Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

29/05/2015

GUINCHO NO GANCHO I

Luiz Antônio Mondini, o Galego, ganhou no primeiro governo de Pedro Celso Zuchi, PT, a concorrência e a permissão para exploração do serviço de guincho e depósito de carros apreendidos em Gaspar. Ela venceu em novembro de 2008. E quando Zuchi retornou em 2009, sucedendo a Adilson Luiz Schmitt, hoje sem partido, deveria então ter feito uma nova licitação. Não fez. Enrolou. Isto foi motivo de vários comentários aqui e que ele os ridicularizou. Pressionado pelo Ministério Público e o próprio Tribunal de Contas, acabou fazendo-a só no terceiro mandato na concorrência 97/2013 vencida pela AC Kar, após sucessivos recursos. Ou seja, ao invés da solução, novos problemas com velhos vícios. 

GUINCHO NO GANCHO II

E é exatamente esta demora para fazer o que devia ter sido feito em 2009 e que durou todo um governo até 2012, que o Tribunal de Contas acaba de punir o prefeito Pedro Celso Zuchi com R$3 mil, bem como os ex-diretores da Ditran ? Diretoria de Trânsito ? Jackson José dos Santos, com R$2 mil e Pedro Silva, com R$1 mil. A denúncia de tal irregularidade foi feita por Adilson Muller ? o dono da AC Kar e que se beneficiou agora na nova concorrência. Ele é irmão de Arnaldo Muller, o empresário do lixo amigo do PT. Ou seja, miraram num alvo e acertaram nos amigos. O relator no Tribunal foi Wilson Rogério Wan Dall. E depois eu era o ridículo! Neste item está esclarecido. 

GUINCHO NO GANCHO III 

Falta outro e que é motivo da denúncia do próprio Galego: o pagamento do que fez no período em que quebrou o galho. O Tribunal de Contas nem o chamou para ouvi-lo e detonar todo este processo. Também não está resolvido o cumprimento pelo atual permissionário de todas as exigências do edital. É um rolo atrás do outro e num mesmo assunto .Acorda, Gaspar!

SUMIU I 

fotopg9herculanoGG.jpgA prova de que aqui a Lei, a Justiça e o Ministério Público são coisas mortas para os políticos e gente que engana pobres e desinformados. No dia oito de maio publiquei esta foto e este texto. ?O Ministério Público cerca cada vez mais os loteamentos clandestinos e irregulares de Gaspar. Antes, eles eram declarados, mas não eram marcados. E a farra continuava. Gente ingênua, desinformada continuava sendo ludibriada. Para elas, prometiam regularização para o próximo mês. Atribuíam-se os problemas ao promotor e oficial do registro de Imóveis. Agora, os loteamentos estão sendo marcados. Informa-se por placas que eles estão com problemas. O da foto é do ?famoso? loteamento do Maisena (o ex-vereador, Dauro Osmar da Costa, PMDB) na Lagoa. 

SUMIU II 

Pois é. Menos de 20 dias, a placa obrigada a ser colocada lá pela Justiça, a pedido do MP, sumiu, desafiando a lei, a obrigação, a transparência, a Justiça e o Ministério Público, facilitando e atraindo os incautos, desinformados para um golpe do loteamento que falta pouco para regularizar e que isto só não acontece por se tratar de uma perseguição do promotor. E tem gente que cai neste conto dos políticos e já devidamente esclarecido várias vezes aqui

ILHOTA EM CHAMAS

Falta dinheiro, inventa-se e se aumenta os impostos para o povo pagar a conta do desastre, sem eles estarem estabelecidos na lei. O vereador Almir Aníbal de Souza, PMDB, de Ilhota, acaba de ingressar com uma Ação Popular contra o prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, que é advogado e devia entender bem desse assunto. O que o vereador quer? Que o prefeito não cobre o ITU (Imposto Territorial Urbano) e o IPU (Imposto Predial Urbano). Simplesmente não houve lei que os criou, então nada pode ser cobrado. E somados, esses tributos são maiores que o atual IPTU para o qual é permitida a cobrança. Mais. No ITU e IPU não descontos para pagamento antecipado. A outra demanda do vereador é contra forma da cobrança da Taxa de Lixo. Há lançamento anual, quando deveria ser mensal e bem menor do que se pratica hoje. O pedido é liminar é assinado pelo advogado gasparense Ênio César Muller.

 TRAPICHE

O PSD de Gaspar, ainda sem candidato oficial, já está tratando da campanha de 2016 e tentando atrair os ?empresários?. Fez uma reunião com Élcio de Souza no centro das atenções. Bela iniciativa. Ele, gasparense e exemplo de consultor, apresentou um projeto de desenvolvimento de longo prazo: 40 anos.

O PSD de Gaspar, antes precisa fazer a primeira lição de casa do curto prazo: tirar Ilhota, bem menor, e menos complexa do que o município de Gaspar, do buraco em que o PSD daqui a meteu. Fernando Neves, presidente do PSD de Gaspar, foi o guru da eleição de lá, foi secretário de Administração e hoje está na Assistência Social.


Depois, o PSD daqui precisa indicar claramente, quem será a pessoa capacitada e a liderança que vai dar respaldo para se executar um plano daquela envergadura apresentado na reunião.


Agora é lei. Os procuradores efetivos de Gaspar vão dividir as sucumbências naquilo que vencerem. Ficou de fora o procurador geral. Ele foi considerado um agente político nomeado.


Todos os procuradores ? quando que se aumentou muito na administração do PT devido ao aumento de serviços decorrentes do jeito petista de governar afrontando a lei - estavam lá na Câmara na semana passada pressionando pela aprovação do PL. Ouviram queixas e pitos dos vereadores pela má qualidade técnica dos projetos de leis enviados para análise, discussão e votação.


O da Mobilidade Urbana, por exemplo, teve que ser devolvido para ser ?consertado? de tamanhas improbidades técnicas que continha. Nenhum Projeto de Lei foi apresentado para descontar os vencimentos e vantagens, principalmente, de quem comete tais escorregadas.


O promotor Henrique da Rosa Ziesemer, que cuida, entre outros, dos assuntos relacionados ao meio ambiente, quer saber da Câmara, a quantas anda o Plano Diretor e o que significa aumentar da declividade de 30 para 45 por cento na ocupação dos morros de Gaspar, como requereu o vereador Jaime Kirchner, PMDB.


Do próprio bolso. Ontem houve a sessão solene na Câmara de Gaspar que conferiu títulos honoríficos. A mesa diretora passou o pires entre os vereadores que indicaram os homenageados. Era para pagar o coquetel. A alegação é de que não há previsão legal para esta despesa. Mas, espera aí.  A resolução 29/2015 da mesa diretora de 28 de abril é letra morta? Para qual sessão solene ela autorizou as despesas decorrentes dela?


O Promotor Henrique da Rosa Ziesemer vai segunda-feira à Câmara  de Ilhota explicar aos vereadores e à comunidade a razão pela qual algumas ruas de lá impedem a construção de casas e edifícios. O prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, foi convidado. 

Edição 1691

Comentários

Zahra Pereira
01/06/2015 19:44
Herculano,

A Lola, tá certa, o Kleber, é àquela cigarra, deixou o seu esqueleto na arvore, já era, morreu.

Mas ainda tem uma teta com uma ubre enorme do governo do Estado, não vai secar tão cedo.

A bola da vez é o Brick, novo, sem vícios políticos é preparado, tem o apoio da imprensa, da maçonaria, dos comerciantes, das industriais e do povo, ele tem a cara do povo. Chega de pastor metido a padre.
Herculano
01/06/2015 19:40
ZERO HORA, VAMOS FALAR DE RACISMO? por Djamila Ribeiro publicado no site da revista Carta Capital

O que leva um veículo de imprensa a divulgar a opinião preconceituosa e ofensiva de um de seus leitores? Seria liberdade de expressão ou discurso de ódio?

Fiquei extremamente chocada com um comentário publicado na edição deste domingo 31 de maio do jornal Zero Hora, veículo do Rio Grande do Sul. Nele, o leitor é claramente racista e desinformado.

O comentário em si não me choca, como mulher negra já ouvi e li muitas coisas horríveis; o que me choca é o fato de o jornal ter publicado algo explicitamente racista. Até que ponto o jornal vai se esconder sob o argumento da liberdade de expressão? É sabido que racismo é crime, certo? Logo, publicar algo racista é igualmente crime, ou não? O comentário em questão foi publicado na versão impressa, logo foi lido antes e selecionado, diferentemente de quando se é num portal de internet, o que torna o fato ainda mais grave.

No comentário, um senhor diz que é sabido que pessoas negras têm propensão natural ao crime e são menos qualificadas e é justamente por isso que lotam os presídios no Brasil. Essa inferioridade natural atribuída à população negra foi utilizada na história como forma de opressão.

Os estudos de evolução biológica do século XIX que aplicaram o conceito de racismo biológico marcando a relação de superioridade e inferioridade entre colonizadores e conquistados, mais precisamente na América, legitimaram as relações de dominação européia, ao atribuir aos negros uma "inferioridade natural" devido à cor e tamanho do cérebro. Autores como James Watson, Nina Rodrigues se utilizaram desse racismo biológico em suas pesquisas, e hoje ele é considerado algo totalmente deslegitimado e arcaico.

O comentário desse senhor mostra que ele ignora as construções do racismo em nossa sociedade. Foram 354 anos de escravidão e, depois, no pós abolição, não se criaram mecanismos de inclusão para a população negra, como foram criados para os imigrantes que vieram para cá no processo de industrialização. Esses também vieram, como diz o senhor, "sem nenhuma formação", mas receberam oportunidades de trabalho, terras para iniciarem suas vidas por aqui.

Se hoje usufruem de uma realidade diferente da dos negros foi porque receberam auxílios deste País para isso, o que não ocorreu com a população negra, que veio para cá como escrava e em condição muito mais desumana, portanto. O poder sempre se esforçou para esconder a origem social das desigualdades, como se as disparidades fossem naturais, meritocráticas ou providencialmente fixadas. O que faz, por exemplo, que esse senhor não perceba ou não queira perceber que os direitos negados e a situação de pobreza da maioria da população negra são decorrência de uma estrutura social herdeira do escravismo.

Porém, o mais chocante aqui é um veículo de imprensa divulgar essa opinião racista, e, por conseguinte, ofensiva. Qual o limite da liberdade de expressão ou seria isso discurso de ódio? Como diz a filósofa estadunidense Judith Butler, em Excitable Speech: "A linguagem opressora do discurso de ódio não é mera representação de uma ideia odiosa; Ela é em si mesma uma conduta violenta, que visa submeter o outro, desconstruindo sua própria condição de sujeito, arrancando-o do seu contexto e colocando-o em outro onde paira a ameaça de uma violência real a ser cometida - uma verdadeira ameaça, por certo".
Almir ILHOTA
01/06/2015 18:44
HERCULANO.


Definitivamente as coisas vão de mal a pior na cidade de ILHOTA, não bastasse as lambanças que nosso alcaide e seus secretários andam fazendo, como as brigas internas aos socos, mais um integrante foi nomeado no dia de hoje, trata-se nada mais nada menos, que o ex secretario de finanças, vereador licenciado, Gilberto de Souza que assume a secretária de indústria e comércio no lugar de Odir Pereira(Zezinho), que por sua vez assume o lugar de Fernando Neves da secretaria se assistência social, que por sua vez e graças a Deus foi de volta para gaspar . Isso tudo por imposição do PSDB, que achava o Fernando Neves um intruso no ninho, que o Odir Pereira estava com um péssimo desempenho na indústria e comércio, mas mal sabiam eles (psdb), que o prefeito Daniel ressuscitaria seu cão de guarda, para retornar ao paço municipal. Isso são acontecimentos que prometem acalorar os debates políticos em nossa tão sofrida e mal governada cidade.
João João Filho de João
01/06/2015 18:28
Sr. Herculano:

O presidente do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, disse neste domingo em Brasília, que Lula levaria uma surra histórica de Aécio ou Marina, caso disputasse hoje novas eleições presidenciais. Eis os números apurados até sexta-feira pelo instituto, que ouviu 1.280 eleitores: · Aécio Neves ? 40,3% · Marina Silva ? 24,7% · Lula ? 17,6% · Eduardo Cunha ? 3,4% · Não sabe ? 6,...

E o Camundongo Anão quer voltar.
Cadeia pra ti, ladrão!!

Juju do Gasparinho
01/06/2015 18:14
Prezado Herculano:

Do Blog do Manoel:

"Briga de cachorro grande.

Dudu Cunha postou em seu tweeter que vai por em votação a diminuição da maioridade penal e aproveitou suas postagens na rede social, para daí tirar mais um sarro da corja vermelha de LuLLa..
É briga de cachorro grande, já que a vermelhada cretina é contra.

Nocauteados.

Estou adorando essa nova fase oposicionista do Dudu Cunha. Ele tem se portado como um mestre na tarefa de bater no Partido-quadrilha de LuLLa".

Herculano, se ele adora o Dudu, eu adoro o jeito como ele trata o ParTido da bandalha.
#PauNaGentalha
Lola
01/06/2015 17:45
O Kleber apagadinho pior que cigarra em final de temporada natalina.

E o Marcelo, espaçoso, quer todos os holofotes, porém é vazio.

Socorroooooooo



Mariazinha
01/06/2015 14:05
Seu Herculano:

Postado às 09:04horas.
Em meio a desemprego e inflação, aumenta o calote no Minha Casa, Minha Vida - MA-RA-VI-LHA!!!!

Que a petralhada se exploda junto com a bolha imobiliária. BUM...

Frase do dia no Blog do Noblat:

"Nós temos que iniciar os movimentos para mudar o padrão de crescimento. Nós chegamos ao limite de utilizar recursos do orçamento
federal para preservar nossa economia dos efeitos da crise".
Dilma Rousseff.

Que lindinha!
Parece que bebe a desconjuntada!

Bye, bye!


















Herculano
01/06/2015 10:33
25 ANOS DE CRUZEIRO DO VALE

Exatamente hoje, dia primeiro de Junho, faz 25 anos que jornal Cruzeiro do Vale circulou pela primeira vez, como um jornal semanário.

Hoje suas edições são as terças e sextas feiras.

Gaspar nunca foi mais a mesma desde a chegada do jornal Cruzeiro do Vale, ideia de Gilberto Schmitt, proprietário até hoje, e sempre superando as dificuldades, adversidades e os que teimam serem os donos de Gaspar.
Herculano
01/06/2015 09:12
VOLTA DE LULA DEPENDE DA MÁ MEMÓRIA DO BRASIL, por Josias de Souza

A próxima sucessão presidencial ainda é uma folha distante no calendário. Porém, se tivéssemos de preparar uma lista com previsões para 2018, uma boa aposta seria a de que o retrato de Lula estará na urna eletrônica. Dito isso, é preciso registrar: Lula é hoje uma pessoa atormentada pela dúvida. Ele já se deu conta de que o êxito do seu projeto de retorno depende da má memória do Brasil.

O que houve com Lula?, perguntam-se aliados e adversários. O que explica suas hesitações diante do governo do PT justamente no momento em que Dilma Rousseff mais precisa dele? Parece complicado. Mas a resposta é simples: Lula sempre se jactou de ter um destino. Não imaginou que algumas de suas decisões fariam dele uma fatalidade.

Lula critica Dilma em privado como se não tivesse nada a ver com coisa nenhuma. Na verdade, boa parte do desgaste que consome o prestígio da criatura decorre de opções feitas pelo criador. Presidente, Lula viu muita esmola. Depois, jurou que nem desconfiou que o mensalão tornara o PT uma máquina coletora de fundos. Ao levar a Petrobras ao balcão, Lula fez jorrar propinas sobre uma engrenagem viciada.

De resto, a decepção da plateia com a inepcia de Dilma no trato com as coisas do expediente é potencializada pelo roteiro de fábula inventado por Lula. Nele, a supergerente foi às urnas de 2010 como exemplo. Considerando-se os resultados, falta descobrir de quê. Mesmo arrastando a sucessora como uma bola de ferro, Lula deve concorrer em 2018 por três razões:

1. O PT não dispõe de candidatos alternativos. Adepto da teoria da palmeira solitária, Lula não permitiu que florescessem outras lideranças no gramado.

2. Dependendo do tamanho do estrago, os 16 anos ininterruptos de poder ameaçarão o império da estrela vermelha. E são tantas as posições e interesse$ a defender que Lula será empurrado para o ringue.

3. No Brasil, o passado costuma ser esquecido ou reciclado, como o lixo. O eleitor é bom com os candidatos. Nem sempre cobra suas barbaridades. Não é que o eleitorado não tenha memória. O que lhe falta é um mínimo de curiosidade.
Herculano
01/06/2015 09:10
ESTE NÃO É ANO DE ELEIÇÃO PARA O GOVERNO, O PT E OS POLÍTICOS COMPAREM CONSCIÊNCIAS DOS VULNERÁVEIS SOCIAIS NA TROCA DE VOTOS. ENTÃO..

Governo atrasa repasses de verba para controle do Bolsa Família, relata na manchetes principal de capa, o jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira. Últimos recursos enviados a municípios para gestão do programa eram referentes a 2014. Situação compromete monitoramento da frequência escolar e atualização de cadastro de beneficiários.

O texto é de Fernando Canzian enviado especial a Pernambuco. Prefeituras e Estados em todo o país não receberam até agora nenhum repasse do governo federal relativo a 2015 para a gestão do Bolsa Família. Os atrasos comprometem a checagem da frequência de crianças nas escolas e postos de saúde e a atualização cadastral dos beneficiários.

Os repasses feitos neste ano, entre fevereiro e abril, referem-se a meses dos últimos trimestres de 2014. Embora as 14 milhões de famílias beneficiárias estejam com o recebimento em dia, os programas de acompanhamento nunca tinham sofrido atrasos dessa magnitude.

Em algumas prefeituras, que também sofrem com queda na receita, houve corte de funcionários ligados ao programa.

O Ministério do Desenvolvimento Social reconhece os atrasos e diz que a situação deve se normalizar assim que receber repasses do Tesouro Nacional.

Neste ano, a ação "Serviço de apoio à gestão descentralizada do programa Bolsa Família" tem previsão orçamentária de R$ 535 milhões. Segundo a ONG Contas Abertas, R$ 490,2 milhões chegaram a ser comprometidos para pagamento posterior. Mas nada foi transferido.

As prefeituras dizem que os atrasos afetam outros programas, como os Cras e Creas (centros de assistência social).

Em Santa Cruz do Capibaribe, no interior de Pernambuco, 30% da população de 100 mil habitantes é atendida pelo Bolsa Família. Segundo Alessandra Vieira, secretária de Cidadania e Inclusão Social, o governo envia cerca de R$ 30 mil por mês para administrar o programa. O último repasse ocorreu em março, referente a outubro de 2014.

Nas vizinhas Bezerros e São Joaquim do Monte, Amarinho Ribeiro, consultor da tesouraria nos dois municípios, afirma que os últimos repasses eram relativos a 2014, para acompanhamento do Bolsa Família e financiamento de Cras e Creas.

Prefeituras reclamam que o governo federal aumentou a carga de trabalho dos municípios, exigindo mais fiscalização e atualização do cadastro de beneficiários.

Segundo Fernando Josélio, gestor do Bolsa Família em Riacho das Almas, o ministério aumentou consideravelmente o total de famílias que devem ser averiguadas em 2015 para checar se continuam aptas ao programa.

"É mais trabalho com nenhuma verba nova", diz. Riacho das Almas deveria receber cerca de R$ 13 mil mensais para programas sociais. O último repasse, em fevereiro, referia-se a outubro.

A cidade, com 20 mil habitantes, tem cerca de 3.500 beneficiários do Bolsa Família e outras 6.000 cadastradas que podem ser elegíveis.

A revisão dos cadastros ocorre todos os anos e é dirigida aos beneficiários com dados desatualizados há mais de dois anos. O ministério envia a lista das famílias que precisam atualizar dados às prefeituras, responsáveis por organizar o processo. Assim, pode avaliar se o beneficiário ainda atende às condições para continuar no programa.
Herculano
01/06/2015 09:04
ALGUÉM TINHA ALGUMA DÚVIDA QUE ISTO ACONTECERIA?

Manchete do jornal Folha de São Paulo. Cresce calote no Minha casa, minha vida. Inadimplência chegou a 21,8% dos contratos na faixa 1 do programa, para famílias com renda mensal até R$ 1.600 . Nas faixas 2 e 3, os atrasos também subiram, para 2,2%, mas dado está próximo da média do mercado .
Herculano
01/06/2015 09:01
O RAIVOSO E A CINCOMPREENDIDA, por Valdo Cruz para o jornal Folha de S. Paulo

É, Dilma, por vias tortas, tinha razão. Vejamos. Não é de hoje que ouvimos que a mãe de todas as reformas é a da política. E não é de hoje que ficamos decepcionados sempre que o Congresso ensaia votar uma nova proposta.

Não foi diferente desta vez. Ainda em sua fase inicial, a reforma política em votação na Câmara não passa de um mero atendimento de interesses corporativos dos parlamentares de plantão. Jamais dos do país.

Quando propôs um plebiscito para aprovar uma Constituinte exclusiva a fim de reformular as regras da nossa política, Dilma apanhou feio tanto de aliados como da oposição.

Afinal, viram na ideia, com razão, uma tentativa da petista de transferir para o Congresso o desgaste em sua imagem provocado pelas manifestações de rua de junho de 2013.

Infelizmente, como o tema não desperta grande emoção nos protestos de rua, a proposta foi engavetada pelos senhores congressistas, que seriam as vítimas da ideia.

Diante da nova decepção em curso, fica provado que nunca teremos uma reforma política digna do nome enquanto seus autores forem apenas os atuais parlamentares. As ruas que despertem para tal fato.

Empresários e aliados avaliam que o ex-presidente Lula voltou no tempo, um tempo em que vestia o figurino de um sujeito raivoso, preconceituoso, radical. Um estilo que abandonou para ganhar a Presidência pela primeira vez em 2002.

Pelo menos um amigo o alertou para os riscos de sua recaída no velho estilo raivoso. Disse que suas críticas à terceirização, por exemplo, foram exageradas. Lula não gostou muito dos reparos, mas como respeita o amigo baixou a bola.

O petista, na verdade, acuado pela Operação Lava Jato e vendo seu PT naufragar, decidiu falar para dentro e tentar melhorar o moral de sua tropa. Mas corre o risco de afundar junto com seus companheiros.
Herculano
01/06/2015 08:27
UMA PORTA PARA O LARANJAL NA POLÍTICA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto do 247. O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que há mais de um ano barra uma ação da OAB na Corte que pede o fim das doações privadas de campanhas, questiona o modelo de financiamento que está em discussão na Câmara:

"Se nós adotarmos um modelo de doações privadas de pessoas físicas com teto relativamente alto, muito provavelmente vamos ter um sistema laranjal implantado. É razoável isso? Estamos querendo depurar o sistema e vamos institucionalizar o caixa 2?".

Em entrevista ao 'Estado de S. Paulo', ele afirma que 'partidos que dispõem de acesso à máquina governamental vão ter acesso a lista de nomes, aos CPFs e vão poder produzir doações'. E sinaliza que quer deixar doações só de empresas.

Gilmar defende ainda seu pedido de vista que adiou em mais de um ano a decisão do STF sobre a questão. Segundo ele, hoje se sabe muito mais do que na época: "Não sabíamos que determinadas forças políticas tinham 3% de cada contrato da Petrobras, que já é um verdadeiro financiamento público, só que de uma forma heterodoxa". Diz ainda que a votação parada por seu pedido de vista foi prejudicada pela votação da Câmara.
Herculano
01/06/2015 08:16
DECISÃO DO STF PROVOCA TROCA-TROCA NO SENADO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou nos jornais brasileiros

Ao decidir que os rigores da fidelidade partidária não se aplicam aos senadores, o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu as portas para intenso troca-troca de partidos, no Senado. Pelo menos dez senadores podem deixar suas legendas. A maior baixa deve se verificar no PT: a exemplo de Marta Suplicy (SP), os senadores Walter Pinheiro (BA), Paulo Paim (RS) e Lindbergh Farias (RJ) podem optar pela desfiliação.

Com um pé fora
Espera-se troca de partidos também das senadoras Lúcia Vânia (GO), hoje no PSDB, e Ana Amélia (PP-RS).

Novos ares
Com atuação destacada no Senado, Ricardo Ferraço (ES) estaria insatisfeito no PMDB e pode também trocar de legenda.

Situação absurda
Eleita com 8,3 milhões de votos, Marta Suplicy era ameaçada pelo PT com perda de mandato. Se cassada, assumiria um suplente sem-votos.

Ponto central
O relator do caso no STF, ministro Luís Barroso, destacou o absurdo de um suplente herdar o mandato conquistado pelo titular nas urnas.

BOLSA FAMÍLIA CONSOME MAIS DE 10% DO "AJUSTE"
Em ano de crise econômica e política, o governo Dilma distribuiu mais de R$ 7 bilhões diretamente a famílias "em condição de pobreza e extrema pobreza", nos primeiros quatro meses do ano, através do programa Bolsa Família. O valor representa mais de 10% da meta de cortes de Dilma no "ajuste fiscal" anunciado na sexta-feira (22), que pretende sumir com cerca de R$ 70 bilhões do orçamento de 2015.

Arrocho frouxo
O total distribuído pelo governo através do Bolsa Família em 2015 representa cerca de 86% do que foi gasto no mesmo período em 2014.

Mais que o padrinho
Se continuar no mesmo ritmo, Dilma deve gastar, no seu primeiro ano de segundo mandato, quase o dobro do antecessor Lula.

Ano eleitoral recorde
Em 2013, o governo Dilma gastou R$ 24,8 bilhões com o programa Bolsa Família. Em 2014 o total ultrapassou os R$ 27 bilhões.

Fio da meada
No escândalo da Fifa, à exceção da Nike, não apareceu nenhuma fonte pagadora. O fio da meada, segundo investigadores, pode estar no Itaú e no Banco do Brasil, por onde teriam passado transferências de recursos suspeitos de alimentar o esquema, entre 2004 e 2013.

Deputado de batismo
Em segundo mandato na Câmara e eleito com mais de um milhão de votos, o deputado Tiririca (PP-SP) tem apreço especial por batizar viadutos pelo País. Metade dos projetos que relatou trata só disso.

