Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

27/03/2015

ESTATUTO FERIDO I

Na segunda-feira está marcada uma Assembleia Extraordinária na Acig ? Associação Empresarial de Gaspar. Sete e meia da manhã (?). Para quê? Entre outras, regularizar a entidade. E regular, eleger sua nova diretoria e conselhos. O seu atual presidente José Eduardo de Souza não é, de direito, legalmente eleito segundo os estatutos. É apenas de fato. Hum! E todos os seus atos ? inclusive os administrativos e perante aos bancos e se eles acionarem os seus compliances- são nulos. E como se chegou a esta situação vexatória? Devido à obstinação do PT para instrumentalizar e aparelhar a Acig, retirando-lhe a sua autonomia e a voz que tinha no Vale, nos canais de poder e nos de comunicação, sem ser uma extensão da administração de Pedro Celso Zuchi. 

ESTATUTO FERIDO II 

Quem armou tudo isso? Rodrigo Fontes Schramm, o que terminou com a Expogaspar. Ele era o tesoureiro na diretoria de Samir Buhatem (2006/08). Samir liderou campanhas para recuperar fisicamente o Hospital (e conseguiu), buscar o Instituto de Educação para o Bela Vista (e conseguiu) e a ponte do Vale (e conseguiu).Essas duas últimas em campanhas casadas com a Acib, de Blumenau, à época presidida por Ricardo Stodieck. Só não conseguiu os incentivos fiscais para a Procwork e que Rodrigo tramou contra. Na reeleição de Samir (2008/2010), Rodrigo saiu embirrado. Fortaleceu a Ampe. De lá, comandou a ruína da Acig para desmoralizar Buhatem, fazer sucessores aos moldes da administração petista.

ESTATUTO FERIDO III

Para torná-la menor e submissa, uma entidade que já teve como presidente Vilmar de Oliveira Schürmann e chegou a fazer de Francisco Mastella presidente da Facisc, o plano consistiu em passar por cima do estatuto e humilhar o ex-presidente Samir Buhatem. Seu nome desapareceu do Conselho da entidade na ?eleição? de José Eduardo de Souza em 2014. Ele substituiu Rogério Alves de Andrade, sucessor de Buhatem. Ignorou-se, por teimosia, a obrigação estatutária de ter no Conselho os ex-presidentes regularmente eleitos da entidade.  Agora, querem consertar. E por quê? Porque se descobriu que o atual presidente é apenas de fato, não de direito, não tem mando e ninguém poderá ter mando na Acig sem essa regularização. Ou seja, vão ter que voltar atrás e engolir Samir.

 ESTATUTO FERIDO IV

O que se pretende ?colocar? na Ata desta segunda-feira? ?Ratificação dos termos e deliberações contidas na ?Ata de Eleição e Posse Biênio 2012/14? de 14/05/2012?. Hum! Ratificação? Por quê? Porque foi incompleta pelos fatos que já expliquei. Outra pérola do rascunho da ata armada: ?Por tratar-se de ato realizado há mais de dois anos, portanto já consolidado, a Assembleia resolve, por unanimidade, para finalidade exclusiva de cumprimento das exigências do Serviço Registral de Gaspar/SC, (i) informar que referida assembleia ordinária não foi realizada dentro do prazo estatutário por inércia da diretoria da época, (ii) ratificar todos os atos e deliberações tomadas naquela ocasião, bem como, por via de consequência, ratificar todos os atos e deliberações dos membros eleitos na ocasião, no exercício de fato dos respectivos cargos, e (iii) requer a dispensa do cumprimento das demais exigências registrais, porquanto, pelo motivo exposto, não faz mais sentido o cumprimentos das mesmas?. Como assim? Se não faz mais sentido, por que regularizar? Por que estão tratando o atual como presidente de fato?  E para completar: a culpa é de Rogério? É o que relatará a ata. No PT, a culpa sempre será dos outros. Acorda, Gaspar! 

fotopg5herculanoGG.jpgNo desfile do dia 18, o protesto que se escondeu. Há 20 anos há um projeto de dança nas escolas. Só agora abriram uma vaga, para dez existentes. E nem professores serão, mas ?arte educador?. A manobra se deu na Câmara no final do ano passado e feita pelo vereador José Amarildo Rampelotti, PT, a serviço da prefeitura, acusam os professores de dança que mais uma vez estão dançando. 

TRAPICHE

A Câmara aprovou os reajustes dos funcionários públicos de Gaspar do modo que o PT e Pedro Celso Zuchi queriam. O Sintraspug concordou. E de carona, os vereadores tomaram para si e os seus igual reajuste. 

A Câmara de Gaspar está com um novo site. Aparentemente tudo velho com cara de novo. 

Sem concorrente.  O PT até ensaiou, mas Ivanilde Rampelotti é a candidata única do Sindicato Rural de Gaspar. O secretário de Agricultura e futuro gerente da secretaria de Desenvolvimento, Alfonso Bernardo Hostert, PRB, vai ter que engoli-la mais dois anos. 

Aí tem. Vereador Luiz Carlos Spengler Filho, o Lu, do PP, quer saber do prefeito Pedro Celso Zuchi sobre a policlínica e que está à meia boca: a) Qual o custo total da obra? b) Qual o custo total dos equipamentos e utensílios que foram colocados nessa unidade de saúde? c) Qual a origem dos valores que custearam a obra e os equipamentos? d) Esses valores vieram para qual destinação? e) Quais as especialidades que serão oferecidas à comunidade? f) O corpo clínico está completo, podendo atender à comunidade em todas as especialidades tidas como obrigatórias, ou ainda faltam às contratações de profissionais? g) Quais são as áreas que estão faltando? h) A unidade já possui todos os alvarás de funcionamento? I) ou quais os alvarás faltantes? 

Do leitor Roberto Basei. ?Estanho, muito estranho! Na sexta feira. dia 20/03/2015, indo ao meu trabalho às 6h40min. Passei pelo Centro para desviar do trânsito e em frente ao posto de Saúde observei um movimento, um aglomerado de pessoas que se estendia quase até o início da Rua São José. Pensei: deve ter ocorrido um acidente e são curiosos! Grande engano da minha parte. Era a fila para consultas ou marcação de consultas no posto de saúde?. 

?O que acho estranho nisso é: quando o Hospital não era aparelhado [PT] e sobrecarregado, não havia o atendimento no Posto do Centro. Era para causar-lhe a falência? E aí arrumar motivos para o aparelhamento? Alcançados os objetivos, forçam as pessoas ao atendimento pelo Posto, justificando assim a boa administração aparelhada do Hospital, mas assim castigam o povo de Gaspar duas vezes por picuinhas políticas! Até quando?? 

Não caiu bem entre os funcionários da secretaria de Saúde a indicação de Cleones Hostins para substituir a Márcia Adriana Cansian, cuja saída anunciei aqui em primeira mão. 

Decididamente não foi uma boa semana para o PT da mesma cepa de Blumenau. Vereadores de Blumenau de outros partidos conseguiram os mandatos de volta no TSE; Pedro Celso Zuchi teve contra si consagrada uma Ação Civil Improbidade Administrativa; seu ex-braço direito, Mário Wilson da Cruz Mesquita, conseguiu de volta na Justiça o que botou na caixinha do partido; e seu outro ex-auxiliar na mesma procuradoria geral, Paulo Roberto Eccel, foi cassado como prefeito de Brusque pelo TSE. 

Edição 1673

Comentários

nilton schneider
30/03/2015 22:13
Hoje eu fui saber que a pessoa que diz ser diretora da atenção básica,outras horas se diz ser coordenadora geral de atenção basica.é só enfermeira.se auto nomea. não tem cargo oficial,men decreto.nada só de boca .cada uma é só para riiiiii
Herculano
30/03/2015 21:27
DE ATORES E AUTORES, AGORA QUEREM SER VÍTIMAS PARA ENGANAR MAIS UMA VEZ E MUDAR O JOGO PERANTE A MAIORIA DE ANALFABETOS, IGNORANTES, ANALFABETOS E DEPENDENTES. DIREIGENTES DEFENDE QUE PT "CORRIJA RUMOS" E "SAIA DA DEFENSIVA"

O texto de Gustavo Uribe, Marina Dias e Cátia Seabra, para o jornal Folha de S. Paulo. No momento em que o PT enfrenta uma das maiores crises de sua história, os diretórios estaduais da sigla divulgaram nesta segunda-feira (30) um manifesto no qual defendem que é hora de a legenda "assumir responsabilidades", "sair da defensiva" e "corrigir rumos".

O documento reconhece que, em seus 35 anos de história, o partido cometeu erros e deve retomar os valores que pautaram a sua criação, em 1980.

O ponto de partida para a mudança seria o V Congresso do PT, marcado para junho, na Bahia. "A fim de que retome sua radicalidade politica, seu caráter plural e não dogmático", pregou.

No documento, os dirigentes estaduais da sigla defendem dez bandeiras tradicionais da esquerda para reaproximar o partido, e consequentemente, o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), da base social da legenda.

As principais propostas são a orientação da bancada petista no Congresso Nacional a aprovar proposta de taxação de grandes fortunas, que sofre resistências de setores do governo federal, a aprovação das reformas política e tributária e a ampliação dos direitos trabalhistas, na contramão do ajuste fiscal elaborado pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda).

"A hora não é de recuo, é de avançar com coragem e determinação", diz o texto, que defende ainda a formação de uma ampla frente de esquerda com partidos de esquerda, movimentos sociais e centrais sindicais, inspirado no que existe no Uruguai.

CORRUPÇÃO
Baseado na tese "nós contra eles", utilizada pela equipe de Dilma na última campanha eleitoral, os dirigentes estaduais afirmam que os setores da oposição "querem fazer do PT bode expiatório da corrupção nacional e de dificuldades passageiras da economia".

As lideranças petistas comparam os ataques sofridos pelo partido, em meio às investigações do esquema de corrupção na Petrobras, ao sequestro do empresário Abílio Diniz, em 1989, que, segundo eles, foi "imputado ao PT".

Os dirigentes estaduais dizem que o partido é alvo de uma campanha de "cerco" e "aniquilamento" e setores da oposição que tentam "criminalizar" o PT.

"O PT precisa identificar melhor e enfrentar a maré conservadora em marcha. Combater com argumentos e mobilização a direita e a extrema direita minoritárias."
Herculano
30/03/2015 20:22
ESPERANÇA

'Quem rouba milhões, mata milhões',

Quem expressa isto? Deltan Dellagnol, 33 anos, procurador Federal e um expoente nas denuncias da Operação Lava Jato.
Herculano
30/03/2015 17:20
E AGORA? BRASIL PERDERÁ GRAU DE INVESTIMENTO SE ERRAR EM AJUSTE FISCAL, DIZ LEVY

O conteúdo é do Uol (Folha de S.Paulo) O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta segunda-feira (30) que não há margem para o país errar porque, se errar, perderá o grau de investimento pelas agências de classificação de risco, que avaliam se é um país é ou não um bom pagador de dívidas.

"Não podemos admitir riscos de não completar o ajuste fiscal", disse o ministro, em evento em São Paulo, acrescentando que o governo pode criar novas despesas que demandem novos impostos.

Ele também voltou a defender as medidas fiscais, ressaltando que elas são necessárias para fazer com que a dívida pública volte a cair.
Herculano
30/03/2015 17:12
DE NADA ADIANTOU O COMÍCIO ENTRE OS SEUS. TRE-SC DETERMINOU O AFASTAMENTO DO PREFEITO DE BRUSQUE, PAULO ROBERTO ECCEL, PT, E QUE JÁ FOI DO PRIMEIRO ESCALÃO DAQUI

O presidente do TRE-SC, desembargador Baasch Luz, em cumprimento à decisão proferida pelo Tribunal Superior Eleitoral, determinou o afastamento do prefeito e vice-prefeito de Brusque, Paulo Roberto Eccel e Evandro de Farias.

Como a cassação se deu nos últimos dois anos de exercício dos mandatos, as eleições serão indiretas, ou seja: após o afastamento de Paulo Eccel e Evandro de Farias, o presidente da Câmara Municipal de Brusque tomará posse provisória no cargo de prefeito, até que sejam realizadas as eleições, nos termos da Lei Orgânica Municipal.
sidnei luis reinert
30/03/2015 15:41

De Ronaldo Caiado:

Em artigo na Folha de S.Paulo, eu provo que a presidente Dilma pode e deve ser investigada pelo seu envolvimento no Petrolão. Não se pode argumentar que o parágrafo 4º do artigo 86 da Constituição inviabilizaria tal pedido, pois a investigação do chefe do Executivo --e de nenhum agente político-- está obstada pela Carta Magna. Desafio quem quer que seja a apontar norma constitucional que afaste essa possibilidade.
A leitura atenta do dispositivo constitucional citado impede a responsabilização, e não a investigação, na vigência do mandato, por atos a ele não relacionados. Essa prerrogativa presidencial é processual --diz respeito à abertura da ação penal--, não incidindo, por consequência, na fase pré-processual, que se refere ao inquérito.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/213980-a-presidente-pode-e-deve-ser-investigada.shtml
Herculano
30/03/2015 15:36
PLANALTO VAI PAGAR MAIS PELA COCA-COLA DE DILMA

A Presidência da República abriu uma licitação para comprar refrigerantes para abastecer os palácios do Planalto e da Alvorada, a Granja do Torto e a Vice-presidência em 2015. Mas, em tempos de ajuste fiscal, falta à turma do Planalto fazer uma pesquisa de preços em Brasília.

O preço unitário sugerido para a garrafa de dois litros de Coca-Cola, por exemplo, é de 6,21 reais. Serão compradas 600 unidades. Na sexta-feira, o supermercado Big Box, uma rede popular em Brasília, vendia a garrafa de dois litros e meio, portanto com mais refrigerante do que garrafa que será comprada pelo Planalto, por 5,45 reais. Sem contar que o governo deveria usar como poder de barganha a compra de 600 unidades.

A propósito, Dilma parece estar levando as ordens de sua dieta Ravenna às licitações. Na mesma compra dos refrigerantes, o Planalto vai comprar 30 pacotes de batata palha: sem gordura trans e com farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico.
sidnei luis reinert
30/03/2015 14:53
Repudiando

A deputada distrital (DF) Sandra Faraj repudia a Resolução n° 12/2015, publicada no DOU do dia 12 de março.

A norma autoriza estudantes, de qualquer idade, a usar nome social e frequentar banheiros e vestiários conforme sua orientação sexual!

É a estúpida imposição de ideologia de gêneros que o desgoverno nazicomunoetralhabolivariano patrocina.

https://www.youtube.com/watch?v=m3la23TsedY
sidnei luis reinert
30/03/2015 14:51
Estratégia defensiva do PT prevê ofensiva contra juiz Moro e blindagem a Duque para poupar cúpula


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Absolutamente na contramão da vontade popular, que deseja um efetivo combate à corrupção e a criação de mecanismos de controle e rigor penal para evitá-la, os estrategistas jurídicos do Palhasso do Planalto jogam para atrapalhar a Operação Lava Jato, na primeira instância, enquanto preparam a indigesta pizza para o julgamento da turma com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal. Se o plano vai dar certo, são outros milhões ou bilhões de dólares. O milagre é impedir que a cúpula partidária acabe processada. Principalmente, o semideus Lula da Silva.

Já foi dada a ordem de cima para que o ex-diretor de Serviços da Petrobras (servia a quem?), Renato Duque, não abra o bico e nem aceite qualquer acordo de delação premiada. A determinação é que Duque aguente a bronca calado, mesmo que condenado, igualzinho ao publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza - um dos poucos punidos de verdade, puxando cadeia, pelo Mensalão - primo pobre do Petrolão, do Receitão e outras falcatruas que ainda não se tornaram públicas. O problema será se o tesoureiro petista João Vaccari Neto acabar preso preventivamente...

Por isso, o desgoverno também agiu em alta velocidade, blindando possíveis indiciáveis em outras fases da Lava Jato, a partir de denúncias e provas obtidas nas delações premiadas. A nomeação do tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, para o cargo de ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, serve para lhe emprestar o direito ao absurdo foro privilegiado de julgamento. Mesma tática já tinha sido adotada, no começo do segundo mandato, para Jaques Wagner, ministro da Defesa, que tinha grande influência em negócios na Petrobras.

Além de garantir que Duque não delate ninguém, o esquema defensivo do PT também deseja garantir uma blindagem ao ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, homem de confiança de Luiz Inácio Lula da Silva, e em cuja gestão aconteceram os maiores problemas denunciados no escândalo do Petrolão. A própria Petrobras já arma uma blindagem de defesa com profissional de alto prestígio no judiciário. O presidente Aldemir Bendine acaba de contratar um super consultor jurídico: Armando Toledo, recém aposentado desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, também conhecido por grandes relações no meio militar.

Outra orientação dos assassinos de reputação é fomentar uma crítica, nos partidores do judiciário e do mundo da advocacia, contra a atuação do juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal. O ataque feito pelo advogado Nélio Machado, semana passada, com a inconsistente alegação de que Moro age mais como promotor que como magistrado, foi apenas o começo dos ataques contra o "Homem de Gelo". Como Moro já decidiu que não responderá às inconsistentes provocações, o genial plano nazicomunopetralha tende a dar muito errado.
Herculano
30/03/2015 08:54
O PT DE VOLTA AO DIVÃ, por Ricardo Melo para o jornal Folha de S. Paulo

O grande dilema do partido é de conteúdo, não de forma; é o de diferenciar bancários de banqueiros

De tempos em tempos, assim como reforma política, reforma ministerial, reforma tributária, o destino do PT emerge como assunto de destaque. Com o 5º congresso marcado para junho e em meio a um tiroteio político generalizado, volta-se a falar em refundação, aliança com movimentos sociais e até a criação de "puxadinhos" tipo Frente Ampla do Uruguai.

Fala-se de tudo, menos do essencial. Com base em que propostas, em que projeto social vai repousar esta reformulação? Eis o ponto.

O problema do PT, decididamente, não é organizativo. Está longe dos movimentos sociais? Sim, está, mas é ilusão culpar erros administrativos. Deixou de dialogar com os setores trabalhistas e operários? Evidente, mas o motivo não é uma questão de comunicação. Afastou-se dos sem-teto, da juventude que saiu às ruas, da classe média? Basta olhar os fatos.

Pergunte aos militantes petistas qual programa seguem. "A favor dos pobres", dirão - mesmo porque nem o dirigente mais aguerrido saberá descrever quatro ou cinco pontos específicos da plataforma do partido.

O certo é que não dá para defender a maioria recorrendo ao instrumental da minoria.

Concebido como representante de trabalhadores, o PT pouco a pouco tem abandonado sua essência. De bancário, arrisca-se a virar banqueiro, a ponto de hoje ocupar as manchetes como paladino do superávit primário, do corte de benefícios sociais, do encolhimento de recursos para a educação. Só falta imprimir as propostas em inglês. Isso para não citar os tentáculos expostos na área da corrupção.

A inapetência do PT, sem intenção de trocadilho, salta aos olhos. São Paulo sofre com a falta d'água, vive uma epidemia de dengue e assiste a uma nova greve de professores. Onde está o PT?

O máximo que se vê é sua principal figura no Estado, o prefeito paulistano, preocupado em travar uma batalha de morte por...ciclovias. Nada contra elas, assim como muitos poucos serão a favor da destruição da camada de ozônio ou da proibição de pasta de dente. Mas transformar isto em bandeira de governo numa capital de tamanhas carências revela, como diria o povo, falta de senso de noção.

No plano federal, a mesma coisa. Além do caso Petrobras, o partido submete-se a um papel secundário, de coadjuvante, também frente a escândalos como a lista do HSBC e a recente Operação Zelotes. Ambas provam que o Brasil, tido como um dos campeões de carga tributária, revela-se, na verdade, imbatível na sonegação de impostos.

Só na Zelotes, calcula-se um prejuízo de quase 6 bilhões de reais para o Tesouro - valor três vezes maior que o indicado pelo Ministério Público na Operação Lava Jato. Repita-se: três vezes maior.

Os jornalistas Fábio Fabrini e Andreza Matais, de "O Estado de S. Paulo", deram a lista de alguns acusados: Santander, Bradesco, Ford, Gerdau, Safra, RBS, Camargo Corrêa e outros nomes de calibre parecido. Onde estão o governo do PT e o ministro da Fazenda que ele nomeou? Em vez de atacar os peixes graúdos, os emissários do Planalto mendigam votos no Congresso para encolher pensões de viúvas, cortar bolsas de universitários e onerar desempregados.

Para fazer este trabalho, convenhamos, já há legendas de sobra na paisagem nacional.
Herculano
30/03/2015 08:29
PROVOCAÇÃO. AS MANIFESTAÇÕES SÃO ONDINHAS, ACENTUA O JURISTA DALMO DALARI

Antes de tudo, é importante assinalar que, confrontada com a votação que, recentemente, deu o segundo mandato à Presidente Dilma, votação superior a 54 milhões de votos, a "maré humana" da passeata de 15 de março não passou de uma "ondinha" muito leve, espetaculosa mas insignificante como expressão da vontade politica do povo brasileiro.

Alguns cartazes e algumas faixas exibidos na ocasião deixam dúvida, apenas, quanto ao que realmente expressavam : ignorância, burrice ou vocação totalitária muito primária. Sobre os efeitos de um golpe militar a experiência recente do Brasil é muito expressiva. O que se viu e o que se sabe é que o golpe prejudicou seriamente a normalidade constitucional e foi instrumento de violências e de muitas praticas de corrupção.

Quanto à pregação de golpe militar, que configura proposta de subversão da ordem constitucional, é crime previsto na Lei de Segurança Nacional, que, embora feita durante a ditadura, não foi revogada e o próprio Supremo Tribunal Federal já a considerou recepcionada pela nova ordem jurídica, naquilo em que não contraria as normas constitucionais.

O que deve ser feito é o enquadramento dos autores dessa tolice antidemocrática, para processamento pela prática do crime. Nesse caso a identificação dos autores não deve ser dificil, pois muita gente filmou e fotografou a prática criminosa.
Herculano
30/03/2015 08:08
O TEMPO DE CADA UM, por Valdo Cruz para o jornal Folha de S. Paulo

Há 27 anos na capital federal, seguindo os fatos de cada dia como jornalista, sempre senti um profundo incômodo com a lentidão na tomada de decisões tanto da parte do Executivo como, principalmente, do Legislativo.

Ainda não me acostumei, por sinal, com aquela velha máxima de que o tempo da política é diferente. Enquanto isso, o mundo real corre solto, para o bem e para o mal, muitas vezes reagindo exatamente à lerdeza dos atores políticos do país.

Agora mesmo, enquanto a presidente Dilma não consegue sair da crise política, o PMDB controla a agenda legislativa segundo seus interesses e o PT, fraco como nunca, brinca de medir forças com as ruas, o país caminha para mais uma de suas piores crises econômicas.

Já há previsões de retração de 2% da economia brasileira neste ano, a inflação baterá na casa dos 8% e o desemprego só faz aumentar nos últimos meses, podendo dobrar ao final de 2015 e chegar também a 8%.

Enquanto isso, os senhores do poder não se entendem em Brasília e vão adiando a votação das medidas para equilibrar as contas públicas. Falta-lhes o sentido da urgência que o trabalhador desempregado e o empresário quase quebrado sentem na pele no final do mês.

É óbvio que o Congresso não tem de engolir as medidas do Palácio do Planalto. O Legislativo tem o direito e o dever de exercer seu papel de fiscal do ajuste do governo, mas não deve ficar contra o ajuste fiscal.

Já o Executivo não deve ceder a todo tipo de pressão, mas precisa saber compartilhar poder em vez de tentar impô-lo. E sugerir alternativas, cortando mais na própria carne, já que boa parte da responsabilidade pela crise é toda sua.

O problema é que ninguém quer entrar com sua parte na conta do ajuste. Dividi-la de forma justa é papel da boa política. Tendo em mente que o tempo é de respostas rápidas e não o de usar a lentidão a serviço da barganha política. A conferir.
Herculano
30/03/2015 07:44
EM CRISE, BRASIL FINANCIA METRÔ NA VENEZUELA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou nos jornais brasileiros nesta segunda-feira

Custa US$ 1,6 bilhão (R$ 5,3 bilhões) ao contribuinte o financiamento do BNDES à empreiteira Odebrecht para construir a linha 5 do metrô de Caracas, capital venezuelana. O BNDES se alimenta do dinheiro do Tesouro Nacional, arrancado do bolso do contribuinte. A empreiteira, que é citada no escândalo de corrupção na Petrobras, foi responsável por três linhas do metrô de Caracas, além de outras obras no país.

Privilégio bolivariano
Se não falta dinheiro brasileiro para o governo bolivariano de Nicolás Maduro, no Brasil o governo aplica calotes e cancela programas.

Há doze anos
Para a reforma da linha 3 do metrô de Caracas o início da linha 4, a Odebrecht recebeu do BNDES US$ 194,6 milhões.

