Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

29/12/2016

ADEUS, 2016. TUDO CONTINUARÁ I
O ano de 2016, cronologicamente, está terminando. Entretanto, os fatos inerentes à ele, não. Finalmente ficou provado que o PT não é exatamente um partido, mas uma organização criminosa afeita a tomá-la como massa de manobra uma maioria de analfabetos, ignorantes e desinformados. Infelizmente o Brasil caiu na cilada e os brasileiros estão pagando caro com bilhões de reais “investidos” na corrupção, mais de 12 milhões de desempregados, mais de 10 milhões de trabalhadores sem carteira assinada e logo pelo partido que se diz dos trabalhadores. Isto sem falar na inflação alta que só agora se doma, na economia em crise e de poucas perspectivas na superação, da saúde pública falida e que mata nas suas filas, da segurança pública sob forte questionamento no resultado que proporciona, gestores públicos desmascarados mas dissimulando, os políticos e instituições expostos, mas não se redimindo dos seus atos e culpando a imprensa, os investigadores, os promotores e a Justiça, quando o caso chega lá e não se auto resolve nessas instâncias pela teia que os poderosos de plantão possuem.

ADEUS, 2016. TUDO CONTINUARÁ II
Ruim? Pode ser. Todavia, esta dura realidade – principalmente a que afeta o conforto de uma maioria - acordou parte dos brasileiros. E esse “despertar” incomoda os políticos e as organizações políticas estruturadas à margem da ética e até, da lei. Não tivemos guerra, mas estamos superando batalhas. O ano de 2016 não vai terminar amanhã. Ele vai perdurar por muito tempo e avançar o 2017. E não precisamos ir a Brasília, Rio de Janeiro, Minas e Rio Grande do Sul onde a crise de gestão pública são mais acentuadas. E elas não foram feitas pelos atuais governantes apenas, mas para quem construiu por anos esse precipício contra a sociedade pagadora de pesados impostos. Santa Catarina foi um dos estados que mais se endividou. Só ideias e contabilidade criativas o salvaram de ser um Rio Grande, por exemplo. Mas, está perto. Os partidos que mandavam nos governos de Gaspar e Ilhota não conseguiram fazer sucessor e estão enrolados no Ministério Público. E os governos que sucedem, vencedores nas urnas, já entram com sérias dúvidas. Pautas para esse espaço, não faltará para ocupá-lo em 2017. Aos leitores e leitoras fiéis na edição impressa do jornal ou aqui no portal do Cruzeiro do Vale, o agradecimento pela leitura e debate neste 2016. Desejo a superação das suas metas em 2017. Se conseguir, será uma vitória para ser comemorado. Nada será fácil. Wake up, Brazil! Acorda, Gaspar!

O JOGO I 

O PT é assim: a melhor defesa é o ataque. E se possível um ataque feroz e sem escrúpulos. Eu sou testemunha e vítima desse estilo. Não reclamo. Enfrento. Desmascaro, continuadamente. O PT faz terror aos que diferem dele no método e no resultado. Amedrontam. Se não vence pelo convencimento canhestro e cínico próprio para quem intimida analfabetos, ignorantes, desinformados e idiotas, faz pelo medo, perseguição, desqualificação, constrangimento, humilhação. Ou seja, ninguém me contou. Vivo na pele. Mais. Os exemplos nacionais estão aí, vergonhosamente abundando. Aqui também existem aos montes. Não vou muito longe. Fico apenas na perseguição irracional que os partidários fizeram com a juíza Ana Paula Amaro da Silveira. Não vou ampliar esse modo de domínio unilateral: quando algum juiz ou promotor que agiu na Comarca com lei e ela puniu alguém do PT daqui, por promoção sai de Gaspar, espalha-se que foi a “remoção” foi uma ação partidária ou ideológica. Uma vergonha.

O JOGO II
Volto. Mário Wilson da Cruz Mesquita foi procurador do município da administração de Pedro Celso Zuchi. Foi antes de ser procurador, um petista e instrumento do terror do modo de agir do partido contra quem divergisse ou não comungasse o resultado pretendido mesmo longe da ética e da lei. Eu mesmo, senti o seu bafo. Um dia, o doutor Mesquita acordou. O PT tremeu, diante do que ele conhece das entranhas locais. A mesma regra do terror e da desqualificação do mantra petista valeu contra o doutor Mesquita. Teve que ir embora da cidade. Em Brusque, onde parou, foi mais: foi o advogado que cassou o prefeito petista de lá, Paulo Roberto Eccel, (que aqui chegou a ser também procurador do município) do mesmo grupo de poder do PT de Blumenau. O PT não teve mais sossego não pelas ações de Mesquita que ainda não aconteceram, mas pelo temor que ronda as hostes petistas de que seus segredos sejam todos “esclarecidos”. Fala-se até nas famosas delações premiadas de gente arrependida.

O JOGO III
Se o PT de Gaspar e Blumenau não tiveram mais a consciência tranquila, o mesmo aconteceu com o doutor Mesquita. Um jogo de tranca. E para poucos. Uma tática entre os poderosos. Recentemente, o doutor Mesquita deu mais uma paulada no diretório do PT daqui: obteve na Justiça de volta o que pagou por pressão e indevidamente como caixinha para ser funcionário comissionado de Zuchi. O PT daqui não quer ressarci-lo. Diz que é pobre, não tem dinheiro, não arrecada. Ou seja, manobra, engana. Ria macaco. E o que aconteceu às vésperas da saída do PT do governo de Gaspar? Zuchi resolveu repassar para o doutor Mesquita o que era da responsabilidade do prefeito. Editou a portaria 5.091, de 12 de dezembro de 2016. E o que ela determina? “Instaura Processo Administrativo Disciplinar para apurar a responsabilidade do ex-servidor, Mário Wilson da Cruz Mesquita por desídia e inércia na representação judicial dos interesses de Gaspar”.

O JOGO IV
O caso aconteceu, segundo a portaria, na Ação Civil Pública 025.07.004839-2. Ela foi promovida pelo Ministério Público do Estado contra o município em 2007. Em 16 de novembro de 2009, o Gaspar foi condenado pela juíza Ana Paula Amaro da Silveira, ao pagamento de multa diária de R$ 10.000,00 em caso de descumprimento de sentença que determinou, dentre outras medidas, que em 45 dias fossem matriculadas, na rede municipal de ensino, conveniada ou contratada na rede privada, todas as crianças que se encontravam na lista de espera por uma vaga em creche ou pré-escola. Segundo, a portaria, o doutor Mesquita como procurador geral e chefe daquela área, deixou de recorrer da sentença. “Igualmente, não recorreu da decisão de segunda instância que confirmou a sentença em reexame (acórdão), que data de 1º de junho de 2011. Ao assim proceder, o ex-servidor teria, em tese, violado o dever funcional de exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo, bem como procedido de forma desidiosa. O processo encontra-se atualmente em fase de execução e a conduta poderá gerar prejuízo ao erário”. Quem conhece o caso, diz que não foi bem assim. O PT teria decidido ao enfrentamento. Mas, isso quem vai esclarecer é o processo administrativo e talvez mais uma vez uma longa pendenga na Justiça.

O JOGO V
O doutor Mesquita disse: “sinceramente estou surpreso com essa notícia! Vou ter que me inteirar dos fatos, pois já se passam quatros anos e seis meses da minha saída da prefeitura. Tenho convicção que se trata de retaliação pela atitude que tomei em executar o PT a me pagar por reembolso os valores que me haviam sido cobrados ilegalmente. Vou aguardar ser notificado para então tomar ciência dos fatos, da argumentação jurídica e do que estão requerendo a título de penalização”. Mesquita, contundo, observou aquilo que parece ser óbvio: “Coincidência ou não, os processos deflagrados contra eles por improbidade administrativa estão tomando corpo e eu sou testemunha em diversos deles. Fico aborrecido com esse tipo de retaliação, mas já esperava que fossem usar desta espécie de expediente para macular meu bom nome perante a comunidade, amigos e familiares”. Pior: se armaram uma vingança, não perceberam que estão também inclusos: “Só esqueceram que há um ordenador de despesas [prefeito] e um Secretário [Educação ou de Administração e Finanças] que são em todos os atos administrativos responsáveis solidários”.

DEMAGOGIA? I
A Assembleia Legislativa de Santa Catarina devolveu ao governo do Estado parte do duodécimo, aquilo que constitucionalmente é separado do Orçamento Estadual para o gasto dos deputados. Foram R$ 30 milhões em economias realizadas ao longo de 2016. O ofício de autorização foi assinado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gelson Merísio, PSD. O depósito foi feito no caixa geral do governo do Estado, a chamada fonte 100, e pode ser usado em áreas consideradas prioritárias pelo Executivo, como Educação, Saúde e Segurança, por exemplo.

DEMAGOGIA? II
Mas, antes, em agosto desse ano, a Assembleia realizou outro repasse de R$ 106,5 milhões. Foram dois depósitos distintos: R$ 50 milhões para o Fundo de Apoio aos Hospitais Filantrópicos [nada para Gaspar] e R$ 56,5 milhões para ajudar a secretaria da Saúde a quitar parte de suas dívidas com os hospitais [nada para Gaspar]. O valor representa a soma das economias do orçamento de 2015 com os rendimentos da aplicação financeira desse montante. Tanto no primeiro caso, como especialmente no segundo, podem soar como atos demagógicos. Mas, se são, deveriam ser imitados pelos políticos. Seria uma mudança de comportamento brutal. Um mostra à economia no costumeiro esbanjamento dos escassos recursos dos contribuintes para a farra dos políticos no exercício político. O segundo, preocupou-se em construir uma legislação específica a favor do cidadão que depende da saúde pública, rubricando recursos economizados para uma área vulnerável nos governos, e neste caso, especialmente do companheiro de partido, o desastrado governador Raimundo Colombo, PSD.

DEMAGOGIA? III
Os leitores e leitoras acham isso pouco e fácil? Para os eleitores e pagadores de pesados impostos sempre estaria claro de que se trata do óbvio. Entretanto, não para os políticos, seus assessores e funcionários públicos que os cercam. Para eles, as despesas não possuem limites, nem mesmo as limitadas pela moral e ética (pois que tudo, antes, é cuidadosamente amparado pela legislação que eles próprios fazem), quanto mais, as orçamentárias. Veja o que aconteceu em Gaspar e Ilhota. Quando se quis rubricar este tipo devolução do duodécimo das Câmaras por iniciativa parlamentar, os próprios prefeitos instruíram às suas bancadas de apoio para boicotar tais iniciativas sob as mais variadas desculpas, entre elas que não cabe ao Legislativo orientar os gastos do Executivo em favor da população pagadora de pesados impostos.

DEMAGOGIA? IV
Foi assim, com o Hospital de Gaspar, sempre metido em graves problemas financeiros e por quem quisesse destiná-lo essas “sobras” da Câmara daqui, seja de que partido fosse: o PT de Pedro Celso Zuchi, não aceitava à destinação prévia total ou parcial. Foi assim também, com a iniciativa do vereador Luiz Fischer, PMDB, em Ilhota, onde o futuro prefeito, Érico de Oliveira, do próprio PMDB, mandou dizer aos atuais vereadores que preferia comprar um caminhão de coleta de lixo –apesar de existir um contrato de coleta em execução por terceiros – a ter a devolução da Câmara rubricada na conta da saúde. Os discursos dos políticos são diferentes das práticas. Os políticos continuam fora de órbita de uma realidade dura e cada vez mais dura contra os mais fracos, mas felizmente contra os próprios políticos que se negam a enxergar o limite das receitas obrigando-os a conter as despesas na marra.

O QUE FOI 2016 NOS PLANOS DE MUITOS

TRAPICHE

Eles não são fracos na propaganda. O deputado Aldo Schneider, PMDB, que tem aqui em Gaspar o vereador Ciro André Quinino, PMDB, como seu cabo eleitoral, mandou informar ao distinto público que, das 79 ambulâncias que o governo do estado comprou e distribuiu, oito são da sua cota parlamentar. Olalá!

Pois bem. Quais as cidades beneficiadas na sua cota? Ituporanga, Indaial, Rio do Sul, Agronômica, Ibirama, Mirim Doce, Rodeio e Taió. Nenhuma para Gaspar. O valor de cada ambulância: R$ 137,8 mil.

Um exemplo aqui de perto, mas que não serve para Gaspar e Ilhota, porque os políticos pensam de outra forma (antiga e torta). Rio Negrinho integra um seleto grupo de apenas dez cidades catarinenses que contarão com quatro especialistas em gestão em seu quadro funcional.

A ação faz parte de uma parceria já firmada pelo prefeito eleito Júlio Ronconi (PSB), com a Fundação Escola de Governo (ENA), Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag).

O Programa Residência em Gestão Municipal foi criado pelas instituições, e a iniciativa visa qualificar a administração pública municipal, alocando especialistas em gestão para auxiliar no planejamento e na execução de projetos estratégicos para os municípios.

Em Rio Negrinho, conforme explica Júlio, os especialistas serão alocados nas áreas de Saúde, Educação, Desenvolvimento Econômico, e Desenvolvimento de Projetos – consideradas áreas estratégicas da Prefeitura rio-negrinhense.

Em Gaspar e Ilhota, essa gestão será feita por curiosos, gente sedenta de poder, cabos eleitorais, políticos carreiristas ou necessitada de empregos, pois além de estar difícil o mercado devido a crise criada pelos próprios políticos, se eles tivessem que pedir empregos não teriam qualificação e habilitação para tal. E quem perde mais uma vez escolhas do compadrio? A cidade, os cidadãos pagadores de pesados impostos.

O Brasil desigual. O PIB per capita de Blumenau em 2014 foi de R$ 28 mil. Fica à frente de Itajaí (R$ 27 mil) e Joinville (R$ 22,9 mil) que geram impostos pelo trabalho assalariado, mas atrás de Florianópolis (R$ 31,7 mil) feita de funcionários públicos estáveis e de altos vencimentos sustentados e pagos por esses impostos dos que produzem.

Qual a razão da ira dos políticos marotos e antigos com a imprensa livre, investigativa, a que lê diário oficial? Porque ficam expostos nas sacanagens. No interior eles são petulantes. Tentam na intimidação, à humilhação e o constrangimento, quando não oferecem esmolas e migalhas para calar a boca ou se estabelecer na louvação. Veja mais esta, desta semana.

Na terça-feira pela manhã, o jornal O Estado de S. Paulo fez manchete. A tarde o Palácio do Planalto anunciou o cancelamento da licitação no valor de R$ 1,75 milhão para compra de lanches e refeições para o avião do presidente Michel Temer, PMDB.

Temer, cancelou depois de a notícia sobre a compra de sorvetes, sucos, pães sem glúten e outros itens repercutir negativamente em redes sociais. O governo Temer, ao contrário dos do PT e da esquerda do atraso, pelo menos tem desconfiômetro.

Afinal, parece que seus assessores – os que verdadeiramente fizeram esta lambança contra ele e à sociedade- não entenderam que todos nós estamos pagando uma alta conta da crise e os assessores, como nababos, continuam fora da realidade, na velha prática e estáveis com altos salários.

E se fosse em Gaspar e Ilhota em caso assemelhado denunciado com o avião do presidente os políticos voltariam atrás? Apostem. Aliás no tempo do PT – Lula e Dilma – esse abastecimento do avião presidencial era um segredo como ainda são os cartões corporativos da presidência. Hum!

Ilhota em chamas. Perguntar não ofende: o que é feito da balsa que fazia a travessia do Rio Itajaí antes da Ponte dos Sonhos? Também será leiloada como bem inservível? Será que vão vender a um e entregar a um estelionatário? Como ficou o caso do caminhão nesta situação? Todos calados.

O ano de 2016 revelou fatos como estes. O deputado Rogério Peninha Mendonça, PMDB, que diz Gaspar ser parte da sua base, votou contra a cassação de Eduardo Cunha PMDB-RJ. Para não atrapalhar a campanha de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, foi providencialmente “escondido” dos palanques daqui depois que a notícia se espalhou e pegou mal.

O deputado Esperidião Amim Helou Filho PP, relator, resolveu complicar na primeira e retirar na segunda vez que o assunto passou pelas suas mãos na Câmara, as contrapartidas na renegociação das dívidas dos estados, como se dinheiro do povo fosse infinito para a farra dos políticos. Ele preferiu os servidores aos trabalhadores desempregados. Amim é um dos padrinhos da futura administração de Gaspar. Então...

Justiça. Ontem, o comentário de Valther Ostermann, no Jornal do Almoço, da RBS TV Blumenau, sobre este assunto e à atitude de Amim, foi uma surpresa interessante. Vale a pena rever. Esclarecedora.

Já o senador Dário Berger, PMDB, votou contra a PEC do Teto, contra o partido e o presidente da República, na segunda votação e a favor da farra ilimitada dos gastos pelo governo. Todos afirmam que ele tinha recados e chantagem. Falta o eleitor, o que elegeu e sustenta o senador, dar o recado certo para essa gente que diz representá-los.

O Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não possui hora para ser publicado – não parou. Ontem estampou a suplementação do saldo da dotação do Fundo de Saúde em R$800 mil para o Hospital.

Comentários

Petista Indignado
02/01/2017 16:36
Herculano!

Você petista que ficou desempregado hoje, que foi exonerado da Barrosa aqui em Gaspar, pois fique sabendo que o queridinho de vocês, o ex-prefeito Celso Zuchi já está empregado no gabinete do deputado federal Décio Neri de Lima em Brasilia. Será que ele precisa, pois já é aposentado pela Petrobrás, ganhava salário de 22 mil por mês como prefeito, se somar 96 meses dos dois últimos mandatos, dá algo em torno de de dois milhões e cem mil reais. Vocês que ficaram desempregados a partir de hoje ainda terão coragem de pedir votos pra estes dois, só se forem muito otários. Verifiquem esta noticia no SANTA de hoje, otários.
Herculano
02/01/2017 12:26
REGISTRO

Morreu na manhã desta segunda-feira Tio Bia, Tarcísio Nelson Hostins, morreu aos 74 anos. O Velório está sendo feito no Cemitério Municipal
Sidnei Luis Reinert
02/01/2017 11:34
Pressão total sobre Prefeitos e vereadores


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Novos prefeitos assumiram ontem em 5570 municípios. Vereadores, também. A diferença é que os últimos apenas tomaram posse, elegeram o presidente da Câmara e entraram em recesso até primeiro de fevereiro. Os políticos continuam os mesmos? Eis a dúvida de sempre, com forte tendência de resposta positiva. O que muda de verdade é o comportamento do eleitor. A maioria das pessoas está de saco cheio dos políticos e promete muita pressão sobre eles. Fica a torcida para que isto realmente aconteça nas pequenas unidades autônomas de nossa federação (de mentirinha).
Pressão intensa e direta da opinião pública sobre prefeitos e vereadores costuma dar bons resultados para a cidadania. Prova disso aconteceu em São Paulo ?" maior cidade do Brasil. Depois da confusão e traição habitual para eleger a mesa diretora da Câmara de Vereadores, o presidente eleito, vereador Milton Leite, cancelou aquele aumento salarial que os vereadores se deram ao apagar das luzes do ano passado. O curioso é que Leite foi o autor do projeto de reajuste... Mais bonitinho que isto foi ver o prefeito João Dória vestido com uniforme verde-amarelo de gari municipal, iniciando os trabalhos de conservação e zeladoria na avenida 9 de julho, em área nobre, onde pelo menos 69 pessoas sobrevivem embaixo de viadutos ou nos cantos das ruas...
Na "Cidade Maravilhosa", cheias de encantos mil e milhares de problemas, Marcelo Crivella assumiu com um pacotão de decretos. Efetivamente reduziu o número de secretarias municipais (apenas 12; eram 35) e promete corte de 50% nos cargos comissionados. Assumindo a cadeira número 1 da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, o sobrinho do Bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, teve sua posse prestigiada pelo Arcebispo Católico Dom Urani Tempesta. Na Câmara Municipal, o mesmo de sempre: o vereador Jorge Felippe foi eleito pela quinta vez para presidir o legislativo... Sinal de que tudo muda para ficar a mesma coisa no Rio? Pode ser...
Em Belo Horizonte, chamou atenção o discurso de posse do prefeito Alexandre Kalil, do nanico partido PHS. Não porque prometeu "corte de gastos", igualzinho a todos os alcaides pelo País afora. A fala do Kalil bem que poderia servir de recado para todos os políticos da nação, incluindo ele mesmo: "Todo o dinheiro dessa prefeitura não será canalizado para troca de favores, não será canalizado para empregos desnecessários, não será canalizado para coisas que não têm a menor significância. Então, senhores vereadores, muito juízo, muito juízo neste momento. Todos nós precisamos de muito juízo neste momento".
Não resta dúvida de que a maioria do povo brasileiro está com saco muito cheio. Se tal descontentamento vai redundar em pressão efetiva sobre prefeitos e vereadores, fica sempre a dúvida. Tudo indica que sim... No entanto, o "bundamolismo" tupiniquim também é uma perigosa constante e lamentável "tendência".
Simbolicamente, duas diferentes explosões de violência assustaram o Brasil. A primeira foi uma tragédia familiar em Campinas (SP): um pai matou a ex-mulher, o filho e mais nove da família dela, suicidando-se... No Amazonas, ocorreu uma violenta rebelião de presos ?" que pode se repetir em outros estados com cadeias superlotadas e dominadas por facções criminosas em conflito. A ironia foi o registro comemorativo de fuga de um detento, fazendo uma selfie no smartphone que ele não deveria possuir no presídio... Mais irônico ainda foi o título da postagem: "Fulga da cadeia"...
Herculano
02/01/2017 07:54
MARQUETEIRO, JOÃO DORIA JÚNIOR, PSDB, NO PRIMEIRO DIA DE GOVERNO EM SÃO PAULO SE VESTE DE GARI E PEGA NO PESADO DE MADRUGADA. O RECADO É PRÁTICO NA TENTATIVA DE SE TER UMA CIDADE MAIS LIMPA E CONSEQUENTEMENTE, MAIS HUMANA. E ISSO NÃO REQUER INVESTIMENTO ALÉM DO QUE JÁ ESTÁ ALOCADO, MAS CONSCIENTIZAÇÃO

O prefeito de São Paulo, João Doria, com anos de experiência em publicidade, madrugou em seu primeiro dia útil no comando da capital paulista e, junto com o primeiro escalão de seu governo, apareceu para a imprensa vestido como gari. A iniciativa faz parte do lançamento do programa Cidade Linda, de zeladoria das ruas paulistanas. Doria prometeu se vestir de lixeiro uma vez por semana durante os próximos quatro anos.

No domingo, uma equipe da prefeitura se adiantou e fez uma espécie de "pré-limpeza" na área em que a faxina de Doria aconteceria.
Herculano
02/01/2017 07:47
CIVILIZADOS

Diferente do que aconteceu em Ilhota (e muitos outros municípios onde ser adversário é ser inimigo), em Gaspar Pedro Celso Zuchi, PT, foi quem simbolicamente entregou as chaves do prédio da prefeitura de Gaspar ao novo prefeito eleito e empossado, Kleber Edson Wan Dall, PMDB
Herculano
02/01/2017 07:27
FELIZ ANO VELHO E BOA ENTRADAS, por Carlos Brickmann

Pois não é que, apesar de tudo, dá para chamar 2016 de Feliz Ano Velho? A população foi para a rua, mostrou que estava farta do PT, deu forte apoio à apuração da ladroeira, usou contra Dilma expressões mais habituais a protestos contra juízes de futebol, e ganhou a parada, tirando-a da Presidência. Nas eleições de outubro último, o PT foi varrido do poder. E boa parte dos Guerreiros do Povo Brasileiro foi parar em Curitiba.

Petistas de peso foram desidratados e perderam seus cargos. Outros trocaram de partido - incluindo alguns ícones como Marta Suplicy e Cândido Vaccarezza. Outros ainda não sabem o rumo que vão tomar, como José Genoíno. E Dilma? Como é difícil escolher os próximos passos, quando nem o Grão Cacique Luiz Inácio Lula da Silva sabe o que fazer?

Lula pode ser candidato à Presidência, com algumas chances (se bem que arrastando uma inédita rejeição, que até agora jamais um candidato como ele tinha sustentado). Há também o risco de ser condenado em segunda instância num dos cinco processos em que já é réu. Condenação em segunda instância implica prisão e suspensão de direitos políticos. Candidatura, nesse caso, nem pensar.

Inflação em alta, emprego em baixa, negócios paralisados.Mas abriu-se caminho para apurar a gatunagem, para o saneamento das finanças estatais e a fixação de limites aos gastos públicos. Feliz Ano Velho, apesar de tudo!

FESTA BRAVA

A farra da mexerica, eta festa boa! Toda a população acredita que os candidatos devem fazer campanha com seu próprio dinheiro. Mas quem é que se contenta em gastar o próprio dinheiro, se o dinheiro do Governo está à disposição de gatos, ratos e gatunos? O Fundo Partidário rendeu aos partidos, em dez anos, pouco mais de R$ 3 bilhões. PT, PMDB e PSDB, neste período, molharam as mãos em algo como 350 a 450 milhões cada um. Acharam pouco: em dezembro de 2014, o Fundo triplicou. Fique tranquilo o caro leitor: não faltará dinheiro público, nosso, para que os partidos deles façam campanha sem dificuldades financeiras..

TRISTE FUTURO

Cuba se recusa a reconhecer o Governo brasileiro do presidente Michel Temer. Cuba se recusa a receber as credenciais do embaixador do Brasil, Frederico Duque Estrada. E o embaixador cubano no Brasil, Alberto Castellar, ainda não entregou suas credenciais. Como poderá o Brasil sobreviver sem relações diplomáticas com Raúl Castro?

