Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

15/05/2015

fotopg5herculanoGG.jpgVIDAS EM PERIGO I
A catástrofe ambiental severa de novembro de 2008 ainda está viva nas nossas mentes. Blumenau, na topografia acidentada, preferiu trocar os conchavos e os votos fáceis por uma legislação clara e restritiva. Executivo e os vereadores de lá compreenderam essa necessidade para a proteção da vida. Em Gaspar, os vereadores começaram a brincar com coisa séria, com o futuro e vidas.

VIDAS EM PERIGO II
O PT contratou a Iguatemi ? a fazedora de projetos ? para revisar o Plano Diretor. Isso foi lá em 2011. Começou com R$ 300 mil (e teve cinco aditivos para esticar prazos e ajustar custos). Nada de audiências como determina o Estatuto das Cidades para os cidadãos discutirem o que se deve e o que se quer alterar. Apareceu, há dois anos, um monstrinho. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, e seu grupo, recuaram. E começaram, silenciosamente e entre poucos, a fatiar a aprovação daquilo que se questionou como um todo. Acabaram de aprovar o aumento do Perímetro Urbano, para atender um loteador amigo, secundariamente à revisão do Plano Diretor e arrecadar mais com o IPTU. O Plano de Mobilidade Urbana, cheio de erros, começou a ser analisado a toque de caixa na Câmara. É para não perder os recursos federais. Aliás, o tal Plano está voltando ao Executivo para o ?conserto?. Quem deveria entender e ?consertar? era a comunidade que vai usufruir da mobilidade.

VIDAS EM PERIGO III
Voltemos. O que apareceu na terça-feira na Câmara de Vereadores? O requerimento 182/2015 do vereador Jaime Kirchner, PMDB, representante do Belchior. O que ele quer? A alteração no Projeto de Lei Complementar 05/2014, que Institui a Lei de Parcelamento do Solo Urbano. Isso deveria estar na tal revisão do Plano Diretor. Kirchner quer mudar o artigo 5º, no item III, ?Em terrenos com declividade igual ou superior a 30%?. Kirchner, que não é engenheiro, quer 45%.

VIDAS EM PERIGO IV
O deretor Jaime é aparentemente uma pessoa esclarecida. Sabe o que é desmatar, cavar e se pendurar em morros, cuja geologia por aqui é instável. Se não bastasse, falta gente especializada para análise e fiscalização. No que ele se baseou para este pedido que cria perigo e é um retrocesso? Não se sabe bem, pois se trata de algo muito técnico, sério e complicado. No caso da declividade, o respaldo impeditivo está no Código Florestal e no mapa de uso do solo de Gaspar. É preciso esclarecer sob pena de criar ambiente para desastres e exposição de vidas.

VIDAS EM PERIGO V
O vereador Jaime quer ainda que no Art. 63,  ?Terraplanagens, movimentação de terra, cortes e outros serviços que impliquem na mudança do perfil topográfico dos terrenos apenas poderão ser autorizados se acompanhados de projeto ou anteprojeto urbanístico e/ ou arquitetônico do que se pretende construir no local?, seja alterado para ?Terraplanagens, movimentação de terra, cortes e outros serviços que impliquem na mudança do perfil topográfico dos terrenos poderão ser executados com autorização do Órgão Ambiental do município?.

VIDAS EM PERIGO VI
Nesse caso específico, o Crea estará interessado. Ele perderá a sua principal fonte de arrecadação que é a ART - Anotação de Responsabilidade Técnica - da elaboração do projeto topográfico e da execução dos serviços, além é claro da fiscalização do exercício de atividade e/ou função. Não pode um Departamento e ou Secretaria deixar de exigir um trabalho técnico sem a respectiva ART.

TRAPICHE
Alguns me cobram o meu quase silêncio sobre esse rumoroso caso do Grupo de Danças de Gaspar. Esse assunto é manchete em todos os veículos daqui. Eu seria repetitivo de algo que está claro para toda a cidade e desde o início: trata-se de uma vingança do PT e do governo de Pedro Celso Zuchi a quem não é amigo, faz sucesso e não se humilhou por algo que tem direito.

Na reunião feita na terça-feira no Conselho Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente ? CMDCA -, levou-se a prova de tal ato. Novamente, o presidente do PT e vereador José Amarildo Rampelotti, ficou exposto. Lá apareceu uma gravação sua de discurso na Câmara onde insinuava a retaliação. A língua é o chicote do dono. Mais uma vez.

Fervura. A extensa pauta da reunião do CMDCA, providencialmente se reduziu a dois: a eleição (ou indicação?) do presidente e o caso do pessoal do Grupo de Dança.

Caberia a um não governamental ocupar a presidência do CMDCA. A prefeitura jogou e fez do servidor público Jorge Dalarosa presidente. Ele entrou como um ?não governamental? por ser da Associação dos Bombeiros Comunitários. É assim que se disfarça o aparelhamento.

Ilhota em chamas. O povo do Baú ficou sem balsa mais uma vez para a travessia do Rio Itajaí Açú. E o Baú tem uma representante forte no governo de Daniel Christian Bosi, PSD: Tatiana Reichert, que já foi crítica feroz deste tipo de isolamento.

Ilhota em Chamas. Poucos entenderam o discurso da vereadora Alyne Cristina Debrassi da Silva, PSD, na última sessão. O prefeito Daniel, a que sempre defendeu ferrenhamente, como partidária e líder, virou alvo. Ela pareceu uma fervorosa oposicionista. Hum!

Não só os carros alugados pela prefeitura de Gaspar que não pagam IPVA aqui, mas parte da frota dos ônibus urbanos da Viação do Vale, uma permissão municipal.

Depois de tomar o Hospital, o PT e a prefeitura estão de olhos compridos no estacionamento que é explorado por particular.  O requerimento 80/2015 assinado pelos vereadores Antônio Carlos Dalsochio, (cunhado de Zuchi), Daniel Fernandes dos Reis, Hamilton Graf (o que fez a campanha para a tomada do Hospital) e José Amarildo Rampelotti (presidente do partido), pediram ao Hospital informações sobre o estacionamento explorado pelo Águia Park.

Eles querem saber: quanto é arrecadado mensalmente? Qual a porcentagem (ou valor fixo) repassada para o Hospital, até quando é válido. Vamos lá. Quem administra o Hospital? O pessoal do PT. Há duas semanas eles estiveram na Câmara choramingando. Não estão dando conta do recado. Por que os vereadores não fizeram essas perguntas lá, de viva-voz, para o seu próprio pessoal? Ai, ai, ai.

O PT de Gaspar entende muito de estacionamento dos outros. Quanto é para planejar e oferecer esse benefício à comunidade, a preocupação é zero. O vereador Luiz Carlos Spengler Filho, PP, quer saber da prefeitura: no projeto de construção da Policlínica foram previstos espaços para estacionamento de veículos? Ele é destinado aos funcionários ou às pessoas que utilizam Policlínica? Acorda, Gaspar!


Edição 1687

Comentários

Herculano
18/05/2015 19:50
O JUIZ SÉRGIO MORRO ENQUADRA MAIS TRÊS POLÍTICOS DA LAVA JATO

O conteúdo é da Agência Brasil - O juiz federal Sérgio Moro abriu nesta quarta-feira Ação Penal contra três ex-deputados federais investigados na Operação Lava Jato. O ex-petista, o paranaense André Vargas, o baiano do Luiz Argôlo, do Solidariedade e o pernambucano Pedro Corrêa do PP e já condenado no mensalão do qual cumpre pena, são acusados dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Os ex-parlamentares foram citados em depoimentos de delação premiada do doleiro Alberto Youssef. De acordo com a denúncia, André Vargas recebia e repassava dinheiro de contratos de publicidade firmados com a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde a empresas que não prestavam os serviços. De acordo com as investigações, o total do dinheiro repassado por Vargas chega a R$ 1,1 milhão.

No caso de Pedro Corrêa, ele e seu assessor Ivan Vernon usavam funcionários fantasma para movimentar o dinheiro oriundo de corrupção. Depois que Corrêa deixou de ser deputado, os repasses eram feitos com auxílio de funcionários de Aline Corrêa, sua filha, que exercia mandato no Congresso.

Luiz Argôlo, por sua vez, é visto pela investigação como um parlamentar com a relação mais próxima do doleiro Alberto Youssef. Argôlo visitava frequentemente o doleiro para receber dinheiro. Ele usava, inclusive, sua cota parlamentar de viagens para encontrar Youssef. Foi movimentada ilegalmente por Argôlo e seus associados uma quantia de R$ 1,6 milhão.

Com abertura da ação penal, os depoimentos de testemunhas de defesa e de acusação foram marcados para junho, quando os acusados também poderão apresentar defesa.

Na semana passada, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, realizado em Curitiba, os acusados evitaram responder a perguntas diretamente relacionadas à investigação.

Argôlo disse que não tem ligação com os desvios de recursos na Petrobras. André Vargas recusou-se a dar detalhes sobre sua relação com o doleiro Alberto Youssef e os negócios do laboratório Labogen, investigado na Lava Jato. O ex-deputado Pedro Corrêa declarou que nunca recebeu propina de Youssef.
João João Filho de João
18/05/2015 18:45
Sr. Herculano:

Pelo que li (às 08:57hs), a verdade sobre a Petrobras está lá fora.
Pra nós a Dilma mente (que novidade!!!).
A empresa relata grandes riscos futuros para o investidor americano.

Para bom inglês ... Bankruptcy!
Para português ... Falida!
Em dilmês ... Roubada!
Anônimo disse:
18/05/2015 18:38
Herculano, do Estadão - "Dilma corta programas sociais lá na raiz.
Há 5 meses, municípios não recebem recursos do Fundo Nacional de Assistência Social".

#ChupaZuchi
Juju do Gasparinho
18/05/2015 18:35
Prezado Herculano:

Quem diria! Únicas coisas que podem salvar as finanças do governo petista são as privatizações e o corte de direitos trabalhistas.
CANALHAS!
Herculano
18/05/2015 13:47
REPRESENTATIVIDADE

O governador Raimundo Colombo, PSD, vem a Blumenau para a posse do presidente da Acib. É tradição. Isto significa representatividade.

Lá a Associação Comercial e Industrial pensa na cidade e interfere, sem ser política e partidária. Por isso, tem o respeito.

Aqui a Acig é um braço do aparelho do PT que manda na prefeitura. Nem presidente de direto tem, tem um de fato, que agora que o colocou lá tenta manobras para dar regularidade a uma situação irregular.

Então se não se dá o respeito, não tem representatividade. Uma coisa de poucos, para menos ainda. Nada a ver com a cidade.

O governador vai trazer hoje a noite R$8 milhões para o Hospital Santo Antônio e outros R$3 milhões para ampliação.

O Hospital de lá, que atende os pobres e é filantrópico, não foi tomado por partido nenhum e suas administração é comunitária, transparente e aberta, inclusive nos defeitos que o torna um hospital pequeno diante das demandas da sociedade, inclusive no atendimento dos gasparenses que não encontram atendimento no Hospital daqui sob a intervenção do PT. Acorda, Gaspar!
sidnei luis reinert
18/05/2015 13:01

De Ronaldo Caiado:

O factóide da reunião que definiria cortes na imensa máquina estatal, essa mesma estrutura inchada por 12 anos de PT, trouxe mais do mesmo: vão botar outra conta em cima da população. Vem mais aumento de impostos por aí. Parece que nada consegue penetrar no intocável fisiologismo petista dos 39 ministérios. Entre a governabilidade chantagista e o bolso do cidadão, é fácil saber quem vai sempre perder diante de uma presidente sem comando.


http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,planalto-vai-associar-corte-a-nova-alta-de-impostos-para-garantir-ajuste-fiscal,1689190
Herculano
18/05/2015 09:06
SE CORRER O BICHO PEGA, por Valdo Cruz para o jornal Folha de S. Paulo

A vida não está nada fácil para Dilma Rousseff. Em vários flancos, ela vive aquela situação de se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Vamos por partes.

A petista levou um século para indicar Luiz Fachin ministro do STF. Quando o fez, só gerou confusão. Se antes já teve indicado ao Supremo chegando a Brasília no dia da sabatina no Senado, Fachin chegou bem antes e não consegue sair daqui.

Resultado do enrosco, Dilma conseguiu a proeza de chegar às véspera da votação de seu indicado sem ter a certeza de que ele será aprovado nesta terça (19) pelo Senado.

Se ganhar, ela também perde um pouco. Renan Calheiros, presidente da Casa, não quer Fachin. Promete infernizar ainda mais os dias da petista se ele virar ministro. Só que Dilma não tem mais para onde correr.

Neste domingo (17), a presidente reuniu sua equipe econômica para discutir e definir algo que sempre odiou. Cortar gastos, inclusive de investimentos e programas sociais.

Se dependesse apenas de sua vontade, a presidente cortaria o mínimo possível, quase nada, para tocar seus projetos e programas. Mas, se tomar esse caminho, a inflação volta a subir, o dólar dispara e os juros terão de ir para a estratosfera. Um autêntico beco sem saída.

Em setembro, Dilma terá outro abacaxi nas mãos. Vence o mandato do atual procurador-geral, Rodrigo Janot. Renan e Eduardo Cunha, presidente da Câmara, investigados na Operação Lava Jato, fazem de tudo para mandar Janot para casa.

Se ceder às pressões dos dois peemedebistas, será um vexame. Se fizer o mais recomendável e reconduzir Janot, indicará que não quer interferir nas investigações, mas sua vida pode virar um inferno como andam ameaçando por aí.

Enfim, Dilma está enrolada em encrencas criadas por ela própria. Não estivesse numa fase de fragilidade política, tiraria tudo de letra. Agora, não lhe resta outra saída a não ser enfrentar os bichos.
Herculano
18/05/2015 09:03
COISA INVENTADA POR LULA, O TORCEDOR. PARTE FOI PAGA COM O NOSSO DINHEIRO, A OUTRA ESTÁ PENDURADA, MAS UM DIA VIRÁ A FATURA. COM DÍVIDA DE R$ 1,15 BILHÃO, ITAQUERÃO COMPLETA UM ANO

Conteúdo é do Painel FC, por Bernardo Itri para o jornal Folha de S. Paulo. O Corinthians celebra nesta segunda (18) o aniversário de um ano de seu estádio, o Itaquerão, mas ganha um "presente de grego": a conta de R$ 1,15 bilhão chegou.

O estádio, que sediou 33 jogos oficiais do time, começa a ser pago em julho -parcelas mensais de R$ 5 milhões.

Inicialmente, o Corinthians não precisará desembolsar diretamente a quantia. Todas as receitas que a arena proporcionou desde então - bilheteria, venda de camarotes, publicidade etc - foram depositadas na conta do fundo imobiliário que administra a conta do estádio.

Até dezembro de 2014, o Itaquerão havia gerado R$ 11 milhões. Só no Paulista de 2015, a arena rendeu outros R$ 14,6 milhões brutos.

O plano dos idealizadores do estádio é que a arena se banque sozinha, sem que o Corinthians precise cobrir quando as rendas não alcançarem o valor das parcelas.

O prazo para pagar tudo é de 12 anos. A partir de 2016, as parcelas aumentam.

Mas a missão não é simples. O ex-presidente do clube Andres Sanchez ainda não conseguiu vender os direitos pelo nome da arena.

Os naming rights, se negociados pelos valores pedidos pelo Corinthians, renderão R$ 400 milhões em 20 anos. Ou seja, R$ 20 milhões por ano, valor que pagaria quatro parcelas anuais da arena.

Não há perspectiva para a conclusão do negócio. A diretoria diz apenas que conversa com quatro empresas.

Outras receitas que o estádio poderia produzir, com cadeiras cativas e lojas, por exemplo, estão engatinhando. O clube demorou e só lançou um plano para vender as cativas há algumas semanas.

A saída do time da Libertadores também afeta negativamente, pois é na competição que o clube registra as receitas recordes de bilheteria.

As parcelas de R$ 5 milhões dizem respeito ao principal empréstimo para construção do estádio, feito pelo BNDES ?R$ 400 milhões.

A Odebrecht, construtora da arena, e o Corinthians fizeram mais dois empréstimos para a obra, que somam R$ 250 milhões. Estes valores foram solicitados porque o empréstimo do BNDES demorou a sair e não havia dinheiro para que a obra fosse tocada a tempo de receber a Copa.

O terceiro meio usado para o financiamento da arena é o incentivo fiscal oferecido pela Prefeitura de São Paulo.

O município emitiu para o estádio R$ 420 milhões em papéis que podem ser negociados com empresas, mas a operação tem sido um fracasso. Uma ação movida pelo Ministério Público questionando a validade dos incentivos concedidos atrapalha na comercialização dos papéis
Herculano
18/05/2015 08:57
PETROBRÁS ADMITE A ÓRGÃO AMERICANO O QUE DILMA ESCONDE DO BRASILEIROS, por Reinaldo Azevedo, de Veja.


Ora vejam que graça! Reportagem de Fernanda Nunes e Mariana Sallowicz, no Estadão de hoje, dá conta de que a Petrobras fornece ao mercado externo - até porque passou a ficar sob estrita vigilância - informações que a presidente Dilma Rousseff sonega aos brasileiros

Em relatório enviado à SEC, a agência reguladora do mercado financeiro nos EUA, a estatal admite que as dificuldades financeiras pelas quais passa podem atrapalhar a exploração e produção do pré-sal. No documento, a estatal lista os obstáculos que terá de enfrentar para cumprir as obrigações com as reservas que já tem no pré-sal e ainda com as que deverá adquirir no futuro.

Pois é? O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, justiça se faça, em seminário recente sobre petróleo nos EUA, já havia afirmado que não vê mal nenhum em entregar áreas do pré-sal a empresas estrangeiras, mesmo sem a participação obrigatória da Petrobras, que, segundo o regime de partilha, tem de ser titular de pelo menos 30% da exploração. Na fórmula do ministro, bastaria à Petrobras ter a licença para recusar a participação.

Dilma não gostou e o desautorizou. Na semana passada, a governanta reafirmou as qualidades do regime de partilha - que impõe à Petrobras um custo com o qual ela não pode arcar - e a obtusa e contraproducente política de conteúdo nacional na área. E, de quebra, ainda aproveitou para atacar FHC. Ao mercado externo, no entanto, a estatal brasileira tem de dizer a verdade, especialmente nesses tempos em que se transformou num exemplo de tudo o que uma petroleira não pode ser.

No relatório, que é de preenchimento obrigatório, a empresa é explícita: admite que poderá ter problemas de caixa para enfrentar os desembolsos necessários para o pré-sal e antevê dificuldades para se financiar no mercado externo, especialmente se as agências de classificação de risco rebaixarem o seu rating.

O relatório é bastante realista. A estatal admite ainda que terá dificuldades para realinhar a política de preços para compensar as perdas acumuladas entre 2010 e 2014, quando o governo usou os combustíveis para fazer política econômica mixuruca.

E por que a Petrobras conta tudo, assim, de maneira tão clara? Porque, a esta altura, qualquer suspeita de que pode estar tentando dar um truque no mercado lhe seria fatal.

A Petrobras não pode enganar os mercados, mas o governo acha que pode continuar enganando os brasileiros. Vamos ver até quando, Dilma!
Herculano
18/05/2015 08:53
LULA MONTA CONSELHO PARA DEFINIR SEU FUTURO

O conteúdo é do jornal Folha de S. Paulo.Ex-presidente cria equipe para tentar pavimentar eventual candidatura.Time de petista tem Josué Gomes, Haddad, Padilha e Palocci; ministro de Dilma já foi participante assíduo, relatam Cátia Seabra e Gustavo Uribe

O ex-presidente Lula tem repetido que descarta a hipótese de concorrer à Presidência num cenário como o atual. Mas, por via das dúvidas, arregimentou uma equipe para pavimentar uma eventual candidatura em 2018.

Batizado de "grupo para o futuro", o time foi montado em 2014 e tem se reunido semanalmente no Instituto Lula, seu escritório político.

Além de assessores da entidade, o conselho de Lula inclui os prefeitos Fernando Haddad (São Paulo) e Luiz Marinho (São Bernardo) e os secretários municipais Alexandre Padilha (Relações Governamentais) e Arthur Henrique (Trabalho).

As reuniões contam ainda com a participação do empresário Josué Gomes, presidente do grupo Coteminas, do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e do presidente do sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.

Até janeiro, quando assumiu o Ministério do Planejamento, Nelson Barbosa foi assíduo participante. Agora, sua presença foi reduzida.

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, é um conselheiro eventual.

Lula conduz o debate baseado em pilares que define como marcos de sua administração: desenvolvimento social, estabilidade, direitos humanos e política externa.

Insatisfeito com a articulação política do governo da presidente Dilma Rousseff, repete que não tem condições de disputar a Presidência sem propostas. E admite não ter ainda essas respostas.

Segundo aliados, Lula teme o desvanecimento de seu capital político e está apreensivo quanto ao destino do PT.

Na opinião de um amigo, pela primeira vez Lula está "sem brilho no olhar".

Em busca de saídas, Lula recrutou seus colaboradores. Nos encontros, instiga-os a apresentar soluções. Ele também ouve muitas reclamações e pedidos de intermediação junto à presidente.

"As reuniões servem de aconselhamento ao presidente [Lula].Para orientá-lo nos movimentos que ele deve fazer", explica Rafael Marques.

Filho do ex-vice-presidente José Alencar, morto em 2011, Josué Gomes afirma que sua participação depende da disponibilidade de agenda.

"Participo quando o assunto envolve economia. Para dar um depoimento sobre como estão o mercado e a competitividade", afirma.

Além dessas reuniões, o instituto organiza a cada 15 dias um encontro ampliado, com a presença dos presidentes do PT, Rui Falcão, e da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas.

Para esses encontros, realizados num hotel, Lula convida palestrantes. Luciano Coutinho e o economista-chefe do banco Credit Suisse, Nilson Teixeira, já foram lá.

Instado a falar de sua atuação no time de Lula, Arthur Henrique desconversou: "O time de Lula é o Corinthians".
Herculano
18/05/2015 08:09
INTERNET DE DILMA NO AVIÃO CUSTOU R$2,3 MILHÕES

Dilma não dispensa internet rápida nem quando viaja no "Air Force 51", que custou ao contribuinte R$ 156 milhões, e no jatinho da Embraer: a Presidência contratou internet, fax e telefone via satélite exclusivos para serem usados nos dois aviões dela. O custo é de R$ 2,3 milhões por ano e usa exclusivamente equipamentos SwiftBroadband, da inglesa Inmarsat, que tem rede de 11 satélites espalhados pelo mundo.

Custo alto
A previsão da Presidência é de que o telefone satélite do avião custe R$ 2 mil/mês; o fax, R$ 1 mil/mês; e a internet, R$ 188 mil por mês.

Banana republic
As empresas de telefonia brasileiras não possuem a tecnologia exigida por Dilma para equipar os jatos: teve de apelar para a empresa inglesa.

A conta é nossa
Dilma "contorna" com tecnologia inglesa problema típico brasileiro: internet péssima. A diferença é que a conta não é ela quem paga.

Internet milionária
O contrato de R$ 2,3 milhões por ano para bancar internet via satélite nos aviões de Dilma é válido por 12 meses e renovável por até 5 anos.

RECEITA DO GOVERNO FEDERAL PASSA DE R$1 TRILHÃO
As receitas do governo federal, retiradas do contribuinte com impostos, multas e taxas, além de outras arrecadações oriundas de investimentos e outras cobranças, já ultrapassam R$ 1,05 trilhão, pela Transparência. O valor é ainda mais impressionante, pois foi atingido só nos primeiros quatro meses de 2015 e equivale à quase metade dos R$ 2,23 trilhões embolsados pelo governo Dilma em todo o ano passado.

O que falta é competência
Mesmo arrecadando R$ 7,86 bilhões por dia desde o início do segundo mandato, o governo Dilma explica o arrocho fiscal com a falta de grana.

Maior fatia
Só o Ministério da Fazenda arrecadou R$ 892 bilhões até 14 de maio, 27% a mais do que os R$ 700 bilhões registrados pelo "Impostômetro".

Futuro recorde
Se mantiver o empenho de meter a mão no bolso do contribuinte até o fim do ano, o governo vai fechar 2015 com receitas de R$ 2,87 trilhões.

Mulher-bomba
Deputados do PP temem a convocação de Stael Fernanda Rodrigues Janene, ex-mulher de José Janene, para depor na CPI da Petrobras. Ela parece saber muito e pode comprometer os corruptos.

Telhado branco
Desde que o registro biométrico de presença chegou à Câmara, o fluxo de antigos servidores se tornou maior, mas com breve permanência na Casa. Batem o ponto, reclamam e vão embora. E não se aposentam.

Ilegal não é, mas...
Causou estranheza a presença de ministros de estado em uma reunião político-partidária na residência oficial do vice-presidente Michel Temer. Apesar de muito suspeita, especialistas dizem não haver "ilegalidade".

Agiliza, Dilma
Michel Temer avisou a Dilma Rousseff que, para que a articulação política continue funcionando, é preciso andar com as nomeações pendentes. Esta é a principal reclamação da base atualmente.

Relator irrita
Não se fala a mesma língua no PMDB: o relator da reforma política, Marcelo Castro (PMDB-PI), conseguiu irritar Renan Calheiros, Michel Temer e o seu padrinho Eduardo Cunha ao recuar de pontos chave do relatório como mandato de 10 anos para senadores e o "distritão".

Elefante branco
O secretário de Turismo do DF, Jaime Recena, falou na Câmara sobre a subutilização dos estádios da Copa. O Mané Garrincha, que custou R$ 1,5 bilhão, virou elefante branco no governo a que ele serve.

De outro mundo
Os petistas da Câmara dos Deputados ficaram espantados com a propaganda do governo "Ajustar para avançar". Dizem que, de tão bonita, nem parece que a presidente Dilma vive no Brasil.

Prazo de validade
Para o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), acabou a trégua com o governador do DF, Rodrigo Rollemberg. Vai para a TV repetir o mesmo bordão contra Agnelo Queiroz (PT): "Governador, respeite o povo".

Pensando bem...
... depois de os ex-ministros Mantega e Padilha serem hostilizados em restaurantes, Lula e Dilma precisam ter cuidado onde comem.
Herculano
18/05/2015 08:01
POPULARIDADE X CREDIBILIDADE, por Aécio Neves em artigo para o jornal Folha de S. Paulo

Presenciei mais um amplo e justo reconhecimento internacional a Fernando Henrique Cardoso, o presidente que mais fez pelo desenvolvimento do Brasil e pelo fortalecimento de suas instituições, na nossa história contemporânea, e que recebeu semana passada, da Câmara de Comércio Brasil-EUA, o título "Pessoa do Ano".

Ao lado do ex-presidente americano Bill Clinton e diante de um auditório repleto de políticos e empresários, FHC fez um discurso que já nasceu célebre, coroado por uma frase precisa: "Pode-se governar sem popularidade, mas não se pode governar sem credibilidade". Nada mais atual.

Lembro que, em seus oito anos no Palácio do Planalto, FHC perdeu popularidade, mas jamais a credibilidade. Teve sempre como bússola a responsabilidade fiscal ao tomar medidas que, se não fossem as de aplauso fácil, eram absolutamente necessárias para colocar o país no mesmo passo do mundo em desenvolvimento ou impedir qualquer recuo ou risco às preciosas conquistas da estabilidade.

Especialmente no seu segundo mandato, como se sabe, enfrentou crises internacionais severas e instabilidades de toda ordem, além de uma oposição implacável. Ainda assim, jamais se permitiu apelar para o populismo barato, nem para a gestão irresponsável. O resultado foi a entrega ao sucessor de um país muito melhor e mais sólido do que recebeu.

