Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

03/04/2015

A DIFERENÇA I
Blumenau é governada por um jovem do PSDB, Napoleão Bernardes. Inexperiente, ganhou sem exatamente querer o cargo. Ficou vulnerável. E o PT, lá comandado por Décio Neri e Ana Paula Lima (rejeitada já no primeiro turno), deita e rola sobre os coxinhas. O sindicato dos funcionários e o dos motoristas de ônibus, aparelhados, não dão tréguas. É do jogo, jogado. Na Câmara, Napoleão, por inabilidade e em minoria, perdeu dois anos de governo para conseguir uma governabilidade mínima. Napoleão dança miudinho. Apanha, mas aprende e com o próprio PT e o PSD a quem também derrotou.

A DIFERENÇA II
E para mitigar os danos e como o PT não é capaz de fazer o que cobra dos outros, Napoleão resolveu fortalecer a política de transparência e controle social para não ficar refém das explicações, as quais escondem jogos e jogadas, marca que o PT colou no ex-prefeito e agora deputado secretário da Saúde, João Paulo Kleinubing, PSD. A falta de transparência absoluta deu no tal do Tapete Negro asas para dúvidas sobre a Foz, ponte do Centro, proteção da margem esquerda e outros questionamentos do Ministério Público. Já aqui, onde o PT de Pedro Celso Zuchi orientado pelo de Blumenau reina, contraditoriamente, onde tudo se esconde e nada se cobra, mesmo tendo apenas quatro dos 13 vereadores na Câmara.

A DIFERENÇA III
Em Blumenau, foram assinados cinco projetos de lei e três decretos. Eles criarão o Conselho Municipal de Transparência e Controle Social e regulamentarão a Lei de Acesso à Informação no âmbito do Poder Executivo. Outra iniciativa foi a proposta de emenda à Lei Orgânica. Ela permite que os projetos de iniciativa popular sejam apresentados por apenas três por cento do eleitorado de Blumenau. Hoje a exigência legal é de cinco por cento. E Gaspar? Tente entrar no Portal Transparência da prefeitura e entendê-lo ou conseguir informações mínimas. Para começar, ele está dividido entre o antigo e o novo portal. Um não conversa com o outro. Nada foi consolidado. E para quê? Para complicar, afastar os cidadãos no exercício da cidadania, dificultar as comparações dos números. Acorda, Gaspar.

E ELA ACREDITOU
Elisete Souza D?Ávila, moradora da Rua Amazonas, no Bela Vista, a que vive inundada, depois de ir à tribuna livre da Câmara como último recurso para ser ouvida, surpreender e passar um pito daqueles nos políticos do bairro e nos do PT daqui, provocando um tititi pela repercussão inclusive aqui, escreveu isto no dia 19 de fevereiro no seu Facebook para celebrar esta foto onde ela ri entre os constrangidos José Amarildo Rampelotti, PT, e Giovano Borges, PSD.

?Recebo hoje em minha casa a visita de Amarildo Rampelote fazendo cumprir sua atenção ao meu pedido eles lutarão com garras e competência para concluir essa nossa tão sonhada obra. Muito obrigado acredito e confio nos Srs. Obrigada Ana Paula Lima [deputada do PT a quem reclamou pela falta de atendimento do PT de Gaspar neste assunto]?. Concluindo: a Rua Amazonas voltou a ser alagada e as obras estão paradas. A verba conseguida pelo marido de Ana Paula, Décio Neri de Lima, foi tragada em algum lugar em Brasília. Provavelmente pelo desgoverno. 

TRAPICHE
Edificações na beira do Rio Itajaí-Açu prestes a serem demolidas? E continuarão a ser construídas enquanto não forem punidas as ?otoridades? que autorizaram ou se omitiram na hora da construção. Só quando um prefeito for responsabilizado e perder o patrimônio pessoal por causa disso, a coisa vai mudar.

Outra pergunta que não quer calar. Por que só uma edificação? Ali todas estão na mesma situação. Perseguição? Discriminação? Aliás, na rua Industrial José Beduschi surgiu há tempos sob disfarces uma ?casa nova? em área que não poderia ser construída. E aí? Quem autorizou?

A indicação do ex-deputado federal João Matos, PMDB, para secretário da Administração no governo de Raimundo Colombo, PSD, é uma indicação de que a ponte dos Sonhos, em Ilhota, tem padrinho para ela chegar ao fim e antes da ponte do Vale. Matos foi quem verdadeiramente lutou por essa ponte surgir do nada. Como se vê, Gaspar está pagã.

Engraçado esse pessoal do PT de Gaspar. A Justiça é falha sempre e somente quando atinge um dos seus. E para livrar os seus, ainda fazem comparações de bananas com laranjas ludibriando no discurso a plateia ignara em casos técnicos. Paulo Roberto Eccel, PT, é ex-prefeito de Brusque. E Mário Wilson da Cruz Mesquita tem muito a ver com isso. Essa é a verdadeira dor de cotovelo e medo. Só isso.

O empresário Clarindo Fantoni foi homenageado esta semana na Câmara de Gaspar por gestos filantrópicos para com a cidade. Um reconhecimento para fazer exemplo num tempo de poucos, onde a maioria pensa na sua própria exibição pelas festas que dá e o que se exibe na Facebook. O PT sessão sim outra também, para se livrar de culpas, compara e critica o governo de Adilson Luiz Schmitt, sem partido, a quem sucedeu. Na terça, deu uma trégua. Clarindo, PP, foi o vice de Adilson.

Esta semana aconteceu o lançamento do Plano Municipal de Educação. Uma exigência para integrar ao Plano Nacional. Serão três meses de debates para se construir um plano de dez anos. Aqui as comissões são formadas por profissionais de educação das redes municipal e estadual, além de representantes das escolas particulares.

Na Câmara, o presidente e líder do PT de Gaspar, José Amarildo Rampelotti, o campeão de votos, disse que colocaria o cargo dele à prova, se 50% dos municípios de Santa Catarina não contratassem empresas especializadas para fazer o tal plano. E que neste quesito, e só agora Gaspar dava o exemplo.

Pois bem. Primeiro: quem não possui estrutura precisa e deve procurar ajuda especializada, por isso, faz bem; segundo: Gaspar vive contratando empresas de consultorias para ajudá-la, será que faz para esconder a sua incompetência?; terceiro: espera-se que o trabalho de Gaspar não seja fruto da instrumentalização e ideologização, especialidade do PT. Basta olhar o que aconteceu na abertura do ano letivo onde se montou um discurso de catequese e que foi aplaudido pelo próprio Rampelotti.

Por fim. A Câmara estará representada nestas comissões pelo professor do Belchior, Jaime Kirchner, PMDB, alinhado com o PT do prefeito Pedro Celso Zuchi. O Plano deverá passar pela Câmara onde há mais duas professoras: Marli Iracema Sontag, PMDB, e a licenciada Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM.

 

Edição 1675
 

Comentários

Belchior do Meio
06/04/2015 19:49
Sr. Herculano:

A Luciana Genro é aquele tipo de mulher que quando o marido chega, encontra-a na porta de casa com uma vassoura na mão, pergunta:
Vai varrer ou vai voar?
João João Filho de João
06/04/2015 19:42
Sr. Herculano:

Hum...!!! Mãe aos 15 anos (segundo Augusto Nunes).
Começou cedo a dadivosa...
Senhor Cleones quer os parabéns 03
06/04/2015 19:31
O Conselho Municipal de Saúde nao vai deixar barato. Quer respostas sobre a estupidez da distribuição de cargos "fantasmas" a alguns servidores que "moravam" na barra da saia da ex secretária de saúde. E estes ainda mais estúpidos aceitaram e desfilam com seus títulos imaginários. Batatas estao assando. Este é o caso de Aline Cadena, que se apoderou de um título de direção da atenção básica, que....está num PL, que.... pode estar sendo revisado pela Camara de Vereadores, que....talvez volte à mesa de votação, que....um dia quem sabe seja aprovado. E veio com uma resposta "sem fim" no face ao post de duas semanas atras. Isto e porque ela nao leu esta coluna desde o inicio de marco. Infelicidade 1 - se tivesse lido nao teria cometido a deselegancia de usar um aplicativo "particular" como o face para assuntos de trabalho. So quem nao tem vida social interessante posta assuntos de trabalho no face. Os amigos da enfermeira levaram aquele susto quando deram de cara com "aquilo". Infelicidade 2 - curriculo admiravel, mas inutil. Nao aprendeu nada na escola. Se tivesse aprendido, saberia que uma bom lider jamais se posiciona contra seus subordinados e a tal enfermeira dirigiu sua resposta a ninguem mais ninguem menos do que sua propria equipe, atacando impiedosamente. Inclusive recebeu um comentario sem proposito do Sr. Arnaldo logo apos a resposta de sua chefe. Que feio! Mandou todos à........, mostrando o nojo que tem dos colegas de trabalho. Se de fato a equipe que comanda e tao ruim, este é o resultado de ser "chefiada" (que piada) pela Sra. Aline. Somos o resultado do exemplo que ela nos dá. Infelicidade 3 - Quem da equipe desta enfermeira se atreveria a se identificar sabendo que esta o tempo todo sob sua "mira"? Vai sonhando! Ao contrario do que ela respondeu, inumeras vezes varios de nos conversamos, falamos, tentamos negociar, ninguem foi ouvido ou incentivado, somente agredido. A " ponta" como somos chamados, é a maior equipe da Secretaria de Saude e para esta fulana só 0,5 % de servidores prestam. Sabe quem são os 0,5%? Os servidores que trabalham na mesma sala dela e alguns deles aindam vem choramingar justamente na "ponta" o quanto lamentam estar sob tal chefia. Os outros 99,5% SIM tem serias restricoes a esta enfermeira, que amedronta e derruba a qualidade dos servicos de saude prestados nos postos. Por isto, aqui nesta coluna é SIM o lugar certo para reagirmos ao que vemos nesta Secretaria. Infelicidade 4 - Haja tempo e vontade para "fuçar" a vida de cada subordinado seu. Que feio, de novo! Uma ou duas coisas pelo menos poderiam ter sido omitidas pra não dar tanto na vista o quanto uma chefia assim é bisbilhoteira. É por isto que o servico nao vai para a frente. Se a chefe fica enumerando o que cada um faz fora " do pinico" significa que não trabalha. Saibam que as condições de trabalho na "ponta" são tão degradantes que a nossa forma de mostrar contrariedade é SIM "fazer fora do pinico". Infelicidade 5...Infelicidade 6....foram tantas, muita choradeira, sempre se achando injustiçada, sempre aperreada, sempre incomodada, vai ser desagradável assim lá na Conchinchina. E la vai nossos primeiros parabens para o Senhor Cleones, afirmou que ira conversar com cada funcionario desta forma senhor Cleones o senhor descobrirá a pessima gerencia de suas duas diretoras nao esquecemos ainda da diretora Bete pessoa que nao conhece os principios do SUS( QUE VERGONHA) péssima lider, vamos secretario peça números, indicadores, Relatorios sobre o CAR , as demandas sem fim das especialidades medicas, vá conversar com cada funcionario e verá a podridão que esta ao seu redor tanto na atenção básica quanto nas especialidades medicas uma vergonha.Valeu Novo Secretario, ajudaremos a limpar a casa, mas ele precisa se lembrar da "ponta".

Herculano
06/04/2015 19:00
da séria: para continuar a bandalheira e o roubo desenfreados dos pesados impostos para poucos, é preciso purificar a lama e endeusificar os enlameados, constrangendo e desqualificando os que querem desinfetar este ambiente putrificados.

JUSTIÇA E PROPAGANDA, por Paulo Moreira Leite

Como uma velha história de 400 quilos de cocaína mostra que esforço para abafar qualquer escândalo que pode vir - quem sabe - comprometer imagem de aliados da oposição já chegou ao tráfico de drogas

De vez em quando, os jornais recordam que o PSDB recebe um tratamento benevolente por parte das autoridades encarregadas de apurar casos de corrupção no país. Lembram que os acusados pelo mensalão PSDB-MG sequer foram julgados. Falam sobre os esquemas do metrô de São Paulo. Há quem aplauda essa observação.

Lamento porque faz parte do espetáculo. Se não fosse puro teatro, os meios de comunicação fariam um escândalo para forçar uma mudança de atitude, desses que fazem os acusados a serem humilhados em suas aparições públicas - mesmo que nada esteja provado.

As denúncias do metrô nasceram em 1995 e há mais de uma década são investigadas na Suíça. As do mensalão mineiro são mais antigas do que as acusações da AP 470. Ninguém foi levado a fazer uma delação premiada. Ninguém foi chamado para ficar recolhido no regime de prisão preventivo por meses. Registra-se o fato, derrama-se uma lágrima de crocodilo e pronto.

Está combinado, desde o início, que nenhuma investigação irá colocar os adversários do governo Lula-Dilma no banco dos réus. Se isso acontecer, não serão julgados. Se ocorrer o julgamento, serão considerados inimputáveis - ou a pena estará prescrita.

Você talvez esteja cansado dessa observação. É tão comum - os fatos são mesmo frequentes e chocantes - que já existe uma resposta a ela. Consiste em lembrar que um crime não pode justificar o outro. Concordo. Mas, se a discussão fosse esta, se houvesse um esforço real para apurar, investigar e condenar, sem escolhas prévias, com o devido respeito às garantias individuais e métodos civilizados de apuração, não teríamos um processo de criminalização política. Estaríamos fazendo justiça, que é tudo o que o país deseja.

O debate é outro, porém. O trabalho seletivo e permanente contra um dos lados do universo político não tem a ver com justiça nem combate à corrupção. Envolve escolhas políticas. O saldo final é a propaganda. O que se quer é definir um traço, uma marca, uma imagem. Anos e anos de apuração seletiva, prisões, operações cinematógraficas, permitiram construir uma marca negativa, uma associação automática. Você menciona o crime e o público imagina que sabe quem é o criminoso.

Foi a propaganda, e não o fato, que permitiu três procuradores da Lava Jato assinarem um artigo em 2 de abril, na Folha de S. Paulo, onde sustentam o seguinte disparate:

"A corrupção é tão violenta quanto o tráfico de drogas. Corrupção mata, e mata mais do que o tráfico. Precisamos de um Brasil que trate igualmente corruptores, corruptos e traficantes."

É mesmo? Em 24 de novembro de 2013, a Polícia do Espírito Santo apreendeu um carregamento de 400 quilos de cocaína a bordo de um helicóptero que pertencia a familiares do senador Zezé Perrella, PDT de Minas Gerais e aliado do então candidato presidencial Aécio Neves.

Seguiram-se uma série de afirmações desencontradas das partes envolvidas, iniciadas quando o deputado Gustavo Perrella, filho do senador, acusou o piloto de ter roubado o helicóptero da família - mas a explicação se complicou quando se descobriu que o piloto da aeronave era funcionário contratado da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Como todos sabem, o caso ficou nas esferas debaixo. Não se trata de culpar ninguém por antecipação. Todos têm direito a ser tratados como inocentes até que se prove o contrário. Mas nem um interrogatório? Nenhuma pergunta?

Dois anos depois, os 400 quilos de cocaína caminham para o esquecimento. Estamos chegando, assim, a um ponto máximo. As investigações seletivas não se limitam a casos de corrupção política. Também chegaram ao tráfico de drogas.
Herculano
06/04/2015 15:13
UMA IDEIA DE MAIS DE 100 ANOS, VIRA PROPAGANDA E MANCHETE DO GOVERNO DO ESTADO EM BLUMENAU.

Um canal extravasor da foz quanto o túnel de Blumenau já foram sugeridos há cerca de 100 anos pelo engenheiro Adolf Odebrecht. Em entre as décadas de 1910 e 1920 ele fez estudos para o Ministério da Viação e Obras Públicas. O próprio Jica já sugeriu um canal a partir de Gaspar e que não prosperou e aqui mesmo se fez um movimento contra.

E o que apareceu agora?

A notícia de que a construção de um túnel extravasor hidroviário está sendo avaliada pelo governo do Estado para amenizar as cheias do rio Itajaí-Açu na região de Blumenau. Ele teria 1,2 mil metros de extensão e ligaria a Rua das Missões, na altura da entrada para a Toca da Onça, à Rua Silvano Cândido da Silva, bairro Ponta Aguda, logo depois da ponte do Anel Viário Norte. Ele, em tempos de seca vai servir para o trânsito de carros.

Mais do que a notícia. Em poucos dias deverá começar o estudo de viabilidade. A Iguatemi é que vai fazê-lo. E vai custar, inicialmente R$5,1. A Iguatemi se especializou em fazer projetos sem execução efetiva: a revisão do Plano Diretor de Gaspar e o Anel de Contorno daqui, e para este o custo girou em torno de R$2 milhões
Arara Palradora
06/04/2015 14:13
Querido, Blogueiro:

O que foi postado às 09:23 hs., significa que o defundo fede e falta apenas a pá de cal.

Voeeeiii...!!!
Herculano
06/04/2015 12:56
A ANALISTA DE VELÓRIO AINDA NÃO SABE QUE A MAIS DEVASTADORA FORMA DE ORFANDADE É A VIVIDA PELOS PAIS QUE PERDEM UM FILHO, por Augusto Nunes, de Veja

Decidida a transformar cadáveres em instrumentos de caça ao voto, a política profissional Luciana Genro também exerce desde sexta-feira o ofício de analista de velório e obituário. No serviço de estreia, amparou-se na repercussão de uma tragédia ocorrida no Rio e outra em São Paulo para reprovar enfaticamente o comportamento dos brasileiros em geral e da imprensa em particular. O palavrório de Luciana deu uma ideia de como funciona essa espécie de necrofilia eleitoreira.

Justificadamente, emissoras de TV, jornais, revistas, e sites noticiaram com igual destaque tanto o assassinato de Eduardo de Jesus Ferreira, o menino de 10 anos baleado na cabeça por um policial no Morro do Alemão, quanto a morte de Thomaz Rodrigues Alckmin, 32, vítima da queda de um helicóptero em Carapicuíba. A especialista em assuntos fúnebres conseguiu enxergar no noticiário outra prova de que a burguesia pouco se importa com dramas protagonizados por gente pobre.

Num dos debates da campanha presidencial, a candidata do PSOL desandou no chilique ao ser qualificada por Aécio Neves de ?leviana?. O senador foi excessivamente brando. É muito mais que leviana uma figura que, frente a dores idênticas, gasta o estoque inteiro de lágrimas de esguicho com o menino do morro enquanto contempla sem compaixão o corpo do caçula de um adversário político.

Luciana Genro se tornou mãe aos 15 anos. Aos 44, acaba de deixar claro que não sabe direito o que é isso. Ela nem desconfia que nenhuma forma de orfandade é mais devastadora que a vivida por quem perde um filho.
Herculano
06/04/2015 12:53
NÃO VAI DAR PARA SEGURAR. CHEIRA O SALVE-SE QUEM PUDER

É o que relata Cátia Seabra para o jornal Folha de S.Paulo. Assessor especial da Presidência da República desde o governo Lula e fundador do PT, Marco Aurélio Garcia afirma que, no lugar do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, já teria deixado o cargo.

Chamado de professor pelos colegas de partido, ele lamenta que o PT não tenha construído uma narrativa em defesa de seu legado.

Na sua opinião, a sigla vive um cerco e cometeu erros estratégicos após o escândalo da Petrobras, deflagrado pela Operação Lava Jato. "Não consigo entender como deixamos que se jogue em cima de nós o episódio da Petrobras", disse nesta entrevista realizada na Sexta-Feira da Paixão.
sidnei luis reinert
06/04/2015 12:41
HOMENAGEM AO CACHACEIRO 9 DEDOS

?#?TVeja? O personagem desta semana é talvez um dos maiores vigaristas que o Brasil já conheceu. Ele se acha espertalhão. Mas, como dizia Tancredo Neves, a esperteza quando é muita cresce, fica grande, vira bicho e come o dono. Acompanhe com Joice Hasselmann

http://veja.abril.com.br/multimidia/video/o-grande-mentiroso
Herculano
06/04/2015 12:40
da série, quem investiga, colhe provas dos roubos, quem as divulga ou julga é um perigo a ser desmoralizado e até eliminado.

INIMIGOS DO BRASIL, por Ribamar Fonseca

"Eles estão se achando". Com essa frase um leitor da "Folha de São Paulo" comentou a foto, publicada na primeira página da edição do último domingo, em que os procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava-Jato são apresentados como heróis. A foto, posada, ilustra uma reportagem que pretende transformar em celebridades os representantes do Ministério Público na operação da Policia Federal, uma estratégia já utilizada com sucesso com o ministro aposentado Joaquim Barbosa e com o juiz Sergio Moro para torna-los maleáveis aos interesses da direita. Ao mexer com a vaidade deles, massageando seus egos, a mídia comprometida consegue fazê-los obedientes à sua agenda, sob os olhares complacentes do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal.

Na reportagem, os procuradores revelam, como se fora um grande feito, sua estratégia, mediante blefes, para arrancar confissões dos empresários presos. Defendem, ainda, a manutenção da prisão deles, apesar das críticas de juristas e até de um ministro do STF - chegando a fazer um apelo para que o Supremo não lhes conceda habeas corpus - e criticam os acordos de leniência negociados pela Controladoria Geral da União com as empresas para evitar o desemprego em massa. Um dos procuradores, Carlos Fernando Lima, chegou a dizer que "a CGU foi feita para controlar corrupção de funcionários públicos, não para ser a salvadora do emprego". Ou seja, para eles pouco importa que milhares de trabalhadores estejam sendo demitidos por conta de suas ações, que não objetivam apenas punir os empresários acusados de pagar propinas mas, também, as suas empresas.

A propósito, em artigo publicado neste final de semana, o renomado jornalista Mauro Santayanna questiona a indiferença do Poder Judiciário diante dos efeitos sociais da Lava Jato:

"No contexto da Operação Lava Jato, centenas de milhares de trabalhadores e milhares de empresas já estão perdendo seus empregos e arriscando-se a ir à falência, porque o Ministério Público, no lugar de separar o joio do trigo, com foco na punição dos corruptos e na recuperação do dinheiro - e de estancar a extensão das consequências negativas do assalto à Petrobras para o restante da população - age como se preferisse maximizá-las, anunciando, ainda antes do término das investigações em curso, a intenção de impor multas punitivas bilionárias às companhias envolvidas, da ordem de dez vezes o prejuízo efetivamente comprovado".

Santayanna lembra ainda que "é preciso que o Ministério Público e o Judiciário tenham especial cuidado para que alguns de seus membros não passem a acreditar - e a agir - como se tivessem, com base na meritocracia, sido ungidos por Deus para tutelar os outros poderes, e, principalmente, o povo. Aos juízes e ao Ministério Público não cabe interferir, de moto próprio, nem tentar substituir o Legislativo ou o Executivo, na administração da União, dos Estados e municípios", ele acrescentou. Na verdade, talvez entusiasmados pela repercussão das investigações, pela fama repentina e pelo apoio da mídia, estimulados ainda pelo silêncio dos órgãos que deveriam conter seus ímpetos, o juiz e procuradores perderam o senso do limite de suas atribuições e suas decisões ultrapassaram as fronteiras da Operação Lava-Jato para interferir negativamente na vida de cidades inteiras e de milhares de trabalhadores, afetando ao mesmo tempo o processo de desenvolvimento do país.

Em recentes reportagens o "Jornal do Brasil" vem alertando para a situação de cidades do interior do Rio de Janeiro, como Macaé, Rio das Ostras e Itaboraí, que tem no setor petrolífero sua principal fonte de receita e que estão enfrentando graves dificuldades em função da paralisação das atividades ligadas à produção de petróleo. O JB revela ainda que, segundo a Fundação Getúlio Vargas, "a recessão da economia causada pela Operação Lava-Jato será de R$ 87 bilhões para o país, diretamente no PIB". E acrescenta: "As investigações na Petrobrás ? e por consequência direta a sua cadeia de fornecedores e empresas terceirizadas - são fatores que podem culminar também na perda de 1 milhão de postos de trabalho". Os integrantes da Lava-Jato, no entanto, a julgar pelas declarações do procurador Carlos Fernando Lima, não estão preocupados com isso.

Percebe-se, sem muita dificuldade, que por trás de tudo há o interesse externo, defendido por políticos brasileiros como o senador José Serra e apoiados por essa mesma mídia, de entregar a Petrobrás e a exploração de nossas reservas petrolíferas, especialmente o pré-sal, para o capital estrangeiro. O respeitado jornalista Janio de Freitas, em artigo publicado domingo na "Folha de São Paulo", também denuncia a campanha movida por interesses internos e externos contra a Petrobrás. E lembra que Serra já apresentou proposta ao Senado retirando a exclusividade da Petrobrás na exploração do pré-sal. Sobre o senador paulista vale recordar a revelação feita pelo Wikileaks de que ele, quando candidato à Presidência da República, prometera à empresa americana Chevron a abertura do pré-sal.