Tensão no PT
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) não caiu na tentativa do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) de coagi-lo na votação das medidas provisórias que dificultaram o acesso a direitos trabalhistas. Segundo Lindbergh, nenhuma das ameaças o faria mudar a posição contrária.

Pacto em pauta
A comissão especial que discute o pacto federativo na Câmara dos Deputados realiza seminário no próximo dia 5 para discutir a ideia com vereadores de todo o País. A iniciativa é de Sérgio Souza (PMDB-PR).

Quase no telhado
Apesar da reticência do senador Aécio Neves (MG), tucanos ainda defendem o impeachment da presidente: "Dilma paga a conta da festa. Quando o dinheiro acaba, todos somem", diz Nilson Leitão (PSDB-MT).

Tesourada em 2016
O ministro Joaquim Levy (Fazenda) não é bem visto na claque petista que prepara o retorno de Lula, em 2018. As tesouradas que o ministro comanda quase inviabilizam a reeleição do prefeito Fernando Haddad.

Bombando
A Fundação Getúlio Vargas recebeu tantas inscrições para o debate desta segunda com o senador José Serra (PSDB-SP), sobre economia e soluções ambientais, que precisou levar o evento para um auditório.

Cerco à negligência
O deputado Fabio Reis (PMDB-RJ) está confiante que passará pelo Senado o seu projeto que pune severamente o diretor de presídio que permitir o acesso de presos a aparelhos telefônicos e de comunicação.

Padrão Fifa
Sugestão no Twitter, após tirarem o nome José Maria Marin na fachada da sede de CBF no Rio: #7x1 foi pouco.
Herculano
31/05/2015 20:48
IRRESPONSABILIDADE AVALASSADORA, por Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central, para o jornal O Estado de S.Paulo

A decisão de ambas as Casas do Congresso sobre o fator previdenciário foi de uma irresponsabilidade avassaladora. A adjetivação pode parecer excessiva ao leitor. Contudo, segundo cálculos da consultoria Tendências, a substituição do fator previdenciário pela fórmula 85/95 (soma da idade com o tempo de contribuição para mulheres e homens, respectivamente) acarretará um aumento correspondente a 0,9% do PIB na despesa anual do INSS, o que praticamente dobrará o déficit da previdência nos próximos anos.

Infelizmente no Brasil o debate sobre a Previdência Social tem sido usado de maneira oportunista por muita gente para fazer média com os aposentados ou com aqueles que estão próximos à aposentadoria. As iniciativas para reformar a previdência, longe de serem tecnicamente discutidas, são consideradas fruto de uma distorcida visão liberal e elitista, prejudicial aos interesses dos aposentados atuais e futuros.

A discussão sobre o fator previdenciário é exemplar. Sua extinção tem sido defendida sob a alegação de que se trata de um mecanismo prejudicial ao trabalhador, sem qualquer consideração a respeito dos impactos financeiros sobre a Previdência Social. Além disso, nenhuma importância se dá aos efeitos do envelhecimento progressivo da população brasileira sobre o sistema previdenciário, num país em que não há idade mínima para aposentadoria e no qual se dá tratamento diferenciado por gênero.

A miopia é um traço característico dos políticos em toda parte do mundo. Normalmente, buscam resultados eleitorais de curto prazo, ainda que para tanto tenham que impor ao eleitorado custos excessivos no médio e no longo prazos. No caso das aposentadorias, tal padrão de comportamento pode levar a desastres de grande magnitude, principalmente quando as condições demográficas se modificam de maneira acelerada.

O caso brasileiro é a patologia da miopia em seu estado mais extremo. O sistema previdenciário brasileiro, como hoje estruturado, implica a transferência de um grande ônus para as gerações futuras, tendo em vista a rapidez da transição demográfica em marcha no País. Os futuros trabalhadores da ativa terão de sustentar um número cada vez maior de aposentados, em decorrência do envelhecimento populacional. Apesar disso, vive-se ainda na ilusão de que hoje "não existe déficit da Previdência" e que o futuro "a Deus pertence".

No governo FHC, um interregno excepcionalmente rico em reformas estruturais, deu-se os primeiros passos na reforma da Previdência Social. Criado em 1999, o fator previdenciário estava entre as medidas destinadas a diminuir o ritmo de crescimento do déficit previdenciário, reduzindo o valor das aposentadorias precoces (antes dos 60 anos para as mulheres e 65 anos para os homens). Não foi imaginado como uma solução definitiva e perfeita, tanto assim que a tendência de crescimento da despesa da Previdência se manteve, saindo de 5,6% do PIB em 2000 e chegando a 7,5% em 2015.

O correto seria esperar o aprofundamento da reforma previdenciária nos anos seguintes, inclusive com a adoção de uma idade mínima para a aposentadoria compatível com a atual expectativa de vida da população brasileira. O que se viu, contudo, foi a acomodação dos governos posteriores na esteira da euforia do crescimento embalada pelo "boom" das commodities e pelas reformas do período FHC. Chegou-se ao cúmulo de o próprio governo Dilma, através de seu ministro da Previdência, lançar a ideia do "85/95" para substituir, sem nenhuma compensação, o fator previdenciário, num nítido movimento de contrarreforma.

Não é de estranhar, portanto, que o Congresso tenha agora tomado a si o papel de acabar com o fator, com o lastimável apoio da bancada do PSDB. O estrago ainda não é definitivo, pois resta a esperança de a presidente Dilma vetar a medida. Porém, mesmo que desse modo seja evitado o pior, permanece a preocupação com um sistema político que se mantém teimosamente cego aos riscos de uma previdência social descolada da realidade demográfica e econômica do País.
Belchior do Meio
31/05/2015 19:21
Sr. Herculano:

Corinthians ZERO X Palmeira DOIS, na casa do gavião.
Na classificação geral, OITAVO lugar.

LuLLa, tua tristeza é a minha alegria.
Juju do Gasparinho
31/05/2015 15:28
Prezado Herculano:

O Antagonista:
"Dilma abaixo dos 10%
Pela primeira vez, uma pesquisa mostrou que a aprovação do governo de Dilma Rousseff está abaixo de 10%, como informa o blog de Gerson Camarotti, do G1. O Palácio do Planalto está em estado de alerta".

Se tem brasileiro pessimista com o governo Dilma, ÓTIMO!
Fico mais otimista.

João Filho de João
31/05/2015 15:20
Sr. Herculano:

PT gaúcho quer gradual afastamento da aliança nacional com o PMDB.

Postado por Polibio Braga:

"O PT do Rio Grande do Sul, defenderá no 5o Congresso Nacional do PT uma política de gradual afastamento da aliança nacional que mantém com o PMDB.

Os gaúchos acham que o PMDB manda no governo Dilma, como já manda no Congresso.

O congresso petista será em Salvador nos dias 11, 12 e 13 de junho".

Este Congresso em Salvador será uma oportunidade única para a Polícia Federal pegar a ORCRIM inteira.
Despetralhado
31/05/2015 15:00
Sr. Herculano:

Sabes daquela do velório do Luiz Henrique?

Um senhor chegou de bicicleta e deixou-a na porta da entrada do Centro de Eventos. Um segurança (todo de preto) disse:
O senhor não pode deixar a sua bicicleta aqui.

Porquê?

Por que daqui a pouco vem o LuLLa, a DiLLma, o Renan...

O senhor respondeu:
Não se preocupe, a minha bicicleta tem cadeado.
Padre Apócrifo
31/05/2015 14:52
Sr. Herculano:

Será que agora teremos o Pimentalão?
O macaco Simão não comentou nada sobre esse comedor de morcego?
Que cara feio! Parece um autêntico petista.
Elle me lembra o Lulla, comanda um bando de ladrões e não sabe nem viu nada.
É que a gentalha miúda esqueceu de repassar o bagulho pros mano, aí o cafofo caiu!
Roubaram as eleições em Minas e tripudiaram do Aécio, BEM FEITO!

Arara Palradora
31/05/2015 14:43
Querido, Blogueiro!

A Chupada Dilma foi convidada para dar palestras em universidades americanas - conta o Painel da Folha.

Cabe a pergunta: usamericanu querem emburrecer?
Eles querem entender "porque toda criança tem uma figura oculta que é um cachorro atrás".

Dá-le, manguaça!

Voeeeiii...!!!
Mariazinha
31/05/2015 14:38
Seu Herculano:

Me desculpa, mas ler uma "cartinha" de João Mateus Jr., é vomitar no teclado.
Bye, bye!
Pernilongo Irritante
31/05/2015 14:35
Tem que avisar para o Kleber que para marcar território, tem que fazer xixi no poste, no muro, na cerca, na moita ...
Herculano
31/05/2015 11:24
A RUA É BOA, por Miriam Leitão para o jornal O Globo

O ano está tenso, as notícias são desencontradas e negativas. Nesse ambiente, a palavra clara da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, desanuvia e simplifica. Ela acha que as manifestações de rua este ano foram necessárias, diz que ainda quer, aos 61 anos, o que queria aos 16: "não mudar do Brasil, mas mudar o Brasil." Acha que ministros do Supremo deveriam ter mandato e critica o marketing político.

A defesa de que os ministros de tribunais superiores tenham mandato vem de uma conta simples, que ela me fez quando saíamos do seu gabinete, após gravar a entrevista para a Globonews:

- Uma pessoa que seja escolhida aos 35 anos, idade mínima para ser ministro do Supremo, pode ficar até os 75 anos. Isso são 40 anos, dez mandatos presidenciais. É poder demais.

Ela diz que continua convencida de que na República todo poder deve ser temporário. Por isso, acha que, em algum momento, deveria ser discutida com a sociedade a possibilidade de mandatos fixos no Supremo.

O marketing da presidente Dilma Rousseff em 2014 acusou os adversários de pretender fazer o que ela acabou fazendo, além de outras ofensas. Diante disso, perguntei à ministra o que a Justiça eleitoral pode fazer para impedir que o marketing manipule o eleitor.

Ela disse que a política precisa voltar a ser "a pessoa na polis". No marketing, a pessoa diz o que o eleitor deseja ouvir, não o que ele tem condições de fazer. Contou que a palavra candidato vem de Roma, quando a pessoa que queria representar os interesses dos plebeus tinha que atravessar a rua trajando apenas um manto branco, "cândido", que deixava parte do corpo à mostra. Era uma forma de dizer que não tinha nódoa moral e não mentiria física ou moralmente.

- Quando o marketing faz uma propaganda do que acha que o eleitor quer ouvir, ele faz uma fraude eleitoral. Temos que evitar que o marketing crie figurações que permitam ao candidato não levar adiante seus compromissos. A pessoa precisa se mostrar verdadeiramente - diz a ministra.

Ela própria escolheu um caminho simples quando foi se apresentar ao Senado para a sabatina. Deu aula de manhã na PUC de Belo Horizonte, foi para Brasília, pegou um táxi e foi ao Senado dizer quem era e responder aos senadores.

Este ano começou com fortes manifestações de rua contrárias ao governo e à corrupção. A ministra Cármen Lúcia define os atos como "necessários":

- A nossa geração foi para as ruas. Não seria eu, que corri na Álvares Cabral, que iria achar que ficando em casa as coisas mudariam. Fomos para as ruas pela liberdade, pela anistia, para pedir eleições para o Diretório Acadêmico e para a Presidência da República. Na época, havia adesivos que diziam: "Brasil, ame-o ou deixe-o." Eu o amo e não quero deixá-lo. Como aos 16 anos, aos 61 eu continuo do mesmo jeito. Não quero me mudar do Brasil, quero mudar o Brasil. A rua é boa. No carnaval, na manifestação, e, eu que sou do interior, acho que até no enterro é melhor, porque as pessoas vão todas juntas, cantando. A rua é para nós.

A ministra acha que é hora de "transformar" a Justiça para que ela seja mais célere e atenda aos desejos dos cidadãos. Ela está trabalhando em um projeto para acelerar o julgamento de quem pratica crime contra a mulher e argumenta que "a Justiça que tarda falha".

Quando perguntei sobre a crise atual, ela explicou que crise tanto pode ser instabilidade, ou uma ruptura, fase final de uma evolução, quando mudanças radicais, "de raiz", transformam a nossa vida. Em momentos assim, os governos não respondem com a mesma rapidez exigida pela sociedade:

- As demandas se acumulam. As perguntas são novas e não há respostas. A democracia vive da confiança e há muita descrença na sociedade. As instituições não podem ser consideradas desnecessárias.

Cármen Lúcia termina a conversa com um estímulo à esperança e ao esforço:

- Uma última palavra. Como dizia o nosso Guimarães Rosa: "Sorte é merecer e ter". Eu acho que o Brasil merece ter paz maior, Justiça maior, serviços melhores, mas nós brasileiros precisamos entender que temos que brigar para ter, porque nós merecemos.
Herculano
31/05/2015 11:21
O DESMONTE DA UNIVERSIDADE PÚBLICA, editorial do jornal O Globo

Radicalização de grupos de estudantes e o ativismo sindical de funcionários têm contribuído para tumultuar os campi, onde o ensino passa a ficar em segundo plano

Não fosse suficiente a crise de qualidade enraizada no ensino básico, a Universidade pública passa por uma fase de turbulência, a qual a falta de recursos em função da crise fiscal do Estado não explica por inteiro. A degradação educacional brasileira tende a fechar o círculo: vai da falta de creches ao ensino superior precário.

A alegada escassez de recursos aparece apenas na superfície de uma fase de conflitos, muitas vezes violentos, entre reitoria, professores, alunos e servidores, alimentados por muita politização radical e sindicalização de atividades secundárias nos campi, mas que afetam a própria finalidade dos estabelecimentos: a formação de profissionais de alto nível, sem os quais nenhum país eleva seu estágio de desenvolvimento.

A depredação, na noite de quinta-feira, do campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), com a participação de estudantes e pessoas que resistiam à remoção de parte de uma favela próxima, retrata este momento da crise do ensino superior financiado pelo contribuinte.

Foi iniciado também na quinta um movimento de greves nas universidade federais. O sindicato nacional de docentes (Andes-SN) contabilizou paralisações em 18 instituições, distribuídas em 12 estados. Movimento que o novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, critica porque, segundo ele, não foi dada chance para negociações. Parece que é mais forte a motivação política das paralisações, outro sintoma da radicalização nos campi.

O fenômeno não é novo. Há tempos, a Universidade de São Paulo (USP), a instituição de ensino superior brasileira mais bem colocada em rankings mundiais, tem enfrentado sérias dificuldades devido a esta exacerbação de grupos de alunos e sindicatos de servidores.

Mal administrada, a USP estourou a folha de salários. Por isso, está em fase de ajuste, o que alimenta a radicalização. Em artigo ontem na "Folha de S.Paulo", o professor Francisco Carlos Palomanes, do curso de História, relatou as dificuldades para conseguir dar aula. A tendência é a universidade cair nas avaliações internacionais.

A banalização da greve nos campi levou, por sua vez, o professor da UFF, também de História, Daniel Aarão Reis a criticar publicamente esses movimentos. Insuspeito perante a esquerda, participante da chamada luta armada, preso político, Daniel, em entrevista ao GLOBO, de que é articulista, destacou a absoluta falta de representatividade das assembleias que decretam essas greves. Nas quais os maiores prejudicados são os estudantes da graduação.

Mas como parece haver outra e delirante agenda para esses grupos que infestam os campi, a ebulição continua. Vozes sensatas como a dos dois professores não devem ser minoritárias entre o corpo docente. Porém, falta mobilização política daqueles que entendem qual o papel da Universidade. Enquanto isso não ocorrer, o ensino superior público corre sérios riscos.
Herculano
31/05/2015 11:19
FRANKENSTEN TEM CONSERTO, por Elio Gasperi pra os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

A reforma política afunilou, melhorou, piorou, demorará e, por incrível que pareça, pode até terminar bem

A reforma política que a Câmara mandará ao Senado ainda é uma criança e pode até acabar bem. Entendendo-se que o Congresso é um Poder da República e não uma assessoria, o que os deputados decidiram pode não agradar, mas reflete uma vontade. Se falta consenso, consenso falta. As matérias aprovadas irão ao Senado, e o que for mudado voltará à Câmara.

Sepultou-se o sonho petista do voto de lista. Parece pouco, mas ele quase foi instituído em 2007. Tudo indica que começará a acabar a reeleição. Na essência, fica tudo mais ou menos como está.

Restam dois espinhos: o financiamento encapuzado de candidatos por meio de doações de empresas a partidos e a proliferação de siglas amarradas às tetas do Fundo Partidário. O primeiro pode ser resolvido na regulamentação. O segundo é mais difícil, mas pode-se restabelecer uma clausula de barreira séria, negando sobrevivência aos partidos que não tiverem 5% dos votos nacionais e 3% dos votos em nove Estados. Isso já foi aprovado pelo Congresso e quem liberou geral foi o STF.

EREMILDO, O IDIOTA
Eremildo é um idiota e à noite joga bola no Aterro do Flamengo. Estranhou quando o presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse que as prisões de José Maria Marin e outros sete cartolas "jogaram uma longa sombra no futebol".

O idiota acha que a sombra não caiu sobre o futebol, mas sobre Blatter e a Fifa. O futebol nada tem a ver com isso. Se Blatter tivesse feito o que devia em 2012, quando foram descobertas as roubalheiras, Marin não estaria na Comissão Organizadora da Fifa e o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, não precisaria ter voltado às pressas para o Brasil.

Eremildo acha que a doutora Dilma nunca fez nada de errado e viu no episódio mais uma prova de que ela é infalível. A doutora nunca foi com a cara de Blatter, da Fifa e de Marin.

A CBF E MARIN
Se a CBF do doutor Marco Polo Del Nero realmente não queria prejulgar o antecessor José Maria Marin, não deveria ter retirado o nome dele da sua sede. Vale lembrar que Marin herdou de seu antecessor, Ricardo Teixeira, um jato de 18 lugares e um helicóptero Agusta de US$ 14 milhões.

Marin e Del Nero moram em São Paulo e a CBF tem sede no Rio. O Agusta era usado como equipamento de mobilidade urbana pela dupla.

CPI da CBF
O Senado criou uma CPI para investigar as roubalheiras dos cartolas e da CBF. Como diz a porta do inferno:

"Deixai toda esperança, vós que entrais".

EDUARDO CUNHA
Alguém precisa avisar ao deputado Eduardo Cunha que falar tapando a boca é falta de educação.

Se não for coisa pior.

RECORDAR É VIVER
Empresários da indústria automotiva estão mobilizados para preservar as desonerações tributárias que os beneficiam.

O livro "A Capital da Vertigem", no qual o jornalista Roberto Pompeu de Toledo conta a história de São Paulo de 1900 a 1954, traz uma notável revelação. O andar de cima não gosta de pagar impostos e hostiliza quaisquer tributos sobre veículos automotivos desde 1901, quando talvez só houvesse dois na cidade.

O primeiro documento que trata da existência de um automóvel em São Paulo é uma petição de Henrique Santos Dumont (irmão do Pai da Aviação) pedindo que fosse desonerado de pagar imposto sobre seu "automobile", pois a manutenção do veículo era cara e as ruas, péssimas.

O pedido foi negado, mas a luta continua.

A DONA DA FACA
O comissário Aldemir Bendine, presidente da Petrobras, passou um fim de semana trancado num hotel de Angra com diretores da empresa.

Na sua equipe a dona da faca é Solange da Silva Guedes, diretora de Exploração e Produção. Com mais de trinta anos na empresa, sua marca tem sido a defesa de cortes em projetos, iniciativas e, sobretudo, na parolagem.

Em 2009 criou-se na Petrobras uma girafa chamada de Grupo de Análise de Projetos. Era formada por uma pequena equipe, com alta participação de pessoas estranhas aos quadros da empresa e foi encarregada de centralizar todas as informações sobre os principais projetos em andamento. Em 2012 Solange da Silva Guedes fechou a quitanda.
Herculano
31/05/2015 11:18
A "BOSTA SECA" AMEAÇA A LAVA JATO, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Se o Ministério Público aplicar a "teoria da bosta seca" aos conflitos existentes nos depoimentos de réus confessos da Lava Jato, aquilo que hoje é uma investigação arrisca virar uma pizza. Bosta seca "é o tipo de coisa que quanto mais mexe, pior fica": "Mexeu, fedeu".

A opção do Ministério Público pela teoria da bosta foi revelada pela repórter Sonia Racy, expondo diálogos ocorridos durante um depoimento do operador Alberto Youssef, preservado em vídeo. O procurador Andrey Borges mencionou a Youssef que havia contradições entre a sua narrativa e a do "amigo Paulinho". O ex-diretor da Petrobras mencionara transações que envolviam pedidos de pagamentos de R$ 2 milhões para as campanhas da doutora Dilma em 2014 e de Roseana Sarney no Maranhão, em 2010. Ele teria encaminhado a Youssef os pleitos, trazidos pelo ex-ministro Antonio Palocci e pelo senador Edison Lobão.

Youssef diz que esses pedidos não aconteceram e ofereceu-se para uma acareação com "Paulinho". Um dos dois está mentindo e ambos assinaram acordos que caducam caso sejam apanhados em patranhas. Não se conhece a identidade da pessoa que expôs a doutrina da bosta seca, não querendo mexer no assunto. Pode ter sido um procurador e é impossível que tenha sido um transeunte. Passaram-se vários dias, o dono da voz não foi identificado e não se anunciou a acareação.

Desde o início da Lava Jato, tudo o que os larápios precisam é de um tumulto no inquérito. Eles sabem o que fizeram. Só um louco poderia esperar por uma absolvição na primeira instância. Tudo o que se precisa é intoxicar o processo. Numa variante da lição de Neném Prancha ("chuta pra cima que enquanto estiver no céu não é gol"), trata-se de transferir a disputa para as instâncias superiores do Judiciário, reduzindo a questão genérica a tecnicalidades processuais. Foi assim que a Operação Castelo de Areia virou pó no STJ e no Supremo Tribunal. O banqueiro Edemar Cid Ferreira, condenado a 21 anos de prisão pela quebra do Banco Santos em 2006, teve sua sentença anulada pelo Tribunal Regional Federal.

A doutrina da bosta seca é tóxica. Baseado num vídeo da Polícia Federal, o Ministério Público pediu e obteve a prorrogação da prisão de Marice, cunhada de João Vaccari. Erro: a gravação mostrava Giselda, irmã da senhora. A vida é arte, errar faz parte, mas a demora na condenação da doutrina da bosta seca e na identificação do seu formulador é mais que um detalhe. Edemar Cid Ferreira esperou nove anos, mas anulou sua condenação.
Herculano
31/05/2015 11:08
PF INVESTIGA AMEAÇAS CONTRA MINISTRO QUE CONDUZ INQUÉRITOS

Supremo identificou autor de mensagem com ofensas e pediu à polícia para apurar motivação das ameaças. Procurador-geral da República teve a segurança reforçada depois que sua casa em Brasília foi arrombada

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Gabriel Mascarenhas, da sucursal de Brasília. Relator dos inquéritos sobre os políticos suspeitos de envolvimento com o esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato na Petrobras, o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki sofreu ameaças há aproximadamente um mês.

A intimidação ocorreu em mensagem enviada por e-mail. A equipe de seguranças do Supremo identificou o autor do texto, cujo nome está sendo mantido em sigilo, e enviou um relatório à Polícia Federal. O caso foi encaminhado diretamente ao diretor-geral, Leandro Daiello.

A PF está investigando o ocorrido e, no primeiro momento, tenta saber a motivação do responsável pela mensagem. O inquérito ficará a cargo da Superintendência da PF no Distrito Federal.

No e-mail, o emissor usa palavras para constranger e ofender o ministro. O texto, no entanto, não faz referência à Lava Jato nem a nenhum outro processo específico.

Como relator dos inquéritos sobre políticos, Zavascki conduz investigações sobre 51 pessoas no Supremo, incluindo os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Procurado, o STF informou por meio de sua assessoria de imprensa que não comentaria o episódio das ameaças. A assessoria destacou apenas que o tribunal monitora a segurança de todos os ministros da corte e que não há registros de riscos contra eles.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, passou por uma situação semelhante há cerca de três meses, poucos antes de apresentar ao STF os pedidos de abertura de inquérito para investigar os políticos.

O Ministério da Justiça informou o procurador, em fevereiro, que haviam sido detectados sinais de risco à sua integridade física. Desde então, a segurança permanente de Janot foi reforçada.

Um mês antes do alerta feito pelo Ministério da Justiça, a casa do procurador-geral em Brasília foi arrombada. Na ocasião, os bandidos levaram somente o controle remoto do portão eletrônico do imóvel.
Herculano
31/05/2015 11:02
O SENHOR STÉDILE, por Sacha Calmon, para o jornal Correio Braziliense

Dizem os petistas que o senhor João Pedro Stédile é um homem culto, com pós-graduação em universidades de ponta, além de poliglota. Ao que parece - o partido não é chegado ao idealismo burguês -, o referido senhor é um intelectual de primeira linha. De fora a distância entre o que o PT diz e a realidade, vamos aceitar que o homem é culto. Mas a cultura que o reveste acentua ainda mais a rudeza do seu pensar, sem falar na malignidade de seus atos e pregações. Outro dia - indignado com a outorga da Medalha a ele conferida pelo chanceler da Comenda da Inconfidência, o mais alto galardão do governo de Minas Gerais -, um magistrado mineiro dizia vê-lo como fanático marxista, igual aos sectários da guerra santa dos islamitas radicais. Leitor e admirador de Marx e Freud, dois gênios, ousei rerratificar a fala do meu interlocutor: fanático, sem dúvida, mas do comunismo à moda de Lênin e Fidel, tirando Marx da confusão, filósofo profundo que sequer chegou a ver em vida as movimentações históricas dos partidos comunistas.