CENA CURITIBANA

Há coisas que só acontecem na política paranaense. Por exemplo, a troca de insultos entre o senador Roberto Requião e seus adversários políticos. No início de dezembro, Requião tinha dito que quem tivesse participado de passeatas contra o PT deveria comer alfafa, muita alfafa, ao natural ou em chá, própria para muares e equinos. Há uma semana, o jogo virou. Numa esquina curitibana, manifestantes depositaram um fardo de alfafa; e pediram que quem achasse que Requião deveria comê-lo buzinasse.

Cena curitibana. Hoje, na esquina da avenida Visconde de Guarapuava com rua Brigadeiro Franco, alguns manifestantes colocaram um fardo de alfafa e, numa faixa, pediam a quem concordasse que o senador Roberto Requião deveria comer aquilo, que buzinasse. O barulho tornou-se ensurdecedor por todo o tempo que durou a manifestação. Requião foi amplamente derrotado na Batalha da Alfafa. Ele não devia se envolver na briga: afinal, foi ele que andou mascando mamona.

JORNAL LIVRE

Há uns 30 anos, o grande repórter Lúcio Flávio Pinto, meu colega de Jornal da Tarde e O Estado de S. Paulo, teve uma ideia revolucionária: lançou em Belém o Jornal Pessoal, uma publicação em defesa da Amazônia.

Anúncios, não; publicidade, nenhuma. A única receita é obtida pelas vendas em bancas. Agora é preciso levar-lhe um aporte de capital - ou o jornal, o único realmente independente do país, fecha as portas.

A VOLTA DE FRANKENTHAL

Seu pai, Leonardo Frankenthal, era conhecido como Leão do Júri; dizia sua lenda que ele perdera apenas um júri na vida, Quando morreu, sua filha e discípula Lilia Frankenthal decidiu retomar a notável carreira do pai. Neste 1º de janeiro, já com a carteira da OAB em mãos, reabre o escritório, com os telefones 9 8317-5800 e 4801-4907, e o e-mail lilia@frankenthal.adv.br

DOIS LIVROS NOTÁVEIS

Dois lançamentos simultâneos: de Aristóteles Drummond, "O homem mais realista do Brasil, as melhores frases de Delfim Netto"; de Ives Gandra Martins, "Uma breve teoria do poder". Os dos livros compõem um excelente presente de começo de ano.
Paulo Henrique Hostert
02/01/2017 07:23
Bom Dia, Gaspar!!!
Como é bom acordar sem o PT na Prefeitura de Gaspar...
Espero que o novo governo me surpreenda e faça Gaspar voltar a ter amor próprio, que possamos apesar da crise gestada pela incompetência petista, voltar a crescer e atrair investimos, sem coronelismo e sim com trabalho, humildade, transparência e ética.
Me surpreenda Prefeito Wan-Dall e muito trabalho!!!
Herculano
02/01/2017 07:18
APESAR DE PESSIMISMO, CRESCIMENTO PODE SURPREENDER EM 2017, por Julianna Sofia, para o jornal Folha de S. Paulo

Nem o mais otimista dos brasileiros apostaria um vintém na possibilidade de o ano de 2017 ser um passeio no parque.

Entre analistas e colunistas, há um pessimismo recalcitrante e generalizado sobre os rumos da economia neste ano, principalmente nos três primeiros meses.

Em suas últimas projeções para o PIB brasileiro, o Banco Central reviu para baixo sua estimativa e passou a esperar uma expansão pouco expressiva de 0,8% para 2017. As sondagens de mercado apontam para algo pior: 0,5%.

O desemprego, que já bateu recorde em novembro (11,9%), manterá sua escalada. A taxa de desocupação deverá superar 13% para só então começar a ceder a partir do segundo semestre.

A crise de insolvência dos Estados adiciona ceticismo ao cenário econômico, político e social, enquanto governadores insistem em buscar nos cofres do Tesouro Nacional a salvação para a lavoura.

A locomotiva da Lava Jato "ora desembestada, ora em marcha lenta" continua em movimento. As delações da Odebrecht ameaçam o mundo político e o presidente da República. Em Curitiba, o ex-deputado Eduardo Cunha faz mais do que tomar banho de sol na cadeia.

As incertezas sobre o governo de Donald Trump nos EUA elevam o nível de instabilidade global.

Mas, apesar de todas as evidências e admitindo que "toda unanimidade é burra" (Nelson Rodrigues), há uma fresta de luz.

Lampejos de esperança na análise do ex-BC Mário Mesquita, para quem a economia pode, sim, crescer 1,5% com ajuste nos estoques, reação de setores da indústria, aumento da produção agrícola e ritmo forte de expansão na China.

Com a inflação ancorada, o BC catalisará esse processo se ousar, reduzindo os juros em 0,75 ponto percentual já neste mês. Começa hoje oficialmente 2017. Um pouco de otimismo, por favor.
Herculano
02/01/2017 07:14
SENADOR CONDENADO À PRISÃO ESTÁ SOLTO E IMPUNE, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O ex-governador de Rondônia Ivo Cassol (PP) já garantiu seu lugar no "panteão da impunidade". Impressiona sua capacidade de beneficiar-se de manobras protelatórias na Justiça: condenado somente em 2013 por crimes de fraude em licitação entre 1998 e 2001, ele pegou 4 anos e 8 meses de prisão e a multa de R$ 201 mil, e já deveria ter perdido seu mandato, mas continua solto e exercendo suas atividades de senador.

SENTENÇA DE PRISÃO
A sentença de prisão de Ivo Cassol foi fixada pela relatora do caso no STF, Cármen Lúcia, mas Dias Toffoli propôs a redução para 4 anos.

VERGONHA
No regime semiaberto, como prevê sua sentença, Ivo Cassol atuaria no Senado de dia e dormiria na Papuda. A menos que fosse cassado.

SEM TEMPO
Teori Zavascki pediu vista há três meses, mas, assoberbado pela Lava Jato, não sobra tempo ao ministro para analisar o caso de Ivo Cassol.

VINTE ANOS!
Ivo Cassol torce pela extinção da sentença: afinal, os crimes de corrupção que lhe são imputados completam 20 anos em 2018.

CHEGA AO FIM REINADO DO PT À FRENTE DA FIOCRUZ
A nomeação da nova presidente da Fiocruz, a médica Tânia Araújo-Jorge, pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, desfez o feudo petista que já durava 16 anos no órgão. Tânia foi escolhida em detrimento de Nísia Trindade, outra integrante da lista tríplice, que, ligada ao PT, tinha apoio de Paulo Gadelha, atual presidente. Gadelha dava a escolha da protegida como favas contadas e a chiadeira com a derrota foi grande.

IGUALDADE DE CONDIÇÕES
Ao contrário do que alegam petistas, Tânia não era segunda colocada. Os integrantes de listas tríplices concorrem em igualdade de condições.

MENOS BOQUINHAS
Depois de 16 anos, vários petistas perderão boquinhas, entre eles o ex-governador do DF Agnelo Queiroz, que é chefe no escritório de Brasília

REMANEJAMENTO
Entre a abertura do impeachment de Dilma pela Câmara e a cassação definitiva no Senado, foram dezenas de petistas realocados na Fiocruz.

BALANÇO LAVA JATO
A Operação Lava Jato, da Polícia Federal, investigou até agora cerca de 400 políticos, prendendo vários deles, além de produzir cerca de 120 condenações da Justiça e recuperar bilhões de reais.

SEU DINHEIRO
Em licitação realizada em 24 de novembro, a Câmara comprou cafeteiras elétricas para o uso dos deputados federais. A compra custou R$ 22,83 mil aos cofres públicos.

VAI TER BOLO?
O PT completa 37 anos de fundação no próximo dia 10 de fevereiro, mas a celebração deve ser tímida. No site do PT os destaques continuam a ser a "perseguição" a Lula, réu em cinco ações penais.

ERRARAM?
O jornal inglês Financial Times descreveu a empreiteira Odebrecht como a "máquina de subornos" brasileira. O FT não deve ter conhecido o Brasil nos governos do PT.

BUSCA DE OPORTUNIDADE
Efraim Filho (DEM-PB) tem previsão pessimista para 2017. Mas para o deputado, "é nas crises que surgem as oportunidades". Ele diz que o Congresso precisa liderar processo de retirada do País do buraco.

FARTURA À DILMA
A fatura dos cartões corporativos da Presidência subiu 46,3% enquanto Dilma chefiou o País, em relação ao governo Lula. A média de gastos foi de R$13 milhões/ano, entre 2003 e 2010, para R$ 18 milhões de 2011 até maio de 2016, quando o impeachment de Dilma foi aprovado.

TUDO REGISTRADO
O Orçamento da União para 2017 aprovado no Congresso destinou R$819,1 milhões para o fundo partidário bancar partidos políticos. Não haverá eleição ano que vem. Dados dos gastos com o Fundo Partidário estão disponibilizados no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

MEMORIA CURTA
A ex-presidente Dilma padece de falta de memória. Ela acusou o governo Michel Temer: "Estamos assistindo a ampliação da desigualdade". Logo ela que deixou 12 milhões de desempregados.

PENSANDO BEM...
...sem impeachment, nem Olimpíadas, 2017 tem tudo para ser mais calmo.
Herculano
02/01/2017 07:07
da série: uma leitura para os preguiçosos, ideológicos e que acham a profissão um ato glamour ou principalmente de negócios associado à corrupção ou corruptores

"JORNALISMO INVESTIGATIVO GERA LUCRO PARA A SOCIEDADE", DIZ DIRETOR DE STANFORD

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto e entrevista de Nelson Sá

James T. Hamilton, 55, diretor de jornalismo em Stanford, economista pela Universidade Harvard, colocou números naquilo que o jornalismo representa -ou pode representar- para a sociedade.

Foi diante da redução nos mortos pela polícia de Washington (DC) depois das mudanças provocadas por uma série de reportagens, em 1999. "Para cada dólar investido pelo 'Washington Post', os ganhos da sociedade foram superiores a US$ 140."

O problema, nesse e em outros exemplos, é que o ganho social não se traduz em faturamento para o jornalismo, acrescenta. Enquanto não se firma um novo modelo de receita para a imprensa, ela concentra sua atenção em baratear o custo da produção da informação.

Para tanto, defende a transparência crescente de dados, por parte sobretudo dos governos. E a popularização do que chama de "jornalismo computacional", ferramentas de tecnologia que facilitem identificar padrões nos dados e, a partir daí, informações.

É o que aborda no recém-lançado "Democracy's Detectives" (Harvard University Press, 384 págs., US$ 35) e na entrevista a seguir.

Folha - Alguns veem o jornalismo como responsável, em parte, pela eleição de Donald Trump. Você diria que o jornalismo de dados, especificamente, saiu machucado da eleição?

James T. Hamilton - Tenho duas opiniões sobre isso. A primeira é que os modelos de projeção eleitoral são uma parte pequena do jornalismo de dados. E penso que, com o declínio dos jornais metropolitanos nos EUA, eles não fazem mais pesquisas estaduais. Ou seja, os modelos que se baseavam em pesquisas estaduais para prever o Colégio Eleitoral foram afetados por não terem mais pesquisas de qualidade vindo desses jornais regionais.

Mas, se você pensar em jornalismo de dados de maneira ampla, como sendo o uso de dados públicos para descobrir padrões e notícias, o trabalho de investigação do "Washington Post" e do "New York Times" deu às pessoas um bocado de informação sobre Trump e Hillary Clinton. Muitas pessoas processaram essa informação e, mesmo assim, votaram pelos candidatos.

Esta foi uma eleição em que as pessoas podiam dizer: "Compreendi as falhas do candidato, mas realmente desprezo o outro então vou votar por um candidato com falhas".

Essas mudanças são tratadas no livro "Democracy's Detectives", que foi escrito antes da eleição.

No livro, o que descobri foi que o jornalismo investigativo estava ficando concentrado em lugares como "NYT" e "WP". Isso se refletiu na eleição. Descobri também, de um editor de jornal metropolitano, que nos velhos tempos, quando tinham repórteres, eles estariam conversando com os eleitores pessoalmente, com os líderes partidários locais. A grande surpresa na eleição americana foi o voto da classe trabalhadora branca, nos Estados do "cinturão da ferrugem". Isso é algo que os jornais regionais tinham mais chance de identificar.

De maneira geral, concluí duas coisas sobre a eleição. Primeiro, que vemos o declínio dos jornais ao redor do país como um problema local, mas, como temos um Colégio Eleitoral em que é o Estado que vota, trata-se na verdade de questão nacional.

A segunda coisa foi a capacidade dos candidatos, especialmente Trump, de ir diretamente ao povo com sua mensagem, mais a relutância do Facebook de enfrentar a proliferação de notícias falsas.

Folha -Você vê perspectiva de melhoria nos dois tópicos, jornais estaduais e mídia social?

James -Sim! Por um lado, conforme você tiver mais acesso a dados, poderá identificar padrões e descobrir onde se aprofundar na investigação. Para ficar no exemplo do "cinturão da ferrugem", dados econômicos podem ajudar a identificar as cidades que estão sendo mais afligidas pela globalização. As empresas já estão usando dados que geramos em nosso cotidiano, como localização por smartphone, para estudar como são as compras em determinada área. Se os jornalistas forem capazes de usar dados similares de tráfego, poderão identificar padrões em suas próprias cidades. Isso dá esperança para o jornalismo local.

Por outro lado, há nos EUA um debate sobre o Facebook, se é uma empresa de mídia ou de tecnologia. Para mim, é de mídia, porque conecta pessoas com anunciantes por meio de conteúdo e porque toma decisões editoriais através de seus algoritmos. Se for vista como mídia, virá o reconhecimento de que suas informações representam um papel na democracia. O anúncio de que o Facebook vai combater notícias falsas é um primeiro passo para reconhecer que é uma empresa de mídia.

Folha -Você escreve no livro que, para cada dólar investido numa reportagem, a sociedade ganha centenas em benefícios, em mudanças de política, leis, instituições. Pode dar um exemplo?

James - Num dos capítulos, detalho três casos em que levanto o quanto um veículo investiu numa reportagem, determino como o mundo mudou em reação àquela reportagem e procuro estabelecer um valor, em dólar, para os benefícios da sociedade no primeiro ano depois da implementação da mudança de política.

Fiz cálculos assim, por exemplo, para estimar os ganhos sociais quando uma investigação do "WP" levou à queda nos tiroteios da polícia em Washington. Ao custo de US$ 500 mil, nove pessoas trabalharam oito meses no caso, levantando informações que mostraram como a polícia matava proporcionalmente mais do que em outras cidades e como um salto nas mortes coincidiu com a chegada de novos policiais e armamentos.

No primeiro ano depois da série, com as mudanças implementadas pela polícia, como treinamento, o número de pessoas que levaram tiros de policiais caiu de 32 para 11. O número de mortos, de 12 para 4. No sistema regulatório americano, o valor que o governo federal dá para uma vida estatística é de cerca de US$ 9 milhões.

Levando em conta ainda o custo das mudanças implementadas, o resultado é que, para cada dólar investido pelo "WP", os ganhos da sociedade foram superiores a US$ 140.

Mas os ganhos sociais não significam ganhos para os veículos.

Essa lógica que usei ajuda a explicar por que histórias importantes não são contadas, embora passem pelo teste de custo-benefício social. Elas são caras, sofrem resistência de governos e trazem benefícios para muitos que não são assinantes do jornal. As pessoas não têm consciência de que estão mais seguras por causa do trabalho do jornal.

É importante desenvolver maneiras de sustentar investigações porque é difícil para a mídia lucrar com mudanças de leis e políticas, mas elas podem gerar milhões em benefícios para a sociedade.

Folha - Os jornais seguem como o principal motor de investigação, mas têm reduzido suas Redações e, em alguns casos, como no "Guardian", dissolvido equipes investigativas. Isso tem efeito sobre o jornal como negócio? É uma resposta de curto prazo com efeito negativo de longo prazo?

James -É exatamente isso. Se estamos agora num mundo que desvincula a reportagem da marca, se as pessoas estão encontrando as notícias através do Facebook, por exemplo, fica mais difícil defender que "precisamos construir a nossa marca". Mas eu acredito que, no fim das contas, as organizações que vão sobreviver serão aquelas que descobrirem como oferecer uma informação diferente da informação que todos os outros estão oferecendo. Reportagens investigativas, com certeza, são parte disso.

Também acredito que a vontade de experimentar com fluxos de receita é importante para os jornais. Por exemplo, ir até fundações e dizer: "Gostaríamos de manter uma cobertura de ambiente, vocês não gostariam de financiá-la?". Dez anos atrás, as pessoas nem levariam isso em consideração nos EUA, mas agora você vê fundações desejando financiar coberturas em veículos privados.

Folha - Você acha saudável a tendência recente de ONGs, como o Greenpeace, montarem equipes investigativas?

Folha - A Human Rights Watch é outro exemplo. Antes, eles fariam um estudo, um repórter poderia entrevistá-los sobre o estudo e então a informação encontraria seu caminho para o mundo, através de um veículo de mídia.

Agora aquele repórter foi demitido, então é uma reação natural que algumas ONGs e até instituições sem fins lucrativos, como universidades, ampliem suas equipes. Estão contando as histórias que não vão interessar necessariamente ao mercado. Se forem transparentes sobre como reuniram as informações, como elas foram geradas, tudo bem.

Folha - Você não prioriza a busca de saídas financeiras no livro, mas quais ideias destacaria sobre como sustentar o jornalismo?

James - Queria que meu livro fosse uma análise de como as coisas funcionam hoje, mas também de como poderiam funcionar. No final eu levanto uma série de observações sobre políticas que poderiam ajudar o jornalismo. Se você torna mais fácil conseguir dados no governo, por exemplo, facilita realizar esse tipo de jornalismo.

Em segundo lugar, tenho grandes esperanças com esse campo chamado de jornalismo computacional, que é na verdade uma sobreposição do jornalismo com a computação. Para o consórcio que centralizou mundialmente o trabalho com os Panama Papers, por exemplo, um dos desafios era como visualizar a relação entre as várias entidades "offshore". O que fizeram foi recorrer a um projeto nascido aqui em Stanford, no setor de humanidades digitais, chamado A República das Cartas.

Folha - Sobre o debate em torno do mundo pós-verdade, devido às redes sociais e ao isolamento dos indivíduos e da informação que eles recebem, você vê saídas, razão para otimismo?

James - Você pode pensar sobre isso como uma corrida armamentista, em que a verdade neste momento está perdendo. Mas eu acredito que tanta gente está buscando responder a isso, aqui mesmo no campus de Stanford, com tecnologia. Sou otimista no sentido de que as pessoas agora sabem que isso é um problema, e que estão buscando manter os poderes sob vigilância.
Herculano
02/01/2017 06:46
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA PARA OS LEITORES E LEITORAS DO PORTAL CRUZEIRO DO VALE
Herculano
01/01/2017 18:10
ILHOTA EM CHAMAS. NEM AS CHAVES

Sabe-se quando um político não está próximo da cidadania e da civilização? Quando na posse não pode estar ao lado do seu sucessor ou o seu sucessor faz questão de que o antecessor não esteja presente.

Existe ato mais simbólico, do que dar as chaves do prédio da prefeitura? Quando queremos que alguém venha a nossa cidade e dela tenha prazer ou responsabilidade, damos até as chaves da cidade.

Em Ilhota, o prefeito que assumiu, Érico de Oliveira, recebeu as chaves da prefeitura de um funcionário. O ex-prefeito, Daniel Christian Bosi, PSD, pelo jeito, não o queria lá.
Herculano
01/01/2017 13:36
OREMOS!, por Eliane Cantanhêde, para o jornal O Estado de S. Paulo

Oremos!Nada está uma maravilha, mas entramos 2017 com otimismo realista


Depois de tanto sofrimento e tanto sobressalto em 2016, que tal iniciarmos 2017 com alguma esperança e um otimismo realista? Não custa nada tentar, já que, como diria o Tiririca, pior do está não fica. Os sustos ainda serão muitos, porque a Lava Jato segue em frente, o Congresso que aí está continuará aí e a recuperação da economia vai continuar sendo um processo lento. Mas há algumas indicações de que, devagar e sempre, a coisa agora vai. Oremos!

A Lava Jato está completando três anos, com vários troféus inéditos: 24 peixes graudíssimos presos, 14 deles já condenados e dez na fila esperando sua vez, e a expectativa é de retorno de R$ 10 bilhões desviados para bolsos (e bolsas) criminosas. Mas o melhor nem é isso, é que a Justiça, o MP, a PF e a Receita conseguiram desvendar e seguir a trilha inteira de um esquema monumental de corrupção que atravessou continentes.

Como escreveu Fernando Gabeira, "os líderes comunistas do passado criaram internacionais para marcar posições políticas diferentes. A decadência chegou ao ponto de se criar a partir do Brasil uma internacional da corrupção" ?" e com o BNDES no centro do esquema. Se capitaneava essa "internacional da corrupção", o Brasil passa a capitanear o combate à corrupção. Da vergonha, hoje, ao orgulho nacional, amanhã.

No Congresso, as coisas são como são. Eleitores de todo o País votaram naqueles partidos, deputados e senadores e, na nossa busca de otimismo realista, a sorte é que, pelo menos, o presidente Michel Temer já presidiu três vezes a Câmara. A situação política e econômica não virou uma maravilha da noite do impeachment para o dia da sua posse e a sua popularidade é abaixo do razoável, mas uma coisa é certa: se o X da questão é aprovar reformas no Congresso, como a PEC do Teto dos Gastos, arrisca-se dizer que Temer é o homem certo na hora certa.

Por fim, a economia. Está uma maravilha? Longe disso. Ficará uma maravilha em 2017? Longe disso. Os empregos jorrarão? Longe disso. Mas... já há sinais de luz no fim do túnel. Ainda tênue, tremelicando, mas indicando que o viés rumo ao abismo começa a ser revertido.

Numa comparação do Boletim Focus, do BC, a previsão de inflação de 2015 para 2016 era de 6,8%, acima da meta de 4,5% e até mesmo do teto da meta, de 6,5%. A de 2016 para 2017 é de 4,85%, bem próxima da meta real. Pode-se alegar que não há motivos para fogos e brindes, pois, com recessão, a inflação cai mesmo, de madura. Mas outros indicadores essenciais vão na mesma linha.

A previsão do dólar para 2016 era de R$ 4,21; a dos juros, de 15,25%; a do crescimento do PIB, de 2,95% negativos. Para 2017, é de dólar a R$ 3,50; juros a 10,50%; PIB de 0,50 positivos. Ou seja: as perspectivas parecem bem melhores do que já foram, o que projeta um 2017 ainda periclitante, mas mais animador.

Outra ressalva é que previsões nem sempre se confirmam, e aí mesmo tem-se o dólar (para ficar num único exemplo), que o Focus previa fechar R$ 4,21 em 2016 e fechou quase R$ 1 menos que isso. O importante no confronto entre as projeções para 2016 e para 2107, portanto, não é o número a número, mas a reversão de expectativas, de confiança, de potencialidades. As lentes veem um 2017 menos sombrio do que viram 2016. Ah! E o valor de mercado da combalida Petrobrás mais que dobrou em 2016. São sinais de alento.

Logo, deixo aqui votos de que o mundo esteja melhor em 2017, apesar da troca de Obama por Trump, que o Brasil atravesse bem a pinguela, apesar dos inevitáveis solavancos, que os 12 milhões de desempregados tenham melhor chance, apesar das dificuldades das empresas, e que o senhor, a senhora e todos nós possamos ser mais alegres e ter mais otimismo. Adeus, 2016! Feliz 2017!
Herculano
01/01/2017 11:49
UMA OPINIÃO

O analista político, contesta-me. Deve ter conhecimento, pois está na região da Penha, a maior concentração de gasparenses fora de Gaspar. Ou é mais um para proteger o que ele chama de Taiá.
Herculano
01/01/2017 11:47
MUITOS ANOS EM UM, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Quem detinha o poder não mais o exerce. Quem em liberdade desfrutava de status e riqueza está preso. Frustraram-se expectativas econômicas e subverteram-se, nas urnas, desfechos de votações tidos como certos. O mundo e o Brasil se mostraram mais complexos e imprevisíveis do que se supunha no desenrolar de 2016.

O impeachment de Dilma Rousseff (PT) não é fato a festejar. Há algo errado numa jovem democracia que depõe, pela via legítima da Constituição, dois chefes de Estado num lapso de 24 anos. Falharam os controles que deveriam evitar o uso desse recurso brutal e traumático contra o mandato presidencial concedido pelo voto direto.

A reincidência do impeachment não foi o único elemento incomum. Extraordinária também se mostrou a latitude do poder presidencial para atropelar a responsabilidade fiscal e sustentar seu apoio com centenas de bilhões de reais em contratos e créditos a fluir por fora do Orçamento, nos balcões de empresas e bancos estatais engordados.

Uma parcela dessa dinheirama fluiu para políticos de todos os naipes a título de propina. Empreiteiras compravam regulamentos no Legislativo. Financiavam governistas e oposicionistas na União, nos Estados e nos municípios com a mesma lógica de quem adquire serviço em mercado especializado.

Se a fatia majoritária dos fundos retirados do contribuinte, ou emprestados a juros de agiota dos detentores da dívida estatal, houvesse sido aplicada diligentemente, ainda haveria um pequeno alívio.

Quase tudo o que fez, no entanto, foi alimentar o Leviatã da ineficiência e projetos megalomaníacos que jamais serão recompensados.

A deficiência de controle em aspectos importantes do funcionamento do Estado esteve, portanto, entre as causas da violenta recessão que engolfou o Brasil a partir de meados de 2014, cujos efeitos acumularam-se nos anos seguintes e ajudaram a demolir a base popular e política de Dilma.

Mal controlado também estava um sistema de apoio cuja cooptação dependia de moeda suja.