Hoje, temos uma presidente que comanda um governo sem rumo, sem projeto e sem credibilidade. E essa não é mais a visão de um militante da oposição, mas do mundo. Fechamos a última semana com o Banco Central emitindo um boletim que confirmou a desaceleração da atividade econômica em todo o país.

No mesmo dia do reconhecimento a FHC, o FMI divulgou um estudo sobre a economia brasileira, no qual aponta "a erosão da credibilidade das diretrizes econômicas, em razão da persistente deterioração dos resultados fiscais e da inflação acima da meta".

Mais importante do que qualquer medida formal, para as instituições internacionais o crucial é o resgate da credibilidade e da confiança nas decisões econômicas. Missão difícil para um partido que mentiu durante toda a campanha e comanda um governo que não consegue convencer nem os membros de sua própria base aliada da necessidade de um ajuste nas contas públicas nos moldes do proposto pela administração federal.

Um governo que, em todo o primeiro mandato da presidente Dilma, desprezou a responsabilidade e recorreu a pedaladas fiscais para esconder os gastos irracionais e o populismo eleitoreiro. Fórmula que pode ter até lhe dado a reeleição, mas que lhe retirou grande parte do respeito de milhões de brasileiros.
Rose da Costa
17/05/2015 20:30
Será que o ministro das cidades atendeu o vereador Marcelo Brick? Hoje teve uma reunião entre os ministros do governo Dilma para discutir corte de gastos, será que o ministro Kassab vai cortar o dinheiro da ponte para 5 milhões?
Herculano
17/05/2015 15:58
UMA SAÍDA APRA DILMA, por Suely Caldas, para o jornal O Estado de S. Paulo

Tem perdido força o entusiasmo com a chegada do ministro Joaquim Levy ao governo. E a esperança de logo recuperar a economia se distancia. Não por culpa dele, muito pelo contrário. Levy se esforça: viaja a Londres, Nova York, injeta otimismo, promete prosperidade a investidores estrangeiros, garante que não há país mais promissor para investir do que o Brasil, almoça e janta com parlamentares para aprovar o ajuste fiscal, sua jornada se estende noite adentro em reuniões com assessores planejando caminhos para a ansiada retomada do crescimento. Ele não perdeu o entusiasmo, cumpre seu papel com garra, virou um showman, sorri otimista e segue em frente. Mas a crença dos brasileiros no futuro próximo começa a fraquejar.

Lá se vão cinco meses de governo e a situação econômica não dá sinais de se vai e quando vai melhorar. A inflação não cede, o termômetro da recessão avança, o desemprego acelera, os gastos públicos não recuam, indicadores econômicos e sociais pioram e o plano de investimentos ainda não mostrou a cara - as licitações para construir portos, estradas, aeroportos e usinas elétricas ainda são promessas, talvez só em 2016. Exceção para o leilão da 13.ª rodada de petróleo, que vai ofertar 269 blocos de óleo e gás em outubro. Com isso, a tal agenda positiva indicando caminhos da retomada do investimento, do crescimento e da geração de empregos continua ausente e sem dar cor ao cenário sombrio.

O quadro piora com a perda de popularidade e autonomia de gestão da presidente Dilma. Popularidade em baixa, ela perdeu o apoio político dos presidentes da Câmara e do Senado, que têm dificultado a votação do ajuste fiscal e ainda ameaçam aprovar propostas que aumentam os gastos públicos. Com os partidos aliados cobrando pedágios cada vez mais altos, Dilma perdeu apoio até do PT, e agora tem de arranjar às presas um remendo para substituir o fator previdenciário, que caminha para a extinção no Senado. No plano político, Dilma dá passos largos para o isolamento. Sua saída é torcer pelo êxito do plano de Levy de recolocar a economia nos trilhos e partir rumo ao crescimento econômico. Mas ela precisa ajudar.

Há quase quatro anos de mandato à frente e a vida não para nem espera, o País precisa viver, trabalhar, há aluguel, conta de luz, escola para pagar, os filhos precisam vestir, calçar, comer, comprar livros, remédios. É fundamental ter o governo eleito funcionando e regulando a economia para desenvolver o País e melhorar a vida do cidadão. Mas dona Dilma só tem enfrentado dificuldades no segundo mandato. Agora nem mais importa se tudo isso foi consequência de erros - alguns grosseiros, como lembrou Levy - dela e de sua equipe econômica do primeiro mandato. Importa é reverter o quadro, fazer a economia crescer, criar empregos, aumentar a renda das pessoas. E para desenvolver o País o investimento é crucial. Mas como Dilma pode ajudar?

Ela pode ajudar reconquistando a confiança perdida no primeiro mandato. Mais do que ninguém, ela sabe que a crise de confiança não se dissipou e tem freado o investimento privado. Empresários vacilam em investir, temendo mudança de regras no caminho e interferência indevida do governo em seu negócio. Temem que Levy saia tão logo a economia entre nos trilhos e tudo volte ao que era antes.

Ela deveria ter feito no início deste mandato, mas ainda há tempo de vir a público pedir desculpas à população por ter sido a maior responsável por mergulhar o País na difícil situação que enfrenta hoje e se comprometer com princípios cuja indefinição e incertezas têm afastado o investimento. Não se trata de capitulação, trata-se de dar vida e progresso aos quatro anos que lhe restam. Como fez Lula com a Carta ao Povo Brasileiro.

O governo perdeu investidores que antes conseguia induzir - a Lava Jato retirou de cena as grandes empreiteiras, os bilionários déficits atrofiaram o poder de investir dos fundos de pensão de estatais, Petrobrás e Eletrobrás vendem ativos para sobreviver. Dilma vai precisar, e muito, do investimento privado.
João João Filho de João
17/05/2015 13:52
Sr. Herculano:

Dilma faz dieta e emagrece 15 quilos

Postado por Polibio Braga

"Em meio à pior crise política e econômica pela qual o Brasil passa nos últimos 12 anos, há pelo menos uma coisa que tem dado certo na vida da presidente Dilma Rousseff: a dieta. Engajada no regime com o método do argentino Maximo Ravenna desde o fim do ano passado, Dilma já perdeu pelo menos 15 quilos. Além de evidente na aparência da presidente, a falta dos quilinhos levou a petista a reformar o armário. Mas, em vez de trocar tudo por roupas novas, a chefe do Executivo mandou apertar vestimentas."

Continua tão feia quanto o cão chupando manga.

Mariazinha
17/05/2015 13:43
Seu Herculano:

Furtaram os dois celulares do Secretário da Saúde de São Paulo?
Postado às 05:53hs. Bem feito, quem mandou sentar a mesa com ladrões. Pra mim quem afanou foi o Lulla.
Em 2006, a ex-petista e ex-senadora Heloisa Helena desmascarou Lulla quando disse que elle é o chefe da quadrilha, tanto é que ela foi expulsa do partido por não concordar com as roubalheiras.

Pega LADRÃO, quem roubou foi o bardoto barbudo.

Bye, bye!
Herculano
17/05/2015 13:32
FORA DA ONDA POLÍTICA ONDE A NOTA É ZERO, FILIPINHO TIRA NOTA DEZ NA FINAL E FATURA O TÍTULO DA ETAPA CARIOCA DO MUNDIAL PROFISSIONAL DE SURF

Não havia melhor forma de o paulista Filipe Toledo coroar seu título na etapa carioca da Liga Mundial de Surfe (WSL) do que com uma nota 10 na final deste domingo contra o australiano Bede Durbidge. Surfando em casa, Filipinho não deu chances para o rival e comemorou sua segunda conquista na temporada.

Campeão na abertura de 2015, em Gold Coast, o surfista paulista não apenas conseguiu mais uma taça para a coleção como também vai assumir a segunda colocação no ranking mundial, deixando para trás o australiano Mick Fanning. Filipinho ficará atrás apenas do compatriota Adriano de Souza, o Mineirinho.

Esta é a primeira vez na história que dois brasileiros aparecem nas duas primeiras colocações do ranking mundial de surfe, o que comprova a boa fase do país no circuito. A "Brazilian Storm" vem se consolidando cada vez mais depois do título de Gabriel Medina no ano passado.

Filipinho começou tirando um 4,50 na bateria final, na sequência conseguiu um 6,17 e em sua terceira onda veio o tão festejado 10, que levou ao delírio o público que acompanhava o brasileiro nas areias da Barra da Tijuca. Ele ainda teve um 8,33 e um 8,53 descartados, uma vez que na nona tentativa tirou 9,87.

Além do título e da nota 10 na final, Filipe Toledo também alcançou a maior somatória de toda a etapa do Rio de Janeiro, superando o norte-americano Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial, que logo na primeira rodada teve 19,27 contra 19,87 do brasileiro.
Herculano
17/05/2015 12:42
O ESTILO PT. COM BANDIDOS ELE DIALOGA E FAZ ALIANÇAS DE RESULTADOS E NEGÓCIOS. TALVEZ AJA ASSIM POR MEDO. COM OUTROS, RESOLVE ENFRENTAR E DEPOIS NÃO SABE COMO SE LIVRAR DA ENCRENCA QUE ELE PRÓPRIO CRIOU, POR SER IMPOSITIVO E DITATORIAL. OS EXEMPLOS NÃO FALTAM EM TODOS OS GROTÕES.

COM O PRESIDENTE DO SENADO NÃO É DIFERENTE. O ALAGOANO RENAN CALHEIROS, PMDB, PRESIDENTE DO SENADO, FOI O MELHOR ALIADO DE DILMA E DO PT ATÉ O INÍCIO DESTE ANO, QUANDO DILMA E O PT, TODOS LAMBUZADOS, RESOLVERAM ENFRENTÁ-LO. ACOSTUMADO COM A LAMA DESDE O TEMPO DO EX-PRESIDENTE FERNANDO COLLOR DE MELLO, COLOCOU O ARROGANTE PT E AUTISTA DILMA NAS CORDAS. AGORA DILMA E O PT ESTÃO PEDINDO PENICO.

O conteúdo é da revista Época (O Globo). No início da semana passada, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB, conversava em seu gabinete com outros senadores. Naquele momento, Renan tratava de uma pendência sobre a recente aprovação da PEC da Bengala, que estende dos 70 aos 75 anos a idade-limite para aposentadoria de ministros do Supremo Tribunal Federal e de outros Tribunais Superiores.

Renan tratava de responder ao Supremo sobre uma dúvida absurda, criada por uma declaração dele mesmo, de que os atuais ministros não precisarão passar aos 70 anos por uma nova sabatina para permanecer no cargo. Renan aproveitou a deixa para tratar com os senadores do assunto do momento, a indicação do advogado Luiz Fachin a uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal. "Se não fosse essa PEC, teríamos mais meia dúzia de Fachins aqui nos próximos anos", disse, em referência à indicação feita pela presidente Dilma Rousseff.

Renan deixou claro aos colegas que é contrário à indicação de Fachin a ministro do Supremo. Com certo cuidado, trabalha para impor a Dilma uma derrota que não acomete um presidente da República há 120 anos. Na votação marcada para a terça-feira, Fachin corre o risco de ser o primeiro indicado a ministro do Supremo rejeitado pelo Senado desde 1894. Naquele ano, na infância da República, o Senado rejeitou cinco indicados pelo marechal Floriano Peixoto em um período de poucos meses.

Floriano era um presidente em um mandato atribulado, acossado pela Revolta da Armada e que decretou estado de sítio em partes do país. O Brasil de Dilma está muito longe daquele de Floriano, mas o clima adverso daquele Senado com Floriano é semelhante ao do Senado de hoje com Dilma. A derrota agora seria ainda pior. Com a aprovação da PEC da Bengala, a vaga destinada a Fachin pode ser a última chance de Dilma fazer um ministro do Supremo.
Herculano
17/05/2015 12:23
O MONOPÓLIO DA ÉTICA ESTÁ SOB AMEAÇA, por Carlos Tonet


O vereador Vanderlei de Oliveira [PT e ex-presidente da Câmara de Blumenau] é multicampeão da ética.

Foi três vezes campeão da Libertadores da Ética e bi-campeão Mundial em Tóquio.

É o maior campeão brasileiro de ética reconhecido pela CBF.

Se Arremesso de Ética fosse esporte Olímpico, Vanderlei teria trazido pelo menos umas 20 medalhas de ouro pro Brasil.

Vanderlei é tão ético, tão ético, mas tão ético, que fez campanha pra deputado dizendo que a ética dele valia voto.

Enquanto tinha gente trocando voto por cimento, ele trocava voto por ética.

Vanderlei está agora diante de um novo desafio: provar sua ética junto ao Tribunal de Contas, já que o Mariolino [Mário Hildebrandt, PSD, atual presidende da Câmara de lá] mandou pra lá uma denúncia de suspeita de uso de grana da Câmara pra pagar despesas de Correio da campanha dele.

De acordo com o Mário, Vanderleizão é suspeito de ter gasto irregularmente R$ 24 mil reais pra mandar informativos dele durante a campanha de 2014, sem licitação e usando até mesmo recursos do Gabinete da Presidência.

Deve ser tudo mentira.

Se eu fosse o Vanderlei metia um processo nesse Mário.

Uma coisa é certa: na Câmara, Vanderleizão deverá agir com muita ética ao julgar ele mesmo, pois ele é presidente do Conselho de??.. Ética.
Herculano
17/05/2015 12:14
PARTILHA, NÃO É O QUE PARECE, por Samuel Pessoa para o jornal Folha de S. Paulo

No dia 7 de maio, o líder do PT na Câmara dos Deputados, José Guimarães (CE), assinou artigo neste jornal defendendo o modelo de partilha na exploração do pré-sal.

Para o deputado, o modelo tem como principal motivo garantir que a União fique com a maior parcela das receitas do petróleo.

A afirmação está cabalmente errada e desinforma o leitor. Ambos os modelos têm as mesmas bases de arrecadação. São, portanto, equivalentes desse ponto de vista.

O contrato de partilha estabelece - além do bônus de assinatura e do royalty de 10% sobre a receita bruta - a partilha, quantidade de óleo que a empresa transfere ao Tesouro Nacional após descontar os custos da operação.

Na concessão, temos a participação especial, que é o pagamento ao Tesouro Nacional em dólares após descontar os custos da operação.

O fato de os contratos anteriores à descoberta do pré-sal garantirem valores à União que parecem baixos deve-se ao maior risco geológico que havia no momento em que os leilões ocorreram.

Evidentemente a descoberta do pré-sal reduziu o risco geológico. Faz sentido alterar os termos do contrato. A participação especial para os novos leilões pode ser alterada por decreto presidencial.

A segunda diferença é que, na concessão, a reserva é de propriedade da empresa, e na partilha a reserva continua de propriedade da União. O fato de haver a transferência de propriedade permite que a empresa possa colocar em seu balanço as reservas. Distinção importante pois melhoraria a precificação das empresas na Bolsa de Valores.

Não é verdade. A precificação depende do balanço e de todas as relações contratuais. Empresa que celebrou contrato de partilha que garante certa rentabilidade terá esse contrato precificado em Bolsa de Valores, mesmo que as reservas associadas ao contrato não sejam lançadas no balanço. Diferença assessória.

A terceira diferença entre os dois marcos regulatórios é a essencial: estabelece que a Petrobras será operadora única com pelo menos 30% do capital de todos os blocos do pré-sal e que a atividade de produção de óleo terá que atender ao requisito de 65% de conteúdo nacional.

O marco regulatório do pré-sal foi feito para dotar o Estado brasileiro de instrumentos de política de desenvolvimento industrial.

A alteração da figura jurídica de concessão para partilha visou diferenciar politicamente petistas de tucanos. Política menor. A política maior foram os instrumentos de política industrial: operadora única e conteúdo nacional.

O deputado considera que as alterações substantivas foram para melhor. Eu, que foram para pior.

Vale lembrar que quem decidiu construir Abreu e Lima, Comperj e as refinarias no Maranhão e no Ceará, que deram prejuízos até hoje de aproximadamente R$ 35 bilhões, foi o PT. Quem decidiu alterar o marco regulatório foi o PT. Quem decidiu congelar o preço da gasolina, que resultou em prejuízos de R$ 60 bilhões, foi o PT. Quem decidiu investir em média nos últimos quatro anos R$ 100 bilhões anuais, transformando a Petrobras na empresa mais endividada do mundo, apesar de a produção hoje ser 7% acima do nível de 2010, foi o PT.

Jogar a culpa dos problemas da empresa nos "esforços gigantes da oposição e de setores da mídia para depreciar a Petrobras" é atitude adolescente. O PT precisa aprender a se responsabilizar pelos seus atos.
Herculano
17/05/2015 12:05
A ESCOLHA DO JUIZ, por Fernando Gabeira para o jornal O Globo

O fato de Fachin ter votado em Dilma e ter afinidades com o PT não o desclassifica.

Mesmo sabendo que a primeira hora é sempre de bobagens, procurei ver desde o princípio a sabatina de Edson Luis Fachin. Afinal, era uma chance de acompanhar uma escolha de ministro e ter uma opinião sobre ela. Na verdade, minha objeção a Fachin não foi discutida profundamente na sabatina. Ela tem um viés político. O fato de Fachin ter votado em Dilma e ter afinidades com o PT não o desclassifica. Pelo menos em tese.

Outros ministros passaram pela política e fizeram um trabalho imparcial. O problema da tese são as circunstâncias concretas em que se aplica. Fachin é um eleitor de Dilma, tem afinidades com o PT. Seu nome é proposto como Ministro do Supremo no momento em que se investiga o escândalo que devastou a Petrobras. Todo esse esforço de investigação pode cair por terra no Supremo Tribunal Federal. Mesmo que isto não caia na sua turma, alguma coisa será resolvida no plenário. E escândalos como os dos Fundos de Pensão, estatais e BNDES podem chegar ao Supremo. Fachin foi acusado de flertar com a poligamia em seus textos teóricos. Mas falando francamente: se propusesse algo como o fim da família e da monogamia seria derrotado por 10 a 1. No entanto, se resolver ser camarada com a força política que ajudou a eleger, no caso Dilma e o PT, seu voto pode ser decisivo e sua entrada no STF uma cartada importante para neutralizar as consequências da Lava-Jato. Os empresários que foram soltos, sobretudo Leo Pinheiro, da OAS, o foram através do voto decisivo de Dias Toffoli, que tinha relações de amizade com o empresário.

Resta saber que tipo de eleitor de Dilma é Fachin. Será que considera a corrupção apenas uma nota de pé de página na história desses anos de governo? Para mim é um enigma. Algumas pessoas que conheço o apoiam: o advogado René Dotti, com quem sempre me aconselhei sobre questões jurídicas quando deputado, e Joaquim Barbosa, que conheço apenas de noticias mas tenho respeito pela sua coragem. E solidariedade pela dor nas costas. Não a sinto no cotidiano, mas tive a oportunidade de conhecê-la por um dias, depois de uma queda nas cheias do Rio Madeira. É duro trabalhar, ser eficiente, tolerante etc. com uma violenta dor nas costas.

Suponho que essas pessoas falem com responsabilidade, a partir de um conhecimento real de Fachin. No entanto, mesmo para elas, é necessário lembrar as circunstâncias. Ele está sendo apontado por um governo que, em breve, terá de julgar por corrupção, administração temerária para falar de algumas acusações. Imaginei, como observador, que alguém fosse levantar esta questão. Alvaro Dias, que defende Fachin, antecipou-se dizendo que Dilma é muito impopular e que não devemos rejeitar Fachin apenas para atingi-la. Mas Alvaro Dias não elaborou sobre alguns temas vitais: por que Dilma é impopular? De que a acusam as pessoas que vão para as ruas? Se respondesse a essas perguntas, seria forcado a concluir que não se rejeita Fachin para atingir Dilma, mas pelo medo de que o todo o esforço investigativo resulte na impunidade dos grandes responsáveis pelo maior escândalo da História.

Outros temas como simpatia pelo MST e reflexões sobre a família podem ter tido algum peso. Mas as reflexões sobre a evolução da família são parte de uma atividade acadêmica. Ninguém pode ser demonizado por pensar a poligamia, senão teríamos de queimar parte da literatura antropológica. O problema de ter ideias minoritárias e disputar um cargo desse tipo não se resolve negando reflexões como intelectual livre. É preciso explicar as ideias, mostrar que tem uma noção clara do pensamento majoritário, do que está escrito na Constituição.

Esta também é uma tarefa difícil. Em política, só após anos de convivência respeitosa com a maioria se ganha a confiança. Assim há sempre um pé atrás. As pessoas preferem quem compartilha suas ideias básicas. E quem vai condená-las por isso? Uma escolha de ministro do Supremo não deve se concentrar no futuro imediato. Há sempre a esperança de que o parlamento recupere sua coragem de decidir temas espinhosos. E deixe o Supremo aplicar a Constituição. No entanto, é um argumento a mais para demonstrar que não são questões de amplo alcance, como a família monogâmica, que estão em jogo.

É no curto prazo, na posição de Fachini diante das investigações, no seu alinhamento com os simpatizantes do PT no Supremo que residem as principais dúvidas. Espero que alguns de meus amigos tenham razão em confiar nele. Mas talvez por ter dedicado anos à política, privilegie esse ângulo. Pela experiência, acho inadequado Dilma indicar um dos seus eleitores fervorosos para julgar o desastre de seu próprio governo. Não temo um Supremo bolivariano, do tipo que absolve o governo de tudo e prende a oposição por qualquer coisa. Temo uma manobra defensiva, a fuga da responsabilidade histórica e moral do PT.

A família vai bem obrigado, embora sempre produzindo nova formas. Nas últimas décadas: família de um só chefe, casais do mesmo sexo. Na minha opinião, caso seja aprovado, os primeiros meses de Fachin vão definir a sua carreira. Escândalos oficiais o esperam na esquina. Sobreviverá?
Herculano
17/05/2015 12:02
TEMER: "ESTÁ DANDO CERTO", por Eliane Cantanhede para o jornal O Estado de S. Paulo

O texto aprovado na Câmara acaba ou não acaba com o fator previdenciário, criado pelo governo Fernando Henrique Cardoso, em 1999, para limitar as aposentadorias precoces? Há controvérsias. Uns acham que acaba, outros dizem que não. Michel Temer, vice-presidente e coordenador político do governo, me disse que não: "Houve muito entusiasmo com o fim do fator, mas essa é uma interpretação equivocada. Não foi o fim, foi uma adequação".

De fato, a Câmara só criou novas fórmulas: a soma da idade e do tempo de contribuição tem de dar 95 para homens e 85 para mulheres. Logo, o fator mudou, mas continua. Continuando ou não, foi uma forte derrota para a presidente Dilma Rousseff. Vai na contramão do ajuste fiscal; tem impacto nas contas da Previdência; confirma a insubordinação da base aliada. Motivo para festejar o governo não tem.

Para Temer, o importante é "uma solução rápida". Por isso, ele proporá amanhã aos líderes aliados que o Fórum de Debates sobre Política de Emprego, Trabalho, Renda e Previdência, criado por Dilma e centrais sindicais, sugira em 60 dias um modelo alternativo para o fator previdenciário, ou seu sucedâneo. O prazo para as demais discussões do fórum continuaria sendo de 180 dias.

A pressa faz sentido, porque o neo-oposicionista Renan Calheiros já avisou que a mudança vai passar no Senado e isso deixaria a presidente entre a cruz e a espada. Se não vetar, pode comprometer ainda mais a Previdência. Se vetar, vai bater de frente com o Congresso e com a opinião pública. Ela não está com essa bola para mais esse desgaste.

Já no dia seguinte à vitória na MP previdenciária e à derrota no fator previdenciário, Michel Temer reuniu os líderes aliados e virou uma baita lavação de roupa suja. "Deixei todos litigarem à vontade e depois disse: 'Isso foi ontem, quero ver hoje'", relatou ele, lembrando que, além do fator, havia destaques que poderiam desvirtuar ainda mais o objetivo da MP. No fim, PDT, PC do B e PTB, por exemplo, recuaram em alguns pontos.

"Deu certo. A quinta-feira foi tranquila", disse o vice, me fazendo lembrar a velha expressão: "A cada dia sua agonia". Haja agonia! E ainda falta amansar o Senado, que vota nesta semana a MP trabalhista e o nome de Luiz Fachin para o STF. "Acho que passam", limitou-se a dizer Temer, confessando não ter a menor ideia do que Calheiros conversou com o ex-presidente Lula na quinta. Curioso ele não saber. Ou nem tanto?

Outra cumbuca em que ele não quis meter a mão foi a brigalhada no PT, depois que o relator da MP previdenciária, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), encaminhou a favor da mudança no fator previdenciário. Se o relator petista dá de ombros para o Planalto, por que PMDB, PTB, PDT, PP.... deveriam ser fiéis?

Se não tem nada a dizer sobre petistas, Temer assume que tem bons contatos no lado oposto - na oposição. "Me dou bem com todos eles e é claro que essas questões (ajuste e fator previdenciário) não são para hoje, não são questões de governo, são de Estado." Aliás, o vice resume seu argumento para atrair os votos do DEM, decisivos para aprovar a MP trabalhista: "Hoje, somos nós que estamos no governo. Amanhã, serão vocês..."

Mesmo que o vice não admita, tudo indica que há dois objetivos na estratégia de encomendar ao fórum das centrais uma saída para o fator previdenciário. Um é fazer do limão uma limonada, dando ao governo e ao PT o bônus político de rever a "maldade do FHC". Outro é sacar um modelo que não tenha impacto agora, só nos governos futuros - quem sabe, governos da atual oposição?

Frio, elegante, gentil, Temer falou sobre a coordenação política: "Eu não poderia recusar. É um sacrifício, a tarefa é dificílima e estou trabalhando 24 horas por dia, mas está dando certo". Poderíamos acrescentar: apesar do seu PMDB, do PT de Dilma e desses estranhos aliados. Se é que está dando certo mesmo...
Herculano
17/05/2015 11:58
O GRANDE IRMÃO, por Merval Pereira para O Globo

O julgamento do Supremo Tribunal Federal que assegurou ao Ministério Público a atribuição de promover, "por autoridade própria e por prazo razoável", investigações de natureza penal, de que tratei na coluna de ontem, terá desdobramento em outras ações, como a que questiona a autonomia das interceptações de comunicação.

A disputa entre o Ministério Público e a Polícia Federal sobre investigações criminais ganhou dimensão especial a partir da repercussão das ações da Operação Lava-Jato, e há várias Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) sobre o alcance investigatório do poder público.

O fato de que, como registrei ontem, tanto o Ministério Público quanto a representação dos delegados gostaram da decisão do STF não significa que o debate entre as instituições será superado. Ao contrário, cada qual interpreta a sua maneira a decisão, o que deve gerar mais questionamentos.

No dia 28 de abril, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em resposta a questionamento do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), revalidou o uso do Guardião, sistema próprio de interceptação de comunicações para efeito de investigações, apelidado de "Grande Irmão". Por meio de pedido de providências, a OAB tentou impedir que o Ministério Público exerça o poder de interceptar comunicações, que ele assumiu em 2009, por meio de resolução própria. Ao fazer isso, segundo a OAB, e também a Associação de Delegados de Polícia (Adepol), usurpou atribuição das polícias Civil e Federal, prevista na Constituição e em lei regulamentar.

Em consequência da última decisão do CNMP, a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil acaba de entrar com nova Adin no STF, para não só impedir o uso do Guardião, como para anular as duas resoluções do CNMP em que o Ministério Público se baseia para investigar sem controle externo - as de 2009 e do último dia 28 de abril.

