Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

31/03/2015

herculanoGG.jpgSEM AUDIÊNCIA I

A programação oficial dos 81 anos de Gaspar foi de responsabilidade da prefeitura em executá-la. Bem aquém do projetado. Mal divulgada. Ela, na verdade, retrata o clima pesado do paço municipal. Houve fracassos que nem saíram do papel como o Festival de Food Trucks; inaugurações arranjadas onde faltou gente para bater palmas; inauguração de obras polêmicas pelo preço e os problemas que causaram antes mesmo de começarem, como o caso do CDI Dorvalina Fachini. Os organizadores não conseguiram comunicar, sensibilizar e atrair público. Inclusive para o desfile. Quer mais um exemplo? A foto da página diz tudo. A apresentação da Banda Municipal de Blumenau no Ginásio João dos Santos. Sobraram cadeiras. Faltaram ouvidos. Tinha mais gente no palco do que fora dele, incluindo o ?goiabão?, que os trouxe e os levou depois do vexame. 

SEM AUDIÊNCIA II

E por que do fiasco? Para quem é do meio isso se dá em razão da desvalorização da cultura e dos agentes culturais populares. Em Gaspar, o único projeto sério de musicalização e formação de plateia para esse tipo de evento é visto como mendigo. Se houvesse dinâmica nesse setor de cultura, os próprios alunos de musicalização e instrumentos, somados aos seus familiares, lotariam o ginásio, para prestigiar a apresentação da banda. De verdade? Isso é o reflexo da penúria da Banda São Pedro, do Coral Santa Cecília... Se eles não entram no jogo político, só teríamos fotos e história. E olha que isso foi bandeira do então candidato Pedro Celso Zuchi, PT, nas campanhas de 2008 e 2012. Fez a promessa de criar uma lei municipal de incentivo à cultura. Nem um único Centro Cultural na cidade há. Teatro? Só o dos políticos. Acorda, Gaspar! 

A CULPA DOS OUTROS I

O PT e a prefeitura de Gaspar reclamam de que as obras que foram ?inauguradas? para comemorar os 81 anos de emancipação não ganharam as manchetes dos jornais locais e regionais (?). Obras? Brincadeira. Ah, com a água no pescoço descobriram que os jornais são importantes? Milagre. Jornais só são mensurados quando ignoram a propaganda que se quer de graça ou quando apontam erros, dúvidas, incoerências e falácias? Hum! 

A CULPA DOS OUTROS II

Pode combinar o seguinte? A melhor propaganda é a presença do público. Então se deve culpar o público, esse ingrato, inclusive o beneficiado pelas tais obras, ausente destas encenações (espetáculos mal arranjados e promovidos, de custo certo para todos os gasparenses).  Culpar os outros é fácil. Até a Assessoria de Comunicação esteve ausente de atos e calendário oficiais. Se ela que é paga (por nós), é da máquina de moer verdades e realidade se omite por preguiça, por falta de agenda e compromisso, qual a razão de exigir dos outros a divulgação do que não é notícia nem na Assessoria? 

A CULPA DOS OUTROS III

Está na hora dos políticos e gestores públicos compreenderem que a imprensa (e os jornais daqui) não foi feita para ficar de joelhos; mendigando reconhecimento da audiência e influência que realmente possui, bem como refém das mirradas verbas pública. Quanto mais sacaneiam e insistem na troca, o poder público mais fortalece o senso crítico, a credibilidade. E isso é bom para todos: os veículos buscam alternativas de sobrevivência, encorajam-se na independência; a sociedade tem um noticiário mais saudável, independente e crítico. 

A CULPA DOS OUTROS IV

Em Gaspar, há uma escolha preferencial por analfabetos, ignorantes, desinformados. Eles são emprenhados pelos ouvidos naquelas entrevistas sem perguntas das rádios. Do que se reclama e se culpa, então? No ano que vem, abrem-se os cofres e as exigências heterodoxas para salvar o mundo e a pele da companheirada sem emprego, inundando propaganda oficial e paga contra a memória curta de todos, principalmente dos eleitores. Pois o ex-assessor do PT daqui e hoje prefeito de Brusque, Paulo Roberto Eccel, usou essa fórmula e está sendo cassado. Então! 

TRAPICHE

Roberto Basei deixou o PSC. O presidente do diretório até sonhou ser candidato a deputado estadual. 

Quem não acredita ou não quer o Anel de Contorno de Gaspar? O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. Na reunião da AMMVI que definiu as prioridades dos prefeitos junto ao governo do estado para o Médio Vale, nada se falou sobre o Contorno. Zuchi estava presente. Aplaudiu os pedidos dos outros. Hum! 

No encontro da quinta-feira da semana passada feito na Câmara de Gaspar, Zuchi não foi. Mandou a vice, Mariluci Deschamps Rosa, PT. Líder que é líder e quer o melhor para a sua cidade não manda emissários sem voz. Ergue a sua em defesa da comunidade e seu futuro. 

Outro ausente do mesmo balaio: o presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP. Como se vê, Executivo e Legislativo estão unidos. Estão de costas para a cidade. E por birra.

Quem também estava ausente? O prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, PSDB. Ele faz o jogo dos blumenauenses, apesar do Contorno beneficiar a vizinha. Napoleão defende que a ponte do Bela Vista vá para o SESI e que o dinheiro do governo do Estado para o Contorno seja usado para endireitar e duplicar a tortuosa e estreita Silvano Cândido da Silva para ser uma ligação expressa dos blumenauenses com a BR-470. 

Aliás, o governador Raimundo Colombo, PSD, vê com simpatia essa ideia dos blumenauenses. Simplesmente porque lá essa ideia tem defensores unidos e de peso (inclusive na imprensa) e lá há mais votos do que aqui. Nem mais, nem menos. 

Quem não veio entre os cinco deputados estaduais que estiveram aqui? Ismael dos Santos, PSD, o queridinho de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e Ana Paula de Lima, que manda no PT daqui. Então... 

Quem defende novos projetos para o Anel, enrola, só quer adiar a obra, dar dinheiro público para empresas de projetos. A Iguatemi Engenharia já embolsou quase R$ 2 milhões por esse e que se ameaça nem sair do papel. Ou seja, não falta projeto, mas decisão. 

A Acib, convidada, não veio. Ela é quem lidera o caso da troca das pontes e a nova via expressa para Blumenau. O presidente de fato da aparelhada Acig, José Eduardo de Souza, não apareceu. Incrível. O presidente da CDL, Valmir Castanha, deu o recado pelas entidades. 

Quem foi convincente na reunião? Um cidadão, gasparense da gema, sem filiação partidária: Élcio de Souza. Gaspar precisa de mais Élcios de Souza. E de Andreias Symone Zimmermann Nagel, que organizou o evento, sob tempestades e boicotes. Acorda, Gaspar!

 Edição 1674

Comentários

Herculano
02/04/2015 20:09
DELATOR DA CAMARGO REVELA PROPRINA NA NORTE-SUL, por Josias de Souza

Após firmar acordo judicial e converter-se num delator premiado, o presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, revelou que a construtora pagou propina para obter contratos na obra da Ferrovia Norte-Sul. Contou aos investigadores da Operação Lava Jato que, também neste caso, as empresas formaram um cartel. Beneficiaram-se das propinas partidos políticos e agentes públicos.

Deve-se a divulgação do teor do depoimento de Avancini ao repórter Renato Onofre. Ele conta que, na Norte-Sul, a Camargo obteve contatos de R$ 1 bilhão. Foram assinados em 2010, sob Lula. As informações do executivo da empresa abrem uma nova frente de investigação, dessa vez no setor de transportes. Já estavam na alça de mira da força-tarefa da Lava Jato o setor elétrico e o BNDES.

Depois de tornar-se delator, Avancini deixou a cadeia, em Curitiba, e passou a usufruir de prisão domiciliar. Ele terá de prestar novos depoimentos para esmiuçar os delitos que se escondem sob os dormentes da ferrovia. Um empreendimento que começou com uma uma licitação de fancaria, denunciada em 1987 pelo repórter Janio de Freitas.

É mais uma evidência de que, em matéria de corrupção no Brasil, nada se cria, nada se transforma, tudo se corrompe.
Herculano
02/04/2015 20:07
COMO A MÍDIA PAGA PELO PT VÊ A RBS NO CASO DO CARF

Grupo RBS terceiriza culpa por fraude fiscal, estampa o 247, o canal de comunicação do PT preferencialmente vice da publicidade de empresas (Petrobrás) e bancos (BNDEs, Caixa e BB) estatais.

O grupo RBS, afiliada da Globo nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, é a primeira das 12 grandes empresas que estão na mira da Operação Zelotes acusadas de subornar conselheiros da Receita Federal para que mudem o discurso sobre seu envolvimento da empresa na mega fraude fiscal descoberta esta semana. A RBS devia R$ 672 milhões.

Quando a Operação Zelotes foi deflagrada, a empresa publicou em seu site, no dia 28 de março: "A RBS desconhece a investigação e nega qualquer irregularidade em suas relações com a Receita Federal". Agora o grupo muda a versão e adota uma nova posição oficial perante as fraudes que somam R$ 19 bilhões, de acordo com as investigações da PF.

Segundo texto publicado no Diário do Centro do Mundo pelo jornalista Renan Antunes de Oliveira, de Santa Catarina, o neto do fundador e presidente do grupo, Duda Sirotsky, afirmou para seus colegas de profissão em Florianópolis que "a Receita Federal deve estar falando de uma operação que fizemos com a Telefonica", supostamente em 2011 - a RBS e a empresa de telefonia espanhola foram associadas.

Duda deu a seguinte explicação aos seus subordinados: "Nós apenas contratamos, inadvertidamente, um dos escritórios de advocacia hoje identificado como sendo de lobistas que subornavam conselheiros do CARF". A contratação teria dado margem às acusações contra a RBS.
sidnei luis reinert
02/04/2015 12:58
Chineses e árabes alimentam endividamento da Petrobras de olho na inevitável "privatização" petralha


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Qual o interesse do governo capimunista Chinês em emprestar dinheiro para a Petrobras fazer caixa, além de garantir fornecimento de petróleo futuro? A resposta simples é que os chineses estão de olho em uma futura "desestatização" da Petrobras, assim que a empresa não tiver condições de arcar com suas imensas dívidas. O grande capital árabe, que enxerga os chineses como concorrentes, tem a mesma intenção. Eles já são os compradores de ações da companhia na atual bacia das almas. O impopular desgoverno petista dá sua colaboração para a "privatização" da estatal de economia mista - afetada pela corrupção sistêmica em seus negócios.

Por isso, só idiota tem o que bebemorar com o empréstimo concedido pelo Banco de Desenvolvimento da China (CDB), no valor de US$ 3,5 bilhões. A operação foi fechada durante visita do diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, à China. O contrato de financiamento foi assinado pela a Petrobras Global Trading BV (PGT), subsidiária da Petrobras na Holanda, que é alvo de investigação no processo judicial movido por investidores estrangeiros da companhia na Corte de Nova York. A ação cita a Presidenta Dilma Rousseff e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como pessoas de interesse para o processo, mas não os indica como réus.

A Petrobras tem problemas de crédito internacional, porque até agora não conseguiu publicar seu balanço auditado de 2014. Ainda bem que os bondosos capimunistas chineses aparecem sempre prontos a ajudar quem precisa de "dinheiro fácil". A Petrobras nem informou quanto pagará de juros nesta operação. Também não ficou claro se o negócio prevê venda de petróleo futuro para os chineses, ou se está atrelado à compra de equipamentos pesados exportados por eles. Em 2009, a Petrobras já tinha pego US$ 10 bilhões emprestados do CDB, para pagamento em 10 anos.

A Petrobras cai naquela armadilha de captar recurso para socorrer o caixa e alongar a dívida. No futuro próximo, a fatura será cobrada com a perda do controle da companhia pelo governo brasileiro. Mais previsível que isto impossível...
Herculano
02/04/2015 12:12
EXTERMINADORES DO FUTURO, por Fernando Canzian, para o jornal Folha de S. Paulo

O ex-presidente Lula e sua criatura, Dilma Rousseff, vêm acusando cada vez mais o golpe que se auto-infligiram nos últimos anos, com escândalos no campo criminal e atrocidades na economia.

"O PT não pode ficar acuado diante dessa agressividade odiosa", disse Lula nesta semana. E conclamou dirigentes do partido a aprofundar relações com movimentos sociais como CUT e MST.

O isolamento de Lula e do PT fica evidente quando apelam a movimentos que defendem justamente o contrário do que a presidente diz que vai fazer.

Dilma recriada pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda) agora promete um "grande corte" nos gastos públicos. E só, não passa disso. "Agora é nossa vez, vamos conter os gastos", diz a presidente.

É a mesma pessoa que em 2005 (na Casa Civil) tachou de "rudimentar" proposta de equilibrar o déficit público no longo prazo e que, nos últimos 12 meses, permitiu que ele dobrasse.

Os movimentos de Lula e Dilma mostram o tamanho do atraso político e econômico em que estão metidos. Como ficaram ultrapassados e estão caindo de podres.

Anacronismo de Lula ao apelar para o "exército" datado do MST de João Pedro Stedile em oposição a manifestações de rua gigantescas; e derrota total de Dilma ao enterrar sem cerimônia toda e qualquer agenda sua para dar carta branca a um ministro que considera que ela age "não da maneira mais efetiva".

No caso da presidente, a "tomada de poder" por Eduardo Cunha (na Câmara) e Renan Calheiros (no Senado) tem menos a ver com sua irrisória popularidade do que com um vácuo total de agenda e ideias para o país.

Depois de 30 anos de redemocratização e 20 de estabilização econômica é como se chegássemos no futuro voltando ao passado. E sem projeto de futuro.
Herculano
02/04/2015 12:10
PRIVATIZANDO NA BACIA DAS ALMAS, por Carlos Alberto Sardenberg, para o jornal O Globo

Estatal, superendividada, está desesperada atrás de caixa; o petróleo está em baixa forte e, parece, duradoura

Não faltam manifestações a favor da Petrobras e contra sua privatização. O PT, sindicatos e associações de petroleiros atribuem a sanha privatista às elites e aos mercados.

Mas a Petrobras já está sendo privatizada, e isso desde a época de Graça Foster. Chamam a operação de ?vender ativos? ou ?desinvestimento?, mas o nome é privatização na forma mais clássica: alienar patrimônio para pagar dívidas e fazer caixa.

E mais: privatizam no pior momento. A estatal, superendividada, está desesperada atrás de caixa; o petróleo está em baixa forte e, parece, duradoura, o que desvaloriza todos os ativos do setor. Privatizam na bacia das almas.

Parece ser a sina dos desenvolvimentistas: obrigados a tocar políticas ortodoxas para corrigir os estragos causados por suas políticas supostamente desenvolvimentistas. Com um agravante: são estranhos à ortodoxia, não a estudaram, não a praticaram, acabam fazendo tudo mal feito.

Pensaram no atual momento do governo Dilma?

Pois é isso mesmo, com uma diferença importante. A presidente chamou um legítimo ortodoxo, assim celebrado no Brasil e lá fora, para tocar esse serviço.

Para quem considera que o ajuste é necessário, trata-se de uma vantagem. Mas os conflitos são inevitáveis.

A presidente e o ministro Levy até que se esforçam para não criar atritos e/ou para desarmar os que aparecem. Mas toda vez que uma ou outro fala espontaneamente, quando deixam fluir as ideias, dá trombada.

Levy respeita e ouve os mercados. Dilma diz que não governa para especuladores.

O ministro considera que o ajuste das contas públicas é questão de princípio, que não há vida sem equilíbrio fiscal e monetário. Dilma acha que o ajuste é um atalho, um mal necessário para um problema momentâneo.

Levy escreveu diversas vezes sobre os equívocos da política do governo Dilma-1. Previu os desastres quando disse, por exemplo, que o crescimento dos salários sem ganhos de produtividade levaria fatalmente ao aumento do déficit das contas externas e da inflação. Dilma acha que o crescimento dos salários é seu mérito e que os problemas vieram não disso, mas da crise internacional.

Levy tem dito que a crise já acabou. Dilma ainda sustenta que a Europa está estragando tudo com sua austeridade.

Então, poderão perguntar, por que a presidente aplica aqui a mesma austeridade? Não é a mesma, sustenta a presidente. Lá é questão de princípio, aqui é mal passageiro.

Levy disse que a alta de salários sem ganhos de produtividade aperta o lucro das empresas, o que não é bom, porque estas param de investir. Dilma acha que o ajuste tem que ser mais em cima das empresas.

Levy diz que os bancos públicos vão elevar suas taxas de juros, as taxas que Dilma mandara derrubar.

Levy quer um amplo programa de privatização de estradas, portos, aeroportos, para o qual considera que as tarifas devem ser atraentes, ou seja garantir o bom lucro dos investidores. Para Dilma, o mais importante é a tarifa baixa.

MENTIRICÍDIO

Muita gente no governo diz que Levy comete sincericídio. Querem, pois, que cometa mentiricídios.

Ele não tem feito isso, mas dá umas voltinhas. Por exemplo: diz que o ajuste das contas públicas tem como objetivo o crescimento econômico.

Não é bem assim. Difícil ter crescimento sustentado com desajuste das contas públicas. Mas contas em ordem não garantem crescimento. É perfeitamente possível ter orçamento equilibrado e estagnação.

O que garante crescimento é investimento, especialmente em infraestrutura e, no nosso caso, via privatizações ? quer dizer, perdoem, concessões.

BOM PARA A CHINA

A política externa da China tem um grande objetivo: garantir o abastecimento de comida, matérias-primas e petróleo. Na outra mão, abrir e consolidar mercado para seus produtos industrializados.

Com enorme poupança, a China paga adiantado e assim financia a produção do que vai receber lá na frente. A petroleira que recebe o financiamento fica amarrada ao credor por muitos anos.

Com a Argentina, a China fez um monte de acordos desse tipo, de financiar a troca de alimentos por industrializados. A Argentina está sem acesso aos mercados internacionais de crédito e assim se agarra ao dinheiro chinês.

Por isso, a Petrobras precisa explicar muito bem como foi esse acordo pelo qual vai receber US$ 3,5 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China.

NÃO PODE

Parece que a gente está anestesiada diante de tanto malfeito. Mas convém reparar: o presidente da Vale, Murilo Ferreira, não pode ser o presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

As duas têm negócios e operações conjuntas que podem levar a conflito de interesses. Além disso, a Vale tem um pé no governo - ou o governo tem um pé na Vale. E tudo bem com o mesmo executivo como chairman e CEO das duas maiores companhias?
Herculano
02/04/2015 12:07
NO TOU NEM AI. BEJINHO NO OMBRO PRÁ VOCÊS ELEITORES E PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS. MANCHETE DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO: PANELAÇÕES NÃO FARÃO DILMA SE INTIMIDAR, DIZ NOVO MINISTRO DA SECOM

O texto e a entrevista são de Marina Dias, enviada especial e de Natuza Nery, da sucursal de Brasília. Escolhido pelo perfil político para comandar a Secretaria de Comunicação Social, algo inédito na administração Dilma Rousseff, o novo ministro da Secom, Edinho Silva (PT-SP), 49, reconhece que o governo "está perdendo a narrativa" quando o assunto é crise política, mas afirma que os "fatos" falarão mais alto e devolverão à presidente da República a popularidade perdida.

Em sua primeira entrevista exclusiva, Edinho, como é conhecido pelos colegas no PT, afirma que a presidente da República não se assustará diante de protestos contra sua administração.

"Ela [Dilma] já colocou sua integridade física a serviço desse projeto, não é panelaço que vai fazer a presidente se intimidar", diz.

Homem de confiança de Lula e aposta dos petistas para melhorar a relação entre o ex-presidente e Dilma, Edinho terá assento na coordenação do governo, o grupo que toma as principais decisões políticas na gestão.

Ele promete critérios técnicos na distribuição de verbas publicitárias, sem privilegiar veículos de comunicação alinhados com o Planalto.

Confira a seguir os principais trechos:

Folha - O PT defende que recursos publicitários irriguem mais veículos de comunicação afinados com o governo. Concorda?
Edinho Silva - Os critérios estabelecidos são técnicos e vou segui-los. Mas quero racionalizar a execução orçamentária [a verba é de cerca de R$ 200 milhões ao ano] para ampliar ao máximo a extensão de nossas campanhas. Quanto mais você conseguir que recursos cheguem a vários veículos, a comunicação se torna mais eficiente.

Folha - Mas hoje há um descasamento entre audiência e dinheiro recebido...
Edinho - Sou um ministro que teve uma história de vida vinculada ao PT, mas assumo a Secom para fazer a gestão dos recursos públicos pautado pelos interesses públicos. Pedi um levantamento da composição dos critérios da mídia técnica e, se há distorções, que a gente possa atualizar.

Folha - A presidente sugeriu um aumento de verbas publicitárias. E o ajuste fiscal?
Edinho -O que a presidente quis expressar é que há uma necessidade de o governo se comunicar e a comunicação não é pautada só pela publicidade. Pensar isso é um erro. A comunicação efetiva se dá no cotidiano. O governo tem que dialogar o tempo todo com a sociedade.

