Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

05/06/2015

herculano1GG.jpgILHOTA EM CHAMAS I

O presidente do PSD de Gaspar, Fernando Neves, pediu demissão da secretaria de Assistência Social de Ilhota onde estava há 11 meses. Aparentemente uma ação política normal. Todavia, em outras circunstâncias, Fernando fez um longo discurso público no Facebook ao seu ?irmão? e prefeito Daniel Christian Bosi. Agradeceu e festejou o que fizeram pelos ilhotenses (?). Fernando foi o guru da candidatura de Bosi, coordenador da campanha vencedora e o primeiro secretário de Administração (um ano e seis meses), de onde vêm a maior parte das dúvidas que foram parar no Ministério Público e que cuida da moralidade pública. 

ILHOTA EM CHAMAS II

Mas, o que está por detrás da demissão do Fernando? A possível candidatura de Marcelo de Souza Brick, PSD, a prefeito de Gaspar no ano que vem. Fernando tinha uma tendência à coordenar o processo. E o seu nome ligado às dúvidas da gestão de Ilhota queimam esta pretensão e dá munição aos adversários, principalmente o PMDB e o PT. Eles têm interesse num PSD e seu candidato, seja quem for, fracos. Marcelo chegou até a pedir conselhos a Daniel (foto postada no seu Instagran). Hoje ele quer ver a foto deste dia apagada da memória virtual e das lembranças dos eleitores. Será por que? Acorda, Gaspar! 

O CLAMOR AMBIENTAL

Hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente. O gerente de Meio Ambiente de Gaspar, Daniel Fernandes Cardoso, lembra para a reflexão deste dia, as opiniões de Lucia Sevegnani, professora e ambientalista à frente da Acaprema. Ela morou por muito anos no bairro Bela Vista e faleceu recentemente. Para ela, o drama do Vale do Itajaí deveria ser uma oportunidade para planejar a cidade e região em outros moldes, adequados a sua realidade geográfica e climática. ?Reconstruir a cidade precisa ser pensado. Precisamos de políticas Públicas para direcionar os investimentos e não repetir os mesmo erros?, referindo às feridas e às catástrofes. Gaspar parece que não a ouviu ainda. Sozinho, Daniel não irá longe neste desafio que é de todos nós. 

VERBA DA PONTE I

O PT mandou espalhar que a verba da ponte do Vale está trancada em Brasília por ação dos vereadores Marcelo de Souza Brick e Giovânio Borges, ambos do PSD. É mentira e golpe rasteiro para enganar e manipular analfabetos, ignorantes e desinformados. O PT está tornando os vereadores mais poderosos do que nunca pretenderam ser. O PMDB ,em silêncio, usufrui dos dividendos, se não estiver jogando junto. Esta é uma pequena amostra de como será a campanha do ano que vem. 

VERBA DA PONTE II

Como já escrevi aqui, o único culpado é o PT. Ele é o dono do dinheiro (e o PMDB do vice Michel Temer agora é o articulador político) e não libera em Brasília para o ministério das Cidades tocado por Gilberto Kassab, PSD, a ligação com os vereadores de Gaspar. Quando teve oportunidade, fez palanque e nada liberou, nem mesmo quando o PP de João Alberto Pizzolatti e José Hilário Melato, mandavam e desmandavam naquele ministério. Além disso, quem disse a Brasília que Gaspar tinha R$22 milhões para terminar a ponte foi o próprio prefeito Pedro Celso Zuchi, num documento que assinou. 

herculano2GG.jpgO PSD unido na convenção. Na foto desta semana com o governador Raimundo Colombo, o homem do planejamento, João Roberto, e o prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi; os vereadores gasparenses Giovânio Borges e Marcelo de Souza Brick, com o amigo comum Felipe Elias. Eles simbolicamente seguram o PSD regional. Então, perguntar não ofende. O que o governo do estado e especialmente o PSD e o governador Raimundo Colombo fez por Gaspar em cinco anos? A principal obra foi colocar no lixo o projeto do Anel de Contorno e ?transferir? as verbas para Blumenau onde há mais votos. 

TRAPICHE

Contagem regressiva. Em julho recomeçam as obras da ponte do Vale (prefeito Pedro Celso Zuchi, PT). 

O PT precisa se reinventar, segundo o presidente estadual Cláudio Vignatti ao concluir o Congresso Estadual do partido. O mestre Doraci Vanz e o presidente local, José Amarildo Rampelotti, estavam lá. Ouviram. Nada comentaram. E o discurso continua o mesmo. 

Ilhota em chamas. Além da saída de Fernando Neves, o prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, promoveu outras alterações no seu governo. Quem procurou saber disso no Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet, não tem hora para sair e é difícil de acessá-lo ?, não encontrou as tais mudanças anunciadas.

A campanha eleitoral já começou em Gaspar. Como antes e do pior modo possível. O PMDB está fazendo reuniões e recentemente prometeu R$10 mil para uma entidade arrumar a sua sede social. Ao menos é isso que o seu presidente está contando aos seus associados na propaganda fora de hora.

O registrador de imóveis Renato Benucci e o promotor Henrique da Rosa Ziesemer estiveram na Câmara de Ilhota para explicar aos vereadores e à comunidade a razão pela qual algumas ruas têm o impedimento para novas construções e porque muitos imóveis estão irregulares por lá, numa denúncia feito pelo atual prefeito Ministério Público

Lá pelas tantas, alguém perguntou: ?quais os instrumentos do cidadão para solução??. Doutor Henrique enumerou os caminhos técnicos, os legais, mas acrescentou: ?o voto?. Para ele, as escolhas que fazemos podem ajudar a evitar problemas que possuem origem na irresponsabilidade do agente político e público para com a cidade, os cidadãos e à cidadania. 

Concorrente. Franciele Back, então assessora parlamentar do vereador Jaime Kirchner, PMDB, e representante do Belchior, acaba de deixá-lo. Ela quer ser candidata a vereadora. Ela jurou voto a Kleber Edson Wan Dall, mas namora o PSDB que a estimula

Se a moda pega. Os vereadores de Gaspar foram comunicados que deveriam dividir as despesas do coquetel oferecido na entrega de títulos honoríficos. Havia resolução da mesa autorizando verba especifica para o evento. Então alguém precisa explicar esta duplicidade. 

 Arrogantes. O PT, PMDB e PSD se acham os únicos capazes de terem candidatos por aqui. Os outros, têm que aderir, ou com alguma sorte, dar o vice que será anulado depois de buscar votos. Uma consulta esotérica poderia ser reveladora para alguns. 

 Uma pesquisa não oficial que circula em Ilhota da conta que aprovação do governo de Daniel Christian Bosi, PSD, é tão baixa quanto a de Dilma Vana Rousseff, PT. Uma outra de Gaspar é guardada às sete chaves. Será por que? Acorda, Gaspar! 

Primeiro de junho: 25 anos ininterruptos do Jornal Cruzeiro do Vale. Depois dele, Gaspar nunca foi a mesma. Nem Ilhota. A ideia surgiu e permanece com Gilberto Schmitt. Há um jornalismo referência. Há uma integração com a sociedade. Há liderança. Há credibilidade.

 

Edição 1693

Comentários

Miguel José Teixeira
08/06/2015 14:44
Senhores,

Da série perguntar não ofende:
será que a dilmaracutaia sabe que, andar de bicicleta exige mais do que aplicar "pedaladas"???
sidnei luis reinert
08/06/2015 12:38
Recado de Dirceu, avisando que ele, Lula e Dilma estão no mesmo saco, significa risco de cadeia para todos?


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Luiz Inácio Lula da Silva pode ter prolongado seus segundinhos de fama na 39a Conferência das Organizações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, na Itália, onde chegou depois de uma vaia no aeroporto e após refúgio na cabine do avião. No entanto, o brilho do final de semana de Lula foi completamente ofuscado por uma matéria plantada pelo estrategista José Dirceu de Oliveira e Silva, citado por amigos como fontes, para mandar um recado importante ao chefão-mor do PT: ?De que serve toda covardia que o Lula e a Dilma fizeram na ação penal 470 e estão repetindo na Lava Jato? Agora estamos todos no mesmo saco, eu, o Lula, a Dilma?.

Na mesma reportagem, os "amigos" de Dirceu reproduzem o temor dele em voltar à prisão, depois de 11 meses na Papuda, em função das investigações da Operação Lava Jato. ?Querem me condenar ou me colocar outra vez na cadeia. Imagine o estardalhaço?. O medo de voltar ao cárcere é a principal motivação do recadinho dado a Lula e Dilma - agora "todos no mesmo saco", na visão terceirizada pelo ideólogo Dirceu. Só faltou ele prever e explicitar que Lula corre risco também de ver o sol nascer quadrado, na hora em que a Lava Jato chegar ao ponto de ebulição, o que estaria programado para os próximos 90 dias...

Dirceu aproveitou até a entrevista dada por amigos, certamente com todo aval dele, para desdenhar da candidatura de Lula à Presidência no distante ano de 2018. Dirceu só ressalvou que Lula pode ser beneficiado pela leniência do PT em relação a sua liderança: ?Se chegar em maio de 2018 e o Lula disser que é candidato ninguém vai se opor?. Na reportagem do Estadão, assinada por Ricardo Galhardo, Dirceu também fez uma previsão sobre o futuro próximo do PT: "Para Dirceu, o processo de reorganização do PT ?é coisa para 4, 6 ou 8 anos?. Ele prevê que em 2016 o partido conquiste menos de 10% dos votos nas eleições municipais, uma redução em relação aos 13% alcançados em 2012".

A vantagem de tudo é que, como foi um "amigo" que falou mal de Lula para a reportagem, se for conveniente mais adiante, Dirceu pode declarar que não sabia de nada do que foi dito...

Mais detonação

Outra matéria do mesmo Estadão de domingo também detona Lula:

"À medida em que a popularidade de Lula - e seus índices de intenção de votos - são corroídos pelas denúncias de corrupção na Petrobrás, trapalhadas do governo Dilma Rousseff e pelo fraco desempenho da economia, as reclamações em relação ao líder máximo do PT afloram".

"Nas últimas semanas virou moda no PT dizer que o grande erro do partido foi ter promovido a ascensão social de milhões de brasileiros sem, no entanto, politizar esta fatia do eleitorado. No passivo de Lula também consta não ter feito a reforma política no momento em que os ventos sopravam a favor. Há ainda o fantasma de que Lula seja envolvido em investigações sobre corrupção, embora até hoje não existam provas contra ele".
Agente a favor do cão. Piada.
08/06/2015 10:47
Eu desisto. Desisto de acreditar no Legislativo. O Agente vereador, lança um projeto que segundo ele: "A nossa proposta tem como foco principal o respeito pela profissão do vigilante." E o respeito com a profissão de agente? E o respeito com a verba que entra na DITRAN? E o respeito com o cartão ponto? E o respeito com estrutura toda apodrecida? E o respeito com os outros servidores deste departamento? E o respeito com o apadrinhamento de horas extras?

