Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

20/04/2015

EMBRULHADO I
Na sexta-feira em ?distribuindo os culpados?, mostrei como o PT que despenca, colocou no mesmo suicídio os políticos do PMDB, PSD e PP daqui. O presidente do PT, líder da bancada petista na Câmara e campeão de votos, José Amarildo Rampelotti, reclamou dos ?sócios? e todos ouviram bem quietinhos a raspa. Ou seja, a carapuça serviu, ou são mansos e assim pactuando com o jogo onde sempre perdem e agora são coadjuvantes. Mas, o que está por detrás disso, além de dividir o desastre com os que se escondia por esperteza ter parcerias quando as coisas aparentemente iam bem? Embrulhar tudo, enfraquecer e contaminar todos, para se salvar de uma derrota que se anuncia.

EMBRULHADO II
O PT de Blumenau, Florianópolis e Brasília, e não é de hoje, arma-se nos bastidores para anular o PMDB, Kleber Edson Wan Dall ou qualquer outro que se assanhar candidato por aqui. E para esta paga, o PT fez inclusive acordos para a atual mesa diretora da Câmara e recebeu os votos dos peemedebistas Do PMDB, o PT o quer como cabo eleitoral. Para consolo, no máximo dará a vice e que não valerá nada. Um embrulho que o PMDB, por constrangimento, já desmentiu aqui. O PT, não.

EMBRULHADO III
De outro lado, o PT ensaia um candidato perdedor. Ele se chama Marcelo de Souza Brick. É assim que arma com o outro sócio nacional, o PSD. Faltará ?oxigênio? durante a corrida. E o PP parceiro da Lava Jato? Este serviço de torná-lo uma marionete do jogo do PT por aqui está confiado ao presidente da Câmara, José Hilário Melato. É o troco que terá que dar pelos desgastes que o PT teve depois de promover à traição do que armou e prometeu: a presidência da atual legislatura à Andreia Symone Nagel Zimmermann, DEM.

herculanofotocolunaGG.jpgVALHA-ME DEUS!
Da série Ilhota em Chamas. A prefeitura de Ilhota acaba de comprar por dispensa de licitação,  36 telhas de Eternit pela ?bagatela?, pasmem, de R$55.370,00 cada uma. Não é engano não: está em documento oficial, disponível no Portal Transparência, e que está reproduzido aqui. Cada telha custou mais que um carro médio e semi-luxo. Total da compra: R$2.006.280,00. E quem vai pagar isto? O Fundo Municipal de Educação. Uma pergunta básica: a secretária de Administração, Tatiana Reichert, do Baú, ligada ao PT de Blumenau, e que denunciou com assertividade as barbaridades cometidas nas verbas federais mal usadas na catástrofe ambiental de novembro de 2008 pelo ex-prefeito Ademar Felisky, PMDB, não viu isto?

TRAPICHE

?Se todos quisermos, poderemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-la?. Quem disse isto e que a nova pedagogia ideológica esconde dos nossos jovens nas escolas? Joaquim José da Silva Xavier, dentista mineiro, nascido em 12 de novembro de 1746, e morto enforcado como Tiradentes, o inconfidente, no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro.  O feriado, todavia, o guardamos para a nossa preguiça e alienação.

Ato um. O jogo dos pais da Ponte do Vale. Bem informado das agendas e intenções dos vereadores Marcelo de Souza Brick e Giovânio Borges, ambos do PSD, em Brasília, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, saiu na frente: anunciou aqui o empenho, como se liberação fosse, da verba de R$14,7 milhões para a ?conclusão? da ponte do Vale.

Ato dois. Em Brasília, os vereadores foram ao Ministério das Cidades, do presidente do partido, Gilberto Kassab. E de lá como perderam a batalha do anúncio para a ligeireza do PT daqui, confirmaram para o seu povo de que verba existe; que eles ?possuem? canal aberto lá, e farão de tudo para liberá-la. Ou seja. Os quatro ? PT, PSD, Zuchi e Brick - jogam para serem os pais da verba nos discursos e palanques da campanha do ano que vem. Se falharem, um culpará o outro. E quem perderá mais uma vez? Gaspar, os gasparenses e o Vale.

Ato três. Aqui o prefeito arrumou mais espaço esta semana na imprensa, a que não faz perguntas, que não confronta números e fatos. Falou com o representante da Artepa Martins, que construía a ponte. E o que ele disse a Zuchi? Exatamente o que escrevi na semana passada sobre este assunto e que o PT e Zuchi contestaram pela cidade para mais uma vez me desacreditar.

A verba de R$14,7 milhões, quando liberada, mal dará para pagar o que a prefeitura está devendo à empreiteira; que a paralisação alterou o preço da ponte para mais; que para termina-la vai se precisar dos famosos aditivos: ou seja, muito mais do que os R$42 milhões iniciais. Até agora só chegaram R$19,5 milhões. Resumindo: falta muita grana. É por esta e outras que a coluna é a mais acreditada e os políticos ficam expostos nas suas jogadas.

Sobre a ida de Marcelo de Souza Brick e Geovano Borges a Brasília, o que melhor aconteceu, além das selfies, foi a camisa do Flamengo para ser autografada pelo senador carioca Romário (de Souza Faria), PSB, e a foto com o outro senador, o mineiro e presidente do PSDB, ex-presidenciável, Aécio Neves.

Ilhota em chamas I. Vai dar curto circuito. A prefeitura de lá reclama de falta de recursos. Os fornecedores choram e fazem fila. O Tribunal de Contas frequentemente expede alertas prudenciais. Mas, entre este janeiro e abril Ilhota comprou mais de R$1.4 milhão em materiais elétricos.

Ilhota em chamas II. Os vereadores de lá começaram a fazer contas, comparações e resgatar documentos. A prefeitura licitou com a MDM, de Blumenau, para mais de R$2 milhões só para manutenção dos veículos da prefeitura (sem as peças). Estão pagando em média, segundo estes vereadores, R$25 reais mais caro a hora do que, por exemplo, da prefeitura de Indaial e que contratou os mesmos serviços. Outra. Compraram 250 pneus, se poucos veículos há.

Ilhota em chamas III. O Ministério Público está investigando o possível descaso da secretaria de Assistência Social tocada pelo presidente do PSD de Gaspar, Fernando Neves, para com o Conselho Tutelar. Trata-se de uma retaliação porque o Conselho Tutelar teria denunciado um integrante do governo de Ilhota por pedofilia. O inquérito civil é o 06.2015.00002731-4 e a promotora é Mônica Lerch Lunardi.


Edição 1680
 

Comentários

Arara Palradora
23/04/2015 20:24
Querido, Blogueiro!

Concordo com o anônimo das 18:14 hs. Eu fico nauseabundo.

Voeeeiii...!!!
Anônimo disse:
23/04/2015 20:19
Herculano, Dilma, o fantasminha camarada da Economist

A Economist traz na sua última edição uma reportagem intitulada "O fantasma no Planalto". O ectoplasma é Dilma Rousseff, claro.

A reportagem diz que ela permanece no governo, mas não tem mais poder. Não comanda a economia, nas mãos de Joaquim Levy, nem a política, cujas rédeas estão com o PMDB.

O mais dramático nessa hemorragia do poder presidencial, afirma a reportagem, é que Dilma Rousseff tem ainda quase quatro anos de mandato pela frente. E pergunta: como a economia irá piorar antes de melhorar, será que ela sobreviverá?

No entanto, o correspondente da Economist dá razão a FHC, sublinhando que, por ora, não há razão para impeachment, que dificilmente haverá -- e que isso seria uma "temeridade". Mais: que os "movimentos sociais por trás dos protestos" fariam melhor se, nos próximos três anos, gastassem o seu tempo promovendo reformas políticas, pressionando por justiça para os culpados do petrolão e reinventando uma oposição moribunda.

Ao final da reportagem, outra pergunta: será que Dilma Rousseff, tão sem amigos e com tanto trabalho pesado e desencorajador, terá fortitude para tentar recuperar o poder que perdeu?

O Antagonista responde à Economist com uma questão: se primeiro-ministro britânico David Cameron estivesse metido em 10% das safadezas de Dilma Rousseff, a revista acharia uma temeridade que ele fosse saído do cargo?

Para a Economist, Dilma Rousseff é Gasparzinho, o fantasminha camarada.

O ANTAGONISTA
Herculano
23/04/2015 18:46
PARA PENSAR

Esta é a manchete de quem é pago pelo PT e o governo do PT: Moro se contorce para explicar erro na Lava Jato

No PT, ninguém se contorce para explicar o mensalão, o petróleo...
Juju do Gasparinho
23/04/2015 18:28
Prezado Herculano:

Pelo que se lê, Michel Temer está fazendo o papel de Presidente da República. "Rei morto rei posto".
Michel Temer é um político fisiológico, medíocre e decadente.
E justamente por ser fisiológico, medíocre e decadente, ele foi escolhido e aceito pelos PeTralhas, para ser vice da guerrilheira que assaltou bancos e matou inocentes.
Deus os cria e o Diabo ajunta.
João João Filho de João
23/04/2015 18:14
Sr. Herculano:

Quando lei nomes como Alberto Pizzolatti, Milton Scheffer ou Hilário Melato ouço o bater asas de moscas. Por que será?

"Quando mentimos para o governo, é um crime.
Quando o governo nos mente, é constitucional".
HARVEY GILMORE

Estamos num mato sem cachorro e sem gato, somente ratos.
Herculano
23/04/2015 17:01
EXECUTIVO CONFIRMA NA CPI DE Q FOI OBRIGADO A PAGAR PROPINA PARAO PT

O conteúdo da revista Veja. O texto é de Gabriel Castro. O executivo da Toyo Setal, Augusto Mendonça, um dos delatores do esquema do petrolão, confirmou nesta quinta-feira à CPI da Petrobras que fez doações eleitorais ao PT a pedido de Renato Duque, então diretor de serviços da Petrobras - e que, segundo o próprio Mendonça, também cobrava propina em contratos da estatal. "Do lado da diretoria de Serviços foram feitos pagamentos, a maior parte deles no exterior, e foram feitas contribuições ao Partido dos Trabalhadores a pedido de Renato Duque", afirmou o executivo.

"Da parte do Renato Duque, ele nunca verbalizou 'se você não contribuir vou te atrapalhar', mas era uma coisa muito visível, muito evidente. A contribuição ali era no sentido de não ser atrapalhado", afirmou o depoente, que fechou acordo de delação premiada com a Justiça. As informações confirmam a tese dos investigadores, de que parte da propina que circulava no esquema foi paga via contribuições eleitorais legais em 2010.

Augusto Mendonça disse ter se reunido com o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, aproximadamente dez vezes. Ele também confirmou que sua companhia repassou 2,5 milhões de reais para a gráfica Atitude, ligada ao Sindicato dos Bancários de São Paulo. Oficialmente, o valor foi usado para a compra de um espaço publicitário em uma revista. Os investigadores da Lava Jato estão convencidos de que a Atitude era usada por Vaccari para receber propina de empresas como a Toyo Setal. Mendonça disse que sua primeira reunião com Vaccari ocorreu em 2008, quando o petista ainda não era tesoureiro do PT. O executivo reconheceu que Duque lhe pediu que procurasse especificamente por Vaccari - que não era? tesoureiro do partido à época - na sede do PT em São Paulo, para tratar de doações eleitorais. Diante disso, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) sentenciou: "Em 2008 ele era agente de propina. Ele era assaltante da Petrobras. E foi nessa condição que o senhor falou com ele". Vaccari sempre negou ter arrecadado recursos para o PT antes de assumir o cargo de tesoureiro, em 2010.
Herculano
23/04/2015 16:45
MERCADO DE TRABALHO REAGE EPÁIS ABRE 19.292 VAGAS EM MARÇO

Conteúdo da revista Veja. Depois de três meses em queda, o mercado de trabalho fechou o mês de março com saldo de 19.282 vagas abertas. Em março do ano passado, o saldo havia sido positivo em 13.117. No acumulado do primeiro trimestre ano, contudo, o resultado ainda é negativo: fechamento de 64.907 vagas, no dado sem ajuste. No mesmo período do ano passado, foram abertas 303.535 vagas formais, também sem ajuste. Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram apresentados nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O resultado surpreendeu as expectativas do mercado. Pesquisa da Reuters feita com analistas mostrou que a mediana das expectativas apontava fechamento de 25.000 empregos no mês, sendo que não havia projeção de abertura de vagas.

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, disse que o país vive uma crise política que impacta na economia. Ele avalia, entretanto, que os dados do emprego mostram recuperação, apesar do momento difícil que vive a economia. "Apesar de toda a dificuldade, diante do momento em que vivemos e um discurso de que nós estaríamos vivendo momento difícil, o Caged mostra recuperação", avaliou.
Mariazinha
23/04/2015 15:52
No Jornal da TV Globo de ontem a noite, Carlos Alberto Sardenberg "desenha" aos brasileiros a destruição da Petrobrás patrocinada pelo Partido dos Trabalhadores nos últimos 12 anos:


Entenda como a Petrobras chegou a uma perda bilionária

No final, Sardenberg declara: " DESTRUÍRAM UMA EMPRESA QUE ERA SÓLIDA "

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sidnei luis reinert
23/04/2015 12:29
Como fica a corrupção aditivada?

Fica no ar o questionamento sobre a "aditivação" de contratos, com jeitinho de falcatrua, que certamente deve ter causado prejuízos muito maiores que os calculados e divulgados pelos "numerólogos" da Petrobras. Vale a pena refrescar a memória curta dos investidores apenas com três empreendimentos de planejamento e execução problemáticos - que causaram o que agora o economês chama de "impairment":

1) Amazonas: gasoduto Coari-Manaus. Orçamento inicial em 2006: R$ 2,4 bilhões. Valor final da obra, três anos depois: quase R$ 4,5 bilhões, praticamente o dobro. Um dos contratos do gasoduto Coari-Manaus teve aditivos de R$ 563 milhões: 84% acima do contratado.

2) Pernambuco: refinaria Abreu e Lima. Previsão em 2005: R$ 7,4 bilhões. Dinheiro gasto até o ano passado: R$ 35,7 bilhões, quase cinco vezes mais. Na refinaria Abreu e Lima, um aditivo aumentou o valor do contrato em R$ 150 milhões, 568% a mais.

3) Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro: duas refinarias. Orçamento em 2008: US$ 8,4 bilhões. Na época, cerca de R$ 16,8 bilhões. Hoje, sete anos depois, o custo, mesmo em dólares, aumentou quase quatro vezes: US$ 30,5 bilhões. E em reais, R$ 95 bilhões.

Realmente, os tecnocratas devem achar que os investidores, jornalistas e o público em geral são expectadores de um circo de horrores que só produz piadas nada engraçadas, com impactos econômicos tsunâmicos.
sidnei luis reinert
23/04/2015 12:27
Prejuízo em balanço da Petrobras que subestimou corrupção pode anular assembleia e culpar dirigentes


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A Petrobras brincou com a inteligência do mercado ao divulgar ontem, no tão aguardado balanço, que a corrupção na empresa custou "apenas" R$ 6 bilhões 194 milhões, calculada como "fruto dos desvios apontados na Operação Lava Jato". Merece ganhar uma "golden share" impressa em papel higiênico, com os dizeres "minorotário", o investidor que acreditou nesta "explicação técnica" para a baixa contábil, aplicando um percentual fixo de 3% sobre o valor de contratos "falcatruados" com 27 empresas. O mercado estima o prejuízo real de R$ 50 bilhões a R$ 80 bilhões que nunca será contabilizado.

Nem a "Loura Val do Bendine" e muito menos a crédula "Velhinha de Taubaté" dariam aval a tal manobra. Mas a PriceWaterhouseCoopers dará, avalizando e assinando o balanço com perdas subdimensionadas, pois não levou em conta superfaturamentos nos aditivos aos contratos, que infringem o limite legal e percentual de 25% - gerando prejuízos econômicos e sociais inimagináveis e inaceitáveis. Para quem quiser rir e chorar mais: a baixa provocada por corrupção ficou concentrada no resultado do terceiro trimestre de 2014, segundo a Petrobras, "em função da impraticabilidade de se determinar os efeitos específicos em cada período no passado".

Depois do balanço divulgado ontem pela Petrobras, investidores avaliam que a juiza Marcia Cunha Silva Araújo de Carvalho, da 5a Vara Empresarial do Rio de Janeiro, tem todos os elementos públicos e notórios para aceitar o pedido judicial de anulação da Assembleia Geral da Petrobras de 16 de dezembro de 2013. Além disso, com os prejuízos gerados pela corrupção, que agora foram oficializados, e endividamento da companhia, o judiciário tem tudo para aceitar o processo contra os responsáveis diretos pelo caos.

O Art. 23 do Estatuto Social da Petrobras deixa claro que os membros do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva responderão, nos termos do art. 158, da Lei nº 6.404, de 1976, individual e solidariamente, pelos atos que praticarem e pelos prejuízos que deles decorram para a Companhia. Pelo Art. 28, também sobre para os conselheiros, já que o Estatuto estipula que ao Conselho de Administração compete: fiscalizar a gestão dos Diretores; avaliar resultados de desempenho; aprovar a transferência da titularidade de ativos da Companhia, inclusive contratos de concessão e autorizações para refino de petróleo, processamento de gás natural, transporte, importação e exportação de petróleo, seus derivados e gás natural. Para piorar, em seu Art. 29, o Estatuto determina: compete ?privativamente? ao Conselho de Administração deliberar sobre as participações em sociedades controladas ou coligadas.

Investidores cansaram de denunciar que a AGO de 16 de dezembro de 2013 foi uma tentativa feita pela Petrobras para esconder problemas muito abaixo da camada pré-sal. A Assembleia gerou prejuízos ao mercado porque aprovou a incorporação da refinaria Abreu e Lima, da refinaria de Passadena (uma aquisição classificada de lesiva por superfaturamento no preço), além da cisão parcial da Petrobras International Finance Company S.A ? a PFICO, e a incorporação da Companhia de Recuperação Secundária (CRSec) na Petrobras, que cuidava da locação de bens à Petrobras (um dos alvos de investigação da Lava Jato e de processos movidos por investidores na Corte de Nova York.

Não será jogando uma cortina de fumaça sobre os números da Petrobras que o desgoverno Dilma, completamente desmoralizado, conseguirá recuperar a imagem da empresa - abalada por corrupção, gestão temerária, planejamento criminosamente amador e perdas bilionárias, com impactos sociais negativos. Por isso, não teve a menor graça a risada amarela do presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, ao proclamar que não pagaria dividendos aos acionistas da empresa. Dizer "simplesmente não vamos pagar" não é tão simples assim. Merece uma responsabilização direta de quem causou os prejuízos.
Almir ILHOTA
23/04/2015 09:09
Almir ILHOTA

HERCULANO

Ao visitar o bairro de minas no interior de nosso município pude presenciar uma cena inusitada, um carro e um caminhão atolados no meio da estrada na subida de um morro devido ao atoleiro que lá se encontra, nossas estradas antes macadamizadas se encontram em estado deplorável principalmente nesse referido bairro, porque será que o vereador FABRICIO OLIVEIRA, eleito pelas minas num tira algumas fotos e posta em sua página nas mídias sociais, que saudade do vereador DENO, este sim lutava por nossa cidade.
Herculano
23/04/2015 08:15
PT MUDA PARA MANTER TUDO IGA, por Rogério Gentile para o jornal Folha de S. Paulo

Acossado pela prisão de mais um tesoureiro, o PT resolveu adotar a fórmula de Lampedusa, segundo a qual é necessário mudar para que tudo continue igual.

Rui Falcão, o presidente do PT, divulgou resolução, que ainda precisa ser referendada pelo congresso do partido, em junho, a partir da qual os seus diretórios não mais poderão receber doações de empresas privadas. "O partido revitalizará a contribuição voluntária, individual dos filiados, simpatizantes e amigos", afirmou o documento, em tom saudosista.

Visto assim, sem lupa, o anúncio realmente parece ser algo relevante, um "exemplo contra a corrupção", como frisou o site da legenda de Delúbio Soares e João Vaccari Neto.

Afinal, o PT, que, no início dos anos 80, para se sustentar, vendia camisetas e broches com a estrelinha vermelha, recebe cerca de R$ 80 milhões por ano de empresas (em 2013, 75% veio de construtoras).

O problema é que Falcão contou só a metade da história. A resolução proíbe o PT de receber doações, mas não impede os petistas de aceitarem aportes das empresas nas eleições. Ou seja, o partido não pode mais "sujar" as mãos, mas os filiados sim --estudo de universidades dos EUA ("Os despojos da vitória: doações da campanha e contratos governamentais no Brasil") mostrou que, para cada real doado em 2006 para candidatos do PT à Câmara, a benemérita recebeu de 14 a 39 vezes o valor na forma de contratos públicos.

