Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

24/04/2015

NUNCA ANTES EM GASPAR I
O ex-procurador geral do município de Gaspar, Mário Wilson da Cruz Mesquita, foi o todo protetor do prefeito Pedro Celso Zuchi; foi partidário ferrenho do PT no seu segundo mandato. Eu mesmo experimentei esta ferocidade. Ele fez de tudo para e pelo PT. Ficou cego, como ficam os fanáticos. Por isso, foi traído (e não foi por falta de avisos). Há semanas, o doutor Mesquita deu três lições aos petistas daqui: a primeira delas é de que a sensatez nos ensina a rever determinados conceitos, amizades (verdadeiras e as de interesses) e até dogmas; o segundo, é de que a vingança é tão deliciosa quanto perigosa, pois pode ser frágil e passageira; e a terceira é de que tudo é um jogo pelo e para o poder, infelizmente. 

NUNCA ANTES EM GASPAR II
O professor e advogado Mário Mesquita reverteu o jogo de décadas, em duas tacadas: uma de mestre e outra de sorte, apesar do trabalho e conhecimento que dedicou para isto. Foram duas semanas históricas e de comemorações. Ambas levaram preocupações ao PT de Gaspar e principalmente ao de Blumenau, liderado por Décio Neri e Ana Paula de Lima. O PT de lá comanda o daqui há anos, com mão de ferro, tem ingestão em Brusque. O doutor Mesquita sabe demais de todos, ou pelo menos dizia saber... 

NUNCA ANTES EM GASPAR III
Na primeira tacada, o doutor Mesquita conseguiu de volta o que teve descontado do seu salário como contribuição para sustentar o partido que defendeu com tanta garra. Se a decisão da Justiça daqui valer para o Brasil inteiro, muito companheiro vai engordar o bolso daquilo que o PT recebeu um dia. O que já anda complicado nas finanças do partido por conta de mensalões, petrolões e outros que virão, haverá mais penúria. A outra tacada foi tirar do cargo por improbidade administrativa, o ex-prefeito de Brusque, Paulo Roberto Eccel, PT, que já foi o procurador geral de Gaspar no primeiro mandato de Pedro Celso Zuchi, PT, foi deputado estadual e zombou (com outros daqui e promoveram aquela patética tentativa de moção na Câmara de Gaspar para enquadrar a Justiça brasileira neste caso) na intenção do doutor Mesquita quando ele aceitou o desafio. 

NUNCA ANTES EM GASPAR IV
O doutor Mesquita, todavia, não fez o serviço completo e se recusa a tal. E a pergunta é: por quê? Ele sabe muito e mais do que ninguém sobre e contra os petistas de Gaspar e os que comandam o partido por aqui. O doutor Mesquita foi o coração e parte do cérebro do que o PT tramou e fez por aqui. O PT e os petistas daqui também sabem melhor do que ninguém, que o estrago que ele fez em Brusque, poderá fazê-lo em Gaspar. E é isto que o doutor Mesquita está devendo para a sociedade gasparense. Ou então, terá que vir a público e reafirmar que todos os petistas daqui são puros. Não há meio termo. Acorda, Gaspar! 

fotopg5herculanoGG.jpgAcessibilidade, segundo os nossos políticos, só nos discursos. O cadeirante Carlos Barbosa, que já teve o seu drama contado aqui, na quarta-feira ocupou a Tribuna Livre da Câmara. Um escárnio à cidadania. Para chegar lá teve que ser levado pelas escadas. Para discursar, teve que fazê-lo do corredor. Da Tribuna foi impossível acessar de cadeiras de rodas. O presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, já havia dito que um ano de presidência é pouco para reverter este quadro de descaso. O líder da bancada petista, José Amarildo Rampelotti, disse que todas as novas obras do governo já contemplam a acessibilidade. Como se vê. Casa de ferreiro, o espeto é de pau. 

A cara também. 

A verba da ponte do Vale. Estão empenhados R$14,7 milhões no Ministério das Cidades. Todos sabem. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, já anunciou nas rádios como se liberada estivesse. Eu escrevi que não. Empenho e liberação são coisas diferentes. Empenho é a tal burocracia, que o próprio Zuchi tanto culpa e reclama. Burocracia é dos políticos, do governo e principalmente do PT. 

A verdade que ninguém disse em entrevista é que a presidente Dilma Vana Rousseff, PT, não liberou ainda estes recursos no Orçamento. Quando muito, com esforço, poderão vir uns R$5 milhões. Eles nem darão para pagar o que já está pendurado e é devido pela prefeitura de Gaspar a empreiteira mineira Artepa Martins.  

Quem afirmou isto? O titular da verba e da liberação, o ministro das Cidades e presidente do PSD, amigo de Dilma, Gilberto Kassab. E quem ouviu isto de viva voz? Os vereadores Marcelo de Souza Brick e Giovano Borges, ambos do PSD, que foram dar um rolê por Brasília há dias. Só não se entende a razão pela qual não esclareceram  aos gasparenses, de lá ou na chegada aqui, logo após a viagem. 

Resumindo. A ponte foi licitada por aproximadamente R$42 milhões. Vieram R$19,5 milhões. A prefeitura prometeu os outros R$21,5 milhões num jogo arriscado. Agora, quer tampar o buraco dela. Deve R$9 milhões a empreiteira. Os R$14,7 milhões empenhados, mal dá para pagar a dívida. A Artepa já disse que quer receber e com juros. Mais: que a parada vai custar mais e caro. Precisa de aditivo. Ou seja. Mais um factoide para a população desinformada e para esconder as mazelas administrativas. 

Não tem dinheiro para a ponte do Vale, da Saudade, a duplicação da BR 470, Saneamento, para a Saúde Pública como o Hospital de Gaspar, a Educação, Segurança etc e tal,  mas o PT e a presidente Dilma Vana Rousseff arrumou dinheiro para triplicar o milionário Fundo Partidário, para a farra dos políticos. Vergonhoso mal uso dos nossos pesados impostos. 

Em Gaspar tem gente querendo ser candidato a prefeito, mas não escolheu um partido para oficializar esta intenção. Ou seja, está tudo errado. Ou está blefando, ou está com medo do desafio. Só em Gaspar. 

O vereador Marcelo de Souza Brick, PSD, faltou a terceira sessão seguida. Aliás, as ausências dos vereadores têm sido notadas na Câmara. Duas sessões seguidas que faltam três vereadores ao mesmo tempo. 

Ilhota em chamas. A intenção era a de produzir um desmentido contundente e desmoralizar esta coluna, mas não deu. A secretária da administração, Tatiana Reichert e o gerente de compras Valmor Bertelli Júnior, afirmaram em carta que enviaram ao jornal Cruzeiro do Vale que a compra de 36 telhas de Eternit por mais de R$2 milhões tratou-se de um mero erro de digitação. 

Pois. Isto retrata bem a situação de Ilhota. Os outros questionamentos, não desmentidos, e por temor do Ministério Público, viraram justificativas. Está publicada na íntegra na seção de cartas, para que o leitor e leitora possam analisar como os políticos e gestores tratam as coisas sérias que lhes são dadas para administrar.

 

Edição 1681

Comentários

cidadao gasparense
27/04/2015 23:59
Esquecidos???
Quem disse que a prefeitura não está ligada nos problemas da cidade??
Foi agendada uma reunião para o dia 28/04/2015 com o melato, lovídio e prefeito zuchi para tentar achar uma solução para a rua Hercílio de Souza Soares e rua paralela, por causa das chuvas que afetam demais a região local e consequentemente inundam as casas, calçamento por causa dos enormes buracos que tem na entrada da rua e poeira em demasia e olhem o que aconteceu: Por volta das 14 horas do dia 27/04/2015, a patrola deu o ar de sua graça nas ruas citadas. Será que foi por causa de reclamações dos moradores ou será que é para os excelentíssimos não afundarem nos buracos?
Anônimo disse:
27/04/2015 19:54
Herculano, Jailton de Carvalho, O Globo, informa que o ladrão Pizzolati estará de volta ao xilindró tupiniquim no próximo dia 11 de maio.
O Papuda's Inn lhe espera de braços abertos.
Juju do Gasparinho
27/04/2015 19:49
Prezado Herculano:

Do Blog Coturno Noturno:
"Ninguém quer ser líder de Dilma no Senado.
Nem Jader Barbalho".

Cá entre nós, o Jader Barbalho, aquele que foi preso em 2001, tem o perfil perfeito para ser o líder de Dilma no Senado.
Tem todas as credenciais!

Ella virou um osso de plástico, nem cachorro quer.
Herculano
27/04/2015 17:38
CONTINUARÁ AFASTADO

O ex-deputado estadual, e líder do governo de Luiz Henrique da Silveira, Elizeu Mattos, PMDB, prefeito afastado de Lages, queria voltar à prefeitura. Mas, a Justiça não atendeu o seu pleito.. O juiz Antonio Carlos Junckes dos Santos concedeu liminar a pedido do Ministério Público de Santa Catarina para que o peemedebista continue afastado da prefeitura após o prazo de 180 dias determinado pelo desembargador Ernani Guetten de Almeida em 5 de dezembro. Ou seja, agora o afastamento é por tempo indeterminado.

O prefeito, derrotado nos recursos judiciais em que pedia o fim do afastamento, esperava retornar ao cargo em 3 de junho, quando se esgotariam os 180 dias. Agora, terá que retomar as tentativas de derrubar a decisão nos tribunais superiores.
Herculano
27/04/2015 15:47
PROCURADORIA DENUNCIA RENATO DUQUE E VACCARI POR LAVAGEM DE DINHEIRO

O conteúdo é do jornal Folha de S. Paulo. texto de Flávio Ferreira.
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato de Duque foram denunciados à Justiça sob a acusação da prática de lavagem de dinheiro. A denúncia do Ministério Público Federal, apresentada nesta segunda-feira (27) no âmbito da Operação Lava Jato, aponta que o crime foi praticado 24 vezes, entre abril de 2010 e dezembro de 2013, e totalizou R$ 2,4 milhões.

De acordo com acusação, uma parte da propina paga que Duque recebia de empreiteiras com contratos com a Petrobras foi direcionada por empresas do grupo Setal Óleo e Gás, controlado por Augusto Mendonça, para a Editora Gráfica Atitude, a pedido de Vaccari Neto.

O Ministério Público apontou que as propinas resultaram principalmente de contratos da Petrobras relativos à refinarias Repar, no Paraná, e Replan (SP), e pede que os acusados sejam condenados a pagar uma indenização de R$ 4,8 milhões à estatal. Pede ainda o confisco de R$ 2,4 milhões do patrimônio de Vaccari e Duque.

O pedido de confisco corresponde às vantagens indevidas que teriam sido pagas por Mendonça por intermédio de contratos com a gráfica. A indenização equivale ao dobro desse montante.

Na denúncia, a Procuradoria afirma que a ligação entre a Atitude e o PT "vai além da afinidade" entre os sindicatos ligados à CUT que administram a gráfica e o partido, e citou a empresa já foi condenada pelo Tribunal Superior Eleitoral a pagar multa de R$ 15 mil por fazer propaganda ilegal para Dilma na na edição da "Revista do Brasil" de outubro de 2010.

O MPF também afirma que, em pesquisas na internet para localizar a sede da gráfica, encontrou menções ao endereço da Rua Abolição, 297, no centro de São Paulo, que coincide com a sede do diretório paulista do PT.

PARCELAS

De acordo com a acusação, o executivo do grupo Setal, "interessado em atender aos interesses" de Duque e Vaccari, autorizou o pagamento à Editora Gráfica Atitude, mas pediu que os repasses fossem parcelados "para que não restasse comprometido o caixa de suas empresas".

Segundo a força-tarefa, para conferir uma justificativa econômica aparentemente lícita para os repasses da propina, empresas do grupo Setal ?a Setec e a SOG? assinaram dois contratos, em 1º de abril de 2010 e em 1º de julho de 2013, respectivamente, com a Gráfica Atitude.

A gráfica, porém, jamais prestou serviços reais às empresas, emitindo notas frias para justificar os repasses, de acordo com os procuradores.

Em nota, o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Força-Tarefa Lava Jato, afirmou que embora a denúncia envolva um partido ?o PT?, o esquema era pluripartidário e que já foram denunciados anteriormente operadores vinculados às diretorias controladas pelo PP e pelo PMDB.

"A partidarização do olhar sobre as investigações prejudica os trabalhos, porque tira o foco do que é mais importante, que é a mudança do sistema, o qual favorece a corrupção seja qual for o partido. Por isso o MPF apresentou as dez medidas contra a corrupção e a impunidade."

De acordo com a Procuradoria, a responsabilidade criminal de pessoas vinculadas à Atitude será apurada em investigações próprias.

OUTRO LADO

A reportagem ainda não conseguiu falar com Vaccari, Duque e representantes da gráfica.

Vaccari nega qualquer irregularidade à frente da tesouraria do PT. A defesa de Duque sempre negou que ele tenha praticado crimes na diretoria de Serviços da estatal.

Procurado pela Folha no dia 15 de abril, quando foi divulgado que o motivo para a prisão de Vaccari haviam sido pagamentos suspeitos efetuados à Gráfica Atitude, o coordenador editorial e financeiro da empresa, Paulo Salvador, disse que vai esperar ser notificado pela Justiça para se pronunciar
LUCIANO DA CUNHA
27/04/2015 10:23
DESCOBRI QUE TENHO UM FÃ.

Em meados de setembro de 2014 comprei uma franquia de uma empresa e montei meu negócio próprio, e desde então venho panfletando,colocando cartaz e faixas na cidade.E tem um cidadão que é meu fã que vem rasgando e destruindo minha publicidade.

Olha o que é a pessoa ser usado pelo diabo,o diabo cochicha no ouvido desse cidadão dizendo rasga estraga ele não merece ser próspero ele é coxinha anti pt não vota no zuchi e etç.
Este cidadão não vive a vida dele se preocupa mais com a destruição da vida dos outros do que fazer a dele ir pra frente.

Olha meu querido se meu sucesso te perturba só lamento ou você pode vir fazer parte da minha rede e ganhar dinheiro, não adianta tentar destruir porque DEUS tem promessa na minha vida e DEUS é comigo quem impedirá.
Que JESUS CRISTO te abençoe. amém.
Herculano
27/04/2015 08:27
UM PAÍS SUAVE, por Vinicius Mota para o jornal Folha de S. Paulo

Há mais de uma década se discute no Congresso regulamentar a modalidade de prestação de serviços entre empresas chamada de terceirização. Enquanto o debate legislativo emperrava, a cúpula da Justiça do Trabalho era aparelhada pela esquerda reconciliada com o varguismo e decidia a parada.

Uma firma está proibida de contratar outra para desenvolver nem que seja parte de sua atividade principal. Num país de tradição liberal, esse dispositivo seria considerado interferência abusiva no domínio privado. Se os impostos são recolhidos e as regras trabalhistas, respeitadas, não cabe ao Estado meter-se no modo como uma empresa se relaciona com outras.

Mas no Brasil a história é diferente. Gostamos de ser paternalistas, de sociologizar as relações jurídicas, de conceber atores cuja esfera de autonomia e de responsabilização é menor e precária, sujeitos à tutela do governo e das leis. Também gostamos, por outro lado, de afetar certa abertura para o mundo das mais dinâmicas práticas econômicas.

Com frequência surgem ondas de modernização, como o debate reaceso a respeito da terceirização, que topam com o continente paternalista. Ou morrem no choque, desfecho rotineiro, ou transformam muito discretamente a paisagem.

Não há na política nacional massa crítica para viabilizar alterações significativas no ambiente dos negócios e das relações econômicas. O PSDB não é um partido liberal, como demonstrou novamente nos trâmites da terceirização na Câmara. A parcela mais grossa do PMDB está onde sempre esteve, associada às estruturas do Estado grande e patrimonialista. Do PT, que sob Lula anulou toda sua diferença com o varguismo, nem se fale.

O Brasil se move suavemente no rumo da modernização, como se já tivesse alcançado um grau adequado de desenvolvimento, riqueza e bem-estar
Herculano
27/04/2015 08:22
da série: na política e os políticos podem roubar os dinheiro dos nossos pesados impostos e que o governo nos impõe, mas não devem exagerar para que possam continuar nesta sanha insana

LUPPI, PRESIDENTE DO PDT, ACHA QUE O PT EXAGEROU AO ROUBAR DEMAIS NA PETRORÁS, por Ricardo Noblat para o jornal O Globo

É tamanha a fragilidade do governo Dilma, e também a do PT, que aliados deles podem ofendê-los o quanto quiser, com os termos que preferir, e até mesmo de público, que nada farão. Se provocados, tentarão tirar por menos.

Foi o que ocorreu no fim de semana com Carlos Luppi, presidente do PDT, e avalista de Manoel Dias, o atual ministro do Trabalho. Luppi foi defenestrado do primeiro governo Dilma por suspeita de envolvimento com corrupção. Não se acanhou por isso.

Em encontro com correligionários, em São Paulo, na última quinta-feira, Luppi afirmou:

- O PT exauriu-se, esgotou-se. Olha o caso da Petrobrás. A gente não acha que o PT inventou a corrupção, mas roubaram demais. Exageraram. O projeto deles virou projeto de poder pelo poder.

Foi o jornal O Estado de S. Paulo que teve acesso à gravação com o discurso de Luppi. Procurou-o para que o confirmasse ou não. E ele o confirmou. Na véspera do encontro, a Petrobrás divulgara que seu prejuízo com a roubalheira fora de R$ 6,2 bilhões.

Luppi falou sobre vários assuntos, criticando o PT ou o governo na maioria das vezes. Sobre o programa Bolsa Família, disse:

- Tirou milhões da miséria, isso é bom para caramba. O Nordeste é outro (avanço), é verdade. Quem não vê isso é mentiroso, nojento. Eu tenho raiva deles. Mas (o governo) criou também uma dependência. Eu vejo gente que não quer trabalhar para manter o Bolsa Família, isso está errado. O programa tem que ser instrumento para tirar da miséria, não para manter na miséria.

Sobre a aliança do PDT com o PT:

- A conversa com o PT, com o meu amigo Lula e com a presidente Dilma, é qual o naco de poder que fica com cada um. Para mim, isso não basta. Eu não quero um pedaço de chocolate para brincar como criança que adoça a boca. Eu quero ser sócio da fábrica, eu quero ajudar a fazer o chocolate.

Sobre a acomodação do PDT:

- Se a gente não acordar para isso, daqui a pouco a população vai fazer como juiz de futebol: vai dar cartão vermelho para gente. Para muitos, já está dando.

Sobre o fato de nas últimas eleições candidatos como o palhaço Tiririca (PR-SP) e o ex-jogador Romário (PSB-RJ) terem sido eleitos para cargos no Legislativo:

- O povo está fazendo isso para sacanear a gente. Está dizendo: "Seus babacas, me respeitem, porque senão olha o que eu vou fazer com vocês. Em vez de votar em vocês, eu vou votar no Tiririca, vou votar no Romário".

Sobre a situação que atravessa o governo:

- A gente não quer ser um rato, que foge do porão do navio quando entra a primeira água, mas também não queremos ser o comandante do Titanic, que ficou no barco até ele afundar.

O jornal ouviu políticos sobre as declarações de Luppi. Humberto Costa, líder do PT no Senado, chamou Luppi de "boquirroto". Classificou-o como uma pessoa a quem não valoriza. Apenas isso.

Boquirrota é uma pessoa indiscreta, que fala muito.

O ministro Manoel Dias disse que sua versão do discurso de Luppi difere da versão publicada pelo jornal. Apenas isso.

Um interlocutor direto de Dilma antecipou que o governo não responderá a Luppi. O PT se quiser que o faça. Apenas isso.

Rui Falcão, presidente do PT, disse que não o fará. Apenas isso.

Por fim, um dos vice-presidentes do PT, o deputado federal José Guimarães (CE), líder do governo na Câmara, classificou como "graves" as declarações de Lupi. E disse que é preciso discutir com o aliado para evitar a saída do PDT da base de apoio da Dilma.

- Um partido importante como o PDT sair da base é prejuízo. Por mim, fica - arrematou Guimarães. Apenas isso.

Luppi informou ontem, no fim da tarde, que não está nos planos do PDT sair do governo.

De fato, tudo o que Luppi quer é que o PDT entre mais.
Herculano
27/04/2015 07:57
PT SE ARTICULA PARA PRESSIONAR JUIZ SÉRGIO MORO

O Partido dos Trabalhadores prepara ação contra o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. A área jurídica do PT trabalha em sigilo na consolidação de argumentos para alegar a "suspeição" do magistrado, em razão de prisões de petistas, que eles consideram "políticas". A intenção é colocar Moro "na defensiva", segundo uma fonte do partido. Trocando em miúdos, querem intimidar o juiz.

Jogada petista
O PT sonha afastar Sergio Moro da Lava Jato, acusando-o de "parcial", "antipetista" etc. Conversa fiada: é só um juiz corajoso e incorruptível.

Cunhada suspeita
A prisão da cunhada de João Vaccari será usada pelo PT contra Moro, que a soltou tão logo se pôs em dúvida sua identidade em um vídeo.

"Dano moral"
Os petistas querem que Marice Corrêa de Lima, a cunhada de Vaccari, acione Sergio Moro por "dano moral". Ela não parece disposta a isso.