O fato é que ao mesmo tempo em que se procura enfraquecer, por todos os meios imagináveis, a empresa estatal brasileira do petróleo, como se ela fosse culpada pelos roubos de que foi vítima, busca-se, também, desestabilizar o governo da presidenta Dilma Rousseff, um processo que conta com o apoio da oposição, em especial dos principais líderes tucanos, entre eles o senador Aécio Neves e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Agora transformado em guru da oposição, FHC rejeita qualquer tentativa de diálogo com o governo que, na opinião dele, manifestada em recente artigo, perdeu "popularidade e credibilidade", como se ele próprio tivesse as duas coisas. E exorta os oposicionistas a saírem às ruas para fazerem zoada. Fica bem claro que nem ele ou a oposição como um todo - incluída aí a mídia - desejam, efetivamente, um país melhor mas, única e exclusivamente, o poder. Na verdade, são inimigos do Brasil.
Herculano
06/04/2015 12:35
QUASE PRONTA

Na falta de notícias, inventa-se.

A prefeitura de Gaspar para ocupar espaço diz que a ponte do Vale está 85% pronta. E dai, não serve para nada. Ninguém passa por ela.

Vira e mexe faz manchetes semelhantes. Veja mais esta: "construção da quadra de esportes da Escola Luiz Franzoi está cerca de 80% concluída". E daí, não serve para nada. Ninguém pode usá-la.
sidnei luis reinert
06/04/2015 12:20
Cunha já avalia com políticos e empresários que Brasil com Dilma vai se transformar em um "pandemônio"


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

"O Brasil vai se transformar em um pandemônio!". A avaliação catastrófica, feita ontem pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a um executivo de uma transnacional do agronegócio, é apenas um sinal evidente de que o impasse institucional tende a se agravar no País. Cunha tem repetido o óbvio ululante a variados interlocutores: Dilma, com apenas 12% de aprovação, não tem mais condições de governabilidade. A maldição do peemedebista se estende a todo o PT - partido aliado deles na gestão do "grande condomínio".

O evangélico Eduardo Cunha sabe muito bem o que significa o termo pandemônio. Ainda mais porque tem informações seguras de que a maior liderança petista, Luiz Inácio Lula da Silva, muito em breve, terá problemas sérios com os desdobramentos processuais da Operação Lava Jato. Cunha e o presidente do Senado, Renan Calheiros, apenas se articulam para garantir que o vice-Presidente Michel Temer tenha condições politicamente seguras de assumir o governo federal, assim que Dilma perder, completamente, a condição e a vontade de continuar no trono imperial do Palácio do Planalto. Cunha e Renan já identificam um "alto nível de traição e debandada" do barco de Dilma.

Nas conversas sérias e nas fofocas da cúpula do Congresso Nacional já se comenta, abertamente, que a Força Tarefa do Ministério Público Federal tem indícios que ligam o esquema de propinas na Petrobras a uma pessoa de extrema confiança de Lula: Rosemary Nóvoa Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo - que é alvo de um processo da Operação Porto Seguro que corre em estranhíssimo segredo judicial.

Além do risco Lava Jato, peemedebistas têm grande preocupação com os desdobramentos da crise econômica em curso. Avaliam que falta pouco para o Brasil saltar da atual recessão para uma perigosa depressão econômica. Por isso, o ortodoxo pacotão fiscal desejado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não deverá ser aprovado integralmente. Os deputados e senadores já avisaram que não querem ratificar cortes que lhes causem prejuízos políticos.

Por isso, com crise econômica se agravando e a crise política se intensificando, Cunha adverte sobre o risco do "pandemônio". O negócio é aguardar para ver se o Brasil vai mesmo ficar do jeito que a politicagem gosta...

Uma coisa parece certíssima. Nossos políticos sabem muito bem o que está por trás do "Gloryhole"... Afinal, a conjuntura é politicamente pornográfica...
Herculano
06/04/2015 09:27
PÁTRIA EDUCADORA. A FARSA E O MARKETING BEM MONTADO QUE SE ESFARELA DIANTE DA REALIDADE. ESTA É A MANCHETE DE CAPA DESTA SEGUNDA-FEIRA DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO; UNIVERSIDADES PLANEJAM CORTES E ATÉ CURSINHO CONTRA CRISE NO FIES

Ações visam reduzir impacto de restrições ao programa impostas pelo governo, que tenta conter gastos. Escolas pretendem frear projetos de expansão e adotar reforço escolar para alunos que vivem perto dos campi, relatam Érica Fraga e Fábio Takahashi.

Universidades particulares planejam cortar investimentos, oferecer crédito privado e criar até cursinhos para alunos do ensino médio. Tudo isso para reduzir o impacto das restrições do governo ao Fies (programa federal de financiamento a universitários).

As ações estão sendo tomadas por algumas das 30 instituições de ensino superior que mais receberam alunos com o financiamento entre 2010 e 2014, período de expansão do programa.

A lista das universidades "campeãs do Fies" foi obtida pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação.

Juntas, as 30 escolas concentraram mais de 500 mil contratos de financiamentos concedidos no período, o que equivale a 27% do total. O país possui cerca de 2.000 instituições de ensino superior.

O grupo das campeãs reúne desde gigantes como a Unip, maior escola do país com mais de 200 mil alunos na graduação, até sete instituições com número de matrículas que giram em torno de 10 mil e não estão entre as 50 maiores privadas.

Muitas das faculdades da lista pertencem a grandes grupos. A Kroton, por exemplo, controla 8 das 30.

Em algumas faculdades, o número de alunos beneficiados pelo Fies em relação ao total de alunos é alto. A Faculdade Pitágoras de São Luís, que tinha 7.463 matriculados em 2013, recebeu, por exemplo, 8.475 estudantes financiados pelo Fies entre 2010 e 2014. Há outros casos parecidos (veja os dados na pág. D3)

NOVAS REGRAS
Uma das mudanças no Fies anunciadas pelo governo foi a exigência de que o candidato tenha ao menos 450 pontos no Enem e não zere a redação (antes não havia critério de nota).

Segundo dados do governo, 30% dos que fizeram o exame federal em 2014 não atingiram o patamar exigido. A mudança significa, portanto, redução no número de calouros elegíveis ao Fies.

Para atenuar o impacto da mudança, há grupos que pretendem oferecer aulas grátis aos alunos do ensino médio próximos aos seus campi.

"O corte pela nota pode condenar uma camada da população jovem ao fracasso", diz o presidente da Laureate, José Roberto Loureiro.

A rede (que tem três faculdades entre as 30 maiores do Fies) pretende criar aulas de reforço para jovens de escolas públicas. No total, 22% dos alunos da Laureate têm financiamento pelo Fies.

A Kroton também anunciou a acionistas a intenção de oferecer conteúdo de reforço online para alunos do ensino médio. Procurado, o grupo - em que 62% dos alunos usam o financiamento - não quis conceder entrevista.

No Fies, a União banca as mensalidades dos alunos, que pagam o financiamento apenas após a formatura (corrigido com juros baixos). Entre as novas regras está também um limite de 6,4% para o reajuste das mensalidades nos contratos do Fies.

O governo diz que as mudanças visam melhorar a qualidade do ensino ao exigir nota mínima e priorizar bons cursos, além de reduzir custos do programa --a União vive momento de corte de gastos.

Em resposta à quase certa queda na receita, algumas escolas dizem que frearão projetos de expansão e melhoria de instalações. São os casos, por exemplo, da Kroton [é a que comprou a Uniaselvi], da Universidade Tiradentes (SE), da Unifor-CE e da URI-RS.

"Estamos reavaliando projetos previstos no orçamento, como ampliação de prédios e instalação de wi-fi nos campi", disse o superintendente da Tiradentes, André Tavares. A universidade estima que perderá de 10% a 15% do número de calouros; 35% dos seus alunos usam o Fies.

Na URI-RS, a criação de cursos será revista. No caso da Unifor-CE, os investimentos já anunciados serão mantidos, mas a instituição freará novos projetos.
Herculano
06/04/2015 09:23
PESQUISA DO PT MOSTRA DERRETIMENTO DE BASE SOCIAL E CAUSA "PERPLEXIDADE", da coluna Painel do jornal Folha de S.Paulo, assinada por Vera Magalhães

Tremendo na base Pesquisas internas do PT revelaram que a crise do segundo mandato de Dilma Rousseff provocou um "derretimento da base social" do governo, nas palavras de um cacique da sigla. Trabalhadores e famílias beneficiadas por políticas de inclusão de gestões petistas dizem não tolerar mais a corrupção e reclamam que as medidas recentes do Planalto não condizem com as bandeiras defendidas na campanha. "Perplexos", dirigentes dizem que o novo cenário "dificulta a reação" do partido.

Sem palavras
A cúpula do PT tem feito reuniões periódicas em busca de um discurso para reconquistar os grupos tradicionalmente vinculados ao partido. Até agora, não conseguiram nenhuma fórmula mágica.

Prognóstico
Em conversa recente com aliados, o ex-presidente Lula avaliou que a crise de popularidade de Dilma é "recuperável", mas destacou que o governo precisa de mais "atitude".
Herculano
06/04/2015 09:17
PAÍS PARA, CORRUPÇÃO CRESCE!, por Valdo Cruz para o jornal Folha de S.Paulo

Talvez seja esta a melhor síntese deste início de ano. Enquanto o país vai parando, a corrupção só faz avançar. Basta dar uma olhada na sucessão de escândalos, agora com o das multas milionárias da Receita Federal anistiadas à base de gordas propinas.

Na economia, não estamos vivendo um caos, ainda temos jeito, mas entramos numa baita crise recessiva. A ponto de um grande empresário revelar que já avalia mandar seu dinheiro para fora do Brasil.

Isso mesmo. Investir os empresários já haviam decidido postergar. Agora, admitem tirar essa grana do país. Pergunto se não é melhor aplicá-la aqui e lucrar com os juros mais altos do mundo. Resposta: há um fator de risco no ar.

Acho um exagero, mas o dinheiro não é meu, é dele. Além disso, ouvi de um operador no exterior que, nos últimos dias, tem recebido mais consultas de brasileiros sobre os melhores investimentos lá fora.

Dentro do governo, o clima também é de apreensão. Não na mesma proporção do empresariado, mas deveria ser pelo menos próximo. O receio atual na equipe de Dilma Rousseff é que, se o país está desacelerando, o governo pode parar.

Está todo mundo na Esplanada dos Ministérios com medo das tesouradas de Joaquim Levy. Dois ministros desabafaram que, se a presidente deixar, ele para a máquina do governo com um corte gigantesco.

Dentro do PT, que defende um Estado forte e atuante na economia, é o fim do mundo, o império de uma política econômica neoliberal. Só que, hoje, os petistas não têm outra saída. Vão tentar, pelo menos, reduzir a intensidade do ajuste fiscal.

Enfim, esse é o retrato atual. O brasileiro sente no bolso o país parar e assiste a sucessivos escândalos. Pior, descobre a cada dia que uma turma em Brasília ganha a vida facilmente negociando e roubando o seu dinheiro, como contribuinte.

Se serve de consolo, a corrupção está sendo revelada e combatida.
Herculano
06/04/2015 09:14
BOLSA-EMPREITEIRA" DO BNDES CUSTA R$20 BILHÕES, por Claudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O BNDES pagou R$ 20,7 bilhões pelo "privilégio" de financiar obras no exterior, em 2014, tocadas por empresas como a Odebrecht, acusada na Lava Jato de subornar agentes públicos. O "bolsa-empreiteira" do BNDES capta dinheiro emitindo títulos públicos, com base na taxa Selic (11% ao ano), e empresta a 6%, arcando com os outros 5%. Por isso, dos R$ 414 bilhões financiados 2014, bancou R$ 20,7 bilhões.

Sangria desatada
Empréstimos do Tesouro ao BNDES totalizavam R$ 9,9 bilhões (0,3% do PIB) em 2006. Chegam atualmente a R$ 414 bilhões (8,5% do PIB).

Bolsa-Louis Vuitton
O BNDES financiou mais de 2 mil projetos no exterior para empreiteiras construírem portos, rodovias, hidrelétricas e aeroportos no exterior.

País das bolsas
O valor gasto pelo governo Dilma, no "bolsa-empreiteiro" do BNDES, só é comparável aos R$ 27 bilhões aplicados no programa Bolsa-Família.

Pista
Ignoram-se os critérios para o BNDES financiar obras no exterior. As mais favorecidas foram fisgadas na Lava Jato - talvez seja uma pista.

SEM VERBA PARA CENSO, IBGE DETONA NOS CARTÕES
O IBGE alega falta de dinheiro para suspender a contagem populacional de 2016, ainda que o orçamento do instituto só tenha crescido desde 2004. O IBGE está no pódio dos maiores gastadores dos cartões corporativos. Torrou, só em 2015, quase R$ 900 mil. O gasto é maior que 22 dos 23 ministérios registrados no Portal da Transparência, ficando atrás apenas do Ministério da Justiça.

Vale night
No ano passado, José Ademar Araújo, funcionário do IBGE, pagou com cartão corporativo conta de R$ 83,51 no motel Oasis, em Macaíba (RN)

PNAD
Não é a primeira polêmica com os dados do IBGE. Em 2014, perto das eleições, cancelou pesquisa que indicava aumento do desemprego.

Caixa cheio
Em 2014, o instituto recebeu verbas bilionárias. A dinheirama ultrapassou a cifra de R$ 1,9 bilhão.

Diz aí, ministro
Renato Janine Ribeiro toma posse nesta segunda, às 11h. Se repetir na solenidade o que disse dias atrás sobre Dilma, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, em palestra no Quintal Amendola, em São Paulo, o novo ministro terá passagem-relâmpago pelo Ministério da Educação.

Latão negro
As notícias ruins não param de chegar na Petrobras: o petróleo é tão abundante no mercado que os Estados Unidos já armazenam barris até em navios-tanque. É o petróleo do pré-sal indo pro beleléu.

De olho no Rio
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, prepara candidatura à presidência da República pelo PMDB, em 2018. Mas acha que o primeiro passo será eleger o sucessor, Pedro Paulo ou Leonardo Picciani, do PMDB.

Banquete no Alvorada
Aves de criação e peixinhos ornamentais passam bem nas residências oficiais de dona Dilma. A Presidência abriu licitação para gastar R$ 121 mil na compra de ração para esses animais.

Animais domésticos
Na ânsia por agradar a oposição, Eduardo Cunha prometeu ao deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) pautar o projeto que aumenta penas para agressores de animais domésticos. Irá à votação na terça.

Nunca viu
O projeto do estacionamento subterrâneo na Esplanada, em Brasília, prometido por Agnelo Queiroz (PT), foi abandonado. O atual governo do Distrito Federal não tem informações sobre ele.

Aeronautas
Relatora do projeto de regulamentação dos aeronautas, Clarissa Garotinho (PR-RJ) mandou que sindicatos e empresas se entendam. Com ou sem consenso, seu relatório fica pronto em 6 de maio.

Sem palhaçada
O deputado Tiririca (PR-SP) aderiu às redes sociais. Ele tinha vários perfis, mas nenhum oficial. Agora resolveu levar a internet a sério.

Pensando bem...
...em tempo de petróleo em águas ultraprofundas, Dilma logo encontrará o fundo do poço da queda de sua popularidade.
Renato
06/04/2015 09:01
MORRO DO BELCHIOR ALTO QUE FAZ LIGAÇÃO COM LUIZ ALVES.
DEPOIS NÃO QUEREM QUE A POPULAÇÃO FIQUE REVOLTADA COM ESSES PÉSSIMOS ADMINISTRADORES PÚBLICOS. FALTAM +/- 300 METROS PARA FINALIZAR O ASFALTO, JA ESTÁ ASSIM MAIS DE 1 MÊS, POR QUE NÃO FINALIZAM?? POR QUE DEIXAR ESSE PEQUENO TRECHO SEM ASFALTO?? PARECE QUE FAZEM PARA DEIXAR O POVO COM NOJO DE POLITICO. POXA, DIFICILMENTE SE VÊ UMA OBRA PÚBLICA TER INÍCIO E FIM SEM FAZER O POVO DE BOBO. PEÇO AO JORNAL CRUZEIRO QUE PASSEM NESSE TRECHO TIREM UMA FOTO E COLOQUEM NO JORNAL PARA MOSTRAR A INDIGNAÇÃO DE QUEM PRECISA IR A LUIZ ALVES TODA SEMANA. JÁ QUE O OUTRO JORNAL NÃO VAI FAZER ISSO. OBRIGADO
Herculano
06/04/2015 09:00
RETROCESSO TRABALHISTA, por Ricardo Melo para o jornal Folha de S. Paulo

Congresso pode decidir o início do desmonte da CLT, principal defesa de conquistas do trabalho

A depender do "primeiro-ministro" Eduardo Cunha, a Câmara promete votar em breve o famigerado PL 4330. Velho de mais de dez anos e de autoria de um deputado que nem mais é parlamentar, Sandro Mabel, a proposta simplesmente legaliza o desmanche da CLT.

Não é de hoje que o mercado de trabalho formal no Brasil tem sido fustigado. Ninguém se faça de surpreso. A figura do PJ, ou pessoa jurídica, ocupa espaço cada vez maior, seja qual for o ramo da empresa. Para o patronato, é uma tentação. Ele se livra de encargos legais e transfere para o trabalhador o ônus de uma mínima segurança no emprego. Já o assalariado fica entre a cruz e a espada: ou bem aceita a situação ou bem é lançado ao relento. O governo, por sua vez, perde uma importante fonte de arrecadação.

Usado num primeiro momento para seduzir gente do topo da pirâmide ou profissionais liberais, a praga se generalizou na irregularidade e bateu no chão de fábrica. Uma verdadeira esculhambação. Hoje em dia, mesmo salários irrisórios são contratados na base de PJ diante da vista grossa de autoridades. De tempos em tempos, ensaia-se uma fiscalização cenográfica, mas a prática só faz se alastrar.

A única defesa contra este ataque permanente é a legislação que o projeto Mabel pretende derrubar. Muitos empresários ainda pensam duas vezes antes de "informalizar" seus empregados - alguns por convicções, mas outros tantos por temer derrotas na Justiça. O PL 4330 acaba com este tipo de escrúpulo e libera geral a terceirização em qualquer atividade. É a chave da porteira da precarização irreversível.

Desde 2004, sindicatos, instâncias da Justiça do Trabalho e até algumas entidades empresariais acharam a ideia absurda e arras- taram sua tramitação. Hoje a conjuntura é outra. Considerando o vendaval reacionário vigente no Congresso, todo cuidado é pouco para os que vivem de salário.

IMPUNIDADE PARA MAIORES
Indiferente a soluções verdadeiras para interromper a vergonhosa taxa anual de 55 mil homicídios, a chamada bancada BBB - Boi, Bíblia e Bala - prossegue sua blitzkrieg retrógrada. Menos de 1% dos assassinatos são cometidos por jovens de 16 e 17 anos. Já os adolescentes representam 36% das vítimas. Basta tais números para perceber a manipulação demagógica do debate da maioridade penal.

Uma sugestão: em vez de caçar menores, por que não endurecer, por exemplo, as regras de prescrição de delitos de adultos?

Graças a esse tipo de brecha, casos como o do mensalão mineiro daqui a pouco se encerram não por falta de crimes, mas por ausência de réus. Atingida determinada idade o sujeito sai livre, leve e solto - isso vem acontecendo no processo tucano que nem mais juiz tem. Paulo Maluf é outro expert na matéria das prescrições. E, pagando um bom escritório, quem sabe não é possível aliviar mesmo crimes como os revelados na Operação Zelotes.

Afinal, vivemos num país em que o ministro da Fazenda e, portanto, chefe maior da Receita Federal, até pouco tempo era alto executivo num dos grupos suspeitos de se aproveitar da máfia da sonegação.

Hoje, de uma ou de outra forma, o ministro tem que investigar os antigos patrões. Durma-se com um Bradesco, Safra, Santander e outros inocentes como esses.
Herculano
06/04/2015 08:56
A CADA DIA O SEU BILHÃO, por Vinicius Mota para o jornal Folha de S.Paulo

Nos 12 meses compreendidos entre março de 2014 e fevereiro de 2015, o setor público brasileiro pagou R$ 344 bilhões de juros aos credores de sua dívida, ou R$ 1 bilhão a cada 25 horas e meia. Nos 365 dias até o fim de setembro do ano passado, o repasse de dinheiro de empresas e trabalhadores, que pagam os impostos, para os financiadores da despesa estatal havia sido 18% menor.

A taxa média de juros embutida na dívida do governo em fevereiro de 2015 era de 20,9% ao ano, alta de 4,7 pontos percentuais sobre agosto de 2014. A escalada na remuneração deveria atrair investidores para operações mais longas, no entanto mais de 1/4 (quase R$ 900 bilhões) de tudo o que o setor público devia tinha prazo de vencimento de 24 horas.

Diante desses indicadores, um analista desatento às particularidades da economia brasileira atestaria que se trata de um país quebrado. O observador calejado não chega a tanto, mas antevê, como consequência necessária para normalizar o quadro financeiro, uma longa dieta de crescimento reprimido, desemprego em alta e salários em baixa.

A esquerda, se quiser tirar lição da refrega, deveria jogar no lixo a doutrina econômica que sempre cultivou e viu adotada pelo governo federal a partir de 2009. As ações em nome do "desenvolvimentismo" redundarão num trágico e duradouro aumento da transferência de recursos dos mais pobres para os mais ricos.

O PT atravessa uma crise histórica, e a perspectiva de que continue a liderar a centro-esquerda nos próximos 30 anos de democracia depende da reconfiguração de suas crenças econômicas. O desafio inclui sujeitar-se ao princípio da escassez e valorizar o equilíbrio fiscal, o Orçamento e a tributação como meios primordiais de reduzir a desigualdade.

A agremiação de Lula pode se beneficiar mais que circunstancialmente da adesão de Joaquim Levy e sua turma ao governo Dilma Rousseff.
Herculano
05/04/2015 19:18
LUCIANA GENRO, A LEVIANA, APROVEITOU O ASSASSINATO DE EDUARDO E A MORTE DE THOMAZ PARA MOBILIZAR A PATRULHA DO LUTO, por Valentina de Botas

"Meu filho Absalão! Absalão, meu filho!", me lembro do lamento denso do rei Davi, em Samuel II, dilacerado pelo assassinato do filho que tentara matá-lo para lhe tomar o trono. Mesmo não vencendo o pai, Absalão destruiu-lhe um pedaço da alma, tanto que a ruína e morte de Thomas Sutpen, o protagonista do magnífico romance de Faulkner "Absalão! Absalão", efetivadas pelos próprios descendentes, prenunciam-se na repetição do nome do filho do rei hebreu.

"Deixa, Deus, eles viverem", me lembro de pais e mães na UTI neonatal onde minha filha permaneceu quase três meses porque nascera na improbabilidade do quinto mês de gestação. Enquanto não automatizam o ato da respiração, bebês prematuros se esquecem de respirar e ficam lá, paradinhos. Lindos, minúsculos e grandiosos. E os pais só pedindo: "Deixa, Deus, eles viverem". Aí, voltam a respirar como quem leva um susto.

Alguns Deus não deixou; e tudo ficava impossível neste choque insuportável entre o que é pó em nós e a face horrenda do eterno. Me ausentei do mundo para ver minha filha cada dia de todos aqueles dias. A pequena audaz me dava colo nas 12 horas diárias que eu permanecia na UTI: eu vigiava Deus. Saudável e doce, ela é a memória diária de um milagre; não é a única filha que tive, mas é a única que tenho. O que me faz pensar mais de perto nos pais que conhecem essa dor absoluta e subversiva.

As mortes de Thomaz e Eduardo, uma num acidente estúpido - será que a única forma de testar um helicóptero é fazê-lo voar? - e a outra numa selvageria, reforçam que talvez só os indecifráveis propósitos divinos possam harmonizar o sublime (o milagre) e o nefando (a tragédia) que nos tangem neste mundo, embora ambos necessitem do humano para acontecer.

Desnecessário é o desrespeito de Luciana Genro aos mortos que, à sombra da pilha de cadáveres que a ideologia que ela rumina produziu, usou o assassinato de Eduardo para exercer a patrulha do luto: quer saber por que não lamentar a morte de Eduardo. Ora, todos lamentamos uma barbaridade dessas. Leviana, sugere que o preconceito de classe sepulta Eduardo no esquecimento.

Duplamente estúpida ? por ser estúpida mesmo e por achar que ninguém percebe ?, confessa involuntariamente que só se lembrou de Eduardo pela asquerosa conveniência ideológica, afinal quando foi que lamentou quaisquer dos incontáveis eduardos anteriores a este? O texto do nosso Reynaldo disse tudo e fico pensando nos pais cujos filhos se vão. Em geral, orgulhamo-nos e ficamos felizes com o êxito dos filhos, claro; mas é em algum insucesso, em alguma vulnerabilidade deles que nosso amor parece maior.

Vai ver é aí que nosso amor pelos filhos se exacerba e realiza a completa potência dele. Seja o pai um rei ameaçado, plebeus numa UTI, o governador ou um ajudante de pedreiro. Mas todo esse amor não os poupa do abismo que tocaia a todos e quando um filho morre, talvez o mesmo amor que nos leva ao limite do humano possa nos fazer confiar nos planos de Deus e, então, vislumbramos a face sublime do eterno no milagre de conseguir ir em frente.
Herculano
05/04/2015 19:10
GOVERNO REFORÇA MORDAÇA NA POLÍCIA FEDERAL

O conteúdo é da revista Veja. O texto de Daniel Haidar. Com a Operação Lava Jato a pleno vapor, a cúpula da Polícia Federal lançou um Código de Ética para delegados e agentes da instituição. As novas regras foram publicadas no boletim interno da última segunda-feira e surpreenderam policiais. Para delegados e agentes, o código reforça a mordaça imposta pelo governo federal aos policiais e fere garantias constitucionais como o direito à liberdade de expressão.