Sobre a manutenção de doações empresariais aos candidatos do partido, Falcão escapou pela tangente e disse que, como não há eleição neste ano, "não é assunto para agora".

Bom, sem eleição agora, o PT apoiou outra medida "saneadora", que elevou, em meio ao ajuste fiscal, o fundo partidário, alimentado por verbas públicas. Se em 2014 recebeu R$ 50,3 milhões, em 2015 ganhará R$ 117,4 milhões, diferença que, de certa forma, compensa o que deverá deixar de obter com empresas. Não existe ponto sem nó na política.
Herculano
23/04/2015 08:13
POR QUE DILMA NÃO PEDE DESCULPAS PELO SAQUE À PETROBRÁS?, por Ricardo Noblat, de O Globo


Dilma não tem o talento de Lula para mentir. Seu silêncio numa hora como essa só torna sua situação ainda mais incômoda

A Petrobras é importante demais para que os brasileiros se contentem apenas com um pedido de desculpas feito por seu atual presidente - alguém que chegou por lá acidentalmente há menos de seis meses, e que nada teve a ver com o saque à empresa promovido à sombra dos três últimos governos do PT.

- Faço um pedido de desculpa em nome dos empregados da Petrobrás, porque hoje sou um deles - disse Aldemir Bendini, na ocasião em que anunciou o balanço auditado da empresa referente a 2014. O endividamento total da Petrobras aumentou 31%. A corrupção engoliu R$ 6 bilhões.

Caberia à presidente Dilma pedir desculpas. Ninguém mais do que ela mandou tanto na empresa nos últimos 12 anos. Mandou enquanto era ministra das Minas Energia. Depois chefe da Casa Civil da presidência da República. Em seguida, presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Por fim, presidente da República.

Não se limitou a mandar à distância. Nomeou para a presidência da Petrobras uma amiga sua, Graça Foster. Nada ali dentro trocou de lugar sem que Dilma fosse informada a respeito.

Se Dilma é inocente no caso da roubalheira que desqualificou aquela que foi uma das maiores empresas de petróleo do mundo, não importa. A empresa foi saqueada do segundo governo Lula para cá. E Dilma tem responsabilidade política nisso. E também moral.

Como Lula teve no caso do mensalão.

Com medo de ser deposto, ele convocou uma rede nacional de rádio e de televisão e pediu desculpas ao distinto público. Alegou que fora traído. Mas escondeu o nome dos traidores. Uma vez reeleito, deu o dito pelo não dito. Passou a dizer que o mensalão jamais existiu.

Dilma não tem o talento de Lula para mentir. Seu silêncio numa hora como essa só torna sua situação ainda mais incômoda.
Herculano
23/04/2015 08:06
DILMA LEVOU OUTRO OLÉ, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha e S. Paulo

Parece inesgotável a capacidade do governo de tropeçar nas próprias pernas e levar rasteiras no Congresso. Bastou o vice Michel Temer dar um giro pela Europa para Dilma Rousseff sofrer outro drible humilhante do PMDB.

O novo olé foi aplicado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. Ele despejou sobre os ombros de Dilma toda a responsabilidade pelo aumento da mesada paga aos partidos políticos, incluída no Orçamento por outro senador do PMDB.

A emenda que triplicou o fundo partidário foi apresentada pelo peemedebista Romero Jucá, um dos mais fiéis aliados de Renan. A presidente deveria ter vetado a mudança, que atenta contra a necessidade de cortar gastos públicos, mas optou por sancioná-la, com medo de represálias dos parlamentares.

O que fez o presidente do Congresso? Aproveitou a repercussão negativa da medida e aumentou o desgaste de Dilma, que já havia se curvado para tentar agradar os políticos.

"A presidente fez o que havia de pior", atacou o senador. "Ela deveria ter vetado, como muitos pediram, porque aquilo foi uma coisa aprovada no meio do Orçamento sem que houvesse um debate suficiente."

A reação de Renan mostra que Dilma errou feio ao assinar embaixo da farra do fundo. Agora ela terá que pagar a conta duas vezes. Assumirá o desgaste sozinha e precisará se virar para bancar o repasse extra de R$ 578 milhões aos partidos.

O novo presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, declarou que a imagem da entidade é ruim por culpa da imprensa, e não da cartolagem.

"A CBF não é suja. A pessoa pode pensar que é suja, mas ela não conhece a CBF. Algum jornalista fala que ela é suja e a pessoa pensa isso", disse, em entrevista à ESPN.

Quem esperava que o 7 a 1 mudasse alguma coisa no futebol brasileiro pode voltar a acreditar apenas em Papai Noel e no Saci Pererê.
Herculano
23/04/2015 08:01
ASSEMBLEIA DE RORAIMA QUER OUVIR O SECRETÁRIO JOÃO PIZZOLATTI, por Moacir Pereira

A Comissão de Administração, Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) solicitou a convocação do titular da Secretaria Extraordinária de Articulação Institucional e Promoção de Investimentos (Seapi), João Alberto Pizzolatti Júnior (PP).
O pedido de comparecimento foi feito em plenário pelo deputado Jorge Everton (PMDB), presidente da Comissão, que requer esclarecimentos sobre a atuação do gestor à frente da pasta e comprovação da prestação de serviço para o qual foi nomeado. Pizzolatti Júnior teve a nomeação publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 10 de fevereiro.

Ele esteve em Roraima por duas vezes, durante 30 dias, conforme informou a assessoria de comunicação do governo no dia 10 de março. De acordo com Jorge Everton, o pedido de convocação surgiu após denúncias de que Pizzolatti Júnior não dá expediente no estado.
?Iremos convocar Pizzolatti para que ele apresente a sua frequência e as passagens aéreas, e saber se nos dias que ele recebeu salário estava efetivamente trabalhando para o estado e por quantos dias ele fica aqui. Afinal de contas, chegam denúncias de que ninguém nunca viu esse homem em Roraima?, sustentou o parlamentar. O salário do secretário é de R$ 23 mil.

Ao G1, no dia 12 de fevereiro, o secretário de Comunicação do estado, Ivo Gallindo, informou que a escolha de Pizzolatti Júnior para a o cargo foi feita devido à experiência dele como deputado federal durante 20 anos e à capacidade técnica. Questionado sobre o secretário ser de Santa Catarina e se ele passará a morar em Roraima, Gallindo disse que o trabalho dele será feito tanto no estado quanto em outros lugares.
Herculano
23/04/2015 07:56
IGREJAS NÃO PAGAM IMPOSTOS. HOSPITAIS SIM

O governador Raimundo Colombo, PSD vetou no ano passado um projeto aprovado pela Assembleia Legislativa que isentava da cobrança de ICMS os hospitais filantrópicos daqui. O deputado José Milton Scheffer,PP, para quem José Hilário Melato, PP, trabalhou como cabo eleitoral, apresentou nova proposta com a mesma ideia e uma nova brecha: acrescenta os filantrópicos na lei já existente que concede o mesmo benefício a igrejas e templos.
Herculano
23/04/2015 07:06
ABERTURA ECONÔMICA É INIMIGA DO POVO? por Monica Baumgarten de Bolle

Não; a abertura econômica tende a facilitar o futuro, enquanto o protecionismo tenta reconstruir o passado

"Entreguismo" é termo antigo, usado para acusar aqueles que defendem uma maior abertura da economia de serem coniventes com o interesse de grandes empresas estrangeiras. Empresas que "roubam empregos", "inundam os mercados domésticos" retirando das empresas nacionais a fatia que lhes cabe.

O medo da abertura é onipresente no Brasil, mas não é temor unicamente nacional. Ele existe nos EUA com igual vigor.

Veja a discussão em torno da ousadia do presidente Obama, a promoção do TPP -o Trans-Pacific Partnership-, o mega-acordo de comércio entre os EUA e 11 países asiáticos. Considere a posição de alguns congressistas democratas, ferrenhos opositores do TPP por acharem que o acordo reduzirá os empregos norte-americanos, o TPP como um "grande inimigo do povo". Há muita carga ideológica no debate sobre a abertura comercial e pouco conhecimento dos fatos, tanto no Brasil quanto nos EUA.

Abertura ao comércio prejudica os empregos de um país? Em certos setores e empresas que perderam a capacidade de competir internacionalmente, é evidente que a resposta é um redundante sim. Mas, se nem todos ganham com a abertura econômica, no longo prazo ela traz enormes benefícios, como documenta a extensa literatura acadêmica sobre o tema e os inúmeros estudos de caso.

Pense na Coreia, em Cingapura, em Taiwan. Considere a Índia, a China. Todos esses países alcançaram taxas invejáveis de crescimento por tempo prolongado graças ao seu maior engajamento internacional. O "entreguismo" que atiça os argumentos protecionistas repercute a intensa preocupação com grupos específicos que inevitavelmente haverão de perder com a abertura econômica.

Protecionistas exortam os governos a impor barreiras comerciais para proteger os empregos, as fatias de mercado das empresas nacionais. Entretanto, o que se sabe é que, quando essas barreiras são impostas, o custo do protecionismo pode ser incrivelmente alto.

Quando um país adota maiores tarifas de importação para "proteger" os produtos locais, como fez o Brasil em 2012 com a famosa lista de cem produtos que incluía de pneus a produtos siderúrgicos, de materiais de construção a utensílios de cozinha, de plásticos a batatas -sim, batatas-, ele aumenta o custo das empresas que precisam desses insumos para produzir.

A importação mais cara de pneus prejudica as empresas do setor automotivo; a de material de construção, o setor imobiliário; a de batatas..., bem, ao consumidor, as batatas. Se as empresas compram seus insumos no exterior a preços mais elevados, terão de repassar esses custos para o consumidor ou irão reduzir a produção.

O corte na produção haverá de afetar não apenas o investimento como também o emprego. Ou seja, o ciclo protecionista se encerra não com a proteção do povo, mas com a perda de empregos, o aumento da inflação, a queda dos investimentos.

Os argumentos contrários à abertura tendem a ser bem-sucedidos porque, se é fácil enxergar onde empregos serão perdidos devido ao aumento das pressões competitivas, é difícil ver onde novos empregos surgiriam em razão do maior acesso às novas tecnologias e aos novos mercados motivado pelo comércio.

Mas a realidade é que, ao aumentar os custos dos insumos, o protecionismo permite que firmas estrangeiras do mesmo ramo sejam mais competitivas do que os exportadores domésticos. Desse modo, o protecionismo pune o trabalhador.

Há ampla evidência de que empresas exportadoras geralmente pagam salários mais altos do que outras firmas (para o leitor interessado, há extensa literatura em www.piie.com). Assim, o trabalhador que poderia encontrar um emprego bem remunerado numa indústria exportadora cuja tendência seria de se expandir na ausência de medidas que limitam o comércio encontrará dificuldades devido ao protecionismo. Ou seja, os custos de fechar-se são especialmente perniciosos, pouco visíveis para o povo.

A resposta, portanto, é que a abertura econômica não é "inimiga do povo". Ela tende a facilitar o futuro, enquanto o protecionismo tenta reconstruir o passado. Fica a cargo do leitor o julgamento sobre o que é melhor para o Brasil.
Herculano
23/04/2015 07:02
MAIS INCOMPETÊNCIA QUE CORRUPÇÃO, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

Balanço da Petrobras mostra que grosso da ruína da empresa deveu-se a políticas ineptas e delirantes

INCOMPETÊNCIA E irresponsabilidade abriram mais rombos nas contas da Petrobras do que a corrupção direta, embora seja muito difícil discernir a contribuição da inépcia para a roubança e vice-versa. Sem roubo, o resultado de 2014 até não seria ruim.

A gente fica então a imaginar o que poderia ser a maior empresa brasileira caso a Petrobras não tivesse sido vítima das políticas doidivanas implantadas a partir de 2008, em especial a partir de 2011, no primeiro governo de Dilma Rousseff.

Pretinho básico no branco, a propina teria custado uns R$ 6 bilhões, segundo o balanço de 2014, divulgado na noite de ontem. Esse seria o custo extra dos ativos comprados pela empresa devido ao "esquema de pagamentos indevidos". A perda foi estimada levando em conta a "taxa básica" de propina relatada pelos corruptos à Justiça, de 3%, aplicada aos pagamentos feitos às 27 empresas do "clube" da propina entre 2004 e abril de 2012 (quando em tese todos os corruptos maiores teriam caído fora da Petrobras).

Atrasos de obras faraônicas, mal projetadas, mal planejadas e ainda avariadas pelos estragos decorrentes da corrupção e outras lambanças provocaram prejuízo de outros R$ 31 bilhões, valor bem maior que o chutado no "mercado". Pelo menos, o balanço veio sem ressalvas do auditor.

A vergonheira maior ocorreu nas esbórnias da refinaria Abreu e Lima e no complexo petroquímico do Rio, o Comperj. Mas houve ainda baixas nada desprezíveis devidas à desistência de projetos como o das duas refinarias Premium (R$ 2,83 bilhões). Perdas devidas à piora do mercado de petróleo, preços em queda, outros R$ 10 bilhões.

No resumo da ópera, o prejuízo fechado da empresa em 2014 foi de R$ 21,6 bilhões (ante lucro de R$ 23,6 bilhões em 2013). Nas operações de fato, a empresa não foi tão mal. O Ebitda ajustado (retorno que de fato caiu no caixa, contado antes do pagamento de juros, dividendos, depreciação e amortizações) caiu 6%. A margem Ebitda caiu de 21% para 18%. Menos, mas não um desastre.

A receita aumentou, pois foi atenuada a política de matar a empresa a fim de maquiar a inflação por meio do tabelamento disfarçado de preços dos combustíveis. Apesar de tudo, a empresa ainda funciona. Mas pagou menos impostos, queda de R$ 3,5 bilhões de 2013 para 2014. Não vai pagar dividendos de 2014.

O investimento caiu 17% de 2013 para 2014. O ritmo "Brasil Grande" da expansão da empresa era mesmo insustentável, tocado à base de endividamento irresponsável, em marcha forçada, à moda dos anos 1970. O endividamento relativo da empresa subiu quase cinco vezes de 2010 para 2014, de 1 para 4,77 (trata-se aqui da proporção entre dívida líquida e Ebitda ajustado). De 2013 para 2014, a dívida líquida ainda cresceu 27%.

O investimento vai cair mais, como anunciado; vai ficar uns 30% abaixo do planejado nos anos do delírio e mais ou menos na mesma em relação ao realizado em 2014. Em 2016, cai outra vez, uns 14%.

Motivos: excesso de dívida, falta de crédito da empresa na praça e, como se diz explicitamente no relatório do balanço, a queda do preço do petróleo, a alta do dólar e o nível de endividamento da empresa. A Petrobras vai ser menor, por um tempo, em parte por obra de Lula e Dilma.
Herculano
23/04/2015 06:57
APÓS APROVAR O AFANO, PMDB JOGA PARA PLATÉIA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), criticou com a lei que triplicou o fundo partidário, mas nada fez para impedir a iniciativa do seu próprio partido. Foi Renan quem indicou o autor da proposta, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que aliás lhe presta obediência, para ser o relator do Orçamento. A proposta original, já absurda, previa R$ 289,5 milhões, mas o fundo partidário terá R$ 867,5 milhões.

Último a saber
Com fundo partidário de R$ 867,5 milhões, os políticos já adotaram o financiamento público de campanha sem avisar quem paga a conta.

De fato, um escárnio
O ex-presidente do STF Joaquim Barbosa continua sintonizado com a opinião pública: chamou de "escárnio" o valor do fundo partidário.

Matando a unha
Apesar de declarar-se contra o impeachment, deputados próximos a Eduardo Cunha duvidam que ele vá se empenhar para salvar Dilma.

Marcando sob pressão
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, passou a quarta-feira percorrendo gabinetes em Brasília, pedindo a aprovação do projeto da terceirização.

Continua mistério do roubo de vigas de 40t no Rio
Dezessete meses depois, continua um mistério o furto de cinco vigas de 20 toneladas cada uma, no Rio, extraídas da demolição do Elevado da Perimetral, na zona portuária da cidade. O prefeito Eduardo Paes (PMDB) não se manifesta: "nada de novo", diz a assessoria. A Polícia Civil garante que as buscas "continuam". As vigas - avaliadas em R$ 14 milhões - mediam 40m de cumprimento e 60cm de espessura.

Inacreditável
O furto das vigas ocorreu em outubro de 2013, sem testemunhas até hoje. Não apareceu imagem de câmera de segurança, de celular, nada.

Prefeitura lava as mãos
As cinco vigas de 40 toneladas foram furtadas de um terreno cedido pela prefeitura do Rio, que, é claro, lavou as mãos.

A quem interessava o furto?
As vigas furtadas no Rio são feitas de um aço especial capaz de resistir à corrosão por 400 anos, por isso valem ouro na construção civil.

Desarticulou geral
O governo "jogou a toalha": estava desarticulado na CCJ da Câmara, na votação da admissibilidade da proposta que limita a 20 o número de ministérios. Ninguém do governo, do PT ou de qualquer partido aliado cabalou votos. Apesar disso, perdeu por pouco: 34x31.

SUS, não
O ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento) foi submetido ontem a cateterismo em São Paulo. Evitou o SUS: preferiu o admirado Hospital Sírio Libanês, como preferem dez em cada dez estrelas governistas.

Confisco
Deputados Chico Alencar (Psol) e Jandira Feghali (PCdoB) bateram boca na Câmara por causa do aumento do fundo partidário, que pulou para R$ 867,5 milhões. Ela adorou a tunga no bolso do cidadão.

Esquerda punhos de renda
"Bolivarianos" idolatram baixarias autoritárias tipo venezuelana, mas na escolha de embaixada para trabalhar, preferem a democrática Europa. O diplomata bolivariano Antonio Simões escolheu Madri, onde há cargo prometido à sua mulher. A Espanha ainda não digeriu sua indicação.

Espelho meu
Esta coluna revelou em 2014 um aluguel painéis eletrônicos, pelo Detran-DF, que é caso de polícia. Além de subutilizados, custam R$ 4,4 milhões anuais. O Tribunal de Contas do DF constatou sobrepreço.

O "fantasma" de Kátia
A ministra Kátia Abreu (Agricultura) jura que o "adido agrícola" que ela nomeou para a embaixada do Brasil em Moscou participa "ativamente" dos preparativos para assumir a boquinha. Mas na sua repartição, a superintendência federal de Agricultura na Bahia, jamais foi visto.

Ficou mudo
O ministro Manoel Dias (Trabalho), que não precisa fazer muito esforço para demonstrar inutilidade da sua repartição, mantém silêncio constrangedor sobre o projeto da terceirização.

Silêncio cúmplice
O Ministério Turismo finge naturalidade diante da revelação da coluna sobre uma servidora graduada, Marcela Dieckmann Jeolas, que ganha R$ 22,4 mil por mês sem trabalhar, segundo colegas, há quase 1 ano.

Pensando bem...
...Dilma, que já está no olho do furacão, preferiu não ver de perto, como deveria, a tragédia do tornado em Xanxerê (SC), inédito no Brasil.
Herculano
22/04/2015 22:09
O PT E O GOVERNO PERDERAM NO VOTO, ARGUMENTO E DISCURSO. AS EMENDAS DA TERCEIRIZAÇÃO PASSARAM NA CÂMARA.

Conteúdo do jornal O Estado de S.Paulo. Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (22) uma emenda que mantém na regulamentação de atividades terceirizadas pontos contrários ao que o Palácio do Planalto pediu para que fossem retirados do texto final do projeto de lei 4.330/2004.

A emenda nº 15, apresentada em plenário pelo relator, Arthur Oliveira Maia (SD-BA), recebeu apoio de 230 deputados. Outros 203 parlamentares votaram contra e quatro optaram pela abstenção.

Com a aprovação, o governo perdeu na tentativa de eliminar do texto a expressão "qualquer atividade", o que permite que uma empresa possa terceirizar toda e qualquer parte de sua operação.

O PT apresentou emenda para derrubar essa expressão, mas com a votação da emenda nº 15, a sua proposta ficou prejudicada e não foi apreciada.

O deputado Alessandro Molon (PT-RJ) acusou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de fazer "manobra regimental para impedir a transparência do voto dos parlamentares ao classificar como prejudicada a emenda petista.

O PT queria que durante a votação nominal sobre a permanência ou a retirada da expressão "qualquer atividade" para dar publicidade à escolha individual. "Houve uma tentativa de esconder o voto dos parlamentares", disse.
Herculano
22/04/2015 22:05
PT - A DESTRUIÇÃO DE UM IDEAL, por Alberto Goldman, ex- comunista, ex-MDB, ex-vice e governador de São Paulo pelo PSDB

Acompanho, cada vez mais surpreso e estarrecido, o que vem acontecendo com as investigações feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal a respeito do desvio de recursos públicos para garantir a manutenção do poder por parte do PT. Parecem não ter fim as ações criminosas reveladas, cometidas pelas principais lideranças desse partido em seu desejo incontido de manter o comando do país.

