Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

22/05/2015

REGISTRO DO JÚRI I

Há uma semana, Gaspar conheceu uma outra face do promotor Henrique da Rosa Ziesemer e que é pouco divulgada por aqui. Ele, com a promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, cuidam, respectivamente, dos assuntos relativos ao meio ambiente e à moralidade pública que abrem espaço na coluna por meu especial interesse. Então a cidade toma conhecimento desses atos em busca e defesa da cidadania. Mas eles também atuam de forma contundente e eficaz no tribunal júri com a mesma desenvoltura como agem contra os erros dos políticos e agentes públicos. 

fotopg5herculanoGG.jpgREGISTRO DO JÚRI II

O crime contra a vida em si, os dramas humanos e as prisões ganham as manchetes dos veículos de comunicação não só aqui. Em Gaspar esses crimes devido às graves questões sociais, tráfico, migração e à falta de políticas bem como ações públicas estruturadas e continuadas, são meio comuns, infelizmente. Todavia, o julgamento e penalização pública dos criminosos passam despercebidos na mesma imprensa que registra a manchete do crime. 

REGISTRO DO JÚRI III

E isso acontece por questões de hábitos, ajustamento financeiro que impede ampliar equipes, porque não há a chamada pauta ativa e também porque não é estimulada pelas partes, incluindo o próprio Ministério Público. Os casos só voltam às manchetes por sorte e principalmente quando os advogados dos réus ou quando auxiliam a promotoria, por interesses, fazem a promoção de suas teses para a ?propaganda? profissional e o sucesso dessas teses no tribunal do júri numa tentativa de criar clima favorável ou desfavorável aos jurados. O saudoso Acácio Bernardes era um hábil nessa arte de pautar a imprensa.

REGISTRO DO JÚRI IV

Volto ao caso específico do promotor Henrique e com o qual abri a coluna. Um júri de quatro mulheres e três homens aceitou as teses do promotor e condenou Joílson Bento de Arruda ao cumprimento da pena de 24 anos e 6 meses sem direito de recorrer em liberdade. Ele assassinou Antônio Emílio dos Santos. A sentença foi proferida pelo juiz colaborador José Adilson e a defesa foi feita por um defensor nomeado Dimian Elder Rosini, que para esse trabalho, que exige capacitação técnica específica, tempo extraordinário, não é fácil, ganhou a vergonhosa quantia de R$ 1.730 do Estado.

REGISTRO DO JÚRI V

A denúncia, segundo o promotor Henrique, foi cem por cento procedente. Homicídio duplamente qualificado, e tentativa de homicídio duplamente qualificada, com convencimento pleno do júri. Mas muito desse resultado deve-se à carreira e experiência do promotor em 11 anos de Ministério Público em comarcas como São José (como substituto), Quilombo, Fraiburgo, Içara, Curitibanos, e agora Gaspar. ?Há júris todos os meses. Seria interessante que se noticiasse mais para que a sociedade soubesse o resultado dos casos de crimes contra a vida?, observa-me Henrique.

 TRAPICHE

A coluna de hoje trata de assuntos que aparentemente podem estar envelhecidos. Faltou espaço no seu tempo. Vamos a mais um deles. Mas eles continuam atuais. O Dia das Mães, como outras datas, deixou de ser comemorado nas escolas municipais. É opcional. O PT daqui, orientado, na lavagem ideológica que faz, assim estimulou. As nossas crianças não tinham mais mães. Mas em nome de uma minoria, a maioria passou a ter apenas ?cuidadoras?. A polêmica rodou o município, religioso e conservador. 

Pego na hipocrisia ? muito comum e do tipo, faça o que eu digo, não faça o que eu faço -, denunciada aqui, o ex-secretário da Educação, Neivaldo Silva, PT, que se diz religioso e defensor do modelo tradicional de família, teve a sua tese enfraquecida e desmascarada. Desejou para os outros o que não pratica e também não acredita. Nivaldo, como pai e não como secretário que pedia para esquecerem o Dia das Mães nas escolas do município, foi à comemoração do Dia das Mães na escola da sua filha, uma particular, é claro. Como pai, viveu uma emoção que impediu aos outros.

 Quem entrou em cena? A professora (licenciada no município) e vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSD. Ela foi ouvir pais e professores sobre o tema nas nossas escolas e CDIs municipais ?Acredito que o que gerou essa discussão é o fato de que nós temos escolas e CDIs municipais, particulares, estaduais e domiciliares que têm práticas diferentes dentro do nosso município e isso acaba confundindo as famílias que não entendem esse comportamento diferenciado?. 

Comportamento diferenciado? Desculpas. Falta de coragem para encarar e discutir o caso de frente com a sociedade e a comunidade escolar. A maioria dos problemas pedagógicos hoje em dia está no distanciamento da escola e dos professores dos pais e do seu entorno. E essas datas, de alguma forma, queiram ou não e ao contrário do que defendem os progressistas, são formas de aproximação da instituição escola, seus problemas e docentes com quem pode gerar, entender e construir soluções partilhadas: os pais e a comunidade do entorno. 

Trata-se de imposição de conceitos, crenças, ideologia, preconceitos e um sistema pedagógico que amplia as distâncias entre pessoas, entre os diferentes e diminui substancialmente a compreensão dessas divergências. Estabelece-se na imposição (próprio de quem governa hoje Gaspar, e inspirado por uma franquia nacional que se esfacela em dúvidas morais e falcatruas éticas) em vez de estimular o diálogo. 

Troca-se o convívio pelo individualismo. Vergonhosa lavagem cerebral. Obscurantismo facilmente explicável por Platão em ?O Mito da Caverna?. Compromete-se o futuro de gente que deveria ter a compreensão dessa grandeza: as diferenças entre nós. O Conselho segue as diretrizes da secretaria municipal ao não possuir nenhuma normativa sobre o tema, deixando a decisão para as escolas trabalharem a relação entre a instituição e a comunidade. Ou seja, finge-se omissão, quando na verdade há uma clara imposição! 

O PT está de barbas de molho. Os amigos também. Primeiro cancelou-se foi o Boi no Rolete. Alegou-se que era muita comida e despesa. Ué, hoje não é? E não será no ano que vem ano de eleições? 

Na quarta-feira foi o Costelaço do GTG Coração do Vale. Também sem boca livre, para convidados, muito bem organizado, sem discursos, sem a presença dos políticos do poder. Ausentes o prefeito Pedro Celso Zuchi e sua vice, Mariluci Deschamps Rosa. Eles prometeram, mas não entregaram um galpão para a Arena Multiuso. Ficará para o ano que vem, ano de eleições. 

Nas conversas, a aposta entre os próprios amigos: o PT daqui corre sério o risco de não fazer o próximo prefeito e ter diminuída a bancada de vereadores à metade. O papo deve continuar nesse final de semana durante as atrações do Rodeio e que a chuva teima em encharcar a arena. 

Edição 1689

Comentários

João Filho de João
25/05/2015 20:02
Sr. Herculano:

Afundado na corrupção e na traição, o PT reuniu meia dúzia de apodrecidos militantes em SP.

Postado por Polibio Braga:
Kotscho e Marco Aurélio não se dão conta sobre a única verdade: o PT afundou na corrupção e na traição, e por isto apodreceu.

O ex-secretário de Imprensa do governo Lula, Ricardo Kotscho, jornalista declaradamente petista e lulista, destaca no seu blog de hoje a baixa audiência no 5º Congresso Estadual do PT, em São Paulo: ?A militância sumiu, nem Lula apareceu?.

O assessor para assuntos internacionais do governo Dilma, o gaúcho Marco Aurélio Garcia, um dos fundadores do partido, reforçou a impressão de Kotscho:

- Como fundador e alguém que militou 35 anos no partido, nunca vi uma reunião do PT tão vazia como essa, quando no passado se disputava um crachá. Isso é um sintoma grave de uma crise que nos atinge de forma objetiva e subjetiva".

Herculano, o Vaccari só não foi por força maior.

Marco Aurélio Top-Top Garcia, morre que passa.
Animado
25/05/2015 17:34
Está difícil eliminar essa corja. Bandidos, safados...

Mamaram tanto que estão acostumados. Agora está batendo o desespero. Vão perder a teta.

Mas eu creio que os dias estão contados.

Gaspar vai se livrar do PT.

Pernilongo Irritante
25/05/2015 16:02
A LEITORA diz que este blog não traz mais assuntos sobre Gaspar.

Trazer o que, se desde que Zuchi assumiu a prefeitura, não acontece nada, a não ser tramóias, golpes e enganação contra a população e os funcionários públicos. Disso estamos cansados e a única solução é dar um fim no PT.

Enquanto as cidades vizinhas de Gaspar crescem sem parar, aqui faltam idéias, falta um hospital, faltam remédios, faltam creches, falta o dia das mães nas escolas, falta o Anel de Contorno, falta a Ponte do Vale, falta uma passarela em frente a Linhas Círculo, falta um viaduto que permite a passagem de caminhões por baixo, falta um Procon que atenda a população, faltam vereadores (vendidos tem de sobra), e principalmente falta um prefeito que não pense em sí, mas na população que lhe proporciona um alto salário e um carro de luxo bancado pelo Samae cujo dinheiro deveria ter sido usado para benfeitorias e atendimento às famílias que tem pela Constituição o direito a água tratada. O valor arrecadado do pagamento da água deveria ser utilizado para o mesmo fim; água, e não para satisfazer a frustação de incompetentes.

A LEITORA quer mais ou abri seus olhos para uma pequena parte da vergonha que é este governo de Pedro Celso Zuchi.
Desculpe LEITORA, mas de Gaspar não se tem muito o que falar a não ser assuntos negativos.

Roberto Sombrio
25/05/2015 15:42
Oi, Herculano.

Quando digo que Lula é o maior burro que já nasceu meste país, tem quem não acredita. É tão burro que colocou Dilma para governar e afundar o Brasil.
O pior de tudo é que a medida que a crise vai se agravando, vão mostrando dia a dia que não entendem nada de economia, de gerenciamento. Não tem noção de nada. O povo que é mais burro ainda avalizou a presidência destes ladrões.
Veja que novamente o PT confirma sua incompetência e assina embaixo.


Contra a crise e o desemprego, PT quer reduzir jornada de trabalho e cortar salários.

A ideia proposta no programa de proteção ao emprego em estudo pelo Planalto é manter o trabalhador na fábrica com salário e jornada menores, mas sem causar perda de arrecadação ao governo, uma vez que as empresas têm de recolher as contribuições porque os contratos de trabalho não são suspensos. Com a jornada reduzida, as empresas, além de pagarem salário menor, conseguem ajustar a produção à demanda mais fraca. O período de redução da jornada pode ser de um ano, apurou a Folha, podendo ser prorrogado.

A idéia na verdade é mostrar ao mundo que no Brasil o povo continua empregado. Só que com essas idéias o povo está mais pra gado, enquanto Lula e Dilma em encontros semanais estão rindo dos que suam a camisa para lhes proporcionar a vida farta.

Cada dia aparece uma besteira maior e o ministro Levy se desculpa feito outro idiota e incapacitado.
Lucas
25/05/2015 15:22


Para o Vereador Amarildo:

Ontem fui para a Lagoa visitar familiares, da ponte Irineu Theis até a ponte Pedro Werner está intransitável. Tem buraco, lama, cratera, vala, poça, enfim, o senhor deveria dar uma voltinha por lá.

Alias tem um buraco que caberia o senhor e mais alguns petistas dentro. Era só chamar a patrola e tapar.
Seria dois problemas a menos no município.


Herculano
25/05/2015 14:01
MUITA CHUVA, POUCA ESTRADA, MUITOS CULPADOS E DISCUSSÕES

No facebook o presidente do PT, o vereador José Amarildo Rampelotti e a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, trocam farpas.

Uma gasparense na rede reclama das péssimas condições da ligação Gaspar a Luiz Alves e que no Morro Serafim, se enrola numa obra sem fim.

A Andreia entra na discussão para dizer que isto não só acontece lá, mas também na entrada da Lagoa, onde mora. "E agora, fica assim: ninguém assume a responsabilidade, nem empreiteira nem prefeitura".

Rampelotti entrou rasgando. Observou e bem, que a verba e a obra são do governo do Estado, da qual a vereadora faria parte (?). Chamou-a de mentirosa, hoje ato muito próprio dos governos petistas.

Andreia não deixou por menos, sem antes rotular Rampelotti de dissimulado." A obra é do governo do Estado, mas acesso é de município e portanto cabe ao município dar condições de trafegabilidade as pessoas que passa por lá".
Herculano
25/05/2015 13:41
da série: ele paga por ser um boca alugada e fazer o que seus chefes sempre quiseram e não o que ele dizia saber fazer

EX-MINISTRO DA FAZENDA DE DILMA, A EONOMISTA, A AUTORITÁRIA, É HOSTILIZADO EM RESTAURANTE EM SÃO PAULO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Daniela Lima. O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi hostilizado ao sair de um restaurante italiano da capital paulista, na noite deste sábado (23), após jantar com sua mulher.

Ao ouvir as primeiras provocações, o petista parou e perguntou quem havia falado com ele. Um senhor assumiu a autoria do comentário e disse que só não falaria mais em "respeito" à mulher de Mantega. O ex-ministro tentou responder, mas foi interrompido por vaias.

Dois clientes saíram em defesa do petista, pedindo "educação" aos demais. O primeiro pediu que Mantega voltasse ao restaurante e o cumprimentou. O ex-ministro foi vaiado novamente e então deixou o local. Em seguida, uma senhora pediu que parassem com a provocação.

Esta foi a segunda vez que Mantega foi hostilizado em São Paulo. Em fevereiro, o ex-ministro deixou a lanchonete do hospital Albert Einstein após alguns presentes gritarem para ele ir "para o SUS".

O petista foi ministro da Fazenda de 2006 a 2014, nos governos do ex-presidente Lula e de Dilma Rousseff.

Na semana passada, outro ex-ministro petista, Alexandre Padilha (Saúde), foi criticado em um restaurante de São Paulo. Hoje, ele é secretário de Relações Governamentais da prefeitura da capital.
Herculano
25/05/2015 13:34
da série: eles sabem que nos meterem num buraco e que estão nos enganado

EM REUNIÃO CM DLMA, LULA CRITICA "ANÁLISE OTMISTA"

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto é de Marina Silva e Natuza Nery, da sucursal de Brasília.Reunido com a cúpula do governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou da "análise otimista" feita por alguns conselheiros de Dilma e disse que o cenário que o governo enfrenta é mais duro do que avalia o Planalto.

"Se a conjuntura fosse tão favorável como acreditam Edinho e Mercadante, o quadro político seria outro", disse Lula, conforme relatos, em reunião na sexta (22) na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência.

Ele dirigiu a fala a outros dois presentes ao encontro, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que colegas chamam de "ministro Pollyanna", em alusão à personagem da literatura juvenil exageradamente otimista.

Segundo a Folha apurou, o titular da Casa Civil pintou uma imagem mais positiva da economia. O mercado prevê queda de mais de 1% no Produto Interno bruto neste ano.

O encontro foi o segundo entre Lula e Dilma em uma semana, sinal de que o momento exige debate constante sobre como governo e PT podem resgatar popularidade.

O ex-presidente sugeriu a adoção de uma agenda positiva para junho, após as votações do ajuste fiscal no Congresso. A ideia é deixar para trás um primeiro semestre de notícias negativas. Para ele, Dilma precisa retomar as aparições públicas, pelo país e em viagens internacionais.

Um dos ministros presentes disse que é preciso melhorar a articulação política interna, coordenada por Mercadante, mas, principalmente, lapidar a relação de Dilma com o PT. Lula concordou.

Alvo de críticas dentro e fora do partido pelo estilo difícil e, segundo colegas, "arrogante", Mercadante saiu da linha de frente da articulação política, liderada hoje pelo vice-presidente, Michel Temer, mas precisa melhorar sua relação com o resto do governo para destravar programas.
Leitora
25/05/2015 10:47
Ao Sr. Pedro Paulo...

Em momento nenhum fui contra o que o Sr Herculano publica, veja bem... Apenas sinto falta dos comentários sobre o que acontece dentro de secretarias e departamentos de Gaspar, o que antes era publicado com mais detalhes...
Sobre a política nacional, concordo que essa PTralhada vem sendo desmascarada! Mas "na minha opinião" Acho mais interessante saber o que acontece por aqui, apenas isso.... Quis mostrar a "minha" opinião...
Não entendi o porque dessa revolta toda!
Apenas quis contribuir...
Creio que o Herculano tenha entendido meu comentário.

Herculano
25/05/2015 10:02
RUÍDOS NO AJUSTE, RISCOS NO AR, por Valdo Cruz para o jornal Folha de S.Paulo

Anunciado o megacorte de R$ 70 bilhões, Dilma e Lula respiravam aliviados. Para eles, o "pior passou" e, agora, é hora de mudar a agenda do governo. Sair da negativa e entrar na positiva.

A estratégia é enfileirar uma série de lançamentos a partir de junho. Plano Safra, Plano de Exportações, Plano de Concessões, Minha Casa, Minha Vida Três e por aí vai.

Enquanto tática para mudar o astral do país, nada contra. Faz parte do show de qualquer governo. Só que, sem querer dar uma de estraga-prazeres, o pior, infelizmente, ainda não passou. Está por vir pela frente.

Primeiro, se virou a página do corta aqui, aperta ali, o governo passa a conviver com os efeitos amargos das tesouradas de Joaquim Levy. Começa de fato a fase da penúria, que vai gerar paralisia e chiadeira.

Segundo, a economia tende ao "chão" nos próximos meses, com ajuste fiscal e aperto nos juros a todo vapor e desemprego rumando para algo próximo de dois dígitos.

Terceiro, não por outro motivo, o fogo amigo contra o ministro da Fazenda, antes contido, esquentou um pouquinho mais cedo do que imaginava a equipe econômica.

E começou com o apoio discreto, porém vital, de Lula. Num momento em que o próprio Joaquim Levy cria um roteiro no qual sai com cara de perdedor de uma disputa em que mais ganhou do que perdeu.

Ao faltar ao anúncio do megacorte, Levy mostrou que algo não está como ele quer. Só que, não fosse ele, o corte seria bem menor, perto de R$ 60 bilhões, como defendiam a Casa Civil, o Planejamento e a ala política.

Ruídos que põem em risco a estratégia montada por Dilma e Levy, comprada pelo mercado, de reconquistar a credibilidade fiscal para garantir a retomada da economia.

Tudo somado, a semana começa com especulações sobre o futuro do ministro da Fazenda e dúvidas sobre a votação do pacote fiscal no Senado, péssima mistura para quem desejava sair da agenda negativa.
Herculano
25/05/2015 09:42
LOBISTA-CHEFE DE PASCOWITCH JÁ NÃO VIVE NO BRASIL

O meticuloso trabalho da força-tarefa levou a Lava Jato a pôr as mãos nas figuras mais importantes do submundo da corrupção na Petrobras. Mas no eixo Brasília-São Paulo causa espanto que ainda não tenha surgido nome de Fernando Moura. Ligado a José Dirceu, foi o lobista - que hoje vive em Miami - quem sugeriu Renato Duque ao então ministro da Casa Civil de Lula para a Diretoria de Serviços da estatal.

Chefiados
Fernando Moura sempre foi considerado uma espécie de chefe do lobista Milton Pascowitch, preso na quinta (21), e do irmão dele, Zeca.

Intermediação
Atribuiu-se a Moura e ao ex-diretor do PT Silvio Pereira, aquele do Land Rover, a intermediação de interesses privados na Petrobras.

Muito influente
A pedido de Dirceu, Fernando Moura chegou a entrevistar candidatos a diretorias na Petrobras, ao lado de Silvio Pereira.

Destino
Dessa turma, Silvio Pereira sumiu, Renato Duque está preso e há anos Fernando Moura vive em Miami, sem descuidar dos seus interesses.

Petrobras esconde prejuízo de R$ 4 bi em balanço
O balanço divulgado pela Petrobras no mês passado esconde prejuízos de mais de R$ 4 bilhões com o Complexo Petroquímico de Suape (PE). A obra tocada pela Odebrecht com financiamento de R$ 2,6 bilhões do BNDES e contratada sem licitação pelo Conselho de Administração da estatal - à época presidido por Dilma - consumiu R$ 5,5 bilhões e não está pronta. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), em 2013 a obra já tinha 100% de superfaturamento, que não é citado no balanço.

Prejuízo é total
Só as empresas Petroquímica Suape e Citepe, ambas do Complexo, divulgaram prejuízo de R$ 3 bilhões e R$ 2,6 bilhões, respectivamente.

Barcos furados
Segundo levantamento recente do banco Credit Suisse, o prejuízo das empresas supera o valor de mercado, estimado em R$ 4,54 bilhões.

Como um túmulo
Questionada sobre prejuízo maior que investimento e valor de mercado das empresas, a Petrobras foi enfática: "não vamos comentar".

Sondagem
Emissários de Lula conversaram com caciques do PP e do PDT sobre o projeto de lançar o ex-presidente à sucessão de Dilma em 2018. Prestes a sair, o PDT tratou logo de se reintegrar à base governista.

Aliados de perigo
O governo se preocupa com a dupla Renan Calheiros-Eduardo Cunha, presidentes do Senado e da Câmara. Ambos iniciaram movimentos em busca da recondução aos cargos. Até Lula foi avisado da ideia.

O novato
Com a posse de Luiz Fachin, dia 16, o ministro Luis Barroso deixa de ser o "ministro novato" no Supremo, conforme apelidou o colega Marco Aurélio. Com isso, Fachin passa a ser o primeiro a votar no plenário.

Passa fora
Na visita da CPI da Petrobras a Londres, o deputado Leo de Britto (PT-AC) levou bronca de Jonathan Taylor, enrolado na Lava Jato. Após o brasileiro insistir que os documentos poderiam ser falsos, Taylor disse que a falsidade era do governo, que nem quis apurar a roubalheira.

Cota
A bancada feminina, na Câmara e no Senado, ameaça obstruir votação da reforma política caso não seja prevista reserva de 30% das vagas para mulheres. Parlamentares de 17 partidos aderiram ao movimento.

Bandeiras para reforma
Mesmo com medo do "distritão", o PMDB apoia outros pontos na reforma política, como o fim da reeleição para presidente, governador e prefeito e fixação de teto para financiamento público de campanha.

Fogo amigo
Vai virar uma grande lavação de roupa suja o 5º Congresso do PT, marcado para junho. Nem o presidente do PT de SP, Emídio de Souza, esconde que a insatisfação com o governo Dilma será pauta no evento.

Na mesma
Esfriou, por ora, o plano do PDT de deixar a base aliada. A boquinha do Ministério do Trabalho, feudo do partido, pesou na decisão. O PDT até voltou a participar das reuniões de líderes com Michel Temer.

Pensando bem...
...o desemprego, em abril, chegou para 100 mil trabalhadores, mas passou longe dos 22 mil aboletados em cargos comissionados do governo.
Herculano
25/05/2015 09:32
SAIA DAÍ, LEVY, por Vinicius Mota para o jornal Folha de S. Paulo

Com o anúncio da nova programação orçamentária, nesta sexta (22), o governo Dilma Rousseff pretendia virar a página do arrocho. Deu errado.

Melou o jogo a mão direita do Dr. Fantástico, que involuntariamente revela a natureza do assessor do presidente americano no filme de Kubrick. Uma recaída no alheamento da realidade, marca do primeiro mandato, impediu o governo de divulgar um plano crível para suas despesas e sobretudo para suas receitas em 2015. Voltou a pintar de rosa o futuro e vende uma retomada substancial da atividade e da coleta de tributos nos próximos meses.

O ministro Joaquim Levy caiu numa emboscada. Assumir o otimismo fiscal, à Mantega, arrombará sua credibilidade. Adotar o discurso de "vamos avaliar o desempenho das contas e eventualmente fazer correções" redundará na redução da poupança fiscal, plano do PT que encontra aliado potencial em Nelson Barbosa, do Planejamento.

Alastrou-se a ideia de que, uma vez no cargo, Levy não poderia ser demitido. Dilma não concorda.

A presidente age para circunscrever a intervenção liberal aos domínios do Tesouro. Já repudiou mudanças nas regras de conteúdo local e de participação forçada da Petrobras na exploração do petróleo.

Na política externa, atores e diretrizes são os mesmos. Concessões rodoviárias continuarão a privilegiar o populismo das tarifas mais baixas, em vez de potencializar investimentos bancados pelos usuários.

Para Dilma, Levy é um recuo pontual e passageiro na obra fáustica que ela implementa desde 2011. Passado o furacão, e o círculo alucinado do Planalto acha que está passando, Levy ou será demitido ou se acomodará ao credo palaciano.

Basta que o ministro compreenda esse jogo e concluirá que a saída para seu impasse pessoal é satisfazer o coro petista a indicar-lhe a porta da rua.
Herculano
24/05/2015 20:30
QUANDO ELES PRÓPRIOS TEM O DIAGNÓSTICO, QUAL A RAZÃO

Ex-presidente estadual do PT, José Fritsch tem domicílio eleitoral em Florianópolis ao Moacir Pereira.

