Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

26/05/2015

O HOSPITAL DO PT I

O PT e a prefeitura ainda não sabem o que fazer para se livrar da bomba que armaram para eles próprios: a intervenção no Hospital de Gaspar. Depois de ensaiarem ?rupturas?, renovaram-na por mais seis meses na esperança de gerir uma ?montanha? de dinheiro e disfarçada de saúde para o povo. O Hospital é uma sangria de recursos que a prefeitura não os possui. Faltam-lhe verbas públicas como antes. E não encontraram até agora o rombo de ladrões que anunciaram para justificar a intervenção. 

O HOSPITAL DO PT II

Para complicar, o que estava ruim piorou. O governo Federal anunciou cortes de R$11,7 bilhões da saúde. Ou seja, afundaram-na ainda mais. O corte é para tapar o rombo da incompetência, corrupção e roubo dos nossos pesados impostos na herança maldita do primeiro governo de Dilma Vana Rousseff, PT. Resumindo: o governo progressista, de esquerda e popular, preferiu, na hora da verdade, por mais dor, sofrimento e morte no caminho dos pobres e doentes, a quem o PT engana e arranca votos a cada eleição para se perpetuar no poder. Daí a preferência por analfabetos, ignorantes e desinformados. É mais fácil enganá-los, intimidá-los e humilhá-los. 

O HOSPITAL DO PT III

O PT de Blumenau e que manda no daqui, porque lá perdeu poder depois de governar a cidade por oito anos com o itajaiense Décio Neri de Lima e faz dez anos que ninguém o quer de volta, perseguiu o ex-prefeito João Paulo Kleinubing, PSD, hoje deputado Federal licenciado e atual secretário da Saúde. Na terça-feira, o PT daqui, por seu presidente, vereador e líder da bancada, o campeão de votos, José Amarildo Rampelotti, transferiu a culpa da penúria do Hospital, que o PT daqui não consegue verbas no governo do PT de Brasília, ao governo do estado, do PSD e PMDB, só para atingir mais uma vez Kleinubing. 

HOSPITAL DO PT IV

Disse Rampelotti que o governo do Estado tranca portarias em Florianópolis. Elas, segundo ele, deveriam estar em Brasília e dariam ao Hospital R$4,5 milhões por ano. Hum! Marcelo de Souza Brick, PSD, escudeiro de Kleinubing, desmentiu-o na lata. Tudo, que nem chegaria a R$4 milhões, já estaria em Brasília há mais de um mês. E lá quem nega o dinheiro? O próprio PT na burocracia, insensibilidade e falta de canais da prefeitura de Gaspar, incluindo o próprio deputado Federal Décio Neri de Lima, padrinho da administração petista daqui. 

HOSPITAL DO PT V

Rampelotti foi mais longe. Revelou que em Brasília, o prefeito Pedro Celso Zuchi teria encontrado a secretária de Saúde de Blumenau, Maria Regina de Souza Soar ? que na SDR com Paulo França, PMDB, já conspirou contra o Hospital e o queria para drogados. Ameaçou e chantageou: se ela e o prefeito Napoleão Bernardes, PSDB, não o ajudassem a levar as ditas portarias à Brasília, o nosso estadista Celso fecharia o Hospital daqui, para por pirraça, entupir os hospitais de lá, especialmente o bem administrado e público, Santo Antônio. 

O HOSPITAL DO PT VI

Falta aos políticos ? sejam eles de que partido forem - mais sinceridade, transparência e humanidade. Está na hora de parar de tratar saúde pública com cores partidárias e poder, negócios, sacanagens e arrumar culpados. Beira a crime. Falta diálogo e solução. Em Blumenau, onde há instituições fortes, o governador, Raimundo Colombo, PSD, na posse da diretoria da Acib, que é livre, não aparelhada e com presidente eleito conforme os estatutos, anunciou R$12 milhões para o Hospital Santo Antônio. Resumindo. Por causa da politicalha rasteira, Gaspar perde para Gaspar e em algo essencial, a vida. Acorda, Gaspar! 

img20150524wa0001GG.jpgO DEM reconduziu Luiz Nagel na presidência do partido aqui. O presidente estadual, Paulo Gouveia da Costa, foi ao encontro no Tamandaré,na Lagoa (foto). O PMDB, PSDB e PSD estavam lá no evento que reuniu perto de cem pessoas. 

TRAPICHE

O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi a Brasília no início do mês. Não trouxe nada, a não ser as desculpas de sempre. Foi lá apenas conferir se um empenho estava empenhado para ponte do Vale. Agora retornou a Brasília para a tal Marcha dos Prefeitos. Espera aí! Vai protestar ou receber diárias de dinheiro escasso por aqui? As verbas que não vêm não são as que o seu PT lhe nega e ele bate palmas? Acorda, Gaspar! 

Ilhota em Chamas. É impressionante o desiquilíbrio financeiro das contas da prefeitura de Ilhota governada por Daniel Christian Bosi, PSD. O alerta é do Tribunal de Contas. ?A meta bimestral de arrecadação prevista até o 5º Bimestre de 2014 não foi alcançada, pois foi prevista a meta de R$ 44.879.819,51 e o resultado foi de R$ 25.387.124,50, o que representou 56.57% da meta prevista, devendo o Poder Executivo promover limitação de empenho e movimentação financeira, consoante dispõe o artigo 9º da Lei de Responsabilidade Fiscal?. Conclusão: está quebrada ou mal administrada. 

Nas duas pontas. Quem trouxe o PT para Gaspar? Entre tantos, mas de forma organizada, foi o advogado Valmor Beduschi Júnior na famosa onda amarela do advogado sindical Décio Neri de Lima, em Blumenau. Quem estava na posse de Dalírio Beber, PSDB, no Senado e fez questão de divulgar isto nos quatro cantos? O dr. Valmorzinho. 

Propaganda mentirosa. A prefeitura anunciou como sendo inauguração a ala pediátrica do Hospital do PT de Gaspar. Ela já existia, apenas foi reaberta e sem médicos suficientes ? razão pela qual foi fechada pela antiga administração - para tocá-la. Vergonha. Coisa de políticos e não de gente séria. Pior, ainda trocaram o nome da ala. Desrespeito muito comum dos petistas com que elegem seus ?inimigos?. 

Aliás, a ?inauguração? da ala pediátrica do Hospital do PT de Gaspar foi feita a toque de caixa, poucos convites e convidados. A maioria foi convocada de última hora, inclusive a imprensa. Por que será? 

É uma atrás da outra. Lei é letra morta para esta gente. E por falar em saúde pública em Gaspar, a ex-secretária Márcia Adriana Cansian, que voltou para Botuverá, acaba de ser enquadrada pelo Tribunal de Contas. Terá que explicar a razão pela qual, como gestora do Fundo Municipal de Saúde, não obedeceu a ordem cronológica de pagamentos aos fornecedores e colocou de escanteio o fornecedor Profarma, autora da denúncia acatada pelo TCE. 

Do pastor Silas Malafaia, respondendo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, depois de ele desqualificar os evangélicos de quem tanto precisou para as suas eleições e de Dilma, a ateia. ?Jesus liberta o homem da cachaça. Deus tenha misericórdia do povo brasileiro?.

 

 

Edição 1690

Comentários

Roberto Sombrio
28/05/2015 22:49
Oi, Herculano.

Deputado João Rodrigues - PSD (SC).

"...tem muitos amigos que mandam muita sacanagem".

Deputado! Sacanagem é o que vocês políticos fazem com o povo brasileiro todos os dias.

Está difícil! Só tem vagabundos. Será que um dia acaba? Provavelmente quando o povo deixar de ser burro.
Com a crise que se aproxima (lembrando que a crise ainda não se instalou, estamos apenas no começo do que será o inferno neste país) e que deverá resolver todas estas questões pois não ficará pedra sobre pedra. O povo com fome acorda.
Pernilongo Irritante
28/05/2015 22:36
Pena que essa merda de corrupção na FIFA não irá acabar com esse lixo chamado futebol.
Queria ver esse povinho que cheira o rabo do Lula e da Dilma não poder mais ir aos estádios e ter que ficar sentado no sofá rasgado da sala, sem ter o que fazer e começar a pensar (se é que eles pensam) na bosta que o PT transformou esse país.
Roberto Basei
28/05/2015 20:49
Conexão Deputado X Vídeo Porno!

Descobriram para mostra o que realmente é sério na casa de LEIS!


As moças!
Arara Palradora
28/05/2015 20:16
Querido, Blogueiro!

Postado às 19:05hs - Conteúdo pornográfico?
Já sei!!! Então, tratava-se do plano de governo deste 2º mandato da DilmANTA.

Voeeeiii...!!!
Anônimo disse:
28/05/2015 20:01
Herculano, veja só o que a gente descobre acessando a internet.

"Almoço em torno de José Dirceu":

O jornalista Ricardo Noblat conta no seu blog de hoje o que ninguém contou na midia diária. Ele diz que Zé Dirceu, embora com prisão domiciliar, réu condenado, investigado de novo como ave de rapina do PT, quase não falou no almoço e evitou ser fotografado. Na saída ganhou uma garrafa de cachaça, presente que poderá dividir com a presidente Dilma, sua "companheira de armas", que acaba de confessar, no México, ser fissurada por uma "boa capirinha", sem a qual a vida não tem graça".

Por isso que a velha é biruta, enche os cornos de cachaça e nós temos que aturá-la.
#VazaMocréia

Belchior do Meio
28/05/2015 19:11
Sr. Herculano:

Do Estadão: "4 montadoras (GM, Mercedez, Fiat, Volvo) vão mandar para casa (férias ou licença) cerca de 35 mil trabalhadores".

São os metalúrgicos do LuLLa desempregado.
Como se diz por aí, ACREDITARAM NELLES? BEM FEITO!
Herculano
28/05/2015 19:05
NA HORA DO VOTO E DE NOS REPRESENTAR. DEPUTADO CATARINENSE É FLAGRADO VENDO PORNÔ E CULPA OS AMIGOS. "MANDA MUITA SACANAGEM". PODE?

O conteúdo é do jornal Folha de S.Paulo. O texto é de Ranier Bragon, da sucursal de Brasília.

O plenário da Câmara votou na quarta (27) dois pontos cruciais da reforma política, mas o deputado João Rodrigues (PSD-SC) acabou não se concentrando cem por cento nos longuíssimos debates sobre financiamento privado, reeleição e afins.

Conforme imagens captadas e divulgadas pelo SBT, o parlamentar reservou parte da sessão para, ao lado de alguns colegas, ver fotos e vídeos pornô em seu celular. Nesta quinta (28), já em meio à repercussão da divulgação das imagens, ele jogou a culpa em amigos de um grupo de mensagens instantâneas.

"Nesses grupos de WhatsApp que eu tenho, todo mundo tem, tem muitos amigos que mandam muita sacanagem", afirmou por telefone o deputado, que tem 48 anos, é casado e tem duas filhas. "É um amigo de WhatsApp, e é frequente isso. Na verdade, quando são coisas impróprias, eu abro para ver do que se trata e vou apagando", acrescentou.

Integrante do chamado baixo clero da Câmara, que é o grupo majoritário de pouca expressão política nacional, Rodrigues é ex-radialista, está em seu segundo mandato como deputado federal e foi prefeito de Chapecó e Pinhalzinho, ambas em Santa Catarina.

Leia trechos da entrevista:

*

Folha - O SBT fez imagens do sr. vendo vídeo e fotos pornográficas durante a votação da reforma política. O que aconteceu, deputado?
João Rodrigues - Não cheguei a ver o vídeo [do SBT], mas o que ocorre: sou um deputado de Santa Catarina e, durante a sessão, as vezes, abro o WhatsApp para ver recados, informações. Bom, nesses grupos de WhatsApp que eu tenho, todo mundo tem, tem muitos amigos que mandam muita sacanagem. Quando abri o WhatsApp, realmente tinham postado um uma imagem imprópria. Cutuquei o deputado do lado e mostrei pra ele: 'Olha que merda que mandaram'. Ele olhou, riu, e eu apaguei. Porque quando eu chego em casa eu tenho uma filha de 10 anos que pega meu celular para brincar.

Foi um amigo do grupo que mandou então para o sr.
É, um amigo de WhatsApp, e é frequente isso. Na verdade, quando são coisas impróprias, eu abro para ver do que se trata e vou apagando.

O sr. já viu a repercussão desse vídeo na internet?
Isso aí gera constrangimento, e é óbvio que eu vou tomar providências jurídicas, porque violaram um equipamento privado. Segundo, a forma como está sendo colocada eu acho que está sendo equivocada. E terceiro, estou te contando um um fato que é um fato rotineiro. Eu não recebo imagem pornográfica e guardo. Eu abro o WhatsApp para ver do que se trata. E nesse caso cutuquei o deputado ao loado para mostrar: 'Olha o que me mandaram'. E quando vi eu apaguei. Foram várias. Umas dez imagens, eu apaguei todas.

Deu problema na família?
Sou casado, tenho duas filhas, sou um sujeito bem encaminhado. Agora, obviamente que haverá constrangimento, claro que haverá. Quando estou em casa, e a gente vai jantar, esse grupo do WhatsApp eu abro e mostro: 'Olha as coisas que me mandam'. Ela [a mulher] conhece esse grupo de WhatsApp. Mandam muita bobagem, mandaram recentemente uma imagem de uma pessoa famosa, e eu apaguei. Eu não armazeno esse tipo de coisa.

Que pessoa famosa?
Nua, não sei se é montagem. Várias. Tenho uma filha de dez anos que ela brinca com meu celular quando eu estou em casa...

O sr. acha correto ver isso no plenário, um local de exposição pública, durante votações?
No plenário eu abro informações diversas [no celular]. Quando abre o WhatsApp você não sabe o que está sendo postado, o WhatsApp não avisa o que é. Eu vi, e até botei [o aparelho] debaixo da mesa, para ninguém do lado de fora ver. Agora, com certeza gera constrangimento, obviamente que eu tenho que tomar minha providência jurídica. Quanto ao ambiente, quanto ao plenário, eu não sei qual é a mensagem, então eu abro e vou descartando. Recebo todos os dias, todas as horas muitas informações, de amigos, de prefeitos, fazendo pleitos, ou sugerindo: 'Deputado, cobra isso, fala aquilo', perguntando sobre reforma política.
Herculano
28/05/2015 18:51
FUNGINDO

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, deixou o luxuoso hotel Baur au Lac e está retornando ao Brasil. Ele fez o checkout às 13h47 (horário de Brasília), pouco mais de uma hora depois da abertura do 65º congresso da Fifa em Zurique. Até o momento, ele é o único dirigente que tomou a medida de deixar a cidade após a operação da FBI de prisão de cartolas corruptos na quarta-feira.
Herculano
28/05/2015 18:23
JOSEPH BLATTER AVISA: "MAIS NOTÍCIAS RUINS VIRÃO"

Conteúdo da revista Veja com agências internacionais. O presidente da Fifa Joseph Blatter se pronunciou nesta quinta-feira pela primeira vez sobre as prisões de sete dirigentes da entidade por envolvimento com esquemas de suborno. Na abertura do Congresso Anual da entidade, na Suíça, Blatter reconheceu que "mais notícias ruins virão" nos próximos meses, mas atribuiu a corrupção a casos "individuais" praticados por uma "minoria" entre os cartolas.

"Não vou deixar que atos de alguns destruam as ações de tantos que trabalham pelo futebol. Aqueles corruptos são minorias. Mas precisam ser pegos e levados a suas responsabilidades. Vamos cooperar com as autoridades para que os envolvidos, de cima para baixo, sejam punidos. Não pode haver espaço para corrupção. Os próximos meses não serão fáceis. Mais notícias ruins virão", admitiu. Tanto a Justiça americana como a suíça indicaram que as prisões em Zurique foram apenas as primeiras etapas de um processo bem maior.

O presidente da Fifa, contudo, prometeu que vai fazer uma reforma para "reconstruir" a entidade. "Somos uma vasta maioria que gosta do futebol, não pelo poder ou cobiça. Mas pelo amor ao futebol e para servir a outros", afirmou. "Será um caminho longo e difícil para reconstruir a credibilidade. Perdemos e vamos reconquistar por meio das ações", disse Blatter, que nesta sexta concorre à reeleição mais uma vez. O dirigente ainda pediu "solidariedade". Nesta quinta, Michel Platini, presidente da Uefa, pediu a renúncia de Blatter e declarou apoio ao candidato opositor, o jordaniano Ali Bin Al Hussein.

O presidente da entidade reconheceu ainda que o esquema de corrupção revelado pela Justiça americana jogou "uma grande sombra no futebol e no Congresso da Fifa". "Ações individuais trouxeram vergonha e humilhação ao futebol e exigem mudanças", disse Blatter. O cartola, porém, se isentou de qualquer culpa no escândalo. "Muitos dizem que sou responsável pela comunidade global do futebol, seja na Copa ou no escândalo de corrupção. Mas não posso monitorar as pessoas todo o tempo. Se eles fazem algo errado, tentam esconder."

Clima - A Fifa abriu nesta quinta à tarde seu congresso anual em Zurique, de forma constrangedora, com música, roupas de gala e carros de luxo. Apesar das prisões dos dirigentes, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, a festa foi mantida, depois que Blatter recebeu o apoio de algumas confederações. Ao subir ao palco para falar, não faltaram assobios e palmas frenéticas. O tema do evento: a solidariedade. A festa teve músicos suíços, bandeiras das 209 federações e imagens alpinas.

A imprensa foi mantida distante dos cartolas, que entraram por portas separadas e com grande presença de seguranças privados. Dentro do teatro, os jornalistas foram mantidos em um local separado, sem acesso aos dirigentes. Blatter havia cancelado suas participações em eventos nos últimos dois dias também para evitar contato com a imprensa. Estavam na festa ministros suíços e autoridades locais, e Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Herculano
28/05/2015 18:05
CEARÁ FOI O ESTADO COM MAIOR TAXA DE HOMICÍDIOS EM 2014. DANTA CATARINA FOI O MENOS VIOLENTO, por Lauro Jardim, de Veja

Dois estados do Nordeste, Ceará e Sergipe, encabeçam o ranking de homicídios dolosos registrados pelas autoridades policiais em 2014.

