Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

12/05/2015

UM NOME I

A vereadora (e professora licenciada) Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, conversou comigo por telefone sobre o teor da coluna da sexta-feira. Diz ela que a minha opinião não a agradou e nem a desagradou. Também nem poderia. A coluna não foi feita com nenhuma das duas intenções. Foi um diagnóstico particular de quem não possui interesse no desfecho do assunto. Mas, as controvérsias geradas por essa opinião bombaram na área de comentários da coluna na internet e principalmente na página do Facebook da vereadora, onde ela, de forma corajosa e transparente, postou o artigo para compartilhar com os amigos. 

UM NOME II

Da conversa depreendi o seguinte. Andreia continua vereadora e o que faz, segundo ela, não tem a intenção oculta ou deliberada de ser candidata a prefeita. ?Faço o meu papel e procuro fazer bem feito pela comunidade?. Entretanto, sem ser absolutamente clara, a vereadora não descarta qualquer possibilidade. Andreia acha muito cedo para discutir as eleições de 2016. O que está certo na cabeça e planos dela é de não ser vice de ninguém.

UM NOME III

Andreia, neste momento, está convicta de que não deve emprestar votos, nome e credibilidade para quem não a possui ou não está construindo essa premissa fundamental para uma disputa majoritária municipal. A traição feita pela bancada do PT, do PP de José Hilário Melato, com a ajuda do PMDB que estava fora do acordo, para tomar a presidência da Câmara e que lhe foi jurada e prometida, está muito viva nas lembranças e aprendizado. Ingênua, acreditou em homens e políticos. Certo, por enquanto, Andreia quer ser candidata ao segundo mandato para vereadora.

MENOS IMPOSTOS I

fotopg7herculanocpiaGG.jpgO péssimo e incoerente exemplo da administração de Gaspar. Dos gasparenses ela quer cada vez mais, impostos. Aumenta o perímetro urbano, inventa taxas derrubadas na Justiça... Mas, veja esta. Depois de comprar muitos carros, caminhões e máquinas, a prefeitura resolveu alugar muitos outros.  O pregão 18/2015 feito em março foi atrás de dezenas de carros de passeio. Coisa concorrida. Sete empresas participaram. Duas ganharam: a Rivel, de Brusque que ofereceu um tipo de veículo a R$1.200,00 por mês e a KMJ, de Itajaí, outro tipo a R$1.499,00 mensais.

MENOS IMPOSTOS II

Os carros alugados pela prefeitura e pagos com os impostos dos gasparenses não pagam IPVA em Gaspar. Estão emplacados em Brusque, como mostra a foto do pátio onde estão à disposição dos funcionários daqui. E o vereador Giovano Borges, PSD, amigo do poder, ingênuo, tentou até propor uma campanha ao Executivo para os gasparenses que moram aqui e trabalham em outras cidades emplaquem seus carros aqui, para que parte do IPVA ficasse na cidade. Ingênuo. Com o aluguel de veículos de placas de outras cidades, o PT mandou uma banana para todos os gasparenses. Casa de ferreiro, o espeto é de pau. Acorda, Gaspar!

CARTAS MARCADAS

Hoje cedo é dia de reunião ordinária do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Gaspar. A promotora Mônica Lerch Lunardi devia se interessar. A pauta é extensa. O pessoal do PT e da prefeitura, que a tudo aparelha e instrumentaliza na cidade, armou-se para enfrentar a realidade e a própria promotoria. E começa com a eleição da presidência do CMDCA. A vez é de um não governamental, mas se trabalha por gente ?recomendada?. A diminuição da exigência da escolaridade dos candidatos a membros do Conselho Tutelar pode voltar à discussão. O outro assunto complicado entre muitos, é aquele corte mandraque da verba do FIA para o pessoal da dança. O corte possui traços de vingança a quem faz sucesso. 

TRAPICHE

De um leitor nos comentários que postou na coluna líder de acessos na internet: ?A presidente Dilma Vana Rousseff, PT, tem um novo apelido: Menina Maluquinha. É que a panela não sai mais da cabeça dela?, numa referência aos panelaços e do qual não escapa nem em casamentos de médicos amigos do Sírio Libanês, onde sempre escapam do SUS que é reservado ao povo. Em São Paulo ela foi chamada de ladra pelos manifestantes. 

Luiz Henrique da Silveira, blumenauense, 75 anos, foi líder estudantil em Florianópolis, fez de Joinville a cidade para o sucesso profissional (advogado) e político. Foi prefeito, deputado estadual, federal, governador, e era senador. Mas falhou. Foi um exímio articulador, mas não fez e não permitiu um sucessor. 

Se o PMDB de Santa Catarina é o que é, deverá sempre agradecer a LHS. Com todos os defeitos que ele tinha, sempre foi um aglutinador para preservar o poder. Mas, se o PMDB se desintegrar com a sua ausência, também terá que apontar para LHS e os que o sugaram. 

O PMDB corre um sério risco de ficar fraco e ser um coadjuvante na política catarinense. Luiz Henrique não possui sucessor, e talvez seja um dos seus grandes defeitos que legará. 

A marca mais clara de que ao PMDB catarinense lhe falte um líder, foi a infeliz declaração do presidente do partido e vice-governador Eduardo Pinho Moreira há duas semanas, de que não mandaria nada no governo de Raimundo Colombo, PSD, onde notoriamente, o PMDB manda mais do que o próprio Colombo e por isso, faz um governo pífio.  

LHS, diante do desastre produzido por Pinho Moreira, dedicou a semana passada a costurar uma saída para a infeliz declaração, como revelou o ex-secretário de Luiz Henrique, Derly da Anunciação, executivo oriundo da RBS Florianópolis. 

Deve-se à gestão de Luiz Henrique de unir os distantes, inoportunos e incompetentes, a criação das tais secretaria de Desenvolvimento Regionais, um cabideiro de políticos sem votos. 

Dalírio José Beber, 66, nascido em Massaranduba, já foi candidato a prefeito de Blumenau, é eminência parda do governo de Napoleão Bernardes, presidente do PSDB estadual. Ele é fruto destas armações de LHS feitas de unir os improváveis para se ter poder. 

Homem de reconhecida sorte. Dalírio agora será senador de Santa Catarina como o primeiro suplente de LHS. Blumenau já teve senador Evelásio Vieira, o Lazinho (Gaspar), e Jaison Tupi Barreto (Laguna), ambos do antigo MDB. 

O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt era tão MDB e depois PMDB e Luiz Henrique da Silveira, que batizou um dos filhos de Luiz Henrique. O destino fez que LHS tomasse muita distância de Adilson e Adilson, desiludido, distância do PMDB (que ainda não saiu dele). Agora, Adilson quer sair da política, mas não consegue.  

Edição 1686

Comentários

Herculano
14/05/2015 21:08
HEROI? COMO TUDO ESTÁ DETERIORADO. O NORMAL PASSA SER EXCEPCIONAL

Aos gritos de "Fora, PT" e segurando cartazes com frases como "Je suis Moro" e "Fora, Dilma", manifestantes aplaudiram o juiz federal Sérgio Moro, em sua chegada à Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, para o lançamento do livro "Bem-vindo ao Inferno", nesta quinta-feira (14).

Na obra, os jornalistas Claudio Tognolli e Malu Magalhães contam a história da estilista Vana Lopes, uma das vítimas do ex-médico Roger Abdelmassih. Moro assina o prefácio da obra. Ele foi ao evento com a sua mulher, Rosangela Moro
Herculano
14/05/2015 17:33
LAVA JTO: MP DENUNCIA VARGAS, ARGOLO E CORRÊA

Trio é acusado de montar esquema de propina por meio de empresas de publicidade que prestavam serviços para a Caixa e o Ministério da Saúde

Conteúdo da revista Veja. Texto de Laryssa Borges, da sucursal de Brasília. O Ministério Público Federal apresentou nesta quinta-feira à Justiça Federal do Paraná denúncia contra os ex-deputados André Vargas (ex-PT), Luiz Argôlo (SD) e Pedro Corrêa (PP). Também foi formalizada denúncia contra outras dez pessoas, entre elas os irmãos de Vargas, Leon e Milton, o publicitário Ricardo Hoffmann, a filha de Pedro Corrêa, a ex-deputada Aline Corrêa, e o doleiro Alberto Youssef. Os indícios de participação dos 13 suspeitos no escândalo do petrolão serão analisados pelo juiz Sergio Moro, que vai verificar se existem indicativos suficientes para transformá-los em réus.

Nos últimos dias, a Polícia Federal havia encaminhado ao Ministério Público indiciamento contra 22 pessoas após detectar indícios de crimes cometidos pelos os três ex-parlamentares e por pessoas presas na 11ª fase da Operação Lava Jato, etapa da investigação policial que desvendou um esquema de pagamentos de propina feito por empresas de publicidade que prestavam serviços para a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde.

Na 11ª fase da operação, batizada de "A Origem", foram presos Leon Vargas, irmão e sócio de André Vargas, Élia Santos da Hora, secretária de Argôlo, Ricardo Hoffmann, diretor da agência de publicidade Borghi Lowe em Curitiba, e Ivan Vernon Gomes, ex-assessor de Pedro Corrêa.

Atualmente, permanecem presos os três ex-deputados e o publicitário Ricardo Hoffmann.
Herculano
14/05/2015 17:28
JUIZ DA LAVA JATO REJEITA DENÚNCIA CONTRA SETE EXECUTIVOS DA OAS E DA MENDES JÚNIOR

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Operação Lava Jato, rejeitou uma denúncia do Ministério Público Federal contra sete executivos e engenheiros das empreiteiras OAS e Mendes Jr., ambas sob suspeita de terem integrado cartel em contratos bilionários da Petrobras para pagamento de propinas a políticos.

A decisão de Moro, em uma ação que possuía inicialmente 27 acusados, incluindo o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, livra os acusados de ações penais que já haviam sido instauradas a partir de denúncias criminais oferecidas pelo Ministério Público Federal.

Foram beneficiados pela medida judicial Luiz Ricardo Sampaio de Almeida, Marcus Vinicius Holanda Teixeira, Renato Vinicios de Siqueira, todos da OAS, além de José Humberto Cruvinel Resende, Francisco Claudio Santos Perdigão, Vicente Ribeiro de Carvalho e José Américo Diniz, representantes da Mendes Júnior em consórcio nas obras da Refinaria Replan (Paulínia).

Moro tomou a decisão nesta terça-feira (12), um dia depois de interrogar o engenheiro Cruvinel Rezende, da Mendes Jr. "Eu me sinto enganado", declarou Cruvinel, ao falar do contrato que assinou com a GFD Investimentos, empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef, peça central da Lava Jato - por meio da GFD, segundo os investigadores, Youssef deu fluxo a dinheiro de propinas a políticos. Em seu depoimento, Cruvinel afirmou ainda que fazia parte de sua função assinar "uma pilha" de contratos e que não tinha conhecimento que a empresa de Youssef era de fachada.

Os sete acusados, agora livres das ações penais da Lava Jato, são subordinados dos dirigentes da Mendes Jr. e da OAS nas contratações sob suspeita. O juiz considerou, a pedido dos acusados, que ainda não há justa causa para prosseguimento da ação penal, já que existem dúvidas se assinaram os contratos com dolo, isto é, com a intenção de provocar os desvios.

Na prática, os sete caem fora da ação penal já em andamento, mas podem voltar ao banco dos réus se surgirem novas provas.

"Em vista do consignado nas respostas preliminares, revejo, em benefício dos acusados e excepcionalmente, a decisão de recebimento da denúncia, rejeitando-a por falta de justa causa em relação ao elemento subjetivo doloso em relação aos acusados", decretou o juiz Sérgio Moro.
Herculano
14/05/2015 17:22
PT QUER CONVOVAR AÉCIO E AGRIPINO MAIA NA CPI DA PETROBRÁS

Conteúdo da sucursal de Brasília do jornal O Estado de S. Paulo. Em nota divulgada nesta tarde, a bancada do PT na Câmara dos Deputados anunciou que protocolará requerimentos para ouvir o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), na CPI da Petrobras.

A bancada argumenta que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa citou o PSDB em delação premiada como beneficiário do esquema de corrupção na estatal. O PT lembra que Costa disse ter repassado R$ 10 milhões para o ex-presidente do PSDB, o ex-deputado Sérgio Guerra (PE), para evitar uma nova CPI. Os petistas citam também o depoimento de Leonardo Meirelles (do laboratório Labogen e auxiliar do doleiro Alberto Youssef), que teria apontado o envolvimento de outros parlamentares do PSDB.

O requerimento pede também a convocação de Agripino com base na acusação feita pelo empresário potiguar George Olímpio, que disse ter repassado ao parlamentar R$ 1 milhão para permitir um esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular, investigado pela Operação Sinal Fechado, do Ministério Público do Rio Grande do Norte.

A estratégia faz parte de uma reação dos petistas ao requerimento apresentado pelo DEM pedindo a convocação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os deputados do PT passaram quase cinco horas em obstrução para impedir que o requerimento fosse à votação hoje.
Arara Palradora
14/05/2015 13:08
Querido, Blogueiro!

"Pergunta na Plateia" - às 06:04hs
Desejo (de coração) que LuLLa vá à Coreia do Norte assistir a uma cerimônia presidencial e durma.

Voeeeiii...!!!
sidnei luis reinert
14/05/2015 12:35

De Ronaldo Caiado:

Ontem falei da importância de cobrarmos uma posição do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, sobre o sucateamento do Itamaraty e a greve de servidores que constrange nossa diplomacia. Hoje confirmamos na Comissão que debate o tema no Senado a vinda do ministro para o dia 28. Pretendo agora me debruçar sobre a decadência de nossa imagem diplomática desde que o PT assumiu o poder e confrontá-lo sobre o papel que cabe ao ministério nesse governo. O desestímulo a uma carreira outrora prestigiada não é ao acaso: destruir a reputação centenária do Itamaraty é parte de uma estratégia que visa enfraquecer instituições que não comungam das teses bolivarianas do Foro de São Paulo. Foi assim com o setor produtivo e o processo de desestabilização financiando "amigos do rei" através do BNDES. Foi assim com os médicos e o programa de marketing político que escondeu um esquema de caixa 2 internacional entre Brasil e Cuba. E está sendo assim no meio rural com a promoção de insegurança jurídica e o estímulo a conflitos agrários. Quanto à diplomacia, essa estratégia está centrada na figura do assessor da Presidência, Marco Aurélio "Top Top" Garcia. Enquanto este senhor sem nenhuma qualificação para o tema for o porta-voz e o único interlocutor da presidente sobre política externa, o Itamaraty e seu quadro qualificado continuarão tendo mero papel figurativo em nossas relações internacionais. Precisamos de uma política externa de Estado, e não do PT.
sidnei luis reinert
14/05/2015 12:29
Mercado financeiro espalha boato sobre "prisão de Lula", enquanto rentistas faturam alto com juros


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Chats de pesos pesados do mercado financeiro espalhavam, desde ontem à tarde, um boato de que Luiz Inácio Lula da Silva poderia ser preso por ordem do juiz Sérgio Moro, depois de firmado o acordo de "colaboração premiada" da Força Tarefa da Lava Jato com o empresário Ricardo Pessoa. Tirando o desgaste do ex-Presidente, a versão sobre a prisão dele, sonhada pelos opositores, não passa de um factóide ainda distante. Lula permanece inexplicavelmente blindado e na ofensiva, enquanto os rentistas tupiniquins se comportam como "autistas", metendo o pau no desgoverno, enquanto faturam com os juros cada vez mais altos.

Tão fantasiosa quanto a "prisão de Lula" é a suporta guerra entre ele e Dilma Rousseff. O Rei do Sindicalismo de Resultados e sua Rainha promovem um evidente jogo de cena. O combinado é que Lula vai posar de opositor de medidas impopulares que a ortodoxia de Joaquim Levy obriga o desgoverno a tomar. Assim, Dilma segura toda a bronca e desgaste, e o Presidentro $talinácio fica "poupado" para a programada aventura eleitoral de 2018. Lula já está em campanha antecipada. Fará viagens pelo Brasil afora. Usará e abusará das redes sociais (hoje terreno minado contra o PT) para fazer seu proselitismo e demagogia, além de atacar adversários e inimigos - como fez ontem, proclamando que o velho amigo FHC era o "Pai do Mensalão"...

Apesar do jogo de cena e da blindagem fortíssima, pessoas próximas a Lula ainda temem dois efeitos negativos sobre sua imagem: os desdobramentos de delações premiadas da Lava Jato e a pancada dada pela crise econômica no bolso da classe média e nos setores de baixa renda, com desemprego, alta da inadimplência e queda do consumo - fatores geradores de depressão e reacionarismo na população. Lula acredita que suas peregrinações pelo Brasil afora vão recuperar sua imagem que chega a um desgaste absurdo e inimaginável. Até em São Bernardo do Campo, onde mora e sempre fez política, sendo endeusado, Lula já é vaiado e xingado quando visto em locais públicos. Dois xingamentos abalam muito o Presidentro: "traidor" e "lacraia"...

Não adianta o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, proclamar, em Londres, que a desaceleração da economia brasileira é temporária e que o País se prepara para um novo ciclo de crescimento. Ninguém acredita! A precariedade econômica para quem sobrevive apenas da renda do trabalho é a que mais preocupa os estrategistas de Lula. Quatro em cada cada dez consumidores estão com alguma dívida em atraso. São mais de 55,3 milhões de pessoas encalacradas com cheque especial cartões de crédito e outras contas em atraso. Para piorar, o ajuste fiscal levyano deve elevar em R$ 47,5 bilhões os impostos e contribuições pagos pelos brasileiros. O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) prevê que a alta de impostos neste ano seria o dobro da registrada em 2014, de 0,39 ponto percentual. A carga tributária fecharia o ano em 36,22% do PIB (tudo que a economia produz, o tal produto interno bruto).