O avanço da Lava Jato e as maiores manifestações populares da chamada Nova República fizeram o que os instrumentos preventivos não conseguiram. Impuseram um custo elevado à manutenção do statu quo. Dilma não entendeu o recado, apostou em mais do mesmo, atiçou a polarização ?"e caiu.

A mensagem de que a lei impera sobre todos ?"reforçada por outras ações que na Justiça derrubaram poderosos?" e a disposição de milhares de pessoas de antepor-se nas ruas aos governantes de turno estão entre os poucos fatos positivos num ano cheio de notícias ruins.

Soergueram-se o Ministério Público e o Poder Judiciário, mas a extensão no tempo e a multiplicação de prisões sem juízo de culpa formado, o hábito de impor condução coercitiva a quem jamais se recusara a depor e a divulgação por autoridades de informações fora dos cânones legais são ocorrências preocupantes que se acentuaram em 2016.

A velocidade exemplar de Curitiba na condução dos processos penais fez ressaltar a morosidade da Procuradoria-Geral da República nos casos submetidos ao Supremo Tribunal Federal. É péssima a mensagem que esse duplo padrão transmite: mais estropiado, inclusive na Justiça, está quem perdeu o poder político em Brasília.

Iluminadas e talvez estimuladas pelos holofotes, as veleidades e as idiossincrasias do STF também têm custado caro. Ministros comentaram as mais delicadas questões fora dos autos e intrometeram-se individualmente em assuntos típicos da alçada legislativa ou executiva.

Acuadas, lideranças do Congresso reagiram da pior maneira. Não desistiram de revidar a quem as investiga. O presidente do Senado chegou ao desplante de ignorar uma ordem judicial.

Na economia, o remédio tardio mas necessário ministrado ao paciente descuidado será uma camisa de força nos gastos públicos por ao menos uma década, além de uma reforma da Previdência duríssima para todos os trabalhadores. A receita amarga tende a reproduzir-se nos Estados. Não aceitá-la produzirá desmantelo nos serviços básicos.

Fora do país, o quadro não ajudou. A ameaça dos nacionalismos tornou-se mais que uma hipótese após a vitória de campanhas isolacionistas no Reino Unido ?"que decidiu em junho deixar a União Europeia?" e nos EUA ?"que elegeram Donald Trump em novembro.

A melhor doutrina da convivência humana e o pensamento progressista sofreram revés histórico.

O Brasil não se precaveu e está sofrendo mais. Resta a esperança de termos aprendido as principais lições, para que as próximas crises por aqui sejam no mínimo suaves e encontrem uma democracia bem mais fortalecida a dar-lhes combate.
Analista político
01/01/2017 11:11
Herculano

Bom dia bom ano novo

Você errou em dizer que, quem vai ser o prefeito de verdade seria o Beto Taya Pereira.
Na realidade quem vai mandar e desmandar em Gaspar será a turma do PP Melato, Lu, Pedro Bornhausen, Kuka e João dr. Spengler.
Aguarde pra vê... a fantoche continua o mesmo...o boneco de Olinda.
Herculano
01/01/2017 09:57
MANCHETE DE CAPA DESTE DIA PRIMEIRO DO JORNAL O GLOBO: CRIVELLA BAIXARÁ 70 DECRETOS APOS A POSSE

Aqui, terão que primeiro terão procurar os decretos que foram feitos pelos administradores anteriores.
Herculano
01/01/2017 08:18
O QUE FAZER COM SEU DINHEIRINHO EM 2017, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Dinheiro em 2017: como pensar no que fazer das aplicações financeiras? Como convém ao primeiro dia do ano novo, vamos supor que teremos a boa sorte de poder investir.

A consideração mais importante para 2017 é a respeito das taxas de juros: devem cair bastante. No caso muito improvável em que não caiam, o país terá ido à breca.

Parece óbvio que os juros tendem a cair. Importa pensar se é preciso tomar alguma providência a respeito. O cidadão comum costuma ser meio desligado desses assuntos no dia a dia. Nota um tanto tarde as viradas do mercado.

Um exemplo.

O rendimento dos fundos de renda fixa, os "fundos de banco" mais comuns, vai cair. É provável que seu fundo tenha rendido algo entre 11,5% e 13,5% nos últimos 12 meses, uns 5,5% reais (descontada a inflação), na média. Será menos em 2017 e assim por diante, cadente, se o Brasil sair desta lama.

No caso de dinheiro guardado para o longo prazo, é possível aplicar a taxas melhores e manter esse rendimento por muitos bons anos. Onde? Outra obviedade, tão falada e na prática ignorada pela maioria: no Tesouro Direto. É uma grande opção, por exemplo, para a aposentadoria.

No final da semana passada, era possível aplicar a taxas em torno de 5,8% ao ano além da inflação (IPCA) até 2019, 2024 ou 2035, à escolha. Como se sabe, a taxa é garantida se a aplicação for mantida até a data do vencimento.

"Sacando antes" (vendendo os títulos), o resultado depende das flutuações dos preços de mercado. Mas, com a queda dos juros, é até possível especular: aplicar já, vender antes do vencimento e ganhar bem mais (não tente fazer tais artes sem consultar um profissional).

Por que o exemplo dos fundos de renda fixa? Porque é onde estão aplicados cerca de 87% do dinheiro dos investidores de varejo em fundos (que aplicam, ao todo, R$ 542 bilhões) e quase metade de todo dinheiro do negócio de fundos (R$ 1,6 trilhão de um total de R$ 3,4 trilhões). No Tesouro Direto, onde estão os emprestadores de dinheiro para o governo no varejo, há só R$ 40 bilhões.

O brasileiro comum faz aplicação bem menos rentável, porém. Há cerca de R$ 661 bilhões aplicados na poupança. Em termos reais, afora a inflação, a caderneta rendeu menos de 2% em 2016.

Note que, à taxa de 2% ao ano, sua aplicação vai dobrar de valor em 35 anos. À taxa de 5%, mais próxima daquela do Tesouro Direto, dobra em 15 anos.

Há alternativas similares razoáveis, como CDBs, LCIs e LCAs? Sim, talvez, se você puder fazer aplicação inicial grande. De qualquer modo, o rendimento disso tudo irá abaixo com a queda da Selic (a taxa de juros definida pelo Banco Central).

Por fim, recorde-se o que é um fundo. Um fundo de renda fixa é uma associação de investidores que entrega seu dinheiro a um gestor (em geral de banco), que aplica o dinheiro por você e cobra pelo serviço. Aplica onde? Bidu: 77% do dinheiro dos fundos de renda fixa está aplicado em títulos federais. Os mesmos do Tesouro Direto.

Obviamente, este texto NÃO É NEM DE LONGE uma "dica de investimento", que sempre depende do perfil de cada aplicador, tal como roupa feita sob medida. Mas é uma dica: você já pensou no que fazer do dinheiro em uma economia com juros em queda, queiram os céus?
Herculano
01/01/2017 08:11
TERÇA-FEIRA É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA. SO PARA OS LEITORES E LEITORAS DO PORTAL CRUZEIRO DO VALE
Herculano
01/01/2017 08:08
2016: O ANO DO DESPERTAR DOS "OTÁRIOS", por Rodrigo Constantino, do Instituto Liberal

Último dia de 2016, um ano que muitos querem ver para trás, de preferência esquecido. A maioria formada por gente de esquerda. É claro que a aguda crise econômica brasileira, com seus 12 milhões de desempregados nas costas, impede uma comemoração muito grande deste ano que se encerra. Fruto das incríveis trapalhadas ideológicas, da incompetência e da infindável corrupção do PT, a crise serviu como um banho de água fria ?" ou melhor: gelada -, durante os 365 dias corridos do ano. Mas há, sim, muito o que celebrar, apesar disso.

A começar pela própria reação da esquerda. Quanto mais jurássica essa esquerda, maior o pânico que demonstra publicamente. Foi um annus horribilis para essa turma, o que já prova que não pode ter sido de todo ruim para seres decentes e pensantes. Se o PT, o PSOL, o PCdoB, a UNE, a CUT, o MST, os socialistas em geral e os "jornalistas" da GloboNews estão em prantos, então coisas boas devem ter acontecido. E, de fato, aconteceram.

O Brexit tem sido lamentado por muitos que, da noite para o dia, tornaram-se defensores da globalização. É claro que não defendem a globalização liberal coisa alguma, e sim uma visão globalista do mundo, ou seja, mercados cada vez mais controlados pelos estados, de preferência caminhando na direção de um estado global, com George Soros nos bastidores puxando os fios como de uma marionete.

A vitória de Trump foi outro marco desse mesmo fenômeno: a elite aprisionada na bolha não entendeu até agora o grito de protesto dos americanos, que não foram contra a globalização em si, mas contra o establishment "progressista". E essa vitória expôs todas as mentiras da grande imprensa, seu viés, sua torcida, tudo disfarçado de jornalismo isento. Tiveram que criar esse papo de "pós-verdade" só para esconder a perda do monopólio da mentira. Momentos divertidos, portanto, ver a choradeira dessa patota ridícula.

O acordo de "paz" com os terroristas das Farc sendo rejeitado pela população foi outro acontecimento positivo e hilário em 2016. Os "especialistas" tendo que engolir que o "homem comum" não considera inteligente negociar a "paz" se ela significar se curvar de costas diante de marginais foi algo sensacional.

Mas tivemos, claro, as tragédias na Síria, as com maior destaque, a Venezuela implodindo de vez, e a continuação de problemas graves pelo mundo todo, na maioria dos casos um resultado de políticas defendidas pela esquerda, como o socialismo, o multiculturalismo, o desarmamento de civis, o estado controlador etc. O mundo, definitivamente, não é um parque de diversões infantil onde a retórica pomposa impera sobre a natureza humana, como os "progressistas" gostam de acreditar.

E, voltando ao Brasil, tivemos o impeachment de Dilma Rousseff, a pior presidente de toda a nossa história, uma figura abjeta que inacreditavelmente chegou ao poder, em tempos de profundo sonambulismo dos eleitores. Como não aplaudir um ano em que alguém como Dilma é enxotada do poder, com o massacre do PT se seguindo nas urnas? "Só isso" já é motivo para festejar com a melhor champanhe que seu bolso for capaz de comprar.

Mas não foi "só isso". O governo Temer, justiça seja feita, iniciou um processo de reformas necessárias, que tinham sido completamente abandonadas pelo PT. Colocou gente séria na economia e no comando de estatais, comprou briga com os sindicatos para flexibilizar as leis trabalhistas obsoletas, aprovou a PEC do Teto para limitar gastos públicos, e pretende até desarmar o esquema da UNE e do PCdoB na emissão de carteiras de estudante. Pode estar aquém do que desejamos e precisamos, mas o governo Temer fez mais em poucos dias do que o PT em quase 14 anos, o que nem é tão difícil, uma vez que o PT só fez cagada e destruiu o país.

E a Folha, hoje, publica dois artigos antagônicos justamente sobre uma retrospectiva de 2016, o favorável assinado por Janaina Paschoal, e o desfavorável por José Eduardo Cardozo. Uma mulher de garra que ajudou na luta pelo impeachment, e o petista que fez de tudo para defender o indefensável. Como ainda ter dúvidas de qual lado tomar? Janaina, inclusive, chegou a mencionar Ayn Rand em seu texto:

Além de quebrar o círculo vicioso e o verdadeiro compadrio que existia, o processo de impeachment permitiu a conscientização acerca da importância da responsabilidade fiscal. Não foi por coincidência que, em outras esferas de poder, os órgãos de controle passaram a funcionar com maior severidade -basta olhar o número de procedimentos e até de prisões a alcançar governadores, ex-governadores, prefeitos e ex-prefeitos.

O descortinar dos ajustes estabelecidos entre governo e empreiteiras, inclusive com remessa de bilhões de dólares ao exterior, salvo entre os crentes do petismo, deitou por terra a falácia de que Lula e Dilma seriam perseguidos políticos. Se antes eram vistos como pais dos pobres, ficou claro terem sido mães para os ricos.

[?]

Nota-se que, ao mesmo tempo em que deixa de aceitar a corrupção institucionalizada, o povo brasileiro passa a questionar benesses incompatíveis com repúblicas muito mais ricas que o Brasil. Em suma, não vamos ficar calados nem diante das ilegalidades nem frente às imoralidades.

Sempre foi muito cômodo aos poderosos fazer menção ao nosso povo como cordato e conciliador, pois o cordial costuma ser submisso.

Diversamente do alardeado, 2016 não foi o ano perdido. O cidadão comum, ainda que assustado com a lama que eclodiu, voltou a acreditar que é possível tomar as rédeas do destino do país.

Parafraseando a escritora Ayn Rand em seu clássico "A Revolta de Atlas", penso que 2016 foi o ano da revolta dos otários, aqueles que trabalham para pagar os tributos, até então, sem direito a opinar.

Um povo maduro enxerga sua realidade, por pior que seja, a fim de transformá-la. Este foi o ano de diagnosticar a difícil realidade; 2017 pode ser o da transformação.

Desejo a todos um ano novo com os pés no chão e os olhos bem abertos! A meta é impedir que volte a imperar o silêncio da cumplicidade. Nos corações, que reine a tranquilidade de que é certo fazer o certo.

Sim, concordo com ela: foi ano da revolta dos "otários", aqueles que a esquerda enxerga como mascotes ou vacas leiteiras. Cansamos dessa elite podre mancomunada com o governo, desses "intelectuais" que defendem o socialismo, dos artistas engajados que só querem mamar nas tetas estatais, dos empresários incompetentes que só pensam em privilégios. Um ano que colocou essa turma toda na berlinda, que deu um baita calor nessa gente, não pode ter sido um ano ruim.

Um ano de derrotas para Obama, Hillary, Lula, Dilma, Farc, Soros e companhia, só pode ser um ano positivo. Um ano em que o maior tirano da América Latina finalmente bateu as botas e foi assombrar o Capeta no inferno só pode ser um ano positivo. Claro, morreu muita gente boa também, como ocorre todo ano. É da vida. Mas há muita coisa a ser celebrada nesse 2016 que termina hoje.

E que 2017 seja ainda melhor, com mais derrotas para a esquerda, com mais despertar dos "otários".
Herculano
01/01/2017 07:59
PRESIDENTE DO TSE, GILMAR MENDES VAI ESTIMULAR CONGRESSO A REVER SISTEMA ELEITORAL DO BRASIL, por Natuza Neri, na coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo

Junta tudo e joga fora
O TSE fará em fevereiro um seminário para analisar sistemas eleitorais mundo afora. Presidente da corte, o ministro Gilmar Mendes quer discutir não só o financiamento de campanhas, mas como os candidatos serão eleitos em 2018. O objetivo é influenciar a aprovação de um novo modelo até setembro para que o próximo escrutínio ocorra dentro de melhores regras. "Ou o problema das doações ficará mais grave, porque será briga de elefantes ?" eleição de governadores e presidente."

Xerife
Caciques de alguns dos maiores partidos articulam restabelecer a doação empresarial, mas com limite de repasses. Transferências com CNPJ cairiam em um fundo controlado pelo TSE, e não nas contas de comitês financeiros das campanhas.

A pão e água
"Você imagina uma eleição presidencial usando dinheiro do Orçamento? Serão 30 mil candidatos em 2018. Não se sustenta a ideia de financiamento público", afirma Mendes.

Herculano
01/01/2017 07:37
HOJE O BRASIL É O PAÍS DA CORRUPÇÃO E DA VIOLÊNCIA URBANA, por Carlos Heitor Cony, no jornal Folha de S. Paulo

Em crônica da semana retrasada, lembrei que o ex-presidente Jânio Quadros chamou de "poltrão" o ano que então se acabava. Ele próprio não sabia que era também um poltrão, daí que renunciou sete meses depois de ter tomado posse na Presidência da República, dando o pontapé inicial à ditadura militar.

Para ser sincero, eu desconfiava que "poltrão" era alguma coisa pejorativa, mas não sabia bem o seu significado. Fui depois ao mestre Aurélio e verifiquei que a palavra significava covarde e medroso. Certamente, ela pode ter significados piores. Mesmo assim se deve classificar como poltrão o ano que passou.

Um ano que foi medroso e covarde. Não teve medo de rebaixar o Brasil à condição de país quase falido e certamente de país onde a corrupção se instalou oficiosamente. No passado, o Brasil era considerado o país do café, de Pelé e de Carmen Miranda. Hoje é o país da corrupção e da violência urbana.

Para ter direito a ser considerado "poltrão" no sentido que lhe deu o mestre Aurélio, o ano também foi covarde, não tomando as medidas que foram prometidas na campanha de dona Dilma e Temer. Dou um exemplo: quando nomeou Lula para a Casa Civil, para livrá-lo da Lava Jato, ela voltou atrás sem coragem de enfrentar a oposição generalizada que provocou.

Parente próximo da covardia, 2016 marcou o país que deixou de ser do futuro para se tornar o país de um presente escandaloso e com perspectivas sombrias. Sendo uma República Federativa, tem agora grandes Estados (Rio, Minas, Rio Grande do Sul etc.) em petição de miséria, sem pagar seus funcionários e fornecedores.

Jânio Quadros renunciou porque tentou proibir as brigas de galo e os biquínis das mulheres. Junto com os votos de próspero Ano-Novo, espero que o governo atual não repita a "poltronice" do ex-presidente.
Herculano
01/01/2017 07:34
PT TEVE UM DIA A MAIS DE GOVERNO EM GASPAR

A posse de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e seu vice, Luiz Calos Spengler Filho, PP, será hoje às seis horas da tarde, na Sociedade Alvorada. Ou seja, na verdade, no papel e de fato, o PT de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa governou um dia a mais.

Em alguns município, houve quem deixasse a bomba logo nos primeiros minutos desse dia Primeiro de Janeiro. Em Gaspar, os vencedores retardam o recebimento desta bomba que nem eles sabem exatamente o poder dela de produzir embaraços e estragos.Não foram atrás.Nem para a auto-proteção

Antes mesmo de se conhecer o resultados das urnas em Gaspar, escrevi que os vencedores seriam os perdedores nas urnas. Muita gente torceu o nariz.

Não opino isso apenas pela possível herança, mas principalmente pelo aparelhamento que fica, a armadilha da conjuntura econômica e os desgastes dos partidos perante a sociedade e Brasília, bem como a vigilância do Ministério Público e até mesmo de grupos organizados.

Kleber, Luiz Carlos e o prefeito de fato Carlos Roberto Pereira terão quatro anos para me desmentir. Nas atitudes já começou com o velho método de empregar amigos, gente sem capacidade desempregada e sem habilitação e até falidos.

Essa fórmula já levou ao desastre o PMDB de Gaspar com Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho e Adilson Luiz Schmitt. Experimentá-la sem ao menos atualizá-la é potencializar os riscos. Arriscam a alimentar a volta do petismo, seja ele na sigla do PT ou outra para a qual o grupo que sai hoje do poder tende correr para se livrar das marcas nacionais da incompetência e corrupção.

Está dada a largada. E no caso de Gaspar, com atraso de um dia. É sinalizador desde o início. Façam as apostas. Acorda, Gaspar!
Herculano
01/01/2017 07:12
EM SEU MUNDO ENCANTADO, TEMER RODA O PAÍS PROMETENDO FANTASIAS, por Elio Gaspari, nos jornais Folha de S. Paulo

Em 2017 a economia começaria a rodar, pois a máquina do governo seria destravada quando o Senado depusesse a presidente da República. A doutora foi para Porto Alegre e o governo de Michel Temer vive em regime de perplexidade, com ministros permanentemente ameaçados pela lâmina. (Noves fora os seis que já rodaram.) O crescimento de 2017 poderá vir, se vier, no segundo trimestre. A caravana Temer dizia que até o final de 2016 seriam criados 100 mil novos empregos. Nos últimos 11 meses (cinco dos quais na gestão do comissariado), três milhões de pessoas perderam seus postos de trabalho, e há 12,1 milhões de brasileiros desempregados, na pior marca de todos os tempos (11,9%).

Temer sabe que com a atual taxa de juros não há a menor possibilidade de se começar a amenizar o desemprego antes do segundo semestre. Ele e o Banco Central foram aprisionados pelo todo-poderoso "mercado" e, fugindo da realidade, o governo encastelou-se na moderna astrologia dos marqueteiros. Temer roda o país prometendo fantasias encantadoras embebidas de "pensamento positivo": "Quero no futuro ser reconhecido como o maior presidente nordestino que esse país teve". Para o presente, informa que o seu mandarinato "há de ser um governo reformista".

Ganha uma viagem à Coreia do Norte quem tiver lido as autolouvações publicitárias que a marquetagem oficial espalha pelo país, com o dinheiro dos impostos dos outros
Herculano
01/01/2017 07:01
TEMER NÃO SAIRÁ ANTES DO PRAZO, JANEIRO DE 2019, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Após o julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) das contas da campanha presidencial 2014, ainda que venha a ser cassado o registro da candidatura de Dilma à reeleição, atingindo seu vice, o número de recursos previstos indica que o atual presidente Michel Temer concluirá o mandato em 1º de janeiro de 2019, segundo especialistas. E quem apregoa a saída Temer alegando que haverá eleição direta, mente.

DOIS ANOS HOJE
Eleição direta para o presidente só ocorre diante de vacância do cargo até dois anos após a posse. Dois anos se completam neste dia 1º.

ELEIÇÃO SO INDIRETA
Segundo o artigo 81 da Constituição, haverá eleição indireta em caso de vacância do cargo de presidente na segunda metade do mandato.

VISTA E RECURSOS
É remota a cassação da chapa Dilma-Temer antes de o presidente concluir seu mandato, em razão dos pedidos de vista e dos recursos.

A VIDA COMO ELA É
O arsenal de recursos previstos na legislação, diante de decisão do TSE, torna impraticável uma decisão que afaste Temer do cargo.

SENADORES PROPÕEM MENOS DE UM PROJETO POR MÊS
O Senado foi berço de 458 projetos de Lei de autoria dos 96 senadores que exerceram o mandato durante todo o ano de 2016. Na prática, os legisladores propuseram menos de um projeto por mês, em média. Apenas oito senadores apresentaram um ou mais propostas por mês, enquanto 15 senadores não assinaram um só projeto de Lei. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) é o senador que mais projetos apresentou: 34.

NÃO IMPORTA PARTIDO
Os oito senadores que mais apresentaram projetos são de 5 partidos, mas as mesmas legendas têm senadores que passaram em branco.

NÃO IMPORTA ESTADO
Cada um dos oito líderes vem de um estado diferente. Dois do Norte, dois do Nordeste, dois do Sudeste, um do Sul e um do Centro-Oeste.

QUANTIDADE E QUALIDADE
Dos senadores de Alagoas apenas Renan Calheiros (PMDB) apresentou projeto, e só um: o projeto de lei do abuso de autoridade.

GRANDES ESPERANÇAS
Apesar da eleição da nova composição da Mesa ser o assunto do momento, o deputado Arthur Maia (SD-BA) se dedica à reforma da Previdência. "A reforma é a minha grande expectativa para 2017", diz.

INVESTIMENTO SEGURO
Segundo a denúncia do Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA , a Odebrecht "investiu" US$ 349 milhões em propinas entre 2003 e 2016. O retorno estimado pelo pagamento de propinas foi de US$ 1,9 bilhão.

FALTA PUNIÇÃO
O primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), está convencido de que as delações continuarão. "Para a Odebrecht, os vazamentos ajudam, porque tiram a empresa do foco", reprova.

QUEM EXPLICA?
Apesar de tomar posse há duas semanas como presidente do Tribunal de Contas da União, o ministro Raimundo Carreiro, enrolado na Lava Jato, só começa o exercício do mandato a partir desta segunda-feira.

BAIXA PRODUTIVIDADE
No ano que acabou, o Congresso parecia não ter o que fazer: aprovou lei que regulamenta a profissão de designer de interiores e criou o "Dia do Patrono da Construção Civil". Combater o desemprego, que é bom...

FATURA DAS DIÁRIAS
Os governos do PT torraram R$ 8,3 bilhões nos últimos 13 anos com o pagamento de diárias a funcionários públicos do Executivo federal. A farra iniciou em 2004 quando Lula distribuiu R$ 385,6 milhões e continuou até bater R$1,03 bilhão em 2014, com Dilma.

LEGADO DESASTROSO
O senador Alvaro Dias (PV-PR) considera "mais um legado desastroso" do governo Dilma Rousseff o resultado da vendas nos shoppings brasileiros, que caíram 9% em 2016 ?" pior resultado em dez anos.

OLHO EM 2018
O Tribunal Superior Eleitoral terá três presidentes em 2018, ano das eleições presidenciais. O vice, ministro Luiz Fux, substitui o presidente, ministro Gilmar Mendes, em fevereiro, mas deixará o cargo em agosto ao completar quatro anos na corte, dando lugar à ministra Rosa Weber.

PENSANDO BEM...
...2017 tem tudo para ser melhor que 2016: não haverá eleições.
Herculano
01/01/2017 06:45
O BRASIL ESTÁ SE TORNANDO MAIS PLURAL SOB O PRISMA RELIGIOSOS, por Otávio Frias Filho, diretor de redação do jornal Folha de S. Paulo.

Pesquisa Datafolha publicada no Natal reitera que o Brasil está se tornando um país mais plural sob o prisma religioso. Em 1994, quando 75% se declaravam católicos, os evangélicos eram 14%. Agora, católicos são 50% e evangélicos 29%, enquanto outras denominações menores cresceram. A parcela que afirma não ter religião (descrentes somados aos que não seguem nenhum credo coletivo), de 5% em 94, subiu para 14%.

Como acontece quase sempre, o nacional é manifestação de algum processo internacional mais amplo, dado que o evangelismo cresce há décadas na maioria dos países em desenvolvimento, e de modo notável na América Latina, onde se nutre do sedimento cristão depositado em séculos de catolicismo. Recente pesquisa (do Instituto Pew, de 2014) indicou que 19% dos latino-americanos se consideram evangélicos.