O mais impactante e surpreendente para mim que tenho origem política no pensamento e na ação dos movimentos de esquerda que recusaram o uso da luta armada para derrubar a ditadura militar/fascista que assumiu o poder após o golpe de 1964, é o grau de degradação a que chegou um partido, o PT, que se formou para construir uma sociedade socialista, humana, solidária, justa e democrática e que, após conquistar o governo através de eleições democráticas, passou a usar de todos os instrumentos possíveis, legais ou não, morais ou não, democráticos ou não, para preservar e prolongar o poder conquistado.

Sob o argumento de que estão transformando a vida, para melhor, de milhões de brasileiros, tudo passou a ser tolerado e justificado. A estrutura do Estado brasileiro, do qual se apropriou o partido, passou a servir ao objetivo de manutenção indefinida do poder, e não só a isso. Passou a ser a forma de viver e de usufruir a vida para centenas de seus líderes.

As últimas notícias dão conta que depoimentos de empresários - no caso o presidente e o vice presidente de uma das maiores empresas brasileiras, a Camargo Corrêa, feitos como confissão dos delitos cometidos para poder gozar de benefícios que a lei concede aos que decidem colaborar com a Justiça - reconhecem ter pago 110 milhões de reais em propinas para poder obter contratos com a Petrobras. Os pagamentos foram feitos a um diretor da empresa - Renato Duque - indicado pelo PT e a outro - Paulo Roberto Costa - indicado por um aliado, o PP, referendado pelo PT e pelo PMDB. Tudo operacionalizado por seus tesoureiros: no caso do PT por Delúbio Soares e, após a sua condenação, por João Vaccari Neto.

Essa é a soma fantástica que uma única empresa, entre 2007 e 2012, destinou aos partidos no poder. Imaginem as dezenas de empresas envolvidas, as centenas de contratos, em todos esses anos de governo petista - de 2003 a 2014 - quanto dispenderam para os partidos no poder vencerem as eleições, até a mais recente. E quanto foram beneficiados líderes, como José Dirceu e Antonio Palocci, que através de empresas de consultoria, faturaram milhões de reais em troca de sua influência política.

Sob o ponto de vista da evasão de recursos estatais, mais do que as propinas pagas, de 1% a 3% do faturamento que, em cada ano, foi de dezenas de bilhões de reais, foi o prejuízo da sociedade pelas decisões tomadas, pois muitos desses investimentos e gastos do setor estatal foram artificialmente e desnecessariamente realizados apenas para possibilitar e facilitar as propinas. Como exemplo a decisão de construir 4 refinarias de petróleo em regiões do país, decisão essa que acaba de ser revogada, após gastos bilionários, para que se termine, apenas em parte, apenas duas delas.

O PT foi criado para realizar um ideal - um sonho: a construção de uma sociedade socialista, justa, humana e solidária, presumivelmente democrática. O maior crime cometido por seus dirigentes foi justamente o de transformar esse sonho em uma verdadeira tragédia, que atinge não só os que honesta e patrioticamente aderiram ao PT durante esses anos, mas a todos que em outros agrupamentos políticos também buscam uma sociedade mais justa.

A destruição desse ideal é a terrível herança que o PT vai deixar. Nós, que viemos com os ideais das lutas da esquerda, temos dificuldade em nos declararmos como tal, vistos e confundidos agora com aqueles que ocasionaram um mal tão grande ao país e ao futuro das transformações pelas quais ansiamos.

Se o PT foi, algum dia, um partido de esquerda, se tornou a trincheira de interesses escusos que maculam a tradição de luta de milhões de brasileiros que, nos últimos quase cem anos, lutaram e morreram por uma sociedade melhor.

A meu ver isso justifica ações concretas para que nos libertemos daqueles que não souberam dignificar o papel a que se propuseram ao chegar ao governo. Vale dizer, nos libertemos do PT, de suas dilmas e de seus lulas.

Encontrar esse caminho, nos limites da Constituição vigente, deve ser o objetivo e é o desafio a todos os democratas.
Roberto Sombrio
22/04/2015 22:02
Oi, Herculano.

A Dilma anda sumida. Me falaram que enfiaram ela numa gaiola de hamster, onde tem aqueles carrocéizinhos para ela ficar rodando, fazendo exercício e pensando nas besteiras que fez até agora.

E o dinheiro da ponte que não chega.
Já escrevi aqui que o Zuchi e o Zé Ruela tinham que lavar muitos pratos para pagar a empreiteira e ainda não terminaram. Só depois disso, quando a Artepa Martins vistoriar a louça lavada e, se concordar com o montante apresentado, volta a montar o canteiro de obras. Será que volta? Acho que não volta.
A prefeitura devia usar aqueles tábuas que sumiram na Arema Multiuso e montar, lá no Ginásio João dos Santos, em um lado da ponte desdentada, uma escadaria para os pedestres e no outro uma rampa para os ciclistas e motoqueiros. Pelo estes poderiam encurtar o caminho até a outra margem, assim a ponte teria uma utilidade e não ficaria criando limo.
Herculano
22/04/2015 21:56
A PETROBRÁS MOSTRA O BALANÇO QUE O PT E O GOVERNO TENTARAM ESCONDER DOS BRASILEIROS TRANTANDO-OS COMO MANSOS E IMBECIS. A CORRUPÇÃO E O ROUBO COMERAM R$6 BILHÕES. A MÁ GESTÃO COLOCOU NO RALO R$22 BILHÕES DA MAIOR ESTATAL. VERGONHA, INCOMPETÊNCIA E INDECÊNCIA JUNTAS

O conteúdo é do jornal Folha de S. Paulo. O texto é de Samantha Lima, e Lucas Vettorazzo da sucursal do Rio de Janeiro. Com impacto do lançamento de perdas de R$ 6,194 bilhões relacionadas à corrupção e outros R$ 44,345 bilhões à reavaliação dos ativos, a Petrobras registrou, em 2014, prejuízo de R$ 21,587 bilhões ante o lucro de R$ 23,6 bilhões registrado em 2013.

A divulgação das demonstrações contábeis auditadas de 2014 em atraso, dos dois últimos trimestres e da anual, foi feita ao mercado às 19h23. As do terceiro trimestre estavam atrasadas havia 159 dias, e a anual, 22 dias.

De acordo com a consultoria Economatica, este é o primeiro prejuízo anual da Petrobras desde 1991, quando a estatal registrou perda de R$ 1,2 bilhão, segundo dados ajustados pela inflação.

No ano passado, a receita de vendas da companhia atingiu R$ 337,26 bilhões, alta de 11% ante 2013, graças aos reajustes nos preços do diesel e da gasolina autorizados pelo governo e o efeito do câmbio.

O endividamento total da companhia atingiu R$ 351 bilhões, um aumento de 31% em relação ao ano anterior.

Já a dívida líquida da estatal chegou a R$ 282,1 bilhões. O indicador de dívida líquida sobre geração de caixa saltou de 3,52 para 4,77 - um índice considerado saudável para o mercado é de 2,5. A dívida cresceu por conta das captações e da desvalorização do real.

Com os resultados, o novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou que a empresa não pagará dividendos (parcela do lucro distribuída entre acionistas) neste ano.
Arara Palradora
22/04/2015 19:56
Querido, Blogueiro!

Postado às 19:36hs.
Força, dr. Sérgio Moro!
Sua estratégia está perfeita, devagar se vai ao longe,
devagar se chega ao Lulla.

O PT precisa ser defenestrado por tanto mal que fez e faz ao país.

#MiopiaIdeológica

Voeeeiii...!!!
Herculano
22/04/2015 19:39
CAMIONEIROS VÃO PARAR A MEIA NOITE. VOLTA O INFERNO ÀS ESTRADAS.

Líderes de caminhoneiros anunciaram nesta quarta-feira (22) que vão começar uma nova greve a partir da meia-noite.

O anúncio foi feito após uma reunião entre representantes da categoria e integrantes do governo para decidir se haveria uma tabela de frete mínimo, pedido feito pelos caminhoneiros na greve realizada no mês de março.

Após quase dois meses de negociações, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, anunciou que o governo não faria uma tabela de frete mínimo, criando apenas uma tabela referencial. Grandes empresas eram contra a tabela mínima.

Após o anúncio, cerca de 50 representantes da categoria saíram do auditório da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) aos gritos de "O Brasil Vai Parar". Vários deles já se articulavam com outros líderes por mensagens de textos e redes sociais para iniciar a mobilização da categoria.
Herculano
22/04/2015 19:36
quando o PT é surpreendido por denúncias que o deixa vulnerável, pois está acostumado e treinado para o espetáculo e encurralar os adversários, ele acha defeito em quem o acusa, informa ou delata, com prova ou se deixa à própria exposição e execração pública, por arrependimento.

SÉRGIO MORRO: "CRIMES NÃO SÃO COMETIDOS NO CÉU", por Josias de Souza

Na sentença em que condenou oito pessoas acusadas de desviar dinheiro na Petrobras - entre elas os delatores Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef - o juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, defendeu a troca de delação por prêmios judiciais: "Sem o recurso à colaboração premiada, vários crimes complexos permaneceriam sem elucidação e prova possível. Em outras palavras, crimes não são cometidos no céu e, em muitos casos, as únicas pessoas que podem servir como testemunhas são igualmente criminosos'', anotou o magistrado na sentença.
Herculano
22/04/2015 19:27
COMO FUNCIONA A MÁQUINA DE LUDIBRIAR E ROUBAR. PARA CONTINUAR NO PODER, NO OFÍCIO E SER PERDOADA PELA JUSTIÇA, INVOCA-SE OS EMPREGOS DOS POBRES (E DOS RICOS LADRÕES)QUE SERÃO PERDIDOS. SE ESTA TESE PROSPERAR, OS BANDIDOS DO TRÁFICO E QUE ESTÃO ISOLADOS EM PRESÍDIOS, MERECEM A MESMA SORTE PARA CONTINUAR EMPREGANDO, MANDANDO EM SEUS GUETOS, NEGÓCIOS E COMEMORAÇÕES PARTICULARES.

O conteúdo é da Agência Brasil, oficial. O texto é de Carolina Gonçalves. A Operação Lava Jato, que investiga irregularidades na Petrobras, já desempregou 10 mil pessoas ocupadas pela indústria naval e pode gerar outros 30 mil desempregos nos próximos três meses, segundo estimativas do presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha.

Durante audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir os impactos das investigações na atividade econômica nacional, Ariovaldo informou hoje (22) que, indiretamente, 30 mil pessoas equivalem "tranquillamente a mais de 200 mil pessoas".

Rocha lembrou que a crise da estatal, intensificada no segundo semestre do ano passado, gerou uma queda de emprego de 4% entre novembro de 2014 até fevereiro deste ano, passando de 82,4 mil para 79,1 mil. "Este número já caiu em abril e chegou a 72,9 mil", acrescentou.

O sindicalista explicou que o problema começou quando a empresa Sete Brasil suspendeu o recurso para a construção de 28 sondas para Petrobras.

"A Sete Brasil tem contrato para construção de sondas com a Petrobras e nós temos com a Sete. No nosso contrato, a empresa está sem honrar pagamentos desde novembro. Está insuportável", disse, ao revelar que o volume de recursos atrasados somam de US$ 1 a US$1,5 bilhão.

Governadores e representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical foram convidados para o debate, de modo que relatassem a situação em seus estados e setores de atuação. Entretanto, apenas o prefeito do município de São Jerônimo (RS), Marcelo Luiz Schreinert, compôs a mesa ao lado de Rocha.

Para Schreinert, a cidade gaúcha foi afetada pela rescisão do contrato da Petrobras com a Iesa Óleo e Gás, responsável por obras de exploração de petróleo. Segundo ele, antes mesmo do início das investigações, a empresa enfrentava dificuldades por causa de mudanças no projeto pela estatal. O prefeito explicou que, com a rescisão do contrato, mil trabalhadores foram demitidos.

"O principal impacto em cidades pequenas, como o nosso caso, é na economia local. São atingidos restaurantes, hotéis e a empresa de onibus. Sobra tudo para os prefeitos, que têm de fazer a parte social e garantir condições para que as pessoas possam retornar [às suas atividades] ou sobreviverem nos municípios", destacou.

Ao descrever o contrato de obras em São Jerônimo, o prefeito disse que o total de recursos chega a US$ 900 milhões, gerando 4 mil empregos diretos e 8 mil indiretos. "Com a paralisia da Petrobras, ninguém assina cheque. Há uma inércia muito grande e essa é incidência direta da Lava Jato. Ninguém decide nada. Por isso, os empreendimentos estão em stand by ,sem receber o que lhes é devido", concluiu
Herculano
22/04/2015 15:36
JUIZ CONDENA EX-DIRETOR DA PETROBRÁS A SETE ANOS DE PRISÃO PELA LAVA JATO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. A Justiça Federal condenou o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro oriundo de desvios de recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), no município de Ipojuca, Pernambuco - emblemático empreendimento da estatal petrolífera alvo da Operação Lava Jato.

Paulo Roberto Costa, primeiro delator da Lava Jato, não recebeu perdão judicial e pegou 7 anos de 6 meses de reclusão. Deste total, serão descontados os períodos em que ficou preso na PF e em regime domiciliar, que cumpre desde outubro de 2014, com tornozeleira eletrônica.

Além de Costa, foram condenados o doleiro Alberto Youssef, peça central da Lava Jato, e outros seis investigados, entre eles o empresário Márcio Bonilho, do Grupo Sanko Sider. Delator da Lava Jato, Paulo Roberto Costa está em prisão domiciliar desde outubro de 2014. Em seus depoimentos, ele escancarou o esquema de corrupção na Petrobras e revelou o envolvimento de deputados, senadores e governadores no recebimento de dinheiro ilícito.

Segundo a denúncia, houve desvios de dinheiro público na construção da Refinaria, por meio de pagamento de contratos superfaturados a empresas que prestaram serviços direta ou indiretamente à Petrobras, entre 2009 e 2014. A obra, orçada inicialmente em R$ 2,5 bilhões, teria alcançado atualmente o valor global superior a R$ 20 bilhões.

Costa pediu perdão judicial pela colaboração que prestou, mas o juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato, não concedeu o benefício.

"A pena privativa de liberdade de Paulo Roberto Costa fica limitada ao período já servido em prisão cautelar, com recolhimento no cárcere da Polícia Federal, de 20 de março de 2014 a 18 de maio de 2014 e de 11 de junho de 2014 a 30 de setembro de 2014, devendo cumprir ainda um ano de prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, a partir de 1º de outubro de 2014 e mais um ano contados de 1º de outubro de 2015, desta feita de prisão com recolhimento domiciliar nos finais de semana e durante a noite", decretou o juiz.

"Embora o acordo fale em prisão em regime semiaberto a partir de 1º de outubro de 2015, reputo mais apropriado o recolhimento noturno e no final de semana com tornozeleira eletrônica por questões de segurança decorrentes da colaboração e da dificuldade que surgiria em proteger o condenado durante o recolhimento em estabelecimento penal semiaberto", impõe a sentença.

A partir de 1º de outubro de 2016, Costa irá para o regime aberto pelo restante da pena a cumprir, "em condições a serem oportunamente fixadas e sensíveis às questões de segurança".
Herculano
22/04/2015 14:49
QUEM DISSE QUE O POVO QUER TROCAR ACESSO À SAÚDE PÚBLICA, EDUCAÇÃO, HABITAÇÃO, SEGURANÇA E OBRAS ESSENCIAIS POR POLÍTICOS FAZENDO FARRA E DESPERDÍCIO COM O NOSSO DINHEIRO?

Fundo partidário "gordo" abre caminho para o financiamento público de campanhas, faz como título, Tereza Cruvinel, ex-presidente da empresa estatal de noticiais oficiais do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, PT, a Empresa Brasil de Comunicações. É a defesa explícita da ideia fornida pelo PT e o poder.

Não foi Dilma que triplicou o valor do Fundo Partidário mas ela fez muito em bem sancionar a mudança feita pelo relator-geral do Orçamento no Congresso, Romero Jucá, atendendo ao clamor dos partidos. Fez bem Dilma não apenas para evitar atritos com o Congresso, onde já tem problemas de sobra, mas para dar um primeiro impulso ao financiamento público de campanhas.

Um velho conhecedor do Congresso atribui o mau humor dos congressistas neste início de 2014 ao vermelho nas contas bancárias: quase todos estão com dívidas de campanha que não sabem como saldar. Não é mais possível arrecadar legalmente e ainda que fosse, as torneiras se fecharam sob o efeito da Operação Lava Jato. Embora ninguém tenha dito isso, está na cara que os partidos vão se valer de suas cotas do fundo para socorrer os aflitos de suas bancadas.

Com o nosso dinheiro? perguntará o leitor? Sim, com o nosso dinheiro, pois devemos todos pagar pelo funcionamento das instituições democráticas. E se assim já fosse, se não existisse o financiamento por doações de empresas, sairia mais barato para todos nós. Desnecessário repetir que assim como não existe almoço grátis, não existe doação eleitoral desinteressada. Cada centavo é sempre retribuído na forma de favores, benefícios e, quase sempre, vantagens indevidas para os financiadores. Corrupção.

Com um fundo partidário mais gordo, os partidos podem ir se desmamando das tetas privadas, que andam murchas ou temerosas. Agora em maio o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, promete dar início à votação da reforma política. Ele, seu PMDB, o PSDB e a maioria dos partidos preferem o financiamento privado. O financiamento público é defendido por PT, PC do B, PSB e PDT. A esquerda e alguns mais, ao centro. Não é provável que a medida seja aprovada nesta reforma mas mesmo assim, engordar o fundo partidário é um primeiro passo. Os que não estão na politica para fazer negócios verão que será muito melhor receber recursos do fundo público do que ficar passando o chapéu entre empresários, devendo favores que em algum momento terão de pagar.

Com as fontes privadas retraídas e dependendo mais do fundo, os partidos vão aprender fazer campanhas mais baratas, a começar da municipal do ano que vem.

O vice-presidente Michel Temer disse lá em Lisboa que por conta do ajuste fiscal o fundo gordo de R$ 868 milhões para este ano pode ser parcialmente contingenciado. Ele deve saber do que está falando mas ainda que sejam liberados apenas 50% da nova verba, haverá um alívio imenso para todos, da oposição e da base governista.

Haverá, sobretudo, a experiência de depender menos das doações privadas, num primeiro ensaio para o financiamento público. Com uma diferença: quando (e se um dia) ele vier mesmo, os partidos terão que fazer uma escolha: ou buscarão recursos privados ou se comprometerão, sob risco de punição, a gastar apenas a sua cota do fundo partidário.
Herculano
22/04/2015 14:31
A INDIGESTA MISTURA DO FUNDO PARTIDÁRIO COM O CAIXA 2 DE CAMPANHA, por Ricardo Noblat, de O Globo

Chocado com a notícia de que triplicaram os recursos do Orçamento da União destinados ao fundo que financia os partidos políticos? Ou simplesmente indiferente como se nada tivesse a ver com isso?

Pois se não sabe, saiba: o dinheiro que sustenta os partidos sai do seu bolso. Do meu. Do bolso de todos os brasileiros que pagam impostos. Logo...

Logo quando triplica o volume de recursos a serem embolsados pelos partidos, a notícia deveria nos interessar, sim. A não ser que estejamos nadando em dinheiro...

A não ser também que sejamos políticos. De preferência donos de partidos. Porque eles existem. É um ótimo negócio. Ganham roubando dinheiro do fundo e negociando apoio a outros partidos.

As repórteres Gabriela Valente, Júnia Gama e Luiza Damé, de O Globo, fizeram as contas e conferiram que as verbas para os partidos cresceram 490% em 20 anos. Eu disse: 490%.

Em valores atualizados, alcançaram a espetacular cifra de R$ 4 bilhões, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.

Para este ano estão previstos R$ 867,6 milhões. São 171,1% a mais do que os recursos de 2014.

É a maior dotação desde a Assembleia Constituinte de 1988 - e feita no momento em que o PT incentiva a discussão sobre financiamento público de campanha por conta dos escândalos de corrupção.

O Fundo Partidário tinha obtido outro aumento significativo na virada do governo Lula para o primeiro governo Dilma. Algo como 55%.

Se o reajuste das verbas do fundo garantisse, pelo menos, que o Caixa 2 de campanha deixaria de existir.. Ou que seria mais eficiente e dura a legislação que pune crimes de corrupção... Mas, não.