O PT está sem nomes para disputar a Prefeitura em 2016. Fritsch está disposto a encarar o desafio. Analisando a conjuntura tem duas avaliações: 1. "Dilma recupera-se até o fim do ano". 2. "O PT não se recompõe tão cedo".

Volto. Até nisso são confusos ou tentam nos enganar. Ora, se Dilma se recupera, salva o PT, a não ser que ela saia do PT ou o PT saia dela, que nasceu no PDT.
Belchior do Meio
24/05/2015 20:17
Sr. Herculano:

Do Jornalista Políbio:
"Lula baixa no Sírio para exames de rotina. Hospital diz que ele está bem.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por exames médicos neste sábado no Hospital Sírio-Libanês. Segundo boletim divulgado pelo hospital, os exames fazem parte de avaliação clínica de rotina e todos apresentaram resultados normais. Foram realizados exames físicos, ressonância nuclear magnética, entre outros exames.

No mês passado, o ex-presidente publicou vídeo nas redes sociais no qual estimula a prática de atividade física e mostra que está em boas condições de saúde.

Todos os exames têm a ver com a recente descoberta de câncer, tratado com sucesso no Sírio".

Herculano, foi se tratar por causa da CACHAÇA.

LuLLa, Jesus te liberta da CACHAÇA!
Lembranças de Silas Malafaia.


Herculano
24/05/2015 20:17
PT, NANICO? MORAL E ÉTICO ELE JÁ É

"Não há esperança de salvação para um PT devastado por uma perversa mutação genética que mistura corrupção, incompetência, ignorância, autoritarismo, sem-vergonhice; fora o resto. O partido que ainda ontem pretendia ser o único, quem diria?, logo será um nanico a mais". Augusto Nunes, de Veja.
João João Filho de João
24/05/2015 19:58
Sr. Herculano:

Motivos Semelhantes - Blog Gente Decente

"Em 2010 Joaquim Levy era secretário de Fazenda do ladrão Cabral.
A poucos meses da eleição para governador do Rio, Levy pediu o boné.
Os motivos foram os mesmos que ele teria agora.
É esperar para ver se Levy, mais uma vez, mostra seu desapego aos cargos que ocupa".

Eu entregaria o cargo para o competente MerdaAndante, ops!
Aloisio Mercadante.
Mariazinha
24/05/2015 19:51
Seu Herculano:

O Kassab quer ser tão importante e hoje, está relegado a um ministériozinho, onde lhe cortaram a grana farta sem ao menos lhe avisar (às 07:51hs).
Reduziram o traíra a nenem, agora estou ansiosa para que chegue a vez da traíra Kátia Abreu.

às 11:53hs. - Mexeram no bolso do banqueiro Levy.
Bye, bye!
Juju do Gasparinho
24/05/2015 19:37
Prezado Herculano:

Debandada da quadrilha.
Blogueiro Manoel:

"Um número considerável de prefeitos e vereadores eleitos pelo partido-quadrilha de LuLLa estão ameaçando pular fora do barco.
Pesquisas da quadrilha mostram a enorme dificuldade que a quadrilha de LuLla terá, nas próximas eleições, de

eleger seus bandidos de estimação e muitos já estariam dispostos a dar uma volta no eleitor bobão, trocando de partido.

Como disse o Cafajeste do Palanque em recente palestras para seus lullinhas adestrados, a culpa é do demônio.
No caso em questão porém, este demônio é um adorável e implacável demônio chamado Sérgio Moro".

Herculano, a Marta Suplicy já pulou fora do barco para enganar o eleitor bobão.
Será que os PaTetas aqui de Gaspar farão o mesmo?
Herculano
24/05/2015 11:53
LEVY ESTÁ SE SENTINDO CADA VEZ MAIS UM ESTRANHO NO DINHO DO GOVERNO, por Ricardo Noblat, para O Globo

Gripado? Até que Joaquim Levy, ministro da Fazenda, estava gripado.

Mas não foi a gripe que o impediu de comparecer à entrevista coletiva onde ele e o ministro Nelson Barbosa, do Planejamento, anunciariam os cortes no Orçamento da União.

Levi não foi porque perdeu a guerra por cortes maiores. Acabou derrotado pela dupla Nelson-Aloisio Mercadante, chefe da Casa Civil. Os dois fizeram a cabeça de Dilma.

Assim, Levy quis demonstrar sua insatisfação.

No início da semana, Levy antecipara que os cortes ficariam entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões. Se dependesse dele, bateriam nos R$ 80 bilhões.

Nelson e Mercadante esticaram a corda para que os cortes ficassem no máximo entre R$ 60 bilhões e R$ 70 bilhões. Ficaram em R$ 69,9 bilhões.

Em cima da hora de começar a entrevista coletiva para o anúncio dos cortes, Levy telefonou para Nelson e disse que não iria. A conversa deles foi dura.

O nome de Levy, impresso em papelão e posto diante da cadeira que ele deveria ocupar, permaneceu lá até o fim da entrevista. Pura birra de Nelson.

Levy estava no seu gabinete no prédio do Ministério da Fazenda. E lá continuou o resto da tarde, despachando.

Os porta-vozes formais e informais do governo foram orientados a negar que exista qualquer rixa entre ministros. Muito menos entre Dilma e Levy.

O ministro da Fazenda se queixa de estar praticamente sozinho no esforço de por as contas públicas em ordem.

Segundo ele, ou seus colegas e a presidente não se dão conta da gravidade da situação ou acham que poderão continuar empurrando o problema com a barriga.

De público, Dilma não se empenha em defender Levy de forma enfática. Lula muito menos. O PT? Nem pensar.

Na última quarta-feira, Linbdberg Farias, senador pelo PT do Rio, meteu o pau em Levy, pediu a cabeça dele e assinou um manifesto contra o ajuste fiscal.

Dilma respondeu que Levy merecia sua confiança. E foi só.

A verdade é que Levy é um estranho no governo. É visto como um estranho pela maioria dos seus colegas ministros. Tratado como um estranho. E se sente um estranho.

Acha que ainda é possível fazer o que se propõe porque o Orçamento da União não passa de uma peça de ficção.

O que de fato valerá será o controle diário das despesas da boca do caixa. Levy se imagina como dono da chave do cofre.

A conferir.
Herculano
24/05/2015 11:47
"FIM DO FNANCIANCIAMENTO DE CAMPANHA PRIVADO DE CAMPANHA É CARTA DE ALFORIA AO PT"

O conteúdo é da revista Veja que está nas bancas e disponível aos assinantes virtuais. O texto e a entrevista é de Marceal Mattos, da sucursal de Brasília. Presidente da comissão da reforma política, Rodrigo Maia (DEM) rebate a tese do PT, segundo quem a proibição das doações privadas expurgará a corrupção

Com o escândalo do petrolão balançando seu governo, a presidente Dilma Rousseff apontou a reforma política como a solução para uma marca indelével das campanhas do Partido dos Trabalhadores há mais de uma década: o caixa oculto. Nesta semana, a reformulação do sistema eleitoral deverá, enfim, começar a ser votada pela Câmara dos Deputados. Porém, paradoxalmente, com o PT do lado oposto. Presidente da comissão especial que discutiu o tema nos últimos três meses, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) colocará em votação uma proposta que não atende ao principal desejo dos petistas: o financiamento público das campanhas. "A corrupção não existe por causa do financiamento privado. A corrupção existe porque há pessoas de má índole e falhas graves no sistema de controle, como ficou comprovado na Petrobras", afirma Maia.

VEJA - A reforma política patina há anos no Congresso e deve ser levada ao plenário ainda sem consenso. Por que nunca se chegou a um acordo?
Rodrigo - A questão é que todos são favoráveis à reforma política, mas com um conteúdo distinto. Os deputados acham que vão reformar o sistema inteiro, todas as polêmicas e todos os temas. Eu tenho defendido desde o início que a Câmara trate especificamente de três ou quatro pontos. Eu defendo que, neste momento, se vote o sistema eleitoral, o modelo de financiamento de campanha e o fim da reeleição. E, se a reeleição acabar, pode-se votar a coincidência de mandatos. No máximo isso.

VEJA - Então seria apenas uma minirreforma?
Rodrigo - Eu não chamo de minirreforma. Eu chamo de reforma possível. Nós não estamos com a locomotiva parada em uma estação e vamos reformar os trilhos, o motor e o vagão. Nós estamos com a locomotiva andando. Não vivemos uma situação de pós-guerra, como na Alemanha, onde se construiu um modelo com base em um país destruído. Na atual situação, é muito mais difícil fazer a ruptura de um modelo.

VEJA - O PT vincula a reforma ao combate à corrupção.
Rodrigo - A reforma política não pode ser tratada como o PT quer tratar. A corrupção não existe por causa do financiamento privado. A corrupção existe porque há pessoas de má índole e falhas graves no sistema de controle, como ficou comprovado na Petrobras. Eu não gosto de misturar corrupção com reforma política. Defendo que haja restrições ao financiamento privado, como aos prestadores de serviços e a criação de um teto, o que provoca maior equilíbrio na disputa eleitoral. O nosso papel é modernizar o sistema de modo que assegure a vitória daqueles que têm maior representação na sociedade e criar um modelo de financiamento onde o capital não seja determinante. Agora, sobre a corrupção, o que nós precisamos é fazer um profundo debate dos motivos que, apesar de ter todo um sistema de controle, o Brasil a cada semana vive um novo escândalo.

VEJA - Quais interesses estão por trás do fim do financiamento privado?
Rodrigo - A minha crítica é que o PT quer uma carta de alforria dizendo que o problema era o financiamento privado e que, com a sua proibição, tudo estará resolvido. A gente sabe que a corrupção só vai diminuir se a punição continuar existindo e se o sistema de controle do governo funcionar. Eu discordo da ideia de que acabar com o financiamento privado vai diminuir a corrupção. Acho que as restrições do financiamento privado vão garantir maior equilíbrio na eleição, e é isso que interessa.
Herculano
24/05/2015 11:41
"FIM DO FINANCIAMENTO PRIVADO CAMAPANHA É CARTA DE ALFORRIA AO PT"
Parte 2

VEJA - O distritão, primeiro item a ser votado na reforma, é alvo de críticas por enfraquecer os partidos e favorecer os grandes caciques. O modelo não levará ao fim das ideologias partidárias?
Rodrigo - É no sistema atual em que os partidos não vocalizam mais nada. Hoje os partidos são obrigados a ter até oitenta candidatos a deputado por estado - e não há nenhuma relação com a ideologia partidária. Muitos são candidatos apenas para garantir o maior quociente eleitoral e a eleição do maior número de vagas. Garanto que 90% desses candidatos não sabem nem o que os partidos pensam. Na verdade, eles compõem chapas atrás de benefícios para si, como nomeações no governo e também poder econômico. A formação de chapa hoje é o que gera essa distorção. Acho que o distritão vai diminuir o número de candidatos e terá candidatos com habilidade e mais chance de chegar à vitória. E o mais importante: será possível concentrar em poucos candidatos toda a cobertura do partido principalmente na questão ideológica.

VEJA - O relatório do Marcelo Castro (PMDB-PI) permite uma janela de transferência sem a perda do mandato na implantação da reforma. Isso não acaba institucionalizando o uso partidário como instrumento de barganha?
Rodrigo - Se o modelo vai ser reformado, é justo que se abra um tempo para que os partidos e os políticos se adaptem a isso. Mas, ao mesmo tempo em que se cria uma janela de trinta dias, coloca na Constituição a fidelidade partidária, que hoje não está prevista. Reafirmando a fidelidade partidária e fazendo uma regulamentação dela em lei, a regra passa a ser muito mais dura. Nós também vamos precisar de uma lei que seja mais clara em relação ao que é fidelidade e ao que é justa causa.

VEJA - Nos bastidores, comenta-se que a comissão vai ser esvaziada e que o senhor poderia assumir a relatoria em plenário. Isso está em discussão?
Rodrigo - Não. O que eu tenho discutido com o presidente Eduardo Cunha é que a comissão tente criar condições para aprovar o relatório. Se o relatório for aprovado, melhor. Esse é o ideal. Agora, se os partidos tomarem a decisão de que é melhor ir ao plenário, será a decisão final. Eu não tenho tratado desse assunto de relatoria ou não-relatoria. Tenho tratado apenas do procedimento.

VEJA - O relator propôs a diminuição do mandato dos senadores de oito para cinco anos. Esse ponto tem chance de ser aprovado?
Rodrigo - Quem quer acabar com o mandato de senador não quer aprovar a reforma política. Pode estar de boa fé, mas, no fundo, de forma objetiva e pragmática, não quer aprovar. Dificilmente passa.

VEJA - Caso esses pontos da reforma avancem e estejam em vigor em 2016, o que muda?
Rodrigo - Eu acho que vai ter algumas trocas por parte dos políticos que estão insatisfeitos e que, para o eleitor e para o político, teremos eleições mais organizadas, com menos candidatos, mas, ao mesmo tempo com mais compromisso aos partidos. Se o teto de gastos for aprovado, será ainda uma eleição onde poderá existir um equilíbrio maior entre os candidatos que disputarão as eleições, sejam eles do Executivo ou do Legislativo.
Herculano
24/05/2015 09:08
ACABOU O DINHEIRO, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folh de S. Paulo

Em uma das muitas crises financeiras no Clube de Regatas do Flamengo, em 2009, o então presidente Marcio Braga convocou a imprensa à sede da Gávea e abriu o jogo: "O que está acontecendo aqui é exatamente o seguinte: Acabou o dinheiro. Não tem mais dinheiro".

Dilma Rousseff escondeu a crise na campanha, mas tem uma chance de se redimir da propaganda enganosa. Basta reunir os jornalistas no Planalto e repetir as palavras do ex-mandatário rubro-negro. Acabou o dinheiro. Não tem mais dinheiro.

Essa seria a explicação mais honesta para o corte de quase R$ 70 bilhões anunciado nesta sexta. O governo está na pindaíba, vendendo o almoço para pagar o jantar. O país vive uma nova era das vacas magras, como no segundo mandato de FHC.

A volta ao passado inclui o retorno ao noticiário de outra sigla de três letras: o FMI. Na semana do corte, o Fundo enviou sua sorridente diretora ao Brasil para tirar fotos com autoridades, assistir a uma apresentação de capoeira e elogiar o ajuste fiscal.

A tesourada deve agravar a crise na educação, às vésperas de uma nova onda de greves nas universidades federais. Também atingirá o Minha Casa, Minha Vida, vitrine da gestão petista, e o PAC, que poderia acelerar a retomada do crescimento.

O pacote ainda bloqueará R$ 21,4 bilhões de emendas parlamentares, no momento em que Dilma mais precisa de apoio para aprovar o ajuste no Congresso. Pode ser a senha para uma nova ofensiva de quem só pensa em reciclar as palavras do ex-presidente do Flamengo: "Acabou o governo. Não tem mais governo".

Palavras do ministro Ricardo Lewandowski no dia do corte: "Como cidadão, compreendo as dificuldades pelas quais passa o país. Como chefe do Judiciário, tenho que cuidar dos servidores que estão com vencimentos atrasados". Faltou lembrar que eles receberam o último aumento há apenas quatro meses.
Herculano
24/05/2015 09:05
POR QUE O PEFEITO DE GASPAR NÃO MONTA UM GABINETE EM BRASÍLIA?

O prefeito de Gaspar, Pedro Celso Zuchi, PT, esteve em Brasília no início do mês para ir ver com os seus próprios olhos, o que toda Gaspar já sabia e ele próprio tinha anunciado nas entrevistas, por fala de assunto sério: ver se o empenho de R$14,7 milhões da ponte do Vale, para pagar o que está atrasado, estava empenhado no ministério da Cidades.

Zuchi, nem com o ministro Gilberto Kassab, PSD, falou. Quem fez isto, numa outra viagem, também sem necessidade, foram os vereadores Marcelo de Souza Brick e Giovânio Borges, ambos do PSD.

Do ministro criador de partidos, ouviram que realmente havia um empenho lá, e quando ele fosse liberado, no máximo sairiam uns R5 milhões, pois as verbas do ministério tinham sido trancadas por nada mais, nada menos, do que pela presidente Dilma Vana Rousseff, devido a gestão temerária que ela e seu partido, o PT, fizeram no seu primeiro mandato.

Zuchi foi desmascarado duas vezes: viajou para nada e lá nem com quem decide conseguiu falar.

E o que Zuchi anunciou na sexta-feira. Que vai voltar a Brasília para integrar aquela Marcha dos Prefeitos que reclama contra o gerverno, o corte de verbas, a burocracia etc e tal.

Espera ai! O Zuchi não é PT; não é o PT que governa o Brasil e corta as verbas e Zuchi? Então ele vai protestar contra o que se ele próprio vive batendo palmas para o governo que esta ai? Zuchi, na verdade, está encantado com Brasília e faz mensalmente viagens para lá. Agora, fará duas num só mês. Zuchi vai protestar ou ganhar polpudas diárias do dinheiro que está escasso aqui.

Anexo o press release sobre este desperdício e incoerência. Lá está o telefone do prefeito Zuchi para quem quiser questioná-lo sobe mais esta viagem para o nada. O que há em Brasília que atrai tanto o Zuchi? Não seria o caso de avaliar a criação de um Gabinete lá? Acorda, Gaspar!

Prefeito de Gaspar participa da 18ª edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Publicado em 20/05/2015 às 11:28 - Atualizado em 20/05/2015 às 11:29

O Prefeito de Gaspar, Pedro Celso Zuchi, participará da 18ª edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. O evento inicia na próxima segunda-feira (25) e prosseguirá até quinta-feira (28), na capital federal. A Marcha reunirá os gestores públicos municipais, como prefeitos, vice-prefeitos, secretários e vereadores.

O evento, que é realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), pode ser considerado o maior movimento municipalista brasileiro. A Marcha contará com plenárias técnicas nas áreas de educação, saúde, desenvolvimento social, finanças, previdência, meio ambiente e modernização de gestão.

A programação debaterá assuntos como a reforma política; a conjuntura municipalista; o Pacto Federativo e o Congresso Nacional; e a força do Poder Legislativo local no Movimento Municipalista.

Mais informações:
Prefeito de Gaspar, Pedro Celso Zuchi: 8836-9336
Herculano
24/05/2015 08:11
AGORA É LEI SABER DE ONDE VÊM OS PEIXES E FRUTOS DO MAR SERVIDOS NOS RESTAURANTES CATARINENSES

O governador Raimundo Colombo, PSD, sancionou a lei cujo projeto é do deputado Dirceu Dresch, PT, e que obra ser o consumidor informado sobre a espécie e origem do pescado servido em bufês de restaurantes, lanchonetes, bares e similares.

Os estabelecimentos terão agora 90 dias para se adaptar à Lei Estadual 16.623. A fiscalização na aplicação da legislação ficará a cargo do Procon.
Herculano
24/05/2015 08:03
SAI O TREM BALA, ENTRA O TREM CHINÊS, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo.

A visita do primeiro-ministro Li Keqiang ao Brasil deu bons resultados e voltou a expor a marquetagem inútil

A máquina de propaganda do governo e a doutora Dilma têm um especial carinho por trens. Em 2004 Nosso Guia perfilhou um projeto de ligação ferroviária entre o Rio e São Paulo. Era o trem-bala. Faria percurso de 500 quilômetros em 90 minutos, cobraria o equivalente a R$ 120 e nada custaria à Viúva. Ficaria pronto para a Copa de 2014. Atrasando, era certo que rodasse em 2016 para a Olimpíada. Deu em nada. Ou melhor, deu em parolagem e pariu uma empresa estatal, a EPL. Quando o projeto naufragou, surgiu a palavra mágica ouvida por Machado de Assis em 1883: "lingu". Ele não esclareceu o que isso queria dizer, mas talvez significasse "investimento": os chineses bancariam o projeto do trem-bala. Pouco depois um mandarim explicou: "Pedir que uma empresa chinesa assuma um risco tipicamente governamental é uma grande piada".

Antes do desembarque do primeiro-ministro chinês Li Keqiang saiu da caixa de mágicas do Planalto o projeto de uma ferrovia transoceânica ligando o Atlântico brasileiro ao Pacífico peruano. Teria 4.400 quilômetros. Nas palavras da doutora Dilma, "ela atravessará os Andes". Custaria entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões.

As dúvidas foram desfeitas quando o companheiro Li assinou 53 acordos com a doutora. Na mesa havia apenas o interesse mútuo de começar os estudos básicos da viabilidade do projeto. A ferrovia que iria do litoral brasileiro ao peruano era um exagero. O memorando assinado cuidava apenas da conexão da linha Norte-Sul, que iria de Campionorte, em Goiás, à costa peruana. A linha para o litoral atlântico é uma tarefa brasileira. Se tudo der certo, esse estudo deve ficar pronto em maio de 2016. O que era um estudo básico para analisar a viabilidade do projeto virou uma ferrovia que "atravessará os Andes".

Cuidando dos seus interesses, os chineses assinaram diversos compromissos, compraram aviões, alugaram navios e arremataram um banco. Todos esses negócios são bons para eles e para o Brasil. Não havia porque botar o "lingu" de Machado de Assis numa ferrovia transoceânica.

A agenda chinesa é sempre precisa. Em geral eles querem recursos naturais e proteínas. Além disso, vendem serviços, bens e máquinas. Jogo jogado. A isso junta-se um interesse do Império do Meio de fornecer sua mão de obra para os projetos onde põe dinheiro. São mais qualificados, conhecem a empresa e às vezes custam menos. Há cinco anos eram 740 mil, de Angola ao Uzbequistão. Obras chinesas no Brasil já tentaram importar operários, mas foram barradas. Esse pode vir a ser um bom debate, pois o que é preferível, um pasto goiano com 50 vaqueiros ou a obra de uma ferrovia com 500 chineses e 500 brasileiros?

Esse item da agenda chinesa chamou a atenção de Machado de Assis. Em 1883, quando o andar de cima queria imigrantes para substituir a mão de obra escrava, chegou ao Rio o mandarim Tong King-sing. Veio acompanhado de um secretário negro, fez o maior sucesso com suas roupas e foi recebido por D. Pedro 2º. O imperador disse-lhe que não tinha simpatia por seu projeto e, no melhor estilo chinês, ele foi-se embora.

À época, comentando a visita do mandarim, Machado de Assis escreveu uma crônica, transcrevendo uma carta que teria recebido dele. Esclareceu que preferiu manter a grafia do autor.

A certa altura, como se fosse hoje, Machado/Tong escreveu:

"Xulica Brasil pará; aba lingu retórica, palração, tempo perdido, pari mamma."

ANDAR DE CIMA
Não se conhece uma só voz saída da banca para condenar o ajuste fiscal enquanto ele avançou sobre despesas que beneficiavam desempregados, pensionistas e aposentados.

Agora que a doutora acrescentou ao ajuste a pimenta da taxação dos lucros bancários, será interessante entender a reação dessa tão fiel torcida.

RENATO DUQUE
A entrada do filho de Renato Duque na roda do dinheiro e das investigações da Lava Jato assustou o comissariado.

O ex-diretor de Serviços da Petrobras seria o arquivo que guarda as conexões do PT e de alguns de seus comissários com as petrorroubalheiras.

O "amigo Paulinho" só concordou em colaborar com o governo quando os investigadores mostraram-lhe que envolvera familiares em práticas criminosas. Até então o PT considerava "satisfatórias" as patranhas que ele contava.

A Lava Jato já custou a Renato Duque uma coleção de arte de novo rico e o equivalente a R$ 68 milhões depositados em Mônaco. Sua defesa diz que esse dinheiro não é dele. Amanhã, Eremildo, o Idiota, pretende se habilitar à sua titularidade.

CHOQUE À VISTA
O senador Renan Calheiros e o deputado Eduardo Cunha, ilustres figuras da lista de parlamentares investigados pelo Ministério Público, decidiram jogar pesado contra a possível recondução de Rodrigo Janot ao comando da Procuradoria-Geral da República.

Rejeitá-lo, caso seja indicado pelo Planalto, além de ser uma imensa carapuça, poderá levar a uma inédita mobilização do Ministério Público, refletindo-se em setores do Judiciário, inclusive em seus gaveteiros.
Herculano
24/05/2015 08:02
UMA AULA SOBRE O FALECIDO TREM-BALA, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de São Paulo.

Ainda não se conhecem as fantasias que acompanham a Ferrovia Transoceânica, mas está na rede uma detalhada narrativa do que foi a maluquice do trem-bala de Lula e Dilma. É a reportagem "Um Trem para Bangladânia", de Leandro Demori. (A mistura de Bangladesh com Albânia é um neologismo criado pelo professor Mario Henrique Simonsen.)

Ele foi das raízes do sonho do trem de alta velocidade até a morte do projeto da empresa italiana que vendeu a novidade ao governo. Nela havia planilhas mágicas e um roteiro inexplicável, pois o trem não parava ao longo do percurso. O primeiro administrador do projeto, José Francisco das Neves, o "doutor Juquinha" dormiu umas noites na cadeia por malfeitos cometidos na Ferrovia Norte-Sul, aquela que cruzará com a Transoceânica.

