29/12/2016
ADEUS, 2016. TUDO CONTINUARÁ I
O ano de 2016, cronologicamente, está terminando. Entretanto, os fatos inerentes à ele, não. Finalmente ficou provado que o PT não é exatamente um partido, mas uma organização criminosa afeita a tomá-la como massa de manobra uma maioria de analfabetos, ignorantes e desinformados. Infelizmente o Brasil caiu na cilada e os brasileiros estão pagando caro com bilhões de reais “investidos” na corrupção, mais de 12 milhões de desempregados, mais de 10 milhões de trabalhadores sem carteira assinada e logo pelo partido que se diz dos trabalhadores. Isto sem falar na inflação alta que só agora se doma, na economia em crise e de poucas perspectivas na superação, da saúde pública falida e que mata nas suas filas, da segurança pública sob forte questionamento no resultado que proporciona, gestores públicos desmascarados mas dissimulando, os políticos e instituições expostos, mas não se redimindo dos seus atos e culpando a imprensa, os investigadores, os promotores e a Justiça, quando o caso chega lá e não se auto resolve nessas instâncias pela teia que os poderosos de plantão possuem.
ADEUS, 2016. TUDO CONTINUARÁ II
Ruim? Pode ser. Todavia, esta dura realidade – principalmente a que afeta o conforto de uma maioria - acordou parte dos brasileiros. E esse “despertar” incomoda os políticos e as organizações políticas estruturadas à margem da ética e até, da lei. Não tivemos guerra, mas estamos superando batalhas. O ano de 2016 não vai terminar amanhã. Ele vai perdurar por muito tempo e avançar o 2017. E não precisamos ir a Brasília, Rio de Janeiro, Minas e Rio Grande do Sul onde a crise de gestão pública são mais acentuadas. E elas não foram feitas pelos atuais governantes apenas, mas para quem construiu por anos esse precipício contra a sociedade pagadora de pesados impostos. Santa Catarina foi um dos estados que mais se endividou. Só ideias e contabilidade criativas o salvaram de ser um Rio Grande, por exemplo. Mas, está perto. Os partidos que mandavam nos governos de Gaspar e Ilhota não conseguiram fazer sucessor e estão enrolados no Ministério Público. E os governos que sucedem, vencedores nas urnas, já entram com sérias dúvidas. Pautas para esse espaço, não faltará para ocupá-lo em 2017. Aos leitores e leitoras fiéis na edição impressa do jornal ou aqui no portal do Cruzeiro do Vale, o agradecimento pela leitura e debate neste 2016. Desejo a superação das suas metas em 2017. Se conseguir, será uma vitória para ser comemorado. Nada será fácil. Wake up, Brazil! Acorda, Gaspar!
O JOGO I
O PT é assim: a melhor defesa é o ataque. E se possível um ataque feroz e sem escrúpulos. Eu sou testemunha e vítima desse estilo. Não reclamo. Enfrento. Desmascaro, continuadamente. O PT faz terror aos que diferem dele no método e no resultado. Amedrontam. Se não vence pelo convencimento canhestro e cínico próprio para quem intimida analfabetos, ignorantes, desinformados e idiotas, faz pelo medo, perseguição, desqualificação, constrangimento, humilhação. Ou seja, ninguém me contou. Vivo na pele. Mais. Os exemplos nacionais estão aí, vergonhosamente abundando. Aqui também existem aos montes. Não vou muito longe. Fico apenas na perseguição irracional que os partidários fizeram com a juíza Ana Paula Amaro da Silveira. Não vou ampliar esse modo de domínio unilateral: quando algum juiz ou promotor que agiu na Comarca com lei e ela puniu alguém do PT daqui, por promoção sai de Gaspar, espalha-se que foi a “remoção” foi uma ação partidária ou ideológica. Uma vergonha.
O JOGO II
Volto. Mário Wilson da Cruz Mesquita foi procurador do município da administração de Pedro Celso Zuchi. Foi antes de ser procurador, um petista e instrumento do terror do modo de agir do partido contra quem divergisse ou não comungasse o resultado pretendido mesmo longe da ética e da lei. Eu mesmo, senti o seu bafo. Um dia, o doutor Mesquita acordou. O PT tremeu, diante do que ele conhece das entranhas locais. A mesma regra do terror e da desqualificação do mantra petista valeu contra o doutor Mesquita. Teve que ir embora da cidade. Em Brusque, onde parou, foi mais: foi o advogado que cassou o prefeito petista de lá, Paulo Roberto Eccel, (que aqui chegou a ser também procurador do município) do mesmo grupo de poder do PT de Blumenau. O PT não teve mais sossego não pelas ações de Mesquita que ainda não aconteceram, mas pelo temor que ronda as hostes petistas de que seus segredos sejam todos “esclarecidos”. Fala-se até nas famosas delações premiadas de gente arrependida.