O Ceará foi o estado com a maior taxa de homicídios em 2014: 47,21 por 100 000 habitantes. Em números absolutos, foram registrada 4 144 assassinatos.

Em segundo lugar, vem Sergipe, com taxa de homicídios de 45,5 por 100 000 habitantes. O total absoluto no Sergipe é de 999 casos.

Em terceiro lugar, o Pará, com uma taxa de 40,48 por 100 000 habitantes. Foram 3 232 mortes ao longo do ano.

Santa Catarina foi o estado com a menor taxa de assassinatos em 2014: 8,95 a cada 100 000 pessoas, num total de 592 registros.

São Paulo vem em segundo lugar, com 4 294 assassinatos e uma taxa de 9,83 mortes a cada 100 000 pessoas.

Em terceiro lugar, vem Roraima, com taxa de 14,75 casos a cada 100 000 habitantes. No total, foram registrados 72 mortes.

Os dados foram repassados pelos estados ao Ministério da Justiça.
Herculano
28/05/2015 17:49
O GERINO E O SAPO

Um petista que tem vergonha de assim ser diante de tqantas sacanagens contra os brasileiros, está exultante que R$5,2 milhões da verba da ponte do Vale foi anunciada, mais uma vez, como liberada.

1. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, está em Brasília fazendo "protesto", contra o PT que tanto aplaude, na segunda viagem de maio a Capital Federal, onde está consumindo diárias daqui.

2. Então para justificar, Zuchi precisa criar factoides, coisas próprias do PT para os analfabetos, ignorantes, desinformados e os girinos machos.

3. Esta notícia que se espalha mais uma vez em Gaspar está atrasada um mês. Os vereadores Marcelo de Souza Brick e Giovânio Borges, ambos do PSD, já fizeram isto, depois de falarem pessoalmente com o presidente do partido, Gilberto Kassab, travestido de ministro das Cidades, o dono da liberação da verba que o governo de Dilma Rousseff, PT, segura por anos afio contra os gasparenses e os filhos do Vale do Itajaí.

4. Notícia de verdade era afirmar que os R$14,7milhões empenhados e que nem dá para pagar o que se deve é foram todos liberados. Esta, sim, seria notícia nova e diferente das que os vereadores já passaram para a comunidade.

5.Manchete da redenção de Zuchi e do PT de Gaspar seria: "Artepa Martins anuncia a reativação do canteiro de obras da ponte do Vale para a semana que vem e marca data para a entrega da obra". Esta manchete ninguém tem coragem de fazê-la. E por que? Porque é coisa de Sapo e não de Girino. Acorda, Gaspar
girino macho
28/05/2015 16:33
Herculanus

Verdade que veio o dim dim da Ponte e que foi o prefeito que conseguiu
? Mas mas que o min fas cidades G Kassaba ouviu os vereadores Bricky e Borges para eles ganharem votos na proxima
? Sera isso possivel?
Herculano
28/05/2015 13:27
UM SINAL A PF E AO MPF

A ação que culminou na prisão de sete dirigentes da Fifa por corrupção e o que começa a ser divulgado como sacanagens entres poucos, com verbas privadas (a maioria não tem origem pública) levantadas por procuradores norte americanos e suíços, bem como pelo FBI (a polícia Federal dos Estados Unidos), sinalizam que falaram a Polícia Federal e o Ministério Público Federal brasileiro, ou quanto, a Lava Jato tem de importante para estas duas instituições
Herculano
28/05/2015 11:19
DINHEIRO PELO LADRÃO. ESTADOS UNIDOS INDICAM QUE MARIN DIVIDIU PROPINA COM DEL NERO E TEIXEIRA.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Fabiano Maisonave, Bernardo Itri, Marcel Rizzo e Rafael Reis. As investigações do Departamento de Justiça dos EUA sobre a corrupção no futebol indicam que José Maria Marin, ex-presidente da CBF, dividiu propinas recebidas pela exploração comercial da Copa do Brasil (torneio disputado desde 1989 e disputado pelos principais clubes do país) com Ricardo Teixeira (também ex) e Marco Polo Del Nero (atual presidente da CBF).

Em reunião no ano passado com o presidente da Traffic, J. Hawilla, Marin, então presidente da CBF, sugeriu que a propina que vinha sendo compartilhada com o antecessor, Ricardo Teixeira, deveria ser paga apenas a ele e a Del Nero, segundo a investigação norte-americana.

A conversa teria ocorrido em abril do ano passado, durante viagem de Marin a Miami (EUA). O assunto era o pagamento de propinas para ele e para o "coconspirador 12" (menção a um integrante do esquema), referente à Copa do Brasil, cujos direitos comerciais eram cedidos à Traffic. Esse esquema existiria desde 1990.

"Em determinado momento, quando o coconspirador 2 [Hawilla] perguntou se era realmente necessário continuar pagando propinas para seu antecessor na presidência da CBF, Marin disse: 'Está na hora de vir na nossa direção. Verdade ou não?'.

O coconspirador 2 concordou dizendo: "Claro, claro, claro. Esse dinheiro tinha de ser dado a você [ou vocês]'. Marin concordou: "É isso".

Antes desta reunião, porém, a investigação dos EUA aponta que Hawilla concordou em dividir a propina entre Marin e os coconspiradores 11 e 12.


Segundo a Justiça americana, neste processo, tanto o coconspirador 11 quanto o 12 são descritos como altos executivos da CBF, da Conmebol e da Fifa. Só Teixeira e Del Nero se encaixam no perfil.

O termo "coconspirador" é usado nos textos do Departamento de Estado para pessoas não acusadas formalmente ou para preservar a origem de informações.

Procurada pela Folha, a CBF informou que tinha conhecimento do teor da acusação, mas que não se pronunciaria sobre o assunto.

No início do esquema, em 1990, a propina era paga a Teixeira, que aparece na acusação como "coconspirador 11". A partir de 2012, Marin e Del Nero assumem respectivamente a presidência e a vice-presidência da CBF e passam a exigir parte da propina, sempre de acordo com a investigação dos EUA.

A peça acusatória afirma que, desde 2012, o valor da propina seria de R$ 2 milhões por ano até 2022, dividida entre os três cartolas. O custo do suborno seria arcado em partes iguais pela Traffic e a Klefer, do ex-presidente do Flamengo Kleber Leite, empresa que passou a compartilhar os direitos da Copa do Brasil.

O Departamento de Justiça não informou o valor pago entre 1990 e 2012, mas identificou duas transferências bancárias feitas a partir dos Estados Unidos em 2013.

A primeira, de US$ 500 mil, foi feita pela Klefer (identificada como companhia de marketing esportivo B) para a conta em Londres de um fabricante de iates de luxo.

A segunda transferência (US$ 450 mil), feita alguns dias depois, saiu de conta da Traffic em Miami para conta da Klefer em Nova York.

Na tarde desta quarta (27), a PF realizou operação na sede da Klefer, no Rio. Procurada por telefone, funcionária da Klefer disse que empresa não comentaria o episódio.
Herculano
28/05/2015 11:00
VISÃO DE LEVY, por Miriam Leitão para o jornal O Globo


Levy diz que ajuste é para "limpar o convés" e que viagem será longa. "O Brasil precisa passar por uma reengenharia para ser competitivo", diz o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, querendo dizer com isso que serão necessárias mudanças mais profundas e permanentes na economia para superar o atual momento. Ele está otimista com a possibilidade de aprovação das medidas de ajuste fiscal, mas diz que este é o começo de uma longa caminhada.

A MP 665, que altera o acesso ao primeiro pedido de seguro-desemprego, e a MP 664, que acaba com a pensão vitalícia para cônjuges jovens, reduzem gastos, mesmo com as alterações propostas pelo Congresso, e Levy tinha ontem a esperança de que seriam aprovadas no Senado. E foram. Mesmo assim, acha que a economia brasileira precisará passar por várias transformações para se tornar mais competitiva.

-É o fim de um ciclo. O Brasil passou com facilidade pelos primeiros anos da crise internacional porque a liquidez dos países desenvolvidos e os investimentos da China elevaram o preço das commodities, mas agora acabou esse ciclo - diz Levy.

Levy disse que as medidas são importantes para "limpar o convés e começar a navegação", mas alerta que a viagem será longa. Considera necessário fazer mudanças estruturais, criar condições para o investimento privado, diminuir a dualidade do crédito, abrir a possibilidade de que surjam mecanismos para financiamento privado. Do contrário, o Brasil não crescerá.

Quando Levy diz "acabou o dinheiro", está falando não apenas das conhecidas restrições orçamentárias. Explica que o país vive o esgotamento do financiamento a juros subsidiados garantidos pelo Estado e dos recursos de fundos constitucionais. Acha que será importante haver uma onda de novas concessões, mas antes será preciso criar condições regulatórias para atrair o capital privado
O ministro da Fazenda explica que há uma relação direta entre enfrentar o déficit público e aumentar o investimento privado no país: - O maior risco é o fiscal. Ninguém arrisca o seu se não houver estabilidade. E, quando eu digo que é preciso ajuste fiscal, não estou preocupado apenas com o tamanho do corte, mas sim com a dimensão do gasto. Se as despesas continuarem subindo, e as receitas ficarem paradas, nós teremos um desequilíbrio fiscal crônico. Um país assim não cresce. O país será esmagado pelo gasto.

Levy esteve, nos últimos dias, no centro da polêmica da sua ausência na entrevista que anunciou o contingenciamento. Não adianta perguntar, nem insistir, sobre o motivo que o levou a não comparecer. Ele tenta minimizar o assunto e afirma que o protagonismo no anúncio de contingenciamento sempre foi do ministro do Planejamento: - A economia brasileira tem vários problemas, certamente a minha gripe não é um deles - diz o ministro com uma voz ainda fanhosa, interrompida por acessos de tosse.

Não foi a gripe que o impediu de ir, tanto que ele estava trabalhando, na sexta-feira, na Fazenda, a poucos metros do Planejamento. Mas, sim, ele permanece visivelmente gripado. As secretárias, preocupadas, durante a conversa levaram mel e chá para o ministro tomar. A sala de reunião ao lado do gabinete nunca esteve tão quente quanto ontem.

No balanço do ministro, muitas correções foram feitas desde que começou o governo. A primeira e mais importante foi nos preços de energia. A segunda foram as medidas do ajuste que estão no Congresso. Ele defende a alteração na política das desonerações, lembrando que não se está acabando com elas, mas apenas reduzindo sua dimensão. Lembra ainda que o desequilíbrio previdenciário não permite uma queda da receita que a sustenta. Levy se diz preocupado também com a inclusão da medida que muda a fórmula de aposentadoria, principalmente porque não está claro como funcionará a proposta que se pensa pôr no lugar. Isso, na hipótese de a mudança ser mesmo aprovada.

O ministro admite que há muitas dificuldades na conjuntura, mas acha que temos grandes chances de retomar o crescimento de forma sustentada:

- Este é um grande país que tem tudo para dar certo: tamanho, riqueza, população na medida exata. Mas precisamos entender que é necessário fazer muitas mudanças na economia para garantir o crescimento futuro.
Herculano
28/05/2015 10:55
SESSÃO SOLENDE DA CÂMARA DE GASPAR

Hoje a Câmara se reúne para distribuir títulos honoríficos. Uns merecidos. Outros...


Para falar representando os homenageados houve uma certa discussão fora dos microfones da Câmara. Os vereadores precisam chegar a um consenso ainda.

O escolhido então foi o vice-governador Pinho Moreira, caso este não viesse seria o Bispo Dom Jaime.Como nenhum dos dois virá o presidente José Hilário Melato, PP, já decidiu pelo deputado Rogério Peninha Mendonça, PMDB.
Receberão título de Cidadão Emérito

I - Euclides Rampelotti;

II - Jaime Spengler;

III - Renato Abelardo Beduschi;

IV - Rubens Benevenutti; e

V - Tarcisio Geraldo Theiss.


E de Cidadão Honorário:


I - Benvindo Miglioli;

II - Eduardo Pinho Moreira;

III - Evandir Joaquim;

IV - Germano Guesser;

V - Joel Reinert;

VI - Leopoldo Miglioli;

VII - Lory Ballod Beduschi;

VIII - Olavio Pereira;

IX - Rogério Mendonça; e

X - Tusnelda Soares.
Herculano
28/05/2015 07:43
HOMEM FORTE

Conteúdo do jornal Folha de S, Paulo. Texto de Nelson Sá e Rafael Reis. Réu confesso no escândalo de corrupção entre a Fifa e empresas de marketing esportivo, o empresário brasileiro José Hawilla, conhecido apenas como J. Hawilla, 71, tem aversão à cor preta.

Desde que se envolveu em dois acidentes dirigindo um carro preto (em um deles, atropelou um ciclista, e, no outro, quase caiu em um precipício), o paulista tem contato mínimo com a cor.

Sua ascensão de jornalista a Midas da comercialização de direitos comerciais de eventos esportivos começou no fim dos anos 70 --sem nunca, claro, vestir preto.

J. Hawilla dirigia a área de esportes da Rede Globo em São Paulo quando ajudou a organizar a greve dos jornalistas, em 1979, e acabou demitido. Foi então que o ex-repórter de campo começou como empresário, comercializando placas de publicidade em estádios. Não deixou mais o negócio, embora tenha retornado temporariamente ao jornalismo da Globo.

A partir da Traffic, empresa de publicidade em pontos de ônibus que comprou e ampliou em 1980, ele fundou em 2003 a TV TEM, acrônimo de Traffic Entertainment and Marketing, uma cadeia de afiliadas da Rede Globo no interior de São Paulo.

É hoje a maior em extensão, cobrindo quase metade do Estado, com cidades como São José do Rio Preto, onde ele nasceu, Bauru, Sorocaba e Jundiaí. No total, são 318 municípios e 7,8 milhões de habitantes, alcançando 49% do interior paulista.

Foi também do Grupo Globo que o empresário comprou, em 2009, o jornal "Diário de S.Paulo", seu principal investimento em imprensa. Já havia montado então a Rede Bom Dia, de jornais em cidades da área coberta pela TV TEM, como Rio Preto.

O projeto não avançou e Hawilla acabou revendendo o "Diário".

O FUTEBOL
Em 1987, assumiu a organização e a comercialização dos direitos de TV e patrocínio da Copa América. Dois anos depois, quando Ricardo Teixeira assumiu a CBF, começou a fazer negócios também com a entidade que gere o futebol brasileiro.

O primeiro acordo foi intermediar um contrato de US$ 1 milhão da confederação com a Pepsi. Outros incontáveis negócios (patrocínios da Umbro e da Coca-Cola) com a CBF se somaram até que a Traffic fez o meio-de-campo do acordo com a Nike, assinado em 1996, que foi alvo até de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).

A partir dos anos 1990, Hawilla virou um dos principais nomes dos bastidores do futebol brasileiro. Após negociar com CBF e Conmebol, a Traffic chegou até a Fifa.

Uma parceria com a Band, com a qual dividia custos e faturamento da programação esportiva do canal, colocou mesmo os eventos menos importantes cujos direitos de transmissão pertenciam à empresa, na televisão aberta.

O ponto alto dessa parceria foi o papel fundamental que o grupo teve na realização do primeiro Mundial de Clubes da Fifa, em 2000. O torneio foi exibido na TV aberta apenas pela Band.

Já nos anos 2000, a Traffic quis deixar de ser apenas uma empresa de marketing esportivo e criou um braço para tratar dos negócios que envolvem o futebol jogado dentro de campo. A empresa deu origem a um fundo de investimentos para compra de direitos econômicos de jogadores e o repasse desses atletas a clubes parceiros.

A maior parceria foi a selada com o Palmeiras. Em 2008, impulsionado pelo dinheiro da empresa, o clube encerrou um jejum de 12 anos do clube sem vencer o Paulista.

A Traffic também criou o seu próprio centro de treinamentos para formação de jovens atletas, em Porto Feliz (120 km de São Paulo), e um clube para registrar esses jogadores, o Desportivo Brasil.

O poder adquirido pela Traffic na Conmebol passou a incomodar alguns dirigentes e empresários estrangeiros, notadamente argentinos.

Nos últimos anos, o nome de Hawilla ganhou resistência na entidade, e a empresa perdeu força. Ele foi chamado de "persona non grata" na Conmebol após entrar na Justiça para tentar recuperar direitos sobre competições.
Herculano
28/05/2015 07:35
CARTÃO VERMELHO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Investigação sobre esquema criminoso envolvendo dirigentes da Fifa reforça necessidade de haver maior transparência no futebol

Em uma jogada ensaiada entre a Justiça dos Estados Unidos e a polícia da Suíça, sete dirigentes da Fifa foram presos em Zurique nesta quarta-feira (27), onde estavam reunidos para o congresso anual da entidade máxima do futebol.

A operação pegou todos de surpresa, mas a Fifa não demorou a reagir. O comitê de ética da federação internacional baniu provisoriamente do futebol 11 pessoas acusadas pelas autoridades americanas de integrar um esquema de enriquecimento ilícito envolvendo organização, comercialização e transmissão de eventos esportivos.

Tanto a ação policial como a resolução ética atingiram José Maria Marin, ex-presidente da CBF, mas a confederação brasileira se mostrou mais hesitante do que a Fifa.

Por meio de nota sucinta, a princípio limitou-se a declarar apoio às investigações e a anunciar que aguardaria "sua conclusão, sem qualquer julgamento que previamente condene ou inocente".

Ao final, o texto oficial lembrava que "a nova gestão da CBF" teve início no dia 16 de abril deste ano - uma simplória tentativa de manter a atual cúpula da entidade distante do escândalo.

Não seria o caso, obviamente, de atropelar as instâncias judiciais ou de supor que a resposta da Fifa lhe assegurará um salvo-conduto a partir de agora. Chama a atenção, contudo, a visível diferença de tom na manifestação inicial das entidades, e soa natural esperar que a brasileira apresente bons motivos para esse contraste.