O mensalão, escândalo de pagamento de propinas a políticos e partidos, coexistiu, por exemplo, com os sucessivos aumentos no valor do Fundo Partidário.

O sempre lúcido deputado Miro Teixeira (PROS-RJ) observa sem dó nem piedade:

- O dinheiro do Fundo Partidário estragou os partidos políticos e criou uma volúpia de criação de novos partidos. Dessa maneira, sempre vai ter que aumentar o fundo, o que é absolutamente insano. Sem falar que esses recursos são negociados em troca de secretarias, para fazer coligações entre contrários, para repartir o governo e em seguida lotear o poder.

Miro vai adiante:

- O país precisa de muito dinheiro para Segurança, Habitação, Saúde e Educação. Não vejo como explicar ao povo que ele vai pagar milhões a campanhas para que os eleitos ganhem altos salários e possam nomear muitos assessores. Esse fundo não deveria nem existir. Os partidos têm que representar a população, e a população tem que estar engajada.

Perfeito!
Belchior do Meio
22/04/2015 14:22
Sr. Herculano:

No @coroneldoblog
"E o vice-governador de Minas, Antônio Andrade, que foi Ministro da Agricultura, o que tem a dizer da condecoração do Stédile?
Fala, moleque!"

O Editorial da Band questionou a atitude do governador PeTralha Dentes Vampirescos de estar insentivando o banditismo.
Ué, mas eLLes não são bandidos no poder há 12 anos?
Com o agravante que o Pimental foi guerrilheiro junto com a Anta -Mor. Tudo PuTaria deste ParTido de restolho escarlate.

E no Blog do Orlando Trambosi
"E como se sente o 'dilmista' Raimundo Colombo, governador de um
estado que maciçamente, rejeita Dilma?"

Deve se sentir um abobalhado que caiu do caminhão de mudanças ...
Juju do Gasparinho
22/04/2015 14:01
Prezado Herculano:

Postado às 08:07hs. - Cláudio Humberto
É um escárnio.

Postado às 09:02hs. - Josias de Souza
Isto também é um escárnio.

Mas isto aqui, não é nenhum escárnio.

"A quadrilha está com medos.
Escrito por Manoel Santos.
Quanto mais medos o partido-quadrilha de LuLLa tiver de algo ou alguém, mais eu torço para que o partido-quadrilha de LuLLa tenha mais medos de "algos" ou "alguéns".

O partido-quadrilha de LuLla está se borrando de medo de uma nova prisão do Zé, o ladrão do povo brasileiro. Faz sentido. Preso de novo? Será que fica quieto? Eu acho que não, já que, se preso novamente, o Zé perde."

Mais um bandido no seu devido lugar.
Herculano
22/04/2015 13:18
NÃO TEM JEITO. OS POLÍTICOS SÃO INSACIÁVEIS PARA ALCANÇAR OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS EM JOGADAS BEM ARMADAS. E NEM DISFARÇAM MAIS DIANTE DA NOSSA PASSIVIDADE E DA FALTA DE INSTRUMENTOS POPULARES PARA SE FREAR ESTA VOLÚPIA.

OLHA SÓ ESTA. RENAN, PMDB, PRESIDENTE DO SENADO, DIZ QUE DILMA "FEZ O PIOR" AO ANUNCIAR REDUÇÃO DO FUNDO PARTIDÁRIO.

MAS FOI O PMDB QUE INTRODUZIU ESTA ABERRAÇÃO NO ORÇAMENTO. E QUEM FEZ FOI UM FIEL ESCUDEIRO DE RENAN. O PMDB PRESSIONOU POR ESTE RESULTADO, A MONTANHA DE DINHEIRO APRA OS POLÍTICOS E OS PARTIDOS. O PT COMPROU INTEGRALMENTE A IDEIA PORQUE ESTÁ MAL DAS PERNAS FINANCEIRAMENTE.

COMO ESTÃO TODOS EXPOSTOS, O PMDB, COMO QUALQUER GIGOLÔ DO PODER NO QUAL SE ESPECIALIZOU, ESTÁ PONDO A CONTA NO COLO DOS OUTROS E CHANTAGEADO: SE CORTAR AGORA, VAI TER TROCO.

O conteúdo é do jornal Folha de S. Paulo. O texto é de Gabriela Guerreiro, da sucursal de Brasília. Em mais uma crítica a Dilma Rousseff, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira (22) que a petista fez o que "havia de pior" ao sinalizar que vai contingenciar recursos do fundo partidário, ampliados pelo Congresso durante a votação do Orçamento de 2015.

Renan afirmou que Dilma deveria ter vetado o aumento dos recursos do fundo ao invés de trabalhar pela sua redução, uma vez que o assunto foi incluído no Orçamento sem um "debate suficiente" pelo Legislativo.

"A presidente fez o que havia de pior. Ela sancionou um aumento incompatível com o ajuste [fiscal] e disse desde logo que vai contingenciar. Ou seja: ela fez as duas coisas ao mesmo tempo e errou exatamente dos dois lados", atacou Renan.

"Ela deveria ter vetado, como muitos pediram, porque aquilo foi uma coisa aprovada no meio do Orçamento sem que houvesse um debate suficiente sobre ela. De modo que aconteceu o pior", completou.

O aumento nos recursos do fundo partidário foi incluído no Orçamento de 2015 pelo relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), fiel aliado de Renan. A ampliação ocorreu minutos antes de a proposta ser aprovada pelo plenário do Congresso, mas contou com o apoio da maioria dos partidos ?que são diretamente beneficiados com o aumento do dinheiro do fundo.

CORTES
Responsável pela articulação política do governo, o vice-presidente Michel Temer disse nesta terça (21) que as verbas ampliadas para o fundo partidário poderão ser alvo de cortes.

As declarações de Temer, em visita oficial a Lisboa, foram feitas um dia após a presidente sancionar o Orçamento de 2015 sem vetar a proposta que triplicou os recursos destinados ao fundo, uma das principais fontes de recursos das siglas.

O vice-presidente defendeu o novo valor aprovado, que foi de R$ 289,5 milhões para R$ 867,5 milhões, acrescentando que uma parte ainda pode ser retida.

Questionado sobre o fato de o PMDB ter defendido o veto à triplicação de recursos, Renan não quis responder. Temer, por sua vez, disse que o aumento dos valores do fundo não prejudica o ajuste fiscal. "O PMDB teve essa preocupação, tendo em vista o ajuste fiscal. Mas as importâncias, penso eu, não são tão significativas, mas são relevantes para a atuação partidária", disse o vice-presidente.

De acordo com a classificação orçamentária, a verba do fundo partidário é considerada despesa obrigatória e, portanto, não sujeita a cortes pelo Executivo.

Consultado pela Folha, Jucá disse não ver brecha para eventual bloqueio dos recursos. Em tese, o governo pode propor uma alteração da lei para reduzir os recursos do fundo, mas esta dependeria de aprovação do Congresso.
Herculano
22/04/2015 09:02
JOAQUIM BARBOSA E O FUNDO PARTIDÁRIO: "ESCÁRNIO", por Josias de Souza

O ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, plugou-se no Twitter na madrugada desta quarta-feira para comentar o valor que deputados e senadores enfiaram dentro do Orçamento da União para custear o fundo partidário em 2015.

"Escárnio", Barbosa anotou. "Congresso aprova verba de quase R$ 900 milhões anuais para partidos políticos", prosseguiu, arredondando para o alto a cifra de R$ 867,5 milhões sancionada por Dilma Rousseff. "Para que doações de empresas privadas?", indagou.

Na versão original do projeto orçamentário, o valor destinado ao fundo partidário era de R$ 289,5 milhões. A cifra foi triplicada pelo relator da proposta, o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Aprovada pelos congressistas, a peça foi à mesa de Dilma.

Em tempos de ajuste fiscal, a presidente renderia homenagens à lógica se tivesse exercido o seu poder de veto. Mas, politicamente debilitada, ela preferiu ser incoerente a comprar briga com o Legislativo.

Sem citar Dilma, Barbosa acomodou meia dúzia de pulgas no dorso da orelha de seus seguidores nas redes sociais: "R$ 900 milhões para partidos políticos: procure saber em detalhes como essa montanha de dinheiro é gerida pelos caciques partidários."

Pela lei, a dinheirama transferida do bolso do contribuinte para o fundo partidário pode ser usada para a manutenção das sedes e serviços do partido. Estão autorizados os gastos com: 1) pagamento de pessoal (no máximo 50% do total); 2) propaganda doutrinária e política; 3) alistamento e campanhas eleitorais; 4) criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa, de doutrinação e educação política (mínimo de 20%); e 5) criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres (mínimo de 5% do total).

Joaquim Barbosa semeia em solo fértil ao insinuar que a "a montanha de dinheiro do fundo" não é bem gerida pela caciquia dos partidos. Nessa seara, as legendas fingem que prestam contas e o Estado faz de conta que audita. Ao triplicar o valor da brincadeira, os congressistas atiçaram as lupas. Talvez se arrependam.
Herculano
22/04/2015 08:28
QUEM QUER DINHEIRO? por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

O autógrafo de Dilma Rousseff oficializou a primeira contribuição dos políticos ao ajuste fiscal: triplicar a verba pública destinada a eles mesmos, por meio de repasses do fundo partidário.

O governo previa gastar R$ 289,5 milhões com as legendas, valor semelhante ao liberado nos últimos anos. O Congresso ignorou a crise e elevou a despesa para R$ 867,5 milhões. Com a base parlamentar em frangalhos e a popularidade na lona, Dilma sancionou a mudança. O jamegão mostra, ao mesmo tempo, a fraqueza política da presidente e a dificuldade que ela ainda terá para aprovar suas medidas de arrocho.

O aumento do repasse aos partidos desmoraliza o discurso de austeridade do governo. Após prometer uma "pátria educadora" e tesourar R$ 7 bilhões da educação, Dilma dá sinal verde à farra do fundo.

É como se a presidente vestisse o terno do apresentador Silvio Santos e saísse atirando aviõezinhos de dinheiro para o ar. A diferença é que as verdinhas, em vez de alegrar as "colegas de auditório", engordarão os bolsos dos dirigentes partidários.

Vai sobrar para todo mundo, inclusive para quem não tem voto. Sem uma única cadeira no Congresso, PCB, PSTU, PCO e PPL levarão R$ 1,4 milhão cada um. Outras oito siglas nanicas, com até três deputados, dividirão um bolo de R$ 51,4 milhões. Embora a economia esteja parada, criar partido político continua a ser um bom negócio no Brasil.

A emenda que turbinou o fundo partidário foi apresentada pelo senador Romero Jucá, do PMDB. Ele afirmou que é o "início da discussão do financiamento público das campanhas", mas se esqueceu de dizer que em 2015 não haverá eleições.

O fim das doações privadas é uma ideia interessante, mas não deve ser decidida com uma canetada no Orçamento. Por enquanto, os políticos ficam com o melhor dos mundos: aumentaram os repasses do Tesouro e continuarão a passar o chapéu entre bancos e empreiteiras.
Herculano
22/04/2015 08:23
UMA FÁBULA DA MODERNIDADE, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S.Paulo

Os governantes inauguram bibliotecas, os empreiteiros e a privataria tomam conta; a patuleia que paga, dança

O grande poeta Cacaso (1944-1987) fez um versinho que pareceu datado e revelou-se eterno:

"Ficou moderno o Brasil,

ficou moderno o milagre.

Água já não vira vinho.

vira direto vinagre."

A modernidade do século XXI tem os velhos toques de arquitetura futurista, mais privataria e terceirizações. Somando-se a isso, cria-se uma boa página da internet e, tchan, o futuro chegou.

Quem passa pela avenida Presidente Vargas, no Rio, vê um lindo prédio branco. É a Biblioteca Parque, do governo do Estado. Foi uma joia da coroa da campanha do candidato Pezão, que prometeu construir mais onze. Inaugurada em 2013, foi entregue à empresa Instituto de Desenvolvimento e Gestão, o IDG. Funcionava ali outra biblioteca pública, resultado de uma iniciativa de D. Pedro 2º. Às vezes ia bem, depois ia mal. Darcy Ribeiro remodelou-a, mas no governo Sérgio Cabral decidiu-se passar o Rio a limpo. O velho prédio foi demolido. No lugar, ergueu-se o outro, moderno e lindo. (Com isso os empreiteiros e fornecedores de serviços faturaram pelo menos R$ 71 milhões.) Com o milagre, a água viraria vinho.

Virou vinagre. Um ano depois de sua festiva inauguração o IDG resolveu reduzir o horário de atendimento. A instituição funcionava das 10h às 20h. Funcionará das 12h às 18h30 de terça a sexta e não abrirá mais nos fins de semana. A empresa tem seus motivos, pois Pezão lhe deve R$ 10 milhões. Vale notar que o novo horário exclui todos aqueles que trabalham na região e que o IDG acha problemático abri-la no fim de semana. São muitas as grandes cidades brasileiras que não têm bibliotecas abertas aos domingos, mas se o Rio quiser mudar de patamar, não feche a sua.

Construir ou reformar bibliotecas rende imediatos faturamentos e cerimônias. Mantê-las é outra história, coisa que depende de recursos e servidores dedicados. Pezão tropeçou nessa ponta dessa equação. Em outros casos, piores, caiu-se na primeira, na qual paga-se parte da obra e deixa-se a instituição à matroca. A Biblioteca Nacional de Brasília, construída em 2002 tornou-se um excelente salão de leitura e centro de exposições, mas biblioteca nacional não é. A Biblioteca Pública do Rio Grande do Sul está fechada para reformas há oito anos. A Câmara Cascudo, de Natal, e a Pública de Maceió estão em reformas, fechadas há quatro anos. A biblioteca municipal de Manaus, fechada há três anos, foi ocupada por moradores de rua e depredada em setembro do ano passado. Isso para não se falar do Museu do Ipiranga, fechado desde 2013, com reabertura prevista para 2022. De tempos em tempos a cripta onde deixaram D. Pedro 1º vira mictório.

Muito mais importante do que construir novos prédios e contratar administradores privados é cuidar direito do que já existe, com os servidores que lá estão. Uma das Bibliotecas Parque do governo do Rio, logo a da Rocinha, foi apanhada num lance de superfaturamento.

Numa trapaça da vida, a única biblioteca criada nos últimos meses funcionou, inclusive aos domingos, na carceragem de Curitiba, onde os empreiteiros presos pela Lava Jato compartilharam suas leituras de bordo.
Herculano
22/04/2015 08:17
OITO GRANDES EMPRESAS BRASILEIRAS ESTÃO AMEAÇADAS DE REBAIXAMENTO INTERNACIONAL NA SUA NOTA DE CRÉDITO

Entraram na relação de "potenciais anjos caídos", nome dado pela agência às companhias Baa3 (última nota antes do grau especulativo) com perspectiva negativa ou em revisão para rebaixamento, cinco empresas: AES Tietê, Bandeirante Energia, Espírito Santo Centrais Elétricas, Energest (do setor elétrico) e a construtora Odebrecht.

Em dezembro, eram Braskem, Eletrobras e Sabesp (a lista da Moody's considera apenas companhias não financeiras)

Agora, o Brasil ocupa a primeira posição na lista, ao lado dos Estados Unidos, também com oito empresas.
Herculano
22/04/2015 08:13
PESQUISA MOSTRA COMO AS SACANAGENS DOS POLÍTICOS TRAZEM INSEGURANÇA E AFETAM DRASTICAMENTE A ECONOMIA DO BRASIL

O clima de guerra na política é uma das principais preocupações para os empresários brasileiros. Segundo pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), 47% das empresas apontaram o ambiente político como um fator que está influenciando negativamente os seus negócios neste começo de 2015.

Nos índices divulgados pelo Valor, o setor dos empresários da construção - 54,4% deles ? foi o que mais apontou a interferência negativa do fator político nos negócios.

Entre os consumidores, 45,9% dos entrevistados apontaram o noticiário político como um elemento que influencia sua percepção do momento atual, que tem piorado muito.

"A intensificação da queda pode estar associada ao cenário político, mas sua causa principal ainda é a falta de perspectiva econômica", avalia o Aloisio Campelo Junior, superintendente-adjunto de ciclos econômicos do Ibre-FGV
Herculano
22/04/2015 08:07
LULA CHEGOU A NOMEAR VACCARI PRESIDENTE DA CAIXA, por Cláudio Humberto na coluna que publicu hoje nos jornas brasileiros

A língua do ex-tesoureiro do PT João Vaccari é muito temida em razão de suas ligações íntimas com o ex-presidente Lula. São tão ligados que Vaccari chegou a ser nomeado presidente da Caixa Econômica Federal no primeiro governo Lula. Não assumiu porque não tinha nível universitário. Depois, Vaccari fez o curso de Relações Internacionais de olho na boquinha. Mas era tarde. O supercargo na Caixa nunca veio.

Mal intencionado
A pretensão de Lula, nomeando Vaccari na Caixa, causou estranheza até nos lulistas mais empedernidos. Sabe-se agora porquê.

Escolhido a dedo
Stalinista fervoroso, Vaccari virou tesoureiro do PT pela fidelidade a Lula. É capaz de pegar pena longa para proteger o ídolo.

Nervosismo
Lula não parece seguro quanto à lealdade de Vaccari, a julgar pelos recados nervosos enviados ao ex-tesoureiro.

Soldado leal
Vaccari foi ao sacrifício na cooperativa dos bancários de São Paulo (Bancoop) para "limpar" o roubo, por lealdade a Lula e ao PT.

Indicado para embaixada cria saia justa em Madri
O Itamaraty anda incomodado com a demora do governo espanhol de conceder agrément (o "de acordo") para que o diplomata Antônio Simões assuma a chefia da embaixada do Brasil em Madri. O silêncio espanhol encoraja a informação, difundida por diplomatas, de que a indicação de Simões não foi bem recebida. O motivo: suas ligações ao "bolivarianismo" rastaquera da Venezuela, que hostiliza a Espanha.

Silêncio gritante
Em diplomacia, raramente um país rejeita o agrément; apenas o ignora. A embaixada da Espanha desconhece qualquer rejeição a Simões.

Ode às antas
O ídolo de Antonio Simões, como todo "bolivariano", era o semi-ditador Hugo Chávez. Para essa gente, a anta do Nicolas Maduro é o máximo.

Plano B
Confirmada a rejeição espanhola, o governo brasileiro pode ainda fazer de Simões cônsul-geral em Madri, que dispensa o agrément.

Só papo
Governistas espalham que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai tentar dificultar a sabatina de Luiz Edson Fachin, indicado de Dilma para o Supremo Tribunal Federal. Pura lorota. Raposa política, Renan não atrapalharia quem pode ajudá-lo. E muito.

Tristeza de ministro
No primeiro dia de trabalho como ministro dos Direitos Humanos, Pepe Vargas confirmou sua descrença no futuro do Brasil e disse ser preciso agilizar os processos de adoção internacionais de crianças brasileiras.

Estacionamento
A decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de construir novo prédio de anexo e estacionamento deixa receosos os funcionários da Casa, que dizem que o novo estacionamento será cobrado.

Rede sem papel
A ex-senadora Marina Silva (PSB) tentou, semana passada, justificar o atraso na criação do seu partido, o Rede Sustentabilidade: "Pergunte aos cartórios", insinuou a ex-candidata à Presidência da República.

#ForaDilma
Petição online pelo impeachment de Dilma Rousseff está prestes a atingir a marca das duas milhões de assinaturas. O pedido está disponível no site de petições "amigo" do PT, Avaaz.

Arte e indústria
CNI, Sesi e Senai promovem, sexta (24), a 5ª edição do Prêmio Marcantonio Vilaça. Dois dos premiados ganharão bolsas-residência para a Manchester Metropolitan University (Inglaterra). O evento inclui uma homenagem à artista Amelia Toledo, no MAC, de São Paulo.

Antiga lorota
A resolução do PT "Um partido para tempos de guerra" critica o modelo capitalista "subordinado aos Estados Unidos", nação que cresceu 2,4%. Diz que o caminho é o fortalecimento do socialismo, apoiado em países com previsões de... recessão em 2015, como Venezuela e Argentina.

Gastadores
Manoel Júnior (PB) é o deputado do PMDB que mais gastou com a verba indenizatória nos três primeiros meses do ano: R$ 91.153. O petista que mais gastou na Câmara é José Airton Cirilo (CE): R$ 86 mil.