O repórter Leandro Demori trabalhou onze meses no assunto, conversou com trinta pessoas e colheu documentos brasileiros e italianos. Conseguiu o apoio do Contributoria, uma plataforma independente ligada ao jornal inglês "The Guardian" e seus leitores. Quem quiser pode inscrever seus temas. Os leitores do "Guardian" votam e quem não for assinante do jornal deve pagar US$ 3 por mês para participar das escolhas. A ajuda é dada relacionando-se o número de votos que o tema recebeu e a quantia que o jornalista pede. Aprovado o financiamento, o beneficiado vai à luta e fica livre para colocar o texto onde quiser. Demori preferiu hospedar seu texto na plataforma Medium, de Ev Williams, o criador do Twitter.

Os repórteres, como o Fantasma das Selvas, são imortais.
Herculano
24/05/2015 07:51
PMDB SE VNGA E EMPAREDA KASSAB COM REFORMA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A reforma política defendida pelo PMDB do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tem alvo certo: Gilberto Kassab (Cidades). Impedindo acesso de partidos nanicos aos R$ 868 milhões do fundo partidário, o PMDB busca retaliar contra o ministro, que tenta recriar o Partido Liberal (PL) para "roubar" deputados e senadores peemedebistas. Com a medida, os novos partidos vão nascer sem dinheiro, esvaziando-os.

Profissão: criador
Gilberto Kassab é considerado o maior criador de partidos da atualidade, sendo o idealizador do PSD, que afundou o Democratas.

Só partido grande
A proposta de Eduardo Cunha tem apoio de integrantes da base aliada, da oposição e até de petistas aliados do ex-presidente Lula.

Estratégia de Cunha
O "distritão" será o último item da pauta da reforma política e deve ser aprovado já que todos os pontos do projeto devem ser rejeitados.

Expectativa alta
Os maiores partidos (PMDB, PSDB e PT) acreditam que serão os maiores beneficiados, sobretudo com a transferência de deputados.

LULA AMEAÇA OPOSIÇÃO COM RETORNO AO PLANALTO
Assustado com crise institucional enfrentada pelo governo Dilma e pelo PT, o ex-presidente Lula resolveu reagir: começou a recrutar membros da alta cúpula do PT para preparar o terreno para sua campanha presidencial em 2018, apesar de já ter anunciado não ser candidato à sucessão de Dilma. Fernando Haddad e Antônio Palocci serão os braços esquerdo e direito do ex-presidente na empreitada para 2018.

Passo 1
Credita-se ao grupo a ideia de esconder a desprestigiada presidenta Dilma da propaganda do partido, veiculada em TV no começo do mês.

Passo 2
Lula vai sentir o clima eleitoral com sua caravana pelo País. Um dos primeiros destinos da trupe será o Mato Grosso do Sul.

Tal pai, tal filho
Cogita-se ainda uma releitura da chapa de 2002, desta vez com Lula e Josué de Alencar (PMDB), filho do ex-vice presidente José Alencar.

Malandragem
Presidente regional do PDT na Paraíba, o deputado Damião Feliciano pagou despesas do partido, como aluguel de 23 impressoras e do escritório, com verba indenizatória. Ele alega que cede apenas uma sala ao partido e, acuado, decidiu devolver os valores à Câmara.

"Pátria educadora"
O pacotão de maldades operado pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda), cortou R$ 9,4 bilhões da Educação. Mas Levy nem deu as caras na coletiva que anunciou a tesourada. Disse que estava gripado.

Escolinha tucana
Tucanos da Câmara fazem oficina de planejamento estratégico com renomados consultores da área empresarial. A ideia é levar experiência aplicada na área administrativa para a atuação da bancada na Casa.

Pente fino
A Comissão de Minas e Energia da Câmara vai passar um pente fino no setor eólico. Só na Bahia e no Rio Grande do Norte, até dezembro de 2013, 48 usinas estavam prontas, mas não operavam por falta de linhas de transmissão. O TCU estimou o prejuízo em R$ 929 milhões.

Demissões em Suape
O SD pressiona o governo por causa das demissões em massa no Porto de Suape, em Pernambuco. O deputado Augusto Coutinho (PE) promete dar à CPI da Petrobras vasto material sobre o caso.

Hostilidade
Tem alguém no governo do Distrito Federal que não gosta da embaixadora dos Estados Unidos: a rua onde ela mora, no bairro do Lago Sul, é uma das mais esburacadas de Brasília.

Impostômetro
O brasileiro bateu a marca de R$ 800 bilhões pagos em impostos em 2015. Com a grana arrecadada pelo governo seria possível, por exemplo, construir mais de 8,7 milhões de km de redes de esgotos.

Caixa preta
Foi forte a reação ao veto de Dilma à emenda que dava transparência aos empréstimos do BNDES. "A decisão indica que o dinheiro de todos vira moeda de troca política", disse Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

Pergunta nas Cidades
Já que a maior parte dos cortes anunciados pelo governo são no Ministério das Cidades, o ministro Gilberto Kassab também vai ser cortado?
Herculano
24/05/2015 07:42
O TREM DO PERU E O FILHO DE LEVY, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

Plano de arrumação das contas do governo prevê mais aumento de receita do que corte de gasto

JOAQUIM LEVY não foi assistir ao parto do seu filhote querido, o plano de controle de gastos do governo, o ajuste fiscal. Disseram que o ministro da Fazenda estava gripado. Pode ser. Pode ser também que Levy tenha achado que o filho não fosse bem dele. Gente do Planalto fazia esse tipo de fofoca escarninha, no final da sexta-feira.

Essa foi a primeira e a menos importante das esquisitices da divulgação do Orçamento federal de verdade, o plano de gastos e arrecadação que deve valer até o final do ano.

Segunda esquisitice: os gastos de 2015 não serão equivalentes aos de 2013 nem nas promessas de papel orçamentário, como Levy dizia desde fevereiro.

Terceira: o governo espera que a arrecadação de impostos cresça uns 5% neste ano, em termos reais. Mas a receita real até abril caiu quase 3%. Puxado.

Quarta: o governo fez essa estimativa otimista mesmo enquanto o Congresso ainda talha e diminui o pacote fiscal.

Quinta: tendo se arriscado a essas pequenas temeridades, não enfatizou que talvez seja necessário aumentar ainda os impostos.

De mais previsível, o governo indicou que vai cortar mesmo uns 30% da despesa de investimento (em relação a 2014, pelo menos no que diz respeito ao PAC. Imagine-se no resto). Tende a ser mais.

Enfim, em relação a 2014, a promessa é baixar a despesa em 1%, se der tudo certo (em termos reais). Parece pouco, muito menos do que a promessa inicial de cortar 6%. No entanto, mesmo essa redução de 1% é rara. Nos três anos em que foi responsável pelo Orçamento, o governo Dilma 1 elevou o gasto em mais de 6% ao ano, em média.

TREM DO PERU

A presidente Dilma Rousseff tem uma queda esquisita por trens. Não por um "trem bão", como dizem alguns de seus conterrâneos. Mas pelo "trem da alegria" de quem gosta de torrar dinheiro em "viagens".

Antes, viajara na ideia doidivanas do trem-bala, aquele que estaria pronto para ligar São Paulo e Rio já na Copa de 2014. O negócio era um disparate tão grande que, nem com dinheiro quase dado, essas empreiteiras Lava Jato quiseram embarcar.

Agora, a presidente veio com a história do trem do Peru, que ligaria o centro do Brasil ao Pacífico passando em parte pela Amazônia e pelos Andes, "corredor da exportação agropecuário" por onde nem os agropecuaristas querem correr.

O Brasil não consegue terminar a obra de quase 30 anos da Ferrovia Norte-Sul. Não consegue nem começar direito as obras essenciais de ferrovias que ligariam a Norte-Sul a Goiás e ao litoral da Bahia.

O governo não consegue ligar à rede elétrica usinas de eletricidade prontas a fios. Não consegue colocar trilhos nem no sertão desértico da Bahia, por incompetência básica, rolos ambientais e outras burocracias. Mas quer fazer o trem da floresta do Peru. Um negócio da China.

De onde teria vindo essa mania de trens? De uma infância feliz passeando em marias-fumaça mineiras? Da vontade de imitar mais um desastre econômico da ditadura, como a Ferrovia do Aço? Da ideia desenvolvimentista vulgar de que os EUA cresceram porque fizeram ferrovias "coast to coast" no século 19, do Atlântico ao Pacífico?

Trem das Onze? Trem Azul?
Herculano
24/05/2015 07:36
COM OS DEPUTADOS E SENADORES IRRESPONSÁVEIS DE HOJE E JOGANDO PARA UMA GALERA DE ANALFABETOS, IGNORANTES E DESINFORMADOS, A MAIORIA DOS TRABALHADORES DE AMANHÃ NÃO VÃO SE APOSENTAR, OU VÃO RECEBER BEM MENOS DO QUE LHES FOI PROMETIDO E ATÉ TER ATRASOS NAQUILO QUE LHES DEVIDO.

MANCHETE DE CAPA DA EDIÇÃO DE DOMINGO DO JORNA FOLHA DE S. PAULO: DEFICIT DO INSS DEVE ATINGIR O MAIOR PATAMAR EM SEIS ANOS

Piora do rombo explica dificuldades enfrentadas por Joaquim Levy para reequilibrar o caixa do governo. Medidas provisórias destinadas a melhorar contas da Previdência sofrem resistências por parte do Congresso

O texto é de Gustavo Patu, da sucursal de Brasília. Com a deterioração do mercado de trabalho e sucessivas derrotas do pacote de ajuste fiscal no Congresso, o governo passou a projetar um salto do deficit da Previdência Social neste ano.

De R$ 43,6 bilhões calculados na versão original do Orçamento, feita no ano passado, o rombo esperado nas contas do INSS foi elevado em 67%, para R$ 72,8 bilhões com as novas estimativas de receitas e despesas divulgadas nesta sexta (22).

Trata-se de um aumento de 28,4%, bem superior à inflação, em relação aos R$ 56,7 bilhões do ano passado. Como percentual do PIB, o deficit sobe de 1% para 1,2%, maior patamar em seis anos.

A piora das contas previdenciárias explica boa parte das dificuldades enfrentadas pela equipe de Joaquim Levy (Fazenda) na tentativa de reequilibrar o caixa do governo.

Para reforçar a arrecadação do INSS em R$ 5,4 bilhões neste ano, foi proposta em fevereiro uma revisão drástica da política de desoneração tributária das folhas de pagamento das empresas, uma das marcas do primeiro governo Dilma Rousseff.

O projeto, no entanto, sofre resistências dos próprios partidos que dão sustentação ao Palácio do Planalto no Congresso. Depois de atrasos e modificações, a expectativa de ganhos até dezembro se tornou remota.

O mesmo aconteceu com a medida provisória destinada a endurecer as regras para a concessão de pensão por morte e auxílio-doença, desfigurada com a ajuda decisiva do PT e do PMDB.

Com desemprego em alta e renda em queda, as perspectivas de arrecadação da contribuição previdenciária - em sua maior parte, incidente sobre as folhas de salários - ficaram mais sombrias.

A receita esperada no ano com o tributo foi reduzida em R$ 28 bilhões, um montante semelhante aos gastos projetados com o Bolsa Família.

Uma das principais explicações é a projeção de queda de 2,9% da massa salarial (soma de todos os salários recebidos), descontada a inflação.

Pelos cálculos oficiais, o INSS arrecadará o equivalente a 6,25% do PIB. Não se pode acusar a previsão de pessimista: em 2014, com o emprego em alta, foram 6,1%, recorde histórico.

No primeiro trimestre, as receitas cresceram menos que as despesas, e o deficit da Previdência subiu de R$ 11,7 bilhões, em 2014, para R$ 18 bilhões, neste ano.
Herculano
24/05/2015 07:27
O TUCANO É UM FINGIDOR, por Carlos Brickmann

O PSDB resolveu desgastar Dilma Rousseff. É seu direito, como partido de oposição; o que não é direito é votar contra suas próprias ideias só para enfraquecer a adversária. Se o PSDB tivesse chegado à Presidência, seu plano de ajuste da economia seria praticamente o mesmo de Joaquim Levy, esse que Dilma teve de engolir (isso não é dedução: é informação). Votar contra o ajuste, só para agradar a plateia, é coisa de quem não tem responsabilidade para com o país.

James F. Clarke, escritor americano do século 19, disse que o político se preocupa com as próximas eleições e o estadista com as próximas gerações. Churchill, estadista, rejeitou a tese altamente popular de ceder aos nazistas em troca da paz. E, ao assumir o poder, prometeu sangue, trabalho, suor e lágrimas. Não era um político comum. Quem, no PSDB, se destacou do comum dos políticos?

Lutar contra o Governo, OK. Lutar contra a presidente, OK. Rejeitar a indicação de Edson Fachin para o Supremo, OK: seria um ato político legítimo. Derrotar Dilma numa indicação para o Supremo causaria muito desgaste para o Governo. Mas, em vez de lutar contra Fachin, o alto-comando do PSDB foi para Nova York, prestigiar mais uma das inumeráveis homenagens a Fernando Henrique. Ou, em palavras mais duras, fugiu da raia. Só voltou à disputa para rejeitar exatamente aquilo que, se estivesse no Governo, estaria lutando para aprovar.

Como não disse o poeta Fernando Pessoa, o tucano é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que crê naquilo em que apenas mente.

SER OU NÃO SER
Isso significa que, para este colunista, a política econômica de Joaquim Levy está correta? Nem sim nem não: o colunista rivaliza com o ex-ministro Mantega no conhecimento da Economia, e não tem a menor ideia do acerto ou não das propostas de Levy. Mas sabe que a maioria do PSDB pensante não só concorda com essas propostas como pretendia aplicá-las.

E os tucanos se comportaram como aqueles atacantes dribladores, cheios de firulas: gol que é bom, nada.

VOLTA, STANISLAW!
Um dos mais brilhantes cronistas brasileiros, Stanislaw Ponte Preta (também autor do notável Samba do Crioulo Doido), clamava: "Ou restaure-se a moralidade ou todos nos locupletemos". Sérgio Porto, nome real de Stanislaw, morreu há quase 50 anos. Como faz falta!

Hoje só se locupleta quem já está locupletado.

ÓI ELES EM NÓIS
Estes números são oficiais: 1,6 milhão de pessoas em idade ativa sem emprego (fora os que desistiram de procurar ou vivem de programas de ajuda), redução do salário médio em 0,5% em abril (e 2,9% em relação a abril do ano passado), queda de 0,81% no PIB no primeiro trimestre (em 12 meses, a queda foi de 1,18%). A produção industrial caiu 5.9%. E isso antes dos cortes no orçamento.

OI NÓIS PRA ELES
1 - A Folha de S. Paulo do dia 22 entrevistou três desembargadores paulistas a respeito da aposentadoria aos 70 ou 75 anos. Os três recebem entre R$ 85 mil e R$ 105 mil mensais - embora o teto constitucional seja o salário dos ministros do Supremo, de R$ 33.700,00. Mas está tudo bom, tudo bem, tudo legal.

2 - O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, R$ 33.700,00 de salário, mais vantagens diversas: "Nós precisamos sempre de reajuste. Quem é que não precisa pagar o supermercado, já que houve um aumento do preço dos produtos?" O ministro Luiz Fux já concedeu auxílio-moradia de R$ 4.300,00 mensais a todos os juízes do país. Disse o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José Roberto Nalini: "O auxílio foi um disfarce para aumentar um pouquinho. E até para fazer com que o juiz fique um pouquinho mais animado, não tenha tanta depressão, tanta síndrome de pânico, tanto AVC".

3 - Numa medida provisória que tratava da tributação de produtos importados, a Câmara Federal incluiu e aprovou, por 273 a 184, um artigo que permite ampliar as já amplas instalações legislativas com um novo prédio (que pode ser construído por PPP, Parceria Público-Privada), novos gabinetes, novo estacionamento e um shopping center. Para que? Ótima pergunta! Coisa de R$ 1 bilhão.

4 - Mas o Brasil não é só Brasília. As extravagâncias se espalham pelo país. O vereador curitibano Chico do Uberaba, PMN, recebe R$ 15.156,70 por mês, mais carro, com direito a 200 litros mensais de gasolina, mais verba para contratar sete funcionários e dois estagiários, mais verba para selos - sim, ainda existe quem mande cartas. Acha pouco: "Estamos pagando para trabalhar".

O SOCIAL DOS PODEROSOS
O ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, que revelou o escândalo do Mensalão, casa-se dia 29, com festa num clube em Três Rios, RJ, com Ana Lúcia Novaes. Espera-se grande demonstração de força política. A deputada federal Cristiane Brasil, sua filha, está cotadíssima para a presidência do novo partido que resultará da fusão entre PTB e DEM. Jefferson cumpriu 14 meses em regime fechado na Penitenciária da Papuda, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; hoje está em prisão domiciliar. Seu mandato parlamentar foi cassado, mas ele manteve o direito à aposentadoria pela Câmara dos Deputados.
Herculano
24/05/2015 07:16
REMENDOS DERRAMAS, editorial d jornal Folha de S. Paulo

Corte de despesas divulgado pelo governo atinge uma situação emergencial; ainda falta um plano para conter gastos de forma permanente

O governo divulgou na sexta-feira (24) o Orçamento real para 2015, números mais próximos da realidade do que a fantasia de costume aprovada pelo Congresso.

Embora mais realistas, as estimativas da equipe econômica evidenciam esperanças que, no momento, parecem excessivas quanto à arrecadação de impostos.

Além disso, ainda que a intenção manifesta de conter R$ 69,9 bilhões em despesas seja de um arrojo inédito ao menos neste século, o corte de gastos deve ocorrer, e nisso não há novidade, sobretudo nos investimentos públicos - redução de cerca de 30% do valor desembolsado em 2014, a julgar pelos números anunciados.

Mais do que mau hábito, a contenção emergencial desse item crucial ressalta um problema antigo da administração pública brasileira. O gasto federal cresce há décadas em ritmo superior ao da produção de recursos para financiá-lo. Como se não bastasse, muita despesa é obrigatória e cresce à revelia do governo, de modo vegetativo.

Apesar de ainda não terem sido apresentados detalhes da nova programação financeira, o governo parece esperar um crescimento real da receita da ordem de 5%. Nos primeiros quatro meses do ano, a arrecadação caiu 2,7%.

A baixa prevista da despesa está, grosso modo, em linha com o realizado pelo governo nos primeiros meses do ano. No entanto, tais projeções lançam alguma dúvida sobre a capacidade do Executivo de poupar o que promete.

Ainda é desconhecida a reação da receita de impostos à recessão que se aprofunda. Não se conhece o efeito real da alta de tributos e do endurecimento da concessão de benefícios sociais, até porque algumas dessas medidas estão em tramitação no Congresso.

Se o corte improvisado de gastos decorre de problemas crônicos do Estado e da irresponsabilidade do primeiro governo Dilma Rousseff (PT), a correção de rumos não tem contado com a ajuda do Legislativo.

Não se pode nem se deve esperar do Congresso a mera chancela de atos do Executivo. Mas os parlamentares têm votado com descaso pela oportunidade de formular alternativas sérias ao plano do governo e com desprezo pela ideia de promover reorganização duradoura do padrão de gasto público.

Caso o ajuste proposto seja levado a cabo e caso o Congresso não solape tal esforço, o programa econômico deve ao menos estabilizar a atual situação crítica.

Feito isso, é imperativo que governo e Congresso trabalhem em planos de cortes perenes de despesas, de aumento da eficiência da máquina pública e de limitação do endividamento. O país está cansado de remendos e derramas.
Herculano
24/05/2015 07:12
DEU NO "LA TIMES": PROSPERIDADE NÃ DIMINUIU TAXA DE ASSASSINATOS NO BRASIL

Texto de Daniel Buarque. Mesmo com mais de uma década de "prosperidade'', em que a economia cresceu de forma estável, enquanto o país diminuía índices sociais de desigualdade e pobreza, o Brasil não conseguiu diminuir a violência que assola o país historicamente. Essa situação é vista como um enigma de difícil explicação segundo uma reportagem publicada nesta sexta-feira (22) pelo jornal americano "Los Angeles Times''.

A reportagem viajou para Alagoas para mostrar como vivem as pessoas mais afetadas pelos altos índices de violência no país. "Quase todo mundo na periferia de Maceió, a capital do estado mais perigoso do Brasil, tem uma história de terror para contar'', diz.

A alta taxa de homicídios do Brasil praticamente não mudou desde o ano 2000, mesmo com o crescimento econômico que tirou milhões da pobreza e reduziu as desigualdades econômicas, diz a publicação.

"O Brasil tem o maior número de assassinatos do mundo'', diz o jornal, com 64 mil mortes no ano, um número comparável aos da guerra civil na Síria. O jornal ressalta, entretanto, que números do governo brasileiro indicam um número mais baixo de mortes: 50 mil.

"Entre 2000 e 2012, o Brasil experimentou um período de relativa estabilidade e prosperidade, com melhora em quase todos os indicadores sociais. Exceto um'', diz, em referência à violência. Enquanto em 2000 a taxa de homicídios no país era de 32.2 por cada 100 mil habitantes, em 2012 ela era de 32.4.

O número assustador de homicídios vem sendo divulgado nos principais jornais internacionais desde a última semana, e isso pode reforçar no exterior uma imagem de risco e insegurança associada ao país.

Em conversas com pesquisadores estrangeiros sobre a questão da violência no Brasil, a alta taxa de homicídios não chega a ser citada como um dos estereótipos centrais do país, mas a divulgação da liderança brasileira no número de assassinatos pode pressionar uma mudança nesta imagem.
Juju do Gasparinho
23/05/2015 20:34
Postado por Polibio Braga on 5/23/2015 03:07:00 PM com 7 comentários


Prezado Herculano:

Conheça o tipo de cabeças de burros enterrados nos dois lados da Ponte de Laguna - jornalista Políbio Braga:

"Prometida para maio, ainda não há data certa para a entrega da ponte Anita Garibaldi, Laguna. A ponte passa por cima da Lagoa do Imarauí. É onde ocorrem os mais monumentais engarrafamentos durante o verão. A obra é da Camargo Correia. O que se sabe é que as duas pontas não se ligam à terra firme. E a Camargo Correia informa que o governo deve R$ 60 milhões pelas obras finais, não paga, e por isto não leva. Há cabeças de burro enterradas nos dois lados da ponte".

Herculano, esta estória não lembra a Ponte do Vale do Zuchi?
Casinha de Plástico
23/05/2015 20:21
Sr. Herculano:

Pelo comentário do Roberto Sombrio sobre o PROCON, mostra que ele já foi "apresentado" ao Pedrobó que lá atende.
Arara Palradora
23/05/2015 20:18
Querido, Blogueiro!

Quando o prefeito Zuchi vai à Brasília passar o chapeu, elle pede emprestado aquele de lã que o vereador Jaime usa no inverno?

Comentário na festa dos bombachinhas.
O prefeito Zuchi não prestigiou a festa do cavalo porque prefere ir à Brasília tirar leite da vaca.

Vaca mocha dá leite?

Voeeeiii...!!!
João João Filho de João
23/05/2015 20:12
Sr. Herculano:

Tweets

@coroneldoblog
"O duro recado da indústria para Dilma, quem sabe ligar as máquinas também sabe desligá-la".

@Blusette22
"Pobre Rio, não satisfeito em ter sido contemplado anos a fio com governantes de merda, agora Tarso Genro ameaça se meter aqui.
Fora, bostão!"

Dizer que esses vagabundos não se enxergam... ô raça!!
Mariazinha
23/05/2015 20:04
Seu Herculano:

Então quer dizer que o PAC da gorda morreu?
Deve ter morrido por "falência múltipla dos órgãos".
A sociopata nem sabe porque vive.

A vaca tossiu e o Levy pegou gripe ...

Bye, bye!
Pedro Paulo
23/05/2015 18:04
sr. herculano, meu guri!

O que a que se diz sua leitora está reclamando? Insaciável? Ui, ui, ui

As notícias e comentários nacionais, são na verdade e na minha modesta opinião, o retrato da miséria do PT Gaspar, que aflige, infligi e que continua enganando todos nós. É um bando, uma seita, uma praga...

Será que ela, a leitora, está incomodada com isto - o de desmascarar o bando, a seita, a praga - e joga para lhe constranger? Continue assim.

O PT daqui, é o retrato da falácia e sacanagens - como escreve o senhor - do PT nacional e de Blumenau - como também escreve o senhor - é o que verdadeiramente manda e manipula o daqui, mas que lá já não consegue mais enganar ninguém, tanto que a Ana Paula nem chegou ao segundo turno.

Ademais, a leitora pode apontar, qual o colunista ou canal de comunicação de e em Gaspar que com coragem e credibilidade - e sou testemunha de vários fatos - mais coloca o dedo na ferida dessa gente do PT e outros políticos metidos a bestas por aqui?

Não precisamos ir longe: na coluna que está no jornal de sexta-feira, qual é o assunto nacional que o sr. abordou? Um deles está em três pequenas notas e que diz que nem os amigos que fomentaram a campanha do PT nos últimos tempos, acreditam que o partido tenha capacidade de eleger o próximo prefeito e de que a bancada de vereadores correr um sério risco de se ver diminuída à metade.

Quem escreveu em Gaspar sobre esta de tirar o Dia das Mães do calendário de comemorações nas escolas com tanta clareza e contundência como o senhor e mostrando a manobra do PT para lavar o cérebro das nossas crianças e intimidar os seu pais a não serem mis pais?