Outra inegável preocupação é a Lava Jato. O empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC e Constran, fechou ontem seu acordo de delação com o Ministério Público Federal. Pessoa citou o nome de pelo menos seis parlamentares federais como beneficiários da corrupção investigada na Operação Lava Jato. Entre os políticos mencionados por Pessoa está o senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia. Pessoa também revelou aos procuradores da força-tarefa que fez doações da ordem de R$ 7,5 milhões para a última campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff. Os pagamentos teriam sido intermediadas pelo atual ministro da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva, tesoureiro da campanha da presidente. Ou seja, Dilma entra na roda... Lula pode entrar também...

O cagaço é tanto que a Construtora OAS se recusou a apresentar à Justiça Federal do Paraná documentos sobre seus negócios com a empresa de consultoria do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, a JD Consultoria. A empreiteira alega que o juiz Sérgio Moro poderia se utilizar das explicações para decretar a prisão de algum executivo da empresa: " "Tendo em vista a atitude pretérita desse juízo de determinar a apresentação delas e as utilizar para decretação injusta de prisão de particulares, conforme prevê o STJ Português e pelo Código de Processo Penal Alemão, que consideram as provas obtidas por meios enganosos como nulas, a empresa se reserva o direito de não as apresentar a esse juízo, resguardado, sempre, o respeito que se devota ao Poder Judiciário e eventual garantia de Vossa Excelência no sentido de que tais atitudes pretéritas em desfavor de terceiros não se repitam e a apresentação não acarrete medidas cautelares pessoais injustas"...

Para piorar o quadro conjuntural já péssimo na economia, nada mudou em termos de possibilidades de novas sacanagens no Brasil da corrupção institucionalizada. As empreiteiras acusadas de formar o tal "Clube do Bilhão", investigadas na Lava Jato, ainda têm R$ 44,6 bilhões em contratos vigentes com a Petrobras. Os acordos foram aditivados por 321 vezes, para ampliar prazos de execução ou preços praticados. Ao todo, 65 contratos permanecem ativos, dos quais 53 ? 81,5% ? foram firmados a partir de cartas-convite da estatal. O restante, por dispensa ou inexigibilidade de licitação. Ou seja, pode ser apenas jogo de cena quando as empreiteiras fazem demissões e espalham boatos de que "podem quebrar".

Tudo não passa de mentirinha. Empreiteiros, políticos corruptos, banqueiros e rentistas menos votados estão prontos para continuar ganhando dinheiro, facilmente, no capimunismo de Bruzundanga...
A Pedra de Genisis
14/05/2015 11:02
É a gang Ptralia não é fraca, depois de seu barco em Brusque quase afundar, o que fez para salvar seus marinheiros, começou a jogalos em botes vizinhos como é o caso do Porto Prefeitura Municipal de Gaspar, onde veio aportar dois de seus marinheiros. E aqui chegaram e ja correram com os marinheiros locais. pois é este é o jeito da Fragata Ptralia de governar, quando anda por mares perigosos, manda os seus aportarem em outros mares, mas sempre querendo comandar todos os mares
LUIZ
14/05/2015 07:05
ME DESCULPEM MEUS AMIGOS CORINTIANOS....MAS É UMA DELÍCIA VER O TIMÃO PERDER,,,,HEHEHEHEH
Herculano
14/05/2015 06:50
CUNHA E O ABUSO DA FORÇA, por Rogério Gentile para o jornal Folha de S. Paulo

O presidente da Câmara acostumou-se a usar a força para conseguir o que quer. Líder político de uma bancada suprapartidária muito forte, Eduardo Cunha mantém o governo sob intensa pressão, aplicando-lhe derrotas no varejo a fim de demonstrar o que pode aprontar no atacado.

Jogando assim, conseguiu, entre outras coisas, não apenas obter a cabeça de um ministro como também o inédito feito de poder anunciar publicamente a sua degola. Numa tacada só, naquele momento, Cunha demitiu Cid Gomes do Ministério da Educação e apequenou Dilma na Presidência.

O deputado peemedebista volta no momento suas baterias contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que ousou incluí-lo no inquérito do petrolão. A partir de um depoimento do doleiro Alberto Youssef, o procurador afirmou que existem "fortes elementos" contra Cunha no escândalo da Petrobras.

De acordo com a acusação, o deputado teria apresentado requerimentos na Câmara com o objetivo disfarçado de coagir empresas contratadas pela estatal a retomar pagamentos de propina ao PMDB. Cunha nega que tenha feito isso, mas, em vez de apenas se defender na Justiça como qualquer mortal, passou a pressionar Janot.

Por meio de aliados, pediu a quebra do sigilo telefônico do procurador-geral, bem como a sua convocação para depor na Câmara. Agora o ameaça com uma emenda constitucional que simplesmente proíbe a recondução de Janot ao cargo, cujo mandato termina em setembro.

Na época do mensalão, o PT fez algo parecido, indicando que poderia votar contra a aprovação de novo mandato para o então procurador-geral, Roberto Gurgel.

Acabou desistindo, temendo a repercussão do episódio na sociedade. Fortalecido politicamente e apoiado por gente que também é alvo de investigações, Cunha terá o mesmo freio?
Herculano
14/05/2015 06:45
O NOVO CALENDÁRIO DA CRISE, por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

Com otimismo, economistas de Dilma 2 devem apagar incêndio de Dilma 1 até junho; e daí?

ATÉ O COMEÇO de junho, os economistas de Dilma 2 devem apagar a maior parte do incêndio tocado por Dilma 1, caso o Congresso não lance chamas nas ruínas.

Concedido o relativo otimismo, fica a pergunta: Dilma 2 vai então formular algum projeto positivo de reforma? Vai começar a discutir o ajuste de 2016?

Até junho vota-se o plano de corte de despesas e aumento de impostos de Joaquim Levy. O ministro da Fazenda promete que em até dez dias sai o Orçamento de verdade.

No início de junho, o Banco Central deve fazer ou anunciar o último aumento da taxa básica de juros neste ano. Também no mês que vem, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, deve revelar o plano concessões de infraestrutura, aeroportos, rodovias, ferrovias e talvez alguma coisa em portos.

Graças à recessão feia, ao aumento horrendo de preços e a alguma sorte com as chuvas, estima-se agora que não deve haver racionamento de eletricidade neste ano. Existe até a esperança de que se desmonte, ainda que de modo disfarçado e precário, o programa que arruinou a Petrobras.

A própria enumeração dos focos de incêndio, porém, indica que a coisa ainda estará quente em 2016.

O superavit primário federal prometido para 2016 é o dobro do anunciado para 2015. A economia deve crescer um tico, e haverá receita extra devida a leis aprovadas neste ano. Ainda assim, não vai ser fácil. Para começar, não conviria contar com outro talho no investimento público, que será de uns 30% neste ano, o equivalente talvez a um quarto do superavit federal deste 2015.

O setor elétrico está em desordem endividada. Sim, usinas importantes passam a operar daqui até 2016. Mas a situação dos reservató- rios ainda será crítica e, a não ser em caso de novo desastre econômico, o consumo de eletricidade vol- ta a crescer. Ainda não se sabe de reforma do setor.

Faltam crédito e meios de financiar setores essenciais para alguma retomada econômica, construção pesada, infraestrutura, construção civil, em parte devido à ruína corrupta das empreiteiras. Escasseia o dinheiro no BNDES, na poupança ou no FGTS, por exemplo, e ainda não está claro como será a transição para um sistema de financiamento mais dependente do setor privado.

Fica-se a pensar se é possível ressuscitar o investimento público sem alta adicional de impostos (ou corte de algum gasto público grande, o que em geral depende de leis complicadas de aprovar).

Decerto os economistas de Dilma 2 estavam e ainda estarão por alguma tempo envolvidos na tarefa de lidar com a agonia de Dilma 1 e o decorrente risco de desastre. Porém, ainda que o paciente fique estável, o estado da economia é crítico ou pelo menos preocupante.

Pode ser que o sucesso do arrocho, a recessão e a relativa calmaria no exterior permitam um corte na taxa de juros a partir do início de 2016. Mas o ânimo ou a capacidade dos bancos de conceder crédito devem estar avariados pela crise, falências e desemprego. O mercado de capitais está na apatia sabida; falta criar ou azeitar instrumentos para financiar a retomada de investimentos.

Ainda restam muita fumaça tóxica e brasa dormida do incêndio de Dilma 1. O rescaldo vai demorar. Começa logo no mês que vem.
Herculano
14/05/2015 06:42
DUAS EMENDAS CONTRA A LAVA JATO, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Desde o início de fevereiro, o presidente da Câmara, o presidente do Senado e outros 33 parlamentares são investigados no Supremo Tribunal Federal, sob suspeita de receber propina do petrolão.

Passados mais de três meses, o Congresso nada fez para tirar sua imagem da lama. Os conselhos de ética não abriram nenhum processo por quebra de decoro. A CPI da Petrobras, uma mistura de "Zorra Total" com "Show de Calouros", só é lembrada quando alguém resolve soltar ratos ou cantar no microfone.

Se a omissão diante do escândalo já seria condenável, agora acontece algo mais grave. Em duas frentes simultâneas, o grupo que controla o Legislativo tenta mudar a Constituição para melar a Lava Jato.

Há duas emendas no forno com esse objetivo. Uma veda a recondução do procurador-geral da República, o que a lei atual permite. A outra permite a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado na mesma legislatura, o que a lei atual proíbe.

Caso sejam aprovadas, as medidas vão atingir o procurador Rodrigo Janot e beneficiar os peemedebistas Eduardo Cunha e Renan Calheiros. Em uma frase, encurtarão o mandato do investigador e prorrogarão os mandatos dos investigados.

Nos últimos dias, parlamentares de PT e PSDB começaram a ensaiar um acordo para impedir que o Congresso vire arma contra a independência do Ministério Público.

Quem optar pelo outro lado terá a companhia de Fernando Collor. Na noite de terça-feira, em um ato de humor involuntário, o senador subiu à tribuna para pedir o impeachment de Janot.

***

A Assembleia Legislativa do Rio concedeu a maior honraria do Estado ao recém-formado Marco Antônio Cabral, 24. Ele é filho do ex-governador Sérgio Cabral, investigado na Lava Jato. Em janeiro, já havia sido presenteado com a Secretaria de Esportes do governo Pezão (PMDB).
Herculano
14/05/2015 06:40
POÍTICOS MENTEM O EMPO TODO, por Carlos Alberto Sardenberg, para o jornal O Globo

Dilma Rousseff não apenas faz o contrário do que pregou como faz aquilo que disse que nunca iria fazer

Se Aécio Neves tivesse vencido a eleição, a política econômica seria praticamente a mesma aplicada neste momento. Joaquim Levy muito provavelmente estaria no governo tucano, em alguma posição de destaque. O eleitor não estranharia nada. Tudo normal: o PSDB passara a campanha toda dizendo que o modelo Dilma fracassara e que seria preciso fazer um severo ajuste.

Normal também, o PT estaria fazendo barulhenta e dura oposição, mobilizando os movimentos sociais e centrais sindicais para atacar o ajuste "nas costas do povo" e a supressão de direitos do trabalhador.

Mas é isso que estão dizendo os tucanos e o Democratas. Não apenas dizendo, mas votando contra as medidas de ajuste que cabiam perfeitamente em seu programa de campanha.

Já Dilma, com o PT, toca um programa econômico ortodoxo, com o slogan "ajustar para crescer". O marqueteiro de Aécio presidente poderia fazer igualzinho.

Dirão: a política é assim mesmo. Perdeu a eleição, vai para a oposição. E o que é ser oposição? É fácil: ser contra tudo o que faz o governo.

Resulta numa grande avacalhação. Numa pesquisa recente na Inglaterra, 65% dos eleitores disseram acreditar que "os políticos mentem o tempo todo". Não se trata apenas daquele tipo de mentira para livrar a cara quando se é apanhado em alguma falcatrua. "Nunca fiz isso. Onde estão as provas?"

Trata-se de mentira política, quando o governante administra fazendo diferente do que pregou na campanha. Dizem também que campanha é poesia e governo é prosa. Vá lá que existam nuanças, ênfases mais suaves na propaganda. Não precisa dizer, por exemplo, que o ajuste vai gerar um baita desemprego, mas é preciso informar o eleitor que virão tempos difíceis.

O desempenho de Dilma vai muito além disso. Ela não apenas faz o contrário do que pregou como faz aquilo que disse que nunca iria fazer. Mentira política.

A oposição está cometendo a mesma mentira, com o sinal trocado. Viram a última propaganda do Democratas? Só faltou chamar o MST para invadir a fazenda da ministra Katia Abreu. O PSDB ainda tem um certo pudor em atacar Joaquim Levy - que estava ao lado até pouco tempo - mas vota contra e atrapalha o programa do ministro, que é claramente tipo tucano.

Só falta se opor ao programa de privatização de infraestrutura que Levy pretende desfechar.

Ou seja, se fizerem a mesma pesquisa aqui no Brasil, deve dar mais de 65% dos eleitores dizendo que os políticos mentem o todo.

Deve ser por isso que as manifestações contra o governo Dilma e o PT parecem não ter sequência política. A oposição, que claramente tem a simpatia dos manifestantes, não consegue empolgar o momento e apontar para uma saída viável, seja ou não a proposta de impeachment.

NADA DEMAIS

E por falar em tudo normal, a presidente Dilma assumiu uma tarefa impossível: mostrar que a atual política econômica é uma sequência normal da anterior.

A anterior, diz a propaganda oficial e repete Dilma, era aquela beleza: emprego, renda, programas sociais generosos. A atual gera desemprego, perda de poder aquisitivo e restringe direitos sociais, como o seguro-desemprego, abono salarial e pensões.

Uma o contrário da outra, certo?

Errado, indica a presidente. Tudo o que se faz agora, garante, é para preservar as benesses que o PSDB queria abolir. Donde se conclui: desemprega para gerar emprego; reduz salário para aumentar a renda; corta benefícios para garantir os mesmos benefícios; faz uma recessão para... crescer.

Qual o problema?

Pela lógica, se diria: a política anterior estava assentada em bases inviáveis, a tal nova matriz, de aumento do gasto público, do crédito e do consumo. Quando as bases falharam, chegou o preço, na forma de recessão, desemprego e perda de renda.

Pela lógica da presidente, está tudo na sequência. É mais ou menos como dizer: você pode encher a cara, comer até estourar, abusar das drogas, que não tem nada demais. Depois é só fazer um ajuste e mandar bala de novo.
Herculano
14/05/2015 06:35
COMO MENTEM, por José Aníbal, amigo de adolescência de Dilma Vana Rousseff, militante de esquerda, foi um dos fundadores do PT, saiu e se elegeu deputado Federal pelo PSDB onde foi seu presidente nacional

No dia 17 de abril, depois da prisão do tesoureiro João Vaccari Neto, o diretório nacional do Partido dos Trabalhadores anunciou que deixaria de receber doações de empresas. Mas na quinta-feira passada, dia 7 de maio, o jornal Valor Econômico revelou que os diretórios estaduais do PT seguem buscando ajuda de empresários para quitar dívidas de campanha.

"A dívida foi contraída antes da decisão do diretório nacional do partido de vetar doações empresariais privadas", disse um dirigente do PT baiano, cujas dívidas chegam a R$ 12,5 milhões. No Ceará, onde resta a pagar R$ 11 milhões, a justificativa foi semelhante: "A decisão de o PT não aceitar mais doações privadas não vale para o que foi contraído em 2014", disse um dirigente.

Por que então o PT deu ênfase à medida em sua propaganda na TV, se já era sabido que seus diretórios não estavam cumprindo o anunciado? Que vantagens pode-se aferir da mentira senão o aprofundamento do descrédito do mentiroso? Basta ver a resolução de expulsar do partido os corruptos. Depois da volta triunfal de Delúbio Soares, quem acredita no corte da própria carne?

Atribui-se a Maquiavel a funcionalidade política da mentira. Ao franquear ao príncipe a licença para utilizar meios excepcionais, desde que os fins se justificassem, Maquiavel deu à mentira, encarada como audácia e cálculo, um estatuto de virtude. O ato de mentir confundir-se-ia com as razões de Estado. Seria algo como um atalho para o consentimento.

As mentiras dos príncipes do petismo, todavia, fariam o politólogo florentino corar. É difícil lembrar de outro grupo político que tenha enganado seus eleitores de forma tão sistemática. Raras vezes a manipulação, a bravata, o engodo e o falseamento da realidade tiveram um peso tão determinante na agenda de um governo e na imagem pública que ele projeta. A credibilidade chegou a zero.

Como se vê, a miséria acabou. A conta de energia caiu. A inflação está controlada. O PAC acelerou o crescimento e o investimento decolou. Os juros são os mais baixos da história. As contas públicas estão em ordem. O pré-sal lançou o Brasil ao primeiro mundo. Ninguém combateu tanto a corrupção. O mensalão nunca existiu. As doações são todas legais. A pátria educadora está aí.

O completo descrédito de Dilma com a população e a indisfarçável objeção do sistema produtivo ao governo resumem o quanto fez mal ao país a desmoralização continuada. Não tanto pelos resultados do Planalto, que o Brasil vai reverter, mas pelo deboche com os anseios da sociedade. A mentira desmobiliza e despolitiza, e nunca precisamos tanto da participação.

Como engajar a sociedade com esse exemplo que vem de cima? É tanta mentira que o governo se resume a falsear o presente para fazer crer que os engodos passados se realizaram. Por isso, a inconfidência do companheiro Mujica, segundo o qual Lula teria dito que o mensalão era "a única forma de governar o Brasil", não surpreendeu a ninguém. No reinado petista, a verdade é um bem escasso.
Herculano
14/05/2015 06:24
MATANDO DRAGÕES, por Jandira Feghali, médica, sindicalista deputada Federal do PC do B, Federal pelo Rio de Janeiro

Ao ritmo em que cresce a intolerância de todo tipo em nossa sociedade, em fato recente, na Câmara dos Deputados, constatamos que, apesar de ruidosa e ofensiva, ela não é maior que a solidariedade.