"Timing" perfeito
A Odebrecht atua na Venezuela desde 1992, mas foi em 2004, com as obras do metrô de Caracas, que a empresa deslanchou no país.

Com ajuda do BNDES
O "bondinho" de Caracas também foi construído pela Odebrecht, além da ponte do rio Orinoco e o "projeto agrário socialista" de Maracaibo.

COM RDC, GOVERNO CONTRATA OBRAS SEM PROJETO
O Regime Diferenciado de Contratação (RDC), uma esperteza criada no governo Lula para dar "celeridade" ao Programa de Aceleração do Crescimento, permite que o governo "queime etapas" em licitações e contrate empreiteiras que sequer têm projeto para realizar obras. Isso permite que empresas façam ofertas apenas para vencer a licitação e depois estabeleçam os custos reais do projeto através de aditivos.

Uma obra, R$ 20 bilhões
A refinaria de Abreu e Lima, por exemplo, que inicialmente custaria cerca de R$ 2 bilhões, ganhou mais de R$ 18 bilhões em aditivos.

Esperteza
Através do RDC, só o vencedor da licitação tem a obrigação de criar um projeto para a obra; e o custo real só aparece após sua conclusão.

Superfaturamento legal
Na prática, o governo legalizou o superfaturamento: aditivos são sempre aprovados já que sem pagamentos as obras não andam.

Os aloprados estão vivos
Dilma vai ter um ataque: o baiano Luiz Azevedo, secretário-executivo do Ministério das Comunicações, alimenta a fantasia autoritária de bisbilhotar a contabilidade das emissoras de rádio e TV particulares. Como se Dilma precisasse abrir mais essa frente de desgaste.

Tudo por cargo
O governador Pezão já esgota seu estoque de dribles nas investidas de Quaquá, presidente do PT-RJ. Ele quer nomear a mulher, deputada estadual Rosângela Zeidan (PT), para uma Secretaria da área social.

Novo ministro, velhos chavões
Palestras do novo ministro Renato Ribeiro (Educação) são marcadas por avisos contra "golpismo" e "ameaça da direita?. Mas também ataca o PMDB, que considera "perigoso", e critica até a presidente: "Uma crítica que compartilho a Dilma é falta de diálogo", disse em vídeo.

Admiradora secreta
O chefe da Casa Civil do DF, Hélio Doyle, tem uma admiradora secreta: Dilma. Ela o queria ministro, no lugar de Thomas Traumann (Comunicação Social). Chegou a tomar informações sobre ele.

Tô fora
Thomas Traumann deve ser recebido nesta segunda pelo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, que o quer na comunicação da estatal. Mas ele deve recusar o convite. Talvez aceite fazer uma consultoria.

Vexame
A Câmara cobrou R$ 2,5 mil do ex-deputado Costa Ferreira (PSC-MA), via Diário Oficial, referentes a contas de água, luz e telefone do imóvel funcional onde residia, além do sumiço de "um bem" não especificado.

Sonha, garotinho
A deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ) postou foto em uma rede social com a seguinte declaração: "Quem sabe um dia!". Ela estava em frente ao Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.

#trabalhasenador
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que adora viajar, está no Nepal, sim, senhor, a 16.000 km do local de trabalho, para a reunião de um certo "Parlamento sem Fronteiras".

Pensando bem...
... demitindo três ministros em três meses, Dilma talvez nem necessite de PEC fixando o limite de 20 ministérios.
Herculano
30/03/2015 07:19
MERCADANTE TRANSMITE A LEVY IRRITAÇÃO DE DILMA, por Josias de Souza

Dilma Rousseff irritou-se ao saber que Joaquim Levy dissera que ela nem sempre age da forma mais simples e eficaz. Abespinhou-se tanto que determinou ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que transmitisse sua contrariedade ao colega. O recado da presidente foi repassado por Mercadnate a Levy por telefone, no sábado - dia em que a notícia sobre o sincericídio de Levy veio à luz.

Deve-se aos repórteres Ricardo Della Coletta e Fábio Brandt a informação sobre a reação de Dilma. O comentário que desagradou a presidente escorregou dos lábios de Levy na terça-feira da semana passada. Deu-se a portas fechadas, numa conversa com ex-alunos da Universidade de Chicago.

Expressando-se em língua inglesa, Levy disse: "Acho que há um desejo genuíno da presidente de acertar as coisas, às vezes, não da maneira mais fácil? Não da maneira mais efetiva, mas há um desejo genuíno''. Para infortúnio do ministro, suas palavras foram gravadas. E a repórter Joana Cunha fez soar o áudio no site da Folha.

Após conversar com Mercadante, Levy tentou, sem muito sucesso, reposicionar-se em cena. Mandou divulgar uma nota. No miolo do texto, anotou:

"O ministro sublinha que os elementos dessa fala são os seguintes: aqueles que têm a honra de encontrarem-se ministros sabem que a orientação da política do governo é genuína, reconhecem que o cumprimento de seus deveres exige ações difíceis, inclusive da Exma Sra. Presidente, Dilma Rousseff, e eles têm a humildade de reconhecer que nem todas as medidas tomadas têm a efetividade esperada".

O receio do governo é o de que a crítica mal explicada sirva de munição para opositores e governistas rebelados que conspiram no Congresso contra o ajuste fiscal do governo. Um risco que Dilma preferia não correr numa semana em que o Senado ameaça aprovar proposta que obriga o governo a tirar do papel, em 30 dias, a lei que renegocia as dívidas de Estados e municípios com índices menores de correção.

O ruído provocado pela revelação da frase de Levy ecoa às vésperas do comparecimento do ministro à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Conforme compromisso que assumira na semana passada, Levy vai expor aos senadores, nesta terça-feira, os planos econômicos do governo.

Levy espera que suas palavras inspirem o presidente do Senado, Renan Calheiros, e seus pares a retirar de pauta de votações do Senado a proposta que dá um refresco anual de R$ 3 bilhões a Estados e municípios endividados até a raiz dos cabelos dos contribuintes. A hipótese de isso ocorrer parece, por ora, remota.

Para complicar, argumenta-se no Planalto, os comentários de Levy levaram água para o moinho dos contrários. Ora, se nem o ministro da Fazenda considera eficazes as ações de sua chefe, por que os congressistas deveriam dar crédito ao governo?

A despeito da alegada irritação, Dilma optou por não divulgar uma reprimenda pública a Levy. Cogita tratar do assunto quando for provocada por repórteres, numa de suas aparições públicas. Mas parece ter optado pela contemporização. Natural. A eventual saída de Levy criaria dificuldades bem maiores que os sapos que Dilma vê-se obrigada a engolir. Melhor dissolver um Alkaseltzer e reduzir tudo a uma tempestade em copo d'água.
Herculano
30/03/2015 07:16
JUSTIÇA TARDA E FALHA, editorial do jornal Folha de S.Paulo

Prescrição, atrasos, incúria e engavetamento beneficiam políticos do PSDB acusados de irregularidades, inclusive no dito mensalão tucano

A liberdade, como ensina o lema dos inconfidentes, será sempre desejável, mesmo que tardia. Nem sempre se pode dizer o mesmo, contudo, da Justiça.

Uma decisão tardia pode bem ser o equivalente da iniquidade completa, e um processo que se arrasta sem condenados nem absolvidos só pode resultar no opróbrio de todos --inocentes e culpados, juízes e réus, advogados e acusadores.

Há um ano, o Supremo Tribunal Federal encaminhou à primeira instância da Justiça de Minas Gerais o julgamento do ex-senador Eduardo Azeredo, do PSDB. Nada aconteceu desde então.

Ex-presidente de seu partido, Azeredo é acusado de ter abastecido sua campanha ao governo de Minas, em 1998, com verbas desviadas de estatais, valendo-se de empréstimos fictícios.

Não são mera coincidência as semelhanças desse episódio com o que viria a ser revelado no escândalo do mensalão petista, alguns anos depois. Um de seus principais personagens, o empresário Marcos Valério, havia sido também responsável pelo esquema tucano.

Apesar de inúmeros adiamentos e dificuldades, o caso petista foi julgado no STF. Natural que inspire movimentos de revolta e consternação o fato de que, embora ocorrido alguns anos antes, seu equivalente tucano continue a repousar no regaço da Justiça mineira.

Correndo inicialmente no Supremo, uma vez que parlamentares como Clésio Andrade (PMDB) e o próprio Azeredo figuravam entre os implicados, o processo teve de ser enviado à primeira instância: os réus tinham renunciado a seus cargos no Congresso.

A decisão do STF, remetendo o caso a Minas Gerais, foi tomada em março de 2014. O trajeto de Brasília a Belo Horizonte consumiu cinco meses. Em 22 de agosto, o processo chega à 9ª vara criminal. Era só proceder ao julgamento; nenhuma instrução, nenhuma audiência, nada mais se requeria. Que o juiz examinasse os autos.

Juiz? Que juiz? A titular da vara aposentou-se em janeiro; não se nomeou ninguém em seu lugar.

Havia - e ainda há - pressa: alguns réus, dentre eles Azeredo, podem beneficiar-se da prescrição; outros envolvidos já escaparam por esse motivo.

A lentidão mineira se soma ao caso de entravamento da Justiça ocorrido em São Paulo, para benefício de outro político do PSDB.

Por três anos, um desembargador retardou o exame de irregularidades na gestão do hoje deputado estadual Barros Munhoz à frente da Prefeitura de Itapira. Veio a prescrição, e as suspeitas sobre crimes como formação de quadrilha e omissão de informações nem chegaram a ser julgadas.

Não se trata, claro está, da "liberdade ainda que tardia" ostentada na bandeira de Minas Gerais. Entre essas figuras do PSDB, "impunidade na última hora" há de ser lema bem mais adequado.
sidnei luis reinert
29/03/2015 21:52
A FABRICAÇÃO DE COCA NÃO PODE PARAR...

Em meio a crise energética, Brasil vai doar usina à Bolívia

Brasília - Em meio a uma crise de energia sem precedentes no país e em busca de fontes alternativas para evitar um racionamento, o governo brasileiro vai gastar R$ 60 milhões para reformar e doar uma usina térmica para a Bolívia. O Ministério de Minas e Energia está nas tratativas finais para viabilizar a negociação.

http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/em-meio-a-crise-energetica-brasil-vai-doar-usina-a-bolivia
sidnei luis reinert
29/03/2015 15:04
DE Olavo de Carvalho:

O sr. FHC vai nos indicar o caminho da salvação? Ele, que com dinheiro público financiou o crescimento do MST, de um grupelho de malucos para uma organização armada e ameaçadora? Ele, que inaugurou a demolição da educação brasileira? Ele, que estendeu o tapete vermelho para o PT? Esse homem não tem autoridade moral NENHUMA para se fazer de líder do antipetismo. Nem aliás autoridade intelectual. É apenas um sociologuinho chinfrim, uma versão mirim do Florestan Fernandes, do qual bem dizia o Alberto Guerreiro Ramos: "O problema do Florestan é que ele é burro."
sidnei luis reinert
29/03/2015 12:44
Motivo de piada

Circula na internet, mais uma sacanagem contra o Presidentro $talinácio:

O grande líder em decadência teria proclamado a um repórter:

- No PT não há desonestos!

Instigado pelo corajoso jornalista se teria coragem de escrever o que tinha afirmado, o gênio pegou a caneta e sapecou:

"No PT não há dez Honestos"!
Herculano
29/03/2015 10:12
GUIA PARA OS PERPLEXOS, por Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

O leitor tem o direito de estar perplexo com o Brasil.

Enquanto grupo importante de economistas manifesta apoio e otimismo com as medidas fiscais e monetárias do Ministério da Fazenda e do Banco Central, outro grupo argumenta que o aperto fiscal não será suficiente, que o aperto monetário veio tarde diante da alta expectativa de inflação e que falta ainda uma agenda de reformas para retomar o crescimento.

Já empresários de diversos setores expressam descontentamento e revolta com o aumento de impostos em momento de queda das vendas, centrais sindicais mostram indignação diante do corte de direitos trabalhistas e políticos da base governista se unem à oposição e derrotam o governo em questões importantes.

A provável piora da situação econômica pode aumentar ainda mais essa confusão. Por isso, é fundamental buscar clareza.

Um processo concomitante de ajuste fiscal e monetário numa economia em recessão é algo raro na economia mundial. Resulta da política econômica aplicada nos últimos quatro anos, cujos estímulos monetários e fiscais geraram piora da trajetória da dívida pública e aumento da inflação, com queda do nível da atividade chegando agora à recessão.

Nesse quadro, o ajuste é indispensável para restaurar a credibilidade da política fiscal e controlar a inflação, permitindo a retomada da normalidade econômica.

Por outro lado, a carga tributária enfrentada pela população e pelas empresas é excessiva para um país emergente como o Brasil, ainda mais considerando a qualidade dos serviços públicos.

Isso dá razão a queixas de empresários, trabalhadores e políticos de que o governo federal quer cobrar mais impostos, reduzir direitos trabalhistas e cortar recursos a Estados e municípios sem que ele mesmo promova esforço similar com redução da máquina pública, dos ministérios e dos cargos comissionados. Como diz o ditado, em casa onde falta pão, todos reclamam e todos têm razão.

Mas qual é a solução? Ela passa, sem dúvida, por um ajuste fiscal que elimine as incertezas sobre a solvência do país e pelo aumento de juros para controlar a inflação. Passa também pelo que alguns países europeus, especialmente a Espanha, vêm fazendo de forma eficiente para sair da crise: ancorar o ajuste não no aumento de impostos, mas no corte de despesas e em reformas para melhorar a produtividade e o ambiente de negócios.

No Brasil, isso compreende as reformas tributária e trabalhista e um programa que viabilize investimentos maciços em infraestrutura com retornos atrativos ao capital hoje disponível no mundo.

Para fazer isso, é necessário um governo com direção clara, comando firme, liderança política e capacidade de comunicar que existe luz no fim do túnel.
Herculano
29/03/2015 10:10
O SOL SOB A PENEIRA. O PT ARRUMA CULPADOS, MAS FOI ELE QUEM ESCOLHEU OS PARCEIROS PARA A FRANQUIA NACIONAL DE SACANAGENS. ELE SABIA DESDE O GOVERNO DE FHC QUEM ERA O PMDB E COMO AGE. SEMPRE APROVEITOU O SUCO E DESCARTOU O BAGAÇO.

O conteúdo é do 247, o canal de comunicação do PT, preferencialmente sustentado por anúncios das empresas (Petrobrás) e bancos (Caixa, BB, BNDES...) estatais, e que defende a forma de divisão publicitária defendida pelo governo.

A julgar pelo tom da entrevista do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), às jornalistas Maria Lima, Isabel Braga, Joana Gama e Sergio Fadul, publicada neste domingo no jornal O Globo, a aliança PT-PMDB chegou ao fim.

Na essência, Cunha afirmou que o PMDB finge que é governo e o PT finge que acredita. "Os ministros do PMDB não têm ministério relevante. Sempre foi assim. Na prática, a gente finge que está lá. E eles fingem também."

Cunha também negou que ele e seu colega Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, tenham tomado o comando do País. "Quem tem a caneta? É ela. Quem edita medidas provisórias? É ela. Quem libera o orçamento? É ela. Quem nomeia e indica a cargo? É ela. Então é ela quem governa".

O presidente da Câmara também voltou a acusar o Palácio do Planalto de tentar enfraquecer o Congresso, com a Operação Lava Jato. "Ficou claro e nítido que eles estavam fazendo uma opção de enfraquecer a todos nós".

Outro alvo do parlamentar é o ministro Gilberto Kassab, das Cidades, que tenta recriar o PL, para atrair parlamentares insatisfeitos com suas legendas. "Operação Tabajara", disse ele. "Se deram corda para o Kassab, quem deu a corda é que está errado", disse Cunha. Ele afirma que foi uma tentativa clara de atingir o PMDB.

Indagado se pensa em assumir a presidência da República, quando Dilma e o vice Michel Temer se ausentarem do País, Cunha foi irônico. "Se o Cid Gomes ainda fosse ministro, eu podia demitir o Cid. Mas não vou poder nem demitir o Cid".

Sobre a Lava Jato, em que é um dos alvos da investigação, Cunha mandou um recado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. "Estou em guerra aberta com o Janot. Vamos ver até que nível ele vai". Cunha, no entanto, admitiu se tratar do maior escândalo do mundo.

Pela entrevista deste domingo, Cunha sinaliza que nem a indicação do aliado Henrique Alves para o Turismo será capaz de apaziguá-lo.
Herculano
29/03/2015 10:05
A MADRASTA DA CRISE, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Alguém se lembra do PAC? Somadas, essas três letrinhas formavam o Programa de Aceleração do Crescimento. Turbinaram o segundo mandato de Lula e o ajudaram a vestir a faixa presidencial na pupila Dilma Rousseff.

Há sete anos, em março de 2008, Lula chamou sua então ministra de "mãe do PAC". "É ela que cuida, acompanha, que vai cobrar junto com o Márcio Fortes [então ministro das Cidades] se as obras estão andando ou não estão", disse, em visita a uma favela do Rio.

Dilma seguiu o script à risca. Para aparecer nas ruas, viajou o país e tirou fotos com chapéu de operário. Para aparecer nos jornais, apagou as luzes do palácio e pilotou sonolentas apresentações de PowerPoint, cheias de tabelas com números e cronogramas de obras.

A oposição dizia que o PAC era um slogan eleitoreiro e que a ministra fazia campanha antes da hora. A imprensa mostrava que as obras estouravam prazos e orçamentos. Não tinha importância. A economia estava crescendo. Os empreiteiros "estavam felizes" naquele tempo, lava jato era só o lugar onde alguém lavava seus carros. A mãe do PAC, que nunca havia disputado uma eleição, virou presidente da República.

Desde que Dilma assumiu, a economia patina. Os números divulgados na sexta-feira mostram que o PIB médio de seu primeiro mandato foi o menor desde a catástrofe do governo Collor. O ano passado, com crescimento de 0,1%, foi o pior de todos. O ministro Joaquim Levy avisou que 2015 será ainda pior. Nas palavras dele, o país deu uma "desacelerada forte". Se o trem estava parado, isso significa que começou a andar de marcha a ré.

O arrocho não poupa nem o programa-símbolo de Dilma, que teve suas verbas cortadas em fevereiro. A mãe do PAC virou madrasta da crise. A sorte dela é saber que não será mais candidata em 2018. O azar pode ter passado para Lula, que contava os dias até a próxima eleição.
Herculano
29/03/2015 10:02
DILMA, LULA E O DIABO, por Mary Zaidan

Em abril de 2013, durante encontro com prefeitos na Paraíba, Dilma Rousseff surpreendeu a todos com sua sinceridade: "Podemos fazer o diabo quando é hora de eleição". Confessou e fez, como é sabido. E o belzebu cobrou. Com juros e correção, sem carência ou parcelamento. Pior, encarnado em gente experiente nesse tipo de pacto.

Mais do que a paralisia do país, a economia estagnada, a inflação e o desemprego em alta, os demônios que assombram Dilma estão incorporados nos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), antigo desafeto, e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fiel aliado até poucos dias. E em seu padrinho Lula.

Cunha e Renan têm se divertido em lançar chamas, assustar e pregar peças no governo.

Ainda que os objetivos de ambos não sejam nada republicanos, há muito não se via um Parlamento tão ativo. Até altivo. Câmara e Senado passaram a reivindicar suas prerrogativas, falar alto, questionar o governo.

Não há, no entanto, o que comemorar. O Legislativo só parou de dizer amém a partir das diabruras dos peemedebistas. E só se manterá assim enquanto for do interesse do PMDB, partido que mais do que qualquer um sabe o momento de aderir - e gozar as benesses do paraíso -, e a hora de escapar do incêndio, não raro colocando mais lenha na fogueira.

Mas é Lula quem melhor personifica o inferno de Dilma.

Safo como ninguém, Lula é senhor do bem e anjo do mal. Reúne-se com a afilhada, presta-lhe solidariedade, lhe acarinha o ego. Chegou a defender o ajuste fiscal proposto pela pupila, mesmo se o PT ficasse contra. E o fez na cerimônia de aniversário do partido. Registre-se: uma única, apenas uma vez.

Ao mesmo tempo, estimula a reação petista contra as medidas econômicas do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e incita o exército de Stédile a ir às ruas. Aposta na esquizofrenia de uma tropa comandada - e paga - que carrega cartazes de apoio a Dilma e grita contra o que o governo dela tem de fazer.

E vai além. Depois de cada encontro com a presidente, o ex faz a imprensa saber que Dilma insiste em não ouvi-lo. Uma suposta briga entre os dois, ocorrida no Planalto, ilustra bem isso. Lula teria perdido a paciência, batido os punhos na mesa, gritado, disparado palavrões.

Quer porque quer que o distinto público creia que os desacertos do governo devem-se ao fato de Dilma não seguir os conselhos dele. Que ele, só ele, é a salvação.

É perverso, diabólico.

Pior para Dilma, que nada aprendeu e acha que tudo sabe. Que não tem como quitar a dívida de um pacto que não é para iniciantes, mas que ela contraiu. Que colocou o coisa ruim na roda, admitindo fazer o diabo na hora de eleição.

Esperto e experiente, Lula faz o diabo sempre. E a altíssima conta que o capeta cobra ele empilha nos ombros dos outros.
Herculano
29/03/2015 09:58
ESTA FRASE NÃO É DE NENHUM OPOSICIONISTA E NEM DA MÍDIA GOLPISTA; TODOS ENXERGAM A REALIDADE E NINGUÉM AGUENTA MAIS TANTA INCOERÊNCIA E HIPOCRISIA

"Em vez de aumentar a fiscalização contra a corrupção, o trabalhador é mais uma vez chamado para pagar a conta", do senador Paulo Paim, do Rio Grade do Sul, que ameaça sair do PT por causa do ajuste fiscal.

Mas, ele saboreou as bobagens feitas com dinheiro e a ignorância do povo que pelo voto à base de mágicas e mentiras concedeu poder quase eterno ao PT.
Herculano
29/03/2015 09:54
ACABOU-SE A FESTA DO CARF, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

A Polícia Federal pegou a quadrilha que resolvia litígios tributários do andar de cima na burocracia da Fazenda

Junto com a blitz da Polícia Federal em cima da quadrilha que operava no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf, vem uma boa notícia: ao contrário do que sucedeu na Lava Jato, na qual a Petrobras e as empreiteiras relutavam em colaborar com a investigação, desta vez há centenas de auditores da Receita querendo contar o que sabem, o que provam e o que denunciam há anos.

Através dos tempos e com outros nomes, o Carf é uma espécie de instância especial para grandes vítimas da Receita. Um lambari apanhado na malha fina acha melhor pagar do que discutir. Uma grande empresa recorre e acaba no Carf. Lá, seu recurso é julgado por turmas presididas por servidores da Fazenda e compostas por três outros servidores, mais três representantes do sindicalismo patronal. Nenhum outro país digno de menção tem um sistema semelhante.

No Carf tramitam 105 mil processos com R$ 520 bilhões em autuações contestadas. A porca torce o rabo quando auditores viram consultores e ligam-se a escritórios de advocacia que militam junto ao Conselho. A PF já achou 70 processos com desfechos suspeitos. Nove extinguiram cobranças que iam a R$ 6 bilhões. Se procurarem direito acharão cinco cobranças que valiam R$ 10 bilhões e viraram pó. Na casa de um conselheiro acharam R$ 800 mil em dinheiro vivo. (Há alguns anos, na casa de um auditor da Receita, acharam uma máquina de contar dinheiro.)

O Carf tem uma caixa preta. É impossível obter dele algumas estatísticas simples: quantos recursos são apreciados? Quantos são acolhidos e quantos são rejeitados? Quantos são os recursos aceitos nas faixas de até R$ 10 milhões, R$ 100 milhões e acima de R$ 1 bilhão? Diversas tentativas, até mesmo em pedidos de informações de parlamentares, bateram num muro de silêncio. Quais foram os cinco maiores recursos negados? E os concedidos? Tudo isso pode ser feito sem revelar o nome dos contribuintes. O Ministério da Fazenda informou que "se forem constatados vícios nas decisões" do Conselho "elas serão revistas nos termos da lei". Seria possível o contrário?

Os contubérnios vêm de longe. Durante o mandarinato do doutor Guido Mantega eles foram combatidos e gente séria estima que, se a taxa de malandragens era de 70%, hoje estaria em 30%. Ainda assim, a operação da PF poderá transformar a Lava Jato num trocado. O prejuízo da Viúva pode chegar a algo como R$ 19 bilhões. Enquanto as petrorroubalheiras envolviam obras, essas são exemplos de pura corrupção, com o dinheiro indo do sonegador para o larápio, e mais nada. Uma autuação de R$ 100 milhões era quitada por fora ao preço de R$ 10 milhões.