Também faria bem se explicasse como investigadores dos Estados Unidos enxergaram uma rede criminosa que jamais foi vista pela "nova gestão da CBF". Seu presidente, Marco Polo Del Nero, ocupou o cargo de vice-presidente na gestão de Marin, e este era vice-presidente na gestão de Del Nero, até ser afastado como consequência da decisão da Fifa.

Segundo autoridades americanas, o esquema incluía fraude, suborno e lavagem de dinheiro. Remontando a 1990, envolveu duas gerações de dirigentes ligados a torneios como Copa América, Libertadores e Copa do Brasil.

Marin, ainda de acordo com a Justiça dos EUA, chegou a receber R$ 2 milhões por ano a título de propina de empresas como a Traffic Group, maior agência de marketing esportivo da América Latina. Seu proprietário, José Hawilla, é réu confesso nos EUA.

Há muito se sabe que falta transparência às entidades do futebol. Talvez as investigações conduzidas nos Estados Unidos forneçam o estímulo que faltava para ocorrer uma verdadeira transformação na organização do esporte.

O amargurado futebol brasileiro só terá a agradecer.
Herculano
28/05/2015 07:32
DESCOBERTAS BANDIDAS

Com o tempo se descobre que jogo do bicho, futebol principalmente e outros esportes, carnaval, obras públicas e políticos entre muitas outras coisas, têm as mesmas práticas dos que frequentam as páginas policiais, e que a ética (conceito) e a moral (a prática) destes condenam neles e tratam como bandidos. Hipocrisia
Herculano
28/05/2015 07:22
TOLOS, INGÊNUOS E ILUDIDOS, por Paula Cesarino Costa para o jornal Folha de S. Paulo

"Ano após ano, campeonato após campeonato", afirmou a procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, "eles corromperam o futebol mundial para servir a seus interesses pessoais e enriquecer". A frase escancarou a realidade do mundo da bola.

A megaoperação contra a cúpula do futebol mundial ter sido levada adiante por autoridades dos EUA, país em que é esporte de segunda categoria, torna-a surpreendente e ainda mais relevante.

A pedido, a Polícia Federal realizou no Brasil buscas em empresas de executivos ligados ao futebol. Antes tarde do que nunca, porque os esquemas parecem se perpetuar na CBF, independentemente do cartola da vez. Denúncias já levaram a CPIs e investigações de resultados inexpressivos.

Presidente da CBF por mais de 20 anos, Ricardo Teixeira foi muitas vezes alvo, mas só caiu após a Suíça revelar que ganhou R$ 26,5 milhões de propina da ISL, principal parceira da Fifa por mais de uma década.

A riqueza de Teixeira cresceu com a mesma facilidade com que a grama se espalha. O repórter Sérgio Rangel revelou nesta Folha que o ex-cartola pagou mais de R$ 20 milhões (US$ 7,4 milhões) por casa de sete quartos e oito banheiros em luxuoso condomínio de Miami. Operações nebulosas com imóveis se destacam entre as lideranças do futebol no país.

Resta esperar os desdobramentos, aqui e lá fora, das investigações sobre os espertalhões. Em 2014, o escritor inglês Nick Hornby escreveu artigo em que dizia: "O cheiro do dinheiro em torno desta Copa do Mundo é mais desagradável e mais perturbador do que jamais foi". Questionava se era possível admirar um esporte cujos administradores, jogadores e dirigentes parecem ter sido levados à loucura pelas recompensas financeiras que ele oferece. Dizia suspeitar que, aos torcedores do futebol, cabia o papel de tolos, ingênuos e iludidos da história, limitados a aplaudir.
Herculano
28/05/2015 07:19
RECORDANDO

Quando o povo se mobilizou para sair na rua contra o desgoverno do PT e PMDB?

Não foi no mensalão, que é um escândalo e corrupção desqualificadores para qualquer gestão e gestores públicos e políticos.

Foi por não concordar com os gastos desmedidos, sem freios, sem transparência e que abasteciam um ambiente insaciável de políticos no poder via corrupção e propinas.

O que fez o PT e o governo Dilma? Culpou uma tal elite branca. Vieram os panelaços, apitaços, as marchas ordeiras que os blacks blocks pagos pelo governo resolveram torna-las desordeiras e cm isso, faze-las sumirem, os xingamentos em locais públicos...

Agora, o FBI nos esclarece tudo. Somos uma republiqueta de ladrões, espalhados por todos os cantos, a maioria deles, legitimados com os nossos votos livres e de uma democracia em construção, que dependerá muito de nós, da Polícia Federal, do Ministério Público Estadual e Federal, da imprensa livre e investigativa, da coragem de poucos brasileiros que sempre serão perseguidos por querer uma cidade, um estado e um país melhor para todos, e de uma Justiça, não ideológica e não apegada ao poder. Wake up, Brazil!
Herculano
28/05/2015 07:09
POR UMA LAVA JAO NA CBF, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Depois do 7 a 1 para a Alemanha, o Brasil levou uma nova goleada dos Estados Unidos e da Suíça. Os dois países, que nunca ganharam uma Copa do Mundo, merecem uma medalha pela prisão de José Maria Marin. Talvez a encontrem no bolso do cartola, que já foi filmado surrupiando prêmios de jogadores.

A devassa na Fifa precisa ser o pontapé inicial de uma investigação séria dos desmandos no futebol brasileiro. É hora de deflagrar uma Lava Jato da bola, começando pelos negócios suspeitos da CBF e pelas obras bilionárias do Mundial de 2014.

A apuração não pode se restringir à triste figura de Marin, um viúvo da ditadura militar que ressurgiu dos porões como boleiro. É preciso jogar luz sobre as ações de seu antecessor, o inesquecível Ricardo Teixeira, e de seu sucessor, Marco Polo Del Nero.

Quando as notícias começaram a chegar de Zurique, a CBF soltou uma nota tentando se desvincular do cartola preso. Não convenceu nem Dona Lúcia, a velhinha que acreditava no Felipão. Além de emprestar o nome ao edifício-sede da entidade, Marin é seu atual primeiro vice-presidente. O segundo é Fernando Sarney, filho de quem o sobrenome indica.

Por muitos anos, o discurso de que a CBF é uma entidade privada foi usado para barrar a investigação de seus negócios. A tese omite que a entidade mantém o poder graças à troca de favores com políticos. Sua diretoria atual abriga dois deputados, Marcelo Aro (PHS-MG) e Vicente Cândido (PT-SP). Neste momento, eles atuam na Câmara contra a MP do Futebol, que cobra padrões mínimos de transparência na gestão dos clubes.

Nesta quarta, o senador Romário (PSB-RJ) coletou as assinaturas necessárias para uma nova CPI, que enfrentará a resistência habitual da bancada da bola. A iniciativa é bem-vinda, mas não deve substituir outras ações na esfera judicial. Como demonstrou a operação do FBI em Zurique, as coisas só vão mudar se a Polícia Federal e o Ministério Público também entrarem no jogo.
Herculano
28/05/2015 07:07
TUDO A VER

Quem trouxe a Copa do Mundo para o Brasil? O ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva e o PT. Sabiam o que estava fazendo.

Quem tocou as obras superfaturadas, que isentou tributos por todos os lados e que comeram o dinheiro dos nossos pesados impostos destinados à saúde, educação, seguranças e obras de infraestrutura como a ponte do Vale, o Hospital de Gaspar, a ponte dos Sonhos, a duplicação da BR 470? Lula, o PT, os políticos aliados, a presidente Dilma Vana Rousseff

Eles não só contavam com a imprensa investigativa, o esclarecimento do povo, as vaias e investigações sérias, isentas externas como as do FBI. Talvez seja por isto que o PT e o governo brasileiro no poder odeia tanto os Estados Unidos, a imprensa livre, a Polícia Federal, o Ministério Público, a elite branca, os esclarecidos, a classe média que agora se desemprega e sofre com a inflação sem controle, os juízes que não estão no seu bolso e precisam aniquilar oposição que é fraca e medrosa, bem como aparelhar o Supremo para se garantir. Wake up, Brazil!
Herculano
28/05/2015 07:00
A FIFA TEM CUMPLICES, por Clóvis Rossi para o jornal Folha de S. Paulo

É natural desconfiar de que pode não ter sido inocente a escolha do Brasil como sede da Copa-2014

Há uma lógica elementar na incipiente perspectiva de que as autoridades norte-americanas investiguem a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014.

Afinal, se há uma investigação em curso - e prisões já feitas - sobre a concessão das Copas de 2018 e de 2022 à Rússia e ao Qatar, respectivamente, não consigo encontrar uma só razão para não desconfiar de alguma maracutaia na outorga ao Brasil.

Mas não basta circunscrever as apurações à Fifa. É conveniente apurar se os governos dos países que sediarão as duas Copas já anunciadas e os que abrigaram as mais recentes (ou não tão recentes, de resto) conseguiram a organização por meios lícitos ou não.

É razoável suspeitar que se envolveram no aroma de corrupção que desde esta quarta-feira, 27, é exalado pela entidade-mãe do futebol.

O jornal "The New York Times", ao anunciar as prisões de dirigentes da Fifa em Genebra, fez acurada descrição do que é a entidade.

Assim: "Com mais de US$ 1,5 bilhão (R$ 4,7 bilhões) em reservas, a Fifa é tanto um conglomerado financeiro global como uma organização esportiva. Com países ao redor do mundo competindo agressivamente para vencer a concorrência para hospedar a Copa do Mundo, Blatter [Joseph Blatter, seu presidente desde 1998] demanda a fidelidade de qualquer um que queira um pedaço do filão de receitas".

De fato, todos os países que hospedaram Copas fizeram uma formidável campanha para convencer Blatter e a sua corte a lhes outorgar o direito.

No caso do Brasil, a campanha foi comandada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como parte de sua estratégia para colocar o Brasil em lugar destacado no mapa do mundo.

Conseguiu. Festejou a escolha do Brasil, em 2007, como se fosse a conquista do título.

Definiu a organização de uma Copa como uma "tarefa imensa, incomensurável".

Como se sabe, muita gente nas ruas não gostou da "tarefa" e protestou ruidosamente. Imagine o que aconteceria se, de repente, se descobrisse que a escolha do Brasil não se deveu apenas às suas belezas naturais e à sua paixão pelo esporte que a Fifa comanda.

Seria um choque imensamente superior aos 7 a 1 que a Alemanha aplicou ao Brasil.

Diga-se que a campanha pela Copa no Brasil não foi apenas do governo central. Ao contrário, foi uma tarefa de Estado, de que dá prova o comparecimento em Zurique, no dia do anúncio, de uma penca de autoridades, entre elas os então governadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ).

Afinal, como lembra ainda o "The New York Times", na Fifa, "as decisões políticas são frequentemente tomadas sem debate ou explicação, e um pequeno grupo de funcionários graduados - conhecido como Comitê Executivo - opera com poder desmesurado. A Fifa tem, por anos, funcionado com pouca supervisão e menos ainda transparência".

Como o governo brasileiro também funciona com pouca transparência (vide o escândalo envolvendo a Petrobras), é absolutamente natural que se desconfie quando ele se junta a uma entidade cujo vice-presidente, José Maria Marin, está preso agora.
Herculano
28/05/2015 07:00
A FIFA TEM CUMPLICES, por Clóvis Rossi para o jornal Folha de S. Paulo

É natural desconfiar de que pode não ter sido inocente a escolha do Brasil como sede da Copa-2014

Há uma lógica elementar na incipiente perspectiva de que as autoridades norte-americanas investiguem a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014.

Afinal, se há uma investigação em curso - e prisões já feitas - sobre a concessão das Copas de 2018 e de 2022 à Rússia e ao Qatar, respectivamente, não consigo encontrar uma só razão para não desconfiar de alguma maracutaia na outorga ao Brasil.

Mas não basta circunscrever as apurações à Fifa. É conveniente apurar se os governos dos países que sediarão as duas Copas já anunciadas e os que abrigaram as mais recentes (ou não tão recentes, de resto) conseguiram a organização por meios lícitos ou não.

É razoável suspeitar que se envolveram no aroma de corrupção que desde esta quarta-feira, 27, é exalado pela entidade-mãe do futebol.

O jornal "The New York Times", ao anunciar as prisões de dirigentes da Fifa em Genebra, fez acurada descrição do que é a entidade.

Assim: "Com mais de US$ 1,5 bilhão (R$ 4,7 bilhões) em reservas, a Fifa é tanto um conglomerado financeiro global como uma organização esportiva. Com países ao redor do mundo competindo agressivamente para vencer a concorrência para hospedar a Copa do Mundo, Blatter [Joseph Blatter, seu presidente desde 1998] demanda a fidelidade de qualquer um que queira um pedaço do filão de receitas".

De fato, todos os países que hospedaram Copas fizeram uma formidável campanha para convencer Blatter e a sua corte a lhes outorgar o direito.

No caso do Brasil, a campanha foi comandada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como parte de sua estratégia para colocar o Brasil em lugar destacado no mapa do mundo.

Conseguiu. Festejou a escolha do Brasil, em 2007, como se fosse a conquista do título.

Definiu a organização de uma Copa como uma "tarefa imensa, incomensurável".

Como se sabe, muita gente nas ruas não gostou da "tarefa" e protestou ruidosamente. Imagine o que aconteceria se, de repente, se descobrisse que a escolha do Brasil não se deveu apenas às suas belezas naturais e à sua paixão pelo esporte que a Fifa comanda.

Seria um choque imensamente superior aos 7 a 1 que a Alemanha aplicou ao Brasil.

Diga-se que a campanha pela Copa no Brasil não foi apenas do governo central. Ao contrário, foi uma tarefa de Estado, de que dá prova o comparecimento em Zurique, no dia do anúncio, de uma penca de autoridades, entre elas os então governadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ).

Afinal, como lembra ainda o "The New York Times", na Fifa, "as decisões políticas são frequentemente tomadas sem debate ou explicação, e um pequeno grupo de funcionários graduados - conhecido como Comitê Executivo - opera com poder desmesurado. A Fifa tem, por anos, funcionado com pouca supervisão e menos ainda transparência".

Como o governo brasileiro também funciona com pouca transparência (vide o escândalo envolvendo a Petrobras), é absolutamente natural que se desconfie quando ele se junta a uma entidade cujo vice-presidente, José Maria Marin, está preso agora.
Herculano
28/05/2015 06:56
da série: isto nã lhe é familiar por aqui? Então se trata de uma prática da franquia e da seita

A CULPA É SEMPRE DOS OUTROS, por Rogério Gentile para o jorna Folha de S Paulo

Haddad foi eleito prometendo implementar um "projeto revolucionário" em São Paulo. Era a autoconfiança em pessoa. Dizia ter "soluções inovadoras", "não ter tempo a perder", "nem justificativas a dar para tornar este sonho realidade".

Dois anos e meio depois, o "homem novo para um tempo novo" virou o "senhor não é minha culpa". Para cada problema ou meta não cumprida, sempre tem uma desculpa, sempre acha um responsável.

Na segunda (25), por exemplo, a Fundação Abrinq decidiu não dar mais ao petista o selo de "Prefeito Amigo da Criança" pelo fato de que não cumprirá a promessa de construir 243 creches. Qual foi a resposta de Haddad? Que a fundação "não tem legitimidade" para fazer tal crítica "porque nenhum dos seus principais filiados se dispôs a doar uma única creche para a prefeitura".

Era essa, então, a tal solução inovadora de Haddad? O prefeito que assumiu dizendo que iria "equacionar" o problema "das mães e crianças com dificuldade para exercer plenamente sua cidadania" estava, na verdade, contando com a boa vontade alheia?

Outro problema criado pelos outros, segundo a prefeitura, ocorreu na cracolândia. Haddad pretendia remover uma favela, mas a ação transformou a região numa praça de guerra. O petista responsabilizou os usuários da droga, que "romperam o acordo" e não deixaram o local. Era assim, então, fiando-se na palavra dos "noias" (e de traficantes, como se soube depois) que ele iria revolucionar a gestão?

Com desaprovação de 44%, Haddad precisa arregaçar as mangas e parar de achar culpado para tudo (se caiu atendimento nos postos de saúde, o problema é das organizações sociais, que não conseguem contratar médicos; se aumentou o número de mendigos, o motivo é que a gestão anterior era "higienista"). Por ora, o único sonho que Haddad tornou realidade foi o dos carroceiros, que ganharam ciclovias vazias e não têm mais de circular no meio dos carros.
sidnei luis reinert
28/05/2015 06:41

DE Ronaldo Caiado:

O governo alega que as medidas do ajuste fiscal são necessárias para corrigir uma distorção. Quer dizer que o abono salarial é uma distorção? Um direito garantido em norma constitucional para os trabalhadores é um excesso? Esse é o diagnóstico trazido pelo governo ao plenário do Senado hoje. Interessante que estamos assistindo todos os excessos no BNDES, na Petrobras e nos fundos de pensão sem nenhuma posição critica do governo. Foi necessário o STF iniciar a CPI do BNDES, já que Senado não inicia e o governo continua a defender o sigilo de operações duvidosas como o financiamento do JBS que agora será aberto por decisão da Suprema Corte. Mas o seguro-desemprego e o seguro para os pescadores poderem sobreviver no período determinado por lei em que devem parar sua atividade são "exageros". Agora, com a MP 664 que foi aprovada hoje o PT criou nova tese. O governo forçará o cidadão a fazer um compromisso com o dia de sua morte. Se os jovens quiserem se casar e ter filhos e tiverem algum problema receberão pensão apenas por três anos para sustentar sua família, caso tenham menos de 25 anos. O PT decidiu uma coisa que é divina pela MP 664.
Herculano
28/05/2015 06:36
VOLUNTARISMO "DESENVOLVIMENTISTA" DESTROÇOU A PETROBRÁS, editorial do jornal O Globo

O estilo de executar um programa econômico guiado por atos de vontade política foi adotado pelo lulopetismo na estatal, com resultados também ruinosos

Passado pouco mais de um ano da deflagração pela Polícia Federal da Operação Lava-Jato, o fio da meda que levou ao petrolão, já houve desdobramentos antes inimagináveis. Mais um tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi parar na prisão - sina iniciada por Delúbio Soares no mensalão -, e o partido terminou atingido de forma direta; legendas aliadas (PMDB, PP) estão na linha de fogo, com os presidentes da Câmara e do Senado, os peemedebistas Eduardo Cunha e Renan Calheiros, sob escrutínio do Ministério Público; e grandes empreiteiras foram tragadas pelo escândalo, com executivos e acionistas também presos.