Quem leu o livro de Engels, amigo íntimo de Marx e próspero industrial alemão, a origem da família, do Estado e da propriedade, certamente está informado do significado da dialética da história no conjunto da obra de Marx, cujo livro mais citado é O capital, até hoje profundo e polêmico. Com acerto, o padre Jean Calvez, o mais honesto e profundo conhecedor da filosofia de Marx, dizia ser ele o autor da mais completa interpretação histórica do homem e do universo. Marx esteve baseado na dialética de Hegel, seu mestre e contemporâneo (ver Ludwig Feuerbach ou o Fim da filosofia clássica alemã), que utilizava a dialética do filósofo grego Heráclito para explicar a evolução do espírito absoluto (filosofia idealista alemã). Marx o botou com os pés no chão e usou a dialética para explicar o homem e a história, deixando de lado o tal espírito absoluto. O homo necessitudinis, ou seja, um ser de necessidades, é a tese. A antítese é a natureza sobre a qual o homem atua (homo faber) para satisfazer as necessidades de comer, defender-se, abrigar-se, procriar e sobreviver.

A síntese é a história humana sob a face da Terra. Ao redor dessa contradição básica (ou seja, tese versus antítese = síntese), Marx chega aos tempos modernos pregando que só haveria igualdade e liberdade plenas com o desaparecimento do Estado e das classes sociais antagônicas e a mais-valia do trabalho, com a vitória do proletariado e a coletivização da propriedade (todos por um e um por todos), um belo sonho que ele chamou de materialismo histórico a terminar num paraíso terreal elevado e científico, a ombrear, como diz o padre Calvez com a parusia cristã, ou seja, o paraíso após a morte (o fim de todas as contradições da história dos homens e de cada homem particularmente).

Embora a sociologia marxista seja ferramenta imprescindível para a compreensão da história humana, especialmente pelos lados social e político, a faticidade sociológica que processou a evolução das sociedades modernas nos mostrou, à saciedade, o fracasso dos modelos socialistas supostamente marxistas-leninistas. Rússia e China, os dois gigantes do socialismo dito científico, o trocaram por economias de mercado e modelos democráticos de gestão (o PC chinês tem vários partidos no seu âmago). Comunistas remanescentes temos somente dois países: Cuba, pressurosa em se modernizar, e Coreia do Norte, secretamente ávida de unir-se à Coreia do Sul.

Causa espécie que, apesar da sua cultura, o senhor Stédile não tenha percebido as mutações da história contemporânea, apegando-se a avelhantados slogans tipo "luta contra o imperialismo norte-americano", ou de cara com o sucesso do agronegócio, a alardes contra "a exploração do latifúndio improdutivo"... Stédile não passa de um agitador político, com alta dose de desequilíbrio socioafetivo, apegado a teses esquizoides dissociadas da realidade que vivemos no Brasil. O PT inteiro, aliás, inventa uma luta de classes que ninguém enxerga e alardeia defender os pobres contra os ricos. Ora, não há quem sendo rico deixe de desejar o aumento do poder aquisitivo do povo, garantia de mais progresso, pois terá a quem vender produtos e serviços.

A luta contra a pobreza, o desejo de educar o povo, o resgate da desigualdade histórica que assola as sociedades latino-americanas é desejo de todos os brasileiros e povos irmãos do continente. Não existem "banqueiros perversos", "latifundiários exploradores" nem "burgueses despolitizados". Os "movimentos sociais" não passam de "caricaturas" ridículas de "imaginárias revoluções", massa de manobra de políticos populistas, espertalhões e psicopatas sociais, como o senhor Stédile, com todos os seus inúteis diplomas.
Herculano
31/05/2015 10:58
CHAPECÓ DESISTE DO PARAJESC EM CIMA DA HORA. A SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO NÃO LIBERU AS ESCOLAS PARA ALOJAMENTO E APOIO. MAIS UMA DA FALTA DE COORDENAÇÃO NO GOVERNO DE RAIMUNDO COLOMBO

O município de Chapecó desistiu de sediar a etapa estadual dos Jogos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajesc) que estavam previstos para ocorrer no período de 17 a 21 de junho.

Segundo oficio assinado por João André Patussi, secretário de Juventude e Lazer de Chapecó, datado do dia 25/5, a desistência "é devido ao cancelamento 'tardio' do empréstimo das escolas estaduais para os alojamentos [dos atletas], sendo que desta forma para a realização do evento em Chapecó teríamos que ceder as escolas do município, e por consequência alterar o calendário atual".

No momento ainda não há data nem local para o evento. Gestores da Fesporte estão conversando agora com outros municípios que desejam sediar os Parajesc.
Herculano
31/05/2015 09:37
da série: essa gente é mesmo diferente perante a lei, o crime e a compreensão de humanidade. O que pedem aos outros, não desejam para si.

PESSOAS, HISTÓRIAS E LUTAS QUE NÃO FICARÃO PELO CAMINHO, por João Mateus Jr, médico e genro de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, preso por envolvimento na Operação Lava Jato

Conheço João Vaccari Neto há pouco mais de um ano. É pouco tempo para conhecer por completo uma pessoa, mas foi o suficiente para aprender muito sobre essa figura pública. Quando o conheci pessoalmente ele já estava secretário de finanças do Partido dos Trabalhadores (PT). O mesmo partido ao qual me filiei aos 14 anos de idade e no qual já não militava mais.

Muito embora já fosse figura de expressão nacional, com farta bagagem política e com mais tempo de PT do que eu possuo de idade, nunca se furtou ao debate de ideias, de diagnósticos e prognósticos políticos que realizávamos quase que invariavelmente ao nos encontrarmos (para desespero daqueles que por ventura acompanhavam os embates de ideias). Diz muito sobre o caráter de um homem o fato dele não se esconder atrás de seu cargo, nome ou história, e de tratar como igual alguém que poderia ser seu filho.

Sem medo algum de errar, atesto que conheci um grande homem, um esposo atencioso e um pai cuidadoso e presente.

Escrevo esse texto 24 horas após o nascimento do primeiro neto de Vaccari, fruto de sua filha única. Ele, lamentavelmente, não esteve presente nesse momento único vivenciado por sua família. O motivo que o fez estar ausente nesse momento sublime é conhecido: Vaccari está preso preventivamente pela conhecida operação "Lava Jato".

A prisão de Vaccari Neto, solicitada pelo Ministério Público Federal e decretada pela Justiça Federal do Paraná, baseia-se em um tripé tão frágil que faria corar qualquer indivíduo minimamente isento. Meras ilações, suposições e conclusões precipitadas que não encontram qualquer alicerce em provas que as sustentem. Tudo baseado em delações premiadas de criminosos confessos, alguns deles flagrados com centenas de milhões de dólares no exterior e que com seus acordos de delação escaparam de duras penas de prisão.

A operação "Lava Jato" começou com a promessa de passar a limpo um dos graves problemas da nação: a relação promíscua entre o capital e o poder. Infelizmente, atinge um ponto melancólico no qual um réu confesso (e inclusive já condenado), flagrado com milhões de dólares em contas secretas no exterior, cumpre pena em casa e um homem acusado sem provas, privado dos seus direitos constitucionais, tem na pena de prisão preventiva a antecipação de pena que só os malabarismos midiáticos da Justiça Federal do Paraná permitem.

João Vaccari Neto não está preso por ser João Vaccari Neto. Ele está preso única e exclusivamente por ter sido o Secretário de Finanças do PT, numa medida desesperada do andar de cima da sociedade em criminalizar todo um partido e assim retirá-lo do poder. As elites conservadoras assistiram nas últimas quatro eleições os seus representantes serem derrotados pelas forças populares. Só os ingênuos acreditariam que essas derrotas seriam aceitas como parte do jogo democrático.

O PT foi construído com o sacrifício de muitos, forjado no seio da luta pela redemocratização. Em sua fundação tiveram papel fundamental operários, sindicalistas, intelectuais, estudantes, trabalhadores rurais. Esse agrupamento de atores políticos permitiu o nascimento de um partido com estrutura, participação popular e ideias único no País.

A eleição do presidente Lula permitiu colocar em prática muito daquilo que o partido defendeu historicamente. As engrenagens sociais da nação foram colocadas em funcionamento a todo vapor, e o País, que se acostumou a alijar do fruto do trabalho seus próprios filhos, passou a mudar.

Os governos federais do PT serão lembrados como aqueles no qual o trabalhador apresentou aumento real e continuado de renda, os estudantes de baixa renda foram às universidades antes frequentadas apenas pelos mais ricos, milhões de famílias conseguiram sua casa própria e outras tantas milhões deixaram a linha da miséria, o que resultou na saída do nome "Brasil" do famigerado "mapa da fome" da ONU.

Pela primeira vez em nossa história, o Estado tinha voltado sua atenção para os mais necessitados. E esse "crime" nunca foi aceito pela casa grande, pelos senhores do capital e seus bajuladores de plantão, todos devidamente acobertados e estimulados pela mídia tupiniquim caolha e entreguista. Ao ver-se rodeada nos aeroportos por pessoas que elas consideram inferiores, ao ver o filho da empregada doméstica cursando medicina na mesma universidade que seu filho, as forças do atraso iniciaram essa campanha de ódio contra o PT, que cega e permite que a lei e a constituição sejam afrontadas diuturnamente com o objetivo único de acanhar o governo e destruir com meios escusos o PT. O julgamento que vale para um partido é o das urnas, e nesse o PT passou com louvor.

Quando decretou a prisão de Vaccari baseado em um processo mambembe, a Justiça desafiou a todos aqueles que detém um mínimo de bom senso e coerência a levantar-se, independente de orientação política, em uníssono contra tal arbitrariedade. Afinal, a violação dos direitos básicos de um indivíduo é uma violação contra todos os indivíduos.

Ao ver a defesa de Vaccari ser realizada com unhas e dentes por seus amigos de longa data, tenho ainda maior a certeza de que ele é inocente. Caso não soubesse mais nada sobre ele, só o fato de saber que seus amigos lhe são fiéis já seria o suficiente para depositar voto de confiança nele.

Não queremos e não aceitamos nenhum tipo de privilégio ou tratamento privilegiado, mas também não queremos e não aceitamos ser tratados de forma pejorativa. Não há nos autos uma só prova contra Vaccari, nenhum motivo que justifique sua prisão preventiva.

Ninguém está acima da Justiça. Caso o Estado ache pertinente, que julgue Vaccari, mas que o faça com ele em liberdade. Ao término do processo, não nos restará dúvidas de que ele será inocentado e que a verdade virá à tona. Caso essa prisão preventiva seja mantida indeterminadamente, o dano a ele talvez seja irreparável.
Herculano
31/05/2015 09:26
A CULPA DO BRASIL ESTAR NO BURACO QUE ESTÁ O PT SEMPRE CREDITOU A UMA OPOSIÇÃO QUE INEXISTE, PORQUE SE EXISTISSE DE FATO E RESPONSAVELMENTE, O GOVERNO TERIA ERRADO E ROUBADO MENOS O QUE ROUBOU DE NÓS (A ESPERANÇA, O QUE CONQUISTAMOS E DINHEIRO). A OUTRA CULPADA É A TAL IMPRENSA LIVRE E INVESTIGATIVA, A GOLPISTA, A FAMILIAR, A MALVADA A SERVIÇO DOS CONSERVADORES, NEO-LIBERAIS, DA ELITE BRANCA, DOS ENDINHEIRADOS COM VARANDAS GOUMERTS, DA CLASSE MÉDIA MAL AGRADECIDA...

QUAL A PRINCIPAL MANCHETE DE CAPA DESTE DOMINGO DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO? POVO TEM QUE AGUARDAR AJUSTE E TER COMPRENSÃO. O VICE DE DILMA, MICHEL TEMER, PMDB (OU SEJA, O PMDB É PARTE E AVAL DESTE DESASTRE E RETROCESSO DAS CONQUISTAS QUE SACRIFICOU UMA GERAÇÃO), RECONHECE ERROS E SUGERE ESPERAR UM ANO PARA QUE MEDIDAS ECONÔMICAS COMECEM A DAR RESULTADO.

Parte 1

O texto e a entrevista são de Valdo Cruz e Natuza Nery, da sucursal de Brasília. Articulador político do Palácio do Planalto, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) admite que o governo cometeu "equívocos" no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, mas pede um ano de "compreensão" à população para que as medidas de correção da política econômica tenham resultado.

"O grande problema é quando você não confessa o equívoco", disse em entrevista à Folha na sexta-feira (29), um dia após a aprovação pelo Congresso das medidas provisórias do ajuste fiscal. "Mas eu sou governo e estou reconhecendo os equívocos."

Entre eles, Temer cita as chamadas pedaladas fiscais, o uso de bancos públicos para pagar despesas do Tesouro e arrumar as contas do governo. "Mais um equívoco, que tem de ser confessado", disse, ressalvando que foram praticadas também pelos antecessores de Dilma.

Prestes a completar dois meses como articulador das relações com o Congresso, Temer diz que passou a dormir cerca de quatro horas por noite para dar conta da função. A seguir, trechos da entrevista com o vice-presidente, concedida em seu escritório em São Paulo.

Folha - Qual a situação que o sr. encontrou ao assumir a articulação política do governo?

Michel Temer - Assumi essa posição em face do pleito da presidente. Eu senti que não poderia recusar, sob pena de entenderem que eu não queria colaborar. Assumi com muita preocupação, porque havia, sem culpa de ninguém, uma certa desarticulação.

Folha - Certa?

Temer - É, "certa" é por conta do meu estilo [risos].

Folha - Existe hoje um certo desencanto do eleitor, que não se sente representado nem pelo Congresso nem pelo governo.

Temer - Concordo. Daqui a três anos tem-se a oportunidade democrática de modificar inteiramente. Se o sujeito votou em fulano para deputado e ele não satisfaz, o engano é do eleitor. Se a gente não tiver coragem de começar a lidar com conceitos, você não muda os costumes.

Folha - Quem elegeu a presidente Dilma também está insatisfeito.

Temer - Há uma decepção, ao meu ver equivocada. O governo vive o influxo das questões internacionais. E está tomando providências. Esse chamado ajuste econômico, fiscal, visa recuperar a economia.

Isso não elimina a ideia da decepção com o governo. O povo tem que aguardar essas decisões do ajuste, verificar como a economia e a política se comportam até o fim do ano para depois fazer uma avaliação definitiva.

Povo tem que aguardar ajuste e ter compreensão
Herculano
31/05/2015 09:26
A CULPA DO BRASIL ESTAR NO BURACO QUE ESTÁ O PT SEMPRE CREDITOU A UMA OPOSIÇÃO QUE INEXISTE, PORQUE SE EXISTISSE DE FATO E RESPONSAVELMENTE, O GOVERNO TERIA ERRADO E ROUBADO MENOS O QUE ROUBOU DE NÓS (A ESPERANÇA, O QUE CONQUISTAMOS E DINHEIRO). A OUTRA CULPADA É A TAL IMPRENSA LIVRE E INVESTIGATIVA, A GOLPISTA, A FAMILIAR, A MALVADA A SERVIÇO DOS CONSERVADORES, NEO-LIBERAIS, DA ELITE BRANCA, DOS ENDINHEIRADOS COM VARANDAS GOUMERTS, DA CLASSE MÉDIA MAL AGRADECIDA...

QUAL A PRINCIPAL MANCHETE DE CAPA DESTE DOMINGO DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO? POVO TEM QUE AGUARDAR AJUSTE E TER COMPRENSÃO. O VICE DE DILMA, MICHEL TEMER, PMDB (OU SEJA, O PMDB É PARTE E AVAL DESTE DESASTRE E RETROCESSO DAS CONQUISTAS QUE SACRIFICOU UMA GERAÇÃO), RECONHECE ERROS E SUGERE ESPERAR UM ANO PARA QUE MEDIDAS ECONÔMICAS COMECEM A DAR RESULTADO.

Parte 2


Folha - É um pedido de trégua?

Temer - Estou pedindo compreensão.

Folha - Mas a frustração é porque se vendeu um país na campanha e depois ele desapareceu.

Temer - Desapareceu em face das dificuldades econômicas, não nos seus programas. Os programas sociais continuam. Não houve abalo aí.

Folha - Houve. Mudanças no Fies, no Pronatec, Minha Casa, Minha Vida, PAC...

Temer - Houve mudança de rumo, não eliminação. Muitas vezes, tem que reprogramar a economia. Porque pode haver alguns equívocos, e não se pode negar os equívocos. O grande problema é quando você não confessa o equívoco.

Folha - Mas o governo é acusado de não admitir os erros.

Temer - Mas eu sou governo e estou reconhecendo os equívocos.

Folha - E quais são eles?

Temer - No final do governo, começou a haver problemas de natureza econômica. Mas eles só vieram à luz depois que nós tomamos posse. Não significa que houve uma falsidade durante as eleições.

Folha - O sr. acha que as pedaladas fiscais foram um equívoco?

Temer - As pedaladas fiscais, a primeira notícia que tenho, não é justificativa, sempre se verificaram em todos os governos. Em segundo lugar, foi para estabelecer uma certa credibilidade do governo.

Folha - Mas tirou...

Temer - Mais um equívoco, que tem que ser confessado. Fruto dos costumes políticos do país.

Folha - No Congresso, setores do governo não estavam tão comprometidos com o ajuste, principalmente os ligados ao PT.

Temer - Nós sabemos como é. Se não desse certo, essas medidas provisórias e [a indicação para o STF do ministro Luiz] Fachin, as pessoas iam dizer, sabe quem é o responsável? É o PMDB, é o Temer. Eu disse: 'Isso eu não vou topar e não aceito'. Tinha pessoas trabalhando contra.

Folha - Quem?

Temer - Alguns setores titubearam logo na primeira votação. Fui buscar votos na oposição, que ajudaram a ganhar. Agora, comecei a ver nesta semana gente do governo dizendo que se caísse medida provisória 664 não teria importância...

Folha - Gente do governo...

Temer - Exatamente. Precisei falar com a presidente. Disse a ela: 'Eu não quero ser responsabilizado, porque sinto titubeio do governo em relação às medidas do ajuste'. Aí ela disse: 'Tenho certeza que você vai conseguir, vai ganhar'. Ela sempre me prestigia. Depois daquilo todo mundo passou a trabalhar junto.

Folha - O PT não gostou.

Temer - Mas o governo gostou. O pior era o PT gostar e o governo não ter sucesso.
Herculano
31/05/2015 09:08
PMDB AMEAÇA NÃO VOTAR DESONERAÇÃO DA FOLHA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A presidente Dilma foi avisada que o projeto que reduz desonerações na folha de pagamento, parte do pacote do ajuste fiscal, ficará travado se cargos do segundo escalão do governo, tradicionalmente indicados por deputados, não forem definidos. Líder do governo, José Guimarães (PT-CE) prometeu atender os pedidos da bancada do PMDB, mas saiu sem a garantia de apoio dos deputados na votação da desoneração.

Reivindicação principal
Outra demanda do PMDB: liberar emendas parlamentares, dificultadas por medidas provisórias do ajuste. Sem emendas, não haverá votação.

Compasso de espera
O relator do projeto da desoneração em folha, Leonardo Picciani (PMDB), concluiu seu parecer, mas a bancada avisou para segurá-lo.

Evitando surpresa
Picciani decidiu atender aos apelos dos seus pares, para não ser surpreendido como no caso do "distritão", durante a reforma política.

Mais pressão
Se o impasse não for resolvido, o comando da Câmara tem um projeto para pressionar o governo: a PEC do piso salarial nacional de policiais.

HADDAD PRESSIONA DILMA POR LIBERAÇÃO DE VERBA
Anda estremecida a relação entre o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o Palácio do Planalto. Seguindo orientações do ex-presidente Lula, Haddad pressiona Dilma para destravar a liberação de R$ 8 bilhões que o município deveria receber através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Haddad integra o grupo de petistas, recrutados por Lula, que prepara a volta do ex-presidente em 2018.

Treta antiga
A confusão é velha: vem desde que o prefeito entrou na Justiça contra o governo federal para rever a dívida da cidade de São Paulo.

Junte-se a ele
Lula orientou Haddad a fechar parceria até com o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), em obras que não dependem de verba da União.

Haddad vs. Kassab
Também subiu no telhado a "boa vizinhança" com o ministro Gilberto Kassab (Cidades), que comanda boa parte dos muitos bilhões do PAC.

Cotoveladas aladas
Tucanos se digladiam para definir o diretório municipal de São Paulo, de olho na disputa pela prefeitura, em 2016. Será realizada convenção neste domingo para saber quem fica no comando. Disputam Andrea Matarazzo, José Aníbal, Mário Covas Neto e Ricardo Tripoli.

Falta tinta na caneta
Deputados do PMDB falam mal do ministro Henrique Alves (Turismo). Dizem que ele ignora pedidos de nomeações etc. Mas o que falta é "tinta" na caneta de Alves, que assumiu num momento de cortes.

Só no sapatinho
Tem gente na Câmara tentando identificar o autor da ideia da catraca eletrônica no plenário. A intenção de Eduardo Cunha é brecar o acesso de lobistas, mas servidores dizem que ele os recebe em seu gabinete.

Força do agronegócio
Um grupo de 35 empresários do agronegócio recebeu a promessa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de colocar em votação o projeto que regulamenta a terceirização. E sem mudanças.

Briga na Justiça
Depois que o senador Romário (PSB-RJ) chamou o presidente da CBF de "ladrão, safado e ordinário", Marco Polo Del Nero afirmou que vai responder processando-o na Justiça. Romário não parece preocupado.

Mudança na aposentadoria
Paulo Paim (PT-RS) acha que Dilma ficará constrangida de vetar mudanças no fator previdenciário. Ela teme sofrer mais desgaste após as medidas provisórias que dificultam acesso a benefícios trabalhistas.

CPI prorrogada
O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-RJ), decidiu que vai prorrogar os trabalhos da comissão. Seu maior objetivo é acareação entre o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, ambos presos na Operação Lava Jato, da PF.

Penas vermelhas
Petistas e tucanos fazem movimento contra a reeleição do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se articula para mudar o regimento e garantir a recondução. Mas avisam: "não somos aliados!".

Pensando bem...
No ritmo da economia, que encolheu 0,2% no 1º trimestre, o governo vai precisar de mais duas ou três Petrobras para equilibrar o caixa.
Herculano
31/05/2015 09:00
TRISTE FIM DA REELEIÇÃO, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Foi um massacre: por 452 votos a 19, a Câmara aprovou na última quarta o fim da reeleição. O placar dilatado sugere que os partidos discutiram à exaustão e chegaram ao consenso de que o mecanismo é ruim para o país. Na verdade, eles não discutiram quase nada, e a votação durou pouco mais de uma hora. No dia seguinte, muitos deputados criticavam o próprio voto.

"Esse negócio de fim da reeleição é coisa de país atrasado, de democracia atrasada", afirmou o líder do governo, José Guimarães (PT-CE).

Apesar do discurso, o petista votou "sim". Como explicar que um político experiente, escolhido para articular em nome do Planalto, mude a Constituição por algo que considera nefasto para a democracia?

"Não tinha saída. Tinha uma onda no plenário", disse Guimarães, sem se desculpar por ter surfado contra a própria consciência.

A incoerência não foi monopólio dos petistas. O PSDB, que aprovou a reeleição para dar um segundo mandato a Fernando Henrique Cardoso, agora se uniu para proibi-la.

"Eu me arrependo amargamente de ter votado pela reeleição. Reeleição é um instituto para países desenvolvidos, não para um país em construção como o Brasil", discursou Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). Faltou explicar por que só mudou de ideia agora, depois que o eleitor reelegeu dois presidentes do PT.

A reeleição desequilibra disputas e favorece quem está no cargo, mas é incorreto dizer que sem ela ficaremos livres do uso da máquina nas campanhas. Basta lembrar o que Lula fez para eleger Dilma, em 2010. Ou como Quércia quebrou o finado Banespa para entregar o governo paulista a Fleury, em 1990.

****

Dias depois de um assassinato brutal na Lagoa, a Scuderie Le Cocq, associada a grupos de extermínio, reapareceu em "panfletagem" no local do crime. O Rio já viu esse filme, e muita gente morre no final.
Herculano
31/05/2015 08:47
ASCENÇÃO E QUEDA DE UM MITO, por A. P. QUARTIM DE MORAES no jornal O Estado de S. Paulo

Vou começar por onde Fernando Gabeira terminou, com o brilho habitual, seu artigo de 22 de maio: "O Brasil não precisa apenas de um ajuste fiscal, mas de rever todo o modelo que nos jogou no buraco." Bravo! Mas o Brasil precisa também se livrar do governo do PT, que não é o único, mas é certamente um enorme obstáculo à modernização política, econômica e social. E é o principal responsável pelo buraco.

Livrar-se do PT é, bem entendido, uma maneira de dizer. Não há de acontecer com Lula & Cia. nada além do que têm feito por merecer desde que optaram por trair os princípios pelos qual vieram à luz e se transformaram no símbolo de tudo aquilo que se propunham a combater na política. Fraudaram a boa-fé dos brasileiros, que agora lhes viram as costas. É o que merecem.

A trajetória do PT da esperança ao descrédito é a história da ascensão e queda de um mito. Gestado, nos anos derradeiros da ditadura militar, a partir da bem-sucedida mobilização dos operários fabris da Grande São Paulo em torno da reivindicação de seus direitos trabalhistas, desde sua origem esse movimento, o chamado sindicalismo autêntico, esteve declaradamente focado não nos interesses do País como um todo, mas na defesa dos interesses dos assalariados. Principalmente daqueles que integravam a elite da massa operária: os empregados na indústria automobilística e de autopeças. O líder mítico que surgiu então não foi "Lula, o trabalhador", mas "Lula, o metalúrgico".

Desde que começou a se destacar na presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, Lula, o metalúrgico, sempre fez questão de manifestar desdém pela atividade política e a firme determinação de jamais disputar eleições. A posterior influência de intelectuais de esquerda e outros apoiadores acabou convencendo Lula e seus liderados da necessidade de participarem da luta político-partidária, o que supunha conquistar o apoio de um eleitorado mais amplo do que o operariado fabril.

Dois anos depois da fundação do PT Lula era candidato a governador de São Paulo, no pleito vencido por Franco Montoro. E então já não falava apenas em nome dos metalúrgicos, mas de "milhões de brasileiros" decididos a "intervir na vida social e política do País para transformá-la". O manifesto de criação do PT, como que pedindo desculpas pelo fato de os petistas se entregarem ao sacrifício de participar de um jogo político-eleitoral viciado, já explicara que a "participação em eleições e suas atividades parlamentares se subordinarão ao objetivo de organizar as massas exploradas e suas lutas".