Custa-me crer que a leitora não tenha percebido isto.

Ou ela está irritada, enciumada em ver o sr projetar pessoas como a dra Chimelli e o dr. Henrique, que não são daqui, mas cuidam de nós como se a cidade fosse também parte deles? Se não fosse os dois nossos promotores, Gaspar já estaria arrasada. Podes me crer.

Então dos três temas principais abordados na sua coluna, nenhum deles foi de fora. Foram todos gasparenes. E ninguém, por medo, incapacidade e para não perder a verbinha, uma esmola, pública, dinheiro dos nossos impostos teve coragem de abordar até agora.

Numa coisa eu concordo com a leitora. Falta ao sr. mais espaço no jornal, e falta-lhe um concorrente de peso e com independência para ser mais incisivo e pesquisador do que o sr. já é.

Os gasparenses, como eu, somos gratos, por abrir nossos olhos. Desculpe-me o meu desabafo. Fique livre para publicá-lo. Obrigado
Herculano
23/05/2015 16:54
da série: quem pede o exemplo dos outros, fiscaliza e denuncia de forma continuada, faz pior

TRE REJEITA CONTAS DA CAMPANHA DO VANDERLEIZÃO. ENTENDA, por Carlos Tonet

O Tribunal Regional Eleitoral rejeitou a prestação de contas do vereador Vanderlei de Oliveira [ex-presidente da Câmara de Blumenau] referente à sua campanha para deputado estadual pelo PT em 2014.

A decisão foi unânime.

O acórdão foi publicado no último dia 14/05/15, assinado pelo juiz relator Antônio Monteiro do Rêgo Rocha.

A rejeição das contas foi pedida pelo Ministério Público Eleitoral, através de parecer assinado pelo procurador regional eleitoral André Stefani Bertuol, em 09/03/15.

Entre os itens apresentados em denúncia do Ministério Público Eleitoral, estão:
1.Omissão de lançamentos de gastos.
2.Ausência de registros de despesas.
3.Divergência entre dados de doadores.
4.Devolução de cheque sem fundos no valor de R$ 592,85, cujo destino final não foi explicado.
5.Despesas de R$ 12.908,22 não comprovadas por notas fiscais.
6.Falta de comprovação fiscal idônea referente a oito despesas, cujos montantes totalizam R$ 49.931,66.
7.Ausência de recibos eleitorais referentes a doze doações que somam R$ 77.000,00.
8.No total, o MP apurou um total de R$ 54.481,66 em valores não comprovados de modo regular pelo candidato.

Não sei o que vai acontecer daqui pra diante.

Se eu souber de alguma coisa, aviso.

Quem tiver a curiosidade mórbida de ver detalhes do troço, acessando inclusive a lista de doadores do Vanderlei e os respectivos valores que a turma doou, pode se divertir acessando o site do TRE, consultando o Número Único 126914.2014.624.0000
Herculano
23/05/2015 16:49
BLUMENAU?

Está no portal do jornal Cruzeiro do Vale. "O autor do crime, um jovem de 17 anos, foi levado à Central de Polícia de Blumenau, onde deu sua versão dos fatos e deve ficar à disposição da Justiça"

O crime foi no Belchior Baixo, na Rua Vidal Flávio Dias. Quem afinal tem a jurisdição sobre este assunto? Blumenau ou Gaspar?
Herculano
23/05/2015 16:46
A LEITORA...

Quais são as informações ou comentários que você está sentindo falta? Esta coluna é colaborativa. Obrigado pelas suas observações. Aguardo suas dicas.
Herculano
23/05/2015 16:42
O GOVERNADOR RAIMUNDO COLOMBO, PSD, TEM O DIAGÓSTICO, MAS NÃO SABE COMO SAIR DA TEIA ONDE ESTÁ METIDO

Do governador Raimundo Colombo durante entrega da Medalha do Merito Industrial na Fiesc: 1. "O custo do Estado Brasileiro é incompatível com a realidade"; 2. "O maior problema é a burocracia. Tem órgãos de controle demais para não deixar fazer; 3. "A crise vai aumentar. Precisamos mudar o modelo com participação e consciência"; 4. "Estado que custa menos é mais justo com população".

Então faltou ele dizer aos empresários e aos catarinenses informados minimamente, que sentem na pele diariamente o diagnóstico óbvio que proferiu, o que ele fez no seu governo para nos livrar do custo incompatível que não é só da esfera Federal, mas estadual principalmente; da máquina burocrática que não é apenas Federal, mas é estadual; o que fez para mudar a consciência e ter um governo inchado e inoperante, a começar pelas tais secretaria de desenvolvimento Regionais; passando pela prisão que o torna refém do PMDB e da Assembleia; e a segurança pública que nos deixa exposto ao banditismo?
Leitora
23/05/2015 16:25
Sr Herculano....

Percebo que nas últimas semanas suas publicações quase não expõe assuntos relacionados à nossa cidade... Você vem focando em assuntos relacionados ao governo federal...
Como Leitora assídua de sua coluna, venho sentindo falta de seus comentários sobre o cenário político municipal.
Estamos tão saturados do assunto Dilma, Lula e sua tropa de ladrões, que nada que seja relacionado a eles é novidade...
Não me leve a mau, falo isso porque gosto de ler sua coluna, e nesses ultimos tempos venho me sentindo desistimulada...
Espero ter contribuido... Obrigada
Herculano
23/05/2015 15:34
LULA FALTA AO ENCONTRO DO PT. DIZER O QUÊ?, por Reinaldo Azevedo

As coisas não andam boas para os companheiros. Definitivamente, não! Estava prevista a participação de Lula na abertura do Congresso Estadual do PT [SãoPaulo]. Ele desistiu.

Oficialmente, não foi ao evento porque esta sexta marca o aniversário de casamento com Marisa Letícia. Então tá. Eu tinha entendido que o Babalorixá de Banania não dava bola a certas formalidades desde quando decidiu levar Rosemary Noronha, sua amiga íntima, a viagens internacionais - se Marisa não fosse, é claro! Parece que elas têm certas divergências, ou convergências, de gosto, sei lá.

Quem sou eu para duvidar, não é? Mas é estranho que Lula falte a um encontro estadual do partido por uma questão, digamos, "burguesa" como essa.

A verdade é que se juntaram a fome com a vontade de comer. Dos mil militantes previstos, não mais de 500 estavam presentes. Era um mico. Mais: num dia como esta sexta, ele teria de falar sobre o corte no Orçamento feito por Dilma Rousseff. Dizer o quê: "Olhem aqui, companheiros, chegou a hora de a gente administrar uma recessão".

Poderia, como alternativa, largar o braço na companheira. Aí seria abrir guerra aberta. E ele anda sabotando a sua aliada pelas beiradas?
Herculano
23/05/2015 15:22
SE LEVI SAIR, DILMA CAI, por Reynaldo Rocha

Não faço parte do time do "quanto pior, melhor". Já fiz. Quando era petista (sim, confesso que fui), a torcida era pelo desastre que aceleraria a queda do ?inimigo?. Celebrávamos a tragédia sofrida por terceiros desde que pudesse apressar a derrota de quem deveria ser somente adversário, mas se transformava em inimigo pela nossa visão distorcida. Foi essa uma das causas do meu afastamento. E da minha repulsa pelo que o PT hoje é.

O mercado mundial confia em Dilma? Não, obviamente. A escolha feita por Dilma no primeiro mandato - Guido Mantega - foi motivo de piadas internacionais. O mínimo que se dizia dele é que, caso indicasse o caminho da esquerda, ficaria claro que o correto era o outro. A revista The Economist rotulou de "100% Man" o brasileiro que errava 100% das previsões. E o mundo sabia que Mantega, um fantoche de Dilma, dizia ou fazia o que a chefe mandava.

É Joaquim Levy quem segura a credibilidade do Brasil. É ele quem tem impedido a perda do grau de investimento, etapa que antecede o desastre completo. Hoje, o ministro da Fazenda se recusou a participar da cerimônia que anunciou os cortes orçamentários de 2015. Levy exigia 80 bilhões. Foram 70. Levy alegou ter sido surpreendido por uma gripe para justificar a ausência.

Recado dado, recado entendido por todos. Na véspera, o senador Lindbergh Farias, do PT do RJ, exigiu a demissão de Levy. Ainda não descobriu que isso resultaria na completa perda de credibilidade. O famoso tiro no pé. Receio que Joaquim Levy já esteja cansado das farsas e desculpas inseparáveis do estilo do governo federal.

Se Levy sair, Dilma cairá. Simples assim. Ela odeia Levy. E Levy não tem qualquer simpatia pela presidente. Ambos apenas se suportam. Dilma faz isso para manter-se no poder mantido por um estelionato eleitoral. Levy tenta colocar em prática, coerentemente, o que aprendeu e ensinou.

Na visão de Nelson Barbosa, ministro do Planejamento e bobo da corte da hora, a situação está sob controle. Os cortes, garantiu, preservam tudo. Se é assim, cabe a pergunta: cortar para quê? O relevante nisso tudo é o que não foi dito. E a ausência de quem deveria estar lá para dizer.
Herculano
23/05/2015 15:17
GRITOS DE "FORA LEVY", QUE NÃO É PETISTA, MAS QUE O GOVERNO TEVE QUE BUSCÁ-LO POR FALTA DE COMPETENTES E PRINCIPALMENTE CREDIBILDIADE E NÃO "FORA A CORRUPÇÃO", "FORA A INFLAÇÃO", "FORA MENTIROSOS", "FORA ...", MARCARAM A ABERTURA DO CONGRESSO ESTADUAL DO PT EM SÃO PAULO

Conteúdo do jornal Folha de S.Paulo. Texto de Bela Megale. Foi em meio a gritos de "Fora Levy" e com metade das mil cadeiras dispostas na quadra dos bancários vazia que começou o Congresso Estadual do PT de São Paulo, realizado na noite de sexta-feira (22) na capital. Entre os militantes também circulava um abaixo-assinado com o título "Não ao Plano Levy", condenando as medidas do ajuste fiscal realizado pelo Ministro da Fazenda Joaquim Levy.

Emídio de Souza, presidente do PT de São Paulo minimizou as manifestações: "Ninguém está feliz com o ajuste. Não temos prazer nenhum em fazê-lo. Mas é necessário para podermos viver um novo ciclo econômico."

Na sua fala para os militantes, Emídio criticou a maneira como a senadora Marta Suplicy conduziu sua desfiliação do partido e anunciou que na próxima semana entrará com uma medida judicial para reivindicar a vaga no Senado. "Ela atacou covardemente o partido que a abrigou. Ao longo de 35 anos muitos tentaram deixar o PT para fazer algo maior e nunca conseguiram".

O presidente da sigla no estado também destacou a importância do partido se diferenciar do governo Dilma Rousseff. "Nós entendemos o nosso governo, mas nosso governo tem que entender nosso partido. A conjuntura mudou e exige que demos respostas imediatas à crise que atingiu o projeto (de governo) do PT", enfatizou.

O presidente nacional do PT Rui Falcão encerrou a abertura do Congresso comemorando 15 mil novos filiados que a legenda conquistou nos últimos cinco meses e criticando a oposição. "No nosso governo a corrupção não foi acobertada como no do PSDB. A começar pela compra da reeleição de uma pessoa que hoje vai a televisão posar de campeão da moralidade", disse, referindo-se ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Rui Falcão também saiu em defesa do ex-tesoureiro João Vaccari Neto, preso em abril e acusado de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. "João Vaccari é vítima de delação premiada sem prova material."

A etapa paulista do Congresso do PT acontece na sexta-feira (22) e no sábado (23) na capital. O encontro alinhará a postura dos dirigentes locais sobre os temas que serão debatidos no 5º Congresso Nacional do PT, marcado para junho, em Salvador.
Herculano
23/05/2015 14:11
QUANDO UM PRESIDENTE NÃO LIDERA, CONGRESSO OCUPA ESPAÇO, AFIRMA O EX-PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Conteúdo do jornal Folha de S.Paulo e será tema da edição deste domingo. Texto de Flávia Foreque, da sucursal de Brasília. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que "falta comando" ao governo da presidente Dilma Rousseff e disse que, num cenário como esse, o Congresso tende a "ocupar espaço".

"Falta comando e ao mesmo tempo quem vai exercer comando não tem condições adequadas para isso, porque os partidos não estão organizados, como no parlamentarismo, pra constituir maiorias estáveis no Congresso", afirmou neste sábado (23), após fazer uma palestra para estudantes universitários em Brasília.

Em seguida, fez uma crítica direta à Dilma: "A presidente delegou negociação política ao vice-presidente [Michel Temer], que é do PMDB. E a negociação econômica ao [ministro da Fazenda, Joaquim] Levy, que é do mercado. Fica difícil saber como é que você vai compor esse quadro todo mais tarde".

O Palácio do Planalto e o Congresso tiveram atritos sucessivos desde o início do ano. As propostas que compõem o ajuste fiscal enfrentaram resistência de senadores e deputados da própria base do governo e forma modificadas ao longo da tramitação.

"Para fazer qualquer coisa, precisa de liderança. Ninguém muda nada sem liderança e o Congresso percebe isso logo, quem lidera e quem não lidera. E quando o presidente não lidera, o Congresso ocupa espaço", disse Fernando Henrique, ao comentar que hoje a relação entre congressistas e Executivo tem como foco obter "um pedaço do orçamento".

Cardoso foi questionado ainda sobre o corte de R$ 69,9 bilhões feito pelo governo no orçamento deste ano e argumentou que essa redução de despesas foi resultado da própria má gestão do atual governo.
Herculano
23/05/2015 09:31
A DIFERENÇA

Manchete do Jornal de Santa Catarina: Audiência pública sobre Plano de Mobilidade Urbana não atrai público em Blumenau. O evento marcou a última oportunidade dos cidadãos contribuírem de alguma forma com o plano.

Esta é a diferença entre Blumenau, governada pelo PSDB, onde o PT exerce uma dura e continuada fiscalização, e que é corretíssimo, e Gaspar, onde o PT governa, do Plano ninguém sabe, ninguém se interessa pois as entidades estão todas aparelhadas pelo PT e não há condições para qualquer exercício de fiscalização e os partidos são arremedos de instituições, comadres por interesses de particulares.

Do Plano de Mobilidade de Gaspar só se sabe ele que veio com muitos defeitos da secretaria de Planejamento e da Procuradoria geral do município, que foi devolvido para remendos mínimos e óbvios, que se quer aprovar a toque de caixa na Câmara de Gaspar.

D povo? O PT de Gaspar - e o PT de um modo em geral - só quer os votos, os impostos, o trânsito caótico, o silêncio e à falta de acessibilidade.

E quem vai decidir sobre algo tão importante, o Plano de Mobilidade de Gaspar? Meia dúzia de vereadores, que não entendem do assunto, e sem condições técnicas e sem ouvir o povo, desorganizado aqui de propósito pelo PT de Blumenau - o mesmo que fiscaliza corretamente os outros lá -e que manda no PT de Gaspar, mas que aqui intimida, ameaça, trama e cala quem o questiona nos seus erros e autoritarismo.

E ainda tem pressa para aprovar algo embrulhado e essncialpara a cidade, cidadãos. Se não for aprovado com erros, incongruências técnicas e para servir interesses de poucos, avisam que se perderão as verbas federais

Verbas federais? Elas já estão contingenciadas pelo governo do PT de Dilma Vana Rousseff para tapar o rombo dos roubos, corrupção e incapacidade de governar controlando as contas públicas. O atraso do projeto, cheio de erros, mostra que a mobilidade urbana nunca foi prioridade por aqui e para o governo de Pedro Celso Zuchi e para o PT onde ele é governo. Acorda, Gaspar!

Herculano
23/05/2015 09:14
da série: um partido sem ética, moral e o menor pudor; oportunista e velhaco pelo poder e destruir a dignidade de uma nação.O que afasta da dita base social que enganou para chegar e se manter no poder, é a roubalheira, a corrupção, a incoerência, a incompetência, as perseguições, o aparelhamento para poucos, a instrumentalização calhorda e a mentira deslavada que não engana mais ninguém, a não ser fanáticos e os que mamam no esquema.

PT-SP INSINUA QUE NÃO TROCARÁ AS RUAS POR DILMA, Josias de Souza

A comissão Executiva do diretório do PT no Estado de São Paulo, berço da legenda, divulgou um manifesto no qual insinua que o apoio à gestão de Dilma Rousseff não é incondicional: "Nossa defesa do governo que elegemos não pode nos afastar das ruas e dos movimentos sociais", anota o documento, divulgado nesta sexta-feira, mesmo dia em que foi anunciado em Brasília o corte de R$ 69,9 bilhões no Orçamento da União para 2015.

Em seu manifesto, o PT paulista toma distância do ajuste fiscal de Dilma. "Apesar de necessário", diz o texto a certa altura, "o ajuste não foi pactuado com a sociedade, especialmente com as centrais sindicais, como deveria." A legenda sustenta que "a base social" do partido, que teve "um protagonismo decisivo" na cruzada que levou Dilma à reeleição, foi tomada de "perplexidade" diante da "agenda negativa".

As primeiras medidas adotadas por Dilma, escreve o PT de São Paulo, "frustraram as expectativas" e "arrefeceram toda a energia" extraída das urnas. Tomados pelas palavras, os petistas do Estado em que militam Lula e Rui Falcão, presidente nacional da legenda, avaliam que o partido está acima das conveniências de Dilma. "Entendemos as razões do governo, mas o governo tem que entender as razões do PT", afirma o documento. "A agenda do governo não pode paralisar o PT", diz noutro trecho.

No pedaço mais constrangedor para Dilma, o manifesto do PT de São Paulo compara a presidência dela com o período em que Lula deu as cartas no Planalto. "Nossos problemas atuais não podem ser atribuídos apenas à nossa chegada ao poder com Lula em 2002. [?] Nossa primeira década no governo mostrou ao Brasil uma agenda de crescimento e conquistas, de alargamento da avenida de direitos e de protagonismo na defesa dos mais pobres."

Nessa fase, prossegue o manifesto, "a agenda do PT se via espelhada na agenda do governo." Não é o que sucede agora, no alvorecer do segundo mandato de Dilma. "A agenda do governo nos últimos meses, em que pese suas razões, se distancia do que o PT sempre representou e do que sua base social aspira"
?O que o petismo paulista diz no seu documento, com outras palavras, é o seguinte: o governo Dilma descolou-se do PT. E vice-versa.

O manifesto foi elaborado para orientar os delegados que o PT de São Paulo enviará ao 5º Congresso do partido, em junho, na cidade de Salvador. Na noite desta sexta-feira, realizou-se a etapa estadual do congresso. Lula seria a grande estrela do encontro. Porém, ele cancelou sua participação na última hora, para desassossego da militância petista, que ansiava por ouvi-lo discursar. Lula viajara mais cedo para Brasília, onde participou de uma reunião com Dilma e ministros do PT. Alegou cansaço. Lula recusando microfone é coisa nunca antes vista na história desse país.

O documento do PT paulista lembra que o Congresso partidário de Salvador não foi convocado para discutir temas conjunturais. Mas sustenta que a realidade impõe uma mudança de curso. "Está evidente que a gravidade do momento atual sobre a trajetória e o futuro do PT nos impede de fazer uma discussão de natureza apenas filosófica. A agenda do presente exige respostas imediatas e contundentes das nossas direções e de nossa militância."
Herculano
23/05/2015 09:06
PENSANDO BEM

O PT só enxerga oposição no PSDB e o valoriza demais. É uma doença psicológica (ou psiquiátrica?) grave.

Agora, o partido ameaça ir à Justiça contra o programa político na TV do PSDB lançado na terça-feira passada e que teceu criticas severas contra o PT e o governo de Dilma Vana Roussef, a mentirosa. Sobre o PTB, na quinta-feira, de mesmo tema e conteúdo bem mais claro, direto e contundente não falou até o momento.
Herculano
23/05/2015 09:02
MALAFAIA DIZ QUE PT É O CULPADO POR ESCÂNDALOS. PASTOR REBATEU PIADA DE LULA SOBRE EVANGÉLICOS.

Conteúdo do jornal Folha de S.Paulo. O pastor Silas Malafaia, líder da igreja pentecostal Assembleia de Deus Vitória em Cristo, respondeu nesta sexta (22) a um comentário do ex-presidente Lula que ironizava oradores evangélicos.

Em vídeo divulgado na internet, Malafaia comentou os escândalos do mensalão e da Petrobras, disse que Lula "não entende nada de igreja evangélica", acusou o PT de cometer estelionato eleitoral e criticou a política econômica do governo.

"Lula, que tal você falar toda a verdade e deixar de enganar o povo brasileiro, que você sempre soube dessa roubalheira e dessa cachorrada e dessa safadeza do seu partido", disse.

O petista havia afirmado, na quarta (20), que pastores gostavam de responsabilizar a figura do diabo pelas coisas ruins que acontecem.

"Você está desempregado? É o diabo. Você está doente? É o diabo. Roubaram o seu carro? É o diabo", afirmou a uma plateia de trabalhadores e sindicalistas.

Em resposta, Malafaia disse que não tira das pessoas a responsabilidade pelas suas ações. "Por exemplo: o mensalão não foi o diabo, não; foi o PT. A roubalheira escandalosa da Petrobras não é o diabo não, é o teu partido, é o PT", afirmou o líder religioso.

Procurado, o Instituto Lula não quis comentar o caso.

[o vídeo do Pastor Silas Malafaia, você pode assisti-lo colando este endereço do site do pastor https://www.youtube.com/watch?v=R70-lVXQbfI ]
Herculano
23/05/2015 08:57
TEMER TENTA SEGURAR PDT NO GOVERNO COM CARGOS, por Claudio Humberto na coluna que publicou hoje

Em reunião com pedetistas, o vice-presidente Michel Temer garantiu que Manoel Dias continuará à frente do Ministério do Trabalho. Ele informou que foram "superadas as arestas" causadas pela posição do PDT contra as medidas provisórias do ajuste fiscal, que arrocha direitos trabalhistas. Temer, que é único e último articulador do governo, tentou acalmar o ânimos com a lorota de que que Dilma "nunca cogitou" retirar o ministério do PDT. Muitos deputados não acreditaram na conversa.

Sempre ele
Deputados pedetistas e de outros partidos aliados do governo atribuem ao ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) a posição contra as MPs.

Mais recursos
Temer prometeu adiar o prazo para que os municípios executem emendas. A liberação de recursos acontecerá ainda em maio, disse.

Mais cargos
Na reunião, o PDT reivindicou novos cargos, alegando que ocupa apenas uma das quatro secretarias do Ministério do Trabalho.

Oposição
Temer acalmou os ânimos dos deputados, mas Cristovam Buarque (PDT-DF) e Reguffe (PDT-DF) continuam defendendo a saída da base.

Embraer e Odebrecht são 90% do BNDES lá fora
A Embraer e a Odebrecht, empreiteira preferida do PT, receberam mais de 90% de toda a grana investida no exterior pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2014. De acordo com as planilhas de desembolso pós-embarque, quando o serviço é realizado no exterior, a estatal da aviação levou mais de US$ 1 bilhão, enquanto a empreiteira baiana faturou pouco mais de US$ 848 milhões.

Anos dourados
Durante o primeiro mandato de Dilma, a Odebrecht liderou os aportes do BNDES: US$ 4,1 bilhões contra US$ 3,7 bilhões da Embraer

Velhas conhecidas
Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa figuram no Top 10 das empresas mais queridas pelo BNDES no governo Dilma I.

Só lá fora
Os valores não englobam a grana liberada para obras no Brasil, como o R$ 1,1 bilhão que a Odebrecht levou em 2014 pelo estaleiro nuclear.

Privado, pero no mucho
Os fundos Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa) e Petros (Petrobras), além do BNDESpar, somam 61,5% da Vale, e não apenas 52,5%. Os fundos são de direito privado, mas como seus dirigentes são escolhidos pelo governo, na prática a Vale é controlada pelo governo petista.

Censura patronal
A TV Brasil, do governo, foi proibida de transmitir ao vivo o anúncio dos cortes do governo. Por quê? "Notícia negativa não pode", explicaram. Como se fizesse diferença. E como se existissem notícias positivas.

Dá-lhe distritão
O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) prevê que apenas o "distritão", apoiado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), passará na reforma política. Segundo Bruno, até a oposição deve apoiar a criação do "distritão".

Censura
Senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) ironizou o PT por recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral contra propaganda tucana em televisão: "A verdade dói, e o PT não esconde o incômodo com as verdades".

Missão impossível
O líder do PSB no Senado, João Capiberibe (AP), considera difícil a fusão entre o partido e o PPS. "No fundo, está tudo travado", afirma. Os socialistas não querem abrir muito espaço para membros do PPS.

Doce ilusão
A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) levou ao governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), proposta para melhoria na acessibilidade em Brasília. Vai esperar muito até ver suas propostas implementadas.

Oposição ou governo?
Em busca de identidade, o Partido Socialista Brasileiro vem dizendo que estará "na oposição de tucanos e petistas". Mas, na verdade, vem ajudando o governo, especialmente nas votações do ajuste fiscal.