Em outro plano, transcorre a crise da Petrobras, cujos números, à medida que aparecem, traçam os contornos de uma catástrofe empresarial espantosa, porque foi construída com método. Um caso para estudos, a desmontagem da Petrobras pelo esquema lulopetista durante 12 anos é surpreendente, pelos ruinosos números que gerou.

Apenas de janeiro de 2010 a dezembro último, o valor da companhia, calculado pela cotação das ações em bolsa, convertido para o dólar, caiu 73%, mesmo com as promissoras reservas do pré-sal. A derrocada se explica pela administração temerária da empresa, em toda a gestão do petista militante José Sérgio Gabrielli, com destaque para os investimentos mal feitos. A companhia padece de um elevado endividamento - mais de R$ 300 bilhões -, construído em cima de inversões mal formuladas. Hoje é evidente que o mesmo estilo voluntarista da política econômica "desenvolvimentista", executada a partir do final do segundo governo Lula, foi aplicado na Petrobras com resultados desastrosos idênticos.

Ainda presidente, Lula determinava a construção de refinarias sem estudos de viabilidade, e assim era feito. Abreu e Lima (PE), a que teve o custo inicial multiplicado por dez, saiu de um acerto pessoal entre Lula e o caudilho venezuelano Hugo Chávez. Não poderia dar certo. Duas outras unidades (Ceará e Maranhão), ao menos a Petrobras conseguiria tirar de seus planos, mas tendo gastado centenas de milhões em terraplenagem.

O lulopetismo viu no pré-sal a base de um projeto de capitalismo de Estado, num modelo semelhante ao tentado na ditadura militar por Geisel. Este é um sistema que se nutre do autoritarismo e o reproduz. Vieram daí o aumento da exigência do "conteúdo nacional" nos investimentos no pré-sal, a mudança do modelo de exploração etc. Também não dará certo. Mas ajudou a virtualmente quebrar a maior empresa do país.

A corrupção se aproveitou da falta de controles de um ?método de gestão" que dispensava parâmetros técnicos nas decisões, para privilegiar a vontade de líderes partidários. Aplainou-se o terreno para se repetir na Petrobras, numa escala muito maior, o mensalão, também com o desvio de dinheiro público de uma estatal para o projeto de poder lulopetista. Trágico para a Petrobras e o país, mas foi simples assim.
Herculano
27/05/2015 22:36
O CARTOLA QUE FURTOU ATÉ MEDALHA DESCOBRIU QUE O QUE AQUI SE FAZ IMPUNEMENTE PODE DAR CADEIA QUANDO É FEITO LÁ FORA, por Augusto Nunes, de Veja

José María Marín começou a carreira política na década de 60. Foi vereador em São Paulo, deputado estadual, vice-governador e, como o titular Paulo Maluf precisou desincompatilizar-se do cargo para disputar uma cadeira no Congresso, governador por 10 meses. Depois de três ou quatro derrotas eleitorais de bom tamanho, Marin achou melhor submergir por algum tempo, sem se desligar do PTB. Em 2010, ressuscitou no noticiário esportivo acampado numa vice-presidência da CBF.

Poucos meses depois, o presidente Ricardo Teixeira achou prudente trocar a sede da CBF por um esconderijo no litoral americano. Por ser o mais velho dos vices, Marin assumiu interinamente o cargo que, em março de 2012, passaria a pertencer-lhe com a renúncia do titular foragido. Dois meses antes de aboletar-se no trono, aproveitou a cerimônia de premiação dos jogadores do Corinthians que conquistaram a Copa São Paulo para mostrar que conseguira voltar um pouco pior.

Como prova o vídeo, José Maria Marin não perdeu a chance de ampliar o prontuário com o furto de uma medalha de ouro. Ao consumar a façanha, tinha 79 anos. Agora com 82, descobriu que o que se faz aqui impunemente pode dar cadeia em paragens menos primitivas. No Brasil, o novo prédio da CBF foi batizado com o nome do cartola engaiolado na Suiça. Em países onde todos são iguais perante a lei, já seria há muito tempo só um número a mais na população carcerária.
Herculano
27/05/2015 22:02
CASO MARIN:OU BRASIL ACABA COM A CORRUPÇÃO OU CORRUPÇÃO ACABA COM BRASIL, por PVC

Foi o francês Saint Hilaire quem cunhou a frase que marcou uma época do país: "Ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil!''

A prisão de José Maria Marin na Suíça, os nomes envolvidos, os torneios em que houve desvio de dinheiro em contratos de agências de marketing com confederações continentais, tudo liga o Brasil ao que nunca se ligou no passado do futebol.

Historicamente,as companhias brasileiras no que diz respeito ao futebol eram Alemanha, Espanha, Argentina, Itália, França, Holanda, Inglaterra, Uruguai? Restou o Uruguai, que tem Eugenio Figueiredo preso, ex-presidente da Confederação Sul-Americana.

Mas a cada ano mais o noticiário liga o futebol brasileiro à Costa Rica, à Nicarágua, à Venezuela. São, afinal, os países dos dirigentes presos no escândalo da Fifa. Não quer dizer que não haja corrupção entre os suíços.

Mas o Brasil está acompanhado no noticiário da corrupção do mundo dos vizinhos mais corruptos ou tão corruptos quanto nós.

Não é um privilégio do futebol brasileiro, como se sabe pelo noticiário dos jornais dos últimos meses.

Mas a lógica da saúva vale para o futebol e para o país. Ou o Brasil acaba com a corrupção ou a corrupção acaba com o Brasil.
Herculano
27/05/2015 21:59
SENADOR QUE TROCAR DE PARTIDO NÃO PERDE O MANDATO, DECIDE STF, por Fernando Rodrigues

O Supremo Tribunal Federal decidiu nesta 4ª feira (27.mai.2015) que a regra da fidelidade partidária não se aplica a senadores, prefeitos, governadores e presidentes da República. Os políticos eleitos para esses cargos estão autorizados a trocar de partido sem ter o mandato cassado.

O plenário da Corte entendeu, por unanimidade, que cassar o mandato de políticos eleitos pelo sistema majoritário, no qual o mais votado é eleito, apenas por terem trocado de partido violaria a "soberania popular".

A decisão atinge em cheio a iniciativa do PT de tentar reaver o mandato da senadora Marta Suplicy (SP), que deixou a legenda e ruma para o PSB. A direção petista havia protocolado na 3ª feira (26.mai.2015) uma ação no Tribunal Superior Eleitoral pedindo a cassação do mandato de Marta por infidelidade partidária.

O PT escolheu um péssimo momento para mover a ação contra Marta. Acirrou a animosidade entre o partido e a senadora e, agora, tem chance praticamente nula de sucesso. A decisão do plenário do Supremo nesta 4ª feira foi unânime e será observada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Marta se disse "emocionada" com a decisão do Supremo. Em post em uma rede social, disse que a Corte "coloca fim a polêmicas, prevalecendo o principal instrumento da democracia: o voto".

A regra da fidelidade partidária continua em vigor para cargos disputados pelo sistema proporcional: vereadores, deputados estaduais e deputados federais. Nesses casos, o político precisa justificar a mudança do partido por uma razão substantiva, como perseguição interna.

Luís Roberto Barroso, ministro relator do caso no STF, afirmou em seu voto que o vínculo entre partido e mandato é muito mais tênue no sistema majoritário do que no proporcional. "Não apenas pela inexistência de transferência de votos, mas pela circunstância de a votação se centrar muito mais na figura do candidato do que na do partido'', escreveu.
Herculano
27/05/2015 21:56
DILMA NEM SAIU DO ATOLEIRO E JÁ FALA EM ACELERAR, por Josias de Souza

Dilma Rousseff explicou nesta quarta-feira por que tem pressa em arrancar do Congresso a aprovação do seu ajuste fiscal. "A nós interessa superar essa questão das votações das medidas provisórias e da lei de desoneração porque nós queremos entrar em um outro capítulo.''

No novo capítulo, sinalizou a presidente, o governo escreverá um roteiro de prosperidade. "No dia 9, nós vamos lançar o nosso programa de concessões. Então, para nós, é muito importante não só esse programa de concessões, mas vamos lançar também o Minha Casa, Minha Vida 3 na sequência e uma série de outras iniciativas para fazer uma retomada dos investimentos no Brasil.''

Ao falar de "retomada dos investimentos" sem localizar suas pretensões no calendário, Dilma vende à plateia uma ilusão. A ilusão de que o crescimento econômico está bem ali, na virada da curva. Quem não quiser fazer papel de bobo deve fugir desse país de fábula em que Dilma escolheu viver. Nesse Brasil idílico, informou a presidente, os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planalto) se amam o o PT apoia o arrocho fiscal.

No país real, o quadro é outro: o PIB de 2015 fechará no vermelho. E o de 2016, com alguma sorte, se aproximará do zero a zero. Antes de pisar no acelerador, Dilma sair do atoleiro em que se meteu no primeiro mandato. O trabalho está apenas no começo.
Violeiro de Codó
27/05/2015 19:25
Sr. Herculano:

Na FIFA, os bandidos que fizeram o mesmo que Lulla/Dilma, já foram banidos do esporte.
Fui!
sidnei luis reinert
27/05/2015 15:54
VERGONHA NO BELCHIOR

Motoristas se arriscam em trecho de terra no acesso a Luis Alves em Gaspar

http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/jornal-do-almoco/videos/t/blumenau/v/motoristas-se-arriscam-em-trecho-de-terra-no-acesso-a-luis-alves-em-gaspar/4197681/
João João Filho de João
27/05/2015 14:34
Sr. Herculano:

"Senador Paulo Paim reage ao confisco dos direitos dos trabalhadores e pede licença do PT ".
Postado por Polibio Braga.

"O senador petista Paulo Paim, PT, reagiu à aprovação no Senado, ontem, da MP 665, que muda as regras do seguro-desemprego e do abono salarial, e anunciou que deve pedir licença do mandato. Ele também pediu que as ruas se mobilizem contra essas medidas:

- Estou desnorteado. O governo está sem rumo e está levando o PT junto. As ruas precisam reagir. Nós vamos ao Supremo.

O senador gaúcho está a um passo da ruptura com o PT e prepara sua migração para o PDT, que, se isto acontecer, terá dois senadores".

Estou com dó do bombachinha.
Outra ratazana petista com o pé no estribo.
Ajudou a afundar e se beneficiou (até hoje) das benesses de fazer parte do ParTido que promoveu o maior assalto aos cofres públicos.

FORA, pulha!
FORA, petê!
Mariazinha
27/05/2015 14:19
Seu Herculano:

"MUDANÇAS NO SEGURO DESEMPREGO E NO ABONO PASSAM NO SENADO".

Votaram no governo fajuto que se diz de trabalhadores?

BEM FEITO!!!

Bye, bye!
Belchior do Meio
27/05/2015 14:14
Sr. Herculano:

Às 07:35 hs: "José Maria Marin preso na Suiça".
Me lembrei que quem abriu as portas para a corrupção na FIFA em 2014, foram dois ladrões lesa pátria: o pátio de fábrica LuLLa, também conhecido mundialmente como o Cachaceiro Cafajeste do Palanque e a Baleia Orca Biruta, assaltante de banco e guerrilheira DilmANTA.

Dois pé-de-chinelo do ParTido dos trombadinhas.
Juju do Gasparinho
27/05/2015 13:58
Prezado Herculano:

"PT massacra os trabalhadores e reduz seguro-desemprego e abono salarial" - às 22:14hs.

Este massacre acontece justo no momento em que milhares de trabalhadores estão perdendo seus empregos.

Pois é, Santa Catarina votou no farrapo Dário Berger, eis o resultado contra o trabalhador (o verme votou à favor).
Ao Paulo Bauer e Dalírio Beber, OBRIGADA!
Arara Palradora
27/05/2015 13:51
Querido, Blogueiro!

Postado às 07:04hs:
É que eLLa pensa com a bunda.

Ah! Por que esta ANTA incomPeTente e biruta está AINDA no cargo?

Voeeeiii...!!!
sidnei luis reinert
27/05/2015 12:28
Brasil já é, em números absolutos, o País em que mais se mata no mundo: 60 mil mortes por ano


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O uso de armas de fogo na prática homicida aumentou depois do estatuto dos 10 anos do "desarmamento legal" no Brasil. Com quase 60 mil homicídios por ano, o Brasil já é, em números absolutos, o País em que mais se mata no mundo, embora não estejamos em guerra (militar ou civil) declarada. Os pregadores do desarmamento da população civil - e não dos criminosos profissionais - tiveram seus inocentes argumentos assassinados pelo resultado do Mapa da Violência 2015 comparado com os números de anos anteriores.

O Mapa da Violência 2015 revela que foram registrados no Brasil 395.435 homicídios entre 1995 e 2003. Destes, 256.844 foram praticados com armas de fogo. Já entre 2004 e 2012, foram registrados 455.146 assassinatos, dos quais 322.310 praticados com arma de fogo. No Brasil, 10 anos após a aprovação do estatuto do desarmamento ? considerado um dos mais rígidos do mundo ?, o comércio legal de armas de fogo caiu 90%. No entanto as mortes por armas de fogo aumentaram 346% ao longo dos últimos 30 anos.

Antes do estatuto do desarmamento, de todos os meios possíveis para matar um indivíduo, armas de fogo foram as utilizadas em 64,95% dos casos. Depois do estatuto, este meio, continuou sendo empregado em 70,81% do total de casos de homicídio. Os crime institucionalizado, cada vez mais organizado, não deixou de ter armas para a ofensiva. Já a população ficou privada, legalmente, do direito legítimo de ter capacidade armada de defesa.

O Brasil é um barril de pólvora. O aumento da violência, principalmente urbana, mas que já apavora o meio rural, é uma das grandes preocupações dos cidadãos. A crise econômica, com desemprego e extinção de postos de trabalho, tende a agravar a situação de tensão social. Só não se pode perder de vista que a barbárie no Brasil é um problema civilizatório. A violência é o resultado de uma estrutura Capimunista, que nunca priorizou investimentos em Ensino, Pesquisa e Desenvolvimento - preferindo seguir o caminho fácil do rentismo em uma relação promíscua entre o sistema financeiro e a máquina estatal perdulária e corrupta.

Se não rompermos e mudarmos a estrutura Capimunista rentista, continuaremos sendo o País subdesenvolvido e cada vez mais violento, até que chegue ao estágio da desagragação e desintegração. Se não fecharmos a torneira da fábrica de marginais, gerenciada por uma superestrutura estatal que patrocina a corrupção e retroalimenta a violência, tudo em nome da manutenção no poder, rapidamente chegaremos ao agravamento do caos em uma nação que mata dezenas de milhares de pessoas por ano, sem estar em guerra declarada.

Cadê a turminha dos direitos humanos que não cuida de tais questões? Tratar, cínica ou burramente, dos "direitos dos manos" vai inviabilizar completamente o Brasil. Será que a má intenção deles é realmente esta?

Pelo que se vê, temos assunto muito mais importante que a mera saída de uma Dilma ou do enxugamento de gelo no combate à corrupção em um Brasil estruturalmente criminoso...

As violências política, econômica e aquele que todo mundo percebe mais facilmente (dos margiranhas) estão acabando com a gente...

Mensagem certeira

Recado certeiro de um artigo publicado pelos liberais norte-americanos Walter Williams, Ron Paul, Stefan Molyneux e Michael Snyder:

"Armas são objetos inanimados, tão inanimados quanto facas, tesouras e pedras. Costumes, tradições, valores morais e regras de etiqueta ? e não leis e regulações estatais ? são o que fazem uma sociedade ser civilizada. Restrições sobre a posse de objetos inanimados não irão gerar civilização. Essas normas comportamentais ? as quais são transmitidas pelo exemplo familiar, por palavras e também por ensinamentos religiosos ? representam todo um conjunto de sabedoria refinado por anos de experiência, por processos de tentativa e erro, e pela busca daquilo que funciona. O benefício de se ter costumes, tradições e valores morais regulando o comportamento ? em vez de atribuir essa função ao governo ? é que as pessoas passam a se comportar eticamente mesmo quando não há ninguém vigiando. Em outras palavras, é a moralidade a primeira linha de defesa de uma sociedade contra comportamentos bárbaros. No entanto, em vez de se concentrar naquilo que funciona, os progressistas desarmamentistas querem substituir moral e ética por palavras bonitas e por leis de fácil apelo".
Herculano
27/05/2015 08:27
CÂMARA REJEITA VALIDAR DOAÇÃO PRIVADA E DÁ COMO PRATICAMENTE ENCERRADA A REFORMA POLÍTICA

Conteúdo do jornal Folha de S.Paulo. Texto de Ranier Bragon, da sucursal de Brasília. Numa decisão surpreendente, o plenário da Câmara rejeitou na madrugada desta quarta-feira (27) incluir na Constituição a permissão de que as empresas financiem as campanhas políticas.

Capitaneada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e pela oposição, a proposta teve apenas 264 votos a favor, 44 a menos dos 308 necessários. Outros 207 votaram contra.

O resultado foi a segunda grande derrota de Cunha no mesmo dia e praticamente sepulta a reforma política capitaneada por ele e pelo PMDB. O projeto do distritão havia sido barrado por larga margem horas antes.

A constitucionalização das doações privadas tinha o objetivo de evitar que o Supremo Tribunal Federal proíba as empresas de financiarem os candidatos.

O tribunal já tem maioria formada a favor da vedação, mas o julgamento está suspenso desde o ano passado devido a um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes.

O PT saiu vitorioso na noite e na madrugada, interrompendo uma série de revezes sofridos na gestão Cunha. O partido é o grande defensor do financiamento exclusivamente público dos candidatos.