Pensando bem...
...se denúncias de corrupção levarem à prisão o novo tesoureiro do PT, Márcio Macedo, o partido poderá pedir música no Fantástico.
Herculano
22/04/2015 07:53
CAIXA-PRETA NA INTERET, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Financiamento oficial a sites de militância política mal começa a ser investigado; caso mais recente envolve blogueiro anti-Dilma

Há pouco mais de um mês, não chegou a causar surpresa a notícia de que o então secretário de Comunicação Social da presidente Dilma Rousseff (PT), Thomas Traumann, admitia em documento reservado o uso de robôs para multiplicar o conteúdo pró-governo nas redes sociais.

Longe de refletir a opinião de cidadãos autônomos, mensagens são disseminadas automaticamente por dispositivos eletrônicos - e, nas últimas eleições, tanto governo como oposição terão recorrido a tais amplificadores de prestígio.

Em tese, não há nenhum problema quando forças políticas organizadas se empenham na militância eletrônica. A questão é conhecer quem paga, quem produz, quem organiza a propaganda. Sabe-se pouco a esse respeito no Brasil.

Ao observar que os robôs petistas foram desligados após as eleições, Traumann não dava detalhes quanto a isso; o fato de a avaliação provir de um ministro de Estado foi suficiente, contudo, para gerar grande desconforto. Terminou, como se sabe, em sua demissão.

Mal-estar semelhante acomete, agora, setores do PSDB. Revela-se que o responsável por um popular site de oposição a Dilma recebe, pelo menos desde outubro do ano passado, R$ 70 mil mensais, oriundos da Subsecretaria de Comunicação do Estado de São Paulo.

A operação, como de praxe, não é simples. Fernando Gouveia, ou Gravataí Merengue, como assina, tem uma firma de consultoria, a qual foi contratada pela agência de publicidade Propeg, dentro dos serviços prestados por esta ao governo de Geraldo Alckmin (PSDB).

Oficialmente, a Propeg recorre ao blogueiro para serviços de "revisão, desenvolvimento e atualização das estruturas digitais". Gouveia afirma que as opiniões de seu site são dadas a título pessoal.

Quanto ao governo paulista, este declina de responsabilidades; atribui à Propeg a decisão de contratar Gouveia e demonstra um compromisso com a transparência que não pode ser levado a sério.

Após solicitação da reportagem, disponibilizou 88 caixas de documentos com gastos de publicidade, sem indicar a localização dos contratos com a empresa de Gouveia - ainda não se sabe quanto ganhou por serviços prestados desde junho de 2013. Estratégia com o claro propósito de afastar a investigação da verdadeira caixa-preta.

Anúncios oficiais de governo se justificam para campanhas de utilidade pública; no caso paulista, o combate ao desperdício de água e ao mosquito da dengue merecem recursos legítimos de propaganda.

Cabe perguntar, todavia, que parcela das verbas públicas alimenta, por baixo do pano, grupos de militância a favor dos interesses das autoridades - tucanas, petistas, peemedebistas, pouco importa. Pois, com tudo o que tem de moderno, a internet se rende à intransparência e ao arcaísmo da política brasileira.
Herculano
22/04/2015 07:44
ELE SABE, PORQUE ESTEVE LÁ, por Carlos Brickmann

A frase é de um sábio, o empresário que reergueu a Folha de S.Paulo, Octavio Frias de Oliveira: a vantagem do idoso é que já viu tudo acontecer, e ao contrário também. Fernando Henrique é inteligente e idoso; um idoso que estudou muito, estuda muito até hoje, deu aulas no Brasil e no Exterior, conheceu derrotas e vitórias, reuniu e comandou a equipe que criou e implantou o Plano Real, foi presidente da República. Conhece - faz tempo - todos os lados do balcão. Pode errar, frequentemente errou; mas o que diz deve ser ouvido e levado em conta, mesmo que para discordar.

As manifestações contra Dilma, somadas às pesquisas, mostram um Governo politicamente fraco, sem rumo, refém de aliados não muito recomendáveis. As investigações do Petrolão, e as violações apontadas pelo Tribunal de Contas nas contas públicas, reforçam a tese do impeachment. Até Aécio, sempre cauteloso, aderiu a ela. Fernando Henrique é contra - não por gostar de Dilma ou de Lula, mas em defesa das instituições.

Na opinião de Fernando Henrique, cabe à Polícia encontrar provas de que Dilma cometeu crime de responsabilidade. Cabe ao Ministério Público denunciá-la. E só então os partidos, respaldados por evidências jurídicas, devem analisar politicamente a conveniência da medida extrema.

Fernando Henrique sofre ataques até dos aliados. Mas sabe que isso não tem importância. Importante é estar certo. E ele tem certeza de que está.

QUEM É QUEM
Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado, promete formalizar o pedido de impeachment de Dilma até maio, com apoio de Aécio.

Só que Fernando Henrique se elegeu presidente duas vezes e Aécio foi derrotado.

O FATO EM SI
A propósito, a discussão é teórica. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB fluminense, já disse que não receberá o pedido de impeachment a menos que lhe tragam fatos novos (que ainda não existem). Para Cunha, a situação atual é ótima: Dilma depende dele e faz o que ele quer. Por que iria contribuir para afastar uma presidente tão prestimosa?

PROVOCAÇÃO
O oposicionista Fernando Henrique é contra o impeachment. A presidente da República, em vez de ajudá-lo (e ajudar-se), não para de dar motivos para quem é favorável a seu afastamento. O último: considerando que as empreiteiras decidiram não contribuir para as próximas campanhas, aprovou um brutal aumento da verba pública a ser dada de presente aos partidos.

Cortes de despesas? Isso é para setores menos importantes, como Educação, Saúde, aposentados. O Fundo Partidário foi triplicado, dos previstos R$ 289,5 milhões para R$ 867,5 milhões. O PT de Dilma recebe a maior fatia, R$ 116 milhões.

Você, caro leitor, paga a campanha deles.

O DIA QUENTE DE HOJE
A Petrobras divulga hoje seu balanço, auditado, às 18h. Se for bem aceito pelo mercado, a vida da empresa melhora muito. Se não for bem aceito, piora. O balanço está atrasadíssimo: deveria ter sido divulgado no segundo semestre do ano passado e já foi adiado duas vezes, por dificuldades no cálculo do que foi subtraído no Petrolão.

O atraso na publicação do balanço autoriza os credores a cobrar antecipadamente as dívidas - uma quantia difícil de ser paga a vista, algo como R$ 300 bilhões.

AMANHÃ É OUTRO DIA
Vale a pena prestar atenção: às 9h30 de amanhã, quem depõe na CPI da Petrobras é Augusto Mendonça Neto, da Setal, um dos delatores premiados que acusaram João Vaccari Neto de receber propinas em nome do PT. A ligação do PT ao Petrolão pode trazer-lhe grandes problemas jurídicos.

E A VIDA SEGUE
Escandalizado? Nada está tão ruim que não possa piorar. O general paraguaio Juan Antonio Pozzo Moreno disse ao jornal ABC Color, de Assunção, que se a Controladoria Geral do Paraguai e o Tribunal de Contas do Brasil investigarem a Itaipu Binacional, "o escândalo da Petrobras será nada mais que uma simples anedota".

Pozzo Moreno cita o deputado paranaense Luiz Carlos Hauly, do PSDB, que pediu maior controle sobre a empresa. Desde sua criação, disse Hauly, citado por Pozzo, Itaipu nunca teve supervisão externa, "nem do Paraguai nem do Brasil". A Petrobras tinha e mesmo assim ocorreram problemas. Imaginemos sem supervisão.

RETRATOS DO BRASIL
Obedecendo a resolução do CNJ, o Tribunal de Justiça do Rio divulgou sua folha de pagamento. Um juiz, mesmo em início de carreira, pode receber de R$ 40 a R$ 150 mil reais por mês (o teto seria de R$ 24.117,62). Em dezembro de 2011, um desembargador recebeu R$ 511 mil (outro, só R$ 462 mil). Há juízes que recebem R$ 400 mil anuais por "vantagens eventuais".

E lembre, caro leitor, são seus empregados. Você é que os paga.
Herculano
22/04/2015 07:21
HOJE, SÓ AMANHÃ, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo.

Elite política esquece que problemas e riscos econômicos de 2016 já estão aqui para serem enfrentados

A GENTE ESTÁ mais enfurnada do que de costume nos problemas domésticos do Brasil, absorta nas minúcias do cotidiano das crises. Viver da mão para a boca não vai prestar, nunca presta, ainda menos se a gente considera uma lista breve de problemas à espreita na próxima esquina (um, dois anos, é uma piscada).

Conviria pensar no seguinte:

1) O ajuste fiscal em 2015 está difícil? O de 2016 é um problema quase do mesmo tamanho;

2) A chuva boa afastou o risco de racionamento de energia até, pelo menos, novembro. Não deve haver racionamento caso continue a chover "na média histórica" e o país continue a usar ao máximo as fontes de energia mais caras e poluentes. E 2016?

3) A alta dos juros nos EUA parece o lobo da história infantil, um alarme falso frequente sobre um risco incerto. Mas algum tumulto virá daí. No mínimo, será marco importante da mudança do jeitão da economia mundial;

4) Os traços gerais do novo jeitão da economia mundial vêm sendo descritos faz uns cinco anos. Assim lenta, a mudança parece não fazer grande diferença para o Brasil. É ilusão de ótica.

Reduzir o buraco das contas do governo de modo emergencial tem sido um problemão. Deve ser feito o mínimo necessário para o país não arrebentar, a muito custo e a machadadas (cortes brutais em investimentos do governo), não há alternativa agora. Em 2016, o problema continua: o superavit teria de aumentar, mas é improvável que a receita de impostos aumente a contento, e ainda haverá "restos a pagar" de Dilma 1. Será outra guerra, se não se cuidar do assunto com antecedência. Não se trata aqui nem de "reforma estrutural dos gastos", mas de evitar recaída na crise grave. Para fazer um serviço mais limpo, será preciso haver plano novo.

Energia cara, chuva na "média histórica" e economia estagnada devem nos livrar do racionamento de eletricidade também em 2016 (pelo ora previsto, o crescimento da economia deve só repor o prejuízo de 2015). Dilma 2 apenas desmontou o sistema ruinoso de Dilma 1. Mas não há plano de reforma ou de contenção planejada de consumo.

Suponha-se que a alta dos juros americanos seja muito gradual e não cause estragos súbitos no mundo e no Brasil. Muita gente entendida e poderosa acha isso improvável. Muitos dos otimistas acham que, por ser tão gradual, não haverá tanto dano assim. Mas uma alta tão gradual dos juros deve significar que a economia mundial estará andando muito devagar ainda. O Brasil precisa acelerar seus consertos para lidar com isso.

O novo jeitão da economia global terá juros americanos em alta depois de nove anos (crédito mundial mais escasso), crescimento chinês declinando para metade do que foi nos anos 2000-10, preços em baixa de exportações importantes do Brasil, perda ao menos momentânea da graça do pré-sal, novos concorrentes para nossa indústria isolada e envelhecida (vizinhos da China e mesmo México) e os imprevistos de sempre (haveria agora uma arrancada indiana? Um novo crash? Novidades que ninguém estaria enxergando?).

Em tese, nenhuma notícia boa para o Brasil, ainda mais este Brasil avariado. Mas dá para encarar, se não ficarmos concentrados apenas no nosso umbigo sujo.
Herculano
21/04/2015 20:58
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

E o feriadão? Tiradentes devia ser o padroeiro do Brasil: todo mundo com a corda no pescoço! E passar o feriadão de Tiradentes em Minas não é turismo, é insurreição! Rarará!

E se Tiradentes estivesse vivo ele seria dentista no SUS!

E ninguém mais sabe quem foi Tiradentes. Perguntaram para um menino: "Você sabe quem é Tiradentes?". "Sei, um feriado!" Isso! Tiradentes é um feriado!

Tiradentes foi enforcado, esquartejado e salgado por não pagar imposto, o quinto!

Se fosse hoje ele seria passado numa máquina de moer carne. Virava hambúrguer. Quibe. Quibe mineiro. Rarará!

E trabalhar em feriadão dá "grastite, escrisofinia, enframação na prósta e calo no chifre".
15 x 15 =13
21/04/2015 20:20
Herculano,

Nao publique mas de uma olhada no site prefeitura daqui de Botuvera e veja quem o incompetente do prefa daqui trouxe de Gaspar o que ai nai servia...

Temos nova secretária de saude experiente...kkkkkk
Arara Palradora
21/04/2015 20:11
Querido, Blogueiro!

A dica de Sidnei Luis Reinert foi acatada aqui em casa.
Deixa o bofe abrir a boca pra ouvir os estampidos.

Voeeeiii...!!!
Anônimo disse:
21/04/2015 20:03
Herculano, furacão no Brasil. Culpa da Dilma e do PT.

Blog do jornalista Políbio Braga.

"Os caminhoneiros vão parar novamente no dia 23 (quinta-feira) caso suas reivindicações não sejam atendidas pelo governo federal. Nesta terça-feira (21), termina o prazo pedido pelo governo para um entendimento com o setor de cargas e conceder a principal exigência dos caminhoneiros - a tabela de custo que possa embasar um preço mínimo para o transporte de mercadorias. Os representantes da categoria alertam para o risco de greve geral, caso não seja fechado acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto".

Força, caminhoneiros!
Mariazinha
21/04/2015 19:53
Seu Herculano:

Lendo o que o sr. posta sobre a podridão de um ParTido PolíTico vê-se
a cada enxadada uma minhoca.

Família (Vaccari) que rouba unida permanece unida, na cadeia.
Fica a dúvida, como um ParTido SEM MORAL pode indenizar uma AMORAL por danos MORAIS. É muita IMORALIDADE!

Bye, bye!
Herculano
21/04/2015 19:39
REGISTRO

Morreu e foi enterrado hoje Tibúrcio Carmelo Bogo. ele tinha 80 anos e foi fundador e dirigiu por longos anos da Viação Verde Vale, de Gaspar e a Canarinho, de Jaraguá do Sul. Tibúrcio faleceu de parada cardiorrespiratória no Hospital Santa Isabel em Blumenau.
João João Filho de João
21/04/2015 19:28
Sr. Herculano:

MARAVILHA!!!
Do blog Gente Decente.

"Fim de festa.
Pesquisa para consumo interno, realizada pelo partido quadrilha de LuLLa deve ter deixado LuLLa arrepiado.

A pesquisa foi realizada em grandes centros e só com pessoas de baixa renda, aquela classe sempre manipulada pela quadrilha e pelas falácias do maior canalha que este país já pôs na presidência da nação.

O resultado é assustador. Dona Dilma foi ao mais baixo limbo na visão deste assalariados do Bolsa Esmola. E LuLLa começa a ser odiado pela patuléia, integrante da falsa "krasse média" de R$ 70,00 criada pela esmola do Bolsa Miserável.

É o fim do petismo safado, mentiroso e canalha".

A credibilidade LuLLa - PT - DiLLma foi zerada.
Não tem volta.
Herculano
21/04/2015 18:54
Esta observação é de Moacir Pereira. Ela bem poderia servir não só para os clubes, como ele próprio sugere, mas para as prefeituras, onde o desastre administrativo se amplia com as mandraquices e principalmente, os esconde-esconde dos portais que fingem dar transparência.

JEC: FINANÇAS SOB CONTROLE E COM TRANSPARÊNCIA

A CBF bem que poderia conhecer a experiência de gestão moderna com que o presidente Nereu Martinelli comanda o Joinville Esporte Clube. Na presidência da Martinelli Auditores, ligado on line com a tesouraria do JEC, controla tudo e sabe a origem e destino de cada real. Dedica 70% do tempo ao Joinville com paixão de torcedor. Tudo com total transparência.

Aplicado com o moderno sistema de informática, a maioria dos clubes de futebol não estaria hoje com dívidas milionárias e praticamente inviabilizados no eixo Rio-São Paulo.
Herculano
21/04/2015 18:30
COMO SE MUDA A HISTÓRIA PARA SE INSERIR NELA COMO EXEMPLO E MÁRTIR AOS IGNORANTES E DESINFORMADOS

Este texto é do 247, veículo do PT, com verbas oficiais e a serviço da sita esquerda. Em charge publicada nesta terça-feira (21), na Folha de São Paulo, a cartunista Laerte associa o processo de linchamento político por que passam os petistas ao enforcamento e esquartejamento sofrido por Tiradentes o homenageado pelo feriado.

Na charge, vê-se Tiradentes, já no patíbulo, com o laço da corda sendo amarrado por um dos dois soldados que o ladeiam, quando, da platéia, alguém grita: "Vai pra Cuba!", expressão comum nas manifestações que ocorreram em todo o país tanto no dia 15 de março quanto em 12 de abril.

Naquela época, os inconfidentes, como Tiradentes, sofreram processos, condenações, perseguições e o degredo. Mas só Tiradentes foi enforcado, esquartejado e teve seus restos espalhados pelas vias públicas para que servisse de exemplo aos demais. A condenação dada ao inconfidente foi injusta. Na visão de alguns historiadores, tal fato se deu porque os outros inconfidentes eram membros da elite e por isso foram poupados.

Mais cedo, na cerimônia em homenagem ao 21 de abril, o governador mineiro Fernando Pimentel (PT) lembrou que Tiradentes foi um "injustiçado" e criticou os "justiceiros" que atentam contra a democracia.

Será que o PT passa agora pelo mesmo processo pelo qual passou Tiradentes?

Então. O que os Inconfidentes queriam? Se ver livre do jugo do colonizador português e que daqui só exigia altos e cada vez mais impostos para a farra da elite e Coroa portuguesa. Era um movimento contra um poder permanente, sufocante, sem liberdade de expressão e autodeterminação. E o único que morreu enforcado, foi esquartejado e salgado foi Tiradentes para servir de exemplo. Os demais tiveram a pena comutada.

E por que escolheram Tiradentes como o exemplo? Porque, entre aqueles que se rebelaram contra o domínio português, em 1779, Tiradentes era o de classe mais baixa (a média de hoje) ? e o único que havia feito propaganda aberta do movimento (ou seja, que teve coragem e então era preciso inibir a coragem, como tentam inibir os delatores, a Justiça, a Polícia, o Ministério Público e principalmente a imprensa de hoje).

Seu ofício de dentista (um trabalho braçal, malvisto na época) também pode ter pesado na decisão. Originalmente, porém, outros cinco também haviam sido condenados à morte pelo crime de lesa-majestade (traição à pessoa do rei). Mas foram perdoados pela rainha dona Maria I e expulsos para a África.

Para Tiradentes, não houve jeito: foi enforcado, em 21 de abril de 1792. Sua cabeça foi cortada e levada para a cidade de Vila Rica. O corpo, esquartejado, foi espalhado pelos caminhos de Minas Gerais. "Era o exemplo que ficava para aqueles que pensassem em questionar o poder de Portugal", observa o historiador e professor de história Marco Antonio Villa, da Universidade Federal de São Carlos.

Ou resumindo. O PT agora inventa versões para fatos históricos consagrados para inseri-los nele. Vergonhoso.
sidnei luis reinert
21/04/2015 18:02
COVARDE,IMPLOROU PARA NÃO MORRER SÓ ERA HOMEM QUANDO TINHA UM INOCENTE NA MIRA DE SUA ARMA

Como Che Guevara assassinou um menino - Pierre San Martín
"How Che Murdered". El Nuevo Herald, 28 de dezembro de 1997.

Por Pierre San Martír


?Papai, eu queria confessar que agora eu descobri que realmente gosto de matar.? Che Guevara (apud BRAVO, 2004, p.136)
?Não preciso de prova para executar um homem ? apenas de prova acerca da necessidade de executá-lo.? Che Guevara (apud ORTEGA, 1970, p.179).

Aconteceu durante os últimos dias de dezembro de 1959; na escuridão da minúscula cela, dezesseis de nós dormiam no chão, enquanto outros dezesseis ficavam de pé, para que então pudessem descansar. Mas ninguém pensava nisso. Pensávamos somente no fato de estarmos vivos e que isso era o mais importante. Vivíamos hora por hora, minuto por minuto, sabendo que qualquer segundo poderia ser o último.

Certa manhã, quando o som o horripilante daquela porta de aço enferrujada que enquanto abria nos pôs de pé, os guardas do Che empurravam um novo prisioneiro para dentro da cela. Era um menino com no máximo uns 12 ou 14 anos. Seu rosto estava manchado de sangue. 'O que você fez?', perguntamos-lhe, horrorizados. 'Tentei defender o meu pai', balbuciou o menino sujo de sangue. 'Mas eles o mandaram para o paredão!'".

Todos se entreolharam como se para encontrar as palavras certas, a fim de consolar o menino, mas não as encontramos. Estávamos saturados dos nossos próprios problemas. Havia dois ou três dias que não executavam ninguém, e tínhamos cada vez mais esperança de que isso chegaria ao fim. As execuções são cruéis, tiram-lhe a vida quando mais você precisa dela para si e para os outros, sem levar em consideração seus protestos ou anseios de vida.