O leitor de Max Weber é levado a perguntar se estaria em curso conexão semelhante à descrita em "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" (1904/5), ensaio do sociólogo alemão sobre o calvinismo, variante radical da Reforma, o cisma na Europa cristã que em outubro de 2017 completará 500 anos. Vale recapitular os principais passos no desdobramento, algo sinuoso, do esquema explicativo de Weber.

A maior divergência teológica dos calvinistas era que acreditavam a sério na predestinação, ou seja, sendo Deus onisciente, há de conhecer de antemão quem está destinado à salvação e à danação eternas. O católico pode negociar calmamente a própria salvação, melhorando seu placar por meio de boas obras e obtendo, do padre, a absolvição regular dos pecados. O protestante, não. Tal constatação acarreta um súbito terror, um desatino, uma urgência que estão na raiz da ruptura luterana.

Para mitigar a angústia, formulou-se a ideia protestante da vocação, ou seja, a marca inescrutável da graça divina, único caminho para a salvação, estaria estampada num estilo de vida, ao mesmo tempo frugal e produtivo, expresso na dedicação disciplinada a um trabalho útil, não para a existência eterna, mas para a terrena.

Não por acaso, esse estilo é apropriado para colocar em ação as engrenagens do capitalismo. Organização metódica, trabalho e poupança, cálculo racional do interesse próprio, até a especialização moderna estariam encapsulados na vocação calvinista. De forma oblíqua, o propósito de Weber era criticar interpretações mecanicistas da história, entre elas o marxismo.

Sem discordar do primado da instância material sobre a simbólica na conformação dos fenômenos sociais, Weber ressaltava como são quase inextricáveis as mediações entre essas duas dimensões (enfatizando uma complexidade metodológica que Marx professava, talvez sem praticar). Especula-se que o confucionismo, também estudado, aliás, por Weber, estaria em simbiose similar com a revolução capitalista em curso na China.

Pode-se pensar algo parecido para a América Latina?

Ao leitor interessado fica a sugestão de recorrer aos trabalhos dos sociólogos David Martin e Ricardo Mariano; enquanto o britânico acredita na validade parcial do esquema weberiano no contexto latino-americano, o brasileiro a refuta, ressaltando as diferenças entre o calvinismo e a versão hoje predominante, o pentecostalismo, que abrange, em suas numerosas dissidências, 22% da população brasileira.

Um dos movimentos periódicos de retorno às origens, típicos da religião, o pentecostalismo surgiu nos Estados Unidos no final do século 19 e desde então despacha, impulsionadas pela pujança norte-americana, ondas de missionários mundo afora. Trata-se de vertente mística, que celebra a festa de Pentecostes (Atos, 2), quando o Espírito Santo teria outorgado aos discípulos de Cristo poderes mágicos de cura e glossolalia (falar línguas).

Ao mesmo tempo, seu enfoque é pragmático, voltado à consecução de objetivos tangíveis como prosperidade, saúde e família. Muitas dessas denominações se estruturam como empresas dedicadas a arrecadar e investir gigantescas quantias extraídas a título de dízimo, estendendo tentáculos a uma vasta gama de negócios, à TV e à política (na atual Câmara dos Deputados, por exemplo, 37% se dizem evangélicos).

Seria simplificador, porém, creditar todo esse processo apenas à manipulação. O pentecostalismo também compele a disciplinas que funcionam como alavanca de ascensão social, enquanto a estrutura das igrejas, sobretudo nas amplas regiões abandonadas pelo poder público, serve como rede de autoajuda.

E quanto ao consumismo, talvez os calvinistas fossem menos ascéticos se vivessem numa sociedade afluente como a nossa. Sua salvação, afinal, já era a deste mundo
Herculano
31/12/2016 19:52
2017 ESTÁ CHEGANDO

Aos leitores e leitoras deste espaço desejo apenas que o ano novo seja de superação e sucesso, pois nada será fácil, e que a saúde seja a benção no caminho desse desafio
Herculano
31/12/2016 19:02
2016,QUAL O SALDO DE TEMER? UMA ANÁLISE DE STEPHEN KANITZ


Em menos de 6 meses, seu governo consegui aprovar 54 medidas importantes, um a cada 3,3 dias. Sensacional.

1. Criar uma consciência de controle de despesas federais por 25 anos, e provavelmente para sempre.
2. Lei das Estatais proibindo dirigentes partidários serem indicados a estatais, e só administradores competentes ou profissionais com 10 anos de experiência no setor. Fim dos Sergio Gabrielis e Lucianos Coutinhos que numca trabalharam numa empresa na vida.
3. Lei da Repatriação regularizando 200 bilhões de dólares que lentamente voltarão para o Brasil.
4. Facilitou a contratação de empregados pelas empresas reduzindo multas por demissão.
5. Aprova a Lei sobre o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos:
6. Economia voltou a crescer 2,8% nesse último trimestre.
7. Introduziu a prática de custo-beneficio, única forma de avaliar novos programas sociais. Novos programas sociais só poderão ser implantados se seu custo benefício for maior do que os planos governos passados com menor efetividade.
8. Implantou auditoria no Bolsa Familia, jamais feito antes e detectou mais de 1,1 milhão de fraudes. Renda do beneficiado não era verificado por Nelson Barbosa, "a gente tem que confiar nas pessoas" dita para um amigo meu.
9. Corta 5.000 cargos de comissionados a membros do PT. Todo petista filiado era obrigado a doar 10% de seu salário público ao PT, o que era motivo de escolha preferencial.( Art. 184 do Estatuto do PT. "Filiados e filiadas ocupantes de cargos comissionados, devera?o efetuar uma contribuic?a?o mensal ao Partido, correspondente a um percentual do total").
10. Reduziu o risco Brasil de 400 para 325, em 20%.
11. Reduziu a inflação de 0,44 para 0,18 ao mês em Novembro.
12. O Real se valorizou 17%.
13. Voltou a prestigiar o Terceiro Setor, designando Marcela Temer como porta voz, enquanto a Dna Marisa Letícia não levantou um dedinho em 8 anos para apoiar o 3 Setor.
14. Valor de nossas empresas valorizou 39%, contra queda de 50% na gestão Dilma.
15. Salvou a Petrobras desobrigando a de vultosos aportes ao Pré-Sal, que ela jamais conseguiria fazer, postergando o projeto.
16. Criou condições de Desestatização de tudo que não é estratégico e que o setor privado é capaz de fazer melhor. Lei 13.303
17. Demitiu centenas cargos de confiança do PT, por profissionais leais ao povo brasileiros e não ao PT.
18. Colocou em discussão a Previdência no intuito de por fim a exploração escravocrata da população jovem onde os mais velhos e espertos se aposentavam as custas da contribuição das futuras gerações.
19. Fez auditoria no Auxilio Doença e detecta 8.884 auxílios fraudulentos.
20. Tentou cortar a prática do PT de antecipar o 13 salário a aposentados em Agosto, passando para Dezembro como todo mundo. Camara vetou.
21. Proíbe a Dilma o uso de Avião Presidencial durante seu afastamento. Farra com dinheiro dos outros.
22. Amplia o ensino médio para tempo integral, como no resto mundo.
23. Cria a possibilidade de matérias optativas.
24. Cria a categoria de Ensino Médio técnico e Profissional para aqueles que não querem um Diploma Universitário inútil.
25. Revoga a Lei Rouanett que doou 9 bilhões de reais aos artistas, especialmente os que cantavam "de graça" nos comícios do Psdb e Pt .Durou 20 anos essa mamata.
26. Corta os 11 milhões por ano a 15 blogs que só defendiam descaradamente o PT e usados para atacar a democracia.
27. Corta pela metade verbas para Reforma Agrária, fonte de sustentação indireta do MST. Agricultura emprega somente 1% da população, o MST deveria lutar por Mais Serviços, que emprega 70% da população.
28. Corta a ampliação de 230 aeroportos, que beneficiariam somente os ricos e as empreiteiras, para 50.
29. Cria o Ministério de Fiscalização e Controle.
30. Obrigou o varejo a diferenciarem seus preços em "preço a vista" e "preço a prazo". Esse é o primeiro passo para finalmente nossos economistas calcularem corretamente a inflação, batalha minha de mais de 40 anos. Por 40 anos nossos Institutos calculavam a inflação usando os precos a prazo 10 x no cartào, e não os preços a vista. Vide A Absurda Superestimação da Inflação.
31. Estancou o brutal crescimento da Divida do Estado pela equipe de gênios da Dilma de 50% para 70% do PIB.
32. Estancou o irresponsável aumento dos juros da Dilma, de 11% na sua posse até 14,15 na sua demissão democrática e começou o descenso, hoje 13,90%.
33. Com a economia feita detectando 1 milhão de Bolsa Familia fraudulentas aumentou em 12% o valor do Bolsa Família.
34. Renegocia dívidas do Estado que o governo Dilma quebrou.
35. Exigiu Austeridade nos Gastos do Governo.
36. Reduziu finalmente o número de Ministérios e Ministros.
37. Voltou a financiar o FIES em R$ 1,6 bilhões, suspenso por Nelson Barbosa
38. Eliminou as despesas de 2% de comissão bancárias do FIES, doravante a serem pagas pelas Escolas. Economia de 400 milhões.
39. Reduziu dos juros para financiamento imobiliário.
40. Reduziu as alíquotas de importação de 275 tipos de máquinas e equipamentos. A sanha arrecadadora do PT que taxava até tecnologia moderna, que são essas máquinas de última geração.
41. Fim dos subsídios do Preço dos Combustíveis, maneira do PT manipular a inflação.
42. Nomeação de um gestor competente na Petrobras, Pedro ( Turn Around ) e não um Professor de Economia
43. Nomeou um gestor competente Henrique Meirelles para a Fazenda em vez de um Professor de Economia.
44. Nomeou uma gestora competente o BNDES , Maria Silva em vez de um Professor de Economia.
45. Expulsou Venezuela do Mercosul, que vetava tudo que não fosse de interesse do PT.
46. Aumentou de 60 para 120 dias o pagamento de tributos de empresas com problemas de caixa.
47. Reduziu impostos para 270.000 empresas no Super Simples.
48. Extinção do Fundo Soberano criado por Guido Mantega, que ao contrário o de Angola não tinha Auditoria Externa. O Tribunal e Contas criticou duramente "Ause?ncia de uniformidade dos ca?lculos realizados pelos servidores do FSB ao longo do tempo, bem como ause?ncia de monitoramento e confere?ncia dos ca?lculos pela hierarquia superior" isto é Mantega.
49. Redução em R$ 100 bilhões da carteira do BNDES, aumentando pelo PT para favorecer 20 famílias brasileiras com juros subsidiadas.
50. Dobrou o número de seguranças para 44.000 na Olimpíada, e liberou mais R$ 78 milhões para segurança. Lembre se o temor de terrorismo que havia enquanto Dilma era presidente.
51. Sanciona Lei que simplifica o trâmite dos processos judiciais.
52. Sanciona Lei que amplia o poder de investigações das CPIs
53. Sanciona Lei que renegocia dívida de produtor atingido pela seca.
54. Sanciona Lei que reduz impostos de médicos a partir de 2018
Herculano
31/12/2016 18:42
DINHEIRO EM CAIXA

O prefeito até hoje de Ilhota, Daniel Christian Bosi, PSD, mandou divulgar que está deixando dinheiro em caixa para o seu adversário e sucessor que toma posse amanhã, Érico de Oliveira,Dida, PMDB.

Nas contas têm R$4.167.186,56. E obrigações para pagar R$1.416.407,16.

Então Dida tem a obrigação de conferir esses números.

Já em Gaspar, Pedro celso Zuchi, PT, nada falou sobre esse assunto. Estuda-se dar os números durante a posse. Outros querem que o novo prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, vá procurá-los. Como pouco se interessou sobre esse assunto e o deixou na mão de curiosos... Acorda, Gaspar!
Herculano
31/12/2016 16:13
LITORAL 1
BOMBINHAS SEM ÁGUA, MAS COBRA TAXA DOS TURISTAS PARA DESFRUTAR DESTA IRRESPONSABILIDADE

Há cidades em Santa Catarina que dependem dos turistas. Bombinhas é uma delas. A RBS Blumenau, retratou neste sábado dia 31 de janeiro, no seu Jornal do Almoço,a perfeita cara de pau dos administradores públicos contra o seu próprio negócio e os cidadãos que os sustentam. E os empresários de lá, calados. Parecem que até concordam nesta exploração.

Durante o ano empresários e gestores públicos atraem incautos turistas. Quando eles chegam, a primeira coisa que têm que fazer, é pagar uma "taxa ambiental", nomenclatura esperta e disfarçada do imposto sobre os visitantes que chamaram, exatamente para rodar a economia local.

E a segunda coisa que o turista descobre, é que a mobilidade é difícil por lá, e apesar da taxa ambiental que pagou, logo no Centro, têm que dividir espaço com o esgoto.

Agora, neste verão, atraídos, obrigados ao imposto "ambiental que foi reajustado, terão que passar pelo constrangimento de não terem água potável para a higiene,comida e sede. É isso, mesmo. A administração municipal culpava a Casan - a inoperante do governo do Estado. Separou-se dela e montou em tal Águas de Bombinhas. Descobriu-se agora que ela não possui o principal produto para fornecer e vender, a preço caro: "águas".

Pior mesmo, é a tal executiva da empresa que por si só já transpira insegurança e inexperiência de cara na entrevista. Na maior cara de pau, diz que tomou o serviço de outrem, não se adaptou à tempo para atender a demanda que conhece e que a solução, vejam só, só virá em três anos.

Vergonhoso não pela sinceridade da mocinha, mas pela armação contra o principal produto de Bombinhas, o turismo e quem sustenta a economia do município: os turistas. E a cidade e empresários continuam convidando-os para pagar taxas, ficar preso no trânsito, dividir ambientes contaminados e morrer de sede.

O certo mesmo, seria fechar para balanço e dizer aos turistas que só daqui a três anos venham porque só lá é que o poder público terá capacidade para atende-los. Mas, a ganância de uns e a cara de pau de outros não permite. E ambos cobram ética!
Herculano
31/12/2016 15:52
LITORAL 2

Cada ano o litoral catarinense tem um tipo de frequentador. Neste ano pode-se ver que se trata de pessoas que possuem imóveis, vinda a maioria da região, as costumavam passar a maior parte das férias fora daqui

Ainda se misturam aos brasileiros, naturalmente, os do cone sul, ainda timidamente, devido à incógnita de quanto a crise econômica argentina poderá afetar este tradicional movimento.

Nos últimos dias, a ocupação maciça dos imóveis da orla, pode ser visto à noite de uma das pontas de Balneário Camboriú. As luzes dos apartamentos nos prédios são amplamente majoritárias do que nos anos anteriores
Herculano
31/12/2016 11:37
QUEM VAI DEMITIR OS COMISSIONADOS DO PT DE GASPAR?

O Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet - teve edição extra neste dia 31 de janeiro.

Esperava-se a lista dos comissionados apadrinhados do PT e de Pedro Celso Zuchi. Nada.

As exonerações, terão que ser feitas pelo novo prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, a partir de amanhã, se ele descobrir quem são, onde estão lotados e quantos deles passaram em concursos para cargos sem relevância operacional (como encanador) e administrativa, que vão aparelhar a máquina municipal.

E por falar nisso, estão falando em quarentena?Acorda, Gaspar!
Herculano
31/12/2016 11:30
O ANO DA MATURIDADE, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Foi o ano em que, em absoluto respeito à ordem constitucional, o Congresso interrompeu o mandato de Dilma Rousseff, uma presidente que, entregando-se ao mais rasteiro populismo, estava danificando seriamente a capacidade econômica do País. Para efeitos legais, o impeachment baseou-se em um punhado de decisões irregulares de Dilma, mas isso não foi obstáculo para que muitos a julgassem pelo chamado "conjunto da obra". E que obra.

O Brasil, sob Dilma, retrocedeu uma década. A indústria parou, o comércio quebrou, os empregos sumiram, o crescimento virou recessão. A inflação disparou, os juros subiram, as agências de classificação de risco rebaixaram o País e a dívida pública explodiu.

Restou a Dilma dizer-se honesta, embora isso não fosse mais do que sua obrigação. A devastação moral resumida pelos processos da Lava Jato contrastava fortemente com os protestos de inocência e pureza da presidente. De qualquer maneira, o Congresso não se comoveu com suas alegações e, antes que o País quebrasse definitivamente, retirou a presidente do cargo. Em seu lugar, assumiu oficialmente, em 31 de agosto, o vice-presidente Michel Temer, com a promessa de acabar com a irresponsabilidade que havia tomado conta do Palácio do Planalto.

Desde então, Temer tem conseguido fazer avançar uma agenda crucial para a recuperação econômica do País, deixando claro que não é possível falar em crescimento sem realizar profundas reformas. Poderia fazer mais do que fez nesses poucos meses? Certamente. Mas o fato é que governa com os recursos humanos que estavam disponíveis à época e estes ?" à exceção dos componentes da equipe econômica ?" não eram os melhores. Hoje, caminha para se tornar consenso a conclusão óbvia de que o Estado tem de caber no Orçamento, algo que já estava no espírito da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Lula da Silva, o chefão petista que ameaça se candidatar de novo à Presidência, repisa a ladainha de que é preciso "colocar o pobre de volta no Orçamento", como se isso dependesse apenas da vontade de um governante. A fragorosa derrota do PT nas eleições municipais é um excelente indicador de que tal impostura começa a perder terreno para a racionalidade econômica, o que só pode ser considerado um avanço.

Do mesmo modo, 2016 mostrou que o País não tolera mais a corrupção na administração pública, outra característica da trajetória petista no poder. Antes da Operação Lava Jato, tinha-se a impressão de que a corrupção era, para os brasileiros, uma espécie de destino. Nada neste país parecia funcionar sem que uma comissão fosse paga a algum agente público, e os cidadãos, apáticos, sentiam-se de tal modo impotentes diante de tal situação que a toleravam e a entendiam como inevitável.

Mas a Lava Jato expôs didaticamente aos pagadores de impostos como funcionavam as engrenagens da roubalheira e, mais que isso, tornou públicos os nomes e sobrenomes dos corruptos, colocando muitos deles na cadeia. A visão de um punhado de empresários e políticos que estavam entre os mais poderosos do Brasil em uniforme de penitenciária, pagando pesadas penas em razão de seus crimes, espantou uma audiência até então cética a respeito da Justiça e deu à maioria da população a certeza de que nada será como antes.

É evidente que esses notáveis progressos não são garantia de que o País esteja inexoravelmente no rumo da recuperação, muito menos de que esta, quando vier, será sólida. No terreno da luta contra a corrupção, há os exageros dos que se comportam como cruzados, atropelando os limites legais de sua atuação em nome da limpeza do País, algo que pode deslegitimar seus atos, prejudicar inocentes e favorecer os corruptos. Já no que diz respeito à restauração das contas públicas, seria ingênuo supor que a tentação populista esteja definitivamente superada. Sempre haverá os demagogos a propor soluções mágicas para os complexos problemas nacionais. Mas 2016 deu sinais de que o País parece mais preparado para enfrentá-los.
Herculano
31/12/2016 10:57
IMPOPULAR, TEMER ASSUME O PAPEL DE REFORMISTA, por Itamar Garcez, para Os Divergentes

Michel Temer é um presidente impopular. Ar blasé, ele mostra desconforto quando confrontado com esta informação.

Mas, por inteligente, sabe ser inútil brigar com a realidade. Qual seja, 12,1 milhões de desempregados. E subindo. 4,7 milhões de empresas inadimplentes. E subindo.

Nesta quinta, 29, afirmou que seu mandato "há de ser um governo reformista, um governo das reformas". Ao testar o bordão, o presidente pode estar moldando a marca de sua gestão.

Três circunstâncias facilitam esta empreitada. Primeira, como não conta com o aplauso das ruas, não precisa se preocupar (por enquanto) em perder pontos com os eleitores. Segunda, (por enquanto) o establishment rejeita demovê-lo da presidência da República.

Além disso, (por enquanto) nada de braçada no Congresso Nacional, onde o apoio às reformas é imprescindível. Temer pode estar, assim, construindo seu espólio. Reformar em pouco mais de dois anos o que seus antecessores pós-ditadura não reformaram em 30.

Legislação trabalhista, educacional, política, tributária, previdenciária, fiscal e sabe-se lá mais o quê. Certo é que ele está tentado dar um rumo para seu mandato-tampão. Em tempos de Lava-Jato e de desemprego, só não é possível apontar onde este caminho vai dar.
Herculano
31/12/2016 10:54
OPERAÇÕES "FILHOTES" DA LAVA JATO SE ESPALHAM POR SETE ESTADO

Estas são as principais manchetes dos jornais neste sábado, 31 de dezembro.

A Lava Jato está prevendo que as operações em 2017 dobrem em relação a 2016 por efeito das delações dos executivos e ex-executivos da Odebrecht, além de alcançar sete estados.

Operações filhotes, fruto do compartilhamento de informações com o Ministério Público dos estados, começaram a ser deflagradas em São Paulo, Rio, Goiás, Pernambuco, Rondônia e no Distrito Federal, mas vão se ampliar.

Essa é a manchete do jornal O Estado de S. Paulo deste sábado (31). "Lava Jato prevê operações em mais 7 Estados, em 2017". O Globo informa que a Lava Jato deve recuperar, com os acordos, R$ 10 bilhões.

Em Goiás, segundo cálculos do Tribunal de Contas da União (TCU), o valor do superfaturamento nas obras do aeroporto foi de R$ 211 milhões e a Lava Jato investiga pagamento de propina na obra.

Os novos prefeitos vão assumir num quadro de dificuldade fiscal, com queda de receita e precisando de novos cortes. A situação das cidades é o assunto que abre o noticiário da Folha de S. Paulo. "Prefeitos assumem com mais cortes e sem investir".

No Rio, o prefeito Eduardo Paes voltou atrás no aumento de ônibus, depois que o novo prefeito Marcelo Crivella criticou o reajuste. "Decisão sobre aumento de ônibus será de Crivella", diz a manchete do Globo.

As assembleias têm travado as medidas de ajustes apresentadas pelos governadores, mas o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista ao Estadão, diz que não vai sacrificar o ajuste fiscal para ajudar os estados. Segundo ele, os governadores não podem ter a ilusão de que tudo virá da ajuda federal.

A Policia do Rio acredita que a morte do embaixador grego, cujo corpo foi encontrado carbonizado na Baixada Fluminense, foi um crime passional e prendeu a viúva e um soldado da PM, amante da embaixatriz. Ela é brasileira e era casada com a vítima havia 15 anos.

Outro destaque: o governador Luiz Fernando Pezão vetou o corte de 30% aprovado pela Assembléia em seu salário.
Herculano
31/12/2016 10:45
"LULA NUNCA GOSTOU DE MIM", DIZ MARCELO ODEBRECHT A PROCURADORES. IMAGINA SE ELE GOSTASSE. O BRASIL SERIA CINZAS

Conteúdo de Veja. Texto de Bruna Narcizo. Marcelo Odebrecht decidiu atravessar o samba no segundo dia das conversas com procuradores da Lava Jato que precederam sua delação. Indagado a respeito de suas relações com o ex-presidente Lula, respondeu: "O Lula nunca gostou de mim. Quem sempre tratou de tudo com ele foram o meu pai e o Alexandrino (Alencar, diretor de relações institucionais)". A resposta não estava no roteiro que advogados da empresa haviam traçado diretamente sob a batuta de Emílio Odebrecht, o pai de Marcelo.

Por essa estratégia, Emílio seria poupado de maiores responsabilidades nos malfeitos da empresa, da mesma forma que executivos-chave como Pedro Novis, ex-presidente do conselho da Braskem. Já Marcelo tomaria para si a parte mais pesada da culpa. Isso permitiria que mais executivos se mantivessem em seus cargos e continuassem tocando a empresa. Em outras palavras, Marcelo seria o cordeiro do sacrifício cujo sangue irrigaria o império presente em 26 países e responsável por um faturamento de 125 bilhões de reais em 2015 (a Odebrecht é a maior construtora do Brasil e a 13ª do mundo). Ocorre que o príncipe dos empreiteiros começou a achar que a conta estava salgada demais para ele.

Naquele dia em que disse não ser próximo de Lula e apontou o dedo para o próprio pai, Marcelo implodiu de uma vez as pontes que ainda o ligavam à empresa. Aos gritos, desafiou os advogados Theo Dias e Adriano Maia ?" o primeiro, contratado pela Odebrecht, e o segundo, diretor jurídico da empreiteira. Ambos participavam da conversa com os investigadores, juntamente com a irmã de Marcelo, Mônica, e o também advogado Luciano Feldens ?" contratado pessoalmente por Marcelo depois que ele passou a achar que estava sendo prejudicado na divisão da culpa. A rebeldia do primogênito da família não apenas selou o seu distanciamento da Odebrecht como também deixou claro que a relação com Emílio, seu pai, que sempre havia sido turbulenta, chegava ao seu pior momento.
Herculano
31/12/2016 10:37
CÂMARAS TÊM PT DESIDRATADO, RECORDE DE PARTIDOS E SUB-REPRESENTAÇÃO DE MULHERES E NEGROS

Conteúdo do Congresso em Foco. Texto de Edson Sardinha.
Petistas reduzidos quase à metade, número recorde de partidos, mulheres e negros sub-representados. Esse é o perfil básico das novas câmaras municipais em todo o Brasil. Embora sejam 52% do eleitorado do país, as vereadoras vão ocupar apenas 13,5% das cadeiras dos legislativos municipais a partir de 2017. Mesmo sendo 7,6% dos eleitores, somente 5% dos legisladores das cidades se autodeclararam negros ao registrar a candidatura. Depois de perder a Presidência da República, com o impeachment de Dilma, e de sofrer sua maior derrota eleitoral na disputa pelas prefeituras, o PT também desidratou nas câmaras municipais. Voltou ao patamar do ano 2000, a última eleição antes de a sigla chegar ao Palácio do Planalto. Terceiro partido em número de vereadores em 2012, com 5.067 eleitos, sua bancada despencou para a 10ª colocação, com apenas 2.795 titulares ?" queda de 45%.