Chave de cadeia
João Vaccari, que o PT trata como "preso político", é réu por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

MUDANÇAS NO FPE AGRAVAM PREJUÍZO DOS ESTADOS
A nova divisão do Fundo de Participação dos Estados (FPE), definida no governo Dilma, vai gerar prejuízo de pelo menos R$ 3,7 bilhões nos orçamentos de 11 Estados no ano que vem. De acordo com os índices calculados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Pernambuco, Rio Grande do Sul e Bahia sofrerão os piores cortes, devido ao aumento maior do PIB per capita em relação à média nacional nos últimos anos.

Perdeu, PMDB
Os governos do PMDB no Rio Grande do Sul, Tocantins e Sergipe vão perder R$ 1,28 bilhão por ano, no mínimo, para investimentos.

Perdeu, PT
O impacto também será forte em estados governados pelo PT. Bahia, Ceará e Piauí, somados, vão perder R$ 1 bilhão do FPE em 2016.

Perdeu, Richa
A queda na popularidade do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), tem tudo para piorar com o corte de R$ 287,5 milhões na sua receita.

Fora, lobistas
O presidente da Câmara pretende pôr catracas na entrada do plenário para restringir o acesso de lobistas. Eduardo Cunha é investigado na Lava Jato justamente por sua ligação com o lobista Fernando Baiano.

Disputa no TRF-1
Bem distante da discrição do chefe, a turma de Michel Temer batalha ativamente pelo ex-assessor jurídico Hércules Fajoses para vaga no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Há resistências por ser ele de São Paulo e o TRF-1 abrange MG, BA, PI, MA, centro-oeste e norte.

ONGs cascateiras
Poucos ainda levam a sério ONGs que ganham dinheiro, sobretudo em dólares, com seus números espalhafatosos de desmatamento da Amazônia. Se somados os números, a Amazônia já seria um deserto.

Diz aí, ministro
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) foi convocado para audiência na Câmara, nesta quarta-feira (29), para falar sobre seus encontros com advogados de empreiteiras investigadas na Lava Jato.

Acordo quebrado
O senador Reguffe (PDT) não esconde a indignação com o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), que ajudou a eleger, por não cumprir promessas de cortar cargos e reduzir impostos de remédios.

Ponto eletrônico
Servidores da Câmara estão preocupados com a implantação de controle eletrônico de frequência, que deve entrar em vigor na próxima semana. A vantagem é que todas as horas extras serão faturadas.

Mamma mia!
As imagens da prisão na Itália mostraram um Henrique Pizzolato mais rechonchudo do que o mensaleiro fugitivo de um ano e meio atrás. Até no presídio em Modena a comida deve ser boa. Já na Papuda...

Parecer favorável
O relator da indicação de Luiz Edson Fachin para ministro do Supremo Tribunal Federal, senador Alvaro Dias (PSDB-PR), está com o parecer quase pronto. Faltam depoimentos de juristas favoráveis à indicação.

Pensando bem...
...com o balanço da corrupção, "a Petrobras virou uma página", garantiu Dilma. Escrita mal e porcamente pelo Lula, faltou dizer.
Herculano
27/04/2015 07:48
O TESTE DE 1º DE MAIO, por Ricardo Melo para o jornal Folha de S. Paulo

Ataques a direitos trabalhistas atingiram um ponto de fervura com o ajuste fiscal e o projeto da terceirização

Faz muito tempo que o 1º de Maio, originalmente Dia dos Trabalhadores, vem sendo esvaziado de conteúdo. A começar do nome. Virou "Dia do Trabalho", como a celebrar uma unidade social fictícia, sobretudo em países como o Brasil.

A desidratação nem sempre deu certo, a depender da conjuntura. Nos últimos anos, porém, a coisa tem pendido mais para piqueniques e sorteios do que para manifestações reivindicativas. Não que estas tenham deixado de existir. A culpa é de um movimento sindical perigosamente adaptado a conveniências do poder e soluções palacianas.

Em 2015 a conversa pode ser outra. Os ataques a direitos trabalhistas encontram-se num ponto de fervura. Medidas como o projeto de lei da terceirização ameaçam conquistas históricas; o ajuste fiscal de Levy bate de frente com as necessidades de qualquer trabalhador - empregado ou desempregado.

Verdade que o PL 4330 passou em duas votações da Câmara. Mas foram instantes bem diferentes. No primeiro, massacre no placar - 324 a 137. Já no segundo turno, a vantagem encolheu para míseros 27 votos.

Pesou nisso uma grita geral por parte de sindicatos, movimentos sociais e setores da cúpula da Justiça do Trabalho. Um dos veredictos mais contundentes veio de Patrícia Ramos, presidente da associação dos magistrados da área em SP. Para ela, o projeto cria "carcaças de empresas", em que o "empregado continuará com as mesmas obrigações; em contrapartida, seus direitos serão reduzidos". Simples assim.

Juntando as querelas entre Eduardo Cunha e Renan Calheiros, mais o bate-cabeça dos tucanos em torno de um impeachment nefelibata, o quadro mostra-se favorável a uma nova hibernação do projeto. Ilusório dispensar, contudo, o fator decisivo da pressão popular. A tramitação até agora provou a existência de vida fora do parlamento e seu "Cunha party".

O 1° de Maio será um teste importante. Alguns já escolheram o lado, entre eles Paulinho da Força. Entusiasta da terceirização, transformou a central que comanda em guichê secundário da Fiesp. Um papelão. Seu partido, o Solidariedade, é uma caricatura mesmo nas trapalhadas. Um de seus ex-deputados, Luiz Argôlo, acaba de dar sua contribuição ao vocabulário dos escândalos com a farra do Transbaião - desvio de dinheiro público para promover festas juninas.

É o caso de saber como ficará o PT nesta história toda. Enrolado com a Lava Jato e a aplicação de medidas econômicas impopulares, o governo Dilma dá sinais de que vai travar o projeto. Detalhe: só sinais por enquanto. Já os petistas têm ensaiado uma reação pela sobrevivência da legenda. Será didático observar como o partido resolverá a equação de, numa faixa defender direitos trabalhistas históricos e, na outra, um programa de arrocho econômico. O muro já tem dono faz tempo.

MÃOS QUE NÃO SE LAVAM

Não cabe dúvida: o PT tem pesadas contas a ajustar no escândalo da Petrobras, assim como multiplicam-se evidências de que muitas das práticas do partido exibem impressões digitais antigas. Em seu périplo de entrevistas, FHC acusa os petistas de achar que o Brasil nasceu com eles. Há que dar ao ex-presidente alguma razão: a manchete da Folha deste domingo e depoimentos da Lava Jato testemunham que certas coisas começaram muito antes, e deixaram penas pelo caminho.
Herculano
27/04/2015 07:42
DESAPEGA, por Valdo Cruz para o jornal Folha de S. Paulo

Em fase de desapego forçado, guiada muito mais pelas circunstâncias, Dilma Rousseff entregou primeiro o comando da economia ao liberal Joaquim Levy e, depois, da política ao seu vice e peemedebista, Michel Temer.

Agora, em busca de uma agenda positiva para não ficar falando só de ajuste, ela deveria, nos sonhos do empresariado, escalar novo degrau em sua fase de desprendimento e esquecer seu estilo intervencionista no programa de privatização.

Significa acabar com as tentações de fixar taxas de retorno de projetos e de forçar a adoção de modelos de investimentos inviáveis, marcas do seu primeiro mandato no Planalto.

Mais uma vez, de olho no cenário atual, o melhor caminho para petista seria desapegar ainda mais. Sem dinheiro público para bancar investimentos, seu poder de intervenção está, hoje, bastante reduzido.

Afinal, por causa da gastança do primeiro mandato, seu espaço para adotar sua filosofia preferida, de que a mão forte do Estado deve conduzir a tudo e a todos na economia, desapareceu por completo.

Pelo menos é o que aponta a nova realidade do país, à qual a presidente Dilma, por uma questão de sobrevivência, busca de adaptar --um tanto a contragosto, alfinetam adversários e pretensos aliados.

Um dos beneficiados com a mudança forçada da presidente sai em defesa da chefe, refutando as críticas de que ela terceirizou o governo e virou uma rainha da Inglaterra, um fantasma no Planalto.

Diz que ela está fazendo exatamente o que todos reivindicavam durante todo o primeiro mandato, deixando de ser tão centralizadora e delegando mais, passando a ocupar o papel de cobradora de resultados.

Não deixa de ser uma forma diferente de olhar a realidade, mas o fato é que a conjuntura obrigou a petista a compartilhar poder neste começo de segundo mandato. A dúvida é se o altruísmo dilmista veio para ficar ou será apenas um recuo tático.
Juju do Gasparinho
26/04/2015 19:06
Prezado Herculano:

Comentário do Blogueiro Manoel, sobre:

"O reino dos canalhas.
Um dia 99% dos brasileiros terão a certeza da dimensão do mal que LuLLa e sua quadrilha fizeram ao Brasil.
Este dia está cada vez mais próximo. Não sou eu quem diz isso, mas as manifestações e as pesquisas, que atestam que um número cada vez maior de brasileiros querem se ver livres desta corja de vagabundos.

Algumas notícias deste final de semana dão uma idéia precisa da canalhice que impera no Brasil de hoje e dos últimos 12 ano. Vejamos:

Lupi, exemplo de honestidade política da atualidade disse textualmente, em reunião de seu PDT, o que segue. Prestem atenção:

"O PT exauriu-se, esgotou-se. Olha o caso da Petrobrás. A gente não acha que o PT inventou a corrupção, mas roubaram demais. Exageraram. O projeto deles virou projeto de poder pelo poder".

Leram com atenção?
Nas palavras de Lupi está claro: EXISTE UM LIMITE "ÉTICO" PARA A ROUBALHEIRA, QUE É ACEITÁVEL POR LUPI E SEU PDT e a QUADRILHA DE LULLA, SEGUNDO LUPI, ULTRAPASSOU TAIS LIMITES que deve ter sido o praticado por eLLe quando ministro do trabalho.

É ou não sensacional que um presidente de partido tenha dito uma coisa destas?

Na VEJA, duas reportagens muito interessantes.

A primeira afirma que Leo Pinheiro, o "LÉOZINHO DO LULLA", grandalhão da OAS, resolveu dar com a língua nos dentes e deu uma pequena idéia do que pode revelar. Diz a reportagem que a OAS bancou, à pedido do Canalha Geral, a reforma num sítio que é dele, mas não está em nome dele. Por sinal o "proprietário" do luxuoso sítio do Canalha é também o proprietário do apartamento mansão em que mora seu filhotinho catador de bosta de zoológico, transformado em milionário no governo deste Vagabundo.

Alguma novidade numa revelação desta? Para os mais bem informados, não. Temos, todos, uma pequena idéia das tramóias deste vagabundo. Mas a patuleia que tratava este cretino como um deus, toma mais uma porrada nas fuças.

Na outra reportagem uma denúncia de algo que muitos já sabem: O vendido Attuch, do lixo 247, mamou na roubalheira da PTRROUBRÁS. É a turminha de vendidos, safados e canalhas que defendem a tal de regulação da mídia e que serve de esgoto para limpar a lama do governo mais corrupto que este Brasil já abrigou no poder.

É essa gente que hoje está no poder e que sonha com um projeto de poder ditatorial, como em Cuba e Venezuela, comandado por criminosos que já deveriam estar em cana.

A Operação Lava-Jato pode começar a dar uma outra cara para este Brasil assaltado".

Herculano, imagina o que a PeTralhada faria se um empreiteiro corrupto fizesse uma reforma no velho apartamento do FHC em Higienópolis!
Arara Palradora
26/04/2015 14:28
Querido, Blogueiro!

Às 08:25hs - "Sibá Machado é considerado primário, desinformado, de inteligência limitada..."
Mas a facção criminosa está reclamando do quê?
O PT criou uma geração de improdutivos, e este meliante não poderia ser diferente.

Às 08:00hs - Carlos Brickmann - Ronaldo Caiado, DEM, articula sua candidatura ao Planalto.

#JáTemMeuVoto

Voeeeiii...!!!
Anônimo disse:
26/04/2015 14:16
Herculano, diz que a rainha louca reuniu-se com 13 ministros (são 39, mas eLLa só sabe contar até 13), durante 10 horas sem resultado.

Comentário do Antagonista:
"Dez horas é o tempo de voo entre São Paulo e Nova York.
A diferença é que você chega a seu destino.
No governo Dilma Rousseff, você demora 10hs. para ir de Dilma Rousseff a Dilma Rousseff. Ou seja, para sair do nada e chegar a lugar nenhum".

#interdita
Juju do Gasparinho
26/04/2015 14:08
Prezado Herculano:

Uma frase de Marcos Vila, cabe como resposta para a sua indagação em, NUNCA ANTES EM GASPAR I - II - III - IV :
"Só os fracos e os covardes não avançam".

Adorei o termo (de José Serrão, às 10:34hs. postado por Sidnei Luis),
que FDP quer dizer Fulanos Da Politicagem.
Então posso dizer que os petistas e seus penduricalhos são FDP?

Herculano
26/04/2015 13:07
SÓ NO BRASIL.TEREMOS O PRIMEIRO EXÉRCITO DE DESDENTADOS, DOENTES E DESVALIDOS. É COISA DE DOIDO. EXÉRCITO NÃO PODERÁ MAIS VETAR CANDIDATOS BAIXOS, SEM DENTES OU COM AIDS E OUTRAS DOENÇAS

A informação e o texto é de Lauro Jardim, de Veja. Uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região acaba de eliminar as restrições criadas pelo Exército para ingresso na tropa. Desde 2005, os militares impediam candidatos com altura inferior a 1,60 metro (homens) ou 1,55 metro (mulheres). Também vetavam soldados com menos de vinte dentes naturais e portadores de doenças como aids ou sífilis. Se as novas regras não entrarem em vigor imediatamente, uma multa diária de 5 000 reais será aplicada ao Comando do Exército.

A decisão do TRF-1, relatada pelo desembargador Souza Prudente, foi tomada ao se analisar recursos do Ministério Público Federal e da União a uma decisão anterior, da Justiça Federal no Distrito Federal, que havia decidido contra a regra que discriminava candidatos por serem baixos. O MPF pedia que fossem atendidos os outros pedidos, enquanto a União defendia a manutenção da portaria na íntegra.

Diz Souza Prudente:

- Isso era discriminação sem nenhuma razão. Essas características não incapacitam ninguém ao trabalho.
Herculano
26/04/2015 12:57
DESALOJADA, DESACREDITADA E SUMIDA, A GASPARENSE HONORRÁRIA IDELI SALVATTI, PT, PODERÁ SE TORNAR PARA CONSOLO UMA FANTASMA EM MADRI, NA ESPANHA

Desalojada da Secretaria de Direitos Humanos para dar lugar a Pepe Vargas, demitido via imprensa da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti está cada vez mais longe dos Correios - confirmada sua demissão do ministério, petistas fizeram circular a informação de que ela pudesse assumir a presidência da estatal.

Não há, contudo, acordo dentro do partido que possibilite a transição: o atual presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, também é quadro da sigla. Ganha cada vez mais força dentro do PT a tese de que o destino de Ideli seja um cargo na embaixada brasileira em Madri. A informação é de Victor Fernandes, para a revista Veja.
sidnei luis reinert
26/04/2015 10:34
Terremoto, fio dental e cão chupando manga a Jato


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Salve-se quem puder... E quem avisa não é amigo... Quarta-feira que vem, 29 de abril, a previsão é que o Brasil vai tremer em altíssima magnitude. Juristas e políticos prometem fazer aquele que se espera ser o mais consistente pedido de impeachment de um chefe de Estado brasileiro, nos últimos tempos. Já se antecipa, nos bastidores, que o mar de lama não estará para tubarão, e nem para Lula... Todos vão parar na panela de pressão, já ligada, que ganhará fogo alto para derreter fdp (fulanos da políticagem..., ou você pensou outra coisa?).

O abalo contra o desgoverno Dilma Rousseff tende a começar a partir de Curitiba, lá na 13a Vara Federal, já na segunda-feira. O tremor mais forte, do segundo epicentro, acontece logo depois, em Brasília, abalando ainda mais as falhas criminosas da geopoliticagem. A tendência é de terra arrasada para alguns que se julgam "poderosos e blindados" até o momento. O Forte Apache está de prontidão (como se espera das classes armadas). E a classe política, alarmada, já pensa nos efeitos pós-tremedeira. Haja purgante até a caganeira fatal...

Depois da recente tragédia no Nepal, aprendemos que "terremotos de pouca profundidade são, geralmente, mais perigosos, uma vez que a quantidade de energia liberada se concentra em uma área menor". O governo do crime organizado terá dificuldades de sobreviver após os tremores previstos a partir de uma "falha de empurrão" gerada por uma banda rara do judiciário que resolveu mostrar que é possível mover a crosta da impunidade e punir corruptos. O perigo é o rigor seletivo das leis - que temos em excesso, aliás, no Brasil das "gestapos" e das punições seletivas a bodes expiatórios e bois de piranha. Aqui vale a regrinha: "aos amigos tudo; aos inimigos, nem a lei"...

Quem tem... Tem medo... Mas quem (sobre)viver verá... Nesse ambiente higienizante de pega-pra-capar, uma daquelas sacadas sacanas da internet encaixa, como um biquini bem pequeninho, no contexto de nosso País da Piada Pronta. De acordo com a versão hilária da anedota virtual, ilustrada por um imenso bundão (melhor que o leitor imagine um bem grande e matafórico, pois não vou exibi-lo aqui em sua imagem real), existe uma verdade quase dogmática:

O fio dental seria o maior símbolo da Democracia. Por quatro motivos básicos:

- Separa a esquerda da direita.
- Protege o centro.
- Faz mudar o ponto de vista de cada um.
- Põe o povo todo a olhar para o mesmo objetivo (gostando ou não).

A piada é séria... Será que o Brasil não está precisando de um fio dental para expor as mazelas de nossos políticos bundões?

Tudo indica que sim... Mas será preciso um sistema judiciário funcione com maior e melhor frequência. Necessitamos de polícia, ministério público e magistratura que tenha moral, competência e coragem para promover uma lipoaspiração em torno dos glúteos fétidos da corrupção.

Um outro fio dental, parecido com aquele usado após as refeições, também serviria para uma limpeza onde os olhos não alcançam: o âmago do equivocado modelo estatal tupiniquim. Esta é a base do caos, a raiz do mal, que precisa ser extirpada e reinventada. Reformar a merda atual não resolve. Temos de pressionar para mudar o modelo, de verdade.

Já passou da hora de rompermos com o Brasil Capimunista - cujo modelo de Estado é caro, cartorial, corrupto, cartelizado, rentista, com tributação e legislação fora de uma realidade economicamente saudável, e com uma máquina ineficiente para fazer o bem comum, porém altamente trituradora na missão canalha de moer o cidadão que trabalha, produz e empreende.

Um dos pressupostos para mudar o Brasil é romper com a visão do lucro fácil, especulativo, baseada em uma refinada vagabundagem. Precisamos de um mercado de capitais forte, com milhares de companhias abertas, para que investidores possam ganhar dinheiro honestamente de forma produtiva, gerando renda, emprego e chance para novos empreendedores em um mercado interno fortalecido.

Enfim, o Brasil precisa se tornar uma Nação Capitalista de verdade, com preços justos (sem carestia), com menor carga tributária, menos burocracia estatal, zero cartorialismo, legislação empresarial clara, regra trabalhista enxuta, altos investimentos em Ensino de qualidade, Ciência & Tecnologia e Infraestrutura. O País só fará isto com uma Intervenção Constitucional, da sociedade, e não por golpismos de Estado.

Tudo isso, claro, com um Estado democrático, com segurança do Direito, um governo transparente, fiscalizável e controlável pela sociedade, que estabeleça e cumpra estratégias, objetivos e metas tornadas públicas antes de eleições pela via distrital e distrital mista, com voto eletrônico auditado por recontagem impressa feita por cidadãos-eleitores-contribuintes.

Estes seriam os nossos "fios dentais" a serem vestidos pela nova modelagem de um Estado Brasileiro que sirva à sociedade - e não se sirva dela, na modalidade de governança do crime institucionalizado que está destruindo o Brasil e acabando com o presente do futuro dos brasileiros.
Herculano
26/04/2015 08:52
A CHINA NO FEIRÃO DA PETROBRÁS, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

A boa notícia é que Pequim quer fazer negócios com o Brasil, a má é que eles não fazem perguntas incômodas

A crise da Petrobras abriu uma temporada de oportunidades no mercado mundial de energia, com empresas e concessões à venda. Para os americanos e europeus, a Lava Jato mostrou que esse é um campo minado por propinas e ligações perigosas. Para a China, esses riscos são desprezíveis. Ela já é o maior parceiro comercial do Brasil, precisa de petróleo e vem expandindo sua presença na América Latina. Há pouco os chineses socorreram a Petrobras com um empréstimo de US$ 3,5 bilhões.

Essa poderia ser uma situação virtuosa, mas em seus negócios com a China o governo brasileiro trabalha de forma incompetente, pensando mais em marquetagens. Em 2004, quando o presidente Hu Jintao visitou Brasília, deram-lhe um intérprete que transformou uma promessa de comércio em anúncio de investimento. Em 2011 a doutora Dilma foi à China e de sua comitiva saiu a notícia de que a empresa Foxconn investiria US$ 12 bilhões em seis anos produzindo iPhones e iPads mais baratos em Pindorama. Lorota. Passaram-se quatro anos, a Foxconn beneficiou-se com incentivos e doações de terrenos, investiu menos de US$ 2 bilhões, produz iPhones e iPads, mas para os brasileiros eles continuam a ser os mais caros do mundo.

