Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

13/03/2015

ANDREIA FOI À PRAÇA I
Por esta a administração petista de Pedro Celso Zuchi não esperava. Ele próprio foi cedinho à Praça Getúlio Vargas, defronte a prefeitura, conferir com os próprios olhos a exposição paralela que a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, montou em comemoração a 81 anos de emancipação de Gaspar. Zuchi não gostou nada do que viu. Bufou. Também pudera. Viu uns poucos dos muitos problemas da cidade. Estavam ali: documentados nas fotos dos painéis. Nem ele, nem o gerente de Habitação, Heriberto Kuntz, PC do B, que o acompanhava, nem Doraci Vanz, nem o cunhado do prefeito, o vereador Antônio Carlos Dalsochio, nem o petista número um, Rodrigo Fontes Schramm e que apareceram mais tarde por lá entre outros. Nem Élcio Carlos de Oliveira, do Samae, que não teve nada apontado.

ANDREIA FOI À PRAÇA II
Andreia ficou lá o tempo todo. Conversou, explicou, foi apoiada e de quebra doou mudas de plantas. Ou seja, Andreia está plantando. O PT colhendo a erva daninha que semeou. Os mandas-chuvas da prefeitura e que estão lá há seis anos, além dos quatro de 2000 a 2004, se escondem nos discursos palanqueiros. Eles são dirigidos para gente desinformada ou gente que leva vantagem com o governo, gente amedrontada no terrorismo que se faz contra quem ouse discordar do método e na propaganda paga enganosa, mas que não compra a consciência de todos.

ANDREIA FOI À PRAÇA III
Andreia que é professora licenciada, esclarecida, comunicativa e personalidade forte, fez a coisa simples e didática. Foi pedagógica como fazia com seus alunos. A prefeitura montou uma exposição de fotos das obras que fez ou entregou. Andreia mostrou exatamente aquilo que o PT prometeu e não entregou, ou quando inaugurou com festa, estava com problemas. O PT está a nu. Não se conforma com a audácia da vereadora. Mas ele próprio é o culpado disso tudo. Foi à vingança reiterada e desproporcional do PT, somada à falta de respeito. O partido acha que ela faz isso manipulada por outros, sem autonomia e caráter. Esquece, todavia, o PT, que foi ele que a projetou como vereadora, promovendo traições, ameaças. Andreia é vítima. E por sua coragem e persistência, ela está se tornando um ícone dos que são calados ou enrolados por aqui. Acorda, Gaspar!

ILHOTA EM CHAMAS
Numa semana foi a Justiça que liminarmente suspendeu a ideia do prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, para terceirizar o serviço de captação, tratamento e distribuição de água potável, hoje feito pela Casan. Pior. Nesta semana o Tribunal de Contas também mandou parar a vontade do prefeito numa aula de como fazer isso. O edital da concorrência 001/2015 não se compromete com o futuro e a empresa só ganhará dinheiro com o presente. Ou seja, nada de planos, investimentos. Mas, hilário mesmo foi a ?montagem? no control c, control v para se ajustar aos interesses e à preguiça: não se sabia se ele se referia a Massaranduba ou Ilhota, como assinalou o juiz José Adilson Bittencourt Júnior da primeira vara da Comarca de Gaspar ao dar a liminar para a Conasa ? Companhia Nacional de Saneamento - contra Valmor Bertelli Júnior, Presidente da Comissão de Licitação de Ilhota.

TRAPICHE

Um encontro em que participaram os deputados federais Décio Neri de Lima, PT, Rogério Peninha Mendonça, PMDB, e a vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB, definiu uma chapa que vai disputar a eleição municipal do ano que vem: o PT e PMDB vão estar coligados aqui em Gaspar. E Ivete será a vice nesta chapa.

Na segunda-feira, acontecerá o 3º Encontro da Família Rural Gasparense. Ele será das 8h às 14h, no Bela Vista Country Club. É um congraçamento. Quanto vai custar? Não sei exatamente. Só para o restaurante do clube vai pagar R$ 33.110,00 para o café da manhã, do almoço e o tal coffe break (inexigibilidade 12/2015). Outra.  A secretaria de agricultura não vai ser extinta? A política partidária, não.

Estes jovens. Sai Lucas Bailer Viera e é nomeado Eduardo Wanzuit Ferreira, para a Assessoria para Assuntos da Juventude de Pedro Celso Zuchi, PT.

Podem mudar de ideia, mas já mandaram dizer que não vão participar do protesto deste domingo contra a corrupção: José Hilário Melato, PP, Jaime Kirschner, PMDB. Eles vão se juntar por motivos óbvios aos vereadores do PT. Quem está em dúvida, é Geovânio Borges, PSD.

Uma pergunta que não quer calar. Depois da catequese marxista e de defesa de Dilma Vana Rousseff na abertura do ano letivo, depois de lançar um jornal mentindo sobre os vencimentos dos professores municipais, será que a secretaria de Educação vai continuar desestimulando as comemorações dos dias dos Pais e das Mães nas escolas como fez nos anos anteriores?

Iniciativa elogiável. Por enquanto está só no papel, mas isto vai depender do grau de aparelhamento das entidades envolvidas. O CDL com Valmir Castanha liderou a busca de uma pauta comum das entidades por resultados pela cidade num projeto chamado de ?100 anos de Excelência?. Entre os pontos de luta comum, está o Anel de Contorno de Gaspar. A Acig e a Ampe orientadas pelo PT de Rodrigo Fontes Schramm assinaram o documento ao lado da subsecção da OAB, do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Gaspar, Sintraspug, do Rotary Club de Gaspar, do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon), e representantes de veículos de comunicação.

Persistente. Só na terça-feira o ex-deputado João Alberto Pizzolatti Júnior encaminhou a carta ao presidente do PP, Joarez Ponticelli, pedindo o seu afastamento temporário da vice- daqui presidência do diretório regional catarinense.

A presidente Dilma Vana Rousseff, ambos do PT, quer mudar o humor do povo e por recomendações dos seus marqueteiros, está disposta a viajar pelo Brasil para dar entrevistas a quem não pergunta nos grotões e inaugurar obras do seu governo. Falar com baba ovos, vai ser relativamente fácil. Agora inaugurar obras... Em Gaspar ela poderia vir descerrar a fita daquele muro de capim no morro do Samae e que custou o olho da cara.

No ataque mais duro presidente petista Dilma Vana Rousseff, FHC (ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, PSDB) disse que ela lançou mão de uma tática ?infamante?, ?da velha anedota do punguista que mete a mão no bolso da vítima, rouba e sai gritando ?pega ladrão??. 

Edição 1669
 

Comentários

Herculano
16/03/2015 20:41
PANELAÇO

O Jornal Nacional no primeiro bloco foi porta-voz da do Palácio do Planalto. O panelaço, buzinaço e xingamentos recomeçaram
Herculano
16/03/2015 20:37
ELE ESTÁ CERTO

PT contesta Ministério Público Federal: 'Vaccari não participou de esquema'.

Realmente não participou, é o próprio esquema.
amigo so pmdb
16/03/2015 20:10
ao pmdb roxo antes da eleicoes tinha bandeira do psdb na casa da invete 3 dia final ela nao tinha mais vc saber porque eu tenho foto ele vao engamar todos este encontro teve sim e tenho muitas provas ,
Violeiro de Codó
16/03/2015 19:42
Sr. Herculano:

O presidente da Câmara José Hilário Melato foi ao protesto contra a corrupção e ao mesmo tempo não estava lá?
É que ele tem a síndrome de alma-penada, só ela tem essa capacidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo.
Fui!
PMDB ROXO
16/03/2015 18:54
Herculano,

Por falar em mentira voce foi desmentido pelo deputado federal Peninha, inclusive renuncia o cargo se provares que é verdade o quê falaste. Vejam no site da Sentinela.

Como nao ex democratico, fica pra ti, só publica o que te interessa ainda mais sabendo que levamos mais 3000 pessoas a rua neste dia 15 o nosso 16.

Te cuida cara vais ficar desempregado por mais alguns anos e sem o teu investimento no parque industrial de Gaspar. Ve se arruma uma boquinha pro teu amigo leiloeiro.
Herculano
16/03/2015 18:21
MAIS UMA MENTIRA

Esta afirmação é do discurso de hoje a tarde da presidente Dilma Vana Rousseff, PT. Será ela sabe o que se passa em Gaspar?

"Muitos da minha geração deram a vida para que o povo pudesse, enfim, ir às ruas para se expressar. Nunca mais, no Brasil, nós vamos ver pessoas que manifestarem sua opinião, seja contra quem quer que seja, inclusive a Presidência da República, sofrerem consequências"
Ta pagando brabo
16/03/2015 18:11
E amigos de tragico e comico será mesmo a inauguração da policlinica, Um lugar com monte de moveis velhos e sujos e um monte de gente amedrontada pelos desmandos da ineficiente de diretores aparvalhados que nao sabem resolver nada e brigam entre si disputando poderes voces ja devem saber quem são? Será a gerente do Centro, a doutora Bete? A mesma que está no CABIDE há 38 anos? Acharam anos demais? Pois é, parece séculos que esta figura continua impondo sua presença desagradável no serviço público de saúde A mesma que saldou dívidas com zilhões de horas extras a colegas de trabalho? A mesma que afirma que uma INFECÇÃO OTOLÓGICA é a mesma coisa que um PROBLEMA DE VISTA? Ou será que foi aquela que se diz gerente do restante da cidade, a doutora Aline? A mesma que amanhece e anoitece nas saias da senhora secretária dando descarga a mexericos e nhe...nhe...nhes intermináveis, engolidos e aplaudidos pela secretária? A mesma que dá soluções anômalas a problemas extremos que vêm ocorrendo nos 4 cantos da cidade soluções sempre elogiadas pela secretária? A mesma que provoca PANICO nas pessoas mesmo sem estar presente? A mesma que escreve: HERRAR É UMANO? imaginem como será esta policlinica meu povo!
Pagando brabo
16/03/2015 15:36
Chega ser irônico se não fosse trágico, a Policlínica que não serve de policlínica está para ser inaugurada dia 18, pelo visto só vão mostrar a sala de reuniões , pois o único lugar onde compraram móveis chiques, cadeiras novas e de colocar inveja em qualquer sala de reuniões de grandes empresas, mas quem vai sentar nelas, os amigos do rei, os diretores, enquanto a população, e os funcionários vão ficar no cupim e no ferrugem
Herculano
16/03/2015 12:43
O TEMOR

Gerson Camarotti, do G1, disse que "integrantes da cúpula do PT ouvidos pelo blog demonstraram apreensão com a prisão de Renato Duque.

Apesar das negativas oficiais, no PT todos reconhecem que Duque era um homem ligado ao partido, principalmente a José Dirceu.

O temor na legenda é que uma prisão prolongada de Duque acabe tendo efeito psicológico sobre o ex-diretor semelhante ao que ocorreu com Paulo Roberto Costa, que, depois de preso pela segunda vez, acabou fazendo delação premiada".

O temor do PT, portanto, é que Duque diga a verdade.
sidnei luis reinert
16/03/2015 12:43
Presidente do PT-SC ironiza manifestantes

Presidente do PT catarinense, o ex-deputado federal Claudio Vignatti disse respeitar as manifestações e lembrou a frase da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre preferir ?o barulho das ruas ao silêncio das ditaduras?. O petista procurou minimizar a insatisfação e avaliou que o governo federal não deveria apresentar respostas aos protestos. Ironizou os participantes.

? A manifestação é livre. Pela primeira vez estou vendo pessoas chegaram em manifestações de BMW, Mercedes, caminhonetão. É bonito também. A gente nunca via essas pessoas em manifestações ? afirmou Vignatti.

http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2015/03/presidente-do-pt-sc-ironiza-manifestantes-4719243.html
sidnei luis reinert
16/03/2015 12:29
Milhões protestam nas ruas e assustam Dilma, que promete demagogia anticorrupção e golpe eleitoreiro
http://www.alertatotal.net/

Infelizmente, pelas declarações públicas dadas depois das mega manifestações pelos ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Miguel Rosseto, da Secretaria Geral da Presidência da República, o governo manteve a postura cínica e não aprendeu nada com os protestos. Cardozo quase matou todo mundo de rir ao prometer que, nos próximos dias, Dilma iria cumprir uma promessa de campanha e anunciar um amplo pacote contra a corrupção. Também riu da cara da maioria indignada ao avisar que o governo vai propor uma reforma política que acabe com o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. O plano soviético da petralhada é estatizar o custeio das campanhas. Se isto ocorrer, eles sairão do poder apenas no Dia de São Nunca, graças ao aparelhamento que fizeram da máquina pública, nos três ou cinco poderes (se forem incluídos o Ministério Público e os Militares).



Vale muito prestar atenção em dois trechos do pronunciamento coletivo dos dois ministros. Primeiro trecho: a partir dos 10min20seg. Segundo trecho: a partir dos 13min07seg. O papo reacionário e golpista continua dominando os vazios discursos deles - que sequer conseguem agradar à fanática militância nazicomunopetralhadabolivariana. Eles sempre se proclamam iluminados donos da verdade histórica. Quem for contra eles é inimigo, golpista, defensor de impeachment, da elite branca e burguesa... Foi pela besteira que falaram, em rede de rádio e televisão, que ambos geraram, em várias cidades do País, um panelaço ensurdecedor.

O desgaste da impopular Dilma vai prosseguir e deve aumentar. Ela aposta que consegue cooptar o Congresso Nacional. Também crê que consegue dobrar a má vontade da mídia (que ontem fez um espetacular joguinho de morde & assopra com o desgoverno). Globo e Record deram ampla cobertura às manifestações ao vivo - como se dessem um recado para o governo de que precisa negociar melhor com elas... No Fantástico, a Globo ainda ouviu dois ex-ministros do Supremo Tribunal Federal. Ayres Britto, para dizer que não cabe impeachment. E Carlos Velloso, contra a intervenção militar...

Tradução: a Globo quer Dilma onde está, do jeito que está, dando-lhe mais verbas publicitárias. O Comissário Ricardo Berzoini, Ministro das Comunicações, já propôs, na semana passada, que a distribuição de tais recursos saia da Presidência e venha para o ministério dele. Berzoini também quer que o governo parta para a ofensiva, finalmente, botando na rua o projeto de "Regulamentação da Mídia" (definida por ele como, de direita, golpista e burguesa).


O desgoverno não entendeu nada de ontem. O impasse institucional tende a se agravar... As consequências são imprevisíveis. Tudo tende a repercutir muito mal na política, na economia e na sociedade em geral.
Herculano
16/03/2015 12:06
UMA OBSERVAÇÃO

O parágrafo é lavra e análise de Moacir Pereira.

O que se viu na Beira Mar Norte não se repetirá tão cedo em Santa Catarina. Na hora em que a passeata saia do Terminal Rita Maria desabou um violento temporal em Florianópolis. E, para decepção dos petistas e governistas que torciam pelo fracasso da passeata, a chuvarada serviu como um forte estimulante. Ninguém ligou para a tempestade. Encharcados, pareciam mais animados nos apitaços, nas palavras de ordem em coro de distintos grupos. Assim, idosos, jovens e até mães com crianças de colo seguiram de forma ordeira até a Policia Federal pedindo um Brasil melhor, mais honesto e mais ético. Dando um "basta" a governantes corruptos e exigindo cadeia para os políticos flagrados na ladroagem.
Herculano
16/03/2015 11:55
CRISE GRAVE, MAS SEM SAÍDA, Eliane Cantanhede para o jornal O Estado de S.Paulo

O Brasil tem agora o antes e depois de 15 de março de 2015. Mais de um milhão de pessoas foram às ruas para protestar contra a presidente Dilma Rousseff e contra o PT, que, desde 1980, era quem tinha força e capacidade de mobilização.

Quem poderia imaginar que o PT mudaria de lado e passaria a ser alvo, após 30 anos de glórias e de jogar as ruas contra tudo e contra todos em nome da ética? Bastaram 12 anos de poder para o caçador virar caça. E isso tem um lado dramático. Mas cada um colhe o que plantou.

À crise política, aos erros na economia, aos desmandos éticos, ao desmanche da Petrobras, soma-se o último fator que faltava: as ruas.

Fecha-se o cerco. Não foi uma manifestação a mais, foi uma para entrar na história, tal a dimensão e a extensão.

Em junho de 2013, a classe média assalariada explodiu nas ruas com uma pauta difusa - e confusa - de reivindicações e de acusações generalizadas contra "tudo o que está aí". Já neste 15 de março de 2015, jovens e velhos, mulheres e homens, empresários e assalariados tiveram uma pauta bastante específica: a rejeição a Dilma, ao governo e ao PT.

Registre-se uma grande ausência: a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não apareceu na sexta-feira nem no domingo, fosse para aprovar ou desaprovar qualquer dos dois movimentos. Mas o pior não foi isso: as multidões, com seus cartazes e slogans, simplesmente ignoraram Lula. Será que Lula, para o bem e para o mal, também não é mais o mesmo?

Do outro lado, a palavra impeachment, que foi o mote original da convocação pelas redes sociais, foi perdendo apelo e se enfraquecendo ao longo do processo e praticamente desapareceu no dia "D". O "Fora Dilma" é simbólico. O pedido de impeachment, bem mais concreto, sumiu.

Tudo isso desaba sobre o PT num momento em que Dilma despenca nas pesquisas de opinião em todas as faixas e em todas as regiões e em que o governo deixa de ser um trunfo do partido para se transformar num fardo político. Por quê? Porque não tem o que dizer, não tem o que apresentar, não tem um horizonte melhor a oferecer.

Diz a regra que, se você não tem o que dizer, é melhor ficar calado. Dilma quebrou essa regra no Dia Internacional da Mulher e ontem destacou os ministros José Eduardo Cardozo e Miguel Rossetto para responder à avalanche popular com os dois temas sacados em junho de 2013: reforma política e pacote anticorrupção. Dois anos depois, é tudo o que o governo tem a dizer?

Como "defesa", os ministros disseram que quem foi às ruas não foi o eleitor de Dilma, foi o eleitor de oposição. Isso escamoteia o desgaste real e perceptível da presidente recém-reeleita; é uma admissão de que a oposição está cada vez mais forte e mais organizada e confirma que o governo, incapaz de fazer alguma autocrítica, continua autista, isolado, talvez incapaz de ouvir a voz rouca das ruas. Pior: foi para o confronto e perdeu.

O governo, via PT, CUT e UNE, pagou para ver e deu no que deu. Os atos de sexta-feira, organizados, foram relevantes, mas os protestos de ontem, espontâneos, mostraram que os irritados com o governo ultrapassam em muito os aliados do PT.

É hora de o governo lamber as feridas e de a oposição avaliar seriamente como entrar no vácuo das manifestações. Espera-se que Dilma passe a ouvir, a conversar, a ceder, mas isso é querer que Dilma deixe de ser Dilma. Espera-se que o governo recomponha uma economia esgarçada e recupere a capacidade de articulação política com o Congresso, mas é preciso combinar com o PMDB.

E da oposição, o que se espera? Aí está o x do problema. As manifestações foram contra o PT, mas não foram a favor da oposição. O PSDB parece não saber o que dizer, o que fazer e para onde ir, está sem rumo e a reboque das ruas. E isso leva a um diagnóstico bastante grave: a crise é gigantesca, mas sem saída.
Herculano
16/03/2015 11:49
AMPLITUDE É MAIS VALIOSA QUE QUANTIDADE DE PESSOAS EM ATOS, DIZEM ANALISTAS

O texto é de Carlos Madeiro, do Uol (Folha de S.Paulo),em Maceió, Rio Grande do Norte. Ao menos 2 milhões de pessoas protestaram contra o governo federal neste domingo (15) em todos os Estados do país, além do Distrito Federal, segundo dados das PMs locais. Para especialistas ouvidos pelo UOL, entretanto, mais do que o número de pessoas, o que é importante de analisar é que as manifestações conseguiram ter uma grande amplitude nacional, o que dá força à voz das ruas.

Para Ricardo Ismael, cientista político da PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio e coordenador do Laboratório de Pesquisa Governo, Desenvolvimento e Equidade, a qualidade é mais importante que a quantidade de pessoas em um protesto.

"Foi uma dos maiores protestos da história. As Diretas Já levaram muita gente às ruas, o impeachment de Collor também. O que tem importância nos protestos de hoje é que tiveram amplitude nacional. A questão de uma analise quantitativa é bobagem, o que vale é a qualitativa", disse Ismael.

O cientista político afirmou que o poder de mobilização causou surpresa a todos. "De fato tivemos uma manifestação que superou as expectativas de todos. Nem os próprios líderes esperavam isso. Os protestos colocam uma questão para o governo, que terá de mudar alguma coisa, falar sobre isso, não pode fingir que não houve nada. A outra pergunta que fica é: vai parar por aí ou teremos mais?", questionou.

Alberto Saldanha, historiador da UFAL (Universidade Federal de Alagoas), também acredita que a dimensão de um protesto não pode ser analisada apenas pelo público que vai às ruas.

"Esse critério de maior protesto depende muito do gosto do freguês, é algo relativo. Já houve manifestações gigantes que ocorreram em épocas diferentes. Hoje você tem toda uma rede que possibilita essa mobiliação. Em função da tecnologia, podemos considerar que as anteriores foram maiores, que não tiveram essa influência e conseguiram mobilizar milhares", afirmou.

Para o historiador, o movimento atual ainda se mostra pouco homogêneo --com líderes não se entendendo--, o que também diminui a força histórica da manifestação. "As manifestações das Diretas Já, pela saída de Collor foram mais fortes. Parte disso porque elas tinham um foco mais direto, concreto", analisou.

Para o jurista e coordenador do MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral), juiz Márlon Reis, os protestos deste domingo foram gigantes porque vão além da revolta com o atual governo federal.

"Há uma sensação de descrédito nas instituições democráticas, especialmente no Congresso Nacional, cujos membros estão em grande parte envolvidos em escândalos. Engana-se quem atribui a mobilização popular de hoje à liderança de partidos. No cenário atual, todos os partidos estão na berlinda", afirmou o juiz.
Herculano
16/03/2015 11:45
O PRESIDENTE DA CÂMARA JOSÉ HILÁRIO MELATO, PP, FOI AO PROTESTO CONTRA A CORRUPÇÃO?

Como funcionam as coisas por aqui. Eu escrevi que ele era um dos que não iriam. Outros deram a mesma informação. E Melato obrigou estes outros ao desmentido. Não a mim, é claro.

Mas, uma pergunta que não quer calar: afinal ele foi ou não ao evento em Gaspar. Ninguém o viu. Nem os vereadores do PT a que Melato está alinhado.
Herculano
16/03/2015 11:41
GOVERNO ERROU ANTES E DEPOIS DOS PROTESTOS, por Fernando Rodrigues



Nos últimos dias, PT e Planalto tentaram desqualificar manifestações


Entrevista de ministros após os atos mostra discurso desafinado

Nos últimos dias e semanas, o PT e o Palácio do Planalto trabalharam para tentar desqualificar previamente as marchas de protesto. Nas redes sociais, simpatizantes dilmistas classificavam os manifestantes de "elite branca", "coxinhas", "varanda gourmet" e "almofadinhas". A crítica mais benigna dos governistas era que haveria pouca gente ou que apenas setores da classe média sairiam de casa no domingo.

A forte adesão de centenas de milhares de pessoas destruiu os argumentos petistas e do Planalto. Segundo o Datafolha, São Paulo teve a maior manifestação política (210 mil pessoas) desde as Diretas-Já, em 1984.

Passadas as marchas, a presidente Dilma Rousseff escalou dois ministros para falar com repórteres. Miguel Rossetto (Secretaria Geral da Presidência) e José Eduardo Cardozo (Justiça) apareceram para a entrevista com camisas sociais azuis, sem gravata, ternos desalinhados e semblantes de derrotados. Nessas horas, imagem é quase tudo.

Mas o conteúdo ainda foi mais desalentador para o governo. Um ministro (Cardozo) começou com uma fala mais humilde falando em respeito à democracia. O outro (Rossetto) começou classificando os manifestantes como eleitores que votaram contra Dilma Rousseff em 2014. Disse também que "não é legítimo o golpismo, a intolerância, o impeachment infundado que agride a democracia". Mas como o ministro Rossetto sabe que todos os que foram às ruas queriam o impeachment e votaram contra Dilma?

Tudo somado, Rossetto e Cardozo não trouxeram em suas falas nada que pudesse minimizar o mau humor de brasileiros que estão protestando. Sem contar as velhas desculpas do tipo "o Brasil só melhora depois de uma reforma política".

Para Cardozo, "a atual conjuntura aponta para uma necessária mudança no nosso sistema político-eleitoral (?) é um sistema anacrônico que constitui a porta de entrada principal para a corrupção no país. Então, é preciso mudá-la por meio de uma ampla reforma política".

Ocorre que o governo federal é comandado pelo PT há 12 anos. Durante algum tempo, o presidente no poder (Lula) teve mais de 80% de aprovação popular. Mesmo assim, a administração federal petista não se sentiu compelida a promover uma reforma política. Dizer que agora tudo depende de leis mais rígidas e de uma reforma política é uma possível saída retórica. Mas a eficácia desse argumento é frágil.

Quem conversa com os assessores de Dilma Rousseff sente que o problema no momento parece ser a grande incapacidade do Palácio do Planalto de reconhecer o que está se passando na sociedade. E, em seguida, ter presença de espírito para fazer algum tipo de autocrítica para reconquistar uma parte da confiança perdida entre os brasileiros.

O país passa por um momento curioso do ponto de vista sociológico. A demonstração de indignação se transformou quase numa forma de relacionamento social. Os amigos vão ao restaurante, o garçom demora para atender e em segundos alguém está falando alto: "É um absurdo. O Brasil não dá mais. Nada funciona". Pode-se gostar ou não dessa atitude, mas cenas assim estão se tornando cada vez mais comuns.

O pior para quem está no governo é não entender esse "zeitgeist", esse espírito do tempo que parece estar tomando conta de parte da sociedade brasileira, sobretudo nos grandes centros urbanos.

As imagens da TV mostraram desde cedo no domingo mais de uma dezena de cidades com protestos de pessoas nas ruas. A TV Globo transmitiu vários flashes ao vivo. As TVs de notícias 24h (GloboNews, BandNews e RecordNews) ficaram quase 100% do tempo com imagens dos atos públicos.

País de tradição abúlica, o Brasil tem poucos episódios de grandes passeatas. Teve a direita em 1964. As Diretas-Já, em 1984/85. O impeachment de Collor, em 1992. As jornadas de junho de 2013, que protestaram contra quase tudo, principalmente contra a política tradicional.

Como se observa na história, o Brasil às vezes passa 10 anos ou mais entre um momento e outro de grandes protestos. Agora, essa distância parece estar se estreitando. Menos de 2 anos depois das marchas de junho de 2013 há um novo protesto generalizado. É um fato é raro.

O Brasil não é a Argentina ou outros países latinos nos quais é comum a população ir às ruas reclamar.

O que se passou neste domingo - sem fazer juízo de valor sobre determinadas propostas que apareciam nas faixas dos manifestantes? tem grande relevância política.

Goste ou não dos manifestantes, o governo Dilma às vezes demonstra não entender que a tessitura do grupo que foi às ruas neste 15 de março é muito semelhante à das massas que fizeram as Diretas-Já e o impeachment de Collor.

Sem uma reação melhor do que a entrevista dos ministros Rossetto e Cardozo será difícil a presidente Dilma se recuperar politicamente.
Herculano
16/03/2015 11:24
da série é preciso reagir, a manifestação de domingo não pode ficar assim impune, afinal só o PT e seus braços do poder possuem o monopólio e legitimidade da democracia no Brasil

QUAL SERÁ A RESPOSTA DO GOVERNO E DO PT? por Breno Altman
A escalada contra a presidente Dilma Rousseff se transformou, a partir deste domingo, em movimento reacionário de massas. A última vez que assistimos fenômeno dessa natureza foi às vésperas do golpe militar de 1964, com as marchas que abriram alas para os tanques.

Ainda que a situação política seja distinta e não estejamos às beiras de uma ruptura constitucional, menos ainda da intervenção militar apregoada por frações do antipetismo, mudou de qualidade a disputa entre os dois campos nos quais se divide atualmente o país.

Setores numerosos das camadas médias colocaram na ordem do dia a derrubada de um governo legitimamente eleito. Contam com a associação dos principais meios de comunicação e partidos de direita, incluindo elementos da base aliada.

A chefe de Estado e o Partido dos Trabalhadores precisam decidir qual rumo irão tomar diante deste novo fato político.

A patética entrevista dos ministros Miguel Rossetto e José Eduardo Martins Cardoso, na noite de ontem, aponta o caminho da conciliação e do acordo.

Não tiveram a elegância de ir a público no dia 13, quando o movimento sindical e popular saiu às ruas para defender a democracia e protestar contra o ajuste fiscal.

Mas açodadamente se apresentaram para conferência de imprensa, ao vivo, depois das manifestações convocadas pela República de Higienópolis. Seu discurso as avalizou como democráticas por terem sido pacíficas, além de oferecer uma mão estendida e trêmula para o diálogo.

Não foram capazes nem sequer de denunciar atuação partidária e manipuladora da Rede Globo, uma concessão pública, claramente transformada em porta-voz da intentona reacionária.

Possivelmente o complemento desta atitude seja imaginar que o governo, para se proteger, deva abrir ainda mais espaços para o conservadorismo na composição do gabinete, dobrar-se com maior genuflexão ao parlamento e renunciar mais claramente à agenda sufragada nas eleições de outubro.

O raciocínio implícito a esta orientação é de que sempre existe a possibilidade de evitar o confronto contra classes sociais e grupos políticos hostis a quaisquer mudanças que minimamente afetem seus interesses ou potencialmente ameacem sua hegemonia.

Getúlio Vargas ceifou a própria vida porque acreditou nesta suposição e viu-se encurralado. João Goulart foi apeado do poder e morreu fora do país porque partilhou a mesma ilusão.

Se for esta a estratégia, por falar em história, o governo correrá o risco de repetir cenário provocado por Neville Chamberlain, então primeiro-ministro inglês, quando cedeu a Tchecoslováquia para os alemães, em 1938, tentando apaziguar Hitler. "Entre a guerra e a desonra, escolheu a desonra, e terá a guerra", afirmou Winston Churchill, seu clarividente conterrâneo e sucessor.

Mas há outras alternativas à disposição da presidente e do PT.

A mobilização do dia 13 demonstrou que existem potentes reservas de apoio para Dilma recompor o bloco político que permitiu seu triunfo em outubro. Há espaço para a construção de uma frente ampla que defenda a democracia e as reformas populares, buscando reunir nas ruas as forças que faltam ao governo dentro das instituições.

Obviamente este passo será possível apenas se a política econômica e a própria composição ministerial forem revistas.

A presidente instalou um clima de confusão, divisão e desânimo nos últimos meses, com as medidas de ajuste fiscal e a nomeação de ministros sem qualquer compromisso com o programa vitorioso em 2014.

Talvez acreditasse que seu problema principal fosse o mesmo de sempre: como obter maioria parlamentar e apaziguar o capital, de tal forma que sua administração pudesse evitar o isolamento e enfrentar as dificuldades da economia.