Hoje o financiamento das campanhas é público e privado. A proposta rejeitada pela Câmara estabelecia que uma lei posterior iria fixará limites para as doações (hoje já há) e para os gastos de cada campanha específica.

"O distritão [projeto derrotado nesta terça] era o bode na sala, um bode perigoso é verdade. Mas o objetivo principal dessa reforma era esse, constitucionalizar o financiamento privado", afirmou o deputado Alessandro Molon (PT-RJ).

Antes do resultado, o líder da oposição na Câmara, Bruno Araújo (PSDB-PE) foi à tribuna dizer que o PT "não tem autoridade moral para falar em dinheiro privado em campanha" após o verificado até agora no escândalo de corrupção na Petrobras.

Com as duas derrotas de Cunha, as primeiras desde que assumiu a presidência da Câmara, em fevereiro, deputados avaliam como sendo escassas a chance de algumas das medidas da reforma ser aprovadas, entre elas o fim da reeleição e a unificação das eleições de quatro em quatro anos.

Na saída da sessão, Cunha negou ter sido derrotado, afirmando que seu compromisso era levar o tema a voto, mas demonstrou desânimo com a reforma política.

"A Casa se manifestou, ela não está querendo mudar nada. Nenhuma proposta de acrescer texto à Constituição passou e me parece que nenhuma vai passar. (...) Vai cair a máscara daqueles dizem que querem reforma política e não votam. O Parlamento decidiu que tudo fica como está", afirmou ele, acrescentando acreditar que "não vai passar nada" na votação restante do pacote da reforma política.

Quatorze dos 61 deputados do PMDB votaram contra a proposta do financiamento privado.

Nesta quarta, o plenário pode votar ainda a proposta de incluir na Constituição a permissão de que as empresas façam doação somente aos partidos políticos, que repassariam os valores aos candidatos
Herculano
27/05/2015 08:12
TODOS OS NOMES, por Washington Luiz de Araújo

Moro num lugar onde todo mundo é chamado pelo nome. Onde moro, na Praça São Salvador, Flamengo, Rio de Janeiro, o mendigo chama-se Haroldo, embora alguns o intitulem de Morgan Freeman, graças a uma certa semelhança com o ator dos Estados Unidos. Temos na nossa praça dois rapazes com deficiência mental, o Nelson, que circula mais pelo logradouro de dia, e o Paulo Roberto, notívago. O primeiro é fã incondicional da Nike, enquanto o segundo vive distribuindo santinhos pela praça, sempre à procura de namorada. Os garçons do boteco de minha preferência chamam-se Jackson e Romário e o proprietário é o Anselmo. Ah, e tem dois Franciscos: um, chamamos de Chico, e o outro, para não confundir, de Francisco. Toda praça que se preza tem um pipoqueiro. O nosso chama-se Régis. No prédio onde moro, o Presidente Vargas, mais conhecido como prédio dos Bancários, pois foi construído em 1952 para os trabalhadores de bancos, empreendimento do chamado IAPB - Instituto de Aposentadoria e Previdência dos Bancários, os porteiros chamam-se Geraldo, Antonio, Ademar, Francisco, Ademar, Celso... O síndico é o seu Ubiraci, de 87 anos.

Na frente do meu prédio fica um vendedor de frutas, o Sebastião Roberto. Ele passou por um dissabor recente: a fiscalização municipal levou sua mercadoria logo na manhãzinha de um sábado. De pronto, Sebastião Roberto criou um abaixo-assinado para que os moradores informassem aos fiscais da sua importância, de sua boa índole. Mais de 200 assinaturas já foram colhidas. Em breve, Sebastião irá até a prefeitura e mostrará às autoridades juramentadas que na Praça São Salvador ele merece respeito.

Resolvi relatar tudo isso depois de ficar sabendo do tipo de matéria que o jornal O Globo fez sobre o acidente com o avião da família de Luciano Huck e Angélica. Em seu exagero jornalístico, destinado rotineiramente pelo jornal aos "globais", aos políticos que rezam na cartilha contra o governo federal e às personalidades afins, a "reportagem" apresentava um infográfico listando quem estava no avião na ocasião da pane: Luciano Huck, Angélica, os filhos Benício, Joaquim e Eva, duas babás, o piloto Osmar Frattini e o copiloto José Flávio de Souza. Pois bem, ao contrário do que acontece na minha Praça São Salvador, no O Globo babás não têm nomes. São simplesmente "babás". Para o jornal destinado à a elite do Leblon, de Ipanema e arredores, essas pessoas não existem enquanto cidadãs. Não merecem sequer ter seus nomes citados. É uma ocasião emblemática ? rotineira, mas emblemática - em que o preconceito, a discriminação, a grosseria fazem que deixem ser cumpridas regras básicas do jornalismo. Eram nove ocupantes do avião e sete foram nomeados.

Esse fato me faz lembrar um casal de amigos que visitou Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada, na década passada. Logo depois da visita, perguntei ao casal sobre como era a rotina do local em que moravam Lula e dona Marisa Letícia. Fizeram vários comentários, mas o que mais me chamou a atenção foi o de que o pessoal que trabalhava no Alvorada mencionou a eles que na época de Fernando Henrique Cardoso sempre foram tratados polidamente, mas de uma forma fria e distante. Já Lula e Marisa os chamavam pelos nomes e perguntavam sobre suas vidas, sobre seus filhos e netos. Lula e Marisa conheciam todos pelo nome, como na minha Praça São Salvador
Herculano
27/05/2015 08:03
A TRANSPARÊNCIA VENCEU CONTRA UM BANCO E UM GOVERNO QUE PREFEREM O SIGILO, por Ricardo Noblat, de O Globo

- Quem contrata com o Poder Público não pode ter segredos, especialmente se a revelação for necessária para o controle da legitimidade do emprego dos recursos públicos.

O trecho acima resume o voto do ministro Luiz Fux, da 1ª. Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso Tribunal de Contas da União (TCU) x Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Por 3 votos contra 1, a 1ª. Turma decidiu que o sigilo em operações bancárias é descabido quando envolve entidade pública (o BNDES é uma entidade pública) e recursos igualmente públicos. O dinheiro que o banco movimenta é público.

O TCU havia pedido ao banco informações sobre empréstimo concedido ao grupo JBS/Friboi, uma das maiores indústrias de alimentos do mundo.

Atendeu assim à provocação feita pela Comissão de Fiscalização e Controle (CFC) da Câmara dos Deputados, que acusa o BNDES de não cobrar uma multa de 500 milhões de reais do JBS por descumprimento de uma cláusula de internacionalização.

O BNDES valeu-se do sigilo que costuma cercar empréstimos bancários para negar as informações ao TCU.

Coube ao STF decidir a parada. Foi o que fez ontem, para contrariedade da presidente Dilma Rousseff. Explico.

Recentemente, o Congresso aprovou emenda que proíbe o BNDES de manter sobre sigilo empréstimos concedidos a empresas brasileiras ou a entidades internacionais.

Dilma vetou a emenda. A decisão do STF derrubará o veto de Dilma.

O governo que se diz transparente, e que atribui ao seu empenho pela transparência a descoberta de tantos casos de corrupção, na verdade é adepto do segredo. E sempre que pode esconde informações de quem precisa ou de quem tem direito a elas.
Herculano
27/05/2015 07:59
"SÓCIOS", CORUPTOS TINHAM 2% DA QUEIROZ GALVÃO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Em depoimento à Polícia Federal, ao qual esta coluna teve acesso, um diretor do grupo Queiroz Galvão, Othon Zanoide de Moraes, revelou que o grupo pagou 2% do seu faturamento (bruto) anual a título de propina aos enrolados na Lava Jato. Ele disse ser responsável apenas pelas "doações" ao PP, mas destacou que o presidente da empreiteira, Ildefonso Collares, tinha a decisão final sobre o esquema de propina.

Metodologia da propina
Todas as empresas do grupo Queiroz Galvão, segundo Othon Moraes, reservavam até 2% do faturamento para "doar" a partidos e a políticos.

Ponte com doleiro
Othon disse à PF que o ex-deputado José Janene apresentou-o ao doleiro Alberto Youssef, responsável pelo propinoduto do PP.

Propina em lista
O diretor da Queiroz Galvão contou à PF que recebeu em 2010 lista de Youssef com políticos destinatários de "doações" da empreiteira.

PMDB dentro
Othon Moraes confirmou o pagamento de R$ 500 mil ao PMDB-RO, a pedido de Youssef, mas negou conhecer o senador Valdir Raupp (RO).

SENADO PODE REJEITAR OUTRO DIPLOMATA BOLIVARIANO
Após a rejeição de Guilherme Patriota para a OEA, há a expectativa no Itamaraty de que outro bolivariano pode vir a ser o próximo rejeitado no Senado: Antônio Simões, indicado embaixador em Madri. A Espanha levou uma eternidade para dar agrément (o "aceito"), sinal eloquente do desagrado com a indicação, em linguagem diplomática. É conhecido o zelo chavista do indicado, que colegas chamam de "Simões Bolívar".

Interesse econômico
Espanha deu agrément a Simões de olho na boa relação com o Brasil, que é essencial à saúde de empresas como o Santander e Telefónica.

Ninguém esquece
Simões é acusado por colegas de ajudar a crucificar Eduardo Saboia, que salvou a vida de um senador perseguido pelo governo da Bolívia.

Zeloso chavista
Simões também teve papel instrumental na suspensão do Paraguai para forçar a entrada da Venezuela ao Mercosul, vetada por Assunção.

Falta "pulso firme"
O ministro Joaquim Levy (Fazenda) pratica o esporte nacional de falar mal do governo. Diz aos mais próximos que a falta de "pulso firme" do governo com o Congresso compromete suas tesouradas.

Regabofe
O deputado Heráclito Fortes (PI), ex-DEM e agora no PSB, cuja carreira o ex-presidente Lula tentou acabar nas urnas, participou ontem de animado almoço com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

Gleisi dá a mão a Richa
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), tomava chá de cadeira de Renan Calheiros, quarta, quando a conterrânea Gleisi Hoffmann (PT) lhe fez uma gentileza: pegou-o pelo braço e o introduziu no gabinete do presidente do Senado, sem necessidade de pedir licença.

Sem resistências
A rebeldia do senador Lindbergh Farias (RJ) não resistiu a uma ligação de Dilma, antes de viajar para o México. Rapidamente ele prometeu apoiar o ajuste. Já Paulo Paim (RS), nem precisou de telefonema.

Conveniente
A CUT voltou a fazer baderna no Congresso. Desta vez, protestaram contra o distritão. A central sumiu de Brasília desde a aprovação, com votos do PT, das MPs que retiraram direitos trabalhistas.

O mandachuva
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quer isolar o PT e fazer um agrado aos opositores, inclusive no Rio de Janeiro, ao designar Rodrigo Maia (DEM-RJ) como relator da reforma política, no plenário.

Primeiro a máquina
O senador Antonio Reguffe (PDT-DF) votou contra o ajuste. Para ele, primeiro o governo federal deve cortar na máquina administrativa, obesa e corrupta, para só depois cortar programas e investimentos.

Mercadante entregou
Dilma ficou estarrecida com a atitude nos bastidores do ex-presidente Lula, relatada pelo ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), insuflando senadores do PT a votar contra o pacote fiscal do governo.

Aparências
A alegria de Aloizio Mercadante ao lado de Joaquim Levy, durante coletiva nesta semana, é tão verdadeira quanto uma nota de R$ 3,00.
Herculano
27/05/2015 07:49
O JUIZ SÉRGIO MORO JOGA XADREZ, por Elio Gaspari para os jornais Folha d S. Paulo e O Globo

No 17º lance Bobby Fischer entregou a rainha, e, como tinha 13 anos, pensaram até que ele não sabia jogar

Há alguns meses o juiz Sergio Moro perdeu uma parada feia. O caso das propinas pagas na Petrobras pelos holandeses da SBM saiu de sua jurisdição e, pelo que se teme, foi dormir. A SBM é a maior operadora de unidades flutuantes de petróleo do mundo. No ano passado pagou uma multa de US$ 240 milhões por propinas que distribuiu mundo afora. No Brasil, despejou US$ 139 milhões de "comissões legítimas". Moro e a força-tarefa do Ministério Público não disseram uma palavra. Pareciam Bobby Fischer entregando a rainha na partida de xadrez que, mais tarde, veio a ser chamada de "o jogo do século".

Nas petrorroubalheiras das sondas e unidades flutuantes estão imersos contratos de US$ 25,5 bilhões. Desde que começou a Lava Jato esse braço das operações vem sendo protegido por um manto de empulhações. Em Curitiba, o jogo foi outro. Entre os empreiteiros presos em novembro estava Gerson Almada, vice-presidente da Engevix, dona de um lote de contratos para a construção de sondas. Na sexta-feira, Moro prendeu preventivamente Milton Pascowitch, o cupido das boas relações do PT com a Engevix. Almada reconhecera que pagava comissões a Pascowitch. Entre 2004 e 2014 foram R$ 80 milhões. Segundo Pedro Barusco, Pascowitch era um dos onze operadores que molhavam suas mãos e as de Renato Duque, ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras. Se há uma grande conexão entre as petrorroubalheiras e o PT, ela passa também por aí. Um dos clientes da empresa de consultoria do comissário José Dirceu era o doutor Pascowitch.

Quando Bobby Fischer entregou a rainha, sabia o que estava fazendo. Ao fim do jogo, a rainha do adversário ficou sem ter o que fazer, e o garoto ganhou a partida. Moro sabe que dois bancos japoneses já jogaram a toalha em relação a seus créditos com estaleiros nacionais. Um terceiro ameaça vir com a faca nos dentes, querendo saber se o seu dinheiro foi usado para pagar propinas. Almada já contou alguma coisa. Duque e Pascowitch estão em copas, mas há razões para se supor que Moro esteja mais um lance à frente, com um novo canário interessado em cantar para o Ministério Público. Em fevereiro o juiz Moro negara um pedido de preventiva contra Pascowitch, agora deferiu-o. Mais: o Ministério Publico está puxando o fio da meada das relações financeiras de empreiteiros com alguns escritórios de advocacia.

Até agora a iluminação da Lava Jato favoreceu casos como os das refinarias onde rolavam licitações fraudadas, aditivos e superfaturamentos. A mãe de um empreiteiro sempre poderá sustentar que o trabalho de seu filho resultou em obras visíveis, reais. No caso de algumas unidades flutuantes o buraco é mais em cima, pois há equipamentos alugados, prontos. O dinheiro vai de uma caixa para outra sem empregar vivalma.

Os investigadores de Curitiba começaram a mostrar o que sabem a respeito dos contratos do pré-sal. Logo depois de sua posse na presidência da Petrobras, o comissário Aldemir Bendine lembrou que num novo plano de investimentos "talvez você pegue a SBM, que é uma importante fornecedora". Tão importante que foi proibida de fazer negócios com a empresa e, mesmo negociando um acordo de leniência, ainda não chegou a um acordo com a Controladoria-Geral da União.
Herculano
27/05/2015 07:35
CORRUPÇÃO LEVA EX-VICE-GOVERNADOR DE SÃO PAULO, EX-PRESIDENTE DA FEDERAÇÕ PAULISTA DE FUTEBOL, EX-PRESIDENTE DA CBF E ORGANIZADOR DA ÚLTIMA COPA DO MUNDO, JOSÉ MARIA MARIN A SER PRESO NA SUÍÇA ONDE ESTAVA PARA UMA REUNIÃO DA FIFA. ELE E OUTROS DIRIGENTES FORAM PRESOS E VÃO SER EXTRADITADOS PARA OS ESTADOS UNIDOS. A INVESTIGAÇÃO É DO FBI

Conteúdo é da Espn Brasil e jornal O Estado de S. Paulo. A caixa de pandora da Federação Internacional de Futebol está aberta. Na manhã desta quarta-feira, membros do alto-executivo da Fifa acabaram detidos no Baur au Lac Hotel, em Zurique, onde se encontravam para o congresso anual da entidade. De acordo com o NY Times, um dos acusados de corrupção que serão investigados pelo FBI, líder da operação, é o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin.

De acordo com a agência inglesa BBC, o dirigente brasileiro está entre os detidos na Suíça e será extraditado para os Estados Unidos, onde os acusados responderão ao processo.

Autoridades suíças envolvidas no caso, segundo o jornal americano, apontaram o antigo mandatário da entidade brasileira como um dos acusados de colaborar com as práticas ilegais na Fifa, as quais agrupam acusações de corrupção nas últimas duas décadas, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e fraude em eleições para a escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022.

As informações recentemente divulgadas apontam Marin entre os acusados de corrupção ao lado de outros nomes importantes do futebol mundial como Nicolás Leoz, antigo presidente da Conmebol. Julio Rocha, dirigente máximo da Federação Nicaraguense de Futebol; Rafael Esquivel, mandatário da Federação Venezuelana.

Anteriormente, dirigentes importantes como Jeffrey Webb das Ilhas Cayman, vice-presidente da comissão executiva da Fifa e mandatário máximo da Concacaf; Eugenio Figueredo, uruguaio, ex-presidente da Conmebol; e Jack Warner, de Trinidad e Tobago, um ex-membro do comitê executivo acusado de numerosas violações éticas, foram apontados pelas fontes como parte dos investigados.

Já Eduardo Li, oficial costarriquenho da FIfa, é um dos detidos no hotel suíço, segundo as informações divulgadas pelo NY Times.

Segundo a reportagem, as acusações do FBI abordam duas décadas de corrupção na entidade máxima do futebol mundial, incluindo eleições para definir sedes de Copa do Mundo, além de contratos de marketing e transmissão dos jogos da principal competição da modalidade.

A polêmica eleição do Qatar para receber o Mundial de 2022 centra as investigações das autoridades americanas, de acordo com a ABC, pleito no qual os Estados Unidos buscavam o direito de receber o torneio - portanto, o cerne da investigação deverá levar os acusados para o país.

