo especialmente necessário dado o pendor do PMDB para práticas arcaicas e patrimonialistas.
Herculano
03/10/2016 07:21
A MAIOR DERROTA DO PT NOS ÚLTIMOS ANOS, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

O PT saiu de terceira maior legenda em termos de prefeitos e vereadores do país para o décimo lugar, e terá que começar do início.

Em SP, o pior fracasso do PT em muitos anos. O que seria uma vitória parcial capaz de amenizar os reveses nacionais do partido acabou se transformando em uma derrota acachapante. Pela primeira vez nas disputas para a prefeitura de São Paulo, um prefeito foi eleito no primeiro turno, e não foi do PT, e nem mesmo um político tradicional.

O tucano João Doria transformou-se na maior vitória do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e foi o responsável pela maior derrota eleitoral do PT nos últimos anos.

O prefeito Fernando Haddad, rejeitado pela população da cidade, sonhou disputar o segundo turno contra Doria, mas teve que cancelar a entrevista coletiva que daria saudando o feito para telefonar para o vencedor.

O ex-presidente Lula, testando mais uma vez sua verve de prestidigitador, ainda anunciou surpresas a favor do PT nessas eleições municipais, mas a derrota tão devastadora nem mesmo pode ser qualificada de surpreendente, dados os últimos acontecimentos em torno da legenda.

O PT saiu de terceira maior legenda em termos de prefeitos e vereadores do país para o décimo lugar, e agora vai ter que começar do início. Pior que isso só o fato de que o maior rival, o PSDB, deve sair como o maior vencedor dessas eleições, tendo a vitória em São Paulo como seu grande trunfo.

Do ponto de vista pessoal, as lideranças petistas mais visíveis, os ex-presidentes Lula e Dilma, transformaram-se em pesos políticos para seus seguidores. Lula gravou programas de televisão para a campanha de Haddad, que não foram ao ar por recomendação dos marqueteiros do prefeito. Lula, só em carreatas em locais específicos onde ainda detinha algum valor eleitoral, na periferia paulistana.

Mas, mesmo assim, João Doria ganhou eleitores nessas periferias antes dominadas pelo PT. As derrotas petistas em diversos municípios do entorno da capital, inclusive no berço do PT, São Bernardo do Campo, são mais sinais de que o partido entrou em declínio, e terá muito problema para se reorganizar para 2018.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, se fosse para o segundo turno, mesmo que perdesse para Doria como tudo indicava, poderia representar uma renovação do PT. Mas nem isso sobrou para ele, que, se quiser continuar na vida pública, terá que mudar de legenda.
De Olho aberto
03/10/2016 00:22
Quero ver seu comportamento daqui pra frente.

Será um vendido ou u. grande profissional?
seu jornal já se mostrou ser uma tendência
Ana Amélia que não é Lemos
02/10/2016 21:05
Sr. Herculano:

Olha que notícia boa.
"Deputados do PT farão renúncia coletiva se Lula for preso".
Do blog Pensa Brasil.

A desmoralização de LuLLa e do PT é notória e os resultados eleitorais mostram que ele e seu partido estão no chão.
Ariovaldo José
02/10/2016 20:37
Herculano!

Literalmente o PT foi varrido do mapa em Santa Catarina. A partir do dia 01/01/2017 vai aumentar o desemprego, o que vai ter de PETISTA perdendo sua boquinha. Irão sentir na pele todo o mal que fizeram ao povo brasileiro, o castigo vem a cavalo. Amanhã vai começar as demissões na BARROSA, só quero ver a choradeira. As obras serão todas paralisadas.
Herculano
02/10/2016 20:31
A PESQUISA MAPA FUROU EM BLUMENAU


Com 100% das urnas apuradas, Blumenau terá segundo turno entre Napoleão Bernardes - PSDB (44,81%) e Jean Kuhlmann - PSD (35,06%).
Herculano
02/10/2016 19:43
GASPAR TEM O PRIMEIRO VEREADOR NEGRO

É Ciço Amaro, PSD. Há quem diga que o pastor Irineu Bruno, que foi vereador, poderia reivindicar este dado histórico
Herculano
02/10/2016 19:38
MORASTONI VIRA E VENCE EM ITAJAI

1º - Volnei Morastoni (PMDB) - 36,62%
2º - Anna Carolina (PSDB) - 35,87%

Diferença foi de 789 votos.
Herculano
02/10/2016 19:37
RESULTADO FINAL EM LUIZ ALVES. O PT TAMBÉM PERDEU


1º - Marcos Veber (PSDB) - 60,8%
2º - Braz Müller (PMDB) - 39,2%
Herculano
02/10/2016 19:08
EMPREGO

O pessoal do PT de Gaspar vai agora pedir emprego em Rodeio

1º - Paulinho Weiss (PT) - 61,15%
2º - Hélio (PSDB) - 38,85%
Herculano
02/10/2016 19:06
RESULTADO FINAL


1º - Dida (PMDB) - 64,22%
2º - Keka (PP) - 35,38%
Herculano
02/10/2016 19:04
RESULTADO FINAL

1º - Wan-Dall (PMDB) - 37,4%
2º - Brick (PSD) - 25,9%
3º - Lovidio (PT) - 23,1%
4º - Andreia Nagel (PSDB) - 13,5%
Herculano
02/10/2016 18:51
PAVAN PERDE EM BALNEÁRIO CAMBORIU

O ex-deputado, o ex-senador, o ex-vice e governador, Leonel Arcanjo Pavan, PSDB, não conseguiu sensibilizar e foi rejeitado nas urnas. Assim como a Jade, PMDB que representava a continuidade do maluquinho Edson Piriquito. Fabrício, PSB, leva quase a metade dos votos válidos
Herculano
02/10/2016 18:46
A RENOVAÇÃO MA CÂMARA

Antecipei que a renovação na Câmara seria bem acima da média. É isto que está se consagrando. A base que o PT tinha está se esfarelando
Herculano
02/10/2016 18:44
EM BRUSQUE PREFEITO TAMPÃO PERDE

João Luiz Cunha, o Boca, do PP, é o prefeito tampão, por via indireta. Perdeu na urna. Tem gasparense que estará sem emprego a partir de 31 de dezembro
Herculano
02/10/2016 18:40
O PSDB NO VALE

O partido faz barba, cabelo e bigode, mas não conseguiu o mesmo sucesso em Gaspar. Todavia, é o único partido que consegue mais votos do que expressavam todas as pesquisas publicadas ou registradas
Herculano
02/10/2016 18:36
A REALIDADE DO PT

O PT de Blumenau que manda no PT de Gaspar, e que na propaganda de lá tinha um novo modo de governar, está morto. Não conseguiu 5% dos votos.

Aqui, o modo de governar, também foi rejeitado. Perdem Pedro Celso Zuchi, Mariluci Deschamps Rosa, Décio Neri de Lima, Ana Paula de lima...

Herculano
02/10/2016 18:31
AS PESQUISAS SE CONFIRMAM EM GASPAR E KLEBER EDSON WAN DALL, PMDB, LIDERA

Com metade das urnas das urnas apuradas, Kleber está na frente com folga
Sidnei Luis Reinert
02/10/2016 14:11
Em busca do voto perdido


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O jurista patriota Antônio José Ribas Paiva é um amigo que define de forma justa e perfeita nosso fenômeno eleitoral: "O regime político brasileiro é de Pareado Medieval: democracia só para os pares do reino. Para nós, o povo, vigora a Ditadura do Proletariado. As eleições são meros instrumentos para manter essa ditadura".

Antônio José Ribas Paiva desabafa, muito pt da vida: "A chapa PT-PMDB, eleita com o dinheiro desviado da nossa Petrobras e outras estatais, continua presidindo o Brasil. O Tribunal Superior Eleitoral permite essa ilegitimidade, massacrando a Democracia. Por isso, a Intervenção Constitucional é o único caminho para resgatar o Brasil, com a Junta Governativa (ideal) ou, até com o Temer".

Ser obrigado a votar é uma aberração Democrática. A coisa fica ainda pior com o modernoso sistema eleitoral eletrônico. Somos forçados a confiar, cegamente, na segurança absoluta das urnas eletrônicas e do processamento de votos sem direito a uma recontagem (total ou por amostragem) por voto impresso.

O processo é viciado. As pesquisas de intenção de voto são outra fraude prévia: quem assegura que eles não induzam tendências do eleitorado? Sem falar na evidente presença do crime institucionalizado investindo alto e influindo no patrocínio de candidaturas suspeitíssimas. Enfim, o Brasil é uma grande "Zona" eleitoral.

Os segmentos esclarecidos da sociedade brasileira, cada vez mais de saco cheio e a ponto de explodir, precisam exigir mudanças estruturais efetivas. A mudança Política é urgente urgentíssima. Fim do voto obrigatório, implantação do voto distrital e distrital misto, fim da ditadura cartorial dos partidos, permitindo livres candidaturas avulsas de cidadãos. Votação eletrônica, porém com recontagem obrigatória por voto impresso.

Redução do número de vereadores, deputados e senadores. Racionalização da máquina pública que serve aos eleitos. Adequação de gastos com todo esse pessoal da "política profissional". Acompanhamento transparente sobre a atuação dos políticos, usando a tecnologia disponível nas redes sociais. Possibilidade de "recall" para eleitores impedirem os políticos que infringirem as leis. Eis as mudanças básicas, fundamentais.

Inegavelmente, o processo político reflete, diretamente, a baixa qualidade cidadã dos brasileiros. O mal funcionamento da sociedade já incomoda a maioria, porém ainda não atingiu o nível insuportável para detonar as mudanças de modo mais rápido. Lentamente, no entanto, algumas coisas mudam.

Felizmente, muitos começam a perceber que a pressão popular tirou até uma "Presidanta". O criador dela corre alto risco de parar na cadeia junto com muitos comparsas que enriqueceram ilicitamente na vida pública. No entanto, a maioria também constata que ainda falta mudar muita coisa para melhorar o Brasil.
Herculano
02/10/2016 10:18
COLUNA INÉDITA

Terça-feira, é dia de coluna inédita para os leitores e leitoras do portal Cruzeiro do Vale.

Na verdade, os dois principais comentários já estão prontos. A não ser que as pesquisas furarem e derrubarem o que escrevi. Mas, prometo que vou publicá-los mesmo assim, com a ressalva que fiz baseado nas pesquisas.
Herculano
02/10/2016 07:33
PESQUISAS

Daqui a pouco começa a única pesquisa que valerá. E cabo eleitoral só poderá responder uma vez fingindo como se fosse vários com a mesma opinião.
Herculano
02/10/2016 07:29
O QUE DEU TÃO CERTO PARA DORIA E TÃO ERRADO PARA SEUS ADVERSÁRIOS? OU: DORIA É UM SINAL DE QUE A IMPRENSA TEM DE TOMAR CUIDADO COM O "BULLYING" POLÍTICO, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Em 36 dias, candidato tucano tem a maior ascensão da história das disputas eleitorais. As circunstâncias explicam; as qualidades pessoais do candidato e a campanha também.

Há pouco mais de um mês, as esquerdas, especialmente aquelas incrustadas nas redações, tratavam João Dória de maneira jocosa. Era o "coxinha" certinho que queria se meter na política. Não passava de uma invenção do governador Geraldo Alckmin. Não sabia nada do assunto? Iniciado o horário eleitoral no rádio e na televisão, as críticas se acirraram. Parece um boneco? Onde já se viu falar daquele jeito? Esse nunca viu o povo de perto. Trinta e seis dias depois, o "coxinha" que sofria um verdadeiro bullying da imprensa pode levar a eleição no primeiro turno na maior capital do país, integrará a galeria dos políticos com o maior número de votos individuais da história - desta eleição, é claro que será, por razões óbvias -, bate o recorde de ascensão em prazo tão curto e, por óbvio, manda ecos para 2018, na disputa presidencial. Afinal, claro que Geraldo Alckmin se torna uma dos vitoriosos dessa disputa.

O que deu tão certo para Dória e tão errado para seus adversários e para os que resolveram mangar de sua candidatura? Bem, os dados estavam todos postos na realidade. Bastava saber montar a equação. E, desta feita, vamos admitir: Alckmin, que bancou o seu nome, soube ler o jogo, e o próprio Dória também.

Político ou não-político?
É claro que a política tradicional e os políticos conhecidos vivem uma fase de fadiga. Com todas as virtudes que a Lava-Jato possa ter, provoca também efeitos negativos - a exemplo de tudo na vida. Nada no mundo caminha num único sentido. Assim, ser um candidato outsider era um ativo nesse cenário. Ocorre que o mal dos outsiders consiste, justamente, em desafiar os cânones da política, fazendo bobagem, por inexperiência ou açodamento. E Dória, nesse caso, não errou por um motivo óbvio: não é tão outsider assim.

Filho de político, como ele próprio lembrou, enfronhado nesse mundo desde a juventude, ele conhece os bastidores da vida pública como poucos. No debate da Globo, a esquerdista Luíza Erundina (PSOL) resolveu chamá-lo - ou xingá-lo, na cabeça dela - de "lobista". Ele não se abalou, não alterou a voz, não se irritou. Deu uma resposta educada, elegante e marcou a diferença de visão de mundo entre os dois. De fato, ao organizar o LIDE, o Grupo de Líderes Empresariais - com suas várias ramificações -, Dória investe numa militância que é de caráter associativo. Lobby? Digamos que seja um lobby em favor das virtudes da livre iniciativa. Erundina deve achar isso um crime. Em todo o mundo democrático, é uma virtude.

Por que faço essa observação? Porque o não-político João Dória, como ele mesmo se define, tem, obviamente, mais experiência política do que a grande maioria dos? políticos. E, na sua atividade, há uma exigência com a qual Erundina nunca precisou lidar: as iniciativas têm de dar resultado. Quem acompanhou os bastidores da campanha atesta: em vez de ir fazendo desafetos no meio do caminho, Dória foi agregando pessoas. Não houve um único dia de crise.

Ao se dizer um "não político", contra a evidência de que pertence a um partido é um afilhado de Alckmin, está apenas chamando a atenção para o fato de que, até agora, aos 58 anos, não dependeu dessa atividade para sobreviver. Não disputou cargo nenhum nem posições de mando na legenda. Nessa medida, não é, obviamente, um político tradicional. E boa parte do Brasil, com efeito, não quer políticos tradicionais.

Há mais a explicar a sua ascensão meteórica.

Repúdio ao PT, mas com cara nova
São Paulo, na sua maioria, não gosta do PT e dos seus métodos. Basta ver o resultado nas eleições no Estado e na cidade - inclusive as federais. Com segundo turno, Luíza Erundina não teria sido eleita em 1988. Fernando Haddad conseguiu chegar lá em razão de circunstâncias muito específicas, que nem cabem neste texto. Marta Suplicy venceu em 2000 com o voto de repúdio do eleitorado tucano a Paulo Maluf. Dória conseguiu encarnar, sim, a rejeição da maioria da cidade ao PT e ao prefeito, mas sendo a expressão de uma novidade também no tucanato. Desde 2002, José Serra e Geraldo Alckmin se alternam como os nomes do partido à Prefeitura e ao governo do Estado.

Desta feita, havia um tucano na parada - e o eleitorado do PSDB é grande, como se sabe -, mas havia também uma outra cara, em que não se conseguia colar facilmente uma pecha. No máximo, tentaram o "coxinha", "empresário", "lobista". Tudo inútil. Se observarem, o próprio Alckmin, um "tradicional", ficou longe da TV. Num cenário, reitero, de fadiga dos políticos, era o "desconhecido" Dória, mas com bastante tempo na TV, contra os "conhecidos" Haddad, Marta, Russomanno e Erundina. Até Major Olímpio (SD), se tivesse o que dizer, poderia ser considerado experiente.

Campanha impecável
A campanha de Dória até aqui - e vamos ver como será no segundo turno, se houver - foi impecável. Sem alarde, inaugurou uma estética nova nas disputas, em que o povo não aparece como animalzinho amestrado, servil ao nhonhô, grato porque "ganhou" isso ou aquilo no passado, inclusive do próprio Dória. Para a sua sorte, ele não tem um passado nesse caso. Assim, fez uma campanha que foi quase sempre propositiva. Quando o eleitor apareceu na televisão, foi sempre numa condição altiva, não choramingas.

Há mais: ele próprio, já apontei isto aqui, não fez concessões à agenda politicamente correta, inclusive a da imprensa. Não teve receio de falar com dureza, clareza, mas sem histeria, contra a invasão de propriedades, contra o absurdo programa "Braços Abertos", contra os "pancadões" e pichadores, contra o "ciclofetichismo" ?" que é coisa diferente de um programa de mobilidade que contemple as bicicletas ?", contra, em suma, esse "bicho-glilismo new age" representado pela figura de Fernando Haddad. Num dado momento, cheguei a imaginar que Marta teria a coragem de também comprar essa briga, mas a coisa parou no meio do caminho.

O terceiro elemento a destacar na campanha tem a ver com a figura do próprio Dória. É uma pessoa naturalmente educada. Não é uma figura contra quem se possa ter uma reação furiosa, como a tentada por Luíza Erundina no debate da Globo. Alguém tem dúvida de que, ao desferir aquele ataque, Erundina acabou se queimando, e ele ganhou pontos? Ninguém bate na "bisa", né?, nem quando ela fala inconveniências. E ele não bateu. Mesmo as críticas à gestão Haddad sempre foram muito sóbrias. O "bravo" era Major Olímpio, se é que me entendem? Contra tudo e contra todos.

Dória será um bom prefeito?
Não sei. Tomara que sim! A cidade merece. Os paulistanos merecem. Se isso acontecer, um novo modelo de política pode se consolidar: menos estridente, mais civilizado, voltado às soluções segundo regras da economia de mercado, que funciona, e, obviamente, segundo as leis.

Dória não é bobo e sabe que não conseguirá na Prefeitura a celeridade e eficiência que obtém em suas empresas, nos negócios. A razão é simples: ele não estará lidando apenas com gestores. Para parte daquilo que pretende fazer, terá de contar com o apoio da Câmara dos Vereadores, que não lembra um convento - ou lembra, mas daqueles de Eça de Queirós. Mais: um bom gestor na iniciativa privada se antecipa a problemas. O desejável é que o administrador público faça a mesma coisa. Só que, nesse caso, as demandas são múltiplas e costumam gritar primeiro.

Não será, como prefeito, tão rápido com o é como um empresário porque parte não dependerá da sua vontade e da sua disposição. Mas é articulado, mantém diálogo com os políticos e com os empresários e certamente buscará estabelecer as pontes institucionais de diálogo com os que decidirem lhe fazer oposição.

A sua vitória é a vitória da civilidade política. Para o bem de São Paulo e do Brasil, a gente deve torcer para que seja bem-sucedido.
Herculano
02/10/2016 07:19


O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

É hoje! ACORDA! Acorda pra votar! Ou pra vomitar. Acorda pra vomitar!

Rarará!

Tecla, confirma e vomita. Vômito Cívico! Dia do Alívio Nacional!