A dimensão da jornada antidemocrática, no entanto, mostra que é outra a questão crucial: sem uma repactuação urgente com o campo popular, o petismo perderá as condições de disputar vitoriosamente as praças públicas, os corações e mentes dos milhões de trabalhadores que formam sua base social.

Não há tempo a perder, esta é a verdade.

Os próximos dias e semanas valerão por anos.

O projeto histórico representado pelo PT e a esquerda está em perigo real e imediato.
Herculano
16/03/2015 11:18
POLÍCIA FEDERAL VOLTA A PRENDER EX-DIRETOR DA PETROBRÁS RENATO DUQUE

O texto é de Flávio Ferreira, para o jornal Folha de S.Paulo. A Polícia Federal voltou a prender na manhã desta segunda-feira (16) o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque. A prisão preventiva ocorre na 10ª etapa da Operação Lava Jato, que tenta cumprir ao todo 18 mandados, sendo dois deles de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 12 de busca e apreensão.

Além de Duque, já foram presos nesta manhã do empresário Adir Assad - investigado sob suspeita de manter empresas laranjas e usá-las para lavar dinheiro - e Lucélio Roberto von Lehsten Góes, filho de Mario Góes, que já está preso em Curitiba e é apontado como operador do esquema de corrupção na Petrobras.

Os outros alvos dos mandados de prisão temporária são Sonia Mariza Branco, Dario Teixeira Alves Junior e Sueli Maria Branco. Eles são investigados por terem ligações com empresas que teriam sido usadas no esquema de lavagem de dinheiro, como Rockstar, Legend e Power.

Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, e atendem a ordens do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro.

Os alvos dos mandados de prisão são investigados por suposta associação criminosa, uso de documento falso, corrupção passiva e corrupção ativa, além de fraude em processo licitatório e lavagem de dinheiro. Os alvos de busca e apreensão foram casas dos suspeitos e escritórios ligados a essas empresas.

Todos os presos serão levados para Curitiba, onde já estão presos outros 15 investigados, entre eles executivos das maiores empreiteiras do país e o doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do caso.

Duque foi preso porque, segundo a PF, estaria movimentando dinheiro depositado em contas no exterior. A PF afirmou que Duque transferiu 20 milhões de euros (cerca de R$ 68 milhões) de contas na Suíça para contas no principado de Mônaco.

A polícia também descobriu que Mário Goes operava da mesma forma que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que usava contas em nome de familiares para movimentar o dinheiro oriundo de propinas no esquema da Petrobras.

Foi por isso que o filho de Góes - seu nome ainda não foi divulgado - foi detido.
Adilson Luis Schmitt
16/03/2015 08:05
Recebi e repasso aos leitores e leitoras

Para refletir

MINHA VIDA ESTÁ FICANDO DIFÍCIL

Nasci branco, então eu sou racista.

Não votei no PT, PCdoB, PSOL, então eu sou fascista.

Sou hétero, o que faz de mim um homofóbico.

Não sou sindicalizado, o que me torna um traidor da causa operária e aliado do patrão.

Sou cristão (ou judeu), o que faz de mim um cão infiel, que merece ser decapitado.

Eu penso e não engulo qualquer coisa que a mídia me empurra, portanto sou reacionário.

Me atenho a meus valores morais e culturais, o que me faz ser xenófobo.

Eu gostaria de viver em segurança e que os bandidos estivessem na cadeia, então sou um saudosista do DOI-CODI.

Sou adepto incondicional da meritocracia, o que me torna antissocial.

Fui educado com severidade e disciplina, pelo que sou grato aos meus pais, o que me transforma num carrasco de crianças, impedindo seu pleno desabrochar.

Sou adepto do pensamento que todo cidadão é co-responsável pela defesa do país, então eu sou um militarista.

Eu gosto de me esforçar e de sobrepujar metas, o que me faz ser um retardado social.

Apesar disso sou grato aos amigos que ainda tenho...
Herculano
16/03/2015 07:58
ESTRELA SOLITÁRIA, por Vinicius Motta, para o jornal Folha de S. Paulo

Os atos de junho de 2013 eram um misto de efervescência juvenil de esquerda com desabafos dispersos ao centro e à direita. O PT e a presidente Dilma Rousseff puderam apegar-se a certas bandeiras e a grupos que então protestavam. Não podem mais.

Não há lideranças de "movimentos sociais" a ser chamadas para uma conversa no Planalto. Não há política pública capaz de atender à reivindicação """Fora, Dilma""" que tende a prevalecer com a evolução do certame de protestos agora inaugurado.

Este movimento multitudinário de centro-direita representa uma novidade em 30 anos de democracia de massas. O grito nas ruas é popular porque se vincula à frustração, disseminada pelas classes de renda, com o governo federal e a presidente.

Seu perfil é de centro-direita porque, desde a revolta dos caminhoneiros, as dificuldades de empreender e consumir são causas patentes da insatisfação. Como o ambiente restritivo decorre de uma política econômica de esquerda, a surpresa se dá mais pelo volume que pelo teor da reação.

A República no Brasil, em traço tributário de 125 anos de decantação, convive mal com presidentes fracos. A margem de Dilma para governar por medida provisória e para vetar em parte ou na íntegra atos do Legislativo - dois superpoderes do chefe de Estado no país - estreitou-se abruptamente.

Agora a presidente terá de lidar com multidões na rua a pedir sua saída, reflexo de (e impulso para) péssimos índices de popularidade. Dilma tem meios de estabilizar o jogo, mas precisa de um plano urgente para recobrar nem que seja um terço do poder presidencial. Do contrário, correrá risco cada vez maior de assistir à resolução do impasse via impeachment ou ver-se forçada a renunciar.

Terminar o segundo mandato como FHC, mal avaliada mas no controle do governo, passa a ser uma meta razoável, e por enquanto otimista, para a presidente Dilma.
Herculano
16/03/2015 07:43
O QUE ESCREVE OS QUE APLAUDEM E CONDENAM AS MANIFESTAÇÕES

Estas cartas foram publicadas no jornal Folha de S.Paulo

Parabéns, brasileiros, pelas manifestações com grande adesão e principalmente pacíficas. Isso é maturidade democrática. Falta agora maturidade ética na gestão dos recursos públicos. Mauro Vieira Cruz (São Paulo, SP)

É inegável o fracasso das manifestações contra o governo. O movimento não apresenta o quantitativo esperado. Já era o golpe. Até 2018. Paulo Sérgio Rodrigues Pereira (Rio de Janeiro, RJ)

Graças a Deus o Brasil acordou. Estamos cansados de ver tanta corrupção e descontentamento no governo de Dilma, lavagem de dinheiro, aumento do combustível, operação Lava Jato e pior, uma Petrobras corrupta e mal administrada. Chega, temos que dar um basta nessa máfia que está afundando o país. José Carlos Soares de Carvalho (São Paulo, SP)


Toda essa campanha do PIG (partido da imprensa golpista) tem basicamente duas vertentes: descalabro econômico e corrupção no governo Dilma. Mas qualquer cidadão pode pesquisar e desmentir todas as intrigas. Inflação, desemprego, distribuição de renda, dívida pública, juros altos, educação, saúde, corrupção etc. são piada se comparados com os governos anteriores. Antonio Negrão de Sá (Rio de Janeiro, RJ)

Depois dos protestos feitos neste domingo (15) pelo país inteiro, o governo falou em Estado Democrático de Direito, mas ainda não conseguiu entender as vozes das ruas. Enquanto o governo falava, um panelaço era ouvido. Ou seja, esse governo perdeu a credibilidade. Izabel Avallone (São Paulo, SP)

Aos manifestantes que hoje estão nas ruas pedindo intervenção militar: seria interessante só relembrar a anarquia econômica e administrativa deixada pelos militares: inflação de 226,7% ao ano, a maior dívida externa do mundo e uma queda de 19,1% na renda per capita. Gilberto Alvares Giusepone (São Paulo, SP)

Vivemos num país livre e democrático, onde as pessoas podem se reunir, se expressar, protestar e pedir a saída da presidente. Por outro lado, lamentável que tenhamos tantos reacionários e golpistas de plantão, que não aceitam o resultado das urnas e a soberania popular. Ao menos 95% dos manifestantes eram da classe média para cima, ou seja, a elite econômica e privilegiada. Renato Khair (São Paulo, SP)

Em resposta à carta da leitora Suely Rezende Penha ("Painel do Leitor", 15/3): é interessante saber que, segundo pesquisa Datafolha, quase metade (44%) dos participantes dos protestos de sexta-feira (13) se declararam funcionários públicos, pagos com o dinheiro de contribuintes como eu para manifestar apoio aos políticos de sua preferência em pleno dia útil. Arnaldo Olinto Bastos Neto (Ribeirão Preto, SP)
Herculano
16/03/2015 07:38
"SILÊNCIO DE DILMA É SINAL DE COVARDIA", DIZ AÉCIO, por Josias de Souza

Parte 1

O senador Aécio Neves, presidente do PSDB, lamentou que Dilma Rousseff não tenha se pronunciado neste domingo sobre os protestos que a hostilizaram nas ruas do país. "O silêncio da presidente Dilma é um sinal de covardia", disse ele, numa entrevista que concedeu na noite passada. "Era hora de olhar no olho das pessoas e fazer um mea-culpa. Os estadistas precisam ter coragem, sobretudo nos momentos mais difíceis."

Aécio anunciou que organiza para esta terça-feira um encontro com os líderes da oposição e dissidentes governistas. "Precisamos definir qual é a nossa agenda. Faremos isso a partir do que as pessoas estão cobrando. Se o governo não se mexe, agimos nós", disse.

Na avaliação do senador tucano, Dilma e o PT vivem uma crise mais grave do que aquela que se seguiu à explosão do escândalo do mensalão, em 2005. "Depois de 12 anos de governos do PT, é a primeria vez que eles encontram uma oposição conectada com o sentimento das ruas. Isso é algo que eles não tinham enfrentado ainda."

Acha que Dilma concluirá o mandato?, perguntou o repórter a certa altura. E Aécio: "É cedo para dizer. De minha parte, tenho tido muita cautela. Por isso decidi nem comparecer às manifestações. Não quis dar margem a nenhum tipo de especulação. Hoje, nossa preocupação é a de construir nesse campo da oposição uma agenda nova para o país." Vai abaixo a conversa:

- O que achou da reação do governo às manifestações deste domingo? Achei inacreditável. Estão a anos-luz de distância do que está acontecendo no Brasil. A declaração simplista do ministro Miguel Rossetto de que só adversários do governo foram às ruas mostra um distanciamento da realidade. Eles não conseguem perceber o mau humor crescente da sociedade. É como se ele dissessem: ?os nossos eleitores estão lá, recebendo o Bolsa Família. Está tudo bem com eles. Isso não vai acabar bem. O ministro José Eduardo Cardozo repete o mesmo discurso da campanha: ?Ah, vamos lançar um pacote de projetos contra a corrupção?. Como se alguém ainda pudesse acreditar nisso. Fala de reforma política como se fosse uma panaceia. Vem com o discurso hipócrita de acabar com o financiamento privado de campanha.

- Por que acha o discurso hipócrita? No ano passado, na campanha eleitoral, ninguém recebeu tanto recurso como o PT. No ano anterior, 2013, em que não houve eleições, eles arrecadaram R$ 70 milhões. Nós arrecadamos R$ 2 milhões. De uma hora pra outra eles vêm dizer que isso não faz bem. Estão no poder há 12 anos. Ninguém se beneficiou tanto do financiamento privado quanto eles. Numa hora dessas, os ministros não eram as pessoas mais indicadas para falar.

- Acha que a presidente Dilma deveria se manifestar? O silêncio da presidente Dilma é um sinal de covardia. Ela perde oportunidades sucessivas. Era hora de olhar no olho das pessoas e fazer um mea culpa. É muita falta de coragem. Os estadistas precisam ter coragem, sobretudo nos momentos mais difíceis.

- O ministro Cardozo disse que o governo busca o diálogo. Inclusive com a oposição. Acha possível? Não vejo sinceridade nessa manifestação. As palavras precisam ser acompanhadas de atos e gestos. E isso não existe. A manifestação dos ministros continua sendo presunçosa, acima do bem e do mal. Não admitem os próprios equívocos. Como dialogar com uma presidente que vai à televisão para dizer que a culpa pelas medidas que ela está tomando é da crise internacional e da seca? A presidente Dilma zomba da inteligência dos brasileiros.
Herculano
16/03/2015 07:37
"SILÊNCIO DE DILMA É SINAL DE COVARDIA", DIZ AÉCIO, por Josias de Souza

Parte 2

- O que precisaria acontecer para que a oposição sentasse à mesa com o governo? Em primeiro lugar, seria preciso que a presidente fizesse um mea culpa. Algo verdadeiro, real, convincente. Não é para convencer a mim. Ela precisa falar para os brasileiros, para os 60% que, segundo o Datafolha, acham que ela mentiu na campanha presidencial. Depois, seria necessário ter uma agenda corajosa, do interesse do país. Não pode ser uma agenda do interesse apenas do PT. O governo não tem essa agenda.

- O governo não tem uma agenda econômica? Eles não têm agenda nem na área econômica. Esse ajuste fiscal é uma coisa absolutamente tímida, não vai nos levar a lugar nenhum. De um lado, aumenta impostos. De outro, suprime direitos. Não há uma agenda estruturante. Insisto: não vejo sinceridade nessa alegada disposição o diálogo. Não creio que eles queiram uma conversa franca, em favor do país. O que eles querem é criar um ambiente menos desfavorável no momento em que o governo está nas cordas. Sem sinceridade, não temos como participar disso.

- A primeira vez que a presidente Dilma falou em diálogo foi no dia da abertura das urnas do segundo turno. Acha que ela foi insincera já naquele instante? Na política, o simbolismo tem certa importância. Nesse dia, 20 minutos depois de oficializado o resultado das urnas, liguei para a presidente. Eu a cumprimentei pelo resultado e disse: sua grande tarefa é unir o país. Nessa hora, dei uma sinalização. Ao discursar, ela sequer citou o telefonema. Isso é uma coisa tradicional em qualquer parte do mundo. Teria sido bom para ela. São essas pequenas coisas que denunciam as reais intenções. Ela falou em diálogo no discurso e não dialogou com ninguém. Montou um governo medíocre, repetindo as piores práticas, sem levar em conta a meritocracia, a compatência.

- Por que decidiu não comparecer às manifestações? Primeiro, preciso dizer que ficamos muito satisfeitos com o fato de ter caído por terra a conversa de que os protestos eram articulados por nós. No dia do primeiro panelaço, eles ensaiaram o discurso de que tudo se resumia a uma reação partidária. A pressão para que eu fosse era enorme. Refleti muito sobre isso. E achei que não deveria passar a impressão de que estávamos nos apropriando de algo que não tinha sido organizado por nós. E não queria validar o discurso do governo de que tudo se resume a um terceiro turno. Ficou muito claro que não foi uma manifestação de partidos políticos. Foi uma iniciativa da sociedade. Os protagonistas não éramos nós.

- Embora a presidente Dilma tenha sido o principal alvo da manifestação, não receia que esse movimento, de aparência apartidária, esconda uma aversão a todos os políticos, como na jornada de 2013? Ando muito pela rua. É impressionante o que está acontecendo. Posso estar enganado, mas creio que teria sido muito bem recebido nas manifestações. Meu sentimento é esse. Chega um momento que os protestos precisam de lideranças que lhes dêem voz. Esse sentimento de repulsa à presidente e ao governo dela precisa ser canalizado para algumas ações. E quem tem musculatura política somos nós. Digo isso com tranquilidade. Acho que é bom para o Brasil que seja o PSDB, porque todos sabem que não somos incendiários. Imagine se fosse o inverso, com o PT na oposição. O que estaria acontecendo hoje no Brasil? Quem não se lembra doi Fora FHC? Temos que ter todas as cautelas. Mas há uma certa expectativa das pessoas de que exista um canal que expresse esse sentimento. Um movimento desse tamanho não pode ficar por isso mesmo.

- O que muda na estratégia da oposição? Nesta terça-feira vamos fazer uma avaliação maior. Quero ouvir os principais líderes de oposição. Já liguei para alguns. Gente do PPS, do DEM, PSB, do PDT e até do PMDB. Quero ver de que forma podemos dar um passo à frente

- Qual seria esse passo à frente? Precisamos definir qual é a nossa agenda. Faremos isso a partir do que as pessoas estão cobrando. Se o governo não se mexe, agimos nós. Vamos construir três ou quatro propostas consensuais. Precisamos vocalizar politicamente essa contestação ao governo. Isso nos revigora.

- Na época do mensalão, havia o mesmo sentimento. E nada mudou. Por que acha que agora será diferente? Na época do mensalão, avaliávamos que a situação era muito grave. Mas o Lula tinha um pedaço grande do país com ele. Concluímos que não seria bom para o país uma ruptura. Agora, depois de 12 anos de governos do PT, é a primeria vez que eles encontram uma oposição conectada com o sentimento das ruas. Isso é algo que eles não tinham enfrentado ainda.

- Acha que a polarização PT X PSDB vai se manter? A eleição passada começou com um discurso muito sedutor de terceira via. Foi feito pelo Eduardo Campos e, depois, encampado pela Marina Silva. Dizia-se que estavam todos cansados dessa polarização PSDB-PT. E havia mesmo um certo cansaço. Foi uma boa tentativa, uma estratégia válida. Mas o imponderável fez com que a eleição terminasse mais polarizada do que nunca. O PSDB voltou a ser a alternativa real ao que está aí. Isso ficou até mais forte do que em eleições passadas. Quem olha para o PT e não vê futuro se vira para o nosso lado. Vivemos um momento de reorganização e fortalecimento da oposição em torno do PSDB. Há movimentos nas franjas dos partidos governistas. Alguns envolvem gente que já esteve conosco no ano passado. Gente como o governador Pedro Taques (MT), do PDT. Um pedaço saudável do PP, especialmente o gaúcho, personificado na senadora Ana Amélia. Pedaços do PMDB, como os senadores Ricardo Ferraço (ES) e Luiz Henrique (SC). Há uma robustez maior do nosso campo.

- Dilma Rousseff concluirá o mandato? É cedo para dizer. De minha parte, tenho tido muita cautela. Por isso decidi nem comparecer às manifestações. Não quis dar margem a nenhum tipo de especulação. Hoje, nossa preocupação é a de construir nesse campo da oposição uma agenda nova para o país. A presidente Dilma se complica sozinha. Hoje, ela é refém do Renan Calheiros e do Eduardo Cunha [presidentes do Senado e da Câmara].
Herculano
16/03/2015 07:31
GOLEADA DAS RUAS, por Valdo Cruz

O domingo amanheceu sem as chuvas torrenciais imploradas pelos governistas em suas orações a são Pedro, deixando as ruas livres para os protestos contra o governo petista e seu partido.

Antes de terminar a manhã, governistas mais pé no chão já admitiam: muito mais gente do que o previsto saiu de casa para gritar "Fora Dilma", "Fora PT", e em locais onde não eram esperadas grandes adesões, como cidades do Norte e Nordeste.

No início da tarde, ficava claro que São Paulo soltaria um grito ensurdecedor. Mais de 200 mil tomaram a avenida Paulista. "Coisa de tucano", relativizava um palaciano ainda anestesiado. "O maior erro será menosprezar o recado de hoje", aconselhava outro palaciano realista.

Recolhida ao Palácio da Alvorada, a resposta presidencial às ruas foi tímida e a de sempre. Prometeu um pacote contra corrupção que dorme nas gavetas do Planalto desde 2014 e defendeu uma reforma política que nunca conseguiu tirar do papel.

Receita que, até aqui, não se mostrou suficiente. A própria Dilma avalia que ela não mobiliza. Ou seja, terá de fazer mais para conter a escalada dos protestos. Afinal, tomou sonora goleada das ruas. Enquanto cerca de cem mil "defenderam" seu governo na sexta, perto de 1 milhão berrou contra ela neste domingo.

Sinal de que sua turma não demonstra o mesmo entusiasmo em defendê-la publicamente. Pior, torce o nariz para seu novo governo.

O fato é que Dilma foi rápida em dar um necessário cavalo de pau na economia, mas mostra-se lenta em criar uma agenda que leve esperança ao país. Para desespero de Lula, que vai perdendo a paciência com ela.

Como não dá para fazer milagres, Dilma precisa deixar de afugentar seus aliados e recuperar apoios para fazer a longa travessia do deserto. Aí, o caminho é o que ela mais odeia. Curvar-se às pressões do velho PMDB e partilhar poder para aprovar o ajuste fiscal. A alternativa é definhar e seguir apanhando das ruas.
Herculano
16/03/2015 07:28
CADA VEZ MAIS REAL

Do cantor e compositor Lobão: "discutir com petista é como jogar xadrez com pombo. Elevai derrubar as peças, cagar no tabuleiro e sair de peito estufado cantando vitória".
Herculano
16/03/2015 07:24
BAIXOU O NÍVEL. PARA O PT NINGUÉM PODE SER BEM SUCEDIDO, SEM SER SEUS FANÁTICOS

Ontem o vereador Antônio Carlos Dalsochio, líder do governo do seu cunhado Pedro Celso Zuchi, PT, na Câmara, mostrou toda o seu inconformismo no Facebook pelo sucesso da manifestação em Gaspar contra a corrupção. Não via motivos para o protesto. Sem argumentos e paciência, atacou os "comentaristas" como tecnozinhos, advogadozinhos e por ai foi. E ainda exigia respeito. Um dos que estavam no circuito, Murilo Figueiredo, "daqui apouco vamos pedir o impeachment de um vereador daqui de Gaspar por má conduta no facebook e na Câmara de Vereadores".
Herculano
16/03/2015 07:15
CÂMARA: CORREGEDOR INVESTIGARÁ QUEM O NOMEOU, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais

Investigado pela Polícia Federal e na CPI da Petrobras, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) terá trabalho para se livrar da encrenca do Petrolão. Mas não precisa se preocupar com a Corregedoria da Câmara. O titular do cargo foi nomeado por Cunha, o presidente que vai investigar. Assim como foi nomeado, o deputado-corregedor Carlos Manato (ES), do Solidariedade, pode ser demitido a qualquer momento.

Composição
Carlos Manato chegou a corregedor numa composição de Eduardo Cunha com Paulinho da Força (SP), presidente do Solidariedade.

Tudo dominado
Aliás, Eduardo Cunha não tem nada a temer nem mesmo na CPI. Seu depoimento se transformou em sessão de desagravo.

Aqui mando eu
Cunha aumentou seu poder: agora ele poderá nomear (e demitir, claro) deputado no cargo de secretário de Comunicação Social da Câmara.

Voz isolada
O líder do PSOL, Chico Alencar, que é jornalista, acha que deputado chefiando a Secom da Câmara "pode desqualificar a comunicação".

CÂMARA NÃOVAI TOLERAR NOVA "AMARELADA" DE CID
Deputados federais consideram indesculpável a presença do ministro Cid Gomes (Educação) na próxima semana. Ele havia sido intimado a comparecer no plenário da Câmara na quarta-feira (11) e apontar os "deputados achacadores", segundo ele "uns 300 ou 400". Mas Cid Gomes amarelou e pediu clemência ao chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que teria sugerido sua internação no Sírio Libanês.

Sem crédito
A palavra do ministro não vale muito na Câmara: deputados foram ao Sírio Libanês checar a história da suposta "sinusite" de Cid Gomes.

Agora vai
O ministro recebeu alta hospitalar, mas prosseguirá com tratamento de antibióticos em casa, por recomendação médica, informam os amigos.

Pessoa errada
Cid Gomes pediu socorro à pessoa errada: Mercadante é a melhor pessoa para fazer pedidos ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Escândalo em curso
A nova direção do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), do governo do DF, desprezou uma licitação em andamento para prorrogar por 18 meses os contratos das duas empresas que recolhem lixo. A Valor e a Sustentare vão embolsar quase R$ 400 milhões nesse período.

Escafedeu
A diretora da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, tomou chá de sumiço desde que veio à tona o maior escândalo de roubalheira da História, na Petrobras, empresa que deveria fiscalizar.

Eles não querem terra
O Ibama vai verificar os estragos de milicianos "sem-terra" na fazenda Santa Mônica, vandalizada em Goiás. Parceira do Ibama, a fazenda do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) recuperava animais feridos ou em extinção, como Arara Azul. Destruíram até uma reserva com nascente.

O gato comeu
A Petrobras esconde o destino da ex-presidente Maria das Graças Foster, que renunciou em 4 de fevereiro. Ela prometeu se aposentar, mas a estatal não confirma se isso ocorreu. Apostam no esquecimento.

Desgaste
O PSDB duvida que ex-diretor da Petrobras Renato Duque abrirá o bico sobre o Petrolão, como seu ex-gerente ladrão Pedro Barusco. Mas a oposição celebra o crescimento do desgaste de Dilma e do PT.

Despedidas
O embaixador José Maurício Bustani aproveitou a feira do livro na embaixada em Paris para incluir no convite oficial o coquetel para seus "adieux" ao cargo. Deve ir direto para o que o serpentário chama de "Departamento de Escadas e Corredores (DEC)", bien sûre.

Teia da corrupção
Apesar de não ter aparecido no escândalo do Petrolão, o PR está em pânico com as delações premiadas de empreiteiras, que também têm contratos milionários com o Ministério dos Transporte, feudo do partido.

Mercado aquecido
O mar de lama aquece o mercado: inaugura-se nesta segunda no Lago Sul, bairro chique de Brasília, o escritório Podval Etc, do qual é sócio Luiz Tarcísio Teixeira Ferreira. Ele é irmão de Paulo Teixeira (SP), ex-líder do PT, e do deputado estadual petista Luiz Eduardo (SP).

Boquinha mantida
O ex-ministro Guido Mantega não é de ferro para resistir a uma rica boquinha: continua ganhando R$ 10 mil no conselho de administração da Petrobras.
Herculano
16/03/2015 07:07
NAS CORDAS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Depois de manifestações históricas em todo o país, governo Dilma vê estreitar-se como nunca sua margem de manobra

Em clima pacífico, descontraído e democrático, centenas de milhares de brasileiros, nas mais diversas cidades do país, foram às ruas neste domingo para protestar contra o governo Dilma Rousseff, o PT e a corrupção.

O número total dos manifestantes superou em muito os prognósticos dos organizadores - e encontra paralelos em poucos momentos da nossa história, como o movimento das Diretas-Já, os protestos pelo impeachment de Fernando Collor e as jornadas de junho de 2013.

O ato mais expressivo ocorreu na avenida Paulista, em São Paulo, onde 210 mil pessoas protestaram contra a presidente, segundo medição do instituto Datafolha.

Pela segunda vez, recai sobre a presidente Dilma, democraticamente eleita em outubro, o desafio de responder à mensagem das ruas.

Perdeu, em 2013, a oportunidade de apresentar alternativas de reforma política e administrativa capazes de ao menos atenuar a impressão de descaso com os valores republicanos, de preconceito contra vastos setores de opinião, de tacanhez e sectarismo partidários que caracterizam sua gestão.

O esmorecimento das manifestações de 2013 e a apertada vitória petista nas urnas, legitimamente obtida em 2014, parecem ter intensificado no Planalto um espírito de alienação, de insensibilidade, de acomodamento político.

A tal ponto isso se deu que o segundo governo de Dilma parece ter-se iniciado já como se estivesse em seu ocaso. Nada apontou de novo, nenhuma expectativa, nenhuma esperança, nenhum rumo.

Nada, afora os inevitáveis e corretos ajustes na economia. Mas estes, em contradição explícita com as promessas de campanha, recobriram o governo da sombra inafastável do estelionato eleitoral.

Junto às forças que contribuíram para sua eleição, as medidas financeiras adotadas pela presidente tiveram efeito de rápido desgaste.

Junto a quem não votou na petista - e mesmo entre parte significativa de seus eleitores -, a sensação predominante tem sido a de conivência com políticos oportunistas e fisiológicos, que fazem do poder um fim em si mesmo, ou um meio para o enriquecimento ilícito.

Estreitam-se, como nunca, as margens de ação da presidente. Não há, obviamente, respostas mágicas, mas, no mínimo, uma atitude diferente precisa ser tentada.

Não foi o que se viu quando uma dupla contrafeita e abespinhada de ministros - José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) - veio a público neste domingo. Reconheceram a legitimidade dos protestos, mas repetiram argumentos que por ora soaram gastos.

Velhas fórmulas em nada ajudarão um governo que precisa recuperar alguma sintonia com a sociedade. A presidente Dilma Rousseff agora corre contra o tempo. O efeito positivo das medidas econômicas demorará a ser sentido, e a maioria da população talvez não se mostre disposta a esperar tanto.
Roberto Sombrio
15/03/2015 23:18
Oi, Herculano.

Depois o discurso (papo furado) dos ministros José Eduardo Cardoso e Miguel Rossetto e das manifestações por todo o Brasil, lembrei-me da fábula de Esopo, A Cigarra e a Formiga.

Enquanto os brasileiros trabalhavam, o PT cantava e contava mentiras. Finalmente neste 15 de março de 2015 o inverno chegou. Agora o PT quer o dialogo com todos os brasileiros.
Só cantaram e contaram mentiras. Então agora dancem!
Herculano
15/03/2015 22:15
O ASFALTO FERVEU, MAS A FICHA DE DILMA NÃO CAIU, por Josias de Souza

O asfalto ferveu neste domingo. A ebulição fez lembrar junho de 2013. Com uma diferença: o inconformismo não é mais difuso. Dessa vez, quem está na alça de mira é Dilma Rousseff. Se tivesse sobrado algum bom-senso à presidente, ela se armaria rapidamente de humildade. Mas a ficha de Dilma .- pasmo (!), surpresa (!!), estupefação (!!!)- ainda não caiu.

Coube aos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) expressar as opiniões de Dilma. Em essência, os ministros informaram que a presidente não cogita alterar o rumo de sua gestão. Ela tampouco considera a hipótese de entregar à plateia uma autocrítica.

Durante a entrevista, o ministro Cardozo chegou mesmo a tropeçar no óbvio. Disse discordar da tese de que o ronco das praças revela a debilidade do governo. "Não considero que nosso governo esteja fragilizado", ele enfatizou. Transmitido ao vivo, o lero-lero dos ministros foi recepcionado com um novo e constrangedor panelaço.

A grande novidade anunciada pelo governo é uma inutilidade prometida por Dilma na campanha presidencial: um pacote de projetos de lei anticorrupção. De resto, os ministros reafirmaram o teor do último pronunciamento de Dilma - aquele discurso aguado que despertara a ira das panelas no domingo passado.

O governo continua se achando ótimo. A crise econômica vem de fora. O arrocho fiscal é necessário e trará o crescimento de volta já no segundo semestre de 2015. Dilma não tolera a corrupção. E a Petrobras só está sendo varejada porque Lula e Dilma viraram a página daquele Brasil tucano que engavetava investigações. De resto, a solução definitiva só virá depois que for aprovada uma reforma política que acabe com o financiamento privado das campanhas.