Para a Adepol, essas resoluções violaram a Constituição sob dois aspectos: ofender a competência federal para legislar sobre direito processual (C.F., art. 22, I)e o princípio da legalidade (C.F. art. 5, II e XII); e afrontar as funções exclusivas de polícia judiciária.

Pelas resoluções do CNMP, toda interceptação da polícia é obrigatoriamente fiscalizada pelo MP, mas o MP, embora só podendo interceptar também com autorização prévia do Poder Judiciário, pode interceptar todos os tipos de comunicação diretamente, sem consultar a polícia e sem ser fiscalizado por nenhuma outra instituição.

Os embates envolvendo a definição dos limites para ação do MP, regulamentados por lei após a Constituição de 88, já resultaram em 28 Adins no STF, incluindo esta última da Adepol. Esta deve se juntar a outra, impetrada pelo ex-procurador Antônio Fernandes Barros, que assinou a resolução de 2009, quando presidia o CNMP.

A explicação para essa aparente contradição é que ele foi voto vencido no então colegiado, assinou como presidente, mas, como procurador, na verdade é contra. Assim sendo, contestou a competência formal do CNMP para normatizar as interceptações, assinando Adin que está sob relatoria do Ministro Luís Roberto Barroso.

A ela deve ser juntada a nova Adin da Adepol. O sistema Guardião já é usado pelo MP em 17 estados, através de mão de obra que a Adepol alega não ser identificada, podem ser PMs ou agentes penitenciários, por exemplo.

Só no Rio de Janeiro, o MP requisitou mais de 200 policiais militares para atuarem em investigações. Em São Paulo, o MP local gasta mais de R$ 2 milhões por mês com a operação do "Grande Irmão".
Herculano
17/05/2015 07:41
COMO A PETROBRÁS FOI COMANDADA ATÉ QUASE SER TRAGADA PELA ROUBALHEIRA, por Ricardo Noblat, de O Globo

Que direção de órgão público ou de empresa estatal ou de repartição do governo resistiria incólume à revelação em detalhes de discussões travadas sob o manto do segredo?

Desconfio que nenhuma. Ou poucas. Talvez resistisse a direção de piedosas e seculares irmandades religiosas. Ou nem essas.

Nada é mais demolidor do que a transparência. Nada resiste à luz inclemente do sol a pino.

É o que prova a série de reportagens de Vinícius Sassine, de O Globo, escritas com base em gravações de reuniões da diretoria da Petrobras ou do Conselho de Administração da empresa.

A mais recente informa sobre a recusa dos principais conselheiros da Petrobras a acatarem pedidos para excluir de futuras licitações a empreiteira Odebrecht, envolvida na roubalheira da Lava-Jato.

Áudio da reunião de 4 de novembro de 2014, obtido pelo GLOBO, mostra que o conselheiro Sérgio Quintella, presidente do comitê de auditoria da Petrobras, afirmou serem "evidentes os indícios de fraude" em contrato de R$ 825,6 milhões da Odebrecht para serviços de segurança em refinarias no exterior.

Conselheiros questionaram a então presidente da estatal, Graça Foster, sobre o fato de a empresa holandesa SBM Offshore ter sido impedida de participar de novas licitações e a Odebrecht, não. A SBM confessou o pagamento de propina a funcionários da estatal.

Resposta enviesada de Graciosa, como Dilma chama Graça:

- Existe um processo, eu não sou advogada, peço ajuda aos advogados, existe um processo no Ministério Público decorrente da comissão interna. A Odebrecht tem um diretor com acusações do próprio Ministério Público, e isso está em curso. Por que punimos SBM e não punimos Odebrecht? É uma pergunta que eu não tenho elementos.

Entendeu? Eu, não.

Miriam Belchior, então ministra do Planejmento e membro do Conselho, apressou-se em sair em defesa da Odebrecht:

- Uma coisa é a empresa admitir o que fez. A outra é ter indícios e não ter as provas que o Ministério Público está averiguando. Vou adotar a mesma penalidade para situações diferentes? Todo mundo é inocente antes de provas. Esse é um cuidado que a empresa tem de ter, independente de quem está do lado de lá, se é pequena, se é grande. A despeito de indícios fortíssimos, nós não temos provas cabais. Não tenho, graças a Deus, procuração para estar defendendo nenhuma empresa. A gente precisa ser cuidadosa para ter as provas cabais, senão vamos fazer caça às bruxas.

Comovente, não?

Representante dos funcionários no colegiado, o conselheiro Sílvio Sinedino defendeu a exclusão da Odebrecht de novas licitações:

- A Petrobras pode se adiantar, sim. "Não vou convidar mais essa empresa, porque ela já quis me passar a perna em US$ 400 milhões". Quem garante que não vai passar a perna em US$ 1 bilhão? Acho que não devemos convidar mais.

Foi quando Guido Mantega, ministro da Fazenda e presidente do Conselho de Administração da empresa, pôs um ponto final do debate:

- Vamos tocar adiante (a reunião).

Dez dias depois, a Polícia Federal prendeu presidentes, executivos e funcionários de empresas suspeitas de integrar um cartel que fatiou contratos da Petrobras. A Odebrecht está sendo investigada.

Somente em 29 de dezembro do ano passado, a Petrobras excluiu a Odebrecht e mais 22 fornecedoras de futuras licitações. A Odebrecht tem R$ 17 bilhões em contratos com a Petrobras.
Herculano
17/05/2015 07:36
PAGAMENTOS DO PÃO DE AÇÚCAR A THOMAS BASTOS E PALOCCI ENTRAM NA MIRA DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, por Lauro Jardim, de Veja

Embora não militasse na área do direito concorrencial, parte dos pagamentos que Márcio Thomaz Bastos recebeu do Pão de Açúcar, ainda nos tempos em que Abilio Diniz controlava o grupo, era justamente para remunerar sua atuação no Cade - sobretudo na aprovação da fusão com as Casas Bahia.

No caso dos pagamentos a Antonio Palocci, a missão era outra: pendências na Receita Federal.

O MPF já está trabalhando em cima dos documentos relativos a essas contratações.
Herculano
17/05/2015 07:29
CONMEBOL ELIMINA O BOCA E DEFINE RIVER E CRUZEIRO NAS QUARTAS DA LIBERTADORES. E TEM GENTE QUE DEFENDIA COISA DIFERENTE, INCLUSIVE NA IMPRENSA. VERGONHA. MAS AINDA HÁ BRECHAS PARA REAVALIAREM COMO CERTAS ATITUDES BANDIDAS E DE BANDIDOS TRAVESTIDOS DE TORCEDORES, DIRIGENTES...

A Conmebol confirmou as expectativas e oficializou, neste sábado, a eliminação do Boca Juniors da Libertadores deste ano pelos incidentes ocorridos no intervalo do Superclássico argentino disputado na última quinta. Em reunião ocorrida no Paraguai, a entidade culpou o clube pelos acontecimentos da Bombonera e considerou o River Plate vencedor do jogo por 3 a 0, de acordo com seu regulamento geral.

Com isso, o River está classificado para as quartas da Libertadores e terá o Cruzeiro como próximo adversário. O primeiro jogo deve ocorrer em Buenos Aires, na próxima quinta, às 22h. Além de ser eliminado, o Boca jogará quatro jogos com portões fechados, outros quatro sem torcida como visitante e terá de pagar uma multa de US$ 200 mil. Segundo a própria Conmebol, cabe recurso em até sete dias.
Herculano
17/05/2015 07:18
UMA EVOLUÇÃO PERIGOSA. JOVEM MORRE APÓS FUMAR "MACONHA SINTÉTICA"

O jovem Connor Reid Eckhardt, de 19 anos, morreu após usar 'maconha sintética', uma droga que é legalizada em vários estados norte-americanos.

A substância é uma mistura de ervas com componentes químicos que criam efeito similar ao da cannabis, a "K2" ou "Spice", como também é conhecida, levou o Eckhardt a entrar em coma imediatamente após fumar a droga, uma única vez.

"Num momento de pressão dos colegas, ele cedeu, acreditou que seria ok, até seguro, de alguma forma. Uma tragada depois, ele adormeceu e nunca mais acordou", disse Devin Eckhardt, pai do jovem.

Chocados com a tragédia, a família do rapaz já anunciou que fará uma campanha contra a droga.
Herculano
17/05/2015 07:13
APOSENTADORIAS, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Não se deve dar como fava contada que a doutora Dilma vete a mudança aprovada pela Câmara no cálculo do tempo de serviço e da idade para as aposentadorias.

Os deputados não acabaram com o fator previdenciário nem inventaram uma moleza. Criou-se apenas uma regra adicional. Ela ampara homens que somem 95 anos juntando a idade ao tempo de contribuição para a Previdência. Para mulheres, 85 anos.

O Planalto acha que há espaço para uma negociação, coisa que já poderia ter acontecido se houvesse uma liderança governista na Câmara.

MENOS, DOUTORA
Dilma Rousseff disse que a legislação que exige conteúdo nacional na construção de navios, plataformas e unidades de produção da Petrobras vai continuar: "Podem contar, no meu governo, será mantido".

A doutora sabe que o futuro a Deus pertence, mas, no presente, seu governo marqueteia essa política enquanto quatro encomendas feitas a produtores nacionais já foram substituídas por unidades importadas com cerca de 80% de conteúdo nacional japonês ou de Cingapura.

São importadas pelas empresas que deveriam construí-las.

NEGÓCIO DA CHINA
Numa época em que abundam empresas quebradas e projetos sem recursos, renasceu a lenda segundo a qual a China salvará os náufragos. Ilusão. Os chineses entrariam no projeto do trem-bala e colocariam US$ 7 bilhões na OGX de Eike Batista. Tudo parolagem.

Em benefício dos chineses, deve-se dizer que nenhuma dessas lorotas foi inventada por eles para enganar brasileiros. É coisa de brasileiros empulhando brasileiros.

DILMA E REAGAN
Numa única ocasião a doutora Dilma chamou o secretário -executivo Ricardo Leyser, do Esporte, de "Glayser" e colocou-o na pasta dos Transportes. Disse que estava no "Recanto das Gaivotas". Depois corrigiu: "Jardim das Gaivotas". Estava na "Vivenda das Gaivotas". Até aí nada demais para quem tem 38 miniStros. Mais adiante lembrou que os beneficiados pelo "Minha Casa, Minha Vida" deixarão de pagar aluguéis de "R$ 300 a R$ 400 mil". Tudo bem para quem não paga aluguel desde 2003.

Em 1982, quando visitava o Brasil, Ronald Reagan ergueu um brinde aos seus anfitriões e ao "povo da Bolívia". Percebeu o engano e corrigiu: a Bolívia era o país para onde iria nos próximos dias. Nada feito, ele ia para a Colômbia.

Como Reagan era detestado pela esquerda, disseram horrores dele.

LEVY NO BRADESCO
Os educatecas do MEC continuam atrasando os repasses para as universidades federais. Conseguiram provocar o fechamento do Museu Nacional e de quatro escolas da UFRJ.

Aperto fiscal é uma coisa, trapaça é outra. Se alguém fizesse isso com Joaquim Levy quando ele era diretor do Bradesco, ia para a rua. Levy estudou engenharia (de graça) na Federal do Rio.

MOBILIDADE
O juiz Sergio Moro foi a São Paulo e andou de táxi. Parece pouco, mas, para quem vê carros oficiais de maganos de Brasília estacionados na porta de restaurantes, é uma enormidade.
Herculano
17/05/2015 07:06
FERNANDO HENRIQUE VAI APARECER NOS PROGRAMAS DE TV DO PSDB E PARA APPONTAR OS ERROS DOS GOVERNOS PETISTAS. O PT, SEM RESPOSTA E ENLAMEADO, JÁ INICIOU A GUERRA PARA DESMORALIZAR O EX-PRESIDENTE PERANTE OS ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS, ASSISTIDOS AMEDRONTADOS E FANÁTICOS QUE DEPENDEM DE BOQUINHAS E SACANAGENS, QUE FAZEM A MAIORIA E SUSTENTAM COM O VOTO DEMOCRÁTICO O PARTIDO NO PODER FEITO DE DÚVIDAS, VINGANÇA E INCOMPETÊNCIA

O conteúdo é do 247, o canal de comunicação do PT. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aparecerá nos próximos comerciais do PSDB, que serão exibidos na próxima terça-feira.

Na mensagem, FHC levará adiante sua obsessão pessoal: atacar o ex-presidente Lula, que o sucedeu no cargo e, em recente pesquisa Datafolha, foi apontado como o melhor presidente da história por 50% dos brasileiros.

"Não se pode responsabilizar apenas a atual presidente", dirá FHC, antes de acrescentar que "todo esse esquema de corrupção começou com o ex-presidente Lula", segundo informações antecipadas pela coluna Painel.

Em artigo recente, FHC pediu à sociedade brasileira que repudie o ex-presidente Lula. "Embora os diretores da Petrobras diretamente envolvidos na roubalheira devam ser penalizados, não foram eles os responsáveis maiores. Quem enganou o Brasil foi o lulopetismo. Lula mesmo encharcou as mãos de petróleo como arauto da falsa autossuficiência. E agora, José? Não há culpabilidade política?", questionou.

Lula respondeu com ironia. "O Fernando Henrique deveria se preocupar em ser mais admirado, e não em pedir que a sociedade repudie alguém", disse ele, lembrando que odiar ou incitar o ódio faz mal à saúde.

De qualquer forma, o novo ataque de FHC a Lula sinaliza que o PSDB já se preocupa mais com 2018, quando Lula poderá ser eventual candidato do PT à presidência da República, do que com o impeachment da presidente Dilma Rousseff - algo que parece inviável.
Herculano
17/05/2015 06:44
O FUTURO JÁ ESTÁ PERDIDO, por Clóvis Rossi para o jornal Folha de S. Paulo

Ranking de capital humano mostra o Brasil muito mal, em especial no trato dos jovens de até 15 anos

Sai mais um ranking internacional e o Brasil, outra vez, passa tremenda vergonha.

Trata-se do Relatório sobre o Capital Humano, um estudo que o Fórum Econômico Mundial vem preparando desde 2013, para medir o êxito dos países em adestrar, desenvolver e preparar [para a vida] a sua gente - essa que o Fórum chama de "o grande ativo" de cada nação.

O Brasil ficou em humilhante 78º lugar entre 124 países. Por si só, já seria um vexame suficiente, mas, em se tratando de Brasil, tudo que é muito ruim sempre pode piorar.

Nesse caso, há pelo menos três itens que tornam o cenário ainda mais devastador. A saber:

1 - O que empurrou o Brasil ao fundo do ranking foi o desempenho no preparo dos menores de 15 anos, idade crucial. Nesse capítulo, a posição brasileira é de chorar: 91º lugar.

Pesou em especial o que o relatório chama de "taxa de sobrevivência em educação básica", ou seja, a capacidade de o aluno sair "vivo" (bem preparado) do ciclo básico.

Como se sabe, desde o governo Fernando Henrique Cardoso, houve um avanço considerável na universalização do ensino básico, dado obviamente positivo.

Mas o novo relatório mostra que é também insuficiente. Não basta pôr as crianças na escola; é preciso que "sobrevivam" nela.

2 - Olhando-se apenas a posição no ranking dos países latino-americanos e do Caribe, aí dá vontade de se matricular no clube dos portadores de complexo de vira-lata.

O Brasil, sétima ou oitava economia do mundo, dependendo do momento, é apenas o 13º país latino-americano/caribenho em matéria de tratamento digno de seu capital humano.

Perde para o Chile (45º), Uruguai (47º), Argentina (48º), Panamá (49º), Costa Rica (53º), México (58º), Peru (61º), Colômbia (62º), El Salvador (70º), Bolívia (73º), Paraguai (75º) e Barbados (77º).

Ficar atrás dos três primeiros já é ruim, mas até compreensível, na medida em que são países que historicamente tiveram nível educacional razoavelmente elevado.

Mas perder até para países tão pobres como El Salvador, Bolívia e Paraguai é uma obscenidade.

3 - No âmbito dos Brics, que são só cinco, o Brasil fica exatamente no meio: perde de Rússia e China, ganha de Índia e África do Sul.

Nesse grupo, um detalhe importante: por mais que a China seja um grande êxito de público e de crítica nos últimos muitos anos, sua posição no ranking de capital humano é ruim (64º posto, não muito à frente do 78º do Brasil).

Parece, pois, evidente que crescimento espetacular, por si só, não é suficiente para preparar o capital humano para os desafios do mundo moderno.

É uma impressão reforçada pelo fato de que dois países que enfrentam ou enfrentaram uma crise econômico-social terrível (Grécia, 40º lugar, e Espanha, 41º) tratam seu capital humano melhor do que a China e melhor que qualquer um dos países latino-americanos, nos quais ou não houve crise ou ela foi mais suave.

Alguém ainda acha que o ajuste fiscal de Joaquim Levy basta para mexer com esse vexame?
Herculano
17/05/2015 06:36
A CARTA DE UM CONSERVADOR (EX-PFL E DEM) QUE VIROU SOCIALISTA (PSB) POR FALTA DE OPÇÃO

Amigos,

Como sabem, o PSB e o PPS deram há poucos dias o primeiro passo para a fusão. Evoluiremos nessa direção ao longo das próximas semanas, e a participação de cada um é fundamental.

Precisamos de um partido cada vez mais forte, que seja oposição e alternativa ao grupo que ocupa o poder federal há 12 anos, envergonhando o Brasil diariamente.

Já estivemos juntos com o PPS nas últimas eleições, mostrando também aqui em Santa Catarina que dividimos os mesmos sonhos e objetivos. Juntos, seremos um partido forte, com nove senadores, três governadores, 45 deputados federais, 92 deputados estaduais, 568 prefeitos, 5.831 vereadores e mais de 790 mil filiados no Brasil.

Nossa união representará, definitivamente, uma alternativa à polarização na política nacional. Também seremos uma grande força estadual.

Estamos começando a construir as diretrizes dessa fusão, que culminará em um projeto unificado. Queremos manter o nome PSB e o número 40, reforçando uma marca que já é vista como símbolo de uma postura crítica e independente.

Somos a cara do novo Brasil. Por isso, o engajamento de cada um nesse processo é vital. Com dedicação, construiremos um bom caminho, ganharemos fôlego e ergueremos uma estrutura proporcional ao desejo de mudança implorado pela sociedade.
Vamos em frente!

Paulo Bornhausen
Presidente PSB-SC
Herculano
17/05/2015 06:32
STF REFERENDA AS PRERROGATIVAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO

A decisão do Supremo Tribunal Federal, reconhecendo legitimidade do Ministério Público para promover, por sua iniciativa, investigações penais, está sendo comemorada pela Associação Catarinense. Seu presidente, Luciano Naschenweng, congratulou-se com os mninistros do STF, dizendo que o entendimento fortalece a instituição em todo o Brasil.
Herculano
17/05/2015 06:28
VAI PEGAR O PRESENTE

Dalírio Beber, PSDB, assume terça-feira no Senado Federal a vaga deixada por Luiz Henrique da Silveira, PMDB, vítima de um infarto no último dia 10. Será algo discreto, restrito a familiares e a um grupo de amigos que rumarão para lá. De Gaspar, até agora, ninguém confirmado.
Herculano
17/05/2015 06:23
MPF PRESSIONA POR LEI ANTITERRORISMO NO BRASIL, por Cláudio Humberto

Faltando apenas 446 dias para os Jogos Olímpicos de 2016, o Brasil ainda não tem uma lei que criminaliza o terrorismo e o financiamento de terroristas. Há anos países na vanguarda desses cuidados, como Estados Unidos, fazem gestões junto ao governo Dilma, sem êxito. Esta semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ofícios à Presidência da República e às presidências da Câmara e do Senado alertando para a necessidade da legislação antiterror.

Documento oficial
O Brasil aderiu há 14 anos à Convenção Internacional para Supressão do Financiamento do Terrorismo, mas jamais honrou o compromisso.

Para os EUA
Para os EUA, em documento vazado pelo WikiLeaks, o governo Dilma reluta porque teme que o MST seja enquadrado como grupo terrorista.

Dilma não quer
Em relatório a Washington, o ex-embaixador americano em Brasília Clifford Sobel diz que a então ministra Dilma sepultou o projeto.

Sanções
O órgão internacional Grupo de Ação Financeira, avisou: o Brasil está sujeito a sanções financeiras se não aprovar a lei antiterrorismo.

FUTEBOL DEMITE 20 MIL POR ANO E O GOVERNO NÃO FAZ NADA
Uma crise política sempre acontece quando montadoras de automóveis ameaçam demitir funcionários, mas o governo está pouco ligando para o drama dos mais de 20 mil demitidos anuais pelos clubes de futebol do Brasil, entre jogadores, técnicos, preparadores físicos, massagistas, etc. Levantamento de entidades de atletas mostra que, dos 684 clubes, apenas uma centena deles mantêm contratados durante o ano inteiro.

Só a 1ª parte
Manter o emprego não põe fim ao problema e o Ministério Público do Trabalho já registrou mil ações por falta de pagamento desde 2002.

Sempre pode piorar
Se o acesso ao seguro-desemprego já era difícil para jogadores, a MP 665 tornou impossível ao exigir um ano de contrato para ter o benefício.

Ignorados de fato
Não há uma só linha na MP do Futebol (nº 671) sobre demissões em massa, mas vários artigos sobre o parcelamento de dívidas dos clubes.

Empurrando com a barriga
Renan Calheiros empurra com a barriga o debate sobre terceirização, irritando Eduardo Cunha. Ele explicou a Lula que cinco comissões vão examinar o tema antes de chegar ao plenário. No segundo semestre.

Mensaleiro na ativa
Delúbio Soares continua se cacifando entre sindicalistas. Esta semana, foi palestrante em evento da Fetracom/DF. Para ele, a roubalheira do mensalão saiu barato e, como previu, virou piada de salão.

Oposição, só que não
Eles se colocam como "opositores", mas ganharam cargos no governo Dilma: o deputado Paulo Foletto (PSB) mantém a mulher Rose Duarte na Cia Docas do Espírito Santo e o senador Magno Malta (PR), o irmão Maurício na Valec, a estatal de construção de ferrovias.

Fala, Bendine
A Câmara convocou audiência pública com o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, dia 22, sobre o balanço da Petrobras. "É preciso discutir o desenvolvimento da empresa", diz Laércio Oliveira (SD-SE).

Prioridade
O secretário-geral do Itamaraty, embaixador Sergio Danese, tem priorizado questões administrativas. Houve semana em que teve três reuniões no Ministério do Planejamento negociando o fim da pindaíba.

Muita calma
O deputado Paulinho da Força (SD-SP) avisou que segurará a emenda que impede a reeleição do procurador-geral da República. Paulinho acredita que a proposta já fez "o barulho necessário".

Nomeações travadas
Os parlamentares governistas continuam assanhados com as nomeações para cargos de segundo e terceiro escalões, mas, até agora, nada. Michel Temer acerta, promete, mas Dilma não autoriza.

Matemática do governo
A Petrobras divulgou na última sexta balanço onde registra lucro de R$ 5,3 bilhões em 2015. Subtraídos os prejuízos oriundos da corrupção e do último balanço, faltam "apenas" R$ 16,3 bilhões para atingir o azul.

Pensando bem...
... a delação premiada de Ricardo Pessoa, o "chefe do cartel das empreiteiras" na Lava Jato, deixou insones até chefes de outros cartéis.
Herculano
17/05/2015 06:13
O RETRATO DE UM DESGOVERNO E COM OS MAIS POBRES DE QUEM ENGANA E USA OS VOTOS PARA SE MANTER NO PODER PARA NOS AFUNDAR E IMPOR SACRIFÍCIOS, COMPROMETENDO O FUTURO.

ESTA É A MANCHETE DE CAPA DO JORNAL FOLHA DE S.PAULO NESTE DOMINGO. PIB DA CONSTRUÇÃO CIVIL DEVE ENCOLHER 5,5% NO ANO. ALTA DOS JUROS, REDUÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS ABALAM SETOR, QUE ERA UM DOS SÍMBOLOS DO GARGALO DO CRESCIMENTO.

O PT É O MESTRE DESTE DESASTRE. O PMDB O PARCEIRO. AMBOS PREFERIRAM O DESASTRE E A CORRUPÇÃO

Alta dos juros, redução dos gastos públicos e fuga de recursos da poupança abalam setor, que era um dos símbolos do gargalo do crescimento. Construção deve ter pior ano desde 2003. No primeiro trimestre, 50 mil vagas formais de trabalho foram fechadas; mais demissões são esperadas. Para executivo do setor, recuperação dependerá de fim do ajuste do governo e da melhora do crédito e da confiança.

O texto é de Eduardo Cucolo e Isabel Versiani, da sucursal de Brasília.
A construção civil enfrenta seu pior momento em mais de dez anos, depois de um período de crescimento acelerado, em que foi beneficiada pela expansão do crédito e da renda e por programas de investimento do governo.

A alta dos juros, aliada a uma retração dos gastos públicos, abalou a demanda por imóveis e empreendimentos de infraestrutura. Nos últimos meses, o quadro foi agravado pela fuga de recursos da poupança, principal fonte de financiamento para moradia.

Neste ano, o PIB do setor vai encolher 5,5%, no pior desempenho desde 2003, projeta Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre. Segundo a economista, a retração, se confirmada, vai gerar uma queda de 0,3 ponto percentual do PIB nacional.

"Com o fim do ciclo de crescimento que teve seu auge em 2012, já haveria um ciclo de ajustes. Com o cenário econômico mais complicado, esse ajuste pode se prolongar."

Se há pouco mais de um ano a construção civil era vista como um símbolo dos gargalos de crescimento do Brasil, dada a escassez de mão de obra especializada no setor, hoje é um dos setores que lideram as demissões no país.

Nos primeiros três meses do ano, as construtoras cortaram 50 mil vagas formais de trabalho. Em 12 meses, foram 250 mil postos fechados.

No primeiro trimestre, os empréstimos com dinheiro da poupança tiveram a primeira queda para o período desde 2002. A Caixa, maior agente financeiro na área, elevou o percentual de entrada para obtenção desses empréstimos e colocou os clientes interessados numa fila de espera.

Os juros subiram de 7% para 9% anuais nos últimos dois anos. O valor dos imóveis, que aumentar acima de inflação entre 2006 e 2011, apresentou rentabilidade abaixo do índice de preços ao consumidor nos 12 meses até fevereiro.

RETOMADA
Economistas e construtoras não preveem crescimento das contratações até o fim do ano. A avaliação é que o mercado vai seguir em dificuldade enquanto durar a fase mais austera do ajuste fiscal e monetário do governo.

Depois, é esperada uma retomada dos financiamentos, em ritmo menor que o verificado entre o fim do governo Lula e o início do de Dilma.

"Chegamos ao fundo do poço, mas a tendência é de uma retomada na sequência", diz José Carlos Martins, presidente da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), destacando a importância de o governo definir o quanto antes investimentos que pretende fazer no Minha Casa, Minha Vida e também regras para as novas concessões.

O diretor-executivo da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), Renato Ventura, diz que a recuperação vai depender do fim do ajuste promovido pelo governo e da melhora nas condições de crédito e na confiança do consumidor.

"Em algum momento esse ciclo vai se reverter. A demografia do país faz com que seja necessário construir mais imóveis. Tem gente que acha que será no segundo semestre e gente que acha que vai demorar um pouco mais."

Para Octavio de Lazari Junior, presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), o setor não pode ter taxas de crescimento acima de 30% ao ano, com se verificou até 2012.

Uma expansão entre 5% e 10% nesse crédito é algo saudável e suficiente para atender à demanda por imóveis.