Respeito? Eleição chegando, e estar sempre na mídia é a estratégia. Mais que tal cuidar de casa (DITRAN) antes de querer cuidar do resto.
Herculano
08/06/2015 07:52
CUSPINDO NO PRATO EM QUE COMEU, por Valdo Cruz para o jornal Folha de S. Paulo

Dilma, todos sabem, sempre teve uma relação para lá de conflituosa com o seu atual partido, o PT. Só que os dois, hoje, dependem mais do que nunca um do outro para sobreviver à crise atual.

É o que a cúpula do PT, depois de ensaiar torpedear a presidente, com ajuda até do seu criador, Lula, busca convencer petistas às vésperas de mais um Congresso da sigla, que acontece nesta semana na Bahia.

O PT, hoje, não se enxerga no governo Dilma. Algumas alas do partido resistem ao pedido de trégua articulado nos bastidores. Querem bater pesado no rumo adotado no segundo mandato. Para eles, isto sim é que vai causar a ruína do partido.

Engraçado que, no fundo, o que a turma do PT anda fazendo é algo como cuspir no próprio prato que andou comendo e que, sem ele, estaria hoje fora do Palácio do Planalto.

Não fossem a gastança desenfreada do final do primeiro mandato, as tentativas artificiais de segurar a inflação e a concessão generosa de benefícios trabalhistas numa fase de quase pleno emprego, dificilmente Dilma teria sido reeleita.

Só que, agora, é hora de lavar o prato sujo deixado em cima da pia depois da reeleição. Não dá para ignorá-lo. Sua sujeira entupiu os canos da economia. A conta está aí, inflação alta, juros nas alturas, desemprego elevado, país estagnado.

Enquanto a faxina está em curso, Dilma vai tentar reduzir a chiadeira de sua turma dando uma lustrada na casa para torná-la mais atraente. Vai lançar seu novo programa de concessões nesta terça-feira (9).

Aí, as queixas são do setor privado, desconfiado do que será divulgado. Falta crédito, e o empresariado quer saber se a Dilma intervencionista ficará de fora desta vez.

Enfim, a vida da presidente petista não está nada fácil. A economia deve parar de piorar só no segundo semestre. Até lá, o fogo amigo tende a aumentar. Mas não há outra saída a não ser, primeiro, arrumar a bagunça deixada pelo próprio PT.
Herculano
08/06/2015 07:38
MPF SEGUE O DINHEIRO E ABRE CAIXA PRETA DO BNDES, por Cláudio Humberto na coluna que publicou nesta segunda-feira nos jornais brasileiros

Para abrir a "caixa preta" do BNDES e investigar minuciosamente mais de 50 contratos, metade deles no exterior, encontrando motivos para os mais de 60 pedidos de prisão de diretores e executivos do banco e de empresários beneficiados por financiamentos, procuradores do MPF (Ministério Público Federal) adotaram a antiga estratégia preconizada por investigadores de crimes financeiros: seguiram o dinheiro.

Dinheiro de graça
Com longo prazo de carência, juros irrisórios e contratos secretos, os financiamentos do BNDES no exterior são considerados irrecusáveis.

Venda casada
O MPF apura se obras com financiamento de pai para filho no exterior foram condicionadas à contratação de empreiteiras como a Odebrecht.

O crime perfeito
Obras bancadas pelo BNDES no exterior não são auditadas no Brasil, nem órgãos de controle como TCU ou MPF podem fiscalizá-las lá fora.

Alma lavada
A devassa do MPF no BNDES lava a alma dos ministros do Tribunal de Contas da União. A caixa preta do banco parecia ter algo a esconder.

CUSTO DAS BANCADAS É ALTO EM QUALQUER PARTIDO
Deputados federais têm até R$ 45 mil por mês de verba indenizatória, valor cedido a cada parlamentar para "compensar" gastos aleatórios. Até maio deste ano, a "cota parlamentar" custou ao contribuinte R$ 46 milhões. As bancadas petista e tucana gastaram R$ 6,4 milhões e R$ 4,3 milhões, respectivamente. Sibá Machado, líder do PT, já pediu R$ 158,1 mil em ressarcimentos e o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), R$ 110,2 mil. O DEM já utilizou R$ 1,9 milhão e PCdoB, R$ 1,3 milhão.

Nos dois lados
O deputado Mendonça Filho (DEM-PE), líder dos democratas, usou R$ 82.329,18; e a líder do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), R$ 97.596,53.

Gastos nanicos
O PEN, formado por apenas dois deputados, gastou R$ 222,6 mil, mais da metade na conta do líder, Júnior Marreca (MA): R$ 139,2 mil.

Na nossa conta
Se o ritmo de gastança da cota continuar, a Câmara vai torrar cerca de R$ 140 milhões até o fim do ano só em gastos aleatórios de deputados.

Pulando do barco
Declarações do governador Geraldo Alckmin (SP) contra o fim da reeleição expõem o desgaste entre deputados e senadores tucanos. Parlamentares começam a abandonar o barco de Aécio Neves.

Também lá
O banqueiro André Esteves enfrenta uma bronca judicial na China. Seu banco BTG Pactual é objeto de carta rogatória recebida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) do Alto Juizado de Hong Kong.

Ousadia petista
Petistas são ousados, como mostram seus escândalos. Integra agora o Conselho de Recursos da Previdência Complemenar, o "Carf" dos fundos de pensão, Gema de Jesus Ribeiro Martins, mulher de Sérgio Rosa, que presidiu a Previ, o enroladíssimo fundo do Banco do Brasil.

Tá feia coisa
Alô, Banco Central: o banco Santander deve estar com a corda no pescoço. Contratou biroscas de cobrança não para cobrar clientes em atraso, mas para atormentá-los no exato dia do vencimento de boletos.

Conta outra, BB
O Banco do Brasil desocupou um edifício de 20 andares em Brasília e alugou torre inteira em um shopping novo em São Paulo, mas nega planos de esvaziar a sede da Capital. Ninguém acredita em duendes.

Chacrete
Depois do PR lançar o fenômeno puxador de votos Tiririca e o PRB conseguir emplacar Sérgio Reis na Câmara, o PTB já tem uma celebridade para chamar de sua, Rita Cadillac se filiou ao partido.

Lista tríplice
O ex-juiz do TRE-DF Evandro Pertence, filho do ministro Sepúlveda Pertence, a advogada Daniane Maangia Furtado e o próprio ministro Admar Gonzaga, que hoje ocupa a vaga, estarão na lista tríplice para a vaga de ministro-substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Crime hediondo
Está na pauta do plenário, no Senado, o projeto que torna crime hediondo o assassinato de policiais e seus familiares. As penas por lesão corporal grave também serão aumentadas de um a dois terços.

Ele é o cara
O escândalo do mensalão completa dez anos, e começou quase simultaneamente ao petrolão. Ambos no primeiro governo Lula.
Herculano
07/06/2015 21:30
BNDES, O BANCO CAMARADA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) publicou anúncio nos jornais em que diz ser "um livro aberto para os brasileiros", acentua seu "compromisso com a transparência" e oferece ao público a possibilidade de conhecer "detalhes sobre nossos financiamentos, inclusive operações internacionais".

Trata-se de uma reação às suspeitas de que o BNDES usava o sigilo bancário para não ter de explicar aos contribuintes os obscuros critérios que adota ao conceder financiamentos. No entanto, as primeiras luzes lançadas sobre seus negócios, em lugar de acabar com as dúvidas, aumentaram a sensação de que o banco tornou secundárias as ponderações técnicas ao fazer suas escolhas, deixando prevalecer critérios ideológicos e políticos.

Na terça-feira passada, o BNDES tornou disponíveis em seu site informações sobre os financiamentos concedidos nos últimos oito anos para obras no exterior. Os dados indicam que o total chegou a US$ 11,9 bilhões, nas operações de "exportações de serviços", que beneficiam empresas vencedoras de licitações no exterior. As operações são garantidas pelo Tesouro.

Os juros, na maior parte dos casos, variam de 4% a 6% ao ano. Mas há contratos em que a taxa chegou a 2,8% ao ano, como o negócio com a empreiteira Andrade Gutierrez para fazer uma obra em Gana e o da OAS para realizar um projeto em Honduras. No Brasil, as empresas envolvidas no Programa de Investimento em Logística, que prevê os menores juros cobrados pelo BNDES, pagam 7% ao ano.

Os casos são notáveis, como o financiamento do BNDES para a Odebrecht tocar a obra do Porto de Mariel, em Cuba. Segundo o que agora informa o banco, a ditadura cubana paga juros entre 4,4% e 7% pelos US$ 642,97 milhões financiados entre 2009 e 2013, com prazo de até 25 anos.

É função do BNDES fomentar a participação de empresas brasileiras no exterior, inclusive em Cuba, mas chama a atenção o fato de as condições oferecidas à Odebrecht e aos cubanos poderem ser chamadas, sem exagero, de presente de pai para filho. "Cuba tem um dos piores riscos de crédito do mundo e recebeu condições extremamente vantajosas", disse ao Estado o economista Sérgio Lazzarini. Segundo ele, os juros desse financiamento deveriam estar entre 11,5% e 12,5%, em razão da fragilidade da economia cubana. "Mas é um valor hipotético, porque Cuba nem consegue fazer uma emissão (de títulos) para que se possa saber de verdade", afirmou o economista.

Sendo assim, a "transparência" do BNDES permitiu que se constatasse aquilo que já se sabia: a decisão de financiar o Porto de Mariel e outras obras em países que o governo petista considera amigos não é técnica, pois não há retorno que compense tamanha generosidade e tamanho risco.

Ademais, confirma-se que há empresas no Brasil - empreiteiras, em particular - que sempre estarão na vanguarda quando se trata de obter privilégios dos bancos públicos. Dos negócios divulgados pelo BNDES, contratados entre 2007 e 2015, nada menos que 99% envolvem empreiteiras, e 70% desse volume ficou nas mãos de uma só, a Odebrecht. É difícil de imaginar um critério que não seja político para explicar esses números.

Isso explica a resistência do BNDES em revelar detalhes desses contratos, embora o dinheiro utilizado nas transações seja público. Mas nos últimos meses a pressão para que a caixa-preta fosse aberta tornou-se irresistível. No fim de maio, por exemplo, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o BNDES não pode se escorar no sigilo bancário para impedir que o Tribunal de Contas da União tenha acesso a informações sobre suas operações de crédito. Além disso, a oposição no Congresso está prestes a convocar uma CPI para investigar os negócios do banco, incluindo o financiamento público das chamadas "campeãs nacionais", empresas que teriam plenas condições de obter empréstimos no mercado, mas que foram bafejadas pelas graças do governo petista.
LUCIANO BERNARDI
07/06/2015 21:15
Boa Noite Herculano !!

Agradeço pelo Registro do meu aniversário, aproveito o espaço para agradecer a todos que, de alguma forma, me felicitaram no decorrer do dia.
Fraterno Abraço.
Herculano
07/06/2015 20:56
"SOLIDARIEDADE" OU HIPOCRISIA?, por Percival Puggina para o jornal Zero Hora, da RBS Porto Alegre

Solidariedade é um estado de espírito que nos envolve com aflições alheias. Não é apenas condolência, mas algo "sólido", que nos leva a ajudar concretamente os demais. A palavra é muito cara ao cristianismo, cuja doutrina a define como expressão social da caridade, amor ao próximo em dimensão comunitária.