E sabe o que eu vou fazer? Chegar naquele micro-ondas eleitoral e teclar PIPOCA! E vou votar embriagado. Prefiro acordar de ressaca que de remorso!

Rarará!

E um amigo gay me disse que não vai votar porque a Lady Gaga não tá concorrendo a nada!

Rarará!

Ai, que preguiça! Não pode votar pelo WhatsApp? Não tem 0800 que nem no "Big Brother"?

E faltam três teclas no micro-ondas eleitoral: "Filho duma Quenga". "Elvis Não Morreu" e "Globo Golpista". Rarará!

E os versos do poeta pernambucano: "Eleição é apenas o dia marcado/ para o povo abestalhado/ escolher a marca da vaselina/ com que o povo vai ser enrabado". Rarará! E, entre todos os candidatos, eu prefiro devolver o planeta pros dinossauros!

Rarará!

É mole? É mole, mas sobe!

E quem votar atrás de mim tá ferrado! Vou teclar em todos os vereadores! Pra ver todos os bizarros!

O trem-fantasma desgovernado.

E ainda vou soltar três peidinhos na cabine. Pro próximo eleitor!

Rarará!

Quem quiser mudanças, vote na Granero!

Rarará!

Nóis sofre, mas nóis goza!

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

O Brasil tomou um ácido lisérgico no café da manhã
Herculano
02/10/2016 07:12
NEGAR A POLÍTICA DÁ VOTO, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

A suspeita de que a crise de 2016 daria na negação da política começa a se revelar acertada. Nas duas maiores cidades brasileiras, candidatos que fogem do perfil tradicional chegam às urnas com ampla vantagem nas pesquisas.

Em São Paulo, um dublê de milionário e apresentador de TV disparou na liderança com 44% das intenções de voto. João Doria, do PSDB, explora dois sentimentos em alta na cidade: a antipolítica e o antipetismo.

"Não sou um político, sou um empresário", ele repete, desde o início da campanha. O tucano também capitalizou o cerco da Lava Jato ao PT. "Lula é um sem-vergonha, um cara de pau", ataca, como se estivesse num trio elétrico na avenida Paulista.

No Rio, um bispo da Igreja Universal que ganhou fama como cantor gospel lidera a corrida à prefeitura. Marcelo Crivella, do PRB, tem 32%. Após uma longa temporada de transformações urbanas para a Olimpíada, ele baseia sua campanha num lema curioso: "Chega de obras, chegou a hora de cuidar das pessoas".

O fenômeno do eixo Rio-SP se repete em Belo Horizonte, onde dois personagens do futebol dominam a disputa. O ex-goleiro João Leite, do PSDB, e o cartola Alexandre Kalil, do PHS, devem ir ao segundo turno. O slogan do ex-presidente do Atlético Mineiro é direto: "Chega de político".

Há uma longa distância entre a conversa dos candidatos e a realidade. Doria já exerceu cargos nos governos Covas e Sarney. Deve sua escolha a outro cacique, o governador Alckmin. Crivella é senador há 14 anos, e Leite está no sexto mandato de deputado. O discurso de negação da política é furado, mas parece dar voto.

*

No primeiro teste pós-impeachment, o PT teme sofrer o maior revés em eleições municipais desde 1985. A única capital em que o partido lidera isolado é Rio Branco, no Acre. Por isso, levar Fernando Haddad ao segundo turno em São Paulo se tornou vital para o futuro da sigla.
Herculano
02/10/2016 07:06
A GUERRA DO FIM DO MUNDO, por Carlos Brickmann

As operações da Polícia Federal vão se desenvolvendo normalmente, as delações premiadas continuam a apontar pagamentos e conexões que levam a novas investigações, mas a Lava Jato hoje busca um objetivo principal: a condenação do ex-presidente Lula. Há um certo consenso de que todo o trabalho até agora realizado se perderá se Lula puder ser candidato em 2018 - e, pior ainda, se for eleito, apesar do que foi até agora conhecido.

É difícil explicar à opinião pública que um gerente da Petrobras, como Pedro Barusco, tenha se apossado de uns R$ 200 milhões, enquanto o presidente da República se limitou ao triplex, ao sítio de Atibaia, a presentes que deveria ter mandado incorporar ao patrimônio da União e a gentilezas de empreiteiras. As denúncias contribuem para minar a imagem de Lula, mas é preciso ter mais do que isso para cercear um político com sua popularidade, contatos e capacidade de manobra. É quase uma operação especial dentro da Operação Lava Jato: a Operação

PEGA LULA

Boa parte das perspectivas de êxito da investigação está no material colhido com a apreensão de documentos da Odebrecht. Saem daí, por exemplo, informações sobre as palestras de Lula. A LILS, empresa do ex-presidente, se antecipou e divulgou seus dados: 72 palestras, cada uma a US$ 200 mil, para 45 empresas contratantes. Seis dessas empresas, a propósito, acusadas por superfaturamento e propinas na Petrobras.

LULA FORA

As seis empresas acusadas no Petrolão e que pagaram US$ 200 mil por palestra de Lula são Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, UTC e Queiroz Galvão. Executivos da Andrade Gutierrez, UTC e Camargo Corrêa fizeram delações premiadas, confessaram o pagamento de propinas, mas ao que se saiba não incluíram os pagamentos pelas palestras de Lula na lista de ilegalidades.

É a Guerra do Fim do Mundo: a Lava Jato e Lula, frente a frente, com sangue nos olhos, um querendo destruir o outro.

O NOVO-POBRE

O Supremo Tribunal Federal liberou os bens de Marcelo Odebrecht. O empresário, preso e condenado na Lava Jato, demonstrou que o bloqueio dos bens inviabilizava sua sobrevivência e de sua família. Então, tá.
Herculano
02/10/2016 07:06
PASSINHO PRA FRENTE..., por Carlos Brickmann

No período em que Temer assumiu interinamente a Presidência, antes do impeachment, ele e sua equipe deixaram claro que revitalizar a economia iria exigir um substancial corte de gastos públicos, a reforma da Previdência e amplas modificações nas leis trabalhistas. A emenda constitucional estabelecendo um teto para o aumento dos gastos públicos seria (e foi) encaminhada ao Congresso. Era o caminho a seguir.

...PASSINHO PRA TRÁS...

Ao assumir de vez a Presidência, Temer se tornou bem mais flexível: concedeu ótimos aumentos a grupos corporativos com capacidade de pressão, e ampliou os gastos públicos em algo como R$ 40 bilhões (com isso, aumentou o déficit orçamentário em bons 30%). Em seguida, a reforma que considerava essencial e inadiável, a da Previdência, para não desagradar deputados e senadores, foi adiada para depois das eleições (que se realizam hoje; mas há segundo turno, há um período de consolidação do novo quadro político, e as festas de fim de ano vão chegando). Temer promete enviar o projeto de reforma em novembro - e ou é votado às pressas, sem que haja debate profundo no Congresso, ou fica para 2017.

...PASSINHO PRO LADO

Agora, segundo o bem informado colunista Josias de Souza (josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br), a reforma trabalhista ficou para depois. Há no Governo quem ache que um novo projeto é desnecessário: já tramitam no Congresso projetos que tratam do tema. Basta emendá-los, se for o caso, e aprová-los. Quando houver tempo e disposição.

O FIM DO CAMINHO

Resultados do vaivém, quando se esperavam atitudes decisivas:

Buraco nas contas públicas: R$ 58,8 bilhões até 31 de agosto. No mesmo período do ano passado, o buraco era de R$ 1,15 bilhão;

Rombo na Previdência: R$ 87,57 bilhões até 31 de agosto. No mesmo período do ano passado, era de R$ 44,56 bilhões.

DINHEIRO PÚBLICO É PÚBLICO

O Ministério Público sugeriu a anulação de normas do programa Minha Casa, Minha Vida que submetem as famílias às organizações privadas que gerem empreendimentos. Entidades de luta pela moradia inscritas no programa escolhem, segundo seus critérios, as famílias que vão receber casas. Há entidades, por exemplo, que dão preferência a quem for a mais manifestações. Se a sugestão não for aceita, o MP entrará na Justiça.
Herculano
02/10/2016 06:57
RANKING PODE AJUDAR ELEITOR A DECIDIR VOTO, por Fernando Canzian, do jornal Folha de S. Paulo

Neste quesito Gaspar está entre os piores do Brasil

Na hora de votar neste domingo (2) seria bom ter em perspectiva que a grande maioria dos prefeitos escolhidos nas últimas votações têm falhado sistematicamente em entregar o básico aos eleitores de suas cidades.

E que boa parte dos recursos disponíveis nos municípios têm sido canalizados para um crescente aumento dos gastos com funcionários, muitas vezes apadrinhados do governante eleito ?"e que farão parte da despesa permanente dessas cidades.

É isso o que mostra o Ranking de Eficiência dos Municípios - Folha (REM-F), uma ferramenta on-line que permite consultar quais cidades entregam mais saúde, educação e saneamento usando menos recursos financeiros.

O levantamento, que cobre 5.281 cidades (95% do total), mostra ainda quanto cada município gasta com sua Câmara de Vereadores, o grau de dependência por recursos externos (repassados a eles por Estados e União) e o aumento dos gastos com funcionários na última década.

Segundo o REM-F, 3 em cada 4 municípios do Brasil (76%) não são eficientes no uso de recursos disponíveis para as áreas básicas de saúde, educação e saneamento, que deveriam ser a prioridade dos administradores.

Ele mostra ainda que 70% das cidades brasileiras dependem hoje em mais de 80% de verbas que vêm de fontes externas à sua arrecadação, o que pode ser uma das razões para a falta de rigor no uso dos recursos.

Em relação ao funcionalismo, na média, as prefeituras brasileiras aumentaram em 53% o total de funcionários nos últimos dez anos, enquanto o crescimento populacional nas cidades foi de apenas 12%.

O levantamento mostra também que 1 em cada 5 municípios hoje descumprem a Lei de Responsabilidade Fiscal, que fixa um teto para a despesa com pessoal (que não deve ultrapassar 54% da receita).

A lei também é sistematicamente ignorada em relação à publicação, em tempo real na internet, das contas de cada prefeitura.

Para ajudar o eleitor, o REM-F traz ainda os partidos dos prefeitos eleitos nas últimas três eleições e o atual índice de eficiência de cada um dos municípios.

Minha nota: neste quesito, Gaspar está numa situação sofrível: 3.656, entre 5,281 pesquisados. Perde até para Ilhota que está em 1010
Herculano
02/10/2016 06:39
DEPUTADO GASTA À VONTADE E GANHA 'RESSARCIMENTO', por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A crise financeira afeta os brasileiros, mas não chega aos deputados federais. Entre janeiro e 15 de setembro, eles foram ressarcidos em R$ 136,65 milhões de quaisquer "despesas" que realizaram nesse período, de farras gastronômicas a mordomias em geral. Trata-se da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, o "cotão". Em 2015, R$ 203,57 milhões "ressarciram despesas" de suas excelências.

VERBA PRECIOSA
O dinheiro gasto pelos deputados federais no "cotão" seria suficiente para construir 2 mil casas populares, padrão "Minha Casa, Minha Vida".

SACO SEM FUNDO
O saco sem fundo chamado cotão não inclui o salário de R$ 33,7 mil por mês de cada deputado federal, que em breve passará a R$ 39 mil.

CAMPEÕES DE GASTOS
Só o deputado Rocha (PSDB-AC) foi reembolsado em R$ 421 mil, Hiran Gonçalves (PP-RR) R$ 392 mil e Zeinaide Maia (PR-RN), R$ 385 mil.

NA OUTRA CASA
Exatos 81 senadores já consumiram dos contribuintes mais de R$ 12 milhões em "ressarcimento de despesas", somente este ano.

DIPLOMATAS COMEMORAM O FIM DA 'BAIXARIA PT'
Diplomatas brasileiros comemoram, mundo afora, o fim da baixaria que marcou as viagens internacionais dos governos do PT. As comitivas oficiais, de Lula ou de Dilma, tratavam os diplomatas como "criados". E ainda deixavam para trás problemas para as embaixadas resolverem, como quando uma nora do ex-presidente Lula achou de meter na mala ricas toalhas e lençóis do hotel. Pagos, depois, pelo contribuinte, claro.

ELA NÃO GOSTA DELES
No exterior, a ex-presidente Dilma costumava humilhar diplomatas, referindo-se a eles com ironia até diante de próceres estrangeiros.

OVOS CAIPIRAS À MESA
Dilma usava diplomatas, como ocorreu em Londres e Oslo, ordenando até que lhe fritassem ovos "caipiras", que sempre levava na bagagem.

LAMBUZANDO-SE NO MELADO
Em hotéis de luxo, era frequente membros das comitivas presidenciais implicarem até com a mobília, exigindo sua troca. Sempre aos gritos.

EX-TESTEMUNHA É PARA SEMPRE
Luciana, alagoana que vive na Itália, anunciou retorno ao Brasil só para armar o maior barraco contra o banqueiro Daniel Dantas. Ex-tradutora, ela foi testemunha contra a TIM, em tribunal arbitral em Paris, na ação em que ele exige da empresa italiana indenização de 1 bilhão de euros.

JESUS DÁ VOTOS
Defensor dos direitos LGBT e com parlamentares gay, o PSOL não resiste ao oportunismo: coligou-se em 695 candidaturas com PSDC, PSC e PRB, partidos ligados a igrejas que acusa de "homofóbicos".

ESQUISITICE
Ex-chefe de gabinete de Antônio Palocci, Juscelino Dourado era tido como sujeito esquisito, no Ministério da Fazenda. Tinha o hábito de repreender quem o tratava de "Dr. Juscelino", assim, como todo mundo fala. Ele exigia que se destacasse a primeira sílaba: "Jusssscelino".

SAUDADE DAS REGALIAS
Os servidores da Câmara estão chateados com o reduzido número de sessões de plenário, em setembro. Com isso, o contracheque não será tão recheado sem as horas-extras.

BOCA LIVRE
O candidato Celso Russomanno (PRB) recebe R$ 33,7 mil como deputado, mas ao consumir R$ 38 por uma salada e R$ 49 por meia picanha, ele fez a Câmara pagar, na cota de "atividade parlamentar".

TRABALHO VOLUNTÁRIO
Voluntárias, como mulheres de ministros do Superior Tribunal Militar, sonham apresentar a primeira-dama Marcela Temer o trabalho que realizam no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), confeccionando e doando kits de enxoval a mães e bebês pobres.

FANTASMA NO SENADO
O MPF denunciou uma ex-servidora, Teresa Nunes de Barros Mendes, por haver acumulado por 25 anos os cargos de analista do Senado e escrivã do Tribunal de Justiça do Piauí. Terá de devolver uma fortuna.

ALÍVIO
Deputados agradeceram aos ministros pelo governo Temer não ter enviado as propostas de reformas trabalhista e previdenciária. Dizem que seriam "alvo fácil" de petistas na eleição municipal deste domingo.

PENSANDO BEM...
...o PT poderia aproveitar seu time de ilustres desocupados, presos em Curitiba, para montar o "governo paralelo" anunciado por Lula.
Herculano
02/10/2016 06:32
ELEIÇÃO E AS PESQUISAS EM GASPAR

Hoje é dia de eleições. Não há mais como enrolar, postergar. Ainda é possível manobrar. Foi uma noite de intensas negociações pelas esquinas.

E o que mais se ouviu, além da tradicional tentativa de mudar e comprar os votos? O quanto as pesquisas podem ser desmoralizadas.

E isso, só será possível de ser confirmado depois das 17h. Até lá, ficam as dúvidas e os duvidosos, os crentes e os manipuladores. Acorda, Gaspar!
Herculano
02/10/2016 06:28
A CULPA PELA "MAIOR CRISE DA HISTORIA" É TAMBÉM DE TEMER, por Clóvis Rossi, para o jornal Folha de S. Paulo

Michel Temer jura que não tem nada a ver com o que chama (corretamente, aliás) de "a maior crise da história". Falso: Temer é corresponsável pelo estrago causado por Dilma Rousseff. Fico até constrangido em dizê-lo, tão óbvia que é a constatação. Mas, já que o vice, agora efetivado, finge que não é com ele, vejamos alguns pontos básicos:

1 - Temer fez questão de ser de novo candidato a vice-presidente na chapa de Dilma, na eleição de 2014. Ora, se queria continuar na chapa, a implicação óbvia é a de que concordava com as políticas executadas até então. Foram elas que levaram à "maior crise da história", tanto que Dilma, ao inaugurar o segundo mandato, despachou Guido Mantega, seu ministro da Fazenda no primeiro período, e chamou Joaquim Levy, com a missão de fazer o que, agora, cabe a Henrique Meirelles.

2 - Temer não teve nem a coragem de criticar algo da política adotada pela presidente, ao contrário do que fez, por exemplo, um de seus antecessores, José Alencar, vice de Lula.

Alencar cansou-se de atacar os juros altos praticados na gestão Lula. É verdade que suas críticas acabaram sendo inócuas, porque Lula preferia sempre ouvir Meirelles, então presidente do Banco Central, um inoxidável ortodoxo.

Conto a propósito episódio sobre juros de que fui testemunha: dias depois da posse de ambos, Meirelles foi ao tradicional Fórum de Davos. Cruzei com ele no cafezinho e perguntei como fizera para convencer Lula a aumentar os juros (de 25%, já obscenos, para 26,5%). Meirelles contou, então, que dissera ao presidente que, no Brasil, sempre que a inflação bate nos dois dígitos (como estava acontecendo na ocasião), acaba disparando.

Digamos que não é ciência, mas é uma demonstração de que, além de salsichas e jornais, se soubermos como se faz política econômica no Brasil não compraríamos nem um nem as outras.

Volto a Temer: seu silêncio, ao longo do período Dilma (exceto para a mesquinha queixa de que era um vice decorativo), só pode ser lido como cumplicidade.

O máximo que o hoje presidente poderia alegar é que não era chamado para participar de decisões do governo, apesar de ser o presidente do maior partido de sua sustentação.

Desculpa pobre. O fato é que o PMDB, com Temer à cabeça, é parte de um sistema político apodrecido, como a Lava Jato está demonstrando a cada dia ou semana.

Giuseppe Coco, cientista político formado na Universidade de Paris 7 e hoje na Federal do Rio de Janeiro, escreve para a revista "Nueva Sociedad" que Temer e Dilma são "duas caras da mesma moeda, cúmplices e responsáveis, os dois, da crise".

Para sorte do presidente, o PT lhe dá legitimação para seu projeto de reformas, ao colocar Temer "à frente de um golpe e fazer dele uma força política oposta quando, na realidade, é aliada e corresponsável do fracasso do PT", completa Coco.

Resta saber se e quando a responsabilidade pelo fracasso, aos olhos do público, sairá da órbita do PT para cair também no colo de Temer.
Fernando walter
01/10/2016 21:52
Boa noite
Parabéns pela repaginada...
Sempre acompanhando notícias de Gaspar..
Finalmente teremos mudanças no governo desta bela cidade.....desejos que o novo governo acarinho hospital de Gaspar pelo qual temos muito carinho

Att

Fernando walter/Blumenau SC
Herculano
01/10/2016 21:44
ESCONDE ESCONDE

Tem gente que escondeu que é separado, que a empresa que diz possuir não tem balanço e nem empregados, que...
Herculano
01/10/2016 21:42
MANCHETE QUE FALTOU NA CAMPANHA

Comissionado de alto vencimento tira vaga de criança de trabalhador na creche de Gaspar.