As restrições surgem em momento no qual o governo federal tenta controlar as informações divulgadas sobre a Operação Lava Jato, que motivou a abertura de investigações contra 50 políticos no Supremo Tribunal Federal (STF) depois de revelar um megaesquema de corrupção na Petrobras.

O texto prevê punição a servidores se concederem entrevistas a jornalistas sem acompanhamento da assessoria de imprensa da Polícia Federal. Menciona também proibições genéricas, como impedir o policial de "divulgar manifestação política ou ideológica conflitante com o exercício das suas funções".

"O Código de Ética é um reforço na tentativa de amordaçar o policial. Reflete uma preocupação muito grande do órgão com a pressão política", afirmou o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Marcos Leôncio Ribeiro.

Se for "conivente" com uma entrevista desacompanhada da assessoria de imprensa ou com uma manifestação ideológica, o servidor responde por "solidariedade". Outro dispositivo que preocupa policiais é a proibição de "expor, publicamente, opinião sobre a honorabilidade e o desempenho funcional de outro agente público".

Para o diretor da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Flávio Werneck Meneguelli, o código limita ainda mais o direito do policial de "expor opinião" e vai na contramão da "democratização" das forças policiais brasileiras. "Dificulta ainda mais o fornecimento de informações", critica.

Censura ética - As regras foram decididas pelo Conselho Superior de Polícia (CSP), em reunião do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, com sete diretores, cinco superintendentes regionais e um adido policial.

Procurada, a Polícia Federal afirmou que uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) exigia que cada órgão federal montasse uma comissão de ética. A corporação policial diz ainda que a única punição para quem desrespeitar o Código de Ética será a "censura ética".

De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, o código apenas repete normas internas da Polícia Federal e proibições do Código de Ética dos Agentes Públicos do Ministério da Justiça e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.

Policiais avaliam que as restrições da corporação surgem pelo fato de o diretor-geral da PF ser nomeado pelo ministro da Justiça. Ribeiro, da ADPF, defende a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 412/2009, que foi desarquivada neste ano na Câmara dos Deputados, para que a Polícia Federal tenha orçamento autônomo e o diretor da instituição tenha um mandato de atuação como o presidente do Banco Central. "O diretor-geral precisa ter mandato, para que não possa ser exonerado a qualquer instante por desagradar o político A ou B", afirmou Ribeiro.
Herculano
05/04/2015 19:06
da série: eles precisam aprender com o Sindicato de Gaspar que perde todas e a prefeitura do PT de Gaspar, que ganha todas.

EM TELECONFERÊNCIA, DESCHAMPS DIZ QUE "GOVERNO NÃO PODE ADMITIR DIRETOR PELEGO DE SINDICATO", por Upiara Boschi, para o jornal Diário Catarinense, da RBS Florianópolis.

Eduardo Deschamps não mediu as palavras em teleconferência realizada na quarta-feira, dia 1º de abril, para diretores e gestores de escolas. O secretário de Educação cobrou a manutenção das escolas abertas mesmo com a greve da categoria iniciada em 24 de março, ainda sem maior adesão. Ele prometeu "consequências" aos diretores que apoiarem a paralisação "por baixo dos panos".

- Se o sindicato não admite sindicalista pelego de governo, o governo não pode admitir diretor de escola e gestor pelego de sindicato. Tem que tomar posição. O diretor ou bem está como gestor e tem que garantir o funcionamento da escola ou bem ele é sindicalista e aí tem que deixar a direção da escola - afirmou Deschamps.

Na sequência, alerta que "ainda que escolhido pela comunidade, (a função de diretor de escola) continua sendo cargo de confiança do governador".

O vídeo circula nas redes sociais e tem edição claramente pró-greve, mas não há cortes nem trucagem nas falas do secretário estadual. Além de prometer punições a quem não apoiar a greve, ele também orientou os diretores das possíveis punições a professores em estágio probatório e ACTs que aderirem ao movimento.
Herculano
05/04/2015 18:43
OPOSIÇÃO E RECONSTRUÇÃO, por Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, ex-senador por São Paulo, ex-ministro da Fazenda e que implantou o Plano Real no governo de Itamar Franco, PMDB, ex-presidente da República pelo PSDB, em artigo publicado neste domingo no jornal O Globo

As oposições devem começar a desenhar outro percurso na economia e na política. Devem iniciar no Congresso o diálogo sobre a reforma política

Nas últimas semanas tenho dado entrevistas aos jornais e às TVs, talvez mais do que devesse ou a prudência indicasse. Por quê? A mídia anda à busca de quem diga o que pensa sobre o "caos" (a qualificação é oficiosa, vem da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) em que estaríamos mergulhados e é necessário que vozes da oposição sejam ouvidas.

A crise atual marca o fim de um período, embora ainda não haja percepção clara sobre o que virá. Em crises anteriores, as forças opostas ao governo estavam organizadas, tinham objetivos definidos. Foi assim com a queda de Getúlio em 1945, quando a vitória dos Aliados impunha a democracia; idem na segunda queda de Getúlio, quando seus opositores temiam a instauração da "República sindicalista"; o parlamentarismo, igualmente, serviu de esparadrapo para que Jango pudesse tomar posse; em 1964 as "marchas das famílias pela liberdade" aglutinaram as forças políticas aos militares contra o populismo presidencial e, posteriormente, se entregaram a práticas autoritárias; deu-se o mesmo, por fim, quando a frente de oposição, liderada pelo PMDB, em aliança com dissidentes da antiga Arena, pôs fim ao regime criado em 1964.

Em todos esses casos, previamente ao desenlace, houve o enfraquecimento da capacidade de governar e os opositores tinham uma visão política alternativa com implicações econômicas e sociais, embora se tratasse fundamentalmente de crises políticas. Mesmo no impeachment de Collor, a crise era política e a solução idem. Naturalmente, ajustes econômicos foram feitos em seguimento às soluções políticas, basta lembrar a dupla Campos/Bulhões nos anos 1960. Ou ainda, os planos Cruzado e Real, que se seguiram à Constituinte e à derrocada de Collor.

No que se distingue o "caos" atual? Em que ele é mais diretamente a expressão do esgotamento de um modelo de crescimento da economia (como também em 1964 e nas Diretas Já), embora ainda não se veja de onde virá o novo impulso econômico. Mais do que de uma crise passageira, o "caos" atual revela um esgotamento econômico e a exaustão das formas político-institucionais vigentes. Será necessário, portanto, agir e ter propostas em vários níveis. Embora haja alguma similitude com a situação enfrentada na crise de Jango Goulart, nem por isso a "saída" desejada é golpista e muito menos militar. Não há pressões institucionais para derrubar o governo e todos queremos manter a democracia.

Explico-me: a pretensão hegemônica do lulo-petismo assentou-se até a crise mundial de 2008, na coincidência entre a enorme expansão do comércio mundial e a alta do preço das commodities, com a continuidade das boas práticas econômicas e sociais dos governos Itamar/Fernando Henrique Cardoso. Estas práticas foram expandidas no primeiro mandato de Lula, ao que se somou a reação positiva à crise financeira mundial. Ao longo do seu segundo mandato, o lulo-petismo assumiu ares hegemônicos e obteve, ao mesmo tempo, a aceitação do povo (emprego elevado, bolsa-família, salário mínimo real aumentado) e o consentimento das camadas econômicas dominantes (bolsa BNDES para os empresários, Tesouro em comunicação indireta com o financiamento das empresas, Caixa Econômica ajudando quem precisasse).

Só que o boom externo acabou, os cofres do governo secaram e a galinha de ovos de ouro da "nova matriz econômica" - crédito amplo e barato e consumo elevado - perdeu condições de sustentabilidade. Isso no exato momento em que o governo Dilma pôs o pé no acelerador em vez de navegar com prudência. Daí que o discurso de campanha tenha sido um e a prática atual de governo, outra. Some-se a isso a crise moral, na qual o Petrolão não é caso único.

As oposições devem começar a desenhar outro percurso na economia e na política. Como a crise, além de econômica e social, é de confiabilidade (o governo perdeu popularidade e credibilidade), começam a surgir vozes por "um diálogo" entre oposições e governo. Problema: qual o limite entre diálogo político e "conchavo", ou seja, a busca de uma tábua de salvação para o governo e para os que são acusados de corrupção? A reconstrução de uma vida democrática saudável e uma saída econômica viável requerem "passar a limpo" o país: que prossigam as investigações e que a Justiça se cumpra. Ao mesmo tempo há que construir novos modos de funcionamento das instituições políticas e das práticas econômicas.

As oposições devem iniciar no Congresso o diálogo sobre a reforma política. Em artigo luminoso do senador Serra, publicado no "Estadão" de 26 passado, estão alinhadas medidas positivas, tanto para a reforma eleitoral como para práticas de governo. Iniciar a proposta de voto distrital misto nas eleições para vereador em municípios com mais de 200 mil eleitores é algo inovador (o senador Aloysio Nunes fez proposta semelhante). Há sugestões de igual mérito na área administrativa, como a criação da Nota Fiscal Brasileira, e ainda a corajosa e correta crítica ao regime de partilha que levou a Petrobras a se superendividar. De igual modo, o senador Tasso Jereissati apresentou emenda moralizadora sobre o financiamento das eleições, impondo tetos de doação de até 800 mil reais para os conglomerados empresariais e restrições de acesso ao financiamento público às empresas doadoras. Partidos que até agora apoiam o governo, como o PMDB, também têm propostas a serem consideradas.

Sei que não basta reformar os partidos e o código eleitoral. Mas é um bom começo para a oposição que, além de ir às ruas para apoiar os movimentos populares moralizadores e reformistas, deve assumir sua parte de responsabilidade na condução do país para dias melhores. Deste governo há pouco a esperar, mesmo quando, movido pelas circunstâncias, tenta corrigir os rumos. Tanto quanto popularidade, falta-lhe credibilidade.
sidnei luis reinert
05/04/2015 17:30
Tirando os pobres da miséria:

Assinaturas em troca de frango e leite

Usando métodos inusitados governo venezuelano busca reunir dez milhões de nomes contra decreto da Casa Branca



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/assinaturas-em-troca-de-frango-leite-15737053#ixzz3WT7hofcg
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sidnei luis reinert
05/04/2015 17:21
Festa de aniversário dos 15 anos da neta do Lula (Bia Lula), em 3 de agosto de 2011: não combina com o velho discurso luta de classes de Lula.

https://www.youtube.com/watch?v=1hOAhXlSEC4
Herculano
05/04/2015 16:28
VRASIL APLICA "TOMBO" DE R$ 813,9 MILHÕES NA ONU, por Cláudio Humberto na coluna que publicou este domingo nos jornais brasileiros.

O governo Dilma consolida para o Brasil a reputação de mau pagador, após aplicar o "tombo" de US$ 259 milhões (equivalentes a R$ 813,2 milhões) na Organização das Nações Unidas. Só este ano, o Brasil já deveria ter pago US$ 79,6 milhões (ou R$ 249,9 milhões) à entidade. Todos os países-membros assumem o compromisso de manter, além da própria ONU, o tribunal internacional e também as missões de paz.

Honra zero
A ONU mantém uma "Lista de Honra" com os nomes dos países em dia com obrigações junto à entidade. Nessa lista, "Brazil" não aparece.

Pagando pelos outros
Países como Cuba, Bolívia, Equador e República Dominicana, destinos comuns de investimentos do BNDES, estão em dia junto à ONU.

Entre os top
O Brasil é figurinha carimbada na lista de maiores devedores e até já foi citado pelo porta-voz da ONU como "exemplo a não ser seguido".

Chanceler de fato
O Brasil passa vergonha também como "anão diplomático', com sua política externa subjugada ao aspone Marco Aurélio Top-Top Garcia.

DEPUTADO NÃO PRECISA EXPLICAR "GASTOS ÍNTIMOS"
Decisão da mesa diretora da Câmara autoriza os deputados federais a omitirem comprovantes de despesas que revelam sua "intimidade". Não está claro o que consideram despesas "íntimas". Podem ser cirurgias plásticas, estoque de viagra, viagens particulares, compra de vinhos e cachaça, gastos com motel ou com empresa de segurança das quais o parlamentar é dono etc. Para todos esses casos há precedentes.

Precedente 1
O "cotão" mensal de R$ 37 mil dos deputados já pagou até contas de motel do deputado e ex-ministro do Turismo Pedro Novais (PMDB-MA).

Precedente 2
Francisco Tenório (PMN-AL) fez o contribuinte pagar 4 reais de uma dose de cachaça. O salário do deputado federal é de R$ 33.763,00.

Precedente 3
Edmar Moreira (ex-DEM-MG), o "deputado do castelo", usou verba da Câmara para pagar R$ 15 mil às próprias empresas de segurança.

Gastando sem piedade
Em dois meses, a bancada do DEM na Câmara gastou R$ 528 mil com cota parlamentar, a "mesada" para custear a vida das excelências no mandato; combustível, telefonia e divulgação de atividade parlamentar.

País rico é isso aí
O recordista em gastos, na bancada do DEM, foi o deputado Marcelo Aguiar (SP): R$ 94 mil, bem mais que o segundo, Onyx Lorenzoni (RS), R$ 63 mil. O líder, Mendonça Filho, foi bem mais comedido: R$ 36 mil.

Ficha por nossa conta
O ex-deputado Camilo Cola (PMDB-ES) chegou a pedir à Câmara o ressarcimento de 62 centavos gastos com telefonia. Certamente por isso é um dos homens mais ricos do Brasil, com fortuna de R$ 1 bilhão.

Garantia de qualidade
A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) promoveu debate, na Comissão de Assuntos Econômicos, que foi uma delícia: estabelecer teor mínimo de 35% de cacau para que um produto seja considerado chocolate.

Falta ação de despejo
O ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União, ainda ocupa apartamento do Senado, sem pagar aluguel, enquanto o suplente Raimundo Lira (PMDB-PB) recebe R$ 4,3 mil de auxílio-moradia.

Na nossa conta
Em fevereiro, o plenário do TCU aprovou auxílio-moradia de R$ 4,3 mil para ministros e procuradores que atuam no tribunal. Quando o auxílio para o Judiciário começar a valer, a conta será de R$ 1,5 bilhão/mês.

Sobrou para nós
Em janeiro, em campanha para a presidência da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) gastou R$ 10,3 mil só com telefonemas. Ele ganhou a eleição e o contribuinte a conta para pagá-los.

Trabalho em Minas
O PSDB de Minas marcou para 6 de junho a convenção estadual. Após perder para Dilma Rousseff no Estado, Aécio Neves quer intensificar presença nos 50 maiores municípios mineiros.

Pensando bem...
...se continuar aparecendo um caso de corrupção por mês, Dilma terminará o mandato com número de escândalos maior do que o de ministros.
Herculano
05/04/2015 16:18
O "GRUPO DOS 12" DEVE PENSAR A VIDA, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Plano de blindagem de quem se meteu com propinas no Carf pode ser caminho caro, desmoralizador e suicida

Infelizmente os dados conhecidos da Operação Zelotes, que pegou a rede de propinas instalada em torno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf, têm sido parciais na exposição de empresas e incompletos na apresentação dos fatos. Por mais que isso seja lamentável, é alguma coisa, pois o contrário poderia ser uma Operação Abafa.

Até agora, sabe-se o seguinte:

Numa conversa telefônica com um sócio, o conselheiro Paulo Roberto Cortez disse o seguinte: "Quem paga imposto é só os coitadinhos. Quem não pode fazer acordo, acerto -não é acordo, é negociata- se fode". Cortez está sendo investigado pela Polícia Federal, que pediu sua prisão. Ela foi negada pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, que julgou-a desnecessária.

Em 2011 o ex-presidente do Carf Edson Pereira Rodrigues ofereceu seus serviços de consultoria à Ford para livrá-la de multas da Receita: "Se eu participar (...) eles têm mais ou menos 95% de chances de ganhar. Caso contrário, perderão com certeza". O Carf livrou a Ford de cobranças que chegaram a R$ 1,78 bilhão. A filha de Rodrigues, que também é conselheira, teria faturado R$ 1,14 milhão com "um auto".

Um conselheiro do Carf informou numa mensagem ao chefe da Coordenação de Pesquisa e Investigação da Receita, Gerson Schaan, que "os acórdãos em anexo foram 'negociados' com as pessoas daquele esquema que já conversamos (...). Houve pagamento de R$ 1 milhão". Tratava-se de uma multa de R$ 200 milhões imposta à fabricante de carrocerias Marcopolo. Fica uma questão: o que Schaan fez com a informação?

Segundo a PF, João Inácio Puga, membro do conselho do banco Safra, negociou com Jorge Victor Rodrigues, ex-conselheiro do Carf, o caso de uma cobrança de R$ 793 milhões. No lance teria havido um capilé de R$ 28 milhões. A prisão de Puga e Rodrigues foi considerada desnecessária pelo juiz Ricardo Leite.

Enquanto os "coitadinhos" padecem preenchendo suas declarações de Imposto de Renda, assistem à exposição de uma rede de anistias montada no andar de cima para iludir a Viúva. Para quem sonha com o surgimento de um "Tea Party" no Brasil, dando base a um movimento populista de direita, a bola está em campo.

Há um ano, quando começou a Operação Lava Jato, as empreiteiras, bem como a Petrobras e o próprio Palácio do Planalto desprezaram suas consequências. Deu no que deu. Se o Planalto, a Fazenda e a Receita repetirem o erro diante da Operação Zelotes, acabarão contaminados pela ação dos malfeitores. Diante da Lava Jato, rodaram programas velhos num sistema novo e só se deram conta disso depois que 64 acusados foram para a cadeia e doze resolveram colaborar com a Viúva.

Pelo pouco que a Polícia Federal já liberou, parece provável que haverá prisões. Havendo-as, bastará que um canário cante para que a Zelotes fique parecida com a Lava Jato.

A Polícia Federal sentiu cheiro de queimado em 74 processos do Carf. Em 12 deles encontrou "elementos consideráveis de irregularidades". Nesse "Grupo dos 12" estão grandes empresas que se safaram de cobranças num total de R$ 12,4 bilhões. Como as empreiteiras no ano passado, estão todas fechadas em copas.

Ao contrário das empreiteiras apanhadas nas petrorroubalheiras, as empresas que se livraram das cobranças da Receita não estão metidas em negócios onde a corrupção fazia parte do cotidiano. Além disso, elas podiam ter razão em seus litígios com a Receita, mas, se pagaram propinas, o crime está no jabaculê. Para quem pôs a mão na cumbuca, pode ser melhor reconhecê-lo agora.

AL MARE
Um desocupado jura que viu o petrocomissário Pedro Barusco chegando em seu automóvel ao aprazível condomínio do litoral fluminense onde tem casa. Ao pé da letra, é seu direito cumprir prisão domiciliar no domicílio de verão.

AUTOENGANO
Lula e o comissariado ameaçam com mobilizações dos movimentos sociais em defesa do governo. Há muito de autoengano nisso. Na manifestação dos "movimentos sociais" de 13 de março havia um cidadão da Guiné que carregava um grande balão e não entendia patavina de português. Estava lá porque recebera R$ 30.

A CUT vem sofrendo uma erosão, comida por denominações à sua esquerda e até mesmo por grupos capazes de se aliar a milícias.

O PT não tem mais bandeiras para levar gente à rua. Resta-lhe a possibilidade de levantar temas que pelo menos desestimulem as manifestações contra ele.

O SEGUNDO ENEM
Lula e Dilma garantiram que o MEC realizaria dois exames do Enem a cada ano. Foi parolagem. Em 2013, quando era ministro da Educação, o comissário Aloizio Mercadante disse que não faria o segundo exame porque sairia caro, preferindo construir mais creches.

Em 2014 não houve o segundo Enem e o desembolso do governo para a construção de creches foi de apenas 25,3% dos R$ 3,5 bilhões previstos, desempenho inferior ao do ano anterior. Trocaram uma parolagem por outra.

BOA IDEIA
A doutora Dilma emplacou uma boa ao determinar que seus 39 ministros parem de usar jatinhos da FAB em voos pessoais.

Valeria a pena exigir que, em caso de uso de jatinhos particulares, comuniquem o mimo à Controladoria-Geral da União.
Herculano
05/04/2015 16:18
A RECEITA VAI VIRAR UMA PETROBRÁS, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Se o doutor Joaquim Levy e o secretário Jorge Rachid bobearem, a Receita Federal corre o risco de sofrer um abalo semelhante ao que aleijou a Petrobras porque sua direção foi lenta e tolerante diante da exposição de roubalheiras de alguns malfeitores. Rachid disse há poucos dias que as investigações da Operação Zelotes começaram em 2013. Tem razão, mas sendo um veterano servidor e tendo ocupado a mesma função entre 2003 e 2008, ele sabe que essa foi a denúncia que andou. Muitas outras atolaram.

A Polícia Federal pediu a prisão de Jorge Victor Rodrigues, ex-auditor e ex-conselheiro do Carf, metido em casos que envolviam os bancos Safra e Santander. Ele foi sócio do escritório de consultoria SBS. Em 2005, uma investigação do Ministério Público de Brasília mostrou que a SBS assessorou a Fiat para livrá-la de multas no valor de R$ 630 milhões. Como o litígio foi resolvido na esteira de uma medida provisória, não se pode saber o que houve. A Fiat livrou-se do contencioso e pagou R$ 12,9 milhões ao escritório de advocacia que contratara os serviços da SBS. Em 2007, o Tribunal Federal de Brasília decidiu que faltavam elementos para comprovar a denúncia dos procuradores. Quatro anos depois Jorge Victor Rodrigues foi nomeado para uma suplência do Carf, como representante dos contribuintes.

Se a porta giratória da Receita na qual circulam auditores que viraram consultores tivesse sido travada em 2003, os policiais da Zelotes poderiam estar tratando de outros casos.
Violeiro de Codó
05/04/2015 16:13
Sr. Herculano:

Em casa até meus dois cães são anti-PT.
Falou Dilma, eles latem.
Falou LuLLa, latem alucinados.
Falou Zuchi, eles se transformam, se agigantam. São 2 poodles,mini!
Fui!

Anônimo disse:
05/04/2015 16:06
Herculano, postado às 19:32hs.
Excelente notícia!!! Deus é Pai!!!
Sintoma insofismável de que o beneficiário dessa roubalheira desmedida é o partido dos bandidos - vulgo petralhas - PT.
Mas, ladrões descarados fazendo economia?
Ladrão que é ladrão sempre encontra algum ou alguém pra roubar.
Maria Amélia que não é Lemos
05/04/2015 15:22
Dr. Herculano:

BONECOS DE DILMA E LULA SÃO MALHADOS COMO JUDAS NO CEARÁ:
http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=29620075602

Vibrei como se fosse ao vivo e em cores.
Herculano
05/04/2015 14:37
O MANIFESTO DA VIRTUDE NÃO CONTABILIZADA, por Guilherme Fiuza, para a revista Época

O Brasil estava à deriva, até que veio o encontro nacional do PT em São Paulo. Os presidentes dos 27 diretórios reuniram-se em torno do oráculo, e aí tudo ficou claro como a pele da elite branca. É sempre assim: por mais tenebrosa que seja a tempestade lá fora, quando o PT se junta em torno de Lula da Silva, tudo fica belo e luminoso. Ficamos sabendo que a crise é pura inveja que os ricos têm do povo. E saiu um novo manifesto -atenção, Brasil! - no qual o partido do mensalão e do petrolão ensina aos brasileiros o que é virtude.

É claro que o manifesto do PT não trata da estagnação econômica, nem da previsão de recessão apontada pelo Boletim Focus do Banco Central. Eles estão no Palácio há 12 anos, mas não têm nada com isso. O documento também não trata da mais recente façanha do partido - a inscrição de seu tesoureiro como réu no processo da Lava Jato. Isso é o tipo de coisa que só interessa à imprensa burguesa. E é justamente a imprensa o que preocupa os companheiros em seu mundo dourado. O manifesto propõe um projeto de lei para controlar a mídia (novidade!) - no exato momento em que a presidente dá posse ao novo ministro da Secretaria de Comunicação exaltando a... liberdade de expressão.

Dilma falou que sabe quanto a imprensa livre é importante, porque ela é uma pessoa que viveu sob uma ditadura. Atualmente, no Brasil, praticamente só Dilma viveu sob uma ditadura. Todos aprendemos a acompanhar, contritos, o sofrimento diuturno de Dilma Rousseff em sua resistência implacável aos militares. Quando começamos a achar que a batalha está concluída, o Palácio do Planalto solta mais um release sobre "Os anos de chumbo", e lá vamos nós sofrer mais um pouco ao lado de nossa heroína. Não há nada mais urgente hoje no Brasil do que apoiar Dilma contra o regime militar. Ela há de nos libertar desse inimigo morto e enterrado há 30 anos.