Tenho ouvido falar em "solidariedade a Cuba". Que significa isso, quando se manifesta em partidos políticos e atos de apoio ao regime? Solidariedade só pode existir em relação a pessoas ou grupos que sofrem, como é o caso do povo daquele país. A ligação sentimental de alguém ou de algum governo com a tirania que escraviza a ilha há 56 anos tem outro nome e é bem feio. Define, aliás, o que vem fazendo a esquerda mundial, desde o dia 2 de dezembro de 1961, quando Fidel descantou o verso da revolução e proclamou: "Soy marxista-leninista!".

A partir de então, nunca lhe faltou "solidariedade" para fuzilar milhares de seus conterrâneos, encarcerar dezenas de milhares de pessoas apenas por divergirem do governo, manter a população refém, sem liberdade de opinião, sem espaço para oposição, sem Judiciário independente. Convalidar isso é solidariedade? O regime cubano manda prender por qualquer motivo, sentencia a longas penas e, de modo medieval, persegue as famílias dos que dele dissentem. Descaradamente, concede aos estrangeiros direitos e liberdades que veda a seus próprios cidadãos! Durante décadas, foi "solidário" com os soviéticos, a ponto de enviar milhares de jovens para morrer em revoluções comunistas. Sim, leitor, Fidel, o falso paladino da autonomia, muito se intrometeu em revoluções mundo afora, conforme exigisse a geopolítica da URSS.

Solidariedade que mereça a dignidade do termo deve convergir para os que sofrem a repressão porque não se calam. E para os que não sofrem a repressão porque se calam. Uns e outros merecem a solidariedade que não alcança as masmorras de um regime que perdeu o senso moral.

A mesma insólita afeição, aliás, é tributada à ditadura comunista bolivariana e não revela qualquer consideração pelas dificuldades que os venezuelanos enfrentam. O compadecimento das pessoas de bem deve convergir para esse povo, em suas crescentes carências e perda de direitos. Nunca para o fanfarrão Chávez e seu ainda mais ridículo herdeiro. Solidariedade foi o que faltou às senhoras Mitzy Capriles e Lilian Tintori, cujos maridos foram presos por Maduro. Ambas vieram buscar ajuda da presidente Dilma, mas foram recebidas pelo sub do sub, a quem transmitiram apelo que entrou por um ouvido e saiu pelo outro.
sidnei luis reinert
07/06/2015 20:40
Ronaldo Caiado:

É preocupante o que está acontecendo. Muitos falam da Venezuela sem perceber que a situação no Brasil está se agravando. São agentes cubanos infiltrados como médicos com aval de governo, é ministro venezuelano ensinando MST a fazer revolução socialista no campo. E o Itamaraty?

https://www.facebook.com/ronaldocaiado25/videos/853203854736260/
Prestigiador
07/06/2015 20:19
Centenas de pessoas foram hj à tarde prestigiar a festa de aniversário da VEREADORA ANDRÉIA, na soc. tamandaré, na lagoa.

Foram arrecadados dezenas de quilos de alimentos não perecíveis para doação às famílias carentes.

OBS: Todos os presentes foram por livre e espontânea vontade, bem diferente de encontros PTralhas que vemos nas redes sociais aonde rola pão com mortadela e R$ 50,00 para militontos.
Herculano
07/06/2015 19:40
A REVOADA DOS CARTOLAS, por Fernando Gabeira, ex-parlamentar, escritor e jornalista para o jornal O Globo

Está acabando uma era no esporte mundial

Passei o fim de semana, a trabalho, observando pássaros numa fazenda do interior de São Paulo. Usei o tempo vago para observar também o escândalo da Fifa. Notícias de corrupção explodiram aqui e ali. O inesperado foi a maneira como os dirigentes caíram, num hotel cinco estrelas, à beira do lago. Presos no mesmo lugar, como se prende uma quadrilha organizada. No Brasil, em 2001, houve uma CPI sobre corrupção na CBF. Foi bombardeada pela bancada da bola, deputados ligados à cúpula do esporte.

Nosso nível de tolerância com a corrupção é alto. Convivemos com os cartolas, elegemos alguns deles, mas todos sabem que há algo de errado nesse mundo. Numa certa escala, a sociedade os absorveu como absorve os bicheiros.

Realizada pela polícia suíça em sintonia com o FBI, a operação foi realizada num estilo diferente das que se fazem nos EUA ou no Brasil: prisão discreta, sem algemas, com um mínimo de exposição, cela com condições dignas e nenhuma contemplação com a idade ou artimanhas jurídicas.

Pelé defendeu Blatter em Cuba. Blatter renunciou em seguida. Pelé usou argumentos típicos de um lugar de fronteiras difusas: experiência no cargo, eleição recente, como se isso fosse uma blindagem inexpugnável.

Os índios cherokees tinham medo de pinturas em cavernas profundas porque ali era muito tênue a conexão entre o mundo e o além. Fronteiras difusas são um risco. Um outro exemplo delas está no uso da expressão ?colaborador? nos EUA e de ?delator? na imprensa brasileira. São dois verbos bem diferentes. Delatar tem uma conotação negativa, envolve no mesmo conceito Judas e Joaquim Silvério dos Reis, o da Inconfidência Mineira.

A luta contra o colonialismo foi um momento em que as fronteiras entre lei e crime podiam ser trocadas. O delator estava colaborando com um opressor estrangeiro que nos sobrecarregava de impostos.

No passado, os americanos tinham um programa de prevenção ao uso de drogas que consistia em palestras de policiais nas escolas. O programa chegou a ser tentado no Brasil, mas era evidente que não funcionaria. A imagem do policial brasileiro era vista de maneira diversa.

Fomos soterrados de leis opressivas no período colonial e nas ditaduras. Convivemos diariamente com notícias negativas sobre a polícia, sobretudo espancamento e extorsão. Minha suposição é que trouxemos essa desconfiança ao longo dos séculos e ainda temos dificuldade de adaptar essas a um sistema democrático.

Essa tensão entre as fronteiras se estende também ao mundo das artes. Nele, de um modo geral comovidos com as desigualdades e a hipocrisia, artistas chegam a formulações como as de Hélio Oiticica: seja marginal, seja herói. O assaltante Lúcio Flávio Lírio tentou resolver essa ambivalência, traçando seu mundo ideal: polícia é polícia, bandido é bandido.

Está acabando uma era no esporte mundial. O Brasil deveria investigar não apenas a CBF, mas também o nosso papel na economia esportiva mundial. Somos exportadores de craques. O comércio internacional tem um lado sombrio que precisa ser desvelado. Um exemplo recente de uma certa indiferença: a transferência de Neymar para o Barcelona.

Na Espanha, o tema foi amplamente divulgado, rolaram cabeças. É natural que a história repercuta no país que comprou. Mas Neymar é o maior craque brasileiro da atualidade. Não houve uma intensa troca de dados sobre o caso. A impressão que tenho é a de que já nos acostumamos com transações suspeitas no futebol: são uma parte do jogo.

Isso me leva para fora do campo, perguntar se todas essas névoas na fronteira entre crime e lei não têm um peso também na tolerância em conviver tanto tempo com um sistema político corrompido.

Na cabeça de alguns defensores do governo isso não é problema. Os teóricos garantem que a corrupção é um debate secundário, uma nota de pé de página na história do país. Os ideológicos garantem que os fins justificam os meios. E quando a coisa aperta mesmo, surge alguém como o Ministro da Justiça para lembrar que as prisões brasileiras são masmorras medievais.

A verdade é que numa democracia é ilegal roubar dinheiro público ou mesmo formar uma quadrilha na cúpula do futebol. O único caminho é o da prisão. Por que não melhorá-las para todos? Tantos anos de PT e apesar do esforço de alguns ex-petistas, como Marcos Rolim e Domingos Dutra, as coisas só pioram nas cadeias.

Esses argumentos furados - eu não sabia, sou vítima de perseguição, o colaborador é um simples delator - desembocam nas condições carcerárias: as prisões são desumanas.

Mas sempre foram. Só se tornaram desumanas porque medidas com outros padrões: agora são os ricos empreiteiros, dirigentes do PT, cartolas. É a miséria de uma política de direitos humanos originalmente fundada num conceito universal.

Para os cartolas, o jogo está acabando; já o governo está perto do apito final.
Herculano
07/06/2015 19:37
MEDO DE MORRER por Dora Kramer, para o jornal O Estado de S. Paulo

Aos 35 anos de idade, o PT está com medo de morrer. Vítima de inanição eleitoral, caso as coisas não melhorem para o lado do partido e o ex-presidente Luiz Inácio da Silva não seja candidato à Presidência em 2018.

E por "coisas" entendam-se circunstâncias econômicas, políticas, sociais - por consequência, eleitorais - favoráveis a uma possibilidade concreta de vitória. Lula avisou e o partido já entendeu (isso inclui a gama de legendas aliadas à esquerda) que não embarcará em causa perdida nem em bola dividida. Sacrifício inadmissível para quem saiu do poder no auge.

Nesse clima o PT realiza nesta semana seu 5º congresso nacional, de 11 a 13 de julho, em Salvador (BA), ciente de que vislumbra a aproximação do precipício. É forte o termo? Pois o porta-voz da expressão é parlamentar e dirigente do partido. Legenda cuja trajetória desde 1980 vinha sendo ascendente e agora, pela primeira vez, toma o rumo contrário correndo o risco de entrar por um caminho sem volta.

A "construção das condições de vitória" em 2018 é o pano de fundo dos embates do partido com o governo da presidente Dilma Rousseff. É também a razão de todas as críticas às medidas de ajuste fiscal e ao "estelionato eleitoral" que não incomodou ao PT quando o que estava em jogo era ganhar a eleição de 2014. Bem como motiva teses e posições a serem debatidas no congresso entre as diversas variantes de petistas.

Há os ideológicos, que ensaiam um discurso sobre reformulação de conduta tendo como linha a retomada dos princípios éticos a fim de reconquistar o eleitorado "de raiz". Prevalecem, contudo, os pragmáticos. Estes só pensam na produção de algum ambiente confortável que melhore o humor daquele tipo de eleitor/consumidor.

Na realidade, a preocupação central é com o efeito politicamente depressivo de uma possível recessão. Basta ver que enquanto a economia ia bem, a direção do PT não se dedicou às questões de conduta. Ao contrário, as ignorou e defendeu os seus que foram réus. Portanto, a questão em foco não é a correção dos erros cometidos. Em aspecto algum.

O objetivo é, mais uma vez, encontrar uma maneira de criar artifícios pelos quais o governo (para beneficiar o partido) convença as pessoas de que vai tudo bem e que remédios amargos não são fruto da necessidade fática criada pelo próprio governo. Nesta versão, produto da visão "equivocada" de um representante de Satã no ministério da Fazenda.

O problema em tal equação está no enunciado: Se Lula é a solução, foi Lula quem inventou Dilma, a presidente que desestruturou a economia, cujo 'reconstrutor' seria Joaquim Levy por indicação de Lula, que posa como se não tivesse nada com isso e ainda é tido por seus seguidores como o salvador da pátria petista.

Ver para crer. Há dois pré-requisitos a serem cumpridos antes de se comprar pelo valor de face essa proposta dos presidentes da Câmara e do Senado de submeter as estatais ao controle do Congresso, com a finalidade de melhorar a transparência e a governança nas empresas.