Munidos de todas as informações, os ministros que Dilma enviou à boca do palco tiraram suas próprias confusões. Cardozo declarou que Dilma governa para "200 milhões de brasileiros" e deseja dialogar com todos.

Para Rossetto, os brasileiros que foram às ruas neste domingo são os eleitores de Aécio Neves. E o governo deve "ampliar o diálogo" sobre as medidas de ajuste fiscal especialmente com os manifestantes que foram às ruas na sexta-feira, sob o comando de entidades como CUT, MST e UNE.

Nesse diapasão, Dilma corre o risco de se tornar uma presidente irrisória, condenada a passar os próximos quatro anos aturando uma trilha sonora que mistura o som gutural das vaias e o ruído estridente das panelas. A presidente talvez devesse escutar seu instinto de sobrevivência.
Herculano
15/03/2015 21:47
POPULAÇÃO REAGE A BLABLABLÁ DE MINISTROS COM PANELAÇO

Conteúdo do Diário do Poder. A exemplo do que ocorreu há uma semana durante o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff no Dia da Mulher, o discurso dos ministros Miguel Rossetto e José Eduardo Cardozo foi recebido pela população com um "panelaço". A manifestação foi registrada em bairros de São Paulo e Rio, como Aclimação, Higienópolis, Copacabana e Leblon, e também em Belo Horizonte.

Bairros de Belo Horizonte, como Cidade Nova, Prado, Gutierrez, Cruzeiro, Anchieta, Buritis, registraram vaiaços, panelaços e luzes piscando durante pronunciamento dos ministros. No centro, também houve buzinas e apitos.

No Rio, pelo menos seis bairros da zona sul do Rio e em Niterói, na região metropolitana também tinham registro de panelaço. Em Ipanema, o barulho durou pelo menos 20 minutos. Uma moradora da Rua Bulhões de Carvalho, que preferiu não ter o nome identificado, relatou que "várias pessoas" foram às janelas batendo panelas. Também foram ouvidas manifestações com panelas em Copacabana, Lagoa, Humaitá, Gávea e Jardim Botânico, Flamengo, Barra da Tijuca, Botafogo e Tijuca.

Os panelaços foram ouvidos também em Niterói, na região metropolitana, e em muitas residências as luzes eram acesas e apagadas.

Em alguns bairros de Fortaleza, também são ouvidos vaiaços e panelaços no momento dos pronunciamentos.
Herculano
15/03/2015 21:43
ESSE PESSOAL É CRAQUE, EM MENTIR, DISTORCER, DISSIMULAR E NOS ENROLAR. DEPOIS DA SOVA DE HOJE E DIANTE DA REALIDADE QUE LHES É DESFAVORÁVEL, A FRANQUIA NACIONAL DE SACANAGENS JÁ INVENTOU UMA NOVA LOROTA PARA OS ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS, DEPENDENTES E FANÁTICOS MEIO SEM CHÃO.

ELES NÃO SABEM, MAS É DILMA QUEM MELHOR OS REPRESENTA. O TÍTULO É DO 247, O CANAL DE COMUNICAÇÃO DO PT FEITO DE PATROCÍNIOS DAS EMPRESAS (PETROBRÁS) E BANCOS (CAIXA, BB, BNDEs) ESTATAIS

A multidão que tomou as ruas do País neste domingo carregava várias bandeiras, mas uma se destacava: o fim da corrupção, agenda que, em vez de dividir, deveria unir o País. Agora, responda a algumas questões: quem demitiu Paulo Roberto Costa da Petrobras? Quem, volta e meia, enfrenta rebeliões no Congresso Nacional, por não se sujeitar docilmente ao toma-lá-dá-cá da política? Quem, em seu discurso de posse, defendeu a reforma política, com o fim do financiamento empresarial de campanha, raiz de todos os escândalos nacionais? Por último, mas não menos importante, quem é um dos raros nomes da vida pública nacional que não enriqueceu na política? Se você pensou em Dilma Rousseff, acertou

Qualquer que seja o número final das manifestações deste domingo, que ainda devem gerar muita divergência entre governistas e oposicionistas, dois pontos são incontestáveis. Em primeiro lugar, era uma multidão, como raras vezes se viu no País. Em segundo, a principal bandeira comum era o combate à corrupção - algo que deveria ser um fator de união e não de divisão do País.

Considere, agora, critérios objetivos para avaliar em que medida um político é ou não corrupto. O principal deles, o patrimônio pessoal, antes e depois do ingresso na vida pública.

O que fará a presidente Dilma Rousseff depois de 31 de dezembro de 2018, quando terminará seu mandato? (sim, o Brasil é uma democracia consolidada, que não tolera golpes de estado)

Ao que tudo indica, ela deixará o Palácio do Alvorada e irá morar perto do neto, em Porto Alegre, mantendo uma típica vida de classe média. Dilma não sairá da presidência da República com apartamento em Paris, casa de praia, fazenda, aviãozinho particular, nada disso. Também, ao contrário de Lula e FHC, não terá seu instituto. O segundo mandato será seu último cargo público. Dela, poderá se dizer qualquer coisa, menos que enriqueceu na política - o que é uma raridade.

Passe, agora, para um segundo critério: a defesa das instituições. Em meio a um cerco inédito ao PT e ao seu governo, que esconde interesses inconfessáveis, ela manteve a autonomia do Ministério Público e da Polícia Federal, mesmo quando alguns exageros pareciam ter a intenção deliberada de atingir resultados políticos. Na Operação Lava Jato, delegados que a agrediam nas redes sociais, antes das eleições, foram mantidos. Teria sido assim em outros governos, onde órgãos de fiscalização são claramente aparelhados?

Bom, Dilma pode até ser honesta, mas permitiu a 'roubalheira' na Petrobras. Então, responda: quem demitiu Paulo Roberto Costa? Quem demitiu Renato Duque? Sim, foi Graça Foster, que era, até recentemente, a extensão da presidente Dilma na estatal.

Terceiro critério: a relação de um governo com a base aliada. Frequentemente, a presidente Dilma Rousseff é acusada de conduzir mal suas relações políticas. Nos últimos quatro anos, ela enfrentou várias rebeliões no Congresso. Recentemente, perdeu a disputa para a presidência da Câmara dos Deputados, quando o Palácio do Planalto foi derrotado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Qual é o motivo? Dilma, ao contrário de outros governantes, não se submete docilmente ao toma-lá-dá-cá da política.

É esse o caminho mais fácil? Não, bem mais simples seria entregar todos os anéis, e também os dedos, ao parlamento. Mas, goste-se ou não, não é o jeito Dilma de governar. FHC, por exemplo, entregou o setor elétrico ao PFL (atual DEM), de Antônio Carlos Magalhães, que, naquele momento, tinha força no parlamento. Resultado: FHC conheceu a paz no Congresso, aprovou até a emenda da reeleição, mas o Brasil conheceu o apagão, em 2001.

Dilma, aliás, viveu seu melhor momento de popularidade quando enfrentou interesses de sua própria coalizão governista e se tornou, aos olhos da opinião pública, a "faxineira". Depois, quando se aproximaram as eleições, essa imagem se perdeu. São as contradições de um regime presidencialista fortemente submetido aos interesses do parlamento.

Por último, o critério mais importante, num país onde a corrupção, em muitos casos é individual, mas é sobretudo sistêmica: quem propõe o melhor mecanismo para solucionar os vícios da política brasileira?

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), que bateu na trave na Operação Lava Jato e quase foi denunciado pelo esquema de caixa dois em Furnas, tendo sido citado pelo doleiro Alberto Youssef, disse durante as eleições que, para eliminar a corrupção no País, bastaria acabar com o PT.

Será mesmo? Um dos coordenadores da campanha de Aécio à presidência da República, o senador Agripino Maia (DEM-RN), foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal, acusado de receber uma propina de R$ 1,1 milhão. Outro dos coordenadores, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), já foi cassado por compra de votos. E o Swissleaks, que mal começa a ser desvendado, já revelou a conta de um personagem que foi diretor do Metrô de São Paulo, no governo de José Serra (PSDB-SP).

A presidente Dilma Rousseff já apresentou sua agenda no discurso feito no dia da vitória eleitoral, em 2014. Os pontos centrais são a reforma política e o fim do financiamento empresarial de campanha ? ponto de convergência que a aproxima até de lideranças moderadas da oposição, como o governador paulista Geraldo Alckmin, do PSDB.

Portanto, se você foi às manifestações deste domingo, saiba que a presidente Dilma Rousseff é honesta, como até seus adversários reconhecem, não se dobra facilmente ao fisiologismo político e defende mudanças institucionais para fortalecer a democracia brasileira e torná-la imune à influência deletéria do dinheiro privado. Portanto, é ela quem melhor lhe representa - a menos, é claro, que seu interesse não seja propriamente o combate à corrupção.
Herculano
15/03/2015 21:28
ORGULHOSO

Do ex-procurador geral do município de Gaspar, ex-petista radical, Mário Wilson da Cruz Mesquita no facebook

Me sinto orgulhoso de ter participado dessa manifestação cívica, civilizada e de puro patriotismo! O recado foi dado, chega de corruPTos e corruPTores. Dia 18 de março, vamos novamente nos manifestar pela cidadania com muita indignação ... Sugiro fazermos a mesma manifestação em forma de passeata pela rua São José, local do desfile pelo aniversário de Gaspar. Convidamos a todos, até lá!
Herculano
15/03/2015 20:15
OS ALQUIMISTAS DO DATAFOLHA ACABAM DE EXTERMINAR MAIS DE 800 MIL MANIFESTANTES, por Augusto Nunes, de Veja.

Na sexta-feira, a Polícia Militar constatou que 12 mil pessoas participaram da manifestação organizada por centrais sindicais e pelo MST para defender o emprego de Dilma Rousseff e a impunidade dos companheiros bandidos do Petrolão. O Datafolha, amparado em alguma metodologia revolucionária, enxergou um rebanho com 41 mil cabeças.

Neste domingo, a PM constatou que 1 milhão de brasileiros participaram da manifestação contra o governo lulopetista promovida em São Paulo. O cálculo foi endossado por vídeos, fotografias e olhares capazes de ver as coisas como as coisas são. Ninguém discordou - à exceção do Datafolha. Onde até um bebê de colo viu 1 milhão de seres humanos os alquimistas do instituto contabilizaram 210 mil.

Imediatamente, uma jornalista da Globonews apontou o dedo para os suspeitos de sempre: o chefe da PM de São Paulo é um governador do PSDB, sussurrou com cara de sherloque . O Brasil anda precisando de um instituto especializado no recenseamento de cretinos, sabujos e trapaceiros. Agrupados, talvez não caibam na Avenida Paulista.
Juju do Gasparinho
15/03/2015 19:43
Prezado Herculano:

Parabéns pelo seu comentário das 18:28 hs., sem retoques.
No Blog do Coronel ele também comentou sobre o assunto, mas de outro ângulo.

"Aécio não dá escada para o PT.
Imaginem o que o PT, que está sem discurso, estaria dizendo se Aécio Neves tivesse ido às ruas para ser ovacionado pela multidão.
Terceiro turno! Golpe!
Parabéns, Aécio, por deixar que o povo tenha o comando. E por deixar o PT sem ter o que mentir".
Herculano
15/03/2015 19:30
BLÁ, BLÁ, BLÁ...

É dose assistir o discurso dos ministros José Eduardo Cardoso e Miguel Rossetto. Rodam, rodam e por fim concluem: o mal de tudo é o financiamento de campanha, quem foi a rua só votou em Aécio e o governo está certo, errado, está quem protesta, reclama...
Herculano
15/03/2015 18:54
BUZINAS, PANELAS, FOGOS E ASSOVIOS

Tão logo os ministros da Justiça José Eduardo Cardozo e o ministro das Relações Institucionais, Miguel Rosseto, começaram a falar, começaram as buzinas, panelaços, fogos, assovios e xingamentos dos apartamentos, carros e nas ruas em São Paulo.
Herculano
15/03/2015 18:48
DE GASPAR

O vereador Giovanio Borges, PSD, que apoia o PT, estava em dúvida na participação no manifesto daqui. Mas, ele foi. Certamente, amanhã terá que dar explicações.

Foram vistos, apoiadores explícitos da última campanha de Pedro Celso Zuchi, PT. Também podem ser cobrados. No caso de empresários, preparem-se para a fiscalização ou outros atos de retaliação.
Odir Barni
15/03/2015 18:32
Caro Herculano;
Retornei neste momento, domingo 15.03.2015, às 18 hs. da manifestação pública em Balneário Camboriú. Fui entrevistado pelo Gilberto Luz da TV Panorama de propriedade do deputado estadual Leonel Pavan. O repórter citou que eu tive uma grande participação na política do estado, queria saber minha opinião sore a manifestação. Eu fui claro e objetivo: Como aposentado poderia estar em casa acomodado, mas eu sria incoerente ao que defendo, temos que lutar por um país melhor. Sobre a política eu disse: o meu partido é o que tenho estampado na minha camisa - BRASIL, por este eu tenho que lutar. Eu não estou preocupado com números mas deve ter ultrapassado 15 mil pessoas. O importante foi a segurança que a polícia assegurou aos manifestantes, sem nenhuma agressão ou ofensas pessoais. Foi muito bom nenhum político participar, tem alguns com problemas na justiça que não tem moral para combater a corrupção.
Herculano
15/03/2015 18:28
ESSE PESSOAL NÃO SE EMENDA

Alguns petistas nas redes arriscam o seguinte questionamento: se Aécio Neves, PSDB, conseguiu pouco mais de 50 milhões de votos nas urnas de outubro, é irrisório a movimentação 1,4 milhão de protestantes no dia de hoje.

Tudo bem.

Mas, esse pessoal tem memória curta e realmente não sabe fazer contas, talvez por isto a nossa economia esteja no buraco. Na mesma lógica, se Dilma Vana Rousseff, PT, conseguiu 53 milhões de votos nas urnas de outubro, deve ser abundante a movimentação de 40 mil manifestantes na sexta-feira dia 13, a maior parte, obrigada, ou recrutada por pagamento de diárias que não se sabe de onde vieram. Wake up, Brazil!
Herculano
15/03/2015 18:19
MARTA ATACA MAIS UMA VEZ O GOVERNO

De saída do PT, a senadora paulista Marta Suplicy postou no Facebook uma mensagem em apoio às manifestações que acontecem neste domingo (15), em todo o País, contra o governo da presidente Dilma Rousseff. No texto, a ex-prefeita de São Paulo também disparou, mais uma vez, duras críticas ao governo Dilma, avaliado por ela como "incapaz de dar respostas a uma sucessão de crises".

"Domingo que marca uma importante manifestação cívica dos brasileiros. Que seja pacífica e democrática. Protestos contra os equívocos e a inércia de um governo que se tem mostrado incapaz de dar respostas a uma sucessão de crises. Que saibam compreender a mensagem das ruas. Um bom domingo para o Brasil e os brasileiros", escreveu Marta, que negocia sua ida para o PSB para disputar a Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2016.
Herculano
15/03/2015 18:07
DEPOIS DA MOBILIZAÇÃO ESPONTÂNEA, BATEU O DESESPERO

"O PT precisa reagir com sua força partidária e basta de resoluções e notas à imprensa. Sendo 'campanha', tem que ir para os bairros, para o porta em porta, para as rodoviárias, pontos de ônibus e fazer a defesa do partido e do governo". Quem escreveu isto? Alberto Militanque
Herculano
15/03/2015 17:59
NÃO TEM JEITO. O PT É UMA FRANQUIA NACIONAL DE SACANAGENS.

Aqui, o núcleo duro de petistas teimosos, insistem de que a manifestação teve pouca adesão. Esta foto do portal do jornal Cruzeiro do Vale, o mais acessado, o mais acreditado, desmente qualquer tentativa de desqualificar o resultado da manifestação gasparense, um grotão reduto tocado a ferro e fogo pelo PT daqui e de Blumenau. Acorda, Gaspar!
almir
15/03/2015 17:54
Herculano.
Impressionante, vimos no dia de hoje manifestações por todo o país, no combate contra a corrupção, manifestações que fazem jus ao nosso direito de ir e vir, de nos expressarmos, liberdade essa conquistada a auto custo de nossos antepassados, graças a uma imprensa livre, soberana e inquieta como o seu blog, lido e visto por muitos, que retratam a realidade de nossos municípios, que nos dá voz e vez, para que os mais simples, os mais humildes com o que vimos em nossa sociedade corrupta e mesquinha, possam através deste canal de comunicação externar seu contentamento, ou descontentamento de
termos um governo comprometido com as causas sociais, voltado para os princípios da moralidade, da ética, que nos norteiam como preconiza a lei da moralidade. Porem gostaria muito que isto realmente fosse levado a sério por nossos governantes para que possamos um dia parar de sentir vergonha do nosso voto, e de não achar que nós eleitores, caímos em uma vala comum e que nós não conseguimos diferenciar o certo do errado, o bom e o mau, o simples do sofisticado. Meus caros quando se candidatarem a um cargo eletivo se preparem porque nós, muito mais do que massa de manobra sabemos muito bem do que vocês querem e precisam, temos muito mais inteligência do que imaginam, muito mais consciência do que desejam e por fim muito mais sabedoria do que aqueles que nos querem nas ruas sem um objetivo claro e concreto, para que possamos realmente lutar e conquistar aquilo que desejamos. E é isso que esperamos de vocês, nossos governantes, alguém sério, comprometido com o povo, seus ideais, suas necessidades, seus anseios, e não somente nos querer nas ruas para que a seu bel prazer possamos nos transformar em seus marionetes. Somos bem mais e muito mais que isso.
Herculano
15/03/2015 17:50
A DIFERENÇA ENTRE MANIFESTANTES PROFISSIONAIS E TRABALHADORES

1. A mega manifestação de hoje contra a corrupção, foi num domingo, não atrapalhou o ir e vir dos verdadeiros trabalhadores, que só tem o domingo para o lazer e preferiram o protesto.

2. Já a CUT e o Partido dos Trabalhadores, faz as manifestações no dia de semana, para gazetear o serviço e atrapalhar o ir e vir dos trabalhadores.
Herculano
15/03/2015 17:47
NA MAIS PORTENTOSA MANIFESTAÇÃO CONTRA O GOVERNO DA NOSSA HISTÓRIA, A RESISTÊNCIA DEMOCRÁTICA RECONQUISTA NAS RUAS DO BRASIL, por Augusto Nunes, de Veja

As manifestações de rua deste domingo viraram para sempre uma página infeliz da nossa História. A imensidão de democratas indignados com tanta incompetência, tanta corrupção, tanta arrogância liberticida reduziu a escombros o monumento à fraude inaugurado há 12 anos. Só em São Paulo, 1 milhão de homens e mulheres marcharam em direção ao novo recorde nacional.

Somados os atos de protesto promovidos em várias cidades do Brasil e do exterior, centenas de milhares de adversários do governo e do PT foram muito além das multidões mobilizadas pela campanha das Diretas Já, que chegou ao climax em 1984. O colosso de gente pulverizou a conversa fiada dos farsantes no poder e desmoralizou as falácias dos parteiros do Petrolão.

O "exército do Stédile", as legiões de devotos de Lula, os batalhões de militantes do PT, os guerreiros dos movimentos sociais - tais fantasias só sobrevivem na discurseira vigarista. A onda antipetista alterou dramaticamente a paisagem política. Tão cedo os embusteiros não ousarão dar as caras. As ruas foram resgatadas pelo país que cumpre a lei, trabalha, presta e pensa.
Herculano
15/03/2015 17:43
INCRÍVEL COMO O PT E O GOVERNO BRIGAM COM AS EXPECTATIVAS (POR FALTA DE FONTES OU POR DISTORÇÃO PROPOSITAL) E A REALIDADE (OS NÚMEROS, OS FATOS, OS RESULTADOS). EM SÃO PAULO ESPERAVAM NO MÁXIMO 100 MIL MANIFESTANTES. VIERAM 1,4 MILHÃO. AGORA DIZEM QUE NÃO FOI O POVO, MAS A CLASSE MÉDIA QUE PROTESTOU NA RUA. E DAI? ESTA É A CLASSE QUE PAGA OS PESADOS IMPOSTOS, SUSTENTA A CORRUPÇÃO DO PT, PMDB, PP... E OS PROJETOS SOCIAIS DO GOVERNO QUE USA PARA COMPRAR CONSCIÊNCIAS E VOTOS.

O texto é de Valdo Cruz da sucursal de Brasília e Marina Dias, para o jornal Folha de S. Paulo. Os protestos realizados pela manhã deste domingo (15) foram classificados de "significativos" por assessores presidenciais e tiveram uma adesão mais forte do que o previsto pelo governo, que comemorou o fato de terem transcorridos sem incidentes. A expectativa do governo agora concentra-se em São Paulo, onde a equipe da presidente Dilma trabalhava com a estimativa de que mais de cem mil pessoas estariam nas ruas.

Segundo um assessor presidencial, a presença forte de manifestantes nas ruas gera a necessidade de o governo mudar rapidamente sua agenda, saindo da defensiva e buscando adotar medidas que atendam as expectativas da população.

Uma delas é lançar o pacote anticorrupção, promessa de campanha mas que até hoje não foi editado. Isto, por sinal, é uma crítica interna feita pela própria equipe do governo, de que o Palácio do Planalto ficou preso à agenda do ajuste e não teve celeridade para gerar concretamente notícias positivas.

CLASSE MÉDIA NA RUA
O Planalto também se preocupou em monitorar o perfil dos manifestantes.

Por enquanto, interlocutores do Planalto dizem que predominou a classe média nas ruas, o que vai ao encontro da tese petista, de que o movimento é socialmente segmentado e mobiliza pouco os mais pobres.
Herculano
15/03/2015 17:25
PT COMEMORA

Vejam como são as coisas. O PT de Gaspar por seus porta-vozes espalha de que a manifestação aqui teve pouca adesão. Talvez. Mas, é muito em relação a ameaças que foram feitas e a perseguição a quem não se ajoelha para as intimidações.

Mas, aqui não é um reduto de grotão? Nada anormal. Corajosa foi a participação dos poucos ou dos muitos. Então comemoram o que? Esses porta-vozes, os mesmos de sempre, olhar o que se passou no Brasil hoje e entender melhor o recado das ruas, do povo.

É esta comemoração do nada, esta arrogância e este discurso que ignora a realidade que está descredenciando o PT como partido e o qualificando como quadrilha, que precisa de uma imprensa amordaçada, uma Polícia Federal aparelhada, um Ministério Público fraco e uma Justiça sob a espada para impor seu plano de poder, e o uso do dinheiro público pelo partido.

Um fato que particularmente condeno, foi o uso da manifestação em Gaspar por partidos. E partidos comprometidos com este estado deplorável da gestão pública. O PMDB, PSD, (não devemos esquecer do PP) que se vangloriam aqui, são sócios diretos deste desastre nacional, e o PMDB, particularmente, ensaia um jogo perigoso de coadjuvante para o PT continuar no poder.

Nos locais onde os partidos não se meteram, as demonstrações tiveram sucesso. Aliás, tumulto nulo, participação expressiva. Pude ouvir gritos -não aqui, é claro - do tipo: "em vi de graça", numa alusão da marcha minguada de terça-feira do PT e CUT, onde para ter alguém encenando, precisaram pagar de R$35 a R$50 por participante.

"Fora PT", foi o que mais se ouviu, "Lula ladrão". aliás Lula foi o maior alvo, a frente de Dilma. "Lula bandoleiro, cadê o meu dinheiro?". Imagens e áudios, não deixam dúvidas nos veículos da mídia tradicional que o PT, inclusive daqui, diz ser manipulada, mas principalmente nas redes sociais num testemunho sem retoques.

Se o PT de Gaspar não entendeu este recado, lamento informar, ele pede a chance de recuperar o que perde e que não terá tempo até o ano que vem para reverter. Acorda, Gaspar!
Loura burra
15/03/2015 16:50
Herculano;

Por gentileza publique;
O Meninu bonitinho, que veio para ser diferente, n~~ao tem nada de diferente dos outros.
Tentou levar uma multidão à praça, não consegiu nem a metade dos votos que ganhou, a outra metade, é consciente e n~~ao vota mais.
MARCELO, TE CANDITATES A VEREADOR, você vai mostrar sua força.
Depois junto com Denis criticam o Herculano, nas rodas diminutas de amigos...sejam homens com H
Seus trouxas..
O que querem? Um Brasil melhor? Não querem chegar na nbarrosa, mas nós do PMDB que vamos chegar. Chega de PT, chega de falsos profetas... chega de zés e marcelos bonitinhos.. acorda povo. Não se iludam
Pitagoras
15/03/2015 16:21
Herculano!!!

Tão com medo quê? da chuva?
Que chuva?
Cadê o mCelinho, o menino bonitinho... que não come nem em casa, e muitas pensam que vão ser comidas.. kkkk

tacale o pau e abaixo a ladroagem, inclusive ó tapetão negro e bnu

acorda Marcelo... assim que queres ser prefeito?
Mario Pera
15/03/2015 16:03
Qdo se le .. PT Serio...alguem se entitulanndo asim se poderia dizer q sobrou algum...ou que o mesmo se auto define assim admitino que que ha petistas não serio ou ele se parece unico..

Bem vem aquela falacia...de compra da reeleicao... Ora se houve algum problema foi na aprovacao da emenda que possibilitou o advento da reeleicao....que embora admitida não deu a FHC o segundo mandato automaticamente. Ele foi pra disputa e venceu no primeiro turno...e mesmo combatendo a adocao da reeleicao os petistas nunca deixaram de fazer uso...então isso e demagogia...

O Lula usou o sistema que condenou e Dilma o mesmo..ora quem e contra a reeleicao que não a aceite..

Privatizacoes....se quizese o PT no poder poderia ter revertido...ue..mas o filho do Lula dizem ficou rico com negocios com a Brasil Telecom...

A Vale da tanto lucro q Lula inteveio pra nomear seu presidente e os principais acionistas da mesma sao fundos de pensao..comandados por gente ligadas a CUT e ao PT...

FHC fez o que tinha que ser feito..e se tivesse privatizado a Petrobras não teria essa rubalheira que ja bate bilhoes e levou a mesma se ser extremamente desvalorizada

Burrice tem limites...as privatizacoes tiveram seus valores usados pra resgatsr titulos da divida publica donpais....o que possibilitou reduzir nossa relacao de divida em relacao ao PIB...hoje a relacao dividaxPIB bate perto dos 60%.....

E protesto de elite? Ta bom sou elite...naaci na roca ..cresci na roca e trabalhei operario.estudei e trabalhei...ralei...protestei contra da ditadura militar...pelas diretas..contra Collor....e jamais aceitaria estar com Collor...

Sou elite...que pensa....que protesta contra roubo...

E sou a favor da transparencia...mesmo q seja pra combater politico de qualquer partido...

O Brasil deu ao PT ate ahora 12 anos. Q pegpu um pais ajustado..precisando seguir e fazer mais reformas e melhorias,,,,e agora indo pros 16anos não sabem o que fazer....

Mariazinha
15/03/2015 14:16
Seu Herculano:

Por R$35,00 o PT juntou 800 pessoas em Brasília.
Hoje (confirmado pela polícia), às 10hs. haviam 50.000.
Quando vi as fotos pensei, que mundaréu de "elite"!

E tudo isso com custo ZERO.
Bye, bye.
Juju do Gasparinho
15/03/2015 14:10
Prezado Herculano:

Hoje é Dia 15 de Março - é a data do Brasil que pensa, trabalha, estuda, paga impostos e não rouba.

Escrito por um adolescente num cartaz:
"Mãe, desculpa!
Deixei o quarto bagunçado e fui arrumar o BRASIL."

Herculano, desenha o que é imparcialidade.
Tem quem escreve e não sabe o significado.
Despelegado
15/03/2015 13:46
Herculano;


Como fica o fica e tapete negro do Kleinubing, João Paulo, Kulmaamm e Décio Limeira?

Vamos a luta conta tudo isso?

bjks

Edgar

Herculano
15/03/2015 12:47
IMPRESSIONANTE

Tem petista em Gaspar que acaba de postar no facebook de que o que a Globo News está mostrando desde a manhã, é algo montado, armado, só para prejudicar o PT e a governanta Dilma Vana Rousseff. É doença crônica mesmo. E perigosíssima.

É por isso, que quando falta argumento e diante de fatos, chamam os adversários ou críticos de homossexuais, numa discriminação e agressão sem iguais, ao mesmo tempo, que fingidos e falsos, para votos enganação (como fazem com tudo e todos) defendem a bandeira da diversidade e lutam para criminalizar os homofóbicos, mas esquecem da própria prática. Acorda, Gaspar! Wake up, Brazil!
Pt sério
15/03/2015 12:04
Sr.

Pena que no tempo de seu partido quando estava no poder, não havia esta transparência.
A compra de votos da reeleição que o teu partido (FHC) que inventou e comprou muita gente, a venda da Vale, a privatização da telefonia, e o por ultimo o trensalão de São Paulo....que foi boa e hj esta uma merda, mas que o psdb teve suas bonificações.

Só pra vc refletir, sei que não vais publicar pq és imparcial e partidário do tucanato do Aécioporto.
Eu tb vou as ruas hoje, sou contra a ladroagem....

Viva a democracia.

Herculano
15/03/2015 11:24
A REVOLTA VEIO MENOS DE TRÊS MESES DEPOIS DA POSSE E QUATRO MESES DEPOIS DA REELEIÇÃO

Isto é um sinal que não pode ser desprezada. O projeto de poder, a mentira, a enganação e a arrogância engoliram o projeto de governo e impôs um derrota moral no dia de hoje.

Se não há base legal para o impeachment, o PT, seus parceiros como o PMDB, PP, PDT, PC do B, PR, a presidente Dilma estão avisados que perderam a legitimidade, que é preciso reconhecer que algo que está errado, e que este constrangimento de dividir o país, arrumar culpados e perseguir adversários é algo que não vai e pode prosperar. O Brasil está reagindo. E Gaspar não é uma ilha. O PT faz aqui a mesma coisa e por isso não consegue enxergar o descontentamento geral. Wake up, Brazil
Herculano
15/03/2015 11:18
AS IMAGENS NO MUNDO

A supermanifestação desta manhã (a tarde haverá mais), sem partido, pacífica, roda as redes de tevês do mundo. É contra a corrupção, é contra o PT, é contra o desgoverno, é contra a presidente Dilma Vana Rousseff.
Herculano
15/03/2015 10:33
da série, a arrogância onde só o PT, as entidades aparelhadas, os partidos de esquerda e centrais sindicais podem se expressar e tomar as ruas. Os demais são golpistas e devem ficar calados, prostrados e submissos neste tipo de democracia.

PROTESTOS DE HOJE MERECERÃO DEBOCHE AMANHÃ, por Paulo Moreira Leite

Lembrando da malfadada Marcha com Deus pela Família e pela Liberdade, que ajudou a derrubar João Goulart, três décadas atrás, é justo perguntar quando o país começará a dar gargalhadas dos protestos contra a democracia programados para hoje.

Explico. Não existe, em nossa época, iniciativa mais ridícula do que atacar um regime democrático nem tentação mais vergonhosa do que tentar derrubar os poderes soberanos do povo.