Tem político que não aguentaria esta pergunta no debate. Foi poupado.
Herculano
01/10/2016 21:38
PIADA DA NOITE

O PT de Gaspar espalhou na rede um selo "Celso Zuchi vota 13".

Era só o que faltava ele declarar voto diferente.

Agora que tem gente muita próxima dele e do candidato Lovídio que não votarão 13, ah isso tem.
Herculano
01/10/2016 20:09
PESQUISAS

Se os partidos e políticos de Gaspar reclamam das pesquisas, as que saíram agora a noite do Ibope e do Datafolha, na principal cidade brasileira, a de São Paulo, trazem números muitos distintos. Mas a coerência delas é preservada e em ambas há históricos comparáveis. Não é o caso daqui onde só uma tem essa mínima possibilidade.

Outra. Em São Paulo, como em outras cidades, o debate publico foram fatores relevantes e decisivos.

Aqui em Gaspar, tudo o que quase todos os candidatos não queriam era debater. Alguns deles, demonstraram nem saber o que continham seus planos que registraram na Justiça eleitoral. Houve que perguntado teve quem nem soubesse como iria cumprir o que prometeu se eleito.

Reclamações? Dúvidas? Exageros? Está tudo gravado.
Herculano
01/10/2016 20:01
MANCHETE DA EDIÇÃO DESTE DOMINGO DO JORNAL O ESTADO DE S. PAULO

PT pode perder metade das 635 do país. Esta é a análise do próprio partido. Ou seja, de verdade?Vai perder mais.


Sidnei Luis Reinert
01/10/2016 19:50
FUNCIONÁRIOS QUE AJUDARAM DILMA SÃO DEMITIDOS

Brasil 01.10.16 13:08
O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Alberto Beltrame, exonerou os funcionários que ocupavam cargos de confiança envolvidos com a furada de fila de Dilma para requerer aposentadoria do INSS.

São eles: Iracemo da Costa Coelho e Fernanda Cristina Doerl dos Santos. A decisão será publicada no Diário Oficial desta segunda-feira.
http://www.oantagonista.com/posts/funcionarios-que-ajudaram-dilma-sao-demitidos

Desinfetando os cargos públicos...
Herculano
01/10/2016 18:54
DORIA DISPARA E CHEGA A 44% EM SÃO PAULO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Thais Bilenky. Na véspera do primeiro turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo, pesquisa Datafolha mostra o candidato João Doria (PSDB) na liderança isolada, com 44% das intenções de votos válidos. Fernando Haddad (PT) alcançou 16% e está em empate técnico com Celso Russomanno (PRB), que também tem 16%, e Marta Suplicy (PMDB), com 14%.

Nas simulações de segundo turno, o tucano agora venceria os três oponentes com folga. Doria teria 54% contra 25% de Russomanno, 54% contra 29% de Marta e 59% contra 26% de Haddad.

Os votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, são os contabilizados nas urnas e por isso espelham melhor o cenário real da eleição. Doria está a seis pontos de levar no primeiro turno.

O levantamento, feito na sexta-feira (30) e no sábado (1º) com 4.022 pessoas, tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Luiza Erundina (PSOL) registrou 5% das intenções de votos válidos. Major Olímpio (SD) teve 2%, seguido por Levy Fidelix (PRTB) e Ricardo Young (Rede), com 1%. Henrique Áreas (PCO), Altino (PSTU) e João Bico (PSDC) não atingiram 1%.

CRESCIMENTO

Com o maior tempo de televisão, apoio do governador Geraldo Alckmin, que usou a máquina do Estado em favor do aliado, Doria disparou em um mês. No início de setembro, ele tinha 19% das intenções de votos válidos, subiu para 30% no dia 21, chegou a 35% no início desta semana e agora 44%
Herculano
01/10/2016 18:48
O TRAÍRA E O VOTO LIVRE

Cena gasparense

O PT está acuado. Não só aqui. Em todo o Brasil. Quem tiver acesso à informação comprovará esta situação.

Não vou listar todas as incoerências e incompetências que só a analfabetos, ignorantes, desinformados e fanáticos manobrados, permitiram ao partido e seus sócios estarem no poder por tanto tempo.

Vou lembrar apenas uma necessidade cidadã mínima: a transparência com aquilo que é público, que é de todo, o governo, os pesados tributos. E por falta da transparência que exige corretamente dos outros, que tudo se conspira contra o PT que estava ou está no poder.

Pois não é que nesta manhã, um prócer partidário local viu em um eleitor uma identificação adversária. Irritou-se. E por isso, em algo essencial da democracia, o desqualificou.

Chamo-o, em público, do nada, de traíra. Recebeu o revide físico. Reação. Também condenável.

Este é o PT, ó que prega a pluralidade, o que acusa os outros da prática do ódio, mas que não consegue olhar para o seu próprio rabo, atitudes e atos. Ninguém por possuir ou defender outra ideia ou preferência política deve ser alvo da intolerância partidária, ideológica e até animal.

Escolhas, na linguagem do PT, PCdoB, PSOL, PSTU, PDT e outros são trairagem. Vergonhoso.

Só este fato, compreendido como grave à liberdade de expressão, é o sinal claro que se deve mudar, experimentar o novo e derrotar os totalitários. Afinal, os eleitores e seus votos, são secretos e livres.

A cidade não pode ficar refém do medo onde o cidadão não pode mais expressar a sua contrariedade ou defender uma escolha, mesmo que essa escolha seja errada (e no caso de hoje, certamente, não era, pois era apenas uma escolha). Acorda, Gaspar!
Herculano
01/10/2016 14:42
TUDO FARINHA DO MESMO SACO. A REVISTA VEJA DESTE FINAL DE SEMANA DESVENDA O QUE TODOS OS BRASILEIROS MEDIANAMENTE ESCLARECIDOS SABEM HÁ DÉCADAS. PROPINEIRO DO PMDB DECIDE FALAR, E LAVA JATO CHEGA A RENAN CALHEIROS, O QUE FOI CAPAZ DE MUDAR A CONSTITUIÇÃO COM APOIO DO PRESIDENTE DO SUPREMO PARA PROTEGER DILMA VANA ROUSSEFF E O PT

Texto de Thiago Bronzatto, Rodrigo Rangel e Hugo Marques. Em sua caçada montante, a Operação Lava-Jato nunca esteve tão perto de capturar o terceiro homem na linha de sucessão da República: o senador Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, que preside o Senado Federal. VEJA teve acesso a um despacho sigiloso do ministro Teori Zavascki, cuja leitura traz quatro revelações:

? O homem da mala do PMDB, o empresário e advogado Felipe Rocha Parente, fez um acordo de delação premiada e apresentou cinco anexos, como são chamados os itens que compõem a lista do que o delator pretende detalhar.

? Em um dos cinco anexos, Parente conta que entregava propinas para a cúpula do PMDB. Eram fruto de dinheiro desviado da Transpetro, subsidiária da Petrobras.

§ Entre os beneficiários das propinas saídas da Transpetro, estão Renan Calheiros e seu colega de Senado Jader Barbalho, do PMDB do Pará.

§ O anexo de Parente ainda precisa ser comprovado no curso da delação, mas já foi confirmado por pelo menos três delatores.

As revelações do despacho de Teori jogam luz sobre um dos momentos mais barulhentos da Lava-Jato, ocorrido entre maio e junho passado. Nessa ocasião, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de uma só tacada, pediu ao Supremo Tribunal Federal que decretasse a prisão de Renan Calheiros, do senador e então ministro do Planejamento Romero Jucá e do ex-presidente da República José Sarney. Os três peixões graúdos do PMDB haviam sido gravados por Sérgio Machado, que comandou a Transpetro durante doze anos por indicação da cúpula peemedebista.

Machado negociava um acordo de delação premiada e tentava reunir evidências que sustentassem a estrondosa revelação que faria tão logo assinasse o acordo: como foram distribuídas propinas de 100 milhões de reais ao partido que hoje governa o país.

As prisões pedidas por Janot foram rejeitadas pelo Supremo, mas, em segredo, os investigadores fecharam um acordo de colaboração com Felipe Parente, o entregador de propinas. Do seu depoimento, surgiram os laços que comprometem o PMDB com a Transpetro. O lado visível desses laços já era conhecido. Renan Calheiros era um dos principais fiadores da permanência de Sérgio Machado no comando da Transpetro.

O lado invisível apareceu com a delação do próprio Sérgio Machado, que contou que Renan era bem remunerado pela fiança. No início do esquema, recebia um porcentual sobre cada contrato assinado com a estatal. Depois, optou por um mensalão de 300?000 reais, que eram repassados pelo próprio Sérgio Machado, segundo ele mesmo. Em anos eleitorais, o numerário se multiplicava. De 2004 a 2014, Renan embolsou 32 milhões de reais, ainda segundo Machado. Desse total, pelos cálculos do delator, empreiteiras do petrolão simularam ter doado 8 milhões de reais ao diretório nacional do PMDB. Os outros 24 milhões foram entregues em dinheiro vivo. É nessa etapa - na entrega em dinheiro vivo - que entra Felipe Parente. Ao menos até 2007, era ele quem fazia entregas a Renan, conforme contou Sérgio Machado.

Em seus depoimentos, mantidos em sigilo, Felipe Parente confirmou ter distribuído propina da Transpetro a pedido de Sérgio Machado. Citou nomes, lugares e circunstâncias em que o dinheiro foi entregue. Para oferecer provas concretas, deu informações sobre hotéis onde se hospedou para finalizar o trabalho. Contou que, numa ocasião, foi orientado a deixar a "encomenda" destinada ao senador Jader Barbalho com uma tal de "Iara". Os investigadores chegaram a Iara Jonas, senhora de pouco mais de 60 anos, assessora de confiança de Jader Barbalho. Lotada no gabinete do senador, com salário de quase 20?000 reais, ela trabalha para a família Barbalho há 22 anos. Apresentado à fotografia de Iara, Parente reconheceu-a como a destinatária do dinheiro.
Herculano
01/10/2016 14:29
KLEBER E MARCELO NÃO ASSINARAM O PACTO PELA VIDA PLENA DAS MULHERES GASPARENSES

A informação é da Coletiva de Mulheres de Gaspar. O documento que queriam ver assinado, aponta questões das mulheres vítima de violências, acesso à aconselhamento sobre o aleitamento materno, a implantação de equipamentos públicos com serviços especializados e o empoderamento feminino através da efetivação de políticas públicas.

O Coletivo afirma que entrou em contato por e.mail, facebook, telefone e pessoalmente, mas não obtiveram adesão e sucesso de Marcelo de Souza Brick, PSD, e Kleber Edson Wan Dall, PMDB. Lovídio Carlos Bertoldi, PT e Andreia Symone Zimmermann Nagel, assinaram o tal pacto.
Herculano
01/10/2016 14:19
A INATIVIDADE FÍSICA CUSTOU PARA O MUNDO US$ 67,5 BILHÕES

A seleção natural desenhou o corpo humano para o movimento.

Desde que nossos ancestrais desceram das árvores, há 6 milhões de anos, a competição conferiu vantagem de sobrevivência às mulheres e aos homens que se movimentavam com mais desenvoltura. Como resultado, o corpo que chegou até nós tem pernas e braços longos, fortes e articulados para andar, correr, trepar em árvores, abaixar e levantar com eficiência e facilidade.

A partir da segunda metade do século 20, no entanto, sucessivos avanços tecnológicos tornaram possível ganharmos o pão nosso de cada dia sem sair da cadeira. Graças ao conforto moderno, passamos a usar o corpo de uma maneira para a qual ele não foi engendrado.

Ao mesmo tempo, novas técnicas de cultivo agrícola e armazenagem possibilitaram o acesso de grandes massas populacionais a alimentos de alta qualidade. As refeições da classe média de hoje são mais nutritivas do que as dos nobres nos castelos medievais.

A ingestão diária de um número maior de calorias do que as exigidas para a manutenção do peso saudável de um corpo sedentário criou as condições para a explosão da epidemia de obesidade que assola o mundo. No Brasil, 52% dos adultos estão acima do peso.

Um estudo internacional publicado numa das revistas médicas de maior prestígio ("The Lancet") procurou quantificar os prejuízos causados pela pandemia de inatividade física.

Os autores fizeram uma revisão sistemática da literatura para estimar os custos diretos (para os sistemas de saúde) e os indiretos (produtividade perdida) do sedentarismo em 142 países, que representam 93% da população mundial.

Consideraram o impacto direto no sistema de saúde causado por cinco enfermidades, nas quais a influência da vida sedentária é conhecida com mais detalhes: doença coronariana, derrame cerebral, diabetes tipo 2, câncer de mama, câncer de cólon e reto.

Os custos indiretos foram calculados a partir da produtividade perdida com as mortes prematuras por essas doenças. A falta de dados para a maioria dos países não permitiu estimar as perdas com o absenteísmo provocado por elas.

Foram classificadas como inativas as pessoas que não seguem a recomendação da Organização Mundial da Saúde de praticar atividade física de intensidade moderada ou vigorosa durante pelo menos 150 minutos por semana.

A aplicação de métodos estatísticos complexos permitiu chegar às seguintes conclusões:

1) Contados os gastos dos sistemas de saúde e os anos perdidos de trabalho por morte precoce, a inatividade física custou para o mundo US$ 67,5 bilhões (cerca de R$ 217,5 bi). O número é igual ao PIB da Costa Rica e maior do que o PIB de 80 dos 142 países estudados.

2) O mundo perdeu 13,4 milhões de anos de trabalho com as mortes prematuras.

3) Quanto mais pobre o país, menor o suporte financeiro governamental e maior a despesa das famílias com o tratamento das doenças estudadas.

4) A inatividade física é uma pandemia que provoca não apenas morbidade e mortalidade, mas grandes perdas econômicas. Os problemas gerados por ela são mais graves nos países em desenvolvimento.

Essas estimativas são extremamente conservadoras, consideraram apenas cinco de pelo menos 22 enfermidades em que a inatividade tem importância causal.

Ficaram de fora outras que são de alta prevalência, como as reumatológicas e as ortopédicas, a hipertensão arterial, a síndrome metabólica e alguns transtornos psiquiátricos, por exemplo.

No Brasil, a faixa etária da população que mais cresce é a que está acima dos 60 anos, justamente a mais sedentária. É nessa fase da vida que incidem as doenças crônico-degenerativas mais comuns: hipertensão arterial, obesidade, câncer, diabetes, problemas ortopédicos e o cortejo de complicações associado a elas.

Cruzar os braços diante de mulheres e homens sedentários que engordam e envelhecem com um ou mais desses males é caminhar para a aceitação de uma eutanásia passiva para os mais velhos, uma vez que nem o SUS nem a Saúde Suplementar terão condições de arcar com os custos.

Qual de nossos antepassados poderia imaginar que o maior desafio da saúde pública do século 21 seria convencer a população a andar?
Herculano
01/10/2016 14:13
O CAPITALISMO DOS COMUNISTAS

Em Gaspar, nesta última semana, o destaque ficou por conta do material ostensivo para os vereadores do Partido Comunista do Brasil, e emprestado pelo PT para apoiar Marcelo de Souza Brick.

Quem andou pela cidade hoje pode perceber essa ostensividade.
Herculano
01/10/2016 14:11
GASPAR FERVE

Hoje há restrição de campanhas abertas. Mas, em Gaspar o velho jeito de burlar as restrições continua.

Houve um adesivamente maciço de veículos. Há comboio de veículos, que percorrem bairros, buzinam sem querer ao mesmo tempo, e assim vai.

Há almoços entre amigos e até famílias, mas que na verdade são comícios e reuniões políticas disfarçadas.

Os tanques de combustíveis estão a pleno para quem é do grupo de "apoio".

Se isso vai terminar bem para os vencedores? É uma aposta que se verá depois de domingo. Acorda, Gaspar!
Herculano
01/10/2016 14:06
"A CULPA NÃO FOI MINHA", DIZ TEMER SOBRE CRISE E DESEMPREGO NO BRASIL QUE ATINGE MAIS DE 12 MILHÕES DE TRABALHADORES, RECESSÃO E UMA PERSPECTIVA DE RECUPERAÇÃO MUITO SOMBRIA

TEMER MENTE. ENGANA. O PMDB FOI S?"CIO, PARCEIRO E COORESPONSÁVEL COM E DO PT POR ESSE DESASTRE QUE VAI AFETAR PELO MENOS UMA GERAÇÃO INTEIRA.

TEMER FOI VICE DE DILMA VANA ROUSSEFF POR SEIS ANOS E CINCO ANOS COMO PRESIDENTE DO PARTIDO. O PMDB OCUPOU VÁRIOS MINISTÉRIOS DO GOVERNO DO PT COMO GIGOL?" DO PODER. SÃO 13 ANOS DE PARCERIAS NA PRESIDÊNCIA DO PAÍS COM O PT. ENTÃO TEM CULPA SIM. E MUITA.

É PERIGOSO O QUE AFIRMA. POR QUE? O DISCURSO QUE TEMER FEZ ONTEM FOI PARA GENTE INFORMADA, GENTE QUE DEU DINHEIRO PARA A CAMPANHA, GENTE QUE ESTÁ QUEBRANDO E ESPERA QUE O GOVERNO ASSUMA A CULPA E OS POLÍTICOS MUDEM.

SE TEMER GINGE NA CARA DURA QUE O PMDB NÃO TEM CULPA NESTA CRISE E DIZ ISSO PARA ESSE TIPO DE PÚBLICO, O QUE ESTARÃO FAZENDO OS CANDIDATOS DO PMDB PARA ENGANAR ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS QUE VOTARÃO AMANHÃ NOS GROTÕES?

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Renata Agostini e Mariana Carneiro. A crescente, inflação elevada e investimentos deprimidos. Esse foi o Brasil que o presidente Michel Temer disse que recebeu de Dilma Rousseff.

Temer, que foi vice de Dilma desde a primeira eleição, em 2011, afirmou, em discurso em São Paulo, que não tem culpa da gravidade do quadro que encontrou

"Vou cansá-los com dados para que daqui a dois, três meses não digam que o passivo é nosso", disse.

O presidente mencionou a inflação, que acelerou de 6% para 10% ao ano entre 2014 e 2015, e uma queda do investimento de 25%.

"Por trás desses dados estão homens e mulheres que pagam um preço inaceitável. Chegamos a quase 12 milhões de desempregados. E reitero que não foi culpa minha."

O presidente afirmou que o país vive "a pior crise de sua história", decorrente do desequilíbrio das contas do governo. E que herdou R$ 185 bilhões em restos a pagar. "Os gastos se transformaram numa bola de neve", afirmou.