Os executivos defendem a adoção de medidas emergenciais, como a liberação de parte do dinheiro da poupança retido no BC (compulsório) e o uso do FGTS para imóveis acima do limite de R$ 190 mil, neste momento mais difícil.

Enquanto isso, esperam mais demissões e redução da oferta de crédito e de imóveis. Descartam, no entanto, uma crise de queda de preços, quebra de empresas ou estouro de inadimplência.
Herculano
17/05/2015 05:57
O BISTURI DO DOUTOR MORO, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

O acordo de delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, pode ser o anzol que faltava para fisgar os peixes grandes na Lava Jato. Apontado como chefe do "clube das empreiteiras", ele conheceu como poucos o propinoduto da Petrobras.

A colaboração também é esperada porque o empresário ajudou a financiar a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição. Negociava direto com o ministro Edinho Silva, tesoureiro do comitê petista.

Pelo potencial explosivo do depoimento, é de se prever uma nova temporada de críticas ao juiz Sérgio Moro, ao Ministério Público e ao uso das colaborações premiadas. O ataque a esse instrumento está se tornando a principal defesa dos acusados de corrupção.

Na decisão que prendeu Pessoa e outros empreiteiros, Moro lembrou que "crimes não são cometidos no céu e, em muitos casos, as únicas pessoas que podem servir como testemunhas são igualmente criminosas". "Quem, em geral, vem criticando a colaboração premiada é aparentemente favorável à regra do silêncio, a omertà das organizações criminosas", escreveu.

Para entender melhor a cabeça que comanda a Lava Jato, vale ler o artigo "O uso de um criminoso como testemunha: um problema especial", do juiz americano Stephen S. Trott. O próprio Moro traduziu o texto para o português, em 2007.

Trott defende as delações, mas frisa que é necessário corroborá-las com provas. Ele alerta que os delatores são "notadamente manipuladores e mentirosos" e ensina a fugir de armadilhas e pistas falsas que podem levar à anulação de processos e à absolvição de corruptos.

O autor compara a delação premiada a um bisturi. Nas mãos de um médico talentoso, pode salvar a vida do paciente. Em mãos inexperientes ou sem cuidado, pode cortar uma artéria e matá-lo. O doutor Moro deve pensar na metáfora a cada vez que se depara com uma nova veia do petrolão.
Herculano
17/05/2015 05:53
DO SINGULAR AO PLURAL, por Carlos Brickmann

Meninos, ouvi: crise política é o que teremos agora. Nada dessas coisas simples, de oposição e Governo, de coxinhas e melancias - que, como comprovaram os tucanos na sabatina de Luiz Edson Fachin, são parte do mesmo lanche.

Renan e Eduardo Cunha estão no alvo do procurador Rodrigo Janot e procuram alvejá-lo primeiro. Renan e Cunha miram em Dilma e o PT mira nos dois, mas também quer pegar Janot, por desconfiar que ele mire em Lula e também em Dilma. Dilma adora Renan e Cunha, de preferência ao forno com batatas e maçã na boca, e é indiferente a Collor, que atira em Janot (são quatro representações - e, se uma for aceita por Renan, que foi aliado, inimigo, aliado e hoje em dia sabe-se lá o que de Collor, Janot pode ser afastado - e, como foi Janot que convenceu Ricardo Pessoa, o empreiteiro da UTC, a aderir à delação premiada, seu afastamento pode atrasar as denúncias previstas. Como tem gente torcendo por isso!)

Ricardo Pessoa é o sonho de qualquer investigador. Não ouviu dizer: ele sabe (e já insinuou que atingirá autoridades, e já disse que deu dinheiro por fora para a campanha de Dilma). Ele estava no lugar certo, na hora certa, em contato com as pessoas certas. Tem condições de causar um terremoto na política deste país.

Drummond, num festejado poema, contou que João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. O título do poema é Quadrilha. Na versão atual, em que todos se odeiam e se aliam apenas para alvejar terceiros, o título poderia ser Quadrilhas.

O COMADO DA ZONA
O Brasil tem suas peculiaridades. Por exemplo, condenou PC Farias por seu papel como intermediário em propinas, sem apontar quem pagou nem quem recebeu. E, tanto no Mensalão como no Petrolão, os fatos simplesmente ocorrem, sem que ninguém os coordene, sem que ninguém planeje nada. Chega-se à conclusão de que tanto no Governo quanto em estatais de prestígio há dois tipos de pessoas: algumas não são capazes de nada, outras são capazes de tudo.

Ricardo Pessoa tem condições de lançar luz na escuridão: quem cafetina este bordel?

QUESTÕ DE NÚMEROS
O advogado João Carlos Biagini, leitor desta coluna, faz uma síntese interessante dos aspectos esotéricos da crise. O processo corre na 13ª Vara Criminal de Curitiba. Ricardo Pessoa assinou o acordo de delação premiada no dia 13. E 13 é o número de um de nossos inúmeros partidos.

Coincidência ou aviso de bomba?

O MUNDO COMO ELE ERA
A nota é do jornalista Lauro Jardim (http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/): realiza-se agora na República Dominicana o encontro das 150 famílias mais ricas da América Latina, promovido todos os anos pelo mexicano Carlos Slim. "Em 2011, a reunião aconteceu no Brasil. Num outro Brasil. Para se ter uma ideia, Eike Batista, então o homem mais rico do país, foi ao encontro levando o filho Thor. Um dos palestrantes foi Lula, então no auge do seu prestígio. Recém-saído do poder, botou no bolso 250 000 reais para falar aos empresários."

PERDOAI-OS, SENHOR
Sabe aquela festa monumental, do casamento dos médicos Roberto Kalil e Cláudia Cozer, que reuniu na mesma mesa, simulando grande amizade, pessoas que se detestam, como Lula, Serra, Renan, Dilma, Alckmin e Haddad? Naquele ambiente seleto, o secretário da Saúde de São Paulo, David Uip, um dos inúmeros padrinhos, se distraiu por alguns instantes. E furtaram-lhe os dois celulares.

Suspeitos, claro, não faltam. Mas os celulares continuam desaparecidos.

SALSICHA ESCANDALOSA
O primeiro-ministro da Prússia, Bismarck, disse que quanto menos soubermos como são feitas as leis e as salsichas melhor dormiremos à noite. Se Bismarck soubesse como são feitas no Brasil as concorrências para comprar salsichas, certamente, nas palavras que nossa presidente tanto aprecia, ficaria estarrecido.

A Prefeitura petista de São Paulo comprou 268 toneladas de salsichas para a merenda escolar, em concorrência pública, pagando R$ 2,14 milhões. O vereador Gilberto Natalini, do PV, como diria Dilma, ficou estarrecido: comprou salsichas em diversas lojas, pagando de R$ 3,48 a R$ 7,69 o quilo. A Prefeitura comprou direto do fabricante, a Brazil Foods, a R$ 7.99 o quilo. O Tribunal de Contas do Município refez a pesquisa de Natalini, limitando-se às salsichas Sadia, marca comprada pela Prefeitura. E encontrou R$ 7,41 o quilo. Cinquenta e oito centavos de diferença no quilo, em 268 mil quilos. É dinheiro! Mas a Prefeitura explica: entre outros motivos, está incluído no preço o custo de logística da entrega.

Tudo bem - mas, quando uma rede de supermercados compra salsichas, não há aquilo a que chamamos "frete", e que para a Prefeitura é "custo de logística da entrega"? Irão as salsichas encontrar seus compradores, disciplinadamente, a pé?

UM POLÍTICO COERENTE
Quando foi ministro da Educação, o hoje prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, PT, não conseguiu promover um único ENEM sem problemas. Como prefeito, não conseguiu até agora entregar os uniformes para alunos de escolas municipais. O ano letivo começou em 4 de fevereiro.

Deve ter faltado tempo.
Herculano
17/05/2015 05:43
HORIZONTE CURTO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Além de arrumar as contas públicas, país precisa lidar com a escassez de fontes menos custosas de financiamento da economia

A escassez de recursos para financiar investimentos de longa duração tornou-se aguda. O cobertor não foi encurtado só pela recessão ou pelo gasto desmedido do primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT), mas também pela inércia institucional, pela quase inexistência de reformas com o fim de aperfeiçoar a oferta de crédito e capital.

Em um dia, sabe-se que o governo quer recorrer a parcelas extras do patrimônio do FGTS para completar os recursos solicitados pelo BNDES. Semanas depois, cogita-se recorrer ao mesmo fundo com o propósito de atenuar a penúria do financiamento de moradias.

Falta dinheiro mais barato para a compra da casa própria porque, desde o final de 2014, diminui o total de depósitos na caderneta de poupança, dos quais 65% devem ser usados no crédito imobiliário. Dado que este cresceu ao quádruplo do ritmo do montante nas cadernetas, era óbvio que tais verbas escasseariam --com ou sem crise.

O governo repassou quase meio trilhão de reais ao BNDES desde 2008, obtidos por meio de caro endividamento federal. Tal fonte secou, pois a dívida chegou a um nível crítico, e o manancial original, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), não cresceu o bastante para atender à voracidade do banco.

O FAT é alimentado pela cobrança do PIS/Pasep. Financia o seguro-desemprego, o abono salarial e programas de emprego e microcrédito. É deficitário. Dos R$ 69,3 bilhões que gastou em 2014, R$ 13,7 bilhões vieram do Tesouro.

Com orçamento de R$ 76,8 bilhões para este ano, o FGTS financia moradias populares com as menores taxas de juros, além de obras de infraestrutura e saneamento.

Desde 2008, parte de seu patrimônio pode ser aplicado em empresas que tocam obras de infraestrutura. É credor do governo, que lhe deve repasses atrasados e subsídios do programa Minha Casa, Minha Vida.

Como se nota, as grandes fontes de financiamento de longo prazo no país são recursos do trabalhador assalariado, da dívida pública irresponsável e de cadernetas de poupança. Desses, o FGTS é o mais saudável, mas não dará conta das carências que se multiplicam.

O setor privado deveria assumir um papel cada vez mais destacado. No entanto, taxas de juros exorbitantes e instrumentos financeiros precários atuam contra esse objetivo - e, na década recente, praticamente não houve esforço de aperfeiçoar meios, mercados e normas.

Assim como foi necessário enfrentar com urgência o descalabro das contas públicas, será preciso criar um programa para lidar com a coincidência de crises que secam as fontes menos custosas de financiamento da economia.
Herculan
17/05/2015 05:42
HORIZONTE CURTO

Além de arrumar as contas públicas, país precisa lidar com a escassez de fontes menos custosas de financiamento da economia

A escassez de recursos para financiar investimentos de longa duração tornou-se aguda. O cobertor não foi encurtado só pela recessão ou pelo gasto desmedido do primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT), mas também pela inércia institucional, pela quase inexistência de reformas com o fim de aperfeiçoar a oferta de crédito e capital.

Em um dia, sabe-se que o governo quer recorrer a parcelas extras do patrimônio do FGTS para completar os recursos solicitados pelo BNDES. Semanas depois, cogita-se recorrer ao mesmo fundo com o propósito de atenuar a penúria do financiamento de moradias.

Falta dinheiro mais barato para a compra da casa própria porque, desde o final de 2014, diminui o total de depósitos na caderneta de poupança, dos quais 65% devem ser usados no crédito imobiliário. Dado que este cresceu ao quádruplo do ritmo do montante nas cadernetas, era óbvio que tais verbas escasseariam - com ou sem crise.

O governo repassou quase meio trilhão de reais ao BNDES desde 2008, obtidos por meio de caro endividamento federal. Tal fonte secou, pois a dívida chegou a um nível crítico, e o manancial original, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), não cresceu o bastante para atender à voracidade do banco.

O FAT é alimentado pela cobrança do PIS/Pasep. Financia o seguro-desemprego, o abono salarial e programas de emprego e microcrédito. É deficitário. Dos R$ 69,3 bilhões que gastou em 2014, R$ 13,7 bilhões vieram do Tesouro.

Com orçamento de R$ 76,8 bilhões para este ano, o FGTS financia moradias populares com as menores taxas de juros, além de obras de infraestrutura e saneamento.

Desde 2008, parte de seu patrimônio pode ser aplicado em empresas que tocam obras de infraestrutura. É credor do governo, que lhe deve repasses atrasados e subsídios do programa Minha Casa, Minha Vida.

Como se nota, as grandes fontes de financiamento de longo prazo no país são recursos do trabalhador assalariado, da dívida pública irresponsável e de cadernetas de poupança. Desses, o FGTS é o mais saudável, mas não dará conta das carências que se multiplicam.

O setor privado deveria assumir um papel cada vez mais destacado. No entanto, taxas de juros exorbitantes e instrumentos financeiros precários atuam contra esse objetivo - e, na década recente, praticamente não houve esforço de aperfeiçoar meios, mercados e normas.

Assim como foi necessário enfrentar com urgência o descalabro das contas públicas, será preciso criar um programa para lidar com a coincidência de crises que secam as fontes menos custosas de financiamento da economia.
Herculano
16/05/2015 20:15
"SE NÃO NOS QUISEREM, ANTES SÓ QUE MAL ACOMPANHADO", DIZ LUPI SOBRE GOVERNO, por Josias de Souza

"Se quiserem nossa companhia, ótimo. Se não quiserem, antes só do que mal acompanhado." As palavras de Carlos Lupi foram recebidas com aplausos na reunião do diretório nacional do PDT, nesta sexta-feira, no Rio. Presidente da legenda, Lupi insinuou que o partido não saltará do governo Dilma Rousseff como um rato que abandona uma embarcação prestes a afundar. Se quiser retaliar o aliado por ter votado contra seu ajuste fiscal na Câmara, a presidente terá de tomar a iniciativa de lançar o PDT ao mar.

"Quem não nos quiser que anuncie à oponião pública por que não nos quer?, discursou Lupi, com transmissão ao vivo pela internet. ?Se não nos quer porque está fazendo uma opção pela direita, diga. Quem não nos quer porque entende que devemos ser punidos por defender o trabalhador, diga. Mas não seremos nós que vamos fazer o papel do ratos de porão de navio."

Ficou decidido na reunião que, a exemplo dos 19 deputados federais do PDT, os seis senadores da legenda votarão contra as medidas fiscais do governo Dilma. Lupi simula desinteresse pelo Ministério do Trabalho, pasta chefiada pelo pedetista Manoel Dias. "Nós queremos discutir o papel do PDT nesse processo", disse ele. "Não é ter ou não ter ministério. O ministério pode ser importante se ele for um instrumento para nós praticarmos as nossas políticas, não para saber pela imprensa que vão tirar direitos dos trabalhadores. Nosso papel não é esse."

Lupi bateu no PT: "Há um esgotamento do modelo de fazer política. O PT, na minha opinião, está esgotado no modelo, como instituição partidária. Ficou um projeto hegemônico. Muito poder pelo poder." Mas justificou a permanência no governo com a alegação de que o PDT não pode fazer o jogo da "direita" tucana.

"Estamos num momento crucial. Temos que tomar um cuidado danado para não fazer coro com um discurso que está muito em voga hoje, que nós já vimos acontecer com o Getúlio, com o Jango, com o Brizola. É corrupção, corrupção, corrupção. E ninguém quer falar das deles. Existe maior corrupção do que a que fizeram com as empresas públicas no governo Fernando Henrique Carodso? Existe maior corrupção do que a que fizeram com os bancos públicos privatizados de forma venal?"

Supremo paradoxo: nomeado por Lula para comandar a pasta do Trabalho, Lupi deslizou para dentro do governo Dilma. Foi varrido da Esplanada no final do ano inaugural do primeiro mandato, em meio a denúncias de corrupção. Nessa época, Dilma fazia pose de faxineira. "Não respondo a nenhum processo", jactou-se Lupi, antes de afirmar que não deseja para Dilma um destino de Getúlio Vargas.

"Não será o trabalhismo que vai jogar do mesmo lado do mar de lama, que deu em tiro e no suicídio. Nós vimos o que aconteceu com Getúlio. Depois do tiro no coração, virou um herói. Não queremos ver nenhum brasileiro morto. Não queremos ver o sacrifício de ninguém individualmente para garantir uma democracia difícil." Como não planeja suicidar-se, Dilma preferiria que o PDT lhe desse votos no Congresso, não discursos de apoio.
Herculano
16/05/2015 20:09
PSOL PURIFICA-SE. ACEITOU CANDIDATO NA CAMPANHA COM O DEFEITO QUE USOU PARA EXPULSÁ-LO AGORA. DELE SÓ SUGARAM OS VOTOS PARA OS SEUS SEM VOTOS E GARANTIR VAGA PELO COEFICIENTE. DEPOIS QUEM É O ESPERTO E ÉTICO NESTA HISTÓRIA? NÃO TEM JEITO. PSOL É O PT DE ONTEM.

O PSOL expulsou oficialmente neste sábado o deputado federal Cabo Daciolo, eleito no ano passado com 50 mil votos após ter ficado conhecido na liderança de uma greve de bombeiros no Rio de Janeiro em 2011. Em sua curta carreira no Congresso, ele disse que o Brasil vive uma ditadura, colocou Deus à frente do mandato e associou os índices de violência ao "baixo" número de militares no País.

Mas o motivo da expulsão foi outro. Daciolo anunciou que apresentaria na Câmara uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) a fim e incluir na Constituição Federal o texto "todo poder emana de Deus". Ele tentou ser dissuadido por colegas do partido, que defende um estado laico, mas o parlamentar seguiu em frente.

A gota d´água para a Executiva do Rio, no entanto, foi quando Cabo Daciolo discursou em plenário defendendo os PMs acusados de envolvimento com o sumiço, tortura e morte do pedreiro Amarildo de Souza no Rio de Janeiro em 2013.

Na reunião realizada neste sábado, o Diretório Nacional da legenda decidiu, por 54 votos a 1, acatar o relatório do Conselho de Ética, que apontava infidelidade partidária, por descumprir o programa e o estatuto do partido. O partido ainda não decidiu se pedirá o mandato do deputado.

A única a votar contra foi Janira Rocha, que apoiou a candidatura de Daciolo. Em discurso, a ex-deputada estadual reconheceu erros cometidos pelo colega e admitiu que boa parte da militância queria a expulsão, mas acusou o PSOL de perseguição.
Anônimo disse:
16/05/2015 20:08
Herculano,Tarsol Genro está a caminho do PSOL, diz Claudio Humberto.

O jornalista Claudio Humberto diz hoje no seu blog que Tarso Genro está com um pé fora do PT, a um passo do PSOL, o Partido da sua filha. Petistas dão como certa a saída do ex-governador gaúcho Tarso Genro do PT. Reservadamente, Genro acusa o governo Dilma de trair bandeiras históricas da sigla e cita o pacotão de maldades fiscais como exemplo. O PSOL, partido da filha Luciana Genro, pode ser o paradeiro do ex-ministro de Lula. A lista dos insatisfeitos tem ainda o deputado Paulo Teixeira (SP) e o prefeito Fernando Haddad (SP), poste de Lula.

É o pressentimento de que o pt vai ser excluido como partido político.

Explodam-se, vermelhos!

Arara Palradora
16/05/2015 19:57
Querido, Blogueiro!

Pelo Editorial do Jornal Estado de São Paulo, "profundidade extrememente elevada", tem-se a dimensão da PORTA que temos como governANTA.
"Menas, Dª Dilma, menas!"
O culpado dessa figura ridícula é do Exu 9dedos, vulgo Pudim de Cana, que é tão idiota quanto...

Voeeeiii...!!!
Herculano
16/05/2015 18:33
LULA ACONSELHA DILMA A PENSAR SE DEVE VETAR FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO

Conteúdo é da coluna Painel do jornal Folha de S.Paulo.
Vai por mim
Lula recomendou a Dilma Rousseff no jantar de quinta-feira que reflita muito antes de vetar a emenda que muda o fator previdenciário, já aprovada na Câmara. Afirmou que barrar a alteração causaria desgaste enorme da presidente nas bases do PT. Na conversa com Renan Calheiros (PMDB-AL), horas antes, o ex-presidente afirmou que Dilma perdeu a chance de agradar esse mesmo eleitorado ao não se posicionar claramente contra o projeto que regulamenta as terceirizações.

Fado
O encontro de Lula com os senadores foi um show de lamentações. Além do ex-presidente, que voltou a se queixar de não ser ouvido, Renan afirmou que Dilma "optou" por Michel Temer e pelo PMDB da Câmara, quando o interlocutor do governo no partido sempre fora ele.

Eu, não
Lula chegou a dizer que tem um patrimônio político sólido e que não vai arriscá-lo se candidatando ao Planalto em 2018 se, até lá, o governo não melhorar.
Herculano
16/05/2015 18:26
UM GESTO. UM REGISTRO. UMA INICIATIVA SOLIDÁRIA

O comunicador Jota Aguiar da Rádio Sentinela do Vale teve a iniciativa. A comunidade aceitou. Um pedágio realizado neste sábado arrecadou mais de R$6 mil para Andrielli.

E qual a história dela. Um acidente há mês na BR-470, no bairro Margem Esquerda, em Gaspar, envolvendo um carro e uma moto, vitimou o casal, Andrieli Sabel de 16 anos e seu marido Douglas Alexandre Peters, de 18.

Os foram colhidos na contramão. Douglas está bem. Andrielli está há mais de um mês no Hospital Santo Antônio se recuperando da amputação de uma perna. Apesar de só ter 16 anos, é mãe de uma criança de dez meses. A campanha foi para ajuda-la a recompor a vida e a perna perdida. É a Gaspar acordada.
Herculano
16/05/2015 18:16
DELATOR DIZ QUE COMITÊ DE TICHA TEVE VERBA SUJA, por Josias de Souza

Sempre que se depara com um descalabro petista, o tucanato federal fala duas vezes antes de pensar. Quando o escândalo tem plumas e bico, o ninho silencia sem raciocinar. Acusado de trocar propinas por redução ou até cancelamento de multas, um auditor da Receita estadual do Paraná decidiu endurecer o dedo.

Após assinar um acordo de delação premiada com o Ministério Público, Luiz Antônio de Souza disse em depoimento prestado nesta sexta-feira que repassou cerca de R$ 2 milhões em verbas sujas para o comitê de campanha do governador tucano Beto Richa.

Preso em Londrina, Luiz Antônio é acusado de fraudar o fisco paranaense junto com outros 14 auditores e funcionários do Estado. Segundo ele, o esquema era comandado por um ex-inspetor-geral de fiscalização da Receita estadual. Chama-se Márcio Albuquerque de Lima. Também está preso.

O delator sustenta que Márcio agia como preposto de Luiz Abi Antoun. Que, por sua vez, apresentava-se como primo do governador Beto Richa. Procurado, Richa limitou-se a dizer que assuntos de campanha deveriam ser tratados com o partido. E o diretório do PSDB no Paraná soltou nota. Nela, utilizou os mesmos argumentos que o PT usa para defender o tesoureiro preso João Vaccari.

Diz a nota que a arrecadação foi feita por um comitê financeiro. As contas estão "dentro da legalidade". E foram "aprovadas integralmente pela Justiça Eleitoral.'' Nessa toada, o PT ainda acusa o PSDB de plágio. E vice-versa.
Herculano
16/05/2015 18:14
PSDB ESCOLHEU O NOVO PRESIDENTE DE GASPAR

O advogado Renato Nicoletti foi escolhido como o novo presidente do diretório do PSDB de Gaspar. A convenção realizada hoje pela manhã na Associação Canarinhos. Luciano Coradini é o vice.

Nicoletti não estava presente. Está em viagem. Ele foi representado pelo sogro Ademir Serafim. Nicoletti, substitui a Sérgio Luiz Batista de Almeida, ex-presidente do Sintraspug e ex-candidato a vice prefeito. Sérgio substituiu a Joel da Costa na presidência do PSDB de Gaspar, depois que este deixou o partido para se candidatar e não se eleger a deputado estadual pelo PMDB, seu partido de origem.

Algumas lideranças políticas estiveram na convenção do PSDB. Entre eles e nos discursos, todos juraram estar juntos nas eleições do ano que vem, mas ninguém se arriscou a dizer quem vai liderar este processo. No fundo, e disfarçam nas entrevistas e discursos, todos acham que encontrar o consenso será a parte mais difícil deste "sonho" de consumo e poder. A começar pelo PMDB e o PSD que estavam lá e querem ser cabeças de chapa deste processo. Acorda, Gaspar!
sidnei luis reinert
16/05/2015 17:59
Para aprovar as medidas do ajuste fiscal, a presidente Dilma oferece o comando de autarquias e cerca de 200 empregos para apadrinhados, num pacote que chega a R$ 21 bilhões

http://www.istoe.com.br/reportagens/418327_FEIRAO+DE+CARGOS+DO+GOVERNO
sidnei luis reinert
16/05/2015 17:26
Seu bolso garante o rentismo

Petrobras festeja lucro de R$ 5,3 bilhões no trimestre, mas quem colaborou para o resultado foi o otário do consumidor que arcou com os altíssimos preços dos combustíveis.

Eletrobras também festeja lucro de R$ 1,2 bilhão, mas quem mas quem colaborou para o resultado foi o otário do consumidor que arcou com as altas nas contas de energia elétrica.

No Brasil Capimunista, que é o paraíso do rentismo improdutivo e especulativo, alguém poderia esperar algo diferente?

Próximo a cair

A petralhada comemora a pancada que está levando o governador do Paraná, o tucano Beto Richa, com o escândalo da máfia dos fiscais divulgado, a todo vapor, pela Rede Globo, em rede nacional.

Depois que um fiscal preso denunciou que parte das propinas arrecadadas foram parar na campanha eleitoral de Beto, os petistas, pelo menos, têm o consolo de não ficarem sozinhos na prática de esquemas idênticos.

O PSDB nega as acusações de que tenha recebido R$ 2 milhões de ajuda, conforme denúncia do auditor fiscal Luiz Antônio de Souza, que faz delação premiada na investigação de um esquema de corrupção detectado na Receita Estadual de Londrina.

Do jeito que a coisa vai, a petralhada aposta que o Beto Richa será derrubado antes da companheira Dilma...

Derrubado

Marcello Moraes deixou ontem o poderoso cargo de diretor geral (CEO) da Infoglobo ? editora dos jornais O Globo, Extra e Expresso - que ocupava desde o final de 2011.

Frederic (Fred) Kachar, diretor geral da Editora Globo, assume o cargo, acumulando com a atual função e a presidência da Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas).

Jorge Nóbrega, braço-direito dos acionistas do Grupo Globo para a parte financeira, foi quem comunicou a Moraes a decisão sobre a saída.
sidnei luis reinert
16/05/2015 17:25
O estranho segredinho no caso Rosemary


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

"Pobre do País que precisa de herói para condenar corruptos e peculatários". Não há como discordar desta frase do advogado Antônio Ribas Paiva, na atual conjuntura e estrutura capimunista brasileira. Até o juiz Sérgio Moro, heroicamente exaltado nas ruas e nas redes sociais, não concorda que seja tratado como herói por apenas cumprir seu dever de ofício como servidor público de um judiciário - que deixa demais a desejar no Brasil da injustiça e da impunidade. O triste é que, na falta de outros que ajam da mesma forma, os usurpadores da coisa pública continuam fazendo a festa, se locupletando com o poder, sem qualquer previsão concreta de sofrer alguma punição.

Tão escandalosa quanto a descoberta de um grampo (interceptação telefônica e de informática ilegal) contra a Força Tarefa da Operação Lava Jato (demonstrando um lamentável racha na Polícia Federal) é mais uma notícia lamentável sobre os rumos das investigações na Operação Porto Seguro, deflagrada no distante ano de 2012. A Justiça Federal insiste em manter o estranho sigilo nos processos que correm contra a ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo Rosemary Noronha, amiga do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Ministério Público Federal denunciou Rose por improbidade administrativa. Ela já é alvo de uma ação criminal por corrupção passiva, tráfico de influência e falsidade ideológica. Nunca se cogitou, sequer, a prisão da poderosa figura.