É um movimento que contraria as melhores lições políticas que a humanidade aprendeu nos séculos que se seguiram a Revolução Francesa. Que nega uma civilização inteira, na qual nossos filhos e netos merecem viver para que possam construir um mundo melhor para seus próprios filhos e seus netos.

Um mal disfarçado projeto golpista, que reflete a incapacidade de conviver com a vontade expressa da maioria, retira dos atos de hoje qualquer fiapo de pretendida dignidade. Podem ser admitidos por lei mas são errados como cuspir no chão, bater em criança e perseguir quem não pode se defender.

As conspirações anti-democráticas devem ser denunciadas e combatidas sempre mas podem levar semanas, durar meses ou prolongar-se por anos. anos. O ideal é que sejam derrotadas de imediato, mas isso pode levar mais tempo. As vezes, acontece a tragédia de chegarem ao poder, como já ocorreu com tantos povos e países, inclusive conosco, infelizmente, logo depois daquela marcha de 1964.

Mas sempre serão vencidas, inevitavelmente. Os ditadores podem fugir do palácio pela porta dos fundos, podem ser julgados e enforcados, podem ser pendurados de cabeça para baixo pela massa em fúria por direitos que foram roubados, pelo sofrimento causado. Com frequencia, reescrevem a própria história, escondem seus crimes, dissimulam, apagam indícios e sinais.

O mais comum é que sejam ridicularizados em sua arrogância, em seu sonho pretensioso mas no fundo apenas criminal e perigoso. Isso porque não há argumento defensável na boca de quem tenta vencer a vontade soberana de uma nação.

A derrota dos adversários da democracia é inevitável como a alvorada depois da noite. É certa como a esperança que todo os dias nos leva sair da cama para lutar pelo bem ainda que o mal pareça inevitável, a preferir a verdade no lugar da mentira. Eles nunca deixarão de ser uma excrescência absoluta, nem deixarão de refugiar-se na hipocrisia dos que falsificam a história sem escrúpulos nem dores na consciência. Mas estão condenados a perder, porque sua mensagem não eleva o bem estar do povo nem torna os homens e mulheres de hoje mais iguais - mais humanos na realidade - do que homens e mulheres de ontem. Seus projetos são obscuros e regressivos e é por isso, mais do que qualquer outra razão, que eles perdem todos os debates quando as diferenças se esclarecem, não conseguem ganhar nenhuma eleição quando as fantasias se desmancham e o importante aparece. Detestam o voto popular, que só disputam quando não há outro jeito.

Mesmo assim tentam comprar a vontade dos fracos, alugar a consciência dos estudados.

Os ataques à democracia fazem feridos, matam e machucam.

Mas sempre chega a hora em que podemos rir deles, em gargalhadas que hoje fazem eco em minha memória, quando lembro da minha mãe falando sobre as vizinhas, amigas e nem tão amigas que foram às ruas para pedir golpe em março de 1964. Professora num bairro de classe média, lutadora por muitos direitos que poucos conheciam na época, dona Alcina tinha orgulho de ter recusado convites e apelos para sair de casa naquele dia. Isso lhe fazia sentir orgulho, dava um sentimento de honra, de dever cumprido. Também era a alegria de quem não se deixara enganar.

Em tempos de maior religiosidade, aquelas mulheres carregavam terços, usavam véus - e vociferavam contra blasfêmias e pecados da época em que a mudança social estava tão distante e a ignorância geral era tão grande que podia ser apresentada como obra do demônio. Para combater o que se chamava de subversão, diziam que iriam eliminar a corrupção. O truque é antigo, como sabemos.

Não vamos nos iludir. Os protestos de hoje querem revogar as melhorias feitas na vida do povo. Expressam o inconformismo de quem não suporta assistir ao progresso dos que sempre estiveram em baixo. Seu horizonte é a escuridão e seu destino final será fornecer enredos e personagens para as anedotas e comédias do futuro.

A gargalhada dos homens e mulheres de amanhã é o destino inevitável dos golpistas que desfilam hoje. Nada mais merecem além de vaias, piadas e deboche.
Herculano
15/03/2015 10:26
HOJE É DIA DE IR PARA A RUA. SE O GOVERNO ESTÁ SURDO, ELE NÃO PODE ESTÁR CEGO.

As primeiras imagens das manifestações feitas pela manhã é representativa. Ninguém pagou ninguém, como aconteceu na sexta-feira. Não tem partido envolvido, como aconteceu na sexta-feira.
Herculano
15/03/2015 07:00
DEPOIS DA CRISE POLÍTICA, por Vinicius torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

Seja qual for o desfecho da crise aguda de agora, restará o conserto econômico, que ainda será tenso

SABE-SE LÁ o que virá depois de hoje, das manifestações, se uma bola de neve ou uma bola de gude nas ruas. Sabe-se lá o que virá depois da solução da crise política aguda, que virá, ainda que reste um desarranjo crônico. Sabe-se lá quando será o "depois": seis semanas ou seis meses?

Sabe-se que, nesse "depois", a tarefa de lidar com a desordem econômica será essencialmente a mesma, por mais ou menos que a situação esteja deteriorada pela sangria política; os consertos básicos vão custar caro e não vão dar resultados brilhantes. Depois de uma quase década sem mudanças institucionais, "reformas" ("liberais" ou não), não é provável que o país volte a crescer sem mais, afora no caso de sortes ora invisíveis no horizonte (algo como um "efeito China" da década passada).

Lidar com a desordem econômica elementar depende, claro, de fazer com que a dívida pública comece a decrescer (em 2017?): isso é o ajuste fiscal. Mas a receita básica para uma retomada de crescimento mínimo inclui também medidas que favoreçam desvalorização grande do real sem criar mais inflação. Aí, a coisa pega.

Isto é, o "dólar tem de ficar mais caro". Mas dólar mais caro barateia nossos produtos no exterior, cria demanda para eles, na medida em que tal barateamento não seja comido pela inflação (para encurtar uma história mais complicada). Inflação, no nosso presente caso, vem de salários em alta excessiva. A coisa toda no curto prazo depende da contenção de salários, o que sobreviria com aumento do desemprego, maior ou menor a depender da qualidade do restante da política econômica.

Além de um impulso dado pelo setor externo (real fraco, redução de consumo), que nem grande será, de resto, há poucas alternativas de religar a economia (isto é, lá em 2016).

Não haverá tão cedo crescimento do crédito, que na banca privada encolhe faz meses e vai minguar na banca pública. Não haverá, óbvio, impulso por meio de investimento público. Não haverá incorporação em massa de mão de obra desempregada, como na década passada. Não haverá um bônus como o aumento do preço das nossas exportações.

Um arrocho fiscal muito duro pode encurtar a temporada de juros altos, uma ajuda. Um programa grande de concessões de serviços públicos para a iniciativa privada, como planeja o governo, poderia ser uma saída, embora a desconfiança na economia, nas regras dos negócios, a falta de crédito, a inépcia do governo e a desordem das empresas do setor suscitem certa descrença nessa alternativa, no curto prazo.

Um plano de mudanças mais amplas, que ao menos limpasse a areia das engrenagens econômicas, poderia restaurar a confiança em tempos melhores para investir, apressando talvez a recuperação. Para começar, porém, Dilma Rousseff teria de renunciar a si mesma para que se adotasse tal programa.

Enumerar as dificuldades não significa prever desastre - o país está melhor, apesar dos quatro anos recentes de estragos. Trata-se só de dizer que a transição será complicada, arrastada, social, política e culturalmente difícil de vender, em especial devido ao clima ideológico da década passada. Enfim: trata-se aqui apenas do conserto básico, não de conflito socioeconômico profundo.
Herculano
15/03/2015 06:58
CONTRA O APARELHAMENTO DAS NOSSAS ENTIDADES E A PERSEGUIÇÃO AOS QUE DIVERGEM

Hoje é dia de ir às ruas mostrar indignação, mesmo que chova.
Herculano
15/03/2015 06:56
DILMA ESTÁ VIVENDO O MESMO QUE FHC ANTES

A cientista política Argelina Cheibub Figueiredo, 67, vê na atual crise política uma manifestação de vitalidade da democracia brasileira, numa entrevista a Lucas Ferraz para o jornal Folha de S. Paulo.

Professora do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), Argelina diz que qualquer país do mundo, diante de um cenário de deterioração econômica e crise provocadas por um escândalo de corrupção, passaria por dificuldades.

PhD em ciência política pela Universidade de Chicago (EUA), ela alerta para a banalização do impeachment e diz que o PT não ajuda na solução da crise ao chamar de golpistas os que vão às ruas.

Folha - O que acontece com o Brasil?

Argelina Cheibub Figueiredo - Crise econômica e um enorme escândalo de corrupção em uma empresa como a Petrobras, que é muito simbólica para os brasileiros. Essas duas coisas colocariam qualquer governo, em qualquer democracia, avançada ou não, consolidada ou não, em dificuldade.

A situação econômica é pior tendo em vista os antecedentes. Foram dez anos de crescimento.

Folha -O fato de Dilma ter adotado a política econômica do adversário não piora o cenário?

Angelina - Influencia, mas não é novidade. Essa política econômica não é do Aécio, é a política de qualquer governo que tenha responsabilidade. Não quero tirar o fato de que houve estelionato eleitoral, mas deveríamos dividir as reações nas camadas da população. Ainda não estamos acostumados com a disputa de classes no Brasil.

Folha -Essa disputa está evidente?

Angelina - Ficou nas últimas eleições. Aumentou o número de simpatizantes do PSDB. Não é mais só da classe alta, que é a base principal do partido. A grande camada da população beneficiada pelo PT também vai sentir o efeito da economia e o núcleo dos opositores ativos pode aumentar. O que está acontecendo com Dilma aconteceu com FHC após 1998. Exatamente a mesma coisa. A decisão sobre a desvalorização do real estava tomada, não foi dita e depois houve o que a gente sabe [o PT defendeu o impeachment de Fernando Henrique]. A popularidade dele também despencou.

Folha - A sra. vê semelhanças entre este e aquele movimento?

Angelina - Sim, mas com atores diferentes. Tem a ver com quem está no poder. O PT não tinha a menor condição de levar aquilo adiante, era mais uma bravata. E era tratado como tal pela imprensa.

Folha - Agora a correlação de forças é diferente.

Angelina - Muito diferente. A oposição hoje é muito mais forte. Ela tem relação com imprensa e com setores sociais produtivos. Há muitos apoios externos. O PT era um partido de esquerda radical.

Folha - Naquela época, o pedido de impeachment morreu por inanição. E agora?

Angelina - Um político [o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)] disse que queria sangrar Dilma, mas ela está sangrando desde o ano passado. Isso mostra a força da democracia que a gente construiu. Não há crise institucional. O Congresso não está parado, há uma CPI em funcionamento. É um indício de que as coisas não estão desarranjadas.

Se o Congresso continuar tomando decisões e as coisas continuarem correndo, vai estancar um pouco a crise e, se não aparecer nada relacionado à presidente, esse papo de impeachment vai morrer. A relação entre o governo e o Congresso ainda tem recomposição.

A articulação política está mal feita e há radicalização, mas é positivo o PSDB dizer que não há razão para o impeachment. O impeachment é um recurso legítimo no presidencialismo, mas não deve ser banalizado. Esse processo não é bom para ninguém, nem para a oposição.

Folha - Como lidar com a falta de traquejo político da presidente?

Angelina - Como dizia Maquiavel, quando a fortuna é pouca, a habilidade é importante. O momento demanda uma habilidade política maior. Se Dilma não tem, agrava a situação. Mas a situação não é decorrente da atitude dela. Dilma está agindo melhor do que o PT. Sobre a manifestação deste domingo, ela disse que era legítima numa democracia. Claro que todo governo se preocupa com isso, mas esse papo do PT de golpe, essa insistência em dizer isso, não ajuda.
Herculano
15/03/2015 06:51
DILMA PEDE AJUDA DA IGREJA CONTRA O IMPEACHMENT, por Claudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Ateia, a presidente Dilma apelou à misericórdia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em audiência no Palácio do Planalto, contra o pedido de impeachment. Em diversos momentos da reunião com o cardeal de Aparecida (SP) Raymundo Damasceno de Assis e o arcebispo Dom Leonardo Ulrich Steiner, Dilma pediu que a igreja evite apoiar o impeachment, que causaria "instabilidade ao país".

Ato fracassado
Dilma ficou preocupada, em especial, por causa ato de sindicalistas ligados ao PT "em defesa da Petrobras".

Pelos fundos
No fim da reunião, Dilma pediu aos representantes da CNBB que saíssem pelas portas do fundo do Planalto, sem falar com a imprensa.

Dois senhores
Dilma queria apenas Deus como testemunha do seu encontro com a CNBB porque temia irritar os aliados evangélicos.

Entrincheirados
A ordem - inócua - para que ministros ficassem em Brasília no fim de semana é reveladora do temor que os protestos provocam no governo.

Empregados da ECT vão contribuir por 50 anos
O Postalis, fundo de pensão dos Correios, criou taxa de 25,98% sobre benefícios dos associados. A notícia é muito ruim, pois esse desconto será feito pelos próximos 15 anos e 5 meses, mas ainda piora no caso dos aposentados: a nova taxa de 25,98% será somada à contribuição mensal atual de 9%. Com isso, o total da tunga imposta pelo fundo sem direito a contestação será de 34,98%. Durante longos 50 anos.

Dívida como herança
Funcionários da ECT que se aposentam aos 65 anos ainda acham graça: dizem que, morrendo antes dos 80, a dívida "fica pros netos".

Que azar
Empregados iam pedir ajuda do ministro Berzoini (Comunicações), mas lembraram o que ele fez com os idosos quando estava na Previdência.

Votou contra
O senador Paulo Paim (PT-RS) garante haver votado contra o veto de Dilma à redução da contribuição da empregada doméstica ao INSS.

Petrolão eletrizante
O presidente do Senado, Renan Calheiros, tem recomendado a criação de uma "pauta positiva", para o Petrolão não monopolizar o noticiário. Mas o problema é encontrar assunto mais eletrizante, em Brasília.

Mão dupla
O Palácio do Planalto precisará retribuir ao Congresso a manutenção do veto da presidente Dilma ao reajuste de 6,5% no Imposto de Renda. Os aliados mandaram o recado: querem a cabeça de Mercadante.

Fale menos, Dilma
O PT lamenta que a presidente Dilma fique isolada em seu gabinete. De um deputado com influência no Palácio do Planalto: "Ou Dilma aprende a conversar com os parlamentares ou viverá em crise".

Vigarice conhecida
A descoberta de que o PT pagou R$ 35 a cada manifestante pró-Dilma, ontem, não é novidade em Brasília, onde há empresas especializadas. Cobram por cabeça até R$ 70 (mais um sanduíche), para entidades interessadas em promover passeatas nas avenidas da capital.

Discurso do medo
Temerosos com o aumento de adesões ao impeachment, aliados de Dilma espalham e-mails alarmantes sobre risco de "instabilidade". A mensagem é obra de militantes do PT aboletados no serviço público.

Sangria continua
O gerente de imprensa da Petrobras, Lúcio Pimentel, até parece continuar na assessoria do ex-presidente Sérgio Gabrielli. Reapareceu na Câmara para acompanhar o depoimento do suspeito na CPI.

Sede de vingança
O PMDB da Câmara avisou ao Planalto que a nomeação de Henrique Alves (RN) para o Ministério do Turismo não apaziguaria os ânimos da bancada, que está "com sangue nos olhos" contra Dilma.

Por que não te calas?
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) levou um pito de outros tucanos pela seguinte pérola: "Não quero o impeachment, quero ver a Dilma sangrar". Ele é acusado de não consultar o partido sobre o tema.

Kit impeachment
Camelôs faturam em Belém (PA) com a venda de uma espécie de "kit impeachment": uma panela made in China acompanhada de uma colher. Tudo por apenas R$ 10. O grito "fora Dilma" não está incluído.
Herculano
15/03/2015 06:26
POR UM BRASIL SEM DISCRIMINAÇÃO (NÓS E ELES, POBRES E RICOS, NORTE E SUL)

Hoje é dia de ir às ruas. Mesmo que chova
Herculano
15/03/2015 06:24
TRAGÉDIA

Como pode uma queda de ônibus numa ribanceira produzir 49 mortes de 55 passageiros?

A primeira explicação é para algo simples e que quase todos ignoram nos ônibus: cinto de segurança. Culpa da empresa de ônibus? Pode ser. Mas, faltou consciência antes de tudo dos passageiros e que se sempre se sentem incomodados quando o motorista dá o aviso de tal obrigatoriedade. Ninguém me contou. Eu já testemunhei isto. E recente.
Herculano
15/03/2015 06:17
O FIO DO BIGODE, por Carlos Brickmann

Oposição e situação estão de acordo num ponto: o culpado da crise é Aloízio Mercadante, que acumula as funções de chefe da Casa Civil, ministro mais poderoso, principal articulador político oficial e papagaio de pirata de Dilma.

A crise é tamanha que, quando oposição e situação ficam de acordo, fazem o acordo errado. Mercadante não é nenhuma Brastemp, exceto num ponto em que é insuperável, o de papagaio de pirata. Mas o nome da crise é Dilma Rousseff.

Não foi Mercadante que obrigou a Petrobras a importar petróleo caro e vendê-lo barato, não foi Mercadante que segurou Mantega na Fazenda (aliás, adoraria derrubá-lo, para ficar no lugar dele), não foi Mercadante que obrigou a presidente a isolar-se em seu gabinete e levar um ano para receber credenciais de diplomatas estrangeiros. Nem foi Mercadante que a obrigou a ser grosseira com o embaixador da Indonésia, um país amigo, e a criar uma crise desnecessária.

O problema de Dilma é que se acha oniscienta - sabe tudo, dos jogadores que devem ser convocados para a Seleção até as aplicações, pacíficas ou bélicas, da energia nuclear. Decide sozinha; e, para ela, bom ministro é o que obedece sem discutir. Tirar Mercadante, tirar Pepe Vargas, seja lá quem for Pepe Vargas, não adianta. Pode ser difícil para ela aceitar a realidade, mas não existe dilmismo. Politicamente, o que existe é Lula, cabendo a ela apenas manter a poltrona ocupada. Aceitar a vida como ela é e seguir o líder é a solução para Dilma, se ainda houver tempo.

Mas justo Dilma acreditará que alguém saiba mais do que ela?

DIDI...
Dilma foi ao Rio, na quinta, inaugurar um terminal portuário. Beleza: a área, com 500 metros de frente para o porto, foi entregue sem licitação a duas empresas, a Multiterminais e a Libra. A Libra tem dívida de quase R$ 2 bilhões com o Porto de Santos - ou seja, o Governo Federal. A presidente inaugurar o terminal de uma empresa devedora do Governo Federal, em área concedida sem licitação, não é algo que lhe tenha sido proposto por Mercadante.

É típico de Dilma.

...DEDÉ...

A presidente recebe Toffoli em audiência, logo depois que o ministro muda de turma no Supremo para comandar o julgamento dos políticos do Petrolão. Toffoli, que foi advogado do PT, consultor da CUT, assessor do PT na Câmara Federal, subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil no Governo Lula (o ministro era José Dirceu), advogado geral da União, esteve com Dilma e os ministros Aloízio Mercadante e José Eduardo Cardozo. Segundo explicaram, não se discutiu o Petrolão: Toffoli apenas mostrou sua proposta de criar um registro único para todos os cidadãos.

É verdade, mas não toda a verdade: parece que conversaram também sobre receitas de pudim. O Coelho da Páscoa confirma tudo.

...MUÇUM...

O relator da CPI do Petrolão, o ex-ministro Luiz Sérgio, do PT do Rio, formulou a seguinte pergunta a Pedro Barusco, o gerente da Petrobras que fez delação premiada e já devolveu algo como R$ 200 milhões ao Tesouro:
"O crime compensa?"

Não, não compensa. O pessoal continua roubando porque gosta de sofrer.

...ZACARIAS

Cesare Battisti, condenado na Itália à prisão perpétua por quatro assassínios, vivendo no Brasil por decisão do presidente Lula, que negou sua extradição, mas ameaçado de deportação por ordem judicial, foi preso e, poucas horas depois, libertado por habeas corpus.

Até aí, normal. O que não é normal foi a ordem do prefeito petista Fernando Haddad para que o secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy, fosse buscá-lo na prisão. Que é que a Prefeitura paulistana tem com o caso? Algum outro preso libertado por habeas corpus mereceu a mesma gentileza? Ou a bondade só vale para acusados de terrorismo?

O DESEJO DO PMDB

O colunista Lauro Jardim (http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/), numa análise irretocável:

De um conhecedor das profundezas da alma do PMDB:
"O PMDB não quer o impeachment de Dilma. O PMDB quer que Dilma precise desesperadamente do PMDB".

PREVISÃO

Fernando Gabeira: "Não vejo outro caminho a não ser uma crise prolongada".

LEMBRANÇAS

Joaquim Barbosa: "1- quem diria em maio de 1789 que aquele convescote estranho realizado em Versalhes iria desembocar na terrível revolução francesa? 2) em 15/11/1889, nem mesmo o general Deodoro da Fonseca tinha em mente derrubar o regime imperial sob o qual o Brasil vivia. Aconteceu; 3) nem o mais radical bolchevique imaginaria lá pelos idos de 1914 que a 1ª Guerra Mundial facilitaria a queda do regime czarista da Rússia".

Por que Joaquim Barbosa publicou essas três notas sobre História? "Porque no Brasil pouca gente pensa nas voltas e nas peças que a História dá e aplica".

É ler as frases e imaginar o que é que o ministro Barbosa anda pensando.
Herculano
15/03/2015 06:11
A FAVOR DA COMPETÊNCIA E TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO PÚBLICA

Hoje é dia de ir às ruas, mesmo com chuva
Herculano
15/03/2015 06:10
da série: só o PT, os partidos de esquerda e seus aparelhos sustentados pelo estado possuem legitimidade para ir às ruas no Brasil. Os demais são usurpadores de espaços, ideias e expressão de opinião

A RUA É NOSSA, por Jacy Afonso

Parte 1

As ruas se encheram de gente, em todo o Brasil. Milhares e milhares de pessoas, em manifestações emocionantes deram seu recado: Não nos intimidaremos com atitudes amedrontadoras que objetivam nos manipular. Não deixaremos o golpe acontecer!

Depois de uma disputa eleitoral dura e desleal, em que a militância fez a diferença garantindo a continuidade de um projeto de nação que luta arduamente para diminuir distâncias sociais e econômicas, nos vimos diante de uma situação de eleições, de uma conjuntura que tenta enfiar goela abaixo da população a ilegitimibilidade de um mandato democrático.

Terceiro turno? Jamais. O processo eleitoral acabou! E vamos defender a democracia e seus valores. Essa determinação foi clarificada nas manifestações de 13 de março de 2015. O Brasil, em todas as capitais e no DF e em muitos outros recantos, se viu cheio de gente. De muita gente, junta, altiva, firme de propósitos.

Essa gente tem clareza de causas. Sabe o porquê de estar na rua. Gritamos a necessidade da reforma política, item fundamental no debate sobre financiamento privado de campanhas eleitorais e combate à corrupção. Falamos aos quatro ventos que defenderemos a Caixa 100% pública. Explicitamos que não deixaremos que a Petrobrás seja desqualificada com o objetivo claro de ter seu capital exposto às garras vampirescas, especialmente dos Estados Unidos. Mandamos o recado à presidenta Dilma e aos membros da equipe econômica chefiada pelo ministro Joaquim Levy que defendemos a democracia com unhas e dentes, mas o nosso compromisso é com trabalhadoras e trabalhadores do Brasil que, semeadores das riquezas devem colher seus frutos.

Não fomos alguns poucos ou um amontoado de gente sem causa. Somos muitos e sabemos que, apesar de não querermos muito do que aí está, vamos defender a democracia, garantir direitos e avançar em conquistas. Sem qualquer dúvida, queremos um país forte, com empresas públicas fortalecidas, assegurando autodeterminação ao nosso povo e ao nosso país.

As manifestações de 13 de março de 2015 se configuraram em atos que resgataram a união de partidos políticos, centrais sindicais, movimentos populares, gente do campo e da cidade. Os atos demonstraram que a CUT e seus dirigentes, acertadamente chamaram às ruas as guerreiras e os guerreiros que, aparentemente com suas almas cansadas, fortalecem seus espíritos em meio à tempestade, alinham sua coluna e encaram a luta de peito aberto e coração valente.
Herculano
15/03/2015 06:10
da série: só o PT, os partidos de esquerda e seus aparelhos sustentados pelo estado possuem legitimidade para ir às ruas no Brasil. Os demais são usurpadores de espaços, ideias e expressão de opinião

A RUA É NOSSA, por Jacy Afonso

Parte 2

Que ninguém divide: A Central Única dos Trabalhadores, não envelheceu. Aos 32 anos espalha aos quatro cantos que "Somos fortes, somos CUT". Fortalecendo seu papel democrático e aglutinador, nossa Central abre as porteiras dos bretes em que a imprensa golpista e os batedores de panelas quiseram nos encantonar. Os laços de apartação foram rompidos e o encontro se deu. Esquecemos o medo. Saímos às ruas de cara limpa. Não nos escondemos atrás das janelas ou das máscaras. Afinal, nosso lugar é junto a nossa gente, é próximo daqueles que por dezenas e dezenas de anos nem panelas tiveram e que agora as usam para aquecer seus alimentos, fortificar seus corpos e acalentar seus corações.

Mostramos que podemos dar uma trégua as nossas almas aparentemente cansadas. Mas que não estamos dormindo em berço esplêndido. Sabemos nos juntar quais arbustos para não vergar à tempestade. E eis que levantamos e mostramos a quem interessar possa que nossa união, nossa alegria e nossa luta não precisam lançar mão da violência para dizer a que viemos. São herança dos que acreditam sempre na justeza de nossas causas.

As ruas se encheram de gente, em todo o Brasil. Milhares e milhares de pessoas, em manifestações emocionantes deram seu recado: Não nos intimidaremos com atitudes amedrontadoras que objetivam nos manipular. Não deixaremos o golpe acontecer!

Depois de uma disputa eleitoral dura e desleal, em que a militância fez a diferença garantindo a continuidade de um projeto de nação que luta arduamente para diminuir distâncias sociais e econômicas, nos vimos diante de uma situação de eleições, de uma conjuntura que tenta enfiar goela abaixo da população a ilegitimibilidade de um mandato democrático.

Terceiro turno? Jamais. O processo eleitoral acabou! E vamos defender a democracia e seus valores. Essa determinação foi clarificada nas manifestações de 13 de março de 2015. O Brasil, em todas as capitais e no DF e em muitos outros recantos, se viu cheio de gente. De muita gente, junta, altiva, firme de propósitos.

Essa gente tem clareza de causas. Sabe o porquê de estar na rua. Gritamos a necessidade da reforma política, item fundamental no debate sobre financiamento privado de campanhas eleitorais e combate à corrupção. Falamos aos quatro ventos que defenderemos a Caixa 100% pública. Explicitamos que não deixaremos que a Petrobrás seja desqualificada com o objetivo claro de ter seu capital exposto às garras vampirescas, especialmente dos Estados Unidos. Mandamos o recado à presidenta Dilma e aos membros da equipe econômica chefiada pelo ministro Joaquim Levy que defendemos a democracia com unhas e dentes, mas o nosso compromisso é com trabalhadoras e trabalhadores do Brasil que, semeadores das riquezas devem colher seus frutos.

Não fomos alguns poucos ou um amontoado de gente sem causa. Somos muitos e sabemos que, apesar de não querermos muito do que aí está, vamos defender a democracia, garantir direitos e avançar em conquistas. Sem qualquer dúvida, queremos um país forte, com empresas públicas fortalecidas, assegurando autodeterminação ao nosso povo e ao nosso país.

As manifestações de 13 de março de 2015 se configuraram em atos que resgataram a união de partidos políticos, centrais sindicais, movimentos populares, gente do campo e da cidade. Os atos demonstraram que a CUT e seus dirigentes, acertadamente chamaram às ruas as guerreiras e os guerreiros que, aparentemente com suas almas cansadas, fortalecem seus espíritos em meio à tempestade, alinham sua coluna e encaram a luta de peito aberto e coração valente.

Que ninguém divide: A Central Única dos Trabalhadores, não envelheceu. Aos 32 anos espalha aos quatro cantos que ?Somos fortes, somos CUT?. Fortalecendo seu papel democrático e aglutinador, nossa Central abre as porteiras dos bretes em que a imprensa golpista e os batedores de panelas quiseram nos encantonar. Os laços de apartação foram rompidos e o encontro se deu. Esquecemos o medo. Saímos às ruas de cara limpa. Não nos escondemos atrás das janelas ou das máscaras. Afinal, nosso lugar é junto a nossa gente, é próximo daqueles que por dezenas e dezenas de anos nem panelas tiveram e que agora as usam para aquecer seus alimentos, fortificar seus corpos e acalentar seus corações.

Mostramos que podemos dar uma trégua as nossas almas aparentemente cansadas. Mas que não estamos dormindo em berço esplêndido. Sabemos nos juntar quais arbustos para não vergar à tempestade. E eis que levantamos e mostramos a quem interessar possa que nossa união, nossa alegria e nossa luta não precisam lançar mão da violência para dizer a que viemos. São herança dos que acreditam sempre na justeza de nossas causas.
Herculano
15/03/2015 06:00
A FAVOR DA PLURALIDADE E AO RESPEITO DE OPINIÕES

Hoje é dia de ir às ruas, mesmo que chova
Herculano
15/03/2015 05:59
DILMA ESTÁ COM TPM, TENSÃO PRÉ-MANIFESTAÇÕES, porJosias de Souza

Há uma semana, depois de discursar em rede nacional ao som de um panelaço, Dilma Rousseff condenou o "terceiro turno'' e levou aos lábios a palavra maldita: "Eu acho que há que caracterizar razões para o impeachment", declarou, alçando o tema da periferia das redes sociais para as manchetes dos principais jornais.

Ao longo da semana, Dilma foi ajustando o discurso. À medida que cresciam nas redes sociais as adesões ao protesto marcado para este domingo, a presidente foi amenizando o discurso. Passou a realçar o direito dos brasileiros à ocupação do asfalto. E pôs-se a pedir manifestações pacíficas, sem quebra-quebra.

Neste sábado, em meio à TPM (tensão pré-manifestação), Dilma fez a única coisa que lhe resta diante do risco de um temporal: abriu o guarda-chuva. "Valorizo muito o fato de que, hoje no Brasil, as pessoas podem se manifestar livremente e não podemos aceitar qualquer tipo de violência que impeça esse direito", anotou no Facebook. "Sou a favor da democracia. Espero que amanhã o Brasil prove a sua maturidade democrática.''