"A lista é longa e nos leva a algumas conclusões incontornáveis. A crise que enfrentamos é a mais grave da nossa história. Não quero assustá-los, mas motivá-dos para que juntos possamos sair dessa crise. A causa é basicamente interna e fiscal. O Estado endividou-se muito além de sua capacidade, e gerou recessão e desemprego."

Temer participou de evento organizado pela revista "Exame" em São Paulo.
Herculano
01/10/2016 13:47
O IMPACTO DAS URNAS PARA 2018, por Leandro Colon, do jornal Folha de S. Paulo

Aécio Neves e Eduardo Campos celebravam há quatro anos a vitória em primeiro turno de seus candidatos nas eleições municipais de Belo Horizonte e do Recife.

Ambos saíram daquela eleição fortalecidos e praticamente definidos como os nomes de PSDB e PSB ao Palácio do Planalto para a votação que ocorreria dois anos depois.

O roteiro a seguir todos sabemos. Campos morreu tragicamente num acidente aéreo a dois meses da eleição presidencial. Aécio perdeu no segundo turno para Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT.

De lá para cá, Aécio foi chamuscado pela Lava Jato, Dilma teve seu mandato cassado num processo de impeachment e o PMDB assumiu a Presidência com Michel Temer. Muita coisa mudou em pouco tempo.

O contexto local costuma naturalmente preponderar em campanhas municipais, mas é inevitável o vínculo do resultado nos principais colégios eleitorais do país com o xadrez da disputa presidencial de 2018.

Uma vitória de João Doria na briga pela prefeitura de São Paulo, por exemplo, representa, dentro e fora do PSDB, um empurrão à candidatura de Geraldo Alckmin ao Planalto.

Um resultado que coloca o governador paulista, padrinho de Doria, casinhas à frente de Aécio no tabuleiro da corrida tucana pela chapa.

O PT, por sua vez, terá de recalcular as pretensões nacionais se for confirmada a previsão de derrota esmagadora da sigla nas capitais e em outras cidades de relevância política.

Soma-se ao mais profundo drama da história petista a falta de um plano B diante do risco de Lula virar ficha suja com uma condenação na Lava Jato em segunda instância.

O PMDB tende a manter a primazia municipal nos rincões. Legendas da base do governo Temer devem levar a melhor na maioria das capitais.

O desafio do PMDB, na verdade, é outro. Para chegar em forma a 2018, mais do que ganhar prefeituras neste domingo (2), tem de resgatar uma economia que respira por aparelhos.
Herculano
01/10/2016 10:07
COISA DO PARDAL

O promotor Marcelo Sebastião Netto de Campos denunciou. O juiz Rafael Germer Condé deu 48 horas para o candidato Marcelo de Souza Brick, tirar as bandeiras e as propagandas ilegais da saveiro NZE 9746. A multa é de R$1 mil pela desobediência.

O PMDB foi de longe, nas consultas que se faz a Justiça Eleitoral, o que mais abusou das práticas proibidas de propaganda eleitoral.

Mais uma vez o PMDB, Délgio Roncaglio, Kleber Edson Wan Dall e agora, Evandro Carlos Andrietti foram punidos.

Kleber usou bandeiras irregulares no Fiat Uno MCZ5033 e botou uma bandeira num jardim de residência na Rua Pedro Simon, na Margem Esquerda; Andrietti colocou uma bandeira na residência na Rua Vitório Fantoni, na Bateias; e Delgio fixou propaganda no poste na Rua Amandio Beduschi.

Tinham 48 horas para retirar tudo sob pena de serem punidos com até R$8 mil

Outro do PMDB que foi pelo pelo Pardal, foi o Chico Anhaia. ele fez um vídeo de propaganda dentro da Sociedade Ferroviário, da qual é presidente, fato que a lei não permite. O vídeo estava rolando na página do facebook. Terá que retirar imediatamente sob pena de pesadas multas.

Outra do Pardal pegou o Sidney KLeis. Ele fez um vídeo no gabinete do prefeito de Luiz Alves, Viland Bork, pedindo votos para o 15. Tanto o MP quanto o juiz entenderam ser este tipo de manifestação irregular. Concedeu liminar e abriu prazo de 48 horas para se defender.

Como se vê não está fácil o jeito grotão de ser nestas eleições.
Herculano
01/10/2016 09:43
PARDAL, A NOVIDADE QUE INCOMODA CANDIDATOS, PARTIDOS E CORONEIS ACOSTUMADOS COM A VELHA PRÁTICA DA PROPAGANDA E CABALA NOS GROTÕES

Uma das ferramentas de fiscalização instituídas pela Justiça Eleitoral brasileira neste pleito está incomodando os candidatos e partidos.

Antes eles contavam com as limitações físicas de fiscalização da própria Justiça (falta de gente e até porque o foco burocrático é outro quanto mais se aproxima o pleito).

A tecnologia resolveu isso, quase como uma mágica. Transformou o cidadão e a cidadã eleitor e eleitora, respectivamente, em fiscal da própria Justiça, da moralidade e ética do pleito.

Um aplicativo chamado de Pardal, que pode ser baixado em qualquer smartphone, de qualquer marca, dá essa autonomia e autoridade ao cidadão de boa fé (e de má fé também, mas que pode sofrer consequências por isso).

Basta fotografar, gravar vídeo e áudio da irregularidade como provas, ou relatar fatos, e num clique,enviar para a Justiça eleitoral. Está feita a denúncia que obrigatoriamente tem que ser avaliada pelo Ministério Público Eleitoral. Ele, então, decide se é crime e se leva ao juízo para julgamento e decisão.

Na Comarca de Gaspar e que abrange ainda os municípios de Ilhota e Luiz Alves, nos últimos dias, intensificou-se o uso dessa ferramenta. E nas consultas das decisões judiciais, é fácil de se perceber a sua validade. Ela obrigou à punição de vários candidatos. Todos até o momento com punições leves. A maioria referente à esperteza no modo ou no espaço proibido da propaganda eleitoral.

É os políticos não estão com a vida fácil, nem nos grotões. Espera-se que o número de denúncias aumentem significativamente entre hoje e amanhã, dia das eleições, diante as práticas antigas de transporte de eleitores, cabala e compra de votos
na boca da urna. A menos que estejam consciente de que há mais transparência e cidadania. Acorda, Gaspar!
Herculano
01/10/2016 09:24
O FACEBOOK E A PÁGINA ANONIMA EM GASPAR

O facebook recorreu da multa milionária determinada pelo juiz eleitoral Rafael Germer Condé.

A piada já foi tirada do ar. Mas, os donos da página ainda não foram identificados.

O PT, sem discurso, se faz de vítima e postou um discurso na tentativa de obter votos com isso. Já fiz um comentário sobre isso, anteriormente.
Herculano
01/10/2016 09:21
PESQUISAS X DISCURSOS X VOTOS

Pois neste sábado, vésperas de eleições, ao invés de discursos e convencimento nas propostas de governo que registraram - alguns deles de araque, é bem verdade - , PT, PMDB e PSD travam em Gaspar uma guerra de crédito e descrédito sobre as pesquisas publicadas até aqui.

Falta-lhes também caráter, autoridade moral e credibilidade perante o eleitor para sustentar o que estão argumentando e distribuindo. Se fosse verdade o que afirmam, não fariam tudo isso clandestinamente.

E se fazem escondidos e tentando não deixar rastros de provas é porque mentem ou não são capazes de sustentar o que afirmam.

Aliás, qualquer eleitor, com um smartphone, pode gravar essas ações e usá-lo para enviar a Justiça Eleitoral via o aplicativo Pardal, a prova do crime.
Herculano
01/10/2016 08:59
SEPARATISTAS FAZEM PLEBISCITO INFORMAL PARA CRIAR PAÍS NA REGIÃO SUL

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Paula Sperb, colaboradora de Porto Alegre. Sim ou não. Essas são as alternativas que moradores de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná poderão assinalar nas cédulas que perguntam sobre a formação de um novo país, formado apenas pelos três Estados.

A consulta informal, sem validade legal, será realizada pelo movimento separatista "O Sul é meu país" neste sábado (1), das 8h às 17h.

O movimento foi criado há 25 anos, em Santa Catarina. No último ano, uma centena de reuniões e eventos foram realizados pelos voluntários. Segundo Celso Deucher, 49 um dos fundadores do movimento, a organização arrecadou R$ 100 mil em doações para fazer a votação.

A ideia original era realizar o "Plebisul", como é chamada a consulta, junto com as eleições municipais, no domingo (2). A iniciativa, porém, foi vetada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC).

A decisão do desembargador Cesar Augusto Mimoso Ruiz Abreu alegava que a consulta poderia atrapalhar as eleições e era uma tentativa de desmembrar o território nacional, o que é crime. Com a alteração da data, o "Plebisul" foi liberado.

A estimativa de Deucher é que a votação aconteça em 1.500 urnas instaladas em até 500 cidades. O historiador e jornalista acompanhará a votação em Brusque (SC) onde serão computados os votos dos três Estados. A previsão é que o resultado seja divulgado até às 21h.
Herculano
01/10/2016 08:54
ELEIÇÃO INDEFINIDA DEIXA CENÁRIOS ABERTOS, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no jornal Folha de S. Paulo

Com a eleição indefinida à véspera do primeiro turno, diversas possibilidades de interpretação estão abertas. Das seis capitais com maior peso político, apenas uma - Salvador, com ACM Neto (DEM) - deve decidir a parada neste domingo (2). Nas outras cinco, o jogo se encontra incerto.

Apesar da nítida e esperada primazia dos partidos alinhados ao novo governo, a atual oposição luta para sobreviver. O PT aparece com chance de ir ao segundo turno em Porto Alegre, São Paulo e Recife. No Rio de Janeiro, o PSOL está na briga para chegar à final. Apenas em Belo Horizonte os agrupamentos que se opõem a Michel Temer se encontram, a julgar pelas pesquisas, fora do páreo.

Mas nas quatro cidades em que pode haver confronto direita-esquerda, os candidatos progressistas, caso passem, começariam em desvantagem. Sebastião Melo (PMDB), em Porto Alegre, João Doria (PSDB), em São Paulo, Marcelo Crivella (PRB), no Rio de Janeiro, e Geraldo Julio (PSB), em Recife, ocupam o topo das intenções de voto. São tecnicamente favoritos, portanto.

No segundo turno, imagina-se que a esquerda tenda a se unificar em torno daquele que continuar adiante. Na capital gaúcha, onde Luciana Genro (PSOL) detém um eleitorado significativo, e na carioca, em que Jandira Feghali (PC do B) pontuava perto dos colocados em segundo lugar, supõe-se que o apoio respectivo a Raul Pont (PT) e Marcelo Freixo (PSOL) ajude a equilibrar a disputa, se ocorrer. Mesmo em São Paulo, em que a candidatura de Luiza Erundina (PSOL) não decolou, o seu apoio a Haddad fará diferença, se este conseguir permanecer na contenda.

Isso mostra o quanto a incapacidade de se unir prejudicou a esquerda. Caso PT, PSOL e PC do B estivessem juntos, é provável que Haddad, Freixo e Pont se encontrassem automaticamente no segundo turno. Divididos, abriram espaço para que Celso Russomanno (PRB) ou Marta Suplicy (PMDB), em Sampa, Pedro Paulo (PMDB), no Rio, e Nelson Marchezan Júnior (PSDB), em Porto Alegre, possam reduzir a competição a um acerto de contas entre aliados.

No que diz respeito à base governista, aliás, interessa observar, de um lado, o bom desempenho do Democratas (Salvador) e do PSB (Recife), embora como forças mais de tipo regional, e a competição nacional entre PSDB e PMDB, de outro. A possível vitória dos tucanos em São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre os fortalece para 2018. Uma eventual primazia peemedebista no Rio e em Porto Alegre, para não falar de São Paulo, alimentaria a postulação de Temer.

Corre por fora o Partido Republicano Brasileiro (PRB), ligado à Igreja Universal, cujas candidaturas em São Paulo e Rio mostram que o projeto dessa confissão vai bem mais longe do que se imaginava.
Herculano
01/10/2016 08:49
da série: os políticos e principalmente o petismo ou a esquerda é assim. No discurso diz defender e proteger os fracos, mas no fundo eles são os primeiros a se protegerem com atitudes que condenam - de modo certo - nos outros. Mentem sempre para ludibriar analfabetos, ignorantes, desinformados, necessitados para serem e estarem no poder.

DILMA FURA FILA DO INSS PARA OBTER APOSENTADORIA, por Josias de Souza

Menos de 24 horas depois de ter assinado, em 31 de agosto, a notificação do Senado avisando que seu impedimento fora aprovado, Dilma Rousseff já estava aposentada pelo INSS. Com a velocidade de um raio, ela obteve a remuneração mensal de R$ 5.189,82, o teto da Previdência. O tempo médio de espera para que um brasileiro comum consiga marcar uma data para requerer a aposentadoria é de 74 dias. Em Brasília, onde pedido de Dilma foi deferido, o suplício chega a 115 dias.

Dilma não precisou nem colocar os pés do lado de fora do Alvorada. Em notícia veiculada no site de Época, o repórter Bruno Boghossian conta que madame furou todas as filas servindo-se dos préstimos do petista Carlos Gabas, seu ex-ministro da Previdência. Na pele de pistolão da ex-chefe, Gabas entrou pelos fundos de uma agência da Previdência na quadra 502 da Asa Sul de Brasília. Estava acompanhado de uma mulher munida de procuração de Dilma.

A dupla se dirigiu a uma área restrita a servidores da repartição. Atendeu-os o chefe da agência, Iracemo da Costa Coelho. Encerrado o encontro, Dilma já estava formalmente aposentada. Não há nos computadores do INSS nenhum vestígio de que a presidente deposta ou seus prepostos tenham solicitado o agendamento que se exige dos cidadãos comuns.

Ouvidos, Dilma e Gabas afirmam que não houve privilégio ou tratamento diferenciado. Nessa versão, o atendimento ocorreu longe do balcão, numa sala de frequencia restritra a servidores por decisão do chefe da agência do INSS. Alegou-se, de resto, que o agendamento fora solicitado "meses" antes. Algo que o sistema informatizado da Previdência contesta.

Noutro procedimento fora dos padrões, o INSS realizou entre 8h42 e 18h43 do dia 10 de dezembro de 2015 notáveis 16 alterações na ficha laboral de Dilma. Tudo homologado por uma única servidora: Fernanda Cristina Doerl dos Santos, da Diretoria de Atendimento do INSS. Oito dias antes, o então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciara sua decisão de aceitar o pedido de impedimento de Dilma.
Herculano
01/10/2016 08:43
ESTA MANCHETE DO PORTAL UOL - QUE PERTENCE À FOLHA DE S. PAULO E POR ISSO NÃO É CONSERVADOR - DESTE SÁBADO DÁ CLAREZA E DIMENSÃO REAL À FALÊNCIA MORAL, ÉTICA E ADMINISTRATIVA DE UM PARTIDO QUE USOU O DISCURSO DA PROTEÇÃO SOCIAL DOS EXCLUÍDOS E TRABALHASORES PARA ENGANAR E SER PODER

PT PODE FICAR FORA DO 2º TURNO EM SÃO PAULO [BERÇO DO PETISMO TEORICO E DE RESULTADO] PELA PRIMEIRA VEZ EM 24 ANOS

O texto é de Bernardo Barbosa e Nathan Lopes. Pela primeira vez desde 1992, o PT pode ficar, após a eleição deste domingo (2), fora do segundo turno na maior cidade do país. O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Fernando Haddad, tem avançado nas últimas pesquisas de intenção de voto, mas, segundo os números, ele dificilmente terá apoio suficiente para seguir adiante na disputa.

Fernando Schüler, professor e cientista político do Insper, diz não excluir a possibilidade de que Haddad consiga passar ao segundo turno, mas afirma que as pesquisas não deixam isso claro. Segundo ele, a candidatura sofre com uma "confluência de crises" que afetam o PT - Lava Jato, impeachment, denúncias contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fim de um ciclo de poder - e com uma gestão "politicamente frágil" na prefeitura.

"Desde o início a administração se posicionou mal, se comunicou mal. Foi permanentemente mal avaliada", diz Schüler, com a ressalva de que não estava classificando a gestão do petista como boa nem como ruim. "A prefeitura [de Haddad] nunca pegou do ponto de vista político".

O professor de filosofia política Aldo Fornazieri concorda. Segundo ele, há "um paradoxo" entre como a população avalia o governo de Haddad e as medidas de seu mandato.

"As políticas públicas são bem avaliadas e ele, como prefeito, não tem uma boa avaliação. A explicação deste paradoxo está no fato de que ele teve uma má comunicação", diz.

Por outro lado, o professor também menciona as dificuldades enfrentadas pelos adversários diretos de Haddad, Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB), que podem abrir espaço para o avanço do prefeito ao segundo turno.

"O Russomanno já tem essa trajetória de sair; a falta de substância da candidatura faz com que ele desidrate no final. A Marta não convenceu. Começou pedindo desculpas, mas não conseguiu explicar sua mudança política."

Voto em mutação

A mudança nas intenções de voto vista nas últimas semanas também é um ingrediente importante na capital paulista, diz o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.

"Nesta semana, inclusive neste domingo de eleição, pode haver surpresas, a exemplo da queda de Marta no início da semana", diz. "Historicamente, São Paulo apresenta um comportamento eleitoral muito claro, com o centro expandido votando em peso no PSDB, e as periferias no PT. São os bairros das zonas intermediárias que acabam pendendo para um ou outro lado, decidindo cada eleição."

Além de PT e PSDB, Schüler também cita a força da representação política de um "setor mais tradicionalista".

"Por muito tempo, esse grupo votou no Paulo Maluf, no Celso Pitta e, hoje, se identifica no Russomanno", opina o cientista político, que observa nesses três espectros a causa de sempre haver eleições polarizadas, uma avaliação com a qual Paulino concorda. "Isso torna as disputas sempre muito divididas, o que leva as decisões para o segundo turno."

Schüler diz ainda que o eleitor aprendeu a votar em dois turnos, com uma característica de "escolha estratégica". "Em vez da preferência, busca-se a eficiência [do candidato na disputa]. Ele acaba selecionando a opção menos imperfeita dentre as imperfeitas já que o candidato de preferência teria poucas chances", explica.
Herculano
01/10/2016 08:32
PSOL SE ALIA A DEM E PSDB EM 165 CANDIDATURAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Nascido de dissidência do PT, o PSOL se orgulha de ser "de esquerda, socialista", como diz a missão do partido, mas para aumentar a chance de eleição de seus candidatos, colocou a ideologia de lado e se aliou a partidos do lado oposto do espectro político. Apenas com o DEM, ex-PFL, de ACM Neto e Ronaldo Caiado, e PSDB de Aécio e Fernando Henrique Cardoso, o PSOL decidiu apoiar 165 candidaturas este ano.

BOM FILHO
A maior aliança do PSOL nas eleições deste ano é com o partido que o originou: a coligação com o PT tem 1.123 candidaturas pelo País.