À ofensa física que sofri se somou a verbal, com palavras que, apesar de a mim dirigidas, se transformaram em agressão a todas as mulheres que, fora e dentro do Congresso Nacional, matam vários dragões por dia para mostrar seu valor e disputar seu merecido lugar em suas casas, no trabalho, nos espaços de poder.

Desde então, tenho recebido de todos os cantos manifestações de apoio, palavras de afeto e de reconhecimento da minha luta. Uma luta que não é individual, não tem dono, mas destinatários.

Uma avalanche de revolta e indignação me envolveu. Mensagens de apoio, moções de repúdio, comentários nas redes sociais não paravam de chegar. Segundos de um episódio lamentável se converteram numa teia interminável e resistente pela qual sou imensamente grata.

Saímos todos fortalecidos e dispostos a matar quantos mais dragões se puserem no caminho da luta democrática. Eles todos têm nomes: preconceito, intolerância, machismo e fascismo. Se alimentam do sentimento de que os homens podem tudo, enquanto as mulheres devem se contentar com a submissão.

Soltam fogo pelas ventas quando imaginam uma sociedade igualitária, com espaço e oportunidades para todos. Não se conformam com nossa ousadia, com nossa perseverança e obstinação. Pois são essas nossas armas. As características que nos forjaram e nos permitem concretizar nossos sonhos e, dia a dia, abrir caminhos para que, enfim, nos libertemos das amarras que ainda nos são impostas pelo simples fato de sermos mulheres.
Herculano
14/05/2015 06:18
NUNCA ANTES NESTE PAÍZ....

O catarinense de Concórdia (que é terra de Henrique Pizollato, ou seria Celso?), teólogo (defensor ferrenho da Teologia da Libertação) e filósofo, Leonardo Boff, acaba de reafirmar: O que o PT fez, ninguém fez em 500 anos.

Nunca uma afirmação caiu tão bem e pode ela ser usada para a seguinte reflexão, diferente daquela que Boff a usou. Boff quis ressaltar a grande revolução social e o modo de governar do PT para os mais pobres, para exatamente servir ao que prega e acredita.

Mas, um analista, diante das notícias e realidades como mensalão, petróleo, corrupção, bandalheira, economia em frangalhos, inflação, desemprego, saúde pública estourada, violência aumentando e sem controle, falta de obras mínimas de infraestrutura, concordaria facilmente com Boff: o que o PT fez, ninguém fez em 500 anos. Wake up, Brazil!
Herculano
14/05/2015 06:04
SENADO NÃO CUMPRE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O Senado esconde as despesas da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, mesmo quando acionada a Lei de Acesso à Informação, que aprovou. Entre 2011 e 2014, os parlamentares gastaram mais de R$ 80 milhões, numa média de R$ 1 milhão para cada senador, com ressarcimento de supostas despesas com alugueis de imóveis e de automóveis, inclusive nos estados, assessorias e consultorias etc.

Omissão malandra
Malandramente, o Senado disponibiliza informações básicas em seu "Portal da Transparência" (sic), mas não especifica o serviço prestado.

Boquinhas mil
Além da cota, senadores têm R$ 33,7 mil para salários e mais R$ 80 mil de Verba de Gabinete, para distribuir entre até 55 funcionários.

Desrespeito à lei
O Ministério Público tenta há meses entender por que o Senado ignora a Lei de Acesso à Informação, que aprovou. Ainda não conseguiu.

Ineficiência
Lúcio Batista, da ONG Operação Política Supervisionada, não vê como checar o cumprimento dos princípios da economicidade e eficiência.

ATÉ FORÇA-TAREFA PAGA PARA SALVÁ-LA ATACA DILMA
Crítico do ministro Edinho Silva (Comunicação), o ex-jornalista Franklin Martins emplacou na comunicação digital da Presidência da República os pupilos Emerson Luiz e Bruna Rosa. Eles integram a "força-tarefa" criada "salvar" Dilma, cujo cartaz anda mais sujo que pau de galinheiro. Mas nem o grupo acredita na tarefa: em reuniões internas, não faltam ataques a Dilma, como quando ela fugiu da TV com medo de panelaço. Apesar de Edinho ter apoiado a opção de Dilma pelas redes sociais.

Dando problemas
À frente do "Muda Mais", braço da campanha digital da reeleição, que custou R$ 12 milhões, a dupla criou problemas para a candidata Dilma.

Multa no TSE
Há dias, o PT foi multado pelo TSE por propaganda irregular inventada pelo grupo de Franklin. O PT o considera muito caro pelo que entrega.

Olho neles
A "comunicação digital" de Franklin Martins é acusada por setores de oposição de atacar sites críticos ao governo para tentar tirá-los do ar.

Clandestinidade
Indagado pelo líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), Edinho Silva (Comunicação) disse em audiência pública, que é "institucional" a força-tarefa de "salvação" da imagem de Dilma, revelada nesta coluna dia 11. Na verdade, é clandestina. Mas o ministro jamais confirmará.

Marca do pênalti
Se o presidente do Senado der andamento a pelo menos uma das quatro representações do senador Fernando Collor (PTB-AL), o procurador-geral Rodrigo Janot deve ser afastado do cargo.

Michel faz, ele desfaz
Aloizio Mercadante (Casa Civil) irritou deputados governistas durante reunião com Michel Temer. Ameaçou cortar emendas e bloquear indicações de quem votar contra a MP que prejudica aposentados.

Líder da oposição?
Mercadante parece determinado a complicar Dilma no Congresso. O senador Renan Calheiros soube maledicências do ministro sobre o seu papel na aprovação de Luiz Fachin na sabatina. Vai ter troco.

Elegância
O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, fez um gesto elegante, comparecendo à sabatina de Luiz Edson Fachin no Senado. Dantas foi um dos cotados para a vaga no Supremo Tribunal Federal.

Desculpas
Atitude digna da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM): ela pediu desculpas ontem por haver chamado o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) de "autista". Ela atribuiu a referência ao calor das discussões.

Senador para quê?
Dilma deve ignorar a vontade do Senado, que por 49x12 reduziu o INSS para 8%, na regulamentação das domésticas. "Até as pedras de Brasília sabem que o governo vetará", diz o líder Delcídio Amaral (PT-MS). Ele também nega reunião com Lula para criticar Dilma.

Chá de sumiço
Causou risadas no Plenário da Câmara o sumiço dos deputados inscritos para falar favoravelmente à medida provisória 664. Na hora marcada da convocação, ninguém apareceu para defender a MP.

Pergunta na plateia
Após o tirano norte-coreano Kim Jong-Un mandar matar o general que cochilou enquanto ele falava, que tal fazê-lo convidar alguns políticos brasileiros a ouvir seus discursos?
Herculano
14/05/2015 05:53
A IRRESPONSABILIDADE DOS POLÍTICOS. POR VOTOS NO CURTO PRAZO, ELES COMPROMETEM A APOSENTADORIA DOS QUE AINDA TRABALHAM. MANCHETE DE HOJE. GOVERNO VENCE UMA VOTAÇÃO, MAS PERDE DUAS. TEXTO PRINCIPAL DA SEGUNDA MEDIDA DO PACOTE FISCAL FOI APROVADO COM FOLGA. NA VOTAÇÃO DO CHAMADO FATOR PREVIDENCIÁRIO E DE UMA EMENDA SOBRE O AUXÍLIO-DOENÇA, PORÉM, O PLANALTO FOI DERROTADO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ranier Bragon, Sofia Fernandes, Valdo Cruz, todos da sucursal de Brasília. Depois de aprovar com folga o texto principal da segunda medida do pacote fiscal, o governo Dilma Rousseff foi derrotado duas vezes na Câmara, resultado de traições em partidos da base aliada, entre eles o PMDB e o próprio PT, os dois maiores aliados.

As derrotas foram nas votações de emendas à medida provisória 664, que restringe a concessão de benefícios previdenciários como pensão pós-morte e auxílio-doença.

Por 232 votos a 210, os deputados impuseram a primeira derrota ao Planalto ao aprovar, na noite desta quarta (13), uma emenda que cria uma alternativa ao fator previdenciário na hora de o trabalhador decidir se aposentar.

O PMDB, do novo articulador político do governo, o vice Michel Temer, registrou 20 votos contra. O PT contribuiu com outros nove votos contra. O governo perdeu por uma diferença de 22 votos.

A segunda derrota, por 229 a 220, foi na emenda que derruba a proposta do Planalto de elevar de 15 para 30 dias o período que as empresas têm de pagar para seu trabalhador o benefício do auxílio-doença. Depois, as despesas ficam com a Previdência.

Nesta votação, o PMDB registrou 17 traições. Já o PT votou em peso com o governo, registrando só um voto contra. O Planalto, porém, foi traído por quase toda bancada do PP, autora da emenda, com o apoio do empresariado.

Segundo a Folha apurou, a presidente Dilma irá vetar a emenda sobre o fator previdenciário, se o Senado também aprovar o texto, e negociar com as centrais sindicais uma outra proposta num prazo de 180 dias.

Pelos cálculos do governo, se os trabalhadores passarem a não optar pelo fator na hora de se aposentar a partir deste ano, os gastos da Previdência com aposentadoria vão aumentar em R$ 40 bilhões em dez anos; e R$ 300 bilhões nos próximos 20.

O fator previdenciário foi criado no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso com o objetivo de retardar as aposentadorias. Ele é calculado de acordo com a idade do trabalhador, tempo e alíquota de contribuição e expectativa de sobrevida.

A emenda aprovada no plenário da Câmara nesta quarta, de autoria do PTB, propõe uma exceção a essa regra, com a adoção da fórmula 85/ 95 --soma, para mulheres e homens, da idade mais o tempo de contribuição. Caso o trabalhador decida se aposentar antes de atingir essa marca, a emenda determina que a aposentadoria continue sendo reduzida pelo fator previdenciário.

Antes da votação da emenda, o governo havia conseguido aprovar com tranquilidade, por 277 votos a 178, o texto principal da medida provisória 664. Conseguiu endurecimento da regras de concessão de pensão por morte.

Durante a votação do texto principal, o governo voltou a enfrentar protestos da oposição, que mais uma vez entoou no plenário o coro de que "o PT pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão". Os deputados levaram faixas contra Dilma, o que causou empurra-empurra entre congressistas.

A sessão foi interrompida quando alguns manifestantes da Força Sindical, ligados ao deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), abaixaram as calças nas galerias e mostraram as nádegas.

Na semana passada, a Câmara aprovou a medida 665, que reduz direitos trabalhistas como seguro-desemprego. Completa o pacote fiscal o projeto de lei que revê a política de desoneração da folha de pagamento, que deve ir a voto na próxima semana.
Herculano
14/05/2015 05:45
O COBERTOR DA SAÚDE, editorial do jornal Folha de S. Paulo

O diagnóstico mais abundante nas diversas intervenções feitas durante o 2º Fórum a Saúde do Brasil, promovido por esta Folha, é o de que o setor padece de subfinanciamento crônico.

Tal veredito é reforçado por imagens como a que este jornal publicou na terça-feira (12), nas quais se viam pessoas sendo atendidas no chão de um hospital em Fortaleza, e por notícias como a de que os postos de saúde de São Paulo têm realizado menos consultas por não conseguir contratar médicos.

Não há dúvida de que, se o país alocasse mais verbas ao setor, em alguma medida o atendimento melhoraria. Mas será o caso de ampliar o quinhão orçamentário dessa área? Num fórum de economistas, e não de médicos, a resposta talvez fosse diferente.

Segundo dados do Banco Mundial, computados dispêndios públicos e privados, em 2013 o Brasil gastou US$ 1.083 por pessoa em saúde. Muito pouco se comparado aos mais de US$ 9.000 de Noruega, Suíça e EUA, mas em linha com países cujo nível de desenvolvimento se assemelha ao brasileiro, como Chile (US$ 1.204), Argentina (US$ 1.074) e Hungria (US$1.056).

Como proporção do PIB, que dá a medida da capacidade de investimento, o Brasil desembolsou 9,7% do total de bens e serviços produzidos em 2013. Mais que a Noruega (9,6%) e tanto quanto a Suécia - o país europeu campeão por esse critério é a Holanda, com 12,9%.

Verdade que o Brasil tem um sério problema de distribuição. Respondendo pelo atendimento de cerca de 75% da população, os dispêndios públicos representam 48% dos gastos totais nessa área; a outra metade vai para os 25% que possuem plano de saúde.

Não é simples melhorar tal equilíbrio sem aumentar a despesa como proporção do PIB. Fazê-lo exigiria mais impostos ou o encarecimento dos planos, de modo que pudessem ressarcir o SUS por gastos de seus conveniados. Outra possibilidade seria tirar recursos de áreas como Previdência e educação para ampliar as verbas sanitárias.

Trata-se de soluções naturalmente difíceis do ponto de vista legal e sobretudo político. É fundamental, assim, que as autoridades se empenhem em melhorar a gestão, na qual sobejam desperdícios, ineficiências e perdas com corrupção.

Os administradores precisam obter o maior retorno possível pelo dinheiro investido - o que significa dar prioridade a programas que beneficiem muitos, mesmo que isso signifique limitar gastos para outras demandas.
Herculano
13/05/2015 21:28
AVERSÃO A DILMA FEZ SENADO REVIGORAR SABATINA, por Josias de Souza

Dilma Rousseff realizou nesta terça-feira um feito histórico: fez o Senado Federal redescobrir o instituto da sabatina. O brasileiro em dia com o fisco sempre achou inacreditável que senadores pagos a peso de ouro, beneficiários de todas as regalias que o dinheiro público pode pagar, não se dignassem a cumprir a obrigação constitucional de sabatinar os indicados para o posto de ministro do STF. Sempre converteram as sabatinas em ações entre amigos. E nunca tiveram nenhum problema de consciência por causa disso.

Súbito, graças a um sólido sentimento de aversão a Dilma, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado enxergou no pescoço do advogado Luiz Edson Fachin uma boa oportunidade para enforcar a presidente que o indicou. Os senadores decidiram espremer o doutor até a última gota. Numa sessão que durou quase 12 horas, Fachin foi moído por cerca de 11 horas. Teve de se explicar sobre todas as polêmicas que rondam a sua biografia. Fez isso com rara competência.

Fachin não ofereceu aos que queriam desmoralizar Dilma nenhum pretexto para rejeitar sua indicação para o STF. Ao final da sabatina, os senadores já tinham voltado ao normal. Para tranquilidade da República, por maior que seja o desejo de emboscar Dilma, o Senado dificilmente terá uma epidemia de cólera. Os senadores morrem é de passividade. Fachin prevaleceu na comissão pela folgada maioria de 20 votos contra 7. Não fosse por Dilma, talvez obtivesse a unanimidade. O nome de Fachin segue para o plenário do Senado. A votação ocorrerá na próxima terça. Secreta. Deve passar. Encrencado no STF, Renan Calheiros vai se dando conta de que, nessa matéria, assoprar pode ser melhor do que morder.
Herculano
13/05/2015 21:25
HOMENAGEADO NOS ESTADOS UNIDOS, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO CRITICA POLÍTICA ECONÔMICA

Por Giuliana Valone, de Nova Iorque, e Vera Magalhães, enviada especial. Em discurso a empresários, diplomatas e à alta cúpula do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou nesta terça-feira (12) a política econômica da presidente Dilma Rousseff.

Ao receber o prêmio "Pessoa do Ano", da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Nova York, o tucano afirmou, sem citar o nome da petista, que o governo interpretou a política de conjuntura, adotada após a crise mundial de 2008, "como um sinal para fazer marcha à ré".

"Paulatinamente fomos voltando à expansão sem freios do setor estatal, ao descaso com as contas públicas, aos projetos megalômanos que já haviam caracterizado e inviabilizado o êxito de alguns governos do passado."

De acordo com FHC, o governo acreditou que haveria "fórmula mágica para o crescimento econômico". "O castelo de cartas desfez-se ao sopro da realidade", afirmou.

Na fala, FHC traçou um histórico das relações entre Brasil e EUA e fez um paralelo entre seu período e o momento atual do país. Criticou a corrupção, a que chamou de "práticas que a melhor eufemismo são ditas no Brasil como não republicanas".

"Tão grave quanto este desvio das boas práticas foi a pretensão de sustentar o poder a partir de políticas de hegemonia partidária pregada e posta em ação por grupos que se autodenominam como de vanguarda", afirmou.

FHC foi aplaudido com entusiasmo ao criticar o silêncio do Brasil diante do autoritarismo na Venezuela e do terrorismo do Estado Islâmico.

O evento homenageou ainda o ex-presidente americano Bill Clinton, que saudou a amizade com o tucano em seu discurso. Lembrou de quando se conheceram, em 1994, e afirmou que o tucano fez um governo "extraordinário".

"E ei-nos aqui, juntos no futuro", afirmou. "Poder é difícil de obter, difícil de exercer. O que define parceria é dividir sonhos, projetos. Fernando Henrique foi para mim esse parceiro", afirmou.

Entre os políticos presentes estavam os governadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Pedro Taques (PDT-MT), os senadores tucanos Aécio Neves, José Serra e Tasso Jereissati e deputados de várias siglas.
Herculano
13/05/2015 21:18
PÂNICO ENTRE OS POLÍTICOS ENVOLVIDOS NA LAVA JATO. RICARDO PESSOA, DONO DA UTC, ASSINA ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA

O dono da UTC, Ricardo Pessoa, fechou nesta quarta-feira, 13, acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele esteve acompanhado de seus advogados em uma reunião com procuradores que atuam na Operação Lava Jato.

Apontado como o coordenador do esquema de corrupção da empreiteira, ele é acusado de definir a divisão de contratos de fornecedores, valores e parcelas a serem recebidas pelas empresas e pagas a título de suborno a políticos e autoridades. A delação premiada leva pânicos aos políticos e autoridades. Ele sabe tudo sobre o esquema.