Dilma veiculou também o vídeo de uma entrevista que concedeu no Acre, na quinta-feira. Diante do inevitável, Dilma tenta se molhar o mínimo possível. E reza para que as ruas não lhe tragam um tsunami.
Herculano
15/03/2015 05:56
CONTRA A HEGEMONIA DE CONTEÚDOS

Hoje é dia de ir às ruas, mesmo se chover
Herculano
15/03/2015 05:52
A GRANDE CONCILIAÇÃO DE 1985, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Tancredo foi maior do que apareceu à época e, mesmo 30 anos depois, ainda não é visto na sua grandeza

Hoje completam-se 30 anos da manhã em que o último general da ditadura deixou o Palácio do Planalto pela porta lateral e o Brasil retornou ao regime democrático. Foi um dos melhores momentos da história nacional. O país estava arruinado, o governo não tinha rumo, a divisão entre a rua e o "sistema" (nome dado ao aparelho de segurança do regime) parecia irremediável. A campanha pelas eleições diretas para presidente, a maior mobilização popular de todos os tempos, atolara no Congresso. Durante o governo do general João Figueiredo, tudo o que podia ter dado errado, errado dera. As coisas iam tão mal que, um ano antes, Paulo Maluf parecera um candidato imbatível na disputa pela Presidência da República. E deu tudo certo. Tancredo Neves foi eleito.

Aquele homem suave costurara a maior conciliação política da história brasileira. A conciliação de Tancredo foi a única que partiu da oposição. Isso diferenciou-a de episódios anteriores. D. Pedro 1º proclamara a Independência, mas era o herdeiro da coroa portuguesa. O marquês de Paraná pacificara o Império, mas estava na chefia do governo. Os generais derrubaram Getúlio Vargas em 1945, mas haviam ajudado a fazer o Estado Novo. Tancredo jamais aproximou-se da ditadura. Como o meia direita Didi, jogou parado ("quem tem que correr é a bola"), e o arco de interesses que chegou ao poder em 1964 teve que se aproximar dele.

Tancredo conseguiu isso porque seu jeito modesto escondia uma rara cultura, conhecimento histórico e extensa experiência administrativa. Ninguém prestou atenção quando ele se despediu do Senado, em 1982, louvando o marquês de Paraná. Ele fora primeiro-ministro, diretor do Banco do Brasil, numa função que hoje é desempenhada pelo Banco Central, ocupara a Secretaria de Finanças de Minas Gerais e governara o Estado por pouco mais de um ano. Num tempo de sôfregos como Lula, Maluf, Figueiredo e Leonel Brizola, deixou a bola correr.

Como as colunas quebradas das ruínas romanas, Tancredo tornou-se uma peça incompleta, até enigmática, pois não tomou posse e só chegou ao Planalto morto. Como é impossível saber-se o que seria o governo de quem não o exerceu, a restauração democrática confundiu-se com a anarquia econômica e administrativa deixada pelos generais. Não era pouca coisa: a maior dívida externa do mundo, inflação de 226.7% ao ano e uma queda 19,1% na renda per capita dos brasileiros.

Passaram-se 30 anos e o êxito dessa grande figura - a restauração democrática - é ofuscada pelo desapreço que os radicalismos dedicam à maneira como se chegou a ela - a conciliação.

A TRANSAÇÃO DO PT
Em 1984, às vésperas da votação que derrubou a emenda constitucional que restabelecia a eleição direta para a Presidência, o nome de Tancredo surgiu como uma alternativa para um governo de transição.

Lula, grão-senhor do PT, fulminou a ideia: "A proposta de Tancredo Neves não é de governo de transição coisa nenhuma. É uma proposta de transação".

Ele atirou no que viu e acertou no que não viu. A brincadeira com as duas palavras estava no título de um grande livrinho publicado pela primeira vez em 1855 e reeditado em 1956. Chamava-se "Ação, Reação, Transação", do jornalista Justiniano José da Rocha. É quase certo que Tancredo o lera. À ação democrática dos primeiros anos da independência correspondera uma reação absolutista, aplacada pela necessária transação da política de conciliação do marquês de Paraná. Tancredo era, queria ser e foi o homem da transação que levou à restauração democrática.

A memória petista tem o desconforto de lembrar que o partido ameaçou expulsar os três deputados que votaram em Tancredo: Bete Mendes, Airton Soares e José Eudes. Para não serem expulsos, desfiliaram-se.

Em 2005, passados 20 anos, o PT informou que aceitava reincorporá-los.

Delúbio Soares, o tesoureiro do PT à época do mensalão, teve sorte melhor. Ele foi expulso do partido em 2006 e readmitido pelo Diretório Nacional em 2011. Um ano depois Delúbio foi condenado a oito anos e 11 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal. Desde o ano passado ele está em regime semiaberto e trabalha na CUT.
Herculano
15/03/2015 05:51
'O RESTO', por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S.Paulo

Como os políticos mineiros da época, Tancredo foi acompanhado por um conjunto de tiradas folclóricas. Em muitos casos, os personagens tinham folclore e mais nada. No de Tancredo havia uma mistura de elegância e doçura. Um exemplo:

O deputado Marcelo Cerqueira presidia uma comissão mista do Congresso na qual articulava-se o abrandamento de um projeto da ditadura. Tancredo apoiou a apresentação de um substitutivo e Cerqueira propôs que o caso fosse a voto: "Nós votamos com o nosso substitutivo e o resto vota como quiser".

Tancredo corrigiu-o:
"Não devemos dizer 'o resto'. Digamos 'os demais'".
Desde então Marcelo Cerqueira diz "os demais".

FALA TANCREDO
Uma das melhores peças da oratória política de Tancredo é um discurso que não fez, o da cerimônia de sua posse. Alguns trechos:

"Esta solenidade não é a do júbilo de uma facção que tenha submetido a outra, mas festa de conciliação nacional".

"Nosso progresso político deveu-se mais à força reinvidicadora dos homens do povo do que à consciência das elites."

"Desprovido de fortuna, o trabalhador só pode sentir como seu o patrimônio comum da nação [...]. Nada tendo de seu, ou tendo muito pouco, está poupado do egoísmo dos que possuem e disposto a defender a esperança, que para ele está no crescimento do Brasil."

"A pátria dos pobres está sempre no futuro e, por isso, em seu instinto, eles se colocam à frente da história".

"A história nos tem mostrado que, invariavelmente, o exacerbado egoísmo das classes dirigentes as tem conduzido ao suicídio total."

TANCREDO E ULYSSESS, A RIVALIDADE BENIGNA
Tancredo Neves jamais chegaria à Presidência da República sem a ajuda de Ulysses Guimarães, o campeão da batalha pelas eleições diretas. Eram rivais. Assim como a conciliação de 1985 é um grande momento, a rivalidade desses dois homens tem uma linda história. Rivalidades fazem parte da vida. Na política, predominam as malignas: a de Lula com Fernando Henrique Cardoso, a de Carlos Lacerda com quem quer que fosse, ou a de Leonel Brizola com seu cunhado, João Goulart. O deputado Thales Ramalho, um dos sábios de sua geração, dizia que Tancredo e Ulysses dançavam conforme uma coreografia que só eles conheciam.

No ocaso da ditadura os dois estavam juntos. Se a campanha pelas eleições diretas fosse vitoriosa (coisa em que Tancredo não acreditava), o candidato a presidente seria Ulysses Guimarães. No Colégio Eleitoral, Tancredo poderia derrotar Maluf. Pela lógica antropofágica, um poderia sabotar o outro. Deu-se o contrário, ambos apoiaram os movimentos do outro. Com uma coreografia especial, nenhum dos dois tentou crescer reduzindo o tamanho do outro.
Herculano
15/03/2015 05:45
EM DEFESA DE UMA IMPRENSA LIVRE

Hoje é dia de cidadania. É dia de ir às ruas, mesmo com chuva
Herculano
15/03/2015 05:43
PROTESTOS DE MARÇO.QUEM DISSE ISSO?

Como se a história desse voltas, tucanos e petistas agora têm opiniões diferentes ao falar de impeachment, por Daniela Lima para o jornal Folha de S. Paulo

"Só não posso aceitar golpismo. Não posso aceitar a vontade de desrespeitar a decisão do povo." "Não é possível a gente não aceitar a regra do jogo. A eleição acabou."

Mais de 15 anos separam as duas frases, mas parece que ambas foram ditas ontem. Uma foi pronunciada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1999. A outra, pela presidente Dilma Rousseff (PT), há seis dias.

A comparação mostra como os discursos de petistas e tucanos se assemelham na hora de reagir a crises como a que Dilma enfrenta agora.

Em 1999, pouco depois de assumir o segundo mandato, FHC viu sua popularidade despencar com a crise que o levou a promover uma guinada na política econômica e deixar o real se desvalorizar.

Um dos expoentes do PT na época, o gaúcho Tarso Genro, pediu a renúncia do presidente antes que o novo governo completasse um mês. O atual chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, acusou FHC de estelionato eleitoral.

Em maio, o PT passou a defender o impeachment de Fernando Henrique. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fora derrotado na eleição de 1998, comparou o governo tucano a uma "quadrilha". A história agora se repete, com petistas e tucanos em papéis trocados.
Herculano
15/03/2015 05:36
CONTRA A CORRUPÇÃO

Hoje é dia de ir às ruas, mesmo com chuva
Herculano
15/03/2015 05:35
TODOS CONTRA UM, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

A coalizão de Dilma está conflagrada. Os ministros tentam puxar o tapete uns dos outros. O MST ataca o governo para defendê-lo. A oposição se divide sobre os protestos. Os manifestantes não conseguem unificar suas bandeiras.

O noticiário dos últimos dias dá a impressão de que só existe uma aliança sólida no país: a dos políticos investigados no petrolão.

Parlamentares de diferentes partidos se juntaram para tentar salvar a própria pele. Todos se dizem indignados e surpresos. Todos negam as acusações com veemência. Todos atacam o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Para a turma da Lava Jato, o responsável por investigar a corrupção virou o inimigo público número um do país. A senha para a inversão de papéis foi dada por ninguém menos que o senador Fernando Collor, do PTB. Ele acusou o chefe do Ministério Público de ser "parcial e irretratável" e de fazer "pirotecnia" em busca da "momentânea celebrização".

O senador Humberto Costa, líder do PT, criticou a investigação e disse que o procurador quer ser "o homem mais poderoso da República".

O deputado Paulinho da Força, do Solidariedade, solidarizou-se com os suspeitos e pediu a quebra do sigilo telefônico de Janot. Sua sigla passou a abrigar Luiz Argôlo, o ex-deputado do PP que trocava torpedos carinhosos com o doleiro do petrolão.

A tribuna aceita qualquer coisa, e cada investigado é livre para definir sua linha de defesa. O grave é transformar críticas em ameaças institucionais, como têm feito os presidentes da Câmara e do Senado.

Eduardo Cunha acusou o procurador de se curvar ao governo e propôs mudar a lei para impedir sua recondução em setembro. Renan Calheiros ensaiou criar uma CPI para investigar os investigadores.

Se os indignados que vão às ruas hoje estiverem em busca de uma causa mais legítima que o impeachment, o respeito à independência do Ministério Público é uma boa opção.
Roberto Sombrio
14/03/2015 23:48
Oi, Herculano.

EUA devassam empresários brasileiros ligados ao PT.

http://horaciocb.blogspot.com.br/2015/03/eua-devassam-empresarios-brasileiros.html

Mais uma força para limpar esse Brasil. Não importa quantos ou quem ou qual partido.
A política no Brasil virou coisa de bandido e acredito que poucos escapam. São todos vendidos. Se nesse meio tivesse alguém sério a política já seria diferente em nosso país.
Roberto Sombrio
14/03/2015 23:10
Oi, Herculano.

Dilma está pedindo aos manifestantes que vão as ruas, que se manifestem sem violência.

Quem falou em violência?

Não fomos nós brasileiros que assaltamos os bancos no período da ditadura.
Não fomos nós brasileiros que roubamos o cofre de Ademar de Barros no período da ditadura.
Não fomos nós brasileiros que sequestramos no período da ditadura.
Não fomos nós brasileiros que assassinamos um soldado de 19 anos no período da ditadura.

Dilma é uma mascarada que Lula paga com o nosso dinheiro para ficar na fila e guardar o lugar para ele até 2018.

O Brasil mudou. A fila anda Lula e, o teu lugar na fila já passou vagabundo. Se queres ainda alguma coisa vai trabalhar malandro.
Amanhã dia 15, os brasileiros vão tomar de volta o país que lhes foi roubado.
Lula! Melhor tomar a tua barca, enfiar a Dilma e a PeTralhada nela e se mandarem todos para Cuba. Lugar de burro, incompetente, mentiroso e ladrão é ao lado dos irmãos Castro. Para vocês é mais do que suficiente aquela ilha ultrapassada onde podem sonhar com os golpes sob o sol caribenho a torrar o saco de vocês.
Parem de torrar o nosso saco.

FORA BANDIDOS!
Luiz Orlando Poli - sociologo
14/03/2015 19:53
O pior dos cenários para uma democracia é ela estar sendo engolida pela demagogia, e pra agravar esse quadro sendo violentada pela clePTocracia .
Belchior do Meio
14/03/2015 19:37
Sr. Herculano:

PPS RECORRE AO SUPREMO para que decisão de Janot e Zavascki seja revista e Dilma possa ser investigada. Jurisprudência do tribunal garante essa possibilidade, ao contrário do que se diz por aí. Ou: Coragem, Janot! Coragem, Zavascki! Coragem, Supremo!

(...)
Assim, meus caros, com base na jurisprudência do Supremo, ainda que os eventuais delitos de Dilma tivessem sido cometidos até 2010, quando ainda não era presidente, Janot poderia, sim, ter pedido que ela fosse investigada. A Constituição só a torna imune, enquanto for presidente, ao processo. MAS ABERTURA DE INQUÉRITO É UMA FASE PRÉ-PROCESSUAL, LEMBRAM-SE?

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/pps-recorre-ao-supremo-para-que-decisao-de-janot-e-zavascki-seja-revista-e-dilma-possa-ser-investigada-jurisprudencia-do-tribunal-garante-essa-possibilidade-ao-contrario-do-que-se-diz-por-ai-ou-co/


Parabéns ao PPS !!!

Manchete do "Sensacionalista" - José Simão.

"Para mostrar que está roto, PMDB se une ao esfarrapado PT".

Mas o PMDB escolheu bem, para subir no palanque com bandidos precisa de alguém sem escrúpulos.
Belo pano de fundo para um teatro mambembe.

João João Filho de João
14/03/2015 19:24
Sr. Herculano:

Achei uma marchinha de carnaval para pularmos na praça.
#AmanhãEuVou

Tem PTista aí..?
Tira a Dilma Daí..
Tira a Dilma Daí..
Não Vai Tirar..
Vai Tirar Não..
Só Deu PT
Roubando no Petrolão..
Pois é.. Vou Gritar até Dilma Sair..
Tirá, Tirá, Tirá.. Oi..
Tira a Dilma Daí..!!!

Se não se apresentar coisa melhor, o quadro político de Gaspar fica assim, sai de cena uma PaTética vice e entra uma vice PaTeta.
Adilson Luis Schmitt
14/03/2015 19:20
Coluna Paulo Alceu

A vida segue

O PT pode até ter perdido o monopólio das ruas, mas nenhum partido absorveu essa herança...até porque rede social e entidades sindicais não são agremiações partidárias.

A frase acima demonstra o atual momento político que o Brasil esta vivendo!!!
sidnei luis reinert
14/03/2015 18:35
DIRETOR DOS CORREIOS IGNORA TRABALHO PARA IR A PROTESTO

O diretor regional dos Correios do Rio Grande do Sul, Jair Batista Antunes, foi visto em manifestação apoiada pelo PT, partido que seria fiador de sua indicação ao cargo.

A foto foi enviada por um leitor do Diário do Poder. De acordo com o leitor, a cena foi registrada na manhã desta sexta-feira (13), durante horário de expediente.

http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=28393355760
Herculano
14/03/2015 18:00
ASFALTO SE DIVIDE: CHAPA QUENTE X CHAPA BRANCA, por Josias de Souza

..Atos contra medidas do governo, mas pró-Dilma? Organizadores explicam

Dilma Rousseff dividiu o asfalto em duas faixas. Numa, promete desfilar neste domingo a rapaziada da ala chapa quente. Noutra, trafegou nesta sexta-feira a pelegada do bloco chapa branca. É grande a diferença entre os dois grupos. Um é a sociedade civil. Outro, a sociedade organizada. Um é o público. Outro, a coisa pública. Um faz pressão popular. Outro, lobby. Um é grito. Outro, resmungo. Um é explosão. Outro, flatulência.

Custeada pelo déficit público e pelo imposto sindical, a infantaria desta sexta contou com uma rica intendência - balões e faixas profissionais, bandeiras e camisetas vermelhas, carros de som, ônibus, um kit-manifestação e até vale-protesto. Lideradas por entidades como CUT, MST e UNE, três aparelhos capturados pelo Estado petista, essas manifestações serviram para sinalizar que Dilma ainda encontra algum apoio nas ruas. Mesmo que tenha que procurar um pouco.

Dentro de poucas horas, descerá ao meio-fio a turma do ambiente virtual das redes sociais. Nas suas últimas aparições, essa gente fez roncar as praças em junho de 2013 e crispou o cenho defronte dos estádios durante a Copa. Ninguém espera para este domingo nada tão grandioso. Mas Dilma está apreensiva. Dependendo da temperatura do asfalto, o derretimento do que lhe resta de imagem será mais rápido.

Há dois anos, Dilma e Lula esgrimiram a tese segundo a qual a onda de protestos era consequência dos êxitos do poder petista. Nessa versão, as ruas exigiam mais do Estado porque os governos do PT produziram um Brasil inteiramente novo. Atendida nas suas necessidades fundamentais, a sociedade exigia mais.

Hoje, Dilma não tem o que dizer. Com o alarme da impopularidade a lhe soar nos ouvidos, tornou-se gestora de uma agenda de tópico único: consertar os erros do primeiro mandato. Dilma é movida pelo pior tipo de ilusão que pode acometer um presidente na sua situação. A ilusão de que preside. Resta-lhe rezar para que os protestos sejam mixurucas.
Herculano
14/03/2015 17:57
PRESIDENTE BAIONETA, por Vlady Oliver

O energúmeno tem um imenso complexo de inferioridade e rejeição. Todo energúmeno. Sendo assim, gostaria muito de ser aceito pelo grupo. Quando não é, parte para a ignorância e para a truculência, exigindo os direitos que não tem. O energúmeno gostaria de ser unanimidade. Como nunca é, parte para o enfrentamento, querendo quebrar a banca.

O energúmeno gostaria de ganhar a eleição, na tal de democracia. Quando não ganha, vai na roubalheira mesmo. O energúmeno gostaria muito que suas ordens não fossem questionadas. Maldita lei da gravidade, que não pode ser revogada. O gênio transcende a lógica; o energúmeno a conspurca. Tal como um boi na cristaleira, o energúmeno não se dá conta do estrago que faz quando entra, nem do alívio que causa quando sai. Acha isso bonito.

O energúmeno gosta de dar ordens. Todo mundo caçoa do energúmeno em suas costas, mas de frente ele é imbatível. Como todo bom energúmeno, a linguagem que ele usa é ininteligível, as figuras de linguagem são toscas e as metáforas, vagabundas. O energúmeno não tem tempo de pensar direito, mas adora pensar torto. Eleitos presidentes, os energúmenos perdem o senso do ridículo.

Acham que o povo que é coxinha, que panelaço é manifestação gourmet e que a fome foi extinta lá no Fome Zero. Mentem e acreditam, pois foram doutrinados desde sempre que só a mentira elevada ao status de mantra, cria pernas e voa. O energúmeno nunca cabe no lugar que a ele foi destinado; sempre sobra alguma coisa, algo que não se encaixa, que não funciona, um teleprompter que não anda e uma vaia mal calculada na parada.

O energúmeno pensa que é gente. Até parece, mas sua natureza cascuda logo aparece com duas ou três frases de sua lavra maldita. Exemplo: tive um parente que quase morreu afogado no rasinho, anos atrás. Era do interiozão de São Paulo e queria porque queria andar de caiaque, que era coisa nova na época em que se passou o acontecido. Acontece que o figura era dono de uma anca avantajada, desproporcional ao corpo.

Ao se enfiar com força e com vontade no caiaque alugado, entalou a buzanfa, mudou o centro de gravidade do conjunto e não conseguiu mais sair. A onda ridícula que lambeu a embarcação emborcou o troço com ele dentro, que mergulhou a cara no rasinho e começou a se afogar brincando. O cara responsável pelo aluguel das canoinhas nunca tinha visto algo como aquilo, sem saber se tirava o cara pesadão da água ou morria de rir, enquanto seu cliente morria mesmo era afogado.

Resultado? Não tem caiaque do seu número não, amigo. Tente uma caravela, da próxima vez. Pois é. Os caras bem que tentaram manchar de vermelho esta sexta-feira 13 de amor bandido ao bando de vigaristas com mandato, da seita dos picaretas. Energúmenos que são, contavam com uma manifestação monstro. Ficaram só no monstro. Tirando os agraciados com o kit mortadela, tubaína e vale transporte, não sobraram defensores, no exército dos carcamanos, para lotar uma kombi.

E todo mundo juntinho, para sair bem compacto na foto. Tudo isso com direito a link ao vivo no canal de notícias da platinada, aquela que vai ensinar hoje à noite o brasileiro a ganhar menos e ser mais feliz assim mesmo. O energúmeno subalterno foi chamado pelo energúmeno chefe com urgência:

- Venha ao meu gabinete, imediatamente.

- Chamou, chefa?

- Sim, meu querido. Não têm lá no seu canal aqueles efeitos especiais de multiplicar gente? Porque vocês não usam, nas cenas da nossa passeata? Preciso lembrar pra vocês que, quando o BNDES for estourado, sua pendura lá também vai aparecer? Melhor você cuidar dessas imagens. Provou a mortadela? Tava fresca? Tudo o que eu não quero é mais uma dor de barriga na minha militância. Já chega esta, que eu estou tendo agora. Dia 15 vocês não podem escalar o Titanic, na programação? Tem três horas de duração. Dá pra afundar outra coisa? Aquele franguinho que morre no final na minha sopa era um caldão. Ele tem telefone?
Herculano
14/03/2015 13:57
LUGAR DE ELITE É NA COZINHA, por Guilherme Fiuza para o jornal O Globo
Para se sustentarem no poder, Lula e Dilma foram fartamente beneficiados pelo mensalão e pelo petrolão

Se você estava pensando em sair às ruas amanhã contra Dilma, petrolão e grande elenco, não precisa mais. Pode ficar em casa. Tudo será resolvido no Supremo Tribunal Federal pelo ministro Dias Toffoli, que presidirá o julgamento da Operação Lava-Jato.

Toffoli é o homem certo no lugar certo. Ex-advogado do PT, ex-assessor da Casa Civil de Lula, defensor implacável dos companheiros no julgamento do mensalão, ele foi o presidente do TSE que proibiu a propaganda da "Veja" na véspera da eleição - porque a revista informava que Dilma e Lula sabiam de tudo. Alguma dúvida de que Dias Toffoli defenderá você, cidadão, contra a máfia progressista e humanitária que depenou a Petrobras e o Estado brasileiro?

Pronto. Agora que você tem certeza de que a justiça será feita, e que os autores do maior escândalo de corrupção da República serão punidos, relaxe. Economize a garganta e a sola do sapato, porque passeata é muito desgastante. Alugue um desses filmes sobre Al Capone, e viaje para aqueles tempos estranhos em que uma quadrilha tomava o poder constituído e tinha até juiz próprio... Que horror!

E já que você está com o domingo livre, desobrigado de se mandar para as ruas - o que é coisa da elite branca, e você não vai querer se misturar com essa gente que nunca deveria ter saído da cozinha -, aproveite para botar a leitura em dia. Há verdadeiras joias na literatura nacional recente. Comece pelo épico "Pedro Barusco na CPI da Petrobras". É emocionante. O ex-gerente da estatal (que está disposto a devolver uns 100 milhões de dólares) contou que era uma espécie de freelancer da corrupção até começar o governo petista. A partir daí, o roubo foi "institucionalizado", explicou o ex-gerente, que se reportava ao já famoso Renato Duque, diretor inoculado pelo PT na Petrobras.

"É chocante", reagiu Joaquim Barbosa - aquele representante da elite branca que não manda mais nada, para alegria do Brasil progressista e amigo dos pobres. Quem manda agora é Dias Toffoli, e ele não há de permitir que a direita golpista ataque uma instituição que está funcionando tão bem desde 2003, como explicou Barusco.

E esse Brasil que dá certo há mais de década, com mensalão, petrolão e demais benfeitorias socialistas, continuou funcionando por um detalhe singelo: a cabeça da "institucionalização" jamais foi cortada. Joaquim Barbosa, esse golpista, botou em cana vários guerreiros do povo brasileiro - mas nenhum deles estava mais com a mão na massa, ou melhor, na máquina. No que Dirceu foi flagrado, passaram-no imediatamente para a penumbra, dando lugar a Dilma Rousseff. Esta foi eleita presidente sem jamais deixar de prestar solidariedade ao mensaleiro julgado e condenado - e todos sabem que solidariedade é uma marca dos companheiros. Especialmente quando faz chover centenas de milhões de reais do esquema nas duas campanhas presidenciais da candidata solidária.

Resumindo: para se sustentarem no poder, Lula e Dilma foram fartamente beneficiados pelo mensalão e pelo petrolão, esquemas montados e operados em seus governos, com a regência de seus sócios partidários - esses aos quais Lula e Dilma permaneceram publicamente solidários mesmo com toda fama, com toda grana, com toda lama. A gente vai levando, e o Brasil, esbofeteando o óbvio, resolveu aceitar que a presidente e o ex não sabiam de nada. Aí vem o doleiro do petrolão, sob os juramentos da delação premiada, informar: "Sim, eles sabiam de tudo".

O que está faltando? O que mais precisa acontecer para que o país exija a investigação direta desses governantes que presidiram a "institucionalização" do roubo? Não, não... Ainda é cedo. Espere o PT bater na sua porta e pedir uma comissão para manter a sua luz acesa. Aí, talvez, quem sabe, seja a hora de agir.

Enquanto você assiste chocado ao DVD do Al Capone, o ministro da Justiça, o procurador-geral e o ministro relator da Lava-Jato fazem seu jogral da inocência, anunciando aflitos que não há fundamento para investigar Dilma Rousseff. O médico mandou não contrariar, mas tem muita gente querendo desobedecer - e responder o disparate nas ruas. Deve ser essa gente esbranquiçada que não sabe o seu lugar, e agora deu para sair da cozinha batendo panelas contra o Império do Oprimido.

Um teólogo de esquerda disse que o movimento de 15 de março é coisa das elites que não ouviram a mensagem de Jesus. Pelo visto, o céu também já é deles. Nesse ritmo, seus branquelos, para vocês só vai sobrar mesmo a rua. Corram para lá - antes que seja tarde.
Herculano
14/03/2015 13:05
QUE PAPO FURADO, ESSE DE GOLPE!, por Ricardo Noblat, para o jornal O Globo

Os militares. Apenas eles. E se depender deles não haverá golpe. Seja porque aprenderam com o último que deram, em 1964, seja porque não há mais líderes entre eles como havia no passado. E sem líderes...

Foi o próprio general Humberto Castelo Branco, o primeiro presidente da ditadura militar de 64, que acabou com a história de generais vestirem farda durante décadas. Estabeleceu um prazo para aposentadoria.

E o Congresso? Poderá dar um golpe?

Golpe é coisa de quem veste farda e carrega armas. O Congresso pode, digamos, "legalizar" o golpe. Como fez em 1964. Como havia feito quando os militares tentaram impedir a posse de Jango, o vice de Jânio Quadros, que renunciara ao cargo em 1961.

O Congresso então extinguiu o presidencialismo, regime que existia no país, e adotou o parlamentarista, que diminuía os poderes do presidente. Um ano depois de empossado, Jango convocou um plebiscito e o povo avalizou a volta do presidencialismo.

Pedir o impeachment de Dilma, como se pediu o de Fernando Collor em 1992, como o PT pediu o de Fernando Henrique Cardoso em 1999, não é crime. Muito menos golpe.

Do contrário não estaria previsto na Constituição o direito de qualquer pessoa, apenas com sua assinatura, dar entrada no Congresso a um pedido de impeachment contra o presidente da República.

Collor caiu porque não teve apoio no Congresso. Nem nas ruas. O apoio das ruas a Dilma parece pequeno. Mas isso somente não basta para apeá-la do poder. Ela conta com bastante apoio no Congresso.
Herculano
14/03/2015 07:09
ELES ENTENDEM DE FINANCIAMENTO. E POR ISSO, SEMPRE ACHAM QUE OS OUTROS TEM AS MESMAS PRÁTICAS

PT e CUT pagaram para inchar as minguadas manifestações uniformizadas, inclusive nos discursos de ontem.

Dezenas de ônibus, vindos do interior de S. Paulo ficaram parados ano estacionamento do Pacaembu. Eles foram fretados para trazer manifestantes para a cidade de S. Paulo. Quase todos foram regiamente pagos, como mostra texto abaixo.

Veja mais esta.

A reportagem da Folha flagrou um homem com uma camiseta laranja do Sindipetro NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense) distribuindo notas de R$ 50 reais a um grupo de mulheres de meia idade. Ele não quis falar com a reportagem.

Um rapaz que vestia a mesma camiseta disse à reportagem que era morador de Campos dos Goytacazes e que o dinheiro serviu para pagar a alimentação do grupo.

Ou seja, entende-se o por quê do PT e até o governo da presidente Dilma Vana Rousseff, afirmarem que o panelaço contra o pronunciamento dela no domingo, tinha sido pago e organizado pela elite branca, ricos, conservadores, empresários e partidos de direita.
Herculano
14/03/2015 07:01
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

Manchete do "Piauí Herald": "Dilma quebra três promessas de campanha e pede vaia no 'Fantástico'".

Manchete do "Sensacionalista": "Dilma é mordida pelo próprio cachorro".

Que fase. O cachorro deve ser do PMDB! Rarará.

Começam as vendas de abadá para o dia 15!

E amanhã a Dilma enfrenta seu pior inimigo: a panela. Rarará.

Dilma X Panela. E, por causa da Marcha do Impeachment, até o jogo do Palmeiras foi adiado.

O Valdivia vai para a Marcha?

Aí no dia seguinte sai a manchete: "Valdivia bate panela e quebra o punho".

E fica mais seis meses sem jogar. Rarará.

E atenção! Novidades do impeachment: se a Dilma cair, é pênalti pro Corinthians! Rarará!

E a charge do Ivan Bezerra com uma panela escrito "GOLPEACHMENT".

Amanhã será impeachment ou golpeachment? Você decide.

Aliás, sua panela decide! Se você usar a panela pra bater, vai dizer que é impeachment.

E, se você usar a panela pra fritar coxinha, vai dizer que é golpeachment! Rarará!
Herculano
14/03/2015 06:51
OPROBLEMA DA DILMA É CONSEGUIR A PRÓPRIA DESMEDIOCRIZAÇÃO, por Carlos Tonet

De acordo com a imprensa, Dilmão tenta iniciar um processo de desmediocrização do governo, eliminando alguns medíocres ao seu derredor, por orientação do Lulão.