Apesar de ter perdido para o PSDB a prefeitura da maior cidade brasileira, o PT emplacou o ex-senador Eduardo Suplicy (PT) como o vereador mais votado da história do país, com 301.446 votos, e evitou a sangria de sua bancada na Câmara Municipal de São Paulo. Caiu de dez para nove representantes na Casa, número que ainda lhe garante a dianteira na oposição ao novo prefeito João Doria. Apenas o PSDB, com 11, elegeu mais vereadores na cidade. Com os aliados, Doria deve formar maioria parlamentar. Além dele, pelo menos outros 13 prefeitos começarão o mandato com base suficiente para aprovar propostas de seu interesse. Outros sete devem enfrentar uma oposição mais numerosa. Nos demais casos, a situação é indefinida, podendo pender para um lado ou outro devido ao grande número dos autodeclarados independentes.

Pulverização partidária

Comemoradas por seus adversários, que viram nelas consequência do desgaste nacional do partido, as baixas do PT não foram ocupadas por nenhuma legenda em especial. O que houve foi uma pulverização. Todas as 33 siglas que lançaram candidatos em 2016 conquistaram ao menos uma cadeira. Nunca tantos partidos elegeram tantos vereadores (apenas o PCO e o PSTU não serão representados). Os votos perdidos pelo PT ajudaram a dar musculatura a siglas médias e pequenas. Entre as principais agremiações, apenas o PSDB registrou crescimento. Ainda assim, foi de apenas 4,1%. Saltou de 5.146 para 5.355 eleitos.

O PMDB, do presidente Michel Temer, segue no topo das legendas com mais cadeiras nos legislativos municipais, a exemplo do que ocorre no Congresso. Ainda assim, terá 3,5% menos vereadores na nova legislatura, em comparação com a iniciada há quatro anos (7.551, em 2016, ante 7.825, em 2012). Entre os partidos que fazem oposição a Temer, o PDT foi o único que aumentou sua bancada (5,4%). Os governistas PTB e DEM também viram suas representações minguarem (recuo de 12,7% e 9,7%, respectivamente).

Mesmo com a reserva de 30% das vagas para um dos sexos (na prática, uma cota para as mulheres), a representação feminina ficou bem aquém da realidade do eleitorado nacional. Grande parte das candidatas foi registrada pelos partidos apenas para o preenchimento da cota. Muitas das que conseguiram levar adiante suas candidaturas esbarraram em velhos problemas, como falta de recursos e pouco tempo no horário eleitoral gratuito. As mulheres vão ocupar apenas 13,5% das vagas nos parlamentos municipais, praticamente o mesmo índice registrado há quatro anos (13,3%). Entre as eleitas está a campeã de votos em Belo Horizonte, a cientista política negra Áurea Carolina (Psol).

As câmaras municipais de Natal, com 28% de vereadoras, de Curitiba, com 21%, e de São Paulo, com 20%, são as que terão maior representação feminina, proporcionalmente. Em Cuiabá, nenhuma mulher se elegeu. Em cinco capitais, as mulheres vão ocupar menos de 10% das cadeiras: Belém, Aracaju, Vitória, Campo Grande e Florianópolis.

Na primeira eleição municipal em que os candidatos tiveram de declarar sua cor, os autodeclarados brancos predominaram, com 57,1% das vagas nas câmaras municipais. Logo depois aparecem os pardos, com 37%. Os negros ficaram com apenas 5% das cadeiras, os amarelos com 0,5% e os indígenas, com 0,2%. A maior parte dos vereadores tem menos de 50 anos. Ao todo, 117 têm 18 ou 19 anos. Outros 4.197 estão na faixa de 20 a 29 anos. Quase 16 mil informaram ter entre 30 e 39, ao passo que quase 20 mil declararam ter entre 40 e 49 anos.

Veja mais curiosidades sobre os novos vereadores:

Variação no número de vereadores, por partido, de 2012 para 2016:

PMDB
2016 7.551 (-3,5%)
2012 7.825

PSDB
2016 5.355 (4,1%)
2012 5.146

PP
2016 4.730 (-2,3%)
2012 4.840

PSD
2016 4.623 (1,2%)
2012 4.570

PDT
2016 3.756 (5,4%)
2012 3.563

PSB
2016 3.625 (4%)
2012 3.042

PTB
2016 3.042 (-12,7%)
2012 3.484

PR
2016 3.024 (-2,8%)
2012 3.110

DEM
2016 2.898 (-9,7%)
2012 3.209

PT
2016 2.795 (-44,8%)
2012 5.067

Situação dos prefeitos nas câmaras municipais das capitais:

Aracaju
Edvaldo Nogueira (PCdoB)
Base aliada 8
Oposição 14
Independentes ou indefinidos 2

Belém
Zenaldo Coutinho (PSDB)
Base aliada 18
Oposição 12
Independentes ou indefinidos 5

Belo Horizonte
Alexandre Kalil (PHS)
Base aliada 14
Oposição 16
Independentes ou indefinidos 11

Boa Vista
Teresa Surita (PMDB)
Base aliada 8
Oposição 13

Campo Grande
Marquinhos Trad (PSD)
Base aliada 8
Oposição 17
Independentes ou indefinidos 4

Cuiabá
Emanuel Pinheiro (PMDB)
Base aliada 11
Oposição 14

Curitiba
Rafael Greca (PMN)
Base aliada 20
Oposição 9
Independentes ou indefinidos 9

Florianópolis
Gean Loureiro (PMDB)
Base aliada 12
Oposição 5
Independentes ou indefinidos 6

Fortaleza
Roberto Cláudio (PDT)
Base aliada 31
Oposição 10
Independentes ou indefinidos 2

Goiânia
Iris Rezende (PMDB)
Base aliada 16
Oposição 19

João Pessoa
Luciano Cartaxo (PSD)
Base aliada 16
Oposição 11

Macapá
Clécio Luís (Rede)
Base aliada 10
Oposição 13

Maceió
Rui Palmeira (PSDB)
Base aliada 13
Oposição 7
Independente ou indefinido 1

Manaus
Arthur Neto (PSDB)
Base aliada 19
Oposição 18
Independentes ou indefinidos 5

Natal
Carlos Eduardo (PDT)
Base aliada 11
Oposição 3
Independentes ou indefinidos 14

Palmas
Amastha (PSB)
Base aliada 8
Oposição 6
Independentes ou indefinidos 5

Porto Alegre
Nelson Marchezan Jr (PSDB)
Base aliada 11
Oposição 7
Independentes ou indefinidos 18

Porto Velho
Dr. Hildon (PSDB)
Base aliada 4
Oposição 17

Recife
Geraldo Julio (PSB)
Base aliada 31
Oposição 6
Independentes ou indefinidos 2

Rio Branco

Marcus Alexandre (PT)
Base aliada 12
Oposição 5

Rio de Janeiro
Marcelo Crivella (PRB)
Base aliada 36
Oposição 8
Independentes ou indefinidos 8

Salvador
ACM Neto (DEM)
Base aliada 30
Oposição 10
Independentes ou indefinidos 3

São Luís
Edivaldo Holanda Jr (PDT)
Base aliada 24
Oposição 7

São Paulo
João Doria (PSDB)
Base aliada 34
Oposição 11
Independentes ou indefinidos 10

Teresina
Firmino Filho (PSDB)
Base aliada 22
Oposição 3
Independentes ou indefinidos 4

Vitória
Luciano (PPS)
Base aliada 11
Oposição 3
Independente ou indefinido 1

* Números baseados nas coligações da eleição. É possível ter havido mudança, em alguns municípios, com base em negociação de lá para cá.

Presença das mulheres nas câmaras municipais das capitais, por ordem de participação:

Natal
72% homens
28% mulheres

Curitiba
79% homens
21% mulheres

São Paulo
80% homens
20% mulheres

Maceió
81% homens
19% mulheres

Salvador
81% homens
19% mulheres

Porto Velho
81% homens
19% mulheres

Recife
85% homens
15% mulheres

Fortaleza
86% homens
14% mulheres

Goiânia
86% homens
14% mulheres

Rio de Janeiro
86% homens
14% mulheres

Boa Vista
86% homens
14% mulheres

Macapá
87% homens
13% mulheres

Rio Branco
88% homens
12% mulheres

João Pessoa
89% homens
11% mulheres

Porto Alegre
89% homens
11% mulheres

Palmas
89% homens
11% mulheres

Manaus
90% homens
10% mulheres

São Luís
90% homens
10% mulheres

Belo Horizonte
90% homens
10% mulheres

Teresina
90% homens
10% mulheres

Belém
91% homens
9% mulheres

Aracaju
92% homens
8% mulheres

Vitória
93% homens
7% mulheres

Campo Grande
93% homens
7% mulheres

Florianópolis
96% homens
4% mulheres

Cuiabá
100% homens
0% mulheres

Vereadores eleitos, por cor autodeclarada:

Brancos ?" 57,1% (população brasileira 47,7%)
Pardos ?" 37% (população brasileira 43,1%)
Pretos ?" 5% (população brasileira 7,6%)
Amarelos ?" 0,5% (população brasileira 1,1%)
Indígenas ?" 0,3% (população brasileira 0,4%)

Composição das câmaras municipais, por sexo:
Homens ?" 50.027 (86,5%)
Mulheres ?" 7.820 mulheres (13,5%)

Vereadores eleitos, por faixa etária:

18 e 19 anos ?" 117
20 a 29 ?" 4.197
30 a 39 anos ?" 15.777
40 a 49 anos ?" 19.873
50 a 59 anos ?" 13.468
60 a 69 anos ?" 3.921
70 a 79 anos ?" 452
Mais de 80 anos ?" 33

Ocupações mais comuns declaradas pelos vereadores:

Vereador ?" 12.162(37,6%)
Outros ?" 5.886(18,2%)
Agricultor ?" 5.790(17,9%)
Servidor público municipal ?" 4.944(15,3%)
Comerciante ?" 3.536 (10,9%)

Campeões de votos

Vereadores mais votados do país

1. Eduardo Suplicy (PT) (São Paulo) ?" 301.446 (5,62%)
2. Milton Leite (DEM) (São Paulo) ?" 107.957 (2,01%)
3. Carlos Bolsonaro (PSC) (Rio de Janeiro) ?" 106.657 (3,65%)
4. Tarcísio Motta (Psol) (Rio de Janeiro) ?" 90.473 (3,10%)
5. Tripoli (PV) (São Paulo) ?" 88.843 (1,66%)
6. Conte Lopes (PP) (São Paulo) ?" 80.052 (1,49%)
7. Mario Covas Neto (PSDB) (São Paulo) ?" 75.593 (1,41%)
8. Cesar Maia (DEM) (Rio de Janeiro) ?" 71.468 (2,45%)
9. Eduardo Tuma (PSDB) (São Paulo) ?" 70.273 (1,31%)
10. Adilson Amadeu (PTB) (São Paulo)- 67.071 (1,25%)

Vereadores com maior % de votos em capitais
1. Lobão (PR) (Maceió) ?" 24.969 (6,01%)
2. Jorge Kajuru (PRP) (Goiás) ?" 37.796 (5,65%)
3. Eduardo Suplicy (PT) (São Paulo) ?" 301.446 (5,62%)
4. Pedrão (PP) (Florianópolis) ?" 11.197 (4,63%)
5. Fabrício Gandini (PPS) (Vitória) ?" 7.611 ?" (4,21%)
6. Carlos Bolsonaro (PSC) (Rio de Janeiro) ?" 106.657 (3,65%)
7. Tereza Nelma (PSDB) (Maceió) ?" 14.991 ?" (3,61%)
8. Denninho (PPS) (Vitória) ?" 6.167 ?" (3,41%)
9. Iran Barbosa (PT) (Aracaju) ?" 8.809 ?" (3,18%)
10. Tarcísio Motta (Psol) (Rio de Janeiro) ?" 90.473 (3,10%)

Os eleitos menos votados

Italo Ciba (PTdoB) ?" eleito com 0,21% dos votos válidos no Rio de Janeiro (ele recebeu 6.023 votos, ao todo).
Tibira (PRB) ?" eleito com 32 votos em Borá (SP), segundo menor colégio eleitoral do país, com 1.214 eleitores.
Herculano
31/12/2016 07:43
CRIME NO METRO MOSTRA RETROCESSO NO PAÍS QUE CELEBRA A LAVA JATO, por Leandro Colon para o jornal Folha de S. Paulo

Há sinais de evolução em um país que coloca políticos corruptos na cadeia e de retrocesso, numa escala muito maior, em episódios como o que matou o ambulante Luiz Carlos Ruas.

Não deixa de impressionar a forma com que convivemos com a barbárie. Protestamos por um tempo e, de certo modo, a vida segue.

É tenebrosa a cena da morte de Ruas, a mais impactante da última semana de 2016. Caído no chão, ele recebe socos de um homem. Um primo do agressor pisa em sua cabeça.

O homicídio ocorreu no dia de Natal numa estação de metrô de São Paulo e foi gravado pelas câmeras do local. Durante o ano que passou, muitos Ruas podem ter morrido de forma semelhante, provavelmente sem registros de imagens.

A gravação feita no metrô choca pela crueldade e também pela ausência de segurança da estação e de solidariedade dos que assistiam ao espancamento ?"o vídeo ao menos facilitou a identificação e a prisão dos dois suspeitos dias depois.

A família do ambulante morto não tem o que comemorar na noite deste sábado (31), assim como os parentes de Jonathan Moreira Ferreira, Cesar Augusto Gomes Silva, Caíque Henrique Machado Silva, Robson Fernando Donato de Paula e Jones Ferreira Januário.

Os cinco moradores da periferia foram encontrados mortos em novembro, vítimas de uma chacina em Mogi das Cruzes. Só uma pessoa foi denunciada até agora pelo crime.

É um guarda-civil que confessou ter armado emboscada e negou envolvimento na morte dos jovens.

Um ex-governador do Rio, dois ex-ministros da Casa Civil e um ex-presidente da Câmara, todos figurões acusados na Lava Jato de integrar um esquema de corrupção, passarão a virada do ano numa cela.

Mas não faz muito sentido celebrar com efusão a punição de quem desvia verba pública se falhamos em proteger aqueles que deveriam ser os mais beneficiados por ela.
Herculano
31/12/2016 07:34
da série: o relator na Câmara que por duas vezes tirou as contrapartidas para as dívidas dos estados e distribuí-las para todos os brasileiros, Esperidião Amim Helou Filho, PP, diz que faria um governo igual a Raimundo Colombo, PSD, o que mais endividou o estado. Tudo a ver. Como se vê é preciso mudar os parasitas dos pesados impostos dos catarinenses.Eleições já.

A APROXIMAÇÃO DE EXPERIDIÃO AMIM E RAIMUNDO COLOMBO, por Upiara Boschi, no Jornal de Santa Catarina, Blumenau.

Na última quinta-feira, o deputado federal Esperidião Amin (PP) deu uma resposta interessante a um irônico questionamento do apresentador Renato Igor no programa Conversas Cruzadas. Falava-se da adesão do PP ao secretariado do governador Raimundo Colombo (PSD), onde Valmir Comin (PP) fará companhia a rivais históricos do PMDB e o jornalista quis saber se era muito difícil ser oposição.

- Não é difícil ser oposição, porque os governos erram muito. Mas é difícil ser oposição a um governo tão parecido com o que você faria - disse Amin, em referência à administração de Colombo.

A relação entre Amin e Colombo é antiga. O deputado gosta de lembrar da origem política do lageano no PDS, atual PP, onde chegou a ser presidente da juventude estadual. Colombo foi secretário de Assistência Social quando Amin assumiu o governo pela primeira vez em 1983. Mesmo longeva - talvez por isso - é uma relação de altos, baixos e desconfianças. Em pelo menos duas vezes em sua caminhada política, o atual governador se sentiu deixado na mão. Em 1994, Colombo seria o vice de Amin ao governo quando ele desistiu da disputa para entrar na corrida pela presidência da República. O lageano teve que improvisar uma candidatura a deputado federal em que terminou como suplente. Em 2006, Colombo havia renunciado à prefeitura de Lages para concorrer ao governo pelo PFL e aguardava uma posição de Amin sobre apoiá-lo. O pepista esticou a conversa até o limite sem posicionar-se e Colombo acabou aceitando a carona de Luiz Henrique (PMDB) que o guindou ao Senado.

Por esse histórico é que a declaração de Amin no Conversas Cruzadas seja tão emblemática neste momento de aproximação que vivem os dois personagens - muito em função do longo processo de renegociação das dívidas dos Estados. O governador catarinense foi um dos protagonistas da discussão, especialmente por ter judicializado o debate. Amin relatou o projeto na Câmara dos Deputados e foi o principal aliado parlamentar da causa aprovada em plenário em 20 de dezembro. No dia seguinte, ele foi recebido na Casa d¿Agronômica. Era aniversário de Amin, que ganhou um vinho de Colombo. No Conversas Cruzadas, perguntei ao pepista se o projeto do partido para 2018 estava atrelado ao do PSD, especialmente à pré-candidatura de Gelson Merisio. Ele rejeitou a palavra "atrelado", preferiu "aproximado", e disse que o PP quer ter candidato a governador, mas que não vai deixar de conversar com o aliado. Sobre a frase de Merisio de que o modelo da aliança entre PSD e PMDB está esgotado, Amin não titubeou:
-?" Nessa frase você pode dizer que eu estou atreladíssimo - afirmou, aos risos
Herculano
31/12/2016 07:25
OS POLÍTICOS SÃO IRRESPONSÁVEIS AO EXTREMO, ATÉ NA HORA DE PASSAR AS CONTAS DA SUA INCOMPETÊNCIA PARA O POVO.PAES DESISTE DE AUMENTO E DECISÃO FICA PARA CRIVELLA. PEEMEDEBISTA PREOCUPOU-SE COM DESGASTE DE MEDIDA IMPOPULAR

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Daniela Amorim, da sucursal do Rio de Janeiro. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), desistiu de publicar o aumento nas passagens de ônibus municipais na cidade. A tarifa permanecerá em R$ 3,80 até que o prefeito eleito Marcelo Crivella (PRB) decida sobre o reajuste. Paes recuou da decisão ante a possibilidade de o novo prefeito, assim que assumisse o cargo, neste domingo, revogasse o aumento. Isso deixaria para o peemedebista o desgaste da medida impopular.

A Secretaria Municipal de Transportes divulgou nota explicando que a decisão foi tomada após declarações do vice-prefeito eleito e futuro secretário de Transportes, Fernando Mac Dowell, que é engenheiro e especialista em transportes, manifestando-se contra o reajuste anual da tarifa das passagens de ônibus na cidade.

"Tendo em vista as manifestações do vice-prefeito eleito contra o reajuste anual da tarifa das passagens de ônibus da cidade do Rio, uma obrigação estabelecida no contrato de concessão, a Secretaria Municipal de Transportes decidiu não publicar a resolução de mudança do valor", diz a nota da Secretaria.

De acordo com a fórmula usada para o cálculo do reajuste, a tarifa do Bilhete Único Carioca aumentaria para R$ 3,95 a partir do primeiro dia útil de 2017, em 2 de janeiro. A elevação seria de 3,9%, "valor bem abaixo da inflação, de 6,58%, acumulada nos últimos 12 meses", segundo a secretaria. O cálculo leva em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ?" Especial (IPCA-E), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Herculano
31/12/2016 07:13
2016, O ANO QUE PARECIA SE RECUSAR A TERMINAR, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O ano de 2016 poderia ter sido marcado apenas pelo impeachment de Dilma Rousseff, o segundo no Brasil, pela surpresa de Donald Trump nos Estados Unidos ou até mesmo pelo Brexit, o referendo que selou a saída da Grã-Bretanha da União Européia. Mas 2016 leva o prêmio de ano mais longo do milênio. Crises políticas, depressão econômica e grandes tragédias... Afe, o ano parecia não acabar. Mas a tradicional premiação de 31 de dezembro, desta coluna, nada deixa por menos.

PRÊMIO ?"LEO DE PEROBA
Réu cinco vezes (por enquanto) por escândalos de corrupção que lhe podem render mais de um século de cadeia, Lula ganha o prêmio ?"leo de Peroba ao afirmar que não existe brasileiro mais honesto que ele.

CAVEIRÃO DE LATA
Vai para o ex-governador Sérgio Cabral, preso por chefiar o mais deslavado esquema de corrupção da história do Rio de Janeiro.

TROFÉU DOCE ILUSÃO
Vai para Dilma e seus poucos apoiadores nas redes sociais, que ainda choram o impeachment derramado e proclamam o "golpe" que não houve contra um governo corrupto e incompetente.

SAMAMBAIA DE PLÁSTICO
O troféu é novamente de Marina Silva, que parecia oposição, mas subiu no muro, na questão do impeachment, e acabou murchando diante da opinião pública.

O ROUBO DO SÉCULO
Quando Ronald Biggs e comparsas assaltaram o trem pagador, no "roubo do século", mal sabiam que era tudo brincadeira de criança. Não se conhecia a turma de Lula e Dilma, que, entre saques criminosos e prejuízos, golpearam a Petrobras em mais de R$ 61 bilhões.

'QUE ÁGUA TINHA NAQUELE COPO?'
O prêmio é de Ciro Gomes, que em 2010 proclamava José Serra como "mais preparado que Dilma", virou defensor da presidente cujo governo é hoje considerado o mais incompetente e corrupto da História.

OURO DE TOLO
A medalha é de Sérgio Cabral e ninguém tasca, que fez 264 farras no exterior com a mulher sem se dar conta de que logo entregaria os anéis, os dedos e os pulsos para as algemas da Policia Federal.

FANFARRÃO 2016
Donald Trump, o bilionário campeão de sandices, que falou o que quis durante um ano e meio, e ainda assim foi eleito presidente dos EUA.

PRÊMIO MARIA ANTONIETA
Vai para o aumento autoconcedido pelos vereadores de São Paulo e de várias outras cidades, de norte a sul de um Pais em crise, com 12 milhões de desempregados.

A INVESTIGAÇÃO DO SÉCULO
A Operação Lava Jato superou a ação italiana Mãos Limpas como a mais impactante operação jurídica-policial anticorrupção da História. Vai até virar filme.

PERGUNTADOR DO ANO
O inglês Mehdi Hasan, da TV Al Jazeera, veio ao Brasil ensinar como se comportar numa entrevista com políticos. Diante de Dilma, ele fez a pergunta que se recusava a calar: no roubo bilionário na Petrobras, ela foi cúmplice ou incompetente?

POR MUITO POUCO
O Petrolão rivaliza no ranking dos maiores e mais caros escândalos de corrupção do mundo com o ucraniano que "vendeu" o próprio País. Foi por pouco.

NANICO DO ANO
Gigante na produção do maior escândalo de corrupção da História, o PT encerra 2016 em 10º lugar entre os principais partidos brasileiros.

JÁ VAI TARDE
Dilma Rousseff e o ex-jogador Dunga dividem, com todos os méritos, o Prêmio "Já Vai Tarde": saíram de suas funções sem deixar saudades.

CORONÉ SARUÊ DE BARRO
O troféu foi conquistado, com mérito, pelo senador Renan Calheiros, que, réu em um processo e investigado em outros 12, reagiu com ameaças à Justiça, à polícia e aos procuradores.

MALANDRO CARIOCA
A medalha vai para Rodrigo Maia (DEM): conseguiu ser eleito presidente da Câmara dos Deputados com apoio até do PT. E, depois de prometer que não tentaria, luta desesperadamente pela reeleição.

TRIO TREMENDÃO
O trio de "T's" que mais teve sucessos este ano é: Tite, Temer, Trump. Cada um surpreendeu em sua área e triunfou em suas batalhas. Bem diferente da dupla Dilma-Dunga, que só deu vexame.
Herculano
31/12/2016 07:10
TRUMP É FRUTO INESPERADO DOS DESVIOS DOS LIBERAIS AMERICANOS, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, no jornal Folha de S. Paulo

"Um liberal não passa de um fascista em férias." O Ênio, um pitoresco colega de faculdade, acreditava mesmo na sua boutade, cunhada há 40 anos. Lembrei dele, e dela, nesses dias de "transição trumpiana". Nos EUA, usa-se a palavra "conservador" para o que chamamos "liberal" (pois, por lá, "liberal" é algo mais ou menos próximo de um social-democrata). Os liberais ("conservadores") americanos saltam às dúzias no barco de Trump, ainda que subsistam bolsões de resistência, como McCain e os Bush, no establishment republicano, e a revista Commentary, na franja ideológica do movimento conservador. A adesão em massa indica que o maior derrotado no 9/11 não foi o Partido Democrata, mas o pensamento liberal americano.

Trump obviamente não é um fascista (mesmo Marine Le Pen não o é), porém representa o que de mais próximo do fascismo foi produzido pela história americana. O presidente eleito está tão distante do credo liberal quanto a Lua da Terra. O conflito estende-se pelos domínios da política, da cultura e da economia. Trump é nacionalista; os liberais, internacionalistas. Trump é nativista; os liberais, cosmopolitas. Trump é protecionista; os liberais, livre-cambistas.