Nesse tipo de malfeito não há partidos políticos nem doações de campanha, legais ou ilegais. Só há bolsos. Empresas de consultoria e escritórios de advocacia que julgavam ter descoberto o caminho das pedras precisam procurar bons defensores.

RECORDAR É VIVER

Na hora em que a Polícia Federal foi em cima das malandragens praticadas no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, é justo recordar que, nos anos Quinhentos, os índios caetés não comeram só o bispo Pero Fernandes Sardinha. Eles traçaram também o provedor-mor da Fazenda, Antonio Cardoso de Barros, o homem dos impostos.

MUSEU DO MORO

Num benefício lateral da Lava Jato, o juiz Sergio Moro prestou uma colaboração à política nacional de museus.

Faz tempo, primeiro cuida-se da construção do prédio, contratando a empreiteira. Depois, cuida-se do acervo. Disso resulta que no Rio estão sendo construídos dois novos museus, mas o da Cidade está fechado desde 2011.

Moro, que botou empreiteiros na cadeia, apreendeu mais de 200 obras de arte nas casas de maganos (131 só com o petrocomissário Renato Duque). Formou primeiro o acervo.

RENAN E CUNHA

Muita gente boa acha que, no fundo, Renan Calheiros e Eduardo Cunha merecem uma indulgência plenária por estarem azucrinando a vida do PT.

O partido da dupla, o PMDB, blindou o versátil Fernando Baiano para que a CPI da Petrobras não o ouvisse. Ele está na cadeia, acusado de ser o operador do partido na Petrobras.

Renan e Cunha nada poderão fazer por ele junto ao juiz Sergio Moro.

MAUS VENTOS

Um velho marinheiro ensina: "Se você está em alto mar e sente cheiro de bosta de vaca, corra para um porto. No mar não tem vaca, isso é prenúncio de tempestade."

O comissariado petista que estuda a estratégia para a próxima eleição municipal está sentindo cheiro de bosta de vaca.
Herculano
29/03/2015 09:45
A ARTE DE FURTAR O POVO, por Sacha Calmon, para o jornal Correio Braziliense

Desde os romanos pão e circo têm sido a fórmula para angariar o apoio da plebe. Os maquiavéis da esquerda latino-americana, conforme o livro de Vargas Llossa sobre o perfil do perfeito idiota sul-americano, usam a mesma estratégia: acusam os ricos pela situação dos pobres. Passam a lhes dar migalhas para incluí-los numa suposta sociedade solidária. Com a ajuda de parte dos ricos, moralmente desfibrados e corruptos, aparelham o Estado para eternizarem-se no poder. O caso da Petrobras é emblemático. Somos, majoritariamente, um povo humilde, crédulo e desinformado, governado por incompetentes.

A Petrobras, em 12/12/2014, valia R$ 127 bilhões. Hoje, menos até do que o valor de quando Lula chegou ao poder. Entram em cena a má gestão e as opções de modelos de exploração inexequíveis, feitos mais pela ganância estatizante do que pela reflexão criativa. Vários são os motivos, todos por culpa dos governos Lula e Dilma, que abateram a maior empresa de petróleo e gás da América Latina.

Primeiro - Desde a posse de Dilma, no primeiro mandato, com a tese de nova matriz econômica, os preços administrados (tarifas de energia, telefonia, transportes, petróleo, gás e combustíveis) foram comprimidos para não aumentar a inflação causada pelo aumento dos salários acima da produtividade da mão de obra, pela inundação de crédito a juros baixos e pelos gastos imoderados do governo. A Petrobras perdeu R$ 68 bilhões (quebra de caixa) comprando no exterior mais caro e vendendo no país mais barato.

Segundo - Fez investimentos desastrosos em lugares não recomendados, mormente em refinarias, com sobrepreços de R$ 62 bilhões (Pasadena, Rio, Recife).

Terceiro - Com o argumento de incentivar a indústria brasileira, comprou equipamentos e serviços nacionais 30% a 40% mais caros, menos eficientes e entregues em prazo maior do que os de fornecedores no exterior. Cálculos de empresas especializadas indicam atraso na exploração do pré-sal, numa época em que o petróleo estava acima de U$ 120 (hoje está em R$ 50 o barril, a inviabilizar o custo do pré-sal).

Quarto - O modelo de exploração (partilha, com recebimento em óleo e participação obrigatória da Petrobras em 30% em todos os poços) elevou o endividamento da empresa. Com a subida da moeda norte-americana, a Petrobras viu a dívida subir R$ 48 bilhões nos últimos três meses.

Quinto - Durante os últimos cinco anos, foram pouquíssimas as áreas licitadas, impedindo que parceiros nacionais e internacionais se apresentassem nos leilões, perfurassem o fundo do oceano e retirassem mais petróleo e gás, justamente numa época em que o petróleo estava caro e o risco do pré-sal era considerado baixo (as reservas existem). Esses parceiros não se interessam mais em atuar no Brasil. De nada vale ter reservas se não temos dinheiro para investir, nem parceiros, nem preço que compense. O modelo deve mudar ou a Petrobras afunda de vez, a menos que o governo aporte socorro superior a R$ 100 bilhões para saldar dívidas e fazer investimento. Mas, nesse caso, a dívida pública subirá para 70% do PIB e o Brasil perderá o grau de investimento.

Sexto - Falta de gestão e corrupção, dois lados de uma só moeda. Da graça para a desgraça bastaram 12 anos de PT. O custo, ninguém sabe ao certo. Todavia, a dívida da empresa supera R$ 261,45 bilhões, a maior do mundo no setor.

O saudoso Tancredo Neves tinha razão: "Toda vez que o PT teve que escolher entre seus interesses e os do Brasil, escolheu a si próprio". O impedimento da presidente inepta, a ponto de ser tutelada por um Ministro (e que lhe fazia oposição), está na ordem do dia.

O afundamento da Petrobras vem do somatório dos erros políticos, gerenciais e estratégicos dos governos do PT. De um lado distribuem dinheiro a mancheia (Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida), de outro sugam o dinheiro da sociedade. Chamam a isso de corrupção endêmica e institucional. Só para remarcar, a Petrobras nunca foi do povo. Pertence aos acionistas. Quem não tem ação não é proprietário. O seu mal é ser do governo que lhe retira dinheiro em vez de petróleo.

A má gestão da Petrobras piorou depois da Lava-Jato. A corrupção, a que foi para o bolso de terceiros, é uma ninharia. Os contratos revistos é praxe de mercado. A estatal valeu-se do escândalo para não pagar a ninguém. A cadeia econômica do petróleo e gás, sem receber, está sendo destruída (10% do PIB), gerando desemprego e erosão de mais de 230 empresas antes saudáveis.

Enquanto não for privatizada, o país continuará a sofrer. Que se faça como na Noruega, ao menos isso. Cada norueguês é acionista, junto com o governo que administra um fundo soberano. A empresa de exploração de petróleo é administrada por um conselho de experts do setor privado. Se não der lucro, o governo substitui a governança.
Herculano
29/03/2015 09:40
UM TESOUREIRO NO PLANALTO, por Eliane Cantanhede para o jornal O Estado de S. Paulo

A ida de um ex-tesoureiro do PT para a Secretaria de Comunicação da Presidência é um exemplo estridente do isolamento de Dilma Rousseff, enclausurada no PT, sem saída. É duplamente dramático, porque Dilma está fraca, o PT está fraco e um puxa o outro ainda mais para baixo. Típico abraço de afogados, com uma amarga ironia: a única boia à vista é a receita Joaquim Levy - que significa o oposto do que Dilma e o PT pregavam.

Essa nomeação significa que Dilma não está entendendo nada e/ou não dá a menor bola para a opinião pública, cada vez mais irritada com escândalos sem fim. Nada contra a pessoa do afável Edinho Silva, mas a expressão "tesoureiro do PT" remete a Delúbio Soares, preso no mensalão, e a João Vaccari Neto, ainda no cargo e réu na Lava Jato.

E o que se projeta para a Secom? O temor é de manipulação das verbas oficiais de publicidade, que deveriam ser de governo, mas tendem a ser cada vez mais de um partido. Lula, Dilma e o PT sempre culpam a mídia pelas próprias desgraças e, tomara que não, mas podem querer dar uma de Nicolás Maduro na Venezuela e de Cristina Kirchner na Argentina, usando dinheiro público para chantagear empresas de comunicação.

Com estagnação em 2014 (PIB de 0,1%), previsão de recessão em 2015, indústria encolhendo, demissões começando, inflação disparando e falta de perspectiva asfixiando investimentos, cortar publicidade tem ares de vingança cruel. Parece, porém, encontrar simpatia na cúpula petista.

Em recente reunião da bancada do PT na Câmara, presenciada pelo repórter Pedro Venceslau, do Estado, o líder José Guimarães disse que o governo "vive uma sangria" e é preciso "radicalizar, ir para a ofensiva". Para o presidente do partido, Rui Falcão - que é jornalista - o governo tem de restringir a publicidade aos meios de comunicação mais aliados. Ou seja: aos amigos (como os blogueiros sujos, ops!, "independentes"), tudo; à mídia livre, pão e água.

Aliás, que jornalista realmente independente assumiria o cargo neste "caos político", como admitiu a própria Secom? Só um jornalista engajado ou um militante, um soldado, assumiria a comunicação de governo neste momento. É uma missão, é ir para o sacrifício, porque a realidade desmente, dia após dia, a versão de que o derretimento da imagem de Dilma e do partido é "culpa da imprensa".

Milhões de pessoas foram às ruas em 15 de março, e prometem voltar em 12 de abril, não por causa da chamada grande mídia, mas por impulso das redes sociais e pela irritação generalizada com os escândalos bilionários e institucionalizados no governo Lula, com a incompetência do governo Dilma na economia, na política e na gestão e com as mentiras de campanha sobre vacas tossindo.

"Não adianta falar que a inflação está sob controle quando o eleitor vê o preço da gasolina subir 20% ou a sua conta de luz saltar em 33%. Assim como um senador tucano na lista da Lava Jato não altera o fato de que o grosso do escândalo ocorreu na gestão do PT." Quem disse isso não foi a imprensa malvada, foi aquele documento da própria Secom publicado com exclusividade pelo portal Estadão.com.br.

Logo... trocar um jornalista por um tesoureiro do PT e chantagear com verbas publicitárias não vai resolver nada. Não há marketing que faça o PIB crescer, o emprego aparecer, a inflação cair, a conta de luz baixar. Nem que apague o mensalão, o petrolão, os títulos que o Postalis comprou da Venezuela e os bilhões de reais sonegados à Receita a golpes de propina.

Além de paciência, como diria o ministro Jacques Wagner, o ex-tesoureiro Edinho Silva vai precisar muito de... Ah, sei lá.

Educação.
Depois de tantos erros crassos, Dilma acertou com Janine Ribeiro no MEC. Um salto e tanto depois de Cid Gomes na tal "pátria educadora".
Herculano
29/03/2015 09:35
NOVO MINISTRO CRITICA RENAN, CUNHA E O PMDB, por Cláudio Humberto na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

O novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, ex-funcionário do governo Lula entre 2004 e 2008, costuma criticar asperamente o PMDB e seus principais líderes. Durante palestra gravada em vídeo, quando se refere aos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, afirma: "Pelo visto não têm preocupação maior com o País" e lembra que ambos "são acusados de fatos de corrupção grave".

CUNHA É AMEAÇA

Para Renato Janine Ribeiro, é "perigosa" a eleição de Cunha, que "define a pauta" da Câmara. E insiste: "É uma coisa muito grave".

SÓ UM 'CIVILIZADO'

Para o novo ministro, entre os três da linha de sucessão (o vice Michel Temer, Cunha e Renan) o "único na esfera civilizada é Temer".

SOBROU PARA O PT

Renato Janine Ribeiro diz que o PT "era o partido da ética" e concluiu que o partido de Dilma "relaxou no combate à corrupção."

GERENTONA CRITICADA

Para o novo ministro da Educação, no mesmo vídeo, "a presidente não é a mais fácil do mundo em termos de gestão, direção etc."

DILMA ENFURECE RENAN OFERECENDO-LHE A CONAB

No auge da irritação por não ter sido consultado sobre a demissão do ministro Vinícius Lages (Turismo), por ele indicado, para ser substituído pelo ex-deputado Henrique Alves, o presidente do Senado, Renan Calheiros, ficou furioso ao receber por telefone a oferta de Dilma para compensá-lo: indicar o presidente da Conab, empresa pública de abastecimento de alimentos, ligada ao Ministério da Agricultura.

JOGADA

A escolha de Henrique para o cargo de ministro do Turismo objetiva "rachar" o PMDB. A reação de Renan mostra que a jogada deu certo.

PASSOU RECIBO

Irritado, Renan ignorou os insistentes apelos de Henrique Alves por seu "aval". "Para quê? Não precisa, é uma escolha da presidente", disse.

CHANCES REDUZIDAS

O presidente do Senado ficou tão afetado com a desfeita de Dilma que se lançou na luta inglória pela demissão do ministro Gilberto Kassab.

SEMANA NADA SANTA

Alguns dos principais comandantes do PMDB combinaram passar a Semana Santa em Portugal, acertando ponteiros: Renan Calheiros e Eduardo Cunha, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, e o ex-presidente José Sarney. Viajam quinta no jato particular de um deles.

BARRADO NO BAILE

Quando soube que as principais figuras do PMDB planejavam a Semana Santa em Portugal, o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) se ofereceu para ir. Mas não havia mais lugar no avião.

GESTÕES NA CPI

Emissários fazem gestões na CPI do HSBC para evitar a convocação de três senhoras da família Queiroz, donas de empresas de mídia em Fortaleza. Juntas, somavam US$ 83,9 milhões na conta nº 5940 CE do HSBC na Suíça. Não está claro se eram declarados à Receita Federal.

ABRIGO PROVISÓRIO

Com sua sala sob reforma, o deputado desabrigado Ronaldo Lessa (PDT-AL) ocupa o gabinete cedido pelo conterrâneo Renan Calheiros no Anexo I do Senado, vazio desde que assumiu a presidência.

NA PAIXÃO, SEM FARDÃO

O governador Paulo Câmara trocou a posse do pernambucano Evaldo Cabral de Melo na Academia Brasileira de Letras para ir à Paixão de Cristo de Nova Jerusalém com o ministro Vinícius Lages (Turismo).

PEC BARRICHELLO

Ganhou o apelido de "PEC Barrichello", em homenagem à lerdeza do nosso piloto, a proposta de emenda que fixa prazo para Dilma indicar membros do Supremo Tribunal Federal, do STJ e dos TRFs.

COTOVELADAS E TRAIÇÃO

Tucanos como Ricardo Tripoli, Andrea Matarazzo e Bruno Covas trocam cotoveladas pela candidatura do PSDB a prefeito, em 2016. Mas Geraldo Alckmin anda conversando com Marta Suplicy...

IMPOSTÔMETRO

No dia internacional do circo, o impostômetro bateu a marca de R$ 450 bilhões. Com a grana arrecadada em tributos seria possível construir e equipar quase 33 milhões de salas de aula.

FOI A GANÂNCIA

Em reportagem sobre a fragilidade das democracias latinas, a revista britânica The Economist atribui a corrupção na Petrobras à "ganância voraz do PT e aliados".
Aopetistadesconfiado
29/03/2015 09:00
Bom dia

É, o cara nem sempre caga quando faz cagadas , será ?
Ele não quer cagar e nem sair de trás da moita,mas tenta se equilibrar em cima do muro
Não quer dar o braço a torcer à fofocas,mas ...
Mas de cima do muro fica OLHANDO a MARÉ
É, tem puxa saco PeTista que é assim mesmo,pode ter certeza disso
Herculano
29/03/2015 07:24
A VALENTIA DO PMDB TORNA OPOSIÇÃO COADJUVANTE, por Josias de Souza

Ou o PSDB e seus satélites têm uma estratégia capaz de superar o antagonismo de resultados do PMDB ou a oposição condenou-se ao papel de coadjuvante num enredo estrelado pelos investigados Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Hoje, a dupla comanda a tática de fazer Dilma Rousseff "sangrar" pelo tempo que for conveniente.

No momento, se a presidente da República fosse intimada a optar entre os peemedebistas que presidem as duas Casas do Congresso e o líder da oposição brasileira, daria uma resposta fulminante: "Vida longa a Aécio Neves!". E, com isso, ficaria claro que, para Dilma, o aliado da onça é a grande preocupação. O resto virou paisagem.

Aécio até que se esforça. Há dois dias, discursando em Lima, no Peru, chamou de "rudimentar" o pacote fiscal do governo. Mas, como Dilma tomou-lhe de assalto parte da agenda, o rival tucano por vezes parece rodopiar na entrada da grande área como um zagueiro hesitante, que entra de sola pedindo desculpas:

"Joaquim Levy certamente é um homem que comunga de algumas das nossas ideias", disse Aécio na capital peruana. "É um técnico extremamente competente, mas está longe de ter a autonomia necessária para fazer a reforma estruturante que o Brasil precisa."

Simultaneamente, Renan e Cunha, cavalgando a aprovação mixuruca de Dilma - na casa dos 13%, segundo o Datafolha - devam de ombros para a pregação da presidente segundo a qual não há dinheiro em caixa para tirar do papel a lei que renegociou em bases generosas as dívidas de Estados e municípios com a União.

Escorados na ira de governadores e prefeitos endividados, Cunha aprovaria na Câmara, horas depois do chororô de Dilma, um projeto cujo único propósito é o de obrigar o governo a efetivar em 30 dias a renegociação das dívidas estaduais e municipais. A encrenca foi enviada para o Senado. Seria aprovado, também ali, na velocidade de um raio. Porém?

Atendendo às súplicas de um Levy autoconvertido em articulador político de um governo desarticulado, Renan, o magnânimo, adiou para terça-feira a nova humilhação que o PMDB pretende fazer Dilma passar. "De onde eu vou tirar R$ 3 bilhões", indagou o ministro da Fazenda ao presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o petista Delcídio Amaral. A cifra refere-se ao custo anual para o Tesouro do refresco que será servido aos governos estaduais e municipais.

Renan e Cunha levam sobre Aécio uma vantagem inestimável. Eles são os donos da pauta dos plenários do Senado e da Câmara. Calibram os temas a serem votados segundo os seus interesses tóxicos. O oposicionismo de ambos cresce na proporção direta do avanço das investigações do petrolão.

Assim, enquanto as manchetes estiverem monopolizadas pela hemorragia presidencial, a agenda do país vai sendo administrada por um par de anti-mocinhos. Ao perceber que Cunha roubava-lhe centímetros de noticiário, Renan converteu-se num oposicionista de fazer inveja a Luciana Genro, do PSOL.

Juntos, Renan e Cunha capricham na coreografia. Admita-se que falam sério quando defendem, por exemplo, a lipoaspiração da Esplanada, emagrecendo-a de 39 pastas para apenas 20. De saída, o PMDB poderia devolver os seis ministérios que ocupa. Alguns deles, por cenográficos, ficariam de bom tamanho se fossem convertidos em secretarias de outras pastas: o da Aviação e o dos Portos no organograma dos Transportes. O da Pesca na Agricultura. O do Turismo como apêndice da Integração Nacional ou do Desenvolvimento Econômico?

Suprema ironia: cada vez que Renan morde Dilma como cachorro louco há vergonha e remorso na alma de ilustres ocupantes de gabinetes do Palácio do Planalto, que precisam explicar por que pegaram em lanças para reelegê-lo presidente do Senado em fevereiro.

Não foi por falta de informação. O petrolão já havia sido empurrado para o colo de Renan. Tampouco foi por falta de alternativa. O senador catarinense Luiz Henrique, também do majoritário PMDB, ofereceu-se como opção viável. O triunfo de Renan teve muitos cúmplices voluntários ou disfarçados. Os votos decisivos à sua eleição vieram do petismo e adjacências. Com as bênçãos de Dilma e de Lula.
Herculano
29/03/2015 07:20
O ÓBVIO. SÓ O GOVERNADOR RAIMUNDO COLOMBO, PSD, NÃO O EXERGA DESDE A CAMPANHA PRESIDENCIAL. DESAPROVAÇÃO DE DILMA VANA ROUSSEFF É DE 85,1% EM SANTA CATARINA

O conteúdo é do Diário Catarinense, da RBS Florianópolis. Para a maioria dos catarinenses, a avaliação da administração da presidente é negativa e as expectativas para a situação econômica e política do país nos próximos meses não são boas.

No segundo turno das eleições presidenciais, em outubro do ano passado, os catarinenses deram a Dilma Rousseff (PT) o pior resultado proporcional. Passados menos de seis meses, a desaprovação em relação à gestão da petista alcança 85,1% em Santa Catarina.

Os números são da pesquisa realizada pelo Instituto Mapa. O levantamento foi feito com 1.015 pessoas em 26 municípios que abrangem as seis mesorregiões do Estado, entre os dias 17 de 27 de março de 2015. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Na avaliação da administração do governo, 59,3% dos catarinenses responderam que a gestão é péssima e 14% dizem ser ruim. Para 17,7% dos entrevistados o governo é regular. A avaliação positiva se divide entre os 6% que consideram a gestão boa e os 1,9% que entendem ser ótima.

De acordo com o Mapa, 82,3% dos entrevistados não confiam em Dilma e 55,6% acreditam que ela poderia ter feito mais ou muito mais do que fez até agora pelo país. Os que acham que a presidente está fazendo tudo ou mais do que pode somam apenas 7%.

Os catarinenses também se mostram pessimistas quanto ao futuro do país. Para 57,9%, a situação política e econômica do Brasil vai piorar nos próximos meses, contra 23,8% que avaliam que ela permanecerá igual e 16,1% que acreditam que ela vai melhorar.
Herculano
29/03/2015 07:08
CATARINENSE SALVA A ITÁLIA FRENTE A BULGÁRIA NA EUROCOPA. O JORNALISMO DAQUI IGNOROU

O atacante brasileiro Éder, nascido em Lauro Muller, no sul do estado, 28 anos, naturalizado italiano, fez sua estreia pela Azzurra neste sábado e foi decisivo no empate por 2 a 2 da equipe de Antonio Conte contra a Bulgária, em Sofia, pelo grupo H das Eliminatórias para a Eurocopa.

Formado pelo Criciúma e atualmente na Sampdoria, Éder começou a partida no banco de reservas, mas entrou no segundo tempo, na vaga de Zaza, e marcou o segundo gol da Itália, que está na vice-liderança da chave, atrás da Croácia. A convocação de Eder foi fortemente contestada pela imprensa e até por alguns jogadores italianos.
Herculano
29/03/2015 06:47
"MUNDO VÉIO SEM PULIÇA". por Carlos Brickmann

Café da manhã com pão fresquinho, manteiga, jornal. Já foi uma beleza! Hoje, o pãozinho subiu de preço, a manteiga sem pão pode dar ideias perigosas às autoridades (com sal é pior!), o jornal não tem notícias que não sejam de crimes.

Na primeira página, o escândalo da Receita. Nas páginas de Política, a CPI do Petrolão, a CPI dos SwissLeaks, o debate sobre recursos não-contabilizados ocultos nas contas do HSBC suíço. Nas páginas de Economia, empresas que demitem porque, acusadas no Petrolão, não recebem o que lhes é devido (e, ao lado, reportagem sobre a quebra iminente de alguma grande construtora, com muitas demissões). Nas páginas de Investimentos, o enorme déficit do Postalis, o fundo de pensão dos Correios, que acaba de ser jogado nas costas dos segurados. Discute-se a possibilidade de algo semelhante em outros fundos de estatais, e a possível escolha do presidente da Vale para a Presidência do Conselho da Petrobras - embora as duas empresas, uma privada, uma estatal, possam vir a ter interesses conflitantes. Nos artigos, uma pergunta: qual desses é o maior escândalo de corrupção no Brasil, algo que nunca dantes nesse país tenha ocorrido?

Este colunista, que jamais apreciou notícias de crime, vai para o Esporte, para saber do Corinthians. Mas aí acha a empresa alemã que diz ter pago propina para obter contratos na Copa do Brasil. Na área de entretenimento, discute-se o aparelhamento do Ministério da Cultura pelo Fora do Eixo - aquele, do Pablo Capilé.

Há café da manhã que resista? Apesar de tudo, bom dia!

QUESTÃO DE RANKING
O Mensalão era o maior escândalo da História. Mas Mensalão é para os fracos: os malfeitos da Operação Lava-Jato são muito maiores. E o escândalo da Receita dá quase duas Operações Lava-Jato no quesito ladroeira. Não esperem luz no fim do túnel: o cartel do Metrô fez com que o trem que vinha na contramão se atrasasse. E o trem-bala, o que estaria pronto na Copa de 2014, só vai acender os faróis no improvável dia em que Mercadante não quiser sair na foto.