A primeira vítima seria o Merdacante, também conhecido como O Príncipe da Mediocridade.

O grande problema do Dilmão é que ela jamais conseguirá desmediocrizar a si mesma.
Herculano
14/03/2015 06:47
O MEIO E A MENSAGEM, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, para o jornal Folha de S. Paulo

As manifestações deste domingo pertencem ao universo da política virtual, regido pela lei da incerteza

Na tarde de uma quinta-feira, 30 de abril de 1977, elas deram-se os braços e caminharam silenciosamente em círculos diante da sede do governo argentino. A primeira marcha das Mães da Praça de Maio contou com 14 manifestantes. O número não importava, nem importavam cartazes ou palavras de ordem. Elas eram mães desesperadas de desaparecidos políticos. A simples presença do grupo exprimia mensagens devastadoras: um grito universal de dor e uma maldição eterna lançada sobre a ditadura militar. No Brasil, neste domingo (15), a relação entre meio e mensagem é completamente diferente. Tudo depende do número e da seleção das palavras.

As manifestações desta sexta (13) obedeceram à lógica do mundo da política organizada. Convocadas pela CUT, pelo MST e pela UNE, elas divulgaram uma mensagem nítida, definida de antemão pelo centro político do lulopetismo. Comissões de frente, serviços de ordem, faixas e carros de som asseguraram a unicidade da palavra. A finalidade era defender o governo, alcunhando como "golpistas" os manifestantes deste domingo. O protesto, quase inaudível, contra as medidas trabalhistas e previdenciárias do Planalto foi apenas uma oferenda prestada pelas três organizações semiestatais ao título de "movimentos sociais" que ainda lhes confere vestígios de legitimidade.

As manifestações antigovernistas deste domingo pertencem ao universo da política virtual, regido pela lei da incerteza. Convocadas nas redes sociais por uma miríade de pequenos grupos antipartidários, elas carecem de comando unificado e estabilidade de mensagem. Em torno do eixo móvel da indignação contra o governo, oscilam bandeiras diversas, que se estendem do protesto contra a corrupção até o "Fora Dilma" e o impeachment. Nas franjas extremas do movimento, figuras insignificantes, sombrias ou apenas ridículas clamam por uma intervenção militar. Só o número tem o condão de definir a mensagem.

A dimensão das manifestações deste domingo é imprevisível, pois elas não emanam de máquinas políticas profissionais. Se os números forem elevados, as ruas falarão a linguagem da exaltação cívica contra a corrupção, o engodo e a arrogância. O alvo será a privatização partidária do Estado e dos bens públicos. Nessa hipótese, experimentaremos uma evolução política das manifestações multitudinárias de junho de 2013. As pessoas comuns rejeitam o vandalismo, nas suas versões empírica (a destruição das coisas) e simbólica (a demolição das regras de convivência democrática). O perigo reside na hipótese alternativa, de manifestações relativamente pouco numerosas. Nesse caso, sequestrados por radicais de salão, os microfones difundirão mensagem odientas vazadas na gramática do exterminismo ideológico.

Dias atrás, um Lula acuado apelou ao "exército de Stédile". O monopólio das ruas, exercido por intermédio de "movimentos sociais" financiados pelo Estado, funcionou como precioso ativo político do lulopetismo. Quando as Jornadas de Junho contestaram a exclusividade, o PT tentou restaurá-la por meio do expediente de associá-las à "elite" e ao "preconceito". No fundo, o Partido está dizendo que o espaço público pertence a ele, e a ninguém mais. De certa forma, os principais partidos oposicionistas curvaram-se à sentença autoritária, como atestam suas adesões retardatárias, oscilantes e envergonhadas às manifestações deste domingo. Isso pode ter consequências desastrosas.

As mães que marcharam na Praça de Maio eram fortes porque eram poucas. Os manifestantes deste domingo, pelo contrário, serão fracos se não forem muitos. Na ausência do senso cívico que costuma acompanhar as multidões, sem um rumo democrático traçado pelas lideranças de oposição, ouviremos mensagens semelhantes às do lulopetismo, mas com polaridades invertidas. Seria uma pena: a falsa prova de que, na cena política brasileira, todos os gatos são pardos.
Herculano
14/03/2015 06:44
O QUE OS ALFABETIZADOS, MINIMAMENTE INFORMADOS, QUE LEEM JORNAIS, E POSSUEM CORAGEM DE EXPRESSAR OPINIÕES - MAS, SÃO MINORIA NA HORA DO VOTO - PENSAM SOBRE AS MANIFESTAÇÕES.

Estas cartas foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo deste sábado.

Uma das pautas das manifestações desta sexta (13) foi a "defesa da Petrobras". Concordo plenamente, mas lembro que Ministério Público, Polícia Federal e STF já estão cuidando do caso. Quanto à CPI da Câmara, francamente, está mais parecendo um conluio de compadres. Um cheirinho de pizza no forno começa a se espalhar do Congresso.
Fernando Campanella (Pouso Alegre, MG)

Contra que os manifestantes irão protestar? Uns vão reivindicar o impeachment, outros reclamarão dos políticos, a maioria vai gritar contra a corrupção escancarada no petrolão. Pacificamente. Será uma manifestação apartidária, legítima e democrática! Estarão presentes pessoas de todas as classes sociais e credos. É um ato de indignação contra o uso do dinheiro público para fins privados, a falta de saúde, educação e segurança, a carestia, a alta da inflação, os juros estratosféricos, o sucateamento da indústria e o desemprego. Jorge Rodini (Ribeirão Preto, SP)

Sou contra o impeachment. Trocar seis por meia dúzia, ou pior, não resolve. O que precisa ser feito urgentemente é reduzir drasticamente o número de ministérios e empresas públicas, cabides de empregos, que abrigam a corrupção de servidores desqualificados para as suas funções. É estranho não ouvir nenhum parlamentar de qualquer partido preconizar tal solução. Ninguém quer perder a boquinha. Outra urgência é a reforma política. O resto é conversa fiada. Antoninha Henriques Linares (São Paulo, SP)

Muito se tem propalado de que o resultado eleitoral deve ser respeitado. Mas, se ao término das investigações ficar comprovado que as campanhas de 2010 e 2014 foram aquinhoadas com dinheiro ilícito, esses resultados terão sido necessariamente fraudulentos. Portanto, dentro do que prevê a Carta, deveriam ter sido "desrespeitados" a tempo, pela adoção do impeachment. Evidências para tanto sobram. Edwaldo Camargo Rodrigues (São Paulo, SP)

Pepe Vargas, ministro das Relações Institucionais, sente cheiro de golpe nas manifestações ("Ministro diz sentir 'cheiro de golpe'", "Poder", 13/3), e a presidente Dilma diz que os "jornalistas investigativos" deveriam descobrir quem são os adversários que acirram os protestos ("Presidente afirma olhar para protestos com 'tranquilidade', "Poder", 13/3). Que tal a presidente colocar o Gabinete de Segurança Institucional para descobrir quem são os golpistas e denunciá-los, com provas, à Justiça? Paulo Marcos Gomes Lustoza, capitão de mar e guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ)
Herculano
14/03/2015 06:37
ALÍVIO, POR ORA, por Igor Gielow para o jornal Folha de S. Paulo

A coisa anda tão feia para o governo que a relativa anemia das manifestações a seu favor da sexta (13) foi motivo de alívio para o Planalto. Talvez tenha sido um bode na sala, mas o governo ventilava temer que os atos pudessem sair do controle chapa-branca e virar protestos duros contra o ajuste fiscal.

Como se viu, manifestantes a soldo cumpriram o ritual previsível de apoio acanhado ao governo, à tal reforma política e, enfim, ao que chamam de defesa da Petrobras.

O último item embute um dado fascinante de negação da realidade, visto que foram justamente a gestão e a corrupção ocorridas na era Lula/Dilma na megaestatal que a levaram para o buraco. Cereja do bolo, quando uma figura do naipe de João Pedro Stédile "abraça" um prédio qualquer, fica-se com a piada pronta.

Uma nota positiva foi a ausência de confrontos com os radicais de Facebook, grupelhos inexpressivos no real - aqui não se fala de black blocs, mas de boitatás que defendem a volta da ditadura e afins. Mais um respiro para o governo: não se viu gente de vermelho em batalhas campais.

Agora é ver o que ocorre neste domingo, quando a agenda das ruas não conta com organização militarizada do condomínio CUT/MST/MTST, mas aparenta ter a seu lado o enorme descontentamento popular com o governo e o WhatsApp.

A expectativa palaciana, ressaltando aqui o caráter de "hedge", é de algo concentrado em São Paulo. Se confirmada, já é um problema para Dilma: o motor do país reafirma o "espírito de 1932", de rejeição ao governo central, e deixa aberta uma agenda de novos protestos.

O panelaço do domingo passado, imprevisto apesar das teorias conspiratórias, sugere que algo de maior ressonância pode estar a caminho. Neste caso, a questão para o governo não é nem o grito por impeachment, extremo que poucos de fato desejam, mas sim o ainda maior enfraquecimento do Planalto.
Herculano
14/03/2015 06:34
O PMDB DE GASPAR TENTA TOMAR AS RÉDEAS DO PROCESSO

Uma pequena nota publicada na edição de sexta-feira tomou proporções além das cercanias de Gaspar.

Ela deu conta que um encontro entre os deputados Décio Neri de Lima, PT, e Rogério Peninha Mendonça, PMDB, estabeleceu a nova chapa de disputa em 2016: PT e PMDB juntos. E que a vice desta chapa estaria reservada à vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB.

Corre-corre, ajustes, ensaios de desmentidos, mas principalmente de apoio a Kleber Edson Wan Dall, o traído (presidente do PMDB e que se acha candidato), à independência do PMDB e principalmente de que a gestão deste processo não seja trabalhado em gabinetes de Brasília, Florianópolis e Blumenau. Acorda, Gaspar!
Herculano
14/03/2015 06:26
QUAL O OBJETIVO DO EXÉRCITO DA IGREJA UNIVERSAL?, por Luiz Nassif

O vídeo de um grupo de jovens em organização militarizada dentro de uma igreja evangélica é preocupante. Coloca em dúvida a laicidade do Estado e a influência que esse tipo de fundamentalismo religioso pode ter na sociedade.

A Igreja Universal do Reino de Deus afirma que o projeto "Gladiadores do Altar" busca resgatar jovens em situação de risco e prepará-los para servir exclusivamente ao 'Senhor'.

Circulam na internet vídeos polêmicos que mostram jovens marchando fardados e em posição de ordem em um templo religioso de uma igreja evangélica. No vídeo, eles recebem comandos de um suposto bispo da igreja, e respondem "o altar" a perguntas como "o que é que vocês querem?". Até a representação de um 'escudo militar' com a sigla G.A (Gladiadores do Altar) é utilizada pelo grupo.

Em um dos vídeos publicados pela própria igreja no Facebook, está um que recebeu mais de 220 mil visualizações até o momento da publicação deste artigo. Nos comentários, é possível notar a preocupação de várias pessoas com o que seria a formação de uma 'ditadura evangélica' no Brasil. A semelhança com rituais praticados pelo exército de Hitler na época do Nazismo, ou mais atualmente pelo Estado Islâmico, cujas práticas principais são dominar o mundo com um só pensamento - que consideram o único verdadeiro - e aniquilar quem pensa diferente, também é lembrada. Foi manifestada preocupação com a força que uma alienação religiosa pode levar alguns a fazer em nome de 'Deus', como a formação de membros intolerantes como os de grupos que fazem o EI e Al-Qaeda.

Apesar de estarem num país laico, os cristãos estão constantemente envolvidos em problemas com o restante da sociedade no que se refere a restrição da liberdade com coisas que deveriam ser escolha de cada ser humano. Dentre as questões polêmicas está o reconhecimento de família somente como aquela formada entre homem e mulher. Os cristãos, principalmente, procuram evitar que casais homossexuais se casem ou adotem crianças, por exemplo. Mesmo aqueles que decidem não fazer parte de uma religião cristã são afetados pelos dogmas das igrejas, já que a bancada evangélica no congresso nacional pode sugerir a criação de leis para toda uma população com base no que acredita.

A Igreja Universal do Reino de Deus afirma que o projeto "Gladiadores do Altar" é um projeto que busca resgatar jovens de todas as idades em situação de risco e prepara-los para servir exclusivamente ao 'Senhor'. A participação no projeto é opcional para aqueles que querem levar o evangelho deixado por Cristo há milhares de anos, em cumprimento ao registrado em Marcos 16:15: "Ide e pregai o evangelho a toda criatura." A instituição religiosa diz ainda que ao invés de praticar a intolerância "o projeto realiza reuniões semanais com os rapazes que estão dispostos a abrir mão de suas vidas para que outras pessoas sejam ajudadas".
herculano
14/03/2015 06:17
da série, só o PT, os que corrompem, os movimentos sociais, os que se estabelecem na esquerda podem protestar e fazer passeata. Os demais devem obedientes pagar os pesados impostos e suas opiniões quando não desprezíveis, cínicas ou rotuladas, são perigosas ou até criminosas

A MARCHA DOS ZUMBIS, por Ribamar Fonseca

A julgar pelo esforço da mídia e das redes sociais, na promoção de manifestações contra o governo, muita gente deve ocupar as ruas neste domingo, em todo o país, para pedir a cabeça da presidenta Dilma Roussef. A grande maioria, integrante dessa massa robotizada que obedece a ordens postadas na internet que não sabe de onde vem, não se dá conta de que está sendo manipulada por forças que desconhece. Debilitada em sua capacidade de pensar, vitima do intenso bombardeio da mídia e da internet, não se preocupa em saber quem convocou a manifestação, limitando-se a atendê-la porque, contaminada pelo ódio que destila nas redes sociais, acredita estar prestando um grande serviço à Nação.

Será que existe alguém que acredita em manifestação espontânea, com faixas e cartazes produzidos e distribuídos aos participantes? Alguém já se deu ao trabalho de indagar quem está financiando tudo isso? Até seguranças particulares foram contratados. Em nota, assinada pelo senador Aécio Neves, o PSDB manifesta seu apoio "aos atos pacíficos e democráticos convocados (quem convocou?) para o próximo dia 15 de março em todo o país". Confirmando o seu cinismo insuperável, os tucanos informam, na nota, que participarão "desse movimento apartidário que surge do mais legítimo sentimento de indignação da sociedade brasileira". Apartidário? Sentimento da sociedade brasileira ou dos próprios tucanos, por terem perdido a eleição?

A verdade é que a grande maioria dos que participarão das manifestações neste domingo são marias-vão-com-as-outras, que se deixam levar pela onda como bosta de marinheiro, sem a menor noção dos problemas que advirão para o país caso Dilma seja apeada do poder de forma traumática. Eles não sabem sequer quem assumiria o comando do país se o impeachment desse certo. Como verdadeiros zumbis apenas atendem a uma convocação veiculada na internet e ampliada pela mídia, mesmo desconhecendo os seus autores. Aparentemente acreditam que tirando Dilma do Palácio do Planalto a vida no país vai melhorar, a gasolina vai baixar de preço, a energia elétrica também, vai acabar o racionamento de água, a seca também, não haverá mais corrupção nem inflação e o Brasil se transformará num paraíso.

É surpreendente a ignorância das pessoas quanto aos mecanismos legais que deverão ser acionados para destituir um presidente legalmente constituído. Eles também não fazem idéia do que poderá acontecer caso Dilma seja deposta, não atentando nem mesmo para a possibilidade de uma guerra civil de consequências imprevisíveis. Completamente hipnotizados pelas campanha sistemática da imprensa comprometida e pelas postagens dos hittlernautas, ignoram até mesmo as verdadeiras causas do protesto e dizem bobagens, como o ator Caio Castro, que afirmou: "Chega, não dá mais para suportar um monte de político roubando o nosso dinheiro". Ele fez parte de um vídeo que circulou nas redes sociais com a presença de vários atores da Globo, que está engajada na manifestação, convocando o povo a ir para a rua neste domingo.

Por sua vez, a apresentadora do jornal do SBT, Rachel Sheherazade, a mesma que aplaudiu o linchamento de um garoto no Rio, também revelando total ignorância da situação do país, disse em seu blog que os descontentes devem ir às ruas neste domingo para exigir "a deposição de uma presidente que mentiu para o país, traiu a confiança do povo e levou o Brasil a bancarrota". Ela certamente não sabe que o Brasil tem hoje em reservas 370 bilhões de dólares (tinha apenas 18 bilhões de dólares em reserva quando FHC entregou o governo a Lula); é o quarto maior credor individual dos Estados Unidos; o PIB saltou de 504 bilhões de dólares em 2002 para 2 trilhões e 200 bilhões de dólares em 2013; era a 14ª economia mundial em 2002 e hoje é a 7ª; e o salário mínimo subiu em 12 anos de 50 dólares para 250 dólares. Isso é um país em bancarrota? Vai ver ela nem sabe o que é bancarrota.

Infelizmente essas pessoas ainda não perceberam que estão fazendo o jogo dos que pretendem tomar o poder de assalto, preocupados única e exclusivamente com seus próprios interesses políticos e econômicos. Não pensam no povo. E querem concluir o projeto dos tucanos de entregar a Petrobrás e o nosso petróleo ao capital estrangeiro. A Operação Lava-Jato, superdimensionada pela mídia entreguista como "o maior escândalo de corrupção da história", na verdade é apenas o pretexto que eles precisavam para privatizar a estatal. A corrupção no cartel de trens em São Paulo é igual ou maior do que a da Petrobrás mas, por conveniência, a mídia ignora. Deliberadamente, tenta-se não apenas destruir a estatal mas, também, as empreiteiras que prestam serviço a ela, provocando com isso a demissão de milhares de trabalhadores em todo o país. Ao invés de punir-se os homens, responsáveis pela corrupção, pretende-se punir as empresas.

Uma coisa os participantes da manifestação deste domingo deverão ter em mente: todos, indistintamente, serão responsáveis pelas consequências de um eventual impeachment da Presidenta. E responderão por isso não apenas diante da lei dos homens mas, também, diante das leis divinas. A manifestação de 1964, que antecedeu ao golpe de 31 de março, foi denominada de "Marcha da Familia com Deus pela Liberdade". Será que vão meter de novo o nome de Deus nesse movimento? Aliás, alguém já se perguntou se Deus aprovaria semelhante manifestação?
Herculano
14/03/2015 06:08
DILMA AVALIA TROCA-TROCA DE WAGNER E MERCADANTE

O governo avalia um troca-troca de ministros que pode ser a solução dos seus problemas: Jaques Wagner seria deslocado para a chefia da Casa Civil e Aloizio Mercadante passaria para o Ministério da Defesa. Com isso, Dilma atenderia a Lula e ao PMDB, como forma de melhorar a qualidade do diálogo com o Congresso, e colocaria Mercadante, conhecido pela arrogância, num cargo que parece feito à sua medida.

Como pinto no lixo
Mercadante é filho do general Oswaldo Muniz Oliva, de "linha dura", e tem um irmão coronel. Sentir-se-ia à vontade no Ministério da Defesa.

Ministro odara
Dilma também cessaria o incômodo dos militares com os "selinhos" de Jaques Wagner e suas atitudes carnavalescas demais para o cargo.

Antítese
Em contrapartida, Jaques Wagner é a antítese de Mercadante: do tipo simpaticão, tem livre-trânsito no Congresso e a estima de Lula e Dilma.

Lorota
O chefe da Casa Civil anda espalhando que, ao contrário de pedir sua cabeça, Lula quer Dilma reforçando seu papel no governo. É lorota.

DILMA É REJEITADA ATÉ EM REDUTO ELEITORAL DO PT
Levantamento da empresa francesa de pesquisa Ipsos, realizado em São Paulo, Recife e Porto Alegre, entre 9 e 11 deste mês, revela dados alarmantes para o governo: 50% da população consideram a gestão de Dilma ruim ou péssima. A avaliação negativa de Dilma supera a positiva inclusive no Nordeste, onde ela teve grande votação. A pesquisa também aferiu o engajamento aos protestos de domingo (15).

Luz vermelha
O percentual de pessoas que souberam dos protestos do dia 15 disparou nos dois últimos dias da pesquisa, subiu de 70% para 82%.

Lorota
A ladainha de que a crise atual se deve à crise econômica internacional não cola mais para 73% dos entrevistados.

#Vemprarua
Nas motivações para o protesto aparecem: Corrupção (67%), Inflação (52%) e Impeachment (32%).

Até a última gota
Após o revés da aprovação de projeto de lei que dificulta a criação de partidos, Marina Silva passou a semana em Brasília. Ela ainda bate o pé, tentando fundar o seu Rede Sustentabilidade. Mas está difícil.

Dança das cadeiras
Após ter perdido as eleições presidenciais em Minas Gerais, seu curral eleitoral, Aécio Neves decidiu trocar o comando estadual do PSDB. O deputado Domingos Sávio deverá substituir Marcos Pestana em junho.

Armação
Aliados do governador do Amazonas, José Melo (Pros), afirmam que a acusação de compra de votos é uma armação do ministro Eduardo Braga (Minas e Energia), a quem impôs derrota acachapante em 2014.

Ubec compra Unicap
A União Brasiliense de Educação e Cultura (Ubec), entidade religiosa mantenedora da Universidade Católica de Brasília, fechou a compra da Católica de Pernambuco. O acordo será anunciado nesta segunda (16).

Espelho meu
Jornais divulgaram só ontem, como sempre sem citar a fonte, o que os leitores desta coluna sabem desde quinta: Dilma proibiu os ministros de sair de Brasília, temendo os atos pró-impeachment deste domingo.

Culpa da estrela
O partido Solidariedade já consultou os juristas Ives Gandra, Cássio Mesquita Barros, Adilson Dallari, Modesto Carvalhosa e Sérgio Ferraz sobre a fundamentação do processo de impeachment contra Dilma.

Em defesa do petrolão
Acusado de ser "cúmplice de um assalto de proporções gigantescas", ao depor na CPI da Petrobras, Sergio Gabrielli tomou um banho de óleo de peroba e até discursou no ato "em defesa" da estatal roubada.

Descompensou
Agarrado a boquinha no conselho do Sesi, o ex-ministro Gilberto Carvalho atacou a Rede Globo, num evento da entidade em Brasília, quinta (19), culpando-a pela falta de "notícias positivas" do governo.

A diferença
A piada de ontem em Brasília: a manifestação do PT foi marcada para sexta-feira e a da oposição para domingo porque a oposição trabalha.
Herculano
14/03/2015 05:55
CONAR MANDA PETROBRÁS MODIFICAR PROPAGANDA, por Josias de Souza

Se tudo continuar como está, a Petrobras vai acabar tendo que apelar para a competência. Na escala de decisões desastradas, a estatal já atingiu o ápice. A penúltima mandracaria foi desmontada pelo Conar, o Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária. A entidade mandou a Petrobras alterar o conteúdo de um comercial que vem sendo exibido na tevê desde o mês passado.

Na peça, a Petrobras se vangloria de ter superado vários obstáculos ao longo de sua história de 61 anos - desde a dúvida inicial quanto à existência de petróleo no Brasil até a descoberta do pré-sal. E iguala os seus feitos históricos ao esforço atual para apagar de sua logomarca a mancha da corrupção.

"Hoje os desafios são outros e, por isso, estamos aprimorando a governança e a conformidade na gestão", diz o locutor do comercial a certa altura. "Seja qual for o desafio, nossa resposta será aquela que nos acompanha desde sempre: superação''. O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) achou que os idealizadores da mensagem exageraram na pantomima.

Para o deputado, a petrorroubalheira não é um desafio a ser superado, mas um crime a ser punido. "É criminoso fazer uma propaganda dessa. Em nada condiz com a verdade, ainda mais diante de um escândalo desses. É jogar dinheiro público fora'', disse Aleluia.

Em defesa da plateia, o deputado protocolou uma representação no Conselho de Ética do Conar para tirar a peça do ar. Aleluia escorou sua petição no artigo 23 do Código Brasileiro de Autorregulação Publicitária. Anota o seguinte: "Os anúncios devem ser realizados de forma a não abusar da confiança do consumidor, não explorar sua falta de experiência ou de conhecimento e não se beneficiar de sua credulidade."

Por maioria de votos, os conselheiros do Conar entenderam que, de fato, a propaganda da Petrobras precisa ser modificada. Em decisão tomada na última quinta-feira, determinaram que a propaganda deixe de ser exibida até que seu conteúdo seja alterado. A Petrobras dispõe de dez dias para recorrer, se quiser. Mas o recurso não tem efeito suspensivo. A decisão precisa ser cumprida imediatamente.

Melhor assim. Quem assistia ao comercial ficava com a impressão de que o comando da Petrobras está dividido entre dois tipos de pessoas: os abertamente cínicos e os que não conseguem se conter.
Herculano
14/03/2015 05:52
GRUPOS CHAMAM OPOSITORES DE "GOLPISTAS"

'Protesto pelo impeachment não vamos permitir', diz sindicalista em SP; ex-presidente da Petrobras vai a ato em Salvador. Embora tenham feito algumas cobranças ao governo, manifestantes saíram em defesa de Dilma em 23 capitais

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Nos atos organizados nesta sexta (13) em 23 capitais, movimentos sindicais e sociais defenderam desde o reajuste da tabela do Imposto de Renda até a ampliação da oferta de crédito pelo governo.

Apesar do tom de cobrança, que incluiu o pedido de revisão de medidas que afetam benefícios trabalhistas, os manifestantes saíram em defesa da Petrobras e do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) e chamaram de "golpistas" os que defendem o impeachment da petista.

Na capital paulista, participaram as centrais sindicais CUT, CTB e Nova Central, além do e entidades em defesa dos direitos de sem terra, mulheres, negros e homossexuais.

"Somos a favor de toda manifestação, mas protesto pelo impeachment da presidente nós não vamos permitir", afirmou, em cima do carro de som, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

Em alguns Estados, a defesa da Petrobras e de Dilma foi encorpada pela presença de lideranças petistas locais, como o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli. Ele participou de protesto em frente a prédio da petroleira em Salvador. Discursos e faixas pediam "respeito à democracia" e ao resultado das eleições.

Em Campo Grande, o deputado e ex-governador Zeca do PT posou com manifestantes segurando um cartaz onde se lia "Golpe Nunca Mais".

A mensagem também apareceu no discurso da vice-prefeita de Curitiba, Miriam Gonçalves (PT), em um carro de som na capital paranaense.

Em várias capitais, manifestantes levaram bandeiras e camisetas da campanha eleitoral de Dilma em 2014. Também foram cantados gritos de guerra exaltando a petista e o ex-presidente Lula.

PAGAMENTO

Em São Paulo, manifestantes relataram à Folha terem recebido "café, almoço e jantar" para estar no ato.

"Ficamos só uma parte. Não precisa ficar até o final", disse a auxiliar de limpeza Gisele Rodrigues, 33, que levou os dois filhos pequenos.

Ela disse que ganhou um apartamento em um sorteio da CUT. "Por isso sempre venho [a atos organizados pela central]. Faz parte do pacote."

Com balões e coletes da CUT, estrangeiros participaram, mesmo sem, aparentemente, saberem quais eram as reivindicações. Disseram ter recebido de R$ 30 a R$ 50.

O pagamento a manifestantes foi criticado pelo grupo Revoltados Online, que realizou protesto em frente ao prédio da Petrobras em São Paulo após a manifestação no local favorável à presidente.

Em defesa do impeachment, o ato reuniu 60 pessoas e atrasou duas horas. Segundo liderança do grupo, a demora deveu-se a uma tentativa de evitar um confronto com os manifestantes pró-Dilma.
Herculano
14/03/2015 05:48
TENSÃO DEMOCRÁTICA, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para o jornal Folha de S. Paulo

É possível, embora não certo, que a partir de amanhã a democracia brasileira restabelecida nos anos 1980 passe a viver um inédito teste de estresse. A julgar pelo ruído do domingo (8/3), quando o pronunciamento presidencial foi acompanhado de protestos em diversas cidades, há quem preveja que a direita consiga colocar quantidade expressiva de gente na rua pela primeira vez desde o pré-1964.

Embora se deva notar que parte significativa dos manifestantes será, na realidade, de centro, o tom pró-impeachment das convocatórias faz parte da tentativa direitista de mobilizar massas, a qual começou em 2005. Quando eclodiu o escândalo do mensalão foram convocados comícios. A falta de apelo, na época, contribuiu para enterrar a ideia de impedir o ex-presidente Lula. Em 2007, o movimento "Cansei", de teor semelhante, esvaziou-se em poucas semanas. Já em junho de 2013, a direita mostrou maior capacidade de mobilização, mas ainda precisou pegar carona em iniciativa da esquerda, que ocupa as praças desde a transição democrática.

Mesmo as iniciativas pós-eleitorais autônomas da direita em 2014 foram tímidas. Agora, devido ao enfraquecimento do governo e tendo obtido apoio de segmentos de centro, pode ter chegado a sua hora. Se for assim, abrir-se-á um tipo de polarização que, no passado, acabou em golpe. A uma manifestação seguirá, cedo ou tarde, uma contramanifestação, e assim por diante. Quando a sociedade, dividida, decide mobilizar-se, há uma dinâmica específica, distinta daquela que prevalece no jogo dos gabinetes.

Estou convencido, por diversas razões, que, desta feita, o desfecho não será o mesmo daquele de 1964. Mas vai depender, também, de como os atores levarem adiante o processo de luta, que a meu ver será longo. Em princípio, a presença da direita não deveria assustar, podendo até ser elemento politizador para o conjunto da sociedade. Cabe à esquerda convencer a maioria dos cidadãos de que o impeachment seria um golpe branco, sem base jurídica, como até especialistas da oposição reconhecem.

Cumpre também, isolar, dentre aqueles que se manifestarão amanhã, os setores minoritários de extrema-direita que incitam ao crime. A Constituição garante o direito de manifestação, sem restrições. Por outro lado, a Carta pune de maneira rigorosa qualquer iniciativa prática contra a democracia. O parágrafo 44 do artigo 5º qualifica de "crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático". Por isso, incitar à intervenção militar é fazer apologia do crime e deve ser denunciada enquanto tal.
Arara Palradora
13/03/2015 19:47
Querido, Blogueiro:

Gostei da hashtag #DilmaLindaOBrasilTeAma
São mesmo duas mentiras evidentes.
Ella não é linda e muito menos amada pelo Brasil.

Falando em beleza, se o Zé Simão conhecesse o vereador Jaime Kirschner diria que ele está no partido errado.
O partido dele devia ser o PT, é que ele tem cara de quem come morcego.

Voeeeiii...!!!
Juju do Gasparinho
13/03/2015 19:34
Prezado Herculano:

Postado às 07:50 hs.:
"Wagner pede ajuda para Renan tirar Mercadante".
Acho que só eu e a Dona Dilma queremos que ele fica.
Fica Mercadante,fica!

sidnei luis reinert
13/03/2015 19:33
Promotor pede prisão preventiva de Stedile
Da Agência Estado

O promotor de Barra do Ribeiro (RS), Daniel Indrusiak, pediu à Justiça a prisão preventiva do líder do Movimento dos Sem-Terra (MST), João Pedro Stedile, acusado de participar da organização da depredação de um viveiro de mudas e um laboratório da Aracruz Celulose, por cerca de 1.500 mulheres da Via Campesina. A invasão completa dois anos hoje. O juiz Jonatas de Oliveira Pimentel ainda não se manifestou sobre o pedido.