Off-line
O perfil no Twitter do ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR) foi cancelado. Mesmo preso, uma mensagem de "olá" foi publicada no perfil e rendeu uma batida da Polícia Federal na cela do detento.

Pensando bem...
... ao vetar emenda que quebra sigilo em empréstimos do BNDES, Dilma aliviou muitos empreiteiros insones
Herculano
23/05/2015 08:37
O GOVERNO DA MENTIRA, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo para o jornal Folha de S.Paulo

A manutenção do fantasma de Dilma no Planalto exige que a vida política do país se transforme numa farsa

A Mentira Original contamina o governo de Dilma Rousseff, gangrenando suas bases políticas e ameaçando destruir o ajuste fiscal. Quarta-feira, seis senadores de partidos governistas, inclusive dois petistas, endossaram um manifesto assinado pela CUT, pelo MST e por diversas lideranças do PT contra as medidas provisórias 664 e 665. Tudo indica que, mais uma vez, o destino do ajuste depende do "patriotismo" de parlamentares da oposição. Previsivelmente, a crise do lulopetismo assume a forma de uma crise geral da gramática política brasileira.

Dilma reelegeu-se aplicando um golpe na democracia que foi apropriadamente batizado como estelionato eleitoral. Ela fraudou o pleito, prometendo aos eleitores que não seguiria o curso da austeridade fiscal. Mais: num paroxismo de desonestidade política, acusou Marina Silva e Aécio Neves de urdirem as "medidas amargas" que adotaria no dia seguinte à posse. O cisma na sua base é fruto direto da Mentira Original. Por que os defensores da desastrosa política econômica de Dilma 1 deveriam acompanhar o cavalo-de-pau de Dilma 2?

Os eleitores decifraram a fraude. As imensas manifestações populares de março, que refletiam a retração catastrófica dos índices de popularidade da presidente, indicaram um caminho. Dilma só governaria se acertasse as contas com a Mentira Original, renunciando à sua própria herança para começar de novo. A legitimidade de Dilma 2 dependia de uma ruptura com o lulopetismo, por meio da formação de um governo transitório de perfil técnico. No lugar disso, a presidente decidiu persistir na mentira. O custo inicial da opção expressou-se pela transferência das chaves do poder para Joaquim Levy, na economia, e para o triunvirato Temer/Renan/Cunha, na política. Mas o custo integral é maior: a manutenção do fantasma de Dilma no Planalto exige que toda a vida política do país se transforme numa farsa.

Farsa, parte um. O PT comporta-se como partido de oposição sem abdicar de seu lugar no núcleo do governo. As impressões digitais de Lula estão no manifesto dos governistas oposicionistas, assinado por inúmeras figuras que só operam com seu tácito consentimento. "Não estamos contra a presidente Dilma, mas contra a política econômica do governo", esclareceu o senador Paulo Paim, um dos signatários da peça farsesca. Dilma não tem os meios para enquadrar o PT: a mentira converteu-se na jangada que a mantém à tona.

Farsa, parte dois. As dissidências na oposição transformam-se na aposta principal do governo para a aprovação de um arremedo do ajuste fiscal. Na Câmara, parte da bancada do DEM já ofereceu seus votos para a MP 665. Os supostos oposicionistas, em vias de fusão com o PTB, invocaram os "interesses da pátria" para camuflar sua trajetória de adesão a um governo que sobrevive às custas da repartição dos despojos da máquina pública.

A neblina da dupla farsa embaça os olhares. O colunista Hélio Schwartsman acusou o PSDB de "oportunismo" por não respaldar a "agenda de Joaquim Levy", como se o esparadrapo que Dilma 2 tenta aplicar sobre a ferida hemorrágica de Dilma 1 equivalesse a um programa consistente de reformas econômicas. Na gramática da crise do lulopetismo, o mundo foi virado pelo avesso. Segundo a lógica pervertida da Mentira Original, o governo aprovaria suas medidas impopulares com os votos da oposição --e sob cerrado bombardeio do PT. Há meio melhor de chamar os eleitores de palhaços?

O pouco que resta do ajuste fiscal não salvará as contas públicas. Mas já dissolveu a linguagem política no caldo da ininteligibilidade. Ponto para Lula.

MEA CULPA
Escrevi, aqui (16/5), que nenhum senador interpelou Fachin sobre a fonte das leis. Aloysio Nunes, entretanto, fez a pergunta fatal. Fachin respondeu-lhe renegando suas convicções. Farsa: seu "triunfo" é a forma mais desonrosa da derrota.
Herculano
23/05/2015 08:35
REGISTRO

O empresário, presidente do DEM em Gaspar e liderança da região da Lagoa, Luiz Nagel, aniversaria hoje
Herculano
23/05/2015 08:33
ONDE ESTÁ LEVY? por Renato Andrade para o jornal Folha de S. Paulo

Joaquim Levy chegou ao governo Dilma com a responsabilidade de resgatar a credibilidade da política econômica, debilitada por anos de avanço forte dos gastos e manobras promovidas por seu antecessor para esconder a complicada situação das contas públicas.

Nos últimos meses, o ministro defendeu com vigor sua proposta de ajuste das despesas e receitas federais, criticou políticas adotadas no primeiro mandato da presidente e negociou diretamente com deputados e senadores o pacote de medidas que, segundo sua avaliação, permitirá reequilibrar as finanças e recolocar a economia do país nos eixos.

Apesar de todo esses esforço, coube apenas ao ministro Nelson Barbosa (Planejamento) explicar, na tarde desta sexta-feira, os cortes que o governo fará no Orçamento deste ano.

A falta do principal artífice da política econômica do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff não passou despercebida por ninguém.

Barbosa procurou, de imediato, demonstrar que a ausência não era sinal de atrito ou divergência entre os integrantes da equipe econômica. Disse que Levy não estava presente por um "problema de agenda" e fechou a explicação de maneira primorosa: o colega estava resfriado.

Difícil acreditar que o ministro da Fazenda tivesse qualquer outro compromisso mais importante no dia de ontem que o impedisse de participar da apresentação de parte tão vital de seu plano de recuperação das contas federais. E mesmo que estivesse gripado, quem conhece Levy sabe que o resfriado não o deixaria de fora.

A ausência do ministro representa um recado claro de insatisfação. Por mais robusta que pareça a tesourada anunciada, Levy queria mais. E queria porque sabe que o Congresso desfigurou as medidas desenhadas pela Fazenda para reduzir parte das despesas deste ano. Agora, para entregar o que prometeu, Levy terá que aumentar o volume de dinheiro em caixa, tarefa nada simples diante do clima político no planalto central.
sidnei luis reinert
23/05/2015 06:50
O grupo que inventou uma estatal e deu o golpe na Praça dos três Poderes
A Polícia Federal investiga uma turma de golpistas, entre eles um político petista, que inventou uma autarquia, deu prejuízo a investidores e enganou até o ex-presidente da Câmara dos EUA

A página 161 do Diário Oficial da União de 15 de maio de 2012 anunciava um projeto ambicioso: a fabricação de lâmpadas LED para instalação em 5.566 cidades do país. Ao custo de R$ 3,7 bilhões, o tal projeto fazia parte do pomposo Programa Governamental Brasileiro de Modernização e Racionalização da Iluminação Pública. O Diário Oficial informava que a contratação ficaria a cargo da Agência Pública Nacional de Infraestrutura e Tecnologia, ou Proinfra. Na terra da burocracia, um troço chamado Proinfra não poderia ser empulhação. Com sede próxima à Esplanada dos Ministérios, a Proinfra tinha nome de estatal, site de estatal, brasão de estatal, jeito de estatal ? mas não era estatal. Era uma invenção de espertalhões para dar golpes na Praça dos Três Poderes.
Quem tramou o embuste? O obscuro empresário pernambucano Roberto Oliveira, que escalou como ?diretor-geral? o petista Carlos Rigonato, um ex-candidato a deputado federal no Paraná.

http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/05/o-grupo-que-inventou-uma-estatal-e-deu-o-golpe-na-praca-dos-tres-poderes.html
Roberto Sombrio
23/05/2015 00:06
Oi, Herculano.

O governo Chinês diz que irá investir US$ 53 bilhões no Brasil. Mais uma para os idiotas acreditarem. Vieram ao Brasil e perante a mídia pateta, assinaram vários papéis com a segunda maior ladra deste país Dilma (Lula é o primeiro maior ladrão deste país), cuja única finalidade é tentar passar ao mundo que o governo brasileiro ainda tem credibilidade. Mais uma jogada do governo bandido do PT para tentar limpar sua imagem mais do que cagada.

E o malandro e vagabundo Lula, que agora sai pelo Brasil afora a desfazer o governo de Dilma. É tão idiota (já disse que é o maior burro deste país), que agora confessa e assina embaixo, comprovando sua incompetência, quando afirmou em 2009 que Dilma era a pessoa certa para assumir a presidência do Brasil. Dizia ser a mãe do PAC e o povo mais idiota ainda votou, se esquecendo que o PT não acredita em mãe.

Hoje Dilma anunciou o maior corte de verbas para o seu segundo mandato.
R$ 69,9 bilhões e Zuchi vai à Brasília participar da Marcha dos prefeitos. É bom ir daqui à Brasília de joelhos, rezando e com vela acesa. Vai ter que deixar muito sangue no caminho, já que nem pagando promessa vai tirar leite da vaca (aquela que tossiu). Antes do anúcio desse corte de verbas já esteve lá e ouviu um sonoro NÃO. Tem quem ainda sonha, mas Zuchi se esquece que já roubaram tudo e só os grandes levaram a grana. Zuchi não sabe que é um daqueles do partido que fica à sombra dos chefões e só serve para iludir a miuçalha a participar desse sonho patético.

O Procon de Gaspar vai ao Belchior.
Para que se o Procon não resolve nenhum dos assuntos solicitados? Nem mesmo levantam o fone para discutir qualquer questão com as lojas da cidade ou com as Operadoras de telefonia. É difícil tirar a bunda das cadeiras a não ser para tomar água ou cafézinho.

Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a prefeitura de gaspar vai ter que continuar ajudando os abrigos de animais da cidade. É fácil, só não faz quem não quer. Basta vender o carro que o prefeito Zuchi ganhou do SAMAE, reduzir pela metade o salário astronômico do prefeito, dos secretários e apadrinhados. Quem não faz nada não precisa de tanta grana, os animais sim precisam. É uma questão de saúde pública, de responsabilidade, de sensatez, de inteligência.

Círculo vai decorar parque de Blumenau.
O que falta à Linhas Círculo é respeito com a cidade de Gaspar e com seus funcionários. O fato de não instalar uma passarela em frente a fábrica tumultua o trânsito e não oferece segurança aos funcionários e colaboradores. É a típica atitude do coronelismo. Eu sou o dono, a empresa é minha e pago o soldo de vocês que são meus empregados, logo, cumpro as leis e da empresa para fora não me cabe mais nada na área social e de segurança.

Gaspar nesse fim de semana está em clima de rodeio.
Rodeio, rodeio e não chego a lugar algum. Desde 2009 Gaspar está em clima de rodeio. O pouco que saiu do lugar foi embaixo da vara da justiça. Dizem que a defasagem de 600 vagas ainda existentes nas creches do município são consequência da demanda. A conta é simples. Basta fazer um levantamento de nascimentos mês na cidade e fazer uma programação dos investimentos em ampliação ou construção de novas creches. Mas como diz o prefeito Zuchi: "o mais difícil é pensar a obra".

E assim caminha o PT. Nunca foram capazes.
Sabem porque Lula, Dilma e o PT roubaram tanto?
Porque Lula não sabe nada e quem não sabe, rouba para sobreviver e os que o acompanham o imitam. Se o chefe, o cabeça pode, também podemos, pois temos sua proteção. A coisa funciona por um bom tempo, basta comprar aqueles que se quer como aliados, o problema é que o roubo e a enganação não evoluem e acabem sendo sobrepujados pela inteligência do bem.

Herculano
22/05/2015 22:16
NÃO FOI GRIPE:JOAQUIM LEVY SE DESENTENDEU COM NELSON BARBOSA, por Fernando Rodrigues

Ministro da Fazenda se sentiu desautorizado por corte abaixo de R$ 70 bilhões . Irritado com colega do Planejamento, Levy não quis participar de entrevista. Levy

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ficou altamente irritado com o seu colega da pasta do Planejamento, Nelson Barbosa, pelo fato de o valor total dos cortes no Orçamento ter ficado abaixo de R$ 70 bilhões - ficou em R$ 69,9 bilhões.

Levy havia declarado publicamente na segunda-feira (18.mai.2015), após se reunir com o vice-presidente, Michel Temer, que a ordem de grandeza dos cortes ficaria entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões.

A partir daí, Nelson Barbosa se uniu ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para tentar de todas as formas estipular um valor fora da faixa anunciada por Joaquim Levy. A decisão final foi tomada na quinta-feira (21.mai.2015), e chancelada pela presidente Dilma Rousseff.

Nesta sexta-feira (22.mai.2015), Levy tentou durante parte da manhã reverter sua derrota do dia anterior. Em vão. A presidente da República e o Ministério do Planejamento mantiveram o valor.

No início da tarde, antes de começar a entrevista coletiva que estava programada para ser estrelada por Levy e Barbosa, o titular da Fazenda informou ao colega do Planejamento, por telefone, que não participaria. Foi uma conversa dura.

A desculpa formal dada aos jornalistas à tarde foi que Levy estava com gripe. De fato, ele está resfriado. Mas a razão real para ter faltado à entrevista foi a irritação por causa do valor de R$ 69,9 bilhões.

Durante a entrevista, outro fato foi notado pelo Ministro da Fazenda. Nelson Barbosa não deu a palavra ao secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Barbosa Saintive, que é subordinado a Levy. Foi uma retaliação de Nelson Barbosa contra Levy.

Por enquanto, segundo o Blog apurou, não há risco de Levy deixar a Fazenda ou ser demitido.

Outra razão pela qual ele não quis participar da entrevista coletiva desta sexta foi o fato de que sua apresentação seria muito mais realista do que a de Nelson Barbosa. Para Levy, muitos no Brasil, no meio empresarial e no governo, ainda não passaram pelo momento de "cair a ficha" em relação à real situação da economia.

O ministro da Fazenda sente-se só neste momento. Não enxergou ninguém no alto escalão da administração federal se solidarizando com sua cruzada pelo ajuste fiscal. De maneira tímida, a presidente da República tem dado apoio. Mas não no caso simbólico de fixar o valor dos cortes no Orçamento um pouco acima de R$ 70 bilhões.

Quem conhece as contas do governo sabe que não faria diferença, em termos econômicos reais, fixar os cortes do Orçamento em R$ 69,9 bilhões ou em R$ 70,1 bilhões. Até porque, é mínima a chance de o valor anunciado nesta sexta ser cortado exatamente tal qual o governo está prometendo.

A diferença que haveria seria política. Se Dilma tivesse permitido que o contingenciamento ficasse em R$ 70,1 bilhões, estaria "empoderando" um pouco mais seu ministro da Fazenda. Mas, nesse episódio, a presidente preferiu ouvir mais os argumentos de Nelson Barbosa do que os de Joaquim Levy.

O ministro da Fazenda se vê cada vez mais isolado dentro do governo. No Congresso, sente-se atacado por aliados do Planalto. No PT, enxerga o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vocalizado críticas por achar que o ajuste fiscal é mais duro do que o necessário. Por enquanto, Levy só se ampara em Dilma. Menos nesta sexta, quando a presidente também não quis segui-lo a respeito do valor dos cortes no Orçamento.
Herculano
22/05/2015 22:05
REVISTA ISTO É PERGUNTA: Como o senhor avalia o papel da presidente Dilma Rousseff neste momento de crise tão profunda no Brasil?

O GOVERNADOR DE SÃO PAULO, GERALDO ALCKMIN, PSDB, RESPONDE: Vivemos uma crise ética, uma crise econômica. É grave. Eu acho que a economia está esfriando de forma muito preocupante. E tem a crise política. A democracia brasileira é forte, mas é muito cheia de defeitos. Se não fizermos uma reforma política rápida, vai ser difícil. Como é que pode? Nós estamos com 31 partidos, e 26 na lista de espera. Já imaginou? Devemos chegar a 60 partidos políticos. Isso é inimaginável. Ela está num momento de grande fragilização. Extremamente fragilizada. Tenho respeito por ela, mas o momento dela é dificílimo. São múltiplas as crises.
Herculano
22/05/2015 22:01
DE UM LEITOR DE REINALDO AZEVEDO SOBRE A AUSÊNCIA DE LEVY NO ANÚNCIO DO CORTE DO ORÇAMENTO

(Antônio Carlos). Dr. Levy, faça-nos um favor: volte a sua rotina de executivo competente e deixe que esse pessoal, cuja competência ficou clara após 12 anos, resolvam o problema que eles mesmo criaram. Quem são os culpados? Lula? Dilma? Mantega? e demais agregados? Precisamos saber quem deixou, de fato, as coisas chegarem onde chegaram. Levy queria 90. Deram-lhe apenas 70. Restam 20. Se não derem ele sai. E vai sair mesmo. E deve sair mesmo. Não deve se rebaixar a andar com essa gentalha que quebrou o país em troca de poder.Aliás, nem deveria ter entrado, mas a sua vaidade pessoal falou mais alto até mesmo para ter o prazer de ver que essa gentalha terá que o engolir guela abaixo. Isso dá a ele um prazer maior. E isso acho deve mesmo que deva ser um prazer maior do que qualquer outro sucesso na sua vida de executivo. Deu uma de Zagalo: "Vão ter que me engolir". Boa Levy!!!!!
Herculano
22/05/2015 20:27
DERROTADO EM DISCUSSÃO SOBRE CORTE DE R$69,9 BILHÕES, LEVY NÃOVAI A ANÚNCIO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo.Texto de Natuza Nery e Valdo Cruz da sucursal de Brasília. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não comparece ao esperado anúncio do corte de cerca de R$ 69,9 bilhões no Orçamento. Integrantes do governo foram avisados pelo Ministério da Fazenda sobre o não comparecimento de Levy.

No local do anúncio, no Ministério do Planejamento, há uma placa com o nome do ministro ao lado de outra com a identificação do titular da pasta, Nelson Barbosa.

Integrantes da equipe econômica atribuem a uma divergência sobre o valor final do corte, que ficou em R$ 69,9 bilhões, a razão da provável ausência de Levy. Marcado para 15h30, o anúncio do corte atrasou. A justificativa oficial é de atraso no voo de Barbosa de São Paulo para Brasília.

A presença de Levy havia sido confirmada pelo Ministério da Fazenda, que enviou aos jornalistas atualização na agenda do ministro por e-mail às 10h30 desta sexta-feira (22). A participação também havia sido informada pelo Ministério do Planejamento, que divulgou em sua página na internet o aviso sobre a entrevista com o nome de Levy.
Herculano
22/05/2015 20:23
LEVY MANDOU UM RECADO AO PT E AO PMDB. OU: DA VAIDADE E DA FRUSTAÇÃO, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Pode ter sido uma indisposição gastrointestinal, vinda, assim, de supetão. Pode ter sido uma crise de pressão arterial. Quem sabe uma dor de cabeça? Salvo algum impedimento físico, Joaquim Levy, ministro da Fazenda, não compareceu ao anúncio do corte no Orçamento em razão de uma indisposição política. É sabido que ele queria passar R$ 80 bilhões no facão. Como as MPs do ajuste já sofreram alterações, certamente vislumbra a impossibilidade de fazer o superávit primário de 1,2% do PIB.

O gesto pode embutir alguma coisa de cálculo. A esta altura, quem poderia estar aplaudindo e saltitando de felicidade é o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Afinal, não estava ele a pedir a cabeça de Levy na TV, anteontem? Muito bem! Tirem o ministro da equação e vejam o que sobra. Ou o que soçobra, se me permitem o gracejo.

Talvez o ministro esteja a dizer exatamente isto: não está apegado ao cargo; não pertence àquela estirpe que fica de joelhos, se preciso, para manter o posto; não depende da boa vontade deste ou daquele para ter uma existência profissional ou intelectual.

Nessas horas, cabe alguma reflexão. O que faz alguém como Levy servir a um governo e a um eixo de poder que representa tudo aquilo que ele intelectualmente despreza? Eu tenho uma resposta - e não é maldosa, não; trata-se apenas de uma constatação: o nome disso é vaidade intelectual.

Talvez o ministro sinta certo prazer secreto em demonstrar que suas teses estão corretas, e as de seus antípodas, neste e nos governos petistas passados, erradas. Há também o prazer, que sempre sentem as pessoas convictas, de ver triunfar o seu ponto de vista. E pode haver até a vontade genuína de ajudar. São três vertentes, todas benignas, da vaidade.

Mas é claro que também esta depende de circunstâncias objetivas. Se o resultado não aparece, a vaidade dá lugar à frustração decorrente do mau resultado, e o que poderia ser prova da competência de Levy vira evidência de insucesso. Aí, meus caros, qualquer pessoa na sua condição decide pular fora.

Foi o recado que Levy passou hoje a petistas e peemedebistas. Não está apegado ao cargo. Se acham que está ruim com ele, então é o caso de especular qual é a solução sem ele
Herculano
22/05/2015 20:17
PARA SE ELEGER O PT, LULA E DILMA SE APROXIMARAM DAS IGREJAS EVANGÉLICAS DEPOIS DE FAZER DA CATÓLICA UM INSTRUMENTO PARA TORNAR O PARTIDO DOS GROTÕES POR MEIO DAS PASTORAIS E DA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO. QUANDO NO PODER, PT E LULA TENTAM ENQUADRÁ-LAS. ESTA SEMANA O EX-PRESIDENTE LUIZ INÁCIO DA SILVA TENTOU DESMERECER OS PASTORES. O PASTOR SILAS MALAFAIA TOMOU AS DORES E RETRUCOU: "JESUS LIBERTA O HOMEM DA CACHAÇA. DEUS TENHA MISERICÓRDIA DO POVO BRASILEIRO. DEUS ABENÇO A TODOS".

Sem comentários. Cole, assista e conclua você mesmo. https://www.youtube.com/watch?v=R70-lVXQbfI
sidnei luis reinert
22/05/2015 20:04
DESINDUSTRIALIZAÇÃO?

O presidente do conselho de administração da Weg afirmou ontem que a China é o principal caminho para que a companhia consiga cumprir a meta de alcançar uma receita líquida de R$ 20 bilhões em 2020 (no ano passado foi de R$ 7,84 bi).

Para isso, pretende ampliar a internacionalização para escapar de problemas recorrentes no Brasil, como alta carga tributária, juros elevados e infraestrutura ineficiente.

Herculano
22/05/2015 20:00
da série: a hipocrisia é algo que só acontece com os outros e principalmente aos que são da dita oposição, que ainda não existe de forma organizada. Oque há é uma insatisfação coletiva diante de fatos reais

DIGA NÃO À HIPOCRISIA, por Chico Vigilante, sindicalista, fundador e político do PT.

parte 1

A sociedade organizada tem que se manifestar contra magistrados e políticos que agem ilegalmente na defesa de interesses da classe dominante deste país.

O Brasil vive hoje um melancólico processo de hipocrisia política. O tema mais discutido da atualidade por jovens e adultos, de todas as classes sociais - a corrupção - é tratado de forma superficial e inconsequente.

Muitos preferem apontar o dedo contra a presidenta Dilma e o PT sem refletir. A maioria não se dá conta do que realmente está acontecendo.

Um detalhe de extrema importância sobre o qual venho insistindo deveria ser analisado por todos com a ajuda de lupas. Por que o juiz Sérgio Fernando Moro não processa e prende os tesoureiros dos outros partidos que receberam doações eleitorais legais de empresas privadas? Foi isso o que o PT fez.

Há quase dois meses é de domínio público, por meio da grande imprensa, que o conjunto das empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato foi responsável, em média, pela doação de 40% dos recursos privados canalizados legalmente para os cofres dos três principais partidos do país - PT, PMDB e PDSB, entre 2007 e 2013.

Por que desde então, o tesoureiro do PT foi o único dos tesoureiros de partidos políticos investigado, indiciado, preso e processado?

Não sou o primeiro e espero não ser o último a fazer esta pergunta. Acho que ela deve ser repetida à exaustão. Não ouvi até hoje resposta satisfatória ou minimamente convincente a respeito, nem por parte daqueles que colocam Moro como guardião da legalidade nacional. Não ouvi, obviamente porque a resposta não existe.

Muito pelo contrário. O que ele está fazendo tem apenas uma justificativa: faz parte da estratégia da direita brasileira de humilhar o Partido dos Trabalhadores, provar para a sociedade que ser petista é sinônimo de ser corrupto e afastar a possibilidade do PT nas eleições para o Executivo e o Legislativo municipais de 2016 e as para o Legislativo Federal, Senado, governos estaduais e a Presidência da República em 2018.
Herculano
22/05/2015 19:59
da série: a hipocrisia é algo que só acontece com os outros e principalmente aos que são da dita oposição, que ainda não existe de forma organizada. Oque há é uma insatisfação coletiva diante de fatos reais

DIGA NÃO À HIPOCRISIA, por Chico Vigilante, sindicalista, fundador e político do PT.

parte 2

Para cumprir esta tarefa a escolha de Moro foi excelente. Seu currículo demonstra um caráter narcisista e ditatorial, além da óbvia inclinação direitista.