Antes de qualquer coisa é preciso que o projeto "ande". Por ora o que se tem é a criação de uma comissão para estudar o assunto e a impressão de que se trata de mais um lance na batalha de demonstração de força ante o Palácio do Planalto para impressionar a arquibancada, distraída do fato de o deputado Eduardo Cunha e o senador Renan Calheiros serem investigados na Operação Lava Jato.

Caso a tramitação prossiga, um artigo nessa espécie de novo código de conduta será imprescindível: partidos e políticos abrem mão de indicações para cargos de quaisquer das instituições incluídas no projeto, onde o mérito passará a valer como critério único para nomeações. É isso ou estarão automaticamente revogadas todas as disposições em contrário.
Herculano
07/06/2015 19:33
CRIMINOCRACIA, por Tony Bellotto, músico do Titãs e escritor para o jornal O Globo

Para a roubalheira nunca escasseiam recursos e soluções criativas. "Em uma palavra, a desmoralização era geral. Clero, nobreza e povo estavam todos pervertidos." Joaquim Manuel de Macedo, "Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro" (1862-3)

Ufane-se, leitor. Estamos afanando como nunca. A República das Bananas foi promovida a República dos Ladrões. Se nossos índices de desenvolvimento são pífios, continuamos referência mundial em roubo, corrupção, sonegação, propina, apropriação indébita, furto, desvio de dinheiro público, latrocínios variados, homicídios diversos e picaretagens em geral. E agora estamos bombando também na modalidade "esfaqueamentos públicos". Falta dinheiro para educação, saúde, transporte, segurança etc., mas para a roubalheira nunca escasseiam os recursos e as soluções criativas. O crime se espalha por todas as camadas de nossa sociedade, comprovando o teor suprapartidário e ecumênico da rapinagem brasileira.

A desonestidade grassa nas artes, ciências e profissões liberais. Há bandidos nas classes altas - empresários sonegadores, banqueiros ladrões, executivos corruptos e administradores propineiros -; abundam criminosos na política e governantes foliões do bloco do "rouba mas faz"; multiplicam-se criminosos na polícia e ladrões no clero, coroinhas desonestos, padres vigaristas, pastores safados, sargentos achacadores, cabos assassinos e juízes larápios; perambulam por nossas ruas estelionatários de classe média, traficantes playboys, bandidos de classe C, punguistas miseráveis, mendigos homicidas e ladrões de toda espécie, além dos contraventores, traficantes, criminosos de colarinho branco e matadores profissionais de praxe. Somos uma potência na roubalheira e na bandidagem.

Do rico empresário flagrado em propinas internacionais ao adolescente que assassinou a facadas o médico Jaime Gold na Lagoa, o crime se impõe democraticamente como o inexorável destino da Pátria Esfaqueadora. Venha, leitor, permita-me conduzi-lo a um rápido passeio pelo sinistro panteão dos bandidos pátrios. Por aqui, por favor.

LAMPIÃO
Note, à direita, Virgulino Ferreira da Silva, o cangaceiro que barbarizou o interior de estados do Nordeste brasileiro no início do século XX. Cometeu roubos, sequestros, assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques. Pelo conjunto da obra, tornou-se nosso bandido essencial, um mito com ares de revolucionário político.

GINO MENEGHETTIi
Veja ali, no outro lado, o italiano que chegou a São Paulo em 1913 já com a reputação de ladrão perigoso, tornou-se famoso por seu temperamento afável e foi apelidado pela imprensa de "bom ladrão". Era também conhecido como o "gato de telhado" pela facilidade com que se locomovia pelos telhados paulistanos em fuga da polícia. Um simpático Fred Astaire da ladroagem

CARA DE CAVALO
Vamos andar mais rápido, venha. Durante a ditadura militar, por afrontarem o governo golpista, bandidos comuns, ainda que facínoras banais, ganhavam status de heróis. Manoel Moreira era um proxeneta ligado ao jogo do bicho que nas horas vagas vendia maconha na Central do Brasil. Em 1964 matou o detetive que organizara o Scuderie Le Cocq, que, ao contrário do que o nome sugere, não era um salão de beleza, mas um esquadrão clandestino especializado em eliminar bandidos. Um mês depois, Cara de Cavalo era executado pela polícia. Foi imortalizado pelo artista plástico Hélio Oiticica no poema-bandeira "seja marginal, seja herói".

O BANDIDO DA LUZ VERMELHA
Ali, veja. João Acácio Pereira da Costa assaltava casas em São Paulo munido de uma lanterna de bocal vermelho, que lhe rendeu o apelido. Foi preso em 1967 e só saiu da prisão 30 anos depois, para morrer no ano seguinte numa briga de bar em Joinville. Inspirou o filme "O bandido da luz vermelha", de Rogério Sganzerla, um clássico do cinema underground nacional.

RONALD BIGGS
Venha, olhe ali, à esquerda. O mais popular dos ladrões internacionais que recebemos com nossa brejeira hospitalidade! Biggs participara do famoso assalto ao trem postal em Buckinghamshire, Inglaterra, em 1963, mas foi preso no ano seguinte. Em 1965 fugiu de uma penitenciária em Londres e na década de 1970 veio parar no Rio de Janeiro. Aqui tornou-se uma celebridade, e costumava dar autógrafos e posar para fotos com turistas. Participou do documentário "The great rock?n?roll swindle", de Julian Temple, sobre os Sex Pistols.

ESCADINHA
José Carlos dos Reis Encina, traficante de drogas nos anos 1970 e 1980, foi o fundador, junto com o irmão Paulo Maluco, da Falange Vermelha, organização criminosa que mais tarde se tornou o Comando Vermelho. Outro grande feito de Escadinha foi a fuga do presídio de Ilha Grande, em 1986, resgatado por um helicóptero. O episódio inspirou a música "Sambadrome", da banda inglesa Big Audio Dynamite.

CHEGA.
Cansou? Eu também. Mas não consigo achar a saída desse panteão, desculpe. Caímos num labirinto. Teremos de nos acostumar a cidadãos indefesos esfaqueados e iates comprados com dinheiro público desviado. Por aqui, por favor?
Bailarinos
07/06/2015 18:07
Para conhecimento dos membros do CMDCA de Gaspar: principalmente para o conselheiro Cleber Sabel.

Reportagem do jornal do almoço de sábado dia 06/06/2015.

"Bailarina blumenauense fica entre finalistas de competição nos Estados Unidos"

http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/jornal-do-almoco/videos/t/blumenau/v/bailarina-blumenauense-fica-entre-finalistas-de-competicao-nos-estados-unidos/4232911/

Lembrei na hora de Gaspar, e do conselheiro Cleber, que soube apenas indeferir o projeto.

Cleber essa bailarina não perdeu, por que não desistiu, buscou foi a luta. E pelo seu relado da reportagem ficou claro que a maior dificuldade é obter recursos.

Agora Cleber quantos dessas situações deve de ter em nosso município?

E você que negou, indeferi-o o projeto da dança, quantos representantes, profissionais estão perdendo oportunidade por falta de recursos?

Imagina quanto isso poderia mudar a vida e rotina dos jovens e adolescente do nosso município?

Ou você prefere deixar o dinheiro no banco, que soma mais de Um milhão, e deixar eles sem rumo, sem esperança....

Está na hora de acordar Cleber .....

Almir ILHOTA
07/06/2015 17:54
HERCULANO.


Gostaria de fazer uma pergunta a uma das secretárias do prefeito Daniel Christian Bosi, a senhora Tateane Reichert, que já foi coordenadora da defesa civil e atualmente responde pela pasta da administração, ligada diretamente ao nosso alcaide, que não poupava criticas a gestão passada exigindo obras de melhoria na infra estrutura para os seus baús e usava a adarb para isso, o que fez ao longo de dois anos e meio pelo povo sofrido daqueles bairros? Aonde esta a reforma do colégio Alberto shimith e seu ginásio de esportes no baú central, a reforma da escola Laudelino José de Novais no bairro do braço do baú, e o esgotamento sanitário do loteamento do mesmo bairro, e as condições das estradas como estão? é amigo Herculano, sabia mesmo era só falar porque fazer não consegue e pelo andar da carroça é mais uma que antes do fim do mandato deste desgoverno vai por a cola entre as pernas e sair de fininho.
Herculano
07/06/2015 16:50
EM PÉSSSIMO ESTADO, por Lauro Jardim, de Veja

Joaquim Levy é um dos ministros que, ao lado de Aloizio Mercadante, têm direito a residência oficial.

Mas Levy não está morando na casa que seus antecessores habitaram. Preferiu um flat.

A casa ocupada por Guido Mantega até dezembro está caindo aos pedaços - exatamente como a economia que Mantega legou aos brasileiros.
Herculano
07/06/2015 13:35
A QUE PONTO CHEGAMOS, por Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, ex-professor universitário, ex-senador, ex-ministro da Fazenda de Itamar Franco, PMDB, que implantou o plano Real, ex-presidente da República por dois mandatos pelo PSDB, em artigo publicado no jornal O Globo.

Os brasileiros sentem a dor das oportunidades perdidas. Olhando em retrospectiva, não há dúvidas de que nos últimos anos houve uma guinada. Para a esquerda? Não, para o despropósito. O que havia sido penosamente reconstruído na década de 1990, o Plano Real; a responsabilidade com as finanças públicas; o incentivo à iniciativa privada (sem subsídios descabidos); a manutenção do setor produtivo e financeiro estatal longe do alcance dos interesses clientelísticos; em suma, o início da reorganização do Estado e, ao mesmo tempo, a reformulação e universalização do atendimento à saúde e à educação, bem como do acesso à terra, perdeu-se por "desmesura". Em política econômica tão importante quanto o rumo é a dosagem. No caso, o rumo foi perdido e o limite da prudência na dosagem, ultrapassado.

Até quase o fim do primeiro mandato de Lula, o mantra de uma política econômica adequada (o tripé metas de controle inflacionário, flutuação da taxa de câmbio e política monetária sem interferências políticas) se mantivera, embora sinais preocupantes já começassem a aparecer. Beneficiado o País pelo boom mundial a partir de 2004, especialmente pelo alto preço das commodities e pela abundância de capital, até aquele momento muito havia a louvar na expansão das políticas sociais. Abandonado o Fome Zero, houve a aceitação silenciosa do programa "neoliberal" de transferências de rendas (bolsas sem contrapartida). Na ação internacional do governo era de esperar mais de um país que, desde 1999, se elevara à categoria de um dos Brics, nos quais os mercados viam um futuro promissor e as potências, um parceiro a considerar.

O início da derrapada se deu com a substituição de Palocci por Mantega, com a falta de dosagem e com as concessões populistas que jogaram fumaça no escândalo do mensalão. A partir daí, a penetração partidária na máquina pública, que sempre esteve no DNA do PT por ele se considerar "herdeiro histórico" e principal agente do progressismo, se ampliou para abrigar a "base aliada". Aos poucos, surgiu outra formulação "teórica" para o descontrole financeiro do governo: a dita "nova matriz econômica". Esta substituiu a visão do governo do PSDB, que era social-democrática contemporânea, isto é, entendia que o bom governo, para atender ao longo do tempo às demandas sociais, requer previsibilidade na condução das políticas econômicas.