Agora, mais um fato que beneficia Rosemary. O juiz José Henrique Prescendo, da 22ª Vara Cível Federal, declinou da competência para conduzir a ação e determinou a remessa do processo para Brasília porque outras ações civis relacionadas à Operação Porto Seguro já correm na capital federal. O Ministério Público Federal recorre para que o processo seja mantido em São Paulo. O juiz também determinou o segredo judicial sobre o processo por causa da existência de documentos decorrentes da quebra de sigilo telefônico, fiscal e bancário dos réus. Rosemary deve ter comemorado a decisão. Certamente, o amigo Lula, também. A estratégia é investir na embromação do caso, para que os crimes prescrevam no final das contas...

O MPF listou os favores recebidos pela ex-chefe do escritório da Presidência para fazer indicações de nomeações e marcar reuniões para o ex-diretor da Agência Nacional de Águas Paulo Vieira. Rose também é acusada de indicar o irmão de Paulo, Rubens Vieira, para a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os irmãos Viera comandariam uma quadrilha de venda de pareces em órgãos federais. Eles também foram denunciados por improbidade administrativa na nova ação proposta pelo MPF. O caso envolve o suposto favorecimento da empresa Tecondi, que explora terminais no Porto de Santos (SP), em processos no Tribunal de Contas da União (TCU) e na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e ingerência da ex-chefe do escritório da Presidência da República no Ministério da Educação.

O escândalo é mais um dos tantos que conseguem ficar sob estranho sigilo, enquanto se arma a impunidade final. Reportagem de O Globo refresca a memória do caso: "A Operação Porto Seguro da Polícia Federal revelou que Rose obteve para o seu ex-marido José Cláudio Noronha um diploma universitário falso para que ele pudesse ser nomeado para o conselho de administração da BrasilPrev, seguradora do Banco do Brasil. José Cláudio também foi denunciado por improbidade administrativa, assim como João Batista de Oliveira Vasconcelos, outro ex-marido de Rose. A empresa de Vasconcelos conseguiu um contrato com a Cobra, braço tecnológico do Banco do Brasil. A PF também descobriu que Rose e Paulo Vieira planejavam abrir uma escola de inglês. A unidade, da rede Red Ballon, registrada em nome de Meline e Mirelle, as duas filhas de Rose, e de seu ex-marido Noronha, começou a funcionar no início do ano passado, em São José dos Campos (SP)".

Rose permanece blindadíssima. O amado amigo Luiz Inácio Lula da Silva, também. A Operação Lava Jato começa a sofrer sabotagens. Imagina as pressões que correm nos bastidores - que não chegam aos ouvidos e olhares profanos. As gravíssimas provas obtidas nos acordos de "colaboração premiada" demoram a atingir os poderosos do andar de cima. Por enquanto, são punidos apenas os empreiteiros e os que não tem foro privilegiado de julgamento. Até a otimista Velhinha de Taubaté duvida que o caso pegue pesado contra os políticos poderosos, quando chegar a ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal. Provavelmente, até isto acontecer, passarão vários anos. Muitos das penas prescreverão. A lenda do Mensalão tende a se repetir, como farsa.

O povão está perdendo a paciência. A revolução dos smartphones, que democratiza a circulação de informações e opiniões antes censuradas pela mídia tradicional, ajuda a intensificar a insatisfação social com tanta coisa errada, sem previsão de se tornar correta algum dia. O barril de pólvora nunca pareceu tão próximo de ser aceso. Alguns ditos poderosos ainda fingem que nada é com eles. Mas, no íntimo da consciência, sentem a pressão das ruas subindo.

Quando a bomba vai estourar? Ninguém ousa prever a data com exatidão. O mais recomendável é se preparar para a mudança - que vai ser brusca, quando efetivamente ocorrer. A crise econômica de verdade está apenas começando. Vai faltar pimenta "Lasca Prega" no mercado...
Herculano
16/05/2015 16:59
DILMA, A PATROBRÁS E O TITICACA, editorial do jornal O Estado de S.Paulo

Em mais um discurso cheio de som e fúria, a presidente Dilma Rousseff prometeu manter dois erros muito custosos da política do petróleo - a exigência de conteúdo nacional nos insumos e equipamentos e a participação da Petrobrás em todas as concessões. Os fãs da presidente podem, portanto, ficar sossegados, pois assim ela parece demonstrar coerência com o que prometeu na campanha pela reeleição.

Dilma só descumpriu promessas eleitorais, aceitando um programa de ajuste das contas públicas, por incontornável necessidade. Mas nunca reconheceu a péssima gestão financeira de seu governo e continua atribuindo os males do Brasil a fatores externos. Com a mesma coerência perversa, insiste no equívoco de sobrecarregar a Petrobrás, dificultando o cumprimento de suas missões essenciais como empresa petrolífera e como instrumento da política energética.

Para começar, a estatal nem tem respeitado os índices de nacionalização impostos por lei, como admitiu seu novo presidente, Aldemir Bendine, em depoimento no Senado no fim de abril. Membros da antiga diretoria já haviam reconhecido esse fato, mas o governo jamais cuidou da questão com pragmatismo. Os limites da capacidade técnica e operacional dos fornecedores são só uma parte do problema. Também seria preciso dar atenção aos custos, sempre importantes e ainda mais no caso de uma empresa envolvida na complexa e caríssima exploração do pré-sal. Todo gasto além do necessário pode atrapalhar o plano de investimentos na verdadeira função estratégica da Petrobrás.

A estatal foi convertida em instrumento da política industrial por iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Isso beneficiou alguns grupos empresariais, mas tem atrapalhado, claramente, a atividade essencial de uma petroleira.

Essa política incluiu a preferência a estaleiros nacionais na compra de navios-tanque e de sondas. Nunca se deveria esquecer a história do navio João Cândido, batizado por Lula e Dilma em maio de 2010 e recolhido imediatamente ao estaleiro, por incapacidade para navegar. O barco só foi para o mar dois anos mais tarde, depois de reparos demorados e custosos.

A presidente Dilma Rousseff talvez tivesse na memória esse episódio, quando se referiu, no discurso de quinta-feira, aos problemas encontrados quando um país se dispõe a ser "pioneiro em uma indústria". Mas seria uma bobagem enorme e grotesca falar do Brasil como pioneiro na indústria naval, em 2010 ou agora. Foi temerário comprometer dinheiro público na Sete Brasil, criada para produzir sondas, hoje atolada em dívidas e incapaz de atender às encomendas.

Mas a mãe de todos os equívocos, no caso do conteúdo nacional, foi a confusão entre os objetivos da Petrobrás, com uma complicadíssima agenda de exploração, e as metas de uma política industrial. Foi um caso exemplar de incompetência administrativa. Além de atrapalhar a Petrobrás, também prejudicada pelo controle de preços, o governo foi incapaz de abrir uma nova etapa de desenvolvimento industrial, como prova a estagnação do setor, sem condições de competir e atolado em crise.

Da mesma forma, nada pode justificar a obrigação da Petrobrás de participar de todas as concessões. Não há dinheiro para isso. Esse dado é amplamente conhecido, mas a presidente Dilma Rousseff ainda parece desconhecê-lo.

Sem se comprometer muito, o presidente Aldemir Bendine admitiu a incapacidade da empresa de participar de licitações pelo menos neste ano. Ele seria mais informativo se admitisse a incompatibilidade entre essa obrigação, os interesses da estatal e os objetivos nacionais na área energética. Com mais clareza, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, indicou em depoimento no Senado, em abril, possíveis mudanças na política de conteúdo nacional e no papel da Petrobrás como operadora no pré-sal.

A presidente, no entanto, mais uma vez se mostrou impermeável ao bom senso. Mas, pensando bem, ninguém deveria admirar-se. No mesmo discurso, ela explicou por que a Petrobrás foi premiada em recente evento internacional nos Estados Unidos: por "ter sido capaz de extrair petróleo de uma profundidade extremamente elevada". Profundidade elevada? Talvez no Lago Titicaca.
Herculano
16/05/2015 16:55
TEORI: DILMA PODE SER INVESTIGADA, "SE FOR O CASO", por Josias de Souza

Em despacho assinado nesta sexta-feira, o ministro Teori Zavaschi, do STF, sustentou que não há impedimento constitucional para que Dilma Rousseff seja investigada, "se for o caso", por crimes praticados fora do atual mandato. Ele disse isso ao negar pedido do PPS para abrir inquérito contra a presidente no contexto da Operação Lava jato. Teori argumentou que, embora a Constituição não proíba, a investigação só poderia ser cogitada se a Procuradoria-Geral da República fizesse uma acusação formal contra Dilma. Algo que, "nesse momento", não existe.

Embora Teori tenha indeferido o pedido do PPS, o teor da decisão teve sabor de vitória para os autores. Em sua petição, o partido contestava um despacho que o ministro divulgara em 6 de março. Nessa peça, disponível aqui, Teori endossara posição defendida pelo procurador-geral Rodrigo Janot para excluir Dilma do processo. Janot afirmara que a presidente não poderia ser investigada na Lava Jato porque os fatos ocorreram antes que ela assumisse o atual mandato.

O procurador-geral invocara o parágrafo 4º do artigo 86 da Constituição, que prevê que um presidente da República, no curso do mandato, não pode ser processado por atos não relacionados ao exercício das suas funções. Na decisão de março, Teori dera razão a Janot, nos seguintes termos: "A rigor, nada há a arquivar em relação à presidente da República. Aliás, ainda que assim não fosse, é certo que, nos termos da Constituição Federal, 'o Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções'."

No documento desta sexta-feira, Teori reposicionou-se em cena. Por iniciativa do deputado Raul Jungmann (PE), o PPS questionara a decisão de março, sob o argumento de que ela contrariava deliberações tomadas anteriormente pelo próprio STF, em casos relatados pelos ministros Celso de Mello e Sepúlveda Pertence, já aposentado. No novo despacho, Teori deu o braço a torcer:

"Não se nega que há entendimento desta Suprema Corte no sentido de que a cláusula de exclusão de responsabilidade prevista no parágrafo 4º do artigo 86 da Constituição ('O presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções') não inviabiliza, se for o caso, a instauração de procedimento meramente investigatório, destinado a formar ou a preservar a base probatória para uma eventual e futura demanda contra o chefe do Poder Executivo." Ele citou o precedente relatado por Celso de Mello, um dos que o PPS havia mencionado em seu recurso.

Em português claro, o que o ministro Teori disse, com outras palavras, foi o seguinte: se aparecer qualquer indício do envolvimento de Dilma no escândalo da Petrobras, a presidente pode, sim, ser investigada. Na hipótese de comprovação do envolvimento dela em algum crime, a ação penal só poderia ser instaurada depois que terminasse o seu mandato. Ou seja: o que a Constituição proíbe é a abertura de processo, não a apuração dos fatos.

Teori indeferiu o pedido do PPS por entender que, no caso específico, "essa questão não tem significado objetivo", já que o procurador-geral sustenta não haver elementos que justifiquem a abertura de inquérito contra Dilma. Chamado a manifestar-se novamente, Janot escreveu em parecer endereçado a Teori: "a investigação formal de qualquer pessoa pressupõe a existência de mínimo suporte fático ou indicação de linha de investigação que tenha plausibilidade razoável de logicidade." E na Lava Jato, ele reiterou, não há "suporte fático para formal investigação em relação à Presidente da República."

Ao enviar o pedido do PPS ao arquivo, Teori argumentou que não cabe ao STF instaurar inquéritos por conta própria. Lembrou que, conforme reza a Constituição, "cabe exclusivamente ao procurador-geral da República requerer abertura de inquérito, oferecer a inicial acusatória e propugnar medidas investigatórias diretamente nesta Corte Suprema."

Dilma foi citada em depoimentos de dois delatores da Lava Jato: o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. O primeiro contou que, em 2010, Youssef lhe trouxe um pedido de Antonio Palocci, então coordenador da campanha presidencial de Dilma. Queria que fossem cedidos do caixa de propinas do PP, o Partido Progressista, R$ 2 milhões para a campanha petista. Youssef foi autorizado a realizar o repasse. Ouvido, o doleiro negou.

Ao excluir Dilma da encrenca, Janot requereu a Teori que devolvesse à primeira instância do Judiciário esse pedaço do processo, para que fosse apurada a conduta de Palocci. Foi atendido. Desde então, o caso encontra-se sob a alçada do juiz Sérgio Moro, que cuida da Operação Lava Jato em Curitiba.

No despacho desta sexta, Teori escreveu: "Consideradas essas circunstâncias de fato e de direito, não há como acolher a pretensão [do PPS] de ser instaurado procedimento investigatório contra a presidente da República nesse momento. Cumpre realçar, por importante, sobre um suposto pagamento ilegítimo à campanha presidencial, já está sendo investigado em procedimento próprio, nos termos da decisão proferida" em março.

O bom entendedor deve prestar atenção a certas palavras. Ao dizer que ainda não pode abrir inquérito contra Dilma, o ministro Teori utiliza a expressão "nesse momento". A investigação está em curso. Há dois dias, o empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC e coordenador do cartel que pilhou a Petrobras, assinou um acordo de delação premiada na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília.

Nas negociações que levaram à delação, Ricardo Pessoa dissera que borrifou R$ 7,5 milhões nas arcas da campanha à reeleição de Dilma Rousseff, no ano passado. Contou que a negociação foi feita com o então tesoureiro do comitê petista, Edinho Silva, hoje ministro da Comunicação Social da Presidência da República.

Na versão do empreiteiro, o dinheiro foi doado para evitar a perda de contratos que sua empresa mantinha com a Petrobras. Edinho e o PT negam ter recebido doações ilegais. Resta agora saber: 1) o que acrescentou Pessoa em sua delação?; 2) Janot continuará achando que Dilma não merece ser investigada? 3) submetido às novidades do processo, o ministro Teori vai referendar a delação de Ricardo Pessoa?
Herculano
16/05/2015 16:44
DIANTE DE TANTAS PROVAS; DEPOIS QUE MUITAS MANOBRAS JURÍDICAS E POLÍTICAS FORAM TECNICAMENTE REFUTADAS E PRESSÕES DE GRUPOS ECONÔMICOS PODEROSOS SUPERADAS, OS ADVOGADOS DA LAVA JATO TENTAM MAIS UMA CARTADA PARA DESQUALIFICADAR A INVESTIGAÇÃO E LIVRAR SEUS CLIENTES DOS ROUBOS DE BILHÕESDE REIAIS DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS FEITO PARA PO PT CONTINUAR NO PODER E A LADROAGEM SER PERPÉTUA.

Está na revista Veja que está nas bancas traz: grampos, intrigas e troca de acusações ameaçam a Operação Lava-Jato. O fragmento de texto é de Rodrigo Rangel e Hugo Marques

Um exército de advogados dos maiores e mais conceituados escritórios do país há mais de um ano esquadrinha os processos da Operação Lava-Jato em busca de algo que possa ser usado na Justiça para tentar questionar a validade das investigações sobre o maior escândalo de corrupção da história do país. É a única chance que os advogados têm de livrar da punição exemplar seus clientes, empreiteiros, políticos e funcionários públicos corruptos, que desviaram mais de 6 bilhões de reais dos cofres da Petrobras. É também a última esperança de proteger a identidade dos mentores e principais beneficiários do esquema que usou o dinheiro dos brasileiros para enriquecer e comprar o poder.

Até hoje o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça rejeitaram todas as incursões nessa direção. Na semana passada, o empresário Ricardo Pessoa, apontado como o chefe do clube das empreiteiras envolvidas, assinou um acordo de delação premiada, confessou sua participação no crime e se comprometeu a contar o que sabe - e o que ele sabe implica no caso o ex-presidente Lula, a campanha da presidente Dilma e alguns de seus principais assessores.

A colaboração de Pessoa levará os policiais e os procuradores à derradeira fase da investigação, ao iluminar o caminho completo trilhado pelo dinheiro roubado e permitir que se rastreie com precisão a cadeia de comando. De onde menos se esperaria, surge agora uma incursão que pretende pôr tudo isso a perder.

Com o conhecimento do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o comando da Polícia Federal em Brasília está investigando sigilosamente os delegados e agentes envolvidos na Operação Lava-Jato. VEJA teve acesso a uma sindicância aberta pela Corregedoria da PF e conversou com policiais que acompanham e participam da apuração. É preocupante. Segundo os corregedores, o procedimento foi instaurado para apurar "ilegalidades" praticadas pelos colegas do Paraná, onde estão centralizadas as investigações do escândalo da Petrobras.

Que "ilegalidades" seriam essas? Os federais de Brasília acusam os paranaenses de instalar escutas para captar clandestinamente conversas de presos e dos próprios policiais. Uma dessas escutas foi descoberta na cela do doleiro Alberto Youssef, uma das principais testemunhas do esquema de corrupção. Em maio do ano passado, o doleiro encontrou um transmissor de voz escondido sobre o forro do teto de sua cela.

Os corregedores acusam os delegados da Lava-Jato de ter colocado o aparelho para obter provas por meio de métodos ilegais. Parece grave - e é -, principalmente pelo que aparenta estar na gênese da investigação. "Isso vai provocar a anulação de toda a Operação Lava-Jato", diz, sob a condição de anonimato, um delegado de Brasília que participa da apuração. "A situação vai ficar feia. Vai aparecer mais coisa", advertiu. Essa entrevista foi feita na última quarta-feira à tarde.

Em privado, delegados próximos da cúpula da Polícia Federal admitem que o objetivo da "operação paralela" é carimbar a Lava-Jato com suspeitas de irregularidades - o que, fatalmente, abriria caminho para questionamentos judiciais sobre a operação e poderia resultar, em última análise, em sua anulação.

Para o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso, ainda que se comprove a suspeita de que teria havido interceptação ilegal na Lava-Jato, isso não seria suficiente para desqualificar toda a operação. "Se essa prova paralela não representa o início da investigação, então ela é declarada nula, sem prejudicar as demais provas", diz o ex-ministro.

Para o delegado Jorge Pontes, ex-diretor da Interpol, o jogo está claro: "A minha suspeita é que haja um grupo de pessoas já cooptadas para tentar minar e comprometer a Operação Lava-Jato. Neste momento em que a sociedade brasileira tem uma expectativa histórica de o país deixar de ser vítima de corrupção institucionalizada, isso aí é uma tentativa da corrupção institucionalizada de criar no seio da polícia uma contenda que tem a intenção de jogar alguma dúvida sobre essa investigação".
Herculano
16/05/2015 14:31
TAVA RUIM? VAI PIORAR PARA O PESSOAL DO PODER, DO PT, DO PMDB, DO PP.... ROBERTO JEFFERSON INSINUA QUE SABE COISAS SOBRE O PETROLÃO

Ao deixar a prisão neste sábado para terminar de cumprir sua pena em casa, o ex-deputado mensaleiro afirmou que se falar, a Justiça volta a prendê-lo

Conteúdo da revista Veja. O ex-deputado federal Roberto Jefferson, condenado a sete anos de prisão pelo mensalão, deixou neste sábado Instituto Penal Francisco Spargoli, em Niterói (RJ), e vai cumprir o resto da pena em prisão domiciliar. Logo após deixar instituição penal, Jefferson deu uma rápida entrevista. Questionado se sabia alguma coisa sobre a Operação Lava-Jato, que investiga os casos de corrupção na Petrobras, o ex-deputado deixou transparecer que sabe sim. "Está aqui [gesticulando como se algo estivesse em sua garganta], mas eu não posso falar. Se eu disser, o Barroso me prende", afirmou, rindo.

O benefício de cumprir o resto da pena em casa foi autorizado ontem pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), por Jefferson ter cumprido um sexto da pena em regime inicial semiaberto. O ex-deputado ficou 14 meses preso e conseguiu completar um sexto da pena com desconto dos dias trabalhados em um escritório de advocacia como auxiliar de escritório.

Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Jefferson disse estar aliviado e que pagou pelos crimes que cometeu. "Está pago, ainda tem algum tempo a cumprir, mas está pago", disse a jornalistas na saída do prédio. Operado em 2012 para a retirada de um tumor no pâncreas e de partes de outros órgãos do sistema digestivo, Jefferson disse que vai aproveitar a saída da prisão para cuidar da saúde e "namorar muito". O ex-deputado deve se casar no fim deste mês.

"Não há prisão que seja boa, mas tirei com toda a serenidade. Evoluí, melhorei, estou melhor que ontem. Tive o tempo de ler, de conhecer o sofrimento das pessoas que passam por isso", disse. O ex-deputado deixou o presídio dirigindo e disse que iria para um apartamento na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Herculano
16/05/2015 14:27
O (OUTRO) DOLEIRO, por Lauro Quadro, de Veja

Está nas mãos dos procuradores da Lava-Jato um robusto dossiê contra Dario Messer, um dos maiores doleiros do Brasil, enrolado nas mais importantes investigações de lavagem de dinheiro da última década.

O material foi entregue por uma ex-funcionária de Messer.

No meio da papelada, há detalhes sobre a luxuosa reforma da cobertura tríplex de Messer no Leblon (RJ) avaliada em cerca de 20 milhões de reais. Tudo pago em caixa dois com notas fiscais que escondiam o nome do doleiro.
Casinha de Plástico
16/05/2015 14:23
Sr. Herculano:

Todo dia tem notícia pra gente sobre esta cambada de larápios.
Dinheiro pra todo mundo da quadrilha tem, pro brasileiro sobra um supositório do tamanho de uma kombi.

Recado para quem for piolho manco, cego e vermelho (vulgo petista)
não cruze o meu caminho, você vai ser vaiado.
úúúúhhhh... úúúúhhhh...
João João Filho de João
16/05/2015 14:13
Sr. Herculano:

Jornalista Políbio:

"A Comissão Parlamentar de Inquérito que será instalada na próxima terça-feira investigará os malfeitos descobertos a partir da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que investiga denúncia de que empresas, escritórios de advocacia e de contabilidade, servidores públicos e conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) criaram esquema de manipulação de julgamentos, propiciando a redução de multas de sonegadores de impostos.

No Rio Grande do Sul, estão sob investigação grupos poderosos como Gerdau, RBS e Marcopolo.

A PF já comprovou prejuízos de R$ 6 bilhões aos cofres públicos, mas auditores envolvidos na operação avaliam que a fraude pode ultrapassar R$ 19 bilhões."

Se a RBS agisse corretamente, não passaria por este vexame.


Mariazinha
16/05/2015 13:53
Seu Herculano:

Pelo que postou Paciente da Policlínica, é o pt fazendo vergonha.
Que é uma fábrica de maldades que não tem fim.

É um absurdo como nossos dirigentes, em qualquer nível se acha melhor, com absoluta certeza que são donos dos cargos e podem mandar e desmandar sem respeitar as leis e os regulamentos.
O partido dos bandidos conseguiu implantar a cultura do dono.
Eles são os donos do nosso país.

Xô, corja!
Xô, súcia!
Xô, ratos da esgotosfera imunda!

Bye, bye!
Herculano
16/05/2015 12:49
PASTEL E CHURRASCO NA TRADICIONAL FESTA DA COMUNIDADE LUTERANA DO CENTRO. UMA TRADIÇÃO DE 61 ANOS

Neste final de semana, a Paróquia Luterana de Gaspar estará realizando sua tradicional festa. Será no Centro Comunitário da rua Frei Solano. Desde do ano passado não está sendo mais usado o galpão da comunidade, que foi alugado para o correio que necessitava de uma maior área para continuar neste local. No entanto, a diretoria estará disponibilizando em frente ao Centro Comunitário duas tendas com uma área de igual tamanho, que abrigarão os participantes durante os festejos, segundo o Pastor Gilmar Finkem Zacomelli e o presidente da comunidade Otimar Arend.
Odir Barni
16/05/2015 11:09

BOI NO ROLETE OU BOI ENROLADO?

Caro Herculano; como gosto de fazer comparações, lei um susto ao ler seu comentário sobre o ¨boi no rolete¨. Vejo uma grande semelhança entre o boi no rolete com os bois enrolados. No próximo ano tem eleições e vamos ver se nos municípios o bois vão ser enrolados mais uma vez, como dizem os alemães.
Julianus Abobado
16/05/2015 10:45
Herculano;

Pelo lí e assisti em vídeos este Conselho CMDA é uma corja atrelada aos petralhas?
São paus mandado e bocas alugadas? Fazem o que o homem manda?
É isto?
Herculano
16/05/2015 07:46
E O BOI NO ROLETE? QUANDO SERÁ?

Mais uma tradição que se enterra em Gaspar? Crise econômica ou crise política que distancia os amigos para comemorar o poder? Acorda, Gaspar!
Herculano
16/05/2015 07:42
RENDIÇÃO, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo para o jornal Folha de S. Paulo,

Fachin compartilha com o PT o objetivo de anular os direitos do Congresso - isto é, do 'povo desorganizado'

Max Weber distinguiu a "ética da convicção" da "ética da responsabilidade". Na sabatina de terça, Luiz Edson Fachin invocou a segunda para envernizar uma peculiar "ética da conveniência" - e passou 11 horas declarando sua adoração pelo que criticou ao longo da vida. O jurista atacou o direito de propriedade em 1986. Mas vale a pena discutir 1986? O jurista não aprecia a proteção especial à família nuclear. E daí? A diversidade de opiniões informadas enriquece o STF. Conversa inútil. Nenhum senador desviou-se dos rumos óbvios para inquiri-lo sobre o que interessa: a fonte das leis. Fachin acredita que os juízes têm a prerrogativa de inventar a lei. Se seu nome for aprovado em plenário, os senadores estarão assinando um termo de rendição do Poder Legislativo.

Fachin é da corrente de pensamento de outro Luís, Roberto Barroso, que já está no STF. Eles são expoentes da vertente radical do neoconstitucionalismo, a árvore teórica de um ativismo judicial ilimitado. Nesse campo ideológico, a norma formal deve ceder lugar à norma axiológica, isto é, a valores morais genéricos que serviriam de régua na interpretação dos códigos legais. A Constituição proclama as metas da igualdade, do bem-estar e da justiça? Sob a ótica deles, é o suficiente para varrer a letra das leis pelo sopro purificador do juiz-ativista.

Tudo que está escrito pode ser lido pelo avesso - eis a mensagem de Luís e Luiz. Na "nova dogmática da interpretação constitucional" de Barroso, a filtragem do Direito escorrega da norma objetiva para o terreno do arbítrio subjetivo. A Constituição abriga o princípio da igualdade perante a lei? Basta reinterpretá-la à luz do imperativo de justiça histórica - e concluir pela recepção de leis raciais na ordem jurídica nacional. A letra constitucional proíbe a discriminação de cor no acesso à educação superior? Basta atribuir um significado paradoxal à palavra - e explicar que a meta axiológica da igualdade demanda a "discriminação positiva".

O neoconstitucionalismo nasceu no pós-guerra como reação progressista ao formalismo excludente da ordem liberal. "A lei tem que ser legítima, alinhando-se aos princípios constitucionais!", gritaram os juristas indignados com o novelo de artimanhas de uma legalidade meticulosamente construída para negar direitos. Contudo, nas margens dessa revolta modernizante, surgiu uma escola jacobina que prega a reforma social pelo Direito e, não por acaso, repete incessantemente o mantra da "carência de legitimidade" dos atuais parlamentos.