Enquanto a presidente luta heroicamente pela liberdade de expressão, que só ela sabe quanto é valiosa, seu partido costura docemente a mordaça. O PT já tentou colocar rédeas na mídia até através de um pacote de direitos humanos. Agora, o tal manifesto propõe uma nova regulamentação do direito de resposta. Os companheiros só vão sossegar quando a comunicação de massa no país alcançar o padrão de uma assembleia do partido. Chega de perseguição a guerreiros do povo brasileiro como João Vaccari. A cada denúncia publicada sobre as peripécias do tesoureiro na arrecadação de fundos para a revolução progressista, a mídia há de ter que abrir espaço para a resposta do guerreiro. E ele terá o sagrado direito de declarar, como seu antecessor Delúbio no mensalão, que há uma conspiração da direita contra o governo popular.

O manifesto divulgado pelo PT no dia 30 de março explica que o partido está sendo "atacado por suas virtudes". Não esclarece se entre essas virtudes está a formidável capacidade de captação de recursos junto às empresas investigadas na Lava Jato. Ou a invejável capacidade de escolher e cultivar os diretores certos para a Petrobras, sem os quais uma legião de parasitas e picaretas morreria de fome. Talvez por humildade exacerbada, o manifesto do PT não cita entre suas virtudes a façanha de ter jogado a maior empresa brasileira na lona, rebaixando-a ao grau de investimento especulativo. Tamanho virtuosismo realmente só poderia gerar inveja e perseguição.

"A campanha de agora é uma ofensiva de cerco e aniquilamento", diagnostica o manifesto. "Para isso, vale tudo. Inclusive criminalizar o PT." Eis o escândalo: estão criminalizando o PT. Será que não percebem que todos os crimes pelos quais os petistas têm sido indiciados, julgados e condenados são crimes decorrentes das suas virtudes? Será possível que essa elite golpista não aprendeu a distinguir o crime mau do crime bom?

Na reunião de cúpula, o assessor da Presidência, Marco Aurélio Garcia, esclareceu: "Ganhamos a eleição com uma narrativa que a presidente assumiu de forma corajosa". No dia seguinte, no Senado, o ministro da Fazenda tentava salvar a pele do governo com uma narrativa oposta a essa que a presidente assumiu corajosamente. Talvez seja por isso que as multidões voltaram às ruas: entenderam enfim que estão sendo governadas há 12 anos por uma narrativa.
Herculano
05/04/2015 14:35
CIDADÃO, ESSE CARA É VOCÊ, por Carlos Brickmann

Dizem que, quando Maria Antonieta, rainha da França, soube que o povo se revoltava pela falta de pão, perguntou: "E por que não comem brioches?" Pouco tempo depois, perdeu o trono, a liberdade e a vida.

Os poderosos se isolam e não entendem por que, quando não há comida em casa, os pobres não almoçam num bom restaurante. Nas manifestações, ficou clara a rejeição a tudo isso que está aí. E como reagem nossos poderosos?

A Petrobras, em crise, propõe o aumento do salário de seus diretores em 13%, para algo como R$ 123 mil mensais. Pode ser pouco diante do que se paga em empresas do mesmo porte; mas, diante da situação, parece deboche. No ano passado, os salários da diretoria já haviam subido 18%, contra 6,4% de inflação.

O Supremo Tribunal Federal cancelou todas as sessões nesta semana. Com isso, o inquérito sobre Jader Barbalho, por peculato, acabou. Está prescrito.

A Câmara Federal nomeou quatro deputados para visitar o então ministro da Educação, Cid Gomes, no Hospital Sírio-Libanês. Suas Excelências iriam conferir a avaliação médica do Dr. Roberto Kalil. Custo: R$ 6.500. Não é muito? Talvez. Mas qual a utilidade do passeio? Provar que um dos melhores hospitais do país estava errado? Que é que o deputado André Fufuca entende disso? E quem é que disse que se pode visitar um paciente sem autorização dele e do médico?

Lula, que, solidário, manteve os condenados do Mensalão no PT, disse: "Hoje, se tem um brasileiro indignado sou eu, indignado com a corrupção."

Pois é.

NINGUÉM ME AMA
Talvez nesse profundo desprezo pela opinião pública - que, diga-se, não é exclusivo da presidente - esteja a raiz da rápida queda da popularidade de Dilma. Datafolha e Ibope encontraram números parecidos: 12% aprovam seu Governo, 64% o reprovam.

É muita genta contra! E 74% não confiam na presidente.

NINGUÉM ME QUER
Até as piadas de salão, as mais comportadas, se aproximam do achincalhe. Uma está na coluna de Cláudio Humberto (www.diariodopoder.com.br). "Como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, vai passar a Semana Santa no Exterior, a pergunta que não se cala: é Dilma quem assume o poder?"

DE FRACASSO EM FRACASSO
A decisão de admitir o debate sobre maioridade penal (hoje, abaixo dos 18 anos, o tratamento para infratores é diferente), tomada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, tem o objetivo único de impor mais uma derrota a Dilma e a seus aliados. A redução da maioridade penal tem sua lógica - se uma pessoa com 16 anos sabe votar, também sabe se está agindo corretamente; e vira reivindicação sempre que há um crime violento envolvendo menores. Mas, no fundo, não funciona. Com maioridade aos 16 anos, criminosos de 15 serão dimenor, e assim por diante. Além disso, se já não há prisões suficientes nem para adultos, onde colocar os adolescentes? Mas também não há lógica em deixar de isolar de alguma maneira aqueles que, de qualquer idade, sejam violentos.

A discussão é outra, bem mais complexa; envolve, como nos Estados Unidos e Inglaterra, uma decisão judicial, que considere o infrator capaz ou não de diferenciar entre o bem e o mal. O problema é que, para derrotar Dilma, uma medida como essa pode ser aprovada como se fosse uma solução - e, sozinha, solução não é.

ME RESTA O CANSAÇO
Da coluna de Lauro Jardim (http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/): "Antes do encontro com o diretório nacional do PT (...) em São Paulo, Lula teve uma reunião mais reservada, com um círculo mais próximo a ele. Nesta conversa mais íntima, não é que Lula tenha falado mal de Dilma. Falou horrores."

MUDANDO DE CONVERSA
Seja qual for a opinião do caro leitor sobre as manifestações, uma coisa é certa: ninguém gritou lemas em favor da reforma política ou do financiamento público de campanhas eleitorais. O povo pode ser surpreendentemente sábio: a principal fonte de corrupção das campanhas não é o financiamento público ou privado (o primeiro-ministro alemão Helmut Kohl caiu quando descobriram que recebia, além do financiamento público de lei, farto financiamento privado em caixa 2). O problema é o custo das campanhas. Num Estado como São Paulo, um candidato a deputado estadual sem núcleo fixo de eleitores vai gastar uns dois ou três milhões de dólares, percorrendo 645 municípios. Tem de buscar esses recursos em algum lugar; e quem o auxilia não o faz por puro espírito público.

A solução é criar algum tipo de voto distrital, em que as campanhas sejam feitas em regiões menores, onde o candidato já seja conhecido, a custo bem mais baixo. É difícil? É: os atuais parlamentares se elegeram pelo sistema atual. Por que irão mudá-lo, para correr o risco de enfrentar campanhas mais difíceis?

AQUELE PAPO FURADO
Já se dá muito dinheiro público aos partidos - do fundo partidário, R$ 1,5 bilhão, ao horário eleitoral, que as emissoras, usando tabela cheia, descontam do Imposto de Renda. Não tem sentido estimular mais gente a viver às custas do Tesouro.

E não há quem queira, sem retorno, pagar a campanha dos outros.
Herculano
05/04/2015 14:32
UM CONVENIENTE ESCLARECIMENTO

Alguns leitores e leitoras assíduas, no meu e.mail, perguntaram pela minha ausência neste dia até aqui. Como cristão, guardei o dia e retomo a faina depois da "ressureição". Como se vê, não sou santo de barro, mas da paixão.
Herculano
05/04/2015 14:29
VEM AI O VOTO INÚTIL, por Ranier Bragon para o jornal Folha de S.Paulo

Há hoje em dia três modelos de voto disponíveis na cabine eleitoral, a rigor: o válido, que é quando se escolhe um candidato ou partido, o branco e o nulo.

Mas vem aí uma quarta possibilidade, apenas com o inconveniente de ser involuntária. Trata-se do voto inútil, que não valerá nem mesmo o proverbial tostão furado.

Ele já existe, é fato, mas é muito residual. O que se tenta agora é torná-lo a estrela do processo eleitoral.

A novidade deriva do carro-chefe da reforma política que o PMDB de Michel Temer e Eduardo Cunha quer aprovar no Congresso - o distritão, que muda a complexa forma de escolha dos deputados federais.

Hoje, os votos dados a quem perdeu ou a quem ganhou ajudam quase sempre o partido ou a sua coligação a emplacar mais gente na Câmara, nem sempre os mais votados.

Busca-se atender de forma proporcional a vontade de toda a sociedade, mesmo daquelas parcelas que não elegeram seus candidatos.

Como de hábito, a prática de vez em quando humilha a teoria. A consequência dos milhões de votos dados a Tiririca (2010 e 2014) e a Enéas (2002), que tiraram do oblívio próceres da República como Vanderlei Assis (Prona) e seus 275 votos, são distorções sempre lembradas.

Já o distritão é de uma singeleza tocante. São eleitos os deputados mais votados do Estado. Ponto.

Mas imagine-se o seguinte: se uma legião de eleitores se unir em prol de um único político, terá um só representante mesmo que o torne o deputado mais votado da galáxia.

Em 2014, o distritão jogaria no lixo, só em São Paulo, no mínimo 60% dos votos válidos - de 12,7 milhões de eleitores que escolheram ou derrotados ou candidatos apoiados em excesso. Celso Russomanno (PRB), por exemplo, só precisaria de 5% do 1,5 milhão de votos que teve.

Espera-se que o PMDB explique - não lhe faltará oportunidade - por que considera essa ideia a panaceia das nossas deficiências políticas.
João João Filho de João
04/04/2015 19:56
Sr. Herculano:

A Valentina de Botas não sabe que nós estamos ensaiando a marcha fúnebre em ritmo de carnaval.
Herculano
04/04/2015 19:40
da série: sempre será preciso inimigos, inimizade e sangue para a sobrevivência das causas populares, ainda mais em tempos de petróleo onde qualquer disfarce é importante.

ELITE PAULISTA FAZ SELFIE COM POLÍCIA QUE MASSACRE POBRES NO ALEMÃO, por Eduardo Guimarães

Para a imensa comunidade do Alemão, provavelmente muito mais numerosa que a do entorno da avenida Paulista, polícia é sinônimo de opressão, risco de vida, humilhação

Terezinha de Jesus e o filho Eduardo, de 10 anos, estavam dentro da residência de ambos no morro do Alemão, no Rio de Janeiro, quando o garoto saiu de perto dela e foi para a porta da casa conversar com amigos. Naquele momento, a polícia invadia a comunidade atirando, supostamente para "reagir", e uma das balas acertou a criança, que morreu na hora.

Desesperada, Terezinha saiu à rua a tempo de flagrar o autor do disparo. Olhou o assassino nos olhos e chamou a besta-fera de "covarde". Nesse momento, foi ameaçada.

"Ele disse: já que matei o filho, posso matar a mãe também. Eu gritava que ele tinha acabado com a vida do meu filho e cheguei a agredi-lo. Eles atiraram menos de 10m e sabiam que era uma criança", disse Terezinha chorando.

José Maria Ferreira de Sousa, o pai de Eduardo, instantes depois também experimentou um pouco da "cortesia" da polícia militar, segundo relatou à imprensa:

- Quando fui socorrer meu filho, o PM falou que eu era vagabundo que nem ele. Falou que matou um vagabundo que era filho de um vagabundo.

A comunidade agredida pela polícia se revoltou e organizou um protesto, o mínimo que se poderia esperar. A morte do menino Eduardo foi uma ameaça a todas as crianças do Alemão.

Além de tirar a vida do garoto, a polícia não aceitou o protesto. Os manifestantes foram reprimidos com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha.

Retrocedamos algumas semanas no tempo. Agora estamos em 15 de março de 2015. O local é a avenida Paulista, em São Paulo. Ali, reuniu-se uma outra comunidade que, à diferença da que teve roubada a vida de um integrante de 10 anos de idade e que nem pôde reclamar, não tem queixas da polícia.

As razões para essa diferença de atitude dos cidadãos do morro do Alemão e dos que habitam o entorno da avenida Paulista em um raio de algumas dezenas de quilômetros não está só na diferença de cor da pele e nível de renda das duas comunidades, está na forma como a polícia atua nas duas regiões.

Ninguém jamais verá a polícia atirando a esmo na avenida Paulista ou no entorno. Os policiais destacados para atuar ali sabem muito bem como atuar. Mesmo diante da ocorrência de crimes, tomam todo cuidado possível mesmo se forem atacados a tiros; dificilmente revidariam atirando; tratariam de se proteger para evitar que a população local corra risco.

Para a imensa comunidade do Alemão, provavelmente muito mais numerosa que a do entorno da avenida Paulista, polícia é sinônimo de opressão, risco de vida, humilhação; para a comunidade do morro em quem se situa a mais paulista das avenidas, polícia é motivo de admiração, como se vê na avalanche de selfies com policiais em 15 de março.
Juju do Gasparinho
04/04/2015 19:32
Prezado Herculano:

Postado às 06:39hs.
Elles falam da corrupção como se fossem observadores, e não protagonistas. Tenho a impressão que o PT sofre de distúrbio bi-polar,
não sabe se é governo ou oposição.

Postado às 06:08hs.
Otacílio Cartaxo, sinto cheiro de bandido de confiança do PT.

Postado às 19:32hs.
É que Valmir Castanha não faz parte do bando dos desavergonhados,
(by José Nêumann).

Feliz Páscoa!
Herculano
04/04/2015 19:32
NA PRÓPRIA PELE E DEPOIS DA FARRA COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS. PT FAZ "AJUSTE FISCAL" INTERNO PARA NÃO QUEBRAR APÓS O ESCÂNDALO DA PETROBRÁS

É isto que revela com exclusividade o jornal O Estado de S. Paulo. Demissões, cortes de gastos, aperto orçamentário. Não é apenas o ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma Rousseff que tem incomodado o PT.

Em meio a uma queda brutal de arrecadação provocada pela redução das doações privadas desde que o tesoureiro João Vaccari Neto passou a ser investigado pela Operação Lava Jato, o partido está enfrentando um ajuste drástico em suas próprias contas.

Depois de mais de uma década de bonança, o partido está sendo forçado a economizar por falta de dinheiro, mesmo diante de um forte aumento do Fundo Partidário neste ano - o Congresso aprovou a elevação de R$ 289,56 milhões pagos em 2014 para R$ 867,56 milhões.

O uso de passagens aéreas por dirigentes foi limitado, diretórios regionais demitiram funcionários, o aluguel de espaços para eventos foi otimizado e até o uso de telefones foi restrito.

Integrantes da Executiva Nacional do PT, órgão responsável pela administração direta do partido, tiveram a verba de telefonemas reduzida de R$ 500 para R$ 100. Muitos deles preferiram trocar de celular, optando por operadoras mais baratas.

Verbas com táxi, combustível, alimentação, serviços técnicos de terceiros, advogados e gráficas também foram contingenciadas. Segundo a direção do partido, a única área que não foi afetada é a de comunicação, para onde são direcionados todos recursos economizados em outras despesas. Apesar disso a implantação da TV PT está atrasada em quase um mês.

Na reunião do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com presidentes estaduais e dirigentes, na segunda-feira passada, quase toda a executiva petista viajou com passagens pagas do próprio bolso ou compradas com pontos acumulados em programas de fidelidade.

Desde o início deste ano, o único dirigente que tem autonomia para reservar passagens aéreas sem pedir autorização é o presidente nacional do partido, Rui Falcão. Depois dos gastos com pessoal, que em 2013 somaram R$ 13 milhões, as viagens são o principal item de despesas do PT, com R$ 7 milhões.

No aniversário de 35 anos realizado em Belo Horizonte, em fevereiro, dirigentes de outros Estados que participaram de um seminário de formação política pagaram as despesas do próprio bolso. Vários deles percorreram centenas de quilômetros de automóvel e fizeram vaquinhas para pagar o combustível. Alguns se hospedaram de favor nas casas de amigos ou correligionários.

A festa contrastou com a época das vacas gordas, quando dezenas de convidados eram hospedados nos melhores hotéis das cidades com todas despesas custeadas pelo partido.

O evento, que nos primeiros anos do PT no governo incluía shows musicais, jantares, bancas de charutos e produções hollywoodianas, este ano contou apenas com um ato político no Minas Centro. A música ficou por conta de um violeiro solitário.

Estados

Embora tenham relativa autonomia financeira em relação ao diretório nacional, os diretórios estaduais do partido também estão fazendo ajustes. O partido não tem números fechados mas estima que mais de 30 pessoas foram demitidas nos escritórios estaduais do partido este ano.

Os mais afetados foram Rio Grande do Sul e São Paulo que, além de perderem o apoio nacional, tiveram os repasses do fundo partidário suspenso por erros de contabilidade.

Em 2013, ano do último balanço disponível, a direção nacional repassou R$ 92,5 milhões para estados e municípios, dos quais cerca de R$ 35 milhões são frutos de doações privadas - o restante saiu do Fundo Partidário.

A crise financeira do PT está diretamente ligada à Operação Lava Jato.

De acordo com depoimentos colhidos pela Polícia Federal, empresas que prestavam serviços à Petrobras repassavam parte da propina ao PT por meio de doações oficiais ao partido. Segundo eles, o operador do esquema era Vaccari, que é réu na ação que julga os desvios na estatal.

Embora tenham sido feitas dentro da legislação eleitoral, com recibos e registros contábeis, as doações são investigadas como dinheiro de corrupção. Isso afugentou outros doadores. Vaccari tem dito que as doações privadas ao PT simplesmente acabaram.

De acordo com a prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relativa a 2013, as contribuições de pessoas jurídicas foram o principal item de receitas do PT, responsável por R$ 79,7 dos R$ 170 milhões recebidos pelo partido.

Em segundo lugar vem o Fundo Partidário, com R$ 58,3 milhões e em terceiro o "dízimo" cobrado dos filiados que ocupam cargos eletivos ou comissionados em administrações petistas, de onde saíram R$ 32,6 milhões. [ Em Gaspar tal prática foi contestada na Justiça e o ex-procurador geral do município, Mário Wilson da Cruz Mesquita, conseguiu na Justiça de primeiro grau a devolução desta contribuição partidária compulsória]

Vaccari diz que não há porcentual específico para o ajuste, mas confirma a contenção. Segundo ele, as atividades fundamentais do PT serão preservadas
Roberto Sombrio
04/04/2015 14:38
Oi, Herculano.

Eu já havia dito aqui a tempos atrás que, quando terminasse o óleo a empreiteira responsável pelo lote 2 da BR 470 abandonaria as obras por falta de repasses do governo federal.

Não se iludam. O pacote de ajuste fiscal não tem nada a ver com colocar a economia do Brasil nos trilhos. A única finalidade é continuar enchendo de mordomias as bocas dos ladrões do governo.
O povo vai ficar de joelhos e a cambada do PT, PMDB, PP, PCdoB continuarão fazendo festas.

Ou damos um fim nisto dia 12 de abril, ou vamos ficar eternamente esperando um MOISÉS para nos tirar do jugo dessa prisão.

Dia 12 de abril temos que levar ao pé da letra a famosa frase:"Ou o Brasil acaba com as saúvas ou as saúvas acabam com o Brasil" - Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853).
Dia 12 de abril: "É preciso acabar com o PT, porque o PT está acabando com o Brasil".

Herculano
04/04/2015 11:25
CASO ERENICE: CORRUPÇÃO EXISTE PORQUE O PT ABRE AS PORTAS, DIZ OPOSIÇÃOo

Parlamentares comentam reportagem de VEJA que mostra como os ex-ministros da Casa Civil José Dirceu, Erenice Guerra e Antonio Palocci enriqueceram após deixar o governo, relata da sucursal de Brasília, Marcela Mattos para a revista que foi as bancas já na sexta-feira e deixa sem chão o poder que insiste que tudo isso é invencionice da imprensa familiar e golpista, não da obrigação de investigar, informar e relatar fatos, concretos e sem a cumplicidade com os deliquentes dos nossos pesados impostos, acostumados a calar a imprensa por meio de ações impróprias, intimidações, ameaças, constrangimentos ou a compra das penas e bocas com o dinheiro público.

Em meio a mais um escândalo de corrupção envolvendo políticos do PT, parlamentares de oposição reagiram à reportagem de VEJA desta semana que mostra os caminhos traçados por ex-ministros da Casa Civil para engordarem os próprios bolsos. Mesmo com uma breve passagem na pasta, Erenice Guerra, que teve a carreira política guindada pela presidente Dilma Rousseff, é uma das ex-titulares da Casa Civil que merece destaque.

De uma vida inicialmente modesta, ela agora mora em região nobre de Brasília e usa da influência no governo para fechar contratos com seu escritório de advocacia. Erenice é alvo da Operação Zelotes, ação da Polícia Federal e do Ministério Público que investiga um prejuízo superior a 19 bilhões de reais em esquema que assaltou os cofres do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do (Carf), órgão ligado ao Ministério da Fazenda.

"Tudo isso vem da intimidade das pessoas que conviveram com Lula e Dilma. Ao ver que a corrupção era tão comum, aceita e defendida por eles, a geração do PT criou uma cultura de assaltar cofres públicos, se beneficiar pessoalmente e em campanhas. Tudo isso é visto por eles como um direito que eles têm sobre a máquina e o estado brasileiro. Nenhum petista tem condições de recriminar e nem de reagir a esses fatos. Quando o mau exemplo parte do governante maior, não tem como ser estancado esse processo de corrupção. É um quadro de hemorragia generalizada", avalia o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). "É incontrolável. Um governo feito pela clandestinidade, que assalta e arma contra o próprio governo. Não podemos ficar engessados por mais três anos e meio. Ou vamos acabar com essa saúva chamada PT, ou vão acabar com o Brasil", continua o líder do DEM.

O Carf funciona como uma espécie de tribunal em que pessoas físicas e empresas podem recorrer das multas aplicadas pela Receita Federal. Atualmente, tramitam no órgão centenas de processos, cujos valores alcançam quase meio trilhão de reais. Cifras que encheram os olhos - e os bolsos - de muita gente. A investigação identificou um grupo que, atuando em parceria, oferecia veredictos favoráveis no conselho em troca de polpudas propinas ou, nos casos mais sofisticados, uma taxa de sucesso sobre o valor que eventualmente conseguissem abater dos débitos fiscais das empresas.

Conforme mostra a reportagem, Erenice Guerra incumbiu-se de defender os interesses da Huawei, gigante chinesa, no Carf. E o mais grave: para garantir o sucesso da empreitada, a ex-ministra se associou ao advogado José Ricardo da Silva, então membro do conselho e um dos mais destacados integrantes da quadrilha. Em valores atualizados, a Huawei discute no Carf um débito de 705,5 milhões de reais, resultante de cobranças efetuadas pela Receita Federal. Nos documentos apreendidos, está estabelecido o prêmio a ser pago a Erenice em caso de êxito: 1,5% do valor que a empresa deixaria de recolher aos cofres públicos. Admitida a hipótese de a cobrança ser anulada integralmente, caberiam a ela nada menos que 10 milhões de reais.

O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), lembra que Erenice Guerra foi demitida da Casa Civil justamente por tráfico de influência - seu filho, Israel Guerra, cobrava propina para facilitar a entrada de empresas em contratos com o governo. "É algo que virou padrão no governo do PT: todos que caíram, foi por relações suspeitas de tráfico de influência dentro da máquina pública. O pior é que depois que deixaram essas posições, eles continuaram patrocinando esses atos e montando esquemas fraudulentos dentro do governo. Usa-se a influência para abrir as portas e facilitar o trânsito de pessoas com interesses ilegítimos. Por trás dos grandes escândalos, sempre aparece um político abrindo o caminho e pavimentando os esquemas de corrupção", disse o deputado pernambucano.

Líder do PPS, o deputado Rubens Bueno destacou que Erenice Guerra era uma pessoa que morava na periferia de Brasília e que, depois de ingressar no governo, mudou de status. "O PT se ramificou em organizações criminosas que querem se manter no poder indefinidamente. E, para isso, tem de ter uma máquina graúda funcionando", afirmou.
Herculano
04/04/2015 11:18
OS SEGUIDORES DO JECA NÃOENTENDERAM NADA MESMO, por Valentina de Botas

As manifestações têm múltiplas vozes, aconteceram por anseios misturados, arrastaram muita gente e tal, mas todos estávamos lúcidos: ninguém protestou contra miragens como virtudes do PT. Tirar 36-milhões-de-pessoas-da-miséria é obrigação mínima em 12 anos e é menos que o mínimo para o partido que nasceu para refundar o país: deveríamos ser hoje uma fagueira versão ampliada de uma Suíça com praia, falando três línguas, inclusive; e finalmente, chegaria a hora de essa gente bronzeada mostrar seu valor integrando a elite branca de olhos azuis.

Em vez disso, somos uma versão piorada de nós mesmos, ex-governados por um jeca cuja gramática moral inspirou o assalto ao Estado e, hoje, por uma fraude que se orienta pela gramática moral do jeca e tem o próprio idioleto imbecil. Com metade do que roubou, faria mais quantos ex-miseráveis? Se o partido não tivesse "robado nem deixado robá", como disse aquele JD condenado por roubo, os 36 milhões de ex-miseráveis não teriam educação pública vergonhosa, saúde pública indigente, segurança pública segura para criminosos, saneamento básico pela metade.