O JOGO III
Se o PT de Gaspar e Blumenau não tiveram mais a consciência tranquila, o mesmo aconteceu com o doutor Mesquita. Um jogo de tranca. E para poucos. Uma tática entre os poderosos. Recentemente, o doutor Mesquita deu mais uma paulada no diretório do PT daqui: obteve na Justiça de volta o que pagou por pressão e indevidamente como caixinha para ser funcionário comissionado de Zuchi. O PT daqui não quer ressarci-lo. Diz que é pobre, não tem dinheiro, não arrecada. Ou seja, manobra, engana. Ria macaco. E o que aconteceu às vésperas da saída do PT do governo de Gaspar? Zuchi resolveu repassar para o doutor Mesquita o que era da responsabilidade do prefeito. Editou a portaria 5.091, de 12 de dezembro de 2016. E o que ela determina? “Instaura Processo Administrativo Disciplinar para apurar a responsabilidade do ex-servidor, Mário Wilson da Cruz Mesquita por desídia e inércia na representação judicial dos interesses de Gaspar”.
O JOGO IV
O caso aconteceu, segundo a portaria, na Ação Civil Pública 025.07.004839-2. Ela foi promovida pelo Ministério Público do Estado contra o município em 2007. Em 16 de novembro de 2009, o Gaspar foi condenado pela juíza Ana Paula Amaro da Silveira, ao pagamento de multa diária de R$ 10.000,00 em caso de descumprimento de sentença que determinou, dentre outras medidas, que em 45 dias fossem matriculadas, na rede municipal de ensino, conveniada ou contratada na rede privada, todas as crianças que se encontravam na lista de espera por uma vaga em creche ou pré-escola. Segundo, a portaria, o doutor Mesquita como procurador geral e chefe daquela área, deixou de recorrer da sentença. “Igualmente, não recorreu da decisão de segunda instância que confirmou a sentença em reexame (acórdão), que data de 1º de junho de 2011. Ao assim proceder, o ex-servidor teria, em tese, violado o dever funcional de exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo, bem como procedido de forma desidiosa. O processo encontra-se atualmente em fase de execução e a conduta poderá gerar prejuízo ao erário”. Quem conhece o caso, diz que não foi bem assim. O PT teria decidido ao enfrentamento. Mas, isso quem vai esclarecer é o processo administrativo e talvez mais uma vez uma longa pendenga na Justiça.
O JOGO V
O doutor Mesquita disse: “sinceramente estou surpreso com essa notícia! Vou ter que me inteirar dos fatos, pois já se passam quatros anos e seis meses da minha saída da prefeitura. Tenho convicção que se trata de retaliação pela atitude que tomei em executar o PT a me pagar por reembolso os valores que me haviam sido cobrados ilegalmente. Vou aguardar ser notificado para então tomar ciência dos fatos, da argumentação jurídica e do que estão requerendo a título de penalização”. Mesquita, contundo, observou aquilo que parece ser óbvio: “Coincidência ou não, os processos deflagrados contra eles por improbidade administrativa estão tomando corpo e eu sou testemunha em diversos deles. Fico aborrecido com esse tipo de retaliação, mas já esperava que fossem usar desta espécie de expediente para macular meu bom nome perante a comunidade, amigos e familiares”. Pior: se armaram uma vingança, não perceberam que estão também inclusos: “Só esqueceram que há um ordenador de despesas [prefeito] e um Secretário [Educação ou de Administração e Finanças] que são em todos os atos administrativos responsáveis solidários”.
DEMAGOGIA? I
A Assembleia Legislativa de Santa Catarina devolveu ao governo do Estado parte do duodécimo, aquilo que constitucionalmente é separado do Orçamento Estadual para o gasto dos deputados. Foram R$ 30 milhões em economias realizadas ao longo de 2016. O ofício de autorização foi assinado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gelson Merísio, PSD. O depósito foi feito no caixa geral do governo do Estado, a chamada fonte 100, e pode ser usado em áreas consideradas prioritárias pelo Executivo, como Educação, Saúde e Segurança, por exemplo.