O processo de erosão simultânea do "presidencialismo de coalizão" e do bom senso na economia, embora originário do governo Lula, tornou-se mais claro no primeiro mandato de Dilma: o "presidencialismo de coalizão" - no qual se supõe a aliança entre um número limitado de partidos para apoiar a agenda do governo no Congresso - transformou-se em "presidencialismo de cooptação". Nele, grandes e pequenos partidos (meros agregados de pessoas que visam o controle de um pedaço do Orçamento) ideologicamente díspares passam a tão somente carimbar as decisões do Executivo no Congresso em troca de penetração cada vez maior na máquina governamental e participação nos contratos públicos.

Tão grave quanto o desvio das políticas macroeconômicas saudáveis foi o desmazelo nas políticas setoriais, do petróleo ao etanol, passando pelo setor elétrico. Não me refiro à corrupção desvendada pela Lava Jato - em si já muito grave -, mas aos erros de decisão: refinarias e complexos petroquímicos projetados com megalomania (Comperj, Abreu e Lima, etc.) ou sem viabilidade econômica (no Ceará e no Maranhão), assim como um conjunto de estaleiros (11!) construídos para fornecer a custos altíssimos e por meio de engenharias financeiras duvidosas, do tipo Sete Brasil, navios, plataformas e sondas para a Petrobrás, com o sacrifício dos interesses da própria empresa e do País.

O mesmo exagero na dosagem se viu no Fies (deixando agora as universidades e os alunos na rua da amargura), no falecido trem-bala, nas concessões de aeroportos à custa do BNDES e também na política de "campeões nacionais", financiada à custa da emissão de dívida cara pelo Tesouro para empréstimo a juros subsidiados de centenas de bilhões de reais a algumas empresas, sem transparência alguma. Políticas em si justificáveis e preexistentes, de estímulo ao "conteúdo nacional" e apoio ao empresariado brasileiro, foram deturpadas. Os erros são inumeráveis, como o controle do preço da gasolina, que levou usinas de cana à ruína, ou a redução demagógica das tarifas de energia elétrica quando a escassez de água já se desenhava no horizonte. Tudo isso revestido de uma linguagem "nacionalista" e de grandeza.

Em suma: não houve apenas roubalheira, mas uma visão política e econômica equivocada, desatenção ao bê-á-bá do manejo das finanças públicas e erros palmares de política setorial. Sabemos quais foram os responsáveis pelo estado a que chegamos. Cobra-se agora das oposições: o que fazer? É preciso primeiro reconhecer que, dada a reeleição de Dilma e do PT, há que dizer: quem pariu Mateus que o embale. Tudo bem, é verdade. Mas o Brasil não é do governo ou da oposição, é de todos. A oposição de hoje será governo amanhã. Portanto, não deve escorregar para o populismo, e sim apontar caminhos para superar os problemas acima citados. O fator previdenciário, por exemplo, é indispensável, no longo prazo, para o equilíbrio das finanças públicas. Se for para mudá-lo, que se encontre um substituto à altura. Pensando no Brasil, não cabe simplesmente fazer o seu funeral. Não nos aflijamos eleitoralmente antes do tempo. Neste momento o que importa é que o povo veja quem foram os verdadeiros responsáveis pelo desastre que aí está. Ele é fruto de decisões desatinadas do lulopetismo e da obsessão pela permanência no poder, com a ajuda da corrupção e de medidas populistas que nada têm a ver com desenvolvimento econômico e social ou com os interesses nacionais e populares.
Herculano
07/06/2015 13:18
EM DISCURSO NA FAO, EM ROMA, LULA DEFENDE PRORAMA E CRITICA IMPRENSA BRASILEIRO. ENTÃO FOI A IMPRENSA QUEM ROUBOU OS PESADOS IMPOSTOS DOS BRASILEIROS QUE O GOVERNO DO PT, PMDB, PP, PDT, PR E OUTROS MAL APLICOU E OS POLÍTICOS DESVIARAM PARA OS SEUS PRÓPRIOS BOLSOS PARA SE MANTER NA MÁQUINA DE ROUBAR? USAM POBRES, ANALFABETOS, FAMINTOS, IGNORANTES E DESINFORMADOS PARA JUSTIFICAR O ARBÍTRIO, O DESVIO E A AFRONTA À LEI.

Conteúdo RFI Brasil. Texto de Gina Marques, correspondente em Roma. No discurso que durou quase uma hora, aplaudido diversas vezes pela plateia composta por chefes de Estado e de Governo, e ministros do mundo todo, o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, participou neste sábado de manhã (6), em Roma, da abertura da 39ª conferência da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Lula da Silva falou principalmente dos resultados do Brasil no combate à fome e à pobreza a partir do seu governo, continuando com a presidência de Dilma Rousseff.

À tarde, os membros da FAO confirmaram o mandato do brasileiro José Graziano da Silva como diretor-geral da entidade por mais quatro anos, até julho de 2019. Ele era o único candidato e recebeu 177 preferências entre os 182 países que votaram. A FAO conta com 197 países-membros.

A Conferência foi aberta pelo presidente da Itália, Sergio Matarella. Em seguida, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, discursou. Lula foi o terceiro a falar, e começou destacando os êxitos brasileiros, com um tom de orgulho nacionalista: "Esta é uma ocasião para recordar a Fao e o Brasil, que é um dos 44 países fundadores desta grande organização na conferência de 1943. Na década de 50, aqui trabalhou, ao lado de Frank McDougall (um dos fundadores da entidade, ndr), o cientista brasileiro Josué de Castro, que escreveu dois livros fundamentais sobre o tema: 'Geografia da Fome' e 'Geopolítica da Fome'. Ele nos ajudou a compreender que a fome não é um fenômeno natural, é um fenômeno social resultado de estruturas econômicas desequilibradas. Ele já dizia que a fome e guerra são criações humanas", disse, elogiando a contribuição de José Graziano da Silva ,eleito em 2012 à chefia da FAO .

Imprensa brasileira na mira de Lula

No entanto, Lula criticou abertamente, várias vezes, a imprensa brasileira. A primeira, ao falar da opinião dos jornalistas no empenho de José Graziano no Brasil como ministro extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome. "O companheiro José Graziano da Silva foi orientador do primeiro projeto de criação do Fome Zero, quando nós ainda não estávamos no governo. Só Deus sabe o quanto ele foi criticado pela imprensa brasileira porque disse que era preciso fazer uma doação em dinheiro para os pobres".

Lula depois alfinetou mais fundo: "O maior obstáculo que enfrentamos para implantar o nosso programa foi o preconceito por parte de um setor da imprensa no meu país, de setores na área intelectual, de alguns setores ricos da sociedade, que diziam que o Bolsa Família iria estimular a vadiagem, a preguiça e que o pobre não ia querer mais trabalhar, que aquilo era uma esmola do governo e que fazia parte da campanha eleitoral para que o Lula ganhasse as eleições. Vocês não imaginam a quantidade de matérias negativas contra este programa. Coitado do Graziano. Cada vez que ele entrava na minha sala com os recortes de jornal, parecia que o mundo tinha acabado. Eu nunca pensei que dar um prato de comida ao pobre causasse tanta intimidação àqueles que comem carne três vezes por dia".

Lula lembrou que 12 anos atrás havia 11 milhões de famílias na extrema pobreza no Brasil. E falou dos avanços feitos no combate à fome e miséria desde 2003, quando foi assumida essa luta como prioridade de governo. "Estamos vendo crescer a primeira geração de brasileiros que não conheceram o drama da fome" disse. Segundo ele, é necessário incluir os pobres no orçamento público e não tratá-los como estatística, mas como seres humanos.
Herculano
07/06/2015 12:08
MÁRIO MESQUITA

Para quem não é de Gaspar (e agora Brusque) ou que talvez não saiba quem seja o advogado e professor Mário Wilson da Cruz Mesquita e que aporta aqui numa intervenção abaixo.

Não é um direitista, um neo conservador, ou um liberal. Doutor Mesquita já foi um filiado e o homem forte do PT em Gaspar, onde foi procurador geral e um ferrenho defensor das primeiras duas administração de Pedro Celso Zuchi.

Na terceira gestão e segunda seguida, o doutor Mesquita não aguentou, percebeu que estava sendo usado, que poderia se comprometer na imagem, forjando ou defendendo o indefensável e se acordou.

Foi o doutor Mesquita quem liderou o processo que cassou recentemente o prefeito petista de Brusque, Paulo Roberto Eccel, e que já foi assessor de Zuchi onde chegou a ser o seu procurador geral no primeiro governo (2000/04) antes desse eleger deputado estadual.

Por rever os seus conceitos e verdades de até então, o doutor é agora tratado por todos os petistas daqui e os de Blumenau e que mandam nos daqui, como um traidor à causa. Causa? Sim! Os decálogos descrevem com precisão qual esta causa. Acorda, Gaspar!
sidnei luis reinert
07/06/2015 11:55
De Ronaldo Caiado:

Para bom entendedor, meia palavra basta: isso foi um recado do homem-bomba do país que pode colocar seus ex-amigos na cadeia. Ficou claro que Dirceu assumiu a culpa por ele e por Lula no Mensalão para não ver o ex-presidente cassado e preso. Agora já dá sinais de que está cansado de levar a fama de ladrão sozinho. Vai querer dividir a conta com quem esteve ao seu lado durante toda a operacionalização do esquema desbaratado na Lava Jato. E se a Justiça seguir a trilha do Petrolão que leva direto ao Palácio do Planalto, em breve os três estarão juntos, condenados.

link:http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,estamos-no-mesmo-saco-eu-o-lula-a-dilma-diz-dirceu,1701375
Mário Wilson da Cruz Mesquita
07/06/2015 11:13
ATUALIDADE: Qualquer semelhança com os dias de hoje não é mera coincidência! É pura realidade ... Perda Total!

Em 1913, Lênin escreveu o "Decálogo", um documento contendo 10 itens que apresentam ações táticas para a tomada do poder. Este documento é a cartilha de como o PT (e outros partidos esquerdistas) realmente agem nos bastidores.

Vejamos o que diz o "Decálogo":

1 ? Corrompa a juventude e dê a ela total liberdade sexual;

2 ? Procure se infiltrar nos meios de comunicação de massa, e depois controle todos eles;

3 ? Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a promover discussões sobre assuntos sociais;

4 ? Destrua a confiança do povo em seus líderes. Faça com que eles fiquem com a imagem denegrida perante a opinião pública;

5 ? Fale sempre sobre democracia e em Estado de Direito; mas assim que puder (e tão logo haja a primeira oportunidade), assuma o poder sem nenhum escrúpulo;

6 ? Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País (principalmente no exterior), e provoque o pânico e o caos na população por meio da inflação;

7 ? Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;

8 ? Provoque distúrbios sociais e contribua para que as autoridades constituídas não as proíbam;

9 ? Contribua para a destruição dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não?comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa socialista;

10 ? Procure catalogar todos aqueles que possuem armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando, deste modo, que seja impossível oferecer qualquer resistência à nossa causa.