Folha - A avaliação geral na classe política é de que o governo se comunica muito mal.
Edinho - O governo se comunica dentro da realidade que está vivendo. Por estarmos em um momento de muita turbulência, muitas vezes o governo não consegue fazer chegar à sociedade todas as informações necessárias. Mas não quero lançar iniciativas olhando pelo retrovisor. O que foi feito, foi feito. Vou me nortear por alguns princípios: valorizar os veículos de comunicação, construir uma estrutura na qual todas as demandas sejam atendidas e unificar a comunicação do governo. Se os ministros não falarem a mesma linguagem, é evidente que vamos falhar na comunicação.

Folha - Seu antecessor, o ex-ministro Thomas Traumann, pediu demissão após um documento interno da Secom dizer que há um "caos político". Há?
Edinho - Não li o texto.

Folha - Ah, ministro, por favor!
Edinho - Não li e não me interessa ler. Quando se olha muito pelo retrovisor, você bate o carro. Vejo um momento de turbulência política, isso é inegável, que precisa ser trabalhado politicamente com diálogo.

Folha - O texto também defende o uso de robôs que atuaram na eleição para multiplicar notícias positivas sobre o governo. Vai usar robôs nas redes sociais?
Edinho - Não. O governo utiliza as redes sociais da forma institucional. Os robôs são usados no submundo da internet e essa não pode ser a esfera de atuação de um governo.

Folha - O documento também diz que "a comunicação é o mordomo da crise". Vivemos em uma crise. Por que então aceitou esse, digamos, "abacaxi"?
Edinho - Tenho um compromisso com esse projeto político que é o projeto da minha vida. Sei que não é tarefa fácil, mas jamais recusaria uma missão em um governo liderado pela presidente Dilma.

Folha - Acha que o desgaste do governo está ligado à deterioração de imagem que o PT sofreu após o mensalão e a corrupção na Petrobras?
Edinho - Os fatos precisam falar mais alto e serem mais sólidos do que as narrativas. Acredito que, no médio prazo, serão. Qual fato existe contra o governo Dilma? Nenhum. Portanto, o que estamos perdendo é a narrativa, porque não há fato contra ela. O enfrentamento só interessa à oposição. É na calmaria que esse governo vai deslanchar e as informações vão chegar sem ruído à sociedade.

Folha - Os panelaços intimidam Dilma?
Edinho - Nada intimida a presidente da República. Quem já passou por tudo o que ela passou... não é uma crise conjuntural que vai intimidá-la. Ela já colocou sua integridade física a serviço desse projeto, não é panelaço que vai fazer a presidente Dilma se intimidar.

Folha -Como o governo tem que comunicar o ajuste fiscal?
Edinho - Tem que fazer a informação chegar da forma mais simples possível. Ajuste fiscal não é programa de governo, são medidas a serem tomadas para que a economia possa crescer de forma sustentável, gerando emprego e distribuindo renda.
Herculano
02/04/2015 12:02
DESCONFIADOS

Todos na prefeitura de Gaspar estão inquietos. E decorre de três fatores: a falta de verbas federais e o apoio, por decorrência da crise, da administração de Dilma Vana Rousseff; a cassação de Paulo Roberto Eccel, ex-prefeito de Brusque; e a forma como o Ministério Público está cercando Pedro Celso Zuchi que montou uma estratégia para ignorar e decidiu enfrentar os promotores.
Herculano
02/04/2015 06:17
PESQUISA IBOPE SOBRE O GOVERNO DILMA ACENDEU A LUZ VERMELHA NO INSTITUTO LULA, por Ricardo Noblat, no jornal O Globo

O que mais deve preocupar a presidente Dilma Rousseff em meio ao tsunami de más notícias trazidas pela mais recente pesquisa do Ibope que ouviu 2.002 pessoas em todo o país entre os últimos dias 21 e 25: a queda na aprovação dela não se dá apenas entre os que votaram em Aécio Neves (PSDB) para presidente da República. Não.

Entre os que dizem ter votado em Dilma no segundo turno da eleição de 2014, a aprovação do seu governo caiu de 80% em dezembro último para 34% agora. Entre os partidários de Aécio caiu de 16% para 3%. Para 69% dos entrevistados, Dilma é culpada pelo esquema de corrupção na Petrobras. Para 60% deveria ser deposta.

A gestão de Dilma é considerada ruim ou péssima por 64% dos brasileiros, índice igual ao obtido pelo então presidente José Sarney em julho de 1989. O percentual dos que não confiam em Dilma saltou de 14% para 74%. O segundo mandato dela está sendo pior do que o primeiro (76%). Apenas 14% acreditam que o resto do mandato será ótimo ou bom.

Nada do que Dilma está fazendo é aprovado pela maioria da população. As políticas de taxa de juros e impostos são reprovadas por 89% e 90%, respectivamente. E o combate à inflação por 84%. As ações na área da saúde? Quase 85% reprovam.

Anteontem, reunido em São Paulo com um grupo de políticos do PT, Lula disse que seu futuro está ligado ao de Dilma para o bem ou para o mal. Se ele estiver certo, a pesquisa Ibope, que só veio confirmar o que a pesquisa do instituto Datafolha antecipara, acendeu a luz vermelha no Instituto Lula.
Herculano
02/04/2015 06:14
ADENDO

Este artigo dos procuradores Federais foi publicado nesta quinta-feira no jornal Folha de S. Paulo
Herculano
02/04/2015 06:13
da série, estes jovens estão incomodando e acuando as velhas raposas que já fingiram nos discursos serem os paladinos da moralidade pública e da ética para nos convencer que mereciam a nossa confiança. Mas, na prática....

A PRISÃO DOS RÉUS DA LAVA JATO, por Atáyde Ribeiro Costa, 34, Deltan Martinazzo Dallagnol, 35, e Roberson Henrique Pozzobon, 30, procuradores da República, são integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato

Revogar prisões que foram decretadas para estancar uma corrupção sistêmica significaria deixar esse câncer dominar o paciente

A corrupção sempre esteve em nossas mentes, mas hoje incendeia nossos corações. Faltam escola, hospital, água encanada, rede de esgoto, policiamento e segurança. Os R$ 200 bilhões desviados por ano no Brasil (estimativa da Organização das Nações Unidas) triplicariam o investimento federal em educação ou em saúde.

Corrupção é um câncer que mata, e há um grande tumor descoberto na Petrobras que está sendo diagnosticado e tratado para evitar novas metástases. A quimioterapia, como a prisão preventiva, é um remédio amargo, mas necessário.

A prisão antes do fim do processo deve ser exceção. A regra é que a pessoa seja presa após o julgamento. A exceção ocorre quando a liberdade da pessoa gera um risco à sociedade: de reiteração de crimes, risco econômico, de fuga ou de atrapalhar a colheita das provas.

Na Operação Lava Jato, vários fatos demonstram esses riscos e, consequentemente, a imprescindibilidade das prisões. Há provas de que a corrupção nas empresas é um modelo de negócio praticado há muito e que envolve bilhões de reais.

Pior do que isso, existem provas de que a corrupção continuou ao longo de 2014, mesmo após a deflagração da operação, o que revela completo destemor e crença na absoluta impunidade. Vários dos réus ainda escondem dinheiro sujo no exterior, o que é um crime atual.

A necessidade de frear os crimes justifica a prisão como medida extrema. O risco dos crimes coloca também em xeque a economia. Muito se diz sobre o prejuízo econômico vinculado à Lava Jato. Deixemos as coisas claras. O que traz prejuízos econômicos é a corrupção, e não o combate a ela. E essa corrupção precisa ser estancada.

O simples desligamento formal dos empresários presos de seus cargos nas empreiteiras não atenua esse risco, pois eles mantêm ampla influência nas empresas, na qualidade de donos ou altos executivos.

Eles têm os contatos com agentes públicos envolvidos no esquema e poder de decisão, ainda que informal. Têm a faca, a massa e o queijo na mão para continuar a corrupção e fazer desse caso uma pizza, caso sejam soltos.

O risco é também para a colheita de provas. Os réus não só cometeram os crimes, mas os esconderam, praticando lavagem de dinheiro. Além disso, depois de descobertos, tentaram enganar a Justiça, apresentando documentos falsos e dizendo que repasses de dinheiro para as empresas de fachada, controladas pelo doleiro Alberto Youssef, eram pagamentos de serviços de consultoria prestados licitamente. Um total desrespeito à Justiça.

Presentes as justificativas para a prisão, existe ainda um limite temporal: o processo não pode demorar além do razoável. A Lei das Organizações Criminosas previu um prazo de até oito meses para o fim da colheita de provas pelo juiz. Tudo indica que esse prazo será atendido na Lava Jato, ou seja, não há ou haverá excesso injustificado.

Assim, as diversas razões para as prisões permanecem, como as cortes têm reconhecido em mais de uma centena de recursos (habeas corpus), em decisões que estão em harmonia com a lei.

O argumento de que os crimes praticados não são violentos não convence. A corrupção é tão violenta quanto o tráfico de drogas. Corrupção mata, e mata mais do que o tráfico. Precisamos de um Brasil que trate igualmente corruptores, corruptos e traficantes.

Caso a suposta ausência de violência seja fundamento para soltar os réus acusados de corrupção na Lava Jato, por coerência, o mesmo tratamento deveria ser estendido aos milhares de traficantes de drogas presos preventivamente no país.

Revogar prisões que foram decretadas para estancar uma corrupção sistêmica e bilionária significaria deixar esse câncer ganhar terreno no paciente, por receio de administrar um remédio amargo capaz de impedir o avanço desse mal.
Herculano
02/04/2015 06:07
da série: a contribuição ideológica só é possível para a esquerda, onde até a que resulta da corrupção é perfeita e aceita

NADA É COICIDÊNCIA, por Jandira Feghali, deputada Federal, PC do B do Rio de Janeiro.

Sem que muita gente saiba, parte do ovo da serpente de 1964 começava a ser fecundado bem antes do dia 31 de março. Dois anos antes, como uma estratégia bem tramada, entidades de pensamento ultraliberal eram inundadas de dinheiro estrangeiro com o objetivo de atacar ideologias de Esquerda e defensores do campo progressista. Uma parte da História que nos remete ao momento atual.

Quase ninguém se recorda do americano Ivan Hasslocher, que comandava o misterioso Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), entidade que tinha o objetivo de financiar - e comandar - candidatos brasileiros que defendiam os interesses dos Estados Unidos. Sem sutileza alguma, a entidade chegou a financiar mais de 600 candidatos à época, desembolsando mais de "1 bilhão de cruzeiros". Consta nas memórias do ex-deputado Eloy Dutra (PTB) que o dinheiro provinha do The Royal Bank of Canadá, Bank of Boston e The National City Bank of New York.

O papel do IBAD fora um importante pilar para a instalação do vergonhoso Regime Militar e seu rasgo em nossa democracia. Setores conservadores brasileiros e organizações do empresariado paulista passaram a integrar o IBAD, onde protagonizarem a lamentável "Marcha com Deus e a família pela liberdade", reunindo camadas médias num ato de desprezo ao governo de João Goulart e tudo que ele representava.

É neste ponto da História que as "coincidências" se refletem. Ainda que as dificuldades geopolíticas influenciem a economia brasileira, parece insuportável às forças do capitalismo internacional e nacional a continuidade de um projeto democrático e popular num Brasil que defende a soberania, direitos sociais e distribuição de renda para o desenvolvimento justo, e pior, com um valioso pré-sal sob domínio de seu povo. Os 12 anos de governo Lula e Dilma ainda são um dolorido soco no estômago do capital financeiro.

Não é à toa que, cada vez mais, surgem indícios de contribuição financeira e ideológica de grupos ultraconservadores internacionais por trás dos protestos "espontâneos" contra o Governo Federal. De acordo com o jornalista Antônio Carlos, em reportagem para Carta Capital, os bilionários irmãos estadunidenses Koch, que possuem interesses em gás e petróleo, atuam com forte lobby em entidades que lideraram as recentes manifestações de 15 de março, como a do Movimento Brasil Livre, nascido há pouco mais de 1 ano, porém com objetivo nublado e de representantes nada convincentes.

O caldo de ódio inflado por grupos como este, tidos como "autênticos", generalizando a política como corrupta e pregando a interrupção de um governo democraticamente eleito, é mais uma tentativa de retrocesso inaceitável. Geram pelo país ondas de ira sem volta, permitindo espaço nas ruas a grupos fascistas e pregando absurdos como a privatização da Petrobras. Tudo não passa de um oportunismo destas forças que pouco se importam com a desestabilização do país e a consequente ruptura democrática.

Os interesses econômicos internacionais e de setores nacionais, como se vê, são capazes de tudo. Cabe ao Brasil defender seu patrimônio e não ceder na discussão política, nas ruas, ou no Congresso Nacional. A caminhada do PCdoB nesta trincheira é longa e histórica, pois as lutas pela liberdade e emancipação do povo estão na sua essência. Perdemos muitas vidas nesta trajetória e é por isso que resistiremos para que o atraso não se aproprie do futuro de nossos filhos, mantendo o embate aberto, arejado, sem medo, com a coragem de quem conhece e rememora o passado e quer avançar muito mais. Bem mais.
Herculano
02/04/2015 06:02
GABRIELLI E O PUNHO CERRADO, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo

A crônica do petrolão já havia produzido uma frase para os livros de história. Foi pronunciada por Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, ao ser preso pela Polícia Federal no Rio: "Que país é este?".

Nesta terça-feira, apareceu a melhor imagem do escândalo até aqui. É uma foto de José Sergio Gabrielli, ex-presidente da estatal, em ato promovido pelo PT e pela CUT na Quadra dos Bancários de São Paulo.

A cena foi fabricada pelo próprio personagem. Estrategicamente posicionado atrás do ex-presidente Lula, Gabrielli se levantou e ergueu o braço direito com o punho cerrado.

O petista imitava o gesto de José Dirceu e José Genoino, seus colegas de partido, ao serem presos no fim do processo do mensalão.

Gabrielli já teve os bens bloqueados pela Justiça e pelo Tribunal de Contas da União, que investigam sua participação na compra da notória refinaria de Pasadena.

Sob seu comando, atuavam três diretores da petroleira presos na Lava Jato: Duque, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró. Um quarto diretor, Jorge Zelada, acaba de ter R$ 40 milhões bloqueados em Mônaco.

O ex-presidente da Petrobras ainda não é réu na Lava Jato, mas quem acompanha as investigações não se surpreenderá se ele aparecer na próxima leva de denúncias.

Além de inoportuno, o gesto de Gabrielli revelou falta de originalidade. Há um ano, o então deputado petista André Vargas também imitou os mensaleiros na Câmara. Não deu sorte: pouco depois, ele caiu na teia da Lava Jato e teve o mandato cassado.

No mesmo ato, Lula atribuiu a má fase do PT em São Paulo ao conservadorismo dos paulistas. "Eles são fortes aqui. Primeiro forte era o Jânio. Depois virou o Maluf. (...) Aqui tem um povo mais conservador", disse. Será interessante ver se o ex-presidente voltará à casa de Maluf no ano que vem para pedir apoio à reeleição de Fernando Haddad.
Herculano
02/04/2015 05:59
BNDES: ESQUEMA PAGA EMPREITEIRAS SEM LICITAÇÃO

Empresas enroladas no assalto à Petrobras, como OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão, ganharam do BNDES dezenas de financiamentos de obras no exterior. Somente as vinte principais obras totalizam US$ 8,5 bilhões (R$ 27 bilhões). A "caixa preta" do BNDES guarda os segredos desse esquema engenhoso, que transfere recursos do Tesouro para empreiteiras sem licitação e até sem autorização do Senado Federal.

Melhor que colo de mãe
Basta o país contratar empreiteira brasileira e o BNDES paga a obra, com direito a 20 anos de carência, contrato secreto e juros irrisórios.

Dinheiro na veia
O país com obra financiada pelo BNDES não vê a cor do dinheiro, que é pago diretamente à empreiteira amiga que realiza o serviço.

Blindagem
Órgãos de controle do Brasil não têm prerrogativa de fiscalizar obras no exterior, por isso não há como conferir o serviço das empreiteiras.

Mais que perfeito
A maioria dos países "financiados" por meio do BNDES têm governos autoritários e não têm órgão de controle, como Tribunal de Contas.

OUTROS FUNDOS PODEM SEGUIR OPÇÃO DO POSTALIS
Os déficits de R$ 5,6 bilhões no fundo de pensão da Caixa (Funcef) e R$ 1,2 bilhão no do BNDES (Fapes) deixaram empregados em alerta para aumento na contribuição para cobrir o rombo, assim como ocorre nos Correios com o Postalis. Pela regra, o fundo deve ser equacionado quando apresentar déficit por três anos consecutivos ou se representar 10% dos ativos. No Funcef, o valor chega a 10,33% e 11% no Fapes.

Quase lá
O Petros, da Petrobras, segue pelo mesmo caminho dos demais e já contabilizava déficit de R$ 5,5 bilhões, equivalente a 8% do patrimônio.

Na UTI
A situação no Postalis é também ruim, pois o déficit de R$ 5,6 bilhões é maior que os ativos avaliados em R$ 5 bilhões.

Exceção
Na contramão, a Previ do Banco do Brasil apresentou superávit de R$ 12,5 bilhões no mesmo período, deixando funcionários rindo à toa.

Repulsa histórica
Está explicado o abatimento de Dilma na posse do ministro Edinho Silva (Comunicação Social): ela já sabia da devastadora pesquisa CNI/Ibope indicando que 78% dos brasileiros desaprovam seu governo.

Tá feia a coisa
Das áreas do governo avaliadas pela pesquisa CNI/Ibope, o combate ao desemprego foi o calcanhar de Aquiles. A avaliação positiva despencou 23%. O combate à fome segue a lista, com queda de 21%.

Zero arrependimento
O doleiro Alberto Youssef não se revela minimamente arrependido, como sugere seu acordo de delação premiada, e continua arrogante: em depoimento, destacou os empregos que gerou e impostos que pagou, como se fosse homem de bem, cumpridor de obrigações.

Pinóquia
Um dos assuntos mais comentados no Twitter neste 1º de abril foi a hashtag #DiaDaDilma. Os maceioenses foram além, esticaram na movimentada av. Fernandes Lima faixa "Dia da Mentira, Dia da Dilma".

Cadeia pune criminosos
Sobre a redução da maioridade penal, o ministro Marco Aurélio (STF) diz que cadeia "não conserta ninguém". Tem razão. Mas é uma beleza para tirar de circulação quem usa a liberdade para cometer crimes.

Dá para acreditar?
O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, garantiu que Brasília vai sediar o Fórum Mundial das Águas, em 2018. A menos que ele cancele o evento e deixe os organizadores na mão, como o fez, em três meses, com o GP de Motovelocidade, a Universíades e o GP de Fórmula Indy.

Semana nada santa
A semana legislativa morreu de véspera, no Congresso, feito peru. O expediente acabou na terça (31), e os parlamentares só retomam o trabalho na segunda (6), às 14h, na melhor das hipóteses.

Está na lei
Muitos criticam a Justiça pelo fato de ter sido iniciado ontem, dia 1º, o feriadão do Judiciário. Mas é pura desinformação: isso não é uma opção dos tribunais, está previsto em lei federal.

Linha de sucessão
Como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, vai passar a Semana Santa no exterior, a pergunta não se cala: é Dilma quem assume o poder?
Herculano
02/04/2015 05:52
OS VULNERÁVEIS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Aumento do custo de vida e piora das condições de emprego já começam a afetar sobretudo as camadas mais pobres da população

O grau de degradação das condições econômicas nos últimos anos, que agora se acentua, deixa em posição vulnerável os segmentos da sociedade que mais se beneficiaram durante o breve período de aceleração do crescimento na década passada: a chamada nova classe média e os estratos demográficos de renda mais baixa.

O processo de inclusão social tem seus alicerces comprometidos pelo aumento do custo de vida e pela piora das condições de emprego, dois resultados dos erros cometidos no primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT). A penúria orçamentária, por sua vez, inviabiliza a tentação de expandir os programas de distribuição de renda para compensar a crise.

Evidência do novo ambiente de escassez é a destruição de empregos formais - cerca de 40 mil ao mês, em média, nos últimos três meses. O desemprego cresceu de 4,6% em meados do ano passado para 5,9% em fevereiro.

Apesar do nível ainda reduzido de desocupação, fica claro que a dinâmica do mercado de trabalho mudou. Pela primeira vez desde 2003, observou-se em fevereiro redução dos salários reais (descontada recomposição da inflação).

Nesse cenário, a rotatividade da mão de obra tende a crescer, com novas contratações em patamares de remuneração abaixo dos atuais. Se há um grupo especialmente ameaçado, é o formado por quem conquistou vaga no mercado formal há pouco tempo e ganha até cinco salários mínimos.

Não por acaso o Nordeste, até há pouco exemplo de dinamismo, também apresenta quadro recessivo. Apesar de a região manter desempenho acima da média nacional, reportagem desta Folha mostrou que, em 2014, ela concentrou 30% das demissões na construção civil, setor que cortou 106 mil vagas.

Os reflexos na avaliação presidencial são patentes. A mais recente pesquisa do instituto Datafolha revelou a convergência da rejeição ao governo Dilma nas várias regiões do país e entre os diferentes estratos populacionais.