Indrusiak está convencido de que há uma estratégia de Stedile para frustrar o processo, porque a Justiça não consegue notificá-lo para que apresente sua defesa desde abril de 2006, quando aceitou a denúncia. Segundo o promotor, o líder do MST nunca está em seus endereços conhecidos nem compareceu a uma audiência marcada por edital em maio passado.

"Ele tem o direito de se defender, mas deve fazer isso na Justiça", disse. "Como dificulta a citação, há condições para pedir a prisão preventiva", explicou, ressalvando que isso não corresponde a um julgamento de culpa na depredação, apenas a submissão de Stedile ao processo.
Anônimo disse:
13/03/2015 19:30
Herculano, o PMDB para não morrer na praia se abraça ao partido
corruPTo com uma vice interesseira.
Os dois longevos da Câmara não vão participar da passeata?
Pensas que Hilário Melato e Jaime Kirschner não tem medo de vassouradas?
sidnei luis reinert
13/03/2015 19:18
Roubaram tanto que cada brasileiro podia ter na conta 11.500.00,oo???

Ministro do TCU diz que governo omitiu R$ 2,3 trilhões em prestação de contas

Dos milhões, para bilhões e agora trilhões?rombos escondidos cada vez mais tenebrosos e desastrosos para o país.

https://www.youtube.com/watch?v=WRtMBMePcIg
Herculano
13/03/2015 19:11
CHEGUEI! MICÃO REUNIU 8 MIL PESSOAS; PARTE DOS MANIFESTANTES ATACAVA O GOVERNO, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Demorei um pouco para retomar. Estava na rua disfarçado de inimigo do povo. A Polícia Militar estima em 8 mil o número de manifestantes em São Paulo. É claro que é um mico. No resto do país, não mais do que meia-dúzia de gatos pingados. No entorno da Paulista, dezenas, talvez centena, de ônibus fretados, vindos de toda parte.

Quem pagou? A CUT? O MST? O PT? Os sindicatos? Desempregados receberam R$ 35 para participar da manifestação liderada pelo? Partido dos Trabalhadores.

Não tenho como calcular, mas especulo que pelo menos metade estava lá não a favor de Dilma, mas contra ela - ainda que com uma oposição à esquerda. Afinal, na convocação do ato também está aquela miríade de militantes de extrema esquerda.

O "protesto a favor" ainda contou com a ajuda de sindicalistas, que marcaram assembleias para esta sexta, como é o caso da Apeoesp (professores) e Sindsaúde. É um truque. O comando das duas entidades está com o PT.

Neste momento, ouço o Hino Nacional. Prestei atenção ao seguinte trecho:

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

O Brasil se levanta.
Herculano
13/03/2015 19:08
CUT E CIA. SALVAM A PETROBRÁS DE SUJEITO OCULTO, Josias de Souza

A defesa da Petrobras é um dos principais motes das manifestações promovidas nesta sexta-feira pela CUT e seus aliados sociais. Deseja-se defender a estatal contra a ação deles. Fala-se muito "deles"? deles? deles." Todo mal da Petrobras é culpa "deles". A estatal está sendo destruída por "eles". Falta aos protestos alguém que tome de assalto o megafone e grite uma singela pergunta: "Quem são eles?"
Muitos manifestantes talvez parem, travados. Quem são eles? Ora, eles são os outros, esses seres impalpáveis, responsáveis por tudo. Eles podem ser os corruptos, os corruptores, os neoliberais tucanos, o capital financeiro internacional, o procurador Janot, a mídia golpista? Eles são todos, menos a "esquerda'' e o "governo democrático e popular do PT''.

Na Petrobras, o dinheiro saiu pelo ladrão porque os ladrões entraram nos cofres da estatal. Quem abriu a porta do galinheiro para os diretores indicados pelas raposas do PT, PMDB e PP foi Lula. Quem vigiava o poleiro era Dilma Rousseff, então presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

Supremo paradoxo: em Salvador, José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, estrelou a manifestação desta sexta-feira. Foi sob Gabrielli que a ação partidária na estatal potencializou-se. Em fevereiro de 2012, Gabrielli falou sobre o fenômeno no programa Roda Viva.

A certa altura, perguntaram-lhe por que os políticos cobiçavam diretorias da Petrobras. E Gabrielli: "Nós estamos numa democracia, meus senhores e minhas senhoras. Numa democracia em que os partidos são legítimos, em que os partidos representam o interesse do povo brasileiro. Ou vocês querem negar o direito dos partidos??

Democracia partidária na Petrobras? "Vocês querem negar o direito dos partidos. A democracia exige partidos. Muito mais importante ter partidos do que não ter, do que ter uma ditadura." Alguém lembrou a Gabrielli que ele presidia uma estatal de capital aberto, com ações na Bolsa. Outro entrevistador repetiu que havia gente indicada por Collor na companhia.

"O senhor Collor de Mello é senador eleito", justificou-se Gabrielli. "Eu discordo da política dele, mas esse é outro problema. Ele é legitimamente eleito." Ante a insistência dos entrevistadores - qual é o interesse dos partidos na Petrobras?- Gabrielli soou assim:

"Os partidos participam da gestão do Estado. Isso é parte da prática democrática. Isso é parte da democracia. Os partidos são legítimos. Nós podemos discordar. Eu discordo. Você sabe que eu sou um homem de partido. Eu discordo de alguns partidos, mas é legitima a existência dos partidos. Querer que não existam partidos é autoritarismo. Pode ser um déspota esclarecido, mas é um déspota."

Nomeado sob Lula, Gabrielli só foi substituído por Dilma em 2012, segundo ano de sua primeira gestão. Saiu sob elogios pelos serviços prestados. Já nessa época, o petista Gabrielli não era um bom exemplo. Pior: era um extraordinário aviso. Não viu quem não quis. Agora responda rápido: quem são eles?
Herculano
13/03/2015 18:42
PIORA TUDO. LEVY AMEAÇA SE DEMITIR APÓS CONCGRESSO IR CONTRA VETO A SUBSÍDIO

O texto é de Valdo Cruz, Natuza Nery e Gabriela Guerreiro da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo. O risco de o ajuste fiscal ficar comprometido por causa da derrubada de um veto presidencial levou o ministro Joaquim Levy (Fazenda) a fazer um desabafo, usado por governistas para pressionar seus aliados, de que neste caso preferia pedir demissão.

A ameaça do ministro foi feita na última quarta-feira (11), quando o Congresso quase derrubou o veto da presidente Dilma à prorrogação até 2042 dos subsídios sobre a energia elétrica para grandes empresas do Nordeste.

A manutenção do subsídio elétrico provocaria um custo extra de R$ 5 bilhões nas contas do Tesouro neste ano, tornando mais difícil cumprir a meta de superávit primário de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2014.

A manobra para tentar derrubar o veto de Dilma, que acabou fracassada, foi comandada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pegando de surpresa o governo durante a sessão do Congresso Nacional de quarta-feira.

Acionados de emergência, depois que o veto já havia sido derrubado na Câmara, os ministros Pepe Vargas (Relações Institucionais) e Eduardo Braga (Minas e Energia) levaram a Renan Calheiros e a senadores governistas a mensagem de que a queda do veto poria em risco o ajuste fiscal e estava levando, inclusive, o ministro Joaquim Levy a dizer que "preferia pedir demissão do cargo".

O veto acabou não caindo por apenas dois votos no Senado -39 senadores votaram pela derrubada, dois a menos do que o quórum de 41 necessário.

Assessores da presidente Dilma classificaram a ameaça de Levy como uma reação no "calor do momento", mas ela serviu para sinalizar à base aliada a gravidade do cenário atual e a necessidade de aprovar as medidas de ajuste fiscal.

Nesta sexta-feira, quando circulou tanto em Brasília como no mercado financeiro a informação de que teria ameaçado pedir demissão, o ministro Joaquim Levy disse a interlocutores que "não tenho nenhuma intenção nem motivos para deixar o governo" e está comprometido com a missão que lhe foi dada pela presidente Dilma de ajustar a política econômica.

Segundo um interlocutor, ele chegou a dizer, em tom descontraído durante uma conversa em São Paulo, que a "má notícia é que eu continuo e vou continuar no governo".

VETO FICOU PERTO DE CAIR
A Câmara derrubou o veto com o apoio de 310 deputados, mas o Senado acabou não prorrogando os subsídios de energia para empresas do Nordeste após forte pressão do Planalto. No total, 39 senadores votaram contra o governo, dois a menos que o mínimo necessário para que o veto caísse.

Durante a votação, os ministros Eduardo Braga (Minas e Energia) e Pepe Vargas (Relações Institucionais) fizeram sucessivas ligações para senadores peemedebistas em busca de apoio.

Mulher de Braga, a senadora Sandra Braga (PMDB-AM) também procurou colegas para tentar convencê-los a apoiar o governo.

Os ministros conseguiram convencer parte da bancada do PMDB. Com o apoio da maioria do PT, garantiram o esvaziamento da sessão para impedir que os aliados de Renan atingissem os 41 votos.

Líderes peemedebistas afirmam que não negociaram a derrubada antecipadamente com o Planalto, que acabou pego de surpresa.

Eles alegavam que havia um acordo para que os subsídios, que vencem em julho, fossem substituídos por outras medidas, o que poderia não atingir o ajuste fiscal.

Para tentar viabilizar sua manobra, Renan foi ao gabinete do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acompanhado do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) para pedir a suspensão da sessão da Câmara.

Isso garantiu ao Congresso continuar funcionando para que o veto fosse analisado. Ao lado de Renan, Collor foi um dos principais articuladores da manobra contrária ao governo, que teve também o apoio de petistas do Nordeste como Walter Pinheiro (BA).
Herculano
13/03/2015 18:39
UM GOVERNO SEM RUMO.ECONOMIA NO BURACO. E TODOS NÓS PAGANDO ESTA PESADA CONTA DA FARRA E INCOMPETÊNCIA DOS POLÍTICOS. DÓLAR AVANÇA 6,3% NA SEMANA E ATINGE R$ 3,249, MAIOR VALOR DESDE 2003.

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo). Após atingir R$ 3,28 ao longo do dia, o dólar comercial reduziu a alta e fechou a sessão desta sexta-feira (13) valendo R$ 3,249 na venda, com valorização de 2,77%.

É o terceiro dia seguido de alta e o maior valor de fechamento desde 2 de abril de 2003, quando a moeda norte-americana valia R$ 3,259. É também a maior alta percentual diária desde 30 de janeiro, quando subiu 2,96%.

Na véspera, o dólar havia subido 1,08% e no dia anterior, 0,77%.

Na semana, o dólar acumula alta de 6,3%. O dólar já havia subido 7% na semana passada.

Nas casas de câmbio de São Paulo, a moeda norte-americana chegou a ser cotada de R$ 3,41 (em dinheiro vivo) a R$ 3,66 (no cartão pré-pago), já considerando o IOF, no começo da tarde de hoje. O valor sempre é maior para turistas do que o divulgado no câmbio comercial.

A alta de hoje foi influenciada pela informação de que o governo brasileiro não considera usar suas reservas internacionais neste momento para conter o avanço do dólar, segundo disse uma fonte do Ministério da Fazenda à agência de notícias Reuters.

O BC vem vendendo contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futuro de dólares) diariamente desde agosto de 2013 para oferecer proteção contra a alta do dólar e limitar a instabilidade da moeda. O programa está marcado para durar pelo menos até o fim deste mês, e há dúvidas sobre sua continuidade.
sidnei luis reinert
13/03/2015 17:08
De Ronaldo Caiado:

·O PT estatizou a cidadania. Inventou o manifestante de fachada. Em um país onde o desemprego começa a disparar, eles aproveitam de pessoas sem ocupação para dar volume à defesa de uma presidente indefensável. Agora dá para entender porque eles acusaram a oposição de ter financiado o Panelaço distribuindo panelas por aí. Não sabem mais o que é uma manifestação popular. Com eles é só pagando... e com nosso dinheiro! Domingo o Brasil vai mostrar o que é uma genuína manifestação contra a corrupção desse governo!

Manifestantes recebem R$ 35 para ir a ato a favor de Dilma em SP

http://www.valor.com.br/politica/3952318/manifestantes-recebem-r-35-para-ir-ato-favor-de-dilma-em-sp
Herculano
13/03/2015 16:55
MIOU

Não foi a marcha em "defesa" da Petrobrás que miou nesta sexta-feira 13. O diretório catarinense do PT emitiu nota informando que "Em virtude de problemas com a debatedora Erika Kokay, o seminário: A Crise do Capitalismo, perspectivas políticas, foi cancelado. Fica mantida a reunião com os coordenadores microrregionais na sexta-feira, dia 13/03, 19h, no SINTESPE, e a reunião do diretório ampliada no dia 14/03, às 09h, no Auditório Paulo Stuart Wright, na Alesc".

Crise do capitalismo? No Brasil ele está em crise devido a má gestão pública e a roubalheira que promoveram na Petrobrás, que é responsável por quase 10 por cento dom agregado econômico que forma o PIB.
Herculano
13/03/2015 16:42
CONTRARIANDO O CHEFE

Franciele Back é assessora do vereador Jaime Kirchner, PMDB. Ela é uma das organizadoras do evento de domingo aqui em Gaspar contra a corrupção. Ele já mandou avisar que não vai em tal manifestação.
Herculano
13/03/2015 16:39
depoimento de Odir Barni, ex-servidor de Gaspar e fundador do Sintraspug - Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar - no facebook de Andreia Symone Zimmermann Nagel


VEREADORA DE GASPAR FAZ O QUE O PT PROMETEU E NÃO FEZ.

Eu fui servidor publico municipal de Gaspar durante 22 anos, dos quais 15 no exercício de contador , responsável pelas contas do município. No meu tempo, mesmo com o AI-5 E Decreto-Lei 200, em vigor, nenhum prefeito foi processado. Era preocupação com as contas; éramos vigiados por não ser do SISTEMA. Falar em PT em Gaspar, era ofender o eleitor. Hoje após 3 mandatos o partido vermelho sofre com uma linha mais radical e coerente.

A vereadora Andrea Symone Zimmermann Andréia Nagel, oriunda de uma família tradicional e conservadora de Gaspar. Andrea, casou-se com um Nagel que tinham como Patriarca Floriano Nagel, o alemão da bengala, da localidade da Lagoa, foi várias vezes à prefeitura e deu com a bengala na mesa do prefeito, quando as promessas não eram atendidas. Queira Deus que Andrea tenha incorporado o espírito do avô de seu marido para mostrar à Gaspar que o município ainda tem solução. Nesta Praça Getúlio Vargas, eu assisti muitas manifestações e discursos, inclusive eu como presidente do SINTRASPUG, sindicato dos servidores públicos, encabecei algumas manifestações, todas tiradas de Assembléias do servidores. Prestar contas de seus atos e mostrar o que ainda pode ser feito, é uma atitude de quem faz jús ao salário que recebe. Que este exemplo sirva para todos os municípios. Claro que a grande maioria da população não se liga e acha isto desnecessário. É comum o cidadão nadar quando a água bate da bunda, assim estamos todos nós brasileiros.

Espero que exemplos como este da vereadora Andrea, contribuam para uma sociedade mais justa e fraterna. SALVE GASPAR, TERRA DE ALEGRIA, SEUS JAMAIS ESQUECEM DE TI, ÉS A LUZ QUE ILUMINA NOITE E DIA O GRANDE E BELO VALE DO ITAJAÍ!
Professora Municipal
13/03/2015 15:56
Quanto ao falso Informativo da Secretaria de Educação distribuído antes das negociações do reajuste dos professores.
Eles erraram ao imprimir os cargos, aqueles super salários que aparecem na propaganda enganosa são do pessoal que trabalha na secretaria da educação, na sua maioria cargos comissionados e não dos professores da rede pública, que além de serem maus remunerados são perseguidos quando são oposição ou quando fazem greve.
É bem do tipinho do PT querer desmoralizar a classe trabalhadora.
Quanto ao vereador Antônio Dalsochio, esse sujeito não teve professores em sua vida, nasceu sabendo de tudo, deveria ter ficado de boca fechada e não ter dito asneiras.
Pernilongo Irritante
13/03/2015 14:12
A cidade de Gaspar vai ter uma semana de aniversário sem grandes comemorações.

O prefeito Zuchi podia ser a grande atração no dia do aniversário da cidade.
Aos moldes do que fez a vereadora Andreia, o prefeito podia estender uma toalha na praça e colocar um chapéu pedindo esmolas pra concluir a Ponte do Vale, a reurbanização do Jardim Primavera, a reurbanização do loteamento das casinhas de plástico e outras obras que prometeu mentindo na campanha.
Só que tinha que ser plantando bananeira, senão não arrecadar um tostão.
Herculano
13/03/2015 13:42
da série sou igual aos outros, então por que me condenar por roubo e corrupção?

QUANDO OS PECADORES E OS HIPÓCRITAS ATIRAM PEDRAS, por Lula Miranda

"Joga pedra no PT!

Joga bosta no PT!

Ele foi feito pra apanhar!

Ele é bom de cuspir!

Ele dá [direitos] pra 'qualquer um'.

Maldito PT!!!"

A sociedade, desde sempre, desde que o mundo é mundo, tem a prática de se utilizar dos chamados "bodes expiatórios", ou dos popularmente conhecidos "bois de piranha" - e isso está devidamente registrado/catalogado na história da moral, dos usos e costumes e, claro, das práticas políticas.

Tanto é que até já chegou ao cancioneiro popular, como demonstra essa canção de Chico Buarque - citada aqui na epígrafe - e que circula, nos dias que correm fugidios, nas redes sociais, numa excelente performance da atriz Letícia Sabatella, que, a propósito, caminha, com seu peculiar charme e beleza, ao meu/nosso lado, na margem esquerda desse rio.

Da Wikipédia: "Em sentido figurado, um 'bode expiatório' é alguém que é escolhido arbitrariamente para levar (sozinho) a culpa de uma calamidade, crime ou qualquer evento negativo (embora não o tenha cometido). A busca do bode expiatório é um ato irracional de determinar que uma pessoa ou um grupo de pessoas, ou até mesmo algo, seja responsável de um ou mais problemas sem a constatação real dos fatos".

A estratégia da prática conhecida como "boi de piranha", como se sabe, consiste em atirar um boi, geralmente o mais magro e "xexelento" do rebando, num rio repleto de piranhas.

Enquanto as piranhas se "divertem" e se ocupam devorando aquele boi raquítico, o tropeiro atravessa incólume o rio com toda a boiada, que é o que realmente interessa ao dono da fazenda, o seu patrão.

Tá acompanhando? Tá seguindo a tropa? Tá seguindo a boiada?

A "piranha" da música é a Geni; do atual cenário político, é o PT. Mas as piranhas vorazes deste rio metafórico são outras. E nós sabemos bem quem elas são, pois as conhecemos de outros tempos.

Tempos sombrios. Tempos bicudos.

Ou seja: querem atirar o PT à saciedade das piranhas, para que a "boiada" dos políticos do PSDB, DEM e demais asseclas, já bastante conhecidos pelas suas práticas nada republicanas, prossigam incólumes e retomem as rédeas e os rumos da tal "travessia do rio".

O que importa, para eles, é "atravessar" o rio para a margem direita e prosseguir com a comitiva - até o matadouro? Se é que me faço entender quando me utilizo dessa figura de linguagem...

Depois que o PT, desejo de consumo dos canalhas, for devidamente "enquadrado", condenado e derrubado, com a ajuda da grande mídia, da classe média conservadora, do "Tribunal do Fêicibuque" e da turba ensandecida e ignara, os políticos do PSDB, DEM et caterva continuarão, normal e tranquilamente, recebendo suas propinas, financiando e elegendo, por baixo dos panos, dos sete véus da hipocrisia e da falsa moral, seus políticos conservadores e corruptos em detrimento dos políticos de esquerda, estes mais progressistas e compromissados com questões como ética e justiça.

Só que aí, claro, governando para os "boiadeiros" e para os "donos das boiadas".

Quem são os "pecadores" e os "criminosos" da nossa História? Sejamos honestos.

Quem é que por décadas a fio remeteu os lucros obtidos com a exploração do trabalho, do suor e sangue do povo brasileiro para contas secretas na Suíça, onde resguardam seus pé-de-meia offshore?

A roda sempre girou assim.

É assim que a roda gira - não é mesmo?

Só não vale é ficar tonto ou deixar se embriagar com o vertiginoso girar da roda.

É preciso fazer com que a roda gire ao contrário, a nosso favor.
Herculano
13/03/2015 13:18
AS DICAS QUE CIRCULAM NA REDE PARA O DOMINGO FELIZ. OU: SE CHOVER, VOCÊ NÃO É FEITO DE AÇÚCAR!, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Caros leitores,
circula nas redes sociais um conjunto de recomendações para a grande manifestação de domingo, que pode tomar o país inteiro. Não sei exatamente quem as elaborou, mas elas me parecem de bom senso e de consenso. Por isso eu as divulgo aqui. Há dias tenho insistido que as ruas têm de abrigar a alegria de quem reivindica, não o rancor de quem briga.

Vamos a elas:
1 - Bandeiras de partidos políticos e outras organizações ligadas aos mesmos não são bem-vindas.

2 - A marcha é do povo, e ninguém a utilizará para autopromoção.

3 - Se você vir qualquer movimento ou atitude suspeitos, utilize a melhor arma que tem para isso: seu celular. Filme tudo e entregue o arquivo para a organização do ato, a fim de que providências legais sejam tomadas.

4 - Se surgir qualquer foco de violência ou vandalismo contra o patrimônio público ou privado, todos deverão sentar-se até que os policiais que farão a escolta, fardados ou à paisana, capturem o meliante.

5 - Se houver provocações oriundas de qualquer grupo estranho ao ato, apenas ignore. Eles estão desesperados, pois tudo o que construíram está ruindo. Nós somos a ameaça aos seus interesses escusos. Somos o golpe de misericórdia contra o PT.

6 - Atenção às mensagens que serão enviadas do carro de som!

7 - Evite roupas vermelhas ou pretas. Elas lembram o PT e os black blocs. Não compareça ao evento com camisetas que façam alusão a partidos políticos.

8 - Verde e amarelo são as cores ideais para o dia de indignação. Pinte o rosto!

9 - Confeccione faixas e cartazes. Leve bandeiras do Brasil, nariz de palhaço, cornetas, apitos, faça barulho! Leve também balões azuis, amarelos e verdes. Vamos chamar atenção para nossa causa.

10 - Durante a marcha, fique atento às palavras de ordem que serão estimuladas pela organização! Nada de coros que não são pertinentes ao ato. Lembre-se: você está nas ruas para reivindicar direitos.

11 - A Polícia é nossa amiga. Gente ordeira e trabalhadora não teme aqueles que nos protegem. Eles estarão presentes para garantir que tudo corra bem. Não trate esses bravos servidores públicos de forma hostil.

12 - Convide amigos e vizinhos. Vá com sua família ao ato! Ensine seus filhos desde pequenos que política é algo bom e deve ter à frente pessoas de bem. Estimule-os a fazer parte da história e não apenas a vê-la passar. Um povo que luta por seus direitos e participa é respeitado por seu governo.

13 - Respeite os veículos que se aproximarem da marcha. Não bata nos vidros, tampouco na lataria dos carros. Não jogue lixo no chão. Recolha papéis e outros objetos e deposite em lixeiras. Somos civilizados.

14 - Permaneça no roteiro da marcha. A intenção é mostrar nossa força, não travar o trânsito.

15 - Se chover, vá mesmo assim! Leve seu guarda-chuva, mas não deixe de comparecer. Não somos feitos de açúcar. Temos força e raça! Nada impedirá nossa luta pelo Brasil que queremos!

16 - Caso alguém passe mal no evento, forneça ajuda e contate a organização.

17 - Qualquer crítica ou sugestão serão bem-recebidas por aqueles que organizam o ato.

18 - Leve água para se hidratar durante o percurso. Respeite crianças e idosos.

19 - Desejamos uma ótima marcha a todos!!
Herculano
13/03/2015 13:11
O QUADRAGÉSIMO MINISTRO, por Lauro Jardim

A figura de mais poder hoje no governo Dilma é São Pedro. Numa tacada só, ao fazer chover no domingo, nas principais capitais do país, pode tirar o povo da rua nas manifestações e ainda, de quebra, contribuir com os reservatórios.
Herculano
13/03/2015 13:08
O PT E A CUT NÃO SÃO OS MESMOS

Hoje, todos se uniram em defesa da Petrobrás. Falso. Talvez por isso, que as manifestações reuniram alguns gatos pingados, que pagos, vestiram-se de vermelho.

Isto contrasta com poucos anos passados. Marchas como estas paravam os grandes centros e emocionavam seus participantes. Hoje, pagos ou mobilizados pelo constrangimento, mais parecem almas penadas.

O tempo passou muito rápido para este pessoal.
Herculano
13/03/2015 12:58
PENSANDO BEM...

É uma autoconfissão de culpa? Hoje o PT organiza com os seus aparelhos uma marcha em defesa da Petrobrás. Mas, quem quebrou a Petrobrás não foi o PT? E tem gente que acredita nesta encenação.
Herculano
13/03/2015 12:56
A PRESIDENTE QUE NADA SABE CONFUNDE FUSO HORÁRIO COM TÚNEL DO TEMPO

Único doutor em dilmês do planeta, o jornalista Celso Arnaldo Araújo enviou à coluna o seguinte parecer sobre a frase em que Dilma Rousseff tentou explicar a reunião secreta com Dias Toffoli:

A transcrição completa desse trecho revela mais um espanto: a presidenta que nada sabe confunde fuso horário com túnel do tempo. Veja:

"Por que hoje? Porque era o dia que eu podia e ele podia. Quase que eu não podia, porque eu vinha para cá, mas como tem duas horas de fuso, ou seja, eu posso sair meio-dia de Brasília e chegar às 10h".

Ou seja: ela sai de Brasília, viaja três horas de avião e ainda chega ao Acre duas horas antes da decolagem. E pensar que a elite golpista criticou na época a compra do Airbus do Lula - hoje o fabuloso Aerodilma que desafia o tempo!
sidnei luis reinert
13/03/2015 12:50
Manifesto em vídeo de um jurista

https://www.youtube.com/watch?v=nBDTaBYFUeI

O Desembargador Laércio Laurelli expressa sua profunda preocupação sobre a falta de ética e afronta ao Judiciário e ao povo brasileiro na escolha do ministro Dias Toffoli como julgador e futuro presidente da segunda turma do STF - que julgará os processos da Lava Jato dos políticos que têm direito a foro privilegiado, em sessão fechada, sem transmissão via TV Justiça.

Não pode não... Não pode não...

Já circula na internet o abaixo-assinado: «Toffoli não pode presidir julgamento da Lava-Jato».

Adesões podem ser assinadas no endereço eletrônico:

http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR80162
sidnei luis reinert
13/03/2015 12:48
Até quando a Dilma vai achar que do cruzamento do urubu com beija-flor nascerá um helicóptero?


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Obedecendo sempre às ordens do Chefão $talinácio, a Presidenta Dilma Rousseff insiste em seguir no poder completamente desgastada e sem condições morais mínimas de governabilidade. Dilma age como alguém que acredita, piamente, que do cruzamento entre um urubu e um beija-flor nascerá um helicóptero projetado por algum engenheiro social stalinista. A força do povo nas ruas, no próximo domingo, mostrará aos camaradas nazicomunopetralhasbolivarianos que o Brasil não aguenta mais ser o País da Impunidade e nem da Piada Pronta.

Dilma deveria ter vergonha e pedir para sair, antes que acabe tirada por outro processo político, seja impeachment ou intervenção constitucional. A tragicomédia brasileira já está mais que anunciada. O presidencialismo de coalizão já se transformou, há muito, em presidencialismo de colisão - seja contra adversários, inimigos ou, mais grave ainda, contra a própria realidade elementar das coisas.

A zona generalizada é culpa dos desmandos e autoritarismo cínico de uma pseudo esquerda que aparelhou a máquina estatal, para conquistar o poder e ganhar muito dinheiro, contando com a leniência conivente de uma oposição de mentirinha, e tão omissa quanto outros setores fundamentais do poder público, nos últimos 50 anos. Os militares aceitam tudo, em silêncio obsequioso, passivamente. Os servidores da Receita Federal só jogam pobres na malha fina, enquanto não cuidam de reprimir o enriquecimento ilícito explicito de políticos. Os magistrados, em sua maioria, se enquartelam igual aos militares em seus tribunais, sem trabalhar, de forma competente e efetiva, para combater a corrupção. O povo, na maioria ignorante, aceita tudo passivamente.

Vivemos o cenário mais delicado dos últimos 50 anos. A crise de agora nunca foi vista antes, tanto em sua dimensão política, econômica, mas sobretudo na falta de ética e vergonha na cara. Temos o dólar perto de quatro e o Brasil literalmente de quatro. Será que precisaremos esperar que o Tio Sam, mais uma vez, venha em auxilio aos guerreiros índios tupiniquins? Será que não aprendemos com o 7 x 1 imposto pela Alemanha, e continuamos na mesma sensação de enganação, em um País de ilusão e que pratica o estelionato continuado, no triste formato 171?

A grande manifestação de domingo pode ser um momento diferencial. No entanto, também pode ser mais um tiro na água podre, em tempos de seca, se não houver continuidade na vontade e necessidade urgente de se promover mudanças estruturais no Brasil. Nosso regime Capimunista só nos levará a ruína, enquanto o resto do mundo se desenvolve. O brasileiro está pt da vida com tanta coisa errada. Mas de pouco adianta reclamar e nada fazer de concreto para mudar efetivamente as coisas por aqui.

Os corruptos continuam sem vergonha, e, quem pode, parece continuar com vergonha de combater os corruptos de verdade...

Mais investigação...

O ministro Luiz Felipe Salomão autorizou ontem a abertura de inquéritos para investigar o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), o ex-governador do estado Sérgio Cabral (PMDB) e o governador do Acre, Tião Viana (PT).

A exemplo dos casos no Supremo Tribunal Federal (STF), os processos devem tramitar sem sigilo. Eles vão se somar aos 49 a serem investigados com autorização do Supremo Tribunal Federal, entre eles 12 senadores e 22 deputados federais.

Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estão na lista.