Quem já negociou com o governo e empresas chinesas ensina: "Eles sentam para conversar sabendo o que querem. Nós sentamos sem saber sequer o que queremos". O governo brasileiro já lidou com o que Lula chamou de "decisão ideológica". Foi assim que decidiu associar a Petrobras a uma empresa chinesa no projeto de um gasoduto de mil quilômetros entre o Espírito Santo e a Bahia. A iniciativa foi tocada por uma empresa de fachada.

O pior dos mundos seria um casamento de petrocomissários como Pedro Barusco com mandarins semelhantes a Zhou Yongkang. O companheiro Zhou foi um dos homens mais poderosos da China e começou a vida no mundo do petróleo. Em breve ele irá a julgamento, e seu filho está na cadeia. A Petrobras estimou que a corrupção custou-lhe R$ 6,2 bilhões. Mixaria. O governo chinês já confiscou US$ 14,5 bilhões de Zhou, sua família e seus comparsas.

ASTROLOGIA
Os astrólogos do Planalto acreditam que a maré de impopularidade da doutora Dilma começou a refluir.

Ela sairia do oitavo círculo do inferno, onde ficam os mentirosos, para o sétimo, o dos criadores de conflitos sociais.

LOGO QUEM
Lula ensinou: "O mundo precisa acabar com o preconceito contra a África".

Preconceituoso seria o sujeito que, ao ver ruas limpas na capital da Namíbia, diz o seguinte: "Estou surpreso porque para quem chega em Windhoek não parece que está num país africano". Suas palavras, em 2003.

RAVENSBRUCK
Saiu nos Estados Unidos um belo livro contando a história do campo de extermínio de Ravensbruck, onde Olga Benário, a mulher de Luiz Carlos Prestes, foi mandada para a câmara de gás em 1942. Era um campo só de mulheres. Como ficava dentro da Alemanha, é pouco lembrado. A jornalista Sarah Helm conta sua história com emoção e olho feminino. Nele talvez haja uma novidade: os serviços de informações ingleses impediram que comunistas do porto de Southampton resgatassem Olga do navio que a levava a Hamburgo. A empresa Siemens ainda não se desculpou por ter mantido no campo uma fábrica movida a trabalho escravo.

Assim é a vida. Filinto Müller, o chefe de polícia de Getúlio Vargas, ficou com a conta da deportação de Olga, grávida de sete meses, mas a decisão foi tomada numa reunião ministerial, onde ele tinha voz, mas não tinha voto. O ministro da Justiça Vicente Rao assinou com Getúlio o ato de expulsão de Olga. Mais: a deportação foi assegurada pelo Supremo Tribunal Federal.

Serviço: "Ravensbruck" está na rede por US$ 5,99.

DILMA
O grande argumento que acompanhou o convite a Michel Temer para assumir a coordenação política do governo foi o de que, àquela altura, se ele recusasse o cargo, o governo acabaria.

Era exagero, mas, antes de acabar, deve começar. Como ensina o professor Delfim Netto, para funcionar, um governo precisa fazer o seguinte:

"Você tem que abrir a quitanda às seis da manhã, colocar os as beringelas no balcão e conferir o caixa para ver se há troco para as freguesas."

AÉCIO
O senador Aécio Neves baixará o tom em relação ao impedimento da doutora Dilma. Resta saber o que colocará no balcão do PSDB. Desde que a doutora sequestrou-lhe a agenda econômica, Aécio transformou-se no trombone da orquestra, faz barulho com pouca melodia.

EREMILDO, O IDIOTA
Com o apoio da oposição, o Congresso resolveu dar R$ 867 milhões aos partidos políticos. A doutora Dilma sancionou o mimo e continua prometendo um aperto fiscal.

Eremildo é um idiota e fez a conta. Cada brasileiro adulto doará R$ 6,50 aos maganos. Não é nada, não é nada, é o preço de dois litros de leite, com direito a troco.

A hora de serviço do trabalhador que ganha um salário mínimo vale R$ 3,58.

MUDANÇA DE CLIMA
Parlamentares que pareciam zumbis quando se falava da "Lista do Janot", adquiriram uma nova vida. Circulam sorridentes por Brasília.

Isso se deve, em parte, à constatação de que o Ministério Público e a Polícia Federal estão batendo cabeças por causa do ritual de tomada de depoimentos.

Quem deve, não teme depoimento, teme diligências e investigações.
Herculano
26/04/2015 08:51
O SALTO ALTO DOS DOUTORES DA LAVA JATO, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S.Paulo

O juiz Sérgio Moro esqueceu-se do versinho: "A vida é uma arte, errar faz parte". Desde novembro ele se transformou numa esperança de correção e rigor. Botou maganos na cadeia, desmontou as empulhações do governo, da Petrobras e das empreiteiras. Tomou centenas de providências, mas deu-se mal quando prorrogou a prisão de Marice Correa de Lima, cunhada do comissário João Vaccari Neto. Aceitou a prova de um vídeo obtido pela Polícia Federal, endossada pelo Ministério Público, na qual ela foi confundida com Giselda, sua irmã.

Desde o primeiro momento o advogado de Marice disse que a senhora mostrada no vídeo era Giselda. A própria Giselda informou que era ela quem aparecia no vídeo. Depois de manter a cidadã presa por vários dias, Moro mandou soltá-la dizendo que "neste momento processual, porém, não tem mais este Juízo certeza da correção da premissa utilizada". Caso típico para uma bolsa de Madame Natasha. Não se tratava de ter ou não certeza, mas de admitir que houve um erro. O Ministério Público não comentou a trapalhada e todos esperam por uma perícia da Polícia Federal.

Juízes, procuradores e policiais engrandecidos pela opinião pública tendem a confiar na própria infalibilidade e acham que admitir erro é vergonha. É o contrário. Não custa repetir a explicação do juiz David Souter num voto dado na Corte Suprema, ao admitir que contrariava o que dissera noutro julgamento: "Ignorância, meus senhores, ignorância".
Herculano
26/04/2015 08:41
COMO FUNCIONA A FRANQUIA NACIONAL DE SACANAGENS COM O DINHEIRO DE TODOS NÓS. ENTIDADE LIGADA A EX-DEPUTADO PRESO CAPTOU R$ 2 MILHÕES PARA FESTAS JUNINAS

Projeto associado a Luiz Argôlo também promoveu shows, cirurgias e consultas médicas na BA. Empresa de contadora do doleiro Alberto Youssef consta entre as patrocinadoras, assim como Vale e Caixa, escreveu João Pedro Pitombo, de Salvador, para o jornal Folha de S.Paulo

Uma entidade ligada ao ex-deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA), investigado na Operação Lava Jato e preso desde o dia 10, captou R$ 2,1 milhões de estatais e empresas privadas via Lei Rouanet para promover festas juninas no interior da Bahia.

Batizado de Transbaião, o projeto aprovado no Ministério da Cultura em 2012 e 2013 envolvia viagens num trem "cultural" para 54 convidados do ex-deputado embalado por bandas de forró.

Também promoveu shows com distribuição de gratuita de ingressos, cirurgias e consultas médicas nas cidades onde o veículo passou - a maioria delas redutos eleitorais do ex-deputado, incluindo sua terra natal.

O patrocínio dá direito às empresas parceiras a abater até 100% do valor doado no Imposto de Renda.

Em 2012, o projeto teve prestação de contas rejeitada pelo Ministério da Cultura. As contas do Transbaião de 2013 ainda estão sob análise.

A responsável pelo projeto é a Associação dos Criadores da Região de Entre Rios, cuja sede fica na fazenda Rancho Alegre, da família de Argôlo. A entidade foi declarada de utilidade pública em projeto do ex-deputado baiano.

PATROCINADORES
Entre as patrocinadoras do Transbaião está a Arbor Assessoria Contábil - empresa de propriedade de Meire Poza, contadora do doleiro Alberto Youssef que desde o ano passado colabora com as investigações da Lava Jato.

Procurada pela Folha, a contadora nega ter patrocinado o projeto via Ministério da Cultura e acusa Youssef de ter usado indevidamente os dados de sua empresa.

Também patrocinaram o Transbaião via Lei Rouanet as estatais Chesf, Caixa Econômica Federal e as empresas privadas Vale, M. Dias Branco e Grupo Petrópolis.

Petrobras, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e governo da Bahia injetaram dinheiro diretamente no projeto, sem as contrapartidas fiscais via Lei Rouanet.

Em entrevistas à imprensa e vídeos institucionais, o ex-deputado Argôlo apresentava-se como idealizador e coordenador do Transbaião.

Quando o projeto foi registrado no Ministério da Cultura, a entidade era dirigida por Juelisia Santana de Souza, que até 2011 foi secretária parlamentar do ex-deputado.

CONTAS REJEITADAS
A execução do Transbaião em 2012 e 2013 movimentou 13 cidades do interior baiano. Em 2012, o projeto bancou shows de artistas populares como Zezé di Camargo e Luciano, Banda Calypso e Chiclete com Banana.

Em 2013, um ano antes da eleição, a programação de shows foi trocada por chamadas "ações de cidadania".

Um vídeo institucional do Transbaião estima a realização de 20 mil atendimentos médicos e 2.000 cirurgias pelo Transbaião.

Mas a execução do projeto teve a prestação de contas rejeitada pelo Ministério da Cultura em 2012, que alega que houve "má execução do projeto pelo proponente" por não ter atendido o quesito "democratização do acesso".

Segundo o ministério, a entidade havia apresentado o projeto como "totalmente gratuito para a população de baixa renda".

Contudo, em ofício enviado após o evento, os responsáveis pelo Transbaião informaram que o evento seria "somente para convidados", o que contraria as regras da lei federal de incentivo.

A rejeição de contas poderá resultar na exigência de devolução de recursos, segundo o ministério.
Herculano
26/04/2015 08:25
CHEGA DE MICO: PT QUER SIBÁ FORA DA LIDERANÇA

Correntes internas do PT, ainda minoritárias, se uniram para articular a queda de Sibá Machado (AC) da liderança petista na Câmara. É considerado primário, ingênuo, desinformado, de inteligência limitada e sem a dimensão do cargo que ocupa. Além disso, o deputado tem feito declarações que envergonham os liderados, e não conseguiu se articular para evitar as várias derrotas do governo Dilma na Câmara.

Não tem nível
A queixa é que Sibá, como o líder do PT, não tem envergadura nem inteligência política para ajudar o PT a sair do impasse institucional.

Exagerou
A defesa que Sibá fez do ex-tesoureiro João Vaccari, após sua prisão, contribuiu para aumentar o desgaste do PT, segundo seus colegas.

Sem margem de erro
As facções Democracia Socialista e Movimento PT querem outro líder, assim como antes da prisão defendiam Vaccari fora da tesouraria.

Folha corrida
Sibá Machado pertence à facção petista "Construindo um Novo Brasil", liderada por Lula, que é seu fiador, assim como protege João Vaccari.

POR BANDEIRA BRANCA, RENAN PODE LEVAR ANVISA
O vice Michel Temer foi escalado por Dilma para "acalmar" o senador Renan Calheiros, humilhado com sua decisão de tirar dele o Ministério do Turismo para entregar a Eduardo Cunha. Após recusar a Conab (companhia de abastecimento do Ministério da Agricultura), Renan recebeu a oferta de cargos de menor expressão, de segundo escalão. Não ficou claro se ele reagiu positivamente ou se mostrou ofendido.

Anvisa na mesa
Um dos cargos ofertados a Renan foi a direção da Anvisa, a agência de vigilância sanitária, um dos cargos mais ambicionados pelos políticos.

O medo de Dilma
Dilma não conhece Renan: já confidenciou o medo de que ele dificulte a sabatina de Luiz Fachin, que ela indicou para o STF. Burro, ele não é.

Esnobou
Dilma ofereceu cargos de segundo escalão para o ex-ministro do Turismo Vinicius Lages, mas Renan preferiu nomeá-lo no Senado.

Vitória brasileira
A paranaense Renata Bueno, que é deputada no parlamento italiano, comemorou a extradição do mensaleiro Pizzolato, pela qual trabalhou muito. Ela é filha de Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Câmara.

Fechado com Dilma
O PCdoB, assim como o PP, prometeu fidelidade ao Planalto para tentar barrar no plenário o projeto do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que limita em vinte o número de ministérios do Executivo.

Treinando com Lula
Lula fez pose trotando em uma esteira só para mostrar que está bem disposto. Aparece cercado por quatro personal trainers. O recado não poderia ser mais claro: quer demonstrar que está pronto para 2018.

Oposição cautelosa
Apesar da posição firme dos deputados federais tucanos, o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), prega "cautela" no pedido de impeachment de Dilma - posição compartilhada por Aécio Neves.

Avanço na ignorância
Chama atenção, entre muitos jovens convertidos ao islamismo, o que chega a ser assustador, é que em geral parecem saídos da definição que fez Bertolt Brecht do "analfabeto político".

Para enganar otário
Não durou muito a ideia de trabalho às quintas-feiras na Câmara. Suas excelências aprovaram resolução transferindo as sessões plenárias desse dia para o período da manhã, o que já esvaziou os trabalhos.

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Espertalhões
Após propor e aprovar o valor triplicado do fundo partidário, provocando indignação em todo o País, o PMDB anunciou que não usará 25%. Ou seja, apenas vai dobrar sua parte nesse afano colossal ao cidadão.

Sentiu o golpe
Aliados acham Dilma "muito cabisbaixa" com a prisão de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT. Ela tem dito que não imaginava a prisão de um dos seus principais arrecadadores de campanha, em 2014.

Pergunta na esquina
Dilma demorou uma semana para visitar ao Xanxerê (SC), devastada por um tornado, com medo do ruído surdo das panelas vazias?
Herculano
26/04/2015 08:14
IDEIAS DE CUNHA PARA ALTERAR MODELO DE JULGAMENTO DE POLÍTICOS SÃO ABSURDAS, porJosias de Souza

Encrencado no escândalo da Petrobras, o deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara, encantou-se com a ideia de acabar com o chamado "foro privilegiado". Acha que congressistas desonestos não devem ser processados no STF, mas na primeira instância do Judiciário. "Temos de tirar a impressão de que somos privilegiados. Tem que ser igual para todo mundo'', afirma. Beleza. O problema é que, no modelo idealizado por Cunha, a igualdade entre os seres humanos termina na maneira como eles são feitos.

Pela proposta do morubixaba da Câmara, deputados e senadores de colarinho sujo passariam a ser julgados por magistrados de primeiro grau. Mas esses juízes não poderiam decretar prisões, ordenar batidas policiais de busca e apreensão ou autorizar escutas telefônicas contra políticos sob investigação. A decisão sobre tais providências continuaria sob a responsabilidade do Supremo. Por quê? Segundo Cunha, é para evitar a "perseguição política" de juizinhos de comarcas mequetrefes contra políticos injustiçados.

Quer dizer: adotando-se a fórmula Cunha, os corruptos livram-se da bala de prata do Supremo e caem nas mãos de juízes proibidos de exercer os poderes de que dispõem para produzir provas contra os suspeitos. Dito de outro modo: além de retardar o trabalho da Justiça, condicionando as ações dos juízes à prévia autorização do STF, os trapaceiros passariam a lançar mão de todos os infindáveis recursos judiciais que a lei faculta aos endinheirados eventualmente condenados na primeira instância. Para o pobre-diabo, os rigores da lei. Para o violador de cofres públicos, as calendas gregas.

Há no STF 11 magistrados. Os juízes de primeiro grau são contados em cerca de 16 mil. Imagine o que seria dos parlamentares se acabasse o foro privilegiado e todos ficassem ao alcance de batidas policiais ou de grampos telefônicos autorizados pelos doutores da primeira instância. O Brasil dos políticos passaria a ser um país de vidro. E os desonestos talvez tivessem um pouco mais de zelo com sua digitais.

Além do investigado Eduardo Cunha, pega em lanças pelo fim do "privilégio de foro" o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. A exemplo de Cunha, Lira protagoniza um dos inquéritos da Lava Jato que correm no Supremo. Enquadrado na Lei Maria da Penha, foi denunciado pela Procuradoria da República.

Nesse processo, Lira é acusado de agredir com "tapas, chutes e pancadas'' uma ex-companheira, Jullyene Cristine Santos Lins. Na sessão em que o deputado virou réu, o ministro Marco Aurélio Mello leu trechos do depoimento da vítima. Reproduziu as aspas da agredida segundo a transcrição que consta dos autos: "Que Arthur apareceu entre 21h e 22h na residência da declarante, e quando esta abriu a porta, foi recebida com tapas, chutes, pancadas, foi arrastada pelos cabelos, tendo sido chutada no chão."

O ministro prosseguiu: "a declarante indefesa perguntava o porquê daquilo, dizendo a seu ex-companheiro que este não era seu dono e que não tinha razão de aquilo acontecer, até porque ambos já estavam separados há cerca de sete meses (?).'' O deputado nega as acusações. No STF, ele talvez seja julgado antes da prescrição do crime. Num processo iniciado na primeira instância, com todos os recursos protelatórios que a legislação brasileira enseja, a contenda ganha a aparência de uma prescrição esperando para acontecer.
Herculano
26/04/2015 08:09
UM BAIRRO, UM VEREADOR, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S.Paulo

O Senado aprovou a adoção do voto distrital nas eleições para vereador. O projeto, que ainda precisa passar pela Câmara, muda a forma como os brasileiros elegem seus representantes mais locais.

O texto divide as cidades com mais de 200 mil habitantes em dezenas de redutos, que realizam eleições separadas. O princípio é que cada bairro passe a escolher um único vereador para chamar de seu.

Os defensores da mudança dizem que ela aproxima a população dos políticos e reduz o custo das campanhas, porque os candidatos passam a pedir votos em uma só região.

"Além de ser mais simples, o sistema majoritário de fato aproxima os representantes dos representados e permite que a campanha seja menos custosa e, portanto, mais democrática", sustenta o senador José Serra (PSDB-SP), autor da proposta.

Os argumentos são fortes, mas omitem muitos problemas do modelo. O voto distrital valoriza os políticos de perfil paroquial, que atuam como despachantes de pedidos, e desestimula a atuação independente em relação ao Executivo.

Se cada comunidade só eleger um vereador, suas chances de continuar no cargo dependerão diretamente da quantidade de asfalto, postes de luz ou bicas d'água que o local receber durante seu mandato.

Isso tende a tornar a adesão aos prefeitos quase obrigatória, prejudicando a sobrevivência de quem faz oposição e fiscaliza o uso do dinheiro público. Os políticos que defendem minorias ou categorias profissionais, como a dos professores, também tendem a sumir do mapa.

Outro problema é a redução das alternativas. Em 2012, os paulistanos puderam escolher entre 1.227 candidatos - mesmo assim, muita gente ficou na dúvida diante da urna.

No voto distrital, o eleitor só pode escolher entre candidatos que moram em seu reduto. E quem pensar diferente da maioria dos vizinhos verá seu voto ir para o lixo, porque só um integrante da lista será eleito.
Herculano
26/04/2015 08:06
PRINCIPAL MANCHETE DE CAPA DESTE DOMINGO DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO. MANOBRAS FISCAIS NA CAIXA CRESCERAM NO GOVERNO DILMA

Deficit no pagamento de benefícios sociais foram menores no governo FHC. Aumento da prática a partir de 2013 alarmou o TCU e foi apontado pela oposição como motivo para impeachment, escreveu o repórter da sucursal de Brasília, Dimmi Amora

O governo federal usa recursos da Caixa Econômica Federal para o pagamento de benefícios sociais desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), mas foi no governo Dilma Rousseff que a prática aumentou de maneira mais acentuada.

Dados fornecidos à Folha pela Caixa ajudam a entender como a manobra, conhecida como "pedalada" - um adiamento de despesas do Tesouro Nacional, com ajuda do banco público - se tornou uma ameaça jurídica para a administração petista.

Segundo entendimento do TCU (Tribunal de Contas da União), o artifício configura empréstimo da Caixa a seu controlador, vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

O órgão encaminhou a decisão ao Ministério Público Federal para que avalie se há crime nessa manobra. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) aventou até a possibilidade de pedir impeachment de Dilma por causa das "pedaladas". Em sua defesa, o governo afirma que a prática é antiga.

Os números da Caixa, relativos ao pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial, mostram que, de fato, houve casos nos governos anteriores em que os montantes repassados pelo Tesouro foram insuficientes para o pagamento dos programas.

No entanto, as proporções dos últimos anos são inéditas. Na virada de 2013 para 2014, por exemplo, o banco federal apresentava um deficit de R$ 4,3 bilhões com o pagamento desses benefícios de amparo ao trabalhador.

A pedido da Folha, a Caixa enviou o número de meses em que houve deficits de 1999 a 2014, e o maior valor negativo em algum desses meses.

Entre 1999 e 2002, no governo FHC, o maior deficit, em valores corrigidos, foi o de R$ 918 milhões em maio de 2000, com o seguro-desemprego. Na maior parte dos casos os deficits mensais não chegavam a R$ 100 milhões.

Nos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 2003 a 2010, os deficits caíram. O rombo mais expressivo, de R$ 750 milhões, ocorreu em novembro de 2007, com o abono salarial.

DIMENSÕES
É natural que haja descasamentos ocasionais entre os repasses do Tesouro à CEF e as despesas efetivas - afinal, o dinheiro é transferido com base em uma estimativa da necessidade de desembolsos, que pode ser maior ou menor.