O encontro durou em torno de quatro horas, entre o fim da manhã e meio da tarde desta quarta. Pessoa é acusado de chefiar o "clube vip" das empreiteiras na formação de um suposto cartel que atuou no esquema que desviou recursos da Petrobras.

Ao fechar o acordo, Pessoa citou nome de pessoas com foro no Supremo Tribunal Federal (STF), entre eles o do senador Edison Lobão, ex-ministro de Minas e Energia. Lobão é alvo de inquérito no STF por ter supostamente solicitado recursos para a campanha da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney.

Os depoimentos de Lobão e de Roseana estão previstos para ocorrer na próxima semana, na sede da Polícia Federal em Brasília. Eles deverão esclarecer a investigadores a suposta participação no esquema de corrupção envolvendo a Petrobras.
Herculano
13/05/2015 21:15
QUAL É, LULA? AGORA O PT QUER TER O MONOPÓLIO DOS BANDIDOS? VAMOS DEMOCRATIZAR A BAGAÇA, COMPANHEIRO!

Não há nome que provoque tamanho pânico no PT como o de Ricardo Pessoa, o dono da UTC, apontado pelo Ministério Público Federal como o coordenador do chamado "clube das empreiteiras". É, entre todos os empresários enroscados na Lava Jato, o mais próximo de Luiz Inácio Lula da Silva, com quem estabeleceu uma relação de amizade. E se julga abandonado pelo amigo.

Entre os presos, foi quem mais se deixou abater na cadeia, demonstrando maior inconformismo com a situação. Um acordo de delação premiada chegou a ser anunciado em fevereiro, mas houve depois um recuo. Não está claro por quê. Nos bastidores, o que se comenta é que ele se nega - ou se negava? - a admitir a tese do cartel.

Três meses depois, tudo indica que o acordo finalmente saiu. E, como se nota, a colaboração foi acordada depois de um habeas corpus do Supremo ter posto fim à prisão preventiva. Advogados que conhecem o caso - e já escrevi isto aqui - haviam me dito que Pessoa recusava qualquer forma de colaboração enquanto estivesse na cadeia. No seu caso, a prisão preventiva atrapalhava, em vez de ajudar, a investigação.

Pelo que se sabe até agora, Pessoa é quem põe a bomba mais perto do PT, de Dilma e de Lula. Nesta terça, o ex-presidente resolveu ter um chilique e saiu acusando a imprensa de dar crédito a denúncias de bandidos.

Pois é. Parece que o Babalorixá de Banânia e o PT querem ter o monopólio da bandidagem, não é mesmo? Enquanto Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa (que o chefão petista chamava "Paulinho") operavam para os companheiros, estes os tratavam como pessoas de bem. Agora que a casa caiu, Lula gostaria que o jornalismo os ignorasse.

Digamos, Lula, que sejam todos bandidos? Cabe a pergunta: para quem eles operavam até anteontem? Leiam o que informa a veja.com.

*
O presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, viajou para Brasília nesta quarta-feira para firmar um acordo de delação premiada com a Justiça. Apontado como "chefe do clube do bilhão", o empresário, que está em prisão domiciliar, foi levado à Procuradoria Geral da República para formalizar seu compromisso de colaborar com as investigações em troca de uma redução de pena.

A decisão deve ter consequências importantes para a Operação Lava Jato, já que Pessoa atuou como porta-voz do chamado "clube do bilhão", que reunia as principais empreiteiras do país, e foi amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As colaboração dele deixa o escândalo do petrolão ainda mais perto do Palácio do Planalto.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Pessoa admitiu ter destinado recursos de propina para as três últimas campanhas eleitorais do PT à Presidência. Em 2006, por meio de caixa dois. Em 2010 e 2014, em doações registradas na Justiça Eleitoral. Ele também pagou 3,1 milhões de reais a José Dirceu para obter favores do PT, além de ter financiado com caixa dois a campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo em 2012.

Reportagem de Veja também mostrou que Pessoa está disposto a contar como ajudou a financiar as campanhas de Jaques Wagner e Rui Costa para o governo da Bahia - o primeiro, em 2006 e 2010. O segundo, em 2014.

Veja revelou ainda uma anotação de Pessoa, apreendida pela Polícia Federal, segundo a qual ele menciona o tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, o atual ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva. "Todas as empreiteiras acusadas no esquema criminoso da Operação Lava Jato doaram para a campanha de Dilma. Será que falarão sobre vinculação campanha x obras da Petrobras?", diz o texto apreendido.
Juju do Gasparinho
13/05/2015 18:33
Prezado Herculano:

Hoje é dia 13 de maio - Libertação dos escravos.
A diferença de ser escravo nos dias de hoje e na Roma antiga, é que na antiguidade o sujeito sabia que era escravo e ,hoje é escravo e não sabe.
Arara Palradora
13/05/2015 18:29
Querido, Blogueiro!

REPERCUSSÃO às 08:57hs:

O Ministério da Saúde adverte, panelaço faz mal a saúde.
Pode causar irritação, febre alta, confusão e delírios.
Tratamento: renúncia e, nos casos mais graves, IMPEACHMENT.

Vai ser azeda assim lá no raio que a parta...

Voeeeiii...!!!
sidnei luis reinert
13/05/2015 17:31

Secretário teve dois celulares roubados na mesa de Lula e Dilma no casório

Piada pronta. Mais uma.

A coluna Painel, da Folha, informa:

?O secretário de Saúde de São Paulo, David Uip, teve os dois celulares furtados durante a festa de casamento do cardiologista Roberto Kalil. Uip deixou a mesa em que estava para cumprimentar amigos e, quando voltou, não encontrou mais os aparelhos.

Uip dividiu a mesa dos padrinhos com Dilma e o ex-presidente Lula. Também estava na festa o secretário de Segurança, Alexandre Moraes. O furto VIP virou piada entre membros do governo paulista.?

Este blog nem imagina por quê.

http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2015/05/13/secretario-teve-dois-celulares-roubados-na-mesa-de-lula-e-dilma-no-casorio/
Herculano
13/05/2015 15:38
MUITA GENTE ESTÁ TREMENDO. QUEM COMANDAVA O CLUBE DAS EMPREITEIRAS ACEITOU FAZER DELAÇÃO PREMIADANA LAVA JATO

Conteúdo da revista Veja. O teto é de Gabriel Castro e Laryssa Borges, da sucursal de Brasília. O presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, viajou para Brasília nesta quarta-feira para firmar um acordo de delação premiada com a Justiça. Apontado como 'chefe do clube do bilhão', o empresário, que está em prisão domiciliar, foi levado à Procuradoria Geral da República para formalizar seu compromisso de colaborar com as investigações em troca de uma redução de pena.

A decisão deve ter consequências importantes para a Operação Lava Jato, já que Pessoa atuou como porta-voz do do chamado "clube do bilhão", que reunia as principais empreiteiras do país, e foi amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A colaboração dele deixa o escândalo do petrolão ainda mais perto do Palácio do Planalto.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Pessoa admitiu ter destinado recursos de propina para as três últimas campanhas eleitorais do PT à Presidência. Em 2006, por meio de caixa dois. Em 2010 e 2014, em doações registradas na Justiça Eleitoral. Ele também pagou 3,1 milhões de reais a José Dirceu para obter favores do PT, além de ter financiado com caixa dois a campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo em 2012.

Reportagem de VEJA também mostrou que Pessoa está disposto a contar como ajudou a financiar as campanhas de Jaques Wagner e Rui Costa para o governo da Bahia - o primeiro, em 2006 e 2010. O segundo, em 2014.

VEJA revelou ainda uma anotação de Pessoa, apreendida pela Polícia Federal, segundo a qual ele menciona o tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, o atual ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva. "Todas as empreiteiras acusadas no esquema criminoso da Operação Lava Jato doaram para a campanha de Dilma. Será que falarão sobre vinculação campanha x obras da Petrobras?", diz o texto apreendido.

Pessoa ainda se comprometeu a apontar o envolvimento de mais políticos no escândalo do petrolão. Como deputados e senadores têm direito ao chamado foro privilegiado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu autorização ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba (PR), para que o empreiteiro fosse ouvido em Brasília (DF), o que está sendo feito nesta quarta.
Herculano
13/05/2015 15:29
SAMBA DA REFORMA DOIDA, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

A Câmara de Eduardo Cunha vai parir mais uma aberração. O relator da reforma política, Marcelo Castro (PMDB-PI), discorda do texto que ele mesmo apresentou nesta terça. O deputado está tão contrariado que promete votar contra o próprio relatório no plenário.

O motivo da discórdia é o distritão, sistema eleitoral defendido por Cunha e pela cúpula do PMDB. Castro não queria incluir o modelo no relatório. Sob intensa pressão de seu partido, que ameaçou destitui-lo do cargo, foi forçado a voltar atrás.

"Em três meses, recebemos vários cientistas políticos e presidentes de partidos na comissão. Ninguém defendeu o distritão, exceto o presidente do PMDB", conta o relator.

O distritão muda a forma como são eleitos os deputados. O sistema ignora o desempenho dos partidos e prevê a eleição dos candidatos com maior votação individual. Para o relator da reforma, isso aumentará o custo das campanhas e a quantidade de celebridades na política.

"Como o distritão é a luta de todos contra todos, quem gastar mais terá mais chance de vir para o Congresso. Vamos escolher os nossos representantes pelo pior critério possível: o critério do dinheiro", diz ele.

Além dos milionários, Castro prevê que só deverão sobreviver os candidatos famosos ou que já estão no poder. É por isso, afirma, que o modelo ganhou tanta força na Câmara. "Se for adotado, a maior parte dos deputados que estão aqui conseguirá se reeleger", explica o relator.

Para o peemedebista, o sistema ainda acentuará a fragmentação partidária. Hoje 28 siglas estão representadas na Câmara. A maior delas, o PT, tem apenas 12% das cadeiras. "Isso inviabiliza qualquer governo. Imagine o Obama ou a Merkel com uma base dessas", diz o relator, sem esconder o desânimo.

"Nós precisávamos fazer uma reforma política para consertar os problemas que existem hoje. O distritão só vai agravá-los. O que já está ruim vai piorar", desabafa.
sidnei luis reinert
13/05/2015 12:36
Doleira negocia delação premiada para detonar bancos na Lava Jato, e Pedro Corrêa alveja Lula na CPI


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A mídia amestrada praticamente neutralizou ontem um tema da mais alta gravidade levantado ontem pelo depoimento da doleira Nelma Kodama. Ela responsabilizou o modelo de sistema financeiro rentista praticado no Brasil, com a conivência do Banco Central e das instituições financeiras, pelos grandes esquemas de corrupção. Nelma elogiou o juiz Sérgio Moro, que a condenou a 18 anos de prisão, e advertiu que negocia um acordo de "colaboração premiada" no qual vai apresentar provas de como funciona a sacanagem no mercado financeiro.

Muito banqueiro e "investidor" deve estar se borrando de medo. Nelma pode revelar seus nomes, fornecendo provas de como fazia o dinheiro entrar e sair de várias contas em nome de empresas de fachada e laranjas, para que os clientes (donos da grana) não fossem identificados. Nelma operava um sistema conhecido no mundo da doleiragem como ?hawala?, que significa ?eu confio em você?. O esquema era tão confiável que, quando um doleiro não tinha em dinheiro vivo a quantia pedida pelo cliente, outro doleiro completa a operação, tanto no Brasil como no exterior.

Quem nada teme e ainda tira onda com a cara de todo mundo é Luiz Inácio Lula da Silva. O doleiro Alberto Youssef já tinha dito que Lula sabia de tudo. O presidentro voltou a ser citado ontem pelo ex-deputado Pedro Corrêa - "só não prenderam Lula porque ninguém tem coragem" -, Lula mandou a assessoria de seu Instituto plantar uma nota oficial no Jornal Nacional da Rede Globo, que faz o joguinho de morde-e-assopra com o PT e o desgoverno. William Boner leu: "É uma pena que parte da imprensa brasileira venha tratando bandidos como heróis, quando tais pessoas, segundo a nota, se prestam a acusar, sem provas, os alvos escolhidos pela oposição, e quando se prestam a difamar lideranças que a oposição não conseguiu derrotar nas urnas e que teme enfrentar no futuro".

Pedro Corrêa reafirmou ontem na CPI da Petrobras que Lula fora o padrinho da indicação de Paulo Roberto Costa para o cargo de Diretor de Abastecimento da Petrobras. Corrêa ressalvou que Lula não lhe revelou isto pessoalmente, mas teria dito ao falecido deputado federal José Janene (famoso operador daquele escândalo em esquecimento, o Mensalão). Corrêa avacalhou com Lula: ?Qual é a influência hoje dele (Lula), se querem botar ele na cadeia? Agora ninguém tem coragem de botar ele na cadeia. Porque eu tenho certeza que aí sim vai existir o que aconteceu na época do Getúlio (Vargas, ex-presidente) quando ele deu um tiro no peito e o povo saiu para rua com paus, panelas para quebrar tudo. Eu, se tivesse uma bolinha de cristal, certamente não estaria aqui. Mas eu acho, na minha avaliação pessoal de um camarada que está fora da política desde 2006, que a prisão dele seria uma catástrofe para esse País.?

Se Corrêa detonou Lula, a doleira Nelma Kodama, em sua teatralidade, alegou que nunca teve qualquer contato com o PT ou outro partido político. Nelma não teve pena da picaretagem rentista no Brasil: ?Qual o maior doleiro: eu, o Banco Central ou as instituições financeiras? Enquanto não tirar o mal pela raiz, que está no sistema, isso não vai acabar. Tudo que o senhor está falando tem a participação do Banco Central, das instituições financeiras, e se as brechas para essa prática não forem encontradas, a corrupção não vai acabar. As instituições financeiras lucram muito com a corrupção. O problema é que o Brasil vive da corrupção. Agora que estourou a Lava Jato, que quebrou-se um dos elos da corrupção, o das empreiteiras, o Brasil vive uma crise econômica".

A grande mídia amestrada tupiniquim minimizou qualquer destaque para os fatos mais graves denunciados por Nelma Kodama: ?Eu sou doleira, comprava e vendia moedas no mercado negro. E isso vai constar no termo de colaboração que estou firmando. Eu não via que estava fazendo nada errado. Era como compra e venda de dólares. A operação do doleiro acontece por causa dos impostos envolvidos no pagamento de empresas no exterior. Eu não achava isso errado porque os impostos eram muito altos. Meu desejo é que a CPI possa chegar a uma conclusão, que os culpados sejam culpados e que tudo isso seja mudado".

Nelma Kodama, que ontem ficou mais famosa por ter cantado a música "Amada Amante", do Rei Roberto Carlos, sempre foi conhecida no mercado de câmbio pelo bom humor. Tanto que, nos bons tempos, costumava se proclamar como a ?dama do mercado de câmbio?. Investigações da Polícia Federal revelaram que Nelma costumava se comunicar com outros doleiros usando codinomes de atrizes famosas e sensuais de Hollywood, como Angelina Jolie, Cameron Dias e Greta Garbo - que não "acabou em Irajá", mas na cadeia... Agora, se fornecer provas de como atuava com o amado Alberto Youssef e o doleiro Raul Srour, o bicho pode pegar para muito "investidor" de fino trato, para gerentões de grandes bancos e até para dirigentes de instituições financeiras - que terão de rebolar para expor a velha desculpa petista de que "não sabiam de nada"...

Cadáver politicamente insepulto

Alguém se lembra que, na CPI dos Bingos, em 2006, o doleiro Antonio Claramunt, o Toninho Barcelona, apontou Nelma Kodama como responsável por operações em dólar para o PT na época em que Celso Daniel, assassinado em 2002, era prefeito de Santo André?

Ouvida, na mesma CPI, Nelma negou qualquer tipo de operação irregular, embora sua empresa - Havaí Câmbio e Turismo - operasse a partir do mesmo município de Santo André, no ABC paulista.

O fantasma politicamente insepulto de Celso Daniel assombra a cúpula petista de forma permanente, mas o susto, para sorte da petralhada, nunca se transforma em indiciamento ou processo judicial...
CAIU NA REDE É BAGRE
13/05/2015 09:42
A Sessão da Câmara de Vereadores de Ilhota ontem, se fosse um espetáculo teatral se chamaria "A Louca Varrida". Só agora consegui acessar o áudio no site. A vereadora Alyne da Silva mostrou total descontrole no seu discurso. Metralhou o prefeito de seu partido Daniel Bosi, a troco de nada. Ofensas em caráter pessoal. O discurso da Alyne demonstra que a Saúde de Ilhota vai mau. Provavelmente não deve ter conseguido agenda médica e deve tá faltando tarja preta no posto de saúde. Alyne além de ser a única vereadora do PSD é funcionária gratificada da prefeitura. Ou seja, gospe ou faz pior justamente no prato que come.
Herculano
13/05/2015 08:57
MAIORIA APOIA ABERTURA DE PROCESSO DE IMPEACHMENT, MOSTRA DATAFOLHA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ricardo Mendonça, editor-adjunto de Poder. Quase dois terços dos brasileiros (63%) afirmam que, considerando tudo o que se sabe até agora a respeito da Operação Lava Jato, deveria ser aberto um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O desconhecimento a respeito do que aconteceria depois disso, porém, é grande.

No grupo dos que defendem a abertura de um processo que, no fim, poderia resultar na cassação da petista, só 37% sabem que o cargo de presidente ficaria com o vice. Quando instados a mencionar o nome do vice, metade desse subgrupo erra.

Conclusão: só 12% dos eleitores brasileiros são a favor de um processo de impeachment contra Dilma, estão conscientes de que o vice assumiria o cargo e sabem que o vice é Michel Temer (PMDB).