A grande questão é: será que tanta investigação dará em alguma punição efetiva a políticos corruptos, com devolução do dinheiro público que foi roubado?
Herculano
13/03/2015 12:47
DE VOLTA

O senador Paulo Bauer, PSDB, passou por cirurgia cardíaca ontem e já está em fase de recuperação. Foi para implantar duas pontes de safena, a equipe do cirurgião Roberto Kalil iniciou os trabalhos às 15h e os concluiu às 20h30, no Hospital Sírio Libanês, na capital paulista.
Roberta da Silva
13/03/2015 10:51
Parabenizo o Herculano nesta coluna, sobre o tema: Andreia foi a praça! Afinal como eleitora gasparense, sinto essa falta dos Vereadores envolvidos com o povo, afinal onde eles estão? Sentem medo de alguma coisa? Ou o simples medo do povo cobrar o que eles prometeram e não cumpriram? Será caro Herculano que sentem vergonha pelos buracos incontáveis que aparecem pelas estradas, pelas inundações que qualquer chuva alaga vários bairros e a água invade várias casas tendo como principal causa os boeiros que são muito mal preservados pela Prefeitura, pelos paralelepípedos horrendos, porque se torna mais fácil andar de bicicleta do que de carro, porque os buracos são cada vez maiores e piores, e andar de bicicleta é um risco constante, afinal uma cidade a beira de completar 81 anos tem apenas 03 (três) caminhões pipas, e quando se pratica o hábito de pedalar, corre-se o risco de ficar imundo com a poeira que assola os interiores, e perturba os moradores que vivem nessas localidades. Agora querem aumentar a área rural, acabando com o ITR e cobrando imposto urbano, eu pergunto para que? Se as pessoas que pagam imposto (não é preciso ir muito longe o acesso do viaduto ao Cruzeirinho, ou até mesmo da entrada do Santa Terezinha passando por dentro até o final), chega a arrepiar e dar nojo de uma cidade que completa 81 anos estar com vias intransitáveis, de difícil acesso, e como fica a cidade para os poucos turistas que aqui vem? Largado as traças! Largado as traças de um partido como o PT que tem a máquina na mão e não usa em favor do povo e para o povo, afinal forem eleitos para isso! Os Vereadores, com exceção da Vereadora Andréia ficam calados a mercê disso tudo? Como pode? Tem medo ou escondem o que? O povo como o Ministério Público querem saber. Queremos saber para onde vai todo esse dinheiro arrecadado e o que é realmente feito com ele. E quanto ao aumento das áreas urbanas sou contra, até que a Prefeitura cumpra com o seu papel e arrume tudo o que está defasado e muito no Município, que roçe as beiras de estradas, que está uma vergonheira só, que compre caminhão pipa, que coloque asfalto onde é necessário, mais esperamos sentados vendo este cenário político, até que apareça Vereadores como a Andréia e que o comodismo na Câmara de Vereadores deixe de pairar sobre eles. Estamos de olho nesta Reforma Administrativa que o PT quer a todo custo, para poder garantir a teta dos cargos comissionados para as futuras eleições em 2016!
Odir Barni
13/03/2015 10:26
Caro, Herculano;
Nem preciso ler seus comentários para saber o que vc e o povo pensaram desta atitude da vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel foi mostrar na Praça Getúlio Vargas. Não entro nas questões políticas locais, mesmo porque não moro mais em Gaspar. Particularmente, os meus amigos , do passado, que estão com Celso Zuchi e ele próprio e sua vice Muriluci me tratam muito bem. Não é uma questão de medo, mas sim, uma questão de respeito, que tive até com o Poli meu opressor. Andrea dá uma aula de como seria uma admistração pública; mostrando ao povo o que foi feito e o que precisa fazer. Na verdade, era isto que o PT dos anos 90 pregava. Os mais conservadores diriam que uma atitude desta é vergonhosa, por isso Gaspar não esperava, até seus familiares. Oxalá se um dia Gaspar e outros municípios tivessem um prefeito que viesse à praça prestar contas e ouvir da população o que é preciso ser feito. Minhas considerações à Vereadora, Andrea; quem sabe a primeira mulher prefeita , não de Gaspar. Eleitor gasparense, não troque seu voto por antigas promessas, por tanque de gasolina, por caminhão de barro e outros benefícios.
Ao meu PMDB: deixem de usar o Paca como caixa de campanhas, use-o como um consultor por ter sido a grande surpresa administrativa que Gaspar já teve. Respeitem as decisões do partido mas não sejam vaquinhas de presépio, comandados por políticos que nada fizeram por Gaspar. Oferecem empregos para dois ou três e se acham no direito de dizer que o município já foi atendido. Deixem de ser Paulo França, usado como escudeiro destes mal intencionados políticos desta aliança nefasta. Deixem de apoiar Pizolattis da vida que hoje estão nas páginas policiais. Criem sua própria identidade: QUEBRE TIJELAS se for preciso, mas não se curve diante dos oportunistas. SALVE GASPAR!
Herculano
13/03/2015 08:28
O DOMINGO E A AGONIA DO PT, por Reinaldo Azevedo para o jornal Folha de S. Paulo

O partido está em pânico porque o poder demiúrgico está sendo destruído por indivíduos de verdade

O PT está em pânico. O que vai acontecer no próximo domingo? Desde que foi criado, o partido chama, segundo a metafísica da esquerda, de "povo" os movimentos organizados, franjas da própria legenda que atuariam como uma correia de transmissão do presente para o futuro. Os supostos porta-vozes desse ente anunciam verdades em nome da "maioria", embora seu aporte teórico consagre a ideia da vanguarda revolucionária, que é, por óbvio, minoritária.

Já fui um brasileiro como eles. Há muito tempo. E sei que os chefões nunca levaram essa bobajada a sério. A gesta redentora é só discurso do cinismo, mas mobiliza os trouxas e incendeia o imaginário dos inocentes, especialmente de intelectuais e jornalistas, seres mais permeáveis à heresia da "igualdade", em nome da qual todos os crimes são cometidos.

A ação da esquerda está pautada por uma monstruosidade moral chamada "falsa consciência", conceito que está em Marx, não só em epígonos mais ignorantes do que ele. Se, como querem os esquerdistas, o que um homem sabe de si, de suas aspirações e do mundo pode ser considerado uma falsificação de uma verdadeira consciência à qual se chegaria pela luta partidária, então esse homem deixa de ser dono de sua própria história e de responder por suas opções. Em Banânia, esse demiurgo chulé tem um pé em Platão e outro em João Vaccari Neto.

Nessa perspectiva, vício e virtude se definem apenas na medida em que uma determinada ação fará "a luta" avançar ou recuar. Está aberto o caminho para o crime - qualquer um: roubar a Petrobras ou matar é só questão de necessidade. Isso implica que inexista teoria de esquerda meramente culposa. Ela sempre será dolosa, embora inocentes úteis possam ser capturados em sua teia.

Foi esse ente de razão que chegou ao poder há pouco mais de 12 anos, fazendo a mímica das aspirações populares. Mas que digo eu? Povo não existe! Existem pessoas. O "povo" é só uma abstração que serve a delírios totalitários, de direita ou de esquerda. O PT está em pânico porque o poder demiúrgico está sendo destruído por indivíduos de verdade. É claro que há grupos convocando o domingo da libertação. Mas ninguém se apresenta como portador do futuro.

As falsas clivagens às quais o partido apelou ao longo de 35 anos, seja para sabotar outros governos, seja para construir o seu próprio, já não funcionam. Como evidenciaram Daniela Lima e Juliana Sayuri nesta Folha, "peões" e faxineiras vaiaram Dilma no Anhembi; empresários a aplaudiram. Longe do arranca-rabo de classes que embala a língua solta de Lula, os pobres gritaram "Fora PT". Já as empreiteiras, não fosse a PF estragar a festa, apoiariam o petismo pelos próximos 300 anos. Que outro partido estaria mais talhado para a arquitetura da destruição? Que outro ente, exceção feita ao capeta, era tão eficaz em fazer o crime passar por virtude?

Em tempo: golpista é querer ignorar que o impeachment tem prescrição constitucional e regulamentação legal. A divergência possível é se estão ou não caracterizados os motivos. Eu, por exemplo, acho que sim. Quantas pessoas haverá nas ruas? Não sei. Qualquer que seja o número, serão pessoas donas de seus quereres, donas de si. O país começa a se libertar do PT e do que ele representa. Vai demorar um pouco, mas será para sempre.
Herculano
13/03/2015 08:25
DINHEIRO QUE DELATOR AFIRMA SER PROPINA TRANSFORMOU-SE EM DOAÇÃO COM RECIBO, por Josias de Souza

O recibo foi repassado [ao colunista autor] pelo governador petista do Acre, Tião Viana. Refere-se a uma doação de R$ 300 mil da empresa Iesa Óleo e Gás à sua campanha para governador, em 2010. Contabilizada pelo comitê do então candidato e aprovada pela Justiça Eleitoral, a operação acaba de render a Viana a abertura de um inquérito no STJ. A Procuradoria da República acusa-o de receber propina proveniente de contratos ilícitos firmados pela Iesa com a Petrobras.

Dois executivos da Iesa - o diretor-presidente Valdir Lima Carreiro e o diretor de Operações Otto Garrido Sparenberg - dormem nos colchonetes da carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde novembro do ano passado. O nome de Tião Viana foi anotado, de forma cifrada, numa agenda do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, hoje um corrupto confesso e colaborador da Justiça. Está escrito: "0,3 TVian".

Numa batida policial no escritório de Paulo Roberto, agentes da PF recolheram a agenda. Posteriormente, ao ser inquirido, o delator decodificou seu escrito. Tratava-se, segundo disse, de uma menção ao repasse de R$ 300 mil à campanha de Tião Viana. Na sua versão, o doleiro Alberto Youssef realizara a entrega. O governador petista sustenta que a verba lhe chegou por outra via: transferência eletrônica de uma conta da Iesa no Banco de Brasília para a conta do seu comitê eleitoral no Banco do Brasil. o governador exibiu o documento.

Tião Viana sustenta que jamais conversou com Paulo Roberto nem com Youssef. Afirma que um representante da Iesa telefonou para o seu comitê eleitoral, em 2010, informando que tinha uma doação a fazer. Assim, do nada? "Presumi que alguém do diretório nacional do PT tinha pedido uma ajuda para minha campanha." Por quê? "Eu tinha procurado o Rui Falcão [presidente do PT federal] para pedir que me ajudasse. Por isso imaginei que seria dele a iniciativa, nem perguntei."

O governador acrescentou: "A Iesa nunca teve qualquer relação comercial ou institucional com o Estado do Acre. Ninguém da empresa me telefonou. Eu também não liguei para ninguém."

O episódio dá uma ideia da complicação que está por vir no julgamento de alguns dos processos resultantes da Operação Lava Jato. Conforme já comentado aqui, o escândalo revelou uma excentricidade: a Justiça Eleitoral foi utilizada como uma espécie de lavanderia de verbas sujas.

Na época do mensalão, o então tesoureiro petista Delúbio Soares admitira o manuseio de "verbas não contabilizadas". Hoje, o tesoureiro João Vaccari e o presidente Rui Falcão alegam que só transitam pela caixa registradora do PT verbas legalmente registradas.

O problema é que a Operação Lava Jato converte a alegação em pantomima ao revelar que parte do dinheiro foi ilegalmente obtido por meio de fraudes praticadas contra a Petrobras.

Resta saber como os magistrados responsáveis pelo julgamento dos processos no STJ e no STF irão tratar as "doações" já analisadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Nesta quinta-feira, além do pedido de inquérito contra Tião Viana, a Procuradoria pediu a abertura de investigação contra o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão e o antecessor dele, Sérgio Cabral, ambos do PMDB.

Tião Viana, que havia protocolado uma interpelação judicial contra o delator Paulo Roberto em janeiro, decidiu mover contra ele uma ação cívil por danos morais e uma ação penal por denunciação caluniosa. "Estou muito longe dessa podridão", diz ele. "Essa podridão está muito longe de mim."

O governo diz esperar que o inquérito aberto contra ele corra sem o manto do segredo judicial. "Prefiro a publicidade de tudo que envolva o meu nome. Para mim, quanto mais investigação, melhor".
Roberto da Silva
13/03/2015 08:19
Quem for na inauguração da moto bomba do Bela Vista, favor olhar dentro da vala. Lá deverão encontrar uma caixa grande branca, creio que de papelão ou izopor.
Ontem passava de carro por ali, as 17 horas, quando vimos o vereador Giovano jogar ela na vala depois do poço, se livrando de por ela no seu carro ou levar até uma lixeira.
Depois reclama das cheias. Que exemplo.
Herculano
13/03/2015 08:15
É A POLÍTICA, ESTÚPIDO!, por Marta Suplicy, PT, senadora por São Paulo

A inquietação em São Paulo e os relatos que ouvi aqui em Brasília de fúria em pequenas cidades do Nordeste evidenciam que o ódio, a indignação e a impotência chegaram aos que não bateram panelas. Somem-se a isto a assustadora corrupção na maior empresa brasileira, uma presidente que insiste em afirmar que a crise é conjuntural e internacional, quando os indicadores mostram quanto a economia vem se deteriorando, além de teimar que as manifestações são da burguesia ou de quem quer terceiro turno. Resultado: apreensão quanto às manifestações de hoje e domingo.

O governo perdeu a iniciativa política e se enfraquece na sucessão de erros e trapalhadas. Este é o centro da questão, a chave do problema.

Enquanto o governo não mudar, de forma radical, sua linha política, nada se resolverá. É urgente e necessária uma total reestruturação do time responsável pela desastrada estratégia adotada neste início de governo.

Não gruda o Palácio chamar o panelaço de manifestação "Le Creuset" (marca de panelas gourmet). Nas periferias, a comida na mesa está diminuindo, o desemprego ronda, os alagamentos continuam constantes e começa a chegar a conta da luz 23% mais cara. A sensação de abandono é gigantesca. Todas as classes já perceberam a falta de sinceridade e explicações longe do real e demonstram, como podem, o desacordo com isso.

O governo Dilma e seu núcleo político não têm mais condições de continuar errando. Passou da hora de mudar a postura, construir um novo consenso, se é que é possível. É preciso reordenar as ações e o discurso. As pessoas que aí estão não têm mais autoridade, capacidade e nem condições de continuar. Comprometem o país, fazendo ruir por completo a legitimidade deste governo recém-eleito. Sabemos que não estão lá por acaso, pois em muito se assemelham à protagonista.

O que está em jogo é a governabilidade, a sobrevivência de um país que só encontrará a saída através do redirecionamento de sua orientação política e econômica. Do contrário, teremos o aprofundamento das dificuldades e continuaremos caminhando, a passos largos, para uma crise institucional sem precedentes.

Não há como continuar com uma equipe de governo que se distanciou, que quase rompeu com o Congresso Nacional e que, por seus vícios sectários e métodos excludentes, estabeleceu uma verdadeira ruptura com a vida nacional.

Uma coisa é certa, se não podemos trocar de comandante, em pleno voo de turbulências, o mínimo que podemos exigir é a troca imediata da equipe de comando. A começar pelo copiloto, responsável maior por ter traçado a desastrada rota de voo.
Herculano
13/03/2015 07:56
POLÍCIA FEDERAL PRENDE O TERRORISTA ITALIANO CÉSARE BATTISTI. ELE JÁ ESTÁ SOLTO

Juíza do Distrito Federal determinou deportação do italiano para França ou México. Decisão de juíza pró-detenção, todavia, foi derrubada; preso por volta das 17h, Battisti deixou a PF antes da meia-noite. Não ficou nem sete horas detido
Herculano
13/03/2015 07:51
PÁTRIA EDUCADORA

As Fundações Educacionais do Sistema Acafe, acionarão a Justiça por meio da Associação Brasileira de Universidades Comunitárias - ABRUC em busca de uma solução para liberar os aditamentos e novos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil - FIES.

As instituições de ensino do Sistema Acafe buscam, com esta medida, evitar que seus acadêmicos sejam prejudicados, uma vez que o financiamento é repassado pelo Ministério da Educação - MEC/Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação - FNDE.
Herculano
13/03/2015 07:50
WAGNER PEDE AJUDA A RENAN PARA TIRAR MERCADANTE, por Claudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Fiel escudeiro de Lula, o ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT-BA), pediu apoio ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e ao senador Romero Jucá (PMDB-RR) no esforço para retirar Aloizio Mercadante (PT-SP) da chefia da Casa Civil. O ministro é alvo de críticas de Lula, que o acusa de "sequestrar o governo", e do próprio PMDB, que atribui ele o isolamento do vice Michel Temer.

O palco
Jaques Wagner tratou do tema Mercadante com Renan, na residência do presidente do Senado, e depois falou com Jucá, diz fonte do PMDB.

No limite
Desde a semana passada, a cúpula do PMDB reuniu artilharia pesada e trabalha para convencer Dilma a demitir Mercadante da Casa Civil.

Dilma resiste
Repetindo a fórmula do "mensalão", o Planalto cogitou recrutar Aldo Rebelo (PCdoB) e Gilberto Kassab (PSD) para costurar apoio político.

Outro cenário
O PMDB estuda ainda a possibilidade de indicar um articulador para se unir à dupla. São cotados Henrique Alves (RN) e Eliseu Padilha (RS).

COMPRA DE VOTOS DEVE CASSAR GOVERNADOR DO AM
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral não opinam fora dos autos, mas vários deles admitiram a esta coluna estarem impactados com a denúncia de compra de votos e transporte de eleitores na campanha de José Melo (Pros), governador do Amazonas. Ele deverá perder o cargo e está sujeito até a prisão. A lei prevê prisão de 4 e 6 anos para os crimes de compra de votos e transporte de eleitor, respectivamente.

Provas robustas
Impressiona no TSE a fartura de provas contra o governador José Melo: os eleitores que venderam seus votos assinavam recibos.

Precedente
Denúncia bem menos consistente de compra de voto cassou mandatos como o do falecido governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT).

Mais um
Outro político importante cassado por controvertida acusação de compra de votos foi o senador João Capiberibe (AP), hoje no PSB.

Lesa-pátria
Sérgio Gabrielli faz por merecer a acusação de crime de lesa-pátria. O valor de mercado da Petrobras era US$ 378 bilhões, mas, após a sua presidência, caiu para US$ 33,95 bilhões.

Espelho meu
A Procuradoria Geral da República confirmou ontem o que antecipou esta coluna em 23 de fevereiro: o pedido inquérito ao STJ contra os governadores do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e do Acre, Tião Viana (PT), ambos citados nas investigações do roubo à Petrobras.

Alô, oprimidos
"Defensor dos oprimidos", o senador Paulo Paim (PT-RS) não ajudou a derrubar o veto de Dilma à redução da contribuição ao INSS da empregada doméstica. Saiu de fininho. O veto foi mantido por 3 votos.

Piscadela
Depois de Aécio Neves convidar Ana Amélia (PP) para se filiar ao PSDB, foi a vez de Marcelo Crivella (PRB) e de Paulinho da Força (Solidariedade) cortejarem a senadora. Ela agradeceu, mas rejeitou.

Conta outra
O faniquito não vai livrar o ministro Cid Gomes (Educação) de encarar o plenário da Câmara para apontar os tais deputados "achacadores". O presidente, Eduardo Cunha, achou sua atitude agressiva e arrogante.

Agora vai
O deputado Paulinho da Força (SD-SP) garante que um jurista já se mostrou favorável ao pedido de impeachment de Dilma. A meta do parlamentar é anexar ao menos dez pareceres ao processo.

Ressaca
O Planalto tem uma preocupação extra para segunda-feira (16). Além da ressaca pós-protesto, Eduardo Cunha vai ao programa Roda Viva. A expectativa é que Cunha use o programa para alvejar o governo federal

Camisas vermelhas
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) pedirá ao Ministério da Justiça segurança para os protestos de domingo. É que o "exército de Lula", de milicianos do MST, ameaça os manifestantes com agressões físicas.

Linda e amável?
A hashtag "#DilmaLindaOBrasilTeAma" é baseada em duas mentiras evidentes, segundo galhofa de parlamentares de oposição
Herculano
13/03/2015 07:44
VÃO FAZER FESTA?

O vereador Geovanio Borges, PSD, está convidando o povo para assistir a colocação "plataforma" para a instalação da moto-bomba que a comunidade do Bela Vista comprou com os seus próprios recursos para livrá-los das enxurradas e que os políticos
Herculano
13/03/2015 07:38
TETEMUNHO: GOVERNO FEDERAL DESTRÓI UNIVERSIDADES DO SISTEMA ACAFE


Do Professor Osvaldo Della Giustina, da Academia Catarinense de Letras, fundador da Unisul, seu Reitor e uma lenda na história do ensino superior de Santa Catarina, sobre os cortes no Fies em carta endereçada a Moacir Pereira:

"Quero cumprimentar a Acafe que durante mais de 40 anos construiu um Sistema Catarinense de ensino superior, desconcentrado, que fez de Santa Catarina um estado modelo para o Brasil.

Nos últimos anos o Mec, ou as políticas monopolistas e concentradoras do Governo federal, passo a passo vêm destruindo esse Sistema que constitui um dos pilares do modelo catarinense de desenvolvimento de que nós, catarinenses , tanto nos orgulhamos.

Esta destruição vem sendo feita sorrateiramente,passo a passo, inicialmente através da concorrência das universidades federais gratuitas, que vem sendo sucateadas, depois valendo-se de dívidas amplamente contestáveis na justiça, para obrigar as universidades a migrar para o sistema federal submetendo-as à sua burocracia incompetente. Agora, com as manobras através do FIES.

De que vale reconhecer as comunitárias, se em seguida se aperta o torniquete para inviabilizá-las? Como poderiam as Universidades aceitar essa ideologia da centralização e da monopolização daquilo que em qualquer democracia que preze se constitui numa direito da sociedade, como a educação, direito que cabia ao Estado apoiar?

Cumprimentos, por rebelar-se contra essa funesta ideologia que sorrateiramente, repito, está destruindo o Brasil. Cumprimento a você Moacir, defensor dos interesses de Santa Catarina e especialmente de nosso Sistema de Ensino Superior."
Herculano
13/03/2015 07:32
DILMA E LULA AOS GRITOS, do O Antagonista

O jornalista Gerson Camarotti, na sua coluna no G1, conta que na terça-feira, antes do jantar no Palácio do Alvorada, Dilma e Lula discutiram aos gritos. Ela estava fula com o vazamento calculado das críticas de Lula; ele, com a falta de rumo na relação de Dilma com o Congresso.

Quando eles brigam, o Brasil ganha.
Herculano
13/03/2015 07:20
UM CIRCO PARA EDUARDO CUNHA, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S.Paulo

Sério. Brilhante. Íntegro. Coerente. Honesto. Todos esses adjetivos foram pronunciados ontem na CPI da Petrobras. O sujeito das frases era Eduardo Cunha, investigado no STF por suspeita de receber dinheiro vivo do petrolão.

O presidente da Câmara alegou que desejava depor para apresentar sua defesa. Na prática, montou um circo para demonstrar força. Recebeu apoio e até aplausos dos colegas.

Cunha atacou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e tentou desqualificar os indícios que motivaram o ministro Teori Zavascki a abrir inquérito contra ele.

A maioria dos deputados abriu mão de fazer perguntas para exaltá-lo. "O presidente Eduardo Cunha rebateu ponto a ponto de maneira brilhante. Não resta nada a ser esclarecido", proclamou o deputado Aluisio Mendes (PSDC-MA).

"O senhor tem uma grande história e uma luz que há de brilhar neste país", desmanchou-se Marcelo Aro (PHS-MG). "Deus lhe abençoe, parabéns pela exposição e muito obrigado pela oportunidade de estar vivendo este momento", agradeceu Silas Câmara (PSD-AM).

Em disputa aberta pela simpatia do PMDB, petistas e tucanos se uniram para bajular Cunha. "Confio nas suas palavras", disse o líder do PT, Sibá Machado (AC). "Vossa Excelência não perde em momento nenhum a autoridade para presidir esta Casa", reforçou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP).

A CPI já havia deixado claro que não vai investigar as empreiteiras do petrolão. Agora indica que os políticos acusados de receber propina também não precisam se preocupar.

Nos últimos dois dias, Dilma Rousseff saiu de Brasília para prestigiar os dois governadores investigados na Lava Jato. Nesta quinta, foi ao Rio inaugurar obra com Luiz Fernando Pezão (PMDB). Na véspera, visitou o Acre para entregar casas populares com Tião Viana (PT).
Herculano
13/03/2015 07:17
AQUI NÃO PEGOU

Blumenau fez o festival do Food Trucks. Foi um sucesso e vai se repetir. Gaspar tentou fazer o mesmo para marcar os 81 anos de emancipação. E olha o que deu neste comunicado:

A realização dos Food Trucks, que aconteceria na terça-feira (17) e quarta-feira (18) paralela à Feirinha do Aniversário de Gaspar, foi cancelada devido ao baixo número de inscritos para participar do evento.
Herculano
13/03/2015 07:15
EM CAUSA PRÓPRIA

O deputado Rogério Peninha Mendonça, PMDB, espalhou esta no twitter: Contrariei orientação do meu partido e votei para derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda. Sou a favor de MAIS RENDA e MENOS IMPOSTO.

1. Quer dizer que o PMDB era contra mais este arrocho aos pagadores de pesados impostos?
2. Ao votar contra, Peninha votou a favor do seu bolso também, afinal sobre os seus ganhos incidem Imposto de Renda.
3. Tem outra situações em que ele não pensou desta forma.
Herculano
13/03/2015 07:12
CINCO ANOS E QUATRO MESES DEPOIS, DENÚNCIA CONTRA PAVAN VOLTA AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, por Upiara Boschi, para o jornal Catarinense, RBS Santa Catarina

Se existir alguma programa de milhagens no Poder Judiciário, a Operação Transparência deve ser recordista. A denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) de que agentes públicos receberam propina para facilitar a vida de uma empresa de combustíveis na Secretaria Estadual da Fazenda estava pronta para ser analisada na comarca de Florianópolis, cinco anos e quatro meses após a deflagração da operação.

Estava. Como o principal personagem das investigações ? Leonel Pavan (PSDB) - foi eleito deputado estadual, o caso será remetido ao Tribunal de Justiça (TJ). Na época das investigações, o tucano era vice-governador e, segundo a denúncia do MP-SC, seria beneficiário de uma propina pela suposta tentativa de reabilitar a inscrição estadual da empresa Arrows Petróleo do Brasil, cassada por dívidas fiscais. Além do tucano, outras seis pessoas foram denunciadas.

O cargo de vice-governador lhe dava direito a ter a denúncia analisada pelo TJ, após liberação por parte da Assembleia. Os deputados chegaram a dar o aval, mas antes que os desembargadores analisassem o caso aconteceu a renúncia de então governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) para concorrer a senador. Empossado governador, Pavan ganhou novo foro privilegiado: o Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.

Quando chegou a vez dos ministros analisarem se a denúncia deveria ser aceita, Pavan não era mais governador. Acabado o foro, o processo voltou à comarca de Florianópolis - após uma voltinha na Justiça Federal em Porto Alegre. Na Capital, a denúncia chegou a ser rejeitada pelo juiz Alexandre da Rosa, mas o MP-SC recorreu e o TJ-SC garantiu que o processo iniciasse.

Em julho do ano passado, Pavan e outros acusados chegaram a encaminhar suas defesas. Quando tudo parecia se encaminhar para um desfecho, veio a decisão do juiz Fernando de Castro Faria no dia 13 de fevereiro deste ano.

"Verifico que o acusado Leonel Arcângelo Pavan ocupa atualmente o cargo público de Deputado Estadual (desde 01º de fevereiro deste ano), de modo que, pela prerrogativa de função (?) compete ao egrégio Tribunal de Justiça processar e julgar o presente procedimento penal. Isso posto, DECLINO da competência para o julgamento do feito ao Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina. Remetam-se os presentes autos ao órgão judiciário competente, com nossas homenagens".
Herculano
13/03/2015 07:09
LIBERDADE OU REGIME ESCRAVO? CUBA PRESSIONA PROFISSIONAIS DO MAIS MÉDICOS POR VOLTA DE PARENTES

Governo da ilha cobra retorno imediato de cônjuges e filhos de contratados em programa de Dilma. Familiares têm visto para ficar no Brasil; emissários cubanos dizem que eles não podem morar aqui, revela Cláudia Colucci, do jornal Folha de S.Paulo

O governo cubano está pressionando profissionais do programa Mais Médicos, bandeira da presidente Dilma Rousseff (PT), para que seus familiares (cônjuges e filhos) que estejam no Brasil voltem imediatamente a Cuba.

Caso contrário, ameaça substituí-los por outros médicos que já estariam selecionados, aguardando vaga.

Até dezembro, dos 14.462 profissionais trabalhando no Mais Médicos, 11.429 - quase 80% - eram cubanos. Não há estimativa de quantos estão com as famílias no Brasil.

A pressão tem sido feita diretamente pela vice-ministra da Saúde de Cuba, Estela Cristina Morales, e por seus interlocutores, que vêm se reunindo com médicos cubanos em várias cidades brasileiras. Ela foi confirmada à Folha por oito médicos cubanos e dois supervisores do Mais Médicos.

O principal argumento de Cuba é de que no contrato de trabalho do governo da ilha com os médicos só há previsão de que eles possam receber visitas de parentes - sem fazer menção a moradia.

O contrato, porém, não estipula prazo para as visitas, abrindo brecha para que se estendam. O governo brasileiro concede aos familiares dos médicos cubanos visto de permanência de 36 meses - mesmo tempo dado a eles.

O Ministério da Saúde diz que não há nada que impeça a família dos médicos de permanecer no Brasil. O artigo 18 da lei de criação do Mais Médicos prevê a vinda de dependentes dos profissionais.

As regras para viagens de cubanos ao exterior foram flexibilizadas pelo governo da ilha desde janeiro de 2013, não sendo mais preciso autorização prévia. Elas mantiveram em aberto, no entanto, a possibilidade de vetar pesquisadores, médicos, atletas e opositores ao regime.

A presença de cônjuges e filhos no Brasil, na prática, facilita a fixação desses médicos cubanos no país, agravando os riscos de fuga de uma mão de obra qualificada, que gera dinheiro para a ilha.

No sábado (7), a vice-ministra cubana esteve no município de Jandira (SP). Entre as 13h e as 16h conversou com médicos e disse que há 530 profissionais na ilha à espera de vaga no programa.

"O recado foi claro. Se os familiares não voltarem, seremos substituídos", diz um médico que pede anonimato.

Há casos em que marido e mulher são do programa e têm filhos pequenos. "Temos dois casais de amigos que têm filhos de três e seis anos e que estão sendo pressionados para mandar as crianças de volta, sozinhas", relata outro.

"Querem que meu marido volte. Ele está há quatro meses empregado, com carteira assinada. Não é justo", afirma uma médica cubana que atua na Grande SP.

Outra teme se separar do marido e do filho de sete anos - já matriculado numa escola. "Se eles forem obrigados a voltar, irei junto."
Herculano
13/03/2015 06:59
NOVO VICE

Com o afastamento de João Alberto Pizzolatti Júnior da vice-presidência do PP em Santa Catarina, quem assume a função é Silvio Dreveck. O regimento da legenda estabelece que, na vacância da primeira vice-presidência, quem assume é o segundo vice. Simples. Automático.
Herculano
13/03/2015 06:54
TREZE

Hoje é sexta-feira, dia 13, é vermelha, é dia de MST e PT na rua. Esta é a segunda sexta-feira 13 do ano. Haverá mais uma em novembro.
sidnei luis reinert
13/03/2015 06:44
Brasil, modelo MUNDIAL de desenvolvimento econômico:
7 por cento de povão.
93 por cento de ELITE.

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