De tão absurda a atuação de Moro vem sendo criticada pela OAB, por juristas de renome e mais recentemente está sendo questionada junto ao Supremo Tribunal Federal e ao Conselho Nacional de Justiça.

Uma representação contra Moro encaminhada ao CNJ no início deste mês por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, cuja iniciativa recebeu o apoio de 3.410 cidadaõs brasileiros, pontua, questiona e pede providências legais e penais sobre o comportamento de Moro em relação à Operação Lava Jato.

Entre os pontos que deixam claro as arbitrariedades cometidas pelo juiz estão: o constante vazamento de informações sobre o sigilo da justiça; o uso indiscriminado de prisão preventiva ( infração da lei federal 12.850/2013 ); a decisão de não investigar, tomar depoimentos ou processar os tesoureiros dos outros partidos políticos citados nas delações; a prisão seguida de execração pública de Marice Correa de Lima, cunhada de João Vacari Neto, tesoureiro do PT; e a do próprio Vacari.

Moro mandou prender Marice porque queria a qualquer custo provar que Vacari era corrupto mas as "certezas" do juiz revelaram-se infundadas. Moro prorrogou a prisão dela mesmo vencido o prazo de cinco dias da prisão temporária - baseada no mico das imagens do caixa eletrônico que depois comprovou-se ser da esposa de Vacari, Giselda Rousie de Lima, utilizando sua conta própria .

E sob que alegação ? a de que Marice havia mentido durante o depoimento. A mesma ?mentira? que ele descobriu ser verdade, a de que ela não era a mulher que fazia depósitos na conta de Vacari. Mais kafkiana a situação, impossível!
Herculano
22/05/2015 19:59
da série: a hipocrisia é algo que só acontece com os outros e principalmente aos que são da dita oposição, que ainda não existe de forma organizada. Oque há é uma insatisfação coletiva diante de fatos reais

DIGA NÃO À HIPOCRISIA, por Chico Vigilante, sindicalista, fundador e político do PT.

parte 3

Moro deveria ter no mínimo feito um pedido público de desculpas a Marice, por ter sido obrigada a abandonar uma viagem de trabalho no exterior e pouco depois aparecer em todos os grandes veículos de comunicação como criminosa e presa pela Polícia Federal.

Por que será que Moro, como magistrado presidente e oficiante nos autos das investigações e dos processos decorrentes da Operação Lava Jato, jamais determinou a apuração sobre os vazamentos de informações sigilosas? Essa responsabilidade é dele. Ele está satisfeito com ela? A quem interessa os vazamentos direcionados?

Por que Moro mantém até hoje Vacari detido no regime de prisão preventiva como um verdadeiro adiantamento da execução da pena que pode vir a sofrer, caso se comprovem contra ele as acusações do processo que corre na 13 Vara da Justiça Federal de Curitiba ?

Esse questionamento deveria ser feito, segundo a representação de Eduardo Guimarães ao CNJ, levando em consideração decisão recente do STF, no sentido de que fossem libertados os empresários que vinham sendo mantidos presos por meses a fio sem uma explicação plausível, "talvez apenas como instrumento de pressão psicológica para força-los a aderir às tais delações premiadas".

Sobre isso o relatório do ministro Teori Zavascki, publicado no site do STF é bastante esclarecedor. Ele afirma que seria "extrema arbitrariedade" manter a prisão preventiva considerando-a como possibilidade de pressão e acrescenta que "subterfúgio desta natureza, além de atentatório aos mais fundamentais direitos consagrados na Constituição constituiria medida medievalesca que cobriria de vergonha qualquer sociedade civilizada".

O histórico de excessos de Moro é muito mais amplo. Ao longo de sua carreira ele foi alvo de procedimentos administrativos, discutidos no STF e CNJ, todos estranhamente arquivados após correrem sob sigilo.

Entre as reclamações há o caso em que Moro mandou a PF oficiar todas as companhias aéreas para saber os voos em que os advogados de um investigado estavam.
Herculano
22/05/2015 19:58
da série: a hipocrisia é algo que só acontece com os outros e principalmente aos que são da dita oposição, que ainda não existe de forma organizada. Oque há é uma insatisfação coletiva diante de fatos reais

DIGA NÃO À HIPOCRISIA, por Chico Vigilante, sindicalista, fundador e político do PT.

parte 4

À época o ministro Celso Mello se referiu a questão como fatos "extremamente preocupantes" citando o "monitoramento de advogados" e o "retardamento do cumprimento de ordem emanada pelo TRF-4".

Em seu voto o ministro disse: "não sei até que ponto a sucessão dessas diversas condutas não poderia gerar a própria inabilitação do magistrado para atuar naquela causa, com nulidade dos atos por ele praticados. "

"O interesse pessoal que o magistrado revela" - continua Mello - "em determinado procedimento persecutório, adotando medidas que fogem à ortodoxia dos meios que o ordenamento positivo coloca à disposição do poder público, transformando-se a atividade do magistrado numa atividade de verdadeira investigação penal. É o magistrado investigador."

A investigação do caso Banestado levou Moro ao CNJ mais de uma vez. Prendeu preventivamente por 49 dias um dos acusados de falsificação de liminares para sacar títulos públicos junto ao BB, e renovou por 15 vezes a interceptação do telefone do réu. Ao final das investigações conclui-se que os títulos eram verdadeiros e que as decisões judiciais foram de fato tomadas.

Outra prova do autoritarismo de Moro foi dada em 2010. Uma reportagem da Conjur mostrou que por ordem dele e do juiz Leoberto Simão - os dois responsáveis pela coordenação das execuções penais no Paraná- era feito o monitoramento por áudio e vídeo de conversas entre presos, familiares e advogados, nas salas de visitas e no parlatório do presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, Paraná, desde 2007.
Herculano
22/05/2015 19:58
da série: a hipocrisia é algo que só acontece com os outros e principalmente aos que são da dita oposição, que ainda não existe de forma organizada. Oque há é uma insatisfação coletiva diante de fatos reais

DIGA NÃO À HIPOCRISIA, por Chico Vigilante, sindicalista, fundador e político do PT.

parte 5

Ou seja, Moro autorizava a monitoração de todos os encontros dos presidiários. Ultrajava seus direitos humanos e de seus familiares e os direitos dos advogados de avistar-se, pessoal e reservadamente, com seus clientes, violando Estado democrático e o sagrado direito de defesa.

À época, a OAB manifestou-se a respeito afirmando que este tipo de ação representava a chancela das autoridades judiciárias ao Estado policial bisbilhoteiro.

A sociedade brasileira não pode permitir que Moro continue agindo de forma política e parcial nos processos da Operação Lava Jato.

Não é possível que a Justiça brasileira tenha dois pesos e duas medidas. Basta que um dos criminosos confessos cite, nas delações premiadas, um nome petista para que esta pessoa seja colocada com a ajuda da imprensa no centro de um tsunami de mentiras e ilegalidades penais.

Por outro lado a blindagem tucana é total. Moro se fingiu de cego e surdo, em relação a várias situações insustentáveis como :

- quando o policial federal conhecido como "Careca" informou que havia entregue R$ 1 milhão de propina ao senador tucano Antonio Anastasia, que permanece incólume.

- quando o senador Aécio Neves, foi citado por Alberto Youssef na lista de Furnas, estando o vídeo da gravação disponível na internet para quem quiser ver;

- quando o assunto é a truculência contra os professores do governador tucano Beto Richa, do Paraná, que colocou a polícia contra os professores, deixando mais de 200 feridos.

- quando o auditor fiscal Luiz Antonio de Souza afirmou recentemente que a campanha de Richa recebeu R$2 milhões de um esquema de corrupção da Receita Estadual, investigado pela Operação Publicano.

No auge da hipocrisia política Aécio Neves senta no rabo e só aparece para fazer críticas ferozes ao governo da presidenta Dilma Roussef. Na mesma linha trabalham Eduardo Cunha e Renan Calheiros ambos citados em casos de corrupção continuam incólumes nas presidências da Câmara e do Senado.

Na última semana levantaram mais uma vez a bola já murcha e desacreditada do impeachment de Dilma. A mesma ideia já defendida e depois abandonada por todos eles. Nenhum deles foi as ruas carregar um cartaz de abaixo Dilma. Apenas insuflaram a população a respeito.

Esta semana, mais uma vez, Eduardo Cunha tirou da cartola uma nova sandice: declarou que se todos os partidos de oposição chegarem a um acordo a respeito do impeachment de Dilma ele endossará a ideia.

BASTA DE HIPOCRISIA. A SOCIEDADE ORGANIZADA NÃO É ESTÚPIDA. NÃO PODEMOS ACEITAR QUE MINTAM DESCARADAMENTE E QUE ARMEM IMPUNEMENTE PARA TIRAR DO PODER UMA PRESIDENTA ELEITA DEMOCRATICAMENTE PELO POVO BRASILEIRO.
Herculano
22/05/2015 19:47
CIRO GOMES ABRIU A BOCA.E QUANDO ELE FAZ ISSO, NEM ALIADOS ESCAPAM. E DEVE FALAR DE ALGO QUE CONHECE BEM."BRASÍLIA ESTÁ DOMINADA POR UMA COALIZÃO DE GATUNOS E INCOMPETENTES". ENTÃO COMO CONTESTA-LO?

Conteúdo da revista CartaCapital, identificada com a esquerda e com o governo do PT. O texto é de Marcelo Pellegrini e Wanderley Preite Sobrinho. Para o ex-governador e ex-ministro, o Brasil "não tem projeto" para retomar o crescimento.

Agora na iniciativa privada, como chefe da ferrovia Transnordestina, o ex-ministro da Integração Nacional e ex-governador do Ceará Ciro Gomes não poupou o Congresso Nacional e as coligações partidárias durante sua participação na 3ª edição do Fórum Brasil promovido por CartaCapital, cujo tema neste ano é "Crescer ou crescer?. Para Ciro, o parlamento está dominado por ladrões.

Ciro participou de uma mesa de debate com o ex-ministro da Defesa e das Relações Internacionais Celso Amorim e o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), David Barioni Neto. Os três se reuniram na tarde desta sexta-feira 22 para falar sobre o tema "Exportações, o Caminho para Sair da Crise". Segundo a falar, Ciro revelou seu pessimismo em relação à retomada do crescimento econômico: "O Brasil não tem projeto", afirmou.

Ciro, candidato ao Planalto em 1998 e 2002, é difícil criticar os rumos da política industrial e de comércio exterior brasileira porque eles simplesmente não existem. "Temos de forçar a elite brasileira a ajuizar nossa agenda, que é inexistente. O Brasil não tem projeto. Qualquer bodega no Ceará tem projeto, mas o Brasil não."

A culpa, afirmou Ciro Gomes, começa pelas alianças partidárias no Congresso, considerado o mais conservador desde a redemocratização do Brasil. "Brasília está dominada por uma coalizão de gatunos e incompetentes", afirmou."E isso é grave menos pela novela moralista e mais pelo cinismo de um Congresso de ladrões convocando CPIs e bandidos acusando gente séria de ser bandido", disse.

Gomes poupou a presidente Dilma Rousseff das críticas, a quem considerou "uma exceção, porque é honrada e tem espírito público".

O comentário de Ciro, ex-governador do Ceará, vai ao encontro do que afirmou seu irmão Cid, ex-ministro da Educação de Dilma Rousseff. Em evento na Universidade Federal do Pará, Cid disse haver no Congresso "400 ou 300 achacadores" se aproveitando da fraqueza do governo para levar vantagens. A frase provocou indignação contra Cid no Congresso, e ele acabou deixando o governo.

A terceira edição do Fórum Brasil faz parte da série Diálogos Capitais, uma iniciativa da Editora Confiança que busca apresentar e discutir temas de grande relevância para o País.
Herculano
22/05/2015 19:34
REGISTRO

Morreu nesta quinta-feira no Hospital Santa Isabel, em Blumenau, Ermelinda Zabel, 82 anos, passageira do Ecosport, com placas de Blumenau, que se envolveu em um acidente no Km 47 da BR-470, em Gaspar. Ele deixou outras duas mulheres feridas: a ocupante do Peugeot, Carla Lídia Brumatti, 50 anos, a motorista do Ecosport, Francisca Zabel, 62 que dirigia o Ecosport
Herculano
22/05/2015 19:28
AÉCIO: "CAI EM DEFINITIVO A MÁSCARA DO GOVERNO", por Josias de Souza

Apontado por Dilma Rousseff na campanha de 2014 como líder de um projeto político que tramava medidas econômicas impopulares, o ex-presidenciável tucano Aécio Neves enxergou no anúncio dos cortes orçamentários de R$ 69,9 bilhões uma oportunidade para o revide: "Cai em definitivo a máscara do governo do PT", anotou o presidente do PSDB numa nota divulgada no final da tarde desta sexta-feira (22). "O país conhece o pacote de medidas impopulares contra o povo brasileiro: aumento de impostos, cortes de direitos trabalhistas e dos investimentos, incluindo os recursos fundamentais para a saúde e a educação."

Suprema ironia: Aécio se insurge contra ajustes considerados ainda insuficientes pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda), um ex-colaborador da assessoria econômica do seu comitê eleitoral. "Os cortes orçamentários anunciados esta tarde são mais uma face do arrocho recessivo promovido pelo PT em prejuízo da população brasileira", escreveu o presidente do PSDB em sua nota. Primeiro veio a diminuição dos direitos trabalhistas e de benefícios previdenciários, em parte já aprovados pelo PT e a base aliada no Congresso, com oposição coesa do PSDB. Agora a tesoura do governo Dilma Rousseff compromete os investimentos públicos?"Vai abaixo a íntegra do texto de Aécio Neves:

"Cai em definitivo a máscara do governo do PT e o país conhece o pacote de medidas impopulares contra o povo brasileiro. Aumento de impostos, cortes de direitos trabalhistas e dos investimentos, incluindo os recursos fundamentais para a saúde e a educação.

Os cortes orçamentários anunciados esta tarde são mais uma face do arrocho recessivo promovido pelo PT em prejuízo da população brasileira.

Primeiro veio a diminuição dos direitos trabalhistas e de benefícios previdenciários, em parte já aprovados pelo PT e a base aliada no Congresso, com oposição coesa do PSDB.

Agora a tesoura do governo Dilma Rousseff compromete os investimentos públicos, prejudicando um dos motores que poderia ajudar a impulsionar a economia no momento em que o país necessita desesperadamente retomar o desenvolvimento.

Quem mais sofre com os cortes no Orçamento são os mais pobres, que precisam do governo federal para dispor de atendimento de saúde, de educação digna e de escolas de qualidade, de transporte e mobilidade. Todas essas áreas que agora são profundamente afetadas pelo arrocho anunciado.

O passo seguinte está traçado: aumento de impostos, já iniciado desde o início do ano e agora aprofundado. A carga tributária, que aumentou ininterruptamente no governo Dilma, vai continuar a subir.

Os R$ 70 bilhões anunciados hoje são apenas parte da conta que o brasileiro vai pagar por causa da gastança desenfreada ocorrida nos últimos anos com o objetivo de vencer as eleições e manter o PT no poder.

Caso a conduta do primeiro governo Dilma fosse responsável, sem os excessos eleitoreiros cometidos, como o próprio ministro da Fazenda reconheceu nesta semana, as famílias brasileiras não seriam agora obrigadas a passar por mais sacrifícios, além das enormes dificuldades que já vivem.

O arrocho recessivo somado ao forte aumento do desemprego e acompanhado da escalada da inflação trazem tristeza a todos nós s e torna a vida no país mais difícil.

É bom que fique claro: Essa conta não é do povo, é do governo do PT, mas é o povo que a está pagando."
Violeiro de Codó
22/05/2015 18:53
Sr. Herculano:

Duas classes da sociedade sempre foram usadas como motivo das políticas e discursos do petismo canalha do Lullaladrão e sua quadrilha. Os mais pobres e os estudantes.
De onde vim, chama-se ESTELIONATO!
É o pete ensinando o banditismo.
Fui!
Anônimo disse:
22/05/2015 18:46
Herculano, sobre promessas não cumpridas, das 13:27hs.
Então estão empatados, pois o governo chinês promete e não cumpre a execução de obras grandiosas, da mesma maneira que o governo brasileiro promete e não executa nem obras grandiosas e nem mixurucas. Empate técnico.

sidnei luis reinert
22/05/2015 18:41

Ronaldo Caiado

Menos de um ano após gastar R$ 30 bilhões na realização da Copa e um ano antes de realizar uma Olimpíada orçada em mais de R$ 36 bilhões, o Brasil se vê obrigado a fazer um corte ainda maior do que esses valores dispensados. R$ 69,946 bilhões. Esses números obscenos comprovam duas coisas: que o governo conseguiu ser incompetente o suficiente para deixar um país à beira da crise realizar os dois eventos esportivos mais caros da história da humanidade; e que estaríamos livres desses cortes se houvesse responsabilidade governamental. Educação com corte de R$ 9,4 bilhões. Saúde com corte de 11,8 bilhões. Sinceramente, seria muito mais honroso cancelar esse evento do que promover o analfabetismo e milhares de mortes nos corredores dos hospitais. As delegações olímpicas de outros países iriam entender. Ainda no comparativo: enquanto tiramos jovens da universidade e acabamos com pensões de viúvas, o número de desempregados que criamos somente neste mês (97.828) é o suficiente para encher um Maracanã e um Maracanãzinho. Já somos medalha de ouro em questão de incoerência.

http://oglobo.globo.com/brasil/governo-anuncia-corte-de-699-bilhoes-no-orcamento-de-2015-16234657
Herculano
22/05/2015 15:12
ALDO ASSUME A PRESIDÊNCIA DA ASSEMBLEIA

Deputado Estadual Aldo Schneider, PMDB, reassumiu nesta sexta-feira, 22, a Presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina Alesc por uma semana. O ato de posse aconteceu no Gabinete da Presidência. Entre alguns destaques de comando de Schneider, está a Marcha de Prefeitos que acontece em Brasília na semana que vem entre os dias 25 á 28 de maio. .
Herculano
22/05/2015 14:50
A PROFECIA DE LULA, por Upiara Boschi, do jornal A Notícia, RBS Joincille

A iminente fusão entre o PTB e o DEM vai tornar realidade o desejo externado pelo ex-presidente Lula em um comício em Joinville, em 2010. Na época, em campanha por Dilma Rousseff à presidência, ele afirmou que o partido deveria ser extirpado da política. Passados menos de cinco anos, os demistas que resistiram ao PSD de Gilberto Kassab vão acabar se tornado todos petebistas.
João João Filho de João
22/05/2015 13:45
Sr. Herculano:

Comentário do Blog Gente Decente sobre o de José Néumanne - às 07:39hs.


"LuLLa está louco.

Uma frase de Miguel de Cervantes dá a exata definição do atual estado mental de LuLLa. Disse Cervantes:

"Não existe maior loucura no mundo do que um homem entrar no desespero." E LuLLa está desesperado por
causa de Pessoa, por causa da Operação Lava-Jato, por causa do MPF-DF que está vasculhando as contas do BNDES, por causa das prisões de gente ligada ao BNDES, por causa de Vaccari e, ora vejam, por causa de sua galinha dos ovos de ouro e sua quenga particular, a dona Rosemary Noronha.

ELLe disse para um de seus confidentes que voltará em 2018 nos braços do povo.

Eu já acredito, piamente, que isso vai acontecer com quem estará em cana ou debaixo de 7 palmos da poderosa, quando 2018 chegar.

LuLLa montou um grupelho para coordenar sua volta em 2018. Detalhe: Se tudo ocorrer como esperado, mais da metade do grupo, incluindo o Poderoso chefão da roubalheira nacional, estarão atras das grades de um penitenciária de segurança".

Meu Deus dos Desgraçados, direi-me Vós se é verdade ou se eu deliro.
Tua hora tá chegando, malandro!
Herculano
22/05/2015 13:33
DILMA VETA TEXTO QUE QUEBRAVA SIGILO EM FINANCIAMENTOS DO BNDES. OU SEJA, O QUE DE TÃO ERRADO FIZERAM COM O DINHEIRO DOS BRASILEIROS PARA POUCAS EMPRESAS E AMIGOS ESTRANGEIROS QUE PRECISAM ESCONDER DE TODOS NÓS?

Conteúdo Dinheiro Público & Cia. A presidente Dilma Rousseff vetou o texto aprovado pelo Congresso que determinava o fim do sigilo nos empréstimos e financiamentos concedidos pelo banco federal de fomento, o BNDES.

Numa derrota do governo, a regra havia sido incluída pela oposição em uma medida provisória que injetou R$ 30 bilhões do Tesouro Nacional no banco.

Multiplicadas nos últimos anos, as operações do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) têm sido questionadas tanto no mundo político quanto por economistas de linha mais liberal.

Para os críticos, os financiamentos do banco, que só no ano passado somaram R$ 188 bilhões, significam intervenção estatal excessiva no mercado e abrem brechas para o favorecimento político a grupos privados.

Embora o BNDES seja integralmente pertencente à União e não tenha concorrentes, os dados a respeito de seus empréstimos têm divulgação restrita. Revelam-se nomes de clientes e resumos dos projetos, mas não, por exemplo, as taxas de juros -que, no caso do banco estatal, são subsidiadas.

Na justificativa para o veto, o Palácio do Planalto diz que "a divulgação ampla e irrestrita das demais informações das operações de apoio financeiro do BNDES feriria sigilos bancários e empresariais e prejudicaria a competitividade das empresas brasileiras".

A Presidência argumenta ainda, no "Diário Oficial" desta sexta-feira (22), que a quebra do sigilo é inconstitucional.

O veto ainda pode ser derrubado pelo Congresso Nacional, mas não há data para o exame do tema.
Herculano
22/05/2015 13:27
PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS DA CHINA AO BRASIL SOMAM US$24 BILHÕES

O anúncio de que a China trará mais de 53 bilhões de dólares em investimentos para o Brasil causou certo ceticismo entre analistas de mercado e empresários brasileiros. Isso porque o país asiático tem fama de divulgar obras megalomaníacas durante viagens oficiais que muitas vezes não saem do papel. Levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo publicado nesta sexta-feira identificou oito projetos anunciados pelo governo chinês no país que não foram realizados e totalizaram pelo menos 24 bilhões de dólares.

Entre eles, há desde um projeto de construção de uma fábrica e de um porto seco em Barreiras, na Bahia, a uma siderúrgica que seria erguida em parceria com Eike Batista em Porto do Açu, no Rio de Janeiro. Ambos foram cancelados.

Outro caso é o da construção de uma ferrovia que ligaria os municípios de Cuiabá (MT) e Santarém (PA). Em 2012, o Banco de Desenvolvimento da China e o governo do Mato Grosso assinaram um acordo de financiamento de 10 bilhões de dólares. Desde então o projeto está paralisado. Na área de mineração, a ECE (Organização de Exploração e Desenvolvimento Mineral do Leste da China) assinou carta para a compra da Itaminas por 1,2 bilhões de dólares, em 2010. O negócio, contudo, ainda não foi fechado.

O jornal ainda afirma que dos 35 acordos assinados na terça-feira entre a presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, apenas 14 têm recursos assegurados e estão com o processo mais avançado.

Após os anúncios feitos na terça, que iam desde uma ferrovia transcontinental que ligaria os oceanos Atlântico e Pacífico à criação de um fundo de investimento para infraestrutura de 50 bilhões de dólares, o governo federal fez questão de dizer que os acordos não passavam de "memorandos de entendimento" - ou seja, que ainda necessitavam de estudos de viabilidade e formalização de contrato.
Herculano
22/05/2015 13:20
UNIÃO DECIDE COIBIR A ENTRADA DE HAITIANOS ILEGAIS, por Josias de Souza

O governo federal decidiu adotar um lote de providências para tentar coibir a entrada ilegal de haitianos no Brasil. Fará isso depois de negligenciar o problema por quatro anos e meio. Nesse período, os coiotes, como são chamados os traficantes de seres humanos, faturaram cerca de US$ 60 milhões com a exploração do desespero que levou 38,4 mil cidadãos do Haiti a cruzarem as fronteiras do Estado do Acre sem um visto de entrada no Brasil. A cifra foi estimada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e revelada ao blog pelo governador acreano Tião Viana (PT).

Viana participou, na noite desta quinta-feira (21), da reunião em que foram delineadas as medidas. Deu-se no Palácio do Planalto. Além do governador, estavam presentes os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Mauro Vieira (Itamaraty). Eis as principais novidades, segundo o relato do governador do Acre:

1. Vistos: a embaixada brasileira em Porto Príncipe, capital do Haiti, passará a conceder 2 mil vistos mensais para haitianos interessados em tentar a sorte no Brasil. Em 2010, emitiam-se mensalmente cerca de 100 vistos. Hoje, são carimbados algo entre 600 e 700 passaportes.

2. Fronteira: simultaneamente à elevação do número de vistos, o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), órgão do Ministério da Justiça, vai colocar em pé um plano de controle das porosas fronteiras do Acre. "A minha expectativa é que sejam medidas duras", disse Tião Viana.