José Maria Marin comandou a CBF entre os anos de 2012 e 2015, quando Marco Polo Del Nero, candidato apoiado por ele, venceu a eleição para comandar a entidade máxima do futebol brasileiro. Del Nero assumiu o cargo de dirigente mais importante da modalidade e substituiu Marin em 16 de abril desse ano.
Herculano
27/05/2015 07:18
ISTO É PÉSSIMO E EXPLICA PORQUE O PT PERMITIU A CORRUPÇÃO E A ROUBALHEIRA FOSSEM FTOS DOMINATES DE SUS GOVERNOS: FALTOU FISCALIZAÇÃO E OPOSIÇÃO E QUEM PERDEU FORAM OS BRASILEIROS E O FUTURO SUSTENTÁVEL E ÉTICO. "PSDB" NÃO TEM PROJETO DE PAÍS", DIZ VICE-PRESIDENTE DO PARTIDO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Cátia Seabra e Gustavo Uribe. Em carta enviada à cúpula nacional do PSDB, o primeiro vice-presidente do partido, Alberto Goldman, afirmou nesta terça-feira (26) que a legenda não é capaz de dizer o que faria se tivesse vencido as eleições presidenciais.

"Nós não temos um projeto de país", reclamou.

O texto foi endereçado ao comando tucano em meio ao debate da reforma política na Câmara dos Deputados.

No momento em que parte da bancada tucana ameaçava apoiar o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na defesa do "distritão" - 21 deputados da sigla acabaram votando a favor da proposta, que foi derrotada -, o ex-governador paulista disse à Folha que "a falta de debate interno se agravou no período recente, de Aécio Neves".

Candidato derrotado à sucessão presidencial no ano passado, o senador mineiro assumiu o comando da sigla em 2013 e deve ser reconduzido para o cargo até 2017.

Goldman queixou-se na carta de que questões como a reforma política e mudanças previdenciárias "não são discutidas e decididas pelo partido em seu foro natural e legítimo". O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), reagiu: "Estivesse Goldman participando mais ativamente do dia a dia da ação das bancadas, certamente teria posição diferente sobre a firme condução de Aécio".
Herculano
27/05/2015 07:04
DILMA PERDE OU DILMA PERDE, por Carlos Brickmann

Por que, excetuando-se os gritos de "Fora, Dilma", os principais movimentos de oposição se afastaram do impeachment e entregaram à Justiça, mais lenta que a Política, a tarefa de pressionar a presidente por eventuais irregularidades?

Porque, para a oposição, o PMDB e boa parte da base governista, a situação está ótima. Se o Governo der certo, os responsáveis serão Joaquim Levy e Michel Temer; se der errado, a responsável será Dilma. Se Levy sair do Governo, a culpa será de Dilma. Se ficar, e seu plano não funcionar, terá sido o pessoal de Dilma que atrapalhou. Se o combate à corrupção for bem, os responsáveis terão sido as CPIs, a imprensa e o juiz Moro. Se for mal, a culpa é de Dilma, que sabotou a investigação. Para que afastá-la e colocar Michel Temer no Governo, com a responsabilidade de consertar o estrago? É bem melhor se queixar da falta de condições de trabalho, sabendo que a vitória está garantida.

Hoje, o mundo político se divide entre a turma do "não" e o grupo do "não, senhora". E, se alguém acha que Lula irá ajudá-la, é bom lembrar que José Dirceu, o capitão do time, o competente coordenador de sua chegada ao poder, ficou a pão e água. Lula estimulou Lindbergh Farias a desafiar o PMDB. Lindbergh agora joga contra Dilma e o ajuste econômico. Não é difícil imaginar quem dá fôlego ao velho cara-pintada. Lula está convencido, como De Gaulle, de que uma das maiores virtudes do estadista é a ingratidão. Lula será o primeiro a ajudar Dilma quando ela não precisar de ajuda.
Até lá, como De Gaulle, será virtuoso.

ELES GANHAM OU GANHAM
O caro leitor antipetista ficou feliz com essas observações? Não fique: os vitoriosos nesse braço de ferro são Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Ambos são políticos hábeis, conhecedores do caminho das pedras. Eduardo Cunha, além disso, é estudioso e muito trabalhador. São belas virtudes, mas ninguém ousaria insultá-los chamando-os de gente do bem. São políticos, ponto.

Acham que o que é bom para eles é bom para todos. E, sendo bom para todos, é tudo deles.

A FOLIA FEDERAL
O grupo pró-impeachment, que marchou a pé de São Paulo para Brasília, lidera as manifestações antigoverno, com apoio de prefeitos que se sentem sufocados com a falta de verbas. O PT acusa o PMDB de inflar as despesas públicas numa época em que é preciso conter os gastos; mas o PT tem Lindbergh Farias e Paulo Paim abrindo fogo contra o controle de despesas.

Michel Temer foi escolhido por Dilma para ser seu coordenador político, mas ela não o convida para suas reuniões de coordenação (e não cumpre as promessas de entrega de cargos que ele, com sua autorização, faz em nome do Governo).

E a oposição oficial? Deve se manifestar assim que terminar a temporada de homenagens no Exterior e quando chegar um novo carregamento de trufas brancas da Itália, o que lhe permitirá reunir seus líderes em bons restaurantes e discutir, entre citações e análise de vinhos, qual sua função na atual conjuntura.

PMDB VELHO DE GUERRA
Não é todo mundo que acredita em divergências entre Renan e Eduardo Cunha. Há quem ache que os dois combinam os papéis: às vezes um é o bonzinho, às vezes é o outro. E, em certas questões, estão totalmente de acordo: não querem, por exemplo, nem ouvir falar de Moreira Franco, apadrinhado por Temer. Lembram que, nos cargos que ocupou, Moreira Franco nunca atendeu à bancada. Cunha vai mais longe: lembra que nenhum secretário de Moreira Franco no Rio conseguiu ser eleito no final do mandato do governador.

DINHEIRO NÃO IMPORTA
A declaração é de Arthur Chioro, o ministro da Saúde: diz que os cortes no Orçamento não afetam os programas de seu Ministério. Dito isso, pergunta-se:

1 - Se os cortes não afetam os programas, por que havia no Orçamento as verbas extras que acabaram sendo cortadas? Era dinheiro desperdiçado, apenas?

2 - Se o orçamento disponível, mesmo cortado, é suficiente para o Ministério da Saúde, por que a insistência em querer cobrar a CPMF, o imposto do cheque, para financiar a saúde? Se o dinheiro extra é desnecessário, por que o pedem?

NÓS PGAMOS, ELES LUCRAM
Uma notável reportagem do respeitado jornalista Leão Serva, na Folha de S.Paulo, revela algo muito estranho: o prefeito Fernando Haddad está lançando uma Parceria Público-Privada, PPP, para reformular toda a iluminação paulistana. O estranho é que a Prefeitura faz o investimento, com verba da Cosip, o imposto que pagamos pela Iluminação Pública, e o parceiro privado fica com os lucros durante uns bons vinte anos.

Parceria assim este colunista também quer.

ACREDITE SE PUDER
Dilma Rousseff concedeu longa entrevista, no México, ao jornal La Jornada: confundiu as cores da bandeira do México, afirmou que o mojito, tradicional coquetel cubano, é mexicano, confundiu toltecas e astecas, colocou os incas e seu império sul-americano dentro do império asteca da América do Norte, achou curiosíssimo o nome de um quadro, Natureza Morta.
Herculano
27/05/2015 06:48
CÂMARA REJEITA O DISTRITÃO E APLICA DERROTA A CUNHA

O conteúdo é do jornal Folha de S Paulo. O texto é de Ranier Bragon e Aguirrer Talento, da sucursal de Brasília. Principal proposta de reforma política defendida pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o sistema eleitoral conhecido como distritão foi rejeitado por larga margem nesta terça (26) pelo plenário da Casa.

O modelo obteve apoio de 210 deputados, mas era preciso ao menos 308 votos (60% dos parlamentares, o mínimo para emenda à Constituição). Outros 267 votaram contra.

Cunha se empenhou pelo distritão. Pressionou partidos e atropelou uma comissão que ameaçava aprovar propostas diversas das suas.

Momentos antes da votação, afirmou: "Não aprovar significa votar no modelo que existe hoje, essa é uma decisão que a Casa vai assumir a sua responsabilidade."

O líder da bancada do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), reforçou: "Vamos decidir agora se a manchete de amanhã será que a Câmara iniciou a reforma política ou se a Câmara enterrou a reforma".

O distritão, que alteraria a forma como são eleitos deputados federais, estaduais e vereadores, foi defendido inicialmente pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB), articulador político do governo. Argumentava-se que o modelo simplificaria a eleição.

Hoje vigora o modelo proporcional. Na divisão de cadeiras é levado em conta toda a votação aos candidatos do partido ou da coligação, além do voto na legenda. Por isso às vezes ocorre de candidato com pouca votação nominal conseguir a vaga em detrimento de um concorrente mais votado nominalmente.

No distritão, são eleitos os mais votados em cada Estado (ou em cada cidade, no caso dos vereadores). "Esse modelo é um avanço, um salto à frente. (...) Eu só tenho uma certeza: o modelo proporcional aberto inviabiliza a política", disse Rodrigo Maia (DEM-RJ), relator da proposta.

CRÍTICAS
Entre os críticos estava Marcelo Castro (PMDB-PI), ex-aliado de Cunha. Escolhido para relatar a reforma na comissão, acabou desautorizado pelo peemedebista. Castro distribuiu panfletos no plenário contra o distritão.

"O Brasil está doente politicamente e a adoção do distritão acentua, hipertrofia, piora todos os problemas que já existem. (...) A finalidade da reforma é melhorar e não piorar a nossa democracia. Quando se está com uma infecção, toma-se antibiótico e não bactéria", disse Castro.

"Não existe democracia sem partido político e o distritão acaba com os partidos. Apenas o Afeganistão e mais outros dois países pequenos adotam esse sistema. Vamos pegar o Afeganistão como modelo?", discursou Alessandro Molon (PT-RJ).

Segundo deputados de partidos nanicos, Cunha chegou a cobrar o apoio ao distritão e a ameaçá-los com regras para asfixiar essas legendas. "Espero que nenhum parlamentar quebre a espinha dorsal por medo de retaliação ao não aprovar essa aberração do distritão", discursou Chico Alencar (PSOL-RJ).

O plenário rejeitou ainda duas outras sugestões de sistema eleitoral: o distrital misto, defendido pelo PT e pelo PSDB, foi derrotado por 369 votos a 99; o de lista fechada, por 402 votos a 21.
Herculano
27/05/2015 06:42
UM PROFESSOR CONTRA A GREVE, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo.

Esta quarta-feira marcará o início de uma onda de greves nas universidades federais. As paralisações devem ser longas, e não há solução à vista. O Ministério da Educação, que já estava na penúria, acaba de perder R$ 9,42 bilhões de seu orçamento para 2015.

Na UFRJ, a maior federal do país, alguns campi fecharam nos últimos dias por falta de segurança e higiene. Alunos e professores tiveram que deixar as salas de aula para ajudar na limpeza dos banheiros. É um vexame, especialmente para um governo que prometeu a "pátria educadora".

Nesse ambiente de justa indignação, o historiador Daniel Aarão Reis Filho decidiu remar contra a corrente. Professor da Universidade Federal Fluminense, ele escreveu um libelo contra a greve nas instituições públicas. É um texto polêmico, que merece ser lido fora do meio acadêmico.

Intelectual respeitado na esquerda e ex-integrante da luta armada contra a ditadura, Aarão Reis sustenta uma tese difícil de ser contestada: quando a universidade para, os maiores prejudicados são os alunos. Ele ataca o ajuste fiscal, mas condena a suspensão das aulas. Diz que há formas mais eficazes de pressionar o governo e sensibilizar a sociedade.

O professor define a greve nos serviços públicos como "uma infeliz mimetização dos movimentos operários". "Em vez de prejudicar os patrões, prejudica apenas e tão somente os usuários dos serviços", afirma. É possível transpor a frase para outras áreas, como saúde e transporte.

Aarão Reis cita um problema adicional. Apesar da crise, os professores devem continuar a receber em dia, "estejam ou não trabalhando". "Se os trabalhadores do mundo soubessem que é possível fazer greve ganhando salários... Ai do capitalismo, não haveria um que não paralisasse imediatamente o trabalho", ironiza.

Finalmente uma boa notícia: a Câmara deu uma surra em Eduardo Cunha e rejeitou o distritão.
Herculano
26/05/2015 22:14
DEPOIS DE APROVADO NA CÂMARA, MUDANÇAS NO SEGURO-DESEMPREGO E NO ABONO PASSAM NO SENADO POR POUCA DIFERENÇA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Em semana decisiva para o governo, que tem enfrentado resistência de sua própria base ao pacote de ajuste fiscal, o Senado aprovou nesta terça-feira (26), com margem apertada, a primeira das medidas provisórias que visam cortar gastos públicos obrigatórios. Todas as alterações propostas foram rejeitadas.

Foram 39 votos a favor e 32 contra a medida provisória 665, que dificulta a concessão de seguro-desemprego, abono salarial e seguro ao pescador artesanal em tempos de pesca proibida (veja abaixo como foi a votação). A expectativa do governo é de reduzir em R$ 5 bilhões os gastos com esses benefícios neste ano.

Mesmo cedendo em alguns pontos, o governo enfrentou traições do próprio partido da presidente. Expoentes desse fogo amigo, os senadores do PT Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Paim (RS) votaram contra a matéria, junto com Walter Pinheiro (BA). O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB - AL), não votou.

Do PMDB, houve dois votos contrários à medida - de Ricardo Ferraço (ES) e Roberto Requião (PR).

Os senadores catarinenses tucanos Dalírio Beber e Paulo Bauer, votaram contra e Dário Berger, PMDB, votou a favor da medida.
Anônimo disse:
26/05/2015 21:48
Herculano, postado às 20:55hs.
Boa! Assim sim.
Primeiro a Ação Penal, depois o pedido de impeachment e depois, se preciso, toda ação possível sem dar chances para o pt respirar.

"Vamos saturar o inimigo com todo tipo de armas até sua destruição total" - frase escrita num rancho da Artilharia.
Maria Amélia que não é Lemos
26/05/2015 21:37
Sr. Herculano:

Do jornalista Polibio Braga

"Ontem os mercados fritaram porque o ministro Levy não foi à apresentação do contingenciamento de gastos. A consultoria Empiricus, na sua newsletter desta tarde, avisou que a notícia deu margem para todo tipo de especulação - de novo.

Levy defendia corte de gastos da ordem entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões, e o governo caprichosamente anunciou, sem ele, R$ 69,9 bilhões.

Levy foi a público tossir, culpou a gripe pela ausência, e afirmou que está tudo em paz.

Hoje, no entanto, surgem novas evidências da discórdia...

Lula (?!) defende o nome de Nelson Barbosa (ministro do Planejamento) em substituição a Levy. Parte relevante da base governista tem votado contra e criticado as medidas do ajuste fiscal.

O estranho no ninho caiu de paraquedas para tentar, sozinho, salvar a pátria.

Mas não tem apoio de sua própria base aliada. Pior, vai ser queimado por ela. Como se fosse a causa (não a solução) de todos os problemas.

Para pensar...
? Levy dura até o final do mandato Dilma?

? Levy dura até o final deste ano?

- A quantos pontos o Ibovespa iria em caso de saída do ministro?"

Herculano, funcionário do BRADESCO dura até junho.

Mariazinha
26/05/2015 21:20
Seu Herculano:

Enquanto não derem um jeito neste cadáver insepulto, o Brasil vai a caminho do caos absoluto. É a bancarrota definitiva e irrecuperável.

Como o nazipetismo acabou com o Brasil, logo o PT será associado ao nazismo, o que causará horror nas pessoas, só em falar.

Bye, bye!
Arara Palradora
26/05/2015 21:10
Querido, Blogueiro!

Estou IMPACTADA com o que li às 09:10hs.
Mais R$8 bilhões para continuar pintando ciclofaixas ou é para retocar as que desbotaram?
É o Demônio de Garanhuns mandando mais com seu governo pararelo do que a Orca Biruta.

Voeeeiii...!!!
João João Filho de João
26/05/2015 20:58
Sr. Herculano:

Postado às 13:36hs
"Vaccari, André Vargas, Luiz Argôlo e Pedro Corrêa são transferidos para o Complexo Penal".

Foram para o lugar que lhes é de direito.
Lugar de bandido é na cadeia.

LuLLa, a tua hora vai chegar!!!
Herculano
26/05/2015 20:55
OPOSIÇÃO PROTOCOLA REPRESENTAÇÃO CONTRA DILMA, por Josias de Souza.

Conforme anúncio feito na semana passada, os partidos de oposição protocolaram nesta terça-feira na Procuradoria-Geral da República uma representação criminal contra Dilma Rousseff. Na petição, pedem que a presidente seja responsabilizada pelas chamadas "pedaladas fiscais."

Assinam a representação os líderes do PSDB, DEM, PPS e SD na Câmara e no Senado. O documento foi redigido pelo jurista Miguel Reali Júnior. Com essa iniciativa, a oposição trilha uma picada alternativa ao pedido de impeachment. "Não foi um recuo", disse Reali Júnior em entrevista. "Foi uma questão de estratégia, de saber qual era o melhor caminho neste instante. [?] O processo criminal é mais grave do que o impeachment.''
Juju do Gasparinho
26/05/2015 20:53
Prezado Herculano:

"O vice presidente Michel Temer, disse ontem a Dilma Roussef que, se a presidente não desse jeito no farrapo que é o governo Dilma 2 (às 09:12hs - Vinicios Torres Freire), lembrei-me de Gaspar. Não é diferente do farrapo que é o governo Zuchi.

Quando um órgão está no farrapo (necrosado) não precisa ser médico para saber que a solução é extirpá-lo.
Fora, PT!!!
Herculano
26/05/2015 20:53
TODO PODER ÀS RUAS, por Paulo Paim, senador pelo PT gaúcho, presidente da Comissão dos Direitos Humanos do Senado em artigo escrito para o jornal espanhol El País.