Os fundadores da arquitetura moderna queriam "mudar a cidade para transformar a sociedade". Os juristas jacobinos cultivam o mesmo sonho exagerado, mas escolheram a ferramenta do Direito, o que os coloca em rota de colisão com o poder encarregado de fazer as leis. Fachin não é petista, a não ser num sentido puramente circunstancial. Mais que um partido, precisa de alianças com o "povo organizado": movimentos sociais, entidades corporativas, ONGs. A reengenharia da ordem jurídica, por cima dos representantes eleitos, deve ser vista como produto da vontade da sociedade civil. Fachin compartilha com o PT o objetivo de anular os direitos do Congresso, isto é, do "povo desorganizado".

"Uma Constituição se faz Constituição no desenrolar de um processo constituinte material de índole permanente", pelo recurso a "ações afirmativas" e pelo "resgate de dívidas históricas", escreveu Fachin em 2011. A "revolução permanente" do Direito, pelo ativismo do jurista iluminado - eis o núcleo do seu pensamento. Numa sabatina intelectualmente preguiçosa, os senadores nem mesmo roçaram no tema relevante. Família? Propriedade? Não: Fachin quer transferir para "os juristas que têm lado" o mandato dos deputados e senadores. Alvaro Dias tem razão numa coisa: essa decisão "não é uma questão partidária".
Herculano
16/05/2015 07:35
PIZZOLATTI NA BOCA DO SAPO

Com a decisão do presidente e dono da UTC, Ricardo Pessoa, de assinar o compromisso de delação premiada com o Ministério Público Federal, quem entrou no jogo foi o ex-deputado Federal, e ex-presidente do PP catarinense, João Alberto Pizzolatti Filho, que já responde a processos no Supremo Tribunal Federal (por foro privilegiado que inventou ao ser "nomeado" secretário de Relações Institucionais de Roraima).

Ricardo era o presidente do "clube das empreiteiras". E esta semana, ele passou a dar nomes dos políticos do esquema. E o de Pizzolatti não sai da cabeça de Ricardo e frequentemente é citado nos minuciosos depoimentos que estão sendo prestados por Ricardo para livrá-lo de parte da pena restritiva de liberdade e pecuniária. Em Santa Catarina, a imprensa feita de press releases está silenciosa.
Herculano
16/05/2015 07:29
NÃO ESCAPA UM. E AINDA QUEREM SER EXEMPLOS PARA TODOS NÓS. A PRIMEIRA COISA QUE FIZERAM FOI NOS ENGANAR PARA OBTER VOTO E MANDATO PARA AGIR EM BENEFÍCIO PRÓPRIO E NÃO POR IDEIAS E COLETIVAMENTE COMO JURARAM. EMPREITEIRO DIZ QUE DOAÇÃO A FILHO DE RENAN ERA PROPINA

Ricardo Pessoa deu R$ 1 milhão para a campanha do PMDB em Alagoas. Dono da UTC, que fez acordo de delação premiada, vincula contribuições eleitorais a esquema de corrupção, escreveram para o jornal Folha de S.Paulo Estelita Hass Carazzai, de Curitiba e Flávio Ferreira, enviado especial pelo jornal a Curitiba.

O empresário Ricardo Pessoa, dono das empreiteiras UTC e Constran, disse aos procuradores da Operação Lava Jato que as doações que fez à campanha do governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), no ano passado eram parte da propina paga para manter seus contratos na Petrobras.

Filho do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o governador recebeu R$ 1 milhão da UTC. A empreiteira repassou o dinheiro para o diretório estadual do PMDB em duas parcelas, em agosto e setembro.

Apontado como líder do cartel de empresas associado ao esquema de corrupção descoberto na Petrobras, Pessoa fechou na quarta-feira (13) acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, comprometendo-se a contar o que sabe para obter pena menor.

O empreiteiro apresentou uma relação com cerca de 30 episódios que promete detalhar em seus depoimentos nos próximos dias, e entregou também vários documentos que, segundo ele, poderão ser úteis para as investigações.

A Procuradoria-Geral da República conduz investigações sobre 48 políticos suspeitos de envolvimento com a corrupção na Petrobras, entre eles o próprio Renan.

Segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que também fez acordo para confessar seus crimes e passou a colaborar com as investigações, Renan e outros líderes do PMDB garantiram o apoio político necessário à sua permanência na estatal e receberam parte dos recursos desviados pelo esquema.

O presidente do Senado nega qualquer tipo de envolvimento com corrupção. Por meio de sua assessoria, Renan Filho disse que as doações recebidas por sua campanha em Alagoas foram feitas conforme a legislação.

Nas negociações com os procuradores, Pessoa afirmou também que suas doações à campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, no valor total de R$ 7,5 milhões, foram feitas porque ele temia prejuízos em seus negócios com a Petrobras se não colaborasse com o PT.

Ele disse que tratou das contribuições com o tesoureiro da campanha, Edinho Silva, hoje ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Pessoa afirmou que procurou Edinho a pedido do então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, hoje afastado do partido e preso em Curitiba.

OUTRAS CAMPANHAS
O empreiteiro apontou aos procuradores os nomes de pelo menos dez congressistas e de outro governador, além de Renan Filho, como beneficiários do esquema. Pessoa também indicou o ex-deputado federal João Pizzolatti (PP-SC), que já é alvo de um inquérito em andamento no STF (Supremo Tribunal Federal).

Além da UTC, seis empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato fizeram doações ao diretório do PMDB em Alagoas e à campanha de Renan Filho no ano passado. Ao todo, as empresas sob suspeita doaram R$ 7,7 milhões, o equivalente a 40% do que o governador gastou para se eleger.

Colaboraram com Renan Filho as construtoras OAS, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa e Serveng Civilsan, todas investigadas por suspeita de participar do cartel investigado pela Lava Jato.

No ano passado, a UTC e a Constran distribuíram R$ 54,5 milhões em contribuições eleitorais. As duas empresas ajudaram a financiar a campanha de 11 deputados federais e dois senadores eleitos, de acordo com as prestações de contas oficiais dos partidos.
Herculano
16/05/2015 07:22
CRÍTICO DE DILMA, TARSO GENRO PODE DEIXAR O PT

Petistas dão como certa a saída do ex-governador gaúcho Tarso Genro do PT. Reservadamente, Genro acusa o governo Dilma de trair bandeiras históricas da sigla e cita o pacotão de maldades fiscais como exemplo. O PSOL, partido da filha Luciana Genro, pode ser o paradeiro do ex-ministro de Lula. A lista dos insatisfeitos tem ainda o deputado Paulo Teixeira (SP) e o prefeito Fernando Haddad (SP), poste de Lula.

Não é o mesmo
Tarso Genro avalia que o PT "abandonou a política de esquerda". A rendição de Dilma ao PMDB também não é perdoada pelo ex-ministro.

O problema
Dilma é alvo constante de Tarso. Publicamente, diz que o ajuste fiscal é "constrangedor". Em particular, ele chama o ajuste de "traição".

Troca
Petistas ironizam a saída de Tarso propondo troca por Luciana Genro, filha do ex-governador. Alegam que ela tem mais votos que o pai.

Salve-se quem puder
A senadora Marta Suplicy (SP) abriu a porta do desembarque. Andam insatisfeitos: os senadores Paulo Paim (RS) e Walter Pinheiro (BA).

DESEMBARGADORES ESTÃO FORA DA PEC DA BENGALA
É bom ficar claro: os desembargadores dos 27 Tribunais de Justiça não foram beneficiados com a "PEC da Bengala", que amplia para 75 anos a aposentadoria compulsória na magistratura. Ainda. Por enquanto, os beneficiados são os ministros do Supremo Tribunal Federal, Tribunal de Contas da União, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior do Trabalho, Superior Tribunal Militar e Tribunal Superior Eleitoral.

Inevitável
Esperam-se medidas como mandados de injunção e de segurança para estender a PEC da Bengala às demais carreiras de Estado.

Efeito cascata
Ministérios como das Relações Exteriores já realizam estudos sobre o impacto da PEC da Bengala, inevitável na carreira diplomática.

Represamento
A PEC da Bengala, que adia a aposentadoria de 70 para 75 anos, deve "represar" carreiras, na Justiça e no Executivo, congelando promoções.

Fator Cunha
O vice Michel Temer pediu a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para não pôr em pauta a mudança no fator previdenciário, em medida provisória sobre o pacote fiscal do governo. Cunha se negou a atendê-lo.

Bedelho no Senado
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, está se achando. Resolveu agora interferir na sucessão da presidência do Senado. Diz não aceitar ninguém ligado a Renan Calheiros, como Romero Jucá (RR), ou ao vice Michel Temer. Cunha aposta em Valdir Raupp (PMDB-RO).

Mr. Simpatia
Em reunião com líderes partidários, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) tentou ser simpático, mas foi ameaçador até ao brincar com o ministro Carlos Gabas (Previdência): "Teu futuro está em jogo..."

Personagem
O deputado Tiririca (PR-SP) adora misturar o mandato com a profissão de palhaço. Esta semana, ele contava piadas no plenário e posava para fotos, afinal publicadas nas redes sociais. Trabalho, que é bom...

Papel demais
Uma das primeiras licitações do ano, no Planalto, em meio ao escândalo da Lava Jato, foi para comprar fragmentadoras de papel, aquelas maquininhas que destroem documentos. E até provas.

Notívago
Enquanto desagrada Dilma com declarações sobre o modelo de partilha do pré-sal, o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) aprecia o almoço no Piantella, em Brasília. O problema é acordar a tempo.

Dando exemplo
Suspeitando de uso do seu nome pelo PP, Jerônimo Goergen (PP-RS) questiona Aloizio Mercadante, via ofício, se existe nome de indicados dele nomeados no governo. Caso haja, pede a imediata exoneração.

Contradição
Quando o PTB completa 70 anos de existência, o partido convive com a possibilidade de extinção: andam avançadas as negociações de fusão com o DEM. Ambas as siglas devem sumir.

Pensando bem...
...Dilma poderia aproveitar a reunião sobre corte nos gastos públicos e reduzir à metade ministérios e as boquinhas distribuídas aos aliados.
Herculano
16/05/2015 07:14
O TEMPO DILMA, por Renato Andrade para o jornal Folha de S.Paulo

A presidente Dilma Rousseff terá de fazer algo que não é de seu feitio. A nova fórmula de cálculo das aposentadorias, aprovada pelo plenário da Câmara nesta semana, forçará a petista a definir, num curto espaço de tempo, uma alternativa para substituir o mecanismo que recebeu a chancela de boa parte da chamada base de apoio do governo federal.

Rapidez na tomada de decisões não é a principal característica da atual inquilina do Palácio da Alvorada. Tanto na definição de ações de governo quanto na escolha de nomes para ocupar cargos importantes, o tempo Dilma é contado, na maioria das vezes, em meses, quase nunca em semanas, dias ou horas.

Veja a situação do Supremo Tribunal Federal. O ex-ministro Joaquim Barbosa aposentou a toga em julho do ano passado. Dilma só definiu a indicação do jurista Luiz Edson Fachin para ocupar a vaga em abril, nove meses depois da despedida do polêmico relator do mensalão.

Ainda assim, a situação não está resolvida. Às turras com a cúpula do Congresso, a petista corre o risco de ver sua indicação derrubada no plenário do Senado na próxima semana.

O pacote de novas concessões no setor de infraestrutura também vai se arrastando. Assessores chegaram até a anunciar dia e hora da divulgação, mas nada aconteceu. Agora, pelas estimativas da mesma turma, a coisa deve sair em junho.

Além do problema com o tempo, Dilma enfrentará outro complicador durante as negociações para definir um mecanismo que substitua a regra aprovada pelos deputados para calcular as aposentadorias.

Credibilidade e força são fundamentais para qualquer governo conseguir fixar e aprovar uma fórmula que evite o colapso das contas da Previdência Social e, ao mesmo tempo, não seja vista como uma garfada no direito dos aposentados.

Na atual situação, o Palácio do Planalto tem tudo, menos esses dois elementos para jogar sobre a mesa.
Herculano
16/05/2015 07:07
EMENDA IRRESPONSÁVEL, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Câmara aprova medida que amplia gastos previdenciários; populismo é lamentável, mas pode forçar debate mais maduro sobre o tema

Não foi menos que lamentável o comportamento da maioria dos deputados federais na votação da medida provisória 664, que torna mais rigorosos os critérios para recebimento de pensão por morte.

Inserida no necessário pacote de ajuste das contas públicas, a proposta até foi parcialmente aprovada - e haveria pouco a criticar se as divergências se limitassem à modulação das novas regras.

Ocorre que, com uma emenda estranha à medida provisória, a Câmara deu seu aval a uma revisão irresponsável do fator previdenciário. Se prosperar, a iniciativa ampliará sobremaneira as despesas com aposentadorias precoces.

Atualmente, o fator faz com que os vencimentos sejam tão menores quanto mais cedo a pessoa se aposentar. Pelo novo dispositivo, que agora será apreciado pelo Senado e ainda poderá sofrer veto presidencial, o trabalhador terá direito a proventos integrais se a soma da idade com o tempo de contribuição chegar a 85, no caso das mulheres, e 95, no dos homens.

Calcula-se que bastarão de 18 a 30 meses adicionais de serviço para obtenção do benefício pleno, com impacto para os cofres da Previdência estimado em R$ 40 bilhões nos próximos dez anos e R$ 300 bilhões em 30 anos.

A projeção desse rombo dá uma medida do quanto a fórmula endossada por 232 deputados vai na contramão do bom senso e das tendências demográficas.

A expectativa de vida cresceu muito nos últimos tempos, passando de 68,6 anos em 2000 para 74,9 em 2013. O país, ademais, em breve não contará mais com o bônus demográfico (período em que o contingente de trabalhadores cresce mais depressa que o total da população, o que em tese permite mais poupança e investimento).

Segundo o IBGE, a população ativa cairá a partir de 2023, e a proporção de idosos, cada vez mais longevos, triplicará até 2050.

Tais características recomendam que a idade para a aposentadoria seja aumentada. Não faz sentido que, na média, homens e mulheres se aposentem aos 55 e 52 anos, respectivamente.

Há, porém, um aspecto positivo nessa decisão populista da Câmara: ela forçará um debate efetivo sobre o tema, e não por acaso o governo acelerou os trabalhos num fórum de discussão sobre questões trabalhistas e previdenciárias. Tem-se aí uma oportunidade para tratar do assunto de forma mais criteriosa.

O ideal é que se chegue a uma fórmula que estabeleça uma idade mínima para a aposentadoria correlacionada com a crescente expectativa de vida da população.

Qualquer proposta que se distancie dessa premissa será desastrosa para o futuro do país.
Herculano
16/05/2015 06:59
A PERGUNTA QUE NÃO FOI FEITA PARA FACHIN

Na última terça-feira, o advogado Luiz Edson Fachin deixou a exaustiva sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aplaudido e colocou um pé no Supremo Tribunal Federal (STF) - falta agora o derradeiro aval do plenário. Com respostas calculadas que em nada lembraram as posições radicais e esquerdistas do passado, Fachin foi questionado sobre temas espinhosos em sua trajetória. Driblou quase todas. Mas uma pergunta preparada pelos senadores acabou não sendo feita: abordava a relação do professor remunerado pela União com os diretores de Itaipu Binacional, que levaram Fachin a advogar contra a própria União em defesa dos interesses do governo paraguaio.

A edição da revista Veja deste final de semana que chega já está nas bancas e começa a ficar disponível para os assinantes digitais, relata o caso e aponta a razão por que os senadores, que devem votar em plenário a indicação de Fachin na próxima terça-feira, precisam refletir cuidadosamente a respeito dele: "O artigo 117 da Lei nº 8112/1990 proíbe servidor federal de 'aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro'".
Herculano
16/05/2015 06:54
RICARDO PESSOA CITA FILHO DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO EM SUA EXPLOSIVA DELAÇÃO PREMIADA, por Lauro Jardim de Veja.

No acordo de delação premiada de Ricardo Pessoa, está citado o nome de Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz. O dono da UTC diz que deu dinheiro ao advogado para abrir caminhos no TCU nas obras de Angra 3.
Paciente da Policlínica
15/05/2015 21:37
Ainda sobre estacionamento da Policlínica....
Onde esta as vagas destinadas aos idosos e deficientes?
O estacionamento "horizontal" é para os funcionários?
qualquer pessoa com dificuldade de locomoção, tem que estacionar na inclinação do morro?
Nem no morro dá pra estacionar, pois as vagas são 45º graus e os usuários das vagas estacionam de cima pra baixo, e outros de baixo pra cima.... uma vergonha
É inadmissível que semana passada pintaram as faixas de pedestre na frente da Policlínica e ainda não teve nenhuma criatura que não tenha visto a necessidade de sinalização nesse estacionamento...
Como uma local com grande circulação da população, pode ter tanta falta de respeito a acessibilidade?

Presenciei a cena de um Sr de bastante idade que foi levar a sua esposa até a Policlínica e estacionou bem em frente a porta para ela poder desembarcar do carro, pois a mesma tinha dificuldade de caminhar... Qdo apareceu aquele funcionário que fica ali embaixo na recepção questionando aquele Sr o porque de ele estar estacionando ali!!!... aquele Sr apenas disse que estava deixando a esposa ali pois não tinha lugar pra estacionar.... Sabe o q foi dito pra ele?? Deixa ela e depois tem que tirar o carro!!!!
Sabe onde ele foi estacionar??? No mercado Arno Goedert, pois foi o local mais perto que encontrou....
Será que a administração não vai fazer nada??? Sempre tem que parar na imprensa esse tipo de situação, pra alguem tomar atitude???
VERGONHA!!!!
Herculano
15/05/2015 19:49
ESPERAR SENTADOS, por Luiz Garcia para o jornal O Globo

Qualquer cidadão com alguma experiência de como funciona a nossa máquina estatal sabe que, quando há risco, sempre há o desvio

Por muitos anos, a Petrobras foi, merecidamente, a rainha das nossas empresas estatais, provando, pelo menos aparentemente, que o poder do Estado podia ser tão eficiente e lucrativo quanto a iniciativa particular.

Foi, mas não é mais. Há um mês, a PwC, empresa encarregada de auditoria no comportamento da empresa, informou, numa reunião do conselho de administração da estatal, que ela ainda não se comportava como deveria, mesmo depois da vergonhosa revelação do escândalo curiosamente batizado como Operação Lava-Jato.

Uma boa ideia sobre o clima doméstico na estatal foi fornecida por um dos conselheiros. Contou que procurara fazer uma denúncia contra um ex-diretor da empresa, Paulo Roberto Costa. A funcionária que o atendeu deu-lhe uma resposta tão simples quanto reveladora: "Pelo amor de Deus, vai embora."

Na mesma reunião, um representante da PwC informou que os auditores analisaram 1.219 mecanismos de controle da Petrobras, e 131 deles relevaram deficiências "que expõem a empresa a riscos de desvios". Qualquer cidadão com alguma experiência de como funciona a nossa máquina estatal sabe que, quando há risco, sempre há o desvio.

Esses fatos, tão tristes quanto reveladores da necessidade de providências drásticas pelo Palácio do Planalto, ainda não tiveram resposta do governo. O pessoal da arquibancada tem direito a exigir da presidente do país providências tão imediatas quanto enérgicas.

Convém que esperemos sentados.
Herculano
15/05/2015 19:45
E GASPAR? O QUE APIUNA TEM A NOS ENSINAR? CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO: 63% DOS MUNICÍPIOS AVALIADOS TÊM NOTA ZERO EM TRANSPARÊNCIA PÚBLICA

O conteúdo é do jornal O Globo. O texto é de André de Souza da sucursal de Brasília. Dos 492 municípios brasileiros avaliados em índice criado pela Controladoria-Geral da União para medir a transparência pública, 63% receberam nota zero. Entre as 27 unidades da federação, a situação é melhor, mas nove estados ainda seriam reprovados, com nota menor que 5. Entre eles o Rio de Janeiro, que tirou 3,33, numa escala que vai até 10. Amapá e Rio Grande do Norte sequer pontuaram. A cidade do Rio também seria reprovada, tendo tirado 4,72 pontos.

Segundo o índice, chamado de Escala Brasil Transparente, apenas Ceará e São Paulo tiraram nota 10. Outros nove estados mais o Distrito Federal conseguiram uma nota superior a 8. Outros seis estados variam da nota 5,56 até 7,78. Segundo a CGU, cinco estados ainda não regulamentaram a Lei de Acesso à Informação (LAI): Amapá, Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte e Roraima.

Entre as capitais, São Paulo foi a única a tirar nota 10. Curitiba tem pontuação 9,31 e Brasília 8,89. Na outra ponta, Macapá, Porto Velho e Sâo Luís, com nota zero.

A lista de 492 municípios avaliados pela CGU inclui as 26 capitais estaduais. O restante são cidades de até 50 mil habitantes. Brasília é incluída na avaliação dos estados e do DF. Entre os municípios pequenos, apenas Apiúna (SC) tirou nota 10. Além dos 63% com nota zero, 23% tiveram pontuação igual a 1 ou a 2, 4,7% receberam nota 3 ou 4. Outros 4,3% tiraram 5 ou 6, 4,1% ficaram entre 7 e 8, e apenas 1,4% alcançou nota 9 ou 10. Das 492 cidades avaliadas, apenas 68 regulamentaram a LAI. A seleção desse municípios foi aleatória.

A avaliação dos municípios pequenos foi feita entre 12 de janeiro e 24 de abril deste ano. Nos estados e capitais, foi de 31 de março a 4 de maio. A nota foi obtida avaliando a regulamentação da LAI, que teve peso de 25%, e a chamada transparência passiva, que pesou 75%.

O ministro da CGU, Valdir Simão, destacou que o levantamento não será usado para reter os repasses voluntários de verbas federais para os municípios. Mas ressaltou que outros órgãos, como o Ministério Público, poderão usar esses dados para tentar responsabilizar os gestores locais.

- A CGU não é o órgão de fiscalização dos municípios, estados e demais poderes em relação ao cumprimento da lei. Esse retrato certamente pode ser usado pelo Ministério Público e também pelos Tribunais de Contas para avaliar o cumprimento da lei. Importante dizer que a lei está vigendo. Então o cumprimento da lei é obrigatório. O não cumprimento pode caracterizar, em determinadas situações, atos de improbidade. Então os gestores públicos estão submetidos ao regramento que têm de cumprir. Não será a CGU o agente de fiscalização de controle, mas sim o Ministério Público e os Tribunais de Contas - afirmou o ministro.

Simão também disse que o levantamento é uma fotografia do momento e que os municípios podem ainda melhorar. A própria CGU oferece ajuda técnica as municípios que a procuram para implantar de fato a LAI.

A transparência passiva é aquela em que o cidadão pede informação à administração pública. Entre os critérios avaliados estão a avaliação de um serviço de informação físico, a existência de um serviço na internet, a possibilidade de acompanhamento do pedido de acesso, inexistência de pontos que dificultem ou inviabilizem o pedido de acesso, respostas dadas no prazo legal, e respostas em conformidade com o que foi solicitado.

Para chegar à nota final, servidores da CGU, sem se identificarem como tais, fizeram quatro perguntas aos municípios, DF e estados nas áreas de saúde, educação, assistência social e normatização da LAI.

A LAI está fazendo aniversário de três anos de vigência. Assim, a CGU também fez um balanço do número de pedidos ao Poder Executivo Federal. Foram 270.395 solicitações até o momento, das quais 98,33% foram respondidas. Os cinco assuntos mais solicitados foram: economia e finanças (12,29%), governo e política (11,36%), pessoa, família e sociedade (6,84%), ciência, informação e comunicação (6,19%) e educação (5,35%). O tempo médio de resposta foi de 13,88 dias, sendo que a lei dá um prazo de até 30 dias. A maioria dos solicitantes vem dos estados mais populosos: São Paulo (25,5%), Rio de Janeiro (13,14%) e Minas Gerais (10,02%).

Entre os pedidos negados, os principais motivos alegados são: dados pessoais, informação sigilosa, solicitação genérica, pedido incompreensível. Em 7,08% dos casos, houve recurso contra a negativa de informação.

A CGU pretende dobrar a amostra avaliada no segundo semestre deste ano. A avaliação é limitada aos Executivos locais, não englobando o Legislativo e o Judiciário
Herculano
15/05/2015 19:36
COMENTÁRIOS DE GRAÇA DEIXAM DILMA MAL NA FITA, por Josias de Souza

Data: 23 de janeiro de 2015. Local: reuniões do Conselho de Administração da Petrobras. Sobre a mesa, o cálculo das perdas que a estatal teria de levar ao seu balanço: R$ 88,6 bilhões. A certa altura, um dos conselheiros, Francisco Roberto de Albuquerque, quis saber se os responsáveis pela conta haviam ponderado os riscos de prejuízos adicionais em processos que correm contra a Petrobras no Brasil e no exterior.

Ainda na presidência da estatal, Graça Foster reagiu assim: "Se eu vou ser presa ou não, não entrou na metodologia. Se eu vou ter que entregar a casa que moro por conta desses valores, não entrou na metodologia. Fizemos as contas como as contas são.'' A reação de Graça consta da ata e da gravação feitas durante a reunião, informa a repórter Andréia Sadi.

Graça relatou aos conselheiros que, em reunião da diretoria da Petrobras, ocorrida na véspera, admitira-se que os diretores falharam. Do ponto de vista administrativo, incorreram em má gestão ao permitir que a roubalheira corresse solta. Vale a pena ouvir essa Graça Foster de quatro meses atrás:

"Não é possível que essa diretoria, durante três anos, no meu caso e do [Almir] Barbassa, durante outros quatro anos, deixamos que tal coisa acontecesse. Eu posso dizer: não, mas eu era diretora de Gás e Energia e na área de Gás e Energia as coisas estão acomodadas. Mas eu, como diretora e presidente, não poderia ter deixado chegar aonde chegou.''

Ao especular sobre o que poderia suceder depois da divulgação dos prejuízos, Graça soou assim: ''Aí até fala [sic] em prisão. Até fala em prisão tem aqui. Eu estou falando de uma metodologia 'by the book'. Agora, o que vai acontecer com meu emprego? Com a minha carreira? Com a minha vida pessoal? Eu não sei, tenho os advogados que vão dizer. A metodologia tem que ser imune aos meus medos e meus receios.''

Na administração pública, o que te dizem em público nunca é tão importante quanto o que você ouve sem querer. Trazidas à luz a contragosto do governo, as atas e gravações da petroleira expressam uma verdade inconveniente. Ninguém pode ser diretor e conselheiro de uma grande empresa como a Petrobras impunemente.

Ao dizer que ela, "como diretora e presidente, não poderia ter deixado chegar aonde chegou'', Graça deixa pendurada na atmosfera uma pergunta incontornável: E quanto a Dilma Rousseff, que no auge escândalos presidia o Conselho de Administração da Petrobras?'' Bem, a presidente se escora no surrado bordão: "Eu não sabia". E acha que com isso está isenta de todas as culpas. Como a plateia não é boba, a popularidade de madame roça o assoalho.
Herculano
15/05/2015 19:13
EMPREITEIRO PODE REFORÇAR EVIDÊNCIAS NO PETROLÃO, editorial do jornal O Globo

Vai-se confirmando uma espécie de maldição pela qual toda vez que o PT, e em especial a falange lulopetista, relaxa diante de desdobramentos da Operação Lava-Jato, surgem novos fatos para voltar a preocupar dirigentes, militantes, governo e ex-autoridades.

No final de abril, a decisão, por maioria estreita de votos, da Segunda Turma do Supremo, de relaxar a prisão preventiva de nove donos de empreiteiras e funcionários das empresas implicados no escândalo na Petrobras serviu para aliviar o estado de tensão entre lulopetistas e vizinhos.