POR QUE ESTE NOME?
Intrigante o nome Zelotes dado pela Polícia Federal à operação na Receita. Os zelotes eram um grupo de judeus cujo objetivo era "zelar pelas Leis de Deus". Lideraram a rebelião judaica contra Roma entre os anos 66 e 70 depois de Cristo, por rejeitar um imperador pagão. Tito, filho do imperador Vespasiano, comandou as tropas romanas, que derrotaram os judeus, exilaram-nos, proibiram sua permanência na Judéia, destruíram o Segundo Templo de Jerusalém, arrasaram a cidade e mudaram seu nome para Aelia Capitolina. Um grupo de zelotes continuou a resistir na montanha fortificada de Massadá. Derrotados, os 960 sobreviventes preferiram o suicídio coletivo à rendição. Essa é a História, como narrada em A Guerra Judaica por Flávio Josefo, duro crítico dos zelotes, a quem responsabilizava pela deflagração de uma guerra que não podiam ganhar.

E que é que isso tem a ver com a ação da Polícia Federal na Receita? Estarão os federais considerando-se os verdadeiros, únicos e rígidos zeladores da Lei?

DEFINIÇÃO DEFINITIVA
Do presidente nacional do PT, Rui Falcão, na última terça-feira, em reunião com sindicalistas ligados ao partido, referindo-se à administração da presidente Dilma Rousseff: "É um Governo de merda, mas é o meu Governo".

Rui Falcão não está sozinho. Há alguns meses, elogiando a professora Maria da Conceição Tavares por sua fidelidade partidária, o ex-presidente Lula lhe atribuiu a seguinte frase: "O PT é uma merda mas é o meu partido. Ele não presta mas é meu".

A professora estava presente ao encontro. Nada desmentiu.

UM POR MÊS
Thomas Traumann, das Comunicações, é o terceiro ministro a cair em três meses do segundo Governo de Dilma. O primeiro foi Marcelo Nery, da Secretaria de Assuntos Estratégicos; substituto, Roberto Mangabeira Unger. O segundo foi Cid Gomes, ministro da Educação; substituto, Renato Janine Ribeiro. E Traumann, o terceiro, será substituído pelo ex-deputado estadual e ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva, do PT paulista, tesoureiro da campanha de Dilma.

FALTOU BRECHT!
Renan Calheiros e Eduardo Cunha, quem diria, conseguiram obrigar a presidente Dilma a cumprir a lei que ela já havia assinado, reduzindo a correção monetária das dívidas de Estados e Municípios com a União. Estão exigindo a redução do número de ministérios de 39 para 20. Querem reduzir ao menos uma parte dos cargos em comissão - aqueles em que o nomeado não precisa prestar concurso.

Em Galileu Galilei, de Bertolt Brecht, o secretário de Galileu, indignado pela submissão do chefe às ordens da Igreja Católica, proclama: "Pobre do povo que não tem heróis". Galileu responde: "Pobre do povo que precisa de heróis".

O grande escritor alemão não podia prever a situação do Brasil. Pobre do povo que, para ter heróis e louvá-los, precisa ter Renan Calheiros e Eduardo Cunha.

ERRO ESSENCIAL
Na coluna anterior, este jornalista errou feio: Clésio Andrade, da CNT, não é vice do petista Fernando Pimentel em Minas. O vice é Antônio Andrade.
Herculano
28/03/2015 20:21
PARA JANINE, LEVY É "ÚNICO MINISTRO INDEMISSÍVEL", por Josias de Souza

Pode-se dizer muita coisa do professor e filósofo Renato Janine Ribeiro, menos que ele seja do tipo que traz as opiniões na coleira. O novo ministro da Educação é dono de avaliações agudas. E não costuma se esquivar de exprimi-las. Ao contrário. Leva-as à vitrine num ritmo frenético, em artigos e entrevistas. Já declarou, por exemplo, o seguinte: "Como o governo da Dilma foi uma decepção do ponto de vista econômico, então, a política que ela está adotando agora é tucana. Com ressalvas, mas é parecida com a dos tucanos."

Para Janine, o titular da pasta da Fazenda, Joaquim Levy, "talvez seja o único ministro indemissível desse governo. Não apenas porque ele é forte. Se ele se demitir, todos saberão que Dilma não apoiou seu projeto de recomposição da economia." Nas atuais circunstâncias, nem os empresários, que talvez preferissem Armínio Fraga - o ministro da Fazenda que Aécio Neves não teve a oportunidade de nomear - , nem mesmo eles apoiam a saída intempestiva de Dilma Rousseff do cargo antes do prazo constitucional de 2018.

Ouça-se Janine: "Se o preço de o Armínio entrar for um processo complicado de impeachment, com manifestações na rua, com contramanifestações, greves? Se o governo for mais à direita pelo fruto de um processo não democrático, como aconteceu no Paraguai e em Honduras, haverá fortes riscos de a sociedade entrar em uma crise séria. Isso não é bom para os empresários."

O Janine retratado nesse texto pode ser encontrado numa conversa publicada há 12 dias na revista Brasileiros. Um detalhe conspirou a favor da franqueza do entrevistado. Àquela altura, Janine, um eleitor não-petista de Dilma Rousseff, ainda não farejava a hipótese de colocar os sapatos na Esplanada dos Ministérios. Aliás, ele não invejava a rotina dos auxiliares de Dilma.

Ouvido pelas repórteres Luiza Villaméa e Márcia Pinheiro, Janine lamentou que Dilma tenha conservado no segundo mandato um hábito do primeiro. "Os ministros continuam tendo as orelhas puxadas cada vez que falam uma coisa de que ela não gosta. Não há autonomia dos ministros." O agora ministro da Educação abriu apenas duas exceções. Além de Joaquim Levy, só Juca Ferreira, o ministro da Cultura, tem "mais autonomia" do que os colegas.

Na opinião de Janine, Levy dispõe de autonomia "justamente por ser quase uma intervenção tucana na economia, um símbolo do descumprimento da promessa de campanha" de Dilma. Quanto a Juca, embora comande uma pasta que o governo considera desimportante, ele "tem força no meio cultural que dá a ele grande autonomia." De resto, como Juca "maneja um orçamento pequeno, comparado com o resto, provavelmente não vai levar puxão de orelha."

Não se sabe que compromissos Dilma assumiu com Janine para convencê-lo a assumir o comando da Educação. Mas não é negligenciável a hipótese de os dois terem trocado ideias sobre orelhas. Janine não ignorava os riscos: noves fora Levy e Juca, "os outros ministros correm o risco de terem a orelha puxada o tempo todo'', disse há 12 dias. "O que torna difícil para eles irem a público. Vão defender o quê? De repente, muda tudo. Defendem o governo e recebem uma correção de cima."

Neste sábado (28), a repórter Joana Cunha revelou um fato que desafia a máxima de Janine. Ela conta que, há quatro dias, o ministro da Fazenda disse, a portas fechadas, que Dilma nem sempre age da maneira mais eficaz. Levy falava para um grupo de ex-alunos da escola de negócios da Universidade de Chicago. Expressando-se em língua inglesa, afirmou:

"Acho que há um desejo genuíno da presidente de acertar as coisas, às vezes, não da maneira mais fácil? Não da maneira mais efetiva, mas há um desejo genuino''. A repórter obteve gravação dos comentários. Em condições normais, Dilma ficaria furiosa. Mas se Janine estiver certo, as orelhas de Levy estão a salvo. Afinal, que presidente ousaria maltratar um ministro "indemissível"?

Num artigo publicado em 5 de janeiro no jornal Valor, Janine já havia esmiuçado a tese da indemissibilidade do ministro da Fazenda. Nesse texto, o novo ministro de Dilma anotara que Joaquim Levy "é tão necessário ao governo Dilma 2.0 quanto Henrique Meirelles foi ao governo Lula 1.0".

Acrescentou: "Doze anos atrás, o banqueiro Meirelles foi o fiador do governo Lula junto ao mercado. Com os anos, deixou de ser indispensável (embora tenha continuado no cargo), porque o patronato adquiriu confiança em Lula. Hoje, Levy é o fiador do segundo governo Dilma junto ao mercado. Ao menos nos próximos anos, se ele demitir-se ou for demitido, serão sérios os riscos para a governabilidade econômica. Isso lhe dá um mandato forte."
Herculano
28/03/2015 19:04
ESTA INGENUIDADE E SINCERIDADE AINDA VAI LHE CUSTAR O CARGO. TIRANA COM ATÉ SEUS SUBORDINADOS MAIS SUBMISSOS, DILMA VANA ROUSSEFF, PT, ESTÁ NO LIMITE COM AS SUCESSIVAS TIRADAS DO MINISTRO DA FAZENDA, JOAQUIM LEVY. AGORA, ELE AFIRMOU QUE A PRESIDENTE, A TODA PODEROSA, NEM SEMPRE AGE DE FORMA EFICAZ, FATO QUE TODOS SABEM DE HÁ MUITO, MAS QUE ELA NEM EM SONHO ADMITE SER OBSERVADA SOB ESTE ÂNGULO

Isto é o que traz o jornal Folha de S. Paulo na edição deste domingo e que já está circulando. O texto é de Joana Cunha. O ministro da Fazenda Joaquim Levy afirmou na última terça-feira (24), em evento a portas fechadas em São Paulo, que, embora seja bem-intencionada, a presidente Dilma Rousseff nem sempre faz as coisas da maneira mais simples e eficaz.

"Acho que há um desejo genuíno da presidente de acertar as coisas, às vezes, não da maneira mais fácil... Não da maneira mais efetiva, mas há um desejo genuíno", disse o ministro, conforme gravação do evento obtida pela Folha.

A declaração -a primeira em que Levy direciona uma crítica especificamente ao nome da presidente em público- foi dada em clima informal a uma plateia de dezenas de ex-alunos da escola de negócios da Universidade de Chicago, instituição onde Levy se graduou Ph.D.

O diálogo ocorreu em inglês, idioma de alguns dos espectadores, e a frase original foi: "I think that there is a genuine desire by the president to get things right, sometimes not the easiest way, but... Not the most effective way, but there is this genuine desire".

O ministro já tinha feito críticas à gestão da presidente nos últimos meses, mas nunca à sua pessoa.

No final do mês passado, quando anunciava novas medidas de seu ajuste fiscal, ele usou expressões duras contra o programa lançado no primeiro mandato para desonerar a folha de pagamento.

Na ocasião, ele disse a jornalistas que as medidas anteriores foram grosseiras, uma "brincadeira" que havia custado caro aos cofres brasileiros e que não tinha gerado resultado equivalente na proteção dos empregos.

Dias depois, recebeu um puxão de orelha da presidente, que disse a jornalistas ter considerado infelizes as declarações do ministro.

APRENDIZADO
Na terça passada (24), o contexto da afirmação foram observações já reiteradas nos últimos meses por Levy sobre a condução da política econômica no primeiro mandato. Ele descreveu o governo como "ciente dos erros cometidos" e em consenso sobre a necessidade de mudanças. Citou um "processo de aprendizado" e disse que há vigilância para evitar novos equívocos.

A pergunta da plateia que levou o ministro a mencionar a presidente abordou as mudanças em curso e a equipe do Fazenda.

Em eventos recentes com empresários, o discurso do ministro em defesa do ajuste fiscal têm passado pelo que ele se refere como erros do passado. Em palestra a executivos de multinacionais há um mês, Levy chegou a dizer que o país deu uma "escorregadazinha" no campo fiscal, mas que a responsabilidade nas contas públicas foi retomada.

O vocabulário usado por ele costuma carregar ironias, como em recente entrevista à Folha, quando defendeu as medidas adotadas fazendo comparação indireta com o regime que fez a presidente perder peso. No evento de terça, fez gargalhar a plateia ao se referir aos congressistas como "novos amigos".
Herculano
28/03/2015 13:39
ENQUANTO O POVO SOFRE COM A INFLAÇÃO E AGORA O DESEMPREGO; ENQUANTO O BRASIL TEM AMEAÇADO O SEU FUTURO PELA POLÍTICA ECONÔMICA ERRÁTICA DO PT, PMDB, PDT, PP, PC do B, PRB, PTB E OUTROS ALIADOS; ENQUANTO OS PEEMEDEBISTAS PRESIDENTES DO SENADO E DA CÂMARA, RENAN CALHEIROS (AL) E EDUARDO CUNHA (RJ) POSAM DE VESTAIS E FIGEM CORTAR NA PRÓPRIA CARNE, A REALIDADE MOSTRA QUE ELES MENTEM, DISSIMULAM E LEVAM MAIS DINHEIRO DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS PARA SE EXERCITAREM NO PODER, CHANTAGEAR E OBTER RESULTADOS PARA O CORPO DE POLÍTICOS, TODOS SOB SUSPEITA DE NOS USAR PARA VANTAGENS INDEVIDAS.

Esta é a manchete do site Contas Abertas: CONGRESSO BAI CUSTAR R$ 1,4 MILHÃO POR DIA EM 2015. REPITO PARA QUE NÃO FIQUE DÚVIDA: R$ 1,4 MILHÃO POR DIA. UAU!

O texto é de Dyelle Menezes e Gabriela Salcedo. Nos últimos quatro meses, o Congresso Nacional contou com o aumento de diversos benefícios para os parlamentares. Os salários subiram 26,6% e chegaram a R$ 33.763,00. Na Câmara dos Deputados também foram elevados gastos com verba de gabinete, auxílio-moradia e cota de atividade parlamentar. O impacto dos ajustes já está no orçamento: o Congresso custará R$ 1,4 milhão a mais por dia em 2015.

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal devem gastar juntos, este ano, R$ 9,3 bilhões, o equivalente a R$ 25,4 milhões por dia, ou pouco mais de R$ 1 milhão por hora. A maior parcela é para a Casa dos deputados, que contará com orçamento de R$ 5,4 bilhões. Já o Senado tem R$ 3,9 bilhões autorizados para despesas.

No ano passado, o orçamento autorizado para as Casas foi de R$ 8,7 bilhões, isto é, R$ 24 milhões por dia. Houve então, uma alta anual de 6,9% na previsão dos dispêndios do Congresso. Sendo que R$ 4,9 bilhões foram orçados para Câmara e R$ 3,7 bilhões para o Senado.

Dessa forma, a maior elevação se deu na Câmara dos Deputados: 8,5% ou R$ 420,7 milhões foram acrescentados ao orçamento do órgão. Grande parcela do aumento se deve aos gastos com salários e benefícios. Cerca de R$ 346,7 milhões foram incorporados ao pagamento de pessoal e encargos.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu que os aumentos apenas corrigem as despesas de acordo com a inflação e não vão significar alta de gastos. "Todo acréscimo será compensado com a redução correspondente em outras despesas que já foram quantificadas e serão cortadas. Se tivesse qualquer aumento de despesa, nós não faríamos", afirmou.

Apesar disso, o orçamento da Casa também prevê elevação nas chamadas "despesas correntes", que devem chegar a R$ 911,3 milhões este ano, contra os R$ 842,8 milhões do exercício passado. Os valores incluem, por exemplo, material de consumo, serviços de terceiros e locação de mão de obra.

No Senado o acréscimo foi menor. As despesas previstas passaram de R$ 3,7 bilhões para R$ 3,9 bilhões, isto é, aumento 3,5%. O aumento também se deu principalmente no pagamento de pessoal e encargos que passou de R$ 3,1 bilhões em 2014 para R$ 3,9 bilhões este ano. As despesas com outras despesas correntes e investimento, no entanto, caíram.

Além dos salários dos parlamentares, os dispêndios com pessoal e encargos incluem o pagamento de 18,7 mil servidores efetivos e comissionados da Câmara e outros 9,3 mil do Senado. Os R$ 7,5 bilhões destinados para esse grupo de despesa representam 80,8% do orçamento do Congresso neste ano.

As despesas, descritas no orçamento aprovado na semana passada pelos parlamentares, ainda compreendem o total de R$ 1,5 bilhão com despesas correntes, R$ 312,2 milhões com investimentos, R$ 980 mil com amortização da dívida e R$ 245 mil com juros e encargos da dívida.

O valor orçado para o ano é semelhante a soma dos dispêndios previstos de três ministérios: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (R$ 3,3 bilhões), do Meio Ambiente (R$ 3,2 bilhões) e da Cultura (R$ 3,3 bilhões).

Aumentos nos gastos

O aumento de gastos no Congresso poderia ser maior. A Câmara chegou a aprovar que deputados e deputadas poderiam comprar passagens aéreas para trazer esposas e maridos para Brasília. Diante da repercussão negativa, o presidente da Câmara decidiu recuar da medida.

No que concerne aos aumentos dos gastos globais das Casas, quase nenhum parlamentar criticou as medidas, mas o deputado Chico Alencar reconhece que vai gerar um desgaste. "A população nos olha já de banda, achando que a gente tem muitas facilidades, e isso só agrega desconfiança. Nós temos hoje, com os valores atuais, condições muito boas de exercer o mandato", diz.

Contrários ao aumento salarial dos parlamentares, os senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) classificaram a medida como inoportuna diante do atual cenário econômico do país.

"Projetos como esse têm um impacto grande nas contas públicas, em razão das vinculações constitucionais. Há muitas incertezas sobre a situação fiscal do Brasil", ponderou o tucano. "Estamos em recessão técnica desde agosto. Talvez fosse mais adequada uma proposta mais condizente com a inflação", apontou Randolfe.
Herculano
28/03/2015 13:27
da série, na falta do que fazer para dar um futuro mais seguro e digno aos cidadãos e cidadãs, os políticos gastam o tempo com bobagens para diversão da plateia como se tudo fosse picadeiro, palhações e circo

USAR APELIDO PARA FALAR DE ARENAS PODE SER PROIBIDO PELA LEI. SAIBA COMO, por Perrone

Você fica irritado quando alguém chama a arena de seu time pelo apelido, ignorando o nome usado pelo clube? Seu problema pode acabar. Isso porque uma das 181 emendas apresentadas para a Medida Provisória que refinancia as dívidas fiscais dos clubes toca nesse ponto. Ela prevê que meios de comunicação sejam obrigados a usar o nome escolhido pelas equipes para as arenas.

Mas se o que tira você do sério é o excesso de jogos de Corinthians e Flamengo na TV aberta, também há esperança. Uma das ideias sugeridas é de que as detentoras dos direitos de transmissão para a TV aberta não possam gastar mais do que 10% das transmissões ao vivo de um campeonato com a mesma equipe. Essa emenda também muda os critérios de divisão das cotas de TV para diminuir a vantagem financeira de Corinthians e Flamengos sobre os rivais.

Há ainda proposta que derruba a limitação de dois mandatos de quatro anos para os presidentes dos clubes que aderirem ao refinanciamento e a obrigatoriedade de que eles só disputem competições de entidades que adotem a mesma rotatividade no poder.

As emendas serão debatidas na Câmara e no Senado. As que forem aprovadas vão ser incorporadas pela Medida Provisória assinada por Dilma Rousseff, que tem 120 dias a partir de sua publicação para ser transformada em lei pelo Congresso Nacional e passar pelo crivo da presidente. Caso não haja aprovação no Congresso, a MP perde a validade.

Conheça 12 emendas apresentadas.

Nome das arenas - O deputado Laércio Oliveira (SD-SE) sugere que as empresas autorizadas a captar, transmitir ou reproduzir imagens dos jogos fiquem obrigadas a respeitar os nomes oficiais de times, campeonatos e praças esportivas (no caso do futebol, os estádios). "O nome da praça esportiva será aquele informado pelo responsável pela administração", determina o texto. Ele deixa claro que a denominação pode ser o nome de um patrocinador, mas não esclarece a punição para quem não cumprir a regra. Essa emenda deve soar como música para o deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP), que perde a linha quando ouve alguém chamar o estádio do Corinthians de Itaquerão.

Cotas de TV - O deputado Mendonça Filho (DEM-PE) pede que a venda dos direitos de transmissão dos campeonatos seja feita de forma coletiva e unificada por meio de uma entidade que represente todos os participantes. Ele vai além e diz como deve ser a divisão do dinheiro pago pela TV aberta: 50% do total será repartido igualmente, 25% de acordo com a classificação na temporada anterior e os 25% restantes conforme a média de audiência no último campeonato disputado. Ele quer ainda que as emissoras de TV aberta sejam proibidas de dedicar mais de 10% do total de transmissão ao vivo num campeonato para a mesma equipe. A emenda ainda prevê que os contratos com as emissoras sejam publicados nos sites das entidades que administram as competições. Em sua justificativa, o deputado cita que alguns clubes recebem da Globo apenas 20,5% do que ganham Corinthians e Flamengo.

Rebaixamento - O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) apresentou emenda que retira da MP o trecho sobre os clubes que aderirem ao refinanciamento só poderem participar de competições que estabeleçam rebaixamento para quem descumprir contrapartidas como pagar salários em dia. Entre outros motivos, ele afirma que rebaixar o time seria punir a torcida, não o dirigente.

Limitação de reeleição - O texto da MP assinada por Dilma diz que os clubes que refinanciarem suas dívidas precisarão impor o limite de dois mandatos de quatro anos cada a seus presidentes. E determina eles que só poderão disputar competições de federações ou da confederação que seguir essa regra. Mas o deputado André Moura (PSC-SE) apresentou emenda que retira essa limitação. Sua sugestão é para que as entidades sejam obrigadas apenas a estabelecer no seu estatuto o período de mandato de seus presidentes, o que já é feito normalmente. Ele justifica a proposta dizendo ser razoável que as entidades determinem o tempo de mandato de seus dirigentes.

Diplomados - O ex-árbitro e deputado federal Evandro Rogério Roman (PSD-PR) apresentou emenda que obriga os clubes participantes do refinanciamento a terem todos os seus atletas com diploma de curso superior ou estudando em qualquer nível.

Cachê ? Outra emenda de Roman prevê que 5% do dinheiro pago pelas emissoras de TV para transmitir os jogos sejam repassados aos árbitros.

Fiscalização ? Emenda do deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) estabelece que o TCU (Tribunal de Contas da União) fiscalize todos os clubes que aderirem ao refinanciamento.

Mais barato - O deputado federal e ex-ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior (PC do B-SP), pede que 10% dos ingressos disponíveis para partidas ou provas sejam vendidos a preços populares. A emenda, porém, não diz como será a definição do valor dessas entradas.

Atletas - A MP estipula a participação de atletas nos colegiados de direção das entidades esportivas e nos colégios eleitorais delas. Mas não foi definida em que quantidade. Emenda do ex-goleiro e deputado federal Danrlei (PSD-RS) prevê que eles terão direito a 10% das vagas. O Bom Senso FC quer o dobro de participação.

De volta ao passado - O deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ) sugere em uma de suas emendas que a MP seja integralmente substituída pela lei que ele relatou e não emplacou no Congresso.

Punição - Se ficar comprovado em processo administrativo ou criminal que houve gestão irregular ou temerária, o dirigente será proibido de ocupar cargos ou desempenhar funções em entidades esportivas por 30 anos. É o que prevê emenda do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI).

Cadeia - Em outra emenda, Fortes institui pena de reclusão de 4 a 12 anos para os dirigentes que forem condenados criminalmente por gestão temerária ou irregular. A pena aumenta em dois terços se, por causa dos atos do cartola, o clube tiver sido rebaixado ou eliminado de competição.
sidnei luis reinert
28/03/2015 12:46
A OEA, órgão do Foro de São Paulo

Atenção: QUALQUER concessão ao cucanato, por mínima que seja, é suicídio. O comprometimento das estrelas máximas do PSDB com o esquema do Foro de São Paulo é antigo e profundo. Leiam este meu artigo de 2009 e compreenderão isso com clareza máxima. Pode-se aceitar o apoio de cucanos nas manifestações, COM A CONDIÇÃO DE QUE OCUPEM UM DISCRETO SEGUNDO PLANO e entrem de cabeça baixa com ar de arrependimento no rosto. Qualquer tentativa cucana de se apropriar dos protestos e manipulá-los, venha de onde vier, será aqui denunciada implacavelmente.
http://www.olavodecarvalho.org/semana/090720dc.html

De Olavo de Carvalho:
Diário do Comércio, 20 de julho de 2009

A teoria de que o think tank democrata ?Diálogo Interamericano? controla o Foro de São Paulo foi lançada pelo meu amigo José Carlos Graça Wagner no começo dos anos 90, uma época em que ninguém no Brasil ? muito menos ele próprio ? tinha uma visão clara do esquema globalista em ação nos EUA. O dr. Wagner foi o pioneiro nas investigações sobre o Foro de São Paulo, mas tão longe da realidade ele estava quanto a esse ponto em particular, que interpretava as ações do Diálogo em termos do interesse nacional dos EUA, acreditando que o apoio dado por aquela entidade à esquerda latino-americana visava a conter o fluxo da imigração ilegal que ameaçava a segurança interna daquele país. Transcorrida uma década e meia de apoio constante da esquerda democrata à abertura das fronteiras para os ilegais, essa hipótese deve ser considerada apenas um erro já longamente superado. Desenterrá-la é deixar-se hipnotizar por um fantasma.