Uma das poucas coisas que nunca mudaram no PT é exatamente o tom populista que já permeava o manifesto divulgado por ocasião do lançamento da legenda, em fevereiro de 1980. Um texto obviamente destinado também a explorar o sentimento nacional de resistência a uma ditadura no poder havia mais de 15 anos. Contra um regime "de direita" o PT proclamava generalidades "de esquerda", tais como "é preciso que as decisões sobre a economia se submetam aos interesses populares" e que "esses interesses não prevalecerão enquanto o poder político não expressar uma real representação popular". Uma questão para a qual, como se vê hoje, os petistas não conseguem dar resposta.

Por um bom tempo, pelo menos até a primeira eleição presidencial disputada por Lula, em 1989, contra Fernando Collor, o discurso petista, repetindo enunciado do seu manifesto de fundação, insistia em que "a democracia plena é exercida diretamente pelas massas". Uma colocação contraditória, porque uma democracia jamais será "plena" quando o conceito de massas exclui, por exemplo, a classe média não operária ou as tão odiadas "elites". Ou seja, pura retórica populista a serviço de um projeto de poder que foi gradualmente se transformando num fim em si mesmo.

Trinta e cinco anos depois de sua fundação, o PT não tem mais nada que ver com a legenda que sindicalistas "autênticos" fundaram, com o apoio de intelectuais de esquerda e dirigentes católicos progressistas, para combater a ditadura militar e transformar "a vida social e política do País". Os intelectuais de esquerda verdadeiramente idealistas foram aos poucos se afastando, por uma questão de coerência, depois de Lula ter chegado ao poder disposto a qualquer concessão para lá permanecer. A Igreja Católica está hoje mais preocupada em manter seu rebanho a salvo da sedução dos evangélicos. Sobraram no partido, com honrosas exceções, os oportunistas, que se dividem agora entre os que apoiam o governo e os que lhe fazem oposição, de acordo com seus próprios interesses.

Assim, hoje totalmente convertido à prática de um sistema político conveniente a seu projeto de poder, o PT não tem interesse em reformá-lo em profundidade, como o demonstra o fato de que em 12 anos não mexeu uma palha nessa direção.

Sobre a modernização da economia em benefício da criação de riquezas que beneficiem todos os brasileiros, a evidência de que hoje o País anda para trás se revela em indesmentíveis números e cifras. Mais do que de incompetência, porém, esse fiasco resulta da teimosia de quem, como Dilma Rousseff, não acredita na iniciativa privada para a produção de riquezas e entende que o Estado provedor é a solução para todos os problemas.

Consequentemente, as conquistas sociais em que o governo do próprio PT avançou nos dois mandatos de Lula estão agora ameaçadas de retrocesso, pois a cornucópia do governo se exauriu.

Atendida a urgência do ajuste fiscal, será preciso lutar, portanto, pela revisão de todo o modelo que nos jogou no buraco. E também dar um basta a quem o cavou. O meio para isso é o voto. E a primeira oportunidade para usá-lo se oferece já em outubro do próximo ano.
Herculano
31/05/2015 08:42
UM GOL, MUITOS GOLS, por Carlos Brickmann

A entrada do FBI americano nas investigações sobre corrupção no futebol muda a regra do jogo: deixa de funcionar a Bancada da Bola, perde efeito o relacionamento internacional bem cultivado, favor prestado não tem mais validade. Se os personagens presos são ou não culpados, a Justiça americana decide. Mas:

1 - José Maria Marin, segundo as investigações, teria cobrado propinas nos contratos da CBF. Quem pode ter pago propinas? Patrocinadores da Seleção, talvez; ou concorrentes à compra dos direitos de transmissão. Quem patrocina a Seleção, e quem a patrocinou nos últimos anos? Quem ganhou o direito de transmitir os jogos? Quais empresas firmaram contratos de exclusividade com a CBF?

2 - Quando o Brasil ganhou a Copa de 1994, nos EUA, a delegação trouxe 11 toneladas de compras. O secretário da Receita, Osíris Lopes Silva, mandou que as bagagens passassem pela Alfândega. O presidente era Itamar Franco, e Osíris caiu. Quando Ronaldo Fenômeno teve aquele problema na Copa da França, em 1998, já se falava na interferência da Nike na CBF. O presidente era Fernando Henrique. Quando o Brasil ganhou o direito de realizar a Copa de 2014, o presidente era Lula. Ninguém investigou; se investigou, não contou para ninguém. A imprensa paulista foi acusada por Ricardo Teixeira de persegui-lo, só porque andou narrando algumas coisas, que as autoridades não levaram em conta. E como havia gente importante do Judiciário viajando a convite da CBF, com tudo pago!

Agora a bomba explodiu. E vai pegar gente hoje acima de qualquer suspeita.

QUEM SABE, SABE
Os investigadores americanos tiveram também o apoio decisivo das informações do empresário brasileiro J. Hawilla, dono de uma rede de televisão (a TV Tem) que retransmite a Globo no Interior paulista. Hawilla foi preso e fez delação premiada. Comprometeu-se a devolver aos americanos uns US$ 175 milhões. Meio bilhão de reais. Já pagou a primeira prestação, de US$ 25 milhões.

LÁ E CÁ
J. Hawilla foi preso nos EUA no segundo semestre do ano passado. Alguém soube? Fez o acordo de delação premiada e contou muita coisa (e não deve ter sido o único). Só agora ficamos sabendo - após as prisões.

Estardalhaço serve apenas para afugentar a presa. Na Suíça, prisão não é ponto turístico. Portanto, ninguém divulga onde está localizada (nem se os demais detentos estão nela ou em outras instituições). Sabe-se que Marin é bem tratado, está preso numa cela com banheiro normal, não precisa fazer acrobacias para usar a privada, tem assistência médica e jurídica. Está mais bem alojado do que em qualquer prisão brasileira. E, caro leitor, de onde é mais provável que não tenha chance de escapar?

CHUVA DE ÓLEO
Americano ainda não dá muita importância ao futebol. A ladroeira na FIFA tem contato apenas superficial com os Estados Unidos: instituições financeiras americanas foram usadas na manipulação irregular de dinheiro, algumas firmas de lá pagaram propina no Exterior. Já o caso da Petrobras, também sob investigação naquelas bandas, bate em cheio nos americanos: a refinaria de Pasadena é lá, os papéis da empresa são negociados nas bolsas dos EUA, milhares de pessoas puseram suas economias em fundos que compraram Petrobras (e que, graças aos problemas da estatal, renderam muito menos do que poderiam). A investigação e a Justiça são mais eficientes que as nossas.

Os prejudicados farão pressão. E as petroleiras americanas - neste setor ninguém é bonzinho: todos jogam pesadíssimo- não perderão essa ótima possibilidade de atrapalhar a concorrente.

JOAQUIM BARBOSA, MAIS DOUTOR
O ministro aposentado do Supremo Joaquim Barbosa recebe hoje, em Israel, o título de doutor honoris causa da Universidade Hebraica de Jerusalém, uma das cem melhores do mundo. No programa, além da honraria, há palestras, inauguração do novo prédio do Instituto Avançado de Humanidades, visita a locais históricos e encontro com o presidente de Israel, Reuven Rivlin.

Entre as personalidades internacionais que receberam o título de doutor honoris causa da Universidade Hebraica de Jerusalém estão Bill Clinton e o filósofo Jean Paul Sartre.

SOU, MAS NÃ SOU
Lembra de Gim Argello, que foi senador pelo PTB do Distrito Federal? Aquele que fez questão de morar na área de mansões de ministros de Brasília para poder encontrar-se por acaso com a candidata Dilma Rousseff e praticar suas caminhadas ao lado dela? Sim, esse! Ele mesmo: apadrinhado por Dilma e Renan, foi nomeado para o Tribunal de Contas da União e desistiu ao ser informado de que os demais ministros não lhe dariam posse nem que a vaca resolvesse tossir.

Pois Gim Argello não existe mais. Nem há referências a Gim Argello no Senado. Gim voltou a chamar-se Jorge Argello, seu nome original. Em 26 de dezembro de 2014, quando terminava seu mandato, requereu ao presidente do Senado, Renan Calheiros que seu apelido político se evaporasse. Foi atendido em poucos dias. Por que? Justo ele, o vice-presidente da CPI da Petrobras, do ano passado, aquela que não chegou a conclusão nenhuma, lavou seu nome a jato?

Enfim, felizmente, Gim Argello não morreu. Está mais vivo do que nunca.
Herculano
31/05/2015 08:32
JUSTIÇA NEGA A VOLTA DE PREFEITO

O ex-deputado estadual e ex-líder na Assemblei do governo de Luiz Henrique da Silveira, Elizeu de Mattos, PMDB, teve negado mais uma vez no Tribunal de Justiça o seu recurso para voltar a cadeira de prefeito de Lages. Ele foi afastado pego por atos ilícitos e corrupção. Cumpriu prisão preventiva, solto temporariamente quer voltar ao paço. Está difícil. Difícil é entender se teria autoridade moral e ética para tal depois deste triste episódio.
Herculano
31/05/2015 07:57
A ÁGUA BATEU NA BUNDA. É PRECISO MUDAR O DISCURSO E O DISFARCE PARA CONTINUAR ENGANANDO OS ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS E A MASSA DE DEPENDENTES E FANÁTICOS.

A arrogância e o desvio de conduta e do ideário, tornaram o PT um partido do utópico e da esperança, não igual, mas num dos mais bandidos que se já teve notícia na vida política brasileira.

A mentira e a hipocrisia as sustentam. As páginas policiais e os mensalões, petrolões, além de eletrolões, bndestão e a copada das copas, que estão por vir, não deixam qualquer margem de dúvidas.

Tiraram dinheiro da saúde pública, educação, segurança, obras públicas por incompetência e por ladroagem intencional. Dinheiro nosso, dos pesados impostos que cobram. Desviaram para si os seus e os ladrões e incompetentes sempre foram os outros que não se alinharam ou se curvaram por medo e interesses. Agora, o PT no poder, recriou o desemprego, a recessão, a inflação que já tinham sido banidas ou controladas por sacrifícios de uma geração.

Mas, um partido é feito essencialmente de gente. Quem possui este defeito de caráter são seus dirigentes, os escolhidos, os portadores da boa nova e principalmente seus operadores, protegido por uma massa diretiva cheia de interesses de poder pelo poder permanente, a qualquer preço e deformação moral (a prática) e ética (o conceito).

Felizmente, para o PT, mas principalmente para a sociedade como um todo, tudo isto é uma constatação tardia. Entretanto, ela, só é feita quando os seus dirigentes e partidários estão parando na cadeia; quando, pior do que isto, estão sendo ameaçados de serem retirados do poder, da boquinha, da farra, da canalhice, pelo favor democrático dos votos livres, após um mutirão de esclarecimento óbvio e persistente da imprensa livre e investigativa, a qual o partido tanto usou para chegar ao poder e mas tenta calá-la, sob ameaça, descrédito, chantagem e desqualificações, pois a desclassifica criminosamente - como é seu hábito - como PIG - Partido da Imprensa Golpista.

O PT catarinense está reunido desde sexta-feira em Florianópolis, tentando encontrar caminhos para se reerguer ou se auto-engarnar, mais uma vez transferindo esta conta para a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e Estadual, o Judiciário, a perseguição e ódio dos conservadores, da elite branca, da classe média mal agradecida, das instituições não aparelhadas, da imprensa livre e que não é oficial por medo, chantagem e migalhas.

O próprio presidente do partido em Santa Catarina, o ex-deputado Cláudio Vignatti, admite: "Vamos rediscutir, corrigir os rumos do PT". Então se estava tudo certo como aqui insiste Pedro Celso Zuchi, Doraci Vanz, Antônio Carlos Dalsóchio e o campeão de votos e presidente do partido, José Amarildo Rampelotti, para que rediscutir e corrigir o partido? Ou estão rediscutindo formas de aperfeiçoamento do banditismo que dominou o partido por meio de seus dirigentes no poder? Acorda, Gaspar!
agentes de trânsito
31/05/2015 07:46
tu tens que pagar muito ainda
primeiro foi $1.200 das motos agora $2.000 do guincho, quero ver os outros processos. isso é castigo por tudo de mal que fizestes a seus "companheiros da DITRAN". Até a marmita tu tirastes dos pequeninos da manutenção por vaidade. tooomaaaa!!!!!
Herculano
30/05/2015 21:39
FALTOU GENTE

O PMDB daqui trouxe hoje a Gaspar o deputado Federal Rogério Peninha Mendonça, para a tal reunião itinerante. Foi no Gaspar Grande. Foi para o Kleber Edson Wan Dall, marcar o território. Mas, do jeito que as coisas estão...
Anônimo disse:
30/05/2015 21:23
Herculano, pelo menos em corrupção o Brasil é padrão FIFA.
Mariazinha
30/05/2015 21:21
Seu Herculano:

O Globo - "Dilma é contra financiamento privado de campanhas".

Claro, né seu Herculano! A ladra prefere o dinheiro da Petrobras, da Caixa, dos Correios, do BNDS ...

Bye,bye!
João João Filho de João
30/05/2015 21:14
Sr. Herculano:

Jornalista Polibio:

"O atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, volta e meia envolvido em denúncias sobre escândalos de corrupção, teve pelo menos uma passagem tumultuada por Porto Alegre.

Foi em 1970.

Em março e abril daquele ano, o governador mineiro, então com 18 anos, participou de duas ações armadas da VPR, grupo claramente comunista, ao qual também pertencia Dilma Roussef:

Canoas - Assaltou um carro-forte do Banco do Brasil e dele roubou R$ 89.500,00, que hoje corresponde a meio milhão de reais. Fernando Pimentel empunhava um 38.

Sequestro do Cônsul Curtis Cutter - Na ação, o governador empunhava uma 45, tentou matar o cônsul, atirou, mas o cônsul, um ex-mariner, conseguiu escapar e atropelou Pimentel.

Foi todo mundo preso.

Mais tarde, Fernando Pimentel foi ministro de Dilma e é atualmente governador de Minas, envolvido nas investigações iniciadas ontem pela Polícia Federal".

Meu lamento, se o sr. Cutter fosse melhor de direção, poderia ter livrado o Brasil de mais um vagabundo PeTralha.

Arara Palradora
30/05/2015 20:49
Querido, Blogueiro!

Postado às 07:57hs:
Vamos pagar a conta, todos!
Mas não tem preço ver a cara dos que votaram na Dilma (é aquela que o Zuchi sabe fazer tão bem - PaTeta).
A bomba vai estourar na mão dos petistas e isto é ótimo, e quem já vai fazendo o trabalho por si é a crise.

Vooeeeiii...!!!

Juju do Gasparinho
30/05/2015 20:30
Prezado Herculano:

Do Blog do Manoel:
"Acoólatra deprimido mete o pé na jaca".

Segundo a Folha de São Paulo, o Cafajeste ordinário está preocupado com o andar da carruagem do governo da Anta Palaciana.

A reportagem diz que o Pilantra Mor está à caça de um legado para defender em sua cada vez mais difícil volta

em 2018. Ainda segundo a reportagem, o Aladim do Alambique se comparou ao derrotado Brizola nas eleições presidenciais de 1994, quando o caudilho paraguaio estancou em um miserável terceiro lugar, vendo Enéas à uma distância considerável de dianteira.

LuLla ainda não descobriu que todo o seu legado repousa hoje na Operação Lava-Jato. Se der sorte, chega em 2018 vivo. Se tiver muita sorte, além de vivo, chegará solto. Algo que está ficando mais improvável a cada investigação feita."

Já preparei o vinho, claro, não é nenhum Ramanée-Conti de Lulla
(R$90,00 a garrafa). Este é só para rato pátio de fábrica, corruPTo e cafajeste.


Almir ILHOTA
30/05/2015 19:12
HERCULANO.

Amigos, ao passear hoje pelas estradas de interior do bairro de minas em ilhota, senti inveja de quem mora no interior de gaspar, pois as estradas que de nossa querida cidade em nada se assemelham as condições das estradas que pude ver entre as divisas do bairro de minas com o bairro dos macucos, nota 10 ao prefeito Pedro Celso Zuchi, e nota 0 ao prefeito Daniel Christian Bosi.
CAPITALISTA
30/05/2015 19:09
Sérgio Almeida EM SEU FACEBOOK:Rumo a Cuba de Fidel.

Serão 15 (quinze) dias estudando o Social. Buscando experiencia e conhecimento a fim de auxiliar os trabalhadores a conquistarem e/ou preservarem seus direitos.

SEGURA ESSA ENTÃO SINDICALISTAS, VÃO A CU BA E NÃO VOLTEM MAIS:

?Fuzilados: 5.621. Assassinados extrajudicialmente: 1.163. Presos políticos mortos no cárcere por maus tratos, falta de assistência médica ou causas naturais: 1.081. Guerrilheiros anticastristas mortos em combate: 1.258. Soldados cubanos mortos em missões no exterior: 14.160. Mortos ou desaparecidos em tentativas de fuga do país: 77.824. Civis mortos em ataques químicos em Mavinga, Angola: 5.000. Guerrilheiros da Unita mortos em combate contra tropas cubanas: 9.380. Total: 115.127 (não inclui mortes causadas por atividades subversivas no exterior)?.

Em 1960, numa reunião da OEA realizada em Montevidéu, o Ministro do Planejamento de Cuba, Che Guevara, disse que em uma década Cuba superaria a renda per capita dos EUA.

Cuba era, na época, o terceiro país mais rico da América Latina. Hoje, é o terceiro mais pobre e seus cidadãos são os que têm a pior alimentação.

Sobre isso, recorde-se que em 1994 cerca de 75 mil pessoas contraíram a doença neurite ótica e periférica, que é ocasionada por desnutrição crônica.

Hoje, a Ilha produz menos açucar do que em 1919 e os 11 milhões de cubanos que vivem em Cuba criam menos riqueza que o milhão de exilados radicados em Miami. Em toda a história do continente nenhum país jamais empobreceu de forma tão intensa e brutal como Cuba sob o socialismo.

Nunca o país dependeu mais da solidariedade de seus vizinhos da América Latina e Caribe.

Embora as pessoas sejam impedidas de deixar o país, cerca de 20% da população já vive nos EUA, enquanto centenas de milhares continuam tentando emigrar para a Flórida de forma legal ou ilegal, em qualquer tipo de transporte.

A maior fonte de receita do Estado cubano são as remessas dos exilados ? cerca de 800 milhões de dólares anuais -, o aluguel de médicos (Programa Mais Médicos), bem como as doações de medicamentos (cerca de 60 milhões). E nos anos 80 e 90, os seqüestros, no Brasil, de Abilio Diniz, Luiz Salles, Beltran Martinez, Geraldo Alonso Filho e Washington Olivetto. Em todos eles foram encontradas as digitais dos Serviços de Inteligência cubanos.

Sobre as famosas conquistas da Revolução é forçoso reconhecer que os cubanos têm hoje uma instrução melhor do que em 1958, que não existem analfabetos, porém com uma diferença importante: os técnicos e profissionais vivem miseravelmente. Um médico recebe um salário equivalente a 20 dólares por mês e um engenheiro o equivalente a 15 dólares.

Em Cuba vivem, portanto, os únicos cidadãos do planeta para os quais a instrução não abre caminho para uma vida melhor. Quanto mais se instruem, pior vivem. São, portanto, os indigentes mais bem instruídos do mundo. Essa é uma das principais conquistas da Revolução: a nivelação por baixo.

É certo que a assistência médica é muito ampla. Mas, de que adianta um serviço de saúde pública sem medicamentos e com equipamentos inutilizados por faltas de peças de reposição?

Não se diga que isso é culpa do embargo econômico, pois nos hospitais onde os clientes ? principalmente estrangeiros ? podem pagar em dólar ou aqueles utilizados pela burocracia que dirige o partido e o Estado são encontrados medicamentos de última geração, norte-americanos, alemães e suíços.

Mas, disso tudo resta alguma coisa. Resta o discurso da dignidade, da solidariedade e da especial categoria moral que a revolução impôs aos cubanos.

No entanto, será que poderá ser considerada digna uma criatura que não pode ler o que deseja, que não pode exprimir suas idéias, eleger seus governantes, escolher seus amigos ou viajar para onde deseja?

Tudo isso lembra a anedota do cachorro russo que apareceu passeando nas ruas de Paris. Ele era muito bem tratado em Moscou, mas às vezes sentia vontade de latir.

Herculano
30/05/2015 18:19
PTB E DEM DESISTEM DA FUSÃO

Conteúdo G1 - Texto da revista Veja. Os presidentes do Democratas (DEM) e do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) informaram neste sábado que desistiram da fusão que estava sendo negociada entre as duas siglas. De acordo com o G1, os dirigentes afirmaram que não houve acordo sobre a divisão do comando da legenda que surgiria a partir da fusão.

O presidente nacional do PTB, deputado fededal Benito Gama (BA), afirmou que existia uma expectativa de as duas legendas concluírem as negociações até a sexta-feira 29.

Segundo Gama, o DEM exigiu que os atuais integrantes do partido tivessem uma participação maior no diretório nacional da nova sigla. "Tínhamos combinado 50% para cada diretório, e veio a proposta de 60% para o DEM. Não deu tempo de discutir", ressaltou.

Apesar da desistência, o presidente do PTB tentou demonstrar que não há um mal-estar entre os dirigentes dos dois partidos. "Ficou a experiência. Foi um bom diálogo. Não vai deixar sequelas."
Herculano
30/05/2015 18:16
A TV, NÃO, por Lauro Jardim, de Veja

Para pagar os 151 milhões de dólares à Justiça americana, J. Hawilla resolveu vender todos os seus negócios. Menos um. Justamente o mais lucrativo: suas retransmissoras da Globo no interior de São Paulo.
Roberto Basei
30/05/2015 14:04
Aumentar a declividade de ocupação dos morros de 30 para 45% ou Graus?

Olha só se for para pegar mais embalo na catástrofe! Sera que é na nossa geologia composta de arenito? Ou a ocupação só onde for maciço?
PSDB GS
30/05/2015 12:18
Amigo e partidario Herculano

Assim nao dá amigo nem o nosso partido tu perdoas.

Fiques só na cola do PT psd e do PMDB. Assim nos temos chances de colocar Gaspar nos trilhos.
Herculano
30/05/2015 09:50
COADJUVANTE E FEITO DE DONOS, PSDB DE SANTA CATARINA ESTÁ ONDE SEMPRE ESTEVE: DIVIDIDO E NUMA PERMANTE BRIGA PÚBLICA

Nenhum comentário seria necessário ao se ler a "carta mensagem aos filiados" do deputado Marcos Vieira, que se diz um militante (?) e que desde que chegou ao partido, tem sido um calo na vida do partido e de novas lideranças.

"Amigos e Amigas do PSDB

Como vocês estão acompanhando, estamos vivendo um processo de definições sobre o futuro do PSDB em Santa Catarina.

Também começam a surgir as mais variadas acusações.

Uma disputa interna, se todas as regras do Estatuto do PSDB forem cumpridas, é realmente um processo democrático.

Não podemos compactuar com qualquer iniciativa que manche o PSDB.

Muitos dos nossos militantes estão recebendo mensagens caluniosas e mentirosas sobre o processo da convenção estadual do PSDB. Pedimos que o nível deste debate se mantenha elevado, e que estas mensagens recebidas não sejam respondidas.

Tenho uma história de 26 anos no PSDB e defendo o crescimento do nosso partido, mas não a qualquer custo.

Não podemos construir uma casa começando pelo telhado, precisamos primeiro construir o alicerce.

O alicerce de um partido político é o filiado, é o militante partidário, é o vereador, é o vice-prefeito, é o prefeito.

Não é momento de pensar em outra coisa, senão o da reconstrução do PSDB. Temos que criar musculatura e trazer novos filiados para o PSDB.

Só assim, depois dessa importante etapa de reconstrução partidária que é o alicerce, poderemos alcançar outros objetivos, eleição majoritária para governador em 2018.

É evidente que ficamos mais fracos.

Exemplo: Em 2010 o PSDB elegeu 06 deputados estaduais. Em 2014 o PSDB elegeu somente 04 deputados estaduais. Algo está errado.

Qual o motivo que fez com que mais da metade dos municípios de Santa Catarina não fizessem convenção do PSDB?

A decisão dos deputados Serafim Venzon, Leonel Pavan, Marcos Vieira e Gilmar Knaesel de inscrever uma chapa para disputar a eleição do Diretório Estadual, deu-se exclusivamente, após o presidente estadual do Partido Senador Paulo Bauer, ignorar a sugestão da bancada Estadual que foi a de compor chapa única.

Diversas outras lideranças do PSDB, inclusive do Senador da República Dalírio Beber, do ex-prefeito de Criciúma Clesio Salvaro, do ex-prefeito de Caçador Saulo Speroto, do ex-vice-prefeito de Lages Luis Pinheiro, que se fizeram presentes na reunião da Executiva Estadual, também solicitaram fazer uma chapa de consenso para o Diretório Estadual, contemplando todos os segmentos da nossa sigla em Santa Catarina.

Por estas questões e se você também acredita nos ideais da verdadeira Social Democracia, junte-se a nós. Junte-se a chapa RENOVAÇÃO E DEMOCRACIA

Marcos Vieira
Militante e deputado Estadual."
Herculano
30/05/2015 09:38
CONTRACHEQUES E A REALIDADE, por Paulo Alceu

De repente surgiu nas redes sociais uma piadinha onde um parlamentar passa mal e é conduzido à cardiologia.

Curiosos queriam saber o que havia acontecido. Um assessor explicou que o deputado teve o contracheque dele trocado com um de professor e ao ver o salário passou mal.

Na verdade não se trata de piada e sim de realidade. Embora aqui no Estado, e isso é um fato, tenham ocorrido importantes avanços com reflexos reais no contracheque.

Houve sim um empenho do governo apesar de não atender a totalidade das reivindicações, mas evoluindo em alguns quesitos básicos. Há uma série de distorções nesse país, onde o salário de um professor está distante de qualquer condição de aprimoramento profissional. Não passa de um contracheque de sobrevivência. Isso é lamentável.

Mas não significa concentrar no valor do salário, mas nas prioridades e avanços que a educação, assim como, a saúde exigem. Um povo saudável e culto, certamente saberia escolher melhor seus representantes.

Mas de repente é interessante manter esses dois segmentos dependentes para se estabelecer no poder sustentado pelo contexto do troca-troca. O Brasil hoje carrega distorções que bloqueiam avanços obrigatórios como ter na educação o reconhecimento de uma categoria e na saúde a obrigatoriedade de avanços.