O que chamou a atenção do TCU foi a frequência e as dimensões dos deficits dos últimos anos, permitindo ao Tesouro mostrar despesas menores e, portanto, contas aparentemente mais favoráveis.

De novembro de 2012 a dezembro de 2014, houve deficit todos os meses no pagamento do seguro-desemprego, e os valores passaram à casa dos bilhões. Em 2013, houve mês com deficit de R$ 3,6 bilhões no seguro desemprego.

No ano passado, o Banco Central começou a investigar essas transações e determinou que elas passassem a ser contabilizadas como dívida pública. O TCU pediu explicações a 17 autoridades. Caso seja confirmada, a irregularidade pode levar à recomendação de rejeição das contas do ano passado da presidente Dilma Rousseff.

O governo nega que essas operações sejam empréstimos, alegando que se trata de contratos de serviço - em que os valores representam fluxos financeiros entre o banco e os ministérios, ora positivos, ora negativos.

Além do seguro-desemprego e do abono salarial, a Caixa Econômica paga benefícios como aposentadorias, pensões e Bolsa Família.
Herculano
26/04/2015 08:00
IGUAL QUE NEM, por Carlos Brickmann

Um alto dirigente político acaba de renunciar ao cargo, depois da denúncia de ter sido subornado por um empreiteiro. Valor do suborno, conforme a denúncia: pouco menos de US$ 28 mil (mil mesmo: não é milhão nem bilhão). O empresário não teve a oportunidade de livrar-se com delação premiada, nada dessas coisas: quando foi acusado por desvio de dinheiro, suicidou-se, deixando uma lista com o nome de altos dirigentes políticos, todos ligados à presidenta da República, e o valor do suborno pago a cada um. O líder renunciante negou as acusações, lembrou que foi o primeiro a propor guerra total à corrupção, garantiu que jamais recebeu suborno nem deste empreiteiro nem de ninguém, mas renunciou para que a sombra de seu alto cargo no Governo não atrapalhasse as investigações. A presidenta já teve vários auxiliares acusados de corrupção (nenhum, entretanto, tão importante quanto este); e garantiu que apoia integralmente as investigações.

História esquisita, não? Mas vamos esclarecê-la: o país não é o Brasil, claro. É a Coreia do Sul. Quem renunciou, acusado de suborno, foi o primeiro-ministro Lee Kwan-koo, ligadíssimo à presidenta da República, Park Geun-hie, que aliás se encontrou com Dilma na sexta-feira. O empreiteiro que se suicidou ao ser acusado de subornador é Sung Wang-hong. Não, ele não pagou para conseguir contratos, mas para receber apoio político à sua candidatura a deputado (e perdeu a eleição). A presidente assegura que, como nos casos anteriores de auxiliares acusados de corrupção, não sabia de nada.

E, caro leitor, deixe a maldade de lado.

FELAÇÃO PREMIADA
Parece inacreditável, mas há espaço para grandes escândalos fora da área federal (ao menos por enquanto), que combinam sexo, dinheiro e pedofilia. Este, que se segue, é composto de vários crimes hediondos, mais a velha e tradicional corrupção. Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, um ex-deputado, Sérgio Assis, do PSB, e um vereador, Alceu Bueno, do PSL, foram filmados mantendo relações sexuais com meninas de no máximo 15 anos. Quem providenciava as meninas era Fabiano Viana Otero; além das jovens, ele providenciava o equipamento de vídeo e as gravações clandestinas, depois utilizadas para chantagear os clientes. Otero disse contar com a ajuda do empresário Luciano Roberto Pageu e do ex-vereador Robson Martins - ambos com prisão preventiva decretada.

Agora, a parte mais inacreditável: Otero propôs à Justiça e ao Ministério Público uma delação premiada, em que entregaria outros políticos envolvidos no caso, por "participação indireta" na exploração sexual das jovens, e outros vídeos com Sérgio Assis e Alceu Bueno. Em troca, pede que sua prisão seja revogada.

Assim que o caro leitor se recuperar do enjoo, a dúvida: é só lá que tem disso?

PERGUNTAR NÃO OFENDE
Aos estudiosos de nosso idioma: o escândalo do cartel do Metrô e dos trens metropolitanos, que um dia, imagina-se, antes tarde do que nunca, será levado aos tribunais e julgado, deve chamar-se "Chuchulão" ou "Chuchuzão"?

POUPOU? AGORA PAGUE!
No Postalis, fundo de pensão dos funcionários do Correio, há um buraco de R$ 5,6 bilhões de reais (e os beneficiários, que ali poupavam para a aposentadoria, terão de cobri-lo). O Postalis, entre outras genialidades financeiras, comprou títulos da Venezuela. O Funcef, da Caixa Econômica Federal, tem déficit de R$ 5,5 bilhões. O Petros, da Petrobras, está com déficit técnico de R$ 6,2 bilhões. O Previ, da Previdência, apresentou em 2014 déficit de R$ 7,8 bilhões.

Para esclarecer esses problemas, os deputados Carlos Sampaio, PSDB, Rubens Bueno, Sandro Alex e [catarinense, de Lages] Carmen Zanotto, PPS, pediram uma CPI dos Fundos de Pensão. Como só podem funcionar cinco CPIs ao mesmo tempo, esta entrou na fila. Será interessante descobrir onde foi parar o dinheiro da poupança dos empregados.

O ESTRONDO DO SILÊNCIO
Fundo de pensão é assunto que afeta diretamente os assalariados. Nenhum deputado do PT ou do PCdoB assinou o pedido da CPI dos Fundos de Pensão.

Algum motivo devem ter, não é mesmo?

PRIMEIRÃO
Ronaldo Caiado, DEM de Goiás, articula mesmo sua candidatura ao Planalto.

OS GÊNIOS DA POLÍTICA
O Tribunal de Contas da União considerou "crimes de responsabilidade" as pedaladas fiscais do fim do ano passado - o Tesouro deixou de repassar recursos a bancos oficiais, que tiveram de cobrir compromissos do Governo com seus próprios fundos, emprestando o que legalmente não podia ser pedido emprestado.

A defesa do Governo é fantástica: o ministro da Justiça, o advogado-geral da União e o presidente do Banco Central deram entrevista dizendo que isso se faz desde 2001. Como argumento jurídico, é fraco: Caim matou Abel há alguns milhares de anos, os homicídios nunca deixaram de acontecer e nem por isso o assassínio deixou de ser crime. Como política, o argumento é desastroso: se isso se faz desde 2001, o ex-presidente Lula foi apontado por seus aliados como praticante de algo que o Tribunal de Contas da União caracteriza como crime.

Quem tem José Eduardo Cardozo no Ministério não precisa de oposição.
Herculano
26/04/2015 07:51
ILHOTA EM CHAMAS

O tema catástrofe, fez pauta e trouxe e volta as nossas lembras, cenas e fatos fortes da tragédia dos Baús, na Ilhota, com o desastre ambiental severo de novembro de 2008 para a tela nacional da Rede Globo, no Jornal Hoje.

Foram expostas duas realidades. A recuperação, feita basicamente por pessoas que não dependeram de políticos, pois se esperassem por eles estariam ao desabrigo e na lama até hoje, e o contraste destas iniciativas particulares deixada nas dúvidas criadas pelos políticos que tinham a obrigação da recuperação e os que possuem o dever hoje de recuperar a região.

O pau que bateu no ex-prefeito Ademar Felisky, PMDB, que sofre uma auditoria para explicar a aplicação correta das verbas que recebeu do Ministério da Integração, bateu no atual, Daniel Christian Bosi, PSD, que abandonou o Baú, o da secretária de Administração, Tatiane Reichert, ligada ao PT de Blumenau e que ajudou na denúncia contra Felisky.

E logo ela, uma jovem de fibra, que ainda é a referência do pior que a natureza fez com as pessoas de lá ( ela teve 14 parentes mortos) e daquilo que ela liderou para recuperar para a sua gente.

Este é um exemplo significativo e entre muitos de como a política e o poder público engolem gente decente e a torna, mero coadjuvante da sua causa e luta nobres. Tatiana está no governo de Ilhota há mais de dois anos e a partir dele, pouco pode fazer para o seu pessoal, exatamente naquilo que sempre cobrou com vigor dos outros no poder.

Ela, na reportagem apareceu como vítima e providencialmente não revelou que é a solução, pois é secretária de Administração do município. O prefeito Daniel não apareceu, mandou um representante de terceiro escalão se explicar e até prometer para 60 dias o que não se fez desde 2010. O ex-prefeito Ademar, também mandou avisar de que não é culpado e está tentando aprovar o que está reprovado nas suas contas.

Resumindo: Ilhota, como Gaspar não resistem a um jornalismo de perguntas básicas. E dessa vez Ilhota ficou exposta nacionalmente por conta do que não fez e não faz pelo Baú. Quando se trata de jornalismo que fuça, preferem ser grotões, e esquecidas.
Herculano
26/04/2015 07:28
FALTA PEDIR DESCULPAS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Balanço da Petrobras registra prejuízo bilionário provocado por anos de inépcia e corrupção; Lula e Dilma ainda devem explicações

A publicação do balanço de 2014 da Petrobras é apenas o primeiro passo da longa caminhada de reconstrução da empresa depois do ciclo de desgraça a que foi submetida de 2004 a 2012: imprudência inaceitável, incompetência descomunal e corrupção voraz.

O prejuízo do período monta a R$ 50,8 bilhões, dos quais R$ 6,2 bilhões ligam-se diretamente aos desvios sistemáticos praticados nas principais diretorias da estatal - o cálculo baseou-se em depoimentos da Operação Lava Jato que apontaram propina de 3% nos contratos.

Os R$ 44,6 bilhões restantes decorrem de erros grosseiros no planejamento e na execução de projetos e, em menor medida, de pioras nas condições de mercado - a queda do preço do petróleo, por exemplo, reduz o valor de investimentos realizados em exploração.

O estouro nos custos não se relaciona apenas com a má gestão da última década, porém. Por certo o clima de euforia irresponsável e o uso político da estatal nos mandatos petistas contaminaram o corpo dirigente. Perdeu-se a noção de diligência no trato do dinheiro alheio.

Também é óbvio que as propinas incentivaram tal conduta. Projetos faraônicos e custos fora de controle, que resultam do ambiente delituoso que vigorou na empresa, agora se disfarçam nas ineficiências.

Vencida a etapa do balanço, a empresa precisa reformular seu plano de negócios a fim de preservar caixa e reduzir o endividamento, que chega a quase cinco vezes a geração de lucro operacional --o ideal é menos de três vezes.

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, indica que será firme na reestruturação. Cogitam-se cortes expressivos nos investimentos, gestão mais inteligente de ativos (inclusive com vendas e parcerias com o setor privado) e política financeira mais conservadora.

Também são desejáveis mudanças nas regras de exploração do pré-sal e na política de conteúdo nacional, que sobrecarregam a empresa sem que ofereçam em troca benefícios tangíveis para acelerar a exploração dos campos de petróleo.

Não fosse por um aspecto dos mais relevantes, seria possível afirmar que a longa crise começa a ser superada. Bendine, que chegou ao comando da Petrobras somente neste ano, agiu bem ao pedir desculpas e declarar-se envergonhado. Falta, agora, que os responsáveis políticos pelo maior escândalo de corrupção e má gestão da história nacional tenham a decência de fazer o mesmo.

Nada aconteceu por acaso. O ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff - que dirigiu o Conselho de Administração da Petrobras de 2003 a 2010 - têm o dever de explicar ao país como se consumou tamanho desastre em suas gestões.
Roberto Sombrio
25/04/2015 23:53
Oi, Herculano.

Disse Lula em congresso do partido, em São Paulo:
"Eu não vim ao mundo para fracassar. O PT não nasceu para fracassar".

Lula! Você e o PT são o fracasso absoluto. Uma escória que veio a este mundo e criou-se neste país para infernizar um povo decente.

Você e sua turma são marombeiros, cínicos, enganadores, ladrões, sem moral, sem ética. PÁTRIA EDUCADORA? O que você entende de educação seu bosta. Vagabundo da pior espécie. Cadeia é pouco pra você e sua turma.

DEUS que me perdoe e sei que vou prestar contas perante ELE, mas não tem coração que aguenta ver pessoas como você e sua turma fazendo festa com a desgraça de um povo que espera as migalhas que seu PT lança a eles.

Você Lula, é só fracasso e chamá-lo de animal é uma ofensa a criação DIVINA.
Belchior do Meio
25/04/2015 21:26
Sr. Herculano:

Do blog do jornalista Políbio Braga.

"A igreja Nossa Senhora do Trabalho, Porto Alegre, atrai centenas de fiéis todas as noites. Esta semana, os fiéis católicos que foram ontem à noite, sexta-feira, até a novena pela Festa da Nossa Senhora do Trabalho, que acontecerá no dia 1º de maio na zona norte de Porto Alegre, foram surpreendidos pelo anúncio feito dentro da igreja, a mando do padre Alcides José Viergutz, segundo o qual todos deveriam ir até o altar para assinar a proposta da reforma política do PT".

Credo em cruz, padreco militante comunista já temos por aqui!
Mariazinha
25/04/2015 21:06
Seu Herculano:

O tal das 08:51hs., o cara é tão ruim, tão nada, que não serve nem como mau exemplo.

#EuPanelaçoOpt

Bye, bye!
Anônimo disse:
25/04/2015 20:57
Herculano, Renan e Eduardo Cunha estão se estranhando?
(postado às 08:37hs).
É jogo de cena.
Estes sujeitos são profissionais da política.
Nelson Rodrigues, já ensinou bem que futebol e política não se fazem com boas intenções.
Arara Palradora
25/04/2015 20:46
Querido, Blogueiro!

Postado às 08:27hs.
A Casa Civil já teve um pedófilo confesso.
Agora aparece um suspeito de terrorismo.
Pura PuTaria PeTralha.

Voeeeiii...!!!
Herculano
25/04/2015 20:19
ESTA IMPRENSA É UM PROBLEMA. UM DIA DEPOIS EM QUE O EX-PRESIDENTE LULA RECLAMOU DE QUE A JUSTIÇA AINDA NÃO PEDIU DESCULPAS POR TER PRENDIDO OS PETISTAS DA OPERAÇÃO LAVA JATO, O JORNAL O ESTADO DE S. PAULO REVELA QUE PT NÃO DETALHA "INDENIZAÇÃO" PARA CUNHADA DO TESOUREIRO VACCARI

O pagamento de uma suposta indenização de R$ 240 mil pelo PT para a cunhada do ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, em 2011, que seriam decorrentes de danos morais causados pela associação de seu nome ao escândalo do mensalão, não aparece de forma detalhada na prestação de contas anual da legenda. Segundo Marice Corrêa de Lima, cunhada de Vaccari, o pagamento ocorreu via acordo extrajudicial. O valor foi repassado pelo escritório de advogacia do ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT).

A operação financeira é investigada pela força-tarefa da Operação Lava Jato como suposta lavagem de dinheiro de propina da Petrobrás e ocultação de patrimônio do ex-tesoureiro - tendo a cunhada como auxiliar.

Marice afirmou em depoimento à Polícia Federal, no dia 20, que o dinheiro da indenização cobriu a compra do apartamento em obra, no Guarujá , litoral paulista, via Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) - declarado pelo valor de R$ 200 mil, em 2012. O imóvel foi devolvido para a incorporadora um ano depois da compra por R$ 432 mil. A empreiteira era a OAS, empresa acusada corrupção na Petrobras.

Os procuradores da República e a PF suspeitam que o negócio "serviu para ocultar e dissimular a origem ilícita dos recursos, tratando-se de possível vantagem indevida paga pela OAS a João Vaccari Neto". Vaccari foi dirigente da Bancoop e é réu em um processo criminal acusado de estelionato e lavagem de dinheiro que gerou um prejuízo estimado em mais de R$ 100 milhões.

A prestação de contas do PT também não registra no detalhamento de repasse de valores para o escritório de Greenhalgh.

Procurado desde a sexta-feira da semana passada, em seu escritório, no telefone celular e por e-mail, o ex-deputado petista não atendeu à reportagem. Questionado desde quinta-feira pelo Estado sobre a existência de tal contrato, o PT informou ontem por meio de sua assessoria de imprensa que não iria se manifestar.
Herculano
25/04/2015 19:36
COISA DE POLÍTICOS. FALTA DO QUE FAZER.

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina e a Câmara de Vereadores de Itajaí promovem nesta segunda-feira, a partir das 16 horas, Audiência Pública para discutir o fechamento da unidade da Petrobras em Itajaí. Os deputados estaduais, os vereadores e os parlamentares do Fórum Parlamentar Catarinense e demais autoridades participam do encontro.

SERVIÇO
Audiência Pública para discutir sobre providências a serem tomadas para tentar reverter a decisão da Petrobras de fechar a Unidade de Exploração e Produção Sul (UO-Sul) em Itajaí.

A primeira providência os políticos nunca fizeram: foi a de exercer em nosso nome a fiscalização dos governos e das estatais. Agora querem fazer circo com a porta arrombada.

A segunda é rizível. Quer dizer que diante da má gestão, corrupção e roubalheira a Petrobrás está se desfazendo de projetos bilionários e vitais para ela, o país e a sociedade. Vai então, por iniciativa dos deputados catarinenses e vereadores de Itajaí preservar algo desimportante no contexto estratégico, apesar da importância para Itajaí? Conta outra. Só falta, o pessoal do PT tipo Décio Neri e Ana Paula Lima, com o Volnei Morastoni, o sem mandato, irem lá fazer discursos para a plateia.
sidnei luis reinert
25/04/2015 19:07
Quem foi na tradicional festa da Inconfidência Mineira em Ouro Preto neste 21 de Abril de Abril de 2015 e que estavam vestidos com as cores Brasileiras, foram tratados como marginais, sendo revistados pela policia do desgovernador, já os que estavam vestidos com as cores comunistas tinham livre acesso.
O Desgovernador de Minas Gerais honrou o braço paramilitar do PT denominado MST com a ma

https://www.youtube.com/watch?t=28&v=7_ocQFhzU48
sidnei luis reinert
25/04/2015 18:48
Fechada ou fachada?



O Globo informou que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, comunicou ao juiz Sérgio Moro que encerrou as atividades da JD Assessoria e Consultoria Ltda, de sua propriedade e de seu irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva.

Desde dezembro de 2014, a empresa já estaria inoperante, segundo correspondência encaminhada ao juiz por seu advogado Roberto Podval.

Do ponto de vista do desempenho econômico, na ótica da consultora Velhinha de Taubaté, é lamentável que se fecha uma empresa tão eficiente quanto a JD - que faturou de 2006 a 2012 um total de R$ 29 milhões em serviços pagos por mais de 50 empresas, entre elas empreiteiras que estão sendo investigadas pela Operação Lava-Jato que pagaram R$ 3,7 milhões à JD.

Lá fora também fechou?

Será que Dirceu também fechou a filial da empresa JD que foi aberta em 2008 no famoso paraíso fiscal do Panamá?

A JD panamenha funcionava no mesmo endereço da empresa Truston International, proprietária do hotel St. Peter, de Brasília, a mesma que ofereceu aquele emprego de R$ 20 mil a Dirceu, quando o ilustre condenado no Mensalão precisou justificar um trabalho fixo para cumprir pena em regime semi-aberto.

Se estiver ainda aberta, Dirceu poderá usar sua empresa panamenha para cuidar dos negócios que tem ou deseja ampliar em sua querida Cuba, aproveitando a prometida abertura econômica com os Estados Unidos...

Se tiver também sido fechada, não tem problema: ele manda abrir outra, porque no Panamá é fácil arranjar "laranjas" para assumir tal operação, sem que ninguém fique sabendo, a não ser que ocorra um acidente grave de deduragem, como a Operação Lava Jato...

De prontidão

O Ministério Público Federal suspeita que a consutoria JD jamais tenha prestado serviços de consultoria e que tenha servido de fachada para encobrir repasses de dinheiro desviado da Petrobras.

Por isso, o advogado Roberto Podval escreveu que José Dirceu se coloca à disposição do Juiz Sérgio Moro para eventuais esclarecimentos.

Só pede que o juiz o informe com certa antecedência, para que ele possa solicitar ao juiz de Brasília deslocamentos para Curitiba.

Dirceu cumpre pena em regime aberto no Distrito Federal, e não pode deixar a cidade sem ordem expressa do juiz federal.

Alugando ou vendendo

Dirceu e seu irmão Luiz pretendem alugar ou vender o imóvel onde funcionava a JD Consultoria.

O prédio, de fachada vermelha e branca, fica em uma área nobre de São Paulo, no número 1827 da Avenida Indianópolis, na região de Moema.

Lá tem pelo menos um ex-funcionário da extinta JD - pronto para mostra o local, que também pode ser alugado junto à corretora Valentina Caran, pelo telefone (11) 3846-8699.
Herculano
25/04/2015 17:29
LIXO DO LIXO

Um caminhão caçamba, truque, foi autuado pela Ditran, na Avenida Duque de Caxias, extensão da Avenida das Comunidades, em Gaspar. E o que ele tinha de irregular? Quase tudo. Andava sem luz de freio, sem pneus de reserva e sem macaco, além de estar com a altura da caçamba irregular. Segundo o motorista, o caminhão pertence a uma empresa que terceiriza a coleta de lixo em Blumenau, para a Recicle, de Brusque. Ou seja, era o lixo, do lixo.
Herculano
25/04/2015 17:05
NA REVISTA VEJA QUE ESTÁ NAS BANCAS E DISPONIBILIZADA NA INTERNET PARA SEUS ASSINANTES, A SENADORA PAULISTA MARTA SUPLICY DIZ: O PT TRAIU OS BRASILEIROS". SE ELA ERA A IMAGEM DO PARTIDO, CONHECIA POR DENTRO COMO MÁRIO WILSON DA CRUZ MESQUITA, QUEM OS DESMENTIRÃO?