As conclusões são de pesquisa Datafolha finalizada na sexta-feira (10), dois dias antes das manifestações programadas contra a presidente para este domingo. O instituto ouviu 2.834 pessoas. A margem de erro é de dois pontos.

Dilma não é investigada pela Operação Lava Jato, que descobriu a existência de um vasto esquema de corrupção na Petrobras, mas o Ministério Público Federal afirma que parte da propina paga pelas empresas que participaram do esquema foi repassada na forma de doações ao PT.

Embora o maior grupo da população apoie a abertura do processo de impeachment ?posição que nenhum partido relevante defende explicitamente até agora?, a maioria (64%) não acredita no afastamento de Dilma. Menos de um terço (29%) acham que a presidente seria afastada.

O apoio aos protestos contra a presidente é alto (75%), assim como a taxa de eleitores que associam Dilma ao escândalo de corrupção na Petrobras, objeto da investigação da Operação Lava Jato.

Para 57%, Dilma sabia da corrupção na estatal e deixou acontecer. Outros 26% opinam que ela sabia, mas nada poderia fazer para impedir.

A pesquisa mostra também que a Lava Jato pode estar alterando a percepção dos brasileiros a respeito dos problemas do país. Pela primeira vez, o tema corrupção aparece empatado com saúde na liderança do ranking de maiores preocupações. Para 23%, o maior problema é a saúde. Para 22%, corrupção.

O instituto apurou um empate também - este no limite da margem de erro - ao simular uma nova eleição presidencial. Se Dilma fosse cassada e novas eleições fossem convocadas hoje, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) alcançaria 33% das intenções de voto contra 29% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

REPERCUSSÃO
Em visita à Cidade do Panamá, onde está sendo realizada a Cúpula das Américas, Dilma foi indagada, na noite deste sábado (11), sobre os resultados da pesquisa Datafolha.

"Querida, eu não vou falar [sobre o tema]. Posso falar amanhã, depois de amanhã, quando chegarmos lá [no Brasil], sem problema nenhum. Mas, aqui, vou falar do que estou fazendo aqui", disse a presidente.
Herculano
13/05/2015 08:33
DE CAIXA RECHEADO, PT RENEGA DOAÇÕES PRIVADAS

Partido do governo no maior escândalo de ladroagem de todos os tempos, desmantelado pela Operação Lava Jato, o PT tenta se livrar da pecha de agrupamento de ladrões pregando o fim do financiamento empresarial de campanhas. Mas a nova bandeira somente foi adotada pelo PT após amealhar, em 2014, mais de R$ 300 milhões em doações de empresas. Doações de pessoas físicas representam apenas 0,2%.

Fonte principal
De todo o dinheiro arrecadado pelo PT em 2014 para a campanha de Dilma, 94,2% foram doações de empresas interessadas na reeleição.

Dinheiro garantido
A pregação do fim do financiamento privado somente foi deflagrado no PT após o Congresso triplicar o valor do "fundo partidário".

Batendo carteiras
Pela nova lei aprovada no Congresso, os partidos vão bater a carteira dos contribuintes brasileiros em mais de R$ 868 milhões por ano.

PT campeão do fundo
O PT deve receber 16,05% ou R$ 140 milhões só em 2015 da bolada do "fundo partidário" abastecido com dinheiro dos contribuintes.

Lula, Renan e Delcídio falam mal de Dilma em SP
A conversa entre Lula, Renan Calheiros e Delcídio Amaral, no fim de semana em São Paulo, parecia reunião de opositores, tal a virulência dos ataques a Dilma. Novo líder do governo no Senado, Delcídio (PT-MS) pediu carona a Renan, na visita a Lula, para suplicar ajuda. É que ele saiu com as mãos abanando de um encontro com Dilma, a quem solicitara "instrumentos" para atuar. A presidente nem respondeu.

Líder dele mesmo
Delcídio virou líder do governo no Senado por falta de opção. Mas ele sabe que Dilma não gosta dele. Nem Lula.

Desarticulação
A derrota do destaque mantendo INSS em 12%, na regulamentação das domésticas expôs a má articulação de Delcídio. Perdeu por 49x12.

Líder e "penetra"
Quando pediu a Renan para ser "penetra" na visita a Lula, Delcídio certamente não imaginava o nível de irritação dos demais com Dilma.

Mercadante ameaça
O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) mandou o recado para o ex-ministro Carlos Lupi, presidente e dono do PDT: ou seu partido vota a favor do ajuste ou sai do governo. O PDT já prepara o desembarque.

Dia do fico?
Carlos Lupi reúne a executiva do PDT, sexta, no Rio de Janeiro para discutir apoio ao governo. Ele não quer largar o Ministério do Trabalho, boquinha da qual foi enxotado por Dilma e onde ainda manda muito.

Apoio dispensável
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), desembarcou em Brasília nesta terça-feira para apoiar a indicação de Luiz Edson Fachin ao Supremo Tribunal Federal. Pegou mal para Fachin.

Ordem do Planalto
Partiu do Palácio do Planalto a determinação para abortar a votação da MP 664, uma malvadeza do pacote fiscal criada para dificultar o acesso à pensão ao auxílio doença. A bancada governista rachou.

A reação das vítimas
O deputado Paulinho da Força (SD-SP) não dá trégua a Dilma. Nesta terça, ele levou aposentados da Força Sindical fantasiados de doentes, que bradavam palavras de ordem contra a presidente.

Invertendo os papéis
Na sabatina de Luiz Fachin, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) chamou Ronaldo Caiado (DEM-GO) de "autista". Se fosse o contrário, ele seria acusado de discriminar portadores da doença.

Levou no papo
No dia em que a Câmara aprovava a MP 665, deputados do PCdoB almoçaram com Eduardo Cunha. Saíram tão encantados com Cunha que até racharam a conta da comilança.

Divisão
Não andam bem as relações da equipe do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), de Mato Grosso do Sul. Ele é um dos maiores produtores rurais do país, mas sabe que a economia estadual depende de outros setores, como a indústria e o comércio.

Premonição
Ao ouvir queixas sobre políticos, Ulysses Guimarães dizia, lá pela 48ª legislatura, final dos anos 1980, que ?pior que esse Congresso, só o próximo?. Ele nem imaginava como seria a atual, a 55ª legislatura...
Herculano
13/05/2015 07:57
QUESTÕES DE ORDEM: ARTES DA SOBREVIVÊNCIA, por Marcelo Coelho para o jornal Folha de S. Paulo

Foram quase duas horas de preliminares e questões regimentais antes que o jurista Luiz Edson Fachin, indicado por Dilma Rousseff para o lugar de Joaquim Barbosa no STF, começasse a falar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

A essa altura, por volta do meio-dia de ontem, o clima da sabatina já estava decidido. A oposição ao governo, representada tenazmente por Ronaldo Caiado (DEM-GO), tinha tentado adiar o questionamento de Fachin, perdendo por 19 votos a 7.

Com apoio de Aloysio Nunes (PSDB-SP) e de Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Caiado levantou uma das principais dúvidas sobre a indicação. Como dizer que Fachin tinha conduta "ilibada", como exige a Constituição, se ele acumulara o cargo de procurador do Estado do Paraná com o exercício da advocacia particular? Seria isso permitido? Dois pareceres da assessoria do Senado examinaram a questão e eram contraditórios.

Melhor, defendeu Caiado, fazer primeiro uma audiência pública em torno dos dois pareceres e depois marcar nova data para a sabatina. A discussão foi longa e só se resolveu com a votação nominal dos 26 membros da CCJ. Viu-se então que menos de um terço deles apoiava a tese do ruralista.

Entra, portanto, Fachin em cena ?e seu discurso inicial, com pausas emocionadas e citação ao papa Francisco, não tocou nesse assunto. Ele estava preocupado, antes de tudo, em diminuir a aura de esquerdismo que cercava seu nome.

Lembrando a infância pobre, e sua condição de "sobrevivente", o candidato ao STF falou de eventuais erros ao "superlativizar", no passado, a legitimidade das lutas sociais.

Posicionamentos simpáticos ao MST e teorizações sobre os limites do direito à propriedade fundiária tinham de ser amenizados agora; o jurista lembrou Max Weber, dizendo estar agora sob a égide da "ética da responsabilidade" e não (não mais?) da "ética da convicção". Há diferença entre o cidadão e o magistrado, prosseguiu; entre quem discute a lei e quem a aplica.

Sendo tucano, mas falando como paranaense, Alvaro Dias fez longo discurso de apoio ao professor da universidade federal de seu Estado. Se Fachin apoiou a candidatura de Dilma Rousseff em 2010, também apoiara Mario Covas na campanha de 1989. Não seria, portanto, um petista de carteirinha. De resto, como lembrou outro senador, o ex-ministro Carlos Ayres Britto, antes de ir para o Supremo, chegara a ser candidato a deputado pelo PT.

Apesar de novas insistências de Ronaldo Caiado - que estendeu por quase meia hora a sua inquirição, fingindo nem ouvir os pedidos de que obedecesse o prazo concedido -, a sabatina foi se suavizando pouco a pouco.

Insuspeito de "progressismo", o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) deu exemplos de gentileza. Qual a opinião de Fachin, por exemplo, sobre a maioridade penal? Seria cláusula pétrea da Constituição? O candidato não desagradou Crivella; foi evasivo nesse tema, estendendo-se sobre a formação cristã que ambos tinham em comum.

Houve tempo, ainda, para a célebre questão da "poligamia": seria o futuro ministro defensor de concepções tão amplas do que seja a unidade familiar? Fachin respondeu falando de seus muitos anos de monogamia. Crivella elogiou seu comportamento conjugal.

Qualquer tema ?do caso Battisti ao financiamento das campanhas eleitorais? rendia frases comportadas, mas nenhum compromisso real da parte do indicado. O que era para ser um embate entre governo e oposição não se verificou; muito menos houve uma sabatina em torno da ideologia ou das convicções específicas de Fachin.

A menos que ele radicalizasse o jogo, ou cometesse alguma gafe gigantesca, sua aprovação estava bem menos ameaçada do que se acreditava durante os últimos dias.
Heculano
13/05/2015 07:51
DE ED.KENNEDY@EDU PARA TODO MUNDO

Meu nome é Edward Kennedy, nada a ver com o xará irmão do presidente americano, que foi senador e veio para cá em 2009. Falou-se dos 70 anos do fim da Segunda Guerra e novamente fiquei esquecido. Todo jornalista que lida com notícia deve se lembrar que fritaram Ed Kennedy.

Em maio de 1945 eu era o chefe do escritório da agência de notícias Associated Press na frente ocidental da Segunda Guerra. Estava baseado em Paris, era um gato e bebia tudo com Ernest Hemingway. Na manhã do dia 6, um domingo, fui chamado pelo comando militar americano para embarcar num avião militar. Éramos dezessete. Não sabíamos para onde íamos, nem para fazer o quê. Ao desembarcar na cidade de Reims, onde estava do QG do general Dwight Eisenhower, entendemos tudo. O mundo já sabia que Hitler estava morto, que os russos já haviam entrado em Berlim. Era a rendição do Reich.

Fomos informados de que o que acontecesse ali deveria ser mantido em segredo. Logo depois chegou o general Gustav Jodl, chefe do Estado Maior alemão. O almirante que veio com ele pediu uísque, pareceu descontraído e matou-se dias depois. Às 2h41 do dia 7, segunda-feira, a turma do avião viu quando assinaram a rendição. Para espanto geral, fomos informados de que a notícia só poderia ser anunciada às 15h do dia seguinte, quando os alemães já tivessem capitulado cerimonialmente na frente russa. Voltamos para o avião e chegamos de manhã a Paris.

Eu dei umas voltas. Tinham-se passado mais de 12 horas, a guerra tinha acabado, mas isso não podia ser contado. Pior: uma rádio alemã já havia transmitido a rendição de Reims. Os censores mantiveram o embargo. Às 14h24 liguei para o escritório da AP em Londres e passei a noticia: "A Alemanha rendeu-se incondicionalmente". Pode ter sido a notícia do século.

Na primeira hora, fui festejado. Em seguida o comando aliado cassou minha credencial e o que era festa tornou-se recriminação. Colegas meus, reunidos em Paris, condenaram-me por 52 votos contra quatro. Meu comportamento teria sido "aético". Meus patrões pediram desculpas ao governo, chamaram-me de volta a Nova York e suspenderam-me. Não me davam serviço e um dia depositaram US$ 4 mil na minha conta, sem uma palavra. Era o sinal para que eu sumisse dali. Arrumei um emprego na Califórnia e morri num acidente de carro em 1963, aos 58 anos. Só quem me defendeu foi o A. J. Liebling, com um artigo intitulado "A Capitulação da AP".

Meu chefe chegou aqui pouco depois de mim e se esconde quando me vê. O general Eisenhower já me pediu desculpas. Outro dia conversamos sobre o comportamento da imprensa americana durante a invasão do Iraque e ele disse um palavrão, coisa que raramente faz. Já o general Patton continua xingando a minha mãe, mas isso não tem importância porque ele vive falando das mães dos outros. A Associated Press levou 67 anos para se desculpar.

Até hoje tem gente que propõe o meu nome para um Prêmio Pulitzer póstumo. Não sei se é boa ideia. Ficarei satisfeito se for lembrado por qualquer repórter que corre atrás da notícia em vez de prestar atenção no que lhe dizem os poderes da hora. No entanto, como ninguém mais se lembra de mim, cuidado, notícia é coisa perigosa.
Herculano
13/05/2015 07:02
NÃO ERA MESMO PARA VALER, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Apresentada como a prova cabal do renascimento do PT e de sua "volta às origens", a proibição imposta em abril pelo Diretório Nacional do partido ao recebimento de doações eleitorais de empresas não era para valer: passado menos de um mês daquele momentoso anúncio, noticia-se que diretórios estaduais petistas continuam a passar o chapéu entre pessoas jurídicas.

Não é que alguém tenha se iludido com mais um lance de marketing de um partido que se transformou em uma caricatura de si mesmo. Mas espanta a rapidez com que os embustes petistas vêm perdendo o viço, revelando sua verdadeira natureza.

Reportagem do jornal Valor informa que o diretório do PT da Bahia, por exemplo, pretende promover uma série de eventos, entre os quais dois jantares com empresários, ainda neste mês. O objetivo é conseguir dinheiro para quitar dívidas da campanha de Rui Costa ao governo do Estado no ano passado. O total chega a R$ 13 milhões, dos quais apenas R$ 500 mil foram pagos.

O presidente do diretório, Everaldo Anunciação, muniu-se de um argumento muito justo para ignorar a determinação da cúpula petista: a dívida tem de ser paga. Ele falou em ?compromisso moral? de resolver o problema, "buscando contribuições dentro da lei". Para Anunciação, a questão é simples: "Não podemos trazer prejuízo aos credores, que nos ajudaram nas eleições".

Situação semelhante se observa no diretório do Ceará, que tem de lidar com uma dívida de cerca de R$ 6 milhões, remanescente da eleição de 2014, e no diretório de Mato Grosso, cujos débitos somam R$ 2,6 milhões. Em todos esses casos, a interpretação que os dirigentes petistas fazem da resolução do Diretório Nacional é a mesma: o veto a doações de empresas só vale para dívidas futuras, e não para as passadas. Já o Diretório Nacional, por meio de nota, explicou que os escritórios regionais "podem continuar a receber doações empresariais" até a realização do Congresso do PT, em junho.

Nada disso está na resolução de abril, concebida com o único objetivo de criar um factoide. Mas a realidade é bem mais árida que a ficção petista. Segundo o diretório baiano, é improvável que a mera arrecadação de recursos entre os militantes do PT, por mais bem-sucedida que seja, baste para cobrir o rombo do partido - ainda mais quando essas dívidas de campanha superam R$ 55 milhões, como no caso do PT de São Paulo. "Acredito na força da militância, mas não podemos ter hipocrisia nem ingenuidade para falar de um valor tão alto", disse Anunciação.

"Hipocrisia" é, pois, a palavra adequada para definir a atual posição do PT. Justamente no momento em que seu partido aparece como protagonista do petrolão, depois de ter sido igualmente a estrela do mensalão, os petistas defendem o fim de doações por parte de empresas.

O escândalo do petrolão tem como centro o financiamento de partidos com dinheiro de grandes empreiteiras. O caso gerou enormes prejuízos financeiros e de imagem para essas companhias. Assim, é natural que tenha havido uma retração no fluxo de dinheiro para partidos.

Como a fonte está para secar, em razão dos escândalos que protagoniza, o PT quer posar agora de campeão da moralidade, anunciando que não aceitará mais os recursos de empresas ? e sugerindo que os partidos que não fizerem o mesmo estarão sendo coniventes com a corrupção.

A malandragem petista corrompe um debate muito importante para o País. O financiamento de campanhas eleitorais por parte de empresas distorce o sentido da representação democrática - pois empresas não votam. Empresas fazem negócios. A doação de pessoas jurídicas resulta em um poder econômico impossível de ser equiparado pelo cidadão comum.

Há, portanto, bons motivos para abraçar essa causa, mas o PT dela se aproveita com fins oportunistas. "O partido revitalizará a contribuição voluntária, individual dos filiados, filiadas, simpatizantes e amigos", diz a tal resolução do Diretório Nacional. Como é óbvio que apenas esses poucos recursos serão insuficientes para bancar a imensa máquina eleitoral em que se transformou o PT, a resolução não vale o papel em que foi escrita.
alfredo pereira
13/05/2015 06:48
ontem pela internet assistindo a sessao na cãmera de gaspar e uma vergonha o veriador mitinho uso a tribuna porque a pessoal da igreja santa rita de cassia nao coloco ele de festeiro e falo um monte de bobagem va fazer projeto a veriadora andreia e amarildo dois bobao so troca de palavras feia eu me pergunto oque ele estao fazendo
Herculano
12/05/2015 21:57
O PT SEMPRE ENCURRALOU QUE NÃO FAZ ACORDO, SE CALA OU QUE ELE ELEGE COMO ALVO. QUANDO TUDO SE DESNUDA, ELE CONTINUA NO ATAQUE, MAS COM POSE DE VÍTIMA. NO FACEBOOK, LULA CRITICA YOUSSEF SEM CITAR SEU NOME. NA SEGUNDA, O DOLEIRO AFIRMOU QUE LULA E DILMA SABIAM DE TUDO

Em mensagem divulgada nesta terça-feira, 12, em seu perfil no Facebook, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva critica, sem mencionar nome, o doleiro Alberto Youssef, delator da Operação Lava Jato. "É inaceitável que uma grande democracia como o Brasil, com 200 milhões de habitantes, uma das maiores economias do mundo, seja transformada em refém de um criminoso notório e reincidente, de um réu que negocia depoimentos - e garante para si um porcentual na recuperação do dinheiro que ajudou a roubar", escreveu Lula.