Não foi a virtude que obrigou os petistas a alianças com quem xingavam de ladrão até outro dia, nem a apoiar a escória internacional. Uniram-se em torno da ojeriza à virtude, qualquer virtude. Não, Rui Falcão não entendeu nada mesmo: as marchas não foram e não serão contra as virtudes imaginárias do PT, mas a favor das do país, reais e resistentes. Depois de fazer tanto mal à nação, os vícios do partido exterminador de virtudes já não fazem tão bem a ele. Antes agora do que ainda mais tarde: que morra de petismo.
Herculano
04/04/2015 11:06
RENAN QUER EXPLANADA MENOR SÓ PARA OS OUTROS, por Josias de Souza

Renan Calheiros tornou-se um personagem paradoxal. Sob refletores, o presidente do Senado defende obstinadamente o enxugamento da Esplanada. Longe dos holofotes, guerreia vigorosamente para manter sob seus domínios o Ministério do Turismo, impedindo que o correligionário Henrique Eduardo Alves seja acomodado na pasta. E o que parecia solução virou mais um problema para Dilma Rousseff nas suas já conturbadas relações com o PMDB.

Renan entusiasmou uma plateia de empresários ao discursar na CNI, a Confederação Nacional da Indústria: "Se aplaudimos recentemente o Mais Médicos, está na hora do programa 'Menos Ministérios', 20 no máximo." Três dias depois desse discurso, o Planalto informou que Dilma decidira nomear Henrique Alves para o Turismo, desalojando o atual titular da pasta, Vinicius Lage, um afilhado político de Renan.

A troca já estava combinada com a caciquia do PMDB desde o início do ano. Mas Renan levou o pé à porta. A novela arrasta-se por oito dias. Dilma gostaria de ter formalizado a escolha de Henrique Alves junto com as indicações do petista Edinho Silva (Comunicação Social da Presidência) e do acadêmico Renato Janine Ribeiro (Eduacação). Enfraquecida, avaliou que uma briga com Renan não convém ao governo. Achou melhor tomar distância.

Dilma delegou a resolução da encrenca interna do PMDB ao vice-presidente Michel Temer, que ainda não conseguiu dissolver o impasse. No início do ano, ao partilhar os ministérios entre seus aliados, Dilma combinara que o PMDB teria seis pastas - três para a bancada do Senado e três para a da Câmara.

Na cota dos senadores, entraram Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu (Agricultura) e Helder Barbalho (Pesca), filho de Jader Barbalho. Na cota da Câmara, subiram Edinho Araújo (Portos) e Eliseu Padilha (Aviação Civil). Combinara-se que Henrique Alves iria ao Turismo tão logo seu nome fosse excluído pela Procuradoria da República do rol de investigados da Operação Lava Jato.

Nesse arranjo, o afilhado de Renan permaneceria no Turismo apenas até que Henrique Alves tivesse condições de assumir. A meia-volta deixa desbalanceada a distribuição de poltronas. Mantida a composição atual, o PMDB de Renan tem quatro pastas. E o de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, tem apenas duas. Significa dizer que, para fugir de um confronto com Renan, Dilma se arrisca a desagradar o pedaço da bancada de deputados que ainda valoriza a ocupação de ministérios.

No discurso da CNI, feito há 12 dias, Renan dissera que, além de enxugar a Esplanada, o governo deveria funcionar com "menos cargos comissionados, menos desperdício e menos aparelhamento." Hoje, ele diz, em privado, que trocaria o Turismo pelo ministério da Integração Nacional, ocupado pelo PP. Fica entendido que, para Renan, o desaparelhamento no fisiologismo dos outros é refresco.
Herculano
04/04/2015 11:03
DESPEJADA

A Ivai Setep, que toca aos trancos e barrancos o lote dois da duplicação da BR 470, em Ilhota, foi despejada do canteiro de obras. O senhorio quer o que ela contratou e deve, mas que não recebe do governo Federal para quitar o espaço que ocupava como canteiro de obras.

Neste final de semana as máquinas ficaram alinhadas ao lado da rodovia e num morro longe das vistas dos curiosos.

A Ivai Setep é a também está tocando a ponte dos Sonhos, em Ilhota. Ela como segunda colocada, pegou a obra depois que no meio do caminho a vencedora JM desistiu por não conseguir suportar a falta de recursos vindos de Brasília.
Herculano
04/04/2015 07:50
VIA A CLASSE MÉDIA!, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo para o jornal Folha de S.Paulo

PT lembra que a Marcha da Família foi de classe média, mas esquece dos 'coxinhas' que gritaram 'Diretas Já!'

"Coxinhas, oh céus, coxinhas!". A acusação aos manifestantes do 15 de março, que prometem voltar no 12 de abril, não é um argumento político, mas uma condenação de classe. Sua fonte de inspiração encontra-se nas invectivas de Marilena Chaui, pronunciadas durante as celebrações de dez anos de governos lulopetistas, em 2013: "Eu odeio a classe média. A classe média é estupidez. É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista. A classe média é uma abominação política, porque ela é fascista, uma abominação ética, porque ela é violenta, e uma abominação cognitiva, porque é ignorante". No erro crasso da filósofa, discerne-se a natureza da crise que assola o PT.

Chaui, uma professora de classe média, odeia seus colegas, seus alunos, seus amigos - e a si mesma. Entretanto, ela não entende a classe média, nem no registro sociológico, nem no histórico.

Sociologicamente, a classe média não é una, mas diversa. O crescimento econômico e a modernização social acentuam a diversidade das classes médias (assim, no plural), borrando as fronteiras que as separam dos trabalhadores assalariados. Nas democracias opulentas do Ocidente, esses segmentos compõem a maioria da população. Como explicou Timothy G. Ash, a mensagem das revoluções de 1989 no leste europeu era "queremos também ser de classe média, no mesmo sentido em que os cidadãos da metade mais afortunada da Europa são de classe média". A tentativa de definir a classe média por uma coleção de adjetivos derrogatórios é uma prova, entre tantas, dos efeitos obscurantistas do pensamento ideológico.

Se há um traço comum às classes médias, ele se encontra na autonomia dos indivíduos inscritos nesses segmentos em relação ao poder estatal e às organizações corporativas. Em contraste com os trabalhadores organizados, as classes médias tendem a mover-se ao largo de sistemas rígidos de intermediação política, o que confere forte imprevisibilidade a seu comportamento na arena pública. Daí o incontido ódio da filósofa: as classes médias não se amoldam à caixinha dos partidos que anunciam a salvação do povo.

Historicamente, e por isso mesmo, as classes médias transitam da abulia política a mobilizações intensas, articuladas em torno de valores públicos gerais (liberdade, ordem, moralidade etc.). Desde, pelo menos, a década de 60, as classes médias situam-se no núcleo dos mais relevantes movimentos políticos. As revoluções operárias clássicas esmaecem no passado. Ironicamente, a última delas, o movimento polonês do Solidariedade, em 1980, foi um levante contra o "socialismo real" e um partido que declarava representar a classe trabalhadora.

Os protestos contra a Guerra do Vietnã basearam-se na classe média. A Primavera Árabe foi impulsionada pela classe média. "Coxinhas" persas mobilizaram-se pela liberdade no Irã dos aiatolás. "Coxinhas" franceses encheram as ruas de Paris para dizer "Eu sou Charlie". Fixado no passado remoto, o PT lembra com razão que a Marcha da Família foi de classe média, mas finge esquecer que eram "coxinhas" os que gritaram "Diretas Já!" e "Fora Collor!".

Chaui odeia a classe média. Pol Pot também odiava, especialmente os intelectuais. No seu Camboja, usar óculos era um passaporte seguro para os campos da morte. Dilma Rousseff faz tudo errado, mas sempre acertou na mosca sobre a meta que almeja: um país de classe média. Lula recorda-se bem que a influência do PT difundiu-se a partir da classe média. Por isso, em plenária de militantes, declarou-se "irritado" com "companheiros dizendo que quem vai para a rua contra nós são os que não prestam e nós somos os bons", para reconhecer: "Eles têm direito".

Chaui, a odienta, disse certa vez que "quando Lula fala, tudo se ilumina". Não é verdade - mas, nesse caso específico, a militância alucinada deveria ouvi-lo.
Herculano
04/04/2015 07:43
BLUMENAU HOMENAGEIA O FUNDADOR DA IMPRENSA NO VALE DO ITAJAÍ

Até que enfim e tarde demais. Decreto assinado pelo prefeito Napoleão Bernardes, PSDB, denomina Hermann Baumgarten a Hemeroteca do Arquivo Público de Blumenau. É uma homenagem ao jornalista teuto-brasileiro que editou o "Blumenauer Zeitung", a partir de 1882. Foi um editor incompreendido e injustiçado pelos interesses da época. É considerado o fundador da imprensa de Blumenau, uma imprensa cada vez mais feita de alienígenas passageiros, descomprometidos com a cidade e suas causas. Imprensa onde o principal departamento e onde os profissionais mais longevos estão na área comercial.
Herculano
04/04/2015 07:30
COM OS CONSELHEIROS QUE TEM, DILMA DISPENSA DESAFETOS, por
Ricardo Noblat, de O Globo

A presidente Dilma Rousseff pulou uma fogueira em que quase se meteu por mau aconselhamento do ministro Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil da presidência da República.

Em fevereiro último, o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) disputou a presidência do Senado contra seu colega Renan Calheiros (PMDB-AL). Perdeu feio.

Aí Mercadante, em um lance político "genial", pensou em fazer de Luiz Henrique o novo líder do governo no Senado. Chegou a ouvir Renan a respeito, que nada lhe respondeu.

Pois bem: o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu inquérito para investigar Luiz Henrique, suspeito de ter cometido o crime de advocacia administrativa.

Ele é acusado de ter usado sua influência para encaminhar pacientes a hospital público, furando a lista de espera do Sistema Único de Saúde (SUS).
Herculano
04/04/2015 07:12
COMO FUNCIONA

Dirigente da Juventude do PMDB e filho do deputado estadual Valdir Cobalchini, o advogado João Luiz Cobalchini foi nomeado no dia 1º de abril, para o cargo de assessor de auditor no Tribunal de Contas do Estado.
Herculano
04/04/2015 07:10
BRASIL USA "MAIS MÉDICOS" PARA FINANCIAR DITADURA, por Claudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Desde o lançamento do programa Mais Médicos, em 2013, o governo brasileiro entregou mais de R$ 3,7 bilhões a Cuba, com intermediação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Só em janeiro deste ano, quase meio bilhão de reais (exatos R$ 476 milhões) foram transferidos à ditadura cubana. Dos recursos entregues ao regime dos irmãos Castro, só uma pequena parte é para os médicos.

Caiu a máscara
A Band revelou vídeo de reunião da Opas com o Ministério da Saúde em que fica claro o objetivo do governo: mandar dinheiro para Cuba.

Trabalho escravo
Cuba pagava a seus médicos 10% dos R$ 11 mil que recebe por cada um deles. Após o abuso ser denunciado, passaram a receber R$ 3 mil.

Famílias reféns
A tirania cubana dificulta a vinda das famílias de médicos para o Brasil. Ficam em Cuba como reféns, para obrigar o retorno deles àquele país.

Que vergonha...
Quase cinquenta cubanos já desertaram, mas raros ficam no Brasil, país que atua como instrumento de exploração da tirania Castro.

Prefeitos querem saída de Vaccari; Lula segura
Prefeitos petistas engrossam coro e pedem a cabeça de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT. O grupo teme que a permanência de Vaccari desgaste o partido e sirva como munição para opositores nas eleições mais próximas, de 2016. No PT, uma corrente defende o afastamento do tesoureiro antes da oitiva na CPI da Petrobras, que, prevista para 23 de abril, graças a manobra tucana, pode ser realizada no próximo dia 9.

Costas quentes
Lula é o avalista da permanência de Vaccari: não quer ver o repeteco do penoso afastamento temporário do mensaleiro Delúbio Soares.

Fora Dilma
Petistas acusam tucanos de antecipar o depoimento de Vaccari para ajudar a mobilizar mais pessoas para as manifestações de 12 de abril.

Deixando sangrar
Peemedebistas garantem que não há o menor empenho do partido para estancar a sangria do PT pela CPI da Petrobras.

Pintos no lixo
A Câmara dos Deputados aprovou esta semana o ato que regulamenta a apresentação de projetos para os novos anexos da Casa, que vai nos custar mais de R$ 1 bilhão. Serão 4,4 mil novas vagas de garagem e 520 gabinetes com 60m² cada um. São 513 deputados.

Austeridade forçada
A empreiteira OAS abandonou o amplo escritório de três pavimentos no Complexo Brasil 21, em Brasília. Agora sob recuperação judicial, a OAS "não confirma" a mudança. Nem precisa: as salas estão vazias.

Ministro Nobre
Ganha força o ex-conselheiro do CNJ Marcelo Nobre para a vaga de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal. Advogado, ele é querido desde o DEM de Ronaldo Caiado, passando pelo PMDB de Eduardo Cunha e Renan Calheiros, ao PSOL de Chico Alencar.

Paulinho sem força
A petição pelo impeachment de Dilma, liderada pelo "dono" do Solidariedade, Paulo Pereira, o Paulinho da Força, só conseguiu 4,7 mil assinaturas, muito distantes das 1,5 milhão prometidas dias atrás.

Fora, Cunha
O movimento "Eu exijo a renúncia do Eduardo Cunha" faz manifestação em Fortaleza, terra do ex-ministro Cid Gomes (Pros), no dia 19 de abril. O lema do protesto é: "Fora Cunha e leve junto os achacadores".

Saudosismo
Durante sessão nesta semana, o Senado apresentava em seu site um discurso de Ney Suassuna. O Senado publica, em tempo real, o discurso de suas excelências. Suassuna não é senador desde 2006.

Arlindo quem?
O ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP) virou mero coadjuvante no cenário político, sem participar das grandes decisões. Após a derrota humilhante para Eduardo Cunha, virou "baixo clero".

Sede ao pote
A água das torneiras em Brasília é de boa qualidade, mas a Presidência da República vai pagar R$ 92,2 mil, daqueles retirados do nosso bolso, para pagar contratos de fornecimento de água mineral.

Pensando bem?
?com as pesquisas mostrando Dilma cada vez mais rejeitada, não admira que ela tenha escolhido passar a Semana Santa trancada em casa.
Herculano
04/04/2015 07:00
MAS DE QUEM É A CULPA?

Esta informação é do Jornal de Santa Catarina, de Blumenau. Agentes do Presídio Regional de Blumenau vão encaminhar para o setor de Inteligência do Departamento de Administração Prisional (Deap) várias cartas do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) encontradas em uma cela na tarde desta sexta-feira. De acordo com um dos agentes, que preferiu não ser identificado, as correspondências se referiam a cobranças, entregas e planos do PGC.

A revista foi feita às 15h30min na galeria A6. As cartas teriam sido encontradas em um buraco feito no chão da cela. Junto com elas, os agentes também apreenderam 13 buchas de maconha, um canivete e quatro telefones celulares de marcas variadas. Os itens foram encaminhados para a Delegacia de Polícia de Blumenau.

Retomo: de quem é a culpa? Da sociedade como um todo, que passiva permitiu tudo chegar a este ponto e onde os bandidos se fortaleceram; do cumplicidade entre o estado, por seus agentes, e os bandidos, com o aval da sociedade; do governo do estado que fez a corregedoria funcionar; do governo do estado que não constrói mais e humanizadas cadeias e presídios; do governador Raimundo Colombo, PSD, que está atrasado quatro anos na construção do presídio regional de Blumenau; dos que não querem ter estes novos presídios perto de si, preferem os bandidos nas suas casas; dos políticos fracos e sem causa que temos aqui.
Herculano
04/04/2015 06:48
EXPLICAR, COMO? por André Singer, ex-assessor da presidência no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, para o jornal Folha de S.Paulo

O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, é conhecido por ser sensato e cauteloso. Mas a proposta que fez à presidente soa a coisa de doido. Segundo Edinho, Dilma precisaria explicar à população que o ajuste fiscal consiste de medidas "para que a economia possa crescer de forma sustentável, gerando emprego e distribuindo renda" (Folha, 2/4). Como dizer isso após o desemprego subir de 4,3% em dezembro para 5,9% em fevereiro sem que Mãos de Tesoura recue nos cortes que tornarão a situação ainda mais difícil para os trabalhadores?

O fato de que a atual onda de demissões ainda responda à estagnação do ano passado em nada ajuda. Depois de visto o tamanho do PIB de 2014 e dos cortes de vagas no primeiro bimestre de 2015, a presidente voltou a prometer, terça passada, um "grande corte, grande contingenciamento".

Somada a uma taxa de juros que não para de crescer, o tamanho do ajuste pretendido torna moderada a projeção de recessão de 1% a 1,5%. Mesmo assim, já seria um recuo bem maior do que o de 2009, quando o PIB caiu pela última vez. Naquela ocasião, houve uma série de providências para gerar empregos, entre elas o lançamento do Minha Casa, Minha Vida. E agora?

Não sou economista e torço pelo contrário, mas há sinais de que possamos viver a primeira recessão séria desde o começo da década de 1990, com as naturais consequências, que já andavam meio esquecidas, em matéria de clima cotidiano. Basta passar os olhos pelo jornal. A Oi vai demitir mil funcionários em abril; Vivo e Nextel fizeram o mesmo, cada uma, nos últimos dois meses; a Pirelli anuncia "layoff" de 1.500 empregados; a Ford paralisou em protesto contra a demissão de 137 que estavam em "layoff"; a Queiroz Galvão dispensou 70 e colocou 500 em aviso prévio.

Muitos comparam as medidas atuais com o ajuste de Lula em 2003. Ocorre que, apesar do forte aperto orçamentário daquele ano, houve crescimento de 1,15%. Com isso, o desemprego, que já era muito alto (10,5%), ficou praticamente estável (10,9%). Em consequência, o desgaste do governo foi moderado.

Hoje o quadro é outro. Houve melhora constante desde 2004. No primeiro mandato de Dilma o desemprego caiu, apesar do crescimento econômico anêmico. Foi, aliás, o que lhe permitiu conquistar a reeleição. Ir para o olho da rua, quando se votou esperando mais oportunidades, provocará revolta capaz de afetar o âmago do lulismo.

Estamos assistindo a uma ação deliberada para destruir o pleno emprego, considerado incompatível, pelo capital, com o investimento competitivo. Melhor mudar de política do que tentar explicar o inexplicável.
Herculano
04/04/2015 06:45
CONTAS SECRETAS. RECEITA DIZ NUNCA TER AVERIGUADO QUANTOS BRASILEIROS TÊM CONTA NO EXTERIOR, por Fernando Rodrigues

Apesar de a informação constar nas declarações de bens, Fisco nunca teve interesse no dado. Tom geral de representantes do governo foi o de minimizar impacto de contas no HSBC da Suíça. Receita diz ter apenas 100 nomes que podem ter cometido crimes; conta desconsidera muitos suspeitos. Coaf reclama que tem muito trabalho; essa foi uma das razões para demorar 4 meses para agir
Herculano
04/04/2015 06:43
ERENICE SERÁ INVESTIGADA NA OPERAÇÃO ZELOTES, por Josias de Souza

A ex-ministra Erenice Guerra está de volta ao noticiário. Novamente, sob suspeição. Nos próximos dias, a ex-braço direito de Dilma Rousseff será incluída no rol de investigados da Operação Zelotes. A Polícia Federal e a Procuradoria da República apuram a atuação de uma quadrilha que comercializava decisões Carf, reduzindo ou cancelando multas aplicadas pela Receita Federal. O prejuízo é estimado em R$ 19 bilhões - uma cifra que deixa a roubalheira da Lava Jato no chinelo.

O Carf é uma espécie de tribunal no qual são julgados os recursos contra multas aplicadas pelo fisco. Integram-no representantes do governo e dos contribuinte. Em troca de gordas propinas, um grupo de lobistas, advogados e membros do próprio conselho vinham conseguindo obter veredictos favoráveis, em prejuízo da Receita. Entre os documentos apreendidos nas batidas policiais deflagradas há duas semanas, há uma procuração que levou os investigadores até Erenice, informam os repórteres Rodrigo Rangel e Robson Bonin.

O documento revela que a ex-ministra mantinha uma parceria com um personagem que os investigadores acreditam ser um destacado membro da quadrilha do Carf, o advogado José Ricardo da Silva. Ele ocupou um assento no conselho de recursos da Receita até fevereiro do ano passado. Apreendeu-se também um contrato firmado entre Erenice e a subsidiária brasileira da Huawei, empresa chinesa da área de telecomunicações.

O contrato é de 2013. Anota que Erenice comprometeu-se a prestar "serviços profissionais relativos à defesa fiscal da contratante no âmbito da Administração Tributária Federal''. Sua missão era a de defender os interesses da Huawei no Carf. Em cifras atualizadas, a empresa chinesa questiona no "tribunal" da Receita multas de R$ 705,5 milhões. Na hipótese de redução do débito, o prêmio de Erenice seria de 1,5% do valor que a empresa deixasse de entregar ao fisco. Obtendo-se a anulação da dívida, Erenice embolsaria R$ 10 milhões.

Número dois da Casa Civil na época em que a pasta era chefiada por Dilma, Erenice assumiu a cadeira de ministra quando sua chefe deixou o Planalto para disputar a Presidência da República, em 2010. Permaneceu no assento por escassos cinco meses. Foi ejetada sob a acusação de favorecer os negócios do marido e de um filho. Fora do Planalto, abriu um escritório em Brasília. Retorna às manchetes policiais num instante em que outros dois ex-chefes da Casa Civil encontram-se na alça de mira da PF e da Procuradoria: José Dirceu e Antonio Palocci.
Herculano
04/04/2015 06:39
PARA LIMPAR, ATENUAR, IGUALAR OU ABSOLVER A CULPA E A BARRA DOS ENLAMEADOS DO GOVERNO E DO PT NOS DIVERSOS ESCÂNDALOS, IMPRENSA PAGA APONTA A LAMA DO OUTRO LADO. ASSIM NA LAMA TODOS CONTINUAM ILESOS, NO PODER E GANHANDO, E NÓS PAGANDO ESTA CONTA ABSURDA NA ÉTICA E NOS VALORES COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS QUE ESTÃO FALTANDO PARA A SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, OBRAS...

Esta é a manchete do 247, o veículo preferencial do PT, com verbas publicitárias preferenciais das empresas (Petrobrás) e bancos (Caixa,BB, BNDES) estatais: HSBC e Zelotes atingem coração da direita no País [e dai se são de direita ou esquerda: são crimes]

E o texto diz: Dois escândalos recentes, batizados como Swissleaks e Zelotes, evidenciam uma realidade brasileira: ricos não gostam de pagar impostos, nem de declarar todo seu patrimônio [ nem os políticos de todos os matizes, mas principalmente de esquerda envolvidos em mensalão, petróleo...]

O caso Swissleaks, alvo de uma CPI no Senado, envolve 8.667 brasileiros que mantêm ou mantiveram contas secretas na Suíça, no HSBC de Genebra[ manter conta secreta no exterior não é crime. Crime é não declarar a conta e a origem do dinheiro e nada até agora foi provado, muito menos levantado a não ser que há contas secretas].

A Operação Zelotes fisgou uma quadrilha especializada em vender facilidades no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf, causando um prejuízo estimado em R$ 19 bilhões.

Os dois casos tratam de um mesmo fenômeno: sonegação fiscal [ igualmente dos envolvidos no mensalão, trensalão, petrolão e tantos outros roubos em concorrências armadas no setor público para favorecer políticos e agentes públicos]. O que une as duas pontas é a presença de nomes ilustres da direita [ e da esquerda como mostram os colchetes e o texto análise original deixa propositadamente de fora] brasileira, que tentam impor uma agenda conservadora à toda sociedade [que é obrigada a coabitar com o roubo da agenda de esquerda, porque neste país, roubo de estado só é praticado pela direita, pelos conservadores, neoliberais, tucanos... e quando na esquerda, PT, PMDB, PP, PDT, PC do B, PR, PRB, ONGs e outros no governo e no poder, trata-se de uma perseguição a uma causa popular]

Nesta sexta-feira, uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo revelou que o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, é suspeito de pagar a maior propina da Operação Zelotes: R$ 50 milhões para cancelar uma dívida tributária de R$ 4 bilhões. Um "bom negócio", com o pagamento de um real para cada 80 devidos. [Mas, Gerdau até então não era o homem mais ouvido pelo PT no tal de Conselho de Desenvolvimento?]

Gerdau é o principal mantenedor do Instituto Millenium, um instituto criado por empresários brasileiros para consolidar um pensamento único no País, alinhado à direita e ao neoconservadorismo.

Na página do Millenium, aparece como "grupo líder", ao lado da Editora Abril, que publica Veja e cujo conselheiro editorial José Roberto Guzzo, um de seus principais articulistas, publicou artigo sobre como é insuportável viver no Brasil de hoje ? Guzzo, para quem não se lembra, foi um dos jornalistas citados no Swissleaks.