A ex-ministra, ex-prefeita de São Paulo e senadora anuncia sua saída do partido que ajudou a construir e diz que a cúpula petista não tem mais outro projeto senão o de se manter no poder

A entrevista e o texto são de Pedro Dias Leite. Marta Suplicy foi deputada, prefeita de São Paulo, ministra do Turismo, da Cultura e atualmente cumpre mandato de senadora. Sempre pelo PT, partido em que milita desde o início da década de 80. Trinta e cinco anos, de muitas vitórias e algumas derrotas, um mensalão e um petrolão depois, que descreve como uma "avalanche de corrupção", ela decidiu deixar a legenda a que dedicou metade de sua vida. Marta tem convite de quase todos os partidos políticos do Brasil, mas se inclina mais para o PSB de Eduardo Campos, o candidato morto em um desastre de avião na campanha presidencial do ano passado. Enquanto desenhava estrelinhas em uma folha de papel, Marta falou a Veja de seus motivos para romper com o PT e de seu "projeto de nação".

A senhora saiu do PT ou o PT a deixou antes?

Tenho muito orgulho de ter ajudado a fundar o PT. Acreditei, me envolvi, trabalhei décadas, com dedicação total. Saio do PT porque, simplesmente, não é o partido que ajudei a criar. O PT se distanciou dos seus princípios éticos, das suas bases e de seus ideais. Dessa forma traiu milhões de eleitores e simpatizantes. Eu sou mais uma entre as pessoas que se decepcionaram com o PT e não enxergam a possibilidade de o partido retomar sua essência. Respondendo a sua pergunta, estou segura de que meus princípios nunca mudaram, são os mesmos da fundação do PT, os mesmos com os quais criei os meus três filhos. Agora tenho um desafio, o desafio do novo. Quero ter um projeto para o meu país. Um projeto em que acredite. É isso que eu vou buscar.

O que mais pesou na sua decisão?

O componente ético é muito forte. A decepção foi tremenda. Não foi fácil ver os integrantes da cúpula do partido na prisão. Discordo da maneira pública pela qual eles foram julgados e sentenciados. O processo judicial pode ter sido perfeito, mas a humilhação pública que eles sofreram não se justifica. Por essa razão eu não me manifestei durante o julgamento do mensalão. Mas senti que havia um profundo distanciamento do que nós, petistas, queríamos para o Brasil. Reconheço o muito que já se fez em termos de diminuição da pobreza e do aumento da mobilidade social. Mas eu percebo também que a cúpula se fechou e, cercada por interesses corporativistas de certos movimentos sociais e sindicalistas, trabalha apenas para se manter no poder. O PT não tem mais projeto para o Brasil. Se não recuperar seus princípios éticos, da fundação, não voltar às suas bases, se ficar só no corporativismo, o PT vai virar uma pequena agremiação. Teria chance se fosse no caminho oposto, mantendo sua base social, mas incorporando uma classe média que ele mesmo ajudou a criar. Mas, se você perguntar se o PT fará o que é preciso para se salvar, minha é resposta é não.

Houve uma gota d'água?

A escolha do Fernando Haddad para ser candidato à prefeitura de São Paulo, em 2012, foi muito difícil para mim. Mas respirei fundo e fiz campanha para ele. Sei que minha participação foi fundamental para a vitória do Haddad. Antes já tinha sido praticamente abandonada na minha eleição para o Senado. Ganhei com enorme dificuldade. O PT fez campanha muito mais forte para o candidato Netinho do que para mim. Então comecei a pensar no que estava fazendo no PT. Em 2014, meu nome nem foi cogitado para a corrida ao governo de São Paulo, embora eu tivesse 30% das intenções de voto. Aí vem essa avalanche de corrupção. Engoli muita coisa na política. Mas, quando vi que estava em um partido que não tem mais nada a ver comigo, que não luta pelas bandeiras pelas quais eu me bati e que ainda me tolhe as possibilidades - e eu sei que sou boa -, a decisão de sair ficou fácil.

A senhora não viu os sinais da "avalanche de corrupção" no PT?

Não, porque eu nunca participei disso. Não tinha a mais leve ideia. Como a maioria dos petistas não tinha também. Se você não estava ali naquela meia dúzia, você não sabia.

Quando ficou evidente sua saída, a máquina de destruição de reputações do partido começou a agir com a acusação de que a senhora, uma aristocrata, nunca foi realmente do PT. Isso magoa?

Essas pessoas nunca estiveram na minha pele. Dei ao PT uma cara de classe média palatável. Isso abriu outro horizonte, com a adesão de uma classe média que não se identificava com o sindicalismo. Se não posso dizer que a inventei, tenho certeza de que contribuí muito para a modernidade do PT. Esse tipo de crítica não me afeta.

A senhora teve um papel de destaque no "Volta, Lula", movimento para afastar Dilma e lançar como candidato o ex-presidente. Por quê?

Eu tinha certeza de que, se a Dilma vencesse, teria um segundo mandato muito difícil, como está sendo efetivamente. Achava que com o Lula teríamos condição de rever com clareza os erros cometidos e, assim, reunir força política para tirar o Brasil daquela situação. A maioria dos deputados e dos senadores preferia a candidatura do Lula pelas mesmas razões que as minhas. Eles só foram mais cuidadosos.
Herculano
25/04/2015 16:56
TRIÂNGULO DA MORTE, por Eliane Cantanhede para o jornal O Estado de S.Paulo

O encantado balanço da Petrobrás desencantou, confirmando, agora em números, qual o primeiro e maior problema da principal companhia brasileira: a ingerência política. Foi ela, a ingerência política, que fechou o triângulo mortal da corrupção, do péssimo gerenciamento e do represamento artificial das tarifas. Deu no que deu

Essa conjunção maldita acabou com a saúde e com a imagem da Petrobrás no País e no mundo, mas o pior é que não foi uma exclusividade da Petrobrás, mas sim a marca dos anos do PT, particularmente dos anos Lula, nos órgãos públicos e nas estatais. Aparentemente, nada escapa.

Foi por interesses políticos que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de sua posse, em janeiro de 2003, nomeou sindicalistas alinhados ao PT para a presidência da Petrobrás e para as diretoriais do Banco do Brasil, por exemplo, e fatiou os principais cargos da petroleira entre "companheiros" petistas e "operadores" dos partidos aliados. Só podia descambar para esse descalabro.

O resultado mais gritante no balanço anunciado na noite de quarta-feira é o das perdas de R$ 6,2 bilhões por causa da corrupção e, apesar de nada módico, esse total é visto com muita desconfiança por especialistas. Há quem imagine que a sangria foi ainda maior. Se você nomeia um diretor para abastecer as contas do PT e bolsos de petistas, outro para rechear as contas do PMDB e carteiras de pemedebistas, um terceiro para engordar as contas do PP e o patrimônio de pepistas, deveria saber o que estava fazendo. Tudo isso se embolou com o velho cartel de empreiteiras e com os doleiros de sempre e a consequência é: corrupção.

Mas há dois outros resultados irritantes no balanço apresentado pelo novo presidente da companhia, Aldemir Bendine. O segundo é o mau gerenciamento da empresa, o que não chega a ser surpreendente quando sindicalistas e apadrinhados se dão ao luxo de definir os investimentos da nossa Petrobrás para atender os interesses do Palácio do Planalto. É assim que surgem obras muito caras - e de potencial duvidoso - em Estados governados por amigos do rei. Sobressaem-se aí pomposas refinarias, agora abandonadas.

O terceiro resultado é o efeito corrosivo do represamento político dos preços da gasolina para postos e consumidor. Lula segurou para não arranhar a sua já imensa popularidade. Deu tão certo que ele continuou segurando para se reeleger, para eleger Dilma da primeira vez, para reeleger Dilma em 2014. O efeito foi ótimo para eles e péssimo para a Petrobrás.

Mais cedo ou mais tarde, essa conta chega para o consumidor/eleitor. E está chegando da forma mais perversa. Antes, o petróleo estava caro lá fora e a gasolina era barata aqui dentro. Agora, o petróleo está barato lá fora e a gasolina vai ficar mais cara aqui dentro. Senão, a conta não fecha, a credibilidade não volta, a "nova Petrobrás" anunciada em Nova York pelo ministro Joaquim Levy nunca vai aparecer.

Até lá, a "velha Petrobrás" é o grande "case" dos dois governos Lula. Quem descrever todas as nomeações políticas, o gerenciamento político e a administração política de preços da Petrobrás vai conseguir contar como foram os anos do PT nas estatais brasileiras. Sem esquecer de contar o final da história: nas campanhas, o PT atribuiu aos adversários a intenção de privatizar a Petrobrás, mas é o próprio governo do PT que vai sair vendendo tudo o que puder da petroleira para diminuir o prejuízo. Vão ter de vender muito, porque a Petrobrás é a empresa mais endividada do mundo.

Detalhe constrangedor: foi justamente a ministra de Minas e Energia, depois chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás do pior e mais obscuro período da Petrobrás que acabou sendo eleita para suceder Lula - e ainda foi reeleita. Só para completar, a sua grande marca era a de? gerentona.
Herculano
25/04/2015 10:02
INDONÉSIA CONFIRMA QUE BRASILEIRO SERÁ EXECUTADO E COMUNICA FAMÍLIA

Conteúdo da BBC Brasil, em Londres. O texto é de Hugo Bachega. A família do paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, foi informada oficialmente neste sábado (25) de que ele será executado.

A data das execuções, que são por fuzilamento, não foi anunciada. A lei indonésia prevê que os presos sejam informados com 72 horas de antecedência, o que foi feito neste sábado, disse à BBC Brasil Ricky Gunawan, advogado de Gularte.

Assim, as penas poderão ser cumpridas a partir da tarde de terça-feira (horário local).

Gularte, de 42 anos, foi preso em julho de 2004 após tentar entrar na Indonésia com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Ele foi condenado à morte em 2005.

A família tentava convencer autoridades a reverter a pena após Gularte ter sido diagnosticado com esquizofrenia.

Uma equipe médica reavaliou o brasileiro na prisão em março à pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não foi divulgado.

Ele poderá ser o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado após ser condenado à morte por tráfico de drogas.

Autoridades não divulgaram quais presos deverão ser executados. Dez condenados estão no corredor da morte, incluindo cidadãos de Austrália, França e Nigéria. Apenas um é indonésio.

Representantes das embaixadas que representam os estrangeiros foram informados das execuções em reunião com autoridades da Procuradoria Geral em Cilacap, a 400 km de Jacarta, neste sábado.

A cidade fica próxima à prisão de Nusakambangan, onde os condenados estão presos e as sentenças deverão ser cumpridas.
Herculano
25/04/2015 08:51
RUI FALCÃO: AÉTICOS NÃOFICAM NO PT! HÃ, HÃ..., por Josias de Souza

Discursando num congresso do PT de São Paulo, Rui Falcão, o presidente do partido, declarou o seguinte na noite passada: "Quem erra no caminho ético não pode continuar em nossas fileiras, essa é uma regra que os outros [partidos] não aplicam.'' Abrem-se diante desta declaração três possibilidades:

1. Expulsão em massa: o PT talvez esteja planejando uma faxina nos seus quadros. Suspeitos como o tesoureiro João Vaccari Neto terão de colocar de molho as barbas. Condenados como José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares não passam de expulsões esperando para acontecer.

2. Bolsa palhaço: é possível que o companheiro Falcão cogite sugerir ao governo Dilma o lançamento do Bolsa Palhaço, um grande programa de requalificação profissional, destinado a atenuar o desemprego. Prevê a distribuição gratuita de um kit-palhaço contendo narizes vermelhos, colarinhos folgados e sapatos gigantescos.

3. Revolução da língua: Ou os brasileiros estão diante de uma das duas alternativas anteriores ou o Brasil ficou desobrigado de fazer sentido. Depois que o presidente do PT diz que os aéticos não podem continuar no partido e mantém nas fileiras da legenda a bancada da Papuda, implantou-se no país a revolução do vale-tudo semântico.
Herculano
25/04/2015 08:42
PARADAS TÁTICAS, por Igor Gielow, para o jornal Folha de S. Paulo

A guerra aberta entre governo e oposição vive um momento de inflexão, no qual ambas as tropas buscam algum tipo de recomposição. As escaramuças assemelham-se mais a um jogo de xadrez.

No campo oposicionista, engana-se quem pensa que a derrota de Aécio Neves sobre o "timing" do pedido de impeachment de Dilma Rousseff implica retirada permanente.

Ocorreu o óbvio. O mineiro quer manter a pressão alta sobre o governo e busca associar-se ao movimento para firmar sua posição ainda beneficiária do "recall" da eleição.

Atraiu contra si os outros presidenciáveis tucanos, que ganham se a corda for afrouxada, tirando vapor da máquina de Aécio e empurrando o jogo para 2018. FHC acabou sendo juiz, involuntário ou não, da disputa.

Apesar do fracasso do evento sobre o tema e a promessa de deputados de pedir o impeachment semana que vem, a ação só deve sair lá pelo fim de maio, quando os aecistas calculam haver uma nova onda de más notícias para Dilma: o TCU estará a analisar os depoimentos sobre as pedaladas fiscais, a Lava Jato seguirá seu curso, o PMDB permanecerá indócil e os efeitos do ajuste e da recessão deverão se mostrar maiores.

Do lado do governo, uma reunião ministerial neste sábado está sendo vendida como o início de uma agenda positiva para o Planalto, após uma semana relativamente calma.

Haverá fanfarra, mas falar em retomada dos investimentos com a economia deprimida requer os talentos de prestidigitação de um Arno Augustin para convencer a plateia.

A dificuldade mais urgente para o Planalto é, na verdade, conter os efeitos da troca de cotoveladas entre Eduardo Cunha e Renan Calheiros no Congresso, que pode atrapalhar a aprovação de medidas do ajuste que dependam do Legislativo.

Assim, se a reunião servir para melhorar o ânimo dos soldados, já estará de bom tamanho para o governo.

A guerra, contudo, continua.
Herculano
25/04/2015 08:40
OS PROFESSORES DAQUI

Governo do Estado vai reabrir negociações com os professores em greve na rede estadual de ensino, a partir de segunda-feira através da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. A notícia foi confirmada pela Secretaria da Educação,
Herculano
25/04/2015 08:37
SE O PT, A CUT, A DILMA E RENAN CRITICAM, ENTÃO DEVE SER BOM PARA OS BRASILEIROS DIANTE DE TANTAS ATROCIDADES QUE COMETERAM PARA SE MANTEREM NO PODER. DILMA CRITICOU PROPOSTA DE TERCEIRIZAÇÃO, AFIRMA RENAN EM MANCHETE NO JORNAL FOLHA DE S. PAULO

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou a interlocutores que Dilma Rousseff classificou "de absurda" a proposta da terceirização aprovada na quarta (22) pela Câmara.

A Folha apurou que a presidente fez o comentário por telefone a Renan na quarta. O Planalto não se manifestou.

O presidente do Senado divulgou nesta sexta (24) nota em que acusa o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de promover controvérsia que atinge "o fortalecimento e a independência" do Congresso e que beneficia "aqueles que têm horror ao ativismo parlamentar".

Os dois entraram em choque devido ao projeto que libera empresas a terceirizarem todas as suas atividades.

Cunha defende a proposta e liderou a aprovação dela na Câmara. Renan se opõe à terceirização da atividade-fim, a principal da empresa, e tem demonstrado intenção de barrá-la no Senado.

Renan disse que não vai "engavetar" o tema, mas sim discuti-lo criteriosamente, e que o Senado não engaveta nenhum projeto da Câmara.

"Gostaria muito que ele [Renan] votasse o decreto dos conselhos populares, engavetado lá", rebateu Cunha, em referência a projeto que susta a Política Nacional de Participação Social. "Não quero polemizar. Ele tem direito a ter a opinião que quiser, só não pode engavetar."

Em evento na Assembleia do Mato Grosso nesta sexta, Cunha voltou a enfrentar protestos de sindicalistas e ativistas LGBT, como em visitas a São Paulo, Porto Alegre e João Pessoa.
Herculano
25/04/2015 08:33
ATITUDES MACHISTAS DO ESTADO ISLÂMICO ATRAEM SEGUIDORES, por Fernando Brancoli, para o jornal Folha de S.Paulo

Dia 22 de janeiro. Allen escreve: "O grande ponto é entender [que o Estado Islâmico] sabe como tratar essas mulheres hoje em dia. Leis simples, sem modificações. Você sai da linha, recebe o que está escrito. É nisso que temos que investir: a volta de um sistema claro, que coloque as vadias em casa".

Cinco dias depois, Baumann11 responde: "Mais importante que toda essa conversa é: quem quer realmente ir para lá? Não é difícil comprar uma passagem e achar os caras certos. Se vocês realmente querem mudar essa porcaria que está aí, têm que colocar os pés na lama. Têm que ir para lá".

As análises a respeito do Estado Islâmico (EI) ressaltam o caráter fundamentalista das suas ações, baseadas em interpretações conservadoras das leis muçulmanas.

O poder de atração do grupo em jovens ocidentais teria como centro de análise os valores subvertidos do islamismo. Mas a religião e sua suposta resposta a um estilo de vida corrompido, ocidental, já não são a única variável para compreender por que europeus, por exemplo, decidem largar tudo e se juntar ao grupo terrorista.

Em pesquisa do Departamento de Global Studies da Universidade da Califórnia, sob supervisão do professor Paul Amar, encontrei nos últimos meses grupos machistas e autodeclarados ateus se reunindo na internet e planejando se unir à facção.

A justificativa surpreendia: os terroristas seriam o melhor exemplo de como mulheres deveriam ser tratadas.

Os fundamentalistas foram acusados de usar de violência sexual como estratégia de guerra e de vender meninas da minoria yazidi no Iraque.

As ações eram festejadas em tais fóruns. Esse tipo de movimento machista radical tem registros, inclusive, no Brasil. A Polícia Federal já investigou, nos últimos anos, blogs que ameaçavam ativistas feministas ou pregavam violência contra mulheres.

As mensagens estavam postadas em fóruns na chamada Deepweb, uma série de sites que só podem ser acessados com softwares específicos e normalmente ficam fora do radar de autoridades.

Em um primeiro momento, a análise é de que a vontade de se unir ao EI se trata de bravatas machistas, típicas de espaços on-line.

Contudo, pesquisas de campo realizadas no Líbano e na Síria, nas últimas semanas, comprovaram as suspeitas. Um membro do controle de fronteiras do Líbano afirmou que já existe uma "restrição maior para indivíduos ocidentais não tradicionais [não islâmicos ou não descendentes árabes]", dada a percepção de que eles vêm se juntando ao EI.

Entrevistas com oficiais de segurança em Beirute e em Damasco, assim como diplomatas ocidentais, passavam a mesma mensagem: já existiam registros - e operações de segurança específicas - para lidar com um crescente grupo de ocidentais que não se encaixavam no "modelo padrão" de novos membros do Estado Islâmico.

Jovens de origem árabe ou islâmicos seriam monitorados tradicionalmente, enquanto esse novo grupo conseguiria circular sem maiores problemas. Apesar de ninguém ter números consolidados de quantos seriam, é unânime a impressão de que é um fluxo cada vez maior.

A conformação de que jovens estariam se unindo ao Estado Islâmico por razões de idolatria misógina não é só um exemplo grotesco de como violência pode ser uma força de atração - mas também pode representar novas ameaças à própria lógica para lidar com terroristas.

Não é difícil imaginar que esses novos membros podem retornar ao seu país de origem, longe das listas de tradicionais suspeitos, e replicarem práticas violentas.

A dinâmica também cria complicações nas estruturas tradicionais de combate ao terror. A criação de instituições democráticas nas nações que abrigariam tais grupos, como o Afeganistão, impediria que eles surgissem no futuro. A existência de jovens nascidos e criados no Ocidente inverte essa lógica.
Herculano
25/04/2015 08:27
INVESTIGADO PELA PF POR TERRORISMO É FÃ DE DILMA

O homem investigado pela Polícia Federal por suspeita de terrorismo, Marcelo Bulhões dos Santos, que ontem foi alvo de mandado de busca e apreensão em Brasília, trabalhou no governo Lula, entre 2007 e 2010, nomeado por Dilma, que chefiava a Casa Civil e tinha essa prerrogativa. Na internet, há declarações de admiração de Marcelo por Dilma, de quem é fã. Até fez campanha para ela nas redes sociais.

Nervosismo
Houve nervosismo no Planalto com a notícia do ex-funcionário suspeito de terrorismo. Chegou a negar que ele tivesse trabalhado com Dilma.

Boquinha de Dilma
Dilma nomeou Marcelo Bulhões na coordenação-geral de Gestão de Informação Funcional da Casa Civil, e depois o promoveu a supervisor.

Galho em galho
Marcelo Bulhões dos Santos, que depois se converteu ao islamismo, ganhou um cargo na secretaria de Portos e dois na Igualdade Racial.

Antibomba
A Polícia Federal vasculhou o apartamento na Asa Norte, que também é escritório de Bulhões, em Brasília, com auxílio do Grupo Antibomba.