Em depoimento nessa segunda-feira, 11, à CPI da Petrobras em Curitiba, Youssef voltou a afirmar que Lula e a presidente Dilma Rousseff sabiam do esquema de desvios na estatal, mas disse que não teria como comprovar sua afirmação. É a segunda vez que Youssef faz um acordo de delação premiada com a Justiça. No caso Banestado ele também decidiu colaborar com as investigações sob condição de não voltar ao crime, acordo que não cumpriu. Nos termos do atual acordo de delação, firmado pela Operação Lava Jato, cujas ações são conduzidas pelo juiz Sérgio Moro, Youssef negociou uma redução da multa proporcional ao montante recuperado pela investigação sobre o esquema.

Na mensagem, Lula afirma que é "inacreditável que um bandido com oito condenações, que já enganou a Justiça num acordo anterior de delação premiada, tenha palco para atacar e caluniar, sem nenhuma prova, algumas das principais lideranças políticas do país, legitimadas democraticamente pelo voto popular". Para o ex-presidente, é inacreditável que se "dê crédito a criminosos para apontar quem é e quem não é honesto neste País".

"É uma pena que parte da imprensa brasileira venha tratando bandidos como heróis, quando tais pessoas se prestam a acusar, sem provas, os alvos escolhidos pela oposição; quando se prestam a difamar lideranças que a oposição não conseguiu derrotar nas urnas e teme enfrentar no futuro", pontuou o petista. "O Brasil merece ser tratado com mais responsabilidade e seriedade."
Herculano
12/05/2015 21:49
TWITTER HOSTIL, por Lauro Jardim, de Veja.

Bem treinado por assessores, Luiz Edson Fachin tentou se desvencilhar do PT na sabatina de hoje no Senado. Seu argumento de que "não teria dificuldade em julgar nenhum partido", no entanto, não convenceu os tuiteiros.

De acordo com um levantamento inédito da consultoria Bites, a hashtag #fachinao apareceu em 41 209 postagens no Twitter entre o início da sabatina e as 18h. Foram geradas 124 milhões de impressões na rede social, ou seja, cada um dos tuiteiros brasileiros teve contato com posts negativos a Fachin 5,6 vezes.

Já a hashtag #fachinsim esteve em apenas 12 431 postagens, 70% menos que a "rival". Os tuítes positivos ao indicado por Dilma a uma vaga no STF tiveram 27,5 impressões e atingiram cada usuário da rede social no Brasil 1,3 vez.
Herculano
12/05/2015 20:54
da série, na falta de argumentos e credibilidade, qualquer um serve já que tudo está perdido e esclarecido. Até parece discurso de gente na Câmara de Gaspar.

YOUSSEFF É CÚMPLICE DO PSDB QUE A DIREITA RESOLVEU SACRIFICAR PARA EXTINGUIR O PT, por Davis Sena Filho

Parte 1

"(...) O frisson do momento é a delação premiada de Alberto Youssef. Mas quem é Youssef? Um mergulho num passado não tão distante mostra que ele foi um dos doleiros usados pelo então operador do caixa do PSDB, Ricardo Sérgio, para "externalizar", num linguajar ao gosto da legenda, propinas da privatização selvagem dos anos 1990".

"Youssef é velho de guerra tanto em delitos como em delação premiada. Já fez uma em 2004, na época da CPI do Banestado, quando se comprometeu a nunca mais sair da linha. O tamanho de sua confiabilidade aparece em sua situação atual. Está preso de novo. Quem diz é o Ministério Público: "Mesmo tendo feito termo de colaboração com a Justiça (...), voltou a delinquir, indicando que transformou o crime em verdadeiro meio de vida". É num sujeito com tal reputação que oposicionistas apostam suas fichas (...)".

{Trecho do artigo "Vazamento premiado e o fator Yousseff", de Ricardo Melo, na Folha de S. Paulo.}

Todos os seres vivos e mortos deste pequeno planeta sabem e compreendem, até mesmo os coxinhas paneleiros analfabetos políticos, quanto mais as pessoas sensatas, e, por serem assim, são realistas e sábias, que a direita partidária, sob a liderança do PSDB, certos setores do MP, do Judiciário e principalmente a imprensa de negócios privados "rifaram" para o alto o doleiro Alberto Yousseff. Porém, retiraram o colchão de ar que o impediria de se machucar na queda, bem como o traíram, porque, seguramente, tal cidadão é cúmplice e foi o arrecadador de dinheiro para as campanhas eleitorais passadas dos tucanos.

Entretanto, dentre os muitos operadores das campanhas do PSDB, duas pessoas se destacaram para arrecadar valores monetários: Alberto Yousseff e Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, operador notório das campanhas do senador José Serra e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, responsável maior pela selvagem Privataria Tucana, que visou, sobretudo, desmantelar o Estado nacional e entregar, de bandeja, o patrimônio público brasileiro construído, no decorrer de décadas, por sucessivas gerações, que jamais se recusaram a pensar o Brasil para desenvolvê-lo e, por sua vez, conquistar sua independência.

Quem conhece e é íntimo do doleiro Yousseff são os políticos do PSDB e do DEM, apesar de que na política todo mundo sabe quem é quem, o que fez e o que deixou de fazer, mesmo quando se tenta esconder, porque nos altos escalões da República tudo se vaza, por mais que haja cuidado para que informações de Estado, segredos de Justiça e crimes cobertos por uma fina camada de verniz sejam escondidos da imprensa de mercado e manipulados quando se trata de informar o grande público - a sociedade.
Herculano
12/05/2015 20:54
da série, na falta de argumentos e credibilidade, qualquer um serve já que tudo está perdido e esclarecido. Até parece discurso de gente na Câmara de Gaspar.

YOUSSEFF É CÚMPLICE DO PSDB QUE A DIREITA RESOLVEU SACRIFICAR PARA EXTINGUIR O PT, por Davis Sena Filho

Parte 2

Os tucanos e seus principais aliados, a "grande imprensa livre" - como gostam de enfatizar certos coxinhas paneleiros, que desconhecem os bastidores da imprensa empresarial e dos partidos políticos -, o MP e o Judiciário, perceberam, e há muito tempo, que é necessário imolar alguns aliados incômodos, como o Yousseff, do que ficar também no olho do furacão, como se encontra o PT, que desde que venceu as eleições de 2014, anda não pôde respirar e muito menos ter algum momento de tranquilidade para governar e colocar em prática seu programa de governo, tão diversificado e criterioso, que levou o Partido dos Trabalhadores a governar o Brasil pela quarta vez consecutiva.

Contudo, a esquerda brasileira, progressista e desenvolvimentista, que ousou, inclusive, efetivar uma diplomacia independente e não alinhada aos Estados Unidos, apesar de saber que a direita brasileira é uma das mais poderosas e perversas do mundo, jamais pensou que, após estar no poder há 12 anos, ficaria imprensada contra o muro no dia seguinte às eleições de outubro de 2014, sem ter tempo ao menos para administrar o País e mostrar ao povo brasileiro o que está a ser feito e realizado.

Apesar de reações tímidas e setoriais por parte dos parlamentares e governantes do PT, a avalanche empresarial e direitista, com o apoio financeiro e propagandístico do governo dos Estados Unidos, transforma o Brasil, o País latino-americano mais poderoso, em um alvo de uma propaganda política virulenta, somente similar ao que houve na Argentina e na Venezuela, quando o casal presidencial, Néstor e Cristina Kirchner, e a dupla bolivariana, Hugo Chávez e Nicolás Maduro, tornaram-se alvos de uma conspiração internacional, à frente as burguesias apátridas desses dois países, que até hoje sofrem com uma forte campanha negativa orquestrada pelas mídias conservadoras e pelos segmentos mais ricos da sociedade, que até hoje conspiram contra a democracia e a emancipação desses povos.
Herculano
12/05/2015 20:53
da série, na falta de argumentos e credibilidade, qualquer um serve já que tudo está perdido e esclarecido. Até parece discurso de gente na Câmara de Gaspar.

YOUSSEFF É CÚMPLICE DO PSDB QUE A DIREITA RESOLVEU SACRIFICAR PARA EXTINGUIR O PT, por Davis Sena Filho

Parte 3

Alberto Yousseff foi escolhido pela direita brasileira para ir à forca. Todavia, ele tem boca, língua e um cérebro que grava suas memórias. Ele "entrega" o PT, em Curitiba, a capital brasileira onde a reação à vitória eleitoral de Dilma Rousseff é mais virulenta e que tem o apoio logístico e de pessoal do próprio Estado, que a presidenta Dilma Rousseff administra e comanda. Ou se esqueceram dos delegados federais aecistas, que fizeram campanha contra o PT e atacaram, desrespeitosamente, o ex-presidente Lula? Ou do juiz Sérgio Moro, com suas decisões de primeira instância, cujo principal propósito é fazer do PT um partido proscrito, porque implicar o caixa de campanha do PT e de seus principais dirigentes à operação Lava Jato viabiliza a criminalização do partido por meio da partidarização e da ideologização da PF e da Justiça Federal do Paraná.

Porém, era só o que faltava acontecer no Brasil. Depois da truculência, da seletividade e da partidarização de juízes de direita do STF, que se basearam na armadilha jurídica conhecida por "domínio do fato", para prender, sem prova de culpabilidade, lideranças petistas históricas e de grandeza nacional, a exemplo de José Genoíno e José Dirceu, agora querem extinguir o maior e mais importante partido brasileiro de todos os tempos, organicamente inserido na sociedade em quase todos seus matizes. Um partido que não revolucionou, mas modificou, profundamente, as relações sociais e econômicas até então impostas ao povo brasileiro, que se livrou da fome, da miséria absoluta e teve acesso, sem sombra de dúvida, ao mercado de consumo, à educação e ao emprego.

De repente, o MP e a Justiça do Paraná, onde atuam políticos de oposição, que agem de forma feroz, não se preocupam com a realidade dos fatos e nem observam os limites do jogo democrático, a exemplo de Álvaro Dias, Beto Richa e Fernando Francischini, resolvem "pisar na jaca" para influenciar a política nacional, porque estão a serviço, indubitavelmente, dos interesses do establishment e das candidaturas a presidente do PSDB. Um estado que politicamente nunca liderou a política nacional e que ora se faz presente por intermédio de caprichos de funcionários públicos togados, que resolveram fazer política partidária, porque optaram pelos interesses de uma direita que não se conforma de não ter mais o controle total do status quo.

Aos estúpidos que não enxergam a um palmo do nariz, vos direi: o que está em jogo neste momento é a criminalização e o indiciamento do PT e de seus principais dirigentes, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que, coincidentemente, venceram quatro eleições. Ambos políticos socialistas e trabalhistas, que enfrentam uma frente conservadora tão violenta, que faz com que setores importantes da sociedade vislumbrem suas quedas como políticos e mandatários e comemorem uma possível extinção do PT. Fatos estes que não ocorrerão, porque, no Brasil, viceja o regime democrático, cujo alicerce é a Constituição e o Estado de Direito. Existem instâncias judiciais mais elevadas que a do senhor juiz Moro, realidade esta que, sem dúvida, inviabilizará os desejos atávicos de vingança e de ilegalidade constitucional da direita brasileira, legítima herdeira da escravidão.

Por isto, a atenção das mídias, dos magnatas bilionários de imprensa e de seus empregados de confiança a mais um depoimento do doleiro Alberto Yousseff, em Curitiba. A imprensa burguesa espera por delações que atinjam a presidenta Dilma Rousseff para se iniciar seu processo de impedimento, bem como desconstruir a imagem de Lula, pois este político pode ser candidato a presidente, em 2018, com muitas possibilidades de vitória.

Acontece que o juiz Sérgio Moro vai ter de comer muito feijão para poder extinguir o maior partido trabalhista e de esquerda do País, sem, entretanto, ser legalmente e duramente questionado. Dizem que decisão judicial não se discute. Por sua vez, decisão político-partidária se discute. Quando um juiz resolve ser um andarilho dessas veredas tortuosas, é sinal de que ele resolveu sair de sua confortável redoma judiciária para encarar as agruras e os obstáculos da política.

Mais do que Dilma, o alvo é Lula. Temos uma burguesia que insiste em tratá-lo como "peão" de fábrica e não como um ex-presidente reconhecido internacionalmente e que saiu do poder com 92% de aprovação. Arrogante, a Casa Grande se reporta ao político trabalhista como se ele, um dos maiores presidentes que governaram a República Federativa do Brasil, fosse medrar ou simplesmente baixar a cabeça. Ledo engano. Lula tem seus defeitos, mas, seguramente, a covardia não é um deles. A verdade é que a direita que está a fazer o papel de juíza no Paraná está com muita dificuldade para provar o envolvimento dos mandatários petistas com corrupção e por isto está a rasgar a Constituição e o Código Penal.
Herculano
12/05/2015 20:52
da série, na falta de argumentos e credibilidade, qualquer um serve já que tudo está perdido e esclarecido. Até parece discurso de gente na Câmara de Gaspar.

YOUSSEFF É CÚMPLICE DO PSDB QUE A DIREITA RESOLVEU SACRIFICAR PARA EXTINGUIR O PT, por Davis Sena Filho

Parte 3

É como se a direita, de forma uníssona, se transformasse no ex-governador do Pará e ex-ministro da ditadura militar, Jarbas Passarinho, que, de acordo com os historiadores, afirmou ao presidente, marechal Costa e Silva, quando da assinatura do Ato Institucional nº 5: "Às favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência". E é exatamente assim que o PSDB e seus aliados da Justiça e do MP agem e se comportam. Às favas a legalidade constitucional e a estabilidade institucional. O que vale é derrubar o PT do poder mesmo com as eleições encerradas.

Às favas os mais de 54 milhões de votos concedidos à Dilma Rousseff pelo povo brasileiro. Às favas a autoridade dos tribunais superiores, a exemplo do STF e do STJ. Às favas as decisões do STF e da PGR contra o impeachment de Dilma e o indiciamento de Lula sobre supostos crimes que os mandatários trabalhistas cometeram. Às favas o direito de defesa de quem é acusado por um doleiro criminoso, que foi preso em 2004, fez deleções à Justiça e incorreu em novos crimes, até ser preso novamente, sendo que a intenção dos togados do Paraná é incriminar o PT, derrubar a presidenta Dilma e inviabilizar a candidatura de Lula, em 2018. Só não enxerga quem não quer. Ou enxerga, mas, hipócrita, aposta no golpe e na ilegalidade.

Yousseff é dos tucanos. Sempre o foi. Doleiro velho conhecido deles. E o PSDB, os jornalistas dos magnatas bilionários e seus togados vestidos de preto fingem que não sabem dessa história. Todos a dar uma de joão sem braço. Engessar o Governo popular de Dilma é de enorme necessidade política para a oposição. Por seu turno, mais do que engessá-lo é imperativo destruí-lo para depois fazer do PT um partido extinto em pleno regime democrático e de direito. O doleiro é cúmplice do PSDB, que a imprensa de mercado e a direita partidária resolveram sacrificar. Yousseff é cria do PSDB. É isso aí.
Deboche Conselheiro Cleber
12/05/2015 19:17
Herculano e dizem que não está sendo levado pelo lado politico, o conselheiro Cleber estava hoje de VERMELHO, debochando dos presentes, isso que não teve influencia politica.

E mais uma vez ele nada disse, apenas enrolou....
Herculano
12/05/2015 18:55
PARA O PT DE GASPAR, GRAVADOR NÃO DEVERIA EXISTIR

O vereador, presidente do PT e campeão de votos, José Amarildo Rampelotti, dançou. E ficou irritado por mais uma vez ter errado o passo. É que hoje pela manhã, na reunião do CMDCA, o grupo de Danças, mostrou que estava sendo perseguido e vendido. E como prova levou uma fala de Amarildo na Câmara.

A tarde, irritado, Amarildo tentou outra dança.
Herculano
12/05/2015 18:51
RENAN ANUNCIA QUE NOME DE FACHIN SERÁ LEVADO A PLENÁRIO NA PRÓXIMA TERÇA

Conteúdo do jornal O Estado de S.Paulo. Comissão do Senado analisa indicação de Luiz Edson Fachin para exercer o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal na vaga decorrente da aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa. Comissão do Senado analisa indicação de Luiz Edson Fachin para exercer o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal na vaga decorrente da aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou nesta terça-feira (12) que vai levar a plenário na próxima terça-feira (19) o nome do jurista Luiz Edson Fachin, indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), que está sendo sabatinado hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). "A prudência recomenda esse calendário", disse o peemedebista.

A decisão contraria a vontade do governo, que queria ver o assunto liquidado ainda esta semana. A ideia de líderes da base aliada era pedir urgência para que a votação acontecesse nesta terça ou quarta-feira. Renan mostrou-se contrariado quando questionado sobre o assunto e não respondeu como agiria se isso realmente acontecesse.

O gesto do peemedebista também demonstra que ele não ficou sensibilizado com a tentativa de reaproximação da presidente Dilma Rousseff, após os dois terem viajado juntos para o enterro do senador Luiz Henrique (PMDB), em Santa Catarina.