Voltando ao Millenium, abaixo do "grupo líder" aparece o "grupo apoio", onde desponta a RBS, afiliada da Globo na Região Sul, comandada por Eduardo Sirotsky. O envolvimento da RBS, assim como o de Gerdau, é com a Operação Zelotes, onde a empresa teria pago uma propina de R$ 15 milhões para abater uma dívida de R$ 150 milhões. Um negócio bom para quem gosta de levar vantagem, mas não tão bom quanto o de Gerdau. No caso da RBS, a relação seria de um real pago para cada dez devidos.

Nesta sexta-feira, como lembrou Fernando Brito, editor do Tijolaço, a RBS é sócia de ninguém menos que o economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso e ex-futuro ministro da Fazenda de Aécio Neves [por um lapso, esqueceram de mencionar nesta ligação de culpados, o cachorrinho do governador de São Paulo, Geraldo Alckmim, o motorista do José Serra... e assim vai. Incrível]

Em sua página, o Instituto Millenium informa trabalhar pela promoção da democracia, da liberdade, do Estado de Direito e da economia de mercado. Mas, e os impostos? [ressalvando a promoção da economia de mercado, parece uma promessa de campanha do atual governo do PT/PMDB e seus aliados enlameados, ou não?]
Herculano
04/04/2015 06:12
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

E sabe como nasceu ovo de Páscoa?

O coelho comeu a galinha. O coelho estava passando pelo galinheiro, a porta estava aberta, aí ele entrou e deu uma coelhada rápida!

E assim nasceu o ovo de Páscoa!

E sabe como faz aquele ovo vermelho de botequim?

Passa batom no fiofó da galinha! Rarará!

E só falta perguntar se o ovo é Fricoelho!

Você entra no supermercado e pergunta: "O ovo é da Fricoelho?".

É, foi o filho do Lula que botou! Rarará!

E quando acaba a Páscoa, o que os coelhos ficam fazendo? Coçando os ovos! Rarará!
Herculano
04/04/2015 06:08
PRESIDENTE DO CARF ENTRA NA MIRA DOS INVESTIGADOS

O texto é de Leonardo Souza, da sucursal do Rio de Janeiro para o jornal Folha de S. Paulo. O ex-secretário da Receita Federal Otacílio Cartaxo, atual presidente do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), tornou-se um dos principais alvos da Operação Zelotes, aberta para apurar fraudes no julgamento, pelo conselho, de recursos de autuações do fisco.

Cartaxo comandou a Receita de 2009 a 2011. Quando deixou o órgão, como auditor aposentado, foi nomeado para presidir o Carf, órgão em que são julgadas em última instância administrativa autuações feitas pelo fisco.

Ele só assumiu porque o governo alterou o regimento interno, pelo qual auditores aposentados não podiam presidir o órgão.

As suspeitas contra o ex-secretário do fisco remontam a 2006, quando ele caiu na malha fina da Corregedoria da Receita, por duas razões: em vários anos seguidos, declarou manter altas somas em dinheiro vivo guardadas em casa e ter recebido e doado quantias expressivas, superiores a seu salário.

Na ocasião, Cartaxo exercia cargo de conselheiro no Conselho de Contribuintes, nome anterior do Carf.

A auditoria contra Cartaxo acabou sendo arquivada.

Agora, segundo a Folha apurou, o caso pode ser revisto. Diante dos novos elementos coletados na Operação Zelotes, os investigadores suspeitam que ele atuasse em esquemas no conselho de recursos fiscais desde aquela época.

Quando deflagrou a operação, no dia 26 de março, a PF cumpriu mandado de busca na residência do advogado Leonardo Manzan, genro de Cartaxo. Foram apreendidos R$ 800 mil guardados em um cofre. Manzan também foi conselheiro do Carf e está na lista de investigados.

Procurado desde terça (1º) em sua casa e em seu celular, Cartaxo não respondeu aos pedidos de entrevista. Em Brasília, informaram que ele viajara para o Nordeste.

Cartaxo subiu na hierarquia da Receita Federal por um acaso. Foi levado para a cúpula do fisco pela ex-secretária do órgão Lina Vieira, em julho de 2008. Convidada pelo ex-ministro Guido Mantega (Fazenda) para assumir o posto, Lina, auditora da Receita radicada no Rio Grande do Norte, convidou o pernambucano Cartaxo, seu amigo de longa data, para secretário-adjunto.

Com uma passagem relâmpago pela Receita, Lina foi derrubada 11 meses depois pela então ministra da Casa Civil, a hoje presidente Dilma Rousseff. O governo fazia pressões para aliviar uma auditoria contra a Petrobras e uma investigação sobre negócios da família do ex-senador José Sarney [a minha observação: lembram disso? E Dilma diz que -ela e o PT - sempre mandou apurar os malfeitos ou que nada tem a ver com eles. Chamada Lina foi ao Palácio para receber um pito de Dilma que mandou parar com as investigações. Lina denunciou. Dilma negou que Lina estivesse com ela. E de quebra, a demitiu. Então essas tramas de sacanagens, vantagens e dinheiro envolvendo a presidente Dilma é antiga]

Com a saída de Lina, Cartaxo assumiu o comando do fisco interinamente. Ao fazer uma interpretação da legislação tributária que atendia aos interesses do governo e da Petrobras, acabou sendo efetivado como secretário.
Herculano
04/04/2015 05:59
CARF E UM PS SOBRE CIVILIDADE, por Igor Gielow para o jornal Folha de S. Paulo

Falta criatividade em quase tudo no Brasil, mas ninguém pode reclamar da nossa classe de delinquentes orbitando a esfera do Estado. Eles sempre inovam.

A bola da vez é o Carf, o opaco órgão subordinado ao Ministério da Fazenda que analisa recursos contra multonas da Receita. Coisa de bilhões de reais, de fazer as roubalheiras na Petrobras parecerem triviais.

Carf? É assim: se o cidadão comum cai na malha fina porque esqueceu de declarar uma bobagem, purgatório e inferno na forma de delegacias da Receita o esperam. Se você é um peixão e deve algumas centenas de milhões, o Carf está lá para lhe dar um vislumbre do paraíso.

Chato, mas do jogo da economia. Até que policiais federais e procuradores descobriram que uma quadrilha, que parece incluir ex-funcionários do Carf e advogados, oferecia a empresas jeitinhos para terem suas multas proteladas ou anuladas, mediante suborno ao colegiado.

Cabe aqui uma palavra de cautela. Pela leitura da representação do caso, fica claro que a PF teve seu trabalho tolhido por diversas negativas judiciais de diligências. Com isso, ainda estamos mais no campo das suspeitas do que das certezas no caso.

É cedo para culpar as grandes empresas que foram aparentemente favorecidas pela quadrilha. Elas sempre poderão alegar que contrataram advogados, não bandidos, e que não sabiam de procedimentos ilícitos. Soa improvável, eu sei.

A investigação precisa avançar.

PS - Que as redes sociais expõem o pior do ser humano, isso é uma obviedade. Mas causou especial repulsa nesta sexta (3) ver uma legião de cretinos diminuindo a morte do filho de Lu e Geraldo Alckmin, ao comparar um acidente com o inaceitável assassinato do garoto Eduardo numa "favela pacificada". A dor mais inalcançável é a da perda de um filho. No Alemão ou no Bandeirantes.
Roberto Sombrio
03/04/2015 22:52
Oi, Herculano.

Hoje é sexta-feira, e temos todo o final de semana para refletir.

Depois de muito estardalhaço, muito diz-que-me-diz, muita revolta popular, o Congresso resolveu debater a tão falada redução da maioridade penal. 16,14,12,10 ou até com 08 anos já começam a praticar delitos e que, sem contrôle, seguem vida afora enveredando por caminhos que levam a crimes cada vez mais ediondos.
O resultado desse momento presente e falido do Brasil se resume a uma Constituição Cidadã, uma Constituição ÔBA-ÔBA, que Ulisses Guimarães (PMDB) e o vagabundo e pilantra Luis Inácio Lula da Silva (PT), jogaram durante uma grande festa em 1988 sobre os brasileiros.

Uma Constituição sem regras, um vale tudo sem fim, sem ponto final.
Uma Constituição que permite a quem for preso ser solto, se solto pode roubar, se roubar basta negar, se negar terá o direito de acusar o próximo, se o próximo lhe acusar poderá procesá-lo e a decisão final caberá ao STF, que ao final não decide nada.

Na verdade, o Congresso deveria debater sobre a impunidade penal e por a mão na consciência, fazendo uma nova Constituição. A atual só serve ao Executivo, Legislativo e Judiciário.

O Equador adotou o dólar americano como moeda oficial. O Brasil poderia adotar a Constituição americana. Mas antes deveria transformar os estádios da Copa do Mundo em penitenciárias e, vai faltar espaço.
Mariazinha
03/04/2015 19:33
Seu Herculano:

@lucianagenro, não é de se admirar.
Não podemos esquecer que eLLa brindou com champanhe o atentado de 11 de setembro.

Bye,bye!
Herculano
03/04/2015 19:32
FRACAS

As nossas entidades precisam se livrar da tutela do PT e da prefeitura. A Ampe é um braço deste poder. Dominou a Acig e fez isso de forma ilegal. Já retratei na coluna da semana passada. Agora está com problemas para regularizar o golpe.

O CDL, ganhava alguma independência. O ex-presidente Valmir Castanha pediu o boné. Não estava disposto a se curvar. Então...
Arara Palradora
03/04/2015 19:07
Querido, Blogueiro:

Postado às 10:34hs.
Fisiológico, mistificador, embusteiro.
É o capo tentando livrar o pescoço.
Recadinho pro pulha:
Votasse na jumenta?
Agora aguenta!

Voeeeiii...!!!
Herculano
03/04/2015 18:56
ELES PRECISAM DE FATOS ALHEIOS PARA COMPARAR E EXALTAR AS SUAS CAUSAS QUANDO LHES FALTAM ARGUMENTOS E RESPEITO. SÃO ESTAS PESSOAS QUE QUEREM NOS GOVERNAR E NOS ENSINAR NO COMPORTAMENTO ADESTRADO PARA ELAS.

O texto é do 247. A ex-deputada Luciana Genro[ gaúcha, ex-PT, e filha do ex-ministro da Justiça e ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, PT], que disputou a última eleição presidencial pelo Psol e teve 1,6 milhão de votos, provocou a maior polêmica desta sexta-feira da Paixão.

O motivo foi um tweet em que comparou as mortes de Thomaz Alckmin, filho do governador Geraldo Alckmin, falecido num acidente aéreo, e do menino Eduardo de Jesus, de 10 anos, vítima de uma bala perdida no morro do Alemão, disparada por policiais no Rio de Janeiro.

"Tudo bem lamentar a morte do filho do Alckmin. Lamento também. Mas pq não lamentam tbem a morte do menino de 10 anos, vítima de bala perdida?", postou Luciana.

O tweet gerou reações indignadas. Alguns internautas chegaram a defender até a morte de Luciana Genro.

Antes dela, outra liderança do Psol, o deputado Marcelo Freixo, chamou a atenção para a morte do menino Eduardo. "Quantos corpos serão necessários para deter nossa indiferença?", postou ele nas redes sociais.

Ao comentar o tweet nas redes sociais, Luciana se solidarizou com o governador Geraldo Alckmin e com a primeira-dama Lu Alckmin, mas disse que os brasileiros deveriam lamentar a situação de todas as mães que perdem seus filhos de forma precoce.

O tweet de Luciana pode ter sido inoportuno e politicamente incorreto, mas chama a atenção para um fato importante: o extermínio de jovens negros e pobres pela polícia.
Herculano
03/04/2015 18:46
QUAL A DIFERENÇA ENTRE A POLÍTICA E O ESPORTE? NENHUMA. TODOS LIDAM COM O PODER. VEJA ESTA. LUXA SE REVOLTA, DIZ QUE NÃO VAI AO FLA-LU, COLOCA MORDAÇA E AVISA: "NÃO VÃO ME CALAR"

O conteúdo é da ESPN Brasil. O técnico Vanderlei Luxemburgo perdeu de vez a paciência com a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro). Nesta sexta-feira, após o treinamento no Ninho do Urubu, ele fez um pronunciamento, afirmou que não estará no Maracanã para o Fla-Flu, colocou uma fita adesiva na boca, como se fosse uma mordaça, e avisou que os cartolas que comandam o futebol do Rio não irão calá-lo.

"Não vão me calar, meu movimento vai continuar, se quiserem me tirar do Campeonato, se quiserem me tirar do Carioca, que me tirem, se querem fazer isso de forma arbitrária e sem nenhum embasamento, que façam. Não vou me posicionar mais, mas não vão me calar. Só vão me calar quando colocar isso aqui", disse Luxa, colocando uma mordaça sobre a boca e avisando que não responderia às perguntas dos jornalistas.

Após se sentir prejudicado pela Ferj, Luxa garantiu que não estará presente no Maracanã para o clássico deste domingo, às 18h30, pela 14ª rodada do Campeonato Carioca.

"É uma decisão minha, contando com o apoio do presidente. Não vou ao Maracanã, não vou ao jogo, me senti prejudicado, portanto não faz sentido estar no meu local de trabalho sem poder exercer o meu trabalho. Sou torcedor do Flamengo, mas não vou porque não vou poder atuar e pra mim não faz sentido estar lá como espectador", afirmou.

O treinador aproveitou para relembrar o histórico 7 a 1 e os tempos da ditadura, e garantiu que se sentiu injustiçado pela decisão.

"Enquanto cidadão, me senti violentado, agredido. Já fiz muitas coisas para merecer ser punido, dessa vez só busquei o melhor para o futebol brasileiro. Acabamos de sair de um episódio onde o esporte foi humilhado, o futebol, que é o esporte do brasileiro, foi humilhado e estamos todos buscando uma solução para o futebol brasileiro", bradou.

"Eu me posicionei não contra a Federação ou a pessoa do presidente, mas contra qualquer um que impeça jovens de jogar futebol, em um momento que estamos buscando melhorias e soluções", garantiu o treinador.

Procurado pela reportagem do ESPN.com.br, o presidente da Ferj, Rubens Lopes, respondeu através da assessoria de imprensa que não ia comentar as declarações de Luxemburgo por enquanto.

Luxemburgo foi suspenso pelo TJD-RJ por dois jogos por ter criticado a Ferj. Na quarta-feira, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) chegou a conceder um efeito suspensivo liberando o treinador rubro-negro para o clássico, mas na quinta a liminar foi derrubada pelo próprio tribunal. Luxa foi enquadrado pelo tribunal estadual no artigo 258 - que fala em "atitude contra a moralidade da competição - do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), e acabou condenado. Em sua declaração, o treinador disse que "era preciso dar porrada na Federação", se referindo ao limite de inscrição de atletas da base no Campeonato Carioca.
Anônimo disse:
03/04/2015 13:52
Herculano, na página 6 do Cruzeiro de hoje, vê-se a figura de um longevo cansado, debruçado no tampo da mesa para tratar de um assunto nada pessoal. Mas se fosse para tratar de conchavos e politicagem, a sua disposição seria diferente.
Ôh! canceira!
Herculano
03/04/2015 13:25
LEVEI O PT AO PSIQUIATRA, por Sandro Vaia

A teoria da conspiração é antiga e comum a todos os ditadores. Alguns, como os portadores de esquizofrenia ou psicoses agudas, acreditam que de fato haja a conspiração

Em manifesto assinado pelos 27 diretórios estaduais do PT divulgado na semana passada, o partido se declara inocente de todas as acusações, vítima da perseguição dos inconformados com a inclusão social dos 36 milhões de pobres que ele teria promovido, e propõe uma volta à pureza e radicalidade de propósitos dos anos 80.

O manifesto tem alguns trechos escritos em tom de surto psicótico, como aquele em que diz que o partido está sob "forte ataque", sofre uma "campanha de cerco e aniquilamento", e que para isso vale tudo, "inclusive criminalizar o PT - e quem sabe até toda a esquerda e os movimentos sociais".

"Condenam-nos não por nossos erros, que certamente ocorrem numa organização que reúne milhares de filiados. Perseguem-nos pelas nossas virtudes. Não suportam que o PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras. Que nossos governos tenham possibilitado o ingresso de milhares de negros e pobres nas universidades."

Proclamar isso na mesma semana em que o doleiro Youssef afirma que mandou entregar propina até na frente da sede do diretório do partido não parece uma extravagância?

O texto do manifesto é tão cheio de referências a uma realidade paralela desconhecida da maioria dos brasileiros que resolvi submetê-lo à apreciação de um especialista em transtornos da mente, o psiquiatra Jorge Figueiredo, que tem consultório e clínica de recuperação em São Paulo.

Negar, diz Jorge, é sempre a reação de qualquer acusado, ou na vida política, de qualquer partido. Estranho é que isso venha exatamente de alguém que cresceu na vida dizendo-se guardião da moralidade e da honestidade." Negar o que é visível a todos, com provas e testemunhas, é comportamento comum aos portadores de transtorno de personalidade, principalmente o antissocial".

"Culpar sempre o outro" continua Jorge - " é comum nos portadores de transtornos de personalidade antissocial, bordelense e histriônico.

Fazem isto desde cedo com bom resultado, acostumam-se a vencer discussões ou debates manipulando dessa forma (usam ofensas, insultos, impropérios, falsas acusações, mentiras, chantagem emocional, fazer-se de vítima, seduções com elogios ao adversário ou falsas promessas, simulação de arrependimento, ameaças, etc), acostumam-se a sempre conseguir o que querem cansando os interlocutores com as repetições, nunca estão satisfeitos e querem levar mais e mais vantagem. Assim, no decorrer dos anos, especializam-se de tal forma que ficam imbatíveis por nem sequer dar ouvidos ao que lhes é dito, totalmente impermeáveis.?

Culpar "as elites" - explica o psiquiatra- é uma forma de se vitimizar solidariamente com a massa. Elites são minorias, ou seja, representam menos votos. Usa-se o sofisma de que se o outro é rico é porque tirou de você a riqueza, ou seja, é impossível produzir riqueza ou construir algo; quem o faz, segundo esse sofisma, tira de outro; e então você deve tirar dele, porque também não será capaz de trabalhar e construir riqueza. O argumento rende votos e justifica a criação de mais impostos, achaques, expropriações, propinas, subornos e toda ordem de corrupção.

A teoria da conspiração é antiga e comum a todos os ditadores, de ambas extremas, apegados ao poder. Alguns, como os portadores de esquizofrenia ou psicoses agudas, acreditam que de fato haja a conspiração (Stalin, Idi Amin), outros utilizam a teoria conspiratória somente para abusar mais da crença de pessoas pouco esclarecidas e justificar seus arbítrios (Nicolas Maduro).

Sobre "a volta às origens" defendida no manifesto, Jorge Figueiredo diz que quem é impuro ou corrompido assim se manterá. É uma manipulação para se manter no poder por mais tempo, mais um "truque" usado por portadores de psicopatia.

Em resumo, o diagnóstico é claro: o manifesto dos 27 diretórios estaduais do PT mostra que o partido não está bem da cabeça.
Herculano
03/04/2015 13:12
CORRUPÇÃO DO PETROLÃO CONTAMINA O PAC, editorial do jornal O Globo

Modelo usado na Petrobras, em que empreiteiras ganhavam contratos e pagavam propinas a partidos e políticos, já foi detectado em Belo Monte e na Ferrovia Norte-Sul

Em um dos primeiros testemunhos prestados sob o regime de delação premiada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, ao Ministério Público e ao juiz Sérgio Moro, ele deixou registrado que o esquema de corrupção montado entre partidos (PT, PP, PMDB, no caso da estatal) e empreiteiras não se resumia à companhia, se espraiara pelos canteiros de grandes obras ? usinas hidrelétricas, aeroportos etc.

Agora que as investigações sobre a roubalheira na Petrobras estão mais avançadas, alguns dos mesmos protagonistas do escândalo na estatal passam a falar também da corrupção em outros grandes projetos patrocinados pelo Estado.

Noticiou-se, primeiro, que a hidrelétrica Belo Monte gerara propinas para PT e PMDB - provavelmente lavados como doações "legais" - de 1% do valor do contrato fechado com a Camargo Corrêa. Cada legenda teria levado R$ 51,2 milhões, para a empreiteira ganhar o negócio, segundo o presidente da empresa, Dalton Avancini.

Agora, é a Ferrovia Norte-Sul, obra que se eterniza. O mesmo Avancini, em confissão também sob as normas da delação premiada, relatou a atuação do "clube de empreiteiras", o mesmo do petrolão, para dividir entre si trechos da obra e o pagamento de propinas: 1% para cada um dos mesmos PT e PMDB; 5%, no caso de aditivos, muito usados para superfaturar ainda mais os contratos.

A história dessa ferrovia, ainda longe de ser completada, é um monumento à incúria do poder público. Lançada no governo Sayney (1985-1990), o projeto ganhou manchetes de denúncias em 87, quando a "Folha de S.Paulo" revelou o conluio entre empreiteiras para dividir 18 lotes da obra. Estavam lá a Camargo, a Odebrecht, Queiroz Galvão, Mendes Jr., entre outras. Ou seja, as de sempre.


Muito tempo depois, em 2012, no governo Dilma, um ex-presidente da Valec, estatal responsável pela construção de ferrovias, José Francisco das Neves, o Juquinha, chegou a ser preso pela Polícia Federal, numa operação de sugestivo nome: Trem Pagador. Juquinha tinha a proteção do PR, "dono" do Ministério dos Transportes desde Lula.

A ampliação do mesmo esquema de corrupção do petrolão a segmentos do PAC tem lógica: afinal, por que o PT e aliados (PMDB, PP...) que patrocinaram o assalto à Petrobras não fariam o mesmo em Belo Monte, na Norte-Sul e assim por diante? Até porque o outro lado, as empreiteiras contratadas, também é o mesmo.

Assim, a matriz da alta corrupção no Brasil envolvendo grandes obras públicas começa a ser desvendada a partir do petrolão. O PT não inventou o assalto aos cofres públicos, é certo, mas foi com ele que a roubalheira atingiria escala industrial, ficaria sistêmica. Como o PT se rendeu ao fisiologismo na montagem dos ministérios de Lula e Dilma e da base parlamentar, o que era artesanal virou ampla e veloz linha de montagem.
Herculano
03/04/2015 13:09
E É CONTRA

E tem mais Odir Barni, um peemedebista histórico (e inconformado). Paulo França é quem trama, desde há muito contra o Anel de Contorno de Gaspar, até mesmo quando buscava votos e aqui tinha um reduto de cabos fortes do PMDB.
Odir Barni
03/04/2015 13:00

Paulo França o defensor dos casos impossíveis.

Caro Herculano; Quem acompanha a política de Blumenau e da região da AMMVI,nunca pode esquecer o engenheiro Paulo França. Foi sempre fiel ao ex-prefeito e ex-deputado Renato de Melo Vianna. Indicado como Secretário Regional da SDR de Blumenau teve em suas mãos a oportunidade de se projetar politicamente, foi o candidato natural a deputado estadual da região. itSeu objetivo não foi concretizado, voltou a ser o engenheiro do PMDB. Com a vitória de Napoleão Bernardes, eis quem surge: Paulo França como secretário de obras de Blumenau; experiente e conhecedor de todo município foi um nome sem rejeições. Hoje vendo o trabalho que a RBS faz nos bairros, assistimos muitas obras inacabadas e outras ainda não iniciadas. Quem vem para responder..... Paulo França. A resposta todos sabem de cor e salteado: a obra ainda não teve sua conclusão em face de alguns cumprimentos ambientais, mas já está dentro do cronograma para o segundo semestre deste ano. Mais a frente, outra obra: a obra está em fase de licitação . Outra: esta obra ainda não foi concluída devido ao mal tempo, o terreno é acidentado, mas assim que o tempo melhorar daremos o reinício. Sobre as demais obras ele afirma que está tudo dentro da programação, só falta os projetos serem encaminhados à Câmara ode vai receber a aprovação e depois será encaminhado aos órgãos competentes para liberação dos recursos. Conclusão: explica tudo e não conclui nada. Tenho pena quando as pessoas de boa fé, como o Paulo França, são usadas para tapar o sol com a peneira. Vai ora casa, Paulo França!






Herculano
03/04/2015 10:34
LULA ESTÁ MORTO, por Reinaldo Azevedo

Camadas crescentes de brasileiros, de todas as faixas de renda, não suportam mais os métodos do petismo

A Apeoesp, o sindicato dos professores da rede oficial de ensino do Estado de São Paulo, que tenta manter no muque uma greve à qual a categoria se nega a aderir, teve a coragem de patrocinar na TV uma campanha publicitária em que recomenda que os pais não levem seus filhos à escola. É indecente. É asqueroso.

Que tipo de gente faz isso? Isabel "Bebel" Noronha, "presidenta", como ela gosta, da entidade, é aquela senhora que anunciou, em 2010, em outra greve malsucedida, que "quebraria a espinha" do então governador José Serra (PSDB). Na sequência, participou de um ato em apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT). A assembleia-fantasma da Apeoesp que aprovou a paralisação neste ano ocorreu no dia 13 de março, na rua, em meio aos "protestos a favor" do governo, sem que se pudesse saber quem era e quem não era professor.

No programa "Os Pingos nos Is", da Jovem Pan, recebi um telefonema indignado de dona Márcia Amaral. Tem seis filhos. É diarista. Estava inconformada com a propaganda de Bebel, a burguesona do trabalho alheio que pretende cassar dos pobres o direito à escola para que possa impor a sua agenda na marra. Na quarta, 30 grevistas invadiram a Diretoria Regional de Ensino da mesma São Bernardo de onde Márcia me ligou. Dois funcionários ficaram feridos.