As eleições regionais, ocorridas recentemente na Espanha, fortaleceram a presença de novos partidos de esquerda, como o Podemos, e reduziram o apoio das urnas aos tradicionais Partido Popular (PP) e Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que desde 1982 disputam a hegemonia no País.

A participação dos jovens neste pleito chama atenção. Dos 35 milhões de votantes, cerca de 1,5 milhão registrou-se como eleitor pela primeira vez. Um número fantástico, segundo a própria imprensa. Essa ?oxigenação das ruas? conhecida como "indignados" teve início no ano de 2008, após a crise econômica, com forte participação dos movimentos sociais.

No Brasil, em junho de 2013, os "indignados" inundaram ruas e praças de norte a sul, rufando tambores, batendo palmas, levantando cartazes, exigindo com suas vozes roucas o fim da corrupção, o fim do voto secreto no Congresso Nacional, mais investimentos em saúde, educação, segurança.

Porém, em 2014, ano de eleições presidenciais, esse movimento de rua restringiu-se, timidamente, a uns poucos protestos regionalizados. No entanto, em 2015, eis que as manifestações ressurgiram com força total nos meses de março e maio. A pauta vem se alargando com a introdução da defesa dos direitos dos trabalhadores, aposentados e pensionistas e o fim do fator previdenciário.

Vemos hoje no País uma forte tendência de aplicação de políticas conservadoras e antissociais. Primeiro, porque tanto o Senado Federal quanto a Câmara dos Deputados elegeram mais representantes identificados com a dita direita. E isso faz muita diferença. Já a bancada do social, uma trincheira histórica, perdeu espaço.

Semanas atrás a Câmara deu claro sinal de que o "mar não está pra peixe" para os trabalhadores. Ela aprovou projeto sobre terceirização, que na prática restringe direitos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e da Constituição "Cidadã" de 1988. O projeto (PL 30/2015) está no Senado agora, e eu serei seu relator na Comissão de Direitos Humanos.

Nós estamos falando aqui, e chamando a atenção da sociedade brasileira para o fato de que estão em jogo direitos sagrados da nossa gente, alcançados a duras penas, com muita luta e sacrifícios: Carteira de Trabalho, Previdência Social, Seguro-Desemprego, Vale-Transporte, Férias, 13º salário, FGTS, Salário-Mínimo, adicionais, entre outros.

Inacreditavelmente, o Governo federal, tendo à frente o PT, partido ao qual sou filiado desde 1985, enviou, no final do ano passado, duas medidas provisórias (MPs 664 e 665), o chamado ajuste fiscal que, no meu entendimento, provocará arrocho salarial. Não tenho dúvida alguma de que a corda arrebentará no lado mais fraco. Perderão os trabalhadores.

Sobre essas duas medidas o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), entidade respeitada e que há anos colabora com os movimentos sindical e social, emitiu parecer técnico com a seguinte avaliação:

"Por mais que o governo federal alegue que não há retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, as novas regras limitam o acesso de milhões de brasileiros a esses benefícios, o que na prática, significa privar parcela mais vulnerável da população de benefícios que lhes eram assegurados".

André Singer, professor da Universidade de São Paulo (USP) e porta-voz do governo Lula no período de 2003 a 2007, é incisivo:

"O objetivo é fazer um reajuste recessivo, até produzir uma quantidade de desemprego que leve à redução do salário dos trabalhadores. Os defensores desse modelo defendem que, se o Brasil não fizer isso, não será competitivo internacionalmente. É por isso que não podemos aceitar esse ajuste".

É inegável que a partir de 2003, com a chegada do PT ao Palácio do Planalto, o Brasil deu um enorme salto qualitativo e quantitativo em políticas de inclusão social, combate ao desemprego e melhoria da renda do trabalhador. É notório que milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza. Hoje, milhões possuem casa própria.

No entanto, há uma clara opção do atual Governo federal contra essas políticas que foram vitoriosas e que são as verdadeiras raízes do PT. A mim parece que o governo está de mãos amarradas, não tem as rédeas das decisões políticas e tampouco daquelas relacionadas à economia. Estaria o Brasil já vivendo em sistema parlamentarista? Isso é inadmissível.

Dois movimentos poderiam ser feitos. Um, dentro do próprio PT, com a militância exigindo a volta do partido as suas raízes, ao núcleo originador e fomentador das nossas lutas e conquistas. O PT foi criado para defender os trabalhadores e o Brasil. O PT chegou ao Governo para dar mais Brasil aos brasileiros. O partido precisa entender isso, caso contrário pagará com a sua própria história. Para nós, que ainda sonhamos, acreditamos e temos esperança em um País melhor para todos, só restará caminhar por uma nova estrada.

Não há saída sem o povo nas ruas: esse é o segundo movimento. Os brasileiros, sejam eles de que classe forem, os movimentos sindical e social, os aposentados, os estudantes, os jovens, assim como fizeram os da Espanha, dentro do resguardo da lei, devem romper o silêncio, pois ele é a principal barreira que sufoca e mata a indignação. Todo poder às ruas.
Belchior do Meio
26/05/2015 20:45
Sr. Herculano:

Comentário do Blog Gente Decente sobre Cerveró - às 15:20Hs.

"Sérgio Moro está dando uma verdadeira lição para todos os que atuam na falida justiça brasileira.
Investiga, reúne provas, ouve a defesa, julga e pune. Assim deve ser a justiça que se quer igual para todos".

5 anos no Zarolha!!!
MAYSA
26/05/2015 19:51
Herculano olha o que saiu hoje no diário oficial, a nomeação do Diretor Cleber.

Agora efetivo.....

Não posso acreditar, espero que ele saia desse cargo que ocupa hoje de extrema importância, e que o prefeito Celso mais Doraci, Maicon, reflitam e não nomeiam ele novamente como diretor Departamento Pessoal.

Por que ele não é competente para estar assumindo este cargo.

Espero que acertem pelo menos nisso..

Cleber fora....

E também gostaria de parabenizar o trabalho feito pela Diretora Mari, que sabe nos atender, e ver o nosso lado. Como a Raquel não ira voltar, então que deixam apenas a Mari no comando daquele departamento.

Para você ter ideia Herculano possuía uma servidora que trabalhava no balcão de atendimento do RH, e que o diretor Cleber não gostava dela, pegou e mandou ela para o Ditran.

E colocou outra.....

Cleber Fora !!!!
sidnei luis reinert
26/05/2015 19:18
Dilma vai retirar dinheiro do FGTS do trabalhador e devolver em 8 anos!!

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, confirmou nesta quarta-feira (26), durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados, que o governo quer destinar R$ 10 bilhões do fundo de investimento do FGTS para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

OS COMUNISTAS QUEREM SUGAR O ÚLTIMO CENTAVO DE QUEM TRABALHA.
Herculano
26/05/2015 18:58
ALÉM DAS DERROTAS, por Lauro Jardim de Veja

A lista de irritações da diretoria do Flamengo com Vanderlei Luxemburgo era extensa. Mas o que esgarçou de vez a corda foi a oposição de Luxemburgo em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte - além, claro, do desempenho medíocre do time.

Luxemburgo se declarou contra a proposta de o dirigente ser responsabilizado com os próprios bens por desvios ou má gestão. A medida é defendida com todas as forças pelo Flamengo. Ao posicionar-se contra um tema tão caro à diretoria, Luxemburgo comprou uma briga grande demais - uma briga que ele só poderia bancar se estivesse vencendo, vencendo e vencendo.

A lista de contrariedade se estendia a uma agenda própria de Luxemburgo que, de acordo com a cúpula, se manifestava sobre temas que não eram de sua alçada (como e Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte) e dava entrevistas sem combinar nada com o clube.

Irritava também o que um dirigente do Flamengo classifica de "estilo Luxemburgo" de justificar os resultados:

- Ele sempre se colocava na seguinte posição: eu ganho, nós empatamos e eles perdem.

Os dirigentes do Flamengo não negam, porém, que o que o derrubou mesmo foram os resultados em campo. Se o time estivesse vencendo, teriam que aturar Luxemburgo como ele é. Com desempenhos pífios da equipe, certas características do técnico ficaram insuportáveis.
Herculano
26/05/2015 18:56
NÃO É CRISTÃO QUE É COVARDE, por Leonardo X

O pastor Silas Malafaia é um homem religioso. Para muitos, que se julgam cultos, ele é obtuso. Porque é um homem religioso e a religião é incompatível com a razão. A esse respeito cito um poeta satírico - católico e romano - que escreveu sob o pseudônimo de Trilussa: "Os racionalistas afirmam que é preciso duvidar de tudo; então eu comecei por duvidar da razão".

Hoje, Trilussa estaria defendendo, com sua deliciosa ironia, não a igreja católica que os bispos da CNBB abastardaram na doutrina herética da teologia da libertação, mas a igreja que esse pastor lidera contra a mentira e o ódio implícito no marxismo ateu.

Seria uma forma de celebrar o que disse santo Agostinho sobre a sociedade humana - que se funda no amor: "Ser cristão sempre foi e será um desafio à nossa coragem. Não é cristão quem é covarde".
Herculano
26/05/2015 18:53
JUÍZES DE TODO O BRASIL VÃO A FLORIAPÓLIS

Começa amanhã no Costão do Santinho o 37º Fórum Nacional dos Juizados Especiais. Ele deverá reunir cerca de 400 magistrados de todo o Brasil. O objetivo do encontro é troca de experiências dos operadores que atuam nos Juizados Especiais e as novas técnicas de conciliação. O juiz inglês John Matthews fará palestra sobre os tribunais da Inglaterra e do País de Gales sob o olhar das pequenas causas.
sidnei luis reinert
26/05/2015 18:39
Em vídeo, Lula mostra ao pastor Silas Malafaia que não existe cura para mentiroso de nascença

Sem chance, informa o vídeo do Exilado.TV que registra um trecho da conversa entre o ex-presidente e blogueiros estatizados. Malafaia pode esperar sentado que o pecador militante conte a verdade. Por dois motivos. Primeiro: Lula teria de ficar alguns anos acampado no confessionário se decidisse confiar a alguém todas as mentiras que contou. Segundo: mentiroso de nascença não resiste à tentação de tapear até o confessor.

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/lula-confirma-que-gente-que-mente-compulsivamente-nao-tem-cura/
Herculano
26/05/2015 15:30
da série: tudo e todos são culpados quando o barco está desgovernado e afundando

COM LEVY E TEMER, CRISE CHEGA AO NÚCLEO DO PODER, por Ricardo Kotscho, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT.

Esta semana que está começando promete ser decisiva para sabermos o que podemos esperar no segundo semestre. O cenário é preocupante. Nas últimas horas, a crise chegou ao núcleo do poder e envolve os dois principais pilares do governo Dilma Rousseff: o vice Michel Temer, coordenador político, e o ministro Joaquim Levy, responsável pela política econômica no segundo mandato.

Temer solicitou uma reunião com Dilma ainda nesta segunda-feira, antes da viagem da presidente ao México, para pedir uma definição sobre o apoio do PT e do governo às medidas do ajuste fiscal que serão votadas nos próximos dias no Senado.

"Preciso saber para onde o governo deseja ir, para o lado do PT ou do ajuste fiscal", justificou o vice, segundo interlocutores ouvidos pelo repórter Valdo Cruz, da Folha. "Quando vejo o PT trabalhando contra o ajuste, eu me pergunto se isso é coisa só do PT ou conta com o apoio de setores do governo".

É a mesma preocupação do ministro Levy, que demonstrou seu descontentamento ao não comparecer à cerimonia, na sexta-feira, em que foi anunciado o corte de R$ 69,9 bilhões no orçamento, e não anda satisfeito com os rumos que as votações do pacote do ajuste fiscal estão tomando no Congresso. Nos cálculos do Ministério da Fazenda, dos R$ 18 bilhões inicialmente previstos, só deverão restar R$ 5 bilhões para socorrer os cofres do governo após as mudanças que estão sendo feitas nas medidas provisórias.

As votações no plenário do Senado foram adiadas depois que petistas criticaram as propostas em Brasília, com o senador Lindbergh Farias chegando a pedir a demissão de Levy. As críticas ao ministro da Fazenda foram repetidas nos encontros estaduais do PT no último final de semana. O maior problema de Levy é que o governo corre contra o relógio porque, se não forem votadas até sexta-feira, as MPs do pacote fiscal vão caducar. Por isso, o ministro da Fazenda voltou hoje a Brasília disposto a retomar pessoalmente as negociações com o Congresso Nacional.

Além das dificuldades enfrentadas com as votações no Congresso, Temer também ficou contrariado por não ter sido chamado para participar da longa reunião de sexta-feira, na Granja do Torto, em que a presidente Dilma discutiu a conjuntura com o ex-presidente Lula e ministros petistas.

O que se discute no momento em Brasília é até onde Levy e Temer suportarão as pressões do "fogo amigo" que partem da própria base aliada do governo. O menor problema deles são as oposições, que se preparam para recepcionar os alucinados pró-impeachment do Movimento Brasil Livre, um pequeno punhado de marchadeiros que saíram de São Paulo no dia 24 de abril e estão chegando agora à Capital Federal.

Vida que segue.
Herculano
26/05/2015 15:20
CEVERÓ, EX-DIRETOR DA PETROBRÁS, É CONDENADO A CINCO ANOS DE PRISÃO.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró foi condenado, nesta terça-feira (26), a cinco anos de prisão - em regime, inicialmente, fechado - pelo crime de lavagem de dinheiro. A decisão é do juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato.

Cerveró foi acusado pelo Ministério Público de adquirir um apartamento de luxo no Rio de Janeiro com dinheiro que teria recebido como propina na Petrobras.

"O imóvel teria sido adquirido com produto de crimes de corrupção praticados por Nestor Cerveró no exercício do cargo de Diretor Internacional da Petróleo Brasileiro S/A [Petrobras]", diz o despacho do juiz.

O imóvel, que fica em Ipanema, foi avaliado em R$ 7,5 milhões. Ele está registrado em nome da empresa Jolmey do Brasil -que, segundo o MPF (Ministério Público Federal), é de propriedade de Cerveró. Segundo denúncia contra ele, o ex-diretor recebia propinas em contratos da Petrobras e lavava esse dinheiro no Uruguai, transferindo os valores para a empresa offshore Jolmey S/A.

Foi a Jolmey do Brasil que comprou o apartamento em Ipanema, em 2009, o reformou e o alugou para Cerveró na sequência, por R$ 3.650 mensais -valor abaixo da média de mercado.

"Evidente, pois, que a Jolmey do Brasil é apenas uma empresa de fachada criada e utilizada com o único propósito de ocultar a propriedade de bem", afirmam os procuradores na denúncia. "Foi apenas um estratagema utilizado pelo denunciado para ocultar que era o real proprietário do bem."

O objetivo do esquema, para o Ministério Público, era evitar que Cerveró fosse alvo de investigação por enriquecimento sem causa.

Quando a denúncia foi aberta, o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, negou as acusações e disse que a denúncia é "totalmente inepta". Segundo ele, o ex-diretor não era proprietário de nenhuma das empresas citadas pelos procuradores. "Isso não existe, é uma criação mental do Ministério Público Federal", afirmou.

Cerveró foi preso em janeiro ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro. Desde então, está detido na carceragem da superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba.
Herculano
26/05/2015 13:36
VACCARI E TRÊS EX-DEPUTADOS SÃO TRANSFERIDOS PARA COMPLEXO PENAL DO PARANÁ

Conteúdo do Valor. O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e os ex-deputados federais André Vargas (sem partido-PR), Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE) deixaram na manhã desta terça-feira a sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba e estão sendo transferidos para o Complexo Médico Penal do Paraná.

A transferência ocorreu a pedido da PF, que alega falta de espaço na carceragem, e foi atendida pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal no Paraná.

Vaccari e os ex-parlamentares são réus por corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo recursos desviados de contratos com a Petrobras, segundo o Ministério Público Federal.
Herculano
26/05/2015 09:12
NA ENFERMARIA DE DILMA, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

Ministros doentes, políticos insanos e até prefeitos do PT com raiva azucrinam a economia de Dilma 2

OS ECONOMISTAS de Dilma 2 estão doentes, coitados. Gripe e dor nas costas, ou talvez alergias e dores de cotovelo, têm impedido que os ministros da economia apareçam juntos em reuniões públicas.

Na sexta-feira, uma gripe impediu o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de apresentar uma versão menos irrealista do Orçamento do que a fantasia exorbitante que o Congresso aprova todos os anos. O anúncio ficou a cargo do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que ontem não entrou em campo com Levy devido às costas prejudicadas.

Sim, trata-se de ironia sobre as intrigas que vazam de Brasília sobre desavenças ministeriais a respeito do tamanho necessário da contenção de despesas do governo ou da previsão estouvada e alegremente otimista da arrecadação federal de impostos neste ano da pindaíba de 2015. Mas nada disso tem lá muita graça.

As derrotas parlamentares do governo neste maio, as intrigas bobas de políticos do Palácio do Planalto contra Levy e, agora, os achaques ministeriais no final de semana e outros desarranjos intestinos do governo deram a impressão de que o governo Dilma 2 teria uma recaída nos piores vícios de Dilma 1. Até a febre do dólar subiu um tico por causa dessa agitação sem sentido.

Os ministros negaram as intrigas, deram umas declarações meio futebolísticas de "jogar pelo time" e o tempo desanuviou um tanto.

A influenza de Levy parece ter influenciado um pouquinho o ambiente do Planalto, que começava a ser tomado pelos miasmas gastadores de 2014 e pelo delírio do "pior já passou" (no que diz respeito às contas do governo, não passará tão cedo).

Mais saudável, pelo menos da cabeça, o vice-presidente da República e premiê político, Michel Temer, disse ontem a Dilma Rousseff que, se a presidente não desse jeito na dengue dengosa do PT, o PMDB e outros "aliados" enterrariam o pacote fiscal enviado ao Congresso, levando para a tumba o resto do fiapo de confiança nos planos econômicos do governo.