DEMAGOGIA? II
Mas, antes, em agosto desse ano, a Assembleia realizou outro repasse de R$ 106,5 milhões. Foram dois depósitos distintos: R$ 50 milhões para o Fundo de Apoio aos Hospitais Filantrópicos [nada para Gaspar] e R$ 56,5 milhões para ajudar a secretaria da Saúde a quitar parte de suas dívidas com os hospitais [nada para Gaspar]. O valor representa a soma das economias do orçamento de 2015 com os rendimentos da aplicação financeira desse montante. Tanto no primeiro caso, como especialmente no segundo, podem soar como atos demagógicos. Mas, se são, deveriam ser imitados pelos políticos. Seria uma mudança de comportamento brutal. Um mostra à economia no costumeiro esbanjamento dos escassos recursos dos contribuintes para a farra dos políticos no exercício político. O segundo, preocupou-se em construir uma legislação específica a favor do cidadão que depende da saúde pública, rubricando recursos economizados para uma área vulnerável nos governos, e neste caso, especialmente do companheiro de partido, o desastrado governador Raimundo Colombo, PSD.
DEMAGOGIA? III
Os leitores e leitoras acham isso pouco e fácil? Para os eleitores e pagadores de pesados impostos sempre estaria claro de que se trata do óbvio. Entretanto, não para os políticos, seus assessores e funcionários públicos que os cercam. Para eles, as despesas não possuem limites, nem mesmo as limitadas pela moral e ética (pois que tudo, antes, é cuidadosamente amparado pela legislação que eles próprios fazem), quanto mais, as orçamentárias. Veja o que aconteceu em Gaspar e Ilhota. Quando se quis rubricar este tipo devolução do duodécimo das Câmaras por iniciativa parlamentar, os próprios prefeitos instruíram às suas bancadas de apoio para boicotar tais iniciativas sob as mais variadas desculpas, entre elas que não cabe ao Legislativo orientar os gastos do Executivo em favor da população pagadora de pesados impostos.
DEMAGOGIA? IV
Foi assim, com o Hospital de Gaspar, sempre metido em graves problemas financeiros e por quem quisesse destiná-lo essas “sobras” da Câmara daqui, seja de que partido fosse: o PT de Pedro Celso Zuchi, não aceitava à destinação prévia total ou parcial. Foi assim também, com a iniciativa do vereador Luiz Fischer, PMDB, em Ilhota, onde o futuro prefeito, Érico de Oliveira, do próprio PMDB, mandou dizer aos atuais vereadores que preferia comprar um caminhão de coleta de lixo –apesar de existir um contrato de coleta em execução por terceiros – a ter a devolução da Câmara rubricada na conta da saúde. Os discursos dos políticos são diferentes das práticas. Os políticos continuam fora de órbita de uma realidade dura e cada vez mais dura contra os mais fracos, mas felizmente contra os próprios políticos que se negam a enxergar o limite das receitas obrigando-os a conter as despesas na marra.
O QUE FOI 2016 NOS PLANOS DE MUITOS
TRAPICHE
Eles não são fracos na propaganda. O deputado Aldo Schneider, PMDB, que tem aqui em Gaspar o vereador Ciro André Quinino, PMDB, como seu cabo eleitoral, mandou informar ao distinto público que, das 79 ambulâncias que o governo do estado comprou e distribuiu, oito são da sua cota parlamentar. Olalá!
Pois bem. Quais as cidades beneficiadas na sua cota? Ituporanga, Indaial, Rio do Sul, Agronômica, Ibirama, Mirim Doce, Rodeio e Taió. Nenhuma para Gaspar. O valor de cada ambulância: R$ 137,8 mil.
Um exemplo aqui de perto, mas que não serve para Gaspar e Ilhota, porque os políticos pensam de outra forma (antiga e torta). Rio Negrinho integra um seleto grupo de apenas dez cidades catarinenses que contarão com quatro especialistas em gestão em seu quadro funcional.
A ação faz parte de uma parceria já firmada pelo prefeito eleito Júlio Ronconi (PSB), com a Fundação Escola de Governo (ENA), Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag).
O Programa Residência em Gestão Municipal foi criado pelas instituições, e a iniciativa visa qualificar a administração pública municipal, alocando especialistas em gestão para auxiliar no planejamento e na execução de projetos estratégicos para os municípios.
