12/05/2015
UM NOME I
A vereadora (e professora licenciada) Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, conversou comigo por telefone sobre o teor da coluna da sexta-feira. Diz ela que a minha opinião não a agradou e nem a desagradou. Também nem poderia. A coluna não foi feita com nenhuma das duas intenções. Foi um diagnóstico particular de quem não possui interesse no desfecho do assunto. Mas, as controvérsias geradas por essa opinião bombaram na área de comentários da coluna na internet e principalmente na página do Facebook da vereadora, onde ela, de forma corajosa e transparente, postou o artigo para compartilhar com os amigos.
UM NOME II
Da conversa depreendi o seguinte. Andreia continua vereadora e o que faz, segundo ela, não tem a intenção oculta ou deliberada de ser candidata a prefeita. ?Faço o meu papel e procuro fazer bem feito pela comunidade?. Entretanto, sem ser absolutamente clara, a vereadora não descarta qualquer possibilidade. Andreia acha muito cedo para discutir as eleições de 2016. O que está certo na cabeça e planos dela é de não ser vice de ninguém.
UM NOME III
Andreia, neste momento, está convicta de que não deve emprestar votos, nome e credibilidade para quem não a possui ou não está construindo essa premissa fundamental para uma disputa majoritária municipal. A traição feita pela bancada do PT, do PP de José Hilário Melato, com a ajuda do PMDB que estava fora do acordo, para tomar a presidência da Câmara e que lhe foi jurada e prometida, está muito viva nas lembranças e aprendizado. Ingênua, acreditou em homens e políticos. Certo, por enquanto, Andreia quer ser candidata ao segundo mandato para vereadora.
MENOS IMPOSTOS I
O péssimo e incoerente exemplo da administração de Gaspar. Dos gasparenses ela quer cada vez mais, impostos. Aumenta o perímetro urbano, inventa taxas derrubadas na Justiça... Mas, veja esta. Depois de comprar muitos carros, caminhões e máquinas, a prefeitura resolveu alugar muitos outros. O pregão 18/2015 feito em março foi atrás de dezenas de carros de passeio. Coisa concorrida. Sete empresas participaram. Duas ganharam: a Rivel, de Brusque que ofereceu um tipo de veículo a R$1.200,00 por mês e a KMJ, de Itajaí, outro tipo a R$1.499,00 mensais.
MENOS IMPOSTOS II
Os carros alugados pela prefeitura e pagos com os impostos dos gasparenses não pagam IPVA em Gaspar. Estão emplacados em Brusque, como mostra a foto do pátio onde estão à disposição dos funcionários daqui. E o vereador Giovano Borges, PSD, amigo do poder, ingênuo, tentou até propor uma campanha ao Executivo para os gasparenses que moram aqui e trabalham em outras cidades emplaquem seus carros aqui, para que parte do IPVA ficasse na cidade. Ingênuo. Com o aluguel de veículos de placas de outras cidades, o PT mandou uma banana para todos os gasparenses. Casa de ferreiro, o espeto é de pau. Acorda, Gaspar!
CARTAS MARCADAS
Hoje cedo é dia de reunião ordinária do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Gaspar. A promotora Mônica Lerch Lunardi devia se interessar. A pauta é extensa. O pessoal do PT e da prefeitura, que a tudo aparelha e instrumentaliza na cidade, armou-se para enfrentar a realidade e a própria promotoria. E começa com a eleição da presidência do CMDCA. A vez é de um não governamental, mas se trabalha por gente ?recomendada?. A diminuição da exigência da escolaridade dos candidatos a membros do Conselho Tutelar pode voltar à discussão. O outro assunto complicado entre muitos, é aquele corte mandraque da verba do FIA para o pessoal da dança. O corte possui traços de vingança a quem faz sucesso.
TRAPICHE
De um leitor nos comentários que postou na coluna líder de acessos na internet: ?A presidente Dilma Vana Rousseff, PT, tem um novo apelido: Menina Maluquinha. É que a panela não sai mais da cabeça dela?, numa referência aos panelaços e do qual não escapa nem em casamentos de médicos amigos do Sírio Libanês, onde sempre escapam do SUS que é reservado ao povo. Em São Paulo ela foi chamada de ladra pelos manifestantes.
Luiz Henrique da Silveira, blumenauense, 75 anos, foi líder estudantil em Florianópolis, fez de Joinville a cidade para o sucesso profissional (advogado) e político. Foi prefeito, deputado estadual, federal, governador, e era senador. Mas falhou. Foi um exímio articulador, mas não fez e não permitiu um sucessor.
Se o PMDB de Santa Catarina é o que é, deverá sempre agradecer a LHS. Com todos os defeitos que ele tinha, sempre foi um aglutinador para preservar o poder. Mas, se o PMDB se desintegrar com a sua ausência, também terá que apontar para LHS e os que o sugaram.
O PMDB corre um sério risco de ficar fraco e ser um coadjuvante na política catarinense. Luiz Henrique não possui sucessor, e talvez seja um dos seus grandes defeitos que legará.
A marca mais clara de que ao PMDB catarinense lhe falte um líder, foi a infeliz declaração do presidente do partido e vice-governador Eduardo Pinho Moreira há duas semanas, de que não mandaria nada no governo de Raimundo Colombo, PSD, onde notoriamente, o PMDB manda mais do que o próprio Colombo e por isso, faz um governo pífio.
LHS, diante do desastre produzido por Pinho Moreira, dedicou a semana passada a costurar uma saída para a infeliz declaração, como revelou o ex-secretário de Luiz Henrique, Derly da Anunciação, executivo oriundo da RBS Florianópolis.
Deve-se à gestão de Luiz Henrique de unir os distantes, inoportunos e incompetentes, a criação das tais secretaria de Desenvolvimento Regionais, um cabideiro de políticos sem votos.
Dalírio José Beber, 66, nascido em Massaranduba, já foi candidato a prefeito de Blumenau, é eminência parda do governo de Napoleão Bernardes, presidente do PSDB estadual. Ele é fruto destas armações de LHS feitas de unir os improváveis para se ter poder.
Homem de reconhecida sorte. Dalírio agora será senador de Santa Catarina como o primeiro suplente de LHS. Blumenau já teve senador Evelásio Vieira, o Lazinho (Gaspar), e Jaison Tupi Barreto (Laguna), ambos do antigo MDB.
O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt era tão MDB e depois PMDB e Luiz Henrique da Silveira, que batizou um dos filhos de Luiz Henrique. O destino fez que LHS tomasse muita distância de Adilson e Adilson, desiludido, distância do PMDB (que ainda não saiu dele). Agora, Adilson quer sair da política, mas não consegue.
Edição 1686
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