QUASE COMUNISTAS
Outros grandes aliados dos 'psolistas' são o PCdoB e o PCB. São 830 e 705 candidaturas coligadas, respectivamente.

PSOL COM 'GOLPISTAS'
O PSOL dá destaque à campanha "Fora, Temer" em todos seus meios de comunicação, mas se uniu ao PMDB em 96 candidaturas.

UNHA E CARNE
O PSOL se coligou ao PPS, que fez forte oposição a Dilma e foi grande defensor do impeachment, para apoiar 238 candidatos este ano.

HERANÇA DE DILMA: UMA BOLÍVIA DE DESEMPREGADOS
O IBGE anunciou nesta sexta-feira (30) os números do desemprego no Brasil, em 2016: oficialmente são 12 milhões de desempregados, equivalente à população da Bolívia. Quando foi afastada do cargo em maio, a ex-presidente Dilma Rousseff deixou ao sucessor Michel Temer o País com a economia destroçada e 11,1 milhões de pessoas sem empregos. Em apenas 4 meses, mais 800 mil ficaram desempregados.

RITMO DILMA
Em fevereiro deste ano o IBGE apontou que o desemprego havia ultrapassado a marca dos 9,1 milhões; aumento de 42% em um ano.

DERROCADA
Entre fevereiro e abril deste ano o Brasil perdeu mais de 2 milhões de empregos com carteira assinada, ainda sob o governo Dilma.

ACOMODADO NÃO CONTA
O curioso é que a metodologia de pesquisas no Brasil só considera "desempregados" aqueles que procuram emprego e não acham.

PF ENFURNADA
A Polícia Federal trabalhou com discrição, nesta sexta-feira, vasculhando a sede de Furnas, empresa de energia subsidiária da Eletrobrás, alvo da operação Lava Jato, no centro do Rio de Janeiro.

GOLPE 'SE COLAR, COLOU'
Ministros do Supremo Tribunal Federal reagiram entre irritados e irônicos à nova tentativa dos advogados de Dilma. "Eles já deveriam ter percebido que o Supremo não vai se meter no impeachment", afirmou um dos mais experientes. O STF já mandou para o lixo 16 tentativas.

POLÍTICOS CENTENÁRIOS
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, oito dos 496 mil candidatos nas eleições deste domingo têm mais de 100 anos de idade. Caso eleitos, outros três podem completar um século de vida durante o mandato.

'ASTERISCO', O LIVRO
Dono de um dos textos mais admirados do Itamaraty, o diplomata Pablo Duarte Cardoso finaliza seu livro Asterisco ?" Como a CBF derrotou o futebol em 1987, sustentando que o Flamengo é hexa.

O DINHEIRO SUMIU
O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) confirma a cobrança de candidatos municipais na maior pindaíba. "Está muito difícil". A crise é provocada pelo fim do financiamento privado e campanha.

TRÁFICO NAS ELEIÇÕES
O TRE-PB vai enviar tropas federais ao bairro "Mário Andreazza", em Bayeus, onde os eleitores estão sendo ameaçados por integrantes do tráfico de drogas local, ligados a candidatos a vereador.

BICO FEITO
O vaidoso ex-líder tucano Carlos Sampaio (SP) gosta de fazer as unhas. Entre reuniões de bancada e o plenário da Câmara, o deputado frequenta salões em Brasília.

URGÊNCIA
O governo federal discutiu com aliados a votação do projeto que altera regras de exploração do pré-sal. Na primeira reunião no Alvorada, ficou acertado que "será resolvido na primeira semana de outubro".

FIM DA D. DÚVIDA
Dilma é sinônimo de dúvida: após a destituição definitiva, a confiança da indústria atingiu maior nível desde julho de 2014.
Anônimo disse:
30/09/2016 20:42
Herculano, estou desconfiado de que a maria é a dilmANTA.
Herculano
30/09/2016 18:54
PLÁGIO

O presidente do PT de Gaspar, o vereador José Amarildo Rampelotti, está lendo demais e decorando o que escrevo contra o PT que mente, dissimula, constrange..., ou seja, de que o partido dele está no poder usando indevidamente dos pesados impostos do povo, seja pela incompetência, mentira ou dúvidas.

É esse argumento que ele usa para alimentar um vídeo factoide no meio do mato e à beira do rio. É a falta de discurso com conteúdo de campanha para o candidato que criaram, o Lovídio Carlos Bertoldi.

Estão desviando mais uma vez a atenção para o periférico. São competentes nisso. João Santana que o diga.

Rampelotti, o meu malvado preferido, vangloria-se que o PT de Gaspar conseguiu uma decisão judicial para retirar uma piada contra o candidato do partido de uma página não identificada do facebook.

Como noticiei aqui em primeira mão na quarta-feira, o juiz eleitoral de Gaspar, Rafael Germer Condé, aplicou uma multa milionária ao facebook se ele não retirasse chiste do ar (já foi retirado) e se não identificasse o dono do registro da referida página. Isto está em processo.

Aliás, este é o objetivo principal do PT e do juiz, e dependendo do desdobramento, se se provar que há relacionamento direto com algum candidato, poderá complicar para ele, mesmo não eleito. E se eleito, então...

O PT é assim. O PSOL é assim. O PCdoB é assim. O PSTU é assim. Precisam de uma formiga para se parecerem um elefante desastrado numa cristaleira. Parece que aquela piada postada no facebook e que em outros locais não deu em nada, vai modificar a campanha de Gaspar, vai substituir a falta de resultados que o PT não conseguiu produzir em oito anos de governo.

O que eu penso? Já escrevi: claramente isto é cerceamento a liberdade de expressão.

Concordo que há um erro: o anonimato da página. A crítica, o chiste, o humor, deve ser assumido, até porque ele gera consequências. Eu pago pelo que faço. E as vezes até caro demais. O jornal igualmente. É da regra do jogo. Agrado uns, num instante e desagrado os mesmos no instante seguinte. Basta apenas ser coerente. Mas... Acorda, Gaspar!
Solange Eink
30/09/2016 17:56
O poder da mudança em suas mãos!!

Educamos um filho com amor, pensamos em seu futuro e quando necessita o corrigimos com alguma reprimenda(geralmente negamos algum brinquedo favorito) com a intenção de que o mesmo corrija sua postura e que não se enverede por caminhos errados.
Ao fazermos isto pensamos no bem de nossos filhos e em prol de uma sociedade melhor, por quê então não exigir a correção(reprimenda) de um político?
Não dá para tratar quem irá cuidar do futuro do coletivo de filhos de uma cidade com displicência sem reconhecer que determinados comportamentos e alianças feriram ou ainda ferem os filhos que corrigimos.
Na política que aí está e/ou estão fazendo alguns candidatos pensam que tudo podem, podem pagar, podem comprar e condescenderem situações que não admitimos em nossa casa...Como em sã consciência podemos pensar que essa pessoa será capaz de nos representar e atender os anseios de nossa cidade?
Como imaginar que fará uma boa administração se ele está com os mesmos abutres que flutuam a margem do poder...não deixamos nossos filhos sobre má influência então o que dizer de colocar esses funestos gestores no comando de nossa casa(cidade)?
A política precisa ser o retrato do que queremos para a nossa família e não podemos deixar passar esse sentimento de esperança caso contrário, estaremos fadados a deixar como legado aos nossos filhos uma forma equivocada de cidadania.
Não tenham medo da mudança do que é novo, vamos votar em quem não se corrompe e não deixa corromper, vamos dar o exemplo da verdade para nossos filhos.
Sim eu acredito que com o voto consciente nós podemos mudar !!
Herculano
30/09/2016 17:10
DECADÊNCIA

O PMDB de Blumenau está totalmente fora do jogo de forças por lá. Pior, corre sério risco de não eleger sequer um vereador. A culpa disso tudo? O gasparense Renato de Mello Vianna, que foi o líder dos áureos tempos do MDB de outro gasparense Evilázio Vieira, o Lazinho, do joinvilense Pedro Ivo Campos, do lagunense, Jaison Tupi Barreto, do blumenauense Luiz Henrique da Silveira...

Vianna não renovou e o grupo se desagregou ou envelheceu.
Herculano
30/09/2016 16:45
GUERRA DAS PESQUISAS. MELHOR NÃO SERIA BUSCAR VOTOS? DOMINGO ESTÁ AI

Há vários dias escrevi aqui que viveríamos sob o signo da guerra das pesquisas de intenções de votos. Apesar das dúvidas dos entendidos, não deu outra. Pesquisa substituiu os planos de governo e virou ferramenta de convencimento e busca de votos.

Esta pesquisa da tal Axioma, e que surgiu do nada, precisa ser mais esclarecida. A quem serviu, de verdade?

Outra da pesquisa. O PMDB desde o início - quando quis construir um chapão do sapo com a cobra - elegeu como propaganda terrorista, a ameaça do PT ser governo novamente por aqui.

O PMDB treme quando vê o PT caindo ou não decolando. O PMDB fica sem chão. Sem adversário. Sem discurso. Sem capacidade de convencimento. Teme que os eleitores percebam que existem possibilidades além dele PMDB e PT.

E a única pesquisa que deu PT ameaçando o PMDB, foi a da tal Axioma, de Ituporanga, terra de gente do PMDB. Estranha coincidência! Mas, elas existem, ah se existem!

Finalmente. Não vou comentar pesquisas para não entrar nessa cilada. Já escrevi: há uma volatilidade como nunca houve - e os institutos revelam e temem muito esse novo fenômeno. Além do que sei dos bastidores: há uma guerra intencional.

Mas, duas coisas estão claras na comparação de metodologias e institutos iguais: o PMDB, de Kleber Edson Wan Dall foi o único que caiu nas pesquisas e o PSDB de Andreia Symone Zimmermann Nagel, foi o que mais cresceu nas pesquisas pelo Ipac.

Pode sinalizar alguma coisa? Não sei, exatamente. Mas, este é o resultado de duas pesquisas possíveis de serem comparadas. As outras, não oferecem isso. São especulativas, não tiveram o cuidado de criar um histórico mínimo. Além do que, a favor do Cruzeiro do Vale, trabalha a sua tradição de sempre estampar pesquisas que em outros tempos, foram indicativos sem contestações.

Outro fato muito estranho. O alto número de indecisos às vésperas das eleições. Não é normal. É a brecha para se arrumar justificativas se houver mudanças significativas com as urnas? Só a proclamação dos resultados no domingo confirmará ou desmentirá todas essas conjecturas conspiratórias que tomam contas de partidários, candidatos, partidos e eleitores. Acorda, Gaspar!
Herculano
30/09/2016 16:20
O PT ACABOU COM A ESPERANÇA. TORNOU-A UM PESADELO PARA TODOS NOS. E COM ISSO FEZ UM GRANDE FAVOR: PERDEU A PELE DE CORDEIRO, E MUITOS CANDIDATOS, ESTÃO GANHANDO PELA FRANQUEZA. ELES PERDERAM O MEDO DOS QUE ENCURRALAM E EXIGEM O FALSO POLITICAMENTE CORRETO.

Esta análise feita por Reinaldo Azevedo, de Veja, sobre o debate de ontem dos candidatos a prefeito de São Paulo, dá o retrato da nova situação e que não chegou ao ambiente político de Gaspar e Ilhota. Aqui é grotão.

Aqui temos planos de governo registrados na Justiça Eleitoral irreais mas que valem como se fossem possíveis; outros que debocham e não são planos, mas que de tão mínimos são agendas; e até há os que percebendo às novas exigências,há uma semana da eleição, resolveram inventar novas promessas como se fossem parte dos seus planos de governo. Bobagem. São discursos, apenas.

Finalmente pensar diferente, é mais importante do que ajustar os planos e discursos para agradar a quem está errado, mas berra mais.

Escreve Reinaldo:

O debate da noite de ontem e começo desta madrugada não fugiu muito ao que se vê e ouve em circunstâncias assim. Há aquele impressionante festival de promessas do qual ninguém escapa. Por isso, não vou aqui me dedicar a minudências do que cada um disse - vale dizer: se a promessa pode ou não ser cumprida. Isso requereria escrever um outro programa de governo. Procedo a uma análise de discurso.

Doria fez, como chamou atenção um amigo no WhatsApp, uma intervenção sem concessão a tribos e às obsessões politicamente corretas. Aliás, construiu a sua bem-sucedida campanha assim. Moradia? Nada de condescender com invasores. E vai fazer convênios com os governos estadual e federal. Pichadores e vândalos? É caso de polícia. Cracolândia? Fim do programa Braços Abertos e adesão ao programa Recomeço, que prevê a internação de viciados. Obras? Parcerias com o setor privado, sem medo de ser chamado de "privatista" - como, aliás, foi. Pancadão na periferia? É contra. Tem de acabar. A cada tema, e foram os mais diversos, procurava enumerar propostas, fugindo da questão meramente adjetiva.

Foi alvo da fúria de Luiza Erundina (PSOL), que prova, que prova, aos 81 anos, que desonestidade intelectual não tem idade. Foi, de longe, a que teve o desempenho mais indigente. Conseguiu superar, na ruindade, o tal Major Olímpio (SD), aquele que se dedica a dizer o tempo inteiro o que os outros fazem de errado sem conseguiu deixar claro o que ele próprio faria de certo.

A candidata do PSOL resolveu fazer um confronto ideológico com Doria, acusando-o de ser privatista, lobista e defensor do estado mínimo. O ataque deve ter feito um sucesso imenso entre os militantes de seu partido. O tucano não se alterou. Disse que respeitava a trajetória da oponente, mas que pensavam coisas diferentes. Ela gostava do estado grande e ineficiente, e ele, do estado enxuto. Adivinhem quem falou a mais gente.
Aurélio Marcos de Souza
30/09/2016 15:08
Herculano e Leitores, denomina-se em direito administrativo a contratação por "emergência fabricada", quando a situação urgente é causada pela própria Administração, ou seja quando houve falta de planejamento, atraso ou a omissão do próprio administrador.

Então temos que à contratação direta (sem licitação) de empresa para prestar os serviços de Transporte Coletivo Urbano em Gaspar a partir de 04/10/2016, será feita tão somente pela falta de planejamento e da omissão do administrador, posto que mesmo estava há muito ciente da decisão judicial que anulou a licitação de 2004.

Assim quem será o agraciado com a nobre honra de transportar a população Gasparense a partir de 04 de outubro de 2016.
Herculano
30/09/2016 13:06
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA DISFARÇADA DE PARTIDO POLÍTICO. POLÍCIA FEDERAL APONTA DESTRUIÇÃO DE PROVAS E PEDE PRISÃO PREVENTIDA DE PALOCCI E EX-ASSESSOR

Conteúdo do Portal Paraná. Texto de Fernando Garcel. O delegado da Polícia Federal Filipe Hille Pace, membro da força-tarefa da Operação Lava Jato, pediu ao juiz federal Sérgio Moro a conversão da prisão temporária do ex-ministro Antonio Palocci em preventiva, quando não há prazo para a liberação do investigado. A PF também pediu a prisão preventiva do ex-assessor do Palocci, Branislav Kontic.

Entre os argumentos, Pace afirma que durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão na empresa de Projeto - Consultoria Empresarial e Financeira LTDA há indicios de que os funcionários, entre eles os dois alvos dos mandados de prisão, tenham destruído ou ocultado provas. "Diversas estações de trabalhos na empresa estavam plenamente equipadas, à exceção dos gabinetes dos computadores, o que pode indicar que tenham sido até mesmo destruídos ou colocados fora do alcance da Polícia Federal", diz o documento.

Em relação ao ex-assessor de Palocci, Jucelino Antonio Dourado, apontado como o JD na planilha da Odebrecht, a PF afirma que após a oitiva realizada na quinta-feira constatou-se que não há mais relação entre ele e os dois investigados e, portanto, não há necessidade de mantê-lo preso.

Agora, cabe ao juiz federal Sérgio Moro a decisão de acatar, ou não, o pedido da Polícia Federal.

Operação Omertà

A fase mais recente da Operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira, de acordo com a Força-Tarefa é "decorrência lógica" do aprofundamento das investigações da 23ª fase da Lava Jato, que revelou planilhas do "Setor de Operações Estruturadas" da empreiteira Odebrecht.

São investigadas na Operação Omertà, 38 obras da empreiteira Odebrecht em todo o País e no exterior. O relatório do delegado federal Filipe Hille Pace relacionou os alvos da investigação. "Relaciono algumas das obras públicas e/ou consórcios e empresas indicadas no documento mencionado, repetindo que, por se tratarem de arquivos recuperados, estão parcialmente corrompidos, não sendo permitindo vincular diretamente as obras e/ou consórcios e empresas indicadas com os beneficiários encontrados e mencionados acima", afirma.

Segundo os integrantes da força tarefa, o material analisado e que embasou a operação desta segunda-feira foi encontrado em outras fases da Operação, como por exemplo, uma planilha encontrada durante a fase Acarajé e outra encontrada no celular de Marcelo Odebrecht.

Segundo o MPF, os pagamentos feitos à conta eram constantes. "Existe um pagamento que é feito constantemente e que forma um caixa mesmo, uma poupança e de onde são depois, pelo gestor da conta, no caso o senhor Antônio Palocci, destinados aos pagamentos de interesse do partido", disse a procuradora Laura Gonçalves.

A partir da análise de e-mails e anotações registradas em celulares apreendidos, a Força-tarefa afirma ter evidências de que o ex-ministro Antônio Palocci ?" com auxílio de seu assessor Branislav Kontic ?" atuou em favor dos interesses do Grupo Odebrecht, entre 2006 e o final de 2013, interferindo em decisões tomadas pelo governo federal.

"O fato da colaboradora Maria Lúcia Guimarães Tavares (ex-funcionária da Odebrecht) foi a única que teve coragem de quebrar o silêncio que impera na Odebrecht", disse o o delegado Filipe Hille Pace, em coletiva de imprensa na sede da Polícia Federal em Curitiba.

São investigados pagamentos feitos ao PT, por meio de depósitos pela Odebrecht intermediados por Antônio Palocci: R$ 33,3 milhões via offshores ao casal João Santana e Mônica Moura, além de R$ 10 milhões por meio da empresa Shelbil, R$ 44 milhões recebidos por Jucelino Dourado (ex-assessor de Palocci) e outros R$ 7 milhões em 2012.
Herculano
30/09/2016 13:02
PIOR DO QUE ESTÁ NÃO FICA, por Eliane Cantanhede, para o jornal O Estado de S. Paulo

Mesmo com as levas de réus da Lava Jato, as prisões de figurões, a crise econômica e as eleições municipais, que estão bem aí, não se pode passar batido por um debate que não diz respeito (só) ao presente, mas projeta o futuro: a reforma do ensino médio. Essa é uma antiga reivindicação consensual dos educadores e está calcada na flexibilização e atratividade dos currículos escolares. Que, convenhamos, já vêm tarde.