Pertence nega contrato para defender o Rede
Começou mal - com uma lorota - o Rede Sustentabilidade. O site oficial do futuro partido anunciou que o advogado Sepúlveda Pertence, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, ofereceu seus serviços para defender o registro partidário no Tribunal Superior Eleitoral. Não é verdade. Marina Silva é que o procurou em seu escritório no Lago Sul, em Brasília. No mais, afirma Pertence, "a notícia é inteiramente falsa".

Condição
Pertence condicionou a continuação de tratativas para defender o Rede a uma conversa com o atual advogado do partido, Torquato Jardim.

Nem injeção na testa
O Rede informou que Pertence trabalharia de graça, mas, segundo a assessoria dele, ele e Marina "nem falaram sobre esse assunto".

Assinaturas falsas
Na primeira tentativa, o Rede foi acusado de incluir assinaturas falsas para instruir seu pedido de registro, que acabou rejeitado no TSE.

Lição italiana
A Itália deu uma lição ao Brasil, extraditando o corrupto transitado em julgado Henrique Pizzolato. Bem diferente do ex-presidente Lula, que acolheu e protegeu Cesare Battisti, terrorista italiano condenado duas vezes à prisão perpétua pelo assassinato covarde de quatro inocentes.

Mentiras para o papa
O Partido Comunista Italiano pagou o mico de apelar ao papa Francisco para interceder pela não extradição do "sindicalista" Henrique Pizzolato. A "carta aberta" é um amontoado de mentiras sobre o caso.

Vai com calma
Aliado de Aécio Neves, o deputado Domingos Sávio (MG) destoa da bancada tucana da Câmara. Ele defende desdobramentos da Lava Jato e da CPI do BNDES para só então pedir o impeachment de Dilma.

Saindo do sufoco
Após longa pindaíba, quando faltou dinheiro para pagar alugueis e contas de água, luz e telefone, representações diplomáticas brasileiras no exterior começaram a receber o dinheiro que Dilma mantinha preso.

A crise é geral
O ministro Pepe Vargas (Direitos Humanos) fez um pit-stop em um supermercado na Asa Norte, na noite de quinta (23). Nada de carrinho cheio: o ministro - que ninguém reconhece - usava só uma cestinha.

Formação o quê?
O seminário de formação política realizado pelos tucanos foi um verdadeiro fiasco. Em plena sexta-feira, não compareceu nem metade da bancada de deputados federais. Tampouco os senadores.

25 de abril
Portugal comemora neste sábado os 41 anos da Revolução dos Cravos, que libertou o país da ditadura salazarista. Desde então, os portugueses deixaram de ser motivo de piadas.

Fusão PTB-DEM
O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) nega que o governo venha tentando melar a fusão do PTB-DEM. Ele, no entanto, é contra a união porque acredita que seu partido pode crescer com a crise do PT.

Pensando bem...
...ao devolver Henrique Pizzolato, a Itália deveria colar na testa do mensaleiro um bilhete para o PT: "toma, que o filho é teu!"
Herculano
25/04/2015 08:19
DEMOROU E SE RENROLOU POR SETE ANOS, MAS FINALMENTE A OAB CATARINENSE SE POSICIONOU CONTRA AS PENSÕES VITALÍCIAS DOS EX-GOVERNADORES

O Conselho Pleno da OAB/SC decidiu recomendar à OAB nacional que faça parte da ação direta de inconstitucionalidade movida em 2007 pela Procuradoria-Geral da República contra a lei estadual que concede pensão vitalícia a ex-governadores.

A entidade catarinense entende que o artigo 195 da Constituição Estadual, que concede o benefício, é inconstitucional. Esse entendimento foi consolidado pela decisão do Supremo Tribunal Federal de revogar direito semelhante concedido aos ex-governadores do Pará, em julgamento recente.

Em 2008, o Conselho Federal da OAB já havia recomendado às seccionais que ajuizassem ação contra as leis estaduais. Na época, os ex-diretores da OAB/SC encaminharam o caso para a Comissão de Moralidade Pública, que sugeriu ajuizamento da ação, o que acabou não ocorrendo. O tema voltou ao tramitar na entidade catarinense em 2013.

Além de pedir à OAB nacional que ingresse como amicus curiae na ação já em andamento, o pleno da OAB-SC também aprovou o envio de um ofício para os 40 deputados estaduais reforçando a inconstitucionalidade do benefício e pedindo a revogação do artigo 195 da Constituição do Estado.
Herculano
25/04/2015 08:14
ASSOCIAÇÃO DE JUÍZES AGORA DEFENDE PRISÃO DEPOIS DA 2ª INSTÂNCIA

Com apoio do juiz Sergio Moro, projeto original da Ajufe falava em pena de prisão a partir da primeira condenação. O pesquisador Oscar Vilhena lembra que três instâncias de recurso é padrão incomum; o advogado Vilardi critica.

O texto é de Mário César Carvalho para o jornal Folha de S.Paulo. A associação de juízes federais fez um recuo e alterou seu projeto de lei para reduzir a impunidade dos que praticam crimes graves, principalmente os de corrupção.

A entidade passou a defender pena de prisão após o julgamento em segunda instância, e não mais em primeira, como queria originalmente.

Hoje a sentença só é definitiva após passar por três graus de recursos: segundo grau, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal.

"Somos abertos ao diálogo", disse à Folha o presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais), Antonio Bochenek. "Sentimos que havia um consenso maior para que a prisão fosse adotada a partir do julgamento em segunda instância", completou.

O juiz federal Sergio Moro, que atua na Operação Lava Jato e apoia a ideia, citou a repercussão da proposta original e afirmou à Folha que, "embora a Ajufe acredite no projeto original, entendemos [...] ser conveniente adotar uma posição intermediária".

A alteração, diz, visa "lograr maior apoio e consenso na sociedade e no Congresso para aprovação da medida".

Moro vê o projeto como "essencial para garantir maior efetividade do processo penal e proteção dos direitos da vítima e da sociedade, sem afetar significativamente os direitos do acusado".

O projeto de lei incide sobre crimes como homicídio, tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e terrorismo. Segundo o presidente da Ajufe, essa medida já vigora para réus presos provisoriamente por homicídio e tráfico de drogas, cerca 40% dos 570 mil presos do país.

O texto prevê que a prisão poderá ser suspensa por um tribunal superior.

Moro e Bochenek publicaram um artigo no jornal "O Estado de S. Paulo" em março no qual prescreviam uma espécie de tratamento de "choque" no sistema judicial, criticavam a morosidade e defendiam prisão após o julgamento em primeira instância.

Moro já defendia a pena de prisão em casos em que o dinheiro público desviado ainda não havia sido recuperado. Segundo o artigo, a proposta não viola o princípio de presunção de inocência.

Eles citavam EUA e França como exemplos de países que prendem a partir da condenação em segunda instância.

O novo projeto da entidade é similar ao proposto pelo então ministro do STF César Peluzo em 2011. Preocupado com o excesso de ações na corte, ele defendia que uma sentença fosse considerada definitiva após decisão de segunda instância. Enquanto nos EUA a Suprema Corte julga cerca de 100 processos por ano, no Brasil STF tomou 114.403 decisões em 2014.
Herculano
25/04/2015 08:07
MESTRES INDISCIPLINADOS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Não foi imagem bonita de ver. Professores da rede estadual paulista, em greve há 41 dias, atacaram na quinta-feira (23) a sede da Secretaria da Educação e tentaram ocupar a repartição.

Usando máscaras improvisadas com camisetas, os mais desvairados empregaram uma barra metálica como aríete contra as portas gradeadas do Caetano de Campos, um edifício tombado. Houve bombas e pedradas na refrega com a polícia. A invasão fracassou.

Algo mais que as vidraças do prédio histórico se quebrou ali. Ao recorrerem à violência para buscar impor pontos de vista na negociação com o governo Geraldo Alckmin (PSDB), os mestres indisciplinados danificaram a imagem de toda uma categoria.

O mau exemplo oferecido diante das câmeras não recebeu condenação da Apeoesp, inexplicavelmente. O sindicato descreveu o ataque com eufemismos, como manifestação de descontentamento.

O movimento havia começado mal, de todo modo. A reivindicação central, reajuste de 75%, é descabida na atual conjuntura das contas públicas no Estado e no país.

Apontar o exagero não implica concordar que os salários atuais sejam bons o bastante para recrutar os melhores egressos das universidades para a carreira. A remuneração média do professor estadual está em R$ 2.725, abaixo do nível de trabalhadores com diploma superior no Estado (R$ 4.449).

A cifra, no entanto, abarca situações muito diversas, do professor com jornada de 12 horas semanais até o que trabalha 40 horas. No segundo caso, os ganhos sobem para R$ 4.416 --ainda assim insuficientes para distinguir a docência como profissão atrativa.

Há distorções no próprio serviço público. Um agente penitenciário, do qual não se exige nível universitário, percebe em média R$ 4.503; um sargento da Polícia Militar, com diploma superior, R$ 5.692.

Apesar dos riscos envolvidos nessas ocupações, não se pode dizer que o ensino seja um serviço de menor valor que a segurança. Mas já seria desmedida uma equiparação dos professores com os médicos do Estado (R$ 7.339), pois estes têm de investir muito mais tempo de estudo em sua qualificação.

Mesmo que venha de forma escalonada, o aumento de 75% aos professores implicaria despesa adicional bilionária, pois são 230 mil os docentes da rede paulista.

Por mais que se concorde com a necessidade de valorizar a profissão docente, como sempre defendeu esta Folha, parece manifesto que o sindicato aposta num impasse e no prolongamento da greve.
Herculano
25/04/2015 08:02
COMO FUNCIONA O JOGO DA SACANAGEM PARA OS ANALFABETOS, OS DESINFORMADOS, OS IGNORANTES, MANSOS, DEPENDENTES E FANÁTICOS DA SEITA ONDE ELA PODE TUDO E OS OUTROS NADA. LULA QUER QUE A JUSTIÇA PEÇA DESCULPAS PELAS PRISÕES QUE ELE, SÓ ELE, ACHAM SEREM INJUSTAS NA LAVA-JATO. SOBRE ELE LULA, O PT QUE COMANDOU TUDO ISTO E DILMA PEDIREM DESCULPAS SOBRE A ROUBALHEIRA QUE PROMOVERAM E SE PROVA NA LAVA-JATO, NEM PENSAR. E TEM GENTE NA IMPRENSA QUE ACHA ISTO CERTO.

O conteúdo é do 247, o canal de comunicação do PT, sustentado preferencialmente por verbas publicitárias de empresas (Petrobrás) e bancos (BNDEs, Caixa e BB) estatais. O ex-presidente Lula fez, na noite de ontem, sua primeira crítica direta à Operação Lava Jato, ao se referir ao "caso Marice", a cunhada do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que foi presa por engano, ao ser confundida com a própria esposa de Vaccari num vídeo de um banco.

"O que não pode, é prender a cunhada do Vaccari, achando que ela cometeu um crime, e no dia seguinte só soltar, sabe? Nem pediram desculpas", disse ele.

Lula também voltou a falar no processo de "criminalização do PT" e comentou a decisão do partido de não mais aceitar doações de empresas. "Vai ser mais difícil, mas quem sabe a gente não reconquista alguma coisa que a gente tinha perdido: o direito de andar com a cabeça erguida neste pais", afirmou.

Ele também pediu a dirigentes da legenda que o partido tenha mais cautela. "Nós temos que ter mais cuidado e o PT tem que errar menos", afirmou. "O PT não pode fazer aquilo que ele criticava nos outros, tem que ser exemplo."

No encontro, o presidente do PT, Rui Falcão, antecipou que o partido pedirá à presidente Dilma Roussef que vete o projeto de lei 4.330, que amplia a terceirização para praticamente todas as atividades profissionais no país. Segundo Rui, o projeto é "odioso".
bolivarianos
25/04/2015 07:12
O bêbado 9 dedos tem tempo para malhar, vive roubando o que é nosso, enquanto sustentamos estes vigaristas bolivarianos.

GOLPE COMUNISTA - O golpe foi dado (UNASUL) golpe comunista em toda a América Latina...todos os países sul-americanos passam a fazer parte de um grande bloco ou ¨Pátria Grande¨ denominado URSAL (União das Repúblicas Socialistas da América Latina) bem ao estilo da antiga União soviética (URSS), União das Republicas Socialistas Soviéticas... o golpe comunista nesta data 05/12/2014, o Brasil perde sua identidade como NAÇÃO e a Bandeira Brasileira será mudada recebendo a simbologia do comunismo (por isto na posse de Dilma não aparece nenhuma Bandeira Brasileira e sim da UNASUL) Bolivariano da Grande Pátria a nova U.R.S.A.L...QUE PASSA A TER FORÇAS UNIFICADAS E ALINHADAS A UMA NOVA CONSTITUIÇÃO A SER PROMULGADA DEPOIS DA POSSE DA Dilma Roussef, PRESIDENTE REELEITA PARA NOVO MANDATO na Presidência de uma das grandes Republicas da Pátria Grande...

1) Fim dos limites dos espaços aéreos entre os países da América do sul (criação da Cidadania sul-americana); inclusive as novas placas para os automóveis dos países que hoje formam a Unasul já foram mostradas para todo o Brasil. Todas as pessoas de qualquer nacionalidade estão livres para entrar e sair do Brasil!!!

2) Fim dos limites dos espaços aéreos (qualquer avião de guerra estrangeiro poderá sobrevoar nosso país)

3) A criação da Escola Sul-Americana de Defesa (unindo nossas forças armadas as forças dos demais Países que agora fazem parte da UNASUL);

4) Criação da unidade técnica de coordenação (legalização das fraudes nas urnas eletrônicas em todos os países da UNASUL);

5) Criação de um fundo para bolsas de estudo (unindo nossos jovens a todos os países vizinhos, padronização do ensino Leninista Marxista); Já foi denunciado por diversas vezes isto, na cabeça dessas comunas não existem mais fronteiras há muito tempo, por isto a Dilma gasta nosso dinheiro nos países vizinhos, pois para ela, esta sendo gasto na ¨Patria grande¨ (UNASUL);IMPORTANTE RESSALTAR QUE JÁ EXISTE

O Decreto da Dilma que libera o livre transito de tropas militares em nosso Pais, queiram ou não queiram: as FFAAs e o POVO (ISTO SEGUNDO A UNASUL E FORO DE SÃO PAULO) não mandam em mais nada. TRAIÇAO DO PT/DILMA E TODOS OS PARTIDOS/OAB/IGREJAS/CUT/GOVERNOS ?FEDERAL/ESTADUAL/MUNICIPAL E SINDICATOSSe você ainda não entendeu o motivo pelo qual a esquerda produz incessantemente uma enorme gama de programas assistencialistas, talvez esteja na hora de entender definitivamente o que esta acontecendo no Brasil e no mundo: A estratégia Cloward-Piven foi criada por dois sociólogos norte-americanos chamados Richar Cloward e Frances Fox Piven.
O objetivo seria sobrecarregar o sistema econômico através de um numero tão grande de ¨benefícios¨ que estes acabariam por colapsar a economia e as classes pagadoras de impostos, para que estes empobrecessem juntamente com as demais, fazendo assim uma das inúmeras possíveis transição ao socialismo.

Essa crise planejada terminaria deixando toda a população dependente do governo, transformando os governantes em elite dominante e os governados em uma classe de escravos, igualzinho ao que esta acontecendo no Brasil. È por isto que cada vez mais benefícios surgem sem que resolvam efetivamente o desenvolvimento social, cultural e econômico do País, pois o setor produtivo, que paga por toda essa estrutura, é cada vez mais escorchado, perseguido e criminalizado. O que parece insanidade ou incompetência é na verdade apenas um processo de desmonte econômico e de posterior dissolvimento de classes e ascensão da casta governante. É importante frisar para que não nos voltemos contra os beneficiários, e sim contra aqueles que estimulam a miséria humana como arma política. Não progresso econômico em uma economia planificada, e é justamente isso que o socialismo entrega. Portanto a partir de agora, toda vez que você ouvir essa balela de assistencialismo, desmascare o interlocutor no ato.
Herculano
24/04/2015 21:46
AUMENTO DE VEREADORES [EM BLUMENAU] OPORÁ MACHOS E ENCAGAÇADOS, por Carlos Tonet


A Câmara de Blumenau estartou o processo para implantar o aumento no número de vereadores.

Absolutamente todos os partidos são a favor.

Absolutamente todos os vereadores são a favor.

Mas a votação deverá opor dois grupos de vereadores: os Los Machos e Los Encagaçados.

O vaselinesco PSDB, também conhecido como O Rei do Muro, já pulou fora.

Encagaçado com uma pressãozinha meia-boca dos empresários, Napoleôncio mandou o partido ser contra.

O PT é todo a favor e assume, numa prova de macheza de Los Três Amigos, trio de mariachis formados por Vanderleizão, J. Forest e Adrianão.

Eu era a favor do aumento no número de vereadores, mas agora não sou contra nem a favor.

Acho desnecessário, mas tem sua validade e, portanto, cabe aos vereadores decidirem.

Se é pra aumentar, podia ficar em 21, que era o número de vereadores que já tinha antes.

Vamos ver como a turma se comporta: a maioria agirá como as galinhas medrosas do PSDB ou fará valer a própria opinião?
Herculano
24/04/2015 21:42
BIPOLARIDADE INTELECTUAL, por Leandro Narloch, de Veja

A bipolaridade intelectual é o distúrbio que mais ataca jornalistas, colunistas, sociólogos e palpiteiros tanto da esquerda quanto da direita. Num dia o camarada diz morrer por um princípio, no dia seguinte rejeita a ideia e ainda despreza quem a defende. Sua avaliação sobre o que é correto ou moral é imprevisível, varia conforme a pessoa ou o partido que praticou a ação. Eis alguns exemplos atualizados da bipolaridade intelectual:

Terceirização de funcionários: "grande ameaça às conquistas dos trabalhadores".

Terceirização de médicos cubanos: "grande conquista da medicina brasileira".
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Ajuste fiscal de FHC: "fora tucanos neoliberais!".

Ajuste fiscal de Dilma: "é preciso ter maturidade e entender a importância do equilíbrio das contas públicas".

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Imprensa descobre que Fernando Gouveia, dono de um blog contra o PT, tem uma empresa que presta serviços ao governo de SP no valor de R$ 70 mil mensais:

- Eis um claro exemplo de conflito ético!

Imprensa descobre que Leonardo Sakamoto, dono de um blog a favor do PT, tem uma ONG que presta serviços à Secretaria de Direitos Humanos no valor de R$ 546 mil por ano:

- Eis um exemplo de uma pessoa ética!

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Blogueiro conservador, sobre armas: "Contra o estado-babá! O cidadão deve assumir a responsabilidade por suas ações".

Blogueiro conservador, sobre maconha: "A favor do estado-babá! As pessoas não sabem o que fazem".

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Feminista, sobre aborto: "As mulheres têm direito de decidir interromper a gravidez".

Feminista, sobre cesáreas: "As mulheres não têm direito de optar pela cesárea".

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Jean Wyllys, sobre casamento gay: "O estado não deve se meter na vida privada dos cidadãos".

Jean Wyllys, sobre economia: "O estado deve se meter na vida privada dos cidadãos".

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Adolescentes ricos ateiam fogo em índio em Brasília: "prisão perpétua para esses playboys!".

Adolescentes pobres ateiam fogo em traficante rival: "redução da maioridade penal é fascismo".

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Pobreza na África: "a culpa é do comércio internacional, principalmente com os Estados Unidos".

Pobreza em Cuba: "a culpa é da proibição do comércio com os Estados Unidos".

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Independência da Palestina: "é preciso respeitar o princípio da autodeterminação dos povos".

Independência das Falklands: "As Malvinas sempre foram argentinas".
Herculano
24/04/2015 20:29
AO EXTRADITAR PIZZOLATO, ITÁLIA DEU DILÇÃO AO BRASIL, por Josias de Souza

Ao autorizar o envio do mensaleiro Henrique Pizzolato para cumprir pena de 12 anos e 7 meses na penitenciária da Papuda, o governo da Itália deu uma lição institucional ao regime petista do Brasil. Embora dispusessem de amparo legal para se vingar do desaforo que foi a não extradição de Cesare Battisti, as autoridades italianas preferiram fazer Justiça.

Brasil e Itália firmaram um tratado de extradição em 1989. A peça prevê que os dois países devem devolver um ao outro pessoas que estejam em seus territórios e que sejam procuradas pelas autoridades judiciais para responder a processo penal ou cumprir pena de prisão já definida em sentença. Porém?

O documento abre uma exceção. Anota que Brasil e Itália podem optar pela ?recusa facultativa da extradição? quando a pessoa procurada for um nacional. É o caso de Pizzolato. Dono de dupla cidadania, o condenado é, aos olhos da lei, tão italiano quanto brasileiro. Quer dizer: se quisesse, a Itália poderia reter Pizzolato. E ninguém teria nada com isso.

A tramitação dos casos Battisti e Pizzolato foi parecida. Em ambos a instância máxima do Judiciário dos dois países deferiu a extradição, transferindo a palavra final para as instâncias administrativas. Nesse estágio, a decisão ganha contornos políticos.

No episódio envolvendo Battisti, condenado a prisão por envolvimento em quatro assassinatos na década de 70, Lula deu de ombros para a decisão judicial. Sem cidadania brasileira, Battisti foi premiado com o status de refugiado político. O morubixaba do PT abraçou a tese segundo a qual o condenado correria risco de morrer se fosse devolvido ao seu país. Tratou a Itália como se fosse uma ditadura de quinta.