No Nordeste, o índice de ruim e péssimo passou de 11%, em outubro do ano passado, para 55%; no Sul e no Sudeste, a rejeição atinge 64% e 66%, respectivamente.

Verifica-se o mesmo fenômeno nas faixas de renda. Para 60% dos que percebem até dois salários mínimos, o governo é ruim/péssimo, índice cerca de quatro vezes superior ao de outubro. Nos outros três grupos (de dois a cinco mínimos, de cinco a dez e acima de dez), a rejeição fica em torno de 65%.

Tudo indica que começam a se concretizar os pesadelos do governo e do PT: o arrocho chegou ao povo e, pior, não se vislumbra melhora significativa antes de 2016.
Herculano
02/04/2015 05:50
QUANDO?

Título do press release do gabinete do deputado Aldo Schneider, PMDB, vice-presidente do legislativo catarinense.

Deputado Aldo cobra do Governo de SC recursos para ligação asfáltica entre Rio do Sul e Presidente Getúlio.

Excelente. Falta ele cobrar agora de Raimundo Colombo, PSD, de quem já foi líder na Assembleia, quando serão alocados os recursos para o Anel de Contorno de Gaspar.
Herculano
02/04/2015 05:46
VERGONHA. ESCOLHA IDEOLÓGICA SEM AVAL DA SOCIEDADE. ISOLAMENTO E DESCRÉDITO. A OPÇÃO BOLIVARIANA DA DIPLOMACIA BRASILEIRA

Em 2014, o Brasil transferiu as contribuições antes reservadas à OEA [Organização dos Estados Americanos], da qual os Estados Unidos fazem parte, para a Unasul, que reúne as nações alinhadas à Venezuela. O conteúdo é de Veja. O texto é de Leonardo Coutinho.

No governo petista, a diplomacia brasileira perdeu a sua relevância na defesa dos interesses nacionais e se transformou em uma peça de defesa da ideologia do partido que está no poder. Ano após ano, o Brasil foi ampliando o seu alinhamento com o chamado "bolivarianismo", o populismo de esquerda inaugurado pelo falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e imitado em maior ou menor grau na Argentina, na Bolívia, no Equador e na Nicarágua. Esse alinhamento exige o gradual afastamento dos Estados Unidos, país que no discurso bolivariano é apontado como a causa de todos os males da região.

No ano passado, o Brasil deu um passo drástico no esfriamento das relações com os Estados Unidos, ao se recusar a pagar a sua contribuição obrigatória à Organização dos Estados Americanos (OEA), entidade que reúne as nações das Américas do Sul, Central e do Norte. Dos 8,1 milhões de dólares esperados, o Brasil depositou apenas 1 dólar, conforme revelou o jornal Folha de S.Paulo em janeiro passado. Para este ano, são previstas contribuições de 10 milhões de dólares, mas até o momento o Brasil não realizou nenhum repasse para organização.

Acreditava-se que o calote era resultado de um contingenciamento do orçamento do Itamaraty. No entanto, a reportagem de VEJA fez uma análise das transferências internacionais realizadas nos últimos anos e descobriu um curiosa coincidência: no ano passado, o Brasil transferiu para União das Nações Latino Americanas (Unasul) 16,24 milhões de reais - o equivalente a mais de 6 milhões de dólares, considerando a cotação nas datas dos pagamentos. O repasse para a Unasul foi mais que o dobro do previsto no Orçamento da União aprovado pelo Congresso: 7,2 milhões de reais. Em 2013, a contribuição brasileira para a Unasul, entidade multilateral criada por Hugo Chávez, foi de apenas 344.000 reais. O calote na OEA, portanto, é intencional. Não faltou dinheiro. Simplesmente, a diplomacia petista optou por privilegiar a Unasul e negligenciar a OEA.

Esse processo começou em 2011, quando a Unasul foi criada com o intuito de excluir os Estados Unidos, o Canadá e o México das discussões regionais. Em abril daquele ano, a presidente Dilma Rousseff determinou que Ruy Casaes, embaixador brasileiro na OEA, fosse chamado de volta a Brasília em protesto contra a manifestação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pedindo a suspensão das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Desde então, o Brasil tem apenas um representante interino na organização, Breno Dias Costa. Para o ex-embaixador do Panamá na OEA, Guillermo Cochez, a entidade é vítima de um processo de esvaziamento liderado pela Venezuela e do qual o Brasil faz parte. "É triste ver uma potência regional como o Brasil deixar-se guiar por uma política externa contrária aos valores democráticos", diz Cochez.

No ano passado, quando a então deputada Maria Corina Machado tentou levar para o âmbito da OEA o debate sobre a violência contra manifestantes que invadiram as ruas da Venezuela contra o regime chavista, o representante brasileiro se uniu ao coro dos chavistas para desqualificar o depoimento da venezuelana e para impedir que ele acontecesse em reunião aberta. Breno Dias da Costa disse, na ocasião: "O objetivo desta reunião não é transformá-la em um circo para o público externo, como alguns representantes mostraram que querem fazer." O episódio demonstrou que o governo brasileiro não apenas não aceita ser criticado em questões de direitos humanos, como toma as dores quando o mesmo acontece com a Venezuela.

Para governos que não gostam de críticas, a Unasul é o clube perfeito. Toda vez que é chamada para "mediar" a crise política na Venezuela, a organização dedica-se basicamente a endossar as acusações feitas pelo presidente Nicolás Maduro à oposição e silencia sobre o fato de que há presos políticos no país.
Herculano
02/04/2015 05:36
NÃO É BEM ASSIM, por Lauro Jardim, de Veja

A audiência do capítulo de ontem de Babilônia mostra que o boicote evangélico à novela da Globo (leia mais aqui) não é tão efetivo quanto Silas Malafaia, Marco Feliciano e João Campos gostariam.

Na cidade do Rio de Janeiro, onde 23,3% da população se declararam evangélicos ao Censo de 2010, Babilônia alcançou 34 pontos no Ibope, número condizente com o horário nobre da Globo. Em São Paulo capital, cuja população evangélica corresponde a 22,1% do total, o folhetim de Gilberto Braga alcançou 25 pontos de audiência.
Herculano
02/04/2015 05:33
RUA AMAZONAS

O que é feito da dona Elisete D'Ávila, que causou um dia furor na Tribuna Livre da Câmara? A Rua Amazonas continua sendo inundada a cada pingo mais forte. E os responsáveis pela drenagem, calados. Acorda, Gaspar!
Herculano
02/04/2015 05:30
O PODER CONCENTRADO por Jânio de Freitas, para o jornal Folha de S. Paulo

Entre o sumiço do governo e 'ajustes', Cunha e Renan tomam em suas mãos poderes que não lhes pertencem

As leis não gozam de prestígio entre nós, mas há sempre discussão sobre a reforma ou criação de várias delas, como se daí viesse a solução de um grave problema por uma lei a ser de fato respeitada. Já pelo nível muito baixo da discussão, mas também pelo atropelo das propostas que se jogam umas sobre as outras, tudo escorrega para o esquecimento ou, se posto em lei, para a inutilidade. Às vezes, porém, certas circunstâncias fazem soar alarmes, no entanto pouco ouvidos. Entramos em um desses momentos de exacerbação perigosa.

Entre o sumiço do governo e "ajustes" que não ajustam, Eduardo Cunha e Renan Calheiros praticam as presidências da Câmara e do Senado tomando em suas mãos poderes que não lhes pertencem. Cunha anuncia decisões da Câmara com uma antecipação que tanto expressa a subalternidade imposta a um número decisivo de deputados, como representa a individualização do poder que a democracia exige ser colegiado. "Em maio vamos fazer a reforma política", "o novo prédio da Câmara terá (...), está lançado o edital", coisas assim disfarçam-se com alegadas aprovações pela Mesa da Câmara e pela reunião dos líderes, sem que isso seja mais do que um truque tardio.

Para burlar a lei que extingue a extorsão sofrida por estados e municípios devedores do governo federal, Joaquim Levy foi a Renan Calheiros. Foi "pedir que não ponha em votação" a nova cobrança da dívida. O ministro da Fazenda não procurou senadores para que, no colégio de líderes, deixassem fora da pauta a nova cobrança, criada por Dilma menos de um semestre antes de esquecê-la em fevereiro. Levy foi endossar, como se verdadeiro e legítimo, o poder que Calheiros então exerceu mesmo. Mais uma vez com justificada majestade.

E o Rio havia ganho na Justiça, com adesão pública de São Paulo-capital, o direito de avaliação correta da dívida e de não pagar correção mais juros que vão a 9%. O BNDES aumentou agora os juros de seus empréstimos de 5,5% para 6% ao ano: as populações das cidades merecem tratamento pior do governo federal do que empresários financiados?

Eduardo Cunha instaurou e Renan Calheiros adotou o personalismo autoritário. E é como se isso nada significasse e nada prenunciasse. Para o PSDB, o PPS e outras fajutas oposições, desde que deprecie Dilma e o PT, não importa o que ocorra com a democracia, o regime, a Constituição, o país --está tudo ótimo. Os outros, uns olham para os próprios pés, os demais contam seus novos cifrões.

OS COFRES
O ex-senador Demóstenes Torres foi o único a pagar no caso em torno de Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. Falou agora pela primeira vez, sobre vínculos político-financeiros entre Carlinhos e o senador Ronaldo Caiado. Mas poucos talvez saibam como Demóstenes sobre os porões éticos de Brasília. Com muitas provas, porque seu amigo Carlinhos não é amador, como ficou provado desde o "caso Waldomiro" e, depois, com as gravações "não identificadas" na Praça dos Três Poderes.

Se os dois abrirem mais a memória, a Lava Jato ficará reduzida a literatura infantil.

LEIA LIVRO
Desde a primeira metade do século 19, a imprensa é parte inseparável da política brasileira, ora em atividades equivalentes às de poderosos partidos, ora com ares autênticos ou não de voz da sociedade, por fim mesclando suas características originais com o jornalismo. Apesar desse desempenho histórico, a imprensa mereceu muito pouco, quase nada, da historiografia e da sociologia brasileiras.

Um jornalista espanhol residente no Brasil há quase 60 anos oferece, com a Companhia das Letras, o primeiro volume de três previstos para uma resgatadora "História dos Jornais no Brasil". Antes de pesquisador minucioso e escritor admirável, Matias Molina credenciou-se com importante função na imprensa brasileira: a grande fase da "Gazeta Mercantil" de nossa época chegou a tanto por sua direção, a partir da qual também formou muitos dos melhores jornalistas brasileiros atuais.

O primeiro volume, que cobre o Brasil de 1500 a 1840 sem que faltem referências contemporâneas, já é um grande livro. E promete o mesmo nos dois próximos.
Herculano
02/04/2015 03:03
QUEM MANDA NO GOVERNO DO ESTADOE DE QUEM VERDADEIRAMENTE RAIMUNDO COLOMBO, PSD, É REFÉM HÁ SEIS ANOS.

Esta nota de Upiara Boschi, para o Diário Catarinense, da RBS Florianópolis, esclarece o que está coluna sempre escreveu e que faz há muitos anos Santa Catarina ir para traz.

Todos os homens de Luiz Henrique

As idas e vindas na definição dos novos secretários de Estado a partir da saída de Derly de Anunciação renderiam roteiro parafraseando o clássico Todos os Homens do Presidente.

Até domingo à noite, o nome escolhido e definido para a pasta era de Ary Veck, assim como Valter Gallina para a Infraestrutura e Vinicius Lummertz para a Casan - todos, indicações do PMDB do senador Luiz Henrique.

Na segunda-feira, Eduardo Pinho Moreira deu a senha: "Estava insatisfeito com os rumos do governo". Foi quando ocorreu a reviravolta surpreendente até para algumas raposas. O ex-deputado João Matos, da cota do vice-governador, foi confirmado na Administração.
Herculano
02/04/2015 02:54
O QUE A RUA QUER, por Ricardo Balthazar para o jornal Folha de S.Paulo

O manifesto que o Movimento Brasil Livre divulgou no ano passado para anunciar ao mundo suas intenções diz que o grupo é a favor da liberdade de imprensa, da livre iniciativa, de eleições livres e da separação entre os Poderes.

Nesta semana, em meio aos preparativos dos protestos contra o governo programados para o dia 12, o movimento apresentou dez reivindicações. Além do impeachment de Dilma Rousseff, a lista inclui cortes de ministérios, o fim da publicidade oficial e a concessão de asilo político ao líder oposicionista venezuelano Leopoldo López, preso desde fevereiro.

O movimento Vem pra Rua, outro que se destacou na organização das manifestações contra o governo em 15 de março, também tem uma nova lista de desejos. Ele quer Dilma fora do governo, mais transparência no BNDES, a continuidade das investigações sobre corrupção na Petrobras e o fim do Foro de São Paulo, um clube de grupos esquerdistas latino-americanos do qual o PT participa.

É natural que esses movimentos aproveitem para diversificar sua pauta enquanto os holofotes estão ligados, mas dificilmente isso servirá para arrastar multidões daqui a dez dias. Parece fácil convencer as pessoas sair de casa para gritar palavras de ordem contra Dilma e pedir o fim da roubalheira. Mas é muito improvável que elas se importem com Leopoldo López e o Foro de São Paulo.

Segundo o Datafolha, 47% dos manifestantes que foram às ruas em São Paulo em 15 de março tinham como motivação principal a indignação com a corrupção. Somente 27% disseram que foram à avenida Paulista pedir o impeachment de Dilma.

Embora as pessoas estejam insatisfeitas com o governo e angustiadas com os rumos da economia, muitas ainda não parecem convencidas de que a solução dos seus problemas esteja na saída de Dilma. Essa dissonância entre as ruas e os líderes das manifestações mostra que a presidente ainda tem margem de manobra para tentar salvar seu governo.
Herculano
01/04/2015 20:51
NOVA DIREITA É INIMIGA DA DEMOCRACIA, por Breno Altman

Um espectro ronda a república, o do neoconservadorismo tupiniquim. Capaz de colocar centenas de milhares nas ruas, essa frente de grupos e opiniões é a principal novidade do cenário brasileiro.

A abordagem sobre este protagonista emergente, além de decisiva para elucidar a crise política em curso, tem dividido e confundido as forças mais tradicionais.

Os partidos clássicos da reação, liderados pelo PSDB, topam qualquer negócio para encontrar espaço na rebelião pequeno-burguesa que brota do asfalto. Do discurso ao figurino, correm para se adaptar ao movimento horizontal e extraparlamentar que rompeu o formato da política conservadora pós-ditadura.

As siglas de centro, especialmente o PMDB, fazem contas e observam a incidência desta mobilização sobre seus currais eleitorais. A fração mais à direita desse bloco, encarnada por Eduardo Cunha, trata de flertar com franjas extremas do antipetismo. Impulsiona temas como redução da maioridade penal e rechaço à ampliação de direitos civis, a parte se apresentar como bastião de resistência contra a esquerda.

As legendas progressistas, particularmente o PT e seu governo, vivem um dilema. Como analisar e enfrentar esta onda de protestos que inutiliza a estratégia de conciliação levada a cabo desde a vitória de 2002?

Suposto "centrismo"

O entendimento que parece predominar no Palácio do Planalto foi exposto pelo ministro José Eduardo Martins Cardozo na desastrosa entrevista do dia 15 de março, durante a qual classificou as manifestações como "democráticas" e ofereceu a seus participantes o compromisso de diálogo.

Alguns analistas de prestígio também se somam a esta versão, recorrendo a pesquisas de opinião e insistindo em caracterizar o predomínio de suposta posição "centrista" entre os manifestantes do dia 15 de março.

Por exemplo, o professor André Singer, um dos principais intelectuais petistas, porta-voz do ex-presidente Lula entre 2003 e 2007, em recente entrevista à revista Época, refutou que a direita fosse corrente hegemônica na avenida Paulista e que a natureza da mobilização tenha sido golpista.

Salta à vista um problema metodológico, antes de mais nada: não resiste ao crivo da história a relevância que tais pontos de vista dão às estatísticas da multidão.

Se tivesse sido feito levantamento entre os participantes das marchas com Deus e a Família, em 1964, provavelmente a maioria se declararia a favor da democracia e se identificaria ao centro. Ainda assim, foram aquelas passeatas que forneceram base de massas para o golpe militar e a ditadura de 21 anos.

Pesquisas são ciência descritiva, fotografias momentâneas da dinâmica social. Podem servir de apoio à análise política, mas constituem elemento coadjuvante. O essencial é entender o rumo das forças protagonistas, seu programa, enlaces de classe e objetivos.

Todas as principais organizações responsáveis pelo 15M brasileiro estavam unificadas por duas palavras de ordem bastante simples: "Fora Dilma" e "Fora PT". O segredo de sua unidade foi deixar em segundo plano qual o instrumento para realizar esse objetivo: impeachment, intervenção das Forças Armadas, renúncia presidencial ou sangria até as eleições de 2018.

O elemento aglutinador é uma razia contra a esquerda, os valores e projetos que representa, ainda que às custas de desfecho anticonstitucional ou golpe parlamentar.

Contra-ataque progressista

Não estamos diante de mobilização com caráter reivindicatório. Trata-se de ofensiva pelo poder de Estado, em busca do qual a quebra da ordem democrática e a violação da soberania popular são possibilidades anunciadas.

Talvez a jornada do dia 12 de abril revele algum arrefecimento do levante reacionário, mas o ovo da serpente está sendo chocado.

Estamos vivendo, afinal, desabrochar político semelhante ao vivido por outros países, como os casos do Tea Party norte-americano e o Front National francês, nos quais setores médios e segmentos de trabalhadores com maior renda validam alternativa de ultra-direita contra a crise capitalista.

Definitivamente distantes da burguesia financeira, industrial e rural que concentra a acumulação de riquezas, estas camadas sentem-se usurpadas por um Estado que lhes impõe forte peso tributário e transfere a maioria desses recursos para programas de proteção e ascensão dos mais pobres.

Não é à toa que o mantra da luta contra a corrupção lhes seja tão cativante: classificar a ação do poder público como um roubo aos contribuintes, apropriando-se de desvios reais para construir sua narrativa, tem realmente maior fluência que a denúncia de políticas distributivistas capazes de provocar o desalento e a raiva entre estes agrupamentos sociais.

Esta nova direita, que arrasta a velha reação, sem maiores compromissos com o jogo político formal, extrapola o conservadorismo liberal, funde-se com aspectos do fascismo e está fora do campo republicano, representando ameaça ao regime de liberdades.

Deveria ser enfrentada, portanto, a partir de tal constatação, com a impulsão de contra-ataque progressista nas ruas, discurso permanente à opinião pública e ação legal contra quem comete crime de apologia à sublevação armada.

Louvável a preocupação dos que desejam separar o joio do trigo, afastando da empreitada os gaiatos do navio. Mas não se afasta democratas desavisados de manifestações golpistas, afinal, sem deixar claro a arapuca para a qual foram arrastados.

Complacência e leniência diante desta escalada neoconservadora, tratando-a como se fosse parte legítima da vida democrática, pode se constituir em erro fatal.

Não apenas ou principalmente por facilitar, agindo assim, a atividade de pescadores em águas turvas, mas centralmente porque abdicar de responder fogo contra fogo pode pavimentar a trilha para um longo período de retrocesso, no qual o bloco conservador estenda e consolide sua hegemonia por todos os poros do Estado e da sociedade.
Herculano
01/04/2015 20:47
A PESQUISA IBOPE CONFIRMA QUE A CAUSA DA ANEMIA DO GOVERNO E DO PT NÃO É O RANCOR DOS RICOS. ÉINGRATIDÃO DOS EX-MISERÁVEIS, por Augusto Nunes, de Veja.

O presidente do PT, Rui Falcão, acaba de afirmar que a onda de manifestações de rua é fruto das virtudes do partido, não dos pecados mortais que não para de cometer. Falcão recitou, de novo, que a elite golpista não perdoa o governo que tirou da miséria extrema 36 milhões de brasileiros. Essa conta não fecha, berram todos os institutos de pesquisa de opinião.

Nesta quarta-feira, o recorde de impopularidade estabelecido por Dilma foi ratificado pela pesquisa CNI/Ibope: apenas 12% dos entrevistados acham bom ou ótimo o início do segundo mandato, reprovado por 64% dos eleitores. Esses 12% equivalem a 17 milhões de brasileiros. Ou seja: metade dos que teriam subido na vida graças a Lula e Dilma gostariam de ver pelas costas os supostos benfeitores. O problema do PT, portanto, não é a má vontade dos ricos. É a ingratidão dos ex-miseráveis.
Herculano
01/04/2015 20:35
O CALVÁRIO

Não faz muito tempo, a Igreja Católica, com a sua Teologia da Libertação, saia dos púlpitos e dava voz ao PT via as eclesiais de base e não era raro na Semana Santa, que a encenação da Via Crucis voltava-se para a realidade social.

Nesta semana, o calvário volta-se para o PT. E foi ele próprio que criou a sua via dolorosa, crucificando um ideal. Reza (nos discursos) e espera o milagre pela absolvição popular.
Herculano
01/04/2015 20:28
MANCHETE

O portal do jornal Cruzeiro do Vale, o mais acessado (a ferramenta está a disposição de quem duvidar), fez esta manchete: três homens pegos e presos por estelionato no Bairro Santa Terezinha.

