07/04/2015
DESAPROPRIAÇÕES I
Há duas semanas os gasparenses souberam que Pedro Celso Zuchi, PT, desapropriou por R$1,00, terras particulares para dar legalidade à meia-boca, com o dinheiro dos gasparenses, a um loteamento particular e clandestino. O caso é grave. Pode dar complicações sérias para o prefeito, incluindo a sua cassação por improbidade administrativa. Essa prática, todavia, a de beneficiar amigos e prejudicar quem não gravita, beneficia-se ou lhe puxa o saco, é antiga. E a lista é grande. Quase todos na cidade sabem desse jogo de dois pesos e duas medidas. É um processo de vingança e intimidação. É algo que beira o cinismo. E quem paga isso tudo? Os gasparenses nos seus impostos. Dinheiro que falta para o essencial e o prioritário.
DESAPROPRIAÇÕES II
Zuchi desapropriou as terras da massa falida da Sulfabril para lá instalar o loteamento das casinhas de plástico. Local inapropriado. Fez ao preço que queria; não ao que valia. Nem quis conversa com os operários da empresa que precisam do dinheiro das verbas que a Sulfabril lhes deve. Resultado? O representante do Partido que se diz dos Trabalhadores prejudicou os trabalhadores da massa falida. Mais. Está prejudicando e por anos a fio, gente que ficou sem teto na catástrofe ambiental de 2008. Torna-a refém de manobras políticas eleitorais onde tudo por lá é precário. Por conta dessa falta de regularização, não se tem esgoto, drenagem pluvial, calçadas, ruas pavimentadas, áreas de lazer e nem número oficial nas casas. Faltou o mínimo: projeto e dinheiro oficial federal. Incrível.
DESAPROPRIAÇÕES III
A outra é para satisfazer o falso discurso do pobre contra o rico. Para dar uma lição e humilhar a família Fritzche (que já foi dona da Sulfabril), desapropriou a preço de banana a Fazenda Juçara para transformá-la na ?Arena Multiuso?. A ideia da Arena é boa, mas feita sem planejamento. Tem endereço: os amigos. Outros precisam de malabarismos para dar utilidade comunitária àquela área. Discursos e entrevistas. A briga na Justiça por birra do PT e de Zuchi traz insegurança para todos. Tudo lá é incerto. A conta será alta. Quem vai pagar o verdadeiro preço daquela área? Os gasparenses com os pesados impostos e que faltam à saúde, educação, obras... Não será o PT, nem Zuchi, nem seus amigos ou a claque que o aplaude nestes devaneios.
DESAPROPRIAÇÕES IV
Para se vingar da saída da sede da sede administrativa nacional Bunge daqui, Zuchi, orientado, fez o mesmo. Quando ela pôs à venda aquele portentoso prédio que era a sua sede, a prefeitura melou a comercialização. Fez uma declaração de utilidade pública para fins de desapropriação. E uma lei aprovada na Câmara autorizou a compra dele pelo município. Isso abortou a intenção imobiliária da Bunge de se desfazer do prédio. A prefeitura fez propaganda, discurso. Balela. Tudo bem tramado. Não comprou nada até hoje. Não tem condições. Não possui sequer as garantias para o negócio. E no fundo nunca teve intenção de compra. Apenas armou uma lição para o prejuízo da Bunge. Afinal, quem vai comprar um prédio que está com uma lei de compra a favor da prefeitura e traz insegurança jurídica ao comprador? Acorda, Gaspar!
Nesta reunião, os prefeitos do Médio Vale do Itajaí estão com os deputados que representam a região. Eles elencaram as obras ou ações prioritárias no âmbito da AMMVI. O Anel de Contorno passou batido. O povo de Gaspar, também.
TRAPICHE
Valmir Castanha era o presidente da CDL. Nome novo e diferente. Já foi enquadrado e pulou fora. O presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, ausente, da reunião que tratou do Anel de Contorno, quer que a entidade se retrate pelo que Valmir disse naquela reunião, quando ainda era presidente.
Na Acig, o rolo é maior e pode parar na Justiça. O PT, via Ampe, aparelhou a entidade. Pôs lá José Eduardo de Souza como presidente. E sacou do Conselho ? agora diz que foi ?esquecimento? ou ?falha? da antiga diretoria ?, os ex-presidentes executivos. É assim que obriga o estatuto. Ele não foi cumprido. Esta história eu já contei aqui em ?O Estatuto Ferido?. E o pessoal do paço e do PT ficou exaltado.
Pior. O ex-presidente da Acig, Samir Buhatem, um dos sacados do Conselho, resolveu se inteirar melhor do assunto. Pediu as atas e as listas de presenças das eleições de 2012 e 2014. Elas são públicas, pois a Acig é uma entidade pública. O presidente de fato, José Eduardo, pois de direito não pode ser até isso se regularizar, ordenou aos seus que nada fosse remetido a Samir. Então, pela falta de transparência, continuará sendo presidente de fato, sem poderes e a Acig, uma entidade fantasma, sujeita a intervenção. Uma mancha na sua história. Tudo para ter um dono partidário.
E como os políticos no poder fazem para ter os empresários calados e prostrados? Inventam longas e despropositais fiscalizações.
O vereador Giovano Borges, PSD, virou amiguinho do PT achando que levaria vantagens. E por conta disso ficou exposto no caso da drenagem da rua Amazonas, no Bela Vista. Não deve conhecer bem a tática do PT nestes: as vantagens, quando existem, já estão marcadas.
Primeiro Giovano culpou a empreiteira Ramos, de Blumenau. Ela ganhou a licitação. Mas não pode fazer nada. A verba da emenda parlamentar de Décio Neri de Lima, PT, não chegou no tamanho e tempos prometidos. Depois, como paliativo e para abafar o caso em favor dos políticos e do PT de Gaspar, o próprio Giovano convenceu o pessoal do Bela Vista comprar uma motobomba; mais: sugeriu mudar o projeto e ligar a velha com a nova drenagem. Nada funcionou. As inundações continuaram, e segundo ele, a qualquer ?mijadinha? [de São Pedro?].
Na última sessão da Câmara, Giovano, cansado, enganado e usado, resolveu, finalmente, tirar a máscara e trocar de lado: deixou de defender o PT e preferiu o seu povo, sofrido, afogado e sem esperanças. E foi fundo, como nunca se viu antes.
?É falta de interesse. É uma grande enrolação. Chega de tapinhas nas costas. Será que é uma armação para queimar politicamente a gente [se referindo a ele e desacreditado, contra os representantes do PT, os verdadeiros embusteiros]? Será que a Ana Paula Lima [deputada e mulher de Décio Neri] sabe o quanto isso representa? As eleições de 2016 e 2018 estão aí?, desabafou Giovano. O vereador Antônio Carlos Dalsóchio, cunhado de Pedro Celso Zuchi, PT, e o presidente do partido e líder da bancada petista na Câmara, José Amarildo Rampelotti, ficaram atônitos, nervosos e sem argumentos. Acorda, Gaspar!
Edição 1675
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