Deu-se o oposto no caso Pizzolato. Embora o condenado fosse um nacional, a Itália refugou a alegação de que o julgamento do Supremo tivera conotação política. Munidos de garantias de que o Estado brasileiro zelaria pela integridade física do preso, o tribunal e o governo italianos ignoraram também o lero-lero de que não haveria nas cadeias brasileiras um mísero recanto em condições de hospedar Pizzolato.

Ironicamente, a advogada Emmanuelle Fragasso, que integra a defesa de Pizzolato, evocou a decisão de Lula. "O caso do Battisti mostrou que não existe reciprocidade" possível com o governo brasileiro, disse ela, como a realçar que o Brasil não merecia receber Pizzolato. Não colou.

Ao extraditar Pizzolato, a Itália dispensou ao Brasil um respeito que não obteve. De resto, rendeu homenagens ao brocardo: a justiça começa em casa. E a casa do pseudo-italiano Pizzolato, para além das espertezas, é uma prisão no Brasil.
Herculano
24/04/2015 20:25
COMO FUNCIONA A MÁQUINA DE PROPAGANDA ENGANOSA E DE ESCONDER AS SACANAGENS COM O DINHEIRO DOS PESADOS IMPOSTOS DOS BRASILEIROS. O EX-PRESIDENTE LULA SE ESCONDEU DOS TEMAS COMO O PETROLÃO E AGORA APARECE TODO FACEIRO NUMA ACADEMIA EXIBINDO SAÚDE E DIZENDO QUE ESTÁ SE PREPARANDO PARA 2018. VERGONHA ZERO. ZOMBARIA DEZ.

O conteúdo é do 247. Na esteira e com pressão arterial de um garoto, o ex-presidente Lula dá conselhos para que as pessoas se exercitem em um vídeo postado nesta tarde em sua página no Facebook. A publicação acontece no momento em que o Partido dos Trabalhadores enfrenta o maior desafio de sua história, com um bombardeio diário de acusações. E mostra Lula cuidando da saúde para a disputa presidencial de 2018.

Entre um aparelho e outro, o petista conta que resolveu gravar o vídeo "como uma contribuição às pessoas". Ele relata que começou "andando a um [quilômetro] por hora" e hoje está "andando uma hora quase todo dia". "Estou andando três minutos e correndo um minuto a dez quilômetros por hora durante uma hora. Parece pouco, mas pra um velhinho como eu, está de bom tamanho", diz, bem-humorado.

"Isso que você pensa que é sacrifício, no fundo no fundo é um baita de um benefício", diz ainda o petista. "Cria coragem, levanta, e não tem horário pra andar... pode ser cinco da manhã, seis horas, sete horas... a hora que você puder", convida. "Eu sei que às vezes é melhor ficar em casa vendo televisão, todo mundo tem dor no joelho", acrescenta.

Sem citar o tratamento que fez contra um câncer, Lula conta ainda ter perdido muito peso e mobilidade, mas que recuperou com os exercícios. Seu treinador destaca a firmeza na passada que o ex-presidente conquistou. "Uma coisa que a gente tem que cuidar é fortalecer os músculos, sobretudo a perna", diz Lula. Outro treinador dá seu depoimento: "O mais importante é a assiduidade dele. Semanal, todas as manhãs". Por fim, mede a pressão: 12 por 7.
Belchior do Meio
24/04/2015 18:38
Sr. Herculano:

Marcelo Brick e Giovanio Borges não contaram aos gasparenses que não há dinheiro para a ponte porque são penduricalhos do PT; logo,
também aprenderam a prática da MENTIRA.

Como diz o meu vizinho criador de coelhos,
"vermes da mesma bicheira".


Anônimo disse:
24/04/2015 18:30
Herculano, postado às 14:31hs.

Carlos Sampaio, do PSDB, disse para O Globo:

"Henrique Pizzolato tentou escapar da Justiça Brasileira, mas agora irá se juntar aos outros condenados do mensalão. Não adiantou fugir. Esse episódio ajuda a dissipar o sentimento de impunidade que havia em relação a ele".

E Renata Bueno, deputada do Parlamento Italiano, completou:
"A extradição de Henrique Pizzolato é um exemplo que a Itália dá ao governo brasileiro, que se negou a entregar o terrorista Cesare Battisti, sentenciado à prisão perpétua por envolvimento em quatro assassinatos cometidos na década de 1970".

É o governo criminoso fazendo a vergonha do povo brasileiro.
Herculano
24/04/2015 14:52
UM GOVERNO PARA ESQUECER, Fernando Gabeira, para o jornal O Estado de S. Paulo

Recebi dois livros interessantes: Submissão, de Michael Houellebecq, e Ordem Mundial, de Henry Kissinger. Aproveito uns dias de resfriado para lê-los, mas só vou comentá-los adiante. Não sei se o resfriado turvou minhas expectativas, mas vejo o mundo caindo ao redor: empresas fechando, gente perdendo emprego e, como se não bastasse, estúpidos feriados.

Mas será que estar envolvido numa situação tão pantanosa me obriga a fazer as mesmas perguntas, tratar dos mesmos personagens, dona Dilma e seus dois amigos, Joaquim e Temer?

Nas últimas semanas deixei de perguntar apenas sobre o ajuste econômico, que nos promete uma retomada do crescimento. Começou enriquecendo os partidos e apertando as pessoas. Disso já suspeitava. Cheguei a indagar se não era possível superar o voo da galinha, achar um caminho seguro e sustentável. Constatei que lá fora também se faz a mesma pergunta, não a respeito do Brasil, mas do próprio capitalismo. O sistema tem um futuro, deságua em outra via de expansão?

Quanto à minha expectativa de um crescimento equilibrado, encontrei respostas desconcertantes. Como a do economista australiano Steve Keen, para quem o equilíbrio é uma ilusão e a economia tende a viver num desequilíbrio constante, sem jamais afundar.

Existem muitas previsões sobre o que vai acontecer mais adiante. A de Jeremy Rifkin pelo menos me agrada mais porque é a que mais se aproxima das minhas toscas expectativas. E de uma ponta de otimismo que nunca me deixa, mesmo no resfriado. Rifkin fala da internet dos objetos, da produção descentralizada de energia alternativa, das impressoras 3D e dos cursos online. Tudo pode fazer de cada um de nós um proconsumidor. Da produção em massa haveria um trânsito para a produção das massas, descentralizada e cooperativa.

Aqui acompanhei, por exemplo, a prisão de Vaccari, o tesoureiro do PT. Cheguei à conclusão de que foi motivada pela decisão do partido de mantê-lo no cargo. Quando foi depor na CPI, todas as acusações já estavam postas, incluídas as que revelam nexo entre propinas e doações. O despacho do juiz Sergio Moro fala em quebrar a continuidade dos crimes, evitando que o acusado mantenha uma posição em que, desde o caso da cooperativa dos bancários (Bancoop), desvia dinheiro para os cofres do partido.

Bastava ao PT afastá-lo enquanto durassem as investigações. Falou mais alto a fraternidade partidária. Tanto que os intérpretes oficiais diziam com orgulho que o partido não abandonaria Vaccari na estrada.

Citado por Kissinger, o cardeal Richelieu, comparando a sorte da pessoa com a de uma entidade política secular, afirma que o homem é imortal, sua salvação está no outro mundo. Já o Estado não dispõe de imortalidade, sua salvação se dá aqui ou nunca.

A maior interrogação ao ver o mundo desabando é esta: como chegaremos a 2018, com um governo exaurido, crise aguda e um abismo entre as aspirações populares e o sistema político?

A primeira pergunta é esta: com ou sem Dilma? O ministro José Eduardo Cardozo diz que a oposição é obcecada pelo impeachment. Disse isso ao defendê-la das pedaladas fiscais. Com a maioria dos eleitores desejando que Dilma se afaste, sempre haverá um motivo. Hoje é pedalada, amanhã é pênalti e depois de amanhã, escanteio, lateral, impedimento - enfim, é uma constante no jogo.

Os 12 anos de governo do PT foram marcados por uma extensa ocupação partidária da máquina pública. O Estado foi visto não só como o grande empregador, mas também como o espaço onde os talentos individuais iriam florescer.

Ao lado disso se construiu também a expectativa de que grande parte dos problemas dependia da interferência estatal. Da Bolsa Família aos empréstimos do BNDES, do patrocínio às artes à salvação do Haiti, da construção de uma imprensa "alternativa" ao soerguimento econômico de Cuba - tudo conduzido pelo Estado.

Com a ruína desse modelo, a oposição popular ao governo tem a corrupção como alvo, mas revela também uma profunda desconfiança do papel econômico do Estado, a ponto de alguns analistas a verem como réplica do movimento Tea Party, uma ala radical do Partido Republicano nos EUA. Se olhamos um pouco mais longe, para o colapso do socialismo, vamos encontrar algo mais parecido com a realidade nacional. Foi muito bem expresso por um ministro húngaro na aurora da reconstrução pela via capitalista: no passado havia uns fanáticos que diziam que o Estado resolve tudo, agora aparecem outros dizendo que o mercado resolve tudo.

Além da corrupção, sobrevive ainda uma expectativa num Estado bálsamo, que cura todas as dores, resolve todos os problemas, traz de volta as pessoas amadas. É compreensível que surja uma resistência apontando para um Estado mínimo e que as esperanças se reagrupem em torno do mercado.

O que resultará disso tudo ainda é muito nebuloso. Tenho consciência de escrever sentado numa cadeira ejetável. Mas, e daí? Quando você mostra que a experiência do governo petista se esgotou, muitos protestam. Com que ideias vão dinamizar a nova fase? Com que grana vão inventar um novo ciclo de bondades balsâmicas?

Se Dilma sobrevive como um fósforo frio, isso é só um problema imediato. É hora de começar a desvendar o futuro. Não tenho dúvida de que todos os exageros, os erros patéticos, a arrogância, a desmesura, tudo será cobrado até que se restabeleça um certo equilíbrio

Viveremos o teatro fúnebre de um governo que não é mais governo, de uma esquerda oficial petrificada, de jornalistas de estimação analisando minúsculos movimentos mentais de um poder lobotomizado. Como diz um personagem de Beckett, acabou, acabamos. Resta ao governo sonhar com um domingo ideal em que, finalmente, voltadas para suas atividades normais, as pessoas o esqueçam. Imagino a discreta festa palaciana: mais um domingo, ninguém se lembrou de nós, viva!
Herculano
24/04/2015 14:31
DEU ZEBRA. DECIDIDAMENTE O PT ESTÁ COLHENDO O QUE PLANTOU. QUAL A MANCHETE DESTA MANHÃ QUE ABAFA O PETROLÃO? ITÁLIA AUTORIZA EXTRADIÇÃO DE HENRIQUE (OU SERIA CELSO?) PIZZOLATO, CONDENADO NO MENSALÃO

O conteúdo é do jornal Folha de S. Paulo. O texto é de Graciliano Rocha. O governo da Itália decidiu nesta sexta-feira (24) extraditar o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.

Ele fugiu para o país europeu, onde entrou com o passaporte de um irmão morto há mais de 35 anos, para evitar ser preso no Brasil, mas foi localizado e preso no início de fevereiro de 2014 em uma operação da Interpol em Maranello, norte da Itália, por uso de passaporte falso.

A decisão do governo Matteo Renzi já foi comunicada, por canais diplomáticos e da Interpol, ao governo brasileiro. Não cabe mais recurso. Após a comunicação oficial ao governo brasileiro, que deve ocorrer ainda nesta sexta (24), via chancelaria dos dois países, o Brasil terá 20 dias para transferi-lo.

Uma equipe da Polícia Federal deverá ser mandada à Itália para acompanhar o petista na viagem de volta. Pizzolato está preso desde fevereiro na penitenciária Sant'Anna, em Módena.

É a primeira vez que a Itália extradita um cidadão nacional para o Brasil.

A decisão do governo italiano pôs fim a uma intensa especulação de que a Itália poderia dar o "troco" pelo caso do ex-terrorista Cesare Battisti, cuja extradição foi negada pelo governo Lula em 2010, e encerra também uma novela com quase vinte meses de duração.

DERROTA E VITÓRIA
O processo de extradição começou com uma derrota para o governo brasileiro, já que o pedido havia sido negado na primeira instância da Justiça italiana, que alegou razões de segurança à vida de Pizzolato, colocando-o em liberdade no final de outubro (ele estava preso desde fevereiro).

O governo do Brasil recorreu à Corte de Cassação, o mais alto tribunal da Itália, que acolheu as garantias oferecidas de que ele não seria submetido a tortura nem que sua vida correria risco em uma ala do complexo penitenciário da Papuda (DF), argumento usado por sua defesa para tentar evitar a extradição.

A Papuda foi um dos três presídios apresentados pelo governo brasileiro como locais para o petista cumprir a pena.

Ele foi preso novamente após essa decisão, mas a palavra final, política, cabia ao ministro da Justiça, Andrea Orlando, decidir a conveniência e o interesse do Estado italiano em seguir ou não a sentença da mais alta corte. Orlando a seguiu.

O argumento do governo brasileiro para conseguir extraditar Pizzolato foi baseado na chamada teoria da concretude do risco -isto é, ao mesmo tempo em que o país admite que há problemas no sistema carcerário de maneira geral, convenceu que, no caso específico do condenado, ele não vai correr risco ao cumprir a pena no mesmo pavilhão da Papuda onde outros mensaleiros estiveram presos.

Pizzolato passou a ser considerado foragido em 15 de novembro de 2013, quando o ministro Joaquim Barbosa emitiu a ordem de prisão dos condenados do processo do mensalão. O petista havia fugido dois meses antes para a Itália com documentos em nome de Celso Pizzolato, seu irmão morto em 1978, e passou a viver com os documentos em nome dele.
jonatas
24/04/2015 13:51
Boa tarde, em resposta ao Sr Almir , conforme toda a região amigo as campanhas teve inicio nos dia 22 e 23 assim como a nossa campanha também se iniciou dia 23, e meu nome é JONATAS JACO OK e o sobrenome do Fabrício é PEREIRA E não oliveira , e em 2008 fomos ajudados sim e muito por todo o brasil e as doações não vieram em uma semana , foram meses chegando doações , então é valido sim nossa contribuição e se você não tem interesse em ajudar na campanha opção sua , lembrando que as doações irão sim a uma semana após á tragédia, provavelmente juntamente com as doações da cidade de Gaspar que também vão a uma semana após a tragédia mandar as suas , então caro leitor só o fato de ter a iniciativa já demostra uma solidariedade .
sidnei luis reinert
24/04/2015 12:29
A delação premiada de Lula?


https://www.youtube.com/watch?v=Iulst57kXac

No site oficial do Palácio do Planalto, um trecho do discurso do presidente Lula durante cerimônia de assinatura de contratos para implantação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) em Itaboraí (RJ): confissão de incompetência no planejamento e gestão da coisa pública, causando prejuízos à Petrobras e à sociedade brasileira, com corrupção, superfaturamentos e aditamentos criminosos de contratos.
sidnei luis reinert
24/04/2015 12:19
PARECE PIADA MAS NÃO É:

De Ronaldo Caiado:

O Estado brasileiro pode confiar na Bolívia para um empreendimento de R$ 15 bilhões do lado de lá da fronteira? É essa a pergunta-chave que desejo fazer em breve aos ministros de Minas e Energia e das Relações Exteriores em audiências aqui no Senado. Evo Morales se provou um sujeito de confiança para fazermos acordos dessa magnitude? Que tipo de política externa é essa onde a Petrobras tem seus campos de produção tomados de assalto pelo governo local e nossa resposta é bancar uma usina que pretende fornecer toda a energia elétrica consumida na Bolívia para ficarmos com o excedente? Só mesmo na cartilha do Foro de São Paulo, que é quem pauta o PT, para entender essa caridade que o governo brasileiro tem feito com seus vizinhos bolivarianos. É a prova perfeita da tese de que o Estado brasileiro operado pelo PT é hoje o grande financiador dos governos e partidos de esquerda da América Latina.

http://www.valor.com.br/internacional/4019596/brasil-discute-hidreletrica-de-r-15-bi-com-bolivia
Justiceiro Ilhotense
24/04/2015 11:47
Ilhota em chamas! Inacreditável, pelo que soube e que vi o ofício da prefeitura com os esclarecimentos, foi com o valor de 81.421,61 e foi colocado na página impressa 81.4421,61 sobre a Mercolux.
E agora Herculano? Vocês podem errar mais a prefa de ilhota não?
E sobre erros de digitação? A balança sempre pende para o que queremos né...
Abrir incêndios por nada, francamente...
Almir ILHOTA
24/04/2015 11:24
HERCULANO

Incompetentes e insensiveis, assim pode ser chamado o governo de DANIEL e sua turma, incompetentes pelas mazelas que vivemos no dia a dia de nossa cidade e insensíveis porque passado quase uma semana da tragédia de xanxere não houve nenhum movimento para arrecadar donativos para os atingidos daquela cidade. Será que a TATIANA ¨bocuda¨REICHART esqueceu o quanto os seus baus foram ajudados em 2008 pela solidariedade do povo brasileiro, e nosso cordenador da defesa civil JONATAN JACÒ o que faz a frente dessa pasta, acredito que é só mais um preenchendo vaga, junto com seu cunhado vereador FABRICIO OLIVEIRA, e seus irmãos nos mais diversos cargos desta municipalidade. LAMENTAVEL.
Lucas dos Santos
24/04/2015 10:03
Indignado!

A falta de respeito à comunidade, devido as ausências dos vereadores nas ultimas sessões por motivo fútil, seria corrigido se fosse DESCONTADO, do salário. Tratando esses levianos, ardilosos do dinheiro público como merecem! Afinal aqui no mundo dos normais existe uma tolerância de minutos para chegar ao trabalho, depois isso é menos dinheiro no bolso. Não compareceu? FALTA!

Três sessões????? O Marcelo, deve ter um caso de amor ou de dinheiro com esse deputado que promove tantas reuniões e audiências.

Venha se fazer presente no cargo que está sendo pago para desempenhar!!!!!




Herculano
24/04/2015 09:56
TUCANOS JÁ DESCONVERSAM SOBRE IMPEACHMENT, por Cláudio Humberto na coluna que ele publicou hoje nos jornais brasileiros

Inseguros quanto ao crime de responsabilidade fiscal já apontado pelo Tribunal de Contas da União, os tucanos começam a desembarcar da proposta de impeachment de Dilma. As chamadas "pedaladas fiscais", que constituem crime, ocorreram no primeiro mandato da atual presidente, mas o cauteloso senador Álvaro Dias (PSDB-PR), por exemplo, considera que a oposição "tem que ser responsável".

Deputados insistem
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) alfineta senadores tucanos, dizendo preferir que a defesa de Dilma fique a cargo dos aliados dela.

Empurra
O impeachment tramitaria na Câmara, mas os senadores do PSDB acham que o Supremo Tribunal Federal é que deve abrir o processo.

Muita calma
O senador Aécio Neves acha que o melhor caminho é preparar o parecer e, com o fato jurídico embasado, aguardar o clamor das ruas.

Convença-me
Deputados tucanos se reúnem nesta sexta com o ex-presidente FHC, contrário ao impeachment. Senadores não devem ir ao encontro.

ENCONTRO ENTRE CUNHA E KASSAB RACHA PMDB
Parlamentares ligados a Renan Calheiros acusam o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de fazer um "jogo duplo" para enfraquecer o senador alagoano. O PMDB de Calheiros desconfia do encontro quase secreto que reaproximou Cunha do ministro Gilberto Kassab (Cidades), dono do PSD. A turma de Renan diz que o deputado cedeu ao jogo do Planalto para desmontar a hegemonia do PMDB no Congresso.

Deu certo
Após várias derrotas do Planalto pilotadas por Eduardo Cunha e Renan Calheiros, Dilma designou o vice Michel Temer para rachar a dupla.

Primeiro acordo
O café entre Cunha e Kassab não estava na agenda. Após a reunião "secreta", o PSD votou favorável à terceirização, como Cunha queria.

Histórico
O PSD de Kassab foi o eleito de Dilma para diluir o poder do PMDB, motivo da irritação de Eduardo Cunha com o governo e com o ministro.

Briga é no PMDB
O Planalto avalia que Renan Calheiros cogita engavetar o projeto da terceirização mais para sacanear o rival Eduardo Cunha do que para adular Dilma. Ambos querem ser o interlocutor do PMDB no governo.

Vexame insepulto
Um ano após o erro no Ipea, quando o ex-diretor Rafael Guerreiro divulgou que 65% dos brasileiros apoiariam ataques a mulheres que mostram o corpo, o instituto ainda não empossou um substituto.

Mexendo no bolso
Vários deputados federais não levaram a sério as advertências do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e se surpreenderam com o desconto das faltas a votações. Ficaram furiosos.

Faltou, descontou
O presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), faltou a votações porque estava enrolado nos trabalhos da comissão, mas não foi perdoado: descontaram-lhe R$ 7 mil dos vencimentos.

Petrobras no Senado
O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, foi intimado a comparecer terça (28) na Comissão de Infraestrutura do Senado, presidida por Garibaldi Alves (PMDB-RN), para falar sobre o afano que encontrou.

Adido fantasma
Katia Abreu (Agricultura) jura que nada sabe sobre o adido agrícola à embaixada do Brasil em Moscou. O camarada não aparece há um ano e meio na superintendência de Agricultura na Bahia, onde está lotado.