A péssima impressão causada pelo bafafá do final de semana e a conversa de Temer aparentemente deram uma rearrumada nas tropas esfarrapadas do governo, ou pelo menos Dilma prometeu dar uma ajuda quanto a isso. Esse exército em farrapos terá de aprovar no Senado o que sobrou do pacote fiscal, que será avacalhado pela oposição com auxílio extra dos "amigos do povo", senadores em tese aliados e dois petistas que querem botar fogo no resto do circo e derrubar o plano de ajuste fiscal.

Os problemas não param por aí. Empresas e o Congresso querem derrubar a volta da cobrança de parte das contribuições patronais para o INSS, como se sabe. A previsão de aumento de receita federal líquida para este ano, uns 5%, já é otimista. Com furos no pacote fiscal, fica mais furada.

Haverá a luta no dia a dia contra os cortes. Ministros vão chorar. Os parlamentares, sem dinheiro das emendas, vão azucrinar ainda mais o governo. O PT de São Paulo grita desesperadamente por dinheiro, pois prefeitos e outros políticos locais ameaçam debandar, sair do partido, e precisam de agrados. Sem dinheiro federal para obras, Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, pode ser varrido na eleição de 2016.

Muito sofre quem padece.
Herculano
26/05/2015 09:10
NÃO TEM JEITO. O BRASIL ESTÁ QUEBRADO E LULA INICIOU A CAMPANHA PARA REELEGER O SEU POSTE HADDAD. LULA PEDE A DILMA QUE LIBERE R$8 BILHÕES DO PAC PARA SÃO PAULO. PARA A PONTE DO VALE, PONTE DOS SONHOS, DUPLICAÇÃO DA BR-470, NADA

Verba serviria para 'criar uma marca na periferia' para o prefeito Fernando Haddad, pré-candidato à reeleição. Dinheiro iria para 55 mil moradias e corredores de ônibus, mas esbarra no esforço do governo em apertar os cintos

O conteúdo é do jornal Folha de S. Paulo. O texto é de Natuza Nery e Marina Dias, da sucursal de Brasília.Preocupado com o cenário eleitoral em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a liberação de recursos federais para ajudar o prefeito Fernando Haddad, pré-candidato do PT à reeleição na capital paulista.

A administração municipal espera, desde o ano passado, o repasse de aproximadamente R$ 8 bilhões oriundos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

O montante seria destinado à reurbanização de favelas e outros projetos. Mas a liberação da verba ainda não recebeu o aval da presidente Dilma Rousseff.

Nos bastidores, a avaliação é a de que, sem esses investimentos, Haddad terá ainda mais dificuldades para ser reconduzido ao comando da maior cidade do país.

Lula apresentou a demanda a Dilma em reunião na sexta (22) na Granja do Torto, uma das residências oficiais da presidente, em Brasília.

O ex-presidente também cobrou que ministros petistas com base eleitoral em São Paulo desembarquem no Estado para fazer agenda política e, com isso, "ocupar espaço" em prol de Haddad.

Na avaliação interna, os R$ 8 bilhões do PAC serviriam para ajudar a criar uma "marca na periferia" para Haddad, dando impulso ao propósito de sua reeleição.

Pesquisas mostram a dificuldade do prefeito nesse estrato social. Levantamento do Datafolha apurado em fevereiro deste ano mostrou que sua gestão foi considerada ruim ou péssima por 44% dos paulistanos. A taxa é semelhante nas faixas de menor renda, onde os petistas tradicionalmente costumam ter melhor desempenho.

O cenário eleitoral é considerado "difícil". Daí o esforço para melhorar a conexão com a população mais pobre. Hoje, esse espólio ainda é da ex-prefeita Marta Suplicy, que deixou o PT para desafiar Haddad no ano que vem - a tendência é que ela se filie ao PSB para disputar a eleição.

PERIFERIA
O dinheiro defendido por Lula para a cidade de São Paulo seria usado na construção de 11 corredores de ônibus, 12 obras de prevenção de enchentes e moradias para 55 mil famílias.

Petistas já não escondem um prognóstico desanimador para o ano que vem. A maioria teme a derrota nas urnas dos grandes centros urbanos.

O desgaste é motivado pela impopularidade da gestão petista em âmbito federal, somada à rejeição crescente ao PT em diversos redutos.

O escândalo de corrupção na Petrobras, desvendado pela Operação Lava Jato, ajudou a corroer a imagem da legenda e de seus representantes.

Por essa razão, investimentos extras são considerados cruciais para dar competitividade à candidatura do petista em São Paulo.

O repasse, no entanto, esbarra no esforço do governo federal em apertar os cintos para economizar dinheiro do Orçamento.

Na mesma sexta-feira em que Lula pedia transferências do PAC para ajudar Haddad, o governo federal anunciava um corte de R$ 25,9 bilhões no próprio programa.

Apesar do empenho do ex-presidente, ministros são céticos quanto ao sucesso da demanda. "Está difícil pensar numa ajuda assim. Talvez o prefeito precise se virar sozinho", afirmou um deles, sob condição de anonimato.
Herculano
26/05/2015 09:05
CONGRESSO NUNCA FALTOU A UM PRESIDENTE. MAS COM DILMA TUDO É POSSÍVEL, por Ricardo Noblat, de O Globo

Quem lhe parece ter razão ao falar do ajuste fiscal promovido pelo governo da presidente Dilma?

Político A:

- Decidimos dar um passo à frente e dizer que, para o governo dar certo, tem que mudar o rumo da política econômica (...) As políticas fiscal e monetária estão levando o país a uma recessão, mistura explosiva, que pode ser mortal para o nosso projeto de país. O ajuste fiscal do ministro Joaquim Levy não dará certo. Os mais pobres é que pagam por ele.

Político B:

- Todos nós sabemos que o governo não está fazendo isso nem por maldade nem por prazer. Está fazendo porque é uma necessidade. Está fazendo porque sem isso nós não vamos ter as condições para retomar o crescimento muito em breve. Tudo que eventualmente penalizava os mais desfavorecidos foi retirado das medidas do ajuste fiscal por seus relatores.

O Político A é o senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro. O B é o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco.

Esta semana, o Senado votará as medidas do ajuste fiscal. Caso mude algum ponto delas, as medidas voltarão para exame na Câmara dos Deputados. Dali irão para sanção da presidente da República.

Nunca antes na história deste país, ou pelo menos desde o fim da ditadura militar de 64, o Congresso rejeitou plano de governo para pôr ordem na economia.

Nem mesmo o plano maluco do ex-presidente Fernando Collor que congelou o dinheiro da poupança dos brasileiros.

Fidel Castro, na época o presidente de Cuba, e que estava por aqui, comentou que nem ele tivera coragem de garfar a poupança dos cubanos.

O Congresso aprovou todos os planos que o governo Sarney lhe apresentou - Cruzado 1, Cruzado 2, Plano Bresser.

Aprovou o Real do governo Fernando Henrique.

É verdade que Lula colheu ali uma desastrosa derrota: o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF).

Hoje, a CPMF renderia algo como 80 bilhões de reais para a área da Saúde. Mas ela não era um plano econômico como o Cruzado ou o Real.

De todo modo, com Dilma tudo é possível.
Herculano
26/05/2015 08:27
SOB DILMA, A OPOSIÇÃO TRNOU-SE DESNECESSÁRIA, por Josias de Souza

Brasília é uma cidade dada a esquisitices. Mas poucas vezes esteve tão surrealista como agora. Nesta semana, prefeitos e manifestantes pró-impeachment encherão os espaços públicos da Capital de protestos contra o governo. Enquanto isso, nos gabinetes, PT e PMDB discutirão, como fazem há semanas, sobre quem é o responsável pela paralisia que produz a atmosfera de permanente insurreição. Um partido acusa o outro. E o ministro Joaquim Levy (Fazenda) acha que ambos estão cobertos de razão.

O PT diz que os caciques peemedebistas Renan Calheiros e Eduardo Cunha conspiram em dobradinha para fatiar as medidas fiscais enviadas por Dilma ao Legislativo. O PMDB reage, indignado, afirmando que quem tem Lindbergh Farias e Paulo Paim como filiados não precisa de traidores.

Lula aponta deficiências na articulação política de Michel Temer. E Temer queixa-se da desarticulação que Dilma provoca na política ao reunir-se com Lula e o concílio de sábios petistas pelas suas costas. O PT reclama de perda de espaços no rateio de cargos. O PMDB revolta-se com a demora na entrega das poltronas prometidas.

Diante de um cenário tão inusitado, a oposição perdeu a serventia. Não resta ao PSDB e aos seus satélites senão a alternativa de se dissolver como partidos do contra e aderir ao bloco governista. Na oposição, não conseguem ter metade do poder de destruição dos aliados.

Aderindo ao governo, os oposicionistas não precisariam mais se esgoelar da tribuna para atazanar Dilma. Passariam a combinar, em longos almoços nos melhores restaurantes de Brasília, as emboscadas contra as correções de rumo idealizadas pelo ex-colaborador tucano Joaquim Levy.
Herculano
26/05/2015 08:22
O PÉSSIMO EXEMPLO DE SANA CATARINA

Entre todos os estados da região sul e sudeste, Santa Catarina é quem gasta mais com os três poderes. Os catarinenses vão desembolsar este ano 19,4% da receita estadual para custear os poderes. No Paraná, o gasto é de 18,6%, o segundo que mais gasta e está numa crise sem tamanho e por apertar o cinto, sofre críticas e desgastes.

Só para comparar, o Rio Grande do Sul, o que menos gasta e também sofre para manter as suas contas em dia, esta relação é de 8,5% e São Paulo 9,1%.

Esta bomba ainda vai estourar no nosso colo e logo.

E onde a Assembleia Legislativa é mais cara, proporcionalmente? Santa Catarina.
Herculano
26/05/2015 08:07
LEVY VIRA ALVO DOS CIÚMES DE MERCADANTE, por Cláudio Humberto na coluna que publicou nos jornais hoje

O ministro Joaquim Levy (Fazenda) entrou na mira do colega Aloizio Mercadante. É que o chefe da Casa Civil tem horror a quem lhe faça sombra, e Levy monopoliza não apenas os holofotes, em nome do governo, como principalmente os ouvidos da presidente Dilma. A má vontade de Mercadante em relação a Levy é também uma tentativa de se aproximar da parcela do PT que se opõe ao ajuste fiscal em curso.

Boicotando
Petistas que, como Lula, têm por Mercadante solene desprezo, dizem que receberam telefonemas dele falando mal do ministro da Fazenda.

Afastamento
Mercadante tem reputação de promover intriga de Dilma com pessoas que antes tinham amplo acesso ao seu gabinete, como Giles Azevedo.

Isolamento
Atualmente, Dilma já não conta com a assessoria de gente que a acompanhava desde os tempos de governo do Rio Grande do Sul.

Maledicência
Senador ligado a Michel Temer diz que Mercadante "plantou" na mídia, em off, insinuações sobre a ausência de Levy no anúncio dos cortes.

Internautas fazem petição contra Parlashopping
Aproximam-se de 23 mil as assinaturas na petições online change.org contra a construção do novo anexo da Câmara dos Deputados. A obra do "Parlashopping" é um escândalo: prevê lojas e escritórios privados ao custo de R$ 1 bilhão, usando recursos públicos. O shopping seria "compromisso de campanha" do presidente da Casa, Eduardo Cunha. A presepada foi "enxertada" na MP 668, que integra o ajuste fiscal.

Bolsa-patroa
Cunha já foi alvo de outro abaixo-assinado. Petição contrária a benesses para cônjuges de parlamentares passou 475 mil assinaturas.

Feira
Chico Alencar (PSOL-RJ) diz ter vergonha de um shopping no meio da Praça dos Três Poderes: "Não cabe uma bombonière no Supremo".

Suspeição
Das cinco empresas interessadas no projeto do shopping da Câmara, três doaram R$ 9,6 milhões para campanhas eleitorais em 2014.

Dinheiro na mão é vendaval
O lobista Miguel Pascowitch, preso quinta (21) na 13ª fase da Lava Jato, esbanjava o dinheiro fácil obtido em negócios na Petrobras. Para celebrar seu aniversário, certa vez, ele fechou um hotel inteiro em Araras, perto de Petrópolis, com direito a luxuosa boca livre.

A conta é nossa
Em cem dias, os deputados federais gastaram um total de R$ 576 mil em almoços e jantares. Pagaram a conta e pediram ressarcimento, com base na Cota de Auxílio de Atividade Parlamentar.

ONG estrangeira
Nova lei da Rússia permite Vladimir Putin banir ONGs estrangeiras "indesejáveis", e prevê prisão de 6 anos para seus colaboradores. Lá, são tachados de "agentes estrangeiros" ONGs financiadas pelo exterior

Retirando poder
A pedido de Eduardo Cunha, o deputado Paulinho da Força (SD-SP) vai propor na Câmara a redução do número de ministros indicados pela Presidência da República para o STF. E fixar mandato para ministros.

Lei já é dura
A Câmara deve ressuscitar um projeto de 2004 que agrava a punição do porte de arma branca. O deputado Wadih Damous (PT-RJ) lembra que a lei já é dura: no caso de roubo, prevê até 20 anos de prisão.

Sem transparência
A Lei da Transparência completa seis anos em 27 de maio. A Câmara e principalmente o Senado continuam arrumando maneiras de burlar a legislação para driblar os pedidos de informação dos cidadãos.

Desempregados
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) fez a contas e chegou à conclusão de que seria possível lotar o Maracanã e Maracanãzinho só com os desempregados do mês de abril.

Desserviço público
A Justiça Federal mandou exonerar um servidor do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares que usou computador do Ipen para baixar pornografia. Perícia indicou inclusive acesso a sites de pedofilia.

Olho gordo
O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) encontrou no cafezinho com a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) e foi logo fazendo uma reverência reveladora de um sonho: "Sua bênção. O Senado é o céu".
Herculano
26/05/2015 07:47
UMA REFORMA PARA PIOR, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Os eleitores que gastaram saliva pedindo uma reforma política correm sério risco de se arrepender nesta semana. A Câmara votará um conjunto de propostas que ameaça agravar, em vez de consertar, os problemas do sistema atual.

As manifestações de 2013 expressaram o anseio por mais participação, mais representação e mais transparência. A reforma que vem aí acena com o contrário disso: menos participação, menos representação e menos transparência nas eleições.

Hoje o brasileiro vai às urnas a cada dois anos. O calendário se divide entre eleições gerais (para deputado estadual e federal, senador, governador e presidente) e eleições municipais (para vereador e prefeito). A proposta mais cotada na reforma institui uma só eleição a cada cinco anos. Quem acha que participa pouco participará menos ainda.

O grupo que manda na Câmara também quer mudar a forma como são eleitos os deputados. O único modelo com chance de ser aprovado é o afegão, aqui rebatizado de distritão. É um sistema que ignora o desempenho dos partidos, estimula o personalismo e reduz a representação das minorias no Congresso.

Por fim, está em jogo o financiamento das campanhas, origem de nove entre dez escândalos de corrupção. Ninguém esperava milagres, mas havia uma oportunidade de reduzir a influência do poder econômico nas eleições. O sistema deve permanecer como está, com uma mudança para pior. As doações irão apenas para os partidos, o que tende a deixar as prestações de conta ainda menos transparentes.

Para coroar o pacote, o presidente da Câmara jogou no lixo o trabalho da comissão que passou os últimos três meses discutindo a reforma. Como o resultado não o agradou, ele encerrou o grupo sem a votação do relatório. "Fizemos papel de bobo", desabafou o relator Marcelo Castro. Se a reforma de Eduardo Cunha for aprovada, a frase também valerá para os manifestantes de 2013.
Herculano
26/05/2015 07:43
O PT SE ESVAZIA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Fruto dos seus próprios desvios, partido enfrenta ameaça de defecções entre políticos paulistas e abandono da militância

Hortolândia saiu da eleição estadual de 2014 como último bastião do PT em São Paulo e pode chegar ao pleito municipal de 2016 como símbolo da deterioração do partido.

Distante cerca de 110 km da capital, o município de 212 mil habitantes notabilizou-se no ano passado por dar ao petista Alexandre Padilha sua única vitória sobre o governador Geraldo Alckmin (PSDB), 38,6% a 34,9%. As demais 644 cidades paulistas consagraram o tucano, que se reelegeu no primeiro turno com 57,3% dos votos.

Administrada pelo PT desde 2005, Hortolândia agora aparece numa lista de municípios nos quais políticos da legenda negociam migrar para o PSB, comandado em São Paulo pelo vice-governador Márcio França. Prefeitos e vereadores petistas consideram que assim terão mais chances na disputa do ano que vem, dada a crescente rejeição à sigla.

A fim de dissuadir potenciais desertores, dirigentes do PT têm feito viagens a cidades do interior do Estado. Calculam que, confirmadas as defecções, a agremiação terá até 30% menos prefeituras sob seu controle após a disputa municipal de 2016 - são, atualmente, 68 municípios paulistas.

O desânimo, porém, não acomete apenas quadros do partido; também afeta seus militantes. Basta dizer que, na sexta-feira (22), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou seu discurso na abertura do Congresso Estadual do PT em São Paulo para não ser visto diante de plateia reduzida.

No segundo dia do evento, Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência, desabafou: "Nunca vi uma reunião do PT tão esvaziada quanto ontem, quando se anunciava que o Lula viria, e tão esvaziada quanto hoje, quando no passado as pessoas disputavam o crachá para estar aqui".

No passado, seria preciso acrescentar, o partido não disputara uma eleição presidencial defendendo suas tradicionais bandeiras somente para arriá-las logo após a vitória. Tampouco estivera no centro dos principais escândalos de corrupção da política nacional.

Não admira, portanto, que cada vez menos gente esteja disposta a manter no peito um crachá do PT, ao mesmo tempo em que cresce o número de pessoas que se comprazem com o próprio antipetismo --embora, neste caso, se registrem exageros, como nos episódios em que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi hostilizado.

Se houve práticas corruptas, estas devem ser julgadas e condenadas pelos órgãos competentes; quanto às mentiras, elas já começam a cobrar seu preço em termos de prestígio e popularidade - uma fatura que o PT dificilmente deixará de pagar diante das urnas.

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