Nossa alegria não durou muito. Quando a porta se abriu, chamaram dez detentos para fora, entre os quais o menino que acabara de entrar. Estávamos errados, pois aqueles que eram chamados nunca mais eram vistos.

Como é possível tirar a vida de uma criança dessa forma? Seria possível estarmos equivocados e fossem nos soltar? Próximo do sangrento pavilhão onde conduziam as execuções, com as mãos na cintura, um homem perambulava de um lado para o outro: o abominável Che Guevara!

O Che deu a ordem para primeiro trazer a criança e cuspiu suas ordens no menino: 'Ajoelhe!'.

Nós todos gritávamos de nossa cela para que ele não cometesse esse crime e nos oferecemos a nós mesmos em seu lugar. O garoto o desobedeceu com uma coragem inexprimível em palavras e lhe respondeu com esta infame afronta: 'Se vocês vão me matar', disse ele, 'vão ter de fazê-lo enquanto ainda estou de pé. Homens morrem de pé!'.

Che posicionou-se atrás do garoto e sussurrou: 'Então você é um rapaz corajoso...'. Vimos Guevara sacar sua pistola. Ele encostou o cano atrás do pescoço do menino e disparou. O tiro quase arrancou sua cabeça.

Nós nos inflamos: 'Assassinos, covardes miseráveis!'. Che finalmente olhou para cima, em nossa direção, apontou-nos o revólver e esvaziou o pente. Não sei quantos de nós foram mortos ou feridos. A partir desse horrível pesadelo, do qual jamais conseguiremos despertar, embora feridos e na clínica universitária do hospital Calixto Garcia, uma coisa ficou clara: a única regra do jogo era escapar, a única esperança de sobrevivência.

Notas

O artigo acima do ex-prisioneiro Pierre San Martín pode ser encontrado na Revista Autogestión, n° 61, 28/12/2005.

O relato traduzido aqui também pode ser lido no excelente livro de Humberto Fontova, O Verdadeiro Che Guevara e os Idiotas Úteis que o Idolatram, É Realizações Editora, São Paulo, 2009, páginas 125-6.

Disponível em: http://www.trenblindado.com/Sanmartin.html (Inglês)

Disponível em: http://www.cubaeuropa.com/historia/Che/Che6.htm (Espanhol)

Citações

BRAVO, Marcos. La Otra Cara Del Che. 1. ed. Bogota: Editorial Solar, 2004. 558 p.

ORTEGA, Luis. Yo Soy El Che!. Mexico: Ediciones Monroy-Padilla, 1970.
Herculano
21/04/2015 14:58
O PT E SEUS HERÓIS. O PARTIDO E SEUS NÃO DEVEM TER ESTUDADO HISTÓRIA E A CASUA DE TIRADENTES.

Levando uma faixa onde se lia "A Inconfidência é dos brasileiros e não do PT", os manifestantes chegaram ao evento logo cedo [Ouro Preto], dizendo que o objetivo era repudiar a decisão de dar a Medalha da Inconfidência a "apadrinhados do PT de reputação duvidosa". Nas redes sociais, o grupo Vem Pra Rua afirmou que "Tiradentes é um herói que não merece essa afronta."

Alguns manifestantes batiam tampas de panela durante o discurso do governador Fernando Pimentel, PT e Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal. O governador chegou a dizer, ao iniciar seu discurso, que respeitava as vozes contrárias, mesmo que elas usem "palavras equivocadas".

Além de Lewandowski, entre os 114, também foi homenageado João Pedro Stédile, presidente do Movimento Sem-Terra.
Herculano
21/04/2015 14:52
JUSTIÇA DO PARANÁ PRORROGA PRISÃO DA CUNHADA DE VACCARI

O conteúdo é do jornal Folha de S.Paulo. O texto é de Estelita Hass Carazzai, de Curitiba.

A Justiça Federal do Paraná decidiu, nesta terça-feira (21), prorrogar por mais cinco dias a prisão temporária de Marice Correa Lima, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Ela é suspeita de ser subordinada do cunhado no esquema de desvios na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, auxiliando na lavagem e na transferência do dinheiro à família Vaccari. Ela nega as acusações.

Novas provas colhidas pelo Ministério Público Federal indicam que Marice realizou depósitos não identificados na conta da irmã, a mulher de Vaccari, Giselda Lima. Dois deles foram feitos ainda em março de 2015.

"Tudo indica que Giselda recebe uma espécie de 'mesada' de fonte ilícita, paga pela investigada até março de 2015", afirmam os procuradores. Entre 2008 e 2014, a mulher de Vaccari recebeu R$ 583 mil em depósitos não identificados, segundo o Ministério Público.

O juiz federal Sergio Moro considerou que há chances de que Marice volte a praticar crimes, levando em conta os indícios colhidos até aqui. Ele afirmou ser "perturbador" o fato de haver indícios de seu envolvimento em crimes desde 2009 até 2015.

Moro determinou que Marice seja ouvida novamente pela Polícia Federal a respeito dos depósitos à irmã e esclareça a origem do dinheiro - já que, no depoimento colhido nesta segunda (20), ela negou ter feito transferências para Giselda.

A defesa de Marice diz que ela é inocente e que vai provar a origem lícita de todas as transferências e patrimônio.
Herculano
21/04/2015 14:48
TUDO PELO E COM DINHEIRO DO POVO. PT PRESSIONOU PARA QUE DILMA NÃO VETASSE AUMENTO DO FUNDO PARTIDÁRIO

A informação é da coluna Painel, de Vera Magalhães no jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira, dia de Tiradentes, o que se rebelou contra a Coroa Portuguesa, a que esfolava os brasileiros nos escorchantes impostos e por isso, foi condenado, enforcado e retaliado. Um é história. Outro, realidade.

Rifa partidária
A pressão para que Dilma Rousseff sancionasse o Orçamento de 2015 sem vetar a emenda que triplicou o valor de repasses para o fundo partidário veio principalmente do PT. O partido - que teve seu tesoureiro preso e teme ter as contas bloqueadas em ações na Justiça Eleitoral e outras decorrentes da Operação Lava Jato - não poderá contar mais com doações de empresas por decisão do diretório nacional. Juntamente com o PMDB, a sigla será a mais beneficiada pelo aumento da verba.

Bicho pega
Parte do governo avaliava que, com o veto, Dilma mostraria que está em sintonia com o clamor de uma parcela da população que a reprova e, ao mesmo tempo, demonstra profunda rejeição aos partidos.

Bicho come
Prevaleceu, no entanto, a avaliação de que seria pior se a presidente precisasse editar uma medida provisória para restabelecer o fundo partidário, que ficaria zerado com o veto.
Herculano
21/04/2015 14:39
POR QUE OS TRABALHADORES FOGEM DOS PAÍSES COM "MELHORES" LEIS TRABALHISTAS?, por Leandro Narloch, em Caçadores de Mitos, em Veja.

Quem ataca a regulamentação da terceirização costuma acreditar que as leis trabalhistas garantem direitos, que sem elas os trabalhadores estariam em situação vulnerável e precária. Essas pessoas precisam responder uma pergunta: por que os países com "melhores" leis trabalhistas exportam trabalhadores?

Ora, se as leis que protegem os empregados têm o efeito esperado, veríamos ingleses migrando para a Espanha e Portugal, onde é quase impossível demitir alguém. Operários dos Estados Unidos, onde não há obrigação de aviso prévio, multa por rescisão de contrato nem férias remuneradas, atravessariam desertos a pé para chegar ao México, onde o custo médio de uma demissão é de 74 semanas de trabalho.

Mas o que vemos é o contrário: os trabalhadores fogem dos países com leis que os protegem demais. Há quase 200 mil portugueses e espanhóis trabalhando na Inglaterra, onde é muito fácil contratar e demitir. Cerca de 4 milhões de indonésios (segundo o Banco Mundial, um dos países onde é mais caro demitir) trabalham na Malásia, na Austrália e também em Cingapura, onde sequer há uma lei geral de salário mínimo.

Considere estes dois grupos de países:

1. Estados Unidos, Canadá, Austrália, Cingapura, Hong Kong (China), Maldivas, Ilhas Marshall.

2. Bolívia, Venezuela, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Tanzânia, Congo e República Centro Africana

Quem acredita na mágica das leis trabalhistas diria que elas são mais rígidas nos países do primeiro grupo. Afinal vivem ali os trabalhadores com melhor qualidade de vida no mundo. Na verdade, no grupo 1 estão os sete países que, segundo o Banco Mundial, têm as leis que menos azucrinam os patrões. Já o grupo 2 reúne os sete países que mais protegem os trabalhadores. Na Venezuela, a lei proíbe a demissão de que ganha até um salário mínimo e meio (o que faz funcionários terem medo de serem promovidos, pois os patrões costumam aumentar o salário para então demiti-los).

Por que multidões de imigrantes decidem ir trabalhar nos Estados Unidos e não na Venezuela?

Eu arrisco uma explicação: países com leis trabalhistas muito rígidas são geralmente lugares ruins para se fazer negócio. Lucro é considerado pecado; empresários são tidos como vilões. Pouca gente se aventura a investir ou abrir vagas de trabalho em lugares assim. Já os países onde as leis trabalhistas são mais leves costumam ter mais liberdade para empreender, tradição de respeito à propriedade, facilidade para investir e, por causa disso tudo, mais oportunidades para os pobres.

É a facilidade de fazer negócios, e não um punhado de palavras escritas no papel, que garante direitos aos trabalhadores.
Herculano
21/04/2015 13:51
ESTE É O HOSPITAL DO PT PARA OS GASPARENSES

Os empresários de Gaspar e alguns abnegados se uniram para recuperar fisicamente o Hospital. O PT ficou contrariado. Lutou até toma-lo sob a acusação de que havia roubo e ladrões, tudo para não repassar a verba a que estavam obrigados.

Não conseguiram apontar até agora quem rouba. Pior. Estão provando na própria carne de que Saúde Pública custa dinheiro (e muito). E para economizar, resolveram piorar o atendimento.

Veja o que o gasparense Lupércio Cunha, do Gasparinho, que já foi candidato a vereador pelo PP, postou no seu facebook na manhã de hoje. Não é preciso comentar mais nada. Com a palavra o Rodrigo Fontes Schramm, o eterno articulador da tomada do Hospital, o prefeito Pedro Celso Zuchi, que ordenou esta tomada e os vereadores petistas, principalmente Hamilton Graff o que faz o papel de denunciante, o cunhado do prefeito Antônio Carlos Dalsochio e o presidente do PT, líder da bancada petista e campeão de votos, José Amarildo Rampelotti como seus discursos contundentes acusando tudo e a todos.

"Ontem por volta das 11.30 levei minha esposa Iara Soraia no hospital de Gaspar. Chegando lá vi que o PS estava lotado. Tanto que tinha gente até na rua. Quis desistir. Mas, minha esposa pediu para ficar, pois ela não estava se sentindo bem.

Por volta da 1.30 chega o Samu com um jovem, vítima de acidente de moto que veio a falecer. Deu 3 horas, deu 4 horas, deu 5 horas e minha esposa não sido atendida.

Conversando com pacientes que estavam na rua, descubro que estavam desde as 10 horas da manhã esperando atendimento, sendo ridículo, um dia de ontem, os postos todos fechados e no hospital 1 só médico para atender.

Vi senhoras de idade passando mal e esperando para serem atendidas. Será que com os postos de saúde fechados, eles não tinham condições de deslocar mais médicos para atender no pronto socorro?

Não estou criticando o médico que estava de plantão, pois vi que ele e estava fazendo tudo o que estava ao seu alcance. Mas, sim, estou criticando os incompetentes que administram a saúde pública de Gaspar. Resumo: saímos de casa as 11.30, chegamos em casa as 18h30min.

Sinto vergonha de falar de Saúde em Gaspar, pois nem os idosos eles respeitam. Deixam em torno de 7 horas esperando e não sendo atendidos. ISSO É UM ABSURDO!!!!"
sidnei luis reinert
21/04/2015 13:22
VAI AQUI UMA SUGESTÃO AOS GASPARENSES:

SE A CONSTRUÇÃO DA PONTE DO VALE NÃO RECOMEÇAR EM BREVE... VAMOS FAZER "PANELAÇOS" QUANDO O PREFEITO FOR Á RÁDIO COM SUAS BRAVATAS.

FICA A DICA.
Herculano
21/04/2015 11:56
POLÍCIA INVESTIGA PARTICIPÇÃO DO PPC EM CHACINA NA PAVILHÃO 9

Conteúdo O Estado de S.Paulo. A Polícia Civil investiga se há participação do Primeiro Comando da Capital (PCC) na chacina que terminou com oito mortos na sede da Pavilhão 9, torcida organizada do Corinthians, no sábado, 18. Uma das suspeitas é de que a ordem para execução pode ter partido de dentro de um presídio. A principal tese dos investigadores é de que uma das vítimas estaria envolvida em confrontos por pontos de venda de drogas. Os policiais também apuram se o crime tem relação com um duplo homicídio ocorrido em Osasco neste ano.

Questionado se a facção criminosa estaria por trás da chacina, o delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, titular da 3.ª Delegacia de Chacinas do Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa (DHPP), respondeu: "Não podemos confirmar ainda, temos equipes na rua para verificar a veracidade das informações".

A disputa que motivou a chacina estaria ligada ao tráfico de drogas na região da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na zona oeste da cidade, perto da sede da torcida organizada - que fica em um espaço sob a Ponte dos Remédios. Além disso, há um mês, uma das vítimas da chacina na Pavilhão 9 teria se envolvido no assassinato de dois homens em Osasco, perto da divisa com São Paulo. "Nós temos essa informação, mas está sendo checada", afirmou o delegado Teixeira.
Herculano
21/04/2015 11:51
ISTO É TORCIDA ORGANIZADA? SÓ SE FOR DE UMA FACÇÃO DO CRIME E COM APOIO OFICIAL DA DIRETORIA DO CLUBE

Nome: Pavilhão 9 - numa referência ao pavilhão onde se deu o massacre no então presídio inferno Carandiru, e que não existe mais.

Os assassinados na chacina desta semana na sede da torcida: a maioria com passagem pela polícia e ligados ao tráfico de drogas.

Os assassinos: receberam ordem da execução de dentro do presídio.

Conclusão: torcer por um clube forte e famoso, é apenas um detalhe e principalmente um álibi

Eta 15
21/04/2015 10:28
Se levar em consideração ao que disse utilidade publica, e na cantareira quem monitora todo lago subaguatico com se faria para ser monitorado? Um batalhao de vigilantes talvez nao resolveria.

Com certeza há responsabilidades tanto dos pais quanto do poder.
Herculano
21/04/2015 10:04
TERCEIRIZAÇÃO É O RUBICÃO DO GOVERNO DILMA, por Breno Altman.

A presidente da República está diante de tema crucial, embora ainda o aborde de forma cuidadosa e oblíqua. Trata-se da proposição legislativa com maior impacto regressivo sobre a estrutura econômica do país desde as privatizações levadas a cabo pelos governos tucanos nos anos 90.

A aprovação do Projeto de Lei 4330, que legaliza a contratação de empresas terceirizadas em praticamente todas as atividades econômicas, constituiria o mais rude golpe contra o mundo do trabalho após a consolidação das leis laborais em 1943.

O setor tem sido regulado, até o presente, por súmula do Tribunal Superior do Trabalho, que permite terceirização apenas nas atividades-meio: por exemplo, nas tarefas de limpeza e segurança. Nenhuma companhia está autorizada a contratar outras firmas para substituir mão-de-obra individual em suas atividades-fim.

Mesmo com este alcance limitado, o estrago não tem sido pequeno.

De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), divulgada pelo Ministério do Trabalho, o número de empregados terceirizados equivale a 26,8% do mercado formal, totalizando quase 13 milhões de empregados.

Sua remuneração é 24,7% menor que a dos contratados diretos.

A jornada de trabalho, de 43 horas, superior em 7,5%.

O tempo de emprego, menos da metade: 2,7 contra 5,8 anos.

Tal mecanismo, além disto, subtrai dos terceirizados benefícios conquistados em negociações coletivas pelos trabalhadores contratados, pois outra das vantagens patronais é esvaziar o poder de pressão das poderosas organizações proletárias dos ramos tradicionais, empurrando para as empresas intermediárias a relação com funcionários alocados nas plantas contratantes, cuja representação é exercida por sindicatos fracos e manipuláveis.

Aprovado pela Câmara dos Deputados, ainda sujeito a emendas e à votação no Senado, o PL 4330 estende o sistema para todas as esferas do trabalho. A pretexto de regulamentar a situação dos terceirizados, abre ao capital uma avenida para quebrar direitos, reduzir salários e aumentar lucros recorrendo à precarização laboral.

O empresariado, através de suas entidades, vem articulando e pressionando por estas medidas há mais de dez anos. O próprio ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto, ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria, é um dos padrinhos da iniciativa.

A seu favor, formou-se amplo arco de alianças no poder legislativo, alicerçado sobre a frequente combinação entre interesse de classe, estímulo da imprensa monopolista e financiamento eleitoral de parlamentares escalados para o serviço.

O resultado foi a votação do último dia 8 de abril, com a acachapante vitória do projeto, entre os deputados, por 324 a 137 votos. Os únicos partidos que orientaram o voto pela rejeição foram o PT, o PSOL e o PCdoB.

Até mesmo uma parcela do movimento operário, capitaneada pela Força Sindical, foi cooptada pela ofensiva patronal, em troca de emendas que atenuariam certos aspectos da legislação.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), entre outras associações, estão empenhadas em campanha para impedir a sagração de lei. Para amanhã, dia 15 de abril, está convocada jornada de greves e manifestações contra o projeto.

A próxima etapa de tramitação deverá ocorrer nesta semana, novamente na câmara baixa, quando serão votados destaques que, em tese, poderiam alterar a medida.

Depois, será a votação no Senado.

O projeto, por fim, irá à sanção presidencial.

Se Dilma vetar, o Congresso poderá repor a lei, total ou parcialmente, por maioria absoluta de deputados e senadores.

Qualquer que seja o desenlace legislativo, porém, a presidente estará diante de encruzilhada vital para seu mandato.

Tem chance de ouro para recuperar e reunificar o campo progressista se, desde agora, de forma clara e contundente, assumir a liderança contra o PL 4330 e anunciar antecipadamente o veto.

Não é relevante, deste ponto de vista, se o parlamento irá ou não rever sua decisão. O que está em jogo é a chefe de Estado demonstrar plenamente de que lado está neste conflito de classes, depois de ter sua credibilidade no universo sindical abalada pela agenda econômica conduzida por Joaquim Levy.

O impacto estrutural da terceirização, afinal, suplanta de longe as agruras do ajuste fiscal. Apesar de reduzirem direitos trabalhistas e previdenciários, medidas como ampliação do tempo para seguro-desemprego ou diminuição da pensão por morte são conjunturais e relativamente periféricas.

A mudança em tramitação, por sua vez, organiza ataque generalizado e frontal à classe trabalhadora.

Mas a possibilidade que se abriu para a presidente sair das cordas, oriunda da voracidade dos capitalistas e seus porta-vozes, também oferece atalho para o precipício.

O veto simboliza a resistência na margem esquerda do Rubicão, defendida bravamente pelo PT na noite da última quarta-feira.

A sanção significaria, por sua vez, a travessia do rio. Se assim o fizesse, perderia qualquer sentido a manutenção do apoio progressista e sindical ao seu governo.
Herculano
21/04/2015 10:02
O QUE SE ESCONDE?

Quem verdadeiramente perderá se o projeto da terceirização que está na Câmara for aprovado? Os trabalhadores? Não, mas as bandeiras das esquerdas que são contra por dogma e não análise técnica, os sindicatos e centrais sindicais que ficarão mais fracas, inclusive financeiramente, e por extensão, os seus pelegos.
Herculano
21/04/2015 09:55
DA NATUREZA DAS COISAS, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, para o jornal Folha de S. Paulo

Não queira pegar todas as mulheres do mundo, mas cuide bem daquelas que vierem a sua cama

Em nosso mundo, não há natureza das coisas, entende-se que tudo seja uma construção social.

Delírio puro. Prefiro os antigos, justamente por perceberem que são os limites que nos humanizam, e não o desejo sem limites.

Os inteligentinhos dirão coisas como "conservador!". Mas a vida segue, o mundo se acabará um dia, e os inteligentinhos dirão, em seu último grito de agonia, "opressão!".

Mas não quero falar de política, que trato apenas como quem lida com uma ferida para que ela não se infeccione em demasia.