José Sarney, 85
O ex-presidente e ex-senador José Sarney completa 85 anos nesta sexta-feira (24). Ele não aceitou qualquer comemoração, exceto na intimidade da família, e decidiu permanecer em Brasília.

União caloteira
O tucano Beto Richa achou culpado pela pindaíba do Paraná. Acusa o governo federal de aplicar calote em R$ 1,4 bilhão no Estado. O governador diz que, só na Saúde, o cano chega a R$ 520 milhões.

Lá e cá
A Europa triplicou os recursos para patrulhar o Mediterrâneo e evitar morte de africanos que fogem de ditaduras e da fome. No Brasil, o que triplicou foi a falta de vergonha do fundo partidário.
Herculano
24/04/2015 08:55
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

E sogra? Sogra declara como dependente ou ônus? Declara como carma! Sogra em casa é pior que assombração! Declara sogra como assombração! Rarará!

E esta: "Situação em 31/12/2014": bêbado! Como todo brasileiro em 31 de dezembro, bêbado.

E um amigo preencheu assim o quesito "Situação em 31/12/2014": "Crítica! Virgem Santa! Cruz Credo!". E uma amiga preencheu assim o quesito sexo: "uma vez só, em Porto Seguro!" Rarará!

E eu já disse que os impostos no Brasil não são altos. Nós é que somos baixos! Rarará! É mole? É mole, mas sobe!
Herculano
24/04/2015 08:51
PAIXÕES ESCRAVAS, por Reinaldo Azevedo para o jornal Folha de S. Paulo

O mal dos companheiros do PT consiste em acreditar que o Estado pode ser mais eficiente do que a sociedade

A Petrobras teve um prejuízo em 2014 de R$ 21,587 bilhões. O espeto da corrupção, segundo os valores admitidos pela empresa - não se trata de contrapropaganda da oposição -, ficou em R$ 6,194 bilhões. Os ativos sofreram uma correção para baixo de R$ 44,345 bilhões. E, ora vejam!, nada disso era necessário; nada disso era parte de uma ordem inexorável, sem a qual não haveria amanhã.

Esses rombos não pertencem à natureza das coisas, a exemplo da lava de um vulcão, que vai crestando o jardim de Deus e todo o engenho humano, já que as entranhas da Terra não reconhecem nossas precárias delicadezas. Levar a Petrobras à lona decorreu de um plano, de uma decisão, de uma deliberação.

Arranjar os números para que uma empresa possa assimilar um desaforo de mais de R$ 6 bilhões decorrentes apenas do "custo corrupção" não tem paralelo na história do capitalismo. O que se viu na Petrobras, registre-se, capitalismo não é.

É evidente que as responsabilidades individuais e partidárias devem ser buscadas e que os envolvidos em tramoias têm de arcar com o peso de suas escolhas. Mas estou mais interessado na criação de um sistema que cerque as margens de erro e de safadeza - para que os desmandos não voltem a ocorrer - do que em cortar cabeças, ainda que eu não vá chorar por aquelas que eventualmente rolarem.

O passado da Petrobras é matéria da Justiça, mas o futuro da empresa é matéria de eficiência. É apreciável o propósito de ser justo, e quero na cadeia os ladrões. Mas é uma questão de sobrevivência fazer as escolhas certas. Pode-se praticar justiça mesmo na hora final, como no Armagedom, mas isso não basta para construir amanhãs. Só a moral ilibada não traz o petróleo à flor da terra a um custo aceitável.

Aquela que já foi a maior empresa brasileira encerrou o ano passado com uma dívida de R$ 351 bilhões, o que aniquila seu planejamento estratégico. É evidente que também a teia de incompetência, ideologia e mistificação em que foi enredada tem de ser destruída.

Não estamos numa tertúlia a opor guelfos e gibelinos, estatistas e privatistas, liberais e desenvolvimentistas. Todos os absolutos se tornaram obsoletos diante da evidência matemática de que ativos terão de ser vendidos e de que a empresa não pode continuar com a incumbência de ser a parceira obrigatória na exploração do pré-sal. Não há dinheiro para isso.

O misto de má-fé e de má-consciência do petismo contribuiu, sim, para levar a Petrobras à lona, mas é importante termos claro que os valentes teriam quebrado a empresa ainda que fossem puros como as flores. O mal desses caras não está apenas naquela longa franja ética que os leva a pregar uma coisa e a fazer outra. O mal dos companheiros - este, sim, um valor absoluto - consiste na crença de que o Estado pode ser mais eficiente do que a sociedade. Ou por outra: como hipótese ao menos, pode até existir petismo inocente - não creio -, mas jamais existirá um petismo virtuoso.

Informa o Datafolha que 61% dos entrevistados são contrários à privatização da Petrobras. Segundo Oscar Wilde, todo homem mata aquilo que ama. É um gesto de terrível altanaria senhorial. O sentimento moralmente escravo faz o contrário: ama aquilo que o mata.
Herculano
24/04/2015 08:41
JUCÁ: PARTIDOS QUERIAM QUINTUPLICAR SUAS VERBAS, por Josias de Souza

Relator do Orçamento da União de 2015, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) está sob bombardeio por ter triplicado as verbas destinadas ao fundo partidário, elevando-as de R$ 289,5 milhões para R$ 867,5 milhões. Abandonado na trincheira, ele decidiu, por assim dizer, entregar seus cúmplices. Disse ter tonificado essa rubrica "a pedido de todos os partidos." Contou que, se dependesse dos dirigentes das legendas, o valor teria sido quintuplicado, subindo para R$ 1,48 bilhão.

"Os partidos pediram R$ 1,2 bilhão a mais", declarou Jucá na tribuna do Senado. "Eu, como relator, entendi que deveria fazer um acréscimo de R$ 500 milhões." Em verdade, a adição providenciado por Jucá foi de R$ 578 milhões. Em tempos de Lava Jato, o senador deu a entender que os colegas foram a ele de pires na mão porque as fontes privadas secaram.

"Estavam todos apavorados. Não havia recursos para que os partidos pudessem funcionar neste ano. Por conta de várias questões políticas, as doações empresariais cessaram."

Esse tema ganhou as manchetes depois que Dilma Rousseff sancionou o Orçamento sem vetar o fundo partidário turbinado. Politicamente debilitada, a presidente foi generosa com os partidos num instante em que seu governo se prepara para anunciar cortes bilionários nos gastos e investimentos previstos no Orçamento que acaba de ser sancionado.

A senadora Ana Amélia (PP-RS), que se opõe à elevação do fundo partidário, brincou com o descoforto de Jucá. Disse que os partidos o deixaram "pendurado no pincel." Jucá reiterou: "a solicitação foi de todos os partidos". E a senadora: "Vossa Excelência matou a bola no peito e agora recebe uma bola pelas costas. Está pagando o preço de uma conta que não é só sua, é uma conta que deve ser compartilhada com os dirigentes partidários."

Discursando antes de Jucá, o senador Regufe (PDT-DF) caprichara nas críticas à benevolência do colega para com os partidos. Em resposta, Jucá dedurou o presidente do partido do orador rival. "Respeito a posição do senador Reguffe, mas ele deve cobrar do presidente [do PDT, Carlos] Lupi, que mandou um ofício por escrito pedindo R$ 1,2 bilhão. Se o partido não quiser receber o recurso, ele o devolve. Ninguém é obrigado a gastar, não!"

Num aparte ao pronunciamento de Jucá, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) deu o braço a torcer: "Eu acho que nós erramos coletivamente e precisamos fazer o mea-culpa." Para Ferraço, faltou sensibilidade ao Congresso e também à presidente, que não exerceu o seu poder de veto.

Ferraço empilhou as razões que os congressistas e Dilma ignoraram, todas relacionadas aos "sacrifícios sem precedentes" que a conjuntura impõe aos brasileiros: a inflação alta, a elevação do desemprego, o balanço ?estarrecedor? da Petrobras? "O ambiente é de muita icerteza, é de manifestações impopulares. O Congresso errou. Eu faço o meu mea-culpa. E errou a presidente Dilma em não vetar, porque um erro não justifica o outro."

Jucá não se deu por achado. "Nós temos um orçamento de R$ 1,4 trilhão. O governo acaba de crescer R$ 26 bilhões em receita, e eu digo com muita tranquilidade que não serão R$ 500 milhões, cortando-se o funcionamento pleno dos partidos, que vão resolver o problema do país. Pelo contrário, eu acho que o problema do país se resolve pela política, resolve-se pela afirmação política, resolve-se com o funcionamento pleno dos partidos."

O relator do Orçamento disse recear que os críticos passem a mirar acima do fundo partidário. "Daqui a pouco, alguém vai dizer: 'Quanto custa o Congresso? Vamos fechar o Congresso porque é uma economia que se vai fazer?" Defensor do financiamento privado das campanhas, Jucá enxergou na reação à mexida que fez no Orçamento uma evidência de que o brasileiro não aceita eleições bancadas com verbas públicas.

"Fizemos as contas. Se o financiamento público de campanha passar, o que vai haver no fundo partidário serão R$ 6 bilhões para campanha. E não acredito que a maioria da sociedade brasileira concorde em tirar R$6 bilhões da educação, da saúde, da mobilidade urbana, do Minha Casa, Minha Vida, para colocar em fundo partidário para financiar candidatura de ninguém."
Herculano
24/04/2015 08:30
PARTIDOS SEM FUNDOS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

A ampliação do fundo partidário pelo Congresso começou como impertinência e já vai se transformando numa confusão com lances cada vez mais patéticos. No centro da farsa, encontra-se o PMDB.

Partiu do relator do Orçamento 2015, senador Romero Jucá (PMDB-RR), a iniciativa de aumentar o fundo de R$ 289,5 milhões para R$ 867,5 milhões (95% dos quais a serem partilhados entre 28 legendas representadas no Congresso; os 5% restantes se dividem entre todas as agremiações existentes).

A presidente Dilma Rousseff (PT) poderia ter vetado a cifra triplicada; não o fez. Teria sofrido forte pressão, acredita-se, das hostes petistas em pânico pela estiagem do manancial das empreiteiras ora implicadas na Operação Lava Jato.

Esses foram os atos iniciais, de uma temeridade dramática. Ambos os protagonistas, afinal, estão submetidos à inevitabilidade de um ajuste nas contas do governo que deve lançar o país na recessão.

Diante de tamanho aperto, uma despesa adicional superior a meio bilhão de reais nada tem de desprezível. A não ser, talvez, para o vice-presidente da República, o também peemedebista Michel Temer.

"Prejudicar o ajuste fiscal não prejudica", afirmou o vice em visita a Lisboa, após seu partido sugerir a Dilma vetar o novo valor. "O PMDB teve essa preocupação, tendo em vista o ajuste fiscal. Mas as importâncias, penso eu, não são tão significativas, mas são relevantes para a atuação partidária."

Ou seja, um mesmo partido propõe aumentar a verba e depois pede que o valor seja vetado, apesar de não considerá-lo exorbitante. Temer, contudo, foi além: disse que parte dos recursos poderia ser contingenciada pelo Planalto.

Entra em cena mais um peemedebista, Renan Calheiros (AL), presidente do Senado. Critica Dilma por anunciar cortes nos fundos aprovados, que deveria ter vetado.

Erram os dois. Calheiros, ao atacar a presidente por proposta feita em realidade pelo correligionário; Temer, porque o fundo partidário é despesa obrigatória, não pode ser contingenciada - o vice diz agora que o PMDB cogita devolver até 25% do que lhe caberia.

Parece inacreditável, mas esse é o espetáculo real em cartaz na capital do país. E esse é o partido com os atores mais profissionais disponíveis em Brasília.
Herculano
24/04/2015 08:27
da série: como o PT trabalha para desmoralizar juízes e a Justiça eu não os serve aos seus interesses

CASO MARICE PÕE EM XEQUE PRISÃO DE VACCARI, por Paulo Moreira Leite

Parte 1

Imagem errada da cunhada de Vaccari simboliza uma investigação feita sem isenção, onde os suspeitos só podem confessar, delatar ou apodrecer

É certo que o juiz Sérgio Moro, que autorizou a prisão de Marice Correa Lima, a cunhada do tesoureiro do PT João Vaccari Neto, ficou devendo um pedido formal de desculpas a prisioneira. Marice ficou presa por 6 dias, em Curitiba, sem que houvesse um fiapo de prova contra ela.

Pode-se perguntar, será que o Conselho Nacional de Justiça, que tem a missão de zelar pela atuação dos juizes, irá examinar o comportamento de Moro?

Também pode-se perguntar por alguma providência junto ao Ministério Público, que fez o pedido de prisão e tentou até manter Marice na cadeia num regime mais duro.

Será que o Conselho Nacional do MP irá debater o assunto? Poderá extrair algum ensinamento desse episódio?

Assistiu-se, neste caso, a uma demonstração de desrespeito pelos direitos humanos mais elementares, em especial pela regra que ensina que toda pessoa é inocente até que se prove o contrário.

Depois de todas essas ressalvas, deve-se reconhecer que vivemos uma situação tão absurda, tão estranha, que Marice pode ser considerada uma pessoa de sorte.

Ela ficou presa por seis dias, na sede da Polícia Federal, em Curitiba, como suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobrás, com base numa prova grotesca: imagens de um vídeo de uma máquina bancária na qual faria depósitos clandestinos para sua irmã, Giselda, casada com Vaccari.

O escabroso encontra-se na imagem, sabemos agora: a pessoa que é retratada, fazendo depósitos num caixa eletrônico, simplesmente não é Marice.

É a própria Giselda, a mulher de Vaccari - e essa descoberta, clamorosa, absurda, mudou a história de Marice. Também coloca dúvidas sobre a prisão do próprio Vaccari, como você poderá ler mais adiante.

Sem a imagem errada, ela ficaria presa por mais quatro dias, como já fora resolvido por Sérgio Moro, prorrogando seu regime de prisão temporária. Quem sabe acabaria presa por meses, como acontece com a maioria dos primeiros detidos da Lava Jato, que desde novembro foram entregues a carceragem, onde enfrentam a alternativa de confessar e deletar, ou apodrecer.
Herculano
24/04/2015 08:26
da série: como o PT trabalha para desmoralizar juízes e a Justiça eu não os serve aos seus interesses

CASO MARICE PÕE EM XEQUE PRISÃO DE VACCARI, por Paulo Moreira Leite

Parte 2

Longe de uma atuação equilibrada, que ouve as partes, pondera e analisa os pontos da defesa e da acusação com igual boa vontade, pondera, o que prevalece aqui é a vontade de punir e punir.

Marise só conseguiu livrar-se da prisão porque as cenas gravadas pela máquina eletrônica constituem um flagrante técnico, insubstituível, único e vexaminoso.

Como tantas pessoas ouvidas na Lava Jato, Marice foi levada para prestar depoimento e, embora tivesse explicado cada uma das acusações, não lhe deram crédito algum. Suas negativas foram vistas como falta de disposição para colaborar. A segurança nas respostas, como agravante: prova de sangue frio.

Ela saiu do interrogatório para a cadeia. Ninguém achou muito estranho - pois as cenas da Lava Jato são assim mesmo.
Como se estivesse preparando o que iria acontecer, dias antes o líder do PSDB Carlos Sampaio aproveitou uma sessão da CPI do Petrobras - aquela dos roedores - para falar da cunhada de Vaccari em termos ofensivos.

Nos últimos dias, uma revista chegou a escrever que "de acordo com as investigações, Marice operava uma central de propinas em casa."
Um jornal disse que havia a "suspeita" de que ela de que estivesse "foragida". Sua presença no Panamá, como uma das responsáveis pelo trabalho administrativo de um congresso da CSA, Central Sindical das Américas, foi apresentada como cascata. Bastava um ligação por DDI e uma consulta ao Google para saber que se trata de uma das principais centrais sindicais do mundo, nascida em 2008, fundada com apoio da CUT, liderada militantes de vários países, inclusive dos Estados Unidos.

Quando a prisão temporária estava para vencer, o Ministério Público entrou com pedido para que sua permanência na cadeia fosse transformada em prisão preventida, que pode ser mantida por tempo indeterminado. Os procuradores escreveram: "Tudo indica que Giselda [mulher de Vaccari] recebe uma espécie de 'mesada' de fonte ilícita paga pela investigada Marice, sendo que os pagamentos continuam sendo feitos até março de 2015. Nesse contexto, a prisão preventiva de Marice é imprescindível para a garantia da ordem pública e econômica, pois está provado que há risco concreto de reiteração delitiva".

Juristas experientes sabem que acusações genéricas como ?perigo para a ordem pública? costumam encobrir a falta de fatos concretos e provas contundentes. Podem até emocionar o público em determinadas conjunturas mas não alimentam o bom Direito.

São uma herança genérica da "ameaça a segurança nacional" que era o fantasma favorito da ditadura militar. Convivem melhor com o silêncio dos acusados, a falta de direitos de defesa. No Brasil da Lava Jato, um traço marcante é a falta de habeas-corpus para presos sem culpa formada - outro traço do AI-5, que começou com a suspensão do habeas-corpus.

O juiz Sergio Moro examinou o pedido do MP. Não atendeu à solicitação para mudar o regime de prisão da nova detida, mas prolongou o regime anterior.

Num despacho assinado para explicar a decisão, Moro fez questão de referir-se aos supostos depósitos de Marice para dizer: "A extensão temporal (dos delitos) assusta o juízo." Ele ainda salientou que "nem mesmo as sucessivas prisões decorrentes do andamento da Operação Lava-Jato intimidaram Marice."

A sorte de Marice é que, desta vez, não foi apenas o despacho de Moro que chegou aos meios de comunicação. O vazamento incluiu um presente envenenado, que os jornalistas não se deram ao trabalho de conferir. Disse um portal, dois dias antes da solutra de Marice:

- Câmeras de segurança de caixa eletrônico mostram Marice fazendo depósito na mesma hora em que entrou dinheiro na conta da mulher do ex-tesoureiro do PT. Ela havia negado ter feito tais operações.
Herculano
24/04/2015 08:25
da série: como o PT trabalha para desmoralizar juízes e a Justiça eu não os serve aos seus interesses

CASO MARICE PÕE EM XEQUE PRISÃO DE VACCARI, por Paulo Moreira Leite

Parte 3

Fiasco autoritário.

Um trabalho típico de quem é capaz de classificar uma senhora como perigo para a "ordem pública e econômica" mas não é capaz de distinguí-la da irmã.

Comprovado o desastre, cabe extrair algumas lições. Marice foi presa como coadjuvante de um enredo no qual João Vaccari Neto é apresentado como personagem principal, ao menos até agora.

Visto com frieza, os argumentos para soltar Marice deveriem ser reconsiderados para se avaliar a sorte de Vaccari.

A presença da cunhada na denúncia era uma tentativa de dar materialidade à visão de que ele residia no centro de um universo de propinas e verbas clandestinas que não só ajudavam alimentar os cofres do PT, mas também enriqueciam a família.

Vaccari sempre sustentou que fez seu trabalho rigorosamente dentro da lei. Sustenta por exemplo que nunca se encontrou com o doleiro Alberto Yousseff, que fazia a lavagem de recursos para o esquema - nunca foi desmentido e pelo visto não o será. Pode estar errado? Pode. Mas é preciso provar.

Quando as provas contra Marice se desfazem, é razoável perguntar por que o próprio Vaccari continua preso. Depondo hoje à tarde na CPI da Petrobras, o executivo Augusto Mendonça Neto, do grupo Toyo Setal, admitiu a existência de um cartel de empreiteiros e pagamento de propinas para diretores da Petrobras. No que diz respeito a Vaccari, contudo, por duas vezes, respondendo ao deputado Leo Britto (PT-AC) Mendonça Neto assegurou que era outra coisa: "Tenho todas as contribuições detalhadas, os comprovantes entregues, no meu depoimento (da delação premiada)."

Você pode acreditar ou não. Mas, em todo caso, deve lembrar-se de que todos são inocentes até prova em contrário. Como todos aprenderam, às vezes, até os vídeos mentem.
Herculano
24/04/2015 07:58
ENTRE GRAÇA E BENDINI SUMIRAM 42% DAS PERDAS, por Josias de Souza

Há três meses, ainda sob a presidência de Graça Foster, a Petrobras informara que precisaria dar baixa em R$ 88,6 bilhões dos seus ativos para compensar as perdas decorrentes da corrupção e dos equívocos gerenciais. Agora, comandada por Adelmir Bendini, a estatal esclarece que as perdas somam R$ 50,8 bilhões.

Quer dizer: num intervalo de 90 dias, evaporaram dos registros contábeis R$ 37,8 bilhões em perdas - ou 42% do total estimado em janeiro. Tudo na Petrobras é superlativo. A estatal consegue ser amazônica até na criatividade matemática.

Se você acompanha o vaivém da contabilidade da Petrobras e consegue manter a cabeça no lugar, você provavelmente está mal informado. Há sempre a possibilidade de confiar piamente nos dados mais recentes. Mas, se você fizer isso, depois não vai poder piar.
Herculano
24/04/2015 07:40
TUDO FALSO

O que está na faixa de entrada da Câmara de Gaspar e que pode ser lido parcialmente na foto realidade que está na coluna de hoje? INTERESSE PÚBLICO E RESPEITO À COMUNIDADE EM PRIMEIRO LUGAR

Ou seja, é para rir ou para chorar? Quando vamos mudar esta realidade?

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