Hum!
sidnei luis reinert
01/04/2015 20:10
Se cadeia não conserta ninguém, como, porque e o que devemos fazer para castigar os políticos corruptos?
Herculano
01/04/2015 20:08
FOTO DA FESTA

O prefeito de Brusque, Paulo Roberto Eccel, PT e seu vice, Evandro Farias, PP, foram embora, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

A foto dos novos administradores é reveladora: na sala de reunião gente de chapéu panamá.
Almir ILHOTA
01/04/2015 18:56
HERCULANO

Por favor, PT em ILHOTA, depois de tantos escândalos envolvendo o partido dos trabalhadores em nosso país, lamento dizer que qualquer governo petista seria melhor que o pedessista de ilhota, não esta fácil viver aqui, pelo amor de DEUS nos salvem!
Herculano
01/04/2015 17:43
"CADEIA NÃO CONSERTA NINGUÉM", DIZ MINISTRO DO SUPREMO SOBRE MAIORIDADE PENAL. ELE ESTÁ CERTO. TAMBÉM CONCORDO. MAS, ESTÁ NA HORA DE DISCUTIR ESTE ASSUNTO MAIS A SÉRIO. FROUXO DO JEITO COMO ESTÁ NÃO DÁ. FUGIR DA DISCUSSÃO TAMBÉM NÃO. CULPAR O ECA É POUCO, AINDA MAIS QUANDO SE SABE QUE ELE NÃO É APLICADO COMO DEVERIA OU FOI CONCEBIDO, EXATAMENTE POR MEDO, POR SE TEMER QUESTIONAMENTOS, OU AMPLIAÇÃO DA INTERPRETAÇÃO PARTICULAR NO JUDICIÁRIO E NAS PROMOTORIAS. QUEM ESTÁ FALHANDO É A SOCIEDADE COMO UM TODO.

SEM ARGUMENTOS, OS DEFENSORES DE QUANTO PIOR MELHOR, DIZEM QUE O QUE SE ESTÁ FERINDO NÃO É O CIDADÃO, MAS A CONSTITUIÇÃO. COMO ASSIM? VAMOS FICAR REFÉNS DO DISCURSO E DA IDEOLOGIA EXATAMENTE POR PERPETUAR UMA CONSTITUIÇÃO QUE NOS DESABRIGA DIANTE DE UM GRAVE PROBLEMA SOCIAL? PORQUE REFÉNS DO MEDO E DA INÉRCIA DE QUEM DEVERIA - OS POLÍTICOS MAROTOS, NOSSOS REPRESENTANTES LEGÍTIMOS PELO VOTO POPULAR E DEMOCRÁTICO - BUSCAR UMA SOLUÇÃO ADEQUADA, JÁ ESTAMOS.

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. O ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou nesta quarta-feira (1º) que a proposta de redução da maioridade penal não resolve os problemas de segurança pública do país.

"Cadeia não conserta ninguém", disse, ao participar de um evento em comemoração aos 207 anos da Justiça militar no Brasil. "Não vamos dar uma esperança vã à sociedade como se pudéssemos ter melhores dias alterando a responsabilidade penal", completou.

Para Marco Aurélio, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), aprovada nessa terça-feira (31) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, não resolve os problemas do país, que são outros. "E nós precisamos cuidar deles", declarou.

Questionado sobre qual seria o principal problema para o Brasil hoje, ele mencionou ser a corrupção.

Com relação ao questionamento feito sobre a constitucionalidade da PEC, o ministro diz que, num primeiro momento, a proposta não fere uma cláusula pétrea da Constituição. "De início, eu não penso assim, mas estou aberto à reflexão."
Herculano
01/04/2015 15:50
LULA "INDIGNADO COM CORRUPÇÃO" É COMO COMANDANTE DE NAVIO REVOLTADO COM O MAR, por Josias de Souza

"Hoje se tem um brasileiro indignado sou eu, indignado com a corrupção." Com essa frase, dita por Lula num ato público na noite desta terça-feira, o Brasil escalou uma espécie de cume do cinismo. Pior do que a presunção de Lula de que ninguém se lembraria da sua própria cumplicidade com os escândalos é a conclusão de que a presunção é desnecessária.

Mesmo sabendo que ninguém desconhece que os dois maiores escândalos da República - o mensalão e o petróleo - têm origem no seu reinado, Lula acredita piamente que ainda pode dizer o que bem entender. E no vácuo moral em que se encontra mergulhado o país talvez possa mesmo. Tudo pode ser dito e feito quando nada tem consequência.

Tanto que a "indignação" de Lula tem dois gumes. Serve para manifestar sua repulsa à corrupção e também para realçar sua aversão às delações que desnudaram a petrorroubalheira. Com a delação, "bandido vira herói", resmungou o morubixaba do PT, antes de sapatear sobre o trabalho criterioso da Procuradoria e do juiz Sérgio Moro.

O delator "não precisa nem delatar", prosseguiu Lula. "Vai lá e fala eu acho, eu penso, eu ouvi dizer que fulano de tal fez tal coisa. E já vira manchete. Não precisa mais de juiz, a imprensa já condenou, a manchete já condenou, as pessoas estão perdendo o direito de andar na rua, as pessoas estão sendo agredidas nos aviões, nos restaurantes, sem prova nenhuma - apenas porque alguém que foi acusado disse: 'olha, eu fiz isso mas eu era tão bonzinho'. Eu virei ruim depois."

Num timbre antiatopeótico, Lula bradou: "Canalha já nasce canalha. Bandido já nasce bandido." Chama-se Paulo Roberto Costa o primeiro "canalha" a celebrar com a força-tarefa da Lava Jato um acordo de delação premiada. Foi nomeado diretor de Abastecimento da Petrobras no primeiro reinado de Lula, que chamava o "bandido" de Paulinho. Só deixou o posto, sob elogios escritos, em 2012, já sob Dilma.

Lula lamentou "o que estão fazendo com a Petrobras". Tentam "mostrar que é uma empresa corrupta". Errou o tempo do verbo. O lamentável é o que fizeram com a estatal. O dinheiro dos cofres da empresa só saiu pelo ladrão porque os ladrões foram empurrados por partidos da coligação oficial dentro do cofre. Tudo com as bênçãos de Lula, o indignado.

"Se teve corrupção lá dentro não foi corrupção de uma totalidade", constatou Lula, num flerte com o óbvio. "Foi corrupção de uma ou outra pessoa, que terá que pagar o preço por ter enganado o povo brasileiro." Enganar o povo não foi nada. O inacreditável é que autoridades como Lula e Dilma fujam de suas responsabilidades, refugiando-se atrás da lorota do "eu não sabia".

Sem mencionar-lhe o nome, Lula evocou a delação do ex-gerente Pedro Barusco. Referiu-se a ele como o "cidadão que vai fazer delação premiada e diz que tem não sei quantos milhões lá fora". A Justiça não só quantificou o desvio (US$ 97 milhões) como já está repatriando a grana, que estava entesourada na Suíça.

"Esse cidadão repartiu com vocês?", perguntou Lula aos militantes que o ouviam. "Ele repartiu com algum partido político ou ele repartiu com a conta bancária dele?" Lula deveria desperdiçar um naco do seu tempo lendo os depoimentos prestados por Barusco. São peças públicas. Nelas, lê-se que, na diretoria que abrigava Barusco, a de Engenharia e Serviços, cabia ao diretor Renato Duque, seu chefe, cuidar do repasse da parte da propina que cabia ao PT.

Para desassossego de Lula, Duque não era o único provedor do PT. A propósito, em depoimento prestado horas antes de Lula despejar sua "indignação" sobre o microfone, o doleiro Alberto Youssef contou que mandou entregar petropropinas ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, na porta do diretório nacional da legenda.

Lula nunca viu governos tão maravilhosos quanto os governos do PT. "Ninguém em sã consciência deve deixar de agradecer aos nossos 12 nos de governo, por ter tirado o tapete que escondia a corrupção da sala e escancarar a investigação nesse país. Fomos nós que escancaramos. Fomos nós que indicamos por quatro vezes representantes do Ministério Público indicados pela categoria, sem interferência do governo. Fomos nós que mais do que dobramos o número de agentes da Polícia Federal, mais que dobramos o investimento em inteligência, fomos nós?"

A lista de Lula ficaria mais completa se o orador emendasse: fomos nós que levamos a Petrobras ao balcão da baixa política; fomos nós que entregamos diretorias da estatal a apaniguados do PT, do PMDB e do PP; fomos nós que confiamos o comando da Transpetro a um apaniguado de Renan Calheiros por 12 anos, fomos nós que permitimos que o melado do petrolão continuasse escorrendo mesmo depois do envio da bancada do mensalão para a Papuda, fomos nós?

"Só tem um jeito de um homem ou uma mulher não ser molestado nesse país governado pelo PT: é ser honesto e não praticar nenhum desvio", afirmou Lula, desobrigando o país de fazer sentido. Lula indignado com corrupção é algo tão inusitado quanto um comandante de navio rebelando-se contra o mar. O enredo atingiu o ápice. A partir de agora tudo é epílogo.
Herculano
01/04/2015 15:28
"EM CENA, O VELHO LULA DE SEMPRE", por Ricardo Noblat para o jornal O Globo

Com um intervalo de poucas horas entre uma ocasião e outra, Lula, ontem, falou bem e falou mal de Dilma.

Falou bem no discurso que fez para sindicalistas e militantes do PT no Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Falou mal no mesmo lugar ao se reunir um pouco antes com um grupo pequeno de seguidores mais ou menos fiéis.

Foi um deles, autorizado pelo próprio Lula, quem saiu dizendo que ele falara mal de Dilma.

Ingrato, esse Lula!

Falar mal de Dilma logo agora que ela cedeu aos seus apelos e nomeou para o Ministério da Educação e para a Secretaria de Comunicação nomes indicados por ele?

Lula envelheceu. E junto com ele seu discurso e seus truques. Aparentemente, ele não se dá conta disso.

Um truque: defendeu a Petrobras, que está sendo atacada por seus inimigos, inimigos do Brasil.

Ora, foi ele que nomeou diretores da empresa que passaram a roubar tão logo assumiram seus cargos. Nos 12 anos de governos do PT, a Petrobras foi dilapidada e perdeu valor de mercado.

Outro truque: Lula se disse "indignado" com a corrupção. Mas se alguém pensou que ele aproveitaria o momento para admitir erros, quebrou a cara.

Corruptos são os outros. Corruptos são "bandidos que passaram a virar heróis" por terem negociado a delação premiada.

O ataque aos "corruptos" mascara a defesa que ele faz dos seus companheiros suspeitos de envolvimento com a roubalheira na Petrobras.

Lula defendeu a reputação de José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras nomeado por ele. Foi cínico para variar:

- Se tem um brasileiro indignado, este sou eu. Quero saber se alguém vai ter coragem de dizer que esse moço esteve envolvido com corrupção. Mas ele conquistou o direito de andar de cabeça erguida - disse, referindo-se a Gabrielli. "Já o bandido pega 40 anos de prisão, vai fazer delação premiada e vira herói. Diz 'ouvi falar', 'eu acho que?' e nem precisa de juiz, a imprensa já condenou."

Mais um truque: creditou em sua própria conta, e também na de Dilma, o esforço de investigação da Polícia Federal, capaz de ir fundo no combate à corrupção.

Ora, a Polícia Federal é um órgão do Estado. Assim como o Ministério Público. Não obedece às ordens do presidente da República. Atua com independência.

Lula sabe disso. Mas não resiste à tentação de manipular os fatos. É de sua natureza.
Herculano
01/04/2015 15:23
E AGORA? QUEM MENTE? A IMPRENSA LIVRE E GOLPISTA, OS INSTITUTOS DE PESQUISAS, OS ENTREVISTADOS QUE REPRESENTAM UM UNIVERSO DE PESQUISADOS, OU UMA MÁQUINA DE ENGANAR E EMPULHAR MAL USANDO OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS QUE NÃO CHEGAM À SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, OBRAS MAS ESTÃO NOS BOLSOS DE POUCOS QUE UM DIA JURARAM NOS DEFENDER DOS CORRUPTOS E CORRUPTORES E SENSIBILIZARAM CORAÇÕES E MENTES PRINCIPALMENTE DOS MAIS POBRES, ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS E DEPENDENTES QUE SÃO A MAIORIA DOS ELEITORES DESTE PAÍS?

MANCHETE DE HOJE: CONFIANÇA DA POPULAÇÃO NA PRESIDENTE DILMA INVERTE EM QUATRO ANOS


O conteúdo é do jornal Folha de S.Paulo. O texto é de Mariana Haubert, da sucursal de Brasília

Mesmo com a estratégia de melhorar a comunicação com a população e de explicar os ajustes feitos pelo governo, a reprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff continua expressivo. A confiança da população na presidente Dilma Rousseff inverteu-se completamente em quatro anos, segundo a pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta quarta-feira (1º).

Em março de 2011, quando começou o seu primeiro governo, Dilma tinha a confiança de 74% da população. Agora, no início de seu segundo mandato, o mesmo percentual de pessoas dizem não confiar na presidente.

O índice de desconfiança é o mais alto em 20 anos. Segundo a pesquisa, apenas 24% dos entrevistados dizem confiar na petista. O pior resultado havia sido registrado no início do segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1999. No fim daquele ano, o tucano tinha a confiança de apenas 27% da população.

A pesquisa mostrou também a reprovação ao governo Dilma chegou a 64%. A presidente perdeu popularidade em todos os estratos avaliados pela pesquisa, como combate à fome, ao desemprego e à inflação e impostos.

Em dezembro, quando a última pesquisa CNI-Ibope foi divulgada, Dilma teve 40% de aprovação e 27% de reprovação. Agora, apenas 12% dos entrevistados avaliaram o governo positivamente, enquanto 23% o consideraram regular.

A reprovação da maneira de governar da presidente também aumentou expressivamente, chegando a 78% da população. Apenas 19% dos entrevistados aprovam a maneira da petista de governar. Em dezembro, essa aprovação era de 52%.

ELEITORES
A presidente está perdendo popularidade entre seus eleitores, mostrando uma certa decepção do eleitorado. A pesquisa mostrou que houve uma queda entre os eleitores da petista de 63% para 22% na avaliação positiva do governo. Dentre os eleitores do senador Aécio Neves (PSDB-MG), a queda foi de 12% para 2%.

A pesquisa mostra que 76% dos entrevistados avaliam que o segundo governo Dilma está sendo pior que o primeiro, 18% avaliam que ele os dois mandatos estão sendo iguais e apenas 4% dos ouvidos acham que o segundo mandato está sendo melhor.

Questionados sobre as perspectivas para os próximos anos de governo, 55% acham que o futuro do governo não será bom. Apenas 14% acreditam que o restante do governo será ótimo ou bom.

A pesquisa CNI-Ibope analisou o primeiro trimestre deste ano. Realizada entre os dias 21 e 25 de março, ouviu 2.002 pessoas em 142 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o grau de confiança é de 95%.

Para o gerente-executivo de pesquisa e competitividade da CNI, Renato da Fonseca, os resultados negativos são decorrentes da crise econômica e do ajuste fiscal forte promovido pelo governo.

"O que a gente percebe é essa decepção. O que explica essa queda forte são os eleitores de Dilma que, com o quadro atual de intensificação da crise, desemprego aumentando e medidas de ajuste fiscal, geraram essa maior insatisfação. As questões econômicas passam a ser as mais criticadas", afirmou.

DESAPROVAÇÃO GERAL
A pesquisa avaliou nove áreas de atuação do governo. em todas elas a desaprovação é superior a 60% dos entrevistados.

A maior desaprovação foi verificada em relação à política de juros do governo e à atuação na área tributária, que registraram 89% e 90% de desaprovação, respectivamente. O combate à inflação registrou desaprovação de 84%; apenas 13% avaliaram o setor positivamente.

As áreas com melhor avaliação do governo ainda são o combate à fome e a à pobreza, com 33% de aprovação. Porém, a desaprovação também subiu neste setor, de 43% registrados em dezembro para 64% agora.

A popularidade da presidente é menor entre os mais jovens. Apenas 8% dos entrevistados com idade entre 25 e 34 anos avaliam o governo como ótimo ou bom, percentual que era de 36% na pesquisa anterior.

Entre os entrevistados com 16 a 24 anos, a aprovação na maneira de governar da presidente caiu de 51% para 14%. A faixa etária ainda com maior percentual de aprovação, 27%, permanece sendo o grupo de pessoas com mais de 55 anos ou mais.

A pesquisa mostrou ainda que a queda de popularidade foi maior na região Sul, onde a avaliação positiva do governo caiu de 40%, em dezembro, para 8% em março.

A região Nordeste também registrou queda de popularidade mas continua sendo o local onde a presidente é mais popular, com 34% de aprovação.
Herculano
01/04/2015 04:01
PMDB RECUA APÓS APELO DE LEVY E ADIA REVISÃO DE DÍVIDA

Projeto ameaçava comprometer ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma. Acordo permite que a renegociação dos contratos de Estados e municípios com a União fique para 2016, por Gabriela Guerreiro, Sofia Fernandes da sucursal de Brasília para o jornal Folha de S. Paulo

Após ameaçar colocar em votação projeto com impacto aos cofres do governo, o Senado adiou nesta terça-feira (31) a análise da proposta que obrigaria o Executivo a mudar o sistema de renegociação das dívidas dos Estados e municípios com a União.

A vitória do governo ocorreu após um apelo do ministro Joaquim Levy (Fazenda), que falou em uma audiência na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado) por mais de sete horas.

Ele convenceu o PMDB, que insistia na votação, a recuar e costurar um acordo.

Na semana passada, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a cúpula peemedebista anunciaram a intenção de votar nesta terça o projeto que obrigava o governo Dilma a adotar, em 30 dias, mecanismo para reduzir o valor que governadores e prefeitos precisam repassar aos cofres da União.

O projeto fora aprovado na Câmara, comandada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Mesmo depois da audiência do ministro na CAE, os senadores chegaram a anunciar a votação do projeto, mas à noite houve o recuo.

Levy propôs que os índices de correção das dívidas só sejam substituídos a partir de 1º de fevereiro do ano que vem, quando o governo já saberá se terá conseguido cumprir a meta fiscal de 2015.

Estados e municípios seriam ressarcidos pelo valor pago a mais neste ano. A proposta de Levy será incluída no projeto, em emenda que será apresentada pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR).

O acordo já foi firmado com as prefeituras do Rio e de São Paulo, as mais afetadas pela mudança nas taxas que corrigem as dívidas. Se for transformada em lei, valerá também para os demais municípios e para os Estados.

A lei que autoriza a troca dos índices que corrigem o saldo da dívida foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em novembro, mas precisa ainda de regulamentação para entrar em vigor. Levy tenta retardar a sua aplicação --que tem impacto estimado em R$ 3 bilhões por ano.

O Senado vai agora avaliar outros temas de interesse dos Estados antes de discutir a renegociação dos débitos com a União. Semana que vem os senadores prometem votar um projeto que convalida benefícios fiscais concedidos aos Estados de forma irregular.

A proposta regulariza benefícios fiscais que Estados concederam a empresas para que elas se estabelecessem em seus territórios.

Os congressistas prometem também votar mudanças no ICMS, principal imposto cobrado pelos Estados. Como é mais difícil construir um consenso sobre esses temas, a discussão sobre as dívidas dos Estados deve ser empurrada para a frente, que é o que o governo deseja.

AJUSTE
Na CAE, Levy voltou a fazer um apelo aos senadores para que o pacote de medidas para reequilibrar as contas públicas, que em grande parte depende da aprovação do Congresso, seja aprovado.

Ele disse que as medidas também garantem a manutenção de programas sociais.

Segundo o ministro, é preciso responder de maneira "rápida" para não ter um rebaixamento da nota de crédito do país, e pediu que Estados e municípios também contenham seus gastos.

Levy afirmou ter "satisfação" em participar do governo Dilma devido à sua "capacidade de construção de soluções democráticas". A afirmação ocorre depois de ele ter criticado a petista durante palestra reservada, como revelado pela Folha.

O ministro disse que sua impressão de que a presidente quer "endireitar as coisas" é "compartilhada por muitos". "Que a presidente quer endireitar as coisas, isso é natural de qualquer mandatário. É óbvio que lidamos com pressões e nem tudo se conclui como os tecnocratas indicariam que seria a solução perfeita. É da natureza dos processos democráticos."

O ministro disse que, com o coração "muito humilde", tem certeza de que sua participação no governo Dilma será uma "oferta inesperada" para a sua biografia.
Herculano
01/04/2015 03:58
O DIA 12 E A MEMÓRIA DAS CALÇADAS, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Ir para as ruas gritar contra o governo faz bem à alma, mas às vezes pede-se uma coisa e leva-se outra

A rua marcou um novo encontro com a doutora Dilma para o domingo, 12 de abril. O 15 de março mostrou ao comissariado o tamanho da insatisfação popular e ele não entendeu nada. O grito geral condenava a roubalheira e recebeu um pastel de vento. Seguiram-se o "Chega de PT" e o "Fora Dilma". Quem sai de casa num domingo para gritar na rua merece respeito, seja qual for o seu grito. Isso não elimina o fato de que uma pessoa tenha gritado por uma coisa e, tempos depois, perceba que foi feita de boba. O único instrumento para se acabar com o PT é o voto em candidatos da oposição. "Chega de PT" ou "Fora Dilma" são palavras de ordem que deságuam numa proposta de impedimento da doutora. Ele seria possível sem o apoio do PMDB de Renan Calheiros, Eduardo Cunha e Michel Temer? Nem pensar. Se esse apoio viesse, como ficariam o petrocomissário Sérgio Machado e o inolvidável Fernando Baiano?