Mas nada evolui na base do radicalismo e da pressão, onde no caso da greve dos professores os alunos já estão dependendo de um calendário extra.
Herculano
30/05/2015 08:07
PSD, PMDB E PT

Como são as coisas. Com a nota que dei no Trapiche, o PSD, ficou meio borocochô. O PMDB exultou e comemorou: olhou só para o chão e não para o telhado. E o PT entendeu que finalmente eu aliviei.

Rir ainda é o melhor remédio.
Herculano
30/05/2015 08:04
NA COZINHA DO PLANALTO, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo para o jornal Folha de S.Paulo

Calma, querida, Levy não sai. É bobo, vaidoso. Quer escrever no currículo que salvou a pátria. Dá pra esticar a corda

- Uh, LULA, qual é? Quer tocar fogo no meu governo? - Eu, Dilminha?

- Você, sim! "Onde está, no estatuto do PT, que tem que votar contra o trabalhador e o aposentado? Vote de acordo com a sua consciência" - foi isso que você falou pro Paim. - Esquece o Paim, querida. Ele não ia ceder mesmo. Falei por falar.

- Ok, mas e o Lindbergh com aquele manifesto contra o Levy? Esse só faz o que você permite. Tem mais: no congresso do PT de São Paulo, aquele fracasso, todo mundo gritava "Fora, Levy". Vai ser assim no Congresso Nacional, vai? - Dilminha, você sabe como é o PT, né?

- Não sei. Nunca circulei no PT, graças a Deus. Sei que não gritariam isso contra você. O jogo agora é derrubar o Levy, Lula? Onde você quer chegar? - Não grita, Dilma! Não sou teu ministro número 40. Vê se entende: sou candidato. Pronto, falei.

- Isso eu sei, desculpa gritar. Mas combinamos outra coisa. O Levy, aquele desaforado, você quis o Levy! - Eu, não: queria o Brandão. - Dá no mesmo, ora, é o Bradesco. E combinamos que o Levy fica até passar essa fase; depois troco pelo Barbosa. - Sei, Dilminha, não é pra mudar o plano, não. - Ah, não? E o "Fora, Levy"?

- Querida, sou candidato! Não posso ser candidato da recessão, da austeridade. Sou o cara da utopia, do futuro. Entendeu? - Entendi, sim. Bacana, pra você. E eu? Você viu meu Ibope? - Divisão do trabalho, Dilminha. O projeto é o mesmo.

- Projeto? E se o Levy não aguenta, pega o chapéu? Qualquer um pode fazer corte no orçamento, mas ele é o amigão dos caras das agências de rating. Se cortam nossa nota, afundamos. E bau bau teu projeto! - Calma, querida, ele não sai. É bobo, vaidoso. Quer escrever no currículo que salvou a pátria. Dá pra esticar a corda. Não veta a mudança no fator previdenciário. Ele engole mais essa, garanto. E você ainda ganha umas palminhas no congresso do PT.

- Gozado, Lula, você teve oito anos e não mudou o fator previdenciário. -- Não precisava, Dilma. Fui reeleito. Você foi eleita. - Captei: eu quebro a Previdência pra te eleger, é assim? - Não grita, querida! O mundo não nasceu hoje: eu comecei a quebrar o país pra te eleger. Todo mundo que lê jornal sabe disso.

- Jornal, Lula, sério? E a tua história da mídia malvada? E essa grana que nós torramos com os puxa-sacos dos blogs? Aliás, puxa-sacos teus! Eles estão nessa do "Fora, Levy" e quase pedem a minha cabeça. Pagos pela Petrobras, logo a Petrobras. Tem graça? - Grana de troco, Dilminha. Você vem falar disso no meio da Lava Jato?

- Lava Jato, Lula, bem lembrado. Gabrielli era teu, não meu. Vaccari, teu. A turma das empreiteiras, teus chapas. Minha era a Graça, que sacrifiquei. - Para, Dilminha. E daí? - Daí, é a tua herança. Tem o Moro, que vai chegar nas elétricas. Querem abrir os segredos do BNDES. Tem o impeachment, sabe o que é isso? E justo você quer incendiar meu governo! Não admito essa campanha contra o Levy. - Querida, sou candidato. É esse o projeto. Até a eleição, preciso da esquerda.

- Sei, depois é outra coisa, né? Você governou com o Levy, quando precisou. Eu não posso? - De novo, Dilminha, esse papo? - Esquerda até 2018, depois Odebrecht. Cara de pau! - Devagar, querida. Chantagem, agora?

- Agora é você que está gritando, Lula. - Olha bem pra mim: sou o o cara, lembra? - O cara? Olha em volta, é só ruína. O Dirceu, o Palocci. Vaiam o PT na rua. Pelo menos o Levy dá editoriais a favor. Esses caras dos jornais acreditam em ajuste fiscal, saci-pererê, mula-sem-cabeça. São minhas únicas vitórias no Congresso. Preciso de uma trégua, Lula.

- Querida, você não aprende mesmo. É política, isso. Segura a onda. Fica com os editoriais, eu fico com o Stédile. É o que tenho, hoje. Mas sem chantagem! Esquece os meninos do MBL. Você viu, não são nada. Impeachment? Desencana. Você não é o Collor, porque tem o PT. Ainda. Enquanto eu quiser.
Herculano
30/05/2015 07:57
UAI! MAS NÃO SOMOS NÓS QUE ESTAMOS PAGANDO A PESADA CONTA DO AUTORITARISMO E A INCOMPETÊNCIA DELA PARA GERIR O PAÍS COM OS OLHOS NO FUTURO E NÃO NA SUA REELEIÇÃO, COMO A SATISFAÇÃO E O ENRIQUECIMENTO DOS COMPANHEIROS?

Em São Paulo, a presidente Dilma Vana Rousseff, PT, reconhece "momentos difíceis". Mas quem os criou? A elite branca? Os neoliberais? Os tucanos? Essa gente (os políticos de um modo em geral) não se emenda. "Chegamos ao limite do orçamento e devemos reconstruir o equilíbrio fiscal", afirmou a presidente, na 10ª Conferência Nacional do PCdoB, ao dizer que esta conta quem vai pagar somos nós, os recolhedores de pesados tributos que não chegam a Saúde, Educação, Segurança, Obras de Infraestrutura, bem como os mais pobres, os analfabetos, os ignorantes e os desinformados, que são maioria, e alvos prediletos do PT para obter votos e continuar no poder destruindo o país e enriquecer poucos, como bem demonstram o mensalão, o petrolão, e os escândalos que ainda não surgiram como o do BNDEs, do eletrolão...
Herculano
30/05/2015 07:40
DEPRESSÃO, CHORO E INAPETÊNCIA: A ROTINA DE VARGAS, ARGÔLO E VACCARI NA PRISÃO, por Lauro Jardim, de Veja

Preso desde abril, em Curitiba André Vargas pediu atendimento psiquiátrico. Está deprimido.

Luiz Argôlo, preso na mesma leva, só faz chorar na carceragem.

Já João Vaccari Neto tem, com frequência, se recusado a comer
Herculano
30/05/2015 07:33
GOVERNADOR RAIMUNDO COLOMBO, PSD, NÃO SE SAI BEM EM PESQUISA.

Pesquisa do Instituto Mapa e divulgada no RBS Notícias desta sexta-feira mostra que 47,3% dos catarinenses aprovam a administração do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo. O levantamento mostra, ainda, que 38,6% dos entrevistados desaprovam o governo. Outros 14,1% não souberam responder.

Já a satisfação geral com o governador foi considerada positiva por 37,2% dos entrevistados, somando quem avaliou como "ótima" ou "boa". A maioria classificou como "regular" (37,6%) e 20,4%, como negativa (somando ruim e péssima).

Herculano
30/05/2015 07:30
QUE BRIGA QUE NADA. UM DEPENDE DO OUTRO PARA SOBREVIVER E LULA TER CHANCE EM 2018 PARA MONTAR O PALANQUE PARA ENGANAR OS ANALFABETOS, IGNORANTES E DESINFORMADOS, A SUA AUDIÊNCIA E PÚBLICO PREFERIDOS NA CABALA DE VOTOS E ASSIM VOLTAR AO PODER

Conteúdo do 247, o canal de comunicação do PT. Apesar de ser o principal nome do PT para disputar a sucessão da presidente Dilma Rousseff em 2018, o ex-presidente Lula disse a aliados que só terá condições de ser o candidato do PT nas eleições de 2018 se a avaliação da presidente Dilma Rousseff melhorar e ele tiver um legado para defender para seus eleitores.

Para o ex-presidente, caso o governo não esteja pelo menos com avaliação "regular" às vésperas de 2018, poderá ser necessário escolher outro nome no PT para disputar a Presidência. Interlocutores do ex-presidente afirmam que ele já apresentou esse diagnóstico à própria presidente.

Depois da reeleição de Dilma, em outubro do ano passado, Lula disse pela primeira vez aos mais próximos que seria candidato em 2018. A partir dali, o PT começou a tratar a candidatura como oficial.

O ex-presidente espera que, após o lançamento do plano de concessões prometido pelo governo para 9 de junho, Dilma organize uma agenda positiva e melhore sua imagem desgastada.

Por outro lado, aliados dizem que Lula tem se colocado como o responsável pelo projeto petista e, por esse motivo, a possibilidade de ver seu legado terminar de maneira "melancólica" mexe com ele.

Por isso, dizem petistas, uma candidatura de Lula diante de um cenário ruim é bem difícil mas, avaliando pesquisas de intenção de voto diante de um contexto político e econômico "regular", ele pode apostar novamente.
Herculano
30/05/2015 07:26
da série: o governador de Minas, Fernando Pimentel, PT, se elegeu montado num discurso onde apontou as mazelas éticas de Aécio Neves, PSDB. Quatro meses depois, começa ele ficar igual ao que condenou e ganhou pedindo a condenação.

DOCUMENTO MOSTRA QUE MULHER DE FERNANDO PIMENTEL VOOU EM JATINHO COM BENÉ, por Fernando Rodrigues

PF realizou buscas no apartamento de Carolina de Oliveira nesta 6ª feira.. Empresário Bené, do ramo gráfico, foi preso na Operação Acrônimo

Carolina de Oliveira Pereira, mulher do governador de Minas Gerais, [jornalista] Fernando Pimentel, cujo apartamento em Brasília foi alvo de busca e apreensão realizada nesta 6ª feira (29.mai.2015) pela Polícia Federal, já dividiu uma viagem de jato particular com o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, conhecido como Bené, preso nesta 6ª feira sob suspeita de crime de associação criminosa.

Carolina estava num voo de Punta Del Este, no Uruguai, a Belo Horizonte em 29.mar.2014, em um jatinho Embraer Phenom 300, prefixo PR-ERE. Também estavam no avião Pimentel, o deputado federal Gabriel Guimarães (PT-MG), Benê e uma segunda mulher, Bruna Cristina da Silva Oliveira Fonseca de Andrade.

A viagem já havia sido divulgada pela "Folha" em 10.out.2014, durante a campanha eleitoral do ano passado, sem a informação de que Carolina estava no voo.

Não havia mandado de prisão expedido contra Bené, mas os policiais decidiram prendê-lo em flagrante após analisar documentos apreendidos durante a Operação Acrônimo.

Ele atua no ramo de serviços gráficos e organização de eventos. Segundo a investigação da PF, duas empresas de Bené - a Gráfica Brasil e a DUE -, receberam R$ 525 milhões em contratos com a União de 2005 a 2014. Até 2005, as empresas faturavam cerca de R$ 5 milhões ao ano.

A operação tem como objetivo combater organização criminosa investigada por lavagem de dinheiro. Segundo a PF, os investigados empregavam a técnica de "smurffing'', que busca evitar a identificação de movimentações fracionando os valores, e uso de "laranjas".

Em outubro de 2014, Bené estava em um avião apreendido pela PF no aeroporto de Brasília que transportava R$ 114 mil em espécie. Esse fato foi o pontapé inicial da Operação Acrônimo, deflagrada nesta 6ª feira. Seu nome, sinônimo de sigla, deve-se ao prefixo da aeronave apreendida em 2014, PR-PEG, que traz as iniciais dos filhos de Bené.

Pimentel, por meio de sua assessoria, informou que na época da viagem não ocupava nenhum cargo público nem era um candidato ao governo. "Foi uma viagem privada", diz a nota.
Herculano
30/05/2015 07:15
HERANÇA MALDITA QUE O PODER TENTA ESCONDER E MANIPULAR PARA ANALFABETOS, IGNORANTES E DESINFORMADOS SEUS ELEITORES PREFERENCIAIS, MAS QUE REALIDADE E AS MANCHETES DO NOTICIÁRIO DESAFIAM O DISCURSO MENTIROSO. QUEM FEZ ESTA MANCHETE DOS JORNAIS DESTE SÁBADO SE NÃO A PRÓPRIA PRESIDENTE DILMA VANA ROUSSEFF NO SEU PRIMEIRO MANDATO AUTORITÁRIO E ENGANOSO? AGORA PLANTA O QUE COLHEU E QUE A FRACA OPOSIÇÃO - TAMBÉM CULPADA - PERMITIU

RECESSÃO NO PRIMEIRO TRIMESTRE MARCA O FIM DO CICLO DE CONSUMO DA GESTÃO DO PT

Conteúdo do jornal Folha de S.Paulo. Texto de Gustavo Patu, enviado especial ao Rio de Janeiro. Era de crescimento fora impulsionada por ascensão social, transferência de renda e crédito. Primeira queda sobre mesmo tri do ano anterior desde 2003 resulta de inflação, desemprego e juro alto

Uma das principais marcas da administração petista, a expansão do consumo das famílias sofreu neste ano sua interrupção mais explícita.

No primeiro trimestre, as compras caíram 1,5% e ficaram 0,9% abaixo do patamar de um ano atrás - foi a primeira queda nessa base de comparação desde 2003, primeiro ano do governo Lula.

O crescimento iniciado na década passada foi impulsionado por ascensão social, programas de transferência de renda e ampliação do crédito; a queda de agora resulta de inflação, desemprego e juros mais elevados.

Se o consumo não é mais o motor da economia, o investimento - as obras de infraestrutura e as compras de equipamentos destinados a ampliar a capacidade produtiva - está longe de poder assumir esse papel.

Investimentos públicos e privados recuaram 1,3% entre janeiro e março, em uma sucessão de sete quedas trimestrais, inédita nas estatísticas disponíveis desde 1996.

Em fase de penúria orçamentária, o governo federal e suas estatais - em especial a Petrobras, dona do maior caixa - contribuem para a retração das obras.

O custeio da administração pública, incluindo União, Estados e municípios, caiu 1,3%, em meio à freada da arrecadação tributária e os ajustes de início de mandato da atual safra de governadores.

Diante da retração geral da demanda, a renda encolheu na indústria - uma rotina nos últimos anos - e no setor de serviços, que responde por cerca de 70% da economia.

A queda do PIB só não foi maior porque a agropecuária e as exportações, favorecidas pela alta das cotações do dólar, ajudaram.

Não está no horizonte visível, porém, uma nova escalada dos preços dos produtos agrícolas e minerais como a que impulsionou recordes da balança comercial brasileira na década passada.

EXPECTATIVAS
Na ausência de motores econômicos, as expectativas pessimistas não se limitam a este ano: governo e analistas de mercado concordam que haverá queda do PIB neste ano - as apostas se concentram entre 1% a 2% - e uma recuperação modesta em 2016 - 1% já parece otimismo.

Em suas projeções mais recentes para o Brasil, o FMI (Fundo Monetário Internacional) não acredita em taxas acima de 2,5% até 2020.
Herculano
30/05/2015 07:05
PLANALTO OFENDE A LEI PARA PROTEGER ROSE NORONHA

O Planalto optou por ofender a Lei de Acesso à Informação, que Dilma sancionou, para esconder o relatório de gastos do cartão corporativo utilizado pela ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, amiga íntima de Lula. Após 45 dias enrolando, o Planalto alegou ontem, em resumo, que a farra de gastos de Rosemary virou caso de "segurança da sociedade e do Estado".

PF na cola
Rosemary foi alvo da operação Porto Seguro, da Polícia Federal, e denunciada pelo Ministério Público por improbidade administrativa.

Quem resolvia
Acusada de tráfico de influência, corrupção passiva e formação de quadrilha, Rose ficou conhecida como "facilitadora-geral da República".

Madrinha influente
Quase sempre presente em viagens internacionais nas ausências de d. Marisa, Rose Noronha até fez indicações para cargos importantes.

"Caráter sigiloso"
Mesmo sob a Lei de Acesso à Informação, o Planalto não mostrou valores, datas, locais e transações de Rose com cartão corporativo.

Em "crise", governo do DF tem R$ 1,9 bi em caixa
Acusado de aplicar calote em servidores e fornecedores, alegando que o antecessor o deixou na pindaíba, o governo do DF tinha nesta sexta (29) saldo bancário de fazer inveja aos Estados mais ricos do País: R$ 1.923.688.484,01. Esta coluna obteve o saldo junto ao Siggo, o sistema oficial de movimentação financeira. São R$ 824,6 milhões de liquidez imediata e R$ 1,09 bilhão em "recursos vinculados", mas no caixa.

Contas secretas
Eleito prometendo transparência, o governador Rodrigo Rollemberg ainda não tornou pública a senha de acesso aos números do Siggo.

Esqueletos
Alegando "crise", Rollemberg mantém dezenas de obras inacabadas, algumas abandonadas, só por terem sido iniciadas no governo anterior.

Crueldade
No DF, mais de 24 mil crianças pobres esperam vaga em creches. Apesar disso, o governo não conclui 19 delas, praticamente prontas.

Derrota indigesta
Cartola e senador, Zezé Perrela (PDT-MG) reuniu colegas para jantar, em sua casa de Brasília, e saborear a classificação do Cruzeiro na Libertadores. Foi a noite em que seu time perdeu por 3x0. Em casa.

Fome zero
Utilizando-se da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, o deputado Luciano Ducci (PSB-PR) tem se mostrado bem guloso. Ele pediu ressarcimento até de dois almoços, num mesmo dia.

Preocupação
Colegas da jornalista Carolina Oliveira, primeira-dama de Minas, não estão preocupados com a Operação Acrônimo, da PF: acham que ela nada tem com isso. A preocupação é com a gravidez: ela espera seu primeiro filho com o governador Fernando Pimentel (PT).

No seu quadrado
Parlamentares contam que o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) parece ter largado de vez a pasta. "Só quer saber de meter o bedelho na articulação política", entrega um enciumado deputado petista.

Ele já sabe como é
Tiririca (PR-SP) dá gorjeta generosa, mas só com imprensa por perto. Pagou R$ 100 pelo corte que custa R$ 25, na barbearia do Senado, mas quando o barbeiro tentou lembrar que era hora de aparar as madeixas, um assessor respondeu: "Ele só corta em São Paulo".

Infeliz
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, faz parte da extensa lista de petistas insatisfeitos com o partido. Ele só amenizou críticas ao PT após ganhar força o projeto "volta Lula 2018", do qual ele faz parte.

É da carreira
Não prosperou a ideia da ministra Izabela Teixeira (Meio Ambiente) na missão do Brasil na OEA. Dilma manteve o princípio de nomear apenas diplomatas. O escolhido foi o embaixador José Luis Machado Costa, que já estava designado para o cargo de cônsul-geral em Frankfurt.

Ciumeira
Visando palanque forte no Rio em 2016, o senador Aécio Neves (MG) pressiona a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ) a mudar de partido. Quem anda enciumado com o "flerte" é o tucano Otavio Leite (RJ).

Pergunta no sindicato
Atos contra o projeto da terceirização também condenam terceirização da articulação política e da chefia econômica do governo?
Herculano
30/05/2015 06:56
ÉSÓ O COMEÇO, por Mariliz Pereira Jorge para o jornal Folha de S. Paulo

Agora que a cavalaria ianque chegou e começou a prender, nossos nobres congressistas querem brincar de mocinho?

Aposto um picolé de acerola que ninguém ficou surpreso com esse bafão envolvendo a Fifa e a CBF. Há duas semanas, escrevi que, sempre que lia uma notícia sobre a confederação brasileira, me lembrava de "Os Sopranos", uma série da HBO sobre a máfia.

Teve gente que não gostou da minha "petulância". Fui chamada de "jornalistazinha de araque". Sou de araque mesmo no que se refere a futebol, mas corrupção, lavagem de dinheiro e toda sorte de trambicagem são velhos conhecidos de qualquer um que leia sobre o meio esportivo.

Imagine o que acontece se quem está metido na trambicagem é gente que controla todo o dinheiro e o poder do futebol mundial. A lama deve ser bem maior do que foi noticiado. Mas, ao contrário do que sempre acontece, ou seja, nada, dessa vez a coisa vai ficar bem preta para muita gente importante.

Em 15 anos, 13 inquéritos foram abertos contra a CBF e o ex-presidente Ricardo Teixeira, segundo informações do repórter Marco Antônio Martins, ontem, na Folha. Como eu disse: deram em nada. Algumas investigações foram arquivadas ou trancadas por determinação judicial, disse a Polícia Federal.

Isso me deixou mais curiosa para saber quem resolveu peitar os dinossauros da Fifa e protagonizar o que está sendo considerado o maior escândalo da história do futebol.

Ninguém menos do que a secretária de Justiça dos Estados Unidos, Loretta Lynch, que, para azar dos dirigentes da Fifa, assumiu o cargo há apenas um mês e já colocou em prática o seu discurso de posse. "Ninguém é grande demais para a cadeia. Ninguém está acima da lei."

Não mesmo. Em sua primeira grande operação, a senhora Lynch só pegou peixe graúdo.

No dia em que as acusações e as prisões foram feitas, ela disse que as investigações abrangem ao menos duas gerações de dirigentes. O que, nas entrelinhas, para mim, está escrito: mais gente será presa.

E foi confirmado pela declaração da procuradora americana Kelly Currie: "Essas acusações não são o capítulo final de nossas investigações". O recado é claro: é só o começo.

Aposto mais um picolé, dessa vez de chocolate, que ninguém ficou surpreso que o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, pegou o primeiro avião e se escafedeu da Suíça, deixando um José Maria Marin, no mínimo, sem apoio moral.

Pra não dizer outra coisa. Por exemplo, a essa hora, Del Nero deve ter pensado: salve-se quem puder.

Marin já é um senhorzinho e não fala inglês. Bandido, segundo o FBI, mas um senhorzinho. Senhorzinho que foi largado lá pelo seu sucessor, que, além de ser o representante atual de tudo o que a CBF faz, ainda é advogado criminalista.

Fazia sentido ele ficar lá.

Mas, depois das declarações da dupla Lynch e Currie e de as investigações do FBI o indicarem como co-conspirador, como informou a Folha, também faz todo sentido que Del Nero tenha feito o que fez. Refugiar-se em nosso Brasil varonil. Segundo ele, para dar "explicações às autoridades e à imprensa".

Você acredita? Eu também não.

O mais engraçado é o Congresso vir agora com papo de CPI. Agora? Agora que a cavalaria ianque chegou e já começou a prender os bandidos, nossos nobres congressistas querem brincar de mocinho?

Confio muito mais em Loretta Lynch, que fez em seu primeiro mês de trabalho o que nossa polícia e nosso Congresso não fizeram em décadas. God bless America
Herculano
30/05/2015 06:50
TEIXEIRA PÕE À VENDA CASA DE R$ 22 MILHÕES NOS ESTADOS UNIDOS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Sérgio Rangel, de Paris

O ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, 67, decidiu vender sua mansão de mais de 600 metros quadrados em Miami, nos Estados Unidos.

O cartola anunciou a propriedade em corretoras de imóveis da Flórida após saber, em 2014, que o empresário J. Hawilla começara a colaborar com investigação das autoridades americanas.

Parceiro da CBF em negócios na gestão de Teixeira, Hawilla, dono do Grupo Traffic, uma das maiores empresas de marketing esportivo do mundo, fez acordo com a Justiça dos Estados Unidos.

Ele confessou crimes de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça e pagará multa de US$ 151 milhões (pouco mais de R$ 475 milhões).

O ex-cartola teme perder a mansão durante o desdobramento das investigações nos Estados Unidos. José Maria Marin, seu sucessor, foi preso na quarta (27) na Suiça.

O imóvel de dois andares, com sete quartos e oito banheiros, entrou no catálogo de imobiliárias especializadas no mercado de alto luxo dos Estados Unidos há cerca de seis meses. Em 2012, ele pagou perto de R$ 22 milhões pela mansão localizada num do condomínio de alto padrão em Miami. A casa conta com uma marina particular.

Teixeira quer vender a residência abaixo do valor para se livrar do negócio. A antiga proprietária da casa, a ex-tenista russa Anna Kournikova, demorou quase nove meses para negociar o imóvel.

Em 2013, a Folha revelou que o ex-cartola comprou a propriedade em Miami após renunciar ao cargo de presidente da CBF.
Herculano
30/05/2015 06:46
JOGO SUJO, editorial do jornal Folha de S.Paulo

Apesar dos sucessivos escândalos na Fifa e das recentes prisões de dirigentes da federação internacional, o suíço Joseph Blatter obteve nesta sexta-feira (29) o quinto mandato consecutivo à frente da entidade máxima do futebol, posto que ocupa desde 1998.

Sua permanência no cargo em nada contribuirá para salvar a imagem da Fifa ou levar adiante reformas capazes de ampliar a transparência e melhorar os mecanismos de controle na organização do esporte mais popular do mundo.

Representa, ao contrário, a vitória de um modus operandi obscuro e, segundo o Departamento de Justiça dos EUA, bastante corrupto.

Na eleição realizada em Zurique, Blatter, 79, recebeu o apoio de 133 das 209 federações nacionais filiadas à Fifa. Seu único adversário, o príncipe jordaniano Ali bin Al-Hussein, 39, conquistou 73 votos; houve ainda 3 sufrágios nulos.

Como o escrutínio é secreto, não se sabe com segurança como as federações se comportaram.

Hussein teve o aval declarado dos europeus e dos EUA, país de onde saiu o pedido de prisão de sete cartolas da Fifa que participavam do congresso da entidade, entre os quais o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

Blatter, por sua vez, teve a seu lado um expressivo número de países africanos e asiáticos, cujas federações tradicionalmente recebem generosa ajuda financeira da Fifa.