No domingo, o jornal "O Estado de S. Paulo" antecipou que Renan adiaria a apreciação do nome de Fachin em plenário para prolongar o desgaste que o tema tem causado ao Palácio do Planalto. Segundo aliados de Renan, o peemedebista não trabalha contra a aprovação do jurista, mas também não é do seu interesse dar uma vitória fácil do governo. A decisão atenderia ainda a um apelo de senadores tucanos, que não poderiam participar da votação porque estão em viagem para fora do país.
Herculano
12/05/2015 18:48
"VÍTIMA DAS CONVICÇÕES", por Reinaldo Azevedo, de Veja

A melhor intervenção, até agora, foi a do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que disse, com muita pertinência:

"O senhor em algum momento da sua vida fez as suas opções políticas e não cabe a qualquer um de nós exercer patrulhamento. Vossa Senhoria, como cidadão, é inviolável na sua opção, mas o fato é que eu quero crer que Vossa Senhoria é vítima das suas convicções".

É isso! Ninguém quer impedir Fachin de pensar o que pensa. A questão é saber se, em razão desse pensamento, ele pode chegar ao Supremo.

Ferraço também deixou claro que as explicações de Fachin sobre a dupla militância - procurador do Estado e advogado, quando a lei o proibia - são insatisfatórias.
sidnei luis reinert
12/05/2015 17:05

De Ronaldo Caiado:

Muito frágil a explicação de Luiz Edson Fachin sobre o exercício da advocacia privada ao mesmo tempo em que ocupou a função de procurador do Estado do Paraná. Como especialista que é, o jurista não poderia ter contestado a constitucionalidade do texto para ter a tranquilidade de exercer as duas funções? Ele simplesmente recorreu a OAB? Essa questão não ficou bem esclarecida e me preocupa sobremaneira porque coloca em xeque a condição de nós, senadores, criarmos condicionantes em lei, caso do Artigo 101 da Constituição brasileira que estabelece como critérios para assumir função de ministro no STF notável saber jurídico e reputação ilibada. Se não conseguirmos fazer isso estamos dando um péssimo exemplo e até um desserviço. Também questionei um manifesto assinado por Fachin em 2008 em que critica a criminalização do MST. O mesmo MST comandado por Stédile que fez um pronunciamento em Caracas conclamando todos da América Latina por uma só pátria e insufla todos a se unirem contra a população brasileira contrária ao impeachment da presidente Dilma. Fachin disse que uma propriedade invadida não pode ser desapropriada por lei, mas estamos assistindo ao MST promover invasões e extrapolar a lei desde 1998 e o INCRA estimulando essas invasões. O que tem nos preocupado é o viés bolivariano nesse processo que é muito mais ideológico do que uma preocupação de lutar por uma reforma agrária que tenha resultado. Gostaria de ver a mesma capacidade de Luiz Edson Fachin de produzir textos para se debruçar sobre esse assunto grave a exemplo das desapropriações para terras indígenas. Há hoje 383 laudos da Funai para novas terras, causando enorme insegurança jurídica no campo.
Roberto Basei
12/05/2015 16:48
Só com 12 SDR, haveria muita gente desempregada!
Herculano
12/05/2015 14:49
ALGUÉM TINHA DÚVIDA DE QUE SE TRATAVA DE UMA VINGANÇA DO PT CONTRA O GRUPO DE DANÇA DE GASPAR? A MAIORIA DOS GASPARENES NUNCA TEVE ESTA DÚVIDA. OU FAZ COMO O PT QUER OU É DESMORALIZADO, APANHA, SOFRE.... O CAMPEÃO DE VOTOS, O PRESIDENTE DO PT E VEREADOR JOSÉ AMARILDO RAMPELOTTI, MAIS UMA VEZ DEIXOU A PROVA DISSO. E NOS DISCURSOS, DIZEM QUE O ÓDIO É DOS OUTROS... ACORDA, GASPAR!

Não vou fazer nenhum comentário. Vou reproduzir o que está na reportagem do jornal Cruzeiro do Vale

Associação suspeita de motivação política

Os representantes da Associação Amigos da Dança de Gaspar também questionaram os conselheiros se a decisão de aprovar ou reprovar o projeto envolve o governo municipal. O CMDCA afirmou que a análise independe do governo, porém, o professor de dança Marco Aurélio passou a gravação de um áudio, em que o vereador Amarildo Rampelotti, PT, líder do governo na Câmara, afirma que o projeto teria passado pelo governo municipal antes do parecer final.

A fala foi registrada na sessão da Câmara de Vereadores da semana passada. "Realmente achamos que a reprovação do nosso projeto tem a ver com questões políticas, já que no desfile do aniversário de Gaspar mostramos nossa insatisfação ao concurso público da prefeitura, que abriu uma vaga para arte educador de dança, retirando do cargo os direitos de professor", questionou.
Herculano
12/05/2015 13:47
ENQUANTO O PT, A SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E A PREFEITURA DE GASPAR BOICOTAM UMA ASSOCIAÇÃO, OS OUTROS RECONHECEM OS MÉRITOS·

Está no Facebook, de Marco Aurélio da Cruz Souza, um dos envolvidos no projeto. "Veja que fantástico todo o apoio que temos recebido, mas entenda o porque disso tudo pois A DANÇA em Gaspar está mesmo em crise:

- primeiro a PREFEITURA abre concurso público para área da dança e não querem contratar os profissionais como professor, e desta forma eliminam os direitos de professor que não são muitos, e desta forma querem contratar como Arte Educador; (O PT que se diz partido dos trabalhadores e tira os poucos direitos que temos. É isso mesmo produção?)

- Até o momento somos contratados como professores de dança porém não recebemos regência de classe, e veja só o que pessoal do RH de nossa prefeitura nos falaram orientados pela secretaria da educação, vocês não tem direito pois são oficineiros; Estou terminando meu Doutorado em DANÇA, após fazer mestrado e especialização em Dança e agora não tenho direito de ser professor?

- O CMDCA, conselho do município de Gaspar volta atrás e reprova o projeto da Associação Amigos da Dança de Gaspar; (PS: Estamos com o Manual da Promotora da Justiça da Infância e da Juventude de SC e está tudo na legalidade, e por sinal o conselho pediu para tirarmos coisas do projeto que nem era necessário);

PARA NOS DEIXAR FELIZES RECEBEMOS NESSES ÚLTIMOS DIAS INÚMERAS CARTAS DE APOIO DE PROFISSIONAIS DA DANÇA DE CIDADES DE TODO ESTADO DE SC, que estão indignados como esta situação, pois não conseguem entender como nós, como um conselho pode ser capaz de cancelar um projeto de grande valor educacional;

DA MESMA FORMA,RECEBEMOS MAIS DE 700 ASSINATURAS EM UMA CARTA DE REPÚDIO A ESTA AÇÃO DO CMDCA.

Mais de 13,968 pessoas visualizaram nosso primeiro comentário no face da Associação Amigos Da Dança.

Queremos mesmo que esta situação se resolva amanhã para que não tenhamos que nos preocupar com ações judiciais cabíveis a esta causa.

Só queremos trabalhar e continuar fazendo que estas crianças e adolescentes continuem crescendo como pessoas e artistas.

veja os resultados que tivemos nesses últimos dias:

- aprovados com 2 trabalhos para o Festival de Dança de Joinville SC, o maior do mundo;
- aprovados com 2 trabalhos para o Festival de Dança Passo de Arte em Indaiatuba SP;
- aprovados com 7 trabalhos para o World dance Festival a ser realizado no Canadá.
Herculano
12/05/2015 13:41
LUIZ HENRIQUE

O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, ex-PMDB, PSB, PPS e hoje sem partido me escreve, com o intuito de esclarecer.

"Quanto ao nome do meu filho LUIS HENRIQUE SCHNEIDER SCHMITT, foi uma homenagem para dois tios Henrique Schmitt (popular Nego Schmitt irmão do meu Pai) e Henrique Schneider(irmão do Paca). Além disto o Luís é com "S"."

Reafirmo o que escrevi. Pois, um dia, ouvi esta história do próprio Adilson. Quanto, ao "s" trata-se de um detalhe que não muda o som.
sidnei luis reinert
12/05/2015 13:23

De Ronaldo Caiado:

O PT quer que você pague a conta do desgoverno. São R$ 47.000.000.000,00. Enquanto isso, 39 ministérios e a "companheirada" sugam o Estado.
Entre as medidas prejudiciais, estão:
Tornar mais difícil o acesso a benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego e o abono salarial (proposta foi aprovada pela Câmara e agora segue para o Senado);
Limitar o acesso a benefícios previdenciários, como o pagamento da pensão por morte (ainda precisa ser votado na Câmara e no Senado);
aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre as operações de crédito ao consumidor de 1,5% para 3% (medida em vigor desde janeiro);
Aumento de taxas sobre combustíveis: a elevação do Pis/Cofins e a retomada da Cide aumentaram o preço da gasolina em R$ 0,22 e o do diesel em R$ 0,15 (em vigor desde o final de janeiro);
fim da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros (desde janeiro);
Veto à correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda (em março deste ano);
Ajuste da alíquota do PIS/Cofins sobre a importação, de 9,25% para 11,75%;
Atacadistas do setor de cosméticos passam a pagar IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) igual aos industriais;
Reduzir o corte de tributos sobre a folha de pagamentos (medida publicada em fevereiro).

http://economia.uol.com.br/noticias/infomoney/2015/05/11/brasileiro-tera-que-pagar-r-47-bilhoes-a-mais-em-tributos-gracas-a-ajuste-fiscal.htm
sidnei luis reinert
12/05/2015 13:21
Renan fecha com Dilma aprovação de Fachin, e ferve briga entre Cunha e Janot, com Paulinho no meio


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O poderoso opositor-aliado Renan Calheiros, que preside o Congresso Nacional e o Senado, já costurou com a Presidenta Dilma Rousseff o acordo necessário para que o nome do advogado Luiz Edson Fachin seja referendado para o Supremo Tribunal Federal. Se esta briga foi aparentemente resolvida - não se sabe a que preço e custo político -, outro confronto promete ser institucionalmente sangrento: a guerra entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, outro opositor-aliado do Palhasso do Planalto, e o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot.

Ontem, a batalha teve tiroteio simbólico promovido por ambas as partes. Jogando no time de Cunha - que corre risco de ser implicado nos processos da Lava Jato -, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, do Solidariedade, anunciou que apresentará uma emenda constitucional que proíbe a recondução ao cargo do Procurador-Geral da República. O recado de Paulinho da Força foi explícito e direto: ?A recondução de um procurador-geral já viciado não é boa para o MP. É importante que haja uma oxigenação?. Na mesma PEC, Paulinho pretende incluir uma emenda para limitar o mandato dos ministros do STF em 11 anos. Atualmente, os ministros podem ficar no cargo até morrer ou até completarem 75 anos (graças à recém-aprovada PEC da Bengala).

Rodrigo Janot preferiu reagir, de forma velada e até poética, aos ataques de Cunha e Paulinho (que recentemente fora processado pelo MPF, mas acabou absolvido, por unanimidade, pelo STF). Aproveitando a cerimônia de devolução de R$ 157 milhões desviados da Petrobras pelo réu Pedro Barusco (ex-gerente de Engenharia da "estatal"), Janot entoou versos da versos de Coração Tranquilo, música de Walter Francos, que fez sucesso nos anos 70: "Nesse momento de turbulência, de muitos questionamentos, queria lembrar a todos que estão envolvidos nesse processo que, por mais pressão que possa existir. Isso me faz lembrar de uma poesia? nestes momentos a gente tem que ter calma: Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo".

Eduardo Cunha está pt da vida com Janot. O parlamentar perdeu a paciência depois que o Procurador-Geral pediu à Polícia Federal para fazer buscas na Câmara para checar se Cunha foi mesmo o autor de um requerimento de informação usado para chantagear o empresário Julio Camargo, um dos pagadores de propina investigados na Lava Jato. Paulinho já tinha apresentado, na semana passada, um requerimento de convocação para Janot depor na CPI da Petrobras. Outros aliados de Cunha fizeram o mesmo, em ação coordenada e demonstração de força. O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), pode colocar em pauta o pedido, se julgar conveniente, a qualquer momento. Na visão do parlamentar, basta um "consenso" entre os pedintes...

Esta briga entre Cunha e Janot, com Paulinho no meio dando uma força, promete ser uma das mais violentas da República de Bruzundanga, com consequências políticas e jurídicas imprevisíveis...

Indiciados

O Ministério Público pedirá ao juiz Sérgio Moro que indicie os ex-deputados federais presos na 11ª Fase da Operação Lava Jato: André Vargas (ex-PT-PR), Pedro Corrêa (PP-PE), Luiz Argôlo (SD-BA) - que estão presos em Curitiba - e Aline Corrêa (PP-SP).

Os nomes deles foram incluídos pela Polícia Federal nos sete inquéritos apuraram crimes de corrupção, fraude a licitações, lavagem de dinheiro, organização criminosa, entre outros.

Trinta pessoas foram indiciadas, sendo que em alguns casos houve investigados indiciados em mais de um procedimento.
Alfredo Silva
12/05/2015 08:38
Herculano

A empresa de transporte coletivo (que é uma concessão municipal) tem seus onibus emplacados em gaspar?
Herculano
12/05/2015 08:08
O QUE FACHIN FEZ NÃO FOI ILEGAL. FOI IMORAL. E EL SABE DISSO, por Ricardo Noblat para O Globo

Está marcada para hoje a sabatina do jurista Luiz Edson Fachin na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Ele foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Quer seja aprovado ou não pela Comissão, o nome de Fachin terá ainda que ser submetido ao crivo dos 81 senadores. Se avalizado por 41 deles, aí, sim, Fachin ocupará a vaga que foi do ministro Joaquim Barbosa.

Nunca antes na história dos últimos 80 anos do STF, a indicação de um nome para ministro provocou tanta celeuma. É compreensível.

Ministro algum foi indicado por presidente tão enfraquecido quanto Dilma. Antes não existiam as redes sociais onde qualquer pessoa pode dizer o que pensa a respeito de qualquer coisa.

De resto, o resultado apertado na eleição presidencial do ano passado e o desastre dos primeiros 100 dias de governo Dilma acirraram os ânimos de derrotados e de vencedores.

Há outra razão para isso ? e não menos importante: Fachin é ligado ao PT e partidário de Dilma. Pediu votos para ela em mensagem gravada exibida na televisão.


O temor de muitos, parlamentares ou não, é que Fachin reforce no STF a bancada dos ministros que seguem mais de perto a orientação do governo.

Como procurador do Estado do Paraná, ele acumulou o cargo com o de advogado de interesses privados. Havia uma brecha na Constituição que permitia isso na época.

Mas ele sabe que o que fez não era moralmente defensável. Essa talvez seja a mais feia mancha que carrega no seu currículo.

A aprovação do nome dele pelo Senado virou uma operação de guerra para o governo. A maioria dos 39 ministros foi mobilizada para que isso aconteça.

Governadores de Estados e empresários que doaram dinheiro para a eleição de senadores, também.

Dilma considera a eventual rejeição do nome de Fachin uma série derrota dela mesma.

Em breve, o Senado acabará referendando a indicação, podem apostar. Afinal, político tem pavor a se indispor com juízes de tribunais superiores porque quase sempre responde a processos ali.
Herculano
12/05/2015 08:03
da série, se essa gente não administra as suas próprias contas, ou propositadamente engana a legislação, como poderá administrar e exigir as contas dos outros?

PAPEL E LÁPIS, por Mônica Bergamo para o jornal Folha de S. Paulo.

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal) está enviando ofício a diversos órgãos para que investiguem depósitos de R$ 22,9 milhões feitos pela campanha de Dilma Rousseff à gráfica VTPB Ltda em 2014.

PORTA DE ENTRADA

A empresa fica num endereço desativado. Mendes, que foi relator das contas de Dilma no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), notificou a Procuradoria-Geral Eleitoral, o Coaf, órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda, e a Receita Federal.

PORTA DE SAÍDA

Os proprietários afirmam que o endereço é formal, usado para comprar matéria prima e pagar encargos. E que os serviços foram prestados à campanha em representação e parceria com outras empresas do setor gráfico. A VTPB já teve como clientes também PMDB e PSDB.
Herculano
12/05/2015 07:50
E AGORA? DOLEIRO DIZ A CPI QUE PLANALTO (LULA E DILMA) SABIA, MAS RECONHECE NÃO POSSUIR PROVAS


O conteúdo é do jornal Folha de S. Paulo. O texto é de Estelita Hass Carazzai e Lucas Laranjeiras. O doleiro Alberto Youssef voltou a afirmar, em depoimento à CPI da Petrobras, que o Palácio do Planalto sabia do esquema de desvios de recursos em obras da estatal.

"A opinião é minha. É o meu sentimento. Agora, prova, não tenho", declarou.

O doleiro admitiu, nas quase quatro horas de depoimento nesta segunda (11), que não tem provas sobre o que ocorreu, mas enumerou episódios que, para ele, demonstram o conhecimento do Planalto.

Um deles, disse, ocorreu entre 2011 e 2012, após um racha no PP, aliado do governo.

Na ocasião, relatou, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, indicado pelo PP, afirmou que só iria se reportar "a quem o Palácio do Planalto determinasse".

O doleiro afirmou que "o assunto foi conversado com Ideli [Salvatti] e Gilberto Carvalho", que ocupavam as pastas de Relações Institucionais e Secretaria-Geral da Presidência, respectivamente.

Ele citou também a doação que teria sido feita, em caixa dois, à campanha da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), em 2010, a pedido do seu marido, Paulo Bernardo. "Ele era ministro e fez o pedido a Paulo Roberto Costa", disse.

O doleiro negou a afirmação de Costa de que ele teria feito, a pedido do ex-ministro Antonio Palocci, uma doação de R$ 2 milhões oriundos do esquema da Petrobras à campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010.