A memória das calçadas é cruel. Quem pintou a cara de verde e amarelo em 1992 tem doces lembranças das manifestações que defenestraram Fernando Collor. Um dos líderes desse movimento era o presidente da União Nacional dos Estudantes, Lindbergh Farias. Militava no PC do B, migrou para o PT, elegeu-se prefeito de Nova Iguaçu e senador. Hoje está de cara lavada na lista do procurador-geral Rodrigo Janot, pois o "amigo Paulinho" ajudava-o a captar recursos junto a empreiteiras da Petrobras. Mandar Collor para casa podia ser uma boa ideia, mas na agenda de Lindbergh, do PC do B e do PT havia outros interesses.

E quem vestiu uma camisa amarela e saiu por aí nas campanha das Diretas de 1984? A ideia era excelente, mas a aprovação da emenda constitucional que restabelecia a eleição para presidente da República era uma impossibilidade aritmética. A agenda de Tancredo Neves era outra. Boa, porém outra. Graças às pessoas que saíram de camisa amarela, Tancredo construiu a conciliação que liquidou o consulado militar.

E quem foi à Passeata dos Cem Mil, em 1968? Um pedaço da avenida gritava "o povo unido jamais será vencido" e outro dizia que "o povo armado jamais será vencido". As agendas eram duas. Algumas centenas de pessoas que se julgavam a vanguarda da sociedade armaram-se e o povo dividido foi vencido.

Recuando-se um pouco mais, há 50 anos a esquerda foi para o Comício da Central, realizado diante do Ministério da Guerra, onde os blindados pareciam simbolizar o apoio militar ao presidente João Goulart. O gênio de Carlos Lacerda chamou a manifestação de "Comício das Lavadeiras", pois nele só havia "tanques e trouxas". Dias depois os tanques começaram a prender os trouxas. Em resposta ao comício das lavadeiras, realizou-se em São Paulo a "Marcha da Família com Deus pela Liberdade", com um forte componente religioso. Deposto Goulart, o ministro da Guerra, general Costa e Silva, disse que "a doutrina social da revolução coincide com a doutrina social da Igreja". Lorota. Começava ali a hostilidade da ditadura contra religiosos e seis anos depois o secretário-geral da CNBB, D. Aloísio Lorscheider, foi detido por uma tropa do Exército. Nessa época a esquerda divertia-se com um versinho:

"Marcharam com Deus pela democracia?

Agora chia... Agora chia."

Ir pra rua é sempre uma boa ideia, mas não custa se perguntar: Pra quê? Com quem?
Herculano
01/04/2015 03:55
DENÚNCIA DE DEMÓSTENES EMPERRA FUSÃO DEM-PTB, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O chumbo grosso trocado entre o ex-senador Demóstenes Torres e o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) empacou as negociações de fusão do DEM com o PTB. Demóstenes ? que acusou o senador de receber dinheiro do bicheiro Carlos Cachoeira ? mostrou ainda desfrutar de credibilidade no DEM: integrantes do seu antigo partido temem que as acusações inviabilizem o projeto presidencial de Caiado em 2018.

Vínculo ameaçado
As negociações da fusão PTB-DEM estão vinculadas à candidatura de Ronaldo Caiado à sucessão de Dilma.

Quem manda
A fusão DEM-PTB é estimulada pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, e por Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson.

É o bicho!
Demóstenes também acusou Ronaldo Caiado de ter sido bancado pela OAS, empreiteira enrolada no Petrolão. O senador negou indignado.

Vídeo-selfie
Enquanto o pau come solto no plenário, vários deputados se dedicam agora à nova mania na Câmara: vídeo-selfie. Falta do que fazer.

GOVERNO "ESQUECEU" DE INVESTIR BILHÕES DO FGTS
O bilionário Fundo de Infraestrutura (FI) do FGTS, que acumula R$ 35 bilhões em caixa, passou meio ano sem se reunir nem avaliar projetos de investimento que poderiam ter gerado empregos e renda. Em quinze meses, apenas um projeto foi aprovado no fundo FI: da CCR Rodovias, controlada pelas notórias Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, no valor de R$ 600 milhões. Os recursos do FI são privados (das contas do FGTS dos trabalhadores), mas a gestão é pública, da Caixa.

Motivos da paralisia
Empresas interessadas no FI se enrolaram da Lava Jato. E outras, grandes, como JBS, desistiram dos projetos, inseguras com o governo

Mosca-morta
Dyogo Oliveira saiu sob críticas e ironias da presidência do fundo FI, segunda-feira (30), após inacreditáveis cinco meses (!) sem se reunir.

?
Quem manda?
Vice-ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira confessou a um vice-presidente da Caixa, certa vez, não saber "quem manda" no governo.

Na fila da Lava Jato
Impressiona que a cúpula da Odebrecht continue praticamente a salvo das operações da Lava Jato, apesar das inúmeras referências do seu envolvimento no escândalo de corrupção na Petrobras. Mas fontes ligadas à força-tarefa sugerem que a vez da empreiteira vai chegar.

Borocoxô
O abatimento de Dilma, realçado pela súbita perda de peso, chamou atenção na posse do ministro da secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva. E também o fato de o empossado não haver discursado.

Cabeça baixa
O ministro Joaquim Levy (Fazenda) saiu de cabeça baixa do Senado, onde defendeu o arrocho. Solidariedade só de um único integrante de sua claque: "Vai que é tua, Levy!", bradava o crente solitário.

Medo das ruas
O PT reagiu à decisão de Antonio Imbassahy, vice-presidente da CPI, que agendou o depoimento de João Vaccari Neto para 9 de abril, dias antes da manifestação do dia 12 contra a corrupção no governo Dilma.

Samba da minha terra
Na reunião de líderes, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) usou uma música de Dorival Caymmi para ironizar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha: "Quem não gosta de samba, bom sujeito não é".

Script mal ensaiado
A oposição viu sinais de combinação no depoimento de Glauco Legatti, ex-gerente da refinaria Abreu e Lima, à CPI da Petrobras. O relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), parecia estar lendo as perguntas pela primeira vez, enquanto Legatti trazia as respostas na ponta da língua.

Terceiro mundo
Milhares de clientes da Embratel estão sem telefone e internet desde o dia 25, causando grandes prejuízos, inclusive com empresas impedidas de emitir boletos e notas fiscais. E sem previsão de voltar ao normal.

João sem-braço
O sindicato das empresas de turismo do DF (Sindetur) envia cobrança de "contribuição obrigatória" a empresas sem funcionários, mas é esperteza: estão isentas, por decisão do Tribunal Superior do Trabalho.

Fundo do poço
Mesmo atolada na lama moral e financeira, a Petrobras propôs 13% de aumento para seus diretores. Excesso de lucro na produção de óleo de peroba.
Herculano
01/04/2015 03:44
da série: sem argumentos e ideias novas, o velho se repete e que cada vez fica mais gagá.

GLOBO, PREDADORA DO BRASIL, QUER FALIR E PRIVATIZAR A PETROBRÁS, por Davis Sena Filho

Parte 1

Por que as Organizações Globo(?) querem ver a Petrobras falida? Resposta fácil: porque o processo político brasileiro passa e sempre passou pela Petrobras, antes mesmo de ela ser criada pelo presidente estadista, Getúlio Vargas, em 1953. A verdade é que a Petrobras, além de ser a estatal que simboliza a luta pela independência do Brasil, representa ainda a competência dos trabalhadores, administradores, técnicos, engenheiros, cientistas e pesquisadores brasileiros, que em 62 anos transformaram a Petrobras em uma das maiores empresas petrolíferas do mundo, autossuficiente em petróleo e portadora de tecnologias e conhecimentos sobre prospecção de petróleo em águas profundas que nenhum país tem.

As Organizações(?) Globo sabem disso, mas não se importam com a verdade e atacam a Petrobras sem quaisquer escrúpulos, pois a intenção é causar confusão a segmentos inteiros da sociedade, porque propositalmente manipula as notícias sobre a corrupção na estatal, a dar uma conotação mentirosa e perversa sobre a incompetência do Estado nacional para gerenciar tamanha empresa, que se confunde com a própria brasilidade e a capacidade de superação do povo brasileiro quando se trata de sobreviver.

As Organizações(?) Globo são levianas e sorrateiras, porque suas matérias jornalísticas são seletivas e não traduzem a verdade, porque, do contrário, não haveria como tal empresa privada e "proprietária" de um monopólio gigantesco de comunicação manter no ar por tanto tempo casos de corrupção na Petrobras, como se fossem capítulos de novelas da pior qualidade, nos quais servidores públicos concursados nos idos das décadas de 1970 e 1980 são os protagonistas, a fazerem os "papéis" de criminosos, ladrões do dinheiro público, que estão a ser devidamente investigados pela Polícia Federal, denunciados pelo Ministério Público e punidos pelo Judiciário.

Tudo isto em pleno Governo do PT, a ter à frente a presidenta Dilma Rousseff, mandatária que demonstra enorme coragem, e que avisou na campanha presidencial, sem deixar dúvidas, que "não vai ficar pedra sobre pedra", no que diz respeito ao combate à corrupção. E assim foi feito. E assim está a ser feito. Contudo, quanto mais se prende e se descobre falcatruas e roubalheiras por parte daqueles que deveria zelar pelo patrimônio público, mais as Organizações(?) Globo e suas congêneres batem no Governo Trabalhista, como se o poder público não estivesse a realizar suas obrigações e competências, que se resumem em apurar os fatos e encaminhá-los à Justiça.

A verdade que está por detrás da campanha insidiosa e entreguista contra a Petrobras não é, seguramente, o zelo da Globo pela Petrobras. De forma alguma. O Jornal O Globo, de Irineu e Roberto Marinho, combateu furiosamente e sistematicamente a criação da estatal pelo trabalhista Getúlio Vargas, líder da Revolução de 1930, que a família Marinho sempre odiou. Tal oligarquia midiática simpatiza muito com as lideranças dos golpistas de 1932, de 1945, de 1954 e de 1964.
Herculano
01/04/2015 03:44
da série: sem argumentos e ideias novas, o velho se repete e que cada vez fica mais gagá.

GLOBO, PREDADORA DO BRASIL, QUER FALIR E PRIVATIZAR A PETROBRÁS, por Davis Sena Filho

Parte 2

Sobre isto ninguém tem dúvidas. Atualmente, aliam-se aos herdeiros da UDN lacerdista, o PSDB dos tucanos e o DEM - o pior partido do mundo, onde viceja um extremista de direita, que sonha em ser presidente da República, cujo nome é Ronaldo Caiado (DEM), fazendeiro poderoso de Goiás, ex-líder da UDR, que se comporta, na Câmara dos Deputados e hoje no Senado, como um brucutu movido a ódios, portador de um vocabulário agressivo, áspero e violento contra o PT, o ex-presidente Lula, a presidenta Dilma Rousseff e as esquerdas em geral. Caiado é o Bolsonaro do agronegócio. O direitista votou contra a PEC do Trabalho Escravo, até porque a família Caiado está na "lista suja" do Ministério do Trabalho, por submeter o trabalhador a condições indignas, ou seja, degradantes ao ser humano.

Entretanto, a verdade é que a direita está a conseguir no momento colocar o Governo Trabalhista nos corners do ringue. A movimentação oposicionista dos partidos conservadores, à frente o PSDB, e a repercussão dos casos de corrupção conforme a ótica, à vontade e as decisões de profissionais que trabalham para os magnatas bilionários de imprensa estão a causar ao Governo de Dilma e ao PT a deterioração de suas imagens e a desqualificação de suas competências para administrarem o País.

Apesar do crescimento econômico e do desenvolvimento social gigantesco verificado no período de governança petista, a ordem na imprensa de mercado e nos setores reacionários da sociedade brasileira é não reconhecer os avanços, que aconteceram no Brasil, e muito menos dar voz a quem está a ser diuturnamente atacado, no caso o Partido dos Trabalhadores e suas lideranças, como querem fazer agora com o ex-ministro José Dirceu, que, mesmo a cumprir pena, tentam implicá-lo com a operação Lava Jato.

Manter figuras da República emblemáticas e de esquerda na defensiva e manchar suas imagens perante o público é a "fórmula" repetida intensamente pela imprensa de negócios privados, que historicamente procedeu da mesma maneira com Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola, todos considerados políticos do campo trabalhista, que foram impiedosamente chamados de ladrões, corruptos e malfeitores por esta mesma imprensa corporativa, predadora do patrimônio público e inimiga dos interesses do Brasil e de seu povo, que luta há séculos para se emancipar. Só que esses três personagens históricos do mundo político não roubaram o povo, como depois foi comprovado, como igualmente também não roubou o presidente Lula e, evidentemente, não rouba e não roubará a presidenta Dilma Rousseff.

Desacreditar e macular os "inimigos" dos empresários, dos partidos de direita e da imprensa alienígena, sonegadora de impostos e fomentadora de golpes de estado, é a tônica ou o modus operandi dos direitistas, que não conhecem outra forma de combate àqueles que não seguem suas agendas políticas e não coadunam com seus propósitos e interesses econômicos. Por sua vez, o Governo Trabalhista se encontra em um processo de letargia sem fim, e não reage à altura para demover a parafernália midiática e partidária de direita de tentar um golpe contra as instituições republicanas e o estado democrático de direito.

Não há trégua nesta luta, pois campos ideológicos e políticos antagonistas, cujas contradições de ambos não se confrontam no âmbito das ideais, mas se realizam, sobretudo, em um círculo de acusações, denúncias, muitas delas, apelativamente, vazias, porque sem comprovações policiais e jurídicas, como bem demonstraram, no decorrer do tempo, inúmeras "denúncias" repercutidas pela imprensa comercial e privada, que insiste em realizar um jornalismo de esgoto, de conteúdo apenas declaratório, pois, efetivamente, de caráter político-partidário e, com efeito, despreocupado em ouvir todos os lados de uma história ou acontecimento. O básico, a imprensa empresarial e familiar, propositalmente, não consegue fazer, porque açodadamente politizada e ideologizada.

Por seu turno, esquecem os verdugos e traidores contumazes da Pátria, que a mentira, mesmo repetida incansavelmente pelos meios de comunicação pertencentes à meia dúzia de famílias bilionárias e compromissadas com a plutocracia internacional, tem pernas curtas e a verdade sempre vem à tona, apesar da tentativa de afogamento, como no caso da Petrobras.

Os governos trabalhistas, democráticos e populares de Lula e Dilma realizaram mais de duas mil operações policiais e nunca retaliaram o Ministério Público e o STF quando estes investigaram e puniram pessoas ligadas ao Governo. Além disso, está mais do que comprovado que os procuradores-gerais da República e os juízes do Supremo foram escolhidos em listas tríplices, fato estes que considero um grave equívoco, inclusive de estratégia desses dois presidentes, que deveriam, sim, escolher os juízes e os procuradores como lhes faculta a Constituição.
Herculano
01/04/2015 03:43
da série: sem argumentos e ideias novas, o velho se repete e que cada vez fica mais gagá.

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Parte 3

O presidente conservador do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, jamais teria tanto respeito e consideração pela democracia, pois sempre escolheu "seus" nomeados e se resguardou contra seus maus atos e ações, a exemplo da compra de votos para a reeleição, conforme gravações de parlamentares e denúncias de jornalistas, bem como para a alienação e desconstrução do patrimônio público, conforme demonstra, inapelavelmente, as denúncias nos livros "A Privataria Tucana" e o "Príncipe da Privataria", além de incontáveis denúncias de escândalos que aconteceram nos oitos anos de desgoverno FHC - o Neoliberal I -, aquele que foi ao FMI três vezes, de joelhos, humilhado, com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes.

Até hoje nenhum tucano foi preso. Pelo contrário, crimes como o do Mensalão Tucano estão a prescrever, muitos dos envolvidos ficaram inimputáveis por causa da idade e este ano o escândalo completa dez anos de impunidade. São às dezenas, quiçá centenas, as denúncias e os casos de corrupção de tucanos, no decorrer de 26 anos de fundação do PSDB, partido que governou o Brasil oito anos, que controla São Paulo há 20 anos, além de estados fortes como Minas Gerais, que hoje é governado por Fernando Pimentel do PT, mas ficou nas mãos de Aécio Neves e seu grupo por mais de 10 anos, sendo que o estado do Paraná, unidade da Federação conservadora, é controlado pelo PSDB há quase 10 anos, sendo que o governador tucano, Beto Richa, está a enfrentar uma crise de credibilidade sem precedentes, porque seu governo é acusado pela sociedade paranaense de corrupção, além de enfrentar, recorrentemente, greves no setor público.

Obviamente que nenhum desses episódios foram devidamente repercutidos pela imprensa familiar e hegemônica, conforme a importância deles, porque simplesmente "amiga" dos demotucanos. Tal sistema midiático privado está aí na vida para proteger seus aliados, apaniguados e sócios. Ponto. Quanto a esta realidade, não há menor dúvida. Como é possível um escândalo, maior do que o da Petrobras, a exemplo dos sonegadores criminosos com contas no HSBC suíço, não ser mostrado pela imprensa de negócios privados como se deveria, afinal é uma questão que prejudica terrivelmente a sociedade brasileira e, portanto, interessa-lhe saber quem rouba o Erário Público, e, consequentemente, a educação, a saúde, a segurança, a moradia, a infraestrutura e os empregos, porque um povo sem emprego é um povo fadado à miséria, à pobreza, à fome e à violência.

Dito tudo isto, chega-se à conclusão que o caso do HSBC, como muitos outros, como o Mensalão Tucano, o Banestado, a Satiagraha, a Castelo de Areia, além das Chacal, Sundow/BoiBarrica, Dilúvio, Poseidon e Diamante foram todas anuladas pela Justiça. Porém, o Metrosão e o Trensalão ainda estão a ser investigados, apesar de certa leniência e morosidade da Justiça e do MP, que jamais agiriam dessa forma se fosse o PT envolvido ou, nem preciso ir tão longe, apenas ser acusado, inclusive sem provas. É o que ocorre no Brasil de hoje e de ontem, com o acréscimo de um "P", de petista, porque os outros "pês" são de puta, pobre e preto.

Como sempre ocorre no Brasil, temos uma Justiça nada confiável. É que o povo sente e diz. Basta entrevistá-lo nas ruas e perguntar ao povo se a Justiça deste País é republicana ou somente defende os interesses dos ricos e dos poderosos, sem nos esquecermos dos brancos, porque se trata de um Judiciário composto, em sua maioria, por juízes burgueses e pequenos burgueses, politicamente conservadores, divorciados dos interesses populares e que se dedicam a servir ao status quo, sem sombra de dúvida.
Herculano
01/04/2015 03:42
da série: sem argumentos e ideias novas, o velho se repete e que cada vez fica mais gagá.

GLOBO, PREDADORA DO BRASIL, QUER FALIR E PRIVATIZAR A PETROBRÁS, por Davis Sena Filho

Parte 4

Não é à toa que governos e mandatários populares e de esquerda vivem como se estivessem na berlinda. Não é fácil enfrentar uma máquina midiática de direita e que se tornou um partido político sem limites e ética para atacar a quem considera os inimigos a serem derrotados, seja de qualquer jeito e da forma que for necessária, nem que seja por intermédio de golpes de estado ou impeachment de uma presidenta eleita por mais de 54 milhões de votos e que não incorreu em crimes de responsabilidade, malfeitos e que vem a demonstrar que não tergiversa quanto a não aceitar conviver com a corrupção, tanto que a combate duramente, o que se tornou uma rotina em seu governo, rotina esta que começou nas mais de mil operações da PF realizadas durante o Governo Lula. Realidades estas que jamais aconteceram nos governos dos tucanos.

A verdade é apenas uma: as Organizações(?) Globo, predadora do Brasil, quer ver a Petrobras falida. Sempre agiram desta forma, desde os tempos de Getúlio. Não é novidade. Apenas reiteram suas vocações de aves de rapinas, predadoras do Brasil, País generoso onde ganham muito dinheiro, ao ponto de se tornarem bilionários. As Organizações(?) Globo quer ver o Estado nacional de joelhos e, junto com ele, o povo. Vive do dinheiro público, edificou seus tijolos na ditadura militar, sabota presidentes eleitos pela vontade soberana do povo e aposta no quanto pior, melhor.