Porém, mais uma vez o desafogo não durou muito. Uma das principais causas do desafogo com a saída do grupo das celas de Curitiba para prisão domiciliar foi estar entre os beneficiados o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC e Constran, tido como o coordenador do "clube das empreiteiras", cartel que, por meio de contratos superfaturados assinados com a estatal, ajudou a bombear bilhões dos cofres da estatal para políticos do PT, PP e PMDB. Até um do PSDB, Sérgio Guerra (PE), foi beneficiado.

Os números da empresa de Pessoa atestam fulgurante sucesso: diretor da OAS, outra implicada no petrolão, no começo da década de 90, Ricardo aceitou a oferta da empresa para adquirir a subsidiária UTC, onde trabalhavam 890 funcionários; pouco antes da Lava-Jato, em 2014, a UTC empregava 20 mil, tinha um faturamento de US$ 1,5 bilhão e era considerada uma das dez empresas mais rentáveis do país.

Pois, já em prisão domiciliar, Ricardo Pessoa decidiu fazer acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, assinado quarta-feira, em Brasília, com a participação do próprio procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Volta, assim, a tensão a governistas e lulopetistas.

Os testemunhos de Pessoa, a depender dos quais pode ter punições reduzidas, são considerados valiosos, devido à comentada proximidade do empreiteiro em relação ao presidente Lula, outros petistas graduados e ao governo Dilma. Ricardo Pessoa, pela proeminência entre as empreiteiras, pode ajudar o MP na formulação da denúncia de que muito dinheiro de propinas, geradas nos negócios na Petrobras, foi "legalizado" em doações formais a campanhas de petistas e aliados. O próprio Pessoa, de acordo com a "Folha de S.Paulo', doou R$ 7 milhões à reeleição de Dilma, com medo de represália a seus negócios com a a Petrobras. Nesse, como em outros casos, PT e Edinho, tesoureiro da campanha e hoje ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo, garantem a legalidade das contribuições.

Mas, pelo visto, este assunto das doações, se foram ou não "lavadas" na Justiça eleitoral, tende a crescer ainda mais com a decisão de Pessoa de aceitar colaborar com as investigações em troca de algum alívio penal.
Almir ILHOTA
15/05/2015 19:12
Herculano.

O prefeito Daniel da nossa querida cidade de ILHOTA deve estar dando graças a DEUS que chegou sexta feira, nessa que foi com certeza uma da piores semanas vividas em nossa terra em muitos anos, pois diversos foram os acontecimentos negativos que devem estar tirando o sono de nosso alcaide, primeiro a quebra da balsa com os comentários certos, fortes e incisivos deste colunistas, após isto sua articuladora no legislativo se rebela demonstrando a fragilidade que está seu governo, as chuvas que não dão trégua esviscerando as condições precárias de nossas estradas, e por fim mas não por último o vice prefeito JUNIOR ADÃO, saindo aos socos em pleno posto de combustível com seu secretário de turismo MIRO SANTOS... Ufa assim não Há quem resista.
Anônimo disse:
15/05/2015 18:31
Herculano, desesperado com a delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa, o PT resolveu tirar nota para falar sobre os primeiros vazamentos da delação feita na PGR, ontem.

A nota tenta incluir PSDB e DEM no caso, mas ignora que a delação fala de dinheiro sujo entregue para o PT e não de dinheiro limpo que foram para os dois Partidos da oposição.

O dinheiro sujo que foi para o PT foi propina de pagamentos feitos pela Petrobrás, segundo o próprio Ricardo Pessoa, que esta semana disse ao MPF, segundo a Folha de S. Paulo:

- Ou pagava ou não tinha contratos na Petrobrás. Fui constrangido.

PSDB e DEM não são governo para chantagear empreiteiros e obrigá-los a roubar para eles.

Leia a histérica e mentirosa nota do PT:

"A UTC Engenharia, uma das empresas investigadas na Operação Lava Jato, fez doações aos dois principais partidos de oposição, PSDB e DEM, nas eleições de 2014. O valor total de R$ 13,4 milhões é o mesmo doado ao PT durante a campanha".

#VagabundosVermelhos
Herculano
15/05/2015 18:20
NEM TODOS GANHAM MAIS COM A NOVA REGRA PARA CÁLCULO DA APOSENTADORIA

O conteúdo é do jornal Folha de S.Paulo. O texto é de Paulo Muzzolon.
Nem todo mundo ganha com a nova regra proposta pela Câmara para as aposentadorias, que garante benefício integral se a soma da idade e do tempo de contribuição der 85, para a mulher, ou 95, para o homem.

Para ter o benefício sem o corte previsto pelo fator previdenciário, grande parte dos segurados da Previdência terá que trabalhar mais que o necessário para se aposentar se o novo sistema prevalecer.

Um homem que possa se aposentar com 54 anos de idade precisaria adiar a aposentadoria por três anos para não sofrer cortes, dizem especialistas. Ou seja, o novo modelo só traria vantagem para ele se ele puder esperar e abrir mão do benefício da Previdência nesse período.

"O trabalhador mais velho começa a ter mais gastos, com cuidados médicos, novos produtos etc., e vê a aposentadoria como um complemento de renda. Se aposenta assim que pode e continua trabalhando", afirma o advogado Wladimir Novaes Martinez, especialista no tema.

Segundo o Ministério da Previdência, mais da metade (55%) das aposentadorias por tempo de contribuição eram concedidas a segurados com até 54 anos em 2013, e 87% eram concedidas a pessoas com até 59 anos de idade.

Os mais beneficiados pela mudança seriam os que se aposentam perto dos 60 anos ?só 11% dos segurados se aposenta entre 60 e 64 anos. "Essas pessoas já são beneficiadas pela regra atual", diz o consultor Newton Conde.

Para ele, dificilmente alguém que tenha que trabalhar por mais tempo para aproveitar a nova regra adiará o pedido da aposentadoria. O advogado Daisson Portanova concorda. "Se o desemprego aumentar, mais gente vai optar pela aposentadoria o quanto antes", afirma.
Herculano
15/05/2015 18:15
DESEJOS PERIGOSOS, por Nelson Motta para o jornal O Globo

Alguém deveria avisar ao PT para tomar cuidado com os seus desejos - porque eles podem se realizar.

Não é preciso ser um Lacan do Leblon para saber que o ser humano é uma máquina de desejar. E insaciável: quanto mais come, mais fome tem, muitas vezes nem sabe do quê, mas não para de desejar. Qualquer guru de araque sabe que é aí que nascem todos os nossos sofrimentos. Por não ter, ou não ter mais, pelo medo de perder, pela inveja de quem tem, por não saber o que quer. Movido a desejo, o ser humano atropela leis e éticas, amores e amizades, vergonhas e ridículos, mostrando o que é.

Alguém deveria avisar ao PT para tomar cuidado com os seus desejos - porque eles podem se realizar. Como uma Constituinte exclusiva para fazer a reforma política. Se Eduardo Cunha, só para sacanear, resolver convocá-la, é óbvio que a maior vítima será o PT, que elegerá uma microbancada do tamanho da popularidade de Dilma. O PMDB, a "direita" e os ?conservadores? colocarão as facas e os queijos nas mãos dos ratos para fazerem a reforma que lhes for mais lucrativa.

O PT sempre desejou o financiamento público das campanhas, para ficar com as maiores verbas e manter o poder, mas depois de tudo o que está acontecendo, quem teria a ousadia de pedir mais dinheiro ao contribuinte para financiar as campanhas de partidos que são vistos pela população como balcões de negócios e quadrilhas para assaltar o Estado? Mas como o governo e o Congresso triplicaram os fundos partidários para quase um bilhão de reais por ano e eles ainda contam com o horário "gratuito" de rádio e TV para usar e negociar entre eles, o financiamento público já é uma realidade. Mas eles desejam mais... rsrs

Os que sonham com o impeachment de Dilma devem lembrar que, mesmo se baseado em processos legais legítimos e provas irrefutáveis, provocará traumas e convulsões graves e ruins para todos, dando a Dilma, Lula e o PT o papel de vítimas, e entregando nosso destino a Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Como dizia Paulo Salim Maluf, com seu sotaque inconfundível, não adianta trocar de mosca, precisamos é sair da merda.

Meu maior desejo é desejar cada vez menos e aceitar a vida como ela é. E que Deus tenha piedade do Brasil.
Herculano
15/05/2015 18:13
ENTÃO O POVO EMANA DO PODER?, por Eugênio Bucci para a revista Época

O país da publicidade petista é esquisito, híbrido, torcido e distorcido. Por exemplo: não tem presidente da República.

Na terça-feira passada, às 8 e meia da noite, quando o Partido dos Trabalhadores ocupou as redes de TV com seu programa de propaganda política, uma pergunta ficou no ar: que país é esse que aparece no vídeo do PT?

Claro, é um país que avança no avanço, uma país avançadíssimo. Na tela eletrônica, a moça bonita de sotaque carioca anuncia: "Finalmente vivemos num país onde as mais justas reivindicações da população passaram a ser as mesmas das democracias mais sólidas do mundo". Ou seja, no proselitismo petista, o Brasil já é de "Primeiro Mundo" no quesito "reivindicações da população". O Brasil pode ficar feliz e satisfeito: se suas soluções ainda não são de "Primeiro Mundo", os seus problemas já são.

Quer dizer que o Brasil ficou igual à França? Quer dizer que no Canadá a polícia cai de pau (e de bala de borracha) em cima de professores que protestam na rua? E os salários dos professores no Brasil são equiparáveis aos dos professores belgas? Então agora, na Noruega, os cidadãos estão preocupados com uma Polícia Militar que mata milhares de jovens negros desarmados todos os anos? Os londrinos enfrentam problemas de filas em hospitais? Os alemães acham que a redução da maioridade penal vai resolver o descalabro da segurança pública?

O país da publicidade petista é esquisito, híbrido, torcido e distorcido . Em certos ângulos, é fácil reconhecê-lo. Parece o país de verdade. Em outros enquadramentos, é a própria Terra do Nunca. Por exemplo: o Brasil do PT não tem presidente da República. O filme do PT consegue a proeza inaudita de ser um filme governista e, ao mesmo tempo, falar de um país que não é governado por ninguém (embora, claro, esteja sempre "avançando na direção "correta"). Em seus dez minutos de duração, o programa se dedica a esconder ninguém menos que a chefe de Estado. Chega ao cúmulo de defender mais espaço para a mulher na política sem tocar no nome de Dilma Rousseff.

No lugar de Dilma, quem aparece em close é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O curioso é que Lula não fala como defensor do governo, mas como um líder sindicalista de oposição. Em tom ameaçador, afirma que a mudança da lei que abre espaço para a terceirização de mão de obra colocará o Brasil no mesmo nível em que estava no início do século XX, quando não havia 13-salário. Quer dizer: o Brasil, que não tem presidente da República, só tem um líder, mas de oposição, e o nome desse líder é Lula.

A propaganda petista segue em guerra contra os moinhos do passado. É contra o passado que Lula se insurge. A partir daí, os contrastes entre o hoje um "hoje" publicitário) e o ontem (um "ontem" acusatório, o ontem que é culpa "deles") atingem o clímax. A dona de casa orgulhosa de sua nova sala sorri para as câmeras. O jovem que foi à universidade graças ao PROUNI diz que agora pode sonhar. As meias verdades se põem a serviço das meias mentiras (ou mesmo das mentiras inteiras). Por exemplo: é verdade que, nos governos de Lula, o Brasil melhorou sua distribuição de renda, e isso o filme mostra, mas é verdade, também, que a gestão da política econômica não foi nada bem no governo Dilma, e isso o filme esconde {a ponto de ter de esconder a própria Dilma).

Outra coisa é que, ao que tudo indica, parece que andaram roubando um pouquinho nos governos do PT, mas, quanto a isso, o filme tem outra interpretação, insiste que o PT é o campeão no combate à corrupção. O jovem apresentador faz cara de seríssimo e dispara: "Outra virada histórica do Brasil, tem sido o combate contra a corrupção. E, por mais que alguns setores da imprensa omitam, se você buscar a verdade, vai descobrir que o PT também liderou algumas iniciativas contra a impunidade" Em seguida, uma voz em off garante que antes dos governos do PT o Ministério Público e a Polícia Federal não tinham autonomia para trabalhar, mas agora é diferente.

Conclusão: se hoje há ladrões de dinheiro público batendo ponto na cadeia, agradeça ao PT. Alguns são filiados ao PT? Não ligue. Se forem condenados, serão expulsos, garante a propaganda. Aí você pergunta: mas se vão expulsar os que vierem a ser condenados por crime de corrupção, por que não expulsaram os que já foram condenados? O PT não responde, pois não escuta, assim como não escutou os panelaços durante a exibição de seu programa. Empenhado em inventar seu país publicitário, o partido parece acreditar que será capaz de fabricar, com sua propaganda, um povo crédulo, medroso e obediente. Na TV do PT, não é o poder que emana do povo, mas o povo é quem há de emanar do poder.
Herculano
15/05/2015 18:11
CALOTE NA EDUCAÇÃO, editorial do jornal Correio Braziliense

O Brasil vive tempos esdrúxulos. Más notícias se sucedem sem intervalos desde que acabou a eleição do ano passado. Não há índice animador. Saúde, educação, segurança, emprego, inflação andam para trás. Como em tsunami incontrolável, as ondas parecem empurrar para irremediável retrocesso as conquistas amealhadas nas últimas décadas.

Entre tantos infortúnios, o mais trágico atinge a educação. O cenário não poderia ser mais sombrio. Além dos problemas crônicos - currículo desatualizado, mão de obra precária, má qualidade do ensino, material didático indigente, aprendizagem insatisfatória, evasão crescente -, novas desditas atingem o setor.

Duas ocuparam o noticiário da semana. Ambas golpeiam projetos que pareciam dar alguma resposta aos gargalos e desafios do ensino superior. Em razão do corte horizontal nos recursos do Orçamento promovido pelo Palácio do Planalto, dois programas sofreram pesado golpe. Bolsistas no Brasil e no exterior viram escorrer pelo ralo investimento de tempo e dinheiro.

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) deixou no caminho 180 mil estudantes. Eles não conseguiram concluir o cadastro no site do MEC, apesar de insistentes tentativas. Liminar concedida pela Justiça de Mato Grosso mandou ampliar o prazo, mas o Tribunal Regional Federal derrubou a obrigatoriedade de prorrogação.

Criado como remédio para vencer o provincianismo da universidade brasileira, o Ciência sem Fronteiras (CsF) impõe aos estudantes situação constrangedora. O atraso nos repasses, além de comprometer a aprendizagem, lhes dificulta a satisfação de necessidades básicas. Muitos não têm dinheiro sequer para se alimentar e locomover.

A situação constrangedora ultrapassou os limites particulares. O Institute of International Education (IIE), que intermedeia o repasse de verbas do programa nos Estados Unidos, encaminhou carta aos jovens em apuros. Sugeriu-lhes que lançassem mão do "jeitinho brasileiro" para responder ao problema. Diante da reação, pediu que desconsiderassem o conselho.

Na Pátria Educadora, slogan lançado no discurso de posse do segundo mandato de Dilma Rousseff, as palavras não conversam com os atos. A polícia solta cachorros contra manifestação de professores. Docentes estão paralisados em cinco estados. Alunos depredam escolas. Universidades públicas suspendem as aulas por falta de condições de trabalho. Sem conciliar palavras e ação, em vez de educadora, a pátria é madrasta.
Herculano
15/05/2015 18:10
O CARA, por Eliane Cantanhede para o jornal O Estado de S.Paulo

Para a Polícia Federal, tudo o que sai do padrão tem relevância e é por isso que a ida do doleiro Alberto Youssef ao Maranhão, em pessoa, com uma bolada, é como uma cereja no bolo da Lava Jato. Ele sempre enviava representantes, ou "mulas", para os demais locais, mas fez questão de ir ele mesmo ao Maranhão e acabou preso justamente em São Luís. Segundo a PF, "aí tem!".

Mesmo com a delação premiada, mesmo depois de tudo o que o doleiro já contou, mesmo depois de tudo o que se sabe, ainda há muitas dúvidas nas apurações maranhenses e elas podem ganhar um novo sabor, desta vez bem picante, com a novidade desta semana nas investigações: o acordo do empreiteiro Ricardo Pessoa com a Procuradoria-Geral da República.

Ele sabe das coisas envolvendo o Maranhão e, rapidamente, mal chegou, já citou o nome de Edison Lobão. Maranhense, Lobão foi ministro de Minas e Energia - pasta à qual a Petrobrás é vinculada - e só chegou a esse cargo nobre pela íntima ligação com o ex-presidente, ex-governador e ex-senador José Sarney.

Pessoa não é uma pessoa qualquer, um réu entre tantos, um representante a mais de empreiteiras ou só um delator no meio da multidão de delatores. Ele é "o cara". E, por falar nisso, é próximo amigo do ex-presidente Lula, com quem trocava bem mais do que figurinhas e uns copos de cerveja. Na avaliação dos investigadores, Pessoa conhece as entranhas do poder e é chamado pela força-tarefa da Lava Jato de "chefe do clube", ou seja, das empreiteiras que tiravam dos cofres da Petrobrás para pôr nas contas de PT, PMDB, PP.

Pessoa está preso desde novembro e agora anda do quarto para a sala e do banheiro para a cozinha de casa com uma tornozeleira. Como PF e Ministério Público imaginavam e os envolvidos temiam, não suportou a tensão psicológica nem a pressão familiar e decidiu bater com a língua nos dentes. A República treme.

Não bastasse, Pessoa entrou em pauta e em evidência num momento péssimo para a presidente Dilma Rousseff. Não só porque ela está com a popularidade no chinelo, mas porque as votações do ajuste fiscal estão na sua etapa mais delicada.

Dilma perdera todas até abril, mas, bem ou mal, vinha vencendo as votações no Congresso em maio: ganhou apertado, mas ganhou na decisão sobre a MP trabalhista; aprovou o nome de Luiz Fachin na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e teve um resultado melhor ainda na votação da MP previdenciária na Câmara. Na trabalhista, 25 votos de diferença; na previdenciária, 99.

Mas alegria de pobre dura pouco e alegria de governo fraco, menos ainda. Na mesma noite de quarta-feira, a Câmara mudou o fator previdenciário. Se Lula nem teve tempo para digerir a delação premiada do amigão Ricardo Pessoa na Lava Jato, Dilma nem pôde curtir a vitória da MP. Ontem, ela foi a Pernambuco remoendo a nova derrota, enquanto Lula e o vice e coordenador político Michel Temer toureavam a base aliada em Brasília. Lula cuidava do Senado, particularmente do rebelde sem causa Renan Calheiros. Temer assistia ao vivo e em cores a guerra interna do PT.

A questão agora é fazer duas contas: a política, somando os infiéis, e a econômica, diminuindo a conta da Previdência Social. O impacto é grande nos dois casos, mas a preocupação imediata é política. Exemplos: no PT, 14 deputados votaram contra o seu próprio governo e, no PDT (que reuniu seu diretório hoje), não se vê mais um mísero voto a favor.

A crise, portanto, continua braba e, como tudo o que está ruim, ainda pode piorar. Principalmente se o próprio PT bate de frente com a presidente e o governo pelo desgaste do fator previdenciário. Se a mudança passar, Dilma terá duas opções: chorar sobre o rombo da Previdência ou vetar uma decisão altamente popular do Congresso.

Tudo isso com Ricardo Pessoa ameaçando o sono dos poderosos, inclusive do poderoso-mor: o patrono do governo Dilma.
Herculano
15/05/2015 18:06
UM ANÔNIMO INDIGNADO ACABOU DE ESTRAGAR O ALMOÇO DE PADILHA NO RESTAURANTE: "ELE NOS BRINDOU COM GASTOS DE 1 BILHÃO QUE NÓS TODOS AQUI, OTÁRIOS, PAGAMOS ATÉ HOJE", por Augusto Nunes, de Veja

"Atenção, pessoal", ergue a voz o jovem de pé num salão do restaurante Varanda, na zona sul de São Paulo, depois de chamar a atenção dos demais clientes batendo na taça que a mão esquerda segura a faca que a direita empunha. "Temos aqui a ilustre presença do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, que nos brindou com o programa Mais Médicos, da presidente Dilma Rousseff?", informa, apontando a mesa no fundo. Lá está o candidato a governador do PT surrado em outubro nas urnas paulistas, escoltado pelo inevitável bando de assessores.

O que parece uma saudação é uma curta e desconcertante manifestação de protesto, esclarece o lembrete que completa a frase: "?, responsável por gastos de 1 bilhão que nós todos aqui, otários, pagamos até hoje". O socorro de um assessor que recita o mantra empoeirado - "33 milhões foram atendidos? - é silenciado pelos cumprimentos que ecoam na plateia. "Parabéns, ministro", ouve-se alguém berrando. Padilha achou melhor permanecer calado.

O incidente, ocorrido nesta sexta-feira, abreviou o almoço do atual Secretário de Relações Governamentais da prefeitura. A julgar pela agenda oficial, sobrava-lhe tempo para saborear as carnes da estrelada churrascaria. As anotações previam um único compromisso no turno da manhã: "09h00 - Despachos interno" - assim mesmo, com a amputação do S de "internos". A tarde seria igualmente mansa: "15h00 - Reunião com Organizações Sociais - Padre Jaime - Local: Sociedade Santos Mártires - Jd. Ângela". E só.

Os devotos da seita lulopetista foram desterrados há meses das ruas de São Paulo. E os sacerdotes celebrantes de missas negras, já não conseguem almoçar em paz. A cena protagonizada por um anônimo indignado é mais que um ato de protesto. É uma lição oportuníssima: em vez de esperar que a oposição oficial faça o que não fará, a oposição real deve fazer o que é preciso para que os farsantes entendam que a farra está chegando ao fim.
Pernilongo Irritante
15/05/2015 12:25
DILMA VAI PROPOR UMA NOVA FÓRMULA PARA APOSENTADORIA. ESTA É A MANCHETE DE CAPA DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO DESTA SEXTA-FEIRA.

Eu tenho a formula. Dilma e Lula se aposentam e vão pra Cuba que os pariu.
Mario Pera
15/05/2015 11:52
Enquanto que a propaganda populista/petista (mesmo que condenem os EUA sempre), teve orgasmos quando há uns quatro anos Obama teria chamado Luís Inácio, de "O Cara"...foi a senha para que ganhasse manchete e foguetórios de iludidos (os EUA e os americanos só prestam quando elogiam-nos), FHC seguia fazendo suas participações inteligentes pelo Mundo discutindo forma de melhorá-lo, o Mundo é claro. FHC pode até errar em alguns dos seus posicionamentos, como defender a descriminalização da maconha (direito que tem se manifestar enquanto cidadão, não é mais ente público, tanto que não o fez como presidente), e do qual discordo.
Porém é mente aberta para tratar de diversos outros assuntos e contribuir pra melhorar. E isto lhe é obrigação como líder. E o faz sem raiva...sem ranço...sem perseguição...sem rótulo de Deus...sem presepada...Não sobe em palanques escusos pra agredir os que divergem de suas ideias.
E faz palestras pelo Mundo, mas não financiado por empreiteiras. Alegam que todo mal da Petrobrás iniciou no governo FHC (os bandidos da Lava Jato até admitem, mas ressalvam que eram ações entre pessoas, isto é, de um diretor da estatal para diretor da empreiteira....não esquema de partidos), mas nenhuma empreiteira dessas financiou ou bancou palestras dele por aqui ou pelo Mundo. E nunca foi noticiado ou publicado e mesmo denunciado que tenha usado os aviões particulares das mesmas pra se deslocar aqui dentro do Brasil e para o exterior.

Por conta desta postura recebeu esta semana a condecoração de PESSOA DO ANO pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, com honraria.

Por razão desta que é o maior Presidente do Brasil de todos os TEMPOS.

Alguns motivos: domou a inflação; adotou com sabedoria uma moeda forte (o Real) que nos fez voltar a ter orgulho de exigir até as moedinhas de troco (estamos de novo desprezando as moedas de 1 centavo e 5 centavos, perceberam?); criou com o Plano Real novo conceito de controle financeiro das famílias, que puderam voltar a se planejar nos seus orçamentos; trouxe a crença no trabalho e na remuneração real, obtida pela produtividade e não pela reposição das perdas (que voltamos a ter discussão); colocou o Brasil nos trilhos, por isso venceu duas eleições no primeiro turno e venceria um terceiro (mesmo com os problemas do racionamento de energia pelos problemas da seca que vivemos em 2001); criou a Lei de Responsabilidade Fiscal; reorganizou a estrutura financeira com o PROER que permitiu retirar bancos deficitários (Bamerindus, Econômico e Nacional, três dos maiores do Brasil à época. Dois com ligação direta com ele. O Bamerindus pertencia a José Eduardo Vieira /PR - senador do chapéu que foi seu ministro da Agricultura e coordenador de campanha, mesmo assim acabou tendo seu banco liquidado - fato que nunca perdoou FCH, eu mesmo ouvi isto do tal senador, numa das vezes que se hospedou num dos hotéis que gerencio em Bombinhas e o Nacional da família Magalhâes Pinto, do qual seu filho pertencia por era casado com uma neta do criador do banco), e até hoje o PROER é o grande sistema que seguro a questão financeira do país. E sem contar os programas implantados que foram aprimorados, e isto feito em 8 anos...praticamente tudo novo pq o Brasil não tinha nada. Imaginem país administrado pelos militares, depois o Sarney (tirem por aqui o Maranhão e imaginem o Brasil) e Collor...se existe herança maldita....imaginem suceder a ditadura, Sarney e Collor....PENSEM

Luís Inácio sucedeu FHC...até a transição foi de elevado nível. E não aproveitaram para aprimorar o que foi feito e tinha que melhorar...e fazer coisas novas...BOAS....o que estamos vendo. Coisas MÁS velhas....Corrupção...Corrupção...Corrupção.

Por que será que FHC sai às ruas de qualquer cidade do Brasil...anda de transporte comum, comercial...nada de jatinhos particulares...e Luis Inácio e Dilma não se arriscam.....

A PESSOA DO ANO...FHC...
Papa Bagre de canoa.
15/05/2015 08:50
Ilhota agora tem seu lutadores de MMA, vice prefeito Junior que ocupa a secretaria de Educação entrou no TAPA nesta quinta feira com o secretario Miro do Turismo. O negocio esta feio mesmo.
Herculano
15/05/2015 08:35
DILMA VAI PROPOR UMA NOVA FÓRMULA PARA APOSENTADORIA. ESTA É A MANCHETE DE CAPA DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO DESTA SEXTA-FEIRA.

Equipe econômica acha elevado o custo de proposta aprovada na Câmara. Presidente propõe negociar com centrais sindicais para evitar veto e novo desgaste político no Congresso, informam o Valdo Cruz, Ranier Bragon, Sofia Fernandes, Gabriela Guerreira Marina Dias, todos da sucursal de Brasília

A presidente Dilma Rousseff determinou à sua equipe acelerar negociações com as centrais sindicais para tentar definir uma nova fórmula de aposentadoria que substitua o atual fator previdenciário.

O debate estava previsto inicialmente para começar apenas em junho, mas foi antecipado depois de o governo sair derrotado na quarta (13) quando o plenário da Câmara aprovou uma emenda à medida provisória 664, que faz parte do pacote fiscal.

A emenda criou uma alternativa ao fator previdenciário com a fórmula 85/95, que indica a soma da idade com o tempo de contribuição que mulheres e homens deveriam atingir para ter uma aposentadoria melhor, sem o corte aplicado pelas regras atuais.