É certo que os brasileiros estão descontentes com inflação de mais de 8%, juros de 12,75% ao ano, recessão em curso, estelionatos eleitorais em penca... Tudo isso se reflete na baixíssima popularidade da presidente e na voz nada surda das ruas que escancara o "Fora Dilma!", como se ouvirá de novo no dia 12. Mas não são menos audíveis os gritos de "Fora PT".

Há mais do que uma insatisfação com os insucessos da economia e com as promessas que não foram nem serão cumpridas. O desconforto é mais fundo do que a constatação do logro. Camadas crescentes de brasileiros, de todas as faixas de renda, não suportam mais os métodos do petismo, de seus satélites e de suas franjas, cometam eles crimes na Petrobras, no campo, nas cidades ou nos sindicatos.

O PT e Lula estão mortos. O primeiro morreu como ente de razão determinado a criar a hegemonia política; o segundo, como o demiurgo dotado de uma sabedoria superior que ou fazia o download do divino ou era, ele mesmo, a fonte primária da verdade.

Na terça passada, Lula participou de um ato "em defesa da Petrobras", promovido por seu partido e entidades de esquerda. Resfolegante, vociferava ser ele o mais indignado dos brasileiros. Depois de o PT privatizar, a seu modo, a Petrobras e o Estado brasileiro, o homem quer tomar para si até a indignação popular. Um vídeo circula por aí com um trecho do seu discurso, que soou inverossímil até aos presentes. Na primeira fila, enquanto ele fala, uma "companheira" de alto coturno boceja e esfrega os olhos para espantar o sono. Ah, o tédio dos aristocratas!

A receita dos petistas e de Lula para Dilma, em quem vive descendo o sarrafo, para enfrentar o que chamam de "campanha do ódio" é se aproximar ainda mais daqueles atores que se fingem de povo e saem por aí carregando bandeira, o que corresponde a mandar às favas a maioria que não carrega, como a diarista Márcia Amaral.

É possível que esteja vindo à luz um país virtuoso, capaz de cuidar de si. Certo senhor ambicioso decretou: "Deus está morto". Sejamos mais modestos: "Lula está morto".
Herculano
03/04/2015 10:28
DILMA DISCUTE AGENDA QUE A RETIRE DA DEFENSIVA, por Josias de Souza

Incomodada com as pesquisas que aproximam o seu prestígio do chão, Dilma Rousseff discute com auxiliares uma estratégia de redução de danos. Passa pela adoção de providências que a retirem da condição de chefe de um governo monotemático. Hoje, só fala de arrocho fiscal. Deseja tratar de temas que sinalizem seu compromisso com a retomada do crescimento da economia.

A pauta de Dilma inclui, por exemplo: simplificação da estrutura tributária do país, desburocratização do processo de abertura e fechamento de empresas, estímulos à formação de fundos privados de investimento em infraestrutura e aceleração das concessões à iniciativa privada de rodovias, portos, hidrovias e aeroportos. Por ora, há nessa agenda mais vapor do que energia. Porém?

Dilma parece abrir os olhos. Começa a enxergar que, além de consertar os erros que cometeu no primeiro mandato, precisa vender esperança. No momento, exibe uma retórica espanada. Passa seus dias repetindo que: 1) fará o que for necessário para ajustar as contas, 2) a corrupção na Petrobras começou sob FHC e só aparece agora porque seu governo investiga, 3) governará para todos os brasileiros.

Depois, dedica-se a: 1) reclamar das conspirações anti-ajuste dos investigados Renan Calheiros e Eduardo Cunha, 2) constatar que a satanização de FHC já não significa nada, e 3) e ler pesquisas que indicam que o brasileiro volta ao asfalto porque até os eleitores petistas já estão de saco cheio.

Como se fosse pouco, Dilma ainda tem de provar para o mercado financeiro que não odeia o ministro Joaquim Levy (Fazenda), digerir as críticas que Lula lhe faz pelas costas e repetir à exaustão que, no escândalo da Petrobras, ela é apenas uma cega atoleimada, não uma cúmplice. Essa rotina conduz ao desastre. E Dilma passou a acreditar que, empinando a agenda da esperança, chega às Olimpíadas de 2016 com o filme menos queimado.
Herculano
03/04/2015 10:23
TEM ESTE; SERVE?, por Vlady Oliver

"The choice of new generation" - mote de campanha de um "refrigerante imperialista americano" - é muito oportuno para explicar o que anda ocorrendo nos escaninhos de nossa sociedade, meus caros amigos. O vídeo é ilustrativo de como o pêndulo da história vai desnudando mitos.

O vídeo é de Kim Kataguiri, um dos líderes do Movimento Brasil Livre. É uma figurinha - ou figurona? - já carimbada para quem conhece os grupos que levaram às maiores manifestações populares de todos os tempos por aqui. É, definitivamente, uma aula do bom combate dos espaços de contendas democráticas.

Cole, assista e reflita.
https://www.youtube.com/watch?v=oMVWGlZ-aX4&feature=player_embedded
Herculano
03/04/2015 10:07
OSMILITARES E A CRISE, por Eliane Cantanhede para o jornal O Estado de S. Paulo

Órgãos de inteligência do governo, principalmente das Forças Armadas, passaram o 31 de março em estado de alerta para detectar tanto provocações de "oficiais de pijama" quanto manobras do "exército do Stédile" e, assim, tentar evitar confrontos. E o que aconteceu? Nada. Poucas vezes antes neste país o 31 de março passou tão em branco. Desta vez, a crise corre ao largo dos militares.

O temor em Brasília era de que, neste clima político, com crises variadas, a popularidade de Dilma Rousseff no chinelo e depois de milhões de pessoas protestando no 15 de março, o aniversário do golpe militar de 1964 servisse de pretexto para novas demonstrações de força e embates de rua, com resultados imprevisíveis. O temor não se confirmou e, no final do dia, a sensação na capital da República era de alívio.

Foi como se tivesse havido um acordão entre os militares da reserva e os militantes de Lula/Stédile para ninguém botar mais lenha na fogueira, para os dois lados não saírem às ruas. Não houve acordo, obviamente, só uma avaliação fria de que não estão fortes o suficiente para mobilizar massas e provocar comparações.

Apesar de toda a insinuação prévia de que haveria novos atos públicos, o PT preferiu se trancar em "plenárias", lambendo as feridas, preparando o congresso de junho e tentando traçar o futuro numa frente com MST, CUT, UNE e acessórios que, em nome de uma guerra extemporânea entre "direita" e "esquerda", engolem qualquer coisa, até o indigesto desmanche da Petrobrás.

Essas plenárias do partido são como uma pausa para pensar, num momento em que a popularidade da presidente bate no fundo do poço (12% de aprovação?!) e ela reza para São Levy fazer chover e conseguir aprovar no Congresso as correções dos imensos erros que ela própria cometeu no primeiro mandato.

Do outro lado, o militar, o que houve foi mais do mesmo: almoço de oficiais da reserva no Clube Militar, uma meia dúzia gritando palavras de ordem do lado de fora e outra meia dúzia fazendo confusão em local fechado de São Paulo. Nada que mereça o título de "manifestação". Isso só reforça que, desta vez, as Forças Armadas não têm nenhum protagonismo. Mesmo nos bastidores, os militares debatem a crise como qualquer cidadão: com espanto. Sem intenções, sem objetivos.

São os agentes políticos que estão em retiro espiritual, não exatamente por causa da Semana Santa, mas para tentar entender a dramaticidade do momento, projetar os cenários possíveis e já se contorcendo para poder mais adiante se encaixar em diferentes hipóteses.

Dilma está em suspenso, à espera de Levy. Levy depende desesperadamente do Congresso. O Congresso é todo olhos e ouvidos para as ruas. Lula e o PT, atarantados, pedem socorro para as centrais e movimentos engajados. Os movimentos engajados descobrem que não é hora de medir forças com as classes médias irritadas. E a oposição, um tanto deslocada do centro da cena, fica atenta à panela de pressão para decidir a hora de aumentar ou de diminuir o fogo. Além de avaliar se poderá, ou não, assumir algum tipo de liderança nas manifestações de rua e se chegará, ou não, o momento de jogar algo, ou alguém, na fervura.

A próxima grande manifestação popular está prevista para 12 de abril, primeiro domingo após a Páscoa, e deve responder a uma pergunta que não quer calar, no governo, na oposição, muito particularmente no PMDB: se a explosão de 15 de março vai aumentar mais e mais, ou se aquele grito bastou e agora a maioria vai preferir ouvir pela janela, panelas à mão. Ou seja, se aqueles milhões foram às ruas e se recolheram, ou se foram para ficar.

Os militares estão quietos no canto deles, mas, além dos advogados, dos policiais federais, dos procuradores e dos jornalistas, outra categoria que vem trabalhando demais ultimamente são os agentes de inteligência do governo. Nem eles, porém, têm resposta para a grande pergunta da crise: no que tudo isso vai dar?
Herculano
03/04/2015 10:05
AUDIÊNCIA

Para um fim de semana de sol (aqui no Vale, pois a chuva está prometida para domingo), com praia, com Páscoa, com passeios(gente que comprou pacotes no dólar baixo), muita gente viajando, a audiência da coluna na internet continua alta.
Herculano
03/04/2015 10:01
QUALQUER SEMELHANÇA COM GASPAR NÃO É MERA COINCIDÊNCIA. ESSE PESSOAL PROCURA, INVENTA, PROPAGA E INSISTE EM POR FERIDAS NOS OUTROS, POIS É ESPECIALISTA EM CHAGAS E PENSA SEREM TODOS IGUAIS E SACANAS NA ESBÓRNIA. ESSE PESSOAL FAZ ISSO, PORQUE PRIMEIRO PORQUE DETESTA CONCORRÊNCIA QUANDO ELA HÁ, OU SOB PRESSÃO E CONSTRANGIMENTO TENTA SER SÓCIO OU ENTÃO INVIABLIZÁ-LA FORA DO CARTEL PODER E USUFRUIÇÃO.

MAIS. PARA A SOBREVIVÊNCIA PRECISAM DOS POBRES, DOS IGNORANTES, DOS FRACOS, DOS ANALFABETOS, DESINFORMADOS E DOS DEPENDENTES PERMANENTES DOS ESQUEMAS. VEJA ESTA MANCHETE DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO E REFLITA. "FATURAMENTO DA FIRMA DE DIRCEU CHEGA A R$ 39,1 MILHÕES"

Estrangeiros garantiram um extra de quase R$ 10 mi para o ex-ministro. Quebra do sigilo da empresa pela Lava Jato discriminava apenas R$ 29,3 mi pagos por companhias do Brasil, revela o repórter Graciliano Rocha

A JD Assessoria e Consultoria, empresa do ex-ministro José Dirceu, faturou R$ 39,1 milhões entre 2006 e 2013, quase R$ 10 milhões a mais que os R$ 29,3 milhões discriminados na quebra de sigilo entregue aos procuradores da Operação Lava Jato.

Parte da diferença veio de pagamentos de clientes estrangeiros, não listados no relatório da Receita Federal.

A assessoria de Dirceu confirmou ter recebido dos bilionários mexicanos Carlos Slim e Ricardo Salinas, do empresário de comunicação venezuelano Gustavo Cisneros e da espanhola Telefónica.

As receitas foram declaradas no Imposto de Renda, mas os nomes das fontes pagadoras estrangeiras não estão discriminados porque o dinheiro chegou às contas da JD por meio de contratos de câmbio. Nesta modalidade, o contribuinte declara os valores recebidos, mas não os dados de quem fez os pagamentos.

A origem do dinheiro fica registrada no Banco do Brasil, onde as operações foram realizadas, e no Banco Central. Só é preciso discriminar ao fisco quem fez os pagamentos se cair na malha fina.

Dirceu entrou no radar da Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras, depois que a investigação detectou que sua empresa recebeu R$ 10 milhões de empreiteiras suspeitas de formar cartel para superfaturar obras da estatal.

O petista abriu sua consultoria em 2006, depois de ter o mandato de deputado cassado sob a acusação de comandar o mensalão.

Um de seus primeiros clientes foi o mexicano Carlos Slim. Os pagamentos à JD foram feitos através da Teléfonos de México, mas a natureza específica dos serviços prestados não é divulgada.

Outro bilionário mexicano, Ricardo Salinas, fez pagamentos à JD por meio da Elektra del Milenio, a maior rede de varejo do México. Na época em que contratou o ex-ministro, o grupo de Salinas preparava a expansão para o Brasil das operações do Banco Azteca, uma instituição financeira voltada a clientes de baixa renda. O banco abriu sua sede no Recife em 2008.

Com uma fortuna de US$ 3,6 bilhões, o venezuelano Gustavo Cisneros se valeu da influência de Dirceu para se aproximar do então presidente Hugo Chávez durante o processo de renovação da concessão da Venevisión, maior canal de televisão privado do país, controlado pelo empresário. O pagamento de Cisneros à JD foi feito pela Smallwood Development.

Na quebra do sigilo da empresa de Dirceu, não há registro de pagamentos de ao menos dois grandes grupos brasileiros para quem ele teria prestado serviços.

A Vale usou as conexões políticas do ex-ministro para prospectar oportunidades de investimentos no exterior, segundo a Folha apurou.

Em 2006, Dirceu levou diretores da Vale para se encontrarem com Hugo Chávez, em Caracas, e a uma audiência privada com o ditador Fidel Castro, em Havana. Em Cuba, a Vale discutia a exploração de uma mina de níquel, mas o negócio não foi adiante.

Dirceu também assessorou Eike Batista na Bolívia. O ex-ministro esteve com membros do governo Evo Morales para falar da EBX pouco antes do anúncio da nacionalização da exploração dos hidrocarbonetos na Bolívia. A EBX, que construía siderúrgica em Puerto Quijarro, acabou deixando o país.
Herculano
03/04/2015 09:52
DILMA DESPENCA NO NORDESTE, por Cláudio Humberto na coluna que publicou nesta sexta-feira nos jornais brasileiros

O declínio da popularidade de Dilma também se verifica no Nordeste, onde obteve expressiva vitória em sua reeleição. Agora, 65,9% dos nordestinos desaprovam o seu governo, contra 27,2% que aprovam. É o que constata levantamento nacional realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, que entrevistou 2.022 eleitores em 152 municípios de 26 estados e no DF. Nas demais regiões, a situação de Dilma é ainda pior.

REJEIÇÃO NO SUL

Segundo a pesquisa, realizada entre os dias 26 e 31 últimos, 84,5% da população da região Sul desaprova Dilma. Só 13,2% a aprovam.

DESAPROVAÇÃO SE ALASTROU

A desaprovação de Dilma é também recorde no Norte e Centro-Oeste (77,9%) e no Sudeste (74,2%).

DILMA E LULA SABIAM

O Instituto Paraná Pesquisas apurou que para a maioria (78,3%), Lula e Dilma tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

PERNAS CURTAS

Outro dado importante da pesquisa é que para 79% Dilma mentiu, durante a campanha eleitoral, sobre a situação econômica do País.

SOCIALISTAS REVIDAM

Todos os seis senadores do PSB assinaram o requerimento de criação de CPI para investigar os fundos de pensão, numa atitude atribuída à inexistência de articulação do governo. Em fevereiro, esses senadores recusaram apoio à CPI da Petrobras, mas não receberam do governo nem mesmo um ?obrigado?. A bancada do PSB no Senado se sentiu liberada para auxiliar a oposição a abrir mais essa caixa-preta.

TUDO PRONTO

O senador tucano Cássio Cunha Lima (PB) apresentará na próxima semana as 27 assinaturas criando a CPI dos Fundos de Pensão.

SEM RUMO

Perdido após a morte do seu principal nome, o ex-governador Eduardo Campos, o PSB não sabe se fica na oposição ou embarca no governo.

FIADOR DA ALIANÇA

O principal defensor de uma aliança com o governo petista é o senador Fernando Bezerra Coelho (PE), amigão do ex-presidente Lula.

PMDB RETALIA DILMA

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), inaugura terça-feira (7) a pauta desfavorável ao governo, em retaliação ao adiamento da nomeação de Henrique Alves para o Ministério do Turismo. Para começar, vai votar o projeto que trata da regulamentação da terceirização de mão de obra.

EM CAMPANHA

Henrique Alves perambulou em Brasília, esta semana, pedindo apoio dos colegas à sua nomeação. Nem precisa disso, mas está preocupado com a demora de Dilma para assinar sua nomeação.

MINISTRO FURTADO COELHO

Renan Calheiros (PMDB-AL) e o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) divergem na indicação do substituto de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal. Renan apoia Vinícius Furtado Coelho, presidente nacional da OAB. Nome favorito da presidente Dilma, por enquanto.

MAIORIDADE PENAL

Policiais experientes, Alberto Fraga (DEM-DF), que é coronel da Polícia Militar, e Laerte Bessa (PR-DF), delegado da Polícia Civil, disputam a relatoria da proposta de emenda que reduz a maioridade penal.

O NOME NÃO É ENÉAS

Um grupo de políticos cariocas decidiu ressuscitar o velho Prona. O falecido fundador Enéas Carneiro remexeria no túmulo se soubesse das novas bandeiras do partido, como o casamento gay.

DOR NA COLUNA

Na segunda-feira, o senador Paulo Paim (PT-RS) saiu às pressas para o hospital Sarah Kubitschek. Não estava com dor de cabeça por causa de sua possível saída do PT, mas com dor na coluna.

FHC DE OLHO NO DIA 12

O ex-presidente FHC desembarca sexta-feira (10), em Brasília, para discutir com deputados e senadores tucanos as manifestações de 12 de abril. O PSDB busca um meio de capitalizar a insatisfação contra o governo.

É SÓ EX

O ex-deputado ruralista Moreira Mendes (PSD-RO) tem sido chamado de ?secretário-executivo? da Comissão de Agricultura da Câmara. Dá ordens como se ainda fosse deputado, incomodando servidores.

PENSANDO BEM...

...em caso de impeachment, não vai ter seguro-desemprego para Dilma: nesses casos, a ?demissão? é sempre por justa causa.
Herculano
03/04/2015 09:49
BRASIL, CUBA E EUA, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Para o Itamaraty, o reatamento dos EUA com Cuba pode acontecer até 9 de abril, antes da Cúpula das Américas, que se realiza no Panamá no dia 10. Há como sempre alguns problemas de última hora a resolver, especialmente em direitos humanos e cooperação consular, mas a sensação entre os diplomatas que acompanham a negociação é que as duas partes têm a vontade política necessária para superar os últimos obstáculos ao reatamento antes daquela data.

A decisão será tomada não apenas porque já está madura, mas com o temor de que a crise da Venezuela e sua disputa com os Estados Unidos tomem todo o espaço da reunião. O clima político na reunião poderá ser afetado favoravelmente caso o presidente Barack Obama chegue com a relação com Cuba normalizada.

O Brasil está tendo uma atuação paralela importante no reatamento, não apenas porque foi, através de sua diplomacia, um dos países que mais pressionaram Cuba a aceitar a aproximação com os Estados Unidos, como está se propondo a auxiliar no que for preciso para ajudar no desdobramento do reatamento.

Ao contrário do que se gaba o governo brasileiro, o Porto de Mariel, o investimento mais visível e paradoxalmente mais secreto do governo brasileiro em Cuba, não terá nenhuma importância para o Brasil nessa nova fase. No máximo nos agregará prestígio num país onde já tínhamos uma importância política e econômica devido às proximidades ideológicas do PT com a ditadura cubana.

O Brasil não será dono do porto de Mariel, embora tenha emprestado mais de R$ 1 bilhão através de um acordo secreto com o BNDES para a Odebrecht ampliar e modernizar o porto, que continua sendo do governo cubano. E foi o governo cubano que escolheu para administrar o porto a PSA International, uma das maiores companhias de Cingapura.

Na transição de um país fechado para o mundo, para a abertura que proporcionará o reatamento com os Estados Unidos, mesmo com o embargo econômico ainda em vigor, o Brasil terá, sim, um papel importante. O Banco Central brasileiro já foi colocado à disposição de Havana para ajudar em detalhes técnicos para que Cuba reorganize suas finanças, a fim de se habilitar a empréstimos estrangeiros de bancos e organismos internacionais.

Um seminário com especialistas que tiveram a experiência da transição da URV para o Real na implantação do Plano Real está sendo programado para ser realizado em um centro de estudos cubanos, para preparar a transição do CUC para o peso, e amenizar os problemas da mudança de moeda, que será importante para facilitar o turismo após o reatamento.

O Peso Cubano Conversível ( CUC) é uma das duas moedas oficiais em Cuba, juntamente com o Peso Cubano ( CUP), dinheiro utilizado pelos locais, e empregado nas transações econômicas de exportação e importação.

O peso conversível ( CUC), administrado pelo próprio governo, foi criado devido à desvalorização do peso cubano frente às moedas estrangeiras com o fim do bloco socialista. Até 2004, o dólar na ilha podia ser usado para desde o pagamento de corridas de táxi até refeições nos paladares, restaurantes frequentados por turistas estrangeiros.

Com isso, criou-se uma nova classe, a dos que ganhavam em dólar, e até mesmo trabalhadores na cadeia turística passaram a receber gorjetas em dólar, criando um problema político que acabou levando à proibição da circulação da moeda americana. Como é uma ficção cubana, o CUC não é reconhecido por nenhum banco central no mundo.

Há ainda uma dificuldade extra para os turistas estrangeiros: cartões de crédito americanos não são aceitos em Cuba. Por tudo isso, será preciso montar um esquema de transição para que os novos turistas americanos, que já começam a chegar, possam usufruir da ilha, e Cuba possa voltar a receber dólares sem criar problemas sociais adicionais.
Herculano
03/04/2015 06:44
AOS NAVEGANTES

Alguns leitores e leitoras reclamam que por aqui aparecem artigos e opiniões "estranhas"

1. Estranhas? Tudo é estranho.
2. Aqui é um lugar plural.
3. Como fazer escolhas se você não conhece minimamente os dois lados da moeda?
4. Como carregar consigo uma verdade, se você desconhece a outra, ou preconceituosamente não que conhece-la ou pior do que isto, quer ver rejeitada e censurada?
5. As trevas não fazem bem a nenhum dos lados. E o sol, ou seja, a luz, o conhecimento, a transparência e o debate, são as principais armas de arejamento das nossas cabeças
Herculano
03/04/2015 06:40
DEPOIS DE CRIAREM A REGRA PARA BENEFÍCIO PRÓPRIO, OS POLÍTICOS DE UM MODO GERAL E ESPECIALMENTE OS QUE ESTÃO NO PODER E ESTÃO AMEAÇADOS PELA REVOLTA POPULAR, COLOCAM A CULPA NOS EMPRESÁRIOS.

ELES METEM A MÃO NO NOSSO BOLSO, MAIS UMA VEZ, PARA GARANTIREM A SOBREVIVÊNCIA E A FARRA. GOVERNO ESCALA MIGUEL ROSSETTO, AQUELE QUE DISSE QUE AS MANIFESTAÇÕES ERAM DE UMA MINORIA DA OPOSIÇÃO, PARA DIZER AOS BLOGS PAGOS COM O NOSSO DINHEIRO PROPAGAREM QUE, A "DOAÇÃO EMPRESARIAL É A RAIZ DE TODA A CORRUPÇÃO"

Parte 1

Em entrevista exclusiva à revista 247, o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da presidência da República, afirma que o fim do financiamento empresarial de campanha deve ser a peça central de uma reforma política; "Hoje, é muito comum encontrar um bom político que se diz achacado por um mau empresário. E vice-versa: um bom empresário que se diz achacado por um mau político", diz ele; segundo Rossetto, a Operação Lava Jato e o escândalo do metrô de São Paulo criam a oportunidade política para essa transformação; "as nações aprendem a partir das suas experiências mais dramáticas", afirma; "há uma crescente conscientização da população, que começa a entender que a corrupção nasce dessa relação espúria entre a política e o interesse empresarial"

Responsável pela articulação entre o governo federal e os movimentos sociais, o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da presidência da República, tem uma missão: convencer a sociedade da oportunidade histórica que é a aprovação de uma reforma política, que tenha como pilar central o fim do financiamento empresarial de campanha.

"Há uma crescente conscientização da população, que começa a entender que a corrupção nasce dessa relação espúria entre a política e o setor privado. Esta relação é permissiva, ilegal, criminosa e faz mal à democracia", disse ele, em entrevista exclusiva concedida aos jornalistas Leonardo Attuch e Tereza Cruvinel, editores do 247, na última terça-feira, em Brasília.

Segundo Rossetto, a própria Operação Lava Jato e o escândalo dos trens em São Paulo criam a oportunidade para a discussão dessa reforma. "As nações aprendem a partir de suas experiências mais dramáticas", diz ele.

Leia, abaixo, a íntegra do seu depoimento à revista Brasil 24/7:

247 ? Por que o sr. tem defendido o fim do financiamento empresarial como peça central de uma reforma política?
Miguel Rossetto ? Esse tem que ser o tema central. Os dados são assustadores. Nas últimas eleições foram R$ 5 bilhões e uma única empresa doou R$ 360 milhões. O que está acontecendo é o distanciamento da representação política da sociedade. Setores populares não participam mais da atividade política. Os eleitos são os que fazem as campanhas mais caras, ou seja, aqueles que melhor acessam os recursos financeiros. Isso não é bom para a democracia. Por um lado, a sociedade brasileira se democratiza, horizontalmente, com mais participação popular em todos setores, e também nas redes sociais. Por outro, há um estrangulamento da participação nos mecanismos da democracia representativa. A estrutura de representação sufoca a participação popular.