Se não fosse a Globo e as empresas desse grupo, o Brasil já estaria em uma condição de desenvolvimento social e econômico muito mais avançado. Com a Globo, não há paz social possível, porque os magnatas bilionários de imprensa e seus porta-vozes são da guerra. O Brasil real, o Brasil profundo para essa gente está a milhares de distância de suas verdades e realidades. Eles desconhecem o povo brasileiro, seus costumes, culturas, dores, sonhos e desejos. Desconhecem a história do Brasil. São tão perversos e colonizados, que, no dia após dia, acreditam que o País é a extensão de seus quintais, quando a verdade é que não é, e nunca o foi, até porque quando este País poderoso vivencia períodos democráticos, como o de agora, esses empresários midiáticos arrogantes, autoritários e lamentavelmente subordinados aos interesses estrangeiros, perdem as eleições, como perderam para Getúlio, Jango, JK, Lula e Dilma.

Trata-se de um empresariado violento, mesquinho, colonizado e complexado. A vira-latice em toda sua essência e plenitude. Pais e mães, genitores de playboys, que se aventuram na política, mas não conseguem convencer o povo a votar neles, com seus ternos bem cortados, seus cabelos engomados, perfumes caros e linguajares presunçosamente empolados, além de "saberes" de almanaques, a acompanhá-los ainda as matreirices, as astúcias e as dissimulações dignas dos cafajestes, aprendidas em seus condomínios de luxo ou em Miami ou Nova York. A resumir: pilantras e patifes com "grife".

A Globo é contra o Brasil e seu povo. Um dos pontos de sua nefasta agenda é privatizar a Petrobras, juntamente com o Pré-sal. Com "sorte", aumentar o desemprego e fazer com que o trabalhador se sinta inseguro em relação à economia do País. Não se brinca com os propósitos dessa organização(?) norte-americana e de caráter alienígena. A Editoria "O Brasil é uma Merda!", da Rede Globo, é pródiga em deixar a autoestima do brasileiro mais baixa do que barriga de cobra. E isto é psicologicamente perigoso.

Por isso, e o Governo Dilma não consegue compreender ou faz ouvidos moucos, que é imperativo ter uma comunicação forte, corajosa, ágil e replicadora, que rebata prontamente os ataques que desqualificam e tentam criminalizar o Governo do PT. "Quem não se comunica, se trumbica" - ensinava o Chacrinha. A Globo representa o setor privado, que tem a ousadia de querer impor sua agenda e governar no lugar do presidente da República. Durma-se com um barulho desse. É isso aí.
Herculano
01/04/2015 03:36
SEM SOLUÇÃO FÁCIL, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Se o Congresso que tomou posse em fevereiro é o mais conservador dos últimos tempos, suas marcas na lei brasileira podem durar bem mais do que os quatro anos até a próxima eleição.

Este foi o recado dado pela Câmara ao aprovar ontem, na Comissão de Constituição e Justiça, a proposta que muda a Constituição para permitir a prisão de adolescentes infratores com mais de 16 anos.

A redução da maioridade penal é uma solução fácil para um tema difícil: o aumento da violência. Dados do Ministério da Justiça mostram que os menores de 18 anos são responsáveis por apenas 0,5% dos homicídios no país. Mesmo assim, o lugar-comum de que eles são os vilões do crime ganha cada vez mais defensores.

Se é verdade que as chamadas instituições socioeducativas não funcionam como deveriam, também é difícil sustentar que as prisões conseguirão reeducar os adolescentes.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, alerta que a eventual mudança na Constituição pode "dar uma vã esperança à sociedade", que anda amedrontada pela criminalidade.

"Será que o conserto está na redução da maioridade penal?", questiona o ministro. Ele mesmo responde: "O recolhimento de menores a esses estabelecimentos não resolve o problema. Não há recuperação neles".

Marco Aurélio pede racionalidade no debate, o que não se viu ontem na Câmara. "Receio muito modificações na lei em tempos de crise. A tendência é que as paixões aflorem e as pessoas se encaminhem aos extremos."

Apesar dessas opiniões, o ministro indica que será difícil barrar a mudança no STF. Deputados de esquerda, derrotados na votação de ontem, querem recorrer à corte para interromper a tramitação do texto.

Eles sustentam que o artigo 228 da Constituição, que impede a prisão de menores de 18 anos, seria uma cláusula pétrea - ou seja, que não pode ser alterada pelo Congresso. "Creio que não é por aí", diz o ministro.
Odir Barni
01/04/2015 00:32

BRUSQUE MUDA PREFEITO E SECRETARIADO.

Caro, Herculano;

A cidade de Brusque vive um momento de muita expectativa. Empossado pela Câmara Municipal o prefeito Prudêncio Neto chegou exonerando e nomeando novos secretários.Acabei de receber um telefonema de meu amigo José Luiz Cunha, o Bóca comunicando que está sendo nomeado Secretário de Turismo do Município de Brusque. Segundo a Lei Orgânica do município, a Câmara Municipal terá 30 dias para eleger um novo prefeito, indiretamente, até a eleição de 2016.
Paulo Eccel fez seu pronunciamento alegando que foi vítima na aplicação da Lei. Segundo, o prefeito, em Chapecó o prefeito foi absolvido num caso semelhante ao seu; os mesmos ministros o derrotaram por 7x0. A rivalidade em Brusque é muito grande, o PT conseguiu , na justiça, impugnar todos os votos dados ao Ciro Roza na eleição que elegeu Paulo Eccel. Os petistas achando que era um caso fácil, até por ter ministros colocados pelo atual governo se deram mal.
Comentei que não estou feliz, assim como muitos amigos anti petistas, só fica um lição para as administrações petistas: governam com correligionários de fora da cidade, pessoas que não se identificam com a comunidade; não sabem que é quem. Isto eu escutei em Gaspar, Blumenau, Itajaí e Brusque. Trazer correligionários de outros municípios e até de outros estados é muito importante para manter a ideologia petista mas é um risco muito grande. O povo além de um bom prefeito quer carinho, apoio e ser reconhecido como cidadão. Aos poucos o PT vai se auto destruindo, passaram usar as mesmas falcatruas das velhas raposas conservadoras. Hoje fazem alianças, coisa que não constava em sua cartilha. Foram bons como stiling e como vidraça estão se quebrando.
Herculano
31/03/2015 22:26
BUSCANDO A SAÍDA, por Carlos Brickmann

A pesquisa da CNT-MDA mostra em números a queda do prestígio do Governo Federal (e lembremos: El Supremo da Confederação Nacional dos Transportes, Clésio Andrade, PMDB, é ligadíssimo ao PT, vice do governador petista de Minas, Fernando Pimentel). Dilma tem 10,8% de aprovação, 65% de rejeição - Collor, ao cair, tinha 68%. O desempenho pessoal de Dilma, que em setembro era positivo para 52,5%, caiu para 19% - contra 78% que o desaprovaram.

Não são só as pesquisas. Dilma tem problemas com os aliados, incluindo o maior de todos, o PMDB; é contestada no seu PT. E ainda o tesoureiro do partido virou réu no processo do Petrolão. É difícil, mas se a campanha do PT recebeu dinheiro ilegal, Dilma pode perder o mandato sem impeachment. Qual a saída?

Dilma acaba de recorrer à sua maior arma: Lula, o político de maior prestígio, popularidade e habilidade do PT, foi chamado a Brasília. Ao contrário de Dilma, Lula conversa com todos e procura atrai-los, sem agressões. Pode ser a grande saída (Lula sabe como buscar de volta apoios como o do PMDB), se as fraturas provocadas pela arrogância de Dilma forem curáveis. Mas o problema maior não são os aliados, que com esses Lula conversa: é a própria Dilma, que se afastou dos políticos mais ligados a Lula e fez que não ouviu as sugestões de seu criador. Por exemplo, Dilma escolheu Joaquim Levy, com quem não tem qualquer afinidade, só para rejeitar Henrique Meirelles, o preferido de Lula.

Mas a bola está com ela: ou ouve Lula ou mantém sua popularidade em curva descendenta.

SEM DIPLOMA
A entrada de mais um tesoureiro do PT no mundo dos réus levanta a hipótese de financiamento ilegal de campanha (quem o dirá é a Justiça). No caso, haveria a cassação automática do diploma de Dilma e do vice Michel Temer, eleitos em conjunto. A decisão não é tão automática assim, há fatores políticos a ser levados em conta, a hipótese é remota.

Mas existe e é outro problema a ser encarado.

O FUNDO DO POÇO
Lembra daqueles ótimos fundos de pensão de estatais, que garantiriam a seus funcionários uma aposentadoria decente? Pois é: o Postalis, fundo de pensão do Correio, apresenta déficit de R$ 5,6 bilhões. E o buraco será tapado como de costume: aposentados e pensionistas terão os salários reduzidos em 26% pelos próximos 15 anos. O Correio deve R$ 1,15 bilhão ao Fundo.

Um dia pagará.

POR FALAR EM GOVERNO
O Tribunal de Contas da União ordenou ao BNDES que explicasse o grande investimento no grupo JBS Friboi. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, negou-se a obedecer, alegando sigilo bancário. Só que o TCU nada pediu sobre movimentação bancária: apenas valor do investimento e seu resultado. O TCU multou Luciano Coutinho em R$ 10 mil e reiterou a ordem. Caso Coutinho continue resistindo, a multa passa a R$ 30 mil. E, numa terceira recusa, Coutinho pode ser inabilitado para o exercício de função pública - inclusive no BNDES.

Luciano Coutinho alega que não foi avisado da multa. Mas, se até este colunista e o caro leitor sabem da multa, como é que ele, o interessado, ainda não sabe?

E VAI ROLANDO A FESTA
Três senadores ocupam ilegalmente apartamentos funcionais destinados a deputados federais: Romário (PSB, Rio), Rose de Freiras (PMDB, Espírito Santo) e Wellington Fagundes (PR, Mato Grosso). A Câmara reformou seus apartamentos funcionais, ao custo de R$ 280 milhões, para que os deputados não se sintam desconfortáveis. Senador em apartamento funcional de deputado é uma irregularidade. Mas o mais estranho é a existência desses imóveis, onde moram de graça parlamentares com salários bem superiores à média dos que, com seus impostos, sustentam a mordomia. Nos EUA não há imóveis funcionais: cada parlamentar decide se quer alugar, comprar, morar na casa de amigos, tudo com seu próprio dinheiro.

No Brasil isso também não existia: surgiu em 1960, quando a capital foi do Rio para Brasília e lá não havia imóveis para todos. Hoje, 55 anos depois, em Brasília há imóveis à vontade. Mas e a vontade de desfrutar a mordomia?

UMA HISTÓRIA
Existe uma história (falsa, claro) sobre a reunião de um ministro estrangeiro e um brasileiro. O brasileiro visitou o estrangeiro e foi recebido em sua casa, um palacete magnífico. Perguntou ao hospedeiro como ele, com salário de ministro, tinha tão suntuosa mansão. O estrangeiro foi à janela, mostrou-lhe uma estrada e perguntou: "Vê aquela rodovia? Então, custou cem e cobrei 200". O brasileiro, algum tempo depois, recebeu o ministro estrangeiro num palacete luxuosíssimo. O estrangeiro perguntou-lhe como, com salário de ministro, tinha uma casa tão maravilhosa. O brasileiro levou-o à janela, mostrou-lhe a paisagem e perguntou: "Vê aquela estrada?" O estrangeiro olhou, procurou, e disse: "Não, não vejo estrada nenhuma".

O brasileiro completou: "Então"...

OUTRA HISTÓRIA
Pasadena é para os fracos. Em Bacabeiras, Maranhão, a Petrobras investiu R$ 1,6 bilhão numa refinaria Premium, que seria a maior do Brasil. E no local, após o investimento, não há refinaria, nem obras, nem nada: só o terreno baldio.
Herculano
31/03/2015 22:20
DE QUE BANDIDOS ELES ESTÁ FALANDO? ESTOU INDIGNADO COM A CORRUPÇÃO, DIZ LULA EM ATO EM DEFESA DO GOVERNO

Conteúdo é do Uol (jornal Folha de S. Paulo). Em discurso nesta terça-feira (31) para sindicalistas e lideranças políticas de esquerda no Sindicato dos Bancários de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a Petrobras, afirmando que os delatores da operação Lava Jato são "bandidos que passaram a virar heróis" para os partidos de oposição e que está "indignado" com a corrupção.

"Se tem um brasileiro indignado, este sou eu. Quero saber se alguém vai ter coragem de dizer que esse moço esteve envolvido com corrupção. Mas ele conquistou o direito de andar de cabeça erguida", disse Lula, referindo-se ao ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli, presente no evento. "Já o bandido pega 40 anos de prisão, vai fazer delação premiada e vira herói. Diz 'ouvi falar', 'eu acho que...' e nem precisa de juiz, a imprensa já condenou."

"O que estão fazendo com a Petrobras, que tudo é bandalheira, se esquecem de dizer uma coisa. A Petrobras é uma empresa de alta governância, mas se teve corruptos lá dentro, não foi uma totalidade, mas uma ou outra pessoa que deve pagar o preço por ter enganando o povo brasileiro", disse.

Lula também discursou em defesa da presidente Dilma Rousseff, que vem sendo alvo de uma onda pró-impeachment por parte de novos movimentos políticos como o Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre.

"Esse país nunca teve ninguém com a coragem de Dilma para fazer investigações onde quer que seja preciso. Fomos nós [os governos petistas] que colocamos um representante do Ministério Público indicado pela categoria, sem interferência do governo. Fomos nós que dobramos o número de policiais federais, os investimentos em inteligência".

Recentemente acusado de dividir politicamente o país em seus discursos, Lula disse que não pretendia fazer isso, mas que "os de baixo nunca apareceram no discurso deles. Só queria que os pobres subissem um degrau na escala social deste país".

De acordo com a direção do PT, o evento desta noite é "em defesa dos direitos da classe trabalhadora, por mais democracia, pelo combate à corrupção e em defesa da Petrobras". Além de São Paulo, outras cidades também estão realizando plenárias pró-governo nesta noite.

Rui Falcão

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, também defendeu Gabrielli.

"Ele levou a Petrobras a ser uma das maiores empresas do mundo e agora está sendo injustamente perseguido", afirmou Falcão sobre Gabrielli, que estava presente no ato. O presidente do partido atacou os opositores. "Não queremos afirmar o projeto do PT ou do PC do B, mas o projeto de desenvolvimento do nosso país".

"Eles [a oposição] querem criminalizar as doações legais. Para nós, dizem que é propina; para eles, é contribuição", disse Falcão. As doações de campanha ao PT nas últimas eleições estão sob suspeita nas investigações da Lava Jato, devido à proximidade de datas entre pagamentos feitos pela estatal e contribuições eleitorais de empresas envolvidas no caso.
sidnei luis reinert
31/03/2015 18:59

De Ronaldo Caiado:
3 h ·
Fiz três perguntas básicas ao ministro Levy em audiência hoje pela manhã aqui no Senado: qual a proposta real para manter incentivos fiscais nos estados; como ele explica o Tesouro Nacional usar mais de R$ 10 bilhões pra contemplar o erro primário que Dilma cometeu em reação à taxa de energia; e como explica o BNDES receber mais de R$ 400 bilhões do Tesouro pra atender as tais 'empresas campeãs'. Não dá para ficar só no discurso e na retórica de que as medidas são necessárias para conter a crise econômica. É preciso deixar claro que a população foi enganada por uma presidente que levou o país à recessão e hoje posa de vítima. Existe uma máxima que diz que mais vale a mão que dá o remédio do que o próprio remédio. O ajuste que o ministro propõe não tem apoio popular e não tem apoio politico. Como poderia ter apoio depois de revelado que a presidente mentiu sobre a situação econômica do país, enganou a população e fraudou as eleições? A sociedade hoje não acredita mais que haja, nem competência, nem transparência no governo para propor esse ajuste fiscal que, em outras palavras, significa exatamente desemprego e aumento de carga tributária.
Anarquinopolis
31/03/2015 18:48
A Casa da mae Joana, isso que esta a secretaria de saude, hoje pela manha teve dentista que mandou paciente embora por que não tinha como trabalhar equipamentos com defeitos e ate mesmo falta de material, e tem mais hoje a Camara aprova projeto errado, enfermeiros que deveriam ganhas um salario , a camara aprovou projeto que mandaram e nem olharanm direito o salario estava errado
sidnei luis reinert
31/03/2015 18:39
Ué R$ 3,38 bilhões, de dívidas interna e externa?? Mas na campanha juraram que não tinha mais dívida e que até emprestaram dinheiro ao FMI e aos BRICS? Só trouxas caíram e foram 54.000.000.

O Governo Central registrou déficit de R$ 7,35 bilhões em fevereiro, e o pior resultado em 18 anos.

E não é apenas o quantitativo em si que preocupa...

Fazendo uma análise qualitativa do déficit, encontramos o seguinte:

1. Enquanto a receita aumentou 0,1%, as despesas do governo central cresceram 5,5%

2. O investimento caiu nada menos do que 18,8%

3. Os gastos com seguro-desemprego aumentaram 61,6% (!!), mostrando que, sim, a crise chegou e chegou pesado no mercado de trabalho.

A dívida bruta do governo geral atingiu o recorde de R$ 3,38 bilhões, equivalente a 65,5% do PIB.

O déficit nominal (incluindo gastos com juros) em 12 meses atingiu o recorde de 7,34% do PIB.

alfredo silva
31/03/2015 16:31
Será que eu entendi direito???
Quer dizer que nem os comissionados da prefeitura foram lá na apresentação da Banda Blumenau?

Alguém apaga a luz e fecha a porta.
FERNANDO VIDAL
31/03/2015 15:47
Parabéns Herculano! Pela seriedade e imparcialidade com a qual realizas teu trabalho!

Realmente os agentes responsáveis pela divulgação dos eventos do paço municipal, durante a comemoração dos 81 anos de Gaspar tentaram mascarar no Facebook o fracasso do evento. Postaram fotos recortadas, onde não se mostrou o ginásio vazio. Como você disse:"faltaram ouvidos". Na verdade, nós do povo, estamos cansados de tantas promessas e mentiras em nossos ouvidos. Hoje com espaços virtuais como esse, que digo que não é teu, mas nosso! Além das redes sociais, acredita na mentira quem quer. A prova está aí nessa fotografia que mostra a apresentação da Banda municipal de Blumenau, por um ângulo que os responsáveis pela divulgação na página oficial da prefeitura de Gaspar e Facebook da mesma, não tiveram coragem de mostrar. Por medo de perderem seus empregos, com a confirmação da incompetência dos tais.
Mas se serve de consolo para estes, o prefeito municipal é tão incompetente quanto, e se não é, é conivente com a coisa errada e com o fracasso. Pois é ele quem nomeia essas moscas para cargos tão importantes.
Herculano
31/03/2015 12:57
UM PAÍS SEM POLÍTICA ECONÔMICA E FEITAS POR CURIOSOS. COFRES PÚBLICOS PERDEM R$ 27,3 BILHÕES EM FEVEREIRO COM DISPARADA DO DÓLAR

O conteúdo é do Dinheiro Público & Cia. O governo teve um gasto extra de R$ 27,3 bilhões em fevereiro -o equivalente a um ano de Bolsa Família- na tentativa de conter a alta das cotações do dólar.

A perda, recorde, foi contabilizada em operações nas quais o Banco Central ofereceu uma espécie de seguro ao mercado contra a valorização da moeda norte-americana. Como ela disparou, com elevação de 8,1% no período, o BC ficou com o prejuízo.

Chamadas de swap cambial, essas operações passaram a ser rotineiras em 2013 e serão encerradas a partir desta quarta-feira (1º), conforme anunciou o governo na semana passada.

Elas geraram ganho em janeiro e acumulam uma perda de R$ 16,5 bilhões no ano, segundo o BC. O objetivo, porém, não era ganhar ou perder dinheiro: era tranquilizar empresários e investidores que temem a desvalorização do real.

O dólar está em tendência de aumento em razão das perspectivas de recuperação da economia dos Estados Unidos, o que pode gerar perdas para quem tem dívida externa e elevação dos preços dos produtos importados.

Sem o seguro oferecido pelo BC, o mercado buscaria proteção comprando dólares à vista, o que elevaria ainda mais as cotações.

As perdas do mês passado foram incorporadas às despesas financeiras do governo federal, que, somadas às dos Estados e municípios, chegaram a R$ 56,3 bilhões no mês passado.
Herculano
31/03/2015 12:52
O TRADUTOR DE DILMA. EU MESMO!, por Ricardo Noblat, para O Globo

Sei que dirão que implico com Dilma. E muitas vezes por bobagem. Mas não é. Ocorre que a dificuldade que ela tem para se fazer entender só a prejudica. Decorre, naturalmente, da dificuldade que ela tem de pensar com clareza. Só pode ser isso.

Ontem, no Pará para a entrega de novas unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, Dilma não gostou de ouvir uma pergunta sobre a origem de Helder Barbalho, ministro da Pesca e filho do senador Jáder Barbalho (PMDB-PA).

Como ela respondeu? Confira.

- Eu acho que essa é o tipo da discussão estranha num país democrático, sabe por quê? Vou explicar por que eu acho uma discussão estranha num país democrático. Um país democrático não olha as pessoas pela sua filiação, ou, por exemplo, não podem falar: "A presidente é filha de um búlgaro", e, portanto, eu sou eslava. Não, eu sou presidenta do Brasil, nasci aqui e fui criada aqui. A mesma coisa. Eu não gosto desse tipo de qualificação. Acho extremamente preconceituoso, me desculpe.