Quero falar de epicurismo. Não a ideia banal de epicurista como alguém que vai muito ao shopping ou come todas as gostosas do mundo (o sonho de qualquer cara normal). Falo do epicurismo antigo, do filósofo grego Epicuro (341 a.C. "" 270 a.C.). De Lucrécio (cerca de 96 a.C. "" cerca de 55 a.C.), filósofo latino, autor do poema "Da Natureza das Coisas".

Para ambos, a natureza da realidade é ser contingente. Isso quer dizer que "o fundo da realidade" é o acaso (que é a mesma coisa que contingência em filosofia).

Esse acaso é o movimento livre e sem ordem dos átomos. Portanto, tanto Epicuro quanto Lucrécio eram atomistas, o que é a mesma coisa de dizer que eram materialistas. A alma, esse "ar", se perde no momento da morte.

Como dizia Epicuro, quando eu estou, a morte não está, quando ela está, não estou. Ou seja: não há o que temer na morte porque ela é uma libertação da eterna contingência que move um destino cego. E a melhor coisa nisso é que a "consciência" desaparece.

Essa ideia me parece insuperável como liberdade. Ter a pedra como destino é meu sonho de eternidade.

Sendo assim, morreu, acabou. Muita gente teme uma possibilidade como essa.

Eu tendo a achá-la sedutora principalmente quando suspeito que viver para sempre seria como ser obrigado a beber água para sempre, mesmo tendo passado a sede.

Vejo beleza nisso tudo. A contingência liberta, mas não no sentido moderninho de que por isso podemos nos "inventar" ao bel prazer. Isso é coisa de "teenager".

Mas, justamente o contrário: meu desejo também é contingente, como tudo mais. Dar asas a ele é ter fé de que eu, diferentemente do resto do universo, não sou também feito à semelhança do acaso.

Só os iniciantes confiam em si próprios. Meu desejo é a porta de entrada por onde a contingência se instala do seio da minha alma.

Não, a beleza está no que os antigos epicuristas viam nessa condição: sem deuses, sem eternidade, fruto do acaso, essa é a natureza das coisas, ser cega.

O prazer de Epicuro era justamente o de escapar da escravidão do desejo, não essa ideia contemporânea de que viver a realização contínua do desejo é a felicidade.

A concepção contemporânea de felicidade é brega, coisa de gente que se emociona quando um novo shopping é aberto na cidade.

Lucrécio entendia que a cegueira da natureza é a natureza das coisas.

É dela não carregar sentido em si mesma, e por isso é tão importante: porque me lembra continuamente que a vaidade e as expectativas, com o tempo, se tornam um tormento.

Não é totalmente absurdo escutarmos aqui o sábio israelita, também antigo, que escreveu o "Eclesiastes" (Velho Testamento): "vaidade, tudo é vaidade".

A grande questão é como se sustenta uma vida feliz decorrente dessa natureza das coisas. Podemos dizer que decorre, antes de tudo, do "relaxamento" do desejo que a consciência da contingência traz: a sabedoria da natureza é ela ser puro átomo e não uma lei.

Não há "missão" na vida. Viver segundo os prazeres do trabalho, da mesa e do corpo da mulher é tudo que podemos fazer. O puro prazer de existir.

Sem excessos, do contrário, nos tornamos escravos do trabalho, da mesa e do corpo da mulher.

Não porque uma danação eterna nos espera (ninguém nos vigia), mas porque o excesso do desejo destrói seu próprio usufruto na medida em que nos desesperamos com a possível falta do objeto desse desejo.

Dito de forma simples: não queira pegar todas as mulheres do mundo, mas cuide bem daquelas que, por graça da contingência, vierem a sua cama.
Herculano
21/04/2015 09:53
AGÊNCIAS DESREGULADAS, editorial do jornal Folha de S.Paulo

Dilma atrasa nomeações em entidades cruciais para qualidade dos serviços públicos concedidos ao setor privado, como a Anac

Não é de hoje que os governos do PT lidam mal com os conceitos gêmeos de concessão de serviços públicos e agências reguladoras independentes para garantir-lhes a qualidade. A presidente Dilma Rousseff rendeu-se em teoria à primeira das noções, mas sua pouca convicção se manifesta no descaso com a segunda.

A supervisão de setores como transportes, eletricidade, águas, telecomunicações e saúde vive um vácuo decisório. A Presidência procrastina a indicação de diretores para as agências, que ainda precisam ser aprovados pelo Senado.

Beira o surreal, por exemplo, a situação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A diretoria deveria ter cinco pessoas, mas só duas vagas se acham preenchidas. Não alcança nem o quórum para tomada de decisões, três votos.

Qualquer usuário dos deficientes aeroportos brasileiros e vítima das arbitrárias decisões operacionais das empresas aéreas sabe que esse serviço está a muitas milhas de um nível de qualidade razoável. Se a função da Anac é defender os interesses do público, não se concebe que o governo permita tamanho desfalque na sua composição.

Em posição semelhante, se não pior, se encontra a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Compete-lhe aprovar concessões de rodovias e ferrovias, outro ramo da infraestrutura nacional que não prima pela eficiência.

Nesse caso, apenas uma das cinco diretorias está preenchida de fato; outras três estão ocupadas interinamente. Para deliberações, são necessários pelo menos três dirigentes - supõe-se que plenos.

Essas são as situações que envolvem maior insegurança quanto às resoluções tomadas pelas agências. Na Anac, uma brecha legal permite que o diretor-geral decida tudo sozinho, mas seus atos podem ser revistos pelo novo colegiado, se e quando for recomposto.

Há diretorias vacantes também na Anvisa (vigilância sanitária), Anatel (telecomunicações) e ANS (saúde suplementar).

Soa quase pueril a alegação da Casa Civil de que a demora se deve ao fato de 2014 ter sido um ano eleitoral. A responsabilidade do Planalto reside em encontrar, precisamente, nomes de alto gabarito técnico e sem vinculação partidária para postos em que o indicado se torna, na prática, indemissível.

No passado, a desconfiança petista com a independência das agências reguladoras desaguou no seu aparelhamento pela legenda.

Não houve progresso nessa área. Se antes o critério político comprometia a necessária autonomia dessas instâncias de controle, agora o imobilismo de Dilma Rousseff permite que as agências se enfraqueçam pela simples falta de quórum.
Herculano
21/04/2015 09:51
PATRONO

Tiradentes é patrono das polícias. Foi num 21 de abril que morreu o ex-jogador e técnico de futebol, Telê Santana
Herculano
21/04/2015 09:49
"RECADOS" DE VACCARI APAVORAM CÚPULA PETISTA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O comando do PT já não sabe o que fazer com o tesoureiro, agora afastado e preso, João Vaccari Neto: ele tem mandado avisos que não vai aceitar o mesmo destino do ex-deputado cassado e também preso André Vargas (ex-PT-PR). Com parte da família enrolada no Petrolão, os petistas temem que, cedo ou tarde, Vaccari tente acertar uma delação premiada com o Ministério Público e a Polícia Federal.

Sabe tudo
Vaccari conhece a fundo as finanças do PT, foi alçado ao posto de tesoureiro em 2010. E mais: é amigo próximo do ex-presidente Lula.

Pode confiar?
A cúpula petista não sabe até onde ceder aos 'recados' de Vaccari, já que ele não se afastou voluntariamente do cargo de tesoureiro do PT.

Batom na cueca
Petistas entraram em pânico com o sumiço de Marice, a cunhada de Vaccari que se entregou à PF. Um deputado definiu: "parece confissão"

Menção frequente
Réu em ação penal por corrupção, lavagem e formação de quadrilha, Vaccari foi citado por cinco réus em acordos de delações premiadas.

Governo nomeia fantasma para adido na Rússia
A presidente Dilma nomeou adido agrícola junto à embaixada do Brasil em Moscou, capital russa, um desconhecido até mesmo no órgão onde ele está lotado. Antonio Alberto Rocha Oliveira é lotado na Superintendência Federal da Agricultura na Bahia desde julho de 2014, mas nem mesmo em seu local de trabalho ele é conhecido: o setor de recursos humanos afirmou a esta coluna que ignora sua existência.

Cobrando explicações
A ministra Kátia Abreu (Agricultura) foi cobrada por Dilma sobre o fantasma, nesta segunda, no único compromisso oficial da presidente.

Tomou doril
O Ministério da Agricultura garante que o futuro adido em Moscou existe, mas sua área de recursos humanos da Bahia "nunca" o viu.

Nomeação
A nomeação do adido na Rússia foi publicada em 24 de março de 2015 no Diário Oficial da União. A previsão é que ele assuma em até 60 dias.

Na mira da LRF
A manobra conhecida como "pedaladas fiscais", investigada pelo Tribunal de Contas da União, envolve Caixa Econômica, Banco do Brasil e Ministério da Fazenda, e os seus dirigentes, entre 2013 e 2014.

Compra de votos no PT
Em manifesto da facção Articulação de Esquerda, do PT, batizado de "Um Partido para Tempos de Guerra", petistas reconhecem "práticas eleitorais como a compra de votos" nas eleições internas do partido.

P sem T
O "manifesto" da facção do PT Articulação de Esquerda demonstra grande preocupação dos dirigentes do partido com o afastamento do PT da classe trabalhadora, cujo apoio foi "perdido nos últimos anos".

Fora, Cunha
O protesto em Fortaleza pela renúncia de Eduardo Cunha, organizada por simpatizantes de Cid Gomes (PROS), teve mais adesões do que o programa "Câmara Itinerante". Compareceram cerca de 4 mil pessoas.

Óleo de peroba
O senador Romário (PSB-RJ) ficou incomodado com a limpeza do Senado, que passou óleo de peroba no sofá do seu gabinete. O óleo que é muito útil em caras-de-pau, também ajuda a conservar couro.

Enricou
Depois que triplicaram o valor do fundo partidário, arrancado à força do bolso do contribuinte, até o presidente do PDT, Carlos Lupi, ficou valente contra o governo Dilma, ameaçando rompimento.

Vira casaca
Ninguém entendeu a presença da senadora Fátima Bezerra (PT) na posse do ministro Henrique Alves (Turismo). Fátima fez chapa com Robinson Faria (PSD) que derrotou Alves no governo potiguar.

Memória no dia 21
Há 30 anos morria Tancredo Neves, o primeiro civil eleito presidente após a ditadura militar. Exatos treze anos depois, o deputado federal e ex-presidente da Câmara Luiz Eduardo Magalhães também faleceu.

Pensando bem...
...se o PT considera desespero o impeachment de Dilma, o partido, que mais pediu cassação de presidentes, anda, no mínimo, desequilibrado.
Herculano
21/04/2015 09:38
O QUE FAZEM CONTRA NÓS OS QUE ELEGEMOS? O BLOG "PARA ENTENDER DIREITO" REVELA: SE O SALÁRIO MÍNIMO AUMENTASSE NA MESMA PROPORÇÃO DO QUE O FUNDO PARTIDÁRIO, ELE SERIA DE R$77 MIL.

É POR ISSO, QUE OS POLÍTICOS - DE TODOS OS PARTIDOS E PRINCIPALMENTE OS QUE DIVIDEM O PODER - ODEIAM BLOGS TÉCNICOS OU A IMPRENSA LIVRE, PROFISSIONAL E INVESTIGATIVA, CADA VEZ MAIS ESCASSA E SUBSTITUÍDA POR UMA IDEÓLOGICA, DEPENDENTE DOS CALA-BOCAS, ALIENADA E PREGUIÇOSA.

O DINHEIRO DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS- E ESTÃO AUMENTADO NOVAMENTE PARA SUPORTAR A MÁ GESTÃO QUE REALIZARAM NA ECONOMIA SEM A NOSSA ANUÊNCIA SÓ PARA NOS ENGANAR E CONTINUAR NO PODER - QUE FALTA À SAÚDE PÚBLICA, A UMA EDUCAÇÃO EFICAZ, A UMA SEGURANÇA QUE GARANTA O MÍNIMO AO CIDADÃO, AS OBRAS DE INFRAESTRUTURA COMO A DUPLICAÇÃO DA BR-470, DA CONCLUSÃO DA PONTE DO VALE E A DOS SONHOS, SOBRA NOS BOLSOS DOS POLÍTICOS, CADA VEZ MAIS TEMAS DE MANCHETES DE POLÍCIA.

Principal manchete do jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira de Tiradentes: "Dilma sanciona aumento do fundo partidário para R$ 868 milhões"

A presidente Dilma Rousseff sancionou o Orçamento Geral da União de 2015 sem vetar a proposta que triplicou os recursos destinados ao fundo partidário, uma das principais fontes de receita dos partidos políticos, hoje com dificuldades de financiamento por causa da Operação Lava Jato.

Em seu projeto original, o governo destinava R$ 289,5 milhões para o fundo, mas o valor foi elevado para R$ 867,5 milhões pelo relator do Orçamento no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

A observação crítica do blog
Há anos batemos na tecla do fundo partidário aqui e sobre seu aumento (aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Em 1994, o fundo partidário era de 'meros' R$729 mil. Um custo de R$1,4mil por deputado. Neste ano, o custo bate em R$1,662 milhão por deputado. Um aumento de 1.586% em 21 anos.

Para por esse aumento em perspectiva, em 1994 o salário mínimo era de R$64.79. Se ele tivesse aumentado na mesma proporção, este ano seria de R$77.127.

Outra forma de pensar sobre o aumento: se o PIB brasileiro houvesse aumentado na mesma proporção que o fundo partidário, ele teria saltado de US$574 bilhão em 1994 para US$683 trilhões em 2015. O Brasil estaria gerando, por ano, o equivalente ao PIB mundial combinado em toda uma década. Seria não só a nação mais rica do mundo, mas a nação mais rica em toda a história humana.

Ações da Berkshire Hathaway, a empresa do bilionário Warren Buffet, considerado o mais bem sucedido investidor no planeta, valorizaram 'meros' 1.182% no mesmo período, o suficiente para fazer de Buffet o terceiro homem mais rico do mundo.

Mas talvez o mais interessante neste debate não seja sequer o valor, mas o seu uso.

Diz a lei que ele deve ser usado para a manutenção das sedes e serviços do partido, permitido o pagamento de pessoal, a qualquer título (observado neste último caso o limite máximo de 50% do total recebido), na propaganda doutrinária e política, no alistamento e campanhas eleitorais, na criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política (sendo esta aplicação de, no mínimo, 20% do total recebido), e na a criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres (mínimo de 5% do total).

Ou seja, fora o fato de que 5% precisam ser usados para a promoção de políticas de participação feminina, 20% na criação de institutos e fundações de pesquisa e doutrinação partidária, e não se poder usar mais de 50% para o pagamento de pessoal (o que no caso de um partido como o PT, atualmente o partido que recebe a maior proporção do fundo (13%), pode ultrapassar R$58 milhões por ano), não há limites objetivos no uso. Se um partido quiser usar tal dinheiro para financiar campanhas, pode. Mas se quiser usá-lo para contratar candidatos rejeitados nas urnas mas com forte presença interna, também pode.

Mesmo o limite de 50% para o pagamento de pessoal pode ser manipulado. Basta que a pessoa seja contratada não como empregado, mas como empresa prestadora de serviços de campanha eleitoral, aos institutos e fundações de pesquisa e assim por diante.
Herculano
21/04/2015 09:23
O PSDB PRECISA OUVIR FHC, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S.Paulo

O PSDB acertou ao reabilitar seu maior líder, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na campanha do ano passado. Agora precisa voltar a ouvi-lo para não desmerecer o capital acumulado com a votação de Aécio Neves.

No domingo, FHC foi consultado sobre a nova ideia fixa de parlamentares tucanos: tirar Dilma Rousseff do poder antes de 31 de dezembro de 2018, quando termina o mandato que ela conquistou nas urnas.

A resposta veio sem meias palavras. "Como um partido pode pedir impeachment antes de ter um fato concreto? Não pode", disse FHC.

"Impeachment não pode ser tese. Ou houve razão objetiva ou não houve. Quem diz se houve é a Justiça, o Tribunal de Contas, a polícia. Você não pode se antecipar a isso, transformar o seu eventual desejo de pôr um outro governo em algo fora das regras da democracia. Isso é precipitação. Os partidos têm que esperar", concluiu o ex-presidente.

As declarações expressam o óbvio, mas vão na contramão do discurso ensaiado na semana passada por deputados e senadores tucanos.

Eles se reuniram com manifestantes que dizem liderar as ruas e pregam o "Fora, Dilma". Os ativistas nunca receberam um voto, mas controlam as páginas do Facebook que convocam protestos contra o governo. Com essa autoridade, puseram a faca no pescoço dos políticos, que prometeram anunciar apoio ao impeachment depois do feriadão.

"Na quarta-feira, nós teremos um embasamento para que esse sentimento que é das ruas, e claramente é nosso, possa ser respaldado", disse o deputado Carlos Sampaio, líder do PSDB. Ele já havia declarado que atuaria como "auxiliar direto" dos movimentos pró-impeachment.

Ao lembrar que o partido precisa ter responsabilidade com as instituições, e não com a gritaria da internet, FHC despejou um balde de água fria sobre a "novidade" que Sampaio e seus colegas pretendiam apresentar na volta a Brasília.
Herculano
21/04/2015 09:19
EXISTE "BRASÍLIA" E EXISTE BRASÍLIA, NÃO CONFUNDA, por Josias de Souza

A Capital da República completa 55 anos nesta terça-feira (21). E a melhor homenagem que se pode render à cidade é a proclamação da existência de duas brasílias. Existe Brasília, o lugar, e existe "Brasília", a entidade supra-geográfica. Conheço ambas por dentro. E posso assegurar: Brasília não se confunde com "Brasília". Sem aspas, é coletivo majestático. Com aspas, é coletivo pejorativo. "Brasília" dá a Brasília uma péssima e imerecida fama.

Lembro da ocasião em que Brasília entrou na minha vida. Criança, perdi momentaneamente o pai para a alucinação de JK. Serralheiro, ele deixou mulher e filhos na periferia de São Paulo e foi ajudar a tirar do papel as obras de arte de Niemeyer. Só buscou a família depois da inauguração. Cheguei à nova capital com seis anos.

Para os servidores públicos arrancados da orla marítima do Rio, Brasília era o inferno banhado por um oceano de poeira. Para o peão que içou a família dos fundões medonhos de São Paulo, a cidade era um mar de oportunidades. Impressionavam-me mais as boas escolas públicas do que o pó vermelho.

Foi graças a essas escolas que pude perceber Brasília como parte de um Brasil fervilhante, em que o stalinismo de Niemeyer se misturava ao reacionarismo de Nelson Rodrigues, ao gênio de Guimarães Rosa, à Bossa Nova, ao Cinema Novo, à poesia concreta? Hoje, imagino que fantástica unidade estilística teria o Brasil se a ditadura militar não tivesse atrapalhado esse surto redentor.

Só na adolescência tive consciência plena da existência da outra "Brasília", espécie de marco das desilusões nacionais, gênese do país da inflação crônica e da nação refém das empreiteiras. Jovem jornalista, comecei a percorrer as entranhas obscuras do poder exercido nessa cidade com aspas.

Já estava tudo lá: o "quanto eu levo nisso?'' como estilo de vida, o lobby como regime de governo, o patrimonialismo como programa de ação, a licitação mutretada como método de enriquecimento? A diferença é que, hoje, todas essas mazelas são praticadas em escala industrial.

Diz-se que uma cidade nascida de um imenso canteiro de obras plantado no meio do nada, com máquinas pesadas movimentando-se sobre a lama, não poderia dar em outra coisa. Tolice. A Lava Jato está aí para demonstrar que grandes obras públicas terminam em falta de escrúpulos em qualquer outro lugar do Brasil.

Aliás, a "Brasília" aética é uma eterna forasteira em Brasília. Ela vem de todos os lugares do Brasil, rouba (ops!) a cena de terça a quinta-feira, e volta às origens. Deixa para trás uma Brasília habitada por duas gerações de pessoas que sonham com a chegada do dia em que poderão festejar o aniversário de sua cidade sem o incômodo das aspas.
Herculano
21/04/2015 08:57
OAB-SC ANALISA ENDOSSAR AÇÃO DO MPF CONTRA PENSÕES DOS EX-GOVERNADORES, por Upiara Boschi, para o Diário Catarinense, de Florianópolis.

A OAB catarinense deve decidir esta semana se pede para fazer parte da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pela Procuradoria-Geral da República em 2007 para acabar com a pensão vitalícia que os catarinenses pagam a seus ex-governadores. Em 9 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu gás à polêmica ao finalmente decidir que esse tipo de benefício é inconstitucional em julgamento de regra semelhante do Estado do Pará.