O governo tentou convencer os deputados a não aprovar a emenda com o argumento de que havia acertado com as centrais a criação de um fórum, com prazo de 180 dias, no qual debateria um substituto para o fator.

A proposta foi rejeitada até por deputados petistas, que, reservadamente, dizem que a decisão de aprovar a emenda foi tomada para pressionar o governo a acertar uma nova regra de aposentadoria.

Articulador político do governo, o vice-presidente Michel Temer afirmou que vai sugerir que o fórum tenha 60 dias para apresentar uma nova fórmula para substituir o atual fator previdenciário.

A equipe pretende apresentar várias sugestões à presidente. Entre elas, uma fórmula móvel, e não estática como a 85/95, em que a soma de idade e tempo de contribuição seria elevada de acordo com o aumento da expectativa de vida do brasileiro.

No governo, uma ala avalia defender a manutenção da mudança feita na Câmara, porque ela não teria custo nos primeiros quatro anos, ou seja, não comprometeria as contas do governo Dilma.

Isso porque, se a fórmula 85/95 entrar em vigor, a tendência de muitos trabalhadores seria adiar suas aposentadorias para se enquadrar na nova regra, que garantiria um valor maior ao benefício.

A área econômica é contra porque, no médio e no longo prazo, o custo do novo modelo é alto, o que desequilibraria as contas da Previdência.Dilma avisou que sua decisão, hoje, é vetar a emenda aprovada, exatamente por causa do seu elevado custo.

Cálculos de técnicos estimam que, em dez anos, os gastos da Previdência poderiam subir em R$ 40 bilhões. Dados de especialistas apontam para um custo elevado, mas menor, de R$ 25 bilhões em um prazo de 25 anos.

DERROTA E VITÓRIA
A Câmara concluiu nesta quinta (14) a votação da medida provisória 664, que restringe a pensão por morte. O governo conseguiu que as emendas votadas nesta quinta fossem todas rejeitadas. A MP segue para o Senado.

As derrotas no Congresso levaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a se reunir, em Brasília, com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tentar solucionar a crise entre o Executivo e o Legislativo.

Lula almoçou com Renan, o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), e o ex-ministro Edison Lobão (PMDB-MA), para pedir que o Congresso ajude o governo a retomar uma "pauta positiva" para a população.

No almoço, Renan indicou a Lula que o Senado deve manter a decisão da Câmara de mudar o fator previdenciário. A derrota do governo ocorreu com o apoio de deputados do PT e do PMDB, principais aliados do governo federal, cenário que promete se repetir entre os senadores.

O PT do Senado deve liberar a bancada para votar livremente a questão. Os senadores Paulo Paim (PT-RS), Walter Pinheiro (PT-BA) e Lindbergh Farias (PT-RJ) já anunciaram que vão contrariar o Planalto e manter a mudança na regra do fator.
Herculano
15/05/2015 08:34
da série: lá vai a ponte do Vale

DIMA REÚNE MINISTROS DOMINGO PRA CORTAR ATÉ R$ 80 BILHÕES NO ORÇAMENTO, por Fernando Rodrigues

A presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião com os ministros palacianos e da área econômica para domingo (17.mai.2015) para definir o tamanho do corte no Orçamento da União neste ano. A equipe dilmista tem opiniões distintas a respeito do valor a ser contingenciado dos gastos, que ficará no mínimo em R$ 60 bilhões. No limite máximo, pode chegar perto de R$ 80 bilhões.

O anúncio oficial dos cortes deve ser realizado no dia 21 de maio, quinta-feira que vem, segundo apurou o Blog. Como as decisões sobre o contingenciamento serão tomadas no domingo, os ministros terão alguns dias para comunicar a todos os colegas na Esplanada ?e combinar um discurso unificado, que impeça reclamação pública por causa da redução das verbas.

O encontro dominical deve ser às 16h. Além da presidente e do vice, Michel Temer, devem participar os seguintes ministros: Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação da Presidência). Outros ainda podem ser chamados.

Na prática, o governo já tem adotado um arrocho das despesas para todos os setores da administração pública federal. Alguns casos se tornaram conhecidos em detalhes. Por exemplo, o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), a maior empresa pública de prestação de serviços em tecnologia da informação do Brasil, interrompeu pagamentos regulares aos seus fornecedores desde novembro do ano passado, 2014. Só faz pagamentos pontuais. Na semana passada, acumulava uma dívida de R$ 249 milhões em serviços e produtos recebidos, porém ainda não pagos (os dados são de 5.mai.2015).

Segundo o secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco, a execução orçamentária dos primeiros 4 meses de 2015 ?já está projetando um corte para o ano todo de R$ 57,5 bilhões?.

No domingo, o que Dilma e seus ministros farão é um aperto ainda maior nos gastos do governo ?considerado fundamental para o ajuste das contas públicas e para preparar o país para voltar a crescer a partir de 2016.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defende que o corte deva ser o maior possível, pois é incerta a qualidade das medidas de ajuste fiscal que ainda serão votadas pelo Congresso. No entendimento do titular da Fazenda, por precaução, o melhor é anunciar um contingenciamento grande das despesas neste momento de incertezas ?seria uma sinalização ao mercado sobre a convicção do governo a respeito do tema.

Mais adiante, no final do ano, se a arrecadação de impostos melhorar e se os efeitos do ajuste aprovado pelo Congresso forem satisfatórios, Levy acredita que o governo terá então como revisar (e talvez reduzir) o tamanho do contingenciamento
Herculano
15/05/2015 08:33
LULA E FHC. OU: DE SENECTUDE, por Reinaldo Azevedo para o jorna Folha de S. Paulo

Um tornou-se um velho reacionário, que busca um modo de calar as ruas; o outro fala a um país nascente

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu na terça, dia 12 de maio, em Nova York, o prêmio "Pessoa do Ano", conferido pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. Fez um discurso duro, mas sereno. A reparação histórica começou, quero crer, mais cedo do que ele imaginava.

A máquina de moer reputações do petismo foi desmoralizada pelos ladrões da Petrobras. A era dita inaugural dos companheiros foi desmascarada pelos juros estratosféricos, pela inflação renitente e pela recessão. É um retrato. O desastre foi meticulosamente engendrado, com uma incompetência fanática.

Ao longo de 12 anos, o PT elegeu como adversário preferencial o que havia de mais moderno nos tucanos: o seu viés - não mais do que viés - liberal. Cavalgando o jumento do nacional-estatismo, a companheirada satanizou à vontade os adversários, desmoralizou-os, acusou-os de inimigos dos pobres.

No discurso que fez nos EUA a uma plateia de 1.200 pessoas, FHC apontou os retrocessos em curso no Brasil, mas recomendou, em seminário no dia seguinte, perseverança e otimismo. No tempo em que sua herança foi enxovalhada pelos governos petistas, nunca perdeu nem serenidade nem bom humor.

Como Cícero recomendava em "De Senectude", FHC, 84 anos no mês que vem, descobriu os prazeres da maturidade. O espírito de alguns livros, de alguns vinhos e, acrescentaria eu, de alguns uísques requer um repertório que é dado pela experiência, não pelo ímpeto. Nota à margem: o próprio Cícero, coitado!, se foi bem antes, aos 63, com cabeça e mãos literalmente cortadas.

E Lula? Ah, Lula... À beira dos 70 anos, poderia ele também estar pacificado. Embora repudie a sua obra, reconheço-lhe a trajetória invulgar. Por que não faz do prateado do rosto e da cabeça o retrato da temperança? Se não o socorre outro saber que não a disputa pelo poder - e assim é por escolha, não por determinação; é ele que foge dos livros, não o contrário -, que as virtudes do conselheiro se sobreponham às do guerreiro. Mas não!

Agora ele anuncia uma cruzada para mobilizar as esquerdas e os movimentos sociais em defesa do PT. A agitação sindical que promove, e não alguma suposta conspiração de Eduardo Cunha, derrotou o governo na votação sobre o fator previdenciário. O chefão petista vaga por aí como alma penada, sem se dar conta de que a sua militância já é coisa do passado. Só sobrevive o que consegue se adaptar às novas circunstâncias; só se conserva o que é capaz de mudar. Não é lei dos homens, mas da natureza.

Fora do poder há 13 anos, mesmo tendo a sua biografia política cotidianamente esmagada pela máquina de propaganda petista, FHC fala a um país nascente. E o faz com discrição e sem pretensões de exercer alguma forma de liderança. Lula, ao contrário, tornou-se apenas um velho reacionário, que busca, desesperadamente, um modo de calar as ruas. Fala à terra dos mortos.

Registro rápido: a investigação de um esquema que é a síntese da forma como o PT capturou o Estado brasileiro tem dois peemedebistas como alvos principais: Eduardo Cunha e Renan Calheiros. Não há algo de estranho nessa narrativa? E os "spin doctors" do petismo espalham a versão de que é o PMDB quem pretende secar a Lava Jato. Vai ver os companheiros querem investigar tudo, né? A má-fé é uma forma de burrice ou a burrice uma forma de má-fé?
Heculano
15/05/2015 08:32
LULA ENDOSSA CRÍTICAS QUE RENAN DIRIGE A DILMA, por Josias de Souza

Em almoço na residência oficial da presidência do Senado, Lula ouviu críticas de Renan Calheiros à administração de Dilma Rousseff. Podendo defender a pupila, Lula preferiu endossar os reparos. Em essência, Renan disse que o governo padece de falta de rumo. Ele condena Dilma por chamar de ajuste fiscal um pacote que se limita a restringir benefícios trabalhistas, sem apresentar ao país uma estratégia para a retomada do crescimento.

Ecoando o interlocutor, Lula avaliou que Dilma se deixou enredar por uma agenda negativa, mergulhando o governo na inércia. O padrinho da presidente enxergava no programa de concessão à iniciativa privada de obras de infraestrutura uma perspectiva de virada de página. Lamentou a decisão de Dilma de adiar para junho o anúncio da reabertura da temporada de concessões.

A conversa entre Lula e o investigado Renan Calheiros foi testemunhada pelo líder do governo, senador Delcídio Amaral (PT-MS), e pelo também investigado senador Edison Lobão (PMDB-MA). À noite, Lula reuniu-se com Dilma, no Palácio da Alvorada. Os dois conversa amiúde. Mas o criador vem se queixando de que a criatura já não ouve os seus conselhos como antes.
Herculano
15/05/2015 08:31
UMA CONTA SIMPLES. OS POLÍTICOS ELEITOS DEMOCRATICAMENTE COM OS NOSSOS VOTOS FAZEM DISCURSOS E DEMAGOGIA PARA FICAR BEM NA FOTO COM ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS, FANÁTICOS E QUEM PAGA A PESADA CONTA DA IRRESPONSABILIDADE SOMOS NÓS, UMA MINORIA DE CONSCIENTES E INFORAMADOS

O QUE ESTÁ NAS MANCHETES DE HOJE? LEVY SUGERE QUE IMPOSTOS PODEM AUMENTAR. MINISTRO DA FAZENDA FALA EM COMPENSAÇÃO APÓS CÂMARA REDUZIR ECONOMIA PREVISTA NO PACOTE FISCAL DO GOVERNO

RESUMINDO. DILMA VANA ROUSSEF, PT, A ECONOMISTA, DESTRAMBELHOU A ECONOMIA BRASILEIRA, TEVE QUE FAZER UM PACOTE PARA CONSERTAR PARTE DO ESTRAGO QUE TRAZ INFLAÇÃO, DESACELARAÇÃO DA PRODUÇÃO E DO EMPREGO, E COMO NÃO CONSEGUE NO CONGRESSO O ARROCHO QUE PEDIU, VEM MAIS IMPOSTOS PARA COBRIR O ROMBO E RETIRAR A RIQUEZA DA CIRCULAÇÃO PARA O GOVERNO FECHAR AS SUAS CONTAS

O conteúdo é do jornal Folha de S. Paulo. O teto é de Vinicius Pereira, com Valdo Cruz, da sucursal de Brasília. Preocupado com a redução da economia de gastos feita pelo Congresso no pacote fiscal, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) alertou os congressistas para terem cuidado a fim de não criarem necessidade de elevar impostos.

"Tem muita gente que diz que a retirada do fator previdenciário vai aumentar despesa, portanto aumentar impostos. As pessoas têm que ter muito cuidado ao votarem para não criar uma necessidade de mais impostos", disse nesta quinta (14).

Emenda aprovada pela Câmara na véspera propõe uma alternativa ao fator previdenciário, criado no governo FHC - a fórmula 85/95, soma, para mulheres e homens, da idade mais o tempo de contribuição à Previdência.

A mudança, segundo técnicos do governo, não gera aumento de gastos da Previdência nos primeiros quatro anos de vigência, mas elevará essas despesas em cerca de R$ 40 bilhões em dez anos.

Assessores dizem que a fala de Levy foi um primeiro recado mais direto à base aliada de que, a cada medida do governo modificada, a equipe econômica terá de compensá-la com impostos e um corte mais forte dos gastos do Orçamento, que deve ser definido na próxima semana.

Reservadamente, a equipe de Levy já estava preparando uma lista de tributos que podem ser elevados para compensar a perda de R$ 3,5 bilhões de economia já provocada pelas mudanças feitas pelo Congresso em duas das medidas do pacote fiscal.

PREOCUPAÇÃO

A Câmara já votou duas delas, com alterações: a medida provisória 664, que restringe benefícios previdenciários, e a 665, que tornam mais rígidas as regras de benefícios trabalhistas, como seguro-desemprego.

A maior preocupação de Levy, no curto prazo, é na votação do projeto de lei que muda a desoneração da folha de pagamento. O Congresso quer transferir qualquer mudança na regra para 2016, enquanto o governo esperava economizar mais de R$ 5 bilhões neste ano com a aprovação da mudança.

Um dos tributos que devem subir é a CSLL (Contribuição sobre o Lucro Líquido) de bancos, de 15% para 17%.

O alerta de Levy foi feito, rapidamente, durante uma palestra na Global Summit of Women, em São Paulo, evento no qual o ministro apresentou detalhes do mercado brasileiro a líderes empresariais de 63 países.
Herculano
15/05/2015 08:30
IN-FIDELIDADE, por Marta Suplicy

No último dia 28, encaminhei às instâncias do Partido dos Trabalhadores (PT) e à Justiça Eleitoral pedido de desfiliação.

O que significa ter um mandato de 8.314.027 votos, defendendo e representando a população do Estado mais forte do Brasil?

Para mim, é a investidura da confiança do eleitor numa representação baseada na experiência política acumulada e bem avaliada, nos posicionamentos de acordo com valores há muito conhecidos no Estado e nacionalmente.

Os eleitores votaram sabendo em quem e por que estavam votando. Conheciam a forma de ser da candidata, as ações corajosamente assumidas no governo da capital e posições diante da vida. Escolheram com empolgação, com restrições. Fizeram campanha ou não. Para muitos eleitores, ser do PT foi incentivo, para outros, dificultou bastante. Não foi um voto para candidata ou partido desconhecidos.

Faço essas ponderações para dizer que existe um compromisso meu com os paulistas que confiaram em quem eles conhecem desde a época em que me tornei uma pessoa pública na TV, sabendo que não seriam traídos. Não foram e não serão, pois a partir da convicção que não tinha mais que estar num partido que descumpria sua carta de fundação, assim como minhas convicções e posturas na vida pública, tive a "ousadia" e consciência de apresentar minha desfiliação.

Minha decisão pela desfiliação ao PT é fruto de um processo de amadurecimento consciente e sereno diante do aprofundamento da crise partidária, dos desvirtuamentos, dos desacertos e dos descompassos de uma estrutura política que já não mais representa os princípios e base programática que lhe deram origem e encantaram.

Sobre a eventual discussão em juízo acerca de minha desfiliação, já declarei que lutarei, com todas as minhas forças, para a manutenção do mandato de senadora que o povo de São Paulo me conferiu. Foi para melhor desempenhá-lo, e em nome de seu pleno exercício, que solicitei minha desfiliação ao PT.

Em editorial "Ruptura anunciada", de 2/2, esta Folha trata da discussão sobre minha desfiliação:

"Sua desfiliação ocorre numa ocasião em que, como nunca, faltam ao PT argumentos para rebater os ataques que lhe são dirigidos."

"Não parece justificável, portanto, que o PT possa reter para si próprio o lugar no Senado ocupado por Marta."

"A discussão, caso prossiga, terá um componente irônico, para não dizer incômodo. Sem que o tema pertença às suas atribuições, o Judiciário avaliará a fidelidade não mais de um político a seu partido, mas a de um partido a seus ideais, programas e promessas."
Herculano
15/05/2015 08:29
PDT É INFIEL A DILMA, MAS QUER MANTER MINISTÉRIO, Josias de Souza

Em crise com o Planalto, o PDT reúne nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, seu diretório nacional. O encontro ocorre sob o impacto das votações do pacote fiscal de Dilma Rousseff na Câmara. A bancada de 19 deputados do PDT votou 100% unida contra o Planalto. Imaginou-se que, por coerência, o diretório pedetista discutiria a hipótese de romper com o governo. Mas o assunto nem sequer foi incluído na pauta. O PDT não cogita desocupar o Ministério do Trabalho. Quer manter com Dilma um casamento muito conveniente, em que a fidelidade é facultativa.

A reunião ocorrerá no Rio de Janeiro. Será longa - começa pela manhã, por volta de 10h, e termina no início da noite, às 18h. A pauta inclui: reforma política, maioridade penal e modelo econômico. O debate sobre economia será guiado por documento da secretaria de Assuntos Econômicos e Desenvolvimento do PDT. Nele, o partido defende o avesso do que Dilma vem fazendo. A presidente se esforça para revitalizar o tripé que dá estabilidade à economia desde a gestão tucana de FHC. Na contramão do governo, o texto do PDT anota a certa altura:

"É entendimento que nossa agremiação partidária não meça esforços em propor e defender a superação do atual modelo econômico com bases neoliberais - baseado no tripé metas de inflação, superávit primário e câmbio flutuante. [?] Para isso, então, devemos priorizar uma reforma tributária, atingindo progressivamente os lucros e as grandes fortunas, principalmente do setor financeiro, onde somente em 2014 os cinco maiores bancos obtiveram lucros superiores a R$ 60 bilhões."

A menção aos lucros dos bancos não é gratuita. O ministro Joaquim Levy (Fazenda) foi içado por Dilma da diretoria do Bradesco. Em conversa com Carlos Lupi, presidente do PDT, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) disse que o governo gostaria de voltar a contar com os votos do PDT no Congresso. Ficou entendido que, para Dilma, a fidelidade não é facultativa.

Em reunião preparatória, Lupi endossou o comportamento da bancada federal do PDT, que votou contra a restrição de benefícios trabalhistas e previdenciários. "Enquanto eu estiver à frente do partido, não há hipótese de o PDT ir para a direita", disse ele, há quatro dias. "Nosso lado é o do coração." Ele acrescentou: "Apoiamos o governo, mas não abrimos mão da defesa do trabalhador. E ninguém nos fará votar contra os interesses dos trabalhadores."

Tomado pelas palavras, Lupi não parece contemplar tampouco a hipótese de aderir à oposição. "Não faremos coro com os falsos moralistas do PSDB." Para o mandachuva do PDT, sua legenda tem um papel dialético a exercer na administração Dilma. "O governo está em uma rota perigosa. E o nosso papel é dizer 'não, não vão por aí'." A julgar pela irritação de Dilma com o compartamento da bancada do PDT, a presidente da República dispensa os ensinamentos do PDT. Prefere que Lupi lhe assegure os votos do partido no Congresso.

Único representante do PDT na Esplanada, o ministro Manoel Dias (Trabalho) não foi ouvido na fase em que o governo elaborou o ajuste que restringe direitos trabalhistas. Em manifestação pública, ele lavou as mãos: "A bancada do PDT tomou a posição que considerou mais correta na votação da Medida Provisória 665 que altera as regras de concessão do seguro-desemprego e do abono salarial."

A passividade do ministro diante da posição de sua bancada pegou muito mal no Planalto. Hoje, Manoel Dias é tratado por auxiliares de Dilma como um candidato a ex-ministro. Mas o Planalto não cogita, por ora, retirar a pasta dos domínios do PDT. Como a legenda também não tem a intenção de abandonar a boquinha, a coisa vai ficando como está. Uma evidência de que na política, como na vida, quando o matrimônio é pautado pelo interesse, vira patrimônio.
Herculano
15/05/2015 08:28
A INCAPACIDADE DE LIDERAR, CONVENCER, DIALOGAR E FAZER COM COMPETÊNCIA ESTÁ REALACIONADA AO MEDO DE PERDER O PODER E SER ACEITO. POR ISSO É PRECISO INSTRUMENTALIZAR, APARELHAR, PERSEGUIR, DESTRUIR, MENTIR, AMEAÇAR E ATÉ MATAR.

A notícia correu o mundo esta semana. Os leitores e leitoras deste espaço, pelo acesso que possuem à internet já sabem de cor e salteado do seu conteúdo. Eu só a repito para que a reflexão seja para algo que nos acontece ao nosso redor. Não é diferente, inclusive na proporção. Qual a razão de não se procurar a libertação?

Kim Jong-un executa ministro por ter cochilado em evento. O Ministro da Defesa foi morto por um tiro de bateria antiaérea em frente a centenas de pessoas por "deslealdade", informaram as agências internacionais. Ou seja, não basta estar a lado, ser fiel e comungar da mesma barbaridade. Um dia sem mais, nem menos, é descartado, substituído, e por argumentos sem nexo e que além de criminosos, beiram a clara insanidade.

Então confiram a notícia e reflitam se isto não é algo profundamente doentio! O ministro da Defesa da Coreia do Norte foi executado com um tiro de bateria antiaérea em frente a centenas de pessoas por ter mostrado deslealdade ao presidente, Kim Jong-un, segundo informações apresentadas pelo serviço secreto sul-coreano ao Parlamento do país.

Pouco se sabe sobre Hyon, mas acredita-se que ele tenha sido general desde 2010. Ele pertenceu ao comitê do funeral do ex-líder Kim Jong-il em dezembro de 2011, um indicativo de influência crescente, e foi nomeado ministro da Defesa no ano passado.

Analistas disseram à BBC que a troca de ministros é frequente no Norte, mas a execução de uma autoridade tão próxima a Kim é surpreendente e causa preocupações sobre a estabilidade do país.

'Poder e autoridade'
NK News, um site de análise de notícias da Coreia do Norte, disse que a última aparição pública de Hyon na mídia estatal foi um dia antes da suposta execução.

Mike Madden, do grupo North Korea Leadership Watch, que monitora o governo do país, disse à BBC que, se verdadeira, a execução é uma "demonstração de poder e autoridade" e um sinal de que o líder norte-coreano "não se sente seguro".

Kim Jong-un tem substituído diversas autoridades desde que assumiu o poder.
Herculano
15/05/2015 08:26
PARA LULA E RENAN, DILMA DEVE DEMITIR MERCADANTE, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Durante almoço com Lula, em Brasília, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), responsabilizando-o diretamente pelos desacertos que levaram o governo Dilma a derrotas seguidas, em votações no Congresso. Lula concordou com as críticas e a avaliação de Renan e confirmou seu empenho, até hoje inútil, para convencer Dilma a demitir o trapalhão.

Governo sequestrado
Lula já chegou a afirmar, em reuniões com aliados, que Mercadante "sequestrou o governo". Para ele, pior foi Dilma aceitar influência dele.

Solução unânime
Lula se disse ciente de que a saída de Mercadante abriria caminho para um melhor relacionamento com a Câmara de Eduardo Cunha.

"Sabotagem"
Acusado de afastar Dilma de quem ela dê ouvidos, Mercadante estaria empenhado em "sabotar" o trabalho do vice Michel Temer.

Aposta no fracasso
Mercadante se sentiu "humilhado" ao ser substituído por Michel Temer na articulação política. Por isso torce pelo fracasso da missão do vice.

BAIXA ADESÃO LEVA GREVE NO ITAMARATY AO FRACASSO
A greve no Ministério das Relações Exteriores teve adesão tão baixa que nem sequer suspendeu os serviços em qualquer dos postos diplomáticos mundo afora. Segundo levantamento do Itamaraty, cerca de 150 funcionários em todo o mundo aderiram ao movimento, dos quais apenas quinze são diplomatas. A greve foi mais percebida em Brasília e Nova York, mas sem grandes prejuízos aos serviços.

Desnecessária
A greve é considerada "desnecessária" pela cúpula do Itamaraty, que se orgulha de estar empenhada em solucionar os problemas da Casa.

Reivindicações
O Sinditamaraty convocou a greve para exigir auxílio moradia no exterior definida por lei e reenquadramento salarial.

Greve fraca
Segundo o sindicato, o MRE aceitou as reivindicações dos diplomatas e oficiais de chancelaria já na terça (12), o que enfraqueceu a greve.

Comovente fidelidade
Ex-presidente da CUT, o deputado Vicentinho (PT-SP) reapareceu na Câmara, esta semana. Ele havia sumido há uns dez dias, para não ter de votar em medida provisória suprimindo benefícios trabalhistas.

Detonando a viúva
O governo não fechou a conta da distribuição de cargos. Em troca de apoio ao pacote fiscal, Dilma prometeu entregar uma boquinha a cada deputado por Estado, e duas para cada senador. A firma é rica.

Ausência
O PDT já está fora do governo. Na quarta (13), nem se deu ao trabalho de ir à reunião com Michel Temer, no Palácio Jaburu, com os aliados do governo PP, PR e PCdoB. Mandou avisar que votaria contra.

Como em dia de mudança
Mais perdido do que no dia em que acusou Renan Calheiros de ser o padrinho do seu amigo Nestor Ceveró, Delcídio Amaral (PT-MS) pegou nova carona com o presidente do Senado para ter acesso a Lula, e pedir orientação para exercer o cargo de líder do governo. Não a teve.

De saída do PT?
O senador Paulo Paim (RS) em rota de colisão com o PT, diz que vai votar contra as MPs 664 e 665, do pacote de maldades do governo. Espera-se que não desapareça do plenário na hora agá, como já o fez.

Tribuna para Simon
Admirador do ex-senador Pedro Simon, o deputado JHC (SD-AL) apresentou requerimento na CPI da Petrobras, da qual é membro, para que o político gaúcho seja convidado a relatar, em audiência pública, sua longa luta por uma CPI das Empreiteiras (ou dos Corruptores).

Novo presidente
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), participa nesta sexta da posse do novo presidente do Banco do Nordeste, Marcos Costa Holanda, por ele indicado.

Demorou, mas caiu
A Polícia Federal afastou o superintendente do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul. Ligado ao PMDB, Francisco Signor é suspeito interferir na fiscalização de leite adulterado. Ele também é empresário do setor, o que é incompatível com o cargo que ocupava há 12 anos.

Nofa
Os deputados cearenses Vitor Valim (PMDB) e Leônidas Cristino (PROS) quase saíram às vias de fato. Cristino não gostou de ouvir o colega falar mal de Cid Gomes. Após bate-boca, eles se abraçaram.
Herculano
15/05/2015 08:24
REGISTRO

Os bem mais jovens precisam ir ao Google ou Bing da vida. Riley Ben King, mais conhecido como B.B. King, morreu na noite desta quinta-feira, em sua casa em Las Vegas, nos Estados Unidos, aos 89 anos, de acordo com o site da revista "Variety".

O guitarrista esteve hospitalizado durante a semana passada por desidratação e complicações por sua diabetes tipo dois. A informação da morte do músico foi confirmada pela filha Patty King. Mesmo com esta idade e não tão bem de saúde, ele estava com uma nova tourné marcada.

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