Repito: Qualquer semelhança com os dias de hoje não é mera coincidência! É pura realidade!
Anexo ao mesmo "Decálogo", tem mais um outro documento intitulado "Os 10 princípios da esquerda". Vejamos quais são estes mesmos princípios:

1 ? Os esquerdistas crêem que não existe moral. Na verdade, os esquerdistas crêem apenas na moral que for favorável a eles mesmos, isto é, "não roubar" vale somente para os outros (mas os esquerdistas podem roubar à vontade para si próprios e para aqueles que os ajudam);

2 ? Os esquerdistas promovem o anti?convencional, violentam os costumes e preferem a descontinuidade. Não gostam de seguir certas regras diferentes das que eles mesmos criam;

3 ? Os esquerdistas derrubam tudo que seja pré?estabelecido. São, por natureza, contra todo e qualquer sistema padronizado (que contém princípios já determinados há muito tempo);

4 ? Os esquerdistas agem com imprudência e irresponsabilidade, não importando quais prejuízos venham a causar aos que estão sob seu comando;

5 ? Os esquerdistas desejam a uniformidade universal: todo mundo igual (exceto eles, quando estão no poder usufruindo dos privilégios);

6 ? Os esquerdistas não se impõem limites e acreditam que podem melhorar, aperfeiçoar e acabar com as imperfeições de tudo, inclusive do próprio ser humano. Para fazer uma omelete, é preciso quebrar os ovos (mas eles partem para quebrar todos os ovos, mesmo que não consigam fazer omelete alguma);

7 ? Os esquerdistas são contra a liberdade e a propriedade privada. Preferem a escravidão, embora a chamem, de maneira sutil, por outros nomes: igualdade, responsabilidade social, justiça social, senso de coletividade, etc;

8 ? Os esquerdistas impõem coletivismo forçado. Tudo deve ser de todos (mas somente sob controle total do Estado);

9 ? Os esquerdistas desejam o poder desmedido e a liberação de todas as paixões humanas (marxismo clássico e marxismo cultural);

10 ? Os pensadores esquerdistas não querem estabilidade: pregam a revolução perpétua. Dizem promover a paz, mas são os maiores incentivadores de todas as guerras e lutas armadas.

Diante disso tudo que foi apresentado aqui, eu pergunto a todos: Alguém ainda tem mais alguma dúvida das reais intenções do governo do PT (e de outros partidos com a mesma agenda política)?

Os brasileiros já acordaram, acordem amigos gasparenses ..., pois daqui há um ano iniciam as próximas eleições municipais.

Herculano
07/06/2015 09:23
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

E adorei a charge do Luscar: "Dilma começou com Padrão Fofa, virou Padrão Fifa e agora apelou pro Padrão Foda-se!". Rarará.

E o Fifão? O Podrão Fifa! Enquete da semana: o Blatter renunciou. Quem vai assumir a boca?
Herculano
07/06/2015 09:06
DOIS REGISTROS

O primeiro. O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt (que nasceu no PMDB e o PMDB ainda não saiu dele, mas passou pelo PSB, PPS e hoje está sem partido) aniversaria hoje. A comemoração está sendo discreta e entre família.

Ele próprio faz uma auto-refexão. Nela, Adilson mostra que está super-consciente do que fez, faz e é. Por mais que alguns grupos políticos tentem desmerece-lo ou descarta-lo depois de usá-lo para obter vantagens de votos e poder, há um valor nele que não pode ser desprezado: a persistência. E em qualquer eleição em que ele se meter por aqui, terá um valor que muitos temem e por isso, lutam para enfraquece-lo ou tirá-lo do jogo e assim ter um novo caminho mais livre.

"São 48 de erros e acertos, burradas e cabeçadas, apanho, lambo as feridas e como tu dizes escolho o caminho mais difícil. Mas uma coisa é certo, a minha honestidade continua minha marca forte, para desespero dos meus "amigos'"....

O outro registro

Quem também aniversaria hoje é Luciano Bernardi, da Oficina Lucky, no Poço Grande.
Herculano
07/06/2015 08:32
LUIZ FERNANDO DE SOUZA ACERTOU O SEU PEZÃO, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

A demofobia leva o governador do Rio a endossar um preconceito que ronda sua biografia

A sorte abandonou o governador Luiz Fernando de Souza, o Pezão, quando ele comentou a prisão dos três menores acusados de terem matado o médico Jaime Gold enquanto pedalava na lagoa Rodrigo de Freitas. O doutor disse o seguinte:

"Nenhum dos três é inocente. Todos possuem anotações criminais, e o importante é que a polícia está prendendo."

Parecia uma simples constatação, mas embutia uma empulhação. Um dos três menores, precisamente aquele que a polícia capturara em apenas 72 horas numa operação aparentemente exemplar, seria inocente do crime de que o acusaram. Seis testemunhas estão dispostas a depor mostrando que ele estava em outro lugar na hora do crime. Se isso fosse pouco, outro menor, confesso, apresentara-se à polícia inocentando-o.

O adolescente tem mais de uma dezena de anotações criminais, nenhuma delas por lesões corporais. É negro, favelado e infrator. Portanto, seria capaz de tudo. Pezão transformou uma solução - a detenção, mais tarde, de pelo menos um criminoso confesso - num problema: a tentativa de justificar uma acusação contra um inocente.

Como disse o próprio governador "pode ter havido engano, erros acontecem". Foi aí que a sorte lhe faltou. No mesmo dia o Superior Tribunal de Justiça autorizara a quebra do seu sigilo telefônico para que se investigue a procedência de denúncia do "amigo Paulinho", que o colocou na frigideira dos 40 políticos envolvidos na Operação Lava Jato. Segundo o ex-diretor da Petrobras, na campanha eleitoral de 2010, quando "Pezão" elegeu-se vice-governador na chapa de Sérgio Cabral, cinco empreiteiras teriam despejado R$ 30 milhões no caixa dois dos candidatos. O governador, como o menor, repele a acusação.

Na métrica que Pezão usou em relação ao jovem preso, "pode ter havido engano, erros acontecem". Se a polícia do Rio já tivesse reconhecido o erro, tudo bem, mas isso ainda não havia sido feito. Resta outro ponto: o menor "tem anotações criminais". Pezão também. Em 2013 foi condenado a pagar uma multa de R$ 14 mil por improbidade administrativa na compra de uma ambulância quando era prefeito de Piraí. Decisão de primeira instância; só pode ser considerada definitiva depois que o recurso do réu for apreciado.

Muita gente acredita que um menor infrator é capaz de tudo. Também há muita gente que, sem esperar pelo devido processo judicial, já condenou os 40 políticos que entraram na lista do procurador-geral Rodrigo Janot. Quando se viu arrolado na investigação, o próprio Pezão, com bons motivos, queixou-se dessa conduta irracional: "Fui julgado e condenado".

AJUSTE
Gente que entende de números começou a temer que a contração do PIB neste ano chegue a 2%. Seria a pior marca desde a contração de 4,4% de 1990.

Isso sem qualquer garantia de que 2016 venha a ser muito melhor.

PEDALADAS
Se a doutora Dilma for pedalar na orla da lagoa Rodrigo de Freitas com sua bicicleta importada da grife Specialized (R$ 2.350), no mínimo ficará sem o brinquedo.

A doutora defende a proteção à industria brasileira, mas pedala bicicleta americana e durante a campanha eleitoral foi fotografada calçando sapatos Louis Vuitton.

MARCA HISTÓRICA
A greve dos professores de escolas públicas de São Paulo conseguiu duas marcas históricas. Superou o recorde de duração, batendo os 81 dias (os alunos que se danem) e teve professor apanhando.

Pela primeira vez, não foi a polícia quem bateu. Podem ter sido seguranças do carro de som ou grevistas.

BOA NOTÍCIA
Se a Justiça americana propuser um bom acordo a José Maria Marin, é provável que ele faça negócio.

BOSTA FRESCA
O Ministério Público continua com um problema: Paulo Roberto Costa diz que encaminhou a Alberto Youssef dois pleitos, de Antonio Palocci e Edison Lobão, pedindo dinheiro para as campanhas de Dilma Rousseff e Roseana Sarney. Youssef diz que nunca tratou desse assunto e ofereceu-se para uma acareação.

Tanto o "amigo Paulinho" como Youssef perdem os benefícios da colaboração com a Viúva se tiverem mentido em seus depoimentos.

Os procuradores ainda não anunciaram que farão a acareação. O que foi chamado de "bosta seca" virará bosta fresca.
Herculano
07/06/2015 08:23
MOBILIDADE URBANA:TRANSPARÊNCIA ZERO. É A HIPOCRISIA DOS POLÍTICOS NO SEU MELHOR ESTADO DE INTOLERÂNCIA E QUE CONFRONTA DISCURSOS E PRÁTICAS

Você sabe como está e como será o Plano de Mobilidade que a prefeitura de Gaspar apresentará e Brasília para obter aprovação e verbas para a sua execução?

Ninguém sabe direito. Até a prefeitura de Gaspar mandou para a Câmara, a toque de caixa, algo cheio de erros técnicos (e de redação jurídica oriunda da procuradoria geral do município). Ele foi devolvido para correção, com muitas queixas dos vereadores e do pessoal técnico da Câmara. A prefeitura fez "limpeza" urgente no material incompleto ou cheio de dúvidas e o enviou de volta à Câmara. Se corrigiu, o que corrigiu e como os corrigiu, ninguém sabe direito.

Os vereadores não são técnicos, apesar de serem, em tese, representantes da população que lhes conferiu mandato popular. Mas em casos assim, que nascem tortos e que vão ser de exclusivo uso e usufruto da população, por que não debater com a própria população, a beneficiária ou quase sempre, a prejudicada de algo que só se arquiteta em gabinetes bem fornidos? Por que este medo de tornar as coisas comuns do povo mais transparentes? E logo o PT que prega o assembleísmo, a participação popular e a transparência quando está longe do poder?

Blumenau, por exemplo, que não é do PT, mas que o PT que manda aqui bem fiscaliza e exige, fez audiências públicas para discutir este assunto e abriu canais nos meios eletrônicos para consultas e mostrar o que estava sendo construído. E Gaspar? Nada. Nadica de nada.

Quer outro exemplo e fora do PT? A Amfri, a Associação de Municípios da Foz do Rio Itajaí, que engloba entre outros, Itajaí e Ilhota. Ela acaba de criar um novo site www.planomobilidade.com.br/amfri. Ali a população pode consultar ainda mais informações do Plano de Mobilidade Urbana da Região da Foz do Rio Itajaí - PlanMob/AMFRI.

Não só criou para atender a uma mera formalidade, talvez deixar longe as críticas e o próprio Ministério Público, que aqui não se envolveu neste assunto e os políticos deram graças a Deus.

Na Amfri, a plataforma online disponibiliza todas as etapas, incluindo planejamento e organização, pesquisas consultas e estudos, e concepções e legislação. Atualmente o plano está na fase de compilação de dados do diagnóstico dos dez municípios que compõem a Amfri.

Belo exemplo ignorado por Gaspar, e pela própria Ammvi, a qual Gaspar e Blumenau pertencem.
Herculano
07/06/2015 08:02
OPOSIÇÃO QUESIONA ENCONTRO DE LULA COM DELATOR DA LAVA JATO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto do jornal olha de S. Paulo. O encontro entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em 2006, deve ser questionado pela CPI da Petrobras a pedido da oposição.