Que liberais são esses dispostos a abraçar um líder que promete destruir os acordos de livre comércio dos EUA e cercar a economia do país com uma muralha chinesa de taxas aduaneiras? Com que cara admitem a hipótese de expulsão de 11 milhões de imigrantes, cujo pressuposto seria a edificação de uma máquina estatal de deportação de natureza totalitária? Seduzidos por Trump, os liberais americanos já estão prontos para seguir seu improvável líder, cortejando antiliberais como o britânico Farage, a francesa Le Pen e o russo Putin?

Nos anos Obama, sob a inspiração dos radicais do Tea Party, os republicanos começaram a fazer experiências antiliberais, divertindo-se no pátio do nativismo e da xenofobia. Trump não é um raio no céu claro, mas um fruto inesperado desses desvios. Contudo, seu triunfo tem consequências: o partido dos liberais foi sequestrado pela "alt-right", uma sombria "direita alternativa" que singra nas águas do neonacionalismo e do populismo econômico. Os liberais americanos sempre alertaram para o perigo do abuso de poder estatal; hoje, silenciam diante da tragédia de Aleppo. Esses liberais sempre pregaram o equilíbrio fiscal; hoje, adulam o magnata dos negócios suspeitos que anuncia uma torrente de gastos públicos e a expansão descontrolada dos deficits orçamentários. Para ganhar acesso à Casa Branca, deixam na porta a bagagem de suas crenças.

Os nomeados de Trump, um círculo de extremistas antiliberais, dão uma ideia dos rumos de seu governo. Steve Bannon, estrategista-chefe, é o editor do Breitbart News, o site oficioso da "alt-right", navegado por supremacistas brancos e repleto de proclamações islamofóbicas. Mike Flynt, assessor de Segurança Nacional, é o general aposentado que sentou-se ao lado de Putin, em Moscou, depois de proferir um discurso no qual pediu a prisão de Hillary Clinton e qualificou Obama como um "mentiroso". David Friedman, embaixador em Israel, é um fervente adversário da partição da Palestina em dois Estados, a linha política oficial, compartilhada por democratas e republicanos, cuja fonte encontra-se no princípio da autodeterminação dos povos. Wilbur Ross, secretário de Comércio, é o autor da frase "livre comércio é como almoço grátis; não existe almoço grátis".

Na campanha, Trump pregou o uso da tortura contra suspeitos e terrorismo e, depois de eleito, sugeriu casualmente que o assassinato de familiares de terroristas seria uma tática adequada na "guerra ao terror". Não concordei, e ainda não concordo, com o Ênio do passado distante. Mas os liberais americanos ?"e uns tolos brasileiros que os mimetizam?" empenham-se em dar-lhe razão
Herculano
31/12/2016 07:06
retrospectiva

SOBRAL PINTO PULVERIZA A CONVERSA FIADA DOS BACHARÉIS DO PETROLÃO, por Augusto Nunes, de Veja

Os mentores do manifesto dos advogados a favor da bandidagem do Petrolão deveriam ter promovido a primeiro signatário, in memoriam, o mestre Márcio Thomaz Bastos, morto em novembro de 2014. Todos sempre foram discípulos do jurista que transformou o gabinete de ministro da Justiça em fábrica de truques concebidos para eternizar a impunidade dos quadrilheiros do Mensalão. Todos são devotos do criminalista que, desde que o freguês topasse pagar os honorários cobrados em dólares por hora trabalhada, enxergava filhos extremosos até em parricidas juramentados.

Coerentemente, o manifesto dos bacharéis, na forma e no conteúdo, é uma sequência de exumações da fórmula aperfeiçoada por Márcio para defender o indefensável. À falta de munição jurídica, seu tresoitão retórico alvejava a verdade com tapeações, falácias e chicanas. Em artigos, entrevistas ou discurseiras, ele primeiro descrevia o calvário imposto a outro cidadão sem culpas por policiais perversos, promotores desalmados e juízes sem coração. Depois, fazia o diabo para absolver culpados e condenar à execração perpétua os defensores da lei. Foi o que fizeram os parteiros do manifesto abjeto.

Os pupilos hoje liderados por um codinome famoso - Kakay - certamente guardam cópias do texto do mestre publicado na Folha em junho de 2012. "Serei eu o juiz do meu cliente?", perguntou Márcio no título do artigo que clamava pela imediata libertação do cliente Carlinhos Cachoeira (" Carlos Augusto Ramos, chamado de Cachoeira", corrigiu o autor). "Não o conhecia, embora tivesse ouvido falar dele", explicou. Ouviu o suficiente para cobrar R$15 milhões pela missão de garantir que o superbandido da vez envelhecesse em liberdade.

A pergunta do título foi reiterada no quinto parágrafo: "Serei eu o juiz do meu cliente?" Resposta: "Por princípio, creio que não. Sou advogado constituído num processo criminal. Como tantos, procuro defender com lealdade e vigor quem confiou a mim tal responsabilidade". Conversa fiada, ensinara já em outubro de 1944 o grande Heráclito Fontoura Sobral Pinto, num trecho da carta endereçada ao amigo Augusto Frederico Schimidt e reproduzida pela coluna. Confira:

"O primeiro e mais fundamental dever do advogado é ser o juiz inicial da causa que lhe levam para patrocinar. Incumbe-lhe, antes de tudo, examinar minuciosamente a hipótese para ver se ela é realmente defensável em face dos preceitos da justiça. Só depois de que eu me convenço de que a justiça está com a parte que me procura é que me ponho à sua disposição".

"Não há exagero na velha máxima: o acusado é sempre um oprimido", derramou-se Márcio poucas linhas depois. "Ao zelar pela independência da defesa técnica, cumprimos não só um dever de consciência, mas princípios que garantem a dignidade do ser humano no processo. Assim nos mantemos fiéis aos valores que, ao longo da vida, professamos defender. Cremos ser a melhor maneira de servir ao povo brasileiro e à Constituição livre e democrática de nosso país".

Com quase 70 anos de antecedência, sem imaginar como seria o Brasil da segunda década do século seguinte, Sobral Pinto desmoralizou esse blá-blá-blá de porta de delegacia com um parágrafo que coloca em frangalhos também a choradeira dos marcistas voluntariamente reduzidos a carpideiras de corruptos confessos. A continuação da aula ministrada por Sobral pulveriza a vigarice:

"A advocacia não se destina à defesa de quaisquer interesses. Não basta a amizade ou honorários de vulto para que um advogado se sinta justificado diante de sua consciência pelo patrocínio de uma causa. O advogado não é, assim, um técnico às ordens desta ou daquela pessoa que se dispõe a comparecer à Justiça. O advogado é, necessariamente, uma consciência escrupulosa ao serviço tão só dos interesses da justiça, incumbindo-lhe, por isto, aconselhar àquelas partes que o procuram a que não discutam aqueles casos nos quais não lhes assiste nenhuma razão".

"A pródiga história brasileira dos abusos de poder jamais conheceu publicidade tão opressiva", fantasiou o artigo na Folha. "Aconteceu o mais amplo e sistemático vazamento de escutas confidenciais. (?) Estranhamente, a violação de sigilo não causou indignação. (?) Trocou-se o valor constitucional da presunção de inocência pela intolerância do apedrejamento moral. Dia após dia, apareceram diálogos descontextualizados, compondo um quadro que lançou Carlos Augusto na fogueira do ódio generalizado".

Muitos momentos do manifesto que parecem psicografados por Márcio. Onde o mestre viu fogueiras do ódio, os discípulos enxergaram uma Inquisição à brasileira. Como o autor do artigo da Folha, os redatores do documento se proclamam grávidos de indignação com "o menoscabo à presunção de inocência (?), o vazamento seletivo de documentos e informações sigilosas, a sonegação de documentos às defesas dos acusados, a execração pública dos réus e a violação às prerrogativas da advocacia.

Sempre que Márcio Thomaz Bastos triunfava num tribunal, a Justiça sofria mais um desmaio, a verdade morria outra vez, gente com culpa no cartório escapava da cadeia, crescia a multidão de brasileiros convencidos de que aqui o crime compensa e batia a sensação de que lutar pela aplicação rigorosa das normas legais é a luta mais vã. A Lava Jato vem mostrando ao país, quase diariamente, que ninguém mais deve imaginar-se acima da lei.

Neste começo de 2016, todo gatuno corre o risco de descobrir como é a vida na cadeia. O juiz Sérgio Moro, a força-tarefa de procuradores e os policiais federais engajados na operação desafiaram a arrogância dos poderosos inimputáveis ?"? e venceram. O balanço da Lava Jato divulgado em dezembro atesta que, embora a ofensiva contra os corruptos da casa-grande esteja longe do fim, o Brasil mudou. E mudou para sempre.

Todo réu, insista-se, tem direito a um advogado de defesa. Mas doutor nenhum tem o direito de mentir para livrar o acusado que contratou seus serviços de ser punido por crimes que comprovadamente cometeu. O advogado é o juiz inicial da causa. Não pode agir como comparsa de cliente bandido.
Herculano
31/12/2016 07:02
da série: o PT e a esquerda do atraso só desejam o poder e para sempre, nada importando com os roubos bilionários que fazem dos pesados impostos dos contribuintes, dos milhões de desempregados que geram, da inflação que elevam, dos melhores de empregos que criam para as suas gangues todos pagos com impostos dos outros, que os pobres morram na fila do SUS, que não se tenha segurança, que as pessoas sofram no conceito muito particular de democracia onde no mundo do PT e da esquerda, a Justiça, a Promotoria, a Polícia, os parlamentos devem estar a serviço da organização criminosa e contra os adversários se não se converterem por medo ou necessidade ao esquema deles.

FICA, 2016, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no jornal Folha de S. Paulo

Não adianta apagar o ano e rumar o mais rápido possível para 2017, como se fugir para a frente ajudasse em algo. Ao contrário, é preciso fixar na memória que em 2016, numa grave decisão contrária à democracia brasileira, o Congresso Nacional derrubou a presidente da República legitimamente eleita e que não cometeu crime de responsabilidade.

Que profundas consequências advirão do golpe parlamentar ainda não podemos saber, mas devemos, desde já, investigar como e por que ele se deu. Lembro que 2016 começou com o impeachment politicamente morto. Ficara claro que Eduardo Cunha dera curso ao processo porque o PT decidira votar contra ele na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados.

Em consequência, foram um fiasco as manifestações de rua em dezembro de 2015 pela derrubada de Dilma. De que modo foi revertido o quadro? Quais foram os agentes e dirigentes da reversão? Que meios utilizaram?

O grosso das operações golpistas ocorreu no primeiro semestre. Na prática, a situação se resolveu entre 23 de fevereiro, quando foi preso o marqueteiro João Santana, e 17 de abril, a data verdadeiramente decisiva, em que o plenário da Câmara aprovou, por 367 a 137, a continuidade do julgamento contra Rousseff. Os acontecimentos posteriores constituíram apenas epílogo até o fatídico 31 de agosto em que ela caiu.

Se ajustarmos ainda mais os instrumentos de observação, veremos que o processo se concentrou nos 20 dias que mediaram a detenção do já citado propagandista das campanhas do PT e a manifestação pró-impeachment do domingo 13 de março. Tal como a Marcha com Deus pela Liberdade, em 19 de março de 1964, sacramentou a queda de João Goulart, a multidão (500 mil pessoas, segundo o Datafolha ) reunida, novamente em São Paulo, após meio século, determinou o fim do ciclo lulista. A manchete da Folha, em duas linhas e toda em caixa alta, feita para registrar evento maior, deixava clara a importância do acontecido: "Ato anti-Dilma é o maior da história".

O que produziu a mudança entre o rotundo fracasso das manifestações de dezembro de 2015 e o absoluto sucesso de março de 2016? Minha hipótese reside na combinação entre três fatos produzidos pela Operação Lava Jato e o quadro de emergência comunicacional criado ao redor deles: a prisão de Santana (23/2), a delação de Delcídio do Amaral (3/3) e a condução coercitiva de Lula (4/3).

O espaço me impede de detalhar aqui os nexos internos que ligam esses acontecimentos e o tratamento dado a eles pelos meios de comunicação, sobretudo os eletrônicos. De todo modo, historiadores ainda discutirão muito a respeito. Fica aqui a percepção telegráfica de uma testemunha interessada.
Herculano
31/12/2016 06:54
Ao político irresponsável que se esconde como "muita calma"

Este caso só está na polícia, porque a administração de Ilhota, falhou.

E levou um tempão para resolver este problema, que só andou depois que o caso veio a público na imprensa e com isso, o estelionatário fez vantagem contra o verdadeiro arrematador.

Se o caminhão não vier no estado em que foi comprado, o município (ou seja, mais uma vez todos os ilhotenses)e principalmente quem agiu sem diligência vão ter que meter a mão no bolso para ressarcir, como penalizações pecuniárias que o prejudicado alegar na Justiça.
Muita Calma Nessa Hora
30/12/2016 23:27
Herculano,
Sobre o caminhão de Ilhota que foi entregue a outra pessoa, podes ficar tranquilo, a Polícia já está fazendo seu papel, investigando o caso. Quando sair o resultado saberemos se a Prefeitura agiu de má fé, ou se o verdadeiro e o falso dono agiram em conluio para enganar e se dar bem com essa ação. A Polícia não está dormindo no ponto, deixa ela fazer seu trabalho, daí você publica o resultado, ficar falando aqui não vai trazer o caminhão de volta!
Herculano
30/12/2016 20:26
EMPRESA DE FILHO DE LULA RECEBEU R$ 103 MILHÕES, APONTA LAUDO DA PF. EMPRESA DELE FATUROU MILHÕES DA CERVEJARIA PETR?"POLIS E DA OI

Conteúdo do Diário do Poder.Os principais financiadores da empresa Gamecorp, que pertence a um dos filhos do ex-presidente Lula, injetaram na firma ao menos R$ 103 milhões, de acordo com laudo elaborado na Operação Lava Jato. A cervejaria Petrópolis e empresas ligadas à Oi são os principais remetentes desses recursos.

A Oi, que neste ano fez o maior pedido de recuperação judicial do país, já havia investido R$ 5,2 milhões na Gamecorp em 2005, ainda com o nome de Telemar. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo desta sexta-feira (30), a empresa está em nome de Fábio Luís Lula da Silva e dos sócios Kalil Bittar, Fernando Bittar e Leonardo Badra Eid, e é responsável pelo canal PlayTV.

O grupo Petrópolis, de Walter Faria, dono da Itaipava, pagou R$ 6 milhões à empresa do petista. Além dos R$ 103 milhões pagos por outras empresas, há nas contas bancárias da empresa repasses da própria Gamecorp que somam R$ 64,3 milhões.
Herculano
30/12/2016 20:20
ABSURDO SEM FIM: PRAIA NO RIO GRANDE DO SUL GANHA PISTA DE ASFALTO ATÉ O MAR

Conteúdo da revista Fórum. Um atitude absurda da Prefeitura de Capão da Canoa, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, surpreendeu os veranistas na manhã desta sexta-feira (30). Um caminhão do governo do município, segundo informações do G1, construiu uma espécie de passarela de asfalto ligando a orla até a beira da praia. A justificativa era que isso facilitaria o acesso de cadeirantes ao mar.

Segundo o major Rodrigo Gonçalves dos Santos, comandante do 1º Batalhão Ambiental da Brigada Militar, como a obra não tinha licença para ser realizada foi registrada ocorrência policial, e o secretário de Obras e Saneamento assinou termo circunstanciado por crime ambiental.

Em nota, a Prefeitura de Capão da Canoa e a Secretaria de Obras e Saneamento dizem que a obra não foi proveniente de ordem da Adminsitração Municipal, e sim de um equívoco de um funcionário.

Imediatamente após ser autuada, a prefeitura providenciou a retirada do material da areia. Um processo interno deve ser aberto pela prefeitura para apurar o caso.
Herculano
30/12/2016 20:05
MENSAGEM OTIMISTA DE UM PESSIMISTA, por Mario Sabino

Eu estava no aeroporto de Cumbica, antes de embarcar para Paris, quando uma leitora de O Antagonista me abordou para me cumprimentar. Muito simpática, ela disse ao marido americano: "Ele é o pessimista!". "Oh, you are the pessimistic!", respondeu o marido americano, que igualmente transbordou em elogios ao site.

O adjetivo não é novo na lista do que já fui chamado -- e, na boca de ambos, estava longe de ser uma reprimenda. Eles apenas traduziram a imagem pública que projeto.

Eu poderia ter argumentado que, apesar de certo azedume eventual, sou um otimista, visto que insisto em mexer com poderosos, na esperança de que o país mude para melhor. Eu também poderia ter replicado que um pessimista não luta para fazer um site de notícias em meio à pior crise econômica do país. Eu poderia até recorrer ao fato de fazer piadas boa parte do tempo. Eu poderia isso, eu poderia aquilo - mas aceitei o epíteto. "Sim, sou o pessimista", resignei-me com a persona involuntária.

Você é a imagem pública que projeta, não tem jeito, mesmo se as suas aç?es concretas mostrarem o contrário. Porque essa imagem se forma de acordo com o repertório e as conveniências de quem a recebe. O simpático casal que me abordou no aeroporto de Cumbica certamente tem mais com que se preocupar do que com o meu modo de ser ou a história da minha vida. Se por vezes sou azedo, então sou um pessimista. É mais rápido me emoldurar como tal.

O problema é quando a imagem que você projeta não coincide com a que você gostaria de ter junto a quem você ama. Ou seja, a sua imagem íntima. O erro pode estar na projeção, na recepção ou nos dois lados.

Essa é a mensagem que eu gostaria de passar a você neste final de ano. A vida não é um selfie permanente. Tome cuidado com a forma que os seres amados o percebem no dia a dia. Forma, aqui, é de verdade conteúdo. Talvez você ainda tenha tempo de melhorar a projeção e a recepção. E apenas nesse "talvez" mora o meu pessimismo.
Herculano
30/12/2016 19:59
UM POÇO SEM FUNDO. PREFEITURA PASSA DINHEIRO AO HOSPITAL DE GASPAR, MESMO ASSIM A DÍVIDA S?" AUMENTA E PODE SUPERAR OS R$15 MILHÕES

Sob intervenção pela administração petista de Pedro Celso Zuchi, que via má gestão dos administradores dos recursos que repassava o atendimento ambulatorial, o Hospital continuou sendo um sugadouro de verbas públicas. As dívidas acumuladas em dois anos e meio saíram de pouco mais R$7 milhões para R$15 milhões

Hoje, no Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet - soube-se que ao fechar o ano a prefeitura repassou mais outros R$600 mil para "custeio de insumos e serviços hospitalares 3ª Parcela", a ser pago conforme disponibilidade financeira do Fundo Municipal de Saúde de Gaspar, decorrente de possíveis transferências até o fim do exercício financeiro de
2016", fato que já havia anunciado na coluna

O dinheiro foi suportado pelo do terceiro (?) aditivo do contrato FMS 24/2016. O repasse foi autorizado com a data de ontem
Herculano
30/12/2016 17:08
VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR NO ABSURDO QUE ESSAS MILITANTES FEMINISTAS DISSERAM

Por Thiago Kistenmacher, publicado pelo Instituto Liberal. No início não acreditei. "Só pode ser brincadeira", pensei. Mas infelizmente parece que a coisa é séria: algumas feministas suecas chegaram ao ponto de dizer que prefeririam o estupro a serem salvas por um homem! Isso porque consideram a intervenção masculina como machismo, já que elas alegam que podem proteger a si mesmas.

É evidente que a imigração para a Europa trouxe inúmeras atribulações àqueles países ?" o que a esquerda insiste em negar. A despeito da grande quantidade de imigrantes que nada tem a ver com os crimes que são praticados por estrangeiros, é inegável que os casos de estupros cometidos por imigrantes sejam um fato concreto.

Mas segundo o site Woman Against Feminism UK, algumas feministas obcecadas não estão preocupadas se as mulheres estão sendo estupradas e se não podem se defender. As feministas nem mesmo estão minimamente inquietas com o fato de seus governos negarem a ligação que existe entre o aumento dos estupros e o aumento da imigração. Sabe o que realmente revolta essas mulheres? O fato de que "os homens querem protegê-las do estupro".

As radicais criaram a hashtag #inteerkvinna, que em sueco significa "Não sua mulher". Algumas escrevem: "Não precisamos de vocês! As Mulheres podem proteger a si mesmas!" Contudo, de acordo com a indagação do Woman Against Feminism UK, onde estão os grupos de vigilantes feministas para proteger as mulheres? Estão na internet e postando fotos com cartazes inúteis! Nenhuma mulher será protegida com cartazes onde se lê a palavra "Peace" nem com vozes emocionadas cantando "We are the world, we are the children?" Isso não passa de pose para ganhar likes.

Quando Luiz Felipe Pondé publicou seu texto intitulado Nós que Amamos as Mulheres no qual defendia que os homens, por serem fisicamente mais fortes, deveriam proteger as mulheres, feministas histéricas surgiram para falar bobagens consoantes com aquelas ditas pelas feministas europeias. Quer dizer, ao passo que o filósofo apontava que os homens deveriam se encarregar da segurança das mulheres que amam, as feministas diziam que seu texto era machista por insinuar que as mulheres seriam frágeis e precisariam dos homens para se proteger.

Talvez o leitor já tenha visto, mas na Alemanha, que tem sido vitimada pelos mesmos problemas de vários países europeus, também existem feministas que preferem os estupradores.

Nem racistas, nem estupradores, todos devem ser combatidos, inclusive esse tipo de feminismo que está mais próximo dos criminosos do que imagina. Mas é inacreditável. Não há limites para a paranoia militante. Se a moda pega, um homem que livrar a mulher de um estupro pode ser considerado machista por salvá-la de um criminoso. O que fazer? Novamente é a política sectária prestando um desserviço àqueles que alegam apoiar.

A mulher que está sendo vítima de um estupro quer ser socorrida. Aquele que intervém em seu favor pode ser negro, branco, indígena, gordo, alto, europeu ou não. Digo mais, a mulher que está sendo estuprada não reclamaria se fosse salva por um neonazista ou por um assaltante de bancos. Não importa, a mulher vítima de uma violência inconcebível como o estupro só quer se livrar do estuprador. Difícil entender isso? Tudo indica que para as feministas sectárias, sim.

Os estupradores são mais odiados por outros criminosos do que por feministas tais como estas suecas transtornadas, o que me leva a concluir que esse feminismo absurdo advogado por lunáticas como elas só pode ser um tipo de crime. Um crime contra as mulheres que sofrem uma violência traumática e inesquecível como o estupro.

Mas o que esperar de pessoas que nada tem na vida a não ser uma causa radical?

Talvez um dia, como assinala o Woman Against Feminism UK, as feministas possam oferecer algo a mais para as mulheres além de seus protestos na internet e das suas manifestações que servem como desculpa para poderem andar sem roupa pelas ruas.

Diferentemente dos homens que defendem as mulheres, essas feministas que dizem preferir o estupro a proteção masculina não passam de covardes. Ainda de acordo com o Woman Against Feminist UK, essas feministas "não vão defender os direitos das mulheres na Europa porque isso significa que elas teriam que assumir uma pequena quantidade de risco pessoal". Não resta dúvida que é mais fácil postar fotos com cartazes e com o punho cerrado e erguido do que organizar grupos que enfrentem estupradores violentos, fisicamente mais fortes, e em quantidade significativa.

Enquanto essas feministas radicais ficam girando dentro de si mesmas e alimentando reciprocamente seus delírios políticos, as mulheres só querem liberdade, o que esses movimentos sectários detestam.

Quando a bela Carol Teixeira foi perguntada sobre afinal, o que quer uma mulher, ela respondeu: "Mulher quer ser amada e idolatrada!" E acertar um estuprador com um murro nada mais é do que a demonstração empírica desse amor e idolatria. Lamentavelmente as feministas suecas e suas partidárias só enxergam as mulheres através de lentes ideológicas e a si mesmas como redentoras daquelas. Mas elas estão equivocadas, afinal, com posicionamentos tão grosseiros como pudemos observar, o feminismo está mais para carrasco do que para libertador.

Para 2017, mais bom senso e menos feminismo!
Herculano
30/12/2016 17:05
A ALIADO, CUNHA LAMENTA DESUNIÃO DO CENTRÃO NA CÂMARA

Conteúdo da revista Veja.O ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) lamentou nesta sexta-feira, durante conversa na prisão com o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), a desunião do chamado Centrão no processo de eleição para presidência da Câmara. "Disse a ele que, na minha avaliação, o Rodrigo (Maia, atual presidente da Câmara, do DEM), em havendo legalidade da candidatura (à reeleição) é um candidato fortíssimo. E disse que o Centrão não tem um candidato único definido. E ele não deixou de lamentar o fato de o Centrão não estar unido", contou Marun.

Composto por cerca de 200 deputados de 13 partidos da base aliada, o Centrão tem atualmente dois pré-candidatos à presidência da Câmara: o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), e o líder do PTB, Jovair Arantes (GO). A disputa está marcada para 2 de fevereiro do próximo ano.

Na última eleição para presidência da Câmara, em julho deste ano, após Cunha renunciar ao cargo de presidente da Casa, o Centrão também lançou vários candidatos e acabou derrotado. No segundo turno, Maia venceu a disputa para Rosso e foi eleito para mandato tampão de 7 meses.

Um dos principais defensores de Cunha durante o processo de cassação do peemedebista na Câmara, Marun visitou o correligionário nesta sexta-feira no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), onde está preso deste 19 de dezembro.

Cunha foi preso preventivamente em 19 de outubro deste ano, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, que comanda a Operação Lava Jato na primeira instância. Nos dois primeiros meses, porém, ficou preso na carceragem da PF em Curitiba, de onde foi levado na semana retrasada para Pinhais.

Delação

Marun afirmou que boa parte da conversa com Cunha foi sobre a defesa do deputado cassado. O deputado sul mato-grossense disse que não falou em delação premiada com Cunha. "O único comentário que ele fez foi de que a ala do presídio em que ele está é de quem não está fazendo delação", contou.