O que importa é manter longe da contaminação partidária uma discussão que parte de duas premissas: o prestígio ao professor e o estímulo ao aluno. Aliás, o Plano Nacional de Educação (PNE) foi debatido entre 2010 e 2014 por entidades, municípios, Estados e fóruns do PT e foi aprovado pela então presidente Dilma Rousseff, que, inclusive, defendeu a flexibilização na campanha eleitoral, como comprovam vídeos na internet. Logo, a reforma não é do DEM do ministro Mendonça Filho nem do PSDB da secretária executiva Maria Helena Guimarães de Castro, como não era do PT de Dilma. É uma necessidade.

O que diz o PNE, na sua meta 3.1? Defende "currículos escolares que organizem, de maneira flexível e diversificada, conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em dimensões como ciência, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura e esporte...". Ou seja, evoluir de currículos engessados para uma flexibilidade e diversificação que motivem professores e alunos. Em 2015, eram cerca de 13 milhões de alunos no primeiro ano do ensino médio, 1,75 milhão no segundo e 1,5 milhão no terceiro. Entre os motivos da evasão, o desencanto, a dificuldade. Imagine um jovem saído de um ensino básico precário e obrigado a estudar química e biologia, quando ele quer a área de humanas. É melhor criar condições para esse jovem traçar seu projeto de vida, inclusive no ensino profissionalizante. Ele sai com um diploma que lhe abre as portas para uma carreira e/ou a universidade.

Pelo Ideb, só 11% dos alunos têm desempenho adequado em matemática e só 27% em português, as duas disciplinas obrigatórias em currículos e na vida. "Foi tristíssimo", diz Maria Helena, explicando que a prioridade original era mexer no ensino básico, mas, diante desse resultado, o MEC decidiu apressar a reforma do ensino médio ?" e por medida provisória, que também exige debate e consensos, mas tramita mais rápido, sem ficar tão a reboque de teto fiscal, reforma da Previdência...

Como sempre, o governo deu munição aos adversários ao deixar a impressão inicial de querer acabar com artes e educação física, quando se tratava de um detalhe técnico, jurídico, na redação da MP. Curiosidade: um filho de Maria Helena, Aluizio, hoje na área de marketing de um grupo de ensino, foi campeão brasileiro de triatlo e é formado em... Educação Física. Ai dela se ousasse acabar com a disciplina.

Segundo a secretária, o objetivo é "combater a fragmentação e superficialidade que fazem com que os alunos saiam do ensino médio sem saber nada de nada, porque o que a escola oferece é um picadinho, um pot-pourri de conteúdos que não se conectam entre si, não fazem sentido nem despertam o interesse do aluno". Quem discorda?

O Cenpec, importante na área, é a favor da flexibilização curricular, mas teme que a reforma possa "acirrar as desigualdades escolares", pois as escolhas dos jovens dependem de "sua condição social, das oportunidades que tiveram ao longo da vida". É uma advertência válida, mas a secretária rebate: "É impossível aumentar mais a desigualdade que já existe. Não vai aumentar a desigualdade e sim as oportunidades". O mais importante é acompanhar, compreender, prestigiar o professor e defender o estudante, para avançar. Como diria o "filósofo" Tiririca, "pior do que está não fica". Que se debata o bom debate!
Herculano
30/09/2016 13:00
OS POLÍTICOS NÃO RESISTEM À COERÊNCIA

O candidato a prefeito pelo PT de Blumenau e que manda no PT de Gaspar, Valmor Schiochet e que não é nenhum desinformado, no debate da RBS e nas propagandas tem a fórmula mágica para o transporte coletivo urbano de lá.

Só lá. Porque aqui, o PT permitiu que uma empresa cumprisse um contrato por 14 anos de forma irregular, permitiu que ela saísse e não tem solução, as mesmas que o PT diz ter em Blumenau se for eleito. Acorda, Gaspar!
Herculano
30/09/2016 12:48
A CULPA NÃO FOI MINHA, DIZ TEMER SOBRE A CRISE E DESEMPREGO NO BRASIL. ELE TEM RAZÃO. MAS O PMDB É O PRIMEIRO E PRINCIPAL SOCIO DESSE DESASTRE. PIOR, COMO FOI GIGOLO DO PODER POR 21 ANOS, ESTÁ RELUTANDO EM TOMAR AS MEDIDAS QUE É OBRIGADO A TOMAR PARA REPARAR O QUE FEZ COM O PT.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Renata Agostini e Mariana Carneiro. Um país em profunda recessão, com desemprego crescente, inflação elevada e investimentos deprimidos. Esse foi o Brasil que o presidente Michel Temer disse que recebeu de Dilma Rousseff.

Temer, que foi vice de Dilma desde a primeira eleição, em 2011, afirmou, em discurso em São Paulo, que não tem culpa da gravidade do quadro que encontrou.

"Vou cansá-los com dados para que daqui a dois, três meses não digam que o passivo é nosso", disse.

O presidente mencionou a inflação, que acelerou de 6% para 10% ao ano entre 2014 e 2015, e uma queda do investimento de 25%.

"Por trás desses dados estão homens e mulheres que pagam um preço inaceitável. Chegamos a quase 12 milhões de desempregados. E reitero que não foi culpa minha."

O presidente afirmou que o país vive "a pior crise de sua história", decorrente do desequilíbrio das contas do governo. E que herdou R$ 185 bilhões em restos a pagar. "Os gastos se transformaram numa bola de neve", afirmou.

"A lista é longa e nos leva a algumas conclusões incontornáveis. A crise que enfrentamos é a mais grave da nossa história. Não quero assustá-los, mas motivá-dos para que juntos possamos sair dessa crise. A causa é basicamente interna e fiscal. O Estado endividou-se muito além de sua capacidade, e gerou recessão e desemprego."

Temer participou de evento organizado pela revista "Exame" em São Paulo.
Herculano
30/09/2016 12:37
A DECADÊNCIA QUE DILMA LEGOU, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Os relatórios dos últimos cinco anos sobre a competitividade global preparados pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) mostram de maneira evidente a rápida decadência do Brasil no cenário internacional. São, por isso, um retrato em números da desgraça que, de maneira sistemática e eficaz, a gestão Dilma Rousseff impôs à economia brasileira com suas irresponsáveis políticas fiscais e supostamente desenvolvimentistas. Embora tradicionalmente pouco competitivo em razão de problemas estruturais há muito conhecidos, o Brasil vinha recuperando posições na classificação mundial até o primeiro ano do governo Dilma. Desde então, porém, vem despencando. Perdeu 33 posições entre 2012 e 2016, ano em que ficou em 81.º lugar entre 138 países. É o pior desempenho do País desde 2007, quando a pesquisa foi iniciada.

Ao desastre que a gestão dilmista foi para a economia brasileira e para as finanças públicas somou-se, nos últimos anos, a revelação do imenso esquema de pilhagem de recursos que o governo do PT instalou na Petrobrás e em outras empresas controladas pelo Estado, para financiar o projeto do partido de manter-se indefinidamente no poder. O bilionário desvio de dinheiro beneficiou o principal partido do governo e seus aliados, além de dirigentes partidários, funcionários públicos e empresas que prestaram serviços ao governo federal.

Desse modo, aos problemas tradicionalmente enfrentados pelos investidores para atuar na economia brasileira a gestão lulopetista, sobretudo durante o governo Dilma, acrescentou outros, citados com destaque no relatório de competitividade de 2016 entre os fatores negativos que fizeram cair a classificação do Brasil, como a deterioração da qualidade da administração do setor público. Obviamente, quanto mais corrupto o governo, menos confiança ele inspira nas pessoas que precisam tomar decisões sobre projetos de longo prazo. Assim, no quesito instituições, um dos utilizados na pesquisa do WEF, o Brasil ocupa apenas a 120.ª posição entre os países relacionados.

O fracasso da política econômica do governo Dilma, expresso de maneira óbvia na longa e intensa recessão em que o País continua mergulhado, igualmente afetou, e muito, a classificação brasileira no ranking mundial de competitividade. A retração dos mercados de trabalho (com o desemprego atingindo atualmente mais de 11 milhões de trabalhadores), de bens e serviços e financeiro tornou pior a avaliação do Brasil em vários itens utilizados pelo WEF. Quanto ao ambiente de negócios, um dos principais itens para se avaliar a competitividade de uma economia, o Brasil é apenas o 128.º colocado. Em eficiência do mercado de trabalho, ocupa o 117.º lugar. Esta última classificação é mais um fator a demonstrar a urgência da reforma da legislação trabalhista, para torná-la mais adequada às profundas transformações por que passou e vem passando o mercado de trabalho em todo o mundo.

Problemas antigos, como excesso de burocracia, precariedade da infraestrutura, altos encargos trabalhistas, estrutura tributária complexa e baixa capacidade de inovação, também tiveram alguma influência na péssima classificação do Brasil no ranking de competitividade. Agora, o País é o pior entre os Brics (grupo que inclui Rússia, Índia, China e África do Sul). Na América Latina, o Brasil está à frente apenas da Argentina (104.º colocado) e da Venezuela (130.º).

Se há um lado positivo no relatório de 2016 do WEF é o fato de que os recentes e poderosos fatores que fizeram despencar a classificação do Brasil tendem a perder força com o afastamento definitivo do PT do poder e a posse de Michel Temer na Presidência da República. Eliminou-se de imediato um forte elemento de instabilidade institucional e criou-se a expectativa de que, com a nova gestão, os graves erros do passado recente serão corrigidos e mudanças para melhorar o ambiente para a atividade econômica serão feitas.
Herculano
30/09/2016 12:35
PSD ESCONDE SEUS SUCESSOS

No debate de ontem à noite na RBS com os candidatos a prefeito de Blumenau, o deputado Jean Jackson Kuhlmann, PSD, não pode apontar onde o partido é governo e é sucesso, nem mesmo Rio do Sul, que é usado como referência em Gaspar.

Em Florianópolis, com César Souza Filho, o desastre é tão grande, que ele se negou à tentar a reeleição. Quem ele apóia, exatamente por causa do que César Filho, corre o risco na eleição.

Sobre Ilhota, onde o próprio Kuhlmann é padrinho de Daniel Christian Bosi, ele tomou o mesmo rumo de Florianópolis: desistiu da reeleição. Quem Bosi apoia, tem dificuldades de usá-lo como cabo eleitoral.

E o próprio governador Raimundo Colombo, PSD, que poderia o deputado candidato a prefeito de lá, é padrasto. Verbas da saúde em atraso; segurança com menos PMs e Civis é outro problema grave; obras, praticamente zero... A lista é longa e assim vai.

Lá em Blumenau, Kuhlmann foi o único candidato que precisou sempre, durante o debate, ressaltar o vice, Alexandre José, radialista e comunicador, que fez fama, criticando exatamente a ausência do governo do estado na cidade e o trabalho do deputado como intermediador de soluções que nõ chegaram.

Ou seja, para se legitimar naquilo que propõe mas é solapado pelo próprio partido, seus representantes gestores e o governador, Kuhlmann precisa usar uma bengala não política, anulando um crítico popular.
Herculano
30/09/2016 12:19
O EX-FUTURO PRESIDENTE IDEAL, por Nelson Motta, para o jornal O Globo

Palocci trocou, duas vezes, por dinheiro e por mulheres, a chance de mudar a História do Brasil.

Do início do governo Lula até o mensalão, me tornei um grande admirador de Antonio Palocci, imaginava que ele poderia suceder Lula em 2006, estava disposto não só a votar como a fazer campanha para ele. Em contraste com a grossura e a bravataria de Lula, ele era sóbrio e eficiente, de uma discreta simpatia interiorana, habilíssimo em negociações políticas e na condução da economia, um moderado moderno, inteligente e competente, com prestígio politico, experiência administrativa e credibilidade com o empresariado e com todos os partidos. O presidente ideal, que muita gente, até quem não gostava do PT, sonhava. Uma espécie de síntese dialética de Lula e FHC.

Palocci falava, e pensava, com clareza e precisão desconhecidas por Dilma, apesar da língua presa, que não impediu Lula de ser presidente e Cazuza um popstar. É melhor que língua solta e rabo preso.

Como leitor de romances, fiquei fascinado com o escândalo da "casa dos prazeres" da turma de Ribeirão Preto, regado a garotas bonitas e bons negócios, mas, como eleitor, fiquei arrasado quando Palocci caiu. Não porque estava roubando, fraudando licitações ou arrecadando dinheiro para o partido, pensava-se, caiu por medo da mulher, do que teria que dizer em casa, "pela família". E perdeu a chance de ser candidato a presidente, com apoio até de parte da oposição.

Para piorar, foi vítima da delação de seu aliado Rogério Buratti, a quem havia recomendado entusiasticamente uma das garotas da casa. Buratti gostou tanto que se apaixonou e rompeu um casamento de 20 anos para se casar com ela. E ficou com ódio eterno de Palocci ...rsrs.

Estava liquidado. Mas não, ele foi decisivo para a eleição de Dilma, ganhou poder e autoridade, e era uma esperança de competência e sensatez na Casa Civil. Poderia ter minimizado os desatinos de Dilma e talvez impedido a grande gastança e a contabilidade criativa. E se credenciado para sucedê-la.

Mas não, preferiu faturar 20 milhões de reais com consultorias duvidosas. Trocou, duas vezes, por dinheiro e por mulheres, a chance de mudar a História do Brasil. E acabou preso. Que história !
maria
30/09/2016 08:16
Senhor Herculano.....Gostaria de saber por que razao o senhor gosta tanto de falar mal das pessoas da minha cidade amada Gaspar,sendo que nem votas aqui,e com certeza deve ter telhado de vidro,e tbm posta os comentarios bons o senhor nao aceita ser criticado...Pq se preocupa tanto assim ,,melhor seria se vc transferisse seu voto para minha cidade ai sim vc poderia falar,cobrar,dos politicos...Bem deve ser pq o SR.Comprou o jornal e se acha no direito de fazer e escreve aquelo que tem direito...Nem sei se vc vai publicar meu post ,mas estou indignada com tanta besteira escrita neste Pasquim de quinta...Primeiro se torne um Gasparense ,depois fale o que bem endendes e cobre dos politicos!!!!Tenha um lindo Domingo e que ganhe o melhor pra minha cidade!!!!
Herculano
30/09/2016 08:10
O PADRÃO POLÍTICO DO PT, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Um fenômeno relevante nos 36 anos de existência do PT ajuda a entender os desvios da trajetória político-programática estabelecida na fundação do partido

A decisão unânime da 2.ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e seu marido, o ex-ministro dos governos petistas Paulo Bernardo, por corrupção e lavagem de dinheiro, reflete uma realidade que se enquadra no "contexto de corrupção sistêmica dentro da Petrobrás", de acordo com entendimento do ministro-relator Teori Zavascki. Essa realidade, que o acúmulo de evidências torna irrefutável, na verdade extrapola o âmbito da Petrobrás e se estende a todo o aparato governamental da era lulopetista. Reflete o método político pelo qual Lula e seu PT optaram, na desastrada tentativa de consolidar um projeto de poder populista.

Chamado a prestar contas à Justiça, o casal de militantes petistas ?" ela senadora, com passagem pela chefia da Casa Civil de Dilma; ele quadro partidário de primeira linha do lulopetismo, ministro do Planejamento (2005 a 2011) e das Comunicações (2011 a 2015) ?" surge como símbolo da impostura de um partido político que chegou ao poder prometendo impor padrões morais rígidos à gestão da coisa pública e de ser um defensor intransigente das classes menos favorecidas, provedor infalível e generoso de suas necessidades materiais.

Um fenômeno relevante nos 36 anos de existência do PT ajuda a entender os desvios da trajetória político-programática estabelecida na fundação do partido. Numa primeira etapa, intelectuais e líderes religiosos que haviam ajudado a fundar o partido e a consolidar suas primeiras conquistas foram praticamente expulsos de suas fileiras pela ala sindical, mais rude e direta. Em seguida, após se ter transformado em partido eleitoralmente competitivo e depois de ter conquistado o Planalto, o PT passou a sofrer defecções importantes no seu quadro de lideranças, motivadas pela decepção com os novos caminhos que estavam sendo trilhados sob o comando de Lula e José Dirceu. A liderança remanescente acomodou-se sem maiores problemas em conveniente tolerância à adesão de Lula às práticas políticas de seus novos aliados, que no passado condenara com veemência. Essa gente sempre soube que corrupção é crime. Apenas passou a admitir que é impossível governar sem concessões a ela.

Os resultados da "luta em benefício das causas populares" foram a gastança descontrolada dos recursos públicos, a "nova matriz econômica" que resultou na recessão econômica, no estouro da inflação ?" que afeta principalmente os mais pobres ?" e nos mais de 12 milhões de desempregados em todo o País.

O casal Gleisi e Paulo Bernardo simboliza quase à perfeição o substrato do lulopetismo, que tem como uma de suas características mais marcantes a hipocrisia. A senadora, que como dirigente da cúpula partidária e ex-chefe da Casa Civil convivia necessariamente com a corrupção generalizada no governo, teve a ousadia de proclamar, no plenário do Senado, que ali ninguém tinha "autoridade moral" para julgar Dilma Rousseff. E, ao saber que se tornara ré no STF, afirmar que, finalmente, poderia contar a seu favor com o "benefício da dúvida" que lhe teria sido negado na fase de investigação da Lava Jato.

O ex-ministro do Planejamento, por sua vez, fez mais. Estava à frente da pasta quando o "governo popular" implantou a cobrança de uma taxa debitada compulsoriamente na conta de todos os aposentados beneficiários de crédito consignado. Um golpe que possibilitou a arrecadação de R$ 100 milhões que teriam sido destinados aos cofres do PT, descontada a milionária comissão que teria sido embolsada. A investigação relativa a esse golpe, por conta do qual Paulo Bernardo passou alguns dias encarcerado em junho último, não é a mesma que agora leva o STF a transformá-lo em réu. Essa é relativa à acusação de que ele teria recebido dinheiro do esquema do petrolão para abastecer a candidatura de sua cara metade ao Senado, em 2010.

Em seu relatório a favor do recebimento da denúncia, o ministro Zavascki destacou que se sentia à vontade para acolher o pedido da PGR porque evidências contidas no processo vão "muito além das declarações prestadas em colaboração premiada". Poderia ter dito, em outras palavras, que o jeito petista de fazer política é reconhecível à primeira vista.
Herculano
30/09/2016 07:29
A FALÊNCIA DO ENSINO BRASILEIRO NÃO É DE SEUS PROFESSORES, por Vlademir Safatle, professor de filosofia, para o jornal Folha de S. Paulo

Depois de um anúncio catastrófico do projeto de reforma educacional do ensino médio proposto por aquilo que alguns chamam de "governo", esta semana viu uma sucessão de esforços para tentar vender à população a tese de que enfim chegaram as ações esperadas.

?"rgãos de propaganda do dito "governo" travestidos de revistas semanais apresentaram o projeto como um conjunto de medidas corajosas que visariam revolucionar o engessado ensino brasileiro. O senhor que ocupa o cargo de ministro da Educação apareceu enfim para tentar defender o projeto feito por sua equipe, isto enquanto o próprio Michel Miguel ligava não para especialistas em educação, mas para Fausto Silva, vulgo Faustão, para convencê-lo da grandeza do projeto criticado pelo referido.