O curioso é que no caso paraense e de mais 11 Estados as ações foram movidas justamente pelas OABs estaduais, a maior parte no ano de 2008. Aqui, a entidade dos advogados levou sete anos para se interessar pela história. O Conselho Plano da OAB/SC deve colocar o assunto em pauta na quinta-feira.

A Adin sobre as pensões catarinenses está parada no STF desde dezembro de 2012 aguardando que o relator Marco Aurélio Mello leve o caso a plenário. Atualmente nove ex-governadores recebem o benefício de R$ 23,8 mil.
Herculano
20/04/2015 22:12
O DINHEIRO DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS QUE FALTAM À SAÚDE PÚBLICA, EDUCAÇÃO, SEGURANÇAS ,OBRAS DE INFRAESTRUTUARA, SANEAMENTO.... SOBRA PARA A QUASE BILIONÁRIA FARRA DOS POLÍTICOS. DILMA SANCIONA AUMENTO DO FUNDO PARTIDÁRIO PARA R$ 868 MILHÕES

O texto é de Valdo Cruz, da sucursal de Brasília, em parceria com Bruno Boghossian enviado especial a Comandatuba, na Bahia, e Vera Magalhães editora da coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo. A presidente Dilma Rousseff sancionou o Orçamento Geral da União de 2015 sem vetar a proposta que triplicou os recursos destinados ao fundo partidário, uma das principais fontes de receita dos partidos políticos, hoje com dificuldades de financiamento por causa da Operação Lava Jato.

Em seu projeto original, o governo destinava R$ 289,5 milhões para o fundo, mas o valor foi elevado para R$ 867,5 milhões pelo relator do Orçamento no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Em um momento de ajuste fiscal para reequilibrar as contas públicas, o caminho natural seria o veto da proposta. Mas politicamente a recomendação foi de manter o novo valor para não desagradar a base aliada da presidente no Congresso.

Além disso, tecnicamente só era possível vetar toda verba destinada ao fundo, e não apenas o montante extra.

Segundo um assessor, isso iria gerar uma "guerra" com a base aliada e comprometeria a votação do ajuste fiscal.

Os presidentes dos partidos governistas chegaram a enviar uma carta a Dilma solicitando a sanção da verba.

Todos trabalham com a redução de doações de empresas privadas após a Operação Lava Jato. Empreiteiras já informaram a dirigentes partidários que não devem doar recursos na eleição municipal do próximo ano.

Autor da emenda, Jucá justifica a medida como uma "necessidade dos partidos" e "início da discussão do financiamento público das campanhas". Se o financiamento eleitoral for exclusivamente público, como defende o PT (sem apoio do PMDB), seriam necessários de R$ 5 bilhões a R$ 7 bilhões para bancar as campanhas, diz Jucá.

O fundo partidário é usado para custear gastos dos partidos. Cada sigla define como utilizará o dinheiro. Muitas aplicam em campanhas, somado a doações privadas.

CORTE PROVISÓRIO
Agora, após a sanção do Orçamento Geral da União, que será enviada ao Congresso nesta quarta (22), Dilma vai definir com sua equipe econômica o tamanho do bloqueio de verbas para garantir o cumprimento da meta de superávit primário de 2015.

Provisoriamente, o governo editará um decreto mantendo o corte temporário de 33% das verbas de cada ministério, que ficará em vigor até a definição final, que deve ocorrer em maio.

Um assessor da presidente diz que o corte será "forte" e "expressivo" para reequilibrar as contas públicas e ajudar o Banco Central no combate à inflação, permitindo, inclusive, que os juros comecem a cair ainda neste ano.

A equipe do ministro Joaquim Levy (Fazenda) defende um corte na casa de R$ 80 bilhões para atingir a economia de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) para pagamento de juros da dívida pública neste ano.

Outra ala do governo defende um valor menor, na casa de R$ 70 bilhões. Ministros políticos querem um bloqueio ainda menor, de R$ 60 bilhões, sob o argumento de que um contingenciamento de R$ 80 bilhões levaria a uma paralisia do governo.
Herculano
20/04/2015 22:03
BRAVATA DO PT ESBARRA EM DÍVIDAS DE R$75 MILHÕES, por Josias de Souza

Escolhido para substituir João Vacari Neto na tesouraria do PT, o ex-deputado sergipano Márcio Macedo reúne-se nesta segunda-feira com o presidente da legenda, Rui Falcão, em São Paulo. Vai tomar pé da situação financeira da legenda. Que não é nada boa.

Com um segundo tesoureiro preso em menos de dois anos, o PT anunciou na semana passada sua decisão de não mais receber doações de empresas. Esqueceu de informar como pretende fazer para pagar as dívidas que acumulou nas eleições de 2014. As campanhas para os governos estaduais deixaram um buraco de cerca de R$ 75 milhões. Não é coisa que se possa pagar com bravatas.
Herculano
20/04/2015 21:39
SIBÁ EM XEQUE, por Lauro Jardim, de Veja

Dois meses e meio após ser alçado à liderança do PT, Sibá Machado enfrenta uma crise de credibilidade entre seus pares.

A situação se agravou desde a semana passada. Deputados petistas têm dito estar envergonhados da veemência de Sibá na defesa de João Vaccari.

Mesmo antes da prisão do tesoureiro, Sibá já havia sido criticado por ter se postado ao lado de Vaccari na mesa da CPI da Petrobras, parecendo ser seu advogado. Muitos dizem que ele poderia defendê-lo sem expor tanto o partido e, consequentemente, o governo.

Mas o incômodo expõe, no fundo, um problema mais grave em torno de Sibá: muitos colegas comentam que ele ainda não está preparado para o cargo, principalmente num cenário de animosidade com o presidente da Câmara e de tão profunda crise.

Escolhido em fevereiro por ser da Construindo um Novo Brasil - a corrente majoritária do PT que se sentia desprestigiada por ser alijada da articulação política com a escolha de Pepe Vargas, da adversária Democracia Socialista -, Sibá frequentemente tem passado a bola no plenário para outros deputados encaminharem as votações pelo PT.

O mesmo acontece no Colégio de Líderes, quando, em embates com Eduardo Cunha, também tem sido necessário que colegas o socorram na argumentação.
Utilidade pública!
20/04/2015 21:30
Lamentável e trágico o incidente no Eta IV. Instalaram cameras substituindo a vigilância humana, "contendo gastos". Agora pergunto: O monitoramento das cameras não é em tempo real? Se for, quem faz esse monitoramento? (creio que um profissional qualificado, no mínimo ou o encarregado/ diretor) e não os operadores, afinal prestaram concurso pra operador e não para monitor. E se um deles tropeça e cai la? Quem vai socorrer? O proximo operador que chega 6 horas depois? Ou 12 horas depois? (Quando é plantão? )
Se não for, qual o sentido desse monitoramento? Pra ver "depois" o ocorrido?
A título de informação: Na legislação brasileira não há uma determinação que especifique os termos de monitoramento em ambientes de trabalho, então...
É entristecedor que tenha que acontecer uma tragédia primeiro. Com a palavra o responsável... quem é mesmo?
Herculano
20/04/2015 20:22
DOCUMENTO DO PT DEIXA CLARO QUE O PRINCIPAL INIMIGO É O CONGRESSO E PROPÕE "SAÍDAS": FRANTE AMPLA DE ESQUERDA, CONSTITUINTE EXCLUSIVA PARA REFORMA POLÍTICA; VOTO EM LISTA; FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA... PARTIDO INICIA CAMPANHA DE ÓDIO À DEMOCRACIA, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

O PT realiza na Bahia, entre 11 e 14 de junho, seu 5º Congresso. É a hora em que partido recebe e debate as "teses" de suas várias correntes. Desta vez, todas elas falam numa espécie de "resgate", de retomada do verdadeiro PT, como se este que conhecemos fosse o falso; como se este que aí está fosse uma invenção dos adversários; como se este que aí está fosse uma distorção de algo que é perfeito no mundo das ideias. Esse misto de platonismo com cara de pau repete a mistificação histórica das esquerdas: o socialismo, em essência, seria bom, os socialistas equivocados é que o corromperam? Nesse congresso de junho, o partido tenta se levantar dos escombros.

Mas será que consegue? Na sexta-feira, publiquei a resolução da direção nacional da legenda. Trata-se de um dos documentos mais delirantes de sua história. Segundo os companheiros, existe uma "escalada das forças conservadoras", de "caráter reacionário", para "derrotar a administração de Dilma" e "revogar conquistas históricas do povo brasileiro".

A direção do partido não economiza: o Parlamento seria formado hoje por uma "maioria conservadora", empenhada em implementar "contrarreformas". Ou por outra: o partido que detém o maior número de deputados da Câmara elegeu o Congresso como seu adversário. Assim, saibam: sempre que deputados e senadores petistas se manifestarem, estarão empenhados em diminuir as prerrogativas do próprio Poder que eles integram.

Que coisa! O PT não acusa seus adversários de erro. O PT não acusa seus adversários de insensibilidade social. O PT não acusa seus adversários nem mesmo de se mobilizar para defender privilégios eventualmente em curso. Não! Para os valentes, os que se opõem ao petismo têm o propósito deliberado de punir os mais pobres. No Parlamento, como se vê, não existiriam nem adversários nem aliados, mas uma maioria dedicada a prejudicar o povo brasileiro.

Segundo o petismo, a conspiração em curso uniria os interesses de classe das elites que perderam o poder a partir de 2003 e setores da mídia que exerceriam o monopólio da informação. Perguntas rápidas, óbvias e sem resposta: que elite é essa que estaria contra o PT? Os industriais? Os bancos? Os empreiteiros? Não foram esses mesmos os grandes financiadores da legenda nesses 13 anos? Por que o partido não dá os nomes dos ditos monopolistas da mídia?

O documento faz a defesa do "companheiro João Vaccari Neto" e acusa instâncias do estado - como a Polícia Federal, o Ministério Público e o Poder Judiciário - de protagonizar um "espetáculo de atropelos legais" a serviço de "forças antipetistas". Sim, meus caros! Para esses iluminados, o Brasil se divide em dois grupos: os que estão com eles e os que estão contra eles. E, para que se esteja contra eles, basta que não se esteja com eles. Os celerados não perceberam que, se essa formulação, antes, chegou a render benefícios ao partido, rende, hoje em dia, ainda mais desgaste. Posta hoje diante desta dicotomia - ou se é petista ou se é antipetista -, a maioria dos brasileiros decidiu não ser escrava de ninguém: é antipetista.

O documento expõe a pauta de uma luta ensandecida contra o regime democrático, que compreende:

a: uma dita frente político-social unindo o partido, os sindicatos e o MST;
b: constituinte exclusiva ? proposta de inspiração obviamente bolivariana ? para fazer a reforma política;
c: proibição da doação de empresas a campanhas;
d: financiamento público de campanha:
e: voto em lista, cassando dos brasileiros o direito de escolher seus deputados;
f: arranca-rabo de classes, com medidas contra os chamados "ricos";
g: mobilização contra o PL 4330, das terceirizações, o que só é bom para os sindicalistas;
h: mobilização contra a PEC 371, da redução da maioridade penal, o que só é bom para os bandidos;
i: mobilização contra a PEC 215, que atribui ao Legislativo um papel mais ativo na demarcação de terras indígenas, o que só é bom para os picaretas.

Em certa medida, talvez devamos todos saudar esse documento. Afinal de contas, o partido reitera a pauta que hoje faz com que a maioria do povo brasileiro grite nas ruas, em número crescente: "Fora PT. Fora Lula. Fora Dilma".

Para encerrar: o partido lamenta a "ocupação das ruas contra o governo" e "clima de condenação moral contra o PT a partir de notícias distorcidas sobre investigações de corrupção na Petrobrás". Que coisa! Viver para ver os petistas contra o povo na rua. A síntese das sínteses: o PT dá início, assim, à campanha de ódio à democracia.

O PT, em suma, está cansado do povo brasileiro e agora busca maneiras de tirá-lo da jogada. Mas o povo não vai deixar e diz "não".
Pagando Brabo
20/04/2015 20:15
Tragédia Anunciada
Não é de hoje que tem problemas a ETA do Bateias, fruto da desorganização e a falta de comprometimento da prefeitura, outra ja foi assaltada e o funcionário da SAMAE espancado, agora um jovem morre afogado, culpa de quem? da imprudencia d jovem sim, mas o maior culpado é a Prefeitura e o SAMAE, que não coloca gurdas para inibir a ação de banhistas e vândalos no local
Herculano
20/04/2015 20:12
QUANDO PEGOS, OS POLÍTICOS JULGAM A JUSTIÇA, QUESTIONAM A POLÍCIA E O MINISTÉRIO PÚBLICO, E CULPAM A IMPRENSA. DEPOIS DE TENTAR HUMILHAR UM JARDINEIRO, DE TER QUE RENUNCIAR A VOLTA AO MINISTÉRIO POR DÚVIDAS E PEREFERIR OS BATIDORES PARA SE PERPETUAR NAS FACILIDADES, PALOCCI VOLTOU A REPETIR O MANTRA DOS PETISTAS. EM CARTA A AMIGOS, ELE DIZ QUE INVESTEM NOVAMENTE CONTRA A SUA HONRA.

Parte 1

O texto é de Andreia Sadi, da sucursal de Brasília do jornal Folha de S.Paulo. O ex-ministro Antonio Palocci enviou nesta segunda-feira (20) uma carta por e-mail a amigos para explicar consultorias prestadas por sua empresa, a Projeto, com três grandes grupos empresariais: Pão de Açucar, JBS e Caoa.

O texto é uma resposta a reportagem da revista "Época" divulgada no final de semana. Na carta, a que a Folha teve acesso, ele diz que, ''novamente'', um órgão de imprensa ''investe de maneira sensacionalista e espetaculosa contra a minha honra''.

Segundo a "Época", documentos da firma de consultoria do petista, a Projeto, revelam que seu enriquecimento coincidiu com o momento em que ele assumiu a coordenação da campanha de Dilma.

Alvo da Operação Lava Jato, o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil) teria recebido naquele ano, quando coordenou a primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT), ao menos R$ 12 milhões de 30 empresas.

A revista teve acesso à listagem das 30 empresas que teriam feito pagamentos a Palocci, parte de uma investigação sigilosa conduzida pelo Ministério Público Federal.

Uma delas foi o grupo Pão de Açúcar, que pagou R$ 5,5 milhões a Palocci em 2010. O primeiro repasse, de R$ 1 milhão, foi feito pelo escritório do ex-ministro da Justiça no governo Lula, Márcio Thomaz Bastos, morto em 2014.

Segundo Palocci, ''foram prestados serviços técnicos de acompanhamento da aquisição de Casas Bahia, pelo acima nominado conglomerado varejista, trabalho este executado em parceria com o Escritório de Advocacia Márcio Thomaz Bastos''.

A carta diz ainda que a contratação já foi objeto de investigação e obteve do juiz federal de Brasília o arquivamento.

O Ministério Público investiga ainda pagamentos recebidos pelo ex-ministro do frigorífico JBS e da concessionária Caoa, que somaram R$ 6,5 milhões. Segundo a revista, a suspeita do MPF é que o serviço de Palocci não foi entregue e o JBS recebeu um empréstimo do BNDES que facilitou a empresa a buscar negócios no mercado de frangos nos EUA.

O ex-ministro da Casa Civil nega qualquer relação de seu trabalho com o financiamento do BNDES para a JBS.

Sobre a Caoa, ele diz ter feito um serviço técnico e que, se após quatro anos, ''algumas montadoras vieram a obter prorrogação de regime tributário diferenciado do Congresso Nacional'', não há relação com sua contratação.
Herculano
20/04/2015 20:12
QUANDO PEGOS, OS POLÍTICOS JULGAM A JUSTIÇA, QUESTIONAM A POLÍCIA E O MINISTÉRIO PÚBLICO, E CULPAM A IMPRENSA. DEPOIS DE TENTAR HUMILHAR UM JARDINEIRO, DE TER QUE RENUNCIAR A VOLTA AO MINISTÉRIO POR DÚVIDAS E PEREFERIR OS BATIDORES PARA SE PERPETUAR NAS FACILIDADES, PALOCCI VOLTOU A REPETIR O MANTRA DOS PETISTAS. EM CARTA A AMIGOS, ELE DIZ QUE INVESTEM NOVAMENTE CONTRA A SUA HONRA.

Parte 2

Leia a íntegra da carta:

Caros amigos e amigas,

Mais uma vez peço um pouco de seu tempo.

Novamente um órgão de nossa imprensa investe de maneira sensacionalista e espetaculosa contra a minha honra. Desta feita uma reportagem de capa da revista EPOCA, da edição divulgada em 18/4, misturando assuntos, escondendo fatos conhecidos e manipulando datas, tenta desqualificar as legitimas relações comerciais de minha atividade de consultoria, através da empresa Projeto, com diversas empresas privadas.

Mas não quero recorrer à retórica. Gostaria de esclarecer os fatos narrados pela reportagem e, a bem da verdade, expor o que a revista se recusou a informar, confundindo deliberadamente seus leitores.

Nesse texto jornalístico, tentaram colocar sob suspeita a licitude dos contratos de prestação de serviços técnicos celebrados pela Projeto Ltda. com três grandes grupos empresariais privados nacionais, quais sejam PÃO DE AÇÚCAR, JBS e CAOA, todos firmados há vários anos.

Eis a verdade dos fatos:

1-) GRUPO PÃO DE AÇÚCAR
Conforme documento, subscrito por seu então presidente, constante de antigo expediente do Ministério Público Federal, processado perante Vara Federal de Brasília, foram prestados serviços técnicos de acompanhamento da aquisição de Casas Bahia, pelo acima nominado conglomerado varejista, trabalho este executado em parceria com o Escritório de Advocacia Márcio Thomaz Bastos.

Essa contratação já foi objeto de investigação pelo MPF do Distrito Federal que, nada encontrando de irregular, requereu e obteve do Juiz Federal daquela Capital o ARQUIVAMENTO do feito. O estranho é que a revista Época, que diz ter tido acesso ao referido processo, sabia desse arquivamento e o ocultou de seus leitores.

2-) GRUPO JBS
Os serviços de avaliação da conveniência, de planejamento e de execução da internacionalização do complexo empresarial JBS através da aquisição da maior produtora de proteína animal dos Estados Unidos, a PILGRIMS, foram prestados muito tempo antes de intervir no processo o BNDES. A Projeto não realizou a negociação da aquisição, feita por outras entidades do setor financeiro e jurídico. A Projeto realizou estudo de avaliação da oportunidade do negócio, que enfim foi realizado com sucesso. O trabalho da Projeto não teve qualquer relação com o financiamento do BNDES. Tanto assim que 5 das 6 parcelas dos honorários devidas à Projeto foram pagos muito antes do financiamento. Especificando os trabalhos, há detalhado relatório técnico elaborado por Projeto Ltda., que também se encontra no expediente investigatório a que Época teve acesso e que tramita no Juízo Federal do DF muitos anos faz. Também neste aspecto a matéria preferiu ocultar de seus leitores esse relatório e insinuar, maldosamente, que os serviços podem não ter sido prestados.

3-) GRUPO CAOA
Tratou o serviço técnico prestado de avaliar, esboçar plano de execução de associação com montadora de automóveis, estudar tendências do mercado mundial do setor, oportunidades e estratégias de novos negócios, trabalho este que data de mais de quatro anos atrás.

Se, depois de muitos anos (em 2014), algumas montadoras, inclusive a CAOA, vieram a obter prorrogação de regime tributário diferenciado por decisão do Congresso Nacional, tal circunstância não tem nenhuma relação com o contrato em causa, como insinuou a referida reportagem. Neste caso as distancias são mais gritantes, pois os honorários foram pagos em 2010 e os citados benefícios foram prorrogados 4 anos depois!

Peço desculpas se não me estendo aqui no detalhamento dos trabalhos prestados. Isso porque eles decorrem de contratos com clausulas de sigilo que me obrigo a respeitar. Mas nos autos do apuratório que Época afirma ter tido acesso há toda documentação comprobatória da perfeita regularidade das contratações em questão.

A reportagem informa também que as empresas negaram o trabalho da consultoria Projeto. Pelo que apuramos isso absolutamente não ocorreu. Na verdade as perguntas enviadas pelos jornalistas responsáveis pelo texto falavam sobre outros assuntos, notadamente sobre um suposto inquérito da conhecida operação Lava Jato, que nada tem a ver com os fatos narrados aqui ou mesmo na citada reportagem. Algumas empresas preferiram não comentar sobre seus contratos. Mas isso é diferente de nega-los.

É lamentável que se pratique tamanho acinte contra a verdade, sejam quais forem os propósitos que moveram os autores do referido texto ou os que o encomendaram aos seus subscritores.

Agredeço muito a sua atenção.
Antonio Palocci Filho

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