A reunião foi revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" deste sábado (6). Segundo a reportagem, auditoria interna feita pela petroleira para apurar as circunstâncias da polêmica aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), mostra que Lula e Costa se reuniram dias antes do negócio ser aprovado.

A informação consta em um relatório com o título "Viagens Pasadena", que, segundo o jornal, serviu de subsídio para a comissão interna da Petrobras que investigou a negociação.

O relatório listaria as viagens feitas por diretores e executivos da estatal, no Brasil e no exterior, para tratar do negócio. Ainda de acordo com o "Estado de S. Paulo", a reunião não foi citada no relatório final da auditoria da Petrobras.

De acordo com o primeiro vice-presidente da CPI da Petrobras, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), um requerimento pedindo explicações ao Planalto e à Petrobras deve ser apresentado já na segunda-feira (8). O documento ainda terá de ser votado pelos membros da CPI.

"É razoável pensar que esse encontro foi um passo decisivo para a compra da refinaria de Pasadena. Não é algo que se compra todos os dias. Por isso acredito que todos terão interesse nessas explicações, governo e oposição", afirmou.

O encontro entre Paulo Roberto e Lula ocorreu em 31 de janeiro de 2006. A compra de Pasadena foi aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras em reunião realizada em 3 de fevereiro daquele ano.

A aquisição envolveu disputa judicial com sócios e levou a Petrobras a um desembolso total de US$ 1,25 bilhão, com prejuízo de US$ 792 milhões, segundo o Tribunal de Contas da União.

A assessoria do Instituto Lula afirma que a reunião constou da agenda presidencial daquele dia, mas que a aquisição de Pasadena não foi discutida.
Herculano
07/06/2015 07:54
DILMA 1, O DESMANCHE CONTINUA por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo


Crédito do BNDES fica um tico mais realista; banco começa a abrir informações de sua caixa dourada

BATERAM MAIS um prego no caixão da política econômica do primeiro governo de Dilma Rousseff, embora a alma penada de Dilma 1 e seus zumbis ainda nos assombrem. No meio do feriadão, o prego acertou as taxas de juros de avó para filho cobrados pelo BNDES.

Parece apenas um comecinho, mas o utilíssimo porém avacalhado BNDES será outro. O banco também começa a entregar dedos e braços para não ver a cabeça em algum tribunal ou inquérito parlamentar, tornando públicas informações que relutava divulgar, à maneira das prepotências de Dilma 1.

Instituições e parte da sociedade reagem a lambanças várias, ilegais ou não, de Dilma 1, das contas públicas à Petrobras, passando pela ruína do setor elétrico. O desmanche de Dilma 1 continua.

O governo está sendo julgado por ter disfarçado parte do seu programa de endividamento doidivanas, as "pedaladas". Mas Dilma 1 ainda será julgado politicamente pelo seu programa de distribuição de renda pelo avesso, a explosão da dívida pública mais cara do mundo, em boa parte, aliás, para financiar o BNDES, que empresta o dinheiro a juros muita vez abaixo de zero.

O programa de juros subsidiados para grandes empresas ainda continuará selvagem, mas ao menos teve banho e tosa. Quem quiser levar 50% dos empréstimos pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) terá de arrumar 25% do total do financiamento no mercado de capitais, via debêntures.

A TJLP aumentou em 2015 para 6% ao ano; deve ir a mais de 7% até dezembro. Ainda assim, não vai dar nem a inflação anual, ora em 8,17%, nem acompanha a Selic galopante, a "taxa básica" da economia.

Em abril, o BNDES tinha emprestados R$ 576 bilhões para financiamento do investimento, a juros de 8,9% (0,7% ao ano, se descontada a inflação). Sim, mais de meio trilhão de reais, cerca de 10% do PIB.

Também em abril, o governo federal tinha R$ 500 bilhões emprestados ao BNDES, dinheiro que tomou emprestado, tutu que ora custa ao menos 13,75% ao ano para o Tesouro. Sim, o governo tomou emprestado dinheiro caro a fim de subsidiar programas de investimento.

Mas a taxa de investimento no país caiu. Parte do dinheiro financiou direta ou indiretamente fusões & aquisições de oligopólios, "campeãs nacionais" ou, por exemplo, até empresas que se arrebentaram em irresponsabilidades grossas com especulação financeira, em 2008, a farra dos derivativos cambiais.

A explosão da dívida pública engordada pelo "Programa de Sustentação de Investimentos" que não se sustentaram é um dos motivos do arrocho fiscal e da alta de juros.

Juros mais realistas no BNDES vão contribuir para a baixa das taxas médias no país assim que, ou se, der certo o conserto da obra de Dilma 1. Mas a coisa não pode parar por aí.

A dívida pública é financiada de modo exótico, com instrumentos que dão rentabilidade e liquidez exorbitantes aos donos do dinheiro grosso. Difícil mudar isso quando o governo tem de pedir emprestados uns 17% do PIB todo ano a fim de financiar seu deficit e refinanciar os papagaios. Porém, quando tiver meios de negociar, é também preciso dar cabo dessa mamata. Falta um programa de reforma da finança, mais ou menos regulada por leis de meio século e vícios da era da superinflação.
Herculano
07/06/2015 07:50
VVE BEM QUEM PADRINHO TEM, por Carlos Brickmann

Roberto Amaral, que ficou famoso quando por algum motivo quis construir uma bomba atômica brasileira, ganhou prestígio de verdade quando tentou impedir que seu partido, o PSB de Eduardo Campos, deixasse de seguir automaticamente o PT (e, após a morte de Campos, trabalhou contra a candidata do partido, Marina Silva).

Prestígio tem valor: Dilma nomeou Roberto Amaral para o Conselho da Itaipu Binacional, com R$ 20.804,13 mensais para participar no máximo de uma reunião por mês, e olhe lá, se não cair no feriado, e mandato de quatro anos (a propósito, além da diretoria, há doze conselheiros, todos com esse salário - dá para entender parte do alto custo da energia, não é?)

Dilma nomeou ainda outro adepto: Maurício Requião de Mello e Silva, filho do senador e ex-governador Roberto Requião. Roberto Requião é do PMDB, mas da ala petista do partido; e está, ao gosto de Dilma, cada vez mais bolivariano, dos que levam Maduro a sério. Roberto Amaral e Maurício Requião têm algo mais em comum, além da ligação com o petismo: entendem de eletricidade. Sabem o suficiente para acender e apagar a luz de casa.

Mas deixemos os ricos de lado e falemos dos pobres. O primeiro-ministro da Inglaterra, David Cameron, anunciou que todos os ministros britânicos terão salários congelados por mais cinco anos, como medida de economia. O congelamento vem desde 2010. E - fora daqui isso acontece! - o Governo britânico anunciou que cortará seus gastos em US$ 40 bilhões nos próximos dois anos.

ÓI ELES, ÓI NÓS
Os britânicos cortam os gastos do Governo, os brasileiros têm de pagar caro para manter o conforto de quem vive às suas custas. E ainda pagam muito pelos serviços que os britânicos recebem em troca de seus impostos. Assistência médica, por exemplo: quem não quiser desfrutar da "saúde quase perfeita" que, segundo Lula, é proporcionada pelo SUS, será esfolado no próximo aumento das mensalidades do seguro-saúde.

Os preços vão subir mais de 13%, superando com facilidade os aumentos de salário de qualquer categoria profissional. E esta supercobrança será feita com autorização do Governo Federal. É a união entre um Governo insensível e empresários gananciosos contra as vítimas de sempre.

QUEM ACERTOU A FIFA
Loretta Lynch, guarde este nome: foi ela, a primeira mulher negra a ocupar a Secretaria de Justiça dos Estados Unidos, que coordenou a operação em que foram presos oito dirigentes da Fifa, inclusive José Maria Marin.

Loretta, já antes de ser nomeada secretária, chefiava as investigações. É filha de um pastor protestante, formada em Direito em Harvard. Frase sua, pouco antes da operação na Suíça: "Ninguém é grande demais para a cadeia. Ninguém está acima da lei".

NAS TREVAS FAZ-SE A CARA LUZ
Uma estranhíssima parceria público-privada está sendo montada pela Prefeitura de São Paulo: por ela, empresas privadas ganharão o direito de reformular toda a iluminação pública paulistana, sem investir um só centavo (a parte dos investimentos é bancada pela Prefeitura, com o dinheiro dos cidadãos arrecadado via Cosip, Contribuição sobre Iluminação Pública).

E qual a parte da empresa privada? A dura tarefa de receber os lucros por no mínimo 20 anos, prorrogáveis. Tudo feito da maneira mais discreta e menos transparente possível. Uma representação foi entregue ao Tribunal de Contas do Município, em que o prefeito Fernando Haddad tem maioria, na quinta, 28 de maio. Ali se alegou que na semana seguinte não haveria a reunião semanal de quarta-feira, porque a quinta seria feriado - e um feriado, na laboriosa Prefeitura petista de Haddad, rende folga a semana inteira. Na outra semana também não haveria reunião, talvez por ser cansativo trabalhar no sexto dia após o feriado, ninguém é de ferro. A PPP deve abrir os editais no dia 23 próximo.

Penumbra? Não: trevas. Transparência zero.

RACISMO UNIVERSITÁRIO
É inacreditável - e este colunista não teria acreditado se não visse o ofício da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, assinado pelo pró-reitor José Fernando Schlosser. Schlosser determina que os programas de pós-graduação da Universidade - pública, paga com nosso dinheiro - informem se há alunos e professores que tenham vínculos com Israel ou israelenses.

Este colunista, por exemplo, os tem: é amigo de Sônia Bargh e Yehudit Sirotsky, ambas israelenses e moradoras em Israel. É amigo também de James Akel, descendente de palestinos árabes cristãos de Haifa. E tem boas relações com o muçulmano xiita iraniano Kia Joorabchian. E daí? O jornalista gaúcho Luís Milman, até há pouco tempo membro do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, já representou ao Ministério Público contra a atitude das Magnificências da universidade.

E a grande imprensa, as comissões de Direitos Humanos no Rio Grande do Sul e espalhadas pelo país, quando irão se manifestar contra esse tipo de atitude suja?

LUVAS DE PELICA
Engana-se quem diz que, no caso Pizzolatto, a Itália não quis dar o troco à atitude brasileira de negar a extradição de Césare Battisti. A Itália está dando o troco, sim. Henrique Pizzolatto, no Brasil, pode ter vontade de contar tudo.
Herculano
07/06/2015 07:39
NOS DEZ ANOS DO MENSALÃO DO PT, O "NÓS CONTRA ELES" CEDE LUGAR AO "SÓ FIZEMOS O QUE OS OUTROS FAZEM", por Ricardo Nobat, para o jornal O Globo

Nada mais apropriado para marcar o aniversário de 10 anos do escândalo do mensalão do que considerações feitas sobre o assunto por um ex-mensaleiro.

Uma dos 24 condenados pelo Supremo Tribunal Federal, no momento cumprindo pena em regime aberto, João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ontem, com 80 correligionários na sede do PT em Osasco, na grande São Paulo.