Que houve colaboração entre o Diálogo e o Foro, não se pode negar. Pelo menos um encontro discreto entre representantes das duas entidades aconteceu em maio de 1993. O fato foi completamente ocultado pela grande mídia norte-americana e só saiu na edição cubana do Granma no dia 5 daquele mês. Como no ano passado eu recebesse dos arquivos do Dr. Graça Wagner um recorte parcial da matéria, pedi que um assistente meu buscasse o texto integral na Biblioteca do Congresso. A coleção completa do Granma estava lá: só faltava a edição de 5 de maio de 1993. A mesma lacuna observou-se em várias outras bibliotecas, alimentadas por aquele organismo central. Coincidência ou não, a então diretora da seção latino-americana da Biblioteca do Congresso era a mesma pessoa que havia organizado o encontro entre o Diálogo e o Foro quinze anos antes.

Por mais comprometedor que seja esse episódio, não se deve exagerar a sua importância, porque depois dele aconteceram tantos outros contatos diretos entre agentes globalistas de maior porte e representantes do Foro de São Paulo, e até mesmo das Farc, que as conversações de 1993 não podem ser vistas, hoje, senão como o vago começo de um flerte que já se estabilizou como casamento faz muito tempo. Mais ainda, esses contatos envolveram membros do CFR, Council on Foreign Relations, entidade todo-poderosa da qual o Diálogo Interamericano não passa de uma subestação retransmissora. Expliquei isso em artigo aqui publicado em 5 de junho de 2006.

Longe de representar uma expressão do poderio nacional americano (embora se utilize dele para seus próprios fins), o esquema globalista que protege a esquerda radical e o narcotráfico na América Latina tem o propósito declarado de quebrar a hegemonia dos EUA, facilitando a transformação da ONU em governo mundial. A eleição de Barack Obama, forçada por meio do controle absoluto dos meios de comunicação, que privou o eleitorado de informações essenciais sobre um candidato suspeitíssimo no qual jamais votaria se soubesse quem ele era, foi uma etapa importante do processo. Todas as medidas tomadas pelo presidente desde sua posse são perfeitamente coerentes com os objetivos de seus mentores: debilitar militarmente os EUA, destruir a economia nacional por meio do gasto público desenfreado e da inflação, desmantelar a resistência nacionalista (especialmente a direita religiosa), isolar Israel, favorecer a ascensão islâmica e proteger por todos os meios, inclusive os mais obviamente imorais, a esquerda radical na América Latina. Nunca um presidente norte-americano, com a modesta exceção de Jimmy Carter, foi tão coerentemente inimigo do seu país.

Sua mais recente iniciativa nesse sentido não poderia ser mais clara: condenando Honduras numa seção em que a parte acusada não teve o menor direito de defesa, a OEA consolidou-se como escritório de advocacia a serviço do castrochavismo, do narcotráfico e de tudo o que pode existir de mais anti-americano ao Sul do Rio Grande.

Mais realista do que os tagarelas iluminados da nossa mídia, ainda e sempre empenhados em camuflar as ações do Foro de São Paulo sob toneladas de desconversas anestésicas, a imprensa de Honduras foi direto ao ponto: informou que, pelos bons préstimos de Barack Obama, o Foro de São Paulo assumiu o controle da OEA.

Herculano
28/03/2015 10:58
A RBS É SUSPEITA DE PAGAR 1 NO ESQUEMA DE AUDITORES PARA TER O PERDÃO DE DEZ EM TRIBUTOS

A RBS, um dos principais grupos de mídia do País e afiliada da Rede Globo na Região Sul, é um dos alvos da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que apura desvios de R$ 19 bilhões, em impostos.

Segundo reportagem de Andreza Matais e Fábio Fabrini, publicada neste sábado no jornal Estado de S. Paulo, o grupo, presidido Eduardo Sirotsky, pagou R$ 15 milhões para obter um benefício fiscal de R$ 150 milhões ? ou seja, uma relação de um para dez. Ao todo, os débitos fiscais da RBS somariam R$ 672 milhões. A empresa, no entanto, afirmou não haver "qualquer irregularidade" em suas relações com a Receita Federal.

Em sua página na internet, o grupo RBS diz seguir o mais elevados padrões de governança corporativa. Leia abaixo:

Empresa de controle familiar, o Grupo RBS desde muito cedo reconhece a relevância e desenvolve sua governança corporativa, seguindo os princípios da transparência e orientado pelas melhores práticas. A governança da RBS é estruturada a partir da interação harmônica entre os três círculos: propriedade, família e empresa. Como reconhecimento, recebeu os prêmios do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa 2006 ? Empresa não listada e The Family Business Management Excellence Award (agosto de 2007), do Owner Management Business Institute. O Conselho de Administração do Grupo RBS é integrado por 11 membros, sendo cinco deles independentes. O CAD acompanha a execução das políticas por ele estabelecidas, é responsável pela definição da estratégia de longo prazo do Grupo e pelas decisões envolvendo assuntos relevantes para os negócios e operações. A gestão do Grupo RBS é exercida pela Diretoria Executiva, composta de 9 membros.
Herculano
28/03/2015 09:09
DESORGANIZADOS E ARROGANTES

O PT e a prefeitura de Gaspar reclamam de que as obras que estão inaugurando para comemorar os 81 anos de emancipação não ganham as manchetes dos jornais locais e regionais (?).

1. Obras? Hum!

2. Mas, os jornais só são vistos como importantes quando ignoram a propaganda que se quer de graça ou quando apontam erros, dúvidas, incoerências e falácias.

3. Deviam se dar por satisfeitos (PT e a administração petista, ou outro político qualquer no poder) por não terem os jornais feito o que deveriam ter feito: apontar as incoerências (esta coluna não vem se furtando a tal e nem mudará).

4. A melhor propaganda é a presença do público. Então deve-se culpar o público, inclusive o beneficiado pelas tais obras, ausente destas inaugurações e até encenações (os espetáculos mal arranjados e promovidos, mas de custo certo para todos os gasparenses).

5. Culpar os outros é fácil. Até a assessoria de comunicação esteve ausente de atos oficiais e do calendário. Se ela é que paga, é da máquina de moer verdades e realidades se omite por preguiça, por falta de agenda e compromisso, qual a razão de exigir dos outros?

6. Está na hora dos políticos e gestores públicos compreenderem de que a imprensa (e os jornais daqui) não foi feita para andar de joelho e mendigando, refém das mirradas verbas públicas. Quanto mais sacaneiam e insistem na troca, mais fortalecem o senso crítico. E isto é bom para todos: os veículos que buscam alternativas de sobrevivência, se encorajam na independência e a sociedade que tem um noticiário mais saudável, independente e crítico.

7. É pai Cerço. Este discurso só pega em velho (e olhe lá, pois muitos me dizem que pela idade não vale a pena mais brigar e sim aproveitar) que nem vota mais, ou em analfabetos, ignorantes, desinformados que precisam ser emprenhados pelos ouvidos naquelas entrevistas sem perguntas das rádios.

8. No ano que vem, abre-se os cofres e as exigências heterodoxas para salvar o mundo e a pele da companheirada sem emprego, jogando com a memória curta de todos, principalmente dos eleitores. Pois o ex-assessor do PT daqui e hoje prefeito de Brusque, Paulo Roberto Eccel, usou esta fórmula e está sendo cassado. Acorda, Gaspar!
Herculano
28/03/2015 06:58
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

Piada Pronta: "Babalorixá foi ao Planalto alertar a presidente Dilma: 'Eduardo Cunha é a besta'".

Grande novidade! Descobriu a pólvora! Rarará!

E atenção! A Dilma acordou de TPMDB! PMDB quer dizer Partido que Manda na Dilma e no Brasil!

Como disse o outro: para que pedir impeachment se o PMDB é quem manda? PMDB: Papai Me Descola uma Boquinha!

O PMDB quer 29 ministérios, 300 toalhas brancas, champanhe no camarim e a bancada do "Jornal Nacional". Rarará.

Não vai ter mais o Tio Bonner e a Renata Vasconcellos. A bancada do "Jornal Nacional" vai ser com o Cunha e o Renan. Rarará! Cunha Rei do Osso e Renan Escandalheiros!

E já imaginou a Granda Chefa Toura Sentada Dilma de TPMDB? Credo! Medo! Me Mate um Bode! Rarará!
Herculano
28/03/2015 06:55
O FIM DO IMPOSTO SINDICAL? PODE SER, SE A REPÚBLICA NÃO FOSSE SINDICAL

O deputado federal Rogério Peninha Mendonça, PMDB, apresentou projeto para acabar com a contribuição sindical obrigatória - aquela taxa anual equivalente a um dia de trabalho remetida ao sindicato específico. O peemedebista alega que a Constituição de 1988 desobrigou a filiação às entidades.


- Essa questão onera milhões de brasileiros, mas também é extremamente danosa para o movimento sindical, composto por milhares de entidades fracas, acomodadas e sem representatividade - afirmou na tribuna.

Ele está certíssimo. Mas, triplicar o Fundo Partidário, "roubando" verbas da Saúde, Educação, Segurança, Obras para a farra dos políticos, convenhamos, não difere muito do que se quer acabar no aparelho sindical.
Herculano
28/03/2015 06:46
DESALENTO, por Igor Gielow para o jornal Folha de S.Paulo

A divulgação dos números do PIB mostram um quadro que seria desalentador por si só, mas que ganha aspecto de tragédia para um governo de continuidade que não conseguiu começar, passados cinco meses de sua reeleição.

O cenário é desesperador porque todas as fichas estão colocadas no ajuste fiscal de Joaquim Levy, última linha de defesa para tentar atravessar o desastre previsto para 2015 e, cada dia mais, também 2016.

Só que não estamos em 2003, quando uma grande dificuldade econômica, de resto menor em variáveis do que a atual, encontrava um governo forte e respaldado para tocar a correção de rumo.

Dilma está naquela situação do time que precisa de uma combinação de resultados, e não apenas de seus próprios gols, para evitar o rebaixamento no campeonato.

O Planalto precisa do PMDB parlamentar se quiser evitar a aprovação de mais dificuldades econômicas pelo Congresso. Depende do "aliado" (aspas compulsórias) para, na mão contrária, aprovar medidas impopulares - algo cada vez mais ilusório. Necessita também encontrar um discurso para ruas cada vez mais inquietas, outra improbabilidade.

O que o governo faz? Compra brigas. Ora incentiva o partido do Kassab, irritando o PMDB, ora vê o PT derrubar ministro para tentar impor sua agenda belicista contra a "mídia golpista" (mais aspas exigidas), como se isso tivesse de fato algo a ver com as multidões do 15 de março.

Falando nelas, o garrote na vida real se apresenta. Os indicadores de renda e emprego se unem à inflação rediviva no rol de ruínas da gestão Dilma-1, corroendo, como de resto todas as pesquisas mostram, sua popularidade não só entre os ricos e brancos demonizados pelo PT.

A resultante é que não há solução política à vista, e a esgarçadura do tecido econômico jogou no colo do ajuste de Levy toda a responsabilidade por uma saída. A coisa está feia.
Herculano
28/03/2015 06:43
CALOTE: GOVERNO NÃO PAGOU HELICÓPTERO DE DILMA, por Claudio Humberto na coluna que publica hoje nos jornais brasileiros

O descontrole nos gastos do governo Dilma fez o Brasil aplicar calote de R$ 455 milhões na Helibrás, subsidiária da francesa Eurocopter, na aquisição de 50 helicópteros, em 2008. Um desses helicópteros é utilizado para o transporte da presidente Dilma, em Brasília. O valor do calote equivale a 35% dos R$ 1,29 bilhão que deveriam ter sido pagos em 2014, e começa a complicar futuros acordos com outros países.

Dívida vai aumentar
A dívida entrou em "restos a pagar", mas, com o ajuste, a França pode esperar um novo calote da parcela de 2015 no valor de R$540 milhões.

'Coisa do Jobim'
Após desdenhar do contrato dos helicópteros ("é coisa do Jobim"), o Ministério da Defesa culpou o contingenciamento de 2014.

Fama de mau pagador
Recentemente, o Brasil perdeu o direito a voto no Tribunal Penal Internacional devido às dívidas com a Organização das Nações Unidas.

No Serasa da ONU
Há relatórios da ONU que demonstram que o Brasil é conhecido mau pagador por lá. Está inadimplente desde 2009 com as missões de paz.

Dilma sofreu para confirmar Alves no ministério
Foi difícil para Dilma aceitar a nomeação do ex-deputado Henrique Eduardo Alves para o Ministério do Turismo. Ela o detesta, e não é de hoje, mas teve de ceder à pressão do PMDB, conduzida pelo vice Michel Temer, como gesto de "boa vontade" em relação ao deputado Eduardo Cunha. O presidente da Câmara tratava a nomeação de Henrique Alves para o ministério como uma "questão de honra".

Bambolê
Dilma não gosta de Henrique desde quando, líder do PMDB, enviou à então ministra um bambolê para ajudá-la a "ganhar jogo de cintura".

Orçamento raquítico
Dilma cedeu, mas deu a Henrique Alves o Turismo, com orçamento de R$ 523 milhões, dez vezes menos que os R$ 5,9 bilhões da Integração.

Preferia o outro
Henrique sonha com o Ministério da Integração porque seu pai, Aloisio Alves, ocupou o mesmo cargo. Mas se chamava Integração Regional.

Modelo FHC
A solução proposta por Lula para Dilma se livrar de Aloízio Mercadante (Casa Civil), fazendo dele embaixador no exterior, segue o modelo FHC: para se livrar do ex-presidente Itamar Franco, Fernando Henrique o despachou para longínquas (e confortáveis) embaixadas.

A reação de Cid
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ganhou página no Facebook pedindo sua saída. "Eu exijo a renúncia de Eduardo Cunha" tem 24 mil seguidores. Organizadores o chamam de "Achacador da República".

Dia do fico
A senadora Ana Amélia desistiu da ideia de mudar de partido. Segundo ela, os gaúchos não aceitam infidelidade partidária. No Rio Grande do Sul, o PP conta com 230 mil filiados. "Precisamos preservá-los", diz.

Fora, PT
O deputado Domingos Sávio (MG) aposta no desgaste de Dilma para apear o PT do governo de Minas. Seu projeto é assumir a presidência do PSDB em Minas para liderar a eleição de 150 prefeitos, em 2016.

Biodiversidade
O projeto de lei que institui novo marco legal da biodiversidade põe, outra vez, empresários e ambientalistas em campos opostos. O relator Jorge Viana (PT-AC) defende uso sustentável da biodiversidade.

De pai para filho
Durante votação, esta semana, o senador tucano Cássio Cunha Lima (PB) foi ao plenário da Câmara afinar posição com o filho, deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB). Conversaram uns 30 minutos.

A gente somos inútilll
O ministro Helder Barbalho (Pesca) passou por saia justa no Senado ao apresentar as metas da pasta para 2015. Ouviu a conclusão dos senadores: sua pasta deveria ser um setor do ministério da Agricultura.

Fim dos partidos
O Congresso triplicou o fundo partidário, que em 2014 afanou meio bilhão de reais do contribuinte. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) quer os partidos financiados por simpatizantes, não pelo fundo.

Como Herodes
Ao ler que ministros entregaram o pacote anticorrupção a Renan, o jornalista Carlos Brickmann não perdeu a piada: "Agora só lhes falta entregar a Herodes o plano nacional de cuidados com a infância."
Herculano
28/03/2015 06:36
ANO PERDIDO. ECONOMIA PARA, E DILMA TEM PIB MAIS FRACO DESDE COLLOR.

Crescimento foi de 0,1% em 2014 e de 2,1% na média do primeiro mandato. Investimento desaba, consumo esfria e renda encolhe, pondo fim à política econômica iniciada em 2009, resumem Gustavo Patu e Pedro Soares do Rio de Janeiro para o jornal Folha de S.Paulo

Com derrocada dos investimentos e desânimo no consumo, os brasileiros ficaram mais pobres no ano passado, o que pôs fim à política econômica iniciada em 2009.

Dados divulgados nesta sexta-feira (27) mostram que o Produto Interno Bruto, a medida da produção e da renda do país, cresceu apenas 0,1% em 2014.

Insuficiente até para acompanhar o aumento da população, a taxa significa uma queda de 0,7% na renda nacional média por habitante, que ficou em R$ 27.229 - ou R$ 2.269 mensais.

Os dados mostram uma retração aguda dos investimentos, ou seja, dos gastos de empresas e governos em obras de infraestrutura e compras de equipamentos destinados a ampliar a capacidade de produção. A queda, de 4,4%, foi a maior em 15 anos.

O consumo das famílias, esteio da economia e evidência da ascensão social nos anos Lula, perdeu ritmo pelo quarto ano consecutivo e cresceu apenas 0,9%, ante taxas acima de 6% comuns na década passada.

A queda ajuda a entender por que a política de expansão de gastos públicos, desonerações tributárias e crédito subsidiado deu lugar a um ajuste fiscal ortodoxo no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

Iniciada há seis anos para enfrentar a crise global, a estratégia desenvolvimentista teve sucesso inicial e foi decisiva na primeira eleição de Dilma. Os resultados, porém, foram declinantes.

Rombos crescentes nas contas do governo alimentaram a dívida pública e a inflação, contida artificialmente com o controle de tarifas, o que comprometeu o caixa das empresas estatais.

Mesmo com uma revisão para cima dos resultados do PIB promovida pelo IBGE, o crescimento médio anual no governo da petista não passou de 2,1%, o pior desde as recessões dos anos Collor.

No papel, o resultado de 2014, acima de zero, foi melhor que o de 2009, quando o PIB encolheu 0,2%. Aquele ano, porém, diferentemente do ano passado, foi encerrado com a economia em franca recuperação.

Os investimentos seguiram em baixa, agora acompanhados das despesas do governo após as eleições. No resto do mundo, os preços dos produtos primários, exportados pelo país, desabaram.

Em reflexo da demanda escassa, a produção conjunta de indústria, serviços e agropecuária teve expansão de apenas 0,3% no trimestre.
Herculano
28/03/2015 06:31
DILMA FAZ OPÇÃO POR SE DISTANCIAR AINDA MAIS DA POPULAÇÃO E ESCOLHE PARA A COMUNICAÇÃO SOCIAL QUADRO DO PT QUE TACHA A VOZ DAS RUAS DE GOLPISTA, FAZ ELOGIO INDIRETO DO BOLIVARIANISMO E QUE É CITADO EM MANUSCRITO DE EMPREITEIRO EM SITUAÇÃO NADA CONFORTÁVEL, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Era ruim? Vai ficar pior. A suspeita que aqui se levantou de que Thomas Traumann, secretário de Comunicação Social, caíra por maus motivos se cumpriu. Os tais blogs sujos estão soltando rojões. Ouve-se daqui o espocar do champanhe. Os petistas fazem o Baile da Ilha Fiscal. A presidente Dilma Rousseff nomeou para o lugar de Traumann ninguém menos do que Edinho Silva. O homem já foi prefeito de Araraquara duas vezes, deputado estadual e presidente do PT no Estado de São Paulo. Na campanha de 2014, foi o coordenador financeiro da campanha de Dilma. Coordenador financeiro é o nome que se dá para o "tesoureiro".

Traumann caiu depois que alguém vazou um documento da Secom, provavelmente de sua autoria, em que se diz que o país vive um caos político, apontando erros na comunicação do governo com a sociedade. Mas isso não tinha importância nenhuma. O que havia de realmente importante lá?
1 ? admitia-se o uso dos blogs sujos para atacar os adversários do governo. Lá se dizia que o Planalto fornece "munição" para ser "disparada" por "soldados de fora". Chega-se a falar em guerrilha da comunicação;
2 ? prega-se que o governo use o dinheiro de publicidade para alavancar a popularidade de Haddad em São Paulo;
3 ? defende-se que estruturas do estado, como voz do Brasil e Agência Brasil, sejam postas a serviço do mandato de Dilma, sob uma coordenação única, que incluiria instrumentos de comunicação do próprio PT.

É claro que o secretário deveria ter caído por essas três coisas. Mas agora fica claro que não! Ou Dilma não teria escolhido para o seu lugar um quadro do partido. Ou por outra: todos os absurdos defendidos no documento certamente serão postos em prática com ainda mais determinação por Edinho Silva.

Por suas mãos vai passar a bilionária verba publicitária que junta as contas da administração direta com as das estatais. O documento da Secom, na prática, admite que essa estrutura está servindo para premiar aliados na imprensa e na subimprensa - e, por óbvio, para punir os que não aceitam escrever ou falar de joelhos.

Pior: Dilma nomeia um secretário, com status de ministro, que já surge como candidato a depor na CPI. Por que digo isso? Ricardo Pessoa, dono da UTC, que está preso, deixou para a história um manuscrito. Lá está escrito, prestem atenção:
"Edinho Silva está preocupadíssimo. Todas as empreiteiras acusadas de esquema criminoso da Operação Lava-Jato doaram para a campanha de Dilma. Será que falarão sobre vinculação campanha x obras da Petrobras?".

Há mais. Tivesse fechado o acordo de delação premiada - que não saiu, e ninguém sabe por quê -, Pessoa estaria disposto, segundo informou reportagem da VEJA, a contar que doou R$ 30 milhões não contabilizados para o PT no ano passado. Desse total, R$ 10 milhões teriam ido para a campanha de Dilma.

A nomeação indica que a presidente está perdida e fez a opção por se distanciar ainda mais da esmagadora maioria da população brasileira. Edinho certamente foi considerado especialmente qualificado para o cargo porque, em documento recente, afirmou que as manifestações de rua são coisa da elite golpista. E ainda aproveitou para fazer um elogio indireto ao bolivarianismo. Segundo o homem, é preciso combater a "direita" em todo o continente.

Se Dilma tivesse juízo, teria escolhido um técnico para a secretaria de Comunicação Social, que contasse com o apoio também do PMDB. Afinal, trata-se de um órgão da Presidência, não do partido. Mas o que se pode fazer? Fica valendo o adágio latino: "Quos volunt di perdere, dementant prius". Em bom português: "Os deuses primeiro tiram o juízo daqueles a quem querem destruir".
Herculano
28/03/2015 06:25
da série; os blogs pagos pelo governo comemoraram

EDINHO É A PONTE ENTRE O PRESENTE E O FUTURO DO PT, por Tereza Cruvinel, ex-presidente da EBC - Empresa Brasil de Comunicações - a que reúne os veículos oficiais de comunicação do governo, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, PT.

Comunicação nunca foi uma matéria de grande interesse para a presidente Dilma Rousseff. Enquanto ela navegava na alta popularidade, pôde prescindir de uma política de comunicação arrojada, que lhe tem feito muita falta agora, no tempo das vacas magras. A escolha de Edinho Silva para chefiar a SECOM, fugindo do script tradicional, tem tudo para ser um acerto.

O requisito fundamental de um bom ministro-chefe da SECOM não é ser jornalista, ter boas relações com os coleguinhas ou trânsito com os donos da mídia. Conhecer os aspectos específicos é importante, mas essencial é a capacidade para fazer a leitura correta dos fatos políticos, perceber para onde o vento sopra e desfrutar da confiança do titular da Presidência, inclusive para falar pelo governo sem ter podido consultá-lo. Como fazia Franklin Martins no segundo governo Lula, para não recuar muito. Ou Fernando Cesar Mesquita no governo Sarney, recuando um pouco mais. Não adianta ter ali um repetidor do que disse o (a) presidente.

A Secom também exige capacidade de gestão, pois não se limita à Secretaria de Imprensa, nela incluída agora a alimentação das redes sociais, e à atividade de porta-voz. A ela estão vinculados os setores de publicidade oficial (com verbas que alcançam os R$ 200 milhões), o departamento de pesquisas e a EBC ? Empresa Brasil de Comunicação, responsável por serviços de comunicação governamental e por canais de comunicação pública. O projeto segue em construção e precisa ser fortalecido.

O que a mídia destacou até agora na escolha de Edinho Silva foi o fato de ele ter sido tesoureiro da campanha de Dilma no ano passado. Isso já passou e as contas foram aprovadas. Então, há zero de relação entre uma coisa e outra. Ele foi escolhido por um conjunto de atributos, não por isso.

Afora ter familiaridade com o tema da comunicação e compreender os desafios que o governo tem nesta área, Edinho Silva é uma liderança interna importante no PT. É da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), a mesma de Lula, que foi excluída do núcleo palaciano com a saída de Gilberto Carvalho. Ele fortalece o vínculo entre Dilma e o partido, nesta hora em que ela só pode contar mesmo com o PT - vide o que tem feito o PMDB e o descompromisso da maioria dos partidos da base. Sua presença no governo também funcionará como uma espécie de ponte entre a era Dilma e o futuro do projeto petista, com uma candidatura de Lula em 2018. Ele tem a confiança dos dois.