O suíço certamente angariou também o endosso da maioria dos países da Conmebol. Péssima companhia: a famigerada confederação sul-americana teve quatro dirigentes acusados de lavagem de dinheiro e extorsão em negociatas como a venda de direitos de transmissão da Copa América.

Outros foram apontados como cúmplices, como Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, respectivamente antecessor e sucessor de Marin à frente do futebol brasileiro.

A reeleição contou, ainda, com a maioria dos países da Concacaf, a confederação das Américas do Norte e Central, cujos dirigentes são acusados de receber US$ 10 milhões da África do Sul para apoiar a candidatura à Copa de 2010. O presidente da entidade, Jeffrey Webb, está entre os presos.

A Fifa se gaba de reunir mais países do que a ONU, mas a sua cúpula se restringe a uma confraria seletíssima. Parece difícil, quase impossível, que saia dessas cartolas alguma mudança digna de nota na cúpula do futebol mundial.

A entidade somente evoluirá com a decidida pressão externa de autoridades policiais e de patrocinadores - caso estes, naturalmente, discordem da corrupção.
Herculano
30/05/2015 06:38
ENTRE AMIGOS?

A maioria dos Conselheiros do Tribunal de Contas é fruto de indicações políticas nascidas na Assembleia Legislativa ou possui composição política partidária.

A descoberta da máquina de fazer diárias na Assembleia Legislativa, e o tempo que este assunto se enrolou para ser esclarecido (831 dias) é algo revelador.

O Diário Catarinense, da RBS Florianópolis, se interessou por este assunto.

DIÁRIO CATARINENSE - No ano passado, a Assembleia catarinense teve R$ 16,2 milhões com despesas em diárias de viagem. Esse valor é mais do que o dobro da soma das assembleias de todos os outros seis Estados das regiões Sul e Sudeste no mesmo período: R$ 7,6 milhões. Como é possível impedir gastos tão altos e de quem seria esse papel?

NATÁLIA PAIVA, DIRETORA DA TRANSPARÊNCIA BRASIL - Essa é a função do Tribunal de Contas. Se ele não está fazendo isso, há um problema e outros órgãos, como o Ministério Público, devem agir de alguma forma. Para ajudar nesse processo, há dois caminhos, primeiro uma prestação de contas eficiente e em seguida a transparência desses gastos. O problema é que há uma mentalidade tacanha de que os políticos são os donos do dinheiro público, o que é absolutamente equivocado e inaceitável hoje.
Herculano
29/05/2015 21:54
da série: a patrulha do PT vê inimigo de morte em qualquer espaço democrático; a classe média só se pode ser e usufruir, quem tiver a carteirinha do partido e em ambientes aparelhado. Essa gente vê fantasma em qualquer natureza morta. Os que não possuem a estrelinha são burgueses e inimigos.

DONO DE RESTAURANTE QUE MANTEGA FOI VAIADO É LIGADO AO PSDB, por Eduardo Guimarães.

Na última segunda-feira (25/5), a Folha de São Paulo noticiou que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega fora "hostilizado" em "um restaurante italiano da capital paulista". Na matéria, o jornal lembrou que, na semana anterior, o ex-ministro da Saúde e atual secretário de Fernando Haddad, Alexandre Padilha também fora agredido em um restaurante.

Após a agressão a Mantega, que já não era a primeira e que se somou à agressão a Padilha, opinei que ou os petistas reagem a esse tipo de agressão ou param de ir a redutos de rico casca-grossa. Porém, investigação recente feita por esta página revela que ao menos a agressão a Mantega pode não ter sido espontânea.

A matéria da Folha que noticiou a agressão recente a Mantega tratou de não dar detalhes sobre o estabelecimento em que ele foi agredido, o que pareceu estranho. Porém, a coluna da jornalista Monica Bergamo da última quinta-feira entregou o nome do estabelecimento ao relatar que "O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi ovacionado no mesmo lugar" e que "Clientes aplaudiram de pé o tucano e chegaram a formar fila para 'selfies' com ele".

Segundo a colunista, o estabelecimento em questão se chama "Aguzzo" e fica incrustado no elegante bairro paulistano conhecido como "Alto de Pinheiros", na rua Simão Alvares 325. Liguei para lá (telefone 3083-7363), conversei com a funcionária Patrícia e obteve a informação de que um jantar com vinho e sobremesa escolhido no menu "econômico" sai por volta de 200 reais por pessoa. Porém, se a escolha for do menu "normal", a conta fica ao redor de 300 reais por pessoa.

Como já se disse nesta página, nada contra alguém frequentar um bom restaurante, se tiver recursos para tanto. A casa oferece iguarias sofisticadas e que despertam os instintos dos endinheirados gourmets paulistanos.

Há pratos como "Panna cotta di vaniglia con salsa di lampone" (creme de leite fresco cozido com favas de baunilha e calda de framboesa) ou "Gamberi in salsa di prosecco e risotto di asparagi" (Camarões ao molho de "prosecco" e risoto de aspargos).

As instalações também ajudam a oferecer uma noite agradabilíssima a essa elite desmemoriada, mal-educada e mesquinha que infesta o país e que se reproduziu em São Paulo como em nenhuma outra parte do país.

Porém, dentre todos os restaurantes que Mantega poderia escolher, foi cair em um reduto tucano. Como se sabe, essa gente se frequenta, se apoia mutuamente e o dono do Aguzzo, um ex-maitre do ultrachique restaurante Fasano, tem ligações políticas muito claras. Ligações que parecem estar por trás do seu sucesso empresarial.

Osmânio Luiz Resende também é sócio de um restaurante de alto luxo em Sorocaba, cidade governada pelo tucano Antonio Carlos Pannunzio. Trata-se do restaurante La Doc.

Uma foto mostra o momento em que Pannunzio e sua mulher entregam a Resende, em seu restaurante sorocabano, um prêmio concedido por quem mesmo? Pela revista "Veja São Paulo", claro, que faz intensa publicidade dos restaurantes Aguzzo e La Doc.

O entusiasmo do tucano Pannunzio com Resende parece abrir muitas portas ao empresário. Uma revista editada pela unidade do Centro das Indústrias de SP em Sorocaba também homenageou o dono dos restaurantes para ricaços.

Ano retrasado, aliás, treze "primeiras-damas" (mulheres de prefeitos tucanos) se reuniram em Sorocaba para apresentar os projetos desenvolvidos pelos respectivos Fundos Sociais das cidades da região metropolitana da cidade. A recepção foi feita por Maria Inês Moron Pannunzio.

O encontro aconteceu na Biblioteca Municipal de Sorocaba e reuniu representantes de Alumínio, Boituva, Capela do Alto, Iperó, Itu, Jumirim, Piedade, Pilar do Sul, Porto Feliz, Salto de Pirapora, São Roque, Tietê e Votorantim. Também estiveram presentes a deputada Maria Lúcia e Patrícia Aragão, que representou a presidente do Fundo Social do Estado, Lu Alckmin.

Após o encontro, as "primeiras-damas" foram almoçar no restaurante La Doc, de Osmânio Luiz Rezende, dono do Aguzzo. Ele fez as "honras da casa". Antonio Carlos Pannnunzio e Edith Maria Garboggini Di Giorgi (prefeito e vice-prefeita de Sorocaba) também compareceram. Cada convidado recebeu um guardanapo com o nome bordado. O menu de cinco tempos (couvert, entrada, primeiro e segundo pratos e sobremesa) também foi especialmente elaborado para a reunião.

O tucano Pannunzio foi vice-lider do governo Fernando Henrique Cardoso na Câmara dos deputados e hoje governa Sorocaba. Está em seu terceiro mandato como prefeito daquela cidade.

Em 2008, quando era deputado federal, Pannunzio foi condenado, entre outras penalidades, à suspensão dos direitos políticos por três anos e multa de R$ 100 mil. Ele foi acusado de ter contratado 811 funcionários para a Prefeitura de Sorocaba durante período eleitoral, quando prefeito, em 1994.

A condenação na segunda instância foi decidida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Consultado na noite de 30 de janeiro de 2008, o tucano afirmou que a condenação não o assustava e que já recorrera. Como todo tucano, Pannunzio tem muitas razões para confiar na Justiça paulista.
João João Filho de João
29/05/2015 20:28
Sr. Herculano:

Do jornalista Polibio:

"Petista gaúcho, foi vaiado, hostilizado quando tentou defender Dilma".

O gaúcho Élbio Flores, 65 anos. Ele foi hostilizado por todos os passageiros que fizeram o voo Porto Alegre-Brasilia, quarta de manhã, depois que resolveu defender o governo Dilma e o PT, vítimas de uma manifestação inicial do grupo La Banda Loka Liberal, que estava no mesmo avião. "O PT roubou, o PT roubou, o PT roubou !", entoavam os músicos, quando Élbio Flores, empunhando uma revista Carta Capital, tentou fazer contraponto, sendo vaiado e hostilizado não apenas pela banda, mas também pelos outros passageiros.

Os músicos fizeram várias paródias, entre elas a de "Mamãe eu quero", mas em vez do verbo mamar, eles usaram o verbo roubar.

O incidente ocorreu no momento de desembarque, pois ele deixava a aeronave levando consigo um exemplar da revista "Carta Capital" quando passou a ser alvo de ataques de um grupo chamado La Banda Loka Liberal.

Apoiadores do movimento pelo impeachment de Dilma, os manifestantes entoavam palavras de ordem. Élbio conta que os integrantes do grupo o chamaram de idiota "por ler uma revista igualmente idiota". Na reação, diz, chamou os agressores de golpistas.

Durante o bate-boca, ainda dentro do avião, os manifestantes deram início a um coro contra o governo petista. Ao ritmo da marcha carnavalesca "Mamãe, eu quero", cantaram "Dilma, eu quero mamar. Dá uma teta pro petista roubar". "Eles agrediram não só a mim. Mas aos demais passageiros.

Bem feito! Nem a PaTeta Pinguça vai à TV defender o seu governo,
porque este idiota deveria fazer.
Se fosse inteligente, ficaria quieto.
Herculano
29/05/2015 20:16
FINANCIAMENTO DE CAMPANHA, CHORO DOS PERDEDORES E UMA FALA INDECOROSA, por Reinaldo Azevedo de Veja.

A Câmara aprovou a constitucionalização do financiamento de campanha por empresas privadas, dede que a doação seja feita a partidos políticos. Nesta sexta, algumas vozes se manifestaram a respeito.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, respondeu àqueles que o acusam de ter recorrido a uma manobra para aprovar a proposta, anunciando que vão recorrer ao Supremo. Afirmou:

"Estamos muito habituados a lidar com aqueles que criticam a judicialização da política e buscam a judicialização para discutir fatos que eles perderam no voto. Aqueles que buscam o choro porque não tiveram atendidos os seus anseios e as suas ideologias [recorrem à Justiça]. Não é essa a maneira de se resolver os problemas".

Ele está certo. O quórum para aprovar uma emenda constitucional já não é baixo: 308 deputados. No caso, houve 330 votos. Mais: esse mesmo plenário rejeitou o financiamento público. NA VERDADE, NÃO HOUVE APENAS UMA VOTAÇÃO EM FAVOR DA DOAÇÃO DE EMPRESAS; HOUVE DUAS. Aí, quem perdeu decide apelar ao tapetão.

Rossetto
Miguel Rossetto, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, que não costuma perder a oportunidade de disparar besteira, também tratou do assunto. E, meus caros, aí a fala é mesmo de trincar catedrais.

Segundo o valente, a sociedade rejeita "muito fortemente" o financiamento das empresas privadas porque experiência que "acumulamos no Brasil não é uma experiência positiva". Ele diz que "os financiamentos empresariais se tornaram instrumento de corrupção política, fazem com que a representação política se subordine ao interesse privado. O que é muito ruim para a democracia e para o País".

Sinto nojo só de ler. O senhor ministro Rossetto toma a todos pela régua do seu partido. Sabe o que a sociedade rejeita, ministro?
- Roubalheira na Petrobras;
- caixa dois;
- hipocrisia;
- mentira;
- conversa mole?

O que o ministro está dizendo, na prática, é que os membros de seu partido que se corromperam só caíram em tentação por culpa do sistema. A propósito: uma consultoria, doutor Rossetto, é financiamento privado de campanha? Não, né? E por que há tantos petistas poderosos que são consultores? Será que é o modo de custear as eleições que torna as pessoas corruptas? Tenham a santa paciência!

Aprenda uma coisa ministro: é vagabundo quem decide ser vagabundo. O sistema eleitoral não torna ninguém corrupto nem o transforma num ladrão da Petrobras. Tampouco um sistema impecável torna honesto um desonesto.
Herculano
29/05/2015 20:10
MONTANHA DA REFORMA POLÍTICA JÁ PARIU DOIS RATOS, por Josias de Souza

Parte 1

- Senhor presidente, senhoras e senhores deputados, eu quero começar pedindo desculpas prévias aos companheiros dos chamados partidos pequenos. Não quero agredir nenhum companheiro de partido pequeno. Agora, eu sou radicalmente a favor da proibição de coligação.

Estamos no plenário da Câmara. Casa cheia. Presentes, 448 dos 513 deputados. Coisa inusual para uma tarde de quinta-feira, dia em que os congressistas voam para os seus Estados. A maratona da reforma política retardou as decolagens. E o deputado Silvio Costa (PSC-PE) discursava para um plenário repleto. Defendia a proibição das coligações partidárias em eleições proporcionais. Era esse o tema da emenda constitucional que estava prestes a ser votada.

- Nós precisamos proibir coligação. Por quê? Primeiro, nós vamos começar logo acabando com a indústria. Qual é a indústria? O dono do partido monta uma chapa. [?] Aí o dono do partido pega um partido grande que dá dinheiro - e a palavra é essa mesma, todo mundo aqui sabe que existe essa negociação - o partido grande dá dinheiro ao dono de partido [pequeno], para fazer a chapa com os outros.

Apenas uma pessoa em um milhão é capaz de entender o significado de uma coligação partidária em eleições proporcionais. Mas Silvio Costa, com hediondo didatismo, parecia decidido a provar à audiência da TV Câmara que mesmo quem não entende nada de política é capaz de entender de politicagem.

- Existem duas indústrias: a indústria da chapa proporcional, para vender aqueles candidatos mais fracos, e a indústria majoritária do tempo de televisão. O partido tem lá o tempo de televisão, procura um candidato majoritário e vai vender o tempo. Todo mundo sabe que é assim. Tem que acabar com essa safadeza!

Muitos parlamentares acreditam que o que mais aniquila a imagem dos políticos é a imprensa que imprensa. Bobagem. O que costuma desgraçar os congressistas, além, obviamente, dos próprios desatinos, é a TV. As TVs do Legislativo estão sempre lá. Mostram os discursos insossos dos deputados e dos senadores. Até que?

De repente, entre uma e outra proclamação burocrática do presidente da Mesa, surge diante das câmeras um espetáculo de desnudamento. Nessas horas, emissoras como a TV Câmara até parecem TVs de verdade. Sabendo que a relevância da pauta potencializava a audiência, Sílvio Costa discursava para fora.

- A senhora e o senhor que estão em casa me ouvindo sabem quanto é um voto? R$ 10. Dez reais! Há partido pequeno que não tem um deputado federal. Mas teve 500 mil votos. E recebe R$ 5 milhões por ano do fundo partidário [verbas públicas destinadas ao custeio dos partidos]. O maior negócio deste país é ser dono de partido.?Temos que acabar com essa indústria! Vamos proibir a coligação!
Herculano
29/05/2015 20:09
MONTANHA DA REFORMA POLÍTICA JÁ PARIU DOIS RATOS, por Josias de Souza

Parte 2

Pronto. O telespectador da TV Câmara começava a entender o que é uma coligação em eleição proporcional. Serve para que pequenos partidos se juntem aos maiores. Assim, agrupados numa coligação, disputam as cadeiras no Legislativo. Às grande legendas interessa aumentar o seu tempo de propaganda no rádio e na televisão. Aos partidos nanicos, esclareceu Sílvio Costa, interessa fazer dinheiro. Além de vender o tempo de propaganda de que dispõem, indicam candidatos para pedir votos pela coligação. Quanto mais votos obtiveram, maior a quantidade de dinheiro público que arrancarão do fundo partidário. Com sorte, ainda elegem algum deputado.

Nas pegadas de Sílvio Costa, escalou a tribuna da Câmara o deputado Giovani Cherini (PDT-RS). Com idêntico didatismo, ele continuou arrancando véus defronte das câmeras.

- ?Eu penso que o povo brasileiro, todo o tempo, vem dizendo para nós: é preciso diminuir o número de partidos. Cada cidadão que fica contrário a alguma coisa forma um novo partido, e, na largada, ele já tem R$ 3 milhões do fundo partidário. E depois, na época da eleição, ele negocia o seu espaço em televisão, por R$ 1 milhão, R$ 2 milhões, R$ 5 milhões, R$ 10 milhões? E vira um partido de negócios, partido sociedade anônima, que visa arrecadar fundos para que alguns malandros enriqueçam.

De fato, em nenhum outro país do mundo políticos e eleitores têm tanta opção partidária como no Brasil. O sujeito pode ser de esquerda, de centro esquerda, de meia esquerda, de um quarto de esquerda, de três quartos de esquerda, de direita responsável, de extrema direita, de direita disfarçada ou de direita escrachada? Não importa a ideologia do cidadão. Ele sempre encontra um partido feito sob medida. Hoje, há 32 legendas com registro no TSE, das quais 28 têm assento na Câmara. Outras três dezenas aguardam pela emissão da certidão de nascimento na fila do cartório da Justiça Eleitoral. O deputado Giovani Cherini exaspera-se:

- Nós não podemos ter - e qualquer filósofo, sociólogo neste país sabe que é impossível - 32 ideologias no Brasil, 32 pensamentos diferentes. Afinal, qual é a ideologia do seu partido? Às vezes, os jovens perguntam: Qual é a ideologia do seu partido? [?] Acho que esta Casa pode dar um grande exemplo, terminando com as coligações. Chega de partido maior ter de comprar, a custo de milhões, o espaço de partidos menores, para eleger um ou dois deputados.?Cada partido tem de buscar o seu espaço. Terminando com as coligações, nós vamos ter, no máximo, 20 partidos no Brasil, e a sociedade vai entender qual é a ideologia daquele partido. Essa é a hora!

Chama-se Marcus Pestana (PSDB-MG) o autor da emenda que propunha a proibição das coligações partidárias em eleições para vereador, deputado estadual e deputado federal. Vem a ser um dos políticos mais próximos do presidente do tucanato, o senador Aécio Neves. Pestana também subiu à tribuna para defender sua proposta.

- Este é um momento crucial. Nós vamos decidir aqui se faremos uma reforma que mereça o nome, ou se a montanha vai parir um rato. Criamos uma enorme expectativa na sociedade. A tradução líquida será: fica tudo como está, para ver como é que fica.?A democracia no Brasil está sob risco, pelo esgotamento do modelo político-partidário eleitoral. As coligações proporcionais viraram um instrumento de perda de qualidade do sistema político decisório brasileiro. Um partido A faz uma aliança com o PSDB no Rio Grande do Norte e com o PT em São Paulo. Um partido B faz uma aliança com o PT em Pernambuco e com o PSDB em Minas Gerais. Há um desalinhamento ideológico e político, há um falseamento completo, que induz a sociedade ao erro.
Herculano
29/05/2015 20:09
MONTANHA DA REFORMA POLÍTICA JÁ PARIU DOIS RATOS, por Josias de Souza

Parte 3

A alturas tantas, Pestana comparou o descalabro brasileiro com a situacão verificada em outros países.

- O Parlamento da França tem dez partidos; o da Alemanha, sete partidos. [?] Nós temos 28 partidos nesta Casa; na próxima Legislatura, teremos 35; na outra, talvez, 50. Assim, a hegemonia, a governabilidade não será possível. Coitados dos próximos presidentes da República, sejam eles quem forem!
?Nós não podemos, não temos o direito de criar essa expectativa na sociedade e fazer uma reforma pífia, a montanha parindo um rato.?Por isso, somos pelo fim das coligações proporcionais, pela autenticidade do quadro partidário brasileiro, pela fidelidade à vontade do eleitor.

Vencida a fase dos discursos, o modelo das coligações estava com as vísceras expostas. Os expectadores da TV Câmara testemunharam dois tipos de performances. Numa, os oradores atacando o sistema, expondo-lhe os vício$ em discursos dramáticos. Noutra, o silêncio da banda muda do plenário, paralisada diante da exposição de cifras e tramóias. E as câmeras ali, a desnudar-lhes as expressões faciais, as ênfases, as hesitações e os silêncios.

Na presidência da Mesa, Eduardo Cunha finalmente submeteu a proposta à votação. Para ser aprovada, a emenda precisava arrebanhar 308 votos. Os líderes orientaram suas bancadas. Os deputados digitaram seus votos. Abriu-se o painel eletrônico. E o fim das coligações foi rejeitado. Votaram "não" 236 deputados. Disseram "Sim", 206. Muito longe dos 308 necessários. Deu-se o que o autor da proposta temia: a montanha da pseudoreforma política pariu um rato. Em verdade, deu à luz dois camundongos.

No segunda votação realizada nesta quinta-feira, os deputados deliberaram sobre a criação de uma cláusula de barreira para dificultar o acesso dos partidos de aluguel às verbas e benesses públicas. Por um placar acachapante -369 votos a 39 - os deputados aprovaram uma cláusula de barreira que, por pífia, não constitui um obstáculo real ao funcionamento da indústria de partidos.

Ficou decidido o seguinte: basta que o partido eleja um mísero deputado ou senador para ter acesso às burras do fundo partidário e à vitrine da propaganda eletrônica no rádio e na tevê. Supondo-se que essa norma seja confirmada pela Câmara e ratificada pelo Senado, apenas quatro dos atuais 32 partidos em funcionamento no Brasil seriam privados das benesses: PPL, PCB, PCO e PSTU.

Deve-se o duplo desastre a um acordo firmado por Eduardo Cunha, o morubixaba da Câmara, com a tribo dos pequenos partidos. Em troca dos votos dos nanicos à emenda que enfiou na Constituição o financiamento privado das eleições, Cunha ajeitou para que as coligações fossem mantidas e para que a barreira não barrasse.

Desse modo, ficou entendido que toda aquela conversa, todo aquele idealismo, toda aquela vontade de servir à sociedade, toda aquela busca por um sistema político mais razoável, tudo isso está impulsionado pela mesma força que empurra o noticiário político para a editoria de polícia: o dinheiro.
Despetralhado
29/05/2015 19:51
Sr. Herculano:

Além de ladra o lixo genético da raça humana é chegada na cachaça?
PeTê, Lula e Dilma tudo a ver.

Falar em bêbado, numa algazarra de bebum aqui em Gaspar, a Polícia Militar foi chamada (isso quem conta é meu amigo que estava presente no local).
Um dos bebuns foi ao encontro da polícia, todo empertigado, feito galo de briga, e já foi dizendo - Sou vereador!
A polícia com seu argumento que lhe é peculiar foi aos poucos
fazendo do galo um garnizé, que de joelhos beijava a mão do policial.

Bêbado é bêbado, não tem distinção social.
Juju do Gasparinho
29/05/2015 19:38
Prezado Herculano:

Acho que o Gardenal está tomando o remédio errado, o correto seria Revotril.

Ah! Herculano, continue sendo você mesmo porque todos os outros já existem.
Violeiro de Codó
29/05/2015 19:32
Sr. Herculano:

Os mineiros querem trocar o nome do Palácio das Mangabeiras por Palácio das Bandalheiras, tudo por causa do petê.
Fui!
Luiz 0rlando Poli
29/05/2015 16:44
Casagrande (ex-jogador de futebol) sofreu infarto foi hospitalizado em um hospital top recebeu atendimento VIP e passa bem. Hoje de manhã foi ao hospital universitário aqui em Florianópolis assisti um brasileiro ir a óbito por estar esperando mais de 2 horas para atendimento. Duas realidades , dois brasileiros ! Um com uma cidadania VIP e o outro ....contrastes de um país em marcha ré.
Herculano
29/05/2015 16:29
TEMOR EM MINAS, por Lauro Jardim, de Veja

Há um forte temor no PT de Minas Gerais que a busca e apreensão de documentos feita hoje pela PF no apartamento de Brasília da primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Pimentel , se estenda ao Palácio das Mangabeiras. A propósito, Carolina está grávida do primeiro filho do governador
Herculano
29/05/2015 16:27
CASAGRANDE SOFRE ENFARTE E É INTERNADO EM SÃO PAULO. FILHO DIZ QUE QUADRO É ESTÁVEL

Conteúdo Espn. Texto é Eduardo Affonso. Com 52 anos, o comentarista da "TV Globo" passou por procedimentos médicos que constataram um coágulo em uma das artérias do coração, o que configura o enfarte. Seu quadro é estável.

Ugo Casagrande, filho do ex-atleta, disse à reportagem da ESPN Brasil que ele e o pai estavam a caminho de um banco em Alphaville e que, já ao saírem de casa, o ex-jogador reclamava de dores no peito.

Ugo, então, mudou os planos e foi direto para o hospital mais próximo, no qual foi constatado que era melhor a transferência para uma unidade da capital paulista.

"Logo antes de saírmos de casa ele estava reclamando de dores no peito. Nas curvas, ele fazia caretas e colocava a mão no peito. Falei para ele que o levaria para o hospital, mesmo ele dizendo que não precisava", contou Ugo à reportagem.

O filho do ex-atleta ainda confirmou que Casagrande ficará por 38 horas internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), além de cinco dias no TotalCor.

Esta não é a primeira internação do ídolo corintiano. Em 2008, ele chegou a ser internado em uma clínica para tratamento de dependentes de drogas. Um ano antes, em setembro, ele sofreu um acidente de carro após ter dirigido mesmo tendo consumido vinho e alguns tranquilizantes.