"Eu não conheço Antonio Palocci. Ele nunca me fez nenhum pedido para que angariasse recurso para a campanha de Dilma Rousseff."

SILÊNCIO
No primeiro dia de depoimentos da CPI em Curitiba, cinco dos sete convocados permaneceram em silêncio.

Apenas Youssef e Iara Galdino, que trabalhava com doleiros ligados a ele, falaram.

Os outros cinco convocados, todos presos em Curitiba - o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, o operador Mario Goes e os empresários Adir Assad e Guilherme Esteves -, optaram por ficar calados.

"Fica prejudicado o trabalho, certamente. Quem falou mais foi o Youssef, mas nada de novo. Foi mais do mesmo", disse o relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ).

Para o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), houve uma evolução quanto às discordâncias entre o doleiro e outros envolvidos que já falaram na CPI.

"Nós podemos evoluir para as acareações, já que ele [Youssef] se dispôs a fazer."

Motta disse que a CPI pode trazer novidades, principalmente com a contratação da empresa de investigação financeira Kroll. "Há fortes indícios de que existem recursos em contas no exterior que não estão no âmbito das delações premiadas", afirmou.

Youssef foi questionado pelo deputado Altineu Côrtes (PP-RJ) sobre suposta conta no exterior mantida por ele e pelo ex-deputado José Janene (PP-PR), morto em 2010.

A informação foi repassada pela viúva de Janene, Stael Fernanda Janene, à CPI.

A conta seria sediada em Luxemburgo, e, de acordo com Côrtes, tinha um saldo de 185 milhões de euros - ou cerca de R$ 600 milhões.

A viúva de Janene acusa o doleiro de, com posse de uma procuração, ter se apropriado do valor ali depositado.

Youssef negou que tenha tido qualquer conta conjunta com Janene.
Herculano
12/05/2015 07:43
O VALOR DO AMOR, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, para o jornal Folha de S. Paulo

As mulheres estarão emancipadas quando tiverem que pagar pelo amor, não apenas pelo sexo

Quanto custa o amor verdadeiro? Sábios dizem que o amor de uma garota de programa é sempre mais barato, porque você sabe exatamente quanto paga pela noite. Já o da mulher amada custa infinitamente, mesmo quando o amor acabou.

Palavras duras para uma segunda-feira, mas profundamente rodriguianas, e Nelson Rodrigues é um dos maiores pensadores em língua portuguesa, apesar de não ter ainda sido plenamente reconhecido como tal. Nelson deveria ser objeto de disciplina específica nos cursos de filosofia brasileira.

O problema do valor do amor é constante. A literatura romântica entende que o amor é uma das únicas saídas para o mal-estar da modernização burguesa.

Autores mais contemporâneos como Zygmunt Bauman chegaram a escrever livros identificando a utopia do amor como uma tentativa desesperada de enfrentar o caráter líquido dos vínculos.

O que sempre fracassa, porque o amor mesmo se tornou líquido diante da insustentável condição da vida que não seja pautada pelo dinheiro. E aí voltamos ao tema.

Nelson costumava dizer que dinheiro compra até amor verdadeiro. A frase, irônica, fala da condição profunda dos vínculos humanos, dependentes de condições materiais objetivas.

Onde você acha que nasceria um amor verdadeiro? Para trabalhar com clichês (a vida é um clichê), seria na Praia Grande, depois de oito horas de Imigrantes num carro 1.0 que, quando se liga o ar, anda como tartaruga ou então num fim de semana prolongado com viagem de executiva para Florença, na Itália?

Não precisa responder em voz alta. Guarde pra si a constatação do seu preço. Todo mundo tem um preço. O do amor costuma ser um dos mais caros. Já o do sexo sempre foi mais barato e mais sincero.

Claro, dirão os bonitinhos, que a questão é tipicamente materialista e que já amaram profundamente em meio ao trânsito da Imigrantes. Acredito neles, mas por uns cinco minutos. Esse é o problema. O ônus da vida cobra seu preço em tudo, seja em dólares, reais ou pesos argentinos.

A ideia de que dinheiro compra até amor verdadeiro não deve ser tomada como a única visão de Nelson sobre o amor.

No tocante à obra do autor, temos exemplos de personagens que sobrevivem ao peso da grana, o que demonstra uma certa dose de integridade. Mas integridade é milagre ou luxo (ou doença?), assim como amor verdadeiro que não se pode comprar com charme e mistério na Toscana.

E mais: para Nelson, resistir ao dinheiro nesse contexto poderia ser por si só uma forma de obsessão (doença?).

Logo, a "integridade" nesse campo poderia ser vista como mais uma forma de sintoma do que uma simples virtude. Amar sem dinheiro em sua obra muitas vezes é um modo de obsessão tal que a pessoa objeto dela preferiria alguém normal como amante, do tipo que se apaixona apenas por quem a leva para a Toscana.

Ou seja: "dinheiro compra até amor verdadeiro" pode também ser uma forma de normalidade afetiva.

Ruas lindas e silenciosas, antigas como o medievo ou o Renascimento, restaurantes pequenos, longe da CVC, hotéis charmosos e discretos. O amor, num cenário como esse, brota das paredes. Mas não é só isso.

Ao longo da vida, um amor perene também custa caro. Casas que devem se tornar mais lindas, carros mais novos, férias mais sofisticadas, uma casa de praia ou de campo, cursos para os filhos. Seguro saúde top. Enfim, tudo pode ser contabilizado na estabilidade que o amor exige para si mesmo.

Se falarmos da quase extinta classe média do Lula, a conta fica tão cara quanto a da Casas Bahia, no padrão contábil de cada consumidor.

Sim, tudo isso pode não garantir o amor verdadeiro ao longo dos anos. Mesmo a obsessão de que tudo isso garanta o amor pode ser apenas mais um sintoma na lista interminável de sintomas.

Mas, se o amor de alguém é mais caro do que isso tudo, talvez seja apenas sinal de que o amante não gastou o dinheiro da forma correta, e não que o dinheiro não seria capaz de comprar o necessário para a paixão.

As mulheres estarão emancipadas de vez quando elas também tiverem que pagar pelo amor e não apenas pelo sexo.
Herculano
12/05/2015 07:42
HOSPITAL DO PT DE GASPAR

Faz pouquíssimos dias que a administração que o PT colocou no Hospital de Gaspar para mostrar à cidade de como bem se administra uma casa de saúde filantrópica e que deveria ao mesmo tempo apontar os ladrões do dinheiro público, esteve na Câmara prestando contas. Foi lá na verdade para se justificar por não conseguir fazer o que se planejou. O Hospital é realmente um sugadouro de dinheiro público... e que os competentes nomeados, não são tão competentes assim como se anunciavam nos discursos e entrevistas nas rádios.

Mas, o que está na pauta da reunião de hoje da Câmara? O requerimento 80/2015 da trupe petista que inventou a intervenção: Antonio Carlos Dalsochio, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, Daniel Fernandes dos Reis, Hamilton Graf, o paladino das denúncias contra os ex-administradores e José Amarildo Rampelotti, presidente do PT.

O requerimento é endereçado à administração do Hospital que o PT colocou lá. Eles querem informações sobre o estacionamento situado no referido Hospital, o Águia Park:

1-Quanto é arrecadado mensalmente?

2-Qual é a porcentagem repassada para o Hospital? Ou trata-se de um valor fixo mensal?

3-Até quando o contrato entre o Hospital e a empresa é válido?

Uma pergunta básica. Por que os vereadores não fizeram tal questionamento durante a prestação de contas dos administradores do Hospital quando eles estiveram na Câmara para o chororô constrangedor? Vai ver que é o estacionamento o que dá prejuízo e atrapalha a gestão com os resultados prometidos pelo PT para os gasparenses. Acorda, Gaspar!
Herculano
12/05/2015 07:20
UM DESABAFO FORTE DE QUEM TRABALHA NA ÁREA SOCIAL EM GASPAR. MOSTRA O RETRATO E CONTROLE DO PT. E COMO SE INSTALA A PERSEGUIÇÃO E A VINGANÇA. QUER CONHCER COMO ISTO FUNCIONA CONTRA OS VULNERÁVEIS? VÁ AGORA PELA MANHÃ A REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO MUNICIPAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. ACORDA, GASPAR!

As politicas públicas fazem de conta, a interferência do Estado só desestabiliza as famílias e cria caos social. Tudo neste Município é de faz de conta. A Prefeitura, as políticas públicas, os servidores (salvo algumas exceções), o MP, Judiciário, a PM. Tudo está aparelhado. Os Conselhos deveriam ser instancias de controle social e estão todos aparelhados.

As pessoas que os compõem não tem conhecimento necessário e não compreendem as manipulações feitas. As poucas pessoas que se dispunham a ser críticas ou opinar são punidas severamente. Tem casos de que terceiros são punidos como retaliação ( a família do servidor possui uma empresa a fiscalização vai lá e autua, fecha, multa). Já trabalhei em outros municípios, mas nada se compara a Gaspar.
Herculano
12/05/2015 07:13
QUEM É FACHIN QUE VAI À SABATINA E CORRE O RISCO DE SER REJEITADO APRA MINISTRO D SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL POR TER POSIÇÕES CLARAS QUE QUESTIONAM A PROPRIEDADE, A FAMÍLIA...PROFESSOR E CATÓLICO, ADVOGADO PERSEGUE NOMEAÇÃO HÁ ANOS.


Elogiado pela cultura jurídica, Luiz Fachin sempre sofreu resistências por suas opiniões progressistas. Ele postou vídeos na internet explicando suas posições, material criado por profissional que atuou para Dilma, esclarecem os repórteres Frederico Vasconcelos, Bela Megale e Daniela Lima, do jornal Folha de S. Paulo

Em 2010, quando o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Eros Grau se despedia da corte, um jornal paranaense noticiou que era "pelo menos a quinta vez" que advogado Luiz Edson Fachin aparecia como "fortemente cotado" para a vaga.

Mas a cultura jurídica reconhecida do professor de direito civil esbarrava em resistências por sua atuação na áreas de direitos humanos e questões agrárias, onde coleciona posições progressistas.

A alegada proximidade com grupos como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) atrapalhava. Em 2008, ele assinou uma "Carta de Repúdio à política oficial" do Ministério Público gaúcho, na época acusado de tentar "criminalizar" a entidade com ações em série.

A assessoria de Fachin diz que ele não trabalhou para o MST nem tem amizade com seu líder, João Pedro Stédile.

Personalidades da academia e do Judiciário o elogiam. Associações soltaram notas de apoio. E até ministros do STF deram declarações favoráveis. "Do ponto de vista da qualidade técnica, não se pode falar nada contra ele", diz Sérgio Renault, ex-secretário de Reforma do Judiciário.

"Ele é muito técnico [...] Falar que é um quadro do PT e da CUT é má-fé", diz o cientista político Rudá Ricci.

Fachin nasceu em 1958 em Águas de Rondinha (RS), filho único de uma professora e de um pequeno agricultor.

Aos 17, mudou-se para Curitiba. Em 2006, criou seu escritório, com a filha como sócia. Em 2014, a banca associou-se à Girardi Sociedade de Advogados. Hoje, atuam em demandas arbitrais, mediação, questões cíveis, comerciais e ambientais.

Católico praticante, também atuou próximo ao empresariado. Foi árbitro da Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem CIESP/FIESP e é membro de diversas câmaras arbitrais no exterior.

Contra o que seus apoiadores chamam de "campanha difamatória", ele colocou vídeos na internet explicando suas posições. As páginas foram feitas pelo diretor de arte da empresa Pepper, Renato Rojas, que presta serviços para o PT e atuou na campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014, mostrou o jornalista Claudio Tognolli em seu blog.

A assessoria de imprensa da Pepper disse que não sabia que Rojas estava prestando serviços para Fachin. Segundo a empresa, o funcionário está de férias e não comunicou o trabalho à agência.

A assessoria de Fachin confirma ter contratado Rojas. O assessor de indicado diz que ele desconhecia o histórico de Rojas na campanha de Dilma e seu vínculo com a Pepper.
Herculano
12/05/2015 07:04
APÓS ABANDONAR FACHIN, GOVERNO TEME REJEIÇÃO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Após abandonar à própria sorte o advogado Luiz Edson Fachin, que a presidente Dilma indicou à vaga de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal, "caiu a ficha" no governo. Agora, o Planalto avalia como "risco real" uma decisão desfavorável do Senado. Ontem, foram realizadas gestões para um novo adiamento da sabatina desta terça (12), a pretexto do falecimento do senador Luiz Henrique (PMDB-SC).

Começa às 10h
Apesar das tentativas, a sabatina de Fachin deve começar pelas 10h desta terça (12), na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Mau momento
Eventual rejeição do Senado não será a Fachin (as alegações contra ele são até risíveis), mas sim ao governo, ao PT e sobretudo a Dilma.

Corpo-a-corpo
Ciente de que teria de se virar, Fachin passou a visitar senadores para esclarecer dúvidas a seu respeito, e aos poucos foi ganhando apoio.

Só se Renan quiser
O vice Michel Temer tem conversado com senadores e já avaliou entre amigos que Renan influencia ao menos 70% dos votos dos senadores.

JANOT VAI DISPUTAR REELEIÇÃO SÓ PARA CONTRARIAR
Ciente de que não será referendado pelo Senado, ainda que venha a ser o escolhido, o procurador-geral da República Rodrigo Janot deverá se apresentar em julho como candidato à lista tríplice a ser votada pelos mais de 1.200 procuradores da República que indicarão os finalistas para chefiar o Ministério Público Federal. A pretensão dele é expor a tentativa de investigados na Lava Jato de excluí-lo do cargo.

Quando setembro vier
O mandato de procurador-geral de Rodrigo Janot termina em 15 de setembro. Na última disputa, em abril de 2013, ele foi o mais votado.

Fim da recondução
Projeto de Paulinho da Força (SD-SP), deputado ligado ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, veda a recondução do procurador-geral.

Impedimento provável
Acusado de escolher denunciados e de arquivar 82 denúncias contra o governo Dilma, Janot pode enfrentar representações no Congresso.

Preparado
Aloysio Nunes (PSDB-SP) preparou um calhamaço de perguntas para a sabatina de Luiz Fachin, nesta terça. O tucano selecionou algumas sugestões que recebeu pelo Facebook. Diz que foram centenas.

Taques 2018
Com o pé fora da base governista, o PDT sonda nomes próprios para corrida presidencial de 2018. O presidente do partido, Carlos Lupi, tem indicado preferência pelo governador de Mato Grosso, Pedro Taques.

Pressão total
O Planalto já conta com a "traição" do PDT, na votação da MP 664, e quer garantir os votos do PP. No pacote de promessas: cargos na repartição do ministro Gilberto Occhi (Integração).

Fechando o cerco
Impressionado com a ousadia do dinheiroduto do BNDES para empreiteiras com obras no exterior, o senador Reguffe (PDT-DF) requereu cópias de todo os contratos desde 2003. Se ignorar o pedido, o presidente do banco pode ser acusado de crime de responsabilidade.

A ficha do distinto
Derrotado na reeleição para deputado federal, Meriquinho Batista (PT-PA) está cotado para a Sudam, por indicação do senador petista Paulo Rocha. Na Justiça, há várias referências a "dano ao erário" contra ele.

Greve dos excluídos
Maltratados, desprestigiados e até empobrecidos pelo governo Dilma como nunca na História deste País, funcionários do Itamaraty decidiram fazer greve no Brasil e até no exterior.

Perícia oficial
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fará a abertura do encontro "A Perícia Oficial na garantia dos Direitos Humanos", nesta terça, a partir das 9h, no auditório Nereu Ramos. A entrada é de graça.

Cantoria
A Câmara realiza sessão solene em homenagem ao Dia da Voz, nesta terça. Entre os convidados está o deputado Sérgio "Menino da Porteira" Reis (PRB-SP), que prometeu dar uma canja e soltar o gogó.

Pensando bem...
...num País em que até o intelectual Sibá Machado (PT-AC) dá palpites em política externa, quem precisa do Itamaraty?
Herculano
12/05/2015 06:56
DE VOLTA AO RINGUE, por Bernardo Mello Franco

A aprovação da primeira MP do ajuste fiscal afastou as condições de se iniciar um processo de impeachment contra Dilma Rousseff. A avaliação é de um dos principais líderes da oposição: o presidente do PPS, Roberto Freire.

Para o deputado, a votação da última quarta mostrou que o governo ainda consegue formar maioria na Câmara, mesmo à custa de cargos e promessas. Ele afirma que a crise econômica não chegou ao clímax e que a oposição precisa ser "realista" ao medir as forças no Congresso.

"O impeachment não é produto do desejo individual de ninguém. Ele ocorre quando o governo não tem mais condições políticas de continuar", diz Freire, que exerce o sétimo mandato na Câmara e votou contra os cortes no abono salarial e no seguro-desemprego.

"Um presidente só cai quando o país se torna ingovernável. Quem derrubou o Collor não foram os caras-pintadas nem a oposição. Foi a classe dominante, que percebeu que a permanência dele no poder estava atrapalhando o país", afirma.

A situação atual é diferente, diz o oposicionista, porque o mercado financeiro e o empresariado se uniram a favor do ajuste. "Quem tem seus interesses atendidos pelo governo não vai trabalhar para derrubá-lo."

Há apenas duas semanas, os deputados do PSDB se diziam prontos para protocolar um pedido de impeachment. Freire recorre a uma metáfora do boxe para explicar como o vento mudou em Brasília. "O governo estava nas cordas, mas essa votação o colocou de volta no ringue."

As primeiras entrevistas do projeto "História Oral do Supremo", da Fundação Getulio Vargas, são valiosas pelo que revelam sobre o passado e o presente da corte. Um trecho do depoimento do ex-ministro Sydney Sanches: "Esse ministro que foi advogado do Lula, foi advogado do PT... Como é que é o nome dele?".

O nome é Toffoli. Dias Toffoli.

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