O novo ministro obviamente terá um secretário de imprensa para cuidar das relações imediatas com os jornalistas e um secretário-executivo para tocar a burocracia da Secom. E com isso estará mais livre para agregar conteúdo político à comunicação do governo, que sob Dilma foi tímida e equivocada. Muito provavelmente, tal como Gushiken e Franklin, Edinho terá assento nas reuniões de coordenação política.

Muito foi dito também sobre pressões do PT para que veículos alinhados com o governo sejam melhor contemplados com verbas publicitárias, mas este não é o ponto central. Obviamente qualquer governo deve levar em conta, na distribuição das verbas, os indicadores de audiência, circulação e acesso dos veículos mas não pode submeter-se exclusivamente a eles. Quando faz isso, alegando estar praticando a "mídia técnica", está apenas mantendo ou aprofundando as assemetrias existentes, ao invés de estimular o pluralismo, um nutriente da democracia.

Por fim, Dilma deixou de errar também a fazer rapidamente a escolha. Na Secom, uma interinidade prolongada, como outras que estão por aí, seria fatal para um governo que enfrenta adversidades de toda ordem o tempo todo.
Herculano
28/03/2015 06:15
TEXTO ESCRITO POR NOVO SECRETÁRIO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL RECONEHCE COMUNICAÇÃO FALHA DO GOVERNO E "CONTRADIÇÕES" DO AJUSTE FISCAL, por Lauro Jardim, de Veja

Duas semanas antes de ser nomeado ministro-chefe da Secom, Edinho Silva, produziu um documento interno para ser discutido numa reunião de cúpula do PT comandada por Lula.

No texto, Edinho reconhecia que o partido perdera "o embate da comunicação", que o ajuste fiscal "expressa as contradições entre discurso, eleições e prática" e propugnava: "sem oferecer munições para o nosso exército é impossível aglutinarmos forças".

O que será central na ação de Edinho à frente da Secom? O texto dá pistas: "No século XXI, é impossível falar em comunicação sem ter as redes sociais como prioridade".
Herculano
28/03/2015 06:11
BUSCANDO A SAÍDA, por Carlos Brickmann

A pesquisa da CNT-MDA mostra em números a queda do prestígio do Governo Federal (e lembremos: El Supremo da Confederação Nacional dos Transportes, Clésio Andrade, PMDB, é ligadíssimo ao PT, vice do governador petista de Minas, Fernando Pimentel). Dilma tem 10,8% de aprovação, 65% de rejeição - Collor, ao cair, tinha 68%. O desempenho pessoal de Dilma, que em setembro era positivo para 52,5%, caiu para 19% - contra 78% que o desaprovaram.

Não são só as pesquisas. Dilma tem problemas com os aliados, incluindo o maior de todos, o PMDB; é contestada no seu PT. E ainda o tesoureiro do partido virou réu no processo do Petrolão. É difícil, mas se a campanha do PT recebeu dinheiro ilegal, Dilma pode perder o mandato sem impeachment. Qual a saída?

Dilma acaba de recorrer à sua maior arma: Lula, o político de maior prestígio, popularidade e habilidade do PT, foi chamado a Brasília. Ao contrário de Dilma, Lula conversa com todos e procura atrai-los, sem agressões. Pode ser a grande saída (Lula sabe como buscar de volta apoios como o do PMDB), se as fraturas provocadas pela arrogância de Dilma forem curáveis. Mas o problema maior não são os aliados, que com esses Lula conversa: é a própria Dilma, que se afastou dos políticos mais ligados a Lula e fez que não ouviu as sugestões de seu criador. Por exemplo, Dilma escolheu Joaquim Levy, com quem não tem qualquer afinidade, só para rejeitar Henrique Meirelles, o preferido de Lula.

Mas a bola está com ela: ou ouve Lula ou mantém sua popularidade em curva descendenta.

SEM DIPLOMA

A entrada de mais um tesoureiro do PT no mundo dos réus levanta a hipótese de financiamento ilegal de campanha (quem o dirá é a Justiça). No caso, haveria a cassação automática do diploma de Dilma e do vice Michel Temer, eleitos em conjunto. A decisão não é tão automática assim, há fatores políticos a ser levados em conta, a hipótese é remota.

Mas existe e é outro problema a ser encarado.

O FUNDO DO POÇO

Lembra daqueles ótimos fundos de pensão de estatais, que garantiriam a seus funcionários uma aposentadoria decente? Pois é: o Postalis, fundo de pensão do Correio, apresenta déficit de R$ 5,6 bilhões. E o buraco será tapado como de costume: aposentados e pensionistas terão os salários reduzidos em 26% pelos próximos 15 anos. O Correio deve R$ 1,15 bilhão ao Fundo.

Um dia pagará.

POR FALAR EM GOVERNO

O Tribunal de Contas da União ordenou ao BNDES que explicasse o grande investimento no grupo JBS Friboi. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, negou-se a obedecer, alegando sigilo bancário. Só que o TCU nada pediu sobre movimentação bancária: apenas valor do investimento e seu resultado. O TCU multou Luciano Coutinho em R$ 10 mil e reiterou a ordem. Caso Coutinho continue resistindo, a multa passa a R$ 30 mil. E, numa terceira recusa, Coutinho pode ser inabilitado para o exercício de função pública - inclusive no BNDES.

Luciano Coutinho alega que não foi avisado da multa. Mas, se até este colunista e o caro leitor sabem da multa, como é que ele, o interessado, ainda não sabe?

E VAI ROLANDO A FESTA

Três senadores ocupam ilegalmente apartamentos funcionais destinados a deputados federais: Romário (PSB, Rio), Rose de Freiras (PMDB, Espírito Santo) e Wellington Fagundes (PR, Mato Grosso). A Câmara reformou seus apartamentos funcionais, ao custo de R$ 280 milhões, para que os deputados não se sintam desconfortáveis. Senador em apartamento funcional de deputado é uma irregularidade. Mas o mais estranho é a existência desses imóveis, onde moram de graça parlamentares com salários bem superiores à média dos que, com seus impostos, sustentam a mordomia. Nos EUA não há imóveis funcionais: cada parlamentar decide se quer alugar, comprar, morar na casa de amigos, tudo com seu próprio dinheiro.

No Brasil isso também não existia: surgiu em 1960, quando a capital foi do Rio para Brasília e lá não havia imóveis para todos. Hoje, 55 anos depois, em Brasília há imóveis à vontade. Mas e a vontade de desfrutar a mordomia?

UMA HISTÓRIA

Existe uma história (falsa, claro) sobre a reunião de um ministro estrangeiro e um brasileiro. O brasileiro visitou o estrangeiro e foi recebido em sua casa, um palacete magnífico. Perguntou ao hospedeiro como ele, com salário de ministro, tinha tão suntuosa mansão. O estrangeiro foi à janela, mostrou-lhe uma estrada e perguntou: "Vê aquela rodovia? Então, custou cem e cobrei 200". O brasileiro, algum tempo depois, recebeu o ministro estrangeiro num palacete luxuosíssimo. O estrangeiro perguntou-lhe como, com salário de ministro, tinha uma casa tão maravilhosa. O brasileiro levou-o à janela, mostrou-lhe a paisagem e perguntou: "Vê aquela estrada?" O estrangeiro olhou, procurou, e disse: "Não, não vejo estrada nenhuma".

O brasileiro completou: "Então"...

OUTRA HISTÓRIA

Pasadena é para os fracos. Em Bacabeiras, Maranhão, a Petrobras investiu R$ 1,6 bilhão numa refinaria Premium, que seria a maior do Brasil. E no local, após o investimento, não há refinaria, nem obras, nem nada: só o terreno baldio.
Herculano
28/03/2015 06:05
OS 8% DE TEIMOSOS AGORA SÃO MAIS DE 60% E SE MULTIPLICAM NAS RUAS. A SEITA LULOPETISTA FICOU MENOR QUE A INFLAÇÃO REAL, por Augusto Nunes, de Veja.

Em 9 de junho de 2009, o título do post reproduzido na seção Vale Reprise ironizou o pânico epidêmico provocado pela instauração de uma CPI da Petrobras: alguém deve ter gritado "olha o rapa!" na porta da maior estatal brasileira, resumia. Estavam pálidos de espanto diretores, fregueses, fornecedores, pequenos acionistas e o homem do cafezinho. Estavam transidos de horror o presidente da República, ministros de Estado, senadores e deputados da base alugada, oposicionistas a favor, porteiros do Palácio do Planalto e o jornaleiro do Congresso. Por que tanta correria? Por que o medo coletivo? Aí tem, concluía o texto.

Tinha mesmo, sabiam os que nunca perderam o juízo e a vergonha. E como tinha, vem reiterando desde março de 2014 a devassa do Petrolão. Abstraídas as dimensões assombrosas da roubalheira e as propinas calculadas em milhões, a descoberta do maior, mais guloso e mais atrevido esquema corrupto da história não pareceu surpreendente aos olhos de quem não cai em conto do vigário e vê as coisas como as coisas são. Os leitores da coluna são testemunhas (e o timaço de comentaristas é protagonista) desse filme em que o PT morre no fim. E não foi por falta de aviso que tanta gente demorou tanto para entender que o país está sob o domínio de um bando de farsantes.

Se a abulia epidêmica fosse menos longeva, os comparsas envolvidos no grande embuste seriam alcançados mais cedo pelo desmoralizante castigo sonoro que fez Lula perder a voz, o rumo e o sono no Maracanã, na cerimônia de abertura dos Jogos Panamericanos de 2007. A vaia, lembrou um post de 17 de julho de 2009, "é o som que funde a fúria, o cansaço, o sarcasmo e a chacota. Sobressalta o presunçoso, silencia o falastrão, inibe o debochado, constrange o arrogante, desfaz o sorriso do canalha, assusta o ladrão. Nada como a propagação da vaia para combater surtos de bandidagem política semelhantes à que devasta o Brasil neste começo de século. Não há nada a perder além da sensação de impotência e da indignação há tanto tempo represada".

Há seis anos, os supermercados de pesquisas repetiam que não passavam de 8% os que achavam ruim ou péssimo o governo lulopetista. Os nativos indignados, portanto, já foram uma espécie em extinção. Eram tão poucos que alguns blogueiros estatizados sugeriram que os críticos do governo fossem identificados um a um e examinados cuidadosamente, porque certamente sofriam de algum distúrbio psíquico ainda não catalogado pela ciência. A ideia ganhou força em 2012, quando o poste ameaçou superar o recorde do seu fabricante e chegar a 100% de popularidade (ou 103%, se a margem de erro oscilasse inteira para cima).

Passados dois anos, todas as pesquisas escancaram a dramática mudança na paisagem. Os 8% se multiplicaram com extraordinária rapidez. Agora são mais de 60% os acham ruim ou péssimo o desempenho de Dilma e seus ministros A resistência democrática está nas ruas - e na ofensiva. Os poderosos vigaristas da virada da década estão acuados por manifestações de protesto. Muitos estão na cadeia, outros fogem do camburão. Lula sumiu, Dilma não sabe o que fazer e não diz coisa com coisa. Os satisfeitos com o desgoverno somam desprezíveis 7% do eleitorado.

A seita lulopetista ficou do tamanho da inflação oficial. E muito menor do que a inflação real.
Herculano
28/03/2015 06:00
ENTENDER AS RUAS, por André Singer, ex-assessor da presidência no governo de Luiz Inácio da Silva, PT, para o jornal Folha de S.Paulo

Resposta do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff: "Estamos numa situação de ponto de interrogação. Dependemos do calor da rua, do avanço do processo judicial e da mídia" (Folha, 26/3). Em que pese a hipótese de impedimento equivaler, desde o meu ponto de vista, a um golpe branco, é verdade que a temperatura das manifestações irá influenciar o processo.

Dados obtidos por quatro pesquisas realizadas no domingo 15 de março em São Paulo (Datafolha e Fundação Perseu Abramo) e Porto Alegre (Índex e Amostra) dão boa ideia de qual o estado de espírito dos que têm se manifestado contra o governo. A constatação imediata mais importante é que a maioria não saiu de casa para pedir o impeachment. Mesmo podendo escolher mais de uma alternativa, apenas 27% dos entrevistados pelo Datafolha citaram tal motivo para ir à avenida Paulista. Em Porto Alegre, com resposta única, menos de 10% apontaram a opção radical.

Fica claro, portanto, que embora os grupos pró-impeachment sejam ruidosos, o grosso dos que decidiram se mobilizar é mais moderado. Cabe a uma oposição responsável reforçar tal tendência sensata, em lugar de flertar com teses antidemocráticas, como se vê aqui e ali. Até porque, embora não tenha sido o móvel principal do dia 15, o impeachment está na cabeça dos descontentes.

De acordo com a Fundação Perseu Abramo (FPA), 77% dos que estavam na Paulista eram favoráveis ao impedimento. Tal cifra é coerente com a encontrada em Porto Alegre. De onde se deduz que expressiva parcela dos manifestantes é simpática ao impedimento, mas não está engajada agora em tal movimento e é preciso impedir que isso venha a acontecer.

A julgar pelas informações coletadas pela FPA, há espaço para tanto. Quase 60% dos manifestantes em São Paulo giravam ao redor do centro ideológico. A maioria relativa (36%) colocou-se no centro propriamente dito, em uma escala esquerda-direita de 1 a 7. Outros 17% postaram-se na centro-direita. Houve até mesmo 6% que se localizaram na centro-esquerda. Apenas um quarto identificava-se com as posições de direita (8%) e extrema direita (17%).

Esteve certo o ministro José Eduardo Cardozo ao afirmar, na noite do 15 de março, que o Executivo se encontrava aberto ao diálogo. Existe a possibilidade de isolar os golpistas e estabelecer pontes com o centro. Mas, para isso, é necessário tornar efetivas as propostas de conversar com a sociedade mobilizada, incluindo também, é claro, os representantes dos que se manifestaram no dia 13 de março contra o ajuste (assunto para outra coluna). A mobilização social abre possibilidades de repactuação. Cabe às lideranças políticas, com paciência e determinação, aproveitá-las.
Juju do Gasparinho
27/03/2015 21:12
Prezado Herculano:

(G1) - Miriam Leitão foi à Curitiba entrevistar o jovem procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador, no Ministério Público Federal, da operação Lava Jato.
"Temos uma janela histórica para o combate à corrupção e não podemos fechá-la", disse ele.

Comentário do editor no Blog do Coronel:
A "corrupção é senhora idosa" que será presa por um jovem de 33 anos, viu Dilma?

Postado às 12:54 hs. :
É a nua e crua incompetência de uma burra arrogante!
Anônimo disse:
27/03/2015 21:03
Herculano, (postado às 13:21hs.). Não foi Ricardo Pessoa da UTC Engenharia que soltou uma notinha para a Veja, com aviso para a Anta que Edinho Silva estava "preocupadíssimo"?
Então, não dura muito, a Lava-Jato já cola nele e logo veremos a troca de mais um ministro. Que bandalha, heim?

Postado às 08:01hs.
Posso fazer um pedido?
Fica, Vaccari!
Tô querendo ver mais um tesoureiro do PT algemado no Jornal Nacional.
Arara Palradora
27/03/2015 20:53
Querido, Blogueiro:

"Prefeitura anuncia mudanças no comando da saúde".

Esse "zinho" que entra é a continuação da "zinha" que sai?
A "zinha" que sai diverge desse "zinho" que entra?
A resposta só o tempo dirá, e o povo avaliará se ambos são da mesma consistência.

Outra manchete do Cruzeiro:

"Imóvel recebe notificação de demolição por edificação irregular da Prefeitura de Gaspar".

Bom, dedui-se que o sr. Genésio (dono do imóvel) não é amigo do rei,
porque próximo a cabeceira da ponte (Margem Esquerda), ergue-se um edifício novinho da silva que não tem 100 mts de recuo do rio.

Voeeeiii...!!!
Herculano
27/03/2015 20:40
O TITANIC E OS VIOLINISTAS, por Lauro Jardim, de Veja

A frase é atribuída a Romero Jucá, sobre a postura de alguns ministros de Dilma 2.0:

- É como o Titanic. O governo afundando e a turma tocando violino.
Herculano
27/03/2015 19:43
JOSÉ DIRCEU TEM PICO DE PRESSÃO E É INTERNADO EM BRASÍLIA

A informação é da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. O ex-ministro José Dirceu foi internado nesta sexta-feira (27) em uma clínica de Brasília depois que sua pressão chegou a 19/14.

Dirceu começou a passar mal na segunda-feira, com picos de hipertensão. Fez exames e, depois que a equipe em Brasília entrou em contato com médicos do petista em São Paulo, vários deles foram refeitos.

Hoje Dirceu fez uma segunda ressonância magnética.

O petista sempre teve problema de pressão alta. Alguns amigos chegaram a temer hoje que Dirceu estivesse sofrendo um acidente vascular cerebral, hipótese ainda não confirmada pelos exames.

A equipe médica, segundo nota divulgada pela assessoria do ex-ministro, diagnosticou "uma mínima ectasia do espaço liquórico bifrontal - um possível hematoma".
Herculano
27/03/2015 19:43
JOSÉ DIRCEU TEM PICO DE PRESSÃO E É INTERNADO EM BRASÍLIA

A informação é da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. O ex-ministro José Dirceu foi internado nesta sexta-feira (27) em uma clínica de Brasília depois que sua pressão chegou a 19/14.

Dirceu começou a passar mal na segunda-feira, com picos de hipertensão. Fez exames e, depois que a equipe em Brasília entrou em contato com médicos do petista em São Paulo, vários deles foram refeitos.

Hoje Dirceu fez uma segunda ressonância magnética.

O petista sempre teve problema de pressão alta. Alguns amigos chegaram a temer hoje que Dirceu estivesse sofrendo um acidente vascular cerebral, hipótese ainda não confirmada pelos exames.

A equipe médica, segundo nota divulgada pela assessoria do ex-ministro, diagnosticou "uma mínima ectasia do espaço liquórico bifrontal - um possível hematoma".
Herculano
27/03/2015 19:40
O EX-PRESIDENTE DA CÂMARA HENRIQUE ALVES É O MINISTRO DO TURISMO. O FILÓSOFO RENATO JANINE RIBEIRO É O NOVO MINISTRO DA EDUCAÇÃO. O QUE MUDOU? NADA

O texto é de Vera Magalhães, editora da coluna Painel, Valdo Cruz e Flávia Foreque, ambos da sucursal de Brasília para o jornal Folha de S. Paulo. A presidente Dilma Rousseff vai anunciar o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB) como novo ministro do Turismo. O nome será divulgado oficialmente ainda nesta sexta-feira (27).

A presidência anunciou nesta sexta que o filósofo Renato Janine Ribeiro, professor de Ética e Filosofia Política da USP, será titular do Ministério da Educação.

Ribeiro entra no no lugar de Cid Gomes (Pros-CE), que pediu demissão na semana passada. Ele acertou sua ida para o ministério com a presidente Dilma em reunião nesta sexta e sua posse será no dia 6 de abril.

O comando da Educação estava interinamente nas mãos de Luiz Cláudio Costa, secretário-executivo da pasta, desde quarta-feira (18), depois da conturbada saída de Cid, que se desentendeu com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Cid havia sido convocado a se explicar na Câmara sobre uma declaração na qual disse que a Casa tem "uns 400 deputados, 300 deputados" achacadores.

A fala ocorreu em Belém, no final de fevereiro, durante visita do ministro à Universidade Federal do Pará, onde se reuniu com professores e reitores de universidades federais paraenses.
Herculano
27/03/2015 19:34
DILMA ENTREGA A GERÊNCIA DA SUA IMAGEM DO PT, por Josias de Souza

Detectada pelas pesquisas e ecoada em panelaços e protestos de rua, a impopularidade de Dilma Rousseff fez da imagem da presidente um problema urgente. A simbologia de gestora austera e eficiente ruiu. E Dilma já não consegue inspirar uma marca positiva. Foi contra esse pano de fundo que acaba de ser nomeado para o posto de ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República o político petista Edinho Silva.

Edinho foi tesoureiro da campanha presidencial de Dilma em 2014. Sua escolha representa uma guinada no pensamento da presidente para a área de comunicação. Dilma resistia à ideia de enfiar um representante do PT dentro do cofre que guarda as verbas de publicidade do governo. Coisa de R$ 5 bilhões anuais. Ela receava sobretudo desagradar os meios de comunicação, avessos à pregação petista em favor da regulação da mídia. Sob crise, a pressão do PT fez Dilma superar seus medos.

O novo ministro entra no lugar do jornalista Thomas Traumann, cujo pescoço foi à guilhotina depois que ganhou as manchetes um documento que ele havia produzido para consumo interno. No texto, Traumann diagnosticara o "caos político" em que se meteu o segundo governo de Dilma. Apontara uma desconexão entre o discurso oficial e a realidade.

Contra a impopularidade, Traumann receitara remédios de efeitos duvidosos. Por exemplo: mais "publicidade oficial focada em São Paulo", justamente a praça que rosna mais alto para Dilma. "Não há como recuperar a imagem do governo Dilma em São Paulo sem ajudar a levantar a popularidade do [prefeito paulistano do PT Fernando] Haddad", anotara o agora ex-ministro.

Edinho é sociólogo, não jornalista. Mas nada impede que ele recrute um profissional do ramo para lidar com os repórteres que realizam a cobertura diária da Presidência. As dúvidas que o novo ministro terá de responder são de outra ordem: pretende aplicar o orçamento de publicidade do governo segundo critérios partidários, como já foi insinuado no documento do antecessor? Planeja propor alguma alteração nas leis que regem a comunicação no país?

O uso político da publicidade seria inútil e desrespeitoso. Inútil porque ainda não foi inventada a propaganda capaz de vender um mau produto. Desrespeitoso porque o dinheiro que o contribuinte ganha suando não deve ser torrado assobiando. O desrespeito seria ainda maior se praticado em meio à crise que começa a roer a renda e o emprego.

Quanto à legislação, Edinho Silva costuma dizer coisas assim: "Temos que criar efetivamente condições para que haja uma democratização da comunicação no país. E isso passa pela democratização da propriedade dos veículos. É um debate que deve ser feito com muita tranquilidade, sem partidarismo e em parceria com a sociedade. Não pode haver dogmas."

Se fizer desse tipo de pregação uma prioridade de sua gestão, o novo ministro da Comunicação Social tende a virar uma crise antes mesmo de comunicar sua primeira ideia para sanar o déficit de credibilidade que aproxima a imagem de Dilma do chão.
Mariazinha
27/03/2015 19:12
Seu Herculano:

Recebi e repasso.

"Um senador está andando tranquilamente quando é atropelado e morre.
A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.
-'Bem-vindo ao Paraíso!'; diz São Pedro.
-'Antes que você entre, há um probleminha.
Raramente vemos parlamentares por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.
-'Não vejo problema, é só me deixar entrar', diz o antigo senador.
-Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores.
- Vamos fazer o seguinte:
Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso.
-Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.
-'Não precisa, já resolvi.
- Quero ficar no Paraíso diz o senador.
-'Desculpe, mas temos as nossas regras.'
Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe.
Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado.
Todos muito felizes em traje social.
Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo.
Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar.
Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas.
Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora.
Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.
Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele.
Agora é a vez de visitar o Paraíso.
Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando.
Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.
- E aí?
-Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso.
Agora escolha a sua casa eterna.
- Ele pensa um minuto e responde:
-'Olha, eu nunca pensei..
-O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno.
Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo.
Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos.
O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do senador.
-' Não estou entendendo', - gagueja o senador - 'Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!
O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:
-'Ontem estávamos em campanha.
Agora, já conseguimos o seu voto..."

Parece até vida real.
João João Filho de João
27/03/2015 18:59
Sr. Herculano:

Pesquisa CNI/Ibope: números ainda piores de popularidade do governo


Já está circulando na CNI a pesquisa encomendada ao Ibope para medir o pulso do país ? e mais especificamente a popularidade do governo.

A pesquisa deve ser divulgada a qualquer momento entre hoje e segunda-feira. Antes, claro, Robson Andrade, o presidente da CNI, vai cumprir o ritual de comunicar antecipadamente o resultado ao Palácio do Planalto.

A tendência é que os números sejam piores para o governo do que os registrados pelo Datafolha na semana passada.

Por Lauro Jardim
sidnei luis reinert
27/03/2015 18:08

De Olavo de Carvalho:

O VERDADEIRO ARQUITETO DO FORO DE SÃO PAULO:
Marco Aurélio Garcia

"Temos que dar a impressão de que somos democratas. Inicialmente temos que aceitar certas coisas, porém isso não durará muito", declarou Marco Aurélio Garcia, o marxista com influência por trás do presidente Luis Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, recordando que Fidel Castro teve que fazer o mesmo. Ou seja, dizer que era democrata e que não era comunista, para poder consolidar-se no poder até agora, 50 anos depois do golpe em Cuba!