Que uma das primeiras medidas do "governo" fosse intervir na educação nacional, eis algo que não deveria surpreender ninguém. O projeto apresentado nem de longe expressa alguma preocupação real com o aumento da qualidade de nossas escolas e com o desenvolvimento integral de nossos alunos. Seus eixos centrais são a segregação, a precarização da atividade docente e o puro e simples obscurantismo.

Não é de admirar que a verdadeira equipe que produziu este projeto seja composta por "especialistas" que trabalham há décadas nos governos FHC, em Brasília, sob a batuta do ilibado José Arruda e nos governos tucanos de São Paulo, com resultados pífios e medíocres. De fato, não poderia ser diferente, já que a regra dessas senhoras e senhores é impor uma visão tecnocrata que despreza a inteligência prática de professores envolvidos nos processos de ensino, sendo os únicos realmente capazes de indicar o que funcionaria e o que não funcionaria.

Contrariamente ao que se tentou vender, este país fez mudanças drásticas e constantes no ensino nas últimas décadas. Todas pecaram por desprezar os saberes daqueles que estão diretamente envolvidos nos processos, dando voz a burocratas e tecnocratas que nunca pisaram em uma sala de aula ou que não fazem isto há anos. A falência do ensino brasileiro não é de seus professores, mas de seus tecnocratas de gabinete.

Veja três características mestras da dita reforma. Primeiro, ela cria diferentes possibilidades de escolhas para os estudantes depois de um período comum de um ano e meio. Eles poderão ter concentração de disciplinas em linguagens, matemática, ciências da natureza, humanas e ensino técnico. Até aÍ, nenhuma polêmica. Há anos todos os realmente envolvidos com educação insistem que os alunos devem poder escolher disciplinas mais próxima de seus interesses. Mas, como o diabo mora nos detalhes, a questão é: as redes e escolas podem não oferecer aos alunos todas as opções de concentração. Ou seja, você dorme com a promessa de uma escola mais diversa e acorda com a realidade de uma escola onde, por exemplo, a concentração de humanas não existe, onde o eixo de todos os esforços é o ensino técnico. O resultado será abrir as portas para uma segregação que consistirá em levar as escolas em regiões mais carentes a cada vez mais oferecer ensino técnico, cuja empregabilidade é mais rápida, porém muito mais precária.

Por outro lado, qualquer programa minimamente sério começaria por qualificar melhor o corpo docente. Mas isso passaria por acabar, de uma vez por todas, com a precarização e os salários vergonhosos dos professores, uma das maiores razões para que nossos melhores alunos não queiram mais ser professores. O que há a esse respeito na dita reforma? Nada. No entanto, o projeto prevê que poderão ser contratados professores sem licenciatura, portadores de "reconhecido saber". Dificilmente haveria proposta mais absurda e irresponsável. Como dizia Hegel, não é porque todos têm mãos que todos podem produzir sapatos. Mas um governo que apresenta uma proposta como essa despreza os conhecimentos técnicos necessários para a docência.

Por fim, havia a proposta medíocre de transformar artes, educação física, filosofia e sociologia em matérias não obrigatórias. Agora, a BNCC decidirá o destino, mas a pedra já está cantada. De fato, para os tecnocratas a sociedade não deve precisar de cidadãos que conheçam conceitos como conflito social, desencantamento do mundo, anomia social, modernização reflexiva, ética, moral, classe, consciência, razão, estética, lógica, pensamento crítico. É verdade, para votar em Michel Miguel e sua turma, é melhor não saber nada disso.
Herculano
30/09/2016 07:24
JORNALISTAS, COMENTARISTAS E BLOGS PAGOS COM OS PESADOS IMPOSTOS DO POVO PARA DEFENDER O PT E IDEIAS DOS PARTIDOS DE ESQUERDA SÃO DEMITIDOS DA EBC

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. A EBC (Empresa Brasil de Comunicação) rescindiu nesta quinta-feira (29) sete contratos com jornalistas e comentaristas.

Os atos da empresa pública, publicados no Diário Oficial da União, informam apenas que a rescisão foi unilateral.

São mencionados nos contratos os nomes de Sidney Rezende, Lúcia Scarano de Mendonça, Emir Sader, Luis Nassif, Paulo Markun, Tereza Cruvinel e Paulo Moreira Leite.

As demissões ocorrem após a volta de Larte Rímoli à direção da empresa. Rímoli, que havia sido nomeado pelo presidente Michel Temer em maio, voltou ao trabalho no dia 14 depois de uma disputa no STF (Supremo Tribunal Federal). Ele substituiu o jornalista Ricardo Melo, nomeado pela então presidente Dilma Rousseff em abril.

A EBC informou que os contratos somavam R$ 2,8 milhões por ano, que as rescisões ocorreram dentro da lei e que a "necessidade de ajustes orçamentários tem levado a direção da empresa a adotar medidas de redução de despesas".

Ainda de acordo com a EBC, houve outros cortes como o fim do contrato para a transmissão da terceira divisão do campeonato paulista de futebol, além de renegociação de contrato de outros fornecedores.

"Os contratos renovados foram repactuados, com redução no valor global. Esse esforço para regularizar a situação financeira da empresa resultou, até agora, em cortes de gastos na ordem de R$ 58 milhões", informa a empresa.

O jornalista Sidney Rezende, que tinha programa na Rádio Nacional e estava contratado para o programa Repórter Brasil, informou que ficou na empresa por 30 dias.

"Fui remunerado por este único mês ?" sem adicionais; e, em seguida, dispensado pela nova direção da EBC. A forma como tudo aconteceu foi muito cruel. Não me interessa o desgaste judicial. Foi um aprendizado de vida. E assim encerro este episódio".

A jornalista Lúcia Mendonça afirmou que tinha um contrato anual para dirigir e produzir os programas Espaço Público e o Brasilianas. Segundo ela, o contrato tinha sido renovado em abril sem reajuste.

"Há quatro meses, recebi uma comunicação informando que o contrato e sua respectiva remuneração estavam suspenso, em virtude de questões orçamentárias e de reestruturações da própria EBC. Recentemente recebi uma comunicação dando conta da rescisão definitiva do contrato. Não tenho pretensão ou perspectiva de tomar qualquer medida contra isso".

Paulo Moreira Leite disse que assinou contrato de exclusividade de um ano para apresentar o programa Espaço Público e que foi suspenso, segundo ele, no primeiro mês. Leite diz que pretende questionar o ato na Justiça.

"Não recebi um telefonema, muito menos um convite para o diálogo", afirmou, atribuindo a rescisão a motivação política. "Nunca deixamos de ouvir vozes que eram silenciadas pelas emissoras comerciais, cumprindo nossa obrigação de dar espaço a quem é censurado e tolhido", afirmou.

O cientista político Emir Sader, comentarista do Repórter Brasil, disse que o contrato previa rescisão unilateral.

"Eu apelei da medida, mas recebi resposta curta de que não aceitavam meus argumentos. Eu retruquei que não esperava outra resposta, dado que o caráter publico da EBC acabou, ela se tornou governista e até cabide de emprego, dado que o atual presidente continuou recebendo salários, mesmo quando não estava legalmente no cargo", disse.

O jornalista Paulo Markun afirmou que pretende buscar seus direitos. O jornalista Luis Nassif, que era responsável pelo programa Brasilianas.org e comentarista do Repórter Brasil, afirmou que não iria se pronunciar. A Folha ainda busca contato com a jornalista Tereza Cruvinel.

BLOGS PR?"-PT

Reportagem da Folha nesta quarta mostrou que o repasse de recursos do governo federal a sites e blogs pró-governo de Dilma Rousseff e pró-PT foi zerado desde junho com a chegada de Temer à Presidência.

Levantamento na Secretaria de Comunicação da Presidência e em quatro estatais (Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES) identificou poucos pagamentos em junho, como resíduos de maio. Desde então, nenhum dos 13 sites listados pela reportagem recebeu dinheiro, segundo a Secom e as estatais
Herculano
30/09/2016 07:18
CONDENAÇÃO DOS POLICIAIS DO CARANDIRU TAMBÉM ERA MASSACRE: DA ORDEM LEGAL, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S. Paulo

Errou feio o editorial desta Folha, nesta quinta, ao ignorar que a anulação dos julgamentos dos 74 PMs que participaram do chamado "massacre do Carandiru" apenas exercita a lei. Para o jornal, tratou-se de uma "mostra de inabalável inapetência" do Judiciário "por cumprir sua razão de ser". A crítica, no caso, é dirigida ao Tribunal de Justiça de São Paulo, particularmente aos três desembargadores que tomaram a decisão: Ivan Sartori, Camilo Léllis e Edison Brandão.

Se é assim, então foram inapetentes porque decidiram seguir o que está escrito em vez de fazer justiça com a própria toga ?"já há quem pense que policiais devem fazer justiça com o próprio revólver. Por óbvio, discordo de uma coisa e de outra. E noto que, seja para tratar desse caso, seja para apontar algumas atitudes da força-tarefa da Lava Jato que desbordam do devido processo legal, o mais difícil, no Brasil, tem sido defender o único conjunto capaz de nos unir nas diferenças: o arcabouço legal. Sem ele, sobram tiro, porrada e bomba.

Alguns pretendem jogar esse arcabouço no lixo por sede de vingança e mandam às favas os direitos humanos; outros, como acredito que seja o caso deste jornal, por fome civilizatória, em nome dos direitos humanos. Se o que se ignora é o pactuado, estão todos errados. Segundo explicita de maneira inequívoca o Artigo 41 do Código de Processo Penal, as condutas criminosas têm de ser individualizadas. É aceitável que policiais sejam condenados de 48 a 624 anos de cadeia, ao arrepio da lei, para servir de exemplo? Não se faz justiça exibindo cabeça em poste.

No caso em questão, onde está especificada a conduta de cada um? Até as penas foram definidas segundo as patentes, num misto de justiçamento com responsabilização objetiva, que nada tem a ver com democracia. Os policias foram acusados porque estavam lá e admitiram que atiraram, duas contingências decorrentes da função que ocupavam. Quando o Ministério Público se nega a denunciar os criminosos do MST ou do MTST, a justificativa é sempre a mesma: impossibilidade de individualizar as imputações. E olhem que temos a lei para punir organizações criminosas, crime em que não incorre a PM. A esquerda nunca reclamou. Acho que nem a Folha.

Sei bem onde me meto. Ousei apontar alguns exageros e ilegalidades na Lava Jato, e os espadachins da reputação alheia me trataram, imaginem vocês, como simpatizante de Lula!!! Digo agora que o TJ-SP só cumpriu a lei, e não faltarão os pistoleiros para me acusar de defensor de massacres.

Sartori pediu, voto isolado, também a absolvição dos réus. Teria ofendido a Constituição? A Alínea C do Inciso XXXVIII do Artigo 5º da Constituição reconhece, sim, a soberania do júri. Mas é ampla a jurisprudência do STF assentando o óbvio: o júri não é soberano para condenar contra as provas. Trecho do HC 68.658: "A competência do Tribunal do Júri (...) não confere a esse órgão (...) um poder incontrastável e ilimitado. As decisões que dele emanam expõem-se (...) ao controle recursal do próprio Poder Judiciário (...). A apelabilidade das decisões emanadas do Júri, nas hipóteses de conflito evidente com a prova dos autos, não ofende o postulado constitucional, que assegura a soberania dos veredictos desse Tribunal Popular". E isso implica que um tribunal pode até absolver quem o júri condenou. Se houver motivo. E sem ofensa à Constituição.

Nas democracias, uma escolha essencial distingue um "progressista", que não sou, de um "conservador", que sou: o primeiro acredita que se pode transgredir a lei para fazer justiça, a exemplo do editorial da Folha. O segundo avalia que, ao se fazer isso, não se corrige a eventual injustiça em pauta e ainda se abre caminho para injustiças novas.
Herculano
30/09/2016 07:10
SUSPEITA-SE AGORA QUE PRISÃO DE PALOCCI VAZOU, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Experientes policiais recomendam que a Lava Jato, se já não faz isso, investigue o possível vazamento da prisão de Antônio Palocci. É que o ex-ministro de Lula e Dilma parecia preparado, quando na segunda (26) a Polícia Federal bateu à porta do seu luxuoso apartamento, em São Paulo, ao amanhecer. Ele estava sozinho. Não havia familiares, como se eles tivessem sido poupados do constrangimento, tampouco empregados - à exceção da visita imprevista do tratador da piscina.

PREPARADO
Guido Mantega também parecia avisado da prisão: deu um jeito de sair de casa às 4h da madrugada para "acompanhar a mulher ao hospital".

ALI NÃO É SUS
Estranho, no caso Mantega, é que não era um hospital público e sim o "vip" Albert Einstein, onde não há filas de espera às 4h da madrugada.

'PROCEDIMENTO'?
Logo após a prisão de Mantega, petistas espalharam que sua mulher faria "procedimento cirúrgico", aliás, jamais confirmado pelo hospital.

MODELITOS CURITIBA
Assim como Mantega, que parecia preparado para viajar a Curitiba, Palocci tinha mala pronta e já estava vestido quando a polícia chegou.

GOVERNO PREPARA PACOTE DE AJUDA AOS ESTADOS
Após encontro com governadores e secretários de Fazenda, o Planalto prometeu avançar, no Congresso, com pacote de medidas para solucionar a crise dos Estados. O governo federal assumirá o ônus político de propor emenda fixando limite para gastos com servidores, na PEC do teto dos gastos públicos. Com isso, o Congresso vai retirar do colo dos governadores o desgaste político junto ao funcionalismo.

MEXENDO NO BOLSO
O governo promete apoiar também a PEC dos Precatórios, em tramitação na Câmara, e a venda da dívida ativa dos Estados.

ACORDO DE CAVALHEIROS
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, comprometeu-se com o ministro da Fazenda a fazer andar as medidas de ajuda aos Estados.

SOCORRO BILIONÁRIO
Os governadores de 20 Estados pedem R$ 7 bilhões ao presidente Michel Temer e, sem ajuda, ameaçam decretar calamidade.

RENAN BANCA ROMERO
Apadrinhado por Renan Calheiros e apoiado pelo Planalto, Romero Jucá (PMDB-RR) disputará a presidência do Senado. Pela tradição, a maior bancada, ainda o PMDB, indica o presidente. Seu líder, Eunício Oliveira (CE), é o favorito, e Garibaldi Alves (RN) corre por fora.

UM DE CADA VEZ
Michel Temer atendeu pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Será um "tema polêmico" de cada vez. "Se o primeiro não passar, será uma sinalização ruim para os demais", adverte o deputado.

ESTRANHA EXPOSIÇÃO
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) divulga em seu "anuário" informação que constrange autoridades da Justiça: nos últimos 5 anos, bancou ou apoiou pelo menos 40 eventos promovidos por juízes e procuradores.

FUTURO SOMBRIO
O PT está sem líderes: Lula pode ser preso a qualquer momento; Dilma foi cassada; Dirceu e Palocci presos, Genoino com folha corrida na polícia. Lindbergh, Gleisi, Vaccarezza, Zaratini etc a caminho disso.

IMPULSO À AGRICULTURA
Em viagem à Itália, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novaki, levará um estudo da Embrapa para desmontar a lorota de que o agronegócio brasileiro "prejudica o meio ambiente".

LOROTA AMBIENTALISTA
O levantamento da Embrapa mostra que 61% das terras brasileiras estão preservadas. A agricultura ocupa 8% do território nacional e a pecuária, 19%. Terras indígenas são 13%.

MELANTONIO NA GRÉCIA
O governo grego (ou República Helênica) concedeu agrément a Cesário Melantonio Neto como embaixador do Brasil em Atenas. Hoje em Cuba, ele já foi embaixador no Egito, na Turquia e no Irã.

TRISTE EVOLUÇÃO
Em 1994, quando foi criado o Fundo Partidário, partidos recebiam ao todo R$ 729 mil por ano. Em 2010, ano da eleição de Dilma, o valor disparou a R$160 milhões. Dilma quadruplicou o valor arrancado pelos partidos dos cofres públicos: em 2015 tomaram R$ 811 milhões.

PENSANDO BEM...
...ultimamente nossos políticos se unem na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, nos palanques... e na corrupção.
Herculano
30/09/2016 07:03
TESOURO NÃO AGUENTA PESO DE PENSÕES E OUTROS BENEFÍCIOS, editorial do jornal O Globo

A reforma da Previdência e o teto dos gastos monopolizam as atenções, mas há muito também a ser feito numa regulação sensata de diversos gastos ditos sociais

O foco das discussões sobre o ajuste das contas públicas está muito centrado no teto dos gastos ?" fundamental para conter a tendência suicida de as despesas crescerem à frente do PIB e da inflação ?" e na reforma da Previdência, devido aos déficits galopantes, e também por interessar de forma muito direta à população. São mesmo dois pilares na rearrumação estrutural da economia brasileira, mas não esgotam o trabalho a ser feito neste campo dos gastos ditos sociais. Como O GLOBO mostrou ontem, há outras rubricas de despesas sob este amplo e generoso guarda-chuva, em que também o descontrole é gritante e, por isso, não podem deixar de ser revistas.

Uma das causas das despesas crescentes nesse bloco de gastos é o Benefício de Prestação Continuada, incluído na Lei Orgânica de Assistência Social (Loas). Em 2014, última estatística disponível, o Tesouro gastou, com este programa, R$ 35 bilhões, mais que o conhecido Bolsa Família.

É uma pensão a que tem direito toda pessoa com mais de 65 anos que se autodeclare de baixa renda. Passa a receber um salário mínimo mensal. Sem ter feito qualquer contribuição para tal, é claro. Em dez anos, de 2004 a 2014, o gasto foi multiplicado por mais de três. E a quantidade de beneficiários passou de dois milhões para quatro milhões. Dobrou.

Outro saco sem fundo é a aposentadoria rural. Qualquer suposto agricultor que for ao INSS com a declaração de algum sindicato rural, atestando que ele de fato labutou no campo, ganha a aposentadoria. Tenha ou não contribuído para ela.

Há ainda as pensões, responsáveis por um gasto de R$ 104 bilhões no ano passado. E não para de crescer, como todas essas despesas ditas sociais. Quando Joaquim Levy foi ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, ele tentou no Congresso, sem maior êxito, moralizar a concessão dessas pensões.

Havia, como em outros casos, "jabuticabas", algo genuinamente brasileiro, nesses benefícios. Por exemplo, pensões integrais independentemente da idade da viúva e do número de dependentes. Sabe-se que no Nordeste homens idosos, segurados do INSS, passaram a ser cortejados por mulheres jovens ?" candidatas a viúvas pensionistas.

Há, portanto, muito espaço para avançar em reformas mais do que sensatas nesses incontáveis programas sociais. Uma das frentes a atacar ?" sabe o próprio governo ?" é acabar com a indexação de vários desses benefícios pelo salário mínimo. O ideal seria acabar em todos.