Entendeu?

Ela quis dizer: o fato do ministro ser filho do senador não o desqualifica em nada.

Está criada a partir deste instante a figura do tradutor de Dilma.

Estarei sempre disposto a socorrê-la em momentos de aflição.
Herculano
31/03/2015 12:47
DE VOLTA AO PLANALTO, GILBERTO CARVALHO OPTOU PELA DESCRIÇÃO, por Lauro Jardim, de Veja.

Gilberto Carvalho causou alvoroço em sua passagem agora há pouco pelo Palácio do Planalto na posse de Edinho Silva na Secom. Sentou como um convidado comum numa das últimas fileiras da plateia, fora da área de autoridades. Não foi mencionado por Dilma no discurso nem fez questão de chamar a atenção.

Parado a todo o tempo por petistas e assessores de diferentes pesos, resumia numa frase, quase em tom de provocação, a rotina fora do Planalto:

- Você não sabe como a vida fora daqui pode ser boa.

Gilberto e Dilma não se falam desde sua saída. Explicou sua opção pelo silêncio que adotou nos últimos três meses:

- Eu precisava me resguardar, sair dos holofotes.
Herculano
31/03/2015 12:44
COMUNICAÇÃO

Reuniões, telefonemas, troca de mensagens. A coluna de hoje fez estragos no paço municipal. Mudou o dia e o humor de muita gente entendida de comunicação.
Em terra de Rei...
31/03/2015 12:38
Voz Do Vale
Facebook
Silêncio o DITRAN esta dormindo, porque os veículos estacionados de qualquer jeito na Avenida em frente ao Santo Bar não são multados.
Claro o Bar é de Miro Zuchi sob os cuidados do Junior .
Quem é Miro cunhado do secretario de obras Lovidio que manda no Pedro.
sidnei luis reinert
31/03/2015 12:32
Mal de família e de gangues.

Máximo Kirchner teve contas no exterior com Nilda Garré, diz investigador do setor financeiro

Máximo Kirchner, filho da presidente argentina Cristina Kirchner, teve contas conjuntas nos Estados Unidos e nas Ilhas Cayman com a embaixadora Nilda Garré, disse a VEJA um especialista americano em investigações do setor financeiro.
A primeira conta, de número 00049859852398325985, foi aberta em outubro de 2005 no Felton Bank, um banco americano, em nome da empresa Business and Services IBC, com sede no paraíso fiscal de Belize. Os donos da offshore eram Nilda Celia Garré, Henry Olaf Aaset e Máximo Carlos Kirchner. Aaset era deputado da província de Santa Cruz e advogado dos Kirchner. O primeiro depósito na conta foi feito a partir de Caracas, na Venezuela. O saldo em abril de 2010 era de 41,7 milhões de dólares.
A segunda conta, de número 0004496857463059686359385, foi aberta em dezembro de 2006 a partir de Luxemburgo, na Europa, no Morval Bank & Trust Ltd., com sede nas Ilhas Cayman. Os correntistas eram Nilda Celia Garré, Maria Paula Abal Medina (filha de Nilda) e Máximo Carlos Kirchner. O saldo em abril de 2010 era de 19,8 milhões de dólares, segundo a fonte do setor financeiro com a qual VEJA obteve as informações. Não foi possível confirmar de maneira independente a titularidade das contas.
Neste domingo, dia 29, o jornal argentino Clarín publicou uma reportagem afirmando que Nilda Garré manteve contas nos Estados Unidos e no Irã. Uma das contas citadas pelo jornal é do Felton Bank, com sede no estado americano de Delaware, e chegou a ter 61,5 milhões de dólares entre 2005 e 2010.
A abertura da conta iraniana teria ocorrido no dia 28 de abril de 2011, apenas três meses depois de uma reunião secreta em Aleppo, na Síria, em que os chanceleres do Irã e da Argentina negociaram a criação de uma comissão da verdade que serviria para acobertar a participação dos iranianos no atentado contra a Amia, um associação judaica, em 1994, em Buenos Aires - segundo denúncia do procurador Alberto Nisman, assassinado em janeiro passado.

http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/filho-de-cristina-kirchner-teve-contas-no-exterior-com-ex-ministra-da-defesa-nilda-garre-diz-especialista-do-setor-financeiro-nos-eua
LUIZ
31/03/2015 11:22
MUITO BOM, O RESUMO DO BRASIL NESTA MUSICA DO GABRIEL O PENSADOR.

Chega! Que mundo é esse, eu me pergunto
Chega! Quero sorrir, mudar de assunto
Falar de coisa boa mas na minha alma ecoa
Agora um grito eu acredito que você vai gritar junto (x2)

A gente é saco de pancada há muito tempo e aceita
Porrada da esquerda, porrada da direita
É tudo flagrante, novas e velhas notícias
Mentiras verdadeiras, verdades fictícias
Política prende o bandido, bandido volta pra pista
Bandido mata o polícia, polícia mata o surfista
O sangue foi do Ricardo, podia ser do Medina
Podia ser do seu filho jogando bola na esquina
Morreu mais uma menina, que falta de sorte
Não traficava cocaína e recebeu pena de morte
Mais uma bala perdida, paciência
Pra ela ninguém fez nenhum pedido de clemência

[Refrão]
Chega! Que mundo é esse, eu me pergunto
Chega! Quero sorrir, mudar de assunto
Falar de coisa boa mas na minha alma ecoa
Agora um grito eu acredito que você vai gritar junto
Chega! Vida de gado, resignado
Chega! vida de escravo de condenado
A corda no pescoço do patrão e do empregado
Quem trabalha honestamente tá sempre sendo roubado

Chega! Água que falta, mágoa que sobra
Chega! Bando de rato, ninho de cobra
Chega! Obras de milhões de reais
E milhões de pacientes sem lugar nos hospitais
Chega! Falta comida, sobra pimenta
Repressão que não me representa
Chega! Porrada pra quem ama esse país
E bilhões desviados debaixo do meu nariz
Chega! Contas, taxas, impostos, cobranças
Chega! Tudo aumenta menos a esperança
Multas e pedágios para o cidadão normal
E perdão pra empresas que cometem crime ambiental
Chega! Um para o crack, dois para a cachaça
Chega! Pânico, morte, dor e desgraça
Chega! Lei do mais forte, lei da mordaça
Desce até o chão na alienação da massa
Eu vou, levanta o copo e vamos beber!
Um brinde aos idiotas incluindo eu e você

Democracia, que democracia é essa?
O seu direito acaba onde começa o meu, mas onde o meu começa?
Os ratos fazem a ratoeira e a gente cai
Cada centavo dos bilhões é da carteira aqui que sai
E a gente paga juros paga entrada e prestação
Paga a conta pela falta de saúde e educação
Paga caro pela água, pelo gás, pela luz
Pela paz, pelo crime, por Alá, por Jesus
Paga importo paga taxa, aumento do transporte
Paga a crise na Europa e na América do norte
Os assassinos da Febem, o trabalho infantil na China
E as empresas e os partidos envolvidos em propinas

Chega! Que mundo é esse, eu me pergunto
Chega! Quero sorrir, mudar de assunto
Falar de coisa boa mas na minha alma ecoa
Agora um grito eu acredito que você vai gritar junto
Chega! Vida de gado, resignado
Chega! vida de escravo de condenado
A corda no pescoço do patrão e do empregado
Quem trabalha honestamente tá sempre sendo roubado

Presidente, deputados, senadores, prefeitos
Governadores, secretários, vereadores, juízes
Procuradores, promotores, delegados, inspetores
Diretores, um recado pras senhoras e os senhores
Eu pago por tudo isso, imposto sobre o serviço
A taxa sobre o produto, eu pago no meu tributo
Pago pra andar na rua, pago pra entrar em casa
Pago pra não entrar no Spc e no Serasa
Pago estacionamento, taxa de licenciamento
Taxa de funcionamento liberação e alvará
Passagem, bagagem, pesagem, postagem
Imposto sobre importação e exportação, Iptu, Ipva
O Ir, o Fgts, o Inss, o Iof, o Ipi, o Pis, o Cofins e o Pasep
A construção do estádio, o operário e o cimento
Eu pago o caveirão, a gasolina e o armamento
A comida do presídio, o colchão incendiado
Eu pago o subsídio absurdo dos deputados
A esmola dos professores, a escola sucateada
O pão de cada merenda, eu pago o chão da estrada
Na compra de cada poste eu pago a urna eletrônica
E cada arvore morta na nossa selva amazônica
Eu pago a conta do Sus e cada medicamento
A maca que leva os mortos na falta de atendimento
Paguei ontem, pago hoje e amanhã vou pagar
Me respeita! Eu sou o dono desse lugar!

Chega!
Herculano
31/03/2015 11:05
FALIDO COMO PARTIDO, PT TENTA SORTE COMO PIADA, por Josias de Souza

Após reunião com Lula e o presidente do PT, Rui Falcão, dirigentes do partido nos Estados divulgaram um manifesto revelador. O texto indica que o PT não só acredita em vida depois da morte como crê piamente que é esta que está vivendo. Após fenecer como partido, o PT tenta a sorte como piada.

O manifesto do PT anota a certa altura: "Como já reiteramos em outras ocasiões, somos a favor de investigar os fatos com o maior rigor e de punir corruptos e corruptores. [?] E, caso qualquer filiado do PT seja condenado em virtude de eventuais falcatruas, será excluído de nossas fileiras."

É como se o partido desejasse dar um banho de gargalhada no país. A última vez que o PT declarou-se a favor de apurações rigorosas foi antes do julgamento do mensalão. Sentenciada, sua cúpula passou uma temporada enjaulada na Papuda. E não há vestígio de expulsão. Ao contrário.

Vítima de um expurgo cenográfico na época da explosão do escândalo, Delúbio foi readmitido nos quadros da legenda. Com as bênçãos de Lula. Dirceu e Genoino são cultuados nos encontros partidários como "guerreiros do povo brasileiro".

Noutra evidência de que o cotidiano do petismo é uma tragédia que os petistas vivem como comédia, o manifesto aponta a existência de ?uma campanha de cerco e aniquilamento?, na qual vale tudo para acabar com o PT, "inclusive criminalizar" a legenda. A cruzada antipetista é realmente implacável.

Deve-se a criminalização do PT aos petistas que, ocupados em salvar o país, não tiveram tempo de ser honestos. A Procuradoria da República e o juiz Sérgio Moro elegeram como inimigo número 1 da honra petista o tesoureiro João Vaccari Neto. José Dirceu, reincidente, está na bica de ser convertido em inimigo número 2.

Noutro trecho, o manifesto sustenta: "Perseguem-nos pelas nossas virtudes. Não suportam que o PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras. Que nossos governos tenham possibilitado o ingresso de milhares de negros e pobres nas universidades." Trata-se de uma reedição do velho discurso do "rouba mais faz". Só que num formato bem mais divertido.

"Não toleram que, pela quarta vez consecutiva, nosso projeto de país tenha sido vitorioso nas urnas", acrescenta o texto, numa cômica injustiça com os 13% de brasileiros que, segundo o Datafolha, ainda consideram Dilma Rousseff ótima ou boa três meses depois da segunda posse.

O 5º Congresso do PT, marcado para junho, deve "sacudir" a legenda, antevê o manifesto. Anuncia-se a retomada da "radicalidade política" e o desmanche da "teia burocrática" que imobiliza a direção partidária "em todos os níveis", levando o partido a habituar-se com o "status quo".

Suspeita-se que os redatores do manifesto tenham desejado dizer o seguinte: o PT vai se auto-sacudir radicalmente, para combater seu próprio status quo. De preferência, destruindo o status sem mexer no quo.

Uma coisa é preciso reconhecer: o ex-PT cada vez mais se dá bem consigo mesmo. O que é tragicamente cômico.
Roberto Basei
31/03/2015 08:48
Sr. Herculano

Quero agradecer o espaço cedido e pela nota, sobre meu desligamento do PSC de Gaspar e a sua lembrança sobre o meu sonho em ser Candidato a Deputado Estadual!
Sonhar é livre e não significa exatamente um fracasso até porque "Ja vi pessoas que sonharam e não realizaram mas ainda não vi realizadores que não sonharam". (Daniel Godri Junior)
Susana werner
31/03/2015 08:38
Ditran x café da manhã

Esta manhã, um servidor da ditran com o veículo oficial estava comprando pão para seu café da manhã, ao perguntar para o comerciante ele respondeu: que todos dias o servidor vai até seu comércio antes das 8 horas com o veículo oficial comprar pão.
Que cidade é esta que servidor usa carro oficial para comprar seu café da manhã?
Gaspar KKKKK
Herculano
31/03/2015 08:34
da série, quem mesmo inventou isso e agora condena esta prática nos outros?

A COVARDIA DOS ANÔNIMOS, por Ribamar Fonseca

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma". A declaração, profética, que parece referir-se à imprensa brasileira, é do jornalista americano Joseph Pulitzer, que morreu em 1911 e deu nome ao mais importante prêmio do jornalismo nos Estados Unidos.

As manifestações de internautas nas redes sociais em nosso país, diante de certas notícias e artigos, confirmam a previsão do jornalista americano: um ódio inexplicável e doentio, estimulado por essa imprensa igualmente doente, vem sendo destilado por pessoas que se escondem no anonimato para dar vazão à sua virulência verbal primitiva e cruel. E que, cinicamente, se dizem cristãs, chegando a invocar o nome de Deus para avalizar tanto ódio.

É de estarrecer as postagens, carregadas de ódio, nas redes sociais e nas áreas abertas para comentários em noticiários e artigos publicados em blogs e sites. Como não possuem argumentos de contestação às opiniões manifestadas, por falta de cérebro ou porque estão com o raciocínio obliterado pelo ódio, simplesmente agridem, insultam, ofendem, inclusive com palavrões. A violência, verbal ou física, é o argumento dos ignorantes. E essa violência desnuda o nível, moral e intelectual, dos "valentes" que postam insultos à guisa de comentários, escondendo-se covardemente atrás do biombo do anonimato, usando pseudônimos.

O ex-ministro José Dirceu, que se tornou a vítima predileta dessa mídia odienta e enferma (certa feita foi agredido a bengaladas no Congresso por um idiota que se deixou influenciar por ela) tem sido alvo desse ódio também alimentado pelos principais líderes oposicionistas do país, que falam até em "sangrar a Presidenta", como se tivéssemos voltado à Idade Média. Ao ser noticiado que ele sofreu um AVC, muita gente foi para a internet pedir a sua morte. "Que morra e volte para buscar Dilma e Lula", postou um dos internautas.

"DEUS, faça ele ser atendido no SUS por um dos médicos cubanos que dará o diagnóstico de virose e ele será enviado para casa e morrerá dentro de poucas horas. Amém!", postou outro hitlernauta doente. Coitados, não conhecem o mecanismo energético da rogativa má, que funciona como um bumerangue. Pulitzer tinha razão quando disse que essa imprensa formaria um público "tão vil como ela mesma".

Afinal, o que fez Dirceu a essa gente para despertar tanto ódio? Resposta: filiou-se ao PT e integrou o núcleo de maior poder dentro do governo petista. Massacrá-lo, com a ajuda de magistrados também rancorosos e parciais, tem o objetivo de atingir o petismo através de uma de suas figuras de maior projeção. Pretendem, desse modo, ferir indiretamente a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Por isso ele foi condenado no julgamento do mensalão, mesmo sem nenhuma prova, apenas com base na chamada "teoria do domínio do fato", ou seja, em rumores e notícias de jornais. Essa foi a sua recompensa por ter lutado contra a ditadura e contribuído para a restauração da democracia, a exemplo de José Genoíno, igualmente condenado sem culpa num julgamento criticado pelos mais renomados juristas deste país.

É nesse clima de ódio que se desenvolve a Operação Lava-Jato, criada para investigar o esquema de corrupção na Petrobrás e punir os responsáveis e que, lamentavelmente, vem sendo conduzida politicamente, onde mais importante do que penalizar corruptos e corruptores é contribuir para fragilizar o governo, desestabilizá-lo e derrubar a presidenta Dilma Rousseff. É visível a preferência partidária dos integrantes da operação, que fazem vista grossa para as acusações aos tucanos e não estão preocupados com os graves danos causados às empresas envolvidas e suas consequências no mercado de trabalho.

Como não se contentam em prender os executivos estão punindo também as empresas, provocando com isso a demissão de milhares de trabalhadores e a falência da indústria naval. É o mesmo que fechar hospitais e demitir seus funcionários por causa de um erro médico. E sob o pretexto de combater a corrupção, estão destruindo a Petrobrás e parte expressiva da construção no Brasil.

O mais surpreendente é o silêncio das entidades máximas das indústrias e dos organismos superiores da Justiça diante das decisões do juiz Sergio Moro, que abusa do seu poder para obrigar empresários presos a fazerem delações e até já defende a manutenção da prisão deles sem o trânsito em julgado. Enquanto isso, tem muito homicida em melhor situação, defendendo-se em liberdade, o que significa que hoje a vida humana vale menos do que o dinheiro.

Afora as críticas diárias de juristas renomados e da OAB, tanto o Supremo Tribunal Federal como o Conselho Nacional de Justiça estão em silêncio, como se fora uma aprovação tácita aos atos de Moro, o que ninguém em sã consciência poderá admitir. Aparentemente, o apoio da imprensa, que até já lhe premiou por suas ações, intimidou quem poderia puxar-lhe as orelhas. O medo da mídia silenciou muita gente.

Tal como o então ministro Joaquim Barbosa, durante o julgamento do mensalão, o juiz Sergio Moro virou celebridade e, animado pelo silêncio dos organismos superiores e o apoio da mídia oposicionista, atua como se dotado de todos os poderes, decidindo os rumos da vida alheia, libertando imediatamente quem concorda em delatar e atropelando até o estado de direito. Alguém já disse que "pior do que a ditadura militar é a ditadura de toga". São produtos dessa imprensa "cínica, mercenária, demagógica e corrupta", como disse Pulitzer. A propósito, vale lembrar o que disse o saudoso Millor Fernandes, em 2006: "Acho que uma das grandes culpadas das condições do país, mais do que as forças que o dominam politicamente, é nossa imprensa. Repito, apesar de toda a evolução, nossa imprensa é lamentavelmente ruim. E não quero falar da televisão, que já nasceu pusilânime".
Herculano
31/03/2015 08:30
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

E o pai de santo mandou a Granda Chefa Toura Sentada Dilma usar laquê de sal grosso!

Pra se proteger do Cunha! E onde o Cunha vai, a vaia vai atrás!

E estendem faixas com quatro alCunhas: machista, moralista, corrupto e homofóbico!

E com cara de defunto amanhecido! Rarará!

E adoro as comparações do PIB: o PIB do Brasil é 22 vezes a fortuna do Bill Gates. Isso é bom ou é ruim?

Brasil = 22 Bill Gates. Ainda bem que não é 22 vezes a fortuna do Eike. Brasil = 22 Eikes! Rarará!

E o PIB virou PIF: Produto Interno Pífio! Só que ninguém sabe o que é PIB. Entrei na padaria e perguntei: "O que é PIB?".

E um sabido: "Produto Interno Bruto". "E o que é Produto Interno Bruto?" Cara de paisagem. Rarará!

Eu sei o que é PIB! PIB é Pobreza Individual do Brasileiro!

E o PIB na casa duma amiga minha é Pinto Indo pro Brejo! Rarará!

E um leitor me disse que PIB quer dizer Pode Internar o Brasil. Rarará! É mole? É mole, mas sobe!
Herculano
31/03/2015 08:26
ESTÁ NA PAUTA DA REUNIÃO DE HOJE

Requerimento Nº 54/2015 da Vereadora Ivete Mafra Hammes, o envio de ofício ao Exmo. Sr. Prefeito Municipal, solicitando digne-se remeter a esta Casa de Leis, dentro dos prazos legais e regimentais, cópia da ata da reunião do Conselho de Desenvolvimento Urbano, que deliberou sobre a ampliação do perímetro urbano
Herculano
31/03/2015 08:20
FERNANDO HENRIQUE CRITICA AUSÊNCIA DE LULA E DIZ QUE GOVERNO "OPERA SEM ANESTESIA"

O conteúdo é do jornal O Estado de S. Paulo. O texto é de roldão Arruda. Em palestra em São Paulo, ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que governo está impondo um ajuste econômico ao País sem se comunicar com a sociedade. Também criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estaria ausente do debate sobre a crise

Em palestra em São Paulo, na noite desta segunda-feira, 30, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) criticou o também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que ele tem se ausentado do debate sobre a atual crise política e econômica do País. "Os maiores responsáveis têm que assumir", afirmou. "Outro dia eu cobrei do ex-presidente Lula que ele sumiu. Como sumiu? A filha é sua!"

A afirmação de Fernando Henrique provocou risos na plateia, composta principalmente por empresários. O ex-presidente também criticou o governo da presidente Dilma Rousseff, afirmando que está impondo um ajuste econômico ao País sem se comunicar com a sociedade.

"Quando fui ministro da economia, eu também fiz ajustes", afirmou. "O Palocci (Antonio Palocci, ministro da Fazenda no primeiro mandato de Lula) também fez. Qual era o meu papel? Não era o de técnico. O meu papel era explicar ao País o que estava acontecendo. Eu não saía do Congresso, da TV, do rádio, explicando à população, dando esperança à população. Quem é que está fazendo isso agora? Ninguém. Estão operando sem anestesia."