Em sua carreira, Casagrande atuou em equipes como São Paulo, Flamengo, Porto, Ascoli e Torino, além do Corinthians, por onde teve três passagens.
Herculano
29/05/2015 16:15
DEPOIS DE EXPULSAR O TIME DA CBF, A JUSTIÇA AMERICANA VAI MELHORAR O BRASIL COM A CONVOCAÇÃO DOS ATACANTES DA PETROBRAS, por Augusto Nunes, de Veja

Os cartolas e, como direi?, "empresários esportivos" que reduziram a CBF a coiteira de ladrões descobriram nesta quarta-feira que é muito perigoso agir como agem aqui em nações onde todos - todos mesmo - são iguais perante a lei. As investidas contra José Maria Marin e seus comparsas fizeram mais que confirmar que o antigo País do Futebol ameaça disparar na liderança do campeonato mundial da corrupção institucionalizada. Também agravaram a insônia dos ex-diretores da Petrobras que nadaram de braçada no pântano do Petrolão.

Os larápios do mundo da bola quanto vigaristas que enriquecem em outros campos decidiram ampliar a fortuna ilícita com uma ideia de jerico: usar em suas tramoias criminosas o sistema financeiro americano. O time da CBF já descobriu o poder ofensivo da Justiça e da polícia dos Estados Unidos e da Suíca. Dribles em acionistas e caneladas na Bolsa de Nova York tornaram inevitável a convocação dos atacantes que golearam a Petrobras por muito mais que 7 a 1.

Aqui, o aparecimento de um Sérgio Moro vira manchete. Em países civilizados só existem sérgios moros.
Herculano
29/05/2015 16:11
UM GOVERNO CADA VEZ MAIS FRACO. E SÓ COM OS SEUS. RENATO ZIMMERMANN DEIXA A FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ESPORTES E A DIRETORIA DE INDÚSTRIA DA SECRETARIA DE TURISMO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO. E QUEM ASSUME? MARCELO FONTES SCHRAMM

Este é o press release da prefeitura. Ele por si só é revelador. Nos colchetes, as minhas observações.

O Diretor-Presidente da Fundação Municipal de Esportes e diretor interino da Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio, Renato Zimmermann, deixa o cargo nessa sexta-feira (29). A decisão é do próprio diretor, que deixará de atuar na FME para se dedicar à família e aos estudos. Renato é formado em Educação Física, com especialização em Ciências do Movimento Humano e em Gestão e Marketing Esportivo, e atualmente faz faculdade de Direito e MBA em Gestão de Políticas Públicas. [tinha competência, vivia pressionado exatamente porque não era um partidário e não aguentava mais. Só isto]

Renato Zimmermann esteve à frente da FME durante os seis últimos anos. Assumiu o cargo em 2009 com algumas pendências da pasta para resolver, entre eles, recuperar o Ginásio de Esportes Prefeito João dos Santos e Gilberto Sabel, que foram utilizados por alguns meses como depósito de donativos para os desabrigados pela catástrofe de 2008, e devolver à comunidade do bairro Bela Vista o Ginásio Wilmar Suly, que estava fechado por alguns anos.

Entre as grandes ações durante a atuação de Renato pode-se destacar a revitalização do Ginásio de Esportes Prefeito João dos Santos, que recebeu reforma da quadra, troca da instalação elétrica e pintura interna e externa; a recuperação do Ginásio Gilberto Sabel, com a instalação do Centro de Treinamento de Judô; e a reforma do Ginásio de Esportes Wilmar Suly.

Outro equipamento que recebeu muitas melhorias durante a gestão do diretor-presidente foi o Centro Integrado de Eventos João dos Santos, como a construção da nova praça de alimentação, implantação da academia de ginástica ao ar livre e de um parque infantil, instalação de câmeras de vigilância, contratação de vigilância física, reforma total da pista de skate, implantação do projeto luminotécnico e a execução de projeto paisagístico, com a plantação de 97 árvores, jardins e gramados.

Outras importantes ações durante sua gestão foram a construção do Complexo Esportiva Vila Isabel, no bairro Bateias; do Centro de Esportes e Artes Unificados (CEU), no Gaspar Mirim; e do campo de futebol de areia na Arena Multiuso. A realização de eventos estaduais no município também foi outro marco na atuação de Renato, já que Gaspar sediou os Jogos Escolares de Santa Catarina em 2011, que reuniu aproximadamente sete mil atletas durante dez dias, e a fase final do Campeonato Estadual do Campeonato Escolar Moleque Bom de Bola, em 2012.

Além disso, durante esse período o Diretor-Presidente promoveu o fortalecimento das categorias de base, principalmente no voleibol e judô, que reúnem diversos atletas em competições estaduais e nacionais, e o apoio e manutenção de equipes de competição nas modalidades de Triathlon, Downhil e Futebol de Campo para disputas em diversas competições estaduais.

MARCELO
O atual Diretor de Esportes da FME, Marcelo Fontes Schramm [um esportista oriundo do basquete quando ele ainda era algo representativo no Vale do Itajaí e irmão de Rodrigo - o que tudo aparelha, instrumentaliza pelo PT e que com isso enfraquece nas entidades e instituições de Gaspar], assume o cargo de Diretor-Presidente e de diretor interino da Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio a partir dessa segunda-feira, 1º de junho.

[Então? Está ou não tudo dominado?] Acorda, Gaspar!
Herculano
29/05/2015 13:27
O E-MAIL BOMBA, por Nelson Motta para o jornal O Globo

Por que não escrever um e-mail sincero e educado, pensado e refletido, expressando os seus sentimentos e os motivos para acabar o namoro?

"Nunca é fácil separar, então vamos fazer o seu trabalho sujo. Por que se preocupar dizendo adeus ao seu amor? Quem precisa de dor e quem tem tempo? Por que olhar nos olhos dela ou dele? Ninguém quer lidar com toda a gritaria, choro e apelos emocionais de 'apenas mais uma chance'".

É chocante, mas tem gente que acredita e paga por isso: um site da Austrália se oferece para acabar namoros por e-mail, SMS ou telefone, por módicos cinco dólares.

Pensando bem, o e-mail não é uma ideia tão absurda assim. Homens têm muita dificuldade de acabar namoros, têm medo de enfrentar mulheres chorando e gritando, ou tomadas por fúria infernal, e vão empurrando com a barriga, arriscando relações paralelas, e às vezes são eles que acabam levando um pé na bunda. E aí, com o orgulho macho ferido, o otário descobre que aquela é a mulher que quer, e que vai reconquistá-la a qualquer preço, numa receita segura de infelicidade absoluta.

Por que não escrever um e-mail sincero e educado, pensado e refletido, lido e relido, cortado e reescrito, usando a razão para expressar os sentimentos e os motivos que levam àquela decisão? Quanto menor e mais conciso, melhor.

Você tem vários dias para escrever e para pensar antes de mandar, e pode até não mandar. Tem a segurança de ler e reler o que escreveu, de "ouvir" o que você mesmo está dizendo, de poder mudar, de escolher e pesar bem cada palavra para evitar mal-entendidos ou dar margem a dúvidas e ambiguidades que complicam e esticam ainda mais a história.

E, por incrível que pareça, sim, tudo isso pode ser feito com emoção.

A vantagem de expressar por escrito as suas razões tem como contrapartida a responsabilidade de ser cobrado por cada palavra. A pessoa pode ler mil vezes, analisar, entender e sentir o que você diz, e dar o caso por encerrado. Fim de jogo.

Claro, escrever bem ajuda a otimizar o método, o que dá certa vantagem a profissionais da escrita, mas não garante o sucesso: você pode ser acordado no meio da madrugada por telefonemas ameaçadores ou com alguém esmurrando a sua porta e gritando que você é um cafajeste que acaba namoro por e-mail.
Herculano
29/05/2015 13:09
O CHEFE DA POLÍCIA PELO TELEFONE MANDA ME AVISAR..., por Jorge Pontes para o jornal Valor Econômico. O autor é delegado de Polícia Federal e foi diretor da Interpol do Brasil.

O Brasil vem assistindo, atônito, ao recrudescimento da violência no Rio de Janeiro, sob a forma de notícias diárias acerca de tiroteios entre traficantes ocorridos em comunidades até então ditas como "pacificadas". As manchetes focam a efervescência dos crimes de rua, e também ataques a faca a turistas, tendo como palco os quatro cantos da cidade.

O que vem sendo noticiado põe em risco a tal "sensação de segurança", duramente conquistada nos últimos oito anos, a partir da implantação do projeto das UPPs, com merecida celebração por parte da mídia e dos contribuintes cariocas, até porque a viabilidade econômica do Rio depende das políticas de segurança pública implementadas para a cidade.

É lamentável perceber que o projeto das UPPs pode estar de fato derretendo aos olhos da população do Rio. Se essa tendência se confirmar, há três pontos nos quais podemos buscar explicações para entendermos o seu declínio e o aumento da criminalidade que vem sendo registrado na nossa cidade.

O primeiro é nodal e muito simples: a conjugação do verbo "avisar" no planejamento operacional da tomada dos territórios. Quem avisa, amigo é, e, na atividade policial não se avisa, em hipótese alguma, sobre qualquer ação repressiva a ser deflagrada contra quem quer que seja. É sabido por todos que, a cada tomada dos morros, o comando da operação alertava com antecedência, de pelo menos uma semana, o dia e a hora da ação policial. Com isso, os criminosos de alta periculosidade, que comandavam o tráfico, tinham todo o tempo do mundo para sair de seus bunkers, levando com eles suas armas pesadas. Decerto, não deixavam o morro para trabalhar no comércio, nem tampouco faziam concurso para o Banco do Brasil ou para a Caixa Econômica.

Foram para outras paragens, levar o terror de suas ações criminosas, como fizeram com o interior fluminense, em cidades que nunca tiveram registros de crimes e agora encontram-se assombradas pela delinquência. Mas foram, igualmente, planejar e arregimentar os meios para a retomada do território perdido nas favelas, como de fato o fazem agora. Esse erro foi fatal e para consertá-lo, só voltando no tempo.

O segundo erro foi o número das UPPs inauguradas no período de oito anos. O Rio é imenso e complexo, e demanda muito trabalho para a sua já assoberbada Polícia Militar. O número de trinta e oito UPPs foi demais para o cobertor da PM. O correto, talvez, fosse um número três vezes menor, cuja ampliação aguardasse sempre a sedimentação das UPPs já implantadas. A atuação maciça da PM nas UPPs abriu inúmeros flancos no restante da cidade. Foram muitas frentes para uma só polícia.

O terceiro ponto, repetido como um mantra pelo delegado federal José Mariano Beltrame, é que a polícia está longe de ser a solução para o problema social enfrentado pelas comunidades, e que a presença da PM nos morros não resolverá as causas do abandono social, que é um dos gatilhos para diversos males, inclusive, a perda de jovens para o tráfico. Para recuperar o território outrora ocupado pelo crime, seria necessária uma ação que embarcasse assistência social de verdade, e que trouxesse a cidadania aos favelados. Só o posto da polícia não resolve, como de fato não resolveu.

As três falhas capitais ora apontadas foram, certamente, frutos da fraqueza política dos tomadores de decisão, em outras palavras, dos governantes.

Na primeira, não quiseram correr o risco de arcar com possíveis danos colaterais, isto é, a chance de perdas de vidas, como se um problema dessa dimensão, gerado por equívocos políticos que já contam cinquenta anos, pudesse ser solucionado sem que bandidos fossem feridos ou mortos. Definitivamente, não seria possível fazer esse omelete sem quebrar os ovos. O que se vê, agora, são vidas sendo ceifadas por aqueles que foram poupados, e quem poupa o lobo acaba sendo o responsável pelo sacrifício das ovelhas.

O segundo erro foi de natureza eleitoreira, isto é, aproveitaram-se de um momento, surfando irresponsavelmente na onda do sucesso das primeiras UPPs. A partir daí, criaram um cronograma de implantação de três dezenas de unidades, com foguetório e larga cobertura de mídia. Essa manobra deu certo, do ponto de vista eleitoral, pois o governo idealizador do projeto se reelegeu duas vezes, colhendo os louros de um programa sobre o qual o tempo ainda não havia operado seu inexorável julgamento.

A terceira falha é fruto da falta de comprometimento político, a longo prazo, com o projeto, o que é bem típico dos nossos políticos. Essa letargia tem cobrado um preço caro à PM, como instituição, e custou profundo e injusto desgaste a José Mariano Beltrame.

As autoridades de segurança pública deste país, tanto federais como estaduais, sabem, há sete longos anos, que teremos os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016 - daqui a pouco mais do que um ano. Tiveram todo esse tempo para agir planejadamente.

Oxalá essa onda de criminalidade seja contida no lapso que nos resta, de forma que consigamos realizar o evento sem ocorrências que ponham em risco turistas e atletas, e, em última análise, a imagem do Brasil.

Mas, ao que tudo indica, corremos o risco de assistirmos um replay da Rio 92, quando as Forças Armadas foram para as ruas do Rio com seus tanques e jogamos a sujeira da criminalidade para debaixo do tapete, literalmente, "para inglês ver".

Nunca é demais lembrar que o sucesso inicial do projeto das UPP´s foi fundamental para, em 2009, o Rio vencer Tóquio, Chicago e Madrid na disputa para sediar os Jogos de 2016. As UPP´s venceram o que mais trazia rejeição ao nome do Rio, seu histórico de insegurança, causado pela alta incidência de crimes de rua e pela presença de armas pesadas nas favelas, incrustadas no coração da cidade.

Passando o evento, tudo voltará ao normal, com os políticos dando as cartas da segurança pública, movidos por interesses eleitorais e pela costumeira falta de comprometimento em fazer o que é certo.
sidnei luis reinert
29/05/2015 12:47
Ronaldo Caiado
Ontem às 11:58 ·
Ainda na esteira do ajuste fiscal, a MP 668 se tornou um verdeiro balaio de gato. Tem de tudo. Incluíram 24 matérias estranhas à medida que trata sobre elevar alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e Cofins na importação. De tabelamento de refrigerantes a Minha Casa, Minha Vida, veio tudo junto da Câmara. O pior é que o procedimento que tem sido adotado pela Mesa nos impede de votar tantas matérias divergentes em separado. É um escândalo. Farei uma questão de ordem à Presidência do Senado para que Medidas Provisórias nessas condições não sejam apreciadas. Também estou entrando com um projeto de resolução na Comissão de Constituição e Justiça que dá às bancadas o direito de apresentar destaques com a garantia de votação nominal. Isso pode ajudar a desmembrar essas árvores de Natal que chegam cheia de penduricalhos. Não é interesse da oposição ou do governo. É interesse do Senado. Desafio o líder do governo ou qualquer parlamentar a discutir tantas matérias distintas inclusas nessa medida provisória com propriedade. Não dá.
sidnei luis reinert
29/05/2015 12:29
EUA já têm mapa completo de empresas ligadas a políticos brasileiros e africanos que lavam dinheiro


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

As investigações do Departamento de Justiça dos EUA contra brasileiros suspeitos de corrupção vão muito além do Fifagate, do Petrolão. Auditores e investigadores federais norte-americanos já têm um mapa completo de todos os brasileiros que abriram empresas por lá com segundas intenções: criar filiais delas em paraísos fiscal, para posterior lavagem de dinheiro desviado de negociatas ou assaltos contra a administração pública no Brasil. Já foi mapeado, inclusive, como a grana retornou ao Brasil, disfarçada de investimentos estrangeiros diretos na aquisição de empresas, via mercado de capitais.

O FBI por prender, a qualquer momento e de surpresa, ilustres políticos tupiniquins que forem passear ou movimentar grana no exterior. Ontem, vazou que, além dos envolvidos no intergaláctico escândalo da transnacional Federação Internacional de Futebol Association, autoridades norte-americanas já reuniram elementos comprobatórios para punir quem tirou proveito do sistema empresarial e fiscal dos EUA para fins delitivos. Nos bastidores das investigações, já se dá como certo que os altos dirigentes petistas serão os primeiros alvos de pedidos de prisão e processos judiciais.

Desde o ano passado, os EUA promovem um pente fino em negócios feitos na BM&F Bovespa por brasileiros ou laranjas deles que montaram empresas nos EUA e em paraísos fiscais. Recentemente, uma operação conjunta do Departamento de Fronteiras e do Fisco convocou brasileiros com residência e negócios em território norte-americano para uma verdadeira inquisição e devassa documental. Vai se dar mal quem não conseguiu provar que seus negócios por lá não têm relação promíscua com negociatas ligadas ao governo daqui. Como a fase de mapeamento está concluída, começa agora a etapa de indiciamentos e prisões pelo FBI.

O escândalo da Fifa foi apenas um pontapé inicial no esquema que pretende punir corruptos da América do Sul e da África que operam em formato de consórcio mafioso intercontinental, em parceria com os principais paraísos fiscais. Os norte-americanos resolveram partir para esta ofensiva porque grandes empresas de lá sofrem prejuízos bilionários com a concorrência desleal imposta pelos "bandidos cucarachos" (como estão sendo chamados os mafiosos africanos e brasileiros, geralmente grandes e poderosos políticos).
Consstancia Herinberto
29/05/2015 12:08
sr Herculano

Como bem disse o leitor aqui, não é de espantar com o caso do deputado Rodrigues assistindo filme porno na Camara Federal, aqui em Santa Catarina também tivemos um caso semelhante, onde um vereador ao invés de buscar projetos para melhorar o município buscava paginas pornograficos nos computadores da casa legislativa.

Talves Você não publique, por razões de proteção e amizade, apadrinhamento ou troca de figurinhas,mas não é tão burro como se pensa.

Estou certo que vai pra lixeira.

Gardenal Luis
29/05/2015 10:57
Sr Herculano,

O seu trapiche está esculhambado, podre, a sua coluna não contribui para o desenvolvimento de Gaspar, muito menos da capital das calcinhas.

Você só pode ter inveja de nosso projeto de Ilhota e de Gaspar e medo do que antes parecia ser impossível, termos o prefeito audacioso, preparado, inteligente, integrante da maçonaria e alinhado com pessoas Elcio de Souza, Noronha, Brido, Renato, Waldrich e outros tantos. Mas o que importa é nosso grupo esta longe de pessoas mal amadas como você e Adilson e Aurélios.
Parafraseando Sagalo você vai ter que nos engolir.
Você é uma que poderia ajudar em projetos, mas prefere apontar erros que existem.
Ache algo para fazer ou mehor contrate bom advogado para reaver aquele presente do ex prefeito, pois se Zuchi nao buscar isto ao município nos vamos.
A Esbórnia chamada Ditran
29/05/2015 10:33
Novo Diretor que assumiu a Ditran deveria se chamar Dirceu dos Santos Andrade, porque nada mais é do que a junção piorada de todos que passaram por ali e nada fizeram, e ainda tem como agravante, o fato de ser capacho PTista e servidor de carreira que só pensa no seu bolso. Está deixando a Ditran virar esbórnia e festa, tá tudo liberado. A unica coisa que não esta liberado é trabalhar. Porque tá dificil de ver alguem cumprindo horário e trabalhando nesse lugar. Melhorias? Reformas? fardamento? viatura? Que nada. Não tem verba. Porque o que entra com radar móvel sugado dos cidadãos, é pra arrecadar pra campanha do ano que vem.

HOOO festa boa!!
luiz
29/05/2015 09:37
Não é de se espantar o caso do Deputado João Rodrigues assistindo videos pornôs em plena sessão do congresso, visto a putaria que é a política no Brasil.
Herculano
29/05/2015 08:52
LOBO EM PELE DE CORDEIRO. PARA CONTINUAR NO PODER OS CANDIDATOS DO PT VÃO DEMONIZAR O PT PARA CONTINUAR ENGANANDO OS ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS - QUE SÃO A MAIORIA DOS ELEITORES - E ARMAR OS FANÁTICOS QUE SOBREVIVEM DA FRANQUIA NACIONAL.

É isto que revela o jornal de economia Valor (O Globo e Folha de S. Paulo). O texto é do 247, o veículo de comunicação preferencial do PT. Na disputa pela reeleição em 2016, o prefeito Fernando Haddad deve se deslocar da imagem do PT. É o que defende o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, um de seus principais aliados na capital paulista.

Em entrevista ao Valor, ele afirma que "o PT ficou velho, perdeu o discurso inovador" e agora pode atrapalhar nas eleições. Segundo ele, Haddad, no comando da principal capital petista, representa a modernidade que o partido não conseguiu e, para reeleger-se em 2016, deve se descolar da imagem da legenda.

Para consolidar apoio para 2016, Haddad também quer abrir espaço para PR, PDT e PC do B. A principal mudança envolve a Secretaria das Subprefeituras, com a entrada do ex-deputado federal Luiz Antônio de Medeiros, fundador e ex-presidente da Força Sindical.
Herculano
29/05/2015 08:26
O SORRISO DE BLATTER E A CORRUPÇÃO DENTRO DA FIFA, por Paulo Vinicius Coelho (PVC), para o jornal Folha de S. Paulo

Sepp Blatter entrou no elevador cercado por seguranças. Sorria. O hotel em Maracaibo recebia o chefe da Fifa na semana da final da Copa América da Venezuela, Brasil x Argentina. Simpático, Blatter ouviu minha pergunta sobre a organização do torneio e respondeu: "Um sucesso!"

Sua rotina de viagens dura desde quando era secretário geral de João Havelange, na Fifa dos anos 80. Seus sorrisos e negócios estampam as páginas do livro "Jogo Sujo", de Andrew Jennings. Os métodos são parecidos com os de Havelange, que chegou à Fifa por visitas e favores a países da África, Ásia e Oceania.

Vários deles convidados para a Minicopa, promovida pela CBD em 1972, para festejar os 150 anos da Independência do Brasil e ganhar votos para a eleição da Fifa.

Eram visitas, favores e propinas, como mostra o FBI. Nas eras Havelange e Blatter, o mapa do futebol expandiu-se, os tentáculos da Fifa também.

Só que a investigação do FBI faz pensar que a corrupção está restrita à América Latina. Estão presos o brasileiro José Maria Marin, o costa-riquenho Eduardo Li, o venezuelano Rafael Esquivel, o uruguaio Eugenio Figueiredo.

O monopólio da corrupção não é latino-americano. O Brasil é 69º no ranking dos países mais corruptos, da Transparência Internacional. Empata na posição com a Itália, cujo campeonato passou afundar durante a operação mãos limpas, nos anos 90.

"Jogo Sujo" trata o suíço Blatter como líder da quadrilha. Os latinos estão até o pescoço nisso, porque os países sofrem de corrupção endêmica e porque a geografia facilita acordos no território dos EUA, lógica para o FBI atuar.

Mas não há cartola africano corrupto? Não pense que o futebol inglês estará livre de escândalos se a Scotland Yard investigar. Claro que há diferenças culturais. O Reino Unido é o 14º país menos corrupto e os EUA, o 17º.

Só por isso e porque o FBI investiga as negociatas ocorridas nos EUA, quem deve se preocupar mais é quem vive do lado de cá do Atlântico.

A corrupção existe no mundo todo. A diferença é onde há sistema para bloqueá-la. Em 2004, o presidente do Munique 1860, Karl Wildmoser, foi preso acusado de levar propina na construção da Allianz Arena, de Munique.

O FBI faz ao futebol o favor de anunciar que esse tipo de conduta não mais será tolerada. É provável que Blatter ganhe a eleição nesta sexta, mas não estampará sorriso tão largo quanto o que exibia no elevador em Maracaibo.
Herculano
29/05/2015 08:21
reeditado de ontem as 19h05min. E bomba hoje no noticiário nacional

NA HORA DO VOTO E DE NOS REPRESENTAR. DEPUTADO CATARINENSE É FLAGRADO VENDO PORNÔ E CULPA OS AMIGOS. "MANDA MUITA SACANAGEM". PODE?

O conteúdo é do jornal Folha de S.Paulo. O texto é de Ranier Bragon, da sucursal de Brasília. O plenário da Câmara votou na quarta (27) dois pontos cruciais da reforma política, mas o deputado João Rodrigues (PSD-SC) acabou não se concentrando cem por cento nos longuíssimos debates sobre financiamento privado, reeleição e afins.

Conforme imagens captadas e divulgadas pelo SBT, o parlamentar reservou parte da sessão para, ao lado de alguns colegas, ver fotos e vídeos pornô em seu celular. Nesta quinta (28), já em meio à repercussão da divulgação das imagens, ele jogou a culpa em amigos de um grupo de mensagens instantâneas.

"Nesses grupos de WhatsApp que eu tenho, todo mundo tem, tem muitos amigos que mandam muita sacanagem", afirmou por telefone o deputado, que tem 48 anos, é casado e tem duas filhas. "É um amigo de WhatsApp, e é frequente isso. Na verdade, quando são coisas impróprias, eu abro para ver do que se trata e vou apagando", acrescentou.

Integrante do chamado baixo clero da Câmara, que é o grupo majoritário de pouca expressão política nacional, Rodrigues é ex-radialista, está em seu segundo mandato como deputado federal e foi prefeito de Chapecó e Pinhalzinho, ambas em Santa Catarina.

Leia trechos da entrevista:

*

Folha - O SBT fez imagens do sr. vendo vídeo e fotos pornográficas durante a votação da reforma política. O que aconteceu, deputado?
João Rodrigues - Não cheguei a ver o vídeo [do SBT], mas o que ocorre: sou um deputado de Santa Catarina e, durante a sessão, as vezes, abro o WhatsApp para ver recados, informações. Bom, nesses grupos de WhatsApp que eu tenho, todo mundo tem, tem muitos amigos que mandam muita sacanagem. Quando abri o WhatsApp, realmente tinham postado um uma imagem imprópria. Cutuquei o deputado do lado e mostrei pra ele: 'Olha que merda que mandaram'. Ele olhou, riu, e eu apaguei. Porque quando eu chego em casa eu tenho uma filha de 10 anos que pega meu celular para brincar.

Foi um amigo do grupo que mandou então para o sr.
É, um amigo de WhatsApp, e é frequente isso. Na verdade, quando são coisas impróprias, eu abro para ver do que se trata e vou apagando.

O sr. já viu a repercussão desse vídeo na internet?
Isso aí gera constrangimento, e é óbvio que eu vou tomar providências jurídicas, porque violaram um equipamento privado. Segundo, a forma como está sendo colocada eu acho que está sendo equivocada. E terceiro, estou te contando um um fato que é um fato rotineiro. Eu não recebo imagem pornográfica e guardo. Eu abro o WhatsApp para ver do que se trata. E nesse caso cutuquei o deputado ao loado para mostrar: 'Olha o que me mandaram'. E quando vi eu apaguei. Foram várias. Umas dez imagens, eu apaguei todas.