247 ? Há ambiente político para essa mudança?
Rossetto ? Essa é uma agenda da sociedade civil, apoiada pela OAB, pela CNBB e por outras entidades. A CUT também levantou 1 milhão de assinaturas. O Brasil está maduro para essa reforma.

247 ? Mas o PT tem credibilidade para defender essa agenda depois de 12 anos no poder, tendo se beneficiado do financiamento privado?
Rossetto ? Esse tema ganhou força agora porque há um esgotamento. O Brasil não suporta mais esse modelo. As nações aprendem a partir das suas experiências mais dramáticas. A Operação Lava Jato vem educando a sociedade, assim como o escândalo do metrô de São Paulo. Todos os casos de corrupção estão, direta ou indiretamente, conectados ao financiamento empresarial. Há uma crescente conscientização da população, que começa a entender que a corrupção nasce dessa relação espúria entre a política e o setor privado. Esta relação é permissiva, ilegal, criminosa e faz mal à democracia.

247 ? A Lava Jato, então, cria uma oportunidade?
Rossetto ? Sim, há uma oportunidade política para uma mudança transformadora na sociedade.

247 ? Mas existem condições políticas? A posição do PT hoje é minoritária no Congresso? Como o sr. espera gerar um ambiente favorável a essa mudança?
Rossetto ? Com a participação da sociedade. Eu tenho dialogado muito com OAB, CNBB, CUT, UNE e há uma crescente percepção de que temos que interromper essa máquina produtora de desvios eleitorais e de corrupção. É uma máquina que organiza o poder político a partir de um viés ilegal. Isso não é aceitável.
Herculano
03/04/2015 06:39
DEPOIS DE CRIAREM A REGRA PARA BENEFÍCIO PRÓPRIO, OS POLÍTICOS DE UM MODO GERAL E ESPECIALMENTE OS QUE ESTÃO NO PODER E ESTÃO AMEAÇADOS PELA REVOLTA POPULAR, COLOCAM A CULPA NOS EMPRESÁRIOS.

ELES METEM A MÃO NO NOSSO BOLSO, MAIS UMA VEZ, PARA GARANTIREM A SOBREVIVÊNCIA E A FARRA. GOVERNO ESCALA MIGUEL ROSSETTO, AQUELE QUE DISSE QUE AS MANIFESTAÇÕES ERAM DE UMA MINORIA DA OPOSIÇÃO, PARA DIZER AOS BLOGS PAGOS COM O NOSSO DINHEIRO PROPAGAREM QUE, A "DOAÇÃO EMPRESARIAL É A RAIZ DE TODA A CORRUPÇÃO"

Parte 2

247 ? Os conservadores alegam que essa bandeira não estava presente nas ruas, nas manifestações de 15 de março.
Rossetto ? Nós precisamos disputar a agenda das ruas. Precisamos fazer com que a população compreenda que combater o financiamento empresarial é a melhor forma de enfrentar a corrupção. Hoje, é muito comum encontrar um bom político que se diz achacado por um mau empresário. E vice-versa: um bom empresário que se diz achacado por um mau político. O que mais me surpreende é a ausência das lideranças empresariais nesse debate, que deveria interessar também às entidades patronais.

247 - O PMDB, no entanto, tenta consagrar o financiamento empresarial. Essa é a posição, por exemplo, do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Rossetto ? Eu acho que é um erro grave. Vários países, como França, Portugal e Canadá, migraram para outras experiências de financiamento, que são mais democráticas, onde o eleitor-cidadão pode doar usando o seu CPF. A proposta da CNBB, por exemplo, estimula um teto de 700 reais. Além disso, o poder público financia os partidos, uma vez que a democracia tem o custo, com o qual a sociedade deve arcar, de forma transparente e clara. Esse financiamento, por sua vez, deve traduzir uma igualdade maior entre os cidadãos e cidadãs.

247 ? Essa é uma agenda só do Congresso, ou também do Judiciário, onde há um julgamento a esse respeito, interrompido, há um ano, por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes?
Rossetto ? Deve ser uma agenda das duas instituições. Em relação ao processo interrompido no Supremo Tribunal Federal, tenho uma expectativa de solução, que não é minha, mas da sociedade brasileira. É responsabilidade constitucional do STF julgar. Há uma maioria conformada, já com seis votos, e há a expectativa de que o ministro Gilmar Mendes devolva seu pedido de vista, manifeste sua opinião, dê conhecimento dela à sociedade e que o tribunal julgue.

247 ? Como já há um resultado, essa questão não deveria estar decidida, independente da discussão da reforma no Congresso?
Rossetto ? O julgamento no STF cria uma referência de constitucionalidade muito importante. Mas a reforma é importante, em razão de várias outras pautas, como o voto em lista, o voto em gênero, a discussão sobre as coligações e assim por diante.

247 ? O sr. defende cotas para mulheres no parlamento?
Rossetto ? Sim, a sociedade tem maturidade para isso e seria importante estimular essa representação social na nossa estrutura política. É também importante rever a questão das coligações proporcionais, para que os votos programáticos sejam garantidos como votos programáticos. Isso não significa eliminar as votações proporcionais, porque elas fazem parte de uma experiência virtuosa na democracia brasileira.

247 ? O sr. então é contra o chamado "distritão" proposto pelo PMDB?
Rossetto ? Sou contra o distritão, porque isso cria votos excludentes. O voto proporcional é que tem permitido, na nossa experência, que a sociedade brasileira, na sua pluralidade e na sua diversidade, seja representada nos parlamentos e nas câmaras. Os votos distritais, por conceito, são votos majoritários e excludentes. O que nós necessitamos é uma melhor representação da sociedade, na sua diversidade e nas suas peculiaridades regionais.

247 ? Por que o sr. defende o voto em lista?
Rossetto ? Porque ele fortalece o controle do eleitor sobre o partido. O melhor instrumento de controle da sociedade sobre o voto é o partido, como instrumento de organização coletiva.

247 ? Os adversários afirmam que essa reforma visa eternizar o PT no poder.
Rossetto ? Não é consistente esse tipo de crítica. O PT, de fato, tem trabalhado para se aproximar de uma agenda que vem da sociedade civil. Não é uma agenda do PT. É a agenda da OAB, da CNBB e de várias entidades. Os outros partidos deveriam fazer o mesmo. O Brasil está diante de uma grande oportunidade histórica e não deveria desperdiçá-la.

247 ? Com o fim do financiamento empresarial, as campanhas terão que ser necessariamente mais baratas. Os partidos estão prontos para isso?
Rossetto ? Devem se preparar. Quando falamos do fim do financiamento empresarial, é evidente que estamos falando de campanhas mais baratas e austeras, onde as ideias, os programas, a história e os compromissos dos candidatos organizem o debate político. Não há necessidade dessa utilização de marketing, de quinquilharias e de gastos desconectados com a realidade brasileira. Campanhas mais austeras farão bem ao País.
Herculano
03/04/2015 06:30
PRESIDENTE, O BRASIL MERECE DESCULPAS, por Bruno Araújo, deputado PSDB-PE, e líder do partido na Câmara, em artigo publicado nesta sexta-feira no jornal Folha de S.Paulo

Dilma Rousseff mentiu durante a campanha e na formação de seu governo. Mente ao não reconhecer a gravidade da situação

Em dois debates durante a campanha presidencial, Aécio Neves deu oportunidade para que a presidente Dilma Rousseff pedisse desculpas aos brasileiros por ter tirado a então maior empresa do país das páginas de economia e a levado para o noticiário policial. Dilma ironizou a proposta e negou qualquer relação com a crise na Petrobras.

O que se sabia, então, era pouco, quase nada. Menos de seis meses e algumas delações premiadas depois, ficou claro que o petrolão é o maior escândalo de corrupção da história deste país. Mas a crise não é só de corrupção.

É também política, já que a presidente não controla sua base política e perdeu o apoio até de parte de seu partido. É econômica, pois as contas públicas estão fora de controle, gerando inflação e ameaça de desemprego. E é, sobretudo, de confiança. A presidente mentiu durante a campanha e na formação de seu governo. Mente ao não reconhecer a gravidade da situação.

Assim, perde a confiança que a maioria dos brasileiros que foi às urnas lhe deu em outubro passado.

A última pesquisa do instituto Datafolha comprovou o que a rua já mostrava: os brasileiros não confiam mais na presidente e em sua equipe. Sua gestão é aprovada por apenas 13% dos eleitores. O pessimismo com a economia é impressionante: os brasileiros acham que a situação do país vai piorar, preveem que o desemprego aumentará e que a inflação vai crescer.

Dilma quebrou a confiança do brasileiro. Os erros e as mentiras do passado levaram à situação de insatisfação no presente e à desesperança com o futuro. Em todas as regiões, classes sociais e faixas etárias. O descontentamento é geral. Setores que pouco tempo atrás lhe deram a vitória, agora a desprezam.

No mesmo dia da divulgação da pesquisa Datafolha, o Brasil viu outra farsa desmoronar. Com a saída espetaculosa de Cid Gomes do Ministério da Educação, ficou evidente que a "pátria educadora" prometida na posse não passava de um slogan. Cid foi um ministro tampão.

Em sua gestão, o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) entrou em crise e as universidades federais começaram a parar por falta de recursos. A pasta teve um corte de R$ 7 bilhões e o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) deixou de pagar as instituições formadoras.

O fracasso é evidente. A verdade é que caminhamos em direção contrária ao slogan. Em menos de três meses, houve corte de 31% no Orçamento do ministério, 30% no Orçamento das universidades federais, houve atrasos no Pronatec, e milhares de alunos ficaram sem condições de renovar suas matrículas em seus cursos devido ao arrocho no Fies.

A educação andou para trás neste segundo mandato, assim como todo o país. É mais um setor que perde a confiança no governo.

Acuada, a presidente não consegue apontar caminhos para superar a crise. Prefere usar de cinismo ao lançar um pacote de combate à corrupção inócuo, com medidas recicladas e que já tinham sido apresentadas pelo então presidente Lula como cortina de fumaça no auge da crise do mensalão.

A presidente não precisa de pacotes, precisa da verdade. Precisa olhar nos olhos dos brasileiros e reconhecer os muitos erros que cometeu. É o primeiro passo da difícil caminhada para recuperar um mínimo de confiança da população.

Uso este nobre espaço para, repetindo Aécio Neves, fazer uma proposta à presidente: Dilma, minha cara, peça desculpas aos brasileiros por todos os seus erros e mentiras. O Brasil merece a verdade.
Herculano
03/04/2015 06:25
PARA ESTA GENTE, JUSTIÇA SÓ A QUE LHES SERVE NO INTERESSE IDEOLÓGICO OU DE CONVICÇÃO PRÓPRIA. YES, NÓS JÁTIVEMOS A DITADURA MILITAR, TEMOS O EXÉRCITO DO MST PARA AJUDAR O LULA E O PT E AGORA TAMBÉM TEMOS BRIGADISTAS POPULARES PARA O CAMPO DE LUTAS

A organização política Brigadas Populares entrou com uma denúncia judicial no Senado contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), porque há um ano ele interrompeu, com um pedido de vistas, o julgamento da ADI 4650, ação da Ordem dos Advogados do Brasil que pede a declaração de inconstitucionalidade do financiamento empresarial de campanhas eleitorais.

Para a entidade, o ministro comete crime de responsabilidade. "Considerando a Lei 1.079/50, que estabelece crime de responsabilidade dos Ministros do STF ser patentemente desidioso no cumprimento dos deveres do cargo", a organização política Brigadas Populares protocolou, nesta quarta-feira (01), junto ao Senado Federal, uma representação contra o ministro. Gilmar Mendes incorre no crime de responsabilidade ao descumprir seu dever de magistrado previsto na Lei Orgânica da Magistratura : "não exceder injustificadamente os prazos para sentenciar ou despachar? (Art. 35, II)", diz nota da Brigadas Populares.

A entidade salienta que "as próprias regras do STF estabelecem que o ministro que pedir vista dos autos deverá devolvê-los no prazo de 10 (dez) dias, prorrogáveis por no máximo outros 10 (dez)". "Gilmar Mendes já extrapolou em dezenas de vezes o prazo de que dispunha para devolver os autos da ADI 4650. As Brigadas Populares fazem a denúncia diante da necessidade urgente de uma discussão profunda sobre o fim do financiamento de campanhas e partidos por empresas privadas, através de uma reforma política popular e democrática", justifica.
Herculano
03/04/2015 06:19
REPÚBLICA DAS PLACAS, por Bernardo Mello Franco

O afã de se promover às custas de qualquer obra pública tem levado algumas autoridades brasileiras a flertar com o ridículo.

Em Brasília, os servidores do Senado ganharam há três anos um novo refeitório para o almoço. Entre uma garfada e outra, uma placa na parede não os deixa esquecer: o espaço foi inaugurado na gestão do ex-presidente José Sarney.

No Rio, quem frequenta a Lagoa Rodrigo de Freitas se depara desde o ano passado com um "banco panorâmico" decorado com pastilhas coloridas. Só há espaço para poucas pessoas se sentarem, mas foi o suficiente para que o município instalasse um letreiro com o nome do prefeito Eduardo Paes.

A desfaçatez dos políticos para falar de si mesmos não é novidade. O que espanta é que em pleno século 21 eles ainda teimem em espalhar seus nomes em placas e pedras fundamentais, mesmo que a obra a ser exaltada seja um mero banco de praça ou um bandejão.

Se prestar atenção, o leitor vai encontrar outros exemplos perto de casa. As placas estão por toda parte: viadutos, calçadas, estações de metrô. São pagas com o dinheiro de todos, o dinheiro dos impostos.

"Os governantes 'autografam' qualquer cômodo que mandam reformar, e não se envergonham disso", observa Eugênio Bucci em seu novo livro, "O Estado de Narciso".

O professor compara esses políticos a adolescentes que levam um canivete no bolso para gravar o apelido em bancos de madeira.

"Os ocupantes de cargos públicos rabiscam seus nomes e sobrenomes em todo lugar. Não percebem que fazer placa oficial com o próprio nome é uma forma legalizada de pichar o espaço público", critica.

Além do desperdício com placas e letrinhas, está em jogo um princípio constitucional: o da impessoalidade. Numa democracia, o que é feito pela administração pública deve pertencer ao público --e não aos administradores de plantão.
Herculano
03/04/2015 06:08
EX-JOGADORA DE VÔLEI COTADA PARA ASSUMIR AUTORIDADE PÚBLICA OLÍMPICA JÁ FOI RADICALMENTE CONTRA OLIMPÍADAS NO BRASIL, por Lauro Jardim?

O governo estuda a indicação da ex-jogadora de vôlei Ana Moser [blumeauense e que despontou para o esporte nacional a partir dos Jogos Abertos de Santa Catarina] para o comando da Autoridade Pública Olímpica (APO). Se for, terá que explicar quando for sabatinada no Senado uma radical mudança de opinião sobre a Olimpíada.

Em 25 de setembro de 2009, uma semana antes de o Rio de Janeiro ser escolhido cidade-sede, Ana enviou um e-mail para os principais atletas do Comitê Olímpico Internacional, detonando a candidatura.

Escreveu Ana: "O Rio e o Brasil não estão prontos para organizar os jogos. A maioria do nosso povo discorda enormemente desta aventura de poucos". E reforçou: "Portanto, não deem seu voto ao Brasil".
Herculano
03/04/2015 06:04
MAIORIDADE PENAL: QUEM CORRE RISCO SÃO OS ADULTOS, por Carlos Tonet

Não consigo entender nem concordar com essa turma que combate a redução da maioridade penal pra poder prender a vagabundagem que abunda já na adolescência.

Há uma discurseba da turma da esquerda em que se lançam palavras de ordem sem nenhuma sustentação teórica convincente.

O jurista Wálter Maierovitch, comentarista da CBN, bradou contra hoje, dizendo que a lei fará com que menores fiquem em prisões com marginais adultos, aprendendo tudo com eles.

Queria dizer pro Wálter algumas coisas:

1) Esses menores JÀ ESTÂO convivendo com marginais adultos do lado de fora, sendo ensinados e mandados por eles.

2) Reduzir a maioridade penal não significa, necesariamente, desrespeitar direitos dos menores.

3) Aquela frescura de dizer que menor não foi "preso", mas "apreendido", pode continuar, por exemplo.

4) Os ritos processuais podem ser diferentes sempre respeitando-se os direitos.

5) Assim como existem alas femininas, basta separar uma área para menores.

6) Alguns menores já possuem tanta informação e acumulam tantas técnicas de malandragem que, se bobear, eles é que vão acabar ensinando truques novos pros tiozão que estão presos.
Herculano
03/04/2015 06:01
DE HOMENS E BORBOLETAS.OU: A ÉTICA PERTUBADA DE JANINES E MARILENAS. OU AINDA:OS PETISTAS QUEREM NOS TORNAR TODOS LADRÕES DA PETROBRÁS, por Reinaldo Azevedo, de Veja

O leitor Rodrigo da Silva me envia um ótimo post, publicado no site Spotniks, intitulado "10 coisas que aprendi com os petistas na Internet". Todas as sacadas são ótimas, mas a melhor é esta:
a "5) Você não pode reclamar dos bilhões desviados pela corrupção porque fura fila na padaria".

Essa é a ética profunda espalhada por aí por sedizentes intelectuais como Marilena Chaui e Renato Janine Ribeiro.

De forma deliberada, esses dois monstros do pensamento, em sentido estrito, pretendem nos tornar a todos sócios da roubalheira da Petrobras. E o fazem incutindo em nós sentimentos de culpa para que silenciemos diante dos descalabros.

O mecanismo é sutil, mas eficaz. No dia a dia, todos acabam cometendo pequenas falhas, não é? Não que estas sejam desejáveis ou não devam ser corrigidas. Mas é certo que, se você fizer uma ultrapassagem pela direita - E VOCÊ NÃO DEVE FAZÊ-LO -, não estará pronto para roubar a Petrobras. Caso, como ironiza Rodrigo, você fure a fila da padaria - E VOCÊ NÃO DEVE FAZÊ-LO -, isso não quer dizer que você tenha se candidatado a assaltar os pobres numa estatal ou num ente governamental.

Numa palestra recente a um grupo fechado, mas com vídeo na Internet, Janine elogiou uma peça da campanha eleitoral do PT, que viu como um emblema da hegemonia construída pelo partido: "Se você se incomoda ao ver um mendigo na rua, você é um pouco petista", como se o petismo fosse o monopolista desse tipo de incômodo.

De maneira inversa, os janines e marilenas querem nos convencer de que os assaltantes dos cofres públicos nos representam. Afinal, também temos as nossas falhas? Assim, seríamos naturalmente petistas na generosidade e na sem-vergonhice.

Se é certo que devemos fazer coisas que, se generalizadas, tornam o mundo melhor - e esse é um bom fundamento da moral e da ética -, isso não implica uma permuta perfeita entre as esferas da vida pública e da vida privada. Trata-se de uma mentira, de uma pilantragem, desmentida pelos fatos.

Stálin tinha carinho pelas crianças. Pegava-as no colo, demonstrava preocupação genuína com elas. E depois mandava matar seus pais se isso fosse útil a seu projeto de poder. Já nem preciso lembrar que Hitler se preocupava com a preservação na natureza na década de 30 do século passado.

Você não deve furar fila na padaria. Você não deve fazer ultrapassagem pela direita. Você não deve desrespeitar regras elementares de convivência. Mas, se acontecer, saiba: ainda assim, você não roubou a Petrobras, não participou do conluio que ferra a vida dos pobres, não conduziu o Brasil à recessão, à inflação e aos juros estratosféricos.

Cumpre encerrar como um poeminha de Drummond, "Anedota Búlgara", que vocês já conhecem, que trata justamente da distinção que existe entre as duas esferas de atuação: a pública e a privada.

Era uma vez um czar naturalista
que caçava homens.
Quando lhe disseram que também se caçam borboletas e andorinhas,
ficou muito espantado
e achou uma barbaridade.

Alguém dirá: o desejável é que não se cacem nem homens nem borboletas. Também acho. Desde que não se igualem homens a borboletas, em prejuízo dos homens, nem se considere que um caçador de borboletas será, necessariamente, um caçador de homens, ou que um amigo das borboletas será, necessariamente, um amigo dos homens.

A ética como a ensinam as marilenas e os janines faz mal aos homens e às borboletas e só serve à construção de um partido que se pretende dono do destino de borboletas e homens.

Valeu, Rodrigo!
Herculano
03/04/2015 05:54
FILHO FO GOVERNADOR DE SÃO PAULO GERALDO ALCKMIN, PSDB, MORRE EM ACIDENTE DE HELICÓPTERO COM OUTROS QUATRO NUM VOO TESTE

Conteúdos do Uol (Folha de S.Paulo) e do jornal O Estado de S.Paulo. O piloto Thomaz Alckmin, 31, filho mais novo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), é um dos cinco mortos na queda de um helicóptero em um condomínio de Carapicuíba, na Grande São Paulo. A informação foi confirmada pelo governo do Estado. O acidente aconteceu no fim da tarde desta quinta-feira (2).

Auxiliares do governador disseram que Thomaz era um dos tripulantes. Além dele, morreram o piloto e três mecânicos de aeronaves. O helicóptero chegou a atingir duas casas - uma pronta, outra em construção -, mas ninguém ficou ferido em solo.

A Seripatri, empresa proprietária do helicóptero, disse que o "acidente ocorreu durante voo de teste, após a aeronave passar por manutenção preventiva".

De acordo com a Anac, o helicóptero modelo EC 155 B1, fabricado pela Eurocopter France, tinha capacidade para nove passageiros, foi adquirido em fevereiro pela empresa Seripatri - empresa da área de importações - e sua situação de aeronavegabilidade era normal.

Em nota, a Seripatri lamentou o "trágico acidente". Além de Thomaz, ocupavam a aeronave o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, 53, da Seripatri, "com mais de 30 anos de experiência", e o mecânico Paulo Henrique Moraes, 42, também funcionário da empresa. Também voavam os mecânicos Erick Martinho, 36, e Leandro Souza, 34, funcionários da Helipark, empresa de manutenção.

De acordo com o programa "Brasil Urgente", da Band, a aeronave caiu 30 minutos depois de sair do heliponto de Carapicuíba, por volta das 17h. Os bombeiros deslocaram pelo menos dez viaturas para a rua Firmo de Oliveira, 8, dentro do condomínio Fazendinha.

"Virando de ponta cabeça"

Segundo um funcionário da portaria do condomínio, que viu a queda, a aeronave atingiu duas casas e danificou o telhado de uma delas. Parte do helicóptero ficou sobre a outra casa, ainda em construção. "O motor (da aeronave) está no banheiro dessa casa em obras", afirmou.

A maior parte dos destroços acabou caindo no chão, entre árvores. Quando chegaram ao local, bombeiros retiraram moradores e curiosos do entorno. De acordo com o funcionário, a perícia chegou ao endereço por volta das 20h.

Uma equipe do 4º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa-4) foi enviada ao local para investigar as causas da queda da aeronave.

O acidente aconteceu a menos de cem metros da casa do produtor Bolinha, integrante do programa "Pânico na Band". Em entrevista ao "Brasil Urgente", ele contou que o helicóptero desceu "virando de ponta cabeça", totalmente descontrolado, e as pás da aeronave se quebraram antes que o aparelho se chocasse contra uma casa em construção.

Tiroteio e assalto
Thomaz era casado com a arquiteta Taís Fantato e tinha duas filhas - uma menina de dez anos e uma recém-nascida, de um mês. Segundo a rádio "Jovem Pan", o velório acontece a partir de 2h no hospital Albert Einstein, na Morumbi (zona oeste da capital paulista), e o enterro está marcado para as 14h em Pindamonhangaba, cidade natal do governador, no Vale do Paraíba.

Em fevereiro de 2014, Thomaz foi cercado por criminosos e acabou no meio de um tiroteio entre suspeitos e policiais que faziam sua segurança.

Ele levava a filha de volta para casa, à noite, na região do Morumbi, na zona oeste São Paulo. Estava em uma alça de acesso à marginal Pinheiros quando o carro à sua frente fez um cavalo de pau. Dele saltaram quatro homens que cercaram seu automóvel.

Os policiais da escolta saíram do carro que dirigiam logo atrás e deram ordem de prisão ao grupo. Os quatro suspeitos fugiram.

O ataque aconteceu próximo ao clube Paineiras, que fica perto do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.

Thomaz e a neta do governador foram levados para casa após o ataque. O carro dos bandidos foi encontrado horas depois.

Em 2004, Thomaz foi vítima de um assalto quando andava de moto na marginal Pinheiros, na altura do parque Villa-Lobos (zona oeste). Na ocasião, ele tinha saído sem seguranças, quando foi abordado por bandidos.

Dois anos antes, um PM que fazia a escolta do filho do governador foi morto em uma tentativa de roubo ao carro de Thomaz na região da Vila Mariana (zona sul). Três pessoas foram condenadas pelo crime.

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