João Paulo falou durante quase uma hora. Analisou a conjuntura amarga enfrentada por seu partido. E naturalmente disparou algumas preciosidades. Uma delas:

- O PT errou? Claro que errou. Errou demais. Errou no mensalão. Errou agora de novo [no caso da roubalheira na Petrobras]. Mas não é por isso que o PT tem apanhado tanto.

Na verdade, segundo João Paulo, o partido é alvo de ataques de "uma elite contrariada com a administração petista". Sacou? Uma elite que não gostou da ascensão dos pobres.

João Paulo não definiu com clareza o perfil dessa elite. Mas a julgar pelo discurso de outros petistas que pensam como ele, trata-se da direita apoiada "pela mídia monopolizada".

A condescendência de João Paulo com os erros do seu partido ganhou destaque quando ele disse que o PT, em suma, nada fez de diferente do que os outros partidos fizeram.

É o resgate do argumento tacanho que ensina: se os outros fazem por que não podemos fazer?

João Paulo repete Lula quando tentou confundir o mensalão com Caixa 2 de campanha. Mensalão foi o uso de dinheiro público para subornar deputados e leva-los a votar como mandava o governo.

Caixa 2 é o uso de dinheiro não declarado à Justiça Eleitoral para financiar campanhas e comprar o apoio de partidos.

As duas coisas são crimes. Mas o mensalão é mais crime do que Caixa 2.

Por fim, curioso o discurso do PT. Ele contempla, quando oportuno, o "nós contra eles". Mas não despreza o "só fizemos o que os outros fazem".
Herculano
07/06/2015 07:33
DEZ ANOS DEPOIS , por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

A denúncia do mensalão fez dez anos. A corrupção ainda domina o noticiário político. As campanhas continuam a ser abastecidas com dinheiro das estatais. Gente de quem o leitor não compraria um velocípede usado permanece à frente de altos cargos da República. É inevitável pensar que o Brasil mudou menos do que deveria.

Em 2005, quando o pagamento de mesada a parlamentares vinha à tona, um escândalo muito maior era gestado na Petrobras. Outros casos brotam diariamente nos Estados, prefeituras, câmaras e assembleias. Isso acontece porque a impunidade continua a ser regra, não exceção.

Houve algum avanço. O Supremo Tribunal Federal mandou políticos poderosos para a cadeia no julgamento do mensalão. Agora terá a chance de fazer o mesmo no petrolão. Também há ameaças de retrocesso. Acusados da Lava Jato tentam intimidar o Ministério Público para frear as investigações. Se funcionar, teremos andado para trás.

Outro sinal preocupante é a repetição de personagens nos dois esquemas, como os ex-deputados José Janene, já falecido, e Pedro Henry, que voltou a ser preso. O ex-ministro José Dirceu também reapareceu no escândalo petroleiro. Ao mesmo tempo em que era julgado pelo mensalão, recebia como consultor de empreiteiras sob suspeita.

O que deu errado? O ex-deputado Roberto Jefferson sugere que nada será resolvido sem uma mudança no sistema. Uma década após a entrevista a Renata Lo Prete, ele deixa claro que a corrupção continua na engrenagem da máquina eleitoral.

"Quem financia campanha no Brasil são as empresas que têm grandes contratos com BNDES, Banco do Brasil, Petrobras", disse à Folha, neste sábado (6). "Os empreiteiros são braços das estatais. É aí que está o caixa de toda eleição."

Enquanto isso não for enfrentado, ficaremos com a sensação incômoda de que as coisas só mudam para permanecer como estão.
Herculano
07/06/2015 07:29
FACÇÃO LULISTA PRESSONA CONTRA AJUSTES DE LEVY, por Cláudio Humberto na coluna que publicou neste domino nos jornais brasileiros

A numerosa facção lulista trabalha para apresentar no 5o Congresso do PT, agora em junho, documento de repúdio à política econômica de Dilma. Com anuência de Lula, os torpedos atingem em cheio o ministro Joaquim Levy (Fazenda) e é um aceno aos sindicalistas. Lula gosta cada vez mais da ideia de candidatar-se em 2018. A pelegada se reuniu com Lula, no fim de mês, e desceu a borduna em Levy.

Lula no muro
No encontro, na sede da CUT, sindicalistas cobraram posição pública de Lula contra o projeto da terceirização e o fim do fator previdenciário.

Na pressão
As centrais alertaram Lula sobre possível greve geral para pressionar Dilma a vetar o projeto da terceirização, caso o Senado o aprove.

Mudança
Aos mais próximos, Lula defende Nelson Barbosa, do Planejamento, no lugar de Levy. Estaria mais afinado com o plano econômico petista.

Amor e ódio
Agora persona non grata, Joaquim Levy chefiou o Tesouro Nacional no primeiro governo de Lula. Aquele do mensalão, do petrolão...

GOVERNO JÁ TORROU R$ 14 MILHÕES COM CARTÕES
Nem parece que o País vive uma grave crise na economia: nos quatro primeiros meses do ano, o governo Dilma conseguiu gastar R$ 14,3 milhões com os cartões de pagamento, os "cartões corporativos". Apesar do exagero e dos sinais de farra, o Palácio do Planalto se recusa a informar como gastou todo esse dinheiro, alegando "garantia da segurança da sociedade e do Estado". Ou seja, da própria Dilma.

Vai uma tapioca?
Antes de o então presidente Lula tornar "secretos" os gastos, ministros foram flagrados comprando até tapioca com cartões corporativos.

Nossa conta
Cartões corporativos do governo também são usados para pagar despesas com combustível e seguranças de familiares de presidentes.

Gastos modestos
O vice Michel Temer dá sinais exteriores de pobreza, para os padrões Dilma: de janeiro a abril, gastou R$ 172,7 mil usando o cartão.

Aí, doutor
Eduardo Cunha só tolera falta de deputados ao trabalho por razões médicas ou por integrar missões ao exterior. E tem mandado descontar nos salários. Os atestados médicos já se multiplicaram.

Sinal de alerta
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) leu com lupa a pesquisa do Vox Populi indicando que o governo de Geraldo Alckmin (SP) é ruim ou péssimo para 25% dos entrevistados. Não achou tão ruim assim...

Tremendo de medo
Com votação do relatório na terça, a MP do Futebol está tirando o sono dos cartolas, pois o clube que continuar ignorando as obrigações pode ser rebaixado a divisão inferior, como aconteceu na Espanha esse ano.

Farra em Vitória
Durante a XIX Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais, na linda Vitória, entre quarta (10) e sexta (12), o contribuinte pode constatar como se desperdiça dinheiro publico. Vai ser uma farra.

Blindagem
Aliados de Robinson Faria têm reclamado do deputado Fábio Faria (PSD-RN), filho do governador do Rio Grande do Norte. O rapaz não estaria deixando ninguém chegar ao pai sem antes passar por ele.

Falta do que fazer
O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) apresentou projeto que acaba com o dinheiro em espécie. Quer que tudo seja feito digitalmente. Diz que a medida poderá reduzir a sonegação de impostos.

Bloco na rua
O deputado Damião Feliciano (PDT-PB) não esconde sua aptidão por uma festinha. Na quinta, fez uma festança, com a presença de vários deputados, para celebrar a prévia do casamento da filha.

Abraço dos afogados
O Planalto trabalha para a Lava Jato esmagar Eduardo Cunha, mas sem ajuda de deputados do PP. Até porque o primeiro vice-presidente, Waldir Maranhão (PP-MA), também poderá estar entre os denunciados.

Pensando bem...
...Dilma bem que poderia ir pedalando até o Tribunal de Contas da União, para tentar explicar as manobras fiscais do seu governo.
Herculano
06/06/2015 23:05
NÃO TEM JEITO. ESSA GENTE PERDEU A COMPLETA NOÇÃO DO TAMANHO DA SACANAGEM E DESPREZO QUE ELA TEM PELO NOSSO SACRIFÍCIO PARA SUSTENTÁ-LOS COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS. OS 450 ASSESSORES DO DEPUTADO DE RORAIMA

O conteúdo é da Revista Veja que já está nas bancas, distribuída para os assinantes e disponíveis para os assinantes virtuais. O texto é de Kalleo Coura. Deputado estadual Jalser Renier (PSDC), que comanda a Assembleia Legislativa de Roraima, contratou centenas de funcionários para o seu gabinete três dias depois de ser eleito. Cheira a falcatrua? É, diz o Ministério Público

No dia 8 de outubro do ano passado, apenas três dias depois das eleições, o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, deputado estadual Jalser Renier (PSDC), contratou 450 assessores sem concurso com um salário médio de 1 000 reais para o seu gabinete, segundo documentos obtidos pelo Ministério Público Eleitoral. Não bastasse o número de dimensões amazônicas, todas as contratações foram retroativas a março, com pagamento dos salários acumulados desde então.

A Procuradoria tem algumas suspeitas: uma delas é que ao menos parte das contratações tenha servido para pagar contas da campanha à reeleição do deputado; outra, que não exclui a primeira, é que ele embolse metade do salário desses funcionários - hipótese reforçada pelas informações de um servidor concursado da Assembleia que diz ter constatado as irregularidades.

No final do ano passado, o Ministério Público representou à Justiça Eleitoral contra Renier, por abuso de poder econômico, e pediu a sua cassação. O Tribunal Regional Eleitoral acatou a ação, e o caso agora está em análise pela Justiça.

O deputado, que na época era primeiro-secretário da Assembleia, é o mais proeminente beneficiário do esquema, mas provavelmente não o único. Ao todo, a canetada, assinada em conjunto com o então presidente do Legislativo, contratou 1 200 assessores.

O caso de Renier é o mais avançado porque o Ministério Público conseguiu identificar mais de uma dezena de casos concretos de pessoas que jamais trabalharam no Legislativo, participaram de sua campanha eleitoral, em atividades que vão da distribuição de santinhos a empunhar bandeiras pelas ruas, e depois foram beneficiadas pela decisão de outubro.

Além disso, um funcionário de carreira de Assembleia afirmou ao procurador do caso que parte desses "funcionários" entrega metade de seus vencimentos a deputados que participariam do esquema.

Em outra investigação do Ministério Público, que também se tornou um processo na Justiça Eleitoral, ele é acusado de ter comprado voto de índios, estudantes e taxistas.

Uma das coordenadores da campanha do deputado em 2014, Francisca Fátima Bezerra disse aos procuradores que "presenciou muita compra de votos" e que "a maioria das pessoas que recebiam as quantias eram muito humildes, algumas vezes apresentando receitas de remédios para receber". Um índio que recebeu 18 000 reais para distribuir em sua tribo se arrependeu e entregou o dinheiro ao Ministério Público, junto com material de campanha de Renier.

O deputado nega as acusações, tanto de compra de votos quanto de pagamento retroativo dos cabos eleitorais. Sobre as contratações, afirma que foram todas feitas por ordem do então presidente da Assembleia - embora sua assinatura também esteja no ato administrativo das nomeações - e diz que "não procede" a informação de que tem 450 assessores.

O empreendedorismo de Renier na indústria da "corrupção criativa" chama a atenção dos órgãos de fiscalização há mais de uma década. Em 2003, ele foi acusado de ser um dos mentores do esquema dos "gafanhotos", em que laranjas eram contratados por vários órgãos públicos, sem trabalhar, e tinham o