Em Rio Negrinho, conforme explica Júlio, os especialistas serão alocados nas áreas de Saúde, Educação, Desenvolvimento Econômico, e Desenvolvimento de Projetos – consideradas áreas estratégicas da Prefeitura rio-negrinhense.
Em Gaspar e Ilhota, essa gestão será feita por curiosos, gente sedenta de poder, cabos eleitorais, políticos carreiristas ou necessitada de empregos, pois além de estar difícil o mercado devido a crise criada pelos próprios políticos, se eles tivessem que pedir empregos não teriam qualificação e habilitação para tal. E quem perde mais uma vez escolhas do compadrio? A cidade, os cidadãos pagadores de pesados impostos.
O Brasil desigual. O PIB per capita de Blumenau em 2014 foi de R$ 28 mil. Fica à frente de Itajaí (R$ 27 mil) e Joinville (R$ 22,9 mil) que geram impostos pelo trabalho assalariado, mas atrás de Florianópolis (R$ 31,7 mil) feita de funcionários públicos estáveis e de altos vencimentos sustentados e pagos por esses impostos dos que produzem.
Qual a razão da ira dos políticos marotos e antigos com a imprensa livre, investigativa, a que lê diário oficial? Porque ficam expostos nas sacanagens. No interior eles são petulantes. Tentam na intimidação, à humilhação e o constrangimento, quando não oferecem esmolas e migalhas para calar a boca ou se estabelecer na louvação. Veja mais esta, desta semana.
Na terça-feira pela manhã, o jornal O Estado de S. Paulo fez manchete. A tarde o Palácio do Planalto anunciou o cancelamento da licitação no valor de R$ 1,75 milhão para compra de lanches e refeições para o avião do presidente Michel Temer, PMDB.
Temer, cancelou depois de a notícia sobre a compra de sorvetes, sucos, pães sem glúten e outros itens repercutir negativamente em redes sociais. O governo Temer, ao contrário dos do PT e da esquerda do atraso, pelo menos tem desconfiômetro.
Afinal, parece que seus assessores – os que verdadeiramente fizeram esta lambança contra ele e à sociedade- não entenderam que todos nós estamos pagando uma alta conta da crise e os assessores, como nababos, continuam fora da realidade, na velha prática e estáveis com altos salários.
E se fosse em Gaspar e Ilhota em caso assemelhado denunciado com o avião do presidente os políticos voltariam atrás? Apostem. Aliás no tempo do PT – Lula e Dilma – esse abastecimento do avião presidencial era um segredo como ainda são os cartões corporativos da presidência. Hum!
Ilhota em chamas. Perguntar não ofende: o que é feito da balsa que fazia a travessia do Rio Itajaí antes da Ponte dos Sonhos? Também será leiloada como bem inservível? Será que vão vender a um e entregar a um estelionatário? Como ficou o caso do caminhão nesta situação? Todos calados.
O ano de 2016 revelou fatos como estes. O deputado Rogério Peninha Mendonça, PMDB, que diz Gaspar ser parte da sua base, votou contra a cassação de Eduardo Cunha PMDB-RJ. Para não atrapalhar a campanha de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, foi providencialmente “escondido” dos palanques daqui depois que a notícia se espalhou e pegou mal.
O deputado Esperidião Amim Helou Filho PP, relator, resolveu complicar na primeira e retirar na segunda vez que o assunto passou pelas suas mãos na Câmara, as contrapartidas na renegociação das dívidas dos estados, como se dinheiro do povo fosse infinito para a farra dos políticos. Ele preferiu os servidores aos trabalhadores desempregados. Amim é um dos padrinhos da futura administração de Gaspar. Então...
Justiça. Ontem, o comentário de Valther Ostermann, no Jornal do Almoço, da RBS TV Blumenau, sobre este assunto e à atitude de Amim, foi uma surpresa interessante. Vale a pena rever. Esclarecedora.
Já o senador Dário Berger, PMDB, votou contra a PEC do Teto, contra o partido e o presidente da República, na segunda votação e a favor da farra ilimitada dos gastos pelo governo. Todos afirmam que ele tinha recados e chantagem. Falta o eleitor, o que elegeu e sustenta o senador, dar o recado certo para essa gente que diz representá-los.
O Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não possui hora para ser publicado – não parou. Ontem estampou a suplementação do saldo da dotação do Fundo de Saúde em R$800 mil para o Hospital.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).