Segundo o governador, a intenção é desestimular a ação dos coiotes e mandar uma mensagem aos haitianos. "O Brasil vai dizer: venham pela via legal e não sejam vítimas do banquete dos coiotes." Hoje, entram ilegalmente pelo Acre cerca de 900 haitianos por mês, uma quantia menor do que o número de vistos que o Itamaraty se dispõe a conceder.

3. Vizinhos: José Eduardo Cardozo viajará aos países utilizados como rota pelos coiotes. Segundo Tião Viana, o ministro da Justiça informou que visitará o Equador, o Peru e a Bolívia. Vai oferecer cooperação para combater os traficantes de seres humanos. Hoje, as autoridades desses países fingem-se de mortas.

4. Abrigo: independentemente da eficácia das medidas esboçadas em Brasília, Tião Viana decidiu adotar uma regra que só depende do governo do Acre. O Estado será mais seletivo no controle da portaria do abrigo que acolhe os haitianos ilegais. A partir de julho, não serão mais admitidos no abrigo os haitianos adultos do sexo masculino - só mulheres e crianças. "Não queremos que essas pessoas continuem vítimas de coiotes. E a melhor via de proteção é a via legal", reiterou o governador.

5. São Paulo: Tião Viana deixou claro na conversa com o blog que, enquanto chegarem haitianos ilegalmente no Acre, eles serão embarcados em ônibus que os levarão para os destinos de sua escolha - inclusive, a despeito da crescente chiadeira, a cidade de São Paulo. Petista como o prefeito da capital paulista, Viana estranhou a crítica feita por seu companheiro de partido Fernando Haddad ao reclamar que o Acre não avisa sobre o envio de haitianos.

"Eles sabem que já entraram mais de 38 mil [haitianos ilegais] no Brasil. Isso é amplamente divulgado pela imprensa. Se eles sabem que passam por ano 9,1 mil pessoas [pelas fronteiras do Acre], como é que querem se sentir supresos??Esse problema não é do Acre, é um problema do Brasil. E cada um faça a sua parte. Não vou prender as pessoas no Acre. Elas têm o direito de ir para onde querem."

Suprema ironia: as passagens de ônibus usadas pelos haitianos para se deslocar até São Paulo e outros Estados são pagas com verbas federais, repassadas pelo governo da presidente Dilma, petista como Viana e Haddad. Segundo Tião Viana, o aparato de acolhimento dos imigrantes ilegais custou ao erário nos últimos quatro anos R$ 25 milhões. Desse total, R$ 15 milhões foram bancadas pelo contribuinte acriano e R$ 10 milhões foram cobertos pelo Tesouro Nacional.

No Acre, os "ilegais" recebem três refeições diárias - noves fora dois lanches -, assistência médica e o teto provisório de um abrigo. A pasta do Trabalho e a Polícia Federal lhes entregam, em até 48 horas, o papelório necessário para que trabalhem no Brasil. Tanta gentileza converteu o Acre numa oportunidade que os coiotes aproveitam.

"Temos 15 países usando essa rota internacional", lamentou Tião Viana. "Já externei minha preocupação para os órgãos de inteligência: nós não sabemos quem é que está chegando." O governador diz estar confiante nos efeitos das medidas que o governo promete adotar. "Pode ser um freio desse caminho, que é crescente, assustador e que nós não sabemos a consequência que vai ter para o Brasil."
Juju do Gasparinho
22/05/2015 13:11
Prezado Herculano:

Que gente bonita nas fotos do Olhando a Maré!
Nada como ser pessoas do BEM. São transcendentes de luminosidade.
Agora compara com a foto do petista na página nove, ao meio.

Vá de retro, satanás!
Andréia Nagel
22/05/2015 11:59
Andréia Nagel
Gostaria de fazer uma ressalva quanto à matéria publicada na coluna no que se refere ao partido, que é o DEM e não o PSD.
E aproveito também a oportunidade para convidar os leitores e leitoras desta coluna para prestigiar o evento que o partido Democratas realizará amanhã, 23/05, a partir das 11 horas, na Sociedade Tamandaré, no bairro Lagoa. Na ocasião apresentaremos os novos membros da executiva municipal do partido e também novas filiações. Contaremos com a presença do presidente Estadual do DEM, Sr. Paulo Gouvêa.
Herculano
22/05/2015 11:54
COMUNICAÇÃO EFICAZ

O programa político do PTB de ontem a noite tratou do mesmo tema que pautou o programa do PSDB - o líder da dita oposição - na terça-feira.

O PTB foi muito mais eficaz na comunicação. Simples, clara, direta. E o PSDB não sabe porque perde a confiança da população como uma alternativa a esta bagunça que se instalou contra o dinheiro e o futuro de todos nós.
Herculano
22/05/2015 11:44
da série: marcados pelo desastre real, o PT quer que os brasileiros escolham os nanicos para continuar se lambuzando na lama

ESSA GUERRA POLÍTICA ESTÁ PREJUDICANDO A SUA VIDA, por Eduardo Guimarães

Parte 1

Escrevo poucos minutos antes de ir para o aeroporto tomar um voo até Teresina (PI), onde participarei de um encontro local de blogueiros pelos próximos três dias - minha participação será no sábado (23), por volta das 13 horas.

O post da sexta-feira, portanto, será escrito de uma região do país que quero muito conhecer, pois tal conhecimento me faz falta. Acredito que a viagem me permitirá exterminar estereótipos erigidos contra uma das regiões mais estereotipadas do Brasil.

Até lá, quero deixar o leitor com um apelo. Chegou a hora de cada um, não importando qual for sua visão político-ideológica, começar a pensar um pouco em si mesmo. Claro que este chamado não visa os que lucram ou perdem com a política; dirijo-me ao cidadão comum.

Você, homem da multidão, que não integra grupos de interesse organizados, tem que refletir sobre essa guerra política incessante que o Brasil vem travando em um momento em que o país deveria estar voltado para reativar a sua economia.

Não será tirando o PT do poder ou elegendo medidas administrativo-econômicas como o grande satã que a economia voltará a andar - está paralisada por uma crise política que rouba confiança dos agentes econômicos.
Herculano
22/05/2015 11:44
da série: marcados pelo desastre real, o PT quer que os brasileiros escolham os nanicos para continuar se lambuzando na lama

ESSA GUERRA POLÍTICA ESTÁ PREJUDICANDO A SUA VIDA, por Eduardo Guimarães

Parte 2

Na terça-feira, o PSDB levou ao ar um programa eleitoral televisivo em que tentou vender ao brasileiro que sua vida não melhorou ao longo da última década e que o problema da corrupção no país é uma invenção do PT.

Vamos falar sério: isso é uma loucura.

Na quinta-feira, o partido entra com uma denúncia criminal contra o PT e diz que o impeachment "não é para agora".

Interesses políticos à parte, essa Espada de Dâmocles foi colocada sobre a cabeça dos agentes econômicos por um partido político da importância do PSDB, que não apenas já governou o país por oito anos como tem chances consideráveis de voltar ao poder.

Você que apoia os panelaços e as manifestações antipetistas, e que vibra com iniciativas como essa do PSDB, ainda que não saiba está se prejudicando ? a menos, é claro, que seja ligado a grupos políticos ou econômicos de oposição ao governo Dilma, que buscam lucro político-econômico decorrente do enfraquecimento da situação.

Se você, porém, tem apenas tendência político-ideológica mas depende do funcionamento do país - e, sobretudo, da economia - para viver bem, com tranquilidade e segurança, saiba que insuflar essa guerra política é um tiro no pé.

Essa paralisia que a política está impondo à economia a fará piorar muito antes de melhorar. E tudo por nada.

da série: marcados pelo desastre real, o PT quer que os brasileiros escolham os nanicos para continuar se lambuzando na lama
Herculano
22/05/2015 11:43
ESSA GUERRA POLÍTICA ESTÁ PREJUDICANDO A SUA VIDA, por Eduardo Guimarães

Parte 3

Não caia nessa esparrela de que a corrupção vai acabar se o PT for "exterminado". Se fuzilassem todos os políticos, filiados e simpatizantes petistas, a corrupção não diminuiria um milésimo por cento.

Você odeia o PT? Ótimo, vote na oposição em 2018. Quer criticar, critique. Mas não apoie essa política de terra-arrasada que o PSDB e setores da imprensa estão fazendo. Não apoie os presidentes das duas Casas do Congresso usarem suas influências sobre a maioria dos congressistas em prol da "solução" dos rolos deles com a Justiça.

Essas trocas de insultos incessantes entre "petralhas" e "coxinhas", esses protestos antipetistas que agridem pessoas na rua por parecerem - apenas parecerem - petistas é mais um fator de insegurança social e econômica.

Há milhões de brasileiros favoráveis ao PSDB, ao PT, ao PMDB etc. Não são todos bons ou ruins. Entre todos, há os bons, os maus e os que não são nem bons nem maus, mas, apenas, humanos.

Já ultrapassamos todos os limites da insensatez. Chegou a hora de refletir que o Brasil é uma grande nave e que estamos todos a bordo dela.

O país tem um governo democraticamente eleito que você pode até não gostar, mas que, se não conseguir governar, mesmo que seja derrubado antes da hora, lá na frente, até lá os efeitos desse processo vão fazer vítimas. Muitas vítimas.

Você pode ser uma delas.

A economia irá afundar, a intolerância e até a violência vão aumentar, enfim, a sua vida irá piorar. Poderá pagar com seu emprego e até com a sua vida, pois o clima de beligerância entre correntes políticas contrárias já começa a descambar para a violência.
Herculano
22/05/2015 11:43
da série: marcados pelo desastre real, o PT quer que os brasileiros escolham os nanicos para continuar se lambuzando na lama

ESSA GUERRA POLÍTICA ESTÁ PREJUDICANDO A SUA VIDA, por Eduardo Guimarães

Parte 4

Quanto mais crise, mais gente desesperada. Quanto mais gente desesperada, maior o contingente daqueles que buscam "soluções" erradas, muitas vezes até criminosas, no auge do desespero.

O Brasil vive um problema econômico que nem é de tão difícil solução, se as paixões político-ideológicas forem deixadas de lado. Imagine o país como uma família que está gastando mais do que a renda familiar e que precisa fazer cortes de gastos. Claro que é legítimo cada familiar lutar para ser menos atingido, mas essa disputa tem que se ater a essa questão sem que cada membro dessa família fique puxando a faca um para o outro.

Contudo, não é o que está acontecendo. Há uma guerra política que chega a flertar com a violência. Não é caso, ainda, de prever um confronto civil, mas essa intolerância, esse ódio todo que se vê por aí impede a economia de retomar seu funcionamento normal.

Como já foi dito, isso assusta os agentes econômicos; torna o futuro extremamente imprevisível e o que o capital mais almeja é previsibilidade.

A próxima eleição está logo aí. Você não gosta do PT, do PSDB, do PMDB? Seja qual for o partido ? ou os partidos ? do qual não gosta, em 2016 você poderá mandar seu recado votando em quem quiser. E 2018 vem logo depois.

Seria bom, também, lembrar que ninguém é seu inimigo mortal só por ver a política de forma diferente da sua. Os "petralhas" e "coxinhas" têm os mesmos interesses. Nenhum deles quer ver o país afundar.

Isso não significa que não se deve criticar o governo, mas essa visão de que é preciso arrumar um pretexto para depor ou manietar um governo legitimamente eleito, repito, é um tiro - de bazuca - no seu pé.
Herculano
22/05/2015 11:42
da série: marcados pelo desastre real, o PT quer que os brasileiros escolham os nanicos para continuar se lambuzando na lama

ESSA GUERRA POLÍTICA ESTÁ PREJUDICANDO A SUA VIDA, por Eduardo Guimarães

Parte 5

Trocando em miúdos: enquanto Dilma estiver no poder ela tem que ter condições de governar ou você se ferra. Simples assim.

Não pense que dá para entregar o Poder Executivo a outro; ele será exercido por quem o ocupar. Se essa pessoa estiver de mãos amarradas, quem sai perdendo é o povo - do mais rico ao mais pobre.

Um governante manietado não interessa nem a quem apoia nem a quem não apoia. Um processo fajuto de impeachment - do tipo que "não é para já" - tampouco interessa ao país. Nesse meio tempo, a economia sofrerá ainda mais e você é quem vai pagar o pato.

Claro que se existisse alguma razão legítima, não decorrente do mero inconformismo com a derrota eleitoral de 2014, o país teria que passar por esse trauma. Mas porque alguns políticos querem se fortalecer para 2018 você vai deixar que o governo não consiga governar?

Aí é roça. Para você

Ora, se você não tem perspectiva de uma boquinha no governo que vier a substituir o de Dilma, não vai ganhar nada com isso. Pense bem. Ponha suas paixões de lado e, pelo amor aos seus filhos, netos ou a você mesmo: reflita.
Mario Pera
22/05/2015 11:37
Sobre a reação virulenta dos petistas ao programa do PSDB de terça-feira, em rede nacional, onde o ex-presidente FHC foi direto no alvo, atribuindo ao governo Lula o inicio de todas as falcatruas perpetuadas no Mensalão e agora no Petrolão....vai ai um sugestivo desafio:

Que tal Lula saír às ruas com FHC? Os dois caminharem no meio do povo...?
Melhor irem separadamente a um jogo no maracanã e sem seguranças....será que o petista topa?
Herculano
22/05/2015 08:46
O CORTE DO CORTE DO CORTE, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

Dilma corta tamanho do corte de Levy, que talvez tenha de cortar mais, pois a receita cai

DILMA ROUSSEFF teria decidido cortar o corte de despesas federais sugerido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, diziam gentes do governo no início da noite de ontem. Teria decidido também aumentar a cobrança de um imposto sobre os bancos, a CSLL. A ideia é tanto cobrir a diferença entre o que o governo pretendia obter com o pacote de arrocho que enviou ao Congresso como "jogar para a galera" --a alíquota da CSLL subiria de 15% para 20%, uma paulada. Que, no entanto, será em boa parte repassada aos clientes.

A presidente teria limitado o "corte do Orçamento" a R$ 70 bilhões, em vez dos R$ 78 bilhões que Levy teria requisitado. Mas trata-se de corte do quê? Do Orçamento aprovado pelo Congresso, uma pastel cheio de vento, com receitas infladas para acomodar despesas exorbitantes.

Logo, fica difícil saber o que deve ser o plano de contenção de despesas a ser apresentado hoje, o Orçamento de verdade. Sabe-se apenas que Levy terá, em tese, menos poder de talhar gastos do que pretendia, embora tenha levado um aumento extra de impostos.

Qual é a dúvida? Saber como o governo vai entregar o superavit primário deste ano, como vai arrumar receita superior à despesa num montante de, a princípio, R$ 55,3 bilhões (ou 1% do PIB, embora não se saiba mais muito bem de qual PIB se trata, dadas as mudanças de cálculo recentes, entre outras mumunhas).

Levy tem repetido que quer levar o gasto do governo para o nível de 2013 (R$ 1,036 trilhão, a preços de março, excluídas as despesas com juros da dívida). Considerada a despesa de 2014, trata-se de uma redução de 6%, em termos reais (descontada a inflação).

É um mistério de quanto será a receita deste ano. Mas a gente soube ontem que, nos primeiros quatro meses do ano, a arrecadação federal de impostos caiu 2,7% em relação a 2014, receita que já havia sido menor que a de 2013.

Quanto à redução da despesa, os dados disponíveis vão até março. No primeiro trimestre do ano, o governo conseguiu talhar os gastos em 0,8%, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (é possível que os gastos do primeiro trimestre estejam por demais inflados por despesas restantes de 2014, a pendura de Dilma 1).

Ou seja, por enquanto, a despesa cai a um ritmo muito inferior ao planejado, e a receita baixa. Nos planos dos economistas de Dilma 2, essa conta fecha apenas com uma combinação de impostos extras, corte de gastos obrigatórios (como as despesas sociais, seguro-desemprego, pensão) e um grande talho nas despesas sobre as quais o governo tem controle ("despesas discricionárias"), nas quais pode mexer sem que seja necessária uma alteração de lei qualquer.

Dado que não se sabe o que restará do pacote que o governo enviou ao Congresso, que não temos estimativas novas de receita do governo e que ainda não sabemos muito bem do ritmo de crescimento das despesas obrigatórias, fica difícil de saber qual é o tamanho do talho nas despesas ditas discricionárias, nas quais estão incluídos os investimentos. E é com o corte de investimentos essenciais que o governo vai fechar sua conta de superavit caso não venha o que pediu ao Congresso ou caso não arrecade o suficiente.
Herculano
22/05/2015 08:43
UM EXEMPLO DE BLUMENAU, MOSTRA COMO OS POLÍTICOS AGEM E COMO A MESMA MANHA TENTA-SE IMPLANTAR EM GASPAR. CUSTOS COM PESSOAL ELEVAM NA CÂMARA DE LÁ EM R$3,5 MILHÕES. NO TOTAL, DESPESAS PASSARAM DE R$ 10,4 MILHÕES PARA R$ 20,5 MILHÕES EM CINCO ANOS. MAIORES CUSTOS SE DERAM COM A CONVOCAÇÃO DE NOVOS SERVIDORES CONCURSADOS

Um levantamento feito pelo Jornal de Blumenau com base em dados oficiais da contabilidade pública mostram que os custos com salários na Câmara de Vereadores da cidade tiveram um acréscimo de R$ 3,5 milhões nos últimos dois anos.

Os maiores custos se deram com a convocação de novos servidores concursados, item que elevou a folha de pagamento de R$ 4.572.177,82 em 2013 para R$ 6.438.967,45 em 2014.

Somente com essas contratações o aumento das despesas foi de R$ 1,8 milhão.

Com as novas contratações subiram também os gastos com obrigações patronais, que saltaram de R$ 1.517.245,09 para R$ 2.061.626,71, resultando numa despesa extra de mais de R$ 544 mil por ano.

O relatório financeiro aponta ainda um aumento de R$ 953 mil com pessoal ativo dos gabinetes, além de aumentos diversos no valor de R$ 278.000,00.

Gasto dobrado em cinco anos

Os dados analisados pelo Jornal de Blumenau mostram ainda que, nos últimos dez anos, o desembolso da prefeitura com a Câmara dobrou.

De R$ 10.467.501,99 em 2010, o desembolso da prefeitura passou a R$ 20.536.430,23 em 2014.
Herculano
22/05/2015 08:32
O HAITI É AQUI, por Marta Suplicy, senadora e ex-prefeita de São Paulo, ex-PT.

A imagem do haitiano que se lava em mictório de uma igreja no Glicério, em São Paulo, num abrigo superlotado (capa da Folha nessa quarta, 20), é um choque por sua insustentável e desumana condição, mas também por escancarar sem retoques a já tão sabida ineficiência e dificuldades do atual governo no trato da política externa.

Lula e FHC tinham gosto e interesse, visões com as quais se poderia concordar ou discordar, mas inegavelmente em matéria de política externa tinham ousadias, propostas, propósitos. O Brasil retroagiu. Inconteste que perdeu a projeção geopolítica que galgava.

O Brasil timoneiro de um novo tempo político e econômico era vitrine no mundo, quando em 2010 um terremoto de assombrosas proporções assolou o Haiti. Aqui, perplexos choramos a morte de Zilda Arns. Solidários, pois já atuávamos em missões com a ONU para pacificar protestos violentos, disputas entre gangues e incertezas políticas do Haiti - queríamos, também, e ainda queremos um assento no Conselho de Segurança da ONU.

Sem visto de entrada, haitianos ingressaram no nosso país, pagando US$ 2.000 a US$ 3.000 a coiotes. Buscando emprego, casa e comida. Passamos a conceder vistos e já entraram pelo Acre mais de 32 mil "refugiados ambientais" do Haiti.

Claro que, numa proporção gigantesca como essa, o Estado do Acre não tem como suportar nem São Paulo, a cidade mais rica do país, e nenhum ente federativo isoladamente.

Ridículo reduzir a questão ao Ministério da Justiça destinar R$ 1 milhão para o Acre viabilizar, neste ano, a distribuição de haitianos pelo país!

Pior é que mandam as pessoas e nem avisam o prefeito, uma total falta de planejamento do mínimo detalhe à macropolítica!

Só com alimentação, já foram gastos mais de R$ 20 milhões e muito mais se gastará, sem solucionar suas desgraças. Não se trata de negar comida, abrigo, solidariedade, mas de propostas efetivas.

O Senado pode dar sua contribuição, pois tramitam desde 2013 proposta do senador Aloysio Nunes e outras que atualizam o Estatuto do Estrangeiro. Mas não serão suficientes.

É preciso bem mais para enfrentar o problema. A União não pode diante da sua incapacidade de assumir posições, repassar a Estados e municípios suas obrigações.

Esta trágica situação ultrapassa a responsabilidade dos entes federativos que não merecem nem têm condições de enfrentar sozinhos o problema. Urge que o governo federal, por meio do Itamaraty e Ministério da Justiça, ao lado da ONU e da OEA, encaminhe uma solução, pois o exemplo da imigração na Europa mostra que procrastinação não traz resultado.
Herculano
22/05/2015 08:27
ENTRE STÁLIN E JK, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Comparações de personagens históricos costumam ser perigosas. Quando são feitas em Brasília, mais ainda. Eduardo Cunha não está nos livros de história, mas tem se esforçado para garantir seu espaço no futuro. Ainda não está claro até onde ele conseguirá chegar e como será lembrado.

Nesta quarta, o peemedebista abriu caminho para uma obra polêmica: a construção de três novos anexos na Câmara, incluindo o chamado shopping dos deputados. O custo é estimado em R$ 1 bilhão, e a empreiteira poderá explorar um complexo de lojas e restaurantes.

As manobras para aprovar o plano fizeram partidos rivais ensaiarem uma rebelião inédita contra Cunha. Os debates foram acalorados até mesmo para os padrões de sua breve gestão. O deputado foi chamado de "ditador" e acusado de mudar a lei para fazer negócios.

Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que a proposta "vai ser lida como propina, maracutaia, irresponsabilidade". Ele comparou Cunha ao marechal soviético Josef Stálin, por rejeitar um recurso contra a ideia.

Os protestos não contiveram o ímpeto empreendedor do peemedebista, que seduziu os colegas com a promessa de ampliar seus gabinetes. "Os deputados novos e os deputados antigos querem melhores condições de trabalho", disse Darcísio Perdondi (PMDB-RS), que chamou as salas atuais de "cubículos".

"Não podemos viver eternamente com complexo de vira-lata", emendou Heráclito Fortes (PSB-PI).

Vitorioso, Cunha passou a ser festejado por entusiastas do shopping. "Vossa Excelência está sendo um presidente do sindicato dos deputados, que defende os interesses dos deputados. Parabéns!", elogiou Giovani Cherini (PDT-RS).

Empolgado, Edson Moreira (PTN-MG) comparou o peemedebista ao presidente Juscelino Kubitschek, que construiu Brasília. "Vossa Excelência está mostrando a coragem que JK mostrou", exaltou
Herculano
22/05/2015 08:21
ALGO PARA GASPAR INVEJAR E IMITAR: AS RAZÕES PELAS QUAIS APIÚNA NO MÉDIO VALE SE TORNOU UMA CIDADE COM UMA GESTÃO PÚBLICA NOTA DEZ EM TRANSPARÊNCIA SEGUNDO A CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO

A reportagem assinada por Luis Antonio Hangai, do Diário Catarinense, da RBS Florianópolis. A cidade de Apiúna, no Vale do Itajaí, com cerca de 10 mil habitantes, lidera com São Paulo um ranking nacional de transparência realizado pela Controladoria-Geral da União (CGU). Nesta primeira edição do levantamento, chamado Escala Brasil Transparente (EBT), foram avaliados 465 municípios com até 50 mil habitantes e todas as capitais dos 26 estados e do Distrito Federal.

Apesar do reconhecimento ser recente, os trabalhos que renderam nota máxima ao pequeno município catarinense começaram há pelo menos 12 anos, em meados de 2003, quando um grupo de estudo foi articulado na Associação dos Municípios do
Médio Vale do Itajaí (Ammvi) [ a qual Gaspar pertence e poderia ter usufruído do mesmo resultado]

Naquela época, Apiúna e as outras 13 cidades ligadas à associação passaram a discutir, em conjunto, medidas para adequar suas gestões à vigente legislação que previa mais transparência nas contas públicas. Com o tempo, os portais destes municípios e os softwares necessários para compilação e publicação de dados foram se desenvolvendo para atender à Lei da Transparência, de 2009, e a própria Lei de Acesso à Informação (LAI), promulgada dois anos depois.

- Para isso, existe um gasto financeiro que se resume à locação do software, usado para transferir informações ao portal. Hoje a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) oferece uma ferramenta gratuita para isso. Mas em Apiúna usamos um produto de empresa terceirizada - diz o controlador interno do município, Maicon Rodrigo Bernardi.

A Escala Brasil Transparente (EBT), no entanto, estabelece critérios somente para analisar a chamada "transparência passiva", que depende de uma solicitação específica encaminhada ao poder público, deixando de lado informações que a entidade divulga espontaneamente. Gilberto Waller Junior, ouvidor-adjunto da Ouvidoria-Geral da União, aponta os três principais requisitos contemplados pela cidade catarinense e pela capital paulista:

- As duas cidades que tiraram nota 10, São Paulo e Apiúna, apresentaram um canal de pedido de informação, uma instância recursal e ainda divulgaram uma resposta no prazo e em linguagem acessível. Devemos publicar um novo trabalho sobre Lei de Acesso à Informação até dezembro. Este terá informações sobre transparência ativa - antecipa.