O ex-presidente pôs em dúvida as possibilidades do reajuste funcionar. "É uma situação difícil para a presidente Dilma. Ela ganha dizendo que vai continuar o crescimento político e tem que tirar o pé do acelerador e frear de repente. O mais dramático é ter que nomear como tzar da economia alguém que pensa o oposto dela. Duvido que isso dê certo."

Na avaliação feita ontem por Fernando Henrique, os problemas econômicos que o País enfrenta começaram no segundo mandato do presidente Lula, no momento em que resolveu manter uma política de estímulo ao consumo que havia dado certo durante a crise econômica mundial, mas sem realizar investimentos. Segundo o ex-presidente Lula e seus assessores pensaram ter encontrado "a fórmula mágica".

Os erros teriam se agravado no atual governo, observou. Ele disse que a presidente Dilma deveria ganhar "um Nobel", porque "acabou com o petróleo, com o etanol e com a energia elétrica".
Herculano
31/03/2015 08:10
DILMA CONDICIONA MINISTÉRIO A APOIO AO AJUSTE, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Para confirmar a nomeação do ex-deputado Henrique Alves (PMDB) ao cargo de ministro do Turismo, Dilma Rousseff impôs a condição de obter apoio dos deputados federais do PMDB ao pacote fiscal do governo e à política de reajuste de aposentadorias. Alves chegou a ser confirmado na sexta-feira (27), mas depois o Planalto o colocou em "banho maria". Agora, pode até ficar para depois da Semana Santa.

Impasse
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, só aceita discutir apoio a projetos do governo após a nomeação do seu amigo Henrique Alves.

Toma lá, dá cá
Dilma ainda terá de acalmar o presidente do Senado, Renan Calheiros, que só aceita perder o Turismo ganhando o Ministério de Cidades.

Nem pensar
Dilma enfureceu Renan oferecendo-lhe a presidência da Conab, empresa pública de abastecimento do Ministério da Agricultura.

Sapato velho
Sempre de terno e gravata, o deputado Alfredo Nascimento (PR-AM) não dispensa o tênis. Usa um diferente a cada dia. Deve achar fashion.

CNMP QUER BARRAR INDICADO DE EDUARDO CUNHA
Membros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), presidido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, estão incomodados com a possibilidade de o advogado Gustavo do Vale Rocha integrar o colegiado. Rocha é advogado do deputado Eduardo Cunha, fiador da indicação, e do PMDB, o que, segundo o parlamentar, legitima sua indicação para o colegiado. Cunha está na Lista de Janot.

Bom precedente
Como na indicação de Gim Argello no TCU, conselheiros articulam a rejeição a Gustavo Rocha no CNMP. Mas lhes falta força política.

Retaliação
Dos 14 conselheiros do CNMP, um é indicado pela Câmara. Membros avaliam que Eduardo Cunha indicou Rocha para "afrontar" Janot.

Roletando
O carro oficial placa nº 32, do gabinete do senador Sérgio Petecão (PSD-AC), circulava domingo na cidade do Núcleo Bandeirante (DF).

Pegou mal, Michel
O vice-presidente Michel Temer poderia ter mantido fora da sua biografia a defesa que fez, no programa "Roda Viva", do indecoroso "acordo de leniência" com as empreiteiras que roubaram a Petrobras.

Alegação cínica
É falsa a alegação de que "acordos de leniência" protegem empregos. Obras geram empregos e não empreiteiras, como lembrou o procurador do ministério público junto ao TCU, Júlio Marcelo Oliveira.

Onde está o dinheiro
A Justiça americana realiza audiência em 3 de abril com os bancos e a Petrobras. Quer entender se a Petrobras é tão amadora a ponto de não perceber a roubalheira que se passava a um palmo do nariz.

Ninguém merece
O PT insiste em Benedita da Silva para o cargo de secretária de Cultura do governo Pezão. O problema é que a relação mais próxima de Benedita com o setor foi seu casamento com o ator Antônio Pitanga.

Maus tradutores
Em vez de provocar "crise" no governo, o que é falso, a frase de Joaquim Levy (Fazenda) sobre Dilma, em inglês, apenas revelou que a imprensa brasileira precisa melhorar a qualidade dos seus tradutores.

Saindo do foco
O sucesso dos protestos de 15 de março subiu à cabeça de Rogério Chequer, do "Vem Pra Rua'. Para o dia 12, ele planeja ampliar as bandeiras, atacando, por exemplo, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. Dilma e o PT vão adorar a manobra diversionista.

Crucificado
Na discussão sobre a redução da maioridade penal, Orlando Silva (PCdoB-SP) lembrou que a maioria mandou crucificar Jesus Cristo. O deputado é aquele que pagou uma tapioca com cartão corporativo.

Mais uma crise
Azedou a relação entre a Juventude do PMDB e a Secretaria Nacional da Juventude, do governo Dilma. O rompimento foi atribuído à ingerência do secretário de Juventude Gabriel Medina.

Na China é mais seguro
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-R), aceitou convite para uma visita oficial à China. Lá, ele não será vaiado.
Herculano
31/03/2015 08:01
ANTES QUE SEJA TARDE, João Dória Jr, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo

O ciclo do lulopetismo se exauriu e a presidente da República isolou-se da esfera política, administrando o país sem ouvir a sociedade

O Brasil que foi às ruas em 15 de março para protestar contra Dilma Rousseff, a corrupção e o PT é bem diferente daquele que se mobilizou em 16 de abril de 1984, quando mais de um milhão e meio de pessoas se juntaram, no Anhangabaú, em São Paulo, na esteira do movimento em prol das Diretas-Já.

Naquele ciclo, a luta cívica tinha como alvo a defesa das liberdades e a escolha, pelo povo, do seu mandatário. Hoje, esses direitos se consagram na nossa Constituição.

Também difere do país que, em 20 de junho de 2013, registrou mais de 1,5 milhão de pessoas nas ruas, protestando contra as taxas dos transportes públicos e serviços precários nas áreas de saúde, educação e segurança, entre outros temas.

Se alguma semelhança com o passado pode ser encontrada, é com o memorável movimento "Fora Collor", que culminou com o impeachment de Fernando Collor em 29 de setembro de 1992.

Como naqueles idos, o clamor recente dos 2 milhões de brasileiros que acorreram às ruas pede o afastamento da primeira mandatária. Ocorre que não há, até o momento, arcabouço técnico-jurídico suficiente para respaldar um pedido de impeachment da chefe da nação, apesar de pareceres de eminentes juristas acatando essa tese.

Essa, porém, é uma discussão para o direito. O fato é que o Brasil pós 15 de março abriu um novo marco em sua vida institucional. A partir da constatação de que sua democracia participativa ganha solidez com a entrada em cena de um cidadão com apurada conscientização política e sob a crença de que as mobilizações, ao contrário do passado, incorporam-se definitivamente à paisagem urbana.

É interessante observar que tais avanços ocorrem quando a vida político-institucional passa a ser banhada por um gigantesco lamaçal, no momento em que o país vivencia os mais escandalosos eventos da contemporaneidade. Quais as razões para essa aparente dicotomia, com a sociedade, de um lado, e a esfera política, do outro?

Vejamos. Lula assumiu, em 2003, como o salvador da pátria. Ancorou seu governo em ampla plataforma social, abrindo canais da articulação política, atendendo às demandas dos partidos da base, no balcão de apoios e recompensas, usando o instinto político para administrar conflitos com os outros Poderes.

A crise do sistema financeiro internacional, em 2008, levara o mundo a desempregar milhões de trabalhadores, mas o Brasil, vencendo as intempéries, gerava 12 milhões de empregos formais. Com o título de sétima economia, renda per capita triplicada e desigualdade caindo, a quarta democracia mais populosa do mundo, depois da Índia, EUA e Indonésia, parecia uma ilha de segurança no oceano borrascoso.

Mas a esperança de longa jornada desenvolvimentista arrefeceu na era Dilma, arrastada pelo modo de governar petista, ancorado no populismo, aparelhamento do Estado, desorganização das contas públicas, improvisação nas frentes de obras, entre outros, e a par do discurso separatista, "nós e eles".

A política econômica do lulopetismo se exauriu. Confirmando-se a projeção que se faz para este ano (de -0,5% de queda do PIB, podendo chegar a -3%), viveremos a maior retração em 25 anos. É o sinal da falência total do modelo.

A presidente da República se isolou da esfera política, administrando o país sem ouvir a sociedade. A Petrobras, rebaixada no grau de investimento no mês passado, deixou de ser símbolo de orgulho. A corrupção, como metástase, propaga-se e a sociedade clama por uma cirurgia rápida. Antes que seja tarde.
Herculano
31/03/2015 07:54
O QUE O PODER DE PLANTÃO E O PT TENTAM DESQUALIFICAR QUANDO ARRUMAM CULPADOS PARA AS SUAS MAZELAS E FAZEM DISCURSOS PANFLETÁRIOS PARA ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS E DEPENDENTES? O MINISTÉRIO PÚBLICO, A JUSTIÇA, A POLÍCIA FEDERAL, A ÉTICA E A LEI QUE SÓ DEVERIA EXISTIR PARA OS OUTROS

Se você tem dúvida disso, cole e assista isto.

http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2015/03/quem-rouba-milhoes-mata-milhoes-diz-procurador-da-operacao-lava-jato.html
Herculano
31/03/2015 07:25
COLHENDO O QUE PLANTARAM. ATÉ O BÁLSAMO QUE INVENTARAM PERDEU VALIDADE ANTES DO TEMPO. A FRANQUIA NACIONAL DE SACANAGENS SE DEBATE PARA SOBREVIVER. ESTÁ NAS PRINCIPAIS MANCHETES DOS JORNAIS QUE CIRCULAM HOJE: LULA PEDE LUTA CONTRA "AGRESSIVIDADE ODIOSA". MAS QUEM SEPAROU ELES E NÓS? OS BRANCOS E OS NEGROS? OS RICOS E OS POBRES? OS DO NORTE E OS DO SUL? OS...

O conteúdo é do jornal Folha de S.Paulo. O texto e a reportagem são de Marina Dias, Cátia Seabra e Gustavo Uribe. Em encontro com dirigentes do PT, ex-presidente afirma que é preciso 'levantar a cabeça' e apoiar atos de centrais. Com aval dele, petistas aprovam manifesto defendendo 'corrigir erros'

Em meio à crise que traga o Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conclamou dirigentes petistas a "levantar a cabeça" e "irem à luta" na criação de uma estratégia para reduzir os danos causados à imagem do partido.

"O PT não pode ficar acuado diante dessa agressividade odiosa", disse o ex-presidente, segundo relatos.

Lula pediu que a sigla aprofunde as relações com os movimentos sociais, via CUT, apoiando as manifestações organizadas pelas centrais.

O presidente da sigla, Rui Falcão disse que o PT pediu à presidente Dilma Rousseff que volte a receber os movimentos sociais e recrie as chamadas conferências nacionais, promovidas na era Lula.

Outra defesa de Falcão foi o fim das doações empresariais à sigla. A proposta foi debatida nesta segunda (30), mas só será discutida formalmente na reunião do diretório nacional, em 16 e 17 de abril.

Para ele, há uma campanha de "cerco" e "aniquilamento". "Faço um chamamento a nós sairmos da defensiva, enfrentarmos de cabeça erguida àqueles que nos atacam, porque é impensável que a gente possa ser acusado de corrupção", afirmou à imprensa após a reunião.

Com o aval dele e de Lula, os dirigentes estaduais aprovaram manifesto dizendo que é hora de a sigla "sair da defensiva", "assumir responsabilidades" e "corrigir erros".

O manifesto reconhece que o PT cometeu erros e deve retomar os valores que pautaram sua criação, em 1980.

No texto, a corrupção está baseada na tese "nós contra eles", usada na campanha à reeleição de Dilma. Para os petistas, "querem fazer do PT bode expiatório da corrupção nacional e de dificuldades passageiras da economia".

Os petistas defendem dez bandeiras da esquerda para reaproximar sigla e governo da base social da legenda.

As principais são: orientar a bancada do PT no Congresso a aprovar a taxação das grandes fortunas, as reformas política e tributária e a ampliação dos direitos trabalhistas, na contramão do ajuste fiscal proposto pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda).

Nos bastidores, aliados afirmam que a avaliação de Lula é que o governo está paralisado e que Dilma precisa retomar as concessões e obras pelo país, além de resolver a crise política com um pacto definitivo com o PMDB.

Réu em ação originada pela Operação Lava Jato, o tesoureiro João Vaccari Neto não compareceu à reunião. Foi a primeira vez neste ano que ele se ausentou de encontro da executiva nacional.

Petistas afirmam que Vaccari temia alguma manifestação pela sua saída. Segundo a Folha apurou, Lula defende o afastamento imediato.

Após reunião com o ex-presidente pela manhã, o ex-governador Tarso Genro (PT-RS) defendeu que o tesoureiro seja afastado preventivamente caso ele não o faça de maneira voluntária.
Herculano
31/03/2015 07:16
O SHOPPING DOS DEPUTADOS, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Cafés, lojas, agências bancárias, praça de alimentação, estacionamento subterrâneo com mais de 4.000 vagas. Parece o projeto de um novo shopping center, mas não é. Tudo isso está prestes a ser construído pela Câmara, em Brasília, ao custo estimado de R$ 1 bilhão.

O chamado shopping dos deputados foi promessa de campanha do presidente Eduardo Cunha. Faz parte de um plano que inclui a reforma de um anexo e a construção de três novos edifícios. O mais alto terá dez andares na superfície e três no subsolo.

A justificativa oficial é de que os deputados, que têm dois meses de férias e passam a maior parte da semana longe da capital, andam sem espaço para trabalhar. Por isso, todos terão direito a trocar os gabinetes atuais, com área média de 40 m², por salas mais confortáveis, com 60 m².

Cunha também parece insatisfeito com o plenário da Câmara, onde os presidentes da República tomam posse e Ulysses Guimarães promulgou a Constituição. Seu projeto inclui a construção de um "plenário alternativo" com 700 lugares. Como a Casa só dispõe de 513 deputados, é possível que o passo seguinte seja uma emenda para ampliar o número de Excelências na próxima eleição.

O presidente da Câmara já declarou que "ninguém vai fazer shopping com dinheiro público". No entanto, o jornal oficial da Casa reconheceu ontem que o modelo de parceria público-privada só deve cobrir "parte do custo do investimento".

O edital para as obras foi lançado na última sexta, um mês depois de Cunha autorizar os colegas a usar verba pública para emitir passagens aéreas para suas mulheres. Nesse caso, a repercussão negativa forçou o peemedebista a voltar atrás.

Há opções mais baratas para aumentar o conforto dos gabinetes. Se quiser economizar o dinheiro alheio, Cunha pode começar despejando a presidência e a fundação de seu partido, o PMDB. A sigla paga aluguéis irrisórios para manter suas sedes em área pública, nos prédios da Câmara.
Herculano
31/03/2015 07:08
PETISTAS COMETEM SUICÍDIO COLETIVO - DIRETÓRIOS ESTADUAIS REDIGEM UM DOCUMENTO ALOPRADO, COM ANUÊNCIA DE LULA E FALCÃO, EM QUE INSISTEM EM HOSTILIZAR OS BRASILEIROS. PRESIDENTE DO PT DIZ SER "IMPENSÁVEL" ACUSAR O APRTIDO DE CORRUPÇÃO!, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Caramba! Chega a dar medo! O maior fator de risco hoje no país é o grau de alienação dos petistas. Os companheiros estão vivendo numa realidade paralela. Perderam o bonde! Nesta segunda, dirigentes dos 27 diretórios estaduais do PT se reuniram e lançaram um manifesto, com o aval de Lula e de Rui Falcão, presidente do partido, que discursaram. A íntegra do texto está no site do partido. Seria cômico se aquilo não fosse uma tentativa de falar a sério.

Esses caras ainda acabarão fazendo uma grande bobagem. Eles estão doidinhos para ver cumpridas as suas piores - ou seriam as melhores para eles? - expectativas. Há momentos notavelmente aloprados no texto, mas, a meu juízo, o ápice está aqui, prestem atenção, quando tentam identificar por que os adversários não gostam do partido:
"Não suportam que o PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras. Que nossos governos tenham possibilitado o ingresso de milhares de negros e pobres nas universidades."

Entenderam?

Os brasileiros não estão enojados com a corrupção na Petrobras.

Os brasileiros não estão descontentes com a inflação acima de 8%.

Os brasileiros não estão insatisfeitos com juros de 12,75% ao ano.

Os brasileiros não estão inconformados com uma recessão que pode chegar perto de 2%.

Os brasileiros não estão furiosos com a penca de estelionatos eleitorais.

Os brasileiros não estão cansados de uma Saúde capenga.

Os brasileiros não estão furiosos com uma educação medíocre.

Os brasileiros não estão fartos da incompetência arrogante.

Os brasileiros não estão estupefatos ao ver a Petrobras na lona.

Nada disso! Por que, afinal, a população iria se zangar com essas bobagens? Por que, afinal, esse povo bom e generoso iria reagir mal ao fato de um simples gerente da Petrobras aceitar devolver US$ 97 milhões que ele confessa oriundos da propina? Por que, afinal, a nossa brava gente se espantaria que José Dirceu tenha faturado quase R$ 2 milhões em consultorias só no período em que estava em cana? Nada disso é motivo!

Segundo o partido, seus adversários não suportam mesmo é ver supostos 36 milhões de pessoas saindo da miséria. A afirmação é de uma estupidez ímpar. Houve um tempo em que essa ladainha colava. Eis aí, leitor, revelado o verdadeiro espírito "petralha". Quando criei a palavra, referia-me exatamente a isto: à justificação da roubalheira, do assalto aos cofres públicos, da ladroagem mais descarada, em nome da igualdade social.

O manifesto aloprado segue adiante:
"O PT precisa identificar melhor e enfrentar a maré conservadora em marcha. Combater, com argumentos e mobilização, a direita e a extrema-direita minoritárias que buscam converter-se em maioria todas as vezes que as mudanças aparecem no horizonte. Para isso, para sair da defensiva e retomar a iniciativa política, devemos assumir responsabilidades e corrigir rumos. Com transparência e coragem. Com a retomada de valores de nossas origens, entre as quais a ideia fundadora da construção de uma nova sociedade."

Uau! Então os milhões que saíram às ruas são "de direita e extrema direita" e estão se opondo "às mudanças", não à "sem-vergonhice"? Querem saber! Estou aqui vibrando com essa análise. Ela conduz o partido à extinção. Ninguém precisará, como diz o texto, "acabar com essa raça". Essa raça está cometendo suicídio. A propósito: o texto diz que é preciso enfrentar os adversários com "argumento e mobilização". Tá. Sei o que é "argumento". Mas o que vem a ser "mobilização" nesse contexto?

O texto, na sua burrice teórica, abriga este notável momento:
"Ao nosso 5º Congresso, já em andamento, caberá promover um reencontro com o PT dos anos 80, quando nos constituímos num partido com vocação democrática e transformação da sociedade - e não num partido do 'melhorismo'. Quando lutávamos por formas de democracia participativa no Brasil, cuja ausência, entre nós também, é causa direta de alguns desvios que abalaram a confiança no PT."

O partido gigante, que se apoderou de todas as estruturas do Estado, que aparelha estatais, fundos de pensão, autarquias e universidades; que se imiscuir até em fundações de direito privado para impor a linha justa, essa máquina gigante deveria, na visão dos valentes, se comportar como um partido pequeno, em formação, capaz de falar em nome da pureza, mesmo tendo nas costas o mensalão e o petrolão, entre outras barbaridades.

O documento lista ainda dez medidas a serem defendidas pelo partido. Entre elas, estão: campanha de agitação e defesa do PT; controle da mídia e imposto sobre grandes fortunas. E, claro!, a formação da tal frente ampla, formada por "partidos e setores partidários progressistas, centrais sindicais, movimentos sociais da cidade e do campo". Entendi! O PT está com o saco cheio da sociedade brasileira. Acha que é hora de substituí-la.

Na minha coluna de sexta, na Folha, afirmei, apelando ironicamente a Karl Marx - que as esquerdas citam sem ler - que o PT hoje é "vítima de sua própria concepção de mundo". Eis aí. Ah, sim: Lula também discursou e disse que seus sequazes têm de levantar a cabeça. De que adianta se eles se negam a abrir os olhos?

Numa entrevista depois do evento, Falcão teve a coragem de dizer: "É impensável que a gente possa ser acusado de corrupção". Dizer o quê? Vai ver corrupção praticada por petista deva ser chamada de obra humanitária. A única chance de Dilma, se é que lhe resta alguma, é se afastar desse hospício.
Herculano
31/03/2015 06:54
CULPA DOS OUTROS V

"Minha querida, ele ficou bastante triste e me explicou sim senhora. Eu li. Eu também tenho discernimento. Eu tenho clareza que ele foi mal interpretado".

Dilma Rousseff, tentando explicar a jornalistas que Joaquim Levy não disse o que disse no encontro com ex-alunos da Universidade de Chicago.

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