Deu problema na família?
Sou casado, tenho duas filhas, sou um sujeito bem encaminhado. Agora, obviamente que haverá constrangimento, claro que haverá. Quando estou em casa, e a gente vai jantar, esse grupo do WhatsApp eu abro e mostro: 'Olha as coisas que me mandam'. Ela [a mulher] conhece esse grupo de WhatsApp. Mandam muita bobagem, mandaram recentemente uma imagem de uma pessoa famosa, e eu apaguei. Eu não armazeno esse tipo de coisa.

Que pessoa famosa?
Nua, não sei se é montagem. Várias. Tenho uma filha de dez anos que ela brinca com meu celular quando eu estou em casa...

O sr. acha correto ver isso no plenário, um local de exposição pública, durante votações?
No plenário eu abro informações diversas [no celular]. Quando abre o WhatsApp você não sabe o que está sendo postado, o WhatsApp não avisa o que é. Eu vi, e até botei [o aparelho] debaixo da mesa, para ninguém do lado de fora ver. Agora, com certeza gera constrangimento, obviamente que eu tenho que tomar minha providência jurídica. Quanto ao ambiente, quanto ao plenário, eu não sei qual é a mensagem, então eu abro e vou descartando. Recebo todos os dias, todas as horas muitas informações, de amigos, de prefeitos, fazendo pleitos, ou sugerindo: 'Deputado, cobra isso, fala aquilo', perguntando sobre reforma política.
Herculano
29/05/2015 08:17
ÓDIO A CUNHA É ÓDIO À DEMOCRACIA, por Reinaldo Azevedo para o jornal Folha de S.Paulo

O presidente da Câmara avançou mais em uma semana do que seus antecessores em 12 anos

Gosto da pauta - com exceções - e do estilo do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara. Há muito tempo não havia uma pessoa tão determinada e operosa sentada naquela cadeira, disposta a fazer uso das prerrogativas que lhe facultam a Constituição e as leis. E isso significa levar ao limite a independência do Poder Legislativo - ao menos no âmbito da Casa sob o seu comando.

Como sou um fanático da democracia representativa e um discípulo de Montesquieu, eu o aplaudo. E entendo que esquerdistas possam atacá-lo, não é? Sonham ver em seu lugar um militante socialista. Vamos fazer um acordo, camaradas? Primeiro vocês vençam a revolução e, depois, implementem o socialismo. Que tal? Enquanto não fizerem a primeira no berro, não tentem ter o segundo no... berro.

Sim, eu sei que Cunha é um dos investigados da Operação Lava Jato. Caso venha a ser colhido por algo que eventualmente tenha feito (ou que não tenha) - e torço para que seja inocente -, será uma pena. Em quatro meses, fez mais à frente da Câmara do que seus antecessores em 12 anos. Desde 2003, o PT chama a reforma política de a mãe de todas as reformas. Mas sempre a ignorou. Quando o partido resolveu cuidar do assunto, mandou o país às favas e pensou apenas num projeto continuísta. Deu-se mal, felizmente!

Na terça passada, a Câmara fez uma besteira e não deu os 308 votos necessários ao texto que constitucionalizava a contribuição de empresas a partidos e candidatos. Corrigiu, em grande parte, a tolice na quarta, permitindo tal modalidade de financiamento a partidos apenas, por 330 votos a 141. A imprensa, inclusive esta Folha, chamou essa votação de "manobra de Cunha". Se me demonstrarem que não foi regimental, também chamarei. Como foi, manobra não é.

Se alguém quer uma medida da bobagem feita na terça, basta atentar para o placar de outra votação, na quarta: 163 a favor do financiamento público de campanha e 240 contra. Huuummm... Levados a sério os dois resultados, não haveria nem dinheiro público nem dinheiro privado nas eleições. A grana viria de onde? Cairia do céu, como maná?

Felizmente, o PMDB e Cunha foram derrotados, sim, no embate sobre o distritão, que é pior, entendo, do que o sistema proporcional. Mas não me parece ter sido uma derrota pessoal. A Câmara deixou claro que não quer mudança nesse particular - afinal, as alternativas foram igualmente recusadas.

A Casa também se manifestou, por esmagadora maioria - 452 a 19 - em favor do fim da reeleição, à qual sempre me opus. Em 1997, os petistas chamaram a aprovação de tal emenda de "golpe". Era por oportunismo, não por princípio. Quando o instrumento passou a lhes ser útil, nunca mais falaram em extingui-lo. O expediente só nos trouxe malefícios. Seria muito bom ver o Parlamento brasileiro aprovar o mandato único de cinco anos para o Executivo - único mesmo, sem reeleição em qualquer tempo. Oxigenaria a política e ajudaria a pôr fim a zumbis como Lula.

Corrijo-me. Cunha avançou mais em uma semana do que seus antecessores em 12 anos. É o presidente legítimo da Câmara e exerce as suas prerrogativas dentro dos limites da institucionalidade. Se errou, que pague pelo que fez. Este texto trata do político que está acertando. Odiá-lo corresponde a odiar os fundamentos da própria democracia representativa. Enquanto as esquerdas não pegarem no berro, terão de se contentar com o berro. E com o voto.
Herculano
29/05/2015 08:11
PERGUNTA

Um leitor me liga, torcedor fanático do Vasco, simpático pelo Tupi, e diz que eu estou exagerando em republicar as notícias sobre as prisões dos dirigentes do futebol Mundial, inclusive do presidene da CBF, José Maria Marim.

"É dinheiro particular. Não pode comparar ao roubo do Petrolão que os políticos no poder tiram do governo para si e seus amigos".

Lamento continuar discordando. Os dois casos são graves e afetam as pessoas e o bem púbico.

No caso da corrupção no futebol é assunto particular, até sonegar e lavar dinheiro. É ai que entra o crime. Parte deste dinheiro deveria ser transformado em impostos para o governo em favor da sociedade. Outra parte alimenta os ilícitos e crimes, inclusive contra a vida. Então é uma questão de estado, de polícia e justiça.

No caso do petróleo, além de todos estes ingredientes, tem o agravante de que parte do dinheiro não só foi sonegado, lavado, mas também surrupiado dos cofres públicos onde estavam disponíveis para serem aplicados em Saúde Pública, Educação, Segurança, obras de infraestrutura.... Ou seja, no caso brasileiro, o roubo é de todos os lados.

No caso da Fifa e do futebol, é assunto particular, até se negar a pagar a parte que é de todos e ferir as leis de cada país. E quando isto acontece, é assunto público e da sociedade. Wake up, Brazil!
Herculano
29/05/2015 08:02
EM BUSCA DA SAÍDA, por Miriam Leitão

Uma das grandes dificuldades da economia é enfrentar a conjuntura como a que o Brasil vive este ano. Hoje, sairá o dado do PIB do primeiro trimestre, mas não precisamos de um número para saber que a economia está fria. Neste ambiente, o círculo da economia fica viciado em notícia ruim. A queda da atividade leva ao desemprego, que reduz o consumo e diminui a atividade.

Romper isso exige estímulo ao investimento, mas como incentivar as empresas, se o orçamento está sendo cortado e os mecanismos de financiamento se esgotaram? Por terem sido usados até a exaustão, fundos como o FAT, o FGTS, fundos regionais, programas como o PSI (Programa de Sustentação de Investimento, que implica em gasto público para subsidiar os juros), já não têm recursos. Mais recentemente, o Congresso decidiu que os depósitos judiciais podem ser usados para investimentos nos estados. As empresas de construção pedem para que seja ampliada a liberação dos compulsórios ao Banco Central, mas também lá não é possível.

O ministro da Fazenda avisou que o dinheiro acabou. E quando falou isso se referia a todos esses potes de recursos aos quais o setor privado costuma recorrer através de propostas de políticas setoriais. Veja-se o compulsório. Se o governo aceitasse a pressão por ampliar o volume de dinheiro que pode ser liberado através da rede bancaria para o crédito à habitação, aconteceriam três coisas: a Caixa aumentaria seus empréstimos, como sempre; os bancos privados encontrariam um jeito de usar os recursos liberados de forma mais rentável; a medida anularia parte do efeito da alta dos juros.

Esse último ponto é uma insensatez. Se mais compulsório for liberado, o próprio governo estará neutralizando a parte boa dos juros altos, que é o combate à inflação, e ficará só com a parte ruim, que é a elevação das despesas financeiras do governo.

Vamos supor que houvesse recursos nos fundos e nos mecanismos de financiamento com recursos públicos. O governo não poderia estimular a economia, porque tem que combater a inflação que está em 8%. E ela está nas alturas porque a nova equipe econômica decidiu corrigir as distorções de preços relativos causadas pela intervenção no setor de energia. O tarifaço é amargo para as famílias, mas tem a vantagem de reequilibrar as empresas e trazer o realismo para um mercado que estava totalmente artificial desde a MP 579.

Quando o governo está diante desses dois problemas - inflação e ambiente recessivo - é difícil saber qual é o tratamento certo, porque o remédio para um piora o outro. Se, além de tudo, há uma crise fiscal, o quadro fica mais complicado, porque o governo toma medidas que aprofundam o clima de baixo ritmo de atividade econômica, como cortes de gastos, redução de investimentos e aumento de impostos.

Uma conjuntura assim, cheia de asperezas e desconfortos, derruba a popularidade de qualquer governo. Piora muito se o governo em questão já estiver enfrentando uma onda de rejeição por uma campanha eleitoral desastrada, em que prometeu o que não poderia cumprir, investiu contra adversários com falsas acusações e usou truques de marketing.

Isso seria suficientemente ruim por si só. Mas há também o vento contra que vem de fora. Os preços dos produtos que o país exporta caíram, e há no horizonte risco de que os capitais saiam de países emergentes em busca de portos mais seguros. O dado divulgado esta semana pelo BC mostra que, de janeiro a abril, foi 36% menor o investimento estrangeiro direto, e ele só cobriu pouco mais da metade do nosso déficit externo.

O Brasil está enfrentando tudo isso ao mesmo tempo: crise fiscal, desaceleração econômica, inflação alta e ventos adversos.

A briga intestina do PT, entre a atual governante e seu antecessor, ou seja, entre criador e criatura, produziu uma facção que defende a troca do ministro da Fazenda como caminho para uma nova política econômica que evitará todos esses problemas através de remédios indolores. Ilusão.

Os dois juntos, criador e criatura, nos trouxeram até aqui. O ex-presidente Lula produziu uma bolha em 2010 para eleger sua sucessora, que não quis ajustar a economia enquanto teve tempo e era mais fácil. Com ou sem Levy, o ajuste é inevitável. A briga interna só piora a conjuntura.
Herculano
29/05/2015 08:00
ATÉ JULHO AS OBRAS DA PONTE DO VALE RECOMEÇAM. ENTÃO A OBRIGAÇÃO É FISCALIZAR PARA QUE NÃO SE TORNE MAIS UMA BRAVATA.

Três instantes. O primeiro deles.

Ontem, um leitor que não quis se identificar além de Girino Macho, escreveu neste espaço: Verdade que veio o dim dim da Ponte e que foi o prefeito que conseguiu? Mas mas que o min fas cidades G Kassaba ouviu os vereadores Bricky e Borges para eles ganharem votos na proxima? Sera isso possivel?

Três instantes. O segundo deles.

Depois do alerta do Girino de ver as manchetes arranjadas em Brasília campeando por aqui, sem que se fizesse alguma pergunta, produzi ste comentário

O GERINO E O SAPO

Um petista que tem vergonha de assim ser diante de tqantas sacanagens contra os brasileiros, está exultante que R$5,2 milhões da verba da ponte do Vale foi anunciada, mais uma vez, como liberada.

1. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, está em Brasília fazendo "protesto", contra o PT que tanto aplaude, na segunda viagem de maio a Capital Federal, onde está consumindo diárias daqui.

2. Então para justificar, Zuchi precisa criar factoides, coisas próprias do PT para os analfabetos, ignorantes, desinformados e os girinos machos.

3. Esta notícia que se espalha mais uma vez em Gaspar está atrasada um mês. Os vereadores Marcelo de Souza Brick e Giovânio Borges, ambos do PSD, já fizeram isto, depois de falarem pessoalmente com o presidente do partido, Gilberto Kassab, travestido de ministro das Cidades, o dono da liberação da verba que o governo de Dilma Rousseff, PT, segura por anos afio contra os gasparenses e os filhos do Vale do Itajaí.

4. Notícia de verdade era afirmar que os R$14,7milhões empenhados e que nem dá para pagar o que se deve é foram todos liberados. Esta, sim, seria notícia nova e diferente das que os vereadores já passaram para a comunidade.

5.Manchete da redenção de Zuchi e do PT de Gaspar seria: "Artepa Martins anuncia a reativação do canteiro de obras da ponte do Vale para a semana que vem e marca data para a entrega da obra". Esta manchete ninguém tem coragem de fazê-la. E por que? Porque é coisa de Sapo e não de Girino. Acorda, Gaspar!

Três instantes. O terceiro deles.

Depois deste comentário, começou a circular esta manchete em Gaspar: "Obras da Ponte do Vale podem recomeçar em Julho". É uma boa aposta. E quem vai ganhar? Os gasparenses, naturalmente. Agora é conferir o que já se atrasa por três anos em manchetes feitas por políticos acostumados as bravatas, discursos e entrevistas para analfabetos, ignorantes, desinformados, mansos ouvirem
Herculan
29/05/2015 07:49
A POLÍCIA DO MUNDO, por Hélio Schwartsman para o jornal Folha de S. Paulo

Os americanos são bons. Há décadas ouço falar em sacanagens na Fifa e muito pouco, para não dizer nada, acontecia em termos de investigações e trâmites judiciais. Bastou o FBI entrar na jogada para que histórias de malfeitos fossem levantadas em seus pormenores, provas produzidas, indiciamentos preparados e dirigentes da federação presos --aqui com a colaboração da polícia suíça.

Olhando apenas para os resultados, é difícil não aplaudir a atuação dos norte-americanos. Mas - sempre há um "mas" - preocupa-me a desenvoltura com a qual os EUA vem desempenhando o papel de polícia do mundo. Em alguns dos casos, é difícil acreditar que os tribunais norte-americanos sejam a parte mais legítima para julgar os acusados. Trata-se, afinal, de cidadãos de outras nacionalidades e que cometeram os supostos delitos fora dos EUA.

O que os aproxima da jurisdição americana é o fato de que muitas das transações financeiras feitas pelos acusados terem passado por bancos e empresas que tenham pelo menos uma filial em território estadunidense. Considerando que os EUA são a maior economia do planeta, aceitar que isso é o bastante para assegurar a competência das cortes americanas para agir colocaria o mundo inteiro sob o tacão de Washington, o que não me parece uma boa ideia.

Enquanto os americanos estão atrás do Exército Islâmico ou livrando o futebol da máfia que se apoderou da Fifa, achamos tudo ótimo, mas é complicado conceder tanto poder a um só país, especialmente quando não participamos de seu processo legislativo. Pelas leis dos EUA a prostituição é crime. Isso daria a Washington o direito de caçar qualquer garota de programa do mundo que tenha feito depósitos num Citibank? Parece-me mais prudente insistir em regras mais territoriais para estabelecer a jurisdição. Nada impede que o FBI partilhe com países interessados as boas investigações que faz.
Herculano
29/05/2015 07:46
ANDRÉ VARGAS FEZ LISTA DAS PROPINAS QUE RECEBEU, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A Polícia Federal apreendeu no computador pessoal do ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR) uma planilha com as empresas suspeitas de pagar propina ao político desde dezembro de 2011, durante seu mandato, e até 28 de março de 2014, onze dias depois da Operação Lava Jato. No total, 193 empresas pagaram à LSI Solução em Serviços Empresariais Ltda, de Vargas, um total de R$ 3.170.292,02.

PROPINA COM NOTA FISCAL
Parte da lista da corrupção é de fornecedores que pagavam à LSI, de André Vargas, as comissões devidas à Borghi/Lowe Propaganda.

LOBBY PODEROSO
A suspeita na Lava Jato é que a agência de propaganda Borghi/Lowe obteve contrato milionário na Caixa graças ao lobby de André Vargas.

TEM DE TUDO
Entre as empresas da planilha de André Vargas estão fornecedoras da Borghi/ Lowe e também outras empresas com interesses no governo.

ACUSAÇÕES
André Vargas, ainda preso, foi denunciado pelo Ministério Público, este mês, por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

TC: ROLLEMBERG ENCONTROU R$ 1,4 BI EM CAIXA
O Tribunal de Contas pegou o governo do DF na mentira. Auditoria contábil-financeira constatou que a disponibilidade de caixa, no início do governo, era de R$ 1,4 bilhão, e não R$ 64 mil, que o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) citou para ilustrar o "desgoverno" de Agnelo Queiroz (PT), o antecessor. Na época, o portal DiáriodoPoder.com.br apurou e divulgou o saldo correto, destaca o relatório do TC-DF.

ELEGÂNCIA
Apesar do flagrante, o relatório do TC foi elegante com o governo: atribui o erro a "equívoco metodológico".

ERA VERDADE
O deputado Chico Vigilante (PT) apontava o saldo bilionário, quando Rollemberg assumiu. O TCDF atestou que ele dizia a verdade.

PRETEXTO OFICIAL
Rollemberg disse que não encontrou dinheiro em caixa ao justificar o não pagamento de salários, do 13º e de fornecedores do governo.

NOVA INDICAÇÃO PARA OEA
O governo articula no Senado a indicação da ministra Izabela Teixeira (Meio Ambiente) para chefiar a missão do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA), após a rejeição de Guilherme Patriota.

FIM DA NORMA
A ministra Izabela Teixeira é do tipo gente boa, mas sua eventual indicação à OEA pode criar problemas no Itamaraty, que se orgulha de uma conquista, estabelecida no governo Lula, de indicar só diplomatas de carreira para cargos de representação do Brasil no exterior.

PORTAS DO INFERNO
O Planalto, que aposta na briga da dupla, anda borocoxô com a súbita aproximação de Renan Calheiros (AL) e Eduardo Cunha (RJ). Dilma sabe que, juntos, eles podem abrir as portas do inferno para o governo.

ADMITE, MAS NÃO GOSTA
João Rodrigues (PSD-SC) causou constrangimento na Câmara: foi flagrado curtindo vídeo pornô em plena discussão da reforma política. Ele admitiu ter visto as imagens, mas reclamou do SBT, que o flagrou.

NOVA GERAÇÃO
A direção nacional do PSDB concentra as esperanças da oposição na nova geração de políticos, na qual se destaca o prefeito de Maceió, Rui Palmeira. É filho de Guilherme Palmeira, ministro aposentado do TCU.

FIM DAS EMENDAS?
Jerônimo Goergen (PP-RS) quer o apoio de prefeitos à PEC que acaba com as emendas parlamentares, transferindo o recurso para o Fundo de Participação dos Municípios. Ele prometeu falar na Marcha dos Prefeitos.

DINO CONTINUA INVICTO
O clã Sarney deixou o governo estadual, mas mantém influência no federal, apesar de José Sarney e a filha Roseana não terem mandato. O governador Flávio Dino (PCdoB), que os derrotou, não conseguiu indicar ninguém para cargo federal do Maranhão.

KASSAB EMPAREDADO
O PMDB avalia que Eduardo Cunha conseguiu o que mais queria na reforma política: deixou uma só janela de transferência para políticos trocarem de partidos e emparedou o ministro Gilberto Kassab.

PENSANDO BEM...
...durante a campanha presidencial, a única afirmação de Dilma confirmada pelos fatos foi a de que seu governo seria "padrão Fifa".
Herculano
29/05/2015 07:41
SOBRE ALMOÇO GRÁTIS, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Com a credibilidade já comprometida pelas mentiras que sustentou durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff deveria pensar duas vezes antes de se expor ao ridículo de garantir que não há desentendimento entre os dois principais membros da equipe econômica a respeito das propostas de ajuste fiscal. Em entrevista à imprensa na Cidade do México, a presidente da República garantiu que os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, mantêm uma relação "extremamente estável", sem divergências.

Seria mais sensato ela admitir o que todo mundo sabe: Levy e Barbosa, pela boa razão de que representam pensamentos econômicos diferentes, o primeiro "ortodoxo" e o segundo "desenvolvimentista", divergem, sim, a respeito de medidas necessárias ao saneamento das contas públicas. No entanto - e aí a presidente da República estaria afirmando sua autoridade sem ter de mentir -, acima das eventuais divergências entre os dois ministros está a posição do governo claramente definida nas propostas do ajuste e é essa que prevalece. Até porque, ao que tudo indica, a presidente está efetivamente determinada a assumir agora o ônus de medidas impopulares, para recolher, até o fim do mandato, o bônus da retomada do desenvolvimento econômico e da ampliação dos programas sociais. Resta saber se terá competência para tanto.

Provavelmente muito antes de sua reeleição Dilma já sabia que, se permanecesse no Planalto, teria de fazer exatamente o oposto daquilo que o marketing eleitoral petista a obrigava a dizer e conformar-se em adotar medidas duras de saneamento das contas públicas para tirar o País do buraco em que ela própria o metera com a gastança desenfreada no primeiro mandato. E é claro que, até para conferir credibilidade a essa reviravolta, teria de vencer as resistências de seu próprio partido e colocar à frente da equipe econômica alguém com perfil compatível com a tarefa. E Joaquim Levy se tornou ministro da Fazenda.

O PT, como era de esperar, reagiu com grande contrariedade à nomeação de um "liberal" para o comando da equipe econômica e exigiu a presença de um dos seus no Planejamento. E Dilma convocou Nelson Barbosa. Com o passar do tempo, as óbvias divergências entre os dois e o acirramento das discussões em torno da votação do ajuste fiscal no Congresso estimularam alguns petistas, movidos por razões diversas, a levar a público as contradições entre as propostas do governo e as bandeiras partidárias.

Num ambiente político em que predominam os interesses imediatos de um patrimonialismo secular e, marginalmente, o sectarismo ideológico a serviço da utopia, seria demais imaginar que o PT se dispusesse a parar de pensar por um momento em seu projeto de poder para se preocupar com o futuro do País à beira do colapso econômico. O máximo que um pragmatismo irresponsável tem conseguido dos petistas - e eles passaram a impor ao governo - é que, em troca do apoio necessário à aprovação no Congresso do ajuste fiscal, seja tolerado que eles mantenham em público a retórica populista de "defesa dos interesses dos trabalhadores". É uma contradição, claro, mas certamente a maioria dos petistas confia, com base na experiência de 12 anos no poder, em que a retórica tem maior poder de persuasão do que os fatos. Não é o que, felizmente, indicam as mais recentes pesquisas de opinião.

De qualquer modo, é alentador saber que Dilma Rousseff estaria efetivamente decidida a, numa eventual queda de braço com o PT, bancar a manutenção de Joaquim Levy e sua política de austeridade no comando da equipe econômica, segundo informação do jornal Valor. "Hoje, se ela tiver que decidir entre o Levy e o Nelson, não tenha dúvida, sai o Nelson", declarou ao jornal fonte autorizada do alto escalão petista. Faz sentido. Afinal, a gravidade da crise de gestão que o governo enfrenta não deixa alternativa senão a adoção, tão rápida quanto possível, de medidas de rigor fiscal que permitam, na melhor das hipóteses no médio prazo, reverter a situação e iniciar a retomada do crescimento econômico. O choque de impopularidade que Dilma tem experimentado nos últimos meses pode tê-la convencido de que ela não tem mais nada a perder, e o Brasil tem tudo a ganhar, se começar a levar a sério um aforismo que a esquerda abomina: não existe almoço grátis.
Herculano
29/05/2015 07:36
A MÁSCARA NÃO SERVE, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Rejeitando medidas de ajuste econômico no Senado, PSDB parece adotar a tática do "quanto pior, melhor", que tanto criticou no passado

Poucos congressistas se dispõem a diminuir benefícios sociais já consagrados na legislação, por mais irrealistas e contraproducentes que possam ser.

Foi portanto necessária muita pressão do Executivo, ademais de alguma consciência da absoluta necessidade de um ajuste nas contas públicas, para que o Senado viesse finalmente a aprovar, nesta semana, as medidas preconizadas pelo Ministério da Fazenda.

O pacote era certamente impopular, ainda que seu teor tivesse conhecido alguma diluição em relação à proposta original.

Dentro de um contexto em que se impunha recuperar com urgência a saúde da economia nacional, não se pode classificar como draconianas ou indiscriminadas as restrições agora efetuadas.

Tome-se, por exemplo, o benefício da pensão em caso de morte. Até o momento, era concedido em sua integralidade ao cônjuge, sem que se calculasse o tempo mínimo de casamento ou de contribuição.

Ajustaram-se minimamente os mecanismos legais. Fica estipulado o prazo de 18 meses de contribuição, e de dois anos de união, para que o cônjuge enlutado receba o benefício. Haverá também de ser proporcional à sua idade, sendo recebido vitaliciamente apenas por quem tiver 44 anos ou mais ao perder o companheiro.

Modificações desse tipo não representam violências gritantes contra o trabalhador - muito menos dada a economia proporcionada aos cofres públicos -, ainda que envolvam um quinhão de sacrifícios com que antes não se contava.

Por legítimas que sejam as críticas quanto à irresponsabilidade do primeiro governo Dilma Rousseff (PT) no manejo das contas públicas, e por mais diversas que se afigurem as alternativas hipotéticas aos cortes e ajustes, era necessário que o Legislativo os aprovasse - e a maioria terminou cedendo a esse imperativo.

Não foi o que aconteceu, porém, com o PSDB. O partido de Aécio Neves - que sem dúvida teria encaminhado propostas de austeridade semelhantes caso eleito para a Presidência - negou seus votos para o ajuste. Reeditou, com isso, a atitude que tanto criticava no PT de outros tempos: a tática do "quanto pior, melhor".

Não parece ser vocação dos tucanos ou de parte significativa de seu eleitorado deixar-se seduzir pelo populismo sindical e pela ignorância das leis da aritmética.

Em recente propaganda política veiculada em rádio e TV, o PSDB anunciava um lema: "Ser oposição não é dizer não a tudo. É ser a favor do país". Diante do ajuste econômico, contudo, eis que o partido se desacredita de modo notável. A máscara não lhe pertence; não terá nem mesmo ganho mais votos ao usá-la nesse baile

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