Desde que Cunha foi preso, aumentaram as especulações de que ele poderia fazer delação, o que não se concretizou até agora. Em Curitiba, o deputado cassado contratou o escritório do advogado Marlus Arns de Oliveira, que foi responsável pelas delações de executivos da construtora Camargo Corrêa.

Marun disse que encontrou Cunha em "boa saúde, preocupado com a sua defesa e concatenado com as questões nacionais". "Ele estava de camiseta branca e uma calça de abrigo. Mais gordo não estava, não sei, está mais magro", comentou o deputado do PMDB.
Herculano
30/12/2016 16:21
TODOS IGUAIS. JUIZ ARGENTINO JULGARÁ CRISTINA KIRCHNER POR CORRUPÇÃO

Conteúdo do jornal espanhol El País. Texto de Frederico Rivas Molina. A ex-presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, recebeu uma má notícia na Justiça. Dias antes do início do recesso de fim de ano, o juiz Julián Ercolini resolveu indiciá-la por suposta formação de quadrilha destinada a desviar recursos de obras públicas para a Austral Construções, propriedade de um empresário vinculado ao kirchnerismo. A decisão judicial inclui também um embargo de 666 milhões de dólares (2,1 bilhões de reais) contra a ex-presidenta.

O início do processo contra a ex-mandatária significa que o juiz encontrou motivos suficientes para iniciar ação contra Kirchner, medida que lhe permitirá, se considerar necessário, impedir que ela saia do país e inclusive decretar sua prisão preventiva. O juiz Ercolini investigará agora uma suposta cadeia de responsabilidades que começa com a ex-presidenta e descende por toda a estrutura oficial de obras públicas. Por isso, o processo não se limita a Kirchner e alcança também o ex-ministro de Planejamento, Julio De Vido, Lázaro Báez, dono da empresa investigada e preso por suposta lavagem de dinheiro, e o ex-secretário de Obras Públicas, José López. Este último está detido desde que a polícia o encontrou jogando sacolas cheias de dólares ao interior de um convento nos arredores de Buenos Aires.

Esta é a segunda vez que Cristina Kirchner é processada desde que deixou o poder, em 10 de dezembro de 2015, mas é a primeira vinculada a uma ação por corrupção. Em outro processo, a Justiça investiga a ex-mandatária por uma operação com venda de dólar futuro por parte do Banco Central. Neste, os promotores denunciaram ao juiz que houve um "plano criminoso" montado pela Casa Rosada para favorecer a Austral Construções, empresa que durante a gestão kirchnerista obteve contratos viários de cerca de 3,3 bilhões de dólares (10,6 bilhões de reais). Uma auditoria da Vialidad Nacional [autarquia responsável por manter e ampliar a rede de estradas na Argentina] realizada pelo Governo de Mauricio Macri determinou que houve pagamento de sobrepreços de até 50% em algumas dessas obras, no valor total de 1 bilhão de dólares (3,27 bilhões de reais).
Sidnei Luis Reinert
30/12/2016 14:18
NINGUÉM PODE DIZER QUE OBAMA NÃO ESTÁ TENTANDO. Como previmos, Obama não teria escrúpulo nenhum em fazer todo o possível para atrapalhar ou mesmo impedir a presidência de Trump. Nenhuma amarra moral o impediria de tantar explorar um conflito civil pago por Soros, ou mesmo um conflito com a Rússia ?" para jogá-lo no colo de Trump e dar a impressão de que a grande mídia estava certa ao inventar que ele traria uma guerra com a Rússia.
Porém a coisa anda tão descarada que ?" ao menos até agora ?" Putin está evitando morder a isca e simplesmente esperando o "lame duck" sangrar seu mandato até a morte. ("Lame duck", "pato manco", é como os americanos chamam um político em fim de mandato, com substituto eleito.)
Obama, que começou uma caça às bruxas na imprensa alternativa inventando o mote das "notícias falsas" ("fake news"), atribuiu a hackers russos ?" com o aval anônimo de seu governo nada confiável ?" uma manipulação das eleições de 2016. E tem feito com isso um alarde dos diabos na grande mídia.
Pouco depois, foi assassinado o embaixador russo. Se nisso houve algum dedo de Obama
(o que não é nada impossível), Putin decidiu ignorá-lo e espertamente limitou-se a seguir à risca as palavras do assassino (que dedicou seu ato às "injustiças em Aleppo"): vingou a imagem russa numa promessa redobrada de vaporizar os agentes do ISIS na Síria.
Seguindo o mote ridículo da eleição roubada ?" que, se o foi realmente, o foi pelos democratas para tentar dar a vitória a Hillary, não o contrário ?" a última de Obama foi expulsar do país 35 diplomatas russos: foram-lhes dadas 72 horas para juntar suas coisas e sair dos EUA. (Confira aqui: http://www.independent.co.uk/?/russian-hack-latest-diplomat?)
A decisão, de péssimo gosto especialmente no caso de um presidente de malas prontas, foi previsivelmente aplaudida por próceres da falsa direita, como Paul Ryan, totalmente comprometidos com dar credibilidade à história do "hacking russo". A resposta da Rússia, para tranqüilidade ao menos imediata do mundo, foi rir da cara de Obama. Simplesmente puseram no twitter a imagem de um pato manco e indicaram que esperavam por seu sucessor para consertar as coisas.
"O presidente Obama expulsa 35 diplomatas russos, num repeteco da guerra fria. Igual a todo o mundo, incluindo o povo americano, estaremos felizes de ver pelas costas este malfadado governo." Pois é: não são só os russos e americanos que desejam isso. É o mundo inteiro.

http://www.independent.co.uk/news/world/politics/russian-embassy-uk-tweet-lame-duck-sanctions-a7501376.html
Casinha de Plástico
30/12/2016 12:32
Oi, Herculano;

"PESSOAS INTELIGENTES TENDE A TER MENOS AMIGOS".

Faltou completar:

Por isso o petê é rodeado de amigos companheiros.
Sidnei Luis Reinert
30/12/2016 11:51
Retrospectiva

A RecordTV conseguiu produzir uma excelente retrospectiva 2016, em tom duramente crítico ao governo e aos políticos, especialmente os do PT e PMDB.

Ficou evidente o tom que a controladora da emissora, a Igreja Universal do Reino de Deus, pretende seguir em seu projeto de poder até 2018.

Em duas horas e meia de duração, mais uma vez ficou comprovado que o apresentador Marcos Hummel, com 42 anos de carreira, é o melhor e mais completo narrador da televisão brasileira, tendo apenas o também craque Sérgio Chapelin, da Rede Globo, como um concorrente à altura.

Aliás, aos 75 anos de idade, Sérgio Chapelin ameaça, finalmente, se aposentar do "Globo Repórter" neste 2017, para cuidar de sua fazendona na Serra da Mantiqueira.

Disputa dura

O final de noite de sexta-feira promete uma disputa duríssima pela audiência.

O confronto será entre a Retrospectiva 2016 da Rede Globo e "José do Egito" ?" novela transformada em longa-metragem pela RecordTV.

Os craques do jornalismo global correm sério risco de tomar uma goleada de audiência dos atores da rede cujo "proprietário" é Bispo Edir Macedo Bezerra.


Soltinhos da Silva

Quem vai pagar a fiança individual, fixada em R$ 300 mil reais, para que 13 vereadores de Osasco, na Grande São Paulo, sejam soltos na véspera de tomar posse?

O valor foi fixado pelo Desembargador Fábio Gouvêa, do Tribunal de Justiça de São Paulo, detonando as "economias" dos políticos acusados pela Operação Caça-Fantasmas de desviarem R$ 21 milhões do pagamento de supostos assessores para os bolsos da vereança...

O prefeito eleito Rogério Lins (PTN), que voltou da Disney sem escalas para o xilindró, pretende tomar posse, normalmente, no domigão...

Pura maldade

Perguntamos ao lendário Negão da Chatuba onde ele gostaria de passar a noite de reveillon, e ele respondeu na habitual forma grande e grossa:

"Adoraria animar a festinha do Serginho Cabral em Bangu 8"...

A sorte do Cabralzinho é que o Chatubão não fez concurso para agente penitenciário...

http://www.alertatotal.net/
Herculano
30/12/2016 11:48
POR QUE O MINISTRO GUIDO MÂNTEGA FOI O MAIS LONGEVO NA FAZENDA. A POLÍCIA FEDERAL RESPONDE. ELE ERA O FLACO DA ODEBRECHT NOS GOVERNOS LULA E DILMA.

Conteúdo do jornal Correio Braziliense. Texto de Eduardo Militão. O advogado de Mantega, José Roberto Batochio, disse que as suspeitas são absurdas e que o ex-ministro tratou com diversos empresários dos mais diversos assuntos econômicos, pois essa era sua função

O presidente afastado da empreiteira Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, autou "em outros flancos do governo federal", solicitando ao então ministro da Fazenda Guido Mantega (PT) que "os pleitos da empresa fossem atendidos a contento" na Argentina e em Moçambique. A afirmação consta de relatório obtido pelo Correio em que a Polícia Federal afirma que o governador de Minas Gerais e ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, recebeu propina em troca de benefícios à construtora por empreendimentos nos dois países.

O documento está nas mãos do ministro do Superior Tribunal de Justiça Herman Benjamin. Nele, a PF levanta indícios que resultaram na segunda denúncia contra Pimentel e Marcelo Odebrecht por corrupção relacionada a empreendimentos na Argentina e em Moçambique. O relatório policial, que integra a Operação Acrônimo, acrescenta um tópico apenas para Mantega "com o intuito de demonstrar o interesse da empresa Odebrecht em Moçambique e na Argentina e sua atuação em outros flancos do governo federal".

Nele, relata que, em agosto de 2014 e nas semanas seguintes, o empreiteiro ?" hoje preso em Curitiba e com acordo de delação premiada na Operação Lava-Jato ?" teve reuniões com Mantega para discutir o tema, que era do interesse deles e também de Pimentel. Para comprovar, os policiais anexam e-mails de Marcelo Odebrecht e agendas do então ministro detalhando um encontro em 25 de agosto de 2014 em São Paulo, no gabinete ministerial, no edifício do Banco do Brasil.

O advogado de Mantega, José Roberto Batochio, disse que as suspeitas são absurdas e que o ex-ministro tratou com diversos empresários dos mais diversos assuntos econômicos, pois essa era sua função. "Estão vendo fantasma onde não tem nem lençol", afirmou ao Correio. O defensor de Pimentel, Eugênio Pacelli, disse que a polícia faz "ilações" sem base em fatos. "Se a referência a nome de autoridades em mensagens de terceiros tivesse força de verdade, teríamos inquéritos envolvendo ministros do Supremo Tribunal Federal, referidos, por exemplo, por (ex-senador) Delcídio do Amaral", avaliou. A Odebrecht disse que não comentará o assunto.

Aval preparado
Depois de trocar e-mails com o então chefe da assessoria especial de Mantega, Sérgio Risios Bath, Marcelo Odebrecht acerta uma reunião em 25 de agosto, às 10h. Apesar disso, a agenda oficial do ex-ministro informa apenas "reuniões de trabalho". Os e-mails de Marcelo apontam que um dos interesses na conversa era acertar as garantias da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o soterramento da ferrovia de Sarmiento, em Buenos Aires, na Argentina ?" obra de US$ 1,5 bilhão. É o que diz mensagem de João Carlos Nogueira, diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Internacional, em 22 de agosto de 2014.
Herculano
30/12/2016 11:42
JANAÍNA PASCHOAL PROVOCA PETISTAS APOS FIM EXEMPLAR DE EPISODIO DOS SORVETES PRESIDENCIAL

Janaina Paschoal, uma das protagonistas do impeachment da ex-presidente fã de pedaladas, resolveu comentar o polêmico episódio envolvendo a licitação de alimentos e sorvete no avião presidencial.

Como não poderia deixar de ser, em seu comentário contundente mas bem-humorado, ela provoca o PT e confirma que o cancelamento por Temer foi o correto. Veja o ela disse:

"Estou aqui trabalhando e, somente agora, vi as notícias sobre o lanche no avião presidencial. O povo que criticou tem razão! Para que, afinal, tanto sorvete? E por que das marcas mais caras? Em tempo de crise, não se come brioche! Licitação do sorvete cancelada! Só petista nunca reconhece erro. O Brasil já melhorou. Dilma nunca recuava".
Herculano
30/12/2016 11:33
999 PREFEITURAS VÃO COMEÇAR 2007 EM ESTADO DE EMERGÊNCIA. SETE SÃO DE SANTA CATARINA. A MAIORIA É DO NORDESTE

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo). Texto de Carlos Madeiro, de Maceió, Alagoas.Comunicar erro
Beto Macário/UOL. Quase 20% dos prefeitos do país que vão assumir o cargo neste dia 1º de janeiro governarão municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública. Levantamento feito pelo UOL aponta que 999 cidades têm decretos reconhecidos pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil com validade até 2017. O país possui 5.570 municípios.

Os decretos de anormalidade têm validade de 90 ou 180 dias e vencem entre janeiro e abril de 2017. Com eles, prefeitos reduzem burocracia e têm direito a verbas federais exclusivas para ações de resposta ao desastre --seja ele qual for.

O Estado proporcionalmente mais afetado é o Rio Grande do Norte, onde 153 dos 167 municípios estão em emergência por estiagem ou seca.

Na Paraíba, há o maior número de prefeituras em números absolutos: 197, todos também pela severa estiagem.

Já no Rio Grande do Sul há a maior variedade de motivos para decretação de emergência. Os 35 municípios decretaram emergência por chuva, granizo, inundações, deslizamentos, ressaca e vendaval.

Nordeste campeão
Com a pior seca do Nordeste, quase metade dos municípios da região entram 2017 em emergência. São 853 dos 1.794 municípios em emergência válida até alguma data do próximo ano.

Entre todos, apenas Jaborandi (BA) está em emergência por outro motivo: estragos causados pela chuva.

A situação, inclusive, levou chefes de Executivo a desistirem da candidatura à reeleição, como o prefeito Jorge Dantas (PSDB) de Água Branca, no sertão alagoano.

"Não fui candidato exatamente por conta dessas dificuldades. A gente fica impotente diante de tanta necessidade, e eu sinceramente preferi não enfrentar outro mandato", disse, citando a crise financeira e temendo um ano ainda pior em 2017.

"Eu nunca tinha visto uma seca como essa! Tenho 60 anos, criado no sertão, e as pessoas com quem eu converso dizem a mesma coisa. Acho que o ano que vem vai ser a mesma coisa e talvez até pior, porque a seca é acumulativa; a cada ano vai ficando pior, e a situação financeira vai ser pior", afirmou.

Sobre os decretos de emergência, ele considera que são fundamentais, porém, por conta do tamanho do problema e da falta de recursos, a resposta não é a ideal.

"Estamos numa excepcionalíssima normalidade. O decreto é fundamental, mas o fato é que do decreto às ações está demorando muito. Não tem jeito, precisamos de carro-pipa, as pessoas estão morrendo de sede. Aqui, por exemplo, eram oito carros e tive de reduzir para os três da prefeitura para fechar as contas. Mas há uma reclamação enorme", afirma.

Como funciona
O decreto de emergência ou calamidade pública de um município passa por três etapas. Primeiro, a prefeitura publica o decreto. Em seguida, o Estado homologa a situação e, por fim, o governo federal reconhece a situação.

Para que seja aprovado, a prefeituras apresentam um relatório com as avaliações dos danos. O documento é avaliado pelo governo federal, que reconhece ou não a validade. Um dos itens obrigatórios e a existência de Defesa Civil no município.

Com o decreto em validade, os prefeitos passam a ter facilidade em solicitar verbas estaduais e federais e podem eliminar a burocracia em gastos públicos em ações de respostas ao desastre. No caso do governo federal, por exemplo, há uma verba exclusiva para esses municípios para uma resposta imediata à tragédia.

Os critérios para reconhecimento da situação emergência ou estado de calamidade pública estão em instrução normativa federal de 2012, que prevê a classificação do desastre conforme a capacidade de resposta do ente (Estado ou município) e a quantidade de pessoas afetadas.

Municípios em emergência por Estado
Paraíba - 197
Rio Grande do Norte - 153
Pernambuco - 124
Piauí - 124
Ceará - 111
Bahia - 69
Minas Gerais - 62
Alagoas - 40
Rio Grande do Sul - 35
Sergipe - 19
Maranhão - 16
Acre - 9
Mato Grosso - 9
Espírito Santo - 8
Santa Catarina - 7
Amazonas - 7
Paraná - 5
Tocantins - 2
Rio de Janeiro - 1
Mato Grosso do Sul - 1
Total - 999

Diferença:
Situação de emergência: situação de alteração intensa e grave das condições de normalidade em um determinado município, Estado ou região, decretada em razão de desastre, comprometendo parcialmente sua capacidade de resposta.

Estado de calamidade pública: situação de alteração intensa e grave das condições de normalidade em um determinado município, Estado ou região, decretada em razão de desastre, comprometendo substancialmente sua capacidade de resposta
Herculano
30/12/2016 11:27
UM EMBAIXADOR IR A BAIXADA PARA PASSAR O FIM-DE-ANO? PARA POLÍCIA, EMBAIXADOR DA GRÉCIA FOI VÍTIMA DE CRIME PASSIONAL

Conteúdo do blog Metrópoles. Texto de Leticia Carvalho. As investigações sobre o desaparecimento do embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis, avançaram e a divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), agora, trabalha com a hipótese de crime passional.

Agentes da especializada encontraram, na quinta-feira (29), um sofá com manchas de sangue na residência onde o diplomata estava com a mulher, em Nova Iguaçu. O diplomata, vivia em Brasília, e estava passando férias na cidade carioca.

A polícia acredita que Amiridis foi morto em casa, antes de ser levado para dentro de um carro que ele havia alugado no dia 21 de dezembro.

O automóvel foi localizado carbonizado, com um corpo dentro, nas proximidades do Arco Metropolitano. Os investigadores já sabem que o diplomata foi retirado da casa por volta das 3h da madrugada de quarta-feira.

A brasileira Françoise Amiridis, esposa do grego, chegou à delegacia em um carro da polícia, acompanhada de três agentes, por volta das 10h desta sexta-feira. Ela não quis falar com a imprensa.

Segundo investigadores, Françoise mantinha um relacionamento extraconjugal com um policial militar. O PM se apresentou à DHBF na madrugada desta sexta-feira, acompanhado de um advogado. Sua identidade foi preservada. Ainda pela manhã, outro homem chegou algemado à DHBF, conduzido por agentes.

O sofá encontrado na residência do embaixador, no Rio de Janeiro, será periciado. Os agentes também buscam imagens de câmeras de segurança para averiguar as circunstâncias em que o corpo de Amiridis foi retirado da residência. O corpo carbonizado encontrado dentro do veículo foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML), onde será submetido a um exame de arcada dentária para confirmar a identidade.

Amiridis é formado em direito pela Universidade de Aristóteles em Tessalônica, na Grécia. A sua carreira diplomática começou em 1985. Antes de assumir o posto em Brasília, atuou como embaixador da Grécia na Líbia por quatro anos, a partir de 2012.

O Itamaraty e o Ministério das Relações Exteriores da Grécia foram acionado. Amiridis estava oficialmente de férias até o próximo dia 9, quando deveria voltar ao trabalho na embaixada em Brasília.
Herculano
30/12/2016 08:15
HÁ TRABALHO A MOSTRAR E A FAZER, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

No dia 31 de agosto, o Senado Federal encerrou o processo de impeachment de Dilma Rousseff, julgando-a culpada de crimes de responsabilidade, e Michel Temer assumiu a Presidência da República em caráter definitivo até o fim do mandato, em 2018. Se desde então o horizonte da política ?" e da polícia ?" não desanuviou no grau e na velocidade que se esperavam, essa quebra de expectativa não pode ser atribuída a uma eventual falta de ação da equipe econômica do governo Temer. Antes, a agenda econômica vem sendo diligentemente implementada com um grau de eficácia de dar inveja a muito governo com condições de temperatura e pressão bem mais favoráveis.

É evidente a principal vitória de Michel Temer até o momento. Ele assumiu um governo em dramáticas condições fiscais e conseguiu, menos de quatro meses depois, aprovar um remédio de longo prazo ?" amargo, mas muito necessário ?", a PEC do Teto dos Gastos.

Muitos diziam que seria impossível aprovar uma emenda com esse teor, especialmente com um Congresso acostumado a cobrar caro por apoio a medidas impopulares. No entanto, Michel Temer conseguiu e o País tem hoje uma legislação que pode frear uma das principais causas de desequilíbrio econômico e social ?" a gastança pública.

Não fossem as atuais conturbadas circunstâncias políticas, seria mais que razoável uma longa e festiva comemoração pela aprovação da PEC do Teto dos Gastos. Não custa repetir: foi uma significativa vitória da racionalidade e da boa governança sobre a irresponsabilidade e o populismo.

Essa não foi, no entanto, a única vitória de Michel Temer no Congresso. O governo conseguiu a aprovação da Medida Provisória (MP) 735/2016, que altera significativas regras no setor elétrico. Entre outros pontos, a medida facilita os processos de privatização, diminui a burocracia dos leilões e reduz os custos da União com subsídios a concessionárias.

Outra medida importante aprovada durante o governo Temer foi o fim da participação obrigatória da Petrobrás na exploração do pré-sal. Promulgada em fins de novembro, a Lei 13.365/2016 desobriga a estatal de ser a operadora de todos os blocos de exploração do pré-sal no regime de partilha de produção. Sem outro motivo que a absurda limitação ideológica dos governos petistas, essa obrigação colocava em risco a capacidade e a liberdade de investimento da Petrobrás, além de impor sérias limitações à própria exploração do pré-sal.

O governo Temer conseguiu ainda aprovar a Lei de Governança das Estatais, medida de grande utilidade, especialmente após a experiência petista no Palácio do Planalto. A nova lei fixa normas de governança corporativa e regras para compras, licitações e contratações de dirigentes em empresas públicas e sociedades de economia mista. Por exemplo, estabelece condições mínimas para a nomeação de diretores das estatais, dificultando seu aparelhamento político.

Outra vitória alcançada pelo presidente Michel Temer foi a aprovação da MP do ensino médio, com sua proposta de atualizar os currículos escolares, fortalecendo as disciplinas essenciais e dando maior liberdade de escolha ao aluno. Ainda que não se trate de um tema específico da área econômica, tem também efeitos diretos sobre a economia nacional, já que educação e produtividade são assuntos necessariamente vinculados.

Além disso, o governo Temer ainda lançou um consistente programa de medidas microeconômicas ?" que podem contribuir para desembaraçar a economia, não apenas no curto prazo ?" e apresentou corajosa proposta de reforma da Previdência.

Nos últimos dias, o governo federal deu decisivos passos para a reforma trabalhista, medida que muitos analistas diziam ser inadmissível para as centrais sindicais e todos dizem ser essencial para o destravamento dos investimentos. Além disso, ajudou os Estados endividados na medida do possível, no que foi atrapalhado pela irresponsabilidade de uma maioria de deputados.

Certamente, ainda há muito a ser feito na pauta econômica e em muitas outras áreas. É preciso, no entanto, reconhecer uma abissal diferença entre o governo de Michel Temer e a anterior administração ?" ele está trabalhando.
Herculano
30/12/2016 08:14
MASCARADOS ATACAM A DEMOCRACIA QUE OS PROTEGE, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Intolerantes, mascarados tocaram o terror em cidades como Brasília, onde juraram o presidente Michel Temer de morte em pichações, porque se recusam a aceitar a derrota no jogo democrático. Atacam a mesma democracia que lhes dá o direito de protestar, como lembra o "bombeiro" Marcus Pestana, hoje deputado pelo PSDB-MG que atuou em incendiárias organizações de esquerda, na resistência à ditadura.

MÃE DEMOCRACIA
Generosa, a democracia brasileira garante a partidos nanicos, de raquítica representação, tempo na TV e dinheiro do fundo partidário.

BOLSOS FORRADOS
Mesmo sem um único deputado federal, PSTU recebeu R$2,23 milhões do Fundo Partidário, em 2016, e o PCO, ainda menor, R$1,15 milhão.

PRÉ-REQUISITO
A divisão do fundo partidário e do tempo de propaganda de cada candidato é estimada com base no tamanho das bancadas na Câmara.

PARTIDO PARA TUDO
Em 2014, foram 11 candidatos na corrida presidencial, a maioria "nanicos", em meio a uma profusão quase inútil de 32 partidos.

TEMER NOMEARÁ DOIS NO TSE QUE ATUARÃO EM 2018
Caberá ao presidente Michel Temer escolher dois ministros para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na classe dos advogados, em listas tríplices definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Dos sete, três representam o STF, dois são indicados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois são advogados. Os escolhidos vão substituir os atuais ministros Henrique Neves, em abril, e Luciana Lóssio, em maio.

FARÃO FALTA
Henrique Neves e Luciana Lóssio têm atuação elogiada como ministros. Eleitoralistas muito admirados, eles farão falta ao TSE.

MAGISTRADOS
A atuação de Henrique Neves e Luciana Lóssio mostra que advogados indicados ministros do TSE em geral se comportam como magistrados.

PRESIDENCIAIS LOGO ALI
Os escolhidos por Temer serão ministros nas eleições presidenciais de 2018. Na ocasião, o presidente do TSE será o ministro Luiz Fux.

QUASE ACLAMAÇÃO
Em conversas reservadas com senadores, membros Mesa do Senado afirmam que a eleição de Eunício Oliveira no lugar de Renan Calheiros "não deve ser por aclamação, mas não está distante".