Marco Aurélio Garcia esteve na Venezuela, dando uma mão a outro disfarçado de democrata, o falecido Hugo Chávez . Foi comprovar a chegada do petroleiro Amazon Explorer com 520.000 barris de gasolina procedente da empresa brasileira Petrobras. Essa ajuda brasileira era um projeto de Marco Aurélio Garcia. Quem é este homem que parece ser o poder, por trás do poder? Em uma entrevista para o jornal francês, Le Monde, Lula repetiu as mesmas palavras de Marco Aurélio Garcia, dizendo que "a democracia é só uma farsa para tomar o poder".

Desde 1969 até 1973, que ele era um ativista estrangeiro na política do Chile durante o governo de Salvador Allende. Allende foi eleito democraticamente, porém uma vez no poder perseguiu os jornais que não seguiam sua linha política e colocou a oposição sob controle. Um enorme carregamento de armas enviadas pelo governante de Cuba, Fidel Castro, para a "defesa da revolução socialista" foi descoberta na casa dele, Marco Aurélio Garcia. Um brasileiro foi a peça principal desta operação. Este foi o primeiro contato de Marco Aurélio Garcia com as operações cubanas .

Em 1980, Marco Aurélio Garcia fundou o Partido dos Trabalhadores (PT) com Lula da Silva. Desde sua fundação tem sido o conselheiro de assuntos internacionais.

Em 1990, Marco Aurélio Garcia convocou uma reunião de todos os grupos de esquerda da América Latina e do Caribe. Representantes de 48 diferentes partidos comunistas e grupos terroristas atenderam. Esta reunião converteu-se no chamado "Foro de São Paulo". Marco Aurélio Garcia não só foi seu fundador, como ainda hoje, todavia, continua sendo seu líder, ao cabo de 24 anos.

Como líder do Foro de São Paulo, Garcia controla e coordena as atividades subversivas do Rio Grande do Sul até a Patagônia. Vários membros do Foro de São Paulo são terroristas! Alguns estão na relação dos "Mais Procurados" do FBI. Porém não há nada estranho nisto. O Foro de São Paulo, sob os auspícios do seu líder, Marco Aurélio Garcia, tem como sua meta o apoio aos grupos terroristas .

No décimo Congresso, realizado em 7 de dezembro de 2001 ( 3 meses depois do atentado ao WTC), em Havana, RATIFICOU "a legitimidade, justiça e necessidade da guerra das organizações colombianas ELN e FARC, e nossa solidariedade com as mesmas".

O novo EIXO DO TERRORISMO começa em Cuba, segue para a Colômbia, onde é financiado pelo dinheiro sujo vindo do tráfico de drogas, segue para a Venezuela, onde conta com os bilhões do petróleo e termina agora no Brasil.

Marco Aurélio Garcia mostrou especial interesse no falecido terrorista Manuel Marulanda Velez, vulgo, "Tiro Fijo ", líder das FARC. Desde 1990, Garcia teve a prioridade de ter conversas pessoais com ele, Manuel Velez. Suas reuniões não foram só em Havana, sempre na presença de Fidel Castro, mas também no México, quando viajou para encontros com um dos dirigentes das FARC, Marco Leon Calara, em 5 de dezembro de 2000. Não se sabe sobre o quê falaram, mas depois de cada entrevista de Garcia com dirigentes das FARC, estas aumentaram seus ataques nas semanas seguintes com grandes perdas de vidas, em sua maioria de civis.

O que se espera do Brasil e do resto da região, quanto à política internacional sob a direção do assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Garcia, será desenhada em Havana, Cuba.

Marco Aurélio Savina Garcia trabalha continuamente com outros políticos marxista de outras nações e apóia publicamente o terrorismo internacional.
Anarquinopolis
27/03/2015 17:50
Policlínica Vergonha Anunciada. A policlínica de Gaspar é uma vergonha pois o que era para ser uma policlínica moderna com todas As especialidades colocadas em um só local não vão estar todos ali, Pois quem projetou a policlínica, esqueceu que para a odontologia necessitasse de local para cadeira com esgoto canalização de água, E ar comprimido, pois é, mais uma vez, mostra se para o povo a incompetência administrativa da saúde de Gaspar, este problema vai ser só +1 dos muitos que o novo secretário de saúde vai herdar da administração Incompetente da Secretaria de Saúde anterior.
sidnei luis reinert
27/03/2015 17:23

De Ronaldo Caiado:

Dilma elevou seu tesoureiro de campanha a ministro da Comunicação Social para blindá-lo. Escolheu o petista Edinho Silva, o homem da chave do cofre da campanha da reeleição, justamente no momento em que ela está sub judice. Isso é inadmissível em qualquer lugar do mundo. Não é só uma incoerência, como uma afronta. Qualquer governo sério faria questão de afastar os principais nomes suspeitos de envolvimento. Está nítido que o Petrolão só existiu com o objetivo maior de ser caixa 2. Tem profissão de menos prestígio no Brasil para ser um ministro de Estado nesse momento do que tesoureiro do PT?

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/03/1609065-dilma-nomeia-ex-tesoureiro-de-campanha-para-comunicacao-social.shtml
Herculano
27/03/2015 16:26
OS ROBÔS ABANDONAM O BARCO, por Fernando Gabeira, no jornal O Estado de S.Paulo

O documento que vazou do Planalto falando dos robôs usados nas redes sociais me fez lembrar de 2010. Foi a última campanha que fiz no Rio de Janeiro. Na época detectamos a ação de robôs, localizamos sua origem, mas não tínhamos como denunciar. Ninguém se interessou.

Os robôs eram uma novidade e, além do mais, o adversário não precisou deles para vencer. Tinha a máquina e muito dinheiro: não seriam mensagens traduzidas, grosseiramente, do inglês - contrataram uma empresa americana - que fariam a diferença. Essa campanha de 2010 pertence ao passado e só interessa, hoje, aos investigadores da Operação Lava Jato.

Os robôs abandonaram Dilma Rousseff depois das eleições. E o Palácio dá importância a isso. Blogueiros oficiais também fazem corpo mole em defendê-la, por divergências políticas. Isso confirma minha suposição de que nem todos os blogueiros oficiais são mercenários. Há os que acreditam no que defendem e acham razoável usar dinheiro público para combater o poderio da imprensa.

Vejo três problemas nesse argumento. O primeiro é uma prática que se choca com a democracia. O segundo, o governo já dispõe de verbas para fazer ampla e intensa propaganda. E, finalmente, Dilma tem todo o espaço de que precisa. Basta convocar uma coletiva e centenas de jornalistas vão ao seu encontro. Se Dilma quiser ocupar diariamente cinco minutos do noticiário nacional, pode fazê-lo. O chamado problema de comunicação do governo lembra-me O Castelo, de Kakfa. A porta sempre esteve aberta e o personagem não se dá conta de que a porta está aberta.

O problema central é que Dilma não sabe tocar esse instrumento. Todos os presidentes da era democrática sabiam. Lembro-me apenas do marechal Dutra, no pós-guerra, mas era muito criança. Falava mal, porém fez carreira militar, era um marechal, que comprou muita matéria plástica. Mas era um outro Brasil comparado com o avanço democrático e a onipresença do meios de comunicação.

Os robôs que abandonaram o barco não me preocupam. Esta semana parei um pouco para pensar na terra arrasada que o PT deixará para uma esquerda democrática no País. Não só pelo cinismo e pela corrupção, pelas teses furadas, mas também pela maneira equivocada de defender teses corretas. Ao excluir dissidentes cubanos, policiais brasileiros, opositores iranianos da rede de proteção, afirmam o contrário dos direitos humanos: a parcialidade contra a universalidade.

Algo semelhante acontece com a política sobre os direitos dos gays, que apoio desde que voltei do exílio, ainda no tempo do jornal Lampião.

Ao tentar transformar as teses do movimento numa política de Estado, chega-se muito rapidamente à desconfiança da maioria, que aceita defesa de direitos, mas não o proselitismo. Tudo isso terá de ser reconstruído em outra atmosfera. Será preciso uma reeducação da esquerda para não confundir seus projetos com o interesse nacional.

Isso se aprende até nas ruas, vendo o desfile de milhares de bandeiras verdes e amarelas. Na sexta-feira 13 houve um desfile de bandeiras vermelhas. Essa tensão entre o vermelho e o verde-amarelo é expressão pictórica da crise política.

Se analisamos a política externa do período, vemos que o Brasil atuou lá fora como se sua bandeira fosse vermelha. Ignora a repressão em Cuba e na Venezuela, numa fantasia bolivariana rejeitada pela maioria do País.

Discordo de uma afirmação no documento vazado do Planalto: o Brasil vive um caos político. Dois milhões pessoas protestam nas ruas sem um incidente digno de registro. Existe maturidade para superar a crise, sem violência.

Bem ou mal, o Congresso Nacional funciona. O caos não é político. É um estado de espírito num governo e num partido que ainda não compreenderam seu fim. Nada mais cândido que a sugestão do documento: intensificar a propaganda em São Paulo.

Com mais propaganda, mais negação da realidade, o governo contribui para aumentar o som do panelaço. E exige muita maturidade da maioria esmagadora que o rejeita.

Li nos jornais a história de um deputado no PT reclamando de ter sido hostilizado em alguns lugares públicos. Se projetasse o que virá no futuro, teria razões para se preocupar.

A crise econômica ainda vai apresentar seus efeitos mais duros. Um deles é o racionamento de energia. Sem isso, acreditam os técnicos, não há retomada do crescimento em 2016. Como crescer sem dispor de mais energia?

As investigações da Lava Jato concentram-se no PT. Muitos depoimentos convergem para inculpar o tesoureiro João Vaccari Neto. Li que uma das saídas do partido seria culpar o tesoureiro, uma versão petista de culpar o mordomo.

Um governo que recusa a realidade, crise econômica que caminha para um desconforto maior e o foco da investigação da Lava Jato no PT são algumas das três variáveis de peso que conduzem a uma nova fase.

Diante desse quadro, não me surpreende que os robôs estejam pulando do barco do governo. Apenas confirmam minha suspeita de que se tornam cada vez mais inteligentes.

Eles continuam à venda no mercado internacional. O secretário da Comunicação recomendou ao governo dar munição a seus soldados na internet, Lula ameaçar com o exército de Stédile. Um novo exército de robôs seria recebido com uma gargalhada nas redes sociais.

Juntamente com os robôs, Cid Gomes saltou do barco. Ao contrário dos robôs, seu cálculo é político. Superou em 100 a marca de Lula sobre os picaretas no Congresso. Preservou-se com os futuros eleitores.

Mas, e aquela história da educação como o carro-chefe do projeto de Dilma? Confusão entre os estudantes que não recebem ajuda e o ministro contando picaretas no Congresso.

É tudo muito grotesco. Os partidos querem ver Dilma sangrando. Além de ser muito sangue o que nos espera pela frente, é preciso levar em conta que, de certa maneira, o Brasil sangra com Dilma. Arrisca-se a morrer exangue.
Roberto Basei
27/03/2015 15:58
Não represento mais o PSC, essa sigla partidária o qual fui fundador em Gaspar e a presidi até essa data!

Descrição do Evento: Desfiliação

Número do Evento: 30335328

Data do Evento: 27/03/2015

Se puder contar com sua colaboração, e divulgar no seu espaço lhe serei mui grato.

Roberto Basei
Herculano
27/03/2015 13:21
COM O PT TUDO É DIFERENTE. O PARTIDO ACHA QUE O DINHEIRO CHANTAGEIA, AMEAÇA, IMPÕE E AMANSA. QUEM VAI SER ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA AO QUE QUERIA FORTALECER OS BLOG SUJOS E SEM AUDIÊNCIA? MAIS UMA VEZ GENTE ESTRANHA AO RAMO. PIOR. EX-TESOUREIRO DA CAMPANHA DE DILMA VANA ROUSSEFF, CAIXA QUE ESTÁ SOB A MIRA DA OPERAÇÃO LAVA JATO DA POLÍCIA FEDERAL. ENTÃO, TEM TUDO A VER

O texto de Marina Dias, de São Paulo e Mariana Haubert, da sucursal de Brasília do jornal Folha de S.Paulo. A presidente Dilma Rousseff convidou nesta sexta-feira (27) o ex-tesoureiro de sua campanha à reeleição, o petista Edinho Silva, para ser o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Edinho se reuniu com Dilma na manhã desta sexta no Palácio do Planalto, onde aceitou o convite.

Ele substitui Thomas Traumann, que pediu demissão na última quarta-feira (25) após a repercussão do vazamento de texto interno da secretaria com críticas à comunicação do governo e ao PT.

Ex-deputado estadual pelo PT em São Paulo, Edinho atualmente estava dando aulas em uma faculdade particular.

No início do ano, ele chegou a ser cotado para presidir a Autoridade Pública Olímpica (APO), estatal responsável pela organização da Olimpíada no Rio em 2016.

Segundo interlocutores, Edinho recusou o cargo por receio de que seu nome não fosse aprovado pelo Senado por causa da atual crise entre o governo e o Legislativo.

Nesta semana, emissários do governo ofereceram ao petista o controle de órgão responsável por fiscalizar a efetivação da MP do Futebol, mas Edinho recusou novamente, argumentando que preferia se dedicar a dar aulas,

Como o cargo de ministro da Secom é mais político, o petista enfim aceitou o convite de Dilma para compor o governo. A posse está marcada para o dia 31 de março, às 11h.
Herculano
27/03/2015 13:06
SINAIS DO PMDB, por Merval Pereira para o jornal O Globo

Se a divulgação hoje do PIB de 2014 pelo IBGE confirmar que já no ano da eleição tivemos resultado negativo, ou próximo da estagnação, aumentará a certeza do PMDB de que é melhor garantir um lugar no escaler do Titanic do que permanecer na suíte master, na feliz definição do senador Romero Jucá, um especialista em governos, o líder de todos os mais recentes, que votou em Aécio Neves e está de saída da coligação governista, assim como boa parte do seu partido.

A saída está sendo feita por etapas, como convém aos cautelosos peemedebistas, mesmo porque não querem dar espaço para que novos "oportunistas" ocupem, como Gilberto Kassab, o mais próximo do "espírito" do PMDB que se pode encontrar na política atual.

Só que, quando Kassab vai aos cajus, o PMDB já volta com as castanhas. Ao tempo em que o PSD de Kassab almeja ser o futuro PMDB, este já está preparando o plano de escape de um governo que considera superado.

O PT está morto é a análise mais vulgarizada nas conversas das lideranças do PMDB, e a senadora Marta Suplicy é considerada exemplo dessa constatação. Não apenas ela, mas outros dois senadores, cada qual por sua razão pessoal: Paulo Paim e Delcídio Amaral.

Paim e Marta são prata da casa petista e a saída deles tem significação política alta. Delcídio é um novato na sigla, já foi tucano, e não tem razão histórica nenhuma para ficar no barco que considera estar afundando.

A força dos presidentes da Câmara e do Senado corresponde à fraqueza da presidente Dilma, e o embate é desigual pois do lado do Palácio do Planalto não há quem saiba fazer política tão bem quanto os do PMDB.

E os que sabem, como o ex-presidente Lula, fazem sua política particular, que neste momento de Operação Lava-Jato recomenda mais silêncio.

Atribui-se a Lula uma explicação sobre a falta de correspondência entre seus conselhos e as atitudes do governo: não daria para se meter em conversa de Deus com Jesus Cristo, teria dito Lula referindo-se ao entendimento entre a presidente Dilma e o chefe do Gabinete Civil, Aloizio Mercadante. Logo Lula, que é considerado Deus pelos seus seguidores.

Dilma se considera sabedora de todas as verdades, mas cada vez há menos gente que acredita nisso, daí sua dificuldade.

Outro paradoxo difícil de lidar é o que as pesquisas de opinião mostram: a maioria esmagadora da população acredita que a presidente sabia de tudo o que acontecia na Petrobras.

Até mesmo no exterior virou piada a afirmação de que Dilma não sabia de nada. O humorista John Oliver, do programa Last Week Tonight, da HBO, tratou recentemente do escândalo do petrolão e mostrou-se ironicamente surpreso ante a notícia de que a presidente Dilma, por enquanto, está sendo considerada inocente de todo o escândalo pelos órgãos que o investigam.

Oliver foi ao ponto: como pode ser inocente se ela estava no Conselho de Administração da Petrobras por sete anos, enquanto as propinas eram distribuídas? Essa parece ser a convicção também da maioria dos brasileiros, e por isso a presidente não terá descanso, ao mesmo tempo que se arma uma incoerência legal, pois ela não pode ser processada por algo que aconteceu fora do seu mandato.

Como o mandato atual tem apenas quatro meses, é preciso que se prove que o esquema de propinas continuou acontecendo depois que ela foi eleita, para que alguma coisa concreta seja feita.

Ao mesmo tempo, o desgaste político tem sido tão violento que dificilmente Dilma terá condições de resistir a ele com a base política desagregada.
Herculano
27/03/2015 13:02
HORA DE ACORDAR, por Luiz Garcia, para o jornal O Globo

É relevante que os nossos juristas estejam dando à corrupção a importância que ela merece. Seria muito bom se a turma do Planalto tivesse a mesma preocupação

É obrigação do Estado zelar por honestidade no comportamento de seus agentes. O que é simples de se afirmar, mas um tanto complicado de acontecer na prática. Trata-se de velho problema, comum em todos os governos do planeta. Ou quase todos: até na Santa Sé de vez em quando ele aparece, escondido nas batinas.

Por aqui, temos agora - e só agora - o início da vigência, ainda em fase de regulamentação, da Lei Anticorrupção, que se propõe, como diz o nome, a implantar honestidade no comportamento de empresas que prestam serviços ao governo federal. Juristas, como o advogado Modesto Carvalhosa, foram severos na crítica. Ele, por exemplo, não mostrou modéstia alguma ao definir a regulamentação da nova lei como farsa. E profetizou sério risco de corrupção na sua aplicação: especificamente, no caso de investigação da aplicação de contratos entre empresa e ministérios.

Não foi o único: Rossini Corrêa, conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, condenou a delegação dessa investigação a ministros de Estado. Por um motivo que parece óbvio a qualquer leigo inocente: seria algo como entregar à raposa a chave do galinheiro.

A advogada Marta Viegas, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, foi mais longe: sugeriu que a questão da corrupção seja entregue a um organismo independente, algo parecido com o existente nos Estados Unidos, e dedicado exclusivamente a aplicar a Lei Anticorrupção. Como lá, poderia dar certo, se a independência fosse absoluta.

É obviamente bastante importante que os nossos juristas estejam dando ao problema a importância que ele merece. Seria muito bom se a turma do Palácio do Planalto tivesse a mesma preocupação. Vamos esperar, para ver se ela acorda.
Herculano
27/03/2015 13:00
PACIÊNCIA TEM LIMITE, por Eliane Cantanhede para o jornal O Estado de S. Paulo

Não bastassem os embates com Lula, com o PT, com o Congresso, com a realidade econômica, com as pesquisas de popularidade e com a própria equipe, a presidente Dilma Rousseff decidiu agora abrir mais uma frente de batalha: com os prefeitos.

Sem entrar no mérito da mudança de indexador das dívidas dos municípios, que aumenta ainda mais o rombo do governo federal, o fato é que Dilma deu o doce e depois tirou o doce da boca das crianças. O novo indexador foi aprovado há quatro meses, não entrou em vigor e ela recorre a um argumento técnico para tratar uma questão que é também política: a lei foi aprovada, mas não regulamentada, e os tempos são de aperto. É mesmo?

São sete Estados e 180 municípios beneficiados pela mudança e desesperados pela redução drástica de suas dívidas. A da capital de São Paulo, por exemplo, pode despencar 42%, de R$ 62 bilhões para R$ 36 bilhões. Imaginem essa diferença às vésperas da eleição municipal de 2016, com muitos já em campanha pela reeleição.

Os primeiros a partir para cima foram Eduardo Paes, do Rio, e Fernando Haddad, de São Paulo. Paes, que não é apenas do PMDB, mas aliado do deputado Eduardo Cunha e até possível nome do partido para a Presidência em 2018, entrou na Justiça para fazer valer a lei. E Haddad, que é do PT lulista, mandou recados mal humorados pela imprensa.

Nessa nova crise, aconteceu o que já se tornou rotina: o Palácio do Planalto ficou de um lado e o Congresso, de outro. Dilma falou à tarde que reduzir a dívida de Estados e municípios com a União (algo já aprovado, lembre-se) seria "inconsequente" num momento de cortes. Horas depois, na mesma noite, a Câmara aprovou um projeto botando a faca no pescoço da presidente: o governo tem 30 dias para mudar o indexador e acabou-se a história.

Detalhe: a "inconsequência" comandada por Cunha foi apoiada pelo próprio PT e até pelo dócil PC do B, que vota (votava?) tudo que seu mestre - ou sua mestra - mandar.

São Joaquim Levy conseguiu adiar a decisão do Senado para ao menos terça-feira que vem, mas veja você: o filho do presidente da Casa, Renan Calheiros Filho, é governador de Alagoas, um dos Estados beneficiados. Dilma vai acabar perdendo no Senado também...

Bem, é nesse clima que os prefeitos de todo o País vão se reunir em Brasília de 7 a 9 de abril. O tema oficial é desenvolvimento sustentável, mas a pauta real não vai ser o aquecimento global, mas o clima político insuportável contra o PT e Dilma.

Após dizer ao Estado que já passou por momentos semelhantes (de "caos político", de tensão, de desânimo) no governo Lula, o ministro Jacques Wagner (Defesa) pediu "paciência, foco, perseverança". Ele acha que o ajuste fiscal vai passar e tudo vai melhorar lá pelo final do ano.

Pode ser, pode não ser. Com o governo à deriva, sem um(a) líder, sem rumo, Dilma joga todas as suas fichas na aprovação das medidas do ajuste fiscal, que dependem justamente... da Câmara de Eduardo Cunha e do Senado de Renan Calheiros. Mas, se ela perdeu na eleição para a presidência da Câmara, no embate com prefeitos, na correção do Imposto de Renda e está perdendo no confronto com municípios, por que ganharia no ajuste?

Por enquanto, o cenário não é animador. Só ontem, num único dia, tivemos: o Banco Central admite pela primeira vez retração em 2014 e 2015, o índice de desemprego de fevereiro é o pior para o mês desde 2011 e o novo escândalo da praça (desvios no "tribunal" da Receita) consegue ser ainda pior do que o da Lava Jato, em torno de R$ 19 bilhões (?!). Você conseguiria imaginar algo ainda mais escandaloso do que o da Petrobrás? Existe.

Pois é, ministro, vai ser preciso muuuuiiiita paciência.

Pericás. Morreu o embaixador Bernardo Pericás, estrela de um momento glorioso do Itamaraty e referência para as novas gerações de diplomatas.
Herculano
27/03/2015 12:54
O BRASIL NO BURACO. DIVULGADO O PIB DE 2014. DÓLAR DISPARA. BOLSA CAI. BRASIL "CRESCEU" E SUJEITO A REVISÃO: 0,1%. O PIOR RESULTADO DESDE 2009

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. O PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país, ficou estagnado em 2014, com ligeira expansão de 0,1%, para R$ 5,52 trilhões. Trata-se do mais fraco resultado desde a retração de 0,2%, registrada em 2009, em meio à crise global.

O resultado é inferior ao de 2013, revisado para cima em 2,7% pelo IBGE - os dados apontavam para alta de 2,5% no período originalmente. As informações foram apresentadas na manhã desta sexta-feira pelo IBGE.
sidnei luis reinert
27/03/2015 12:32
O FORO DE SÃO PAULO FICOU NÚ E A FILA PARA "APRECIÁ-LO" VAI TOMANDO CONTA DO MUNDO CAPITALISTA:

CONCLAVE DE WASHINGTON CONFIRMA: GOVERNO BRASILEIRO É ILEGÍTIMO!

Comprovada!

A FRAUDE nas eleições do Brasil de 2014, foram comprovadas em testes nos Estados Unidos. No dia 21 de março de 2015 (sábado). Houve um Conclave em Washington/EUA, sobre as eleições fraudadas em dez países da América Latina, inclusive no Brasil, usando as urnas eletrônicas.

O programa A Tarde Fim de Semana da rede de televisão colombiana NTN24, apresentou matéria exclusiva SOBRE A ALTERAÇÃO DE RESULTADOS ELEITORAIS NO BRASIL, VENEZUELA E DEMAIS DITADURAS COMUNISTAS. Desde Washington com Anthony Daquin, ex-Assessor de alta segurança do governo de Hugo Chávez, especialista na área de tecnologia e defesa e convidado especial do "Conclave de Washington pela Democracia, que aconteceu, dia 21 de março de 2015, no National Press Clube, o famoso Clube Nacional de Imprensa da capital norte-americana. Anthony Daquin explicou as conclusões deste evento em que as formas foram anunciadas como teria alterado os resultados das eleições em países como Brasil e Venezuela, por meio da manipulação do sistema de votação eletrônica.

http://www.libertar.in/2015/03/conclave-de-washington-confirma-governo.html
Herculano
27/03/2015 12:02
NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DE...