Entre as 10 cidades que mais respeitam a LAI estão outras três cidades de SC: Frei Rogério, Correia Pinto e Imbuia. Mas o diferencial de Apiúna, na visão de Bernardi, está no fornecimento de informações não obrigatórias e acessíveis ao público leigo:

- Conseguimos disponibilizar informações sobre das obras públicas, como andamento dos trabalhos, origem dos recursos, além de fotos. Procuramos também sempre deixar tudo o mais claro possível, sem usar adendos jurídicos ou detalhes técnicos de legislações que dificultam a leitura.

Volto e completo. A transparência pode ser uma decisão do político gestor, mas principalmente ela vem da exigência da sociedade organizada. Em Gaspar, o PT aparelhou todas as entidades que podem exercer esta pressão e eliminou os canais de questionamentos e que ele inventa ou instrumentaliza quando está na oposição, exatamente para exercer o poder fiscalizador e ter palanque, discurso. Então... Acorda, Gaspar
Herculano
22/05/2015 08:10
TIRO NO PEITO DA IMPOSTURA, por Reinaldo Azevedo

De toda sorte, Marco Aurélio Garcia não é meu candidato a sair da vida para entrar na história

Marco Aurélio Garcia afirmou a Clóvis Rossi, nesta Folha, que a rejeição ao nome de Guilherme Patriota para embaixador do Brasil na Organização dos Estados Americanos se deveu à "campanha macartista de setores conservadores e da oposição". Sei. O único na grande imprensa que se importou com Patriota fui eu. Boa parte dos coleguinhas talvez até achasse que o diplomata deveria ir para a OEA pelos exatos motivos por que eu achava que não. E, entre esses motivos, está o fato de ele ser um discípulo intelectual de Garcia e do sociólogo filobolivariano Emir Sader.

Garcia diz que a rejeição buscou atingi-lo pessoalmente - um verdadeiro "tiro no peito". Não sei se a imagem é sua ou do jornalista. De toda sorte, o assessor palaciano não é meu candidato a sair da vida para entrar na história. Não como ele gostaria ao menos.

O homem se diz um "social-democrata de esquerda", o que me faz supor que existam o de direita e o de centro. Não sei que bicho é. Eu, por exemplo, sou um liberal. Se fosse acrescentar outro qualificativo, escolheria "conservador". Repudio a locução "de direita" apenas porque isso sugere que possa existir um "liberal de esquerda". É outro bicho que mama e tem penas.

Ainda que o liberalismo produza e distribua riquezas como nenhum outro modelo e seja o que melhor se concilia com as liberdades individuais, não saio por aí a prodigalizar suas virtudes distributivistas por uma questão de decoro intelectual. De fato, o seu, vá lá, desiderato não é a justiça social, bandeira que serve às esquerdas. Sob manto tão nobre, produziu-se o maior número de cadáveres de que se tem notícia. Ou alguém contesta?

"Social-democrata de esquerda", Marco Aurélio? Sob a sua inspiração, em 2012, o governo Dilma suspendeu do Mercosul o Paraguai - por ter deposto legal e legitimamente um presidente - e abrigou a Venezuela, já então uma ditadura que matava opositores nas ruas. Movido pelos mesmos valores, em 2009, o governo Lula já havia praticando ingerência ainda mais grave em Honduras. Em companhia de Chávez, tentou, na prática, insuflar uma guerra civil naquele país.

O PT, que tem em Marco Aurélio o seu guia genial para assuntos de política externa, jamais emitiu um pio contra a truculência de governos de esquerda ou antiamericanos. Em fevereiro, depois da prisão arbitrária de Antonio Ledezma, na Venezuela, o Itamaraty teve o descaramento de emitir uma nota instando "todos os atores envolvidos a trabalhar pela paz e pela manutenção da democracia". Ou por outra: o governo Dilma sugeria que as vítimas e seus algozes buscassem um meio termo bom para todos, para quem batia e para quem apanhava. Mais grotesco do que isso, só o "diálogo" com o Estado Islâmico...

Há quem não goste de um Senado que arranca de um candidato ao STF o "compromisso vinculante" de, se ministro, respeitar os fundamentos da propriedade privada e da família? Há quem não goste de um Senado que recusa um embaixador que fizera palestra no Foro de São Paulo, um núcleo de conspiração contra a democracia? Pois eu aplaudo! Luiz Edson Fachin (aprovado) e Patriota (reprovado) eram candidatos a cargos de Estado. Até no PT há senadores dizendo "não" a Dilma. Por que haveriam de sempre dizer "sim" os que petistas não são?

"Ah, mas Renan se aproveitou!" E daí? Não tenho como impedi-lo. Mas tenho como dizer quem é Fachin, quem é Patriota e quem é Garcia. E digo.
Herculano
22/05/2015 08:05
MANCHETE DE CAPA DESTA SEXTA-FEIRA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO: DILMA CORTA R$69 BILHÕES, PREVÊ PIB MENOR E ELEVA TRIBUTO DE BANCOS

POR QUE A PRESIDENTE DILMA FAZ ISTO? POR QUE ELA, O PT, PMDB, PP, PDT E OUTROS GOVERNARAM MAL, FORAM INCOMPETENTES, PERMITIRAM A CORRUPÇÃO DESENFREADA OU ROUBARAM.

DILMA MENTIU DURANTE O GOVERNO DELA MESMA E NA CAMPANHA ELEITORAL PARA A REELEIÇÃO, CONSEGUIU ILUDIR UMA MAIORIA DE ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS E DEPENDENTES DE PROGRAMAS SOCIAIS, ALÉM DE ALIMENTAR UMA MILITÃNCIA QUE DEFENDE ESTE TIPO DE SACANAGENS, DEPENDEM DE BOQUINHAS, TODAS PAGAS PELOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS E QUE ESTÃO SENDO AUMENTADOS MAIS UMA VEZ.

O texto é de Natuza Nery, Valdo Cruz, Sofia Fernandes, Flávia Foreque, Marina Dias e Ranier Bragon, todos da sucursal de Brasília. Em um momento de queda da receita e de risco de ter seu pacote de ajuste desfigurado no Congresso, o governo Dilma anuncia nesta sexta (22) um corte no Orçamento de cerca de R$ 69 bilhões, o maior da era petista, para tentar vencer o ceticismo do mercado de que irá cumprir sua meta fiscal em 2015.

Ao definir o tamanho do bloqueio, o governo estimou que o país terá uma retração de 1,2% do PIB neste ano, pior do que a previsão anterior (0,9%). A inflação oficial será de 8,26%, bem acima do centro da meta (4,5%).

O corte vai atingir R$ 49 bilhões de despesas propostas pelo governo e R$ 20 bilhões de emendas parlamentares, recursos destinados por deputados e senadores para suas bases eleitorais.

O bloqueio não vai poupar nenhuma área do governo federal, inclusive saúde, educação e desenvolvimento social. Esses setores, contudo, serão os mais preservados.

Segundo Dilma, o contingenciamento "não vai ser pequeno", mas não vai paralisar o Executivo.

O valor do corte é próximo ao piso para o bloqueio de gastos proposto pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda), de R$ 70 bilhões. Sua equipe chegou a propor contenção de R$ 80 bilhões. Os ministérios da Casa Civil e do Planejamento, além da área política do governo, defendiam um valor perto de R$ 60 bilhões.

Para garantir mais dinheiro em caixa e cumprir a meta fiscal, o governo editou na noite desta quinta (21) MP elevando a alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) de bancos, de 15% para 20%, o que deve gerar R$ 4 bilhões por ano.

A equipe de Levy elabora outras propostas de aumento de impostos, como o fim de incentivo sobre o pagamento de lucros de bancos e empresas, a serem decididas depois da aprovação do pacote fiscal no Congresso Nacional.

A divulgação de dados sobre a arrecadação do governo, na véspera do anúncio, mostra a dificuldade do governo para o cumprimento da meta de economia para pagamentos de juros de 2015.

As receitas do mês passado tiveram queda real de 4,6% ante abril de 2014. É o pior resultado para o mês desde 2010. Nos quatro primeiros meses do ano, a arrecadação recuou 2,7% em relação ao mesmo período de 2014.

O resultado fraco reflete a queda das vendas de bens e serviços e da produção industrial. Também concorreu para esse desempenho a dificuldade do governo em aprovar seu pacote de ajuste fiscal.

Nesta semana, o governo foi obrigado a adiar a votação, no Senado, da medida que restringe benefícios trabalhistas, após senadores do PT ameaçarem votar contra.

Além disso, a MP que reduz benefícios previdenciários corre risco de ser modificada no Senado porque lá está incluída a mudança na forma de cálculo da aposentadoria. Se for alterada, a MP voltará para a Câmara.

O governo precisa votar as duas MPs até o início de junho. Caso contrário, elas perdem validade. Somado a isso, o projeto da desoneração da folha de pagamento não deve gerar caixa neste ano, o que agrava a situação.

A Fazenda precisa poupar o máximo possível se quiser atingir a meta fiscal deste ano, de R$ 66,3 bilhões para todo o setor público, o equivalente a 1,1% do PIB.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), acusou senadores petistas contrários ao ajuste de fazer "firula" e disse que o país "quebra" caso o Senado não aprove as medidas. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prometeu votar as MPs a tempo caso elas retornem à Casa.
Herculano
22/05/2015 07:54
TURMA DA LAVA-JATO VOTA UNIDA POR SHOPPING DE CUNHA, por Lauro Jardim, de Veja

Os deputados investigados na Lava-Jato por suspeita de ter relações espúrias com as empreiteiras votaram unidos anteontem ao dar o aval ao projeto de construção de um shopping center na Câmara - promessa de campanha de Eduardo Cunha que ele agora tenta tirar do papel.

A PPP para a construção do shopping é a galinha dos ovos de ouro dentre as obras à espera das construtoras em Brasília.

Votaram com Cunha os notórios Aguinaldo Ribeiro, Aníbal Gomes, Arthur Lira, Dilceu Sperafico, Eduardo da Fonte, Jerônimo Goergen, José Mentor, José Otávio Germano, Lázaro Botelho, Luiz Fernando Faria, Missionário José Olímpio, Nelson Meurer, Renato Molling, Roberto Balestra, Roberto Britto, Sandes Júnior, Simão Sessim, Vander Loubet e Waldir Maranhão.
Herculano
22/05/2015 07:39
PADIM LULA, DA UNÇÃO À MALDIÇÃO, por José Néumanne

Ricardo Pessoa, ex-engenheiro da OAS e empreiteiro da UTC, foi escalado na seleção dos "campeões mundiais" ungidos com as bênçãos do padim Lula de Caetés. Egresso de uma carreira anônima de executivo da construtora baiana, cujo dono era genro de um figurão da República nos anos JK, na ditadura militar, na Nova República e no mandarinato tucano, Antônio Carlos Magalhães, o ACM - dependendo das circunstâncias, Toninho Malvadeza ou Ternura -, subiu na vida como um foguete. E caiu ao fundo do pré-sal acusado de chefiar um cartel que demoliu o patrimônio e a credibilidade da joia da coroa estatizada brasileira, no qual dava cartas para os ex-patrões da OAS e outros figurões carimbados da construção civil nacional: Camargo Corrêa e Odebrecht, entre eles. Subida ao céu e descida aos infernos sob a égide do padroeiro.

Os irmãos Joesley e Wesley Batista, filhos de José Batista Sobrinho, o Zé Mineiro, que em 1953 abriu a Casa de Carnes Mineira, um pequeno açougue em Anápolis (GO), adotaram as iniciais do nome do pai, JBS, para denominar um grupo que, no século 21, passou a ser o maior processador de proteína animal do mundo, com 152 mil empregados. Para recorrer a uma metáfora futebolística, tão ao gosto do padim, é como se a Anapolina, cuja torcida chama de xata (com x mesmo), decolasse da Série D do Campeonato Brasileiro de Futebol para ganhar o título mundial contra Barcelona ou Juventus de Turim, não importa.

Há, contudo, uma diferença capital entre os Batistas e Pessoa: enquanto este usa uma tornozeleira para não sair de casa, os goianos comemoram, ano após ano, lucros fabulosos. O máximo de incômodo pode ter sido a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de exigir que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) abra o sigilo, que tem mantido teimosamente, sobre as vultosas quantias a que a instituição pública se tem associado em suas conquistas no Brasil e alhures. O estouro da boiada, de Consuelo Dieguez, na Piauí, conta como.

Se o TCU não encontrar nada de errado nas relações entre empresa particular e banco estatal, a não ser generosidade de compadre, a esta altura do campeonato restará a constatação de que os filhos de Zé Mineiro serão privilegiados também pelo fato de o ouro do esperto alquimista de Caetés não ter virado cinzas. Mas o clã mineiro em Goiás nunca será acusado de esbanjar, pois tem multiplicado cada centavo da ?viúva? injetado. Ao contrário de Eike Batista, filho de Eliezer, o badalado gestor da Vale estatal que operou o ?milagre? da transformação de metal precioso em porcaria, reduzindo a pó todos os papagaios de notas de dólar que empinou e tornando uma herança de mandarim um festival de falências.

Já houve quem dissesse que o melhor negócio do mundo é um poço de petróleo bem administrado e o segundo melhor, um poço de petróleo mal administrado. Eike desafiou essa lei do mercado, mas não passou de um golden boy num ringue de pesos pesados. Se é verdadeiro o grave conteúdo das delações premiadas coletadas pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) do Paraná e que têm merecido atenção e aprovação do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, a ex-maior empresa brasileira, a estatal Petrobrás, despencou do alto de desempenho e reputação invejáveis no mundo para o fundo dos próprios poços na profundeza dos mares, em caixa, patrimônio e credibilidade.

Um dos presos na investigação, antes condenado no escândalo do mensalão, o ex-deputado Pedro Corrêa disse à CPI da Petrobrás que o ex-presidente Luiz Inácio só não foi preso porque ninguém teve coragem de fazê-lo. No depoimento, ele delatou: "Lula achava que o Paulo deveria ser diretor de Abastecimento". O delator recorreu ao testemunho de um morto, José Janene, mas não faltam vivos que se lembrem do carinho com que Lula tratava seu afilhado de "Paulinho".

Essa talvez seja a única explicação razoável para o desabafo que o dono do dedo que ungiu os "campeões mundiais" andou fazendo em Brasília na semana passada. De acordo com relato dos colegas Andreza Matais e Ricardo Brito, da sucursal de Brasília, publicado neste jornal no sábado, o ex "admitiu" que "não atravessa uma boa fase". Duvida quem, como o autor destas linhas, frequentou sua casa na vila operária do Jardim Assunção e sabe que hoje o padim mora em apartamento de luxo na mesma cidade de São Bernardo. E tem garantido conforto para veraneios no Guarujá em apartamento tríplex que, segundo seus acusadores, foi concluído pela OAS para a Bancoop, que não tem um histórico muito católico de entregar vivendas que vendeu. Será exagero concluir que ele cospe na própria sorte? Talvez.

Mas uma parábola futebolística é muito adequada se se juntar o que se publica nas páginas de política, polícia e esportes hoje em dia. O Corinthians não sabe, nem tem, como pagar dívida de R$ 1,15 bilhão pelo estádio ainda sem nome que o BNDES ajudou a Odebrecht a construir para o time do coração de Lula. E este e vários dos ungidos por ele enfrentam dificuldades mais amargas do que a eliminação do ex-campeão mundial da Libertadores.

O MPF leva adiante investigação sobre o poder de indicar executivos heterodoxos para gerir dinheiro público de uma amiga íntima de Lula, Rosemary Noronha, que, nomeada por ele, chefiou o escritório da Presidência da República em São Paulo. Em Portugal, o ex-premier José Sócrates, preso, responde por suspeita de protagonizar o escândalo dos sanguessugas. No processo, o colega brasileiro é citado, e não pelo feito de ser autor do prefácio de seu livro sobre tortura.

Relatam os repórteres que o preocupa mais a eventual delação premiada de Pessoa, cuja empresa tinha há sete meses R$ 10 bilhões em contratos ativos com a Petrobrás. Se este contar por que chefiava os maiores tocadores de obras de Pindorama, aí, quem sabe, a vaca tussa e a porca torça o rabo
Herculano
22/05/2015 07:30
GOVERNO RETOMA CONTROLE DOS BILHÕES DA VALE, por Claudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Sem alarde e utilizando de artifícios marotos, o governo retomou o controle da Cia Vale do Rio Doce, privatizada em 1997. Os fundos de pensão Previ (do Banco do Brasil), Funcef (Caixa) e Petros (Petrobras), além do BNDESpar, controlados pelo Planalto, somam agora 52,5% da mineradora. Isso garante à "cumpanherada" proximidade dos negócios bilionários da Vale. Sem licitações, sem TCU e sem MPF por perto.

Empresa laranja
Para disfarçar os investimentos na Vale, os fundos criaram uma empresa, Litel, da qual a Previ tem 78,4% das ações.

Pés frios
Após retomada da empresa, uma das mais rentáveis do mundo, a Vale viu agravada a crise da desvalorização do minério de ferro.

Disfarça, disfarça
Para assumir o controle da Vale, os fundos investiram mais do que a lei autoriza, e agora tentam "desenquadramento" para fugir da ilegalidade.

Fechando os olhos
O ministro Carlos Gabas (Previdência) pressiona a Previc, que fiscaliza fundos de pensão, a "buscar uma solução" para não puni-los.

REFORMA POLÍTICA LIBERA TROCA-TROCA DE PARTIDOS
Além de impedir que partidos nanicos tenham acesso aos R$ 868 milhões do fundo partidário, o projeto da reforma política libera políticos eleitos a mudar de partido sem risco de perder o mandato, mas só pelos dois meses após a promulgação da lei. Hoje e após a janela de sessenta dias, político que se desligar do partido pelo qual foi eleito perde o mandato, salvo em casos como a criação de nova legenda.

Corrida pela grana
A mudança na partilha do fundo partidário deve levar deputados de 16 pequenos partidos a usar a brecha para trocar de legenda.

Furada
Partidos em vias de criação como o Rede, de Marina Silva, e o PL de Gilberto Kassab (Cidades) vão nascer sem dinheiro e sem deputados.

Senado jovem
Ao contrário de senatus, que vem de "ancião" em latim, a idade mínima de nossos senadores será reduzida para 30 anos na reforma política.

Contrabando questionado
O PPS entrou com mandado de segurança no Supremo contra o "contrabando" na MP 668 que libera construção do "Parlashopping" no novo anexo da Câmara. O "jabuti" foi aprovado na MP no último dia 20.

O que é pior
Com Delcídio Amaral (PT-MS) como líder do governo no Senado, Dilma não precisa de oposição. Ele agora diz que é preciso "diferenciar partido e governo". Sem explicar o que é pior, na opinião dele.

Grande resistência
Deputados federais do PMDB-RJ cobram de Michel Temer a nomeação dos indicados na Cia. Docas. Para votar o ajuste fiscal, Temer prometeu nomeações, mas a resistência na Casa Civil é implacável.

Fusão fria
A fusão PTB-DEM passa por dificuldades. Reunidos ontem, dirigentes dos dois partidos se desentenderam sobre partilhas dos diretórios estaduais no novo partido e as conversas voltaram à estaca zero.

Desoneração da folha
A Receita Federal demorou duas semanas para encaminhar a tabela da análise de desoneração da folha de pagamento ao relator, Leonardo Picciani (PMDB-RJ). Com relatório atrasado, votação só no dia 10/jun.

Reeleição na Câmara, não
O deputado Wadih Damous (PT-RJ) criticou a intenção do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de aprovar PEC que permite a reeleição no atual cargo: "É um casuísmo grave que altera a Constituição para atender interesses circunstanciais". Atualmente a reeleição é proibida.

Vergonha
O deputado Arthur Virgílio Bisneto (PSDB-AM) aplaudiu a rejeição ao diplomata Guilherme Patriota para a OEA: "O Senado não é obrigado a referendar. E a OEA não é hoje um foro multilateral relevante".

Apertando o PT
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deseja pôr em votação a reforma política para desgastar o PT. O objetivo do presidente da Câmara é destacar as incoerências petistas, que pregam uma coisa e aprovam outra.

Pensando bem...
... "corte adequado", como quer Dilma, só se for na própria carne
Herculano
22/05/2015 07:13
GOVERNO DECIDE ELEVAR TRIBUTO PAGO POR BANCOS DE 15% PARA 20%. AUMENTO DA CSLL SERÁ FEITO POR MEIO DE MEDIDA PROVISÓRIA QUE ESTÁ SENDO PUBLICADA HOJE

Conteúdo da Agência Reuters. O governo decidiu elevar em 5 pontos porcentuais, para 20%, a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de bancos e outras instituições financeiras, como corretoras, em mais uma medida de ajuste fiscal, disse nesta quinta-feira uma fonte do governo. "O aumento vai ser feito por medida provisória", disse a fonte, que pediu para não ser identificada.

A elevação da alíquota vai criar, de acordo com cálculos do governo, uma receita adicional ao ano de 3 bilhões a 4 bilhões de reais. As ações dos bancos vêm sofrendo na Bovespa desde o início da semana, quando começaram a surgir especulações sobre a elevação de tributos sobre o setor e o fim do juro sobre capital próprio.

No início da semana, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o governo avaliava a possibilidade de elevar tributos dependendo do andamento das medidas de ajuste fiscal no Congresso.

Para retomar a confiança do investidor, o governo está perseguindo uma meta de superávit primário neste ano de 66,3 bilhões de reais, equivalente a cerca de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas nos 12 meses encerrados em março, o setor público ainda registra déficit primário de 0,7% do PIB.

A elevação da CSLL não é o primeiro aumento de tributos adotado pelo governo neste ano. Em janeiro, o governo anunciou a retomada da cobrança da Cide-Combustível, elevação da alíquota do IOF nas operações de crédito de pessoas físicas e do PIS/Cofins de produtos importados.

Além do aumento de tributos, o governo também irá promover um grande redução nos gastos. Deve ser anunciado nesta sexta-feira o contigenciamento do Orçamento deste ano, que poderá chegar a 80 bilhões de reais.
Herculano
22/05/2015 07:06
ILHOTA EM CHAMAS

Faltou espaço na coluna de sexta-feira. Mas, em Ilhota, tudo arde. E como arde.
Herculano
22/05/2015 07:03
SHOPPING PARLAMENTAR, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Eduardo Cunha vê vitorioso seu projeto de ampliar as dependências da Câmara, o que inclui a construção de um centro comercial

É certo que nenhum político sobrevive se não tiver alguma sede pelo poder. Mesmo essa característica, porém, se divide desigualmente entre os que se dedicam às atividades legislativas e de governo. Poucos a manifestam com mais ênfase, no contexto atual, do que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Ainda que possam merecer reserva as suas motivações pessoais ou ideológicas, o fato é que as expressa com vigor desde que ascendeu ao cargo, dando a este dimensões de combatividade e de potencial perturbação que seus antecessores, mais tímidos ou bem contentados, não deixavam entrever.

A "virtù" maquiaveliana de Eduardo Cunha - entenda-se o termo não em sua conotação moral, mas pelo que significa de impetuosidade e clareza de objetivos políticos - naturalmente se confirma quanto mais parece faltar nas paragens do Poder Executivo.

Não é necessário recorrer a Maquiavel, entretanto, para dizer que todo príncipe - ou, vá lá, todo "condottiero" - ambiciona ter o seu palácio. Quanto a isso, Cunha não perdeu tempo, embora seja inegável que sua iniciativa chega em péssima hora.

O deputado há de argumentar que o projeto de ampliar as instalações da Câmara, com novos gabinetes, vagas de estacionamento e até a construção de um shopping center, fazia parte de suas promessas de campanha, na qual pleiteou o cargo que ora ocupa.

Já constitui aspecto lamentável que, numa eleição entre representantes da população, tal gênero de promessas circule e proporcione resultados. De que mais precisam os deputados? Chafarizes, ambulâncias? Dentaduras, mortadelas?

Quiseram um shopping, e o presidente da Câmara pôs mãos à obra. O momento coincide, contudo, com o de um extremo aperto nas contas públicas. Votam-se, com os debates inevitáveis e as resistências que se conhecem, cortes em benefícios sociais e o fim de isenções tributárias.

Numa perversidade especial de arquitetura legislativa, inseriu-se o shopping de Cunha no interior de uma medida provisória destinada a aumentar impostos sobre produtos importados.

Diga-se que vários deputados tentaram derrubar a aberração. Do PSOL ao PSC, procurou-se colocar em destaque, para votação em separado, o projeto de Cunha.

Mestre no uso do regimento, o presidente da Câmara conseguiu a princípio evitar que a matéria fosse examinada isoladamente; mais tarde, cedeu. Talvez sem surpresa, verificou que a maioria de seus pares, afinal, concordava com o projeto - cabendo a PT, PSDB e alguns poucos a honra de terem sido derrotados pelo fisiologismo dominante.

Virá o shopping, portanto. Talvez os correligionários de Eduardo Cunha possam abrir lá mesmo suas tendas em que comercializam cargos e vantagens.

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