No pano de fundo desta farra cujo desfecho é a atual crise fiscal, está o grande equívoco cometido com a Constituição de 88, sustentada na visão míope de que cabe exclusivamente ao Estado patrocinar programas que erradiquem a pobreza. Esqueceram-se do custo, e de como financiá-lo. Hoje, está claro que ele é insustentável. E que sem que houvesse um ambiente econômico estimulador dos negócios não haveria renda capaz de financiar esse projeto, na verdade, em si, inviável. É certo que a miséria precisa de ações públicas para ser mitigada. Porém, o melhor caminho para debelação da pobreza é pela educação e pelo emprego.

A crise fiscal, portanto, é também fruto da falência da visão social e estatista da Carta de 88, um marco muito positivo no restabelecimento dos direitos políticos, mas desastroso no campo dos benefícios sociais.
Herculano
30/09/2016 06:54
da série: Gaspar durante oito anos se recusou a avançar no saneamento básico. E nesse período o governo de Brasília era do PT. O daqui também.

SANEAR PROJETOS E GESTÃO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Assim como ocorre com a má qualidade do ensino público no Brasil, é consensual o imperativo de eliminar o intolerável atraso do país no saneamento básico. Do consenso à consequência subsiste um largo caminho, entretanto, que o Estado tem enorme dificuldade em transpor.

A radiografia do fracasso vai delineada com clareza no último relatório "De Olho no PAC" (2009-2015), que o Instituto Trata Brasil vem de publicar. Sob a mira do levantamento estavam 340 obras listadas nas duas fase do Programa de Aceleração do Crescimento, PAC-1 (2007-2010) e PAC-2 (2011-2015).

O destaque conferido ao saneamento básico (redes de água e coleta e tratamento de esgotos) no PAC despertou a expectativa de que os governos federal, estaduais e municipais se dedicariam a zerar o atraso. Segundo o Trata Brasil, ainda temos 35 milhões de pessoas sem acesso à rede de água, mais de 100 milhões sem coleta de esgotos e meros 40% dos dejetos tratados.

A expectativa se ancorava, em grande medida, em vultoso montante de recursos. As 340 obras representam investimento total de R$ 22 bilhões. A maior parte disso viria de financiamentos da Caixa Econômica Federal (55%), cabendo o restante à União (25%) e ao BNDES (20%).

O levantamento revela, porém, que apenas 36% das obras estavam concluídas em 2015. Outros 39% ainda se encontravam em andamento (não raro com atraso). Pior: 11% nem mesmo haviam sido iniciadas e 14% se achavam paralisadas. Recursos ociosos, que naquela altura somavam R$ 5,7 bilhões.

Quase metade (45%) do planejado ainda no PAC-1 se achava paralisado ou em execução. Na região Norte, que exibe os piores índices de saneamento, 38% das obras de água nem sequer estavam em andamento em 2015, mesma situação de 25% daquelas relativas a esgotos.

De qualquer ângulo que se considere, ao desastre sanitário se sobrepõe o administrativo. Em contato com os tomadores dos recursos, os autores do estudo pediram que se indicassem os motivos do atraso, e as falhas de gestão emergem em meio à turbidez geral.

Entre as razões alegadas se destacam demora na liberação de recursos pelo Ministério das Cidades, inadequação de projetos, tropeços no licenciamento ambiental, renegociação e rescisão de contratos.

O de sempre, em resumo. Para tirar o Brasil dessa insalubridade ao estilo do século 19, será preciso depurar a burocracia estagnada e sanear os projetos de engenharia.
Herculano
30/09/2016 06:50
PT DE BLUMENAU NEGA O DE GASPAR

No debate de ontem da RBS TV com os candidatos a prefeito de Blumenau, o candidato do PT de lá, o esclarecido professor universitário Valmor Schiochet, jura que tem um novo jeito de governar, mas não disse que jeito é esse. O que promete para lá é exatamente que falta aqui, a começar pelo transporte coletivo e se enfatiza na transparência. Ou ele não é do PT que manda aqui em Gaspar, ou o PT a que ele se refere e está filiado é outro.

Também não falou que jeito novo de governar é este. Afinal, o PT acaba de sofrer um impeachment na presidência da República, por exatamente não respeitar o orçamento, o legislativo e governar com incompetência eu quebrou a economia brasileira, desempregou 12 milhões de trabalhadores, envolveu-se até o pescoço com dúvidas, roubalheiras e corrupção.
Mariazinha Beata
29/09/2016 21:30
Seu Herculano;

Colei de Ricardo Kertzman & Amigos?"blogueiros:

O Meu Candidato Ideal.

Honestidade não é qualidade, é pré-condição. Votar em alguém apenas por ser honesto equivale a beijar um sapo porque tem boca.

Preparo significa cultura geral, experiência profissional, liderança e uma penca de outros bons atributos. Capacidade significa ter tal preparo, disposição e inteligência para usá-lo. Aquele que pretende ingressar na vida pública, seja no executivo ou no legislativo, deve possuir ambos: Preparo e capacidade. Um não serve sem o outro.

Meu candidato tem de ser assim. Preparado e capaz. Mas não só! Deve ser educado, humano e sincero. Sincero até não poder mais. Que olhe nos olhos do eleitor e não minta. Que diga inclusive aquilo que eu não quero ouvir, mas que diga, que não omita, que não se omita. Que seja equilibrado e sensato, pois agressividade, na política, não constrói. Mas que não seja medroso nem covarde. Que seja altivo e valente. E que seja fiel aos princípios que pregou.

Tem de saber ouvir, sim, mas tem de falar. Falar mais que ouvir. Quero um protagonista, não um coadjuvante. Tem de entender de finanças, de leis, de planejamento e administração, mas igualmente tem de entender de gente. Entender quem sofre e porque sofre. E ser capaz de se colocar no lugar de cada um deles. Meu candidato tem de ser solidário.

Eu já escolhi o meu.

No próximo dia 02 de outubro, escolha você o seu. Não se ausente, não se omita, não deixe que outros decidam por você. As coisas já andam ruins demais para que simplesmente liguemos o "dane-se" e deixemos tudo continuar como está.
Bom voto.

Estamos juntos.
Bye, bye!
?
Herculano
29/09/2016 21:19
ACESSO AS PESQUISAS

Marcelo de Souza Brick, PSD e que tem na coligação o PSB e o Partido Comunista do Brasil na busca da prefeitura de Gaspar, não gostou dos resultados das pesquisas feitas pelo Instituto Mapa e publicadas nesta semana.

Foi à Justiça e reclamou. Pediu acesso aos dados, planilhas e metodologias empregadas naquela pesquisa. O juiz eleitoral da Comarca, Rafael Germer Condé, deferiu o pedido do Marcelo na quinta-feira à noite. Agora, ele vai ao Instituto Mapa. Resolverá alguma coisa a dois dias das eleições?

Marcelo na segunda-feira à noite,numa reunião na busca de votos, insinuou privilégios e chegou adiantar aos que o ouviam de que estaria empatado na frente na pesquisa que agora questiona e o colocou o único em queda.

O engraçado disso tudo, é que desde a primeira pesquisa, a candidata Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, vem dizendo, que baseado em pesquisas contratadas para orientar os trabalhos da sua campanha, os números são bem diferentes aos divulgados.

Ela aparentemente está calada. Não procedeu a nenhuma reclamação formal. Ao contrário dos demais candidatos que se valem até montagens para mostrar números dispares, e comparando números, pesquisas, tempos e metodologias diferentes, como se fossem uma única fonte. Acorda, Gaspar!
Herculano
29/09/2016 19:10
JANOT APONTA "TEIA CRIMINOSA" E PEDE DIVISÃO DO MAIOR INQUÉRITO DA LAVA JATO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal, nesta quarta-feira (28), manifestação no Inquérito 3989 pelo desmembramento dos núcleos políticos que compõem a estrutura do grupo criminoso organizado, "de acordo com a afinidade de atuação dos partidos" investigado pela Operação Lava Jato. A divisão em quatro grandes grupos foi proposta para "otimização do esforço investigativo, uma vez que se trata de uma só organização criminosa, ampla e complexa".

O procurador-geral pede que o Inquérito 3989 fique restrito aos membros do grupo criminoso organizado inseridos no Partido Progressista (PP) e aos que, com esses, "atuaram em concurso de pessoas".

Janot também requereu a instauração de inquéritos específicos para investigar os fatos relacionados a membros do PT, do PMDB "com articulação no Senado Federal" e do PMDB "com articulação na Câmara dos Deputados".

No documento enviado ao STF, Janot afirma ainda que se trata de uma mesma organização criminosa em que alguns membros do PP, PMDB e PT, "utilizando-se indevidamente do partido, dividiram entre si as diretorias da Petrobras".

"A indicação de determinadas pessoas para importantes postos chaves do ente público, por membros dos partidos, era essencial para implementação e manutenção do projeto criminoso", afirma Janot. O procurador sustenta que "a teia criminosa se divide em uma estrutura com vínculos horizontais, em modelo cooperativista, em que os integrantes agem em comunhão de esforços e objetivos, e em uma estrutura mais verticalizada e hierarquizada, com centros estratégicos, de comando, controle e de tomadas de decisões mais relevantes".

"É necessária a cisão do presente inquérito, com aberturas de expedientes específicos, devendo ser levadas em consideração essas duas características da organização criminosa: sua verticalização e sua horizontalização", diz.
Herculano
29/09/2016 19:06
A administração, a cidade, os cidadãos e os vereadores - e algum deles são candidatos a prefeito - se negaram a revisar o Plano Diretor, obrigatório por lei. Mas, todos pagaram muito caro a Iguatemi para fazê-lo e deixa-lo na gaveta por falta de legitimidade e identificação com Gaspar.

O ESTATUTO DA CIDADE E AS ELEIÇÕES, por Marina Romuchge (procuradora de Santana do Parnaíba SP) e Wilson Levy (doutorando em direito urbanístico PUC SP), no jornal Folha de S. Paulo

Em 2016, o Estatuto da Cidade (lei nº 10.257/2001) completou 15 anos de vigência, mas tem poucos motivos para comemorar. Concebido para enfrentar o duplo e simultâneo desafio de lidar com o acumulado histórico de irregularidade (olhar para trás) e viabilizar o planejamento das cidades brasileiras (olhar para frente), ainda não saiu totalmente do papel.

Predomina a desinformação. O conteúdo não foi assimilado pelo Poder Público, para quem a ideia de planejar ainda é nova, e tampouco pela sociedade civil. Com isso, seus dispositivos ficam restritos aos sofisticados, e por vezes inócuos, debates acadêmicos.

O Estatuto da Cidade regulamentou os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988, no capítulo dedicado à política urbana. Trouxe, com isso, uma série de instrumentos indispensáveis à ordenação do território. Tudo sob a égide de uma diretriz estruturante, que é a gestão democrática das cidades.

Inequívoco o alcance de tais instrumentos. Natural, nesse sentido, que o Estatuto da Cidade fosse tema frequente nos debates das eleições para prefeito e vereador em 2016. Ledo engano. Trata-se de um ilustre desconhecido. E esse diagnóstico é um eloquente sinal do quão distante está o debate político (e público) de soluções disponíveis na lei desde 2001.

Quais candidatos, por exemplo, propõem medidas para viabilizar os Planos Diretores das cidades? Obrigatório nos municípios com mais de 20 mil habitantes, o plano diretor é a lei que define o instrumento básico da política urbana. É ele que informa o conteúdo da função social da propriedade urbana e desenha como e para onde a cidade deve crescer.

Teríamos um enorme avanço se os candidatos se comprometessem a cumprir as metas do Plano Diretor. Afinal, ele representa uma política de Estado, mais importante que programas de governo, que mudam a cada quatro anos.

O que os candidatos pensam a respeito da contribuição de melhoria? Tributo baseado na valorização imobiliária resultado de obras públicas, é um mecanismo poderoso de arrecadação e financiamento de políticas públicas. As grandes cidades do mundo estão discutindo medidas semelhantes. Avançam, inclusive, na produção de indicadores mais precisos para apurar a valorização. Por aqui, nada.

E sobre a regularização fundiária, que se aplica às áreas ocupadas por população vulnerável? Alguma linha no discurso? Para além de definir normas especiais de uso e ocupação do solo, é preciso cuidar da sua urbanização, para garantia do direito à moradia e mitigação de riscos e danos ambientais.

E as operações urbanas consorciadas? Eis um ótimo exemplo de instrumento da cidade que pode dar certo: o poder público identifica área que necessita de transformações urbanísticas estruturais e melhorias sociais. Pactua as regras do jogo com o mercado privado e com a sociedade civil e monitora a sua execução.

Precisamos introduzir no debate a relevância do estatuto. A cidade é um espaço cheio de contradições. Estado, mercado e sociedade civil, agentes da transformação do território, podem encontrar aí uma arena para construir os consensos possíveis. Afinal, não há incompatibilidade absoluta entre interesse público, lucro e qualidade de vida.

À política cabe, ou caberia, deflagrar esse debate. A sociedade merece saber o que seus candidatos pensam sobre ele e deve, também, ser convidada a integrar essa discussão e a refletir a seu respeito.
Herculano
29/09/2016 18:57
reeditado das 11.29, deste 29.09.2016

MANCHETE DO PORTAL CRUZEIRO DO VALE, É O RETRATO ACABADO E SEM RETOQUE DO PT E DO GOVERNO DE PEDRO CELSO ZUCHI, EM GASPAR.

O que diz a manchete: "Prefeitura esconde nome da empresa que fará o transporte coletivo de Gaspar".

Ou seja, desmancha o mínimo traço de transparência, respeito e participação popular ou interação com a comunidade e em algo que é prioritariamente público.

Pior do que isso: estão todas as quietinhas e majoritariamente a imprensa, principalmente a que não pode ou não consegue perguntar. Nenhum político se insurgiu. Nenhum candidato a prefeito se posicionou até agora contra esse descalabro. Ou seja, estão todos coniventes, contra a cidade, os cidadãos, os trabalhadores, os estudantes e idosos, o que mais usam esse tipo de transporte coletivo.

É por isso, que a imprensa livre, a que não depende do poder público, a que faz pergunta, é sempre um problema e é rotulada como oposição, a que possui ódio pelo PT, ou por políticos matreiros, espertos, que decidem tudo entre os mesmos, entre paredes e nos escurinho das reuniões.

Esse desastroso quadro vai mudar se o PT sair da prefeitura? Dificilmente, penso. E por que? Porque dos candidatos que ai estão postos buscando votos, a maioria tem exatamente essa prática. Basta ver o que aconteceu na Câmara de vereadores. Basta olhar os Planos de Governo para uns é uma fantasia, para outros, um papelinho, que se remenda três dias antes das urnas serem abertas

Resumindo. Basta olhar o que a maioria dos candidatos fizeram no passado e o que estão fazendo no embate ´político, onde entopem o juizado eleitoral para por freios nas suas manobras fora da lei ou espertezas para burla-la. Então, acorda, Gaspar! Outra eleição só daqui a quatro anos, se até lá, ninguém eleito não for impedido exatamente por seus excessos de campanha ou de administração.
Herculano
29/09/2016 18:44
SUCESSO DO PREFEITO DEPENDE DA BUROCRACIA, por Fernando Abrucio, sociólogo, para o jornal Folha de S. Paulo

Escolher um bom candidato a prefeito é o primeiro passo, mas não é suficiente para se ter um bom governo municipal. Os eleitos em 2016 terão de contar com outros elementos para seu sucesso, e um dos mais relevantes é o da qualidade da burocracia de sua cidade. Mesmo aqueles que defendem uma concepção de Estado menor dependerão de funcionários públicos qualificados para levar adiante os seus planos. Isso pode parecer óbvio, caro leitor, porém este tema tem sido solenemente ignorado ao longo da campanha e dos debates.

Desde os estudos clássicos de Max Weber e Woodrow Wilson sabe-se que a burocracia é uma peça-chave nos governos contemporâneos. Os políticos tomam as principais decisões sobre a agenda pública, dada a legitimidade democrática que têm. A formulação e a implementação das políticas, entretanto, passam fortemente pela capacidade técnica e gerencial dos burocratas de carreira e dos principais assessores.

No Brasil, a história da qualificação da administração pública é bastante truncada e ambígua. Nos primeiros cem anos do país vigorava, quase integralmente, o loteamento do Estado pelo patrimonialismo. A primeira grande mudança ocorreu na década de 1930, com a criação do Dasp, que procurou introduzir o princípio da meritocracia, basicamente para os setores estatais voltados ao desenvolvimento econômico. Em todo o restante ainda prevalecia a distribuição de cargos em nome do clientelismo e fisiologismo.

A mudança feita pelo Dasp foi, na verdade, lenta e incompleta. O buraco maior da administração pública estava nos Estados e, principalmente, municípios, onde, na imensa maioria dos casos, o patrimonialismo era a marca. A Constituição de 1988 começou a mudar essa situação, ao ampliar o uso do concurso público e tornar necessárias, a todos os níveis de governos, outras medidas de profissionalização da administração pública. De lá para cá, a situação administrativa dos municípios melhorou, tornando-os um elemento central do welfare state brasileiro.

Mas a realidade da maioria das municipalidades ainda é preocupante. A maior fragilidade da burocracia está, geralmente, nos pequenos municípios das regiões mais pobres. Contudo, as cidades em áreas metropolitanas enfrentam problemas bem mais complexos e normalmente têm uma estrutura administrativa que está bem aquém do necessário.

O desafio hoje é ampliar três processos de modernização das administrações públicas locais que já foram iniciados no país. O primeiro é o da expansão da profissionalização da burocracia, fortalecendo tanto as carreiras estratégicas no campo da gestão, como as áreas responsáveis pela implementação das políticas sociais, valorizando professores, médicos e outros burocratas que atendem ao público. Cabe ressaltar que seria interessante também criar processos transparentes de seleção meritocrática do alto escalão dos governos locais.

Um segundo foco de mudança deve ser o aprofundamento dos instrumentos de democratização dos municípios. Isso passa pelo fortalecimento das arenas de participação e pela maior transparência dos dados e atos governamentais ?"o chamado Governo Aberto. E como corolário da melhoria da burocracia local, é fundamental utilizar ferramentas da gestão por resultados, como metas, indicadores, formas de contratualização e outras ações administrativas que tornem os governos mais eficientes e efetivos.

Se o candidato a prefeito não estiver falando dessa agenda de modernização da burocracia, desconfie que ele não poderá cumprir as promessas de campanha
Herculano
29/09/2016 18:31
O QUE O GOVERNO DO PT FEZ CONTRA OS EMPREENDEDORES, OS TRABALHADORES E OS BRASILEIROS

Conteúdo e texto de Maurício Lima, de Veja.Mais de 1/3 das empresas não tem reserva para os gastos de fim de ano

A 3ª edição da pesquisa Termômetro ContaAzul chegou a uma conclusão preocupante. Mais de 1/3 (34%) das pequenas empresas ainda não sabem como arcar com os gastos extras de fim de ano, em especial o pagamento do 13º salário aos funcionários.

Cerca de 1.300 micro e pequenas empresas em todo o Brasil participaram da enquete que aconteceu na 1ª quinzena de setembro.

De acordo com o estudo, somente 22% das empresa tem uma reserva permanente para este fim.

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