O ex-procurador geral do município de Gaspar e que foi o todo protetor do prefeito Pedro Celso Zuchi, partidário ferrenho do PT, traído (e não foi por falta de avisos), Mário Wilson da Cruz Mesquita apareceu na área da coluna, a mais lida, a mais acreditada, no jornal mais antigo e que não tem rabo preso.

E o doutor Mesquita está numa daquelas semanas históricas e inebriadas. Comemorações não faltam. Conseguiu ter de volta o que ele e outros pagaram para o PT como contribuição compulsória do emprego e trabalho que tinham na estrutura administrativa de Gaspar

E de troco, e que troco, o doutor Mesquita colocou de joelhos, o também ex-assessor de Zuchi e hoje prefeito de Brusque, Paulo Roberto Eccel. Eccel está prestes a perder o poder, por abuso e arrogância. É um aviso. Mas, a pergunta que não quer calar: doutor Mesquita, e Gaspar que o senhor conhece mais que as entranhas que quase o engoliu e levaria ao descrédito como profissional como faz por esta Brasil afora? Está devendo isto para a sociedade.

O professor e advogado Mário Wilson da Cruz Mesquita escreve aos meus leitores e leitoras: Será que ainda vale a pena o Sr. Paulo Roberto Eccel convocar para hoje às 19h seus filiados, militantes e centenas de cargos comissionados para a tal manifestação "Somos todos Brusque! De mãos dadas pela Justiça." ? Soa como desespero e pressão.

Ser humilde, mais responsável com a coisa pública, mais zeloso com o erário e estar bem assessorado são requisitos mínimos para um bom gestor público; mas principalmente reconhecer seus erros, aceitar a realidade e assumir cometeu de verdade os abusos pelos quais foi condenado pelos 7 Ministros do Tribunal Superior Eleitoral.

A decisão da mais alta corte eleitoral foi técnica, irretocável, juridicamente perfeita e por unanimidade de votos Justa!

Volto. Doutor Mesquita. O senhor como advogado também recomendaria ao seu cliente este desespero. Conheço o ofício. É o tal direito de ser vítima, de espernear e encontrar culpados no outro lado da rua.

Mas, Doutor Mesquita, pedir para um político, ainda mais do PT de hoje (o dos anos 1980 era possível) "ser humilde, mais responsável com a coisa pública, mais zeloso com o erário e estar bem assessorado são requisitos mínimos para um bom gestor público", beira a piada, escárnio. Doutor Mesquita, além de um bom profissional e os resultados estão ai, deixam de olhos arregalados seus ex-pares, está claro que o doutor está de bom humor e de alma lavada.

Entretanto, falta a parte mais importante e final desta expiação: NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DE GASPAR...
Marcio
27/03/2015 10:56
Herculano, ainda não entendi o que é melhor para o Brasil
Um Mercadante que não sede aos interesses dos parasitas e sanguessugas ou um que faz o joguinho para ter o apoio dos aliados?? O que é menos pior para esse Brasil?? Pelo que da para entender nos noticiários é que esse Mercadante não é bom interlocutor entre a presidente e os deputados e senadores, mas não está sendo bom por que não faz o joguinho?? Da impressão que é tudo interesse próprio, e não o que seja melhor para o Brasil. O mestre Lula era bom nisso...rsrsrs
Mário Wilson da Cruz Mesquita
27/03/2015 09:30
NUNCA ANTES NA HISTÓRIA POLÍTICA DE BRUSQUE ... PT está fora!
2a. Parte


Parafraseando o sempre alerta, atento e muitíssimo bem informado colunista Herculano Domício, estou também de alma lavada por mais essa decisão judicial, pois há 02 anos e nove meses eu, o sempre amigo e parceiro Dr. Danilo Visconti e outros três amigos e abnegados advogados brusquenses, por confiança que nos foi depositada pela Coligação "A Força do Povo", na pessoa do ex Prefeito e ex Deputado Ciro Marcial Roza, empreendemos muitos estudos jurídicos e incansável trabalho profissional, sempre acreditando na Cassação do registro de candidatura e diploma, bem como na inelegibilidade de Paulo Roberto Eccel e Evandro de Farias.

A decisão já era esperada. No entanto, a surpresa foi a postura firme e veemente do Ministro Dias Tóffoli; seja por sua maneira incisiva e seu absoluto conhecimento jurídico sobre a motivação de seu voto. O Ministro chegou a fazer uma leitura didática e detalhada do excesso de publicidade que caracterizou um dos crimes eleitorais, a Auto Promoção Política durante as eleições de 2012!

A Justiça pode ser tardia, mas não falha por sua vigilância e imparcialidade!
Me orgulho de ser Advogado, na essência do exercício pleno desta que é uma das mais belas e honradas profissões!

Nos preparemos para esse novo tempo em Brusque.

Novas eleições a vista, pois nunca antes na história de Brusque ...
Mário Wilson da Cruz Mesquita
27/03/2015 09:22
NUNCA ANTES NA HISTÓRIA POLÍTICA DE BRUSQUE ... PT está fora!
1a. Parte


Não é previsão, de fato o Prefeito Paulo Roberto Eccel (PT) será logo intimado da decisão do TSE para deixar imediatamente o cargo, e ato contínuo a Justiça Eleitoral conduzirá o Presidente da Câmara de Vereadores (o Advogado Roberto Pedro Prudêncio Neto) ao posto máximo do Executivo municipal. Prudêncio assumirá pelos próximos 03 (três) meses o cargo de Prefeito no vizinho Município de Brusque, haja vista que a Justiça Eleitoral convocará novas eleições.

A eleição será direta, ou seja, pelo voto popular, vez que Paulo Roberto Eccel foi condenado por ter cometido crime eleitoral por abuso de Poder Econômico e Auto Promoção; cuja pena é de imediata Cassação, Inelegibilidade por 08 anos, pena de multa de R$ 30 mil reais, tendo ainda que a Coligação arcar com as despesas geradas com a necessidade de realização de novas eleições.

A decisão pode ser conferida no site do TSE: www.tse.jus.br
(Autos Respe 33645), processo cujo movimento atualizado é o seguinte:
26/03/2015 às 18h16min: Encaminhada mensagem eletrônica nº 32-Coare/SJD/TSE, em 26/03/2015, às 18h16, ao TRE-SC, comunicando a decisão proferida na sessão de 24/03/2015.

Pergunto:

Será que ainda vale a pena o Sr. Paulo Roberto Eccel convocar para hoje às 19h seus filiados, militantes e centenas de cargos comissionados para a tal manifestação "Somos todos Brusque! De mãos dadas pela Justiça." ? Soa como desespero e pressão.

Ser humilde, mais responsável com a coisa pública, mais zeloso com o erário e estar bem assessorado são requisitos mínimos para um bom gestor público; mas principalmente reconhecer seus erros, aceitar a realidade e assumir cometeu de verdade os abusos pelos quais foi condenado pelos 7 Ministros do Tribunal Superior Eleitoral.

A decisão da mais alta corte eleitoral foi técnica, irretocável, juridicamente perfeita e por unanimidade de votos Justa!

Herculano
27/03/2015 08:20
PETISTAS TÊM DE LER MARX, por Reinaldo Azevedo para o jornal Folha de S.Paulo

Acho fascinante esta imagem: pessoas que se tornam 'vítimas de sua própria concepção do mundo'

Com todos os equívocos que abriga, o "18 Brumário de Luís Bonaparte", de Karl Marx, é um dos grandes livros de política. É leitura obrigatória para esquerdistas e conservadores. Nos anos recentes, estes têm se dedicado mais à teoria do que aqueles, o que é natural: os oprimidos costumam se preparar intelectualmente para a luta com mais afinco do que os opressores, que tendem a substituir a formação pelo proselitismo arrogante.

Quando eu era trotskista e quase criança, havia uma disputa para ver quem sabia quase de cor "O Programa de Transição". Hoje em dia, já percebi, as pessoas não decoram nem a batatinha-quando-nasce da "revolução permanente", apesar da crença fervorosa. Ocorre que a convicção que nasce da ignorância só produz fundamentalismo burro. Adiante.

Por que o "18 Brumário"? Lá está uma das boas frases sobre Luís Bonaparte, o sobrinho que seria o tio redivivo como farsa. O tirano da oportunidade, segundo Marx, vestindo a máscara napoleônica, "se torna vítima de sua própria concepção de mundo" e se transforma no "bufão sério que não mais toma a história universal por uma comédia, e sim a sua própria comédia pela história universal". A síntese, concorde-se ou não com ela, é genial no sintagma, no arranjo de palavras. Acho fascinante esta imagem: pessoas que se tornam "vítimas de sua própria concepção do mundo".

Tenho lido o que escrevem esquerdistas ilustrados sobre a derrocada do petismo. É evidente que não perco meu tempo com blogs sujos, com pistoleiros da internet, com gente incapaz de pensar com a coluna ereta - ou, nos termos celebrizados pelo documento da Secom, ignoro a "munição" que é "disparada" pelos "soldados de fora". Não! Se André Singer escreve nesta Folha, no entanto, presto atenção ao que diz. Não lamento pelos outros. A Singer, dedico duas furtivas lágrimas.

Poucos, como ele, são tão vítimas de sua própria concepção de mundo. Singer avalia que Lula é a causa geradora de um movimento que, potencialmente - e isto digo eu -, pode destruir o próprio PT. Um esquerdista jamais acredita que possa existir algo de novo sob o sol, exceto a antítese liderada pelas forças da reação ou a dor necessária provocada pelas vanguardas disruptivas - nesse segundo caso, ainda que a coisa toda possa ser desagradável no começo, utopistas como Singer sugerem que a gente goza no fim... Nem que seja no fim da história.

Tentei achar nos seus textos onde estão os sujeitos que fazem história fora das hostes da esquerda. Não há. Ou os homens que disputam as narrativas estão engajados num movimento que traz em si o germe da mudança necessária ou estão articulando as forças da reação, o que levaria o mundo a andar pra trás.

É impressionante que mesmo os esquerdistas que leram mais de três livros ignorem que os valores do homem médio - que, no fim das contas, asseguram a estabilidade disso que entendemos como civilização - também podem ser afirmativos, não apenas reativos ou derivados da mobilização esquerdista. Bakunin, numa crítica pela esquerda, apontava "a falta de simpatia" de Marx pela raça humana. A crítica era pertinente. O furunculoso nunca se interessou pelo homem que há, aquele que realmente faz história, mas sempre pelo homem a haver, que existe como projeto.

O petismo perdeu o bonde. Também perdeu a rua, como ficará claro, de novo!, no dia 12 de abril. O petismo já morreu. Tornou-se vítima de sua própria concepção de mundo.
Herculano
27/03/2015 08:06
CASO DO MENSALÃO TUCANO ESTÁ PARADO NA JUSTIÇA DE MINAS

Processo está pronto para julgamento há um ano, desde que o Supremo devolveu o caso para a primeira instância . Demora aumenta risco de impunidade de crimes associados à fracassada campanha de Azeredo em 1998, escreve Paulo Peixoto, de Belo Horizonte, para o jornal Folha de S.Paulo

Um ano depois de o Supremo Tribunal Federal determinar que o processo do mensalão tucano contra o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) deveria ser julgado na primeira instância da Justiça em Minas Gerais, nada foi feito para concluir o caso, que se arrasta há quase uma década.

Além de o julgamento não ter acontecido, desde 7 de janeiro a 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, onde tramita a ação, está sem juiz, porque a titular se aposentou.

O processo de Azeredo chegou a Minas já totalmente instruído pelo Supremo e pronto para ser julgado. Nenhuma audiência mais é necessária, basta o julgamento.

Parte da demora também pode ser explicada pela lentidão do Judiciário. O STF decidiu devolver o caso para Minas no dia 27 de março do ano passado. Depois disso, foram necessários cinco meses para que a ação chegasse à 9ª Vara. O processo só chegou no dia 22 de agosto de 2014.

Quanto maior a demora, maior é o risco de que os crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República prescrevam e fiquem impunes.

Segundo o Ministério Público, o mensalão tucano foi um esquema de desvio de dinheiro público do governo de Minas para a fracassada campanha do então governador Azeredo à reeleição, em 1998.

Azeredo, que depois se elegeu senador e deputado e hoje está sem mandato, sempre negou as denúncias, assim como os demais réus.

O caso começou a ser investigado em 2005, quando foi descoberto em meio ao escândalo do mensalão petista. A Procuradoria apresentou denúncia à Justiça em 2007.

PRESCRIÇÕES
Não se sabe quando o Tribunal de Justiça de Minas nomeará um juiz substituto para a 9ª Vara. Isso deveria ter acontecido nesta quarta (25), quando o tribunal prometia indicar juízes para 12 varas na capital mineira e no interior.

A sessão foi adiada porque uma juíza candidata recorreu ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) questionando a lista. Como o processo terá de ser refeito, o tribunal diz que não há previsão de quando a nomeação dos juízes ocorrerá.

Tramitam ainda na 9ª Vara mais dois processos ligados ao mensalão mineiro. Um deles tem como réu o ex-senador Clésio Andrade (PMDB). Azeredo renunciou ao mandato de deputado e Clésio ao de senador, e assim perderam o direito de serem julgados pelo Supremo. Por isso, o STF devolveu o caso para a primeira instância.

O outro processo tem oito réus e ainda está na fase de instrução. Falta ouvir testemunhas, além de todos os réus. Dois deles - Cláudio Mourão, tesoureiro da campanha de Azeredo, e o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia - já completaram 70 anos, beneficiando-se da prescrição.

A demora no julgamento pode beneficiar outros réus, inclusive Azeredo, que completará 70 anos em setembro de 2018. Se ele for julgado antes disso, ainda assim poderá se beneficiar da prescrição, caso seja condenado.

Isso ocorreria no caso de ser aplicada a pena mínima, três anos pelo crime de lavagem de dinheiro. A prescrição ocorreria porque já teriam passado nove anos entre o fato (1998) e a denúncia (2007). A lei nesse caso fixa a prescrição em oito anos.
Herculano
27/03/2015 08:01
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NÃO TEM JEITO. MANCHETE DESTA SEXTA-FEIRA

Réu na Lava Jato, tesoureiro do PT avisa que não sairá do cargo. João Vaccari Neto afirmou aos colegas de partido que a permanência favorece sua defesa. A resistência deverá minar ainda mais seu apoio interno; petistas reclamam de desprezo com imagem da sigla
Herculano
27/03/2015 08:00
LULA QUER MERCADANTE EMBAIXADOR, "BEM LONGE", por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O ex-presidente Lula voltou a insistir na demissão imediata do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), como "única saída" para a retomada do entendimento com o PMDB. A idéia de Lula é nomear Mercadante embaixador, aonde ele quiser, "de preferência bem longe". Lula se irritou com a nova trapalhada do ministro, que fez Dilma desafiar o PMDB ajudando a fundar o Partido Liberal (PL), de Gilberto Kassab.

Política estomacal
Visceral, Mercadante faz política com raiva, e quis se vingar do PMDB e do "emparedamento" do governo no Congresso, dando força ao PL.

Janela de deserção
A criação de partido, como o PL, abre a janela para transferência de deputados sem risco de perder o mandato. A idéia é esvaziar o PMDB.

Irrelevâncias
Após tornar o ministro Pepe Vargas (Articulação) irrelevante, Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, está louco para encarar Mercadante.

Enquadramento
Eduardo Cunha se recusou a receber Pepe Vargas, afirmando que não aceitava intermediários nas relações "entre presidentes de poderes".

DILMA SUBMETEU TRAUMANN A HUMILHAÇÃO FINAL
Demitido nesta quarta (25) do cargo de ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann deixou funcionários do Planalto constrangidos com a humilhação a que se submeteu na segunda-feira (23). Ele ficou plantado durante todo o dia na porta do gabinete de Dilma, implorando inutilmente para ser recebido por ela. Pretendia explicar o documento cujo vazamento, dias atrás, a irritou.

Adiamento
O ex-ministro também pretendia pedir a Dilma para ficar no cargo até junho, a fim de "descolar" sua saída do caso do documento vazado.

Diversionismo
Traumann divulgou haver retornado de breves férias na terça-feira, mas ele voltou ao Planalto na segunda, quando insistiu em falar com Dilma.

Casca grossa
A repulsa de Dilma não é pessoal. Também maltratava a antecessora dele, Helena Chagas, e tem o hábito de submeter auxiliares a bullying.

Vasos comunicantes
O deputado JHC (SD-AL) meteu Graça Foster em saia justa, ontem, ao conferir se ela apoiou a indicação de Luiz Eduardo Carneiro (já convocado para depor) para presidir a Sete Brasil. Ela confirmou. A empresa enrolada no petrolão é obra de André Esteves, do banco BTG.

Tutti buona gente
A Sete Brasil, em cuja gestão Graça Foster admitiu meter o bedelho, foi antes dirigida pelo ex-gerente Pedro Barusco, o corrupto confesso que foi braço direito do ex-diretor petista da Petrobras Renato Duque.

Bancada do petrolão
Graça Foster chegou à CPI da Petrobras na Câmara cercada da "bancada do petróleo", de deputados do PT. Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) ironizou a tropa de choque: "O depoimento é só da Graça".

Foto na parede
Desafeto de Lula, que o detesta, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), mantém relacionamento tão amistoso com Dilma que até pendurou uma foto oficial da presidente em seu gabinete.

Oráculo
O ex-senador José Sarney está montando um instituto, ainda sem nome definido, no Setor Hoteleiro Norte, em Brasília. Ali, ele pretende trabalhar e receber políticos. Quer manter a influência.

Plenário vazio
A ida de Ricardo Berzoini na Câmara nem de longe lembrou o show de Cid Gomes. Com duas dúzias de parlamentares, parecia mais tricô de comadres. Esvaziou de vez com o início do jogo Brasil 3x1 França.

Outra derrota
O governo também foi derrotado na Câmara na aprovação do projeto relatado pela deputada Gorete Pereira (PR-CE), que assegura mamografia a partir dos 40 anos. O governo insistiu nos 50 anos.

Cumprindo tabela
Os funcionários da liderança do governo no Senado, que não são poucos, estão feito baratas tontas. Quase dois meses depois do início do ano Legislativo, o novo líder do governo ainda não foi definido.

Pensando bem...
...após tantas trapalhadas, o ministro Aloizio Mercadante já pode ser considerado o co-piloto alemão de Dilma, no governo.
Herculano
27/03/2015 07:51
COMO UM PONTO DE VISTA - BEM CONSTRUÍDO PARA IGNORANTES, ANALFABETOS, DESINFORMADOS E FANÁTICOS PODE MUDAR OU INVERTER A COMPREENSÃO DO PROBLEMA, CRIAR ÁLIBIS, APONTAR CULPADOS PARA ASSIM TUDO CONTINUAR COMO ESTÁ E FACILITAR A VIDA DOS LADRÕES DO NOSSOS PESADOS IMPOSTOS.

No blog Tijolaço, claramente pró PT no poder, e governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff, está estampado o seguinte título assinado por seu titular Fernando Brito: O DR MORO FEZ DIFERENÇA. NA VIDA DE 250 MIL OPERÁRIOS HUMILDES E AGORA DESEMPREGADOS.

E é verdade. Mas, isto é uma consequência, pois o dr. Moro só entrou na vida delas, depois que os ladrões da Petrobrás, acobertados pelos governos do PT, PMDB, PP e outros colocaram a vida dessas pessoas num esquema que a qualquer hora poderia ser descoberto e desmoronar e desabrigando-as do emprego que falsamente tinham, criados para satisfazer uma minoria reunida em bando e que agora se descobre. Ou seja, qualquer um que escreve um artigo com o título "O PT, PMDB E PP FIZERAM A DIFERENÇA NA VIDA DE 250 MIL OPERÁRIOS HUMILDES E AGORA DESEMPREGADO. Usa-se a piedade social para salvar poucos da lei, da Justiça e da pena, para poucos continuarem na sanha do roubo descarado dos nosso dinheiro que está faltando na saúde pública, na educação, na segurança, nas obras de infraestruturas e no desenvolvimento econômico

Este éo Artigo de Fernando Brito. O Dr. Sérgio Moro recebeu com muita justiça o Prêmio Faz Diferença, conferido pelas Organizações Globo, outro dia.

Fez.

Os números que mostram que a construção civil demitiu 250 mil trabalhadores depois da ?Lava Jato?. A quatro pessoas por família, um milhão de seres humanos que, aparentemente, não fazem diferença.

Gente que, sem sombra de dúvida, não roubava e não enriquecia, como os premiados pela delação.

E que não molhava a mão de ninguém, como os empreiteiros.

Não se tem notícia de alguma filha de Paulo Roberto Costa ou de Alberto Yousef indo filar a bóia no vizinho, ou que alguma delas esteja pegando uma faxina na casa das madames para pagar a conta de luz.

Não existe Justiça quando, em seu olhar, não são as consequências sociais que ocupam o primeiro plano na visão de um juiz, salvo se o juiz é um obtuso.

Se milhares de famílias ocupam ilegalmente o Pinheirinho, não é o "mande a polícia expulsar imediatamente e cumpra-se a lei" a sabedoria que se espera de quem tem o poder de julgar, por maiores sejam as razões do proprietário.

Isso é algo que se espera de um energúmeno, não de alguém que recebe do Estado a missão de resolver conflitos de forma justa e humana.

A falência das empresas, sua bancarrota, está sendo o mecanismo usado para forçar as "confissões", está evidente.

Os "confessantes", entregando a rapadura, veraz ou fantasiosa, são soltos quase imediatamente.

Para cada preso de Sérgio Moro, porém, dezenas de milhares de homens, mulheres e crianças já são imediatamente condenados: à fome, às necessidades, ao desespero.

Não têm confissões a fazer, muito menos quem as premie por elas.

Significa que se devesse aceitar a corrupção em nome do emprego?

Não, absolutamente não.

Havia um sem-número de medidas que se poderia tomar.

Reter, por exemplo, uma parcela de seus ativos e faturamento, de forma a garantir a devolução do desviado.

Determinar a auditoria dos contratos imputados de desvio.

Como escreveu um amigo, "Quem comete crimes são pessoas, não instituições. Torturadores eram militares, não o Exército. Corruptores eram dirigentes, não empresas".

Empresas podem e devem ser punidas com multas, até porque é inimaginável que se possa "enjaular" uma pessoa jurídica.

Mas, quando são punidas com meses de insegurança, onde até mesmo pagá-las o contratado, por obras efetivamente realizadas, torna-se um perigo para qualquer dirigente público que as contratou - só deixa um caminho possível: parar.

E, parando a construção pesada no país, o Dr. Moro fez diferença.

Uma dramática diferença, não para os ricos, que viverão à farta com tudo o que lhes sobra.

Mas para os pobres, a quem não sobra nada e agora falta tudo.

Faz diferença, não é, Dr. Moro?
Herculano
27/03/2015 07:34
JULGANDO O JUDICIÁRIO por Hélio Schwartsman para o jornal Folha de S. Paulo

"A pressão é tão grande que os ministros acabam violentando suas convicções pessoais." A declaração, do defensor de um dos réus na Lava Jato, é reveladora do delicado momento epistemológico por que passa o Judiciário.

O advogado sugere aqui que a ânsia da população por ver corruptos na cadeia está levando magistrados do Supremo a tomar decisões que não tomariam se atuassem livremente. Nas entrelinhas está a ideia de que os ministros não estão julgando tecnicamente, mas politicamente.

O pressuposto dessa dicotomia é o de que existe uma verdade jurídica que estaria ao alcance do magistrado desapaixonado. A ideia, em que pese combinar doses perigosas de platonismo e positivismo, prospera porque se ajusta bem às nossas intuições de verdade/falsidade e certo/errado.

O problema dessa visão é que ela não é muito compatível com recentes achados científicos. É claro que há julgamentos quase puramente políticos. É só lembrar dos gladiadores romanos cujo destino era decidido pelo ruído da multidão e o polegar do imperador. Há outros bem técnicos, como aqueles definidos por uma única prova científica, como um teste de DNA num caso de paternidade.

Só que a maioria das situações reais são bem mais ambíguas. São tantos os elementos que influem na decisão de um juiz e tão complicadas suas interações que não faz muito sentido tentar descrever isso em termos de categorias binárias.

Nas últimas décadas, vários experimentos mostraram que os julgadores são suscetíveis a vieses que limitam sua capacidade de decidir objetivamente. Eles vão desde traços de personalidade e preferências ideológicas até fatores banais, como o nível de fome na hora de proferir a decisão.

Se a ciência ensina algo, é que a ideia de uma Justiça técnica e objetiva não passa de um mito. Como a sociedade não pode prescindir de um Judiciário, precisamos aprender a lidar melhor com suas imperfeições.

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