FORO ZERO
O presidente da Ajufe, Roberto Veloso, espera que o ano de 2017 traga o fim definitivo do foro privilegiado. "Todos devem ter foro na primeira instância", disse, ao pedir extinção da prerrogativa também para juízes.

RAIMUNDO QUEM?
O ministro Raimundo Carreio, enrolado na Lava Jato, tomou posse há duas semanas como presidente do Tribunal de Contas da União, mas o site do TCU ainda mostra Aroldo Cedraz, cujo filho, Tiago, é acusado de passar dados de processos da Corte por uma mesada de R$ 50 mil.

FALTA DE SERVIÇO?
Projeto de lei de Carlos Bezerra (PMDB-MT) faz com que advogados fiquem em um piso na mesma altura do juiz e à mesma distância do magistrado dentro do tribunal. Deve faltar serviço na Câmara.

NAÇÃO TRABALHADORA
Serão 14 dias de folga para o brasileiro, entre feriados e pontos facultativos, em 2017. Só um cai numa quarta-feira e dois em fins de semana. Na Inglaterra, por exemplo, serão oito dias de folga, em 2017.

SEM CONFUNDIR
Todo Feio, o candidato derrotado a vereador do PRP, em Conceição da Barra (ES) este ano, não é o "Todo Feio" da delação do executivo da empreiteira Odebrecht. O Todo Feio da Odebrecht ganhou muito mais.

APOIO NA HORA CERTA
Entre agosto de 2015 e fevereiro de 2016, os meses críticos que antecederam o impeachment, Dilma sumiu dos vídeos do PT na Internet e na TV. Desde que foi afastada ela voltou a estrelar uma dezena de vídeos e é o assunto principal de uma centena deles.

GOLPE NA CABEÇA
O ano está acabando e Dilma Rousseff continua se dizendo "presidenta" do Brasil no seu perfil oficial no Twitter. A sua foto também continua sendo aquela com a faixa presidencial, que ela perdeu.

PENSANDO BEM...
...autuado e multado pela Receita Federal por "desvio de finalidade", o Instituto Lula poderia virar empresa de palestras.
Herculano
30/12/2016 08:13
NEM ALTAS TEMPERATURAS DO VERÃO FAZEM CONSUMO DE ENERGIA SUBIR, por Lauro Jardim, no jornal O Globo

Apesar do calorão de dezembro, certamente como resultado da retração da economia, o consumidor pisou o pé no freio quanto ao consumo de energia.

De acordo com dados do governo, até o dia 26, comparado com o mesmo período de 2015, foi registrada uma redução de 1,5%.

Pode parecer pouco, mas essa diferença é o equivalente ao consumo de 2,5 milhões de residências durante 30 dias.

Ou seja, para quem pode o negócio é mergulhar no mar e ficar lá durante o dia e se possível, durante a noite.
Herculano
30/12/2016 07:59
O BRASIL TEM BASE PARA CRESCER, FALTA LIDERANÇA POLÍTICA E EMPRESARIAL, por Pedro Luiz Passos, empresário e conselheiro da Natura, no jornal Folha de S. Paulo

O ano de 2016 termina cercado de incertezas, tanto pelo imbróglio político, cujo final parece distante, quanto pela resiliência da recessão, maior do que se supunha. Nesse campo, o desempenho anêmico da indústria, o desemprego elevado e o baixo nível dos investimentos empurram o país ao pessimismo.

Embora haja motivos para desalento, não se deve perder de vista que o país mantém uma base produtiva ampla e moderna, especialmente no setor agrícola, mas também de manufaturas, sobre a qual pode ser erguida uma nova realidade econômica mais dinâmica, integrada às cadeias globais de produção e com modelos de negócios e de desenvolvimento arejados.

Nossa estrutura industrial é diversificada, menor entre as economias emergentes apenas que a da China, compatível com mercado de consumo de massa situado entre os cinco maiores do mundo. Enquanto governos, mesmo de países desenvolvidos, criam facilidades para atrair grupos estrangeiros, a maioria deles está aqui há décadas, e essa é uma oportunidade pouco explorada.

Tais empresas chegaram atraídas pelo potencial do mercado consumidor. O desafio é induzi-las a ter no Brasil também uma plataforma de exportação e de inovação.

No caminho inverso, embora sem igual intensidade, parte das empresas brasileiras internacionalizou sua atuação, embora mantendo as operações básicas no país.

Não se trata de se deixar levar pelo espírito de Pollyana, mas, sim, de aceitar uma visão não enviesada pelas dificuldades do momento ?"a mesma visão realista que nos impõe admitir as graves mazelas que contaminam a base da indústria.

Até hoje, o setor industrial não superou o pecado original responsável pelo seu desenvolvimento décadas atrás: o excessivo protecionismo gerado por uma política de substituição de importações compreensível à época, mas que provocou acomodação e falta de apetite para enfrentar a competição internacional.

Desse mal padece a quase totalidade do tecido industrial brasileiro. Amparadas pelas muletas do protecionismo, as empresas pouco investem em inovação, tecnologia e sistemas de gestão, ampliando o fosso que nos separa das economias avançadas e das emergentes em geral.

Temos o terreno preparado para rumar nessa direção. Segundo o Global Connectedness Index de 2016, que mostra o estágio da globalização em 140 países, o Brasil é o 11º em amplitude das relações comerciais (ou seja, negocia com quase todo o mundo), mas no quesito profundidade ocupa o 57º lugar. Em suma, cisca bastante e não cria relações estáveis e duradouras com parceiros externos.

Há uma lacuna em nossa capacidade de formular políticas exequíveis para romper a letargia. Elas, em geral, se resumem a incentivos e proteção. Toda a sociedade paga por distorções que deixam um legado de baixa produtividade e consomem recursos que poderiam estar mais bem empregados em áreas essenciais.

Tal responsabilidade não recai apenas sobre os governantes. Ela é dividida com lideranças empresariais e seus conceitos antiquados e distantes do que acontece além-mar. Várias propostas do próprio setor manufatureiro repetem fórmulas antigas e desgastadas pela ineficácia.

É hora de atacar o que emperra o desenvolvimento, utilizando os alicerces empresariais já fincados para erguer uma economia aberta, moderna e competitiva, que traga o crescimento verdadeiramente sustentado. A base está aí, faltam o projeto e a indispensável liderança política e empresarial para colocar o edifício de pé.

Resumo: temos quase tudo o que almejam os países em geral e não desfrutamos os bônus desse diferencial. Como me recuso a aceitar essa situação, torço para que 2017 seja melhor para todos nós.
Herculano
30/12/2016 07:45
PESSOAS INTELIGENTES TENDEM A TER MENOS AMIGOS

Conteúdo da revista Veja. Um novo estudo descobriu por que gênios tendem a ser solitários. De acordo com uma pesquisa publicada recentemente na revista científica British Journal of Psychology, quanto mais as pessoas muito inteligentes precisarem socializar, menos satisfeitas elas estarão com a vida.

Para chegar aos resultados, os psicólogos evolucionistas Satoshi Kanazawa, da London School of Economics, na Grã-Bretanha, e Norman Li, da Universidade de Administração de Singapura, em Singapura, questionaram 15.000 pessoas, com idade entre 18 e 28 anos, sobre a felicidade. Foram analisados também dados como a densidade populacional do local onde os voluntários viviam e a frequência de interação com os amigos.

O estudo se baseou na teoria da savana, proposta em 2004 por Kanazawa. Segundo a tese, ancestrais que viviam na savana Africana precisavam ser sociáveis para sobreviver a um ambiente hostil. Naquele tempo, a população era escassa, com cerca de 150 integrantes por grupo. Os pesquisadores acreditam então que, por causa da herança ancestral, a maioria das pessoas atualmente relata sentir-se mais feliz quando vive em lugares com menor densidade demográfica e quanto mais convive com amigos e familiares.

O que o novo levantamento mostrou, contudo, é que isso não se aplica para aqueles que são muito inteligentes. No caso de pessoas com QI muito alto, a densidade demográfica baixa não aumenta a sensação de felicidade. Além disso, quanto mais elas precisam socializar com outras pessoas, a satisfação delas com a vida tende a ser menor. "O efeito da densidade populacional na satisfação com a vida era mais de duas vezes maior para os indivíduos de baixo QI do que para os indivíduos com QI mais alto. E indivíduos mais inteligentes eram, na verdade, menos satisfeitos com a vida se socializavam com seus amigos com mais frequência", escreveram os autores.

Os autores acreditam que os indivíduos considerados gênios possuem cérebros mais evoluídos, o que os tornaria mais adaptados aos desafios da vida moderna. O problema é que essas pessoas estão sujeitas a viver em constante conflito entre aspirar objetivos maiores e estar vinculado às raízes do passado evolutivo.
Herculano
30/12/2016 07:39
UMA MÁQUINA DE SACANAGENS CONTRA OS PESADOS IMPOSTOS DOS BRASILEIROS. EMPRESA DE FILHO DE LULA RECEBEU R$ 103 MILHÕES, APONTA LAUDO DA POLÍCIA FEDERAL

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. TExto de Felipe Bächtold. Os principais financiadores da empresa Gamecorp, que pertence a um dos filhos do ex-presidente Lula, injetaram na firma ao menos R$ 103 milhões, de acordo com laudo elaborado na Operação Lava Jato. A cervejaria Petrópolis e empresas ligadas à Oi são os principais remetentes desses recursos.

Companhias como a Oi Móvel e a Telemar Internet, ligadas à empresa de telefonia, colocaram um total de R$ 82 milhões na empresa, em valores não corrigidos.

A Oi, que neste ano fez o maior pedido de recuperação judicial do país, já havia investido R$ 5,2 milhões na Gamecorp em 2005, ainda com o nome Telemar. A empresa, responsável pelo canal Play TV, está em nome de Fábio Luís Lula da Silva e dos sócios Kalil Bittar, Fernando Bittar e Leonardo Badra Eid.

A defesa de Lula afirma que a companhia de telefonia é acionista da Gamecorp.

O laudo foi elaborado pela Polícia Federal e não traz conclusões a respeito desses repasses. Está anexado a um dos inquéritos sobre o ex-presidente na Lava Jato.

A análise não especifica as datas de pagamentos. Entre os financiadores, também está o iG, Internet Group do Brasil, que pertenceu à Oi até 2012. A empresa de Fábio Luís foi constituída em 2004.

O aporte de 2005 foi objeto de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, mas o caso acabou arquivado em 2012.

A Oi tinha como uma das controladoras até 2014 a holding da empreiteira Andrade Gutierrez e aparece em outros episódios da Lava Jato.

Uma outra investigação relacionada a Lula, por exemplo, apura a instalação de uma antena da companhia telefônica próxima ao sítio em Atibaia (SP), que tem Fernando Bittar como um dos proprietários.

SHOPPING E CERVEJARIA

O grupo Petrópolis, dono da Itaipava, pagou R$ 6 milhões à firma do filho do petista. A cervejaria passou a entrar no foco da Lava Jato após aparecerem elos dela com a Odebrecht, como pagamentos suspeitos fora do Brasil.

Além dos R$ 103 milhões pagos por outras empresas, há nas contas bancárias da empresa repasses da própria Gamecorp que somam R$ 64,3 milhões.

Os laudos da PF também abordam outras duas empresas de filhos do ex-presidente. A G4 Entretenimento, de propriedade de Fábio Luís e de Kalil e Fernando Bittar, tem como um dos principais financiadores a Iguatemi Shopping Centers, que pagou R$ 1,9 milhão em 2014 e 2015.

EMPRESAS

A defesa de Lula diz que a Oi/Telemar é acionista da Gamecorp e participa de sua administração. Também afirma que sigilos bancários, mesmo quando quebrados, devem ser usados exclusivamente para investigação, não para "divulgação pública".

"Serão tomadas todas as providências cabíveis para que as autoridades federais responsáveis por essa divulgação sejam punidas na esfera funcional, além de serem responsabilizadas por todos os danos causados à Gamecorp e a G4."

A Oi diz que contrata a Gamecorp para serviços de produção do canal que exibe a programação da Oi TV e os direitos de transmissão do canal Play TV.

O grupo Petrópolis diz que os pagamentos se referem a "serviços prestados para implantação de TV corporativa" da empresa e também veiculação de publicidade.
Herculano
30/12/2016 07:36
CONHEÇA CINCO PAÍSES QUE EMITEM VISTO PARA QUEM QUER INVESTIR

Conteúdo da revista Veja. É cada vez maior o interesse dos brasileiros em investir no exterior e, em troca, obter o visto de permanência no país escolhido. Para isso, é preciso um bom cacife, conhecimento da língua, além de tempo e paciência com a papelada. Alguns consulados facilitam bem as informações, mas há casos em que a melhor alternativa é contratar uma empresa especializada. A análise da documentação é rigorosa e inclui a exigência de atestado de antecedentes.

Estados Unidos

Obter visto de investidor para os Estados Unidos não é barato e nem fácil. É preciso passar pelos chamados EB-5, centros regionais que administram projetos de investimento estrangeiro no país, criados pelo governo americano para fomentar a criação de empregos. O investimento mais acessível é de 500.000 dólares (cerca de 1,6 milhão de reais), e o consulado não faz essa intermediação ?" só é possível apresentar a proposta nos Estados Unidos. Algumas empresas fazem esse serviço aqui no Brasil. "Nós atendemos quem quer investir nos Estados Unidos e obter o visto permanente sem ter de contratar um advogado de lá, o que é mais custoso", afirma Juliana Cunha, diretora da LCR Capital Partners, empresa especializada no setor de franquias de restaurantes "fast food" e hotéis. Assim que o investimento é aprovado, o brasileiro obtém o visto temporário, chamado de green card condicional, podendo morar no país com o cônjuge e filhos solteiros de até 21 anos. Depois de um ano e meio, pode solicitar o visto permanente.

Portugal

O governo português tem facilitado a emissão do chamado Regime Especial de Autorização de Residência para Atividade de Investimento. As exigências não são poucas: transferência de capitais no montante igual ou superior a 1 milhão de euros (aproximadamente 3,5 milhões de reais) ou a criação de, ao menos, 10 postos de trabalho. Também é possível investir menos, cerca de 250.000 euros, em empreendimentos ligados à área cultural. Em troca, o empreendedor poderá residir e trabalhar em Portugal desde que, no primeiro ano, fique no país ao menos sete dias. Ao final de cinco anos, é possível pedir a residência permanente no país.

Nova Zelândia

O país da Europa tem tentado estimular a ida de investidores ao país. Mas, para isso, é preciso desembolsar 1,5 milhão de dólares neozelandês (cerca de 3,6 milhões de reais) por quatro anos, ter menos de 65 anos, ter três anos de experiência no negócio, além de bom domínio da língua inglesa. Além disso, o investidor deve permanecer no país durante, ao menos, 146 dias em cada um dos últimos três anos do período de investimento de quatro anos.

Reino Unido

Se você quer investir nas terras da rainha prepare-se para contratar uma empresa especializada e desembolsar cerca de 8,2 milhões de reais. As exigências para investir no Reino Unido incluem investir ao menos dois milhões de libras esterlinas em fundos do país, além de ter 18 anos ou mais. Os ingleses ainda são rigorosos em relação à origem dos recursos _ você precisa fornecer detalhes sobre a origem dos fundos e abrir uma conta bancária no país. O site do consulado informa que a análise do pedido demora cerca de um mês.

Canadá

O governo do Canadá tem incentivado que estrangeiros iniciem negócios no país por meio do Programa Start-Up Visa. Para isso, você tem de apresentar sua proposta de negócio a uma das agências designadas pelo governo, chamadas de "Angel Investidor Groups" ou "Ventura Capital Funds", que será uma espécie de acionista da sua futura empresa, arcando com 50% do valor do investimento.

A "Angel Investor Group" oferece investimento de 75.000 dólares canadenses (187.000 reais) e a "Venture Capital Funds" investe 200.000 dólares canadenses (500.000 reais). Se a proposta for aprovada, o candidato inicia o processo para o obter o visto de residência permanente. Os interessados ainda precisam comprovar nível intermediário de inglês ou francês e ter condições de se manter no país (o valor estimado pelo governo é de cerca de 11.000 dólares canadenses (25.000 reais).
Herculano
30/12/2016 07:26
O PÍFIO GOVERNO DE HADDAD, editorial do jornal o Estado de S. Paulo

O balanço da administração do prefeito Fernando Haddad é melancólico, para dizer o mínimo, como já esperavam os que a acompanharam com atenção, sem se deixar impressionar pelo brilho passageiro e enganador de suas tiradas demagógicas

O balanço da administração do prefeito Fernando Haddad é melancólico, para dizer o mínimo, como já esperavam os que a acompanharam com atenção, sem se deixar impressionar pelo brilho passageiro e enganador de suas tiradas demagógicas. Constata-se, com dados objetivos, mostrados em reportagem do Estado, como é grande a distância que separa a realidade nua e crua das hábeis jogadas de marketing ?" nisso não se pode negar seu mérito ?" com que tentou criar a imagem de governante moderno e atento às necessidades da maioria da população.

Ele cumpriu apenas 66 das 123 (53%) metas do plano apresentado no início de seu governo, um desempenho ligeiramente inferior ao de seu antecessor, Gilberto Kassab (55%). Mas isso é o de menos. Muito mais importante que esses números é o que está por trás deles. Quase nenhum governante consegue mesmo cumprir, como é sabido, a maioria das suas promessas. Se aqueles 53% se referissem a ações em áreas de real interesse para a maior parte dos paulistanos, o resultado da administração de Haddad não seria tão ruim.

Mas não foi isso o que aconteceu. Mais da metade das metas atingidas diz respeito a medidas administrativas, como, por exemplo, a aprovação de programas e a criação de Secretarias, de conselhos e da Subprefeitura de Sapopemba. A aprovação da revisão do Plano Diretor e da Lei do Zoneamento é sem dúvida importante para a cidade, mas nesse caso o mérito do prefeito tem evidentemente de ser dividido com a Câmara Municipal.

O que os paulistanos esperavam de Haddad é que dedicasse a atenção prometida aos setores sociais, dos quais ele e seu partido, o PT, se dizem os campeões. Afinal, esse foi o ponto forte de sua campanha. Pois foi exatamente aí que fracassou. Cumpriu inteiramente apenas um dos sete compromissos assumidos na área da saúde (a instalação de uma unidade da Rede Hora Certa em cada Subprefeitura); dois dos sete na educação; e nenhum dos três na habitação. Na educação, aumentou o número de convênios com creches, o que já vinha sendo feito por governos anteriores, mas o número de crianças esperando vagas continua nas alturas ?" 133 mil.

A isso foram relegados os dois pilares, educação e saúde, de qualquer política social realmente séria, que não se limita aos benefícios ilusórios e precários do populismo. Os mesmos aos quais o PT ?" de Haddad a Lula da Silva e Dilma Rousseff ?" não se cansa de jurar fidelidade, mas que, quando chega ao poder, relega a segundo plano, como acaba de ficar mais uma vez evidente na capital paulista, como já ficara no plano federal com o abandono do SUS, para citar apenas o caso mais flagrante. A população carente que deles depende é esquecida depois das eleições.

Em vez de cuidar do importante, Haddad se dedicou de corpo e alma ao brilhareco de acrobacias de baixo custo e retorno modesto e mais do que discutível, quando existe. Implantou às carreiras, sem estudos e planejamento, uma rede de mais de 400 km de ciclovias e outro tanto de faixas exclusivas de ônibus. Tudo em meio a uma bem orquestrada campanha para apresentar ambas como peças de uma "revolução" na mobilidade urbana, centrada na falsa oposição entre o automóvel ?" responsável por boa parte dos deslocamentos, que a curto prazo não têm como ser absorvidos pela precária rede de ônibus e metroferroviária ?" e o transporte coletivo.

Que a prioridade deve ser este último ninguém contesta. Mas não é com espalhafatosas ciclovias em sua maioria entregues às moscas e com faixas de ônibus, que garantiram ganhos mínimos na velocidade desses veículos, que se consegue melhorar o transporte coletivo. Para isso, o que Haddad poderia e deveria ter feito é construir os corredores prometidos ?" único ponto positivo de seu programa de transporte ?", cuja maioria ficou no papel.

Fernando Haddad também lega a seu sucessor ?" e aos habitantes de São Paulo ?" uma cidade suja e esburacada como raras vezes esteve.

Não admira que o povo, que não é bobo, tenha feito com Haddad o que fez nas eleições.
Herculano
30/12/2016 07:19
VETO CORRETO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Fez bem o presidente Michel Temer (PMDB) em vetar parcialmente o projeto de renegociação das dívidas dos Estados, que havia sido aprovado pela Câmara sem contrapartidas firmes. Com a decisão, o governo sinaliza que não concederá alívio sem que sejam enfrentados de forma resoluta os desequilíbrios estruturais nas contas.

O veto foi direcionado à parte do projeto que instituía o Regime de Recuperação Fiscal, figura que busca semelhança com a recuperação judicial de empresas privadas.

Inserido na versão aprovada pelo Senado, o mecanismo foi pensado inicialmente para os Estados em situação mais crítica ?"casos do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.

A ajuda federal seria condicionada a uma série de ajustes, como limitações a crescimento de gastos com funcionários, cortes de cargos, aumento das contribuições de aposentados e até a revisão do regime jurídico dos servidores.

Era uma boa solução ?"até a Câmara derrubar as contrapartidas. Sem elas, deixaram de existir balizas claras para as renegociações.

Assim, o presidente sancionou apenas a primeira parte do projeto, que prolonga as dívidas por 20 anos e concede alívio no pagamento de parcelas até julho de 2018, com incorporação da diferença ao saldo devedor. O custo para o Tesouro até 2018 será próximo a R$ 50 bilhões, valor que será recuperado ao final do contrato.

A única contrapartida é a limitação do crescimento dos gastos à inflação por dois anos. É pouco, mas neste caso o governo Temer não tinha opção: a benesse fora acordada anteriormente e estava amparada em liminares do Supremo Tribunal Federal.

À época, muitos acreditavam que as dificuldades dos Estados decorriam de sua dívida com a União. Desde então, porém, ficou claro que o problema principal é o crescimento descontrolado das despesas, sobretudo de pessoal e Previdência.

Como apontou o economista Alexandre Schwartsman, colunista desta Folha, em 2011 o gasto conjunto dos Estados (em valor corrigido) era de R$ 727 bilhões; nos 12 meses encerrados em junho deste ano, a cifra saltara para R$ 835 bilhões, alta 15% acima da inflação.

Nesse mesmo período, as despesas com pessoal aumentaram 18% acima da inflação, passando de R$ 246 bilhões para R$ 307 bilhões.

Enquanto governadores e deputados (federais e estaduais) não estiverem dispostos a botar o dedo na ferida ?"o inchaço da máquina e os custos exorbitantes de folha de pagamento, especialmente com o alto escalão?", o problema persistirá.

O veto presidencial recoloca o debate nos termos corretos. Será preciso retomar as contrapartidas.
Sidnei Luis Reinert
30/12/2016 06:13
ASSIM FUNCIONA A ESQUERDA MUNDIAL FINANCIADA PELO GLOBALISTA GEORGE SOROS:

Democratas da Califórnia legalizam prostituição infantil

A partir de 1º de janeiro, a prostituição de menores será legal na Califórnia. Sim, você leu certo.

A lei SB 1322 impede a aplicação da lei de prender profissionais do sexo menores de 18 anos por solicitação ou engajamento na prostituição ou por demora com a intenção de fazê-lo. Assim, adolescentes (e meninos) na Califórnia em breve será livre para ter relações sexuais em troca de dinheiro sem medo de prisão ou acusação.

Esta legislação terrivelmente destrutiva foi escrita e aprovada pelos democratas progressistas que controlam o governo estadual da Califórnia com uma "supermaioria" de dois terços. Para seu crédito, eles são sinceros em sua crença de que a descriminalização da prostituição de menores de idade é uma boa política pública que vai ajudar as vítimas do tráfico sexual. Infelizmente, a realidade é que a legalização da prostituição de menores sofre do defeito fatal endêmico à formulação de políticas de esquerda progressiva: ignora a experiência, o bom senso e, acima de tudo, a natureza humana - especialmente o seu lado mais sombrio.

A conseqüência inesperada, mas previsível, de como os vilões reais - proxenetas e outros traficantes na miséria humana - responderá a esta nova lei não é difícil de prever. Pimping e pandering ainda será contra a lei se envolve a execução de mulheres adultas ou meninas jovens. Mas legalizar a prostituição infantil só incentivará o aumento da exploração das raparigas menores de idade. Imunidade de prisão significa que a aplicação da lei não pode interferir com os menores envolvidos na prostituição - o que se traduz em maior e melhor fluxo de caixa para os proxenetas. Simplificando, mais tempo na rua e menos tempo na cadeia significa mais dinheiro para os proxenetas, e mais vítimas para eles explorarem.


Como Nancy O'Malley, procuradora do distrito de Alameda, líder nacional em questões de tráfico de seres humanos, disse à mídia: "Isso só abre a porta para que os traficantes usem essas crianças para cometer crimes e explorá-los ainda pior". Outro promotor observou perspicaz que se os traffickers escreveram a legislação para se proteger, leria como o SB 1322.

Menores envolvidos na prostituição são claramente vítimas, e permitindo que os nossos agentes policiais para pegar esses menores e levá-los longe de seus proxenetas e em custódia é uma solução dramaticamente melhor do que torná-lo legal para eles se vendem para o sexo. Isso só aprofunda a sua vitimização e torna a aplicação da lei impotente para parar o ciclo de abuso. SB 1322 não é simplesmente equivocada - suas conseqüências são imorais.

Infelizmente para os californianos, SB 1322 não é um outlier - é apenas a ponta do iceberg liberal. 2017 verá o Estado Dourado submetido a onda após onda de leis que tomam efeito que são bem-intencionados, mas encarnações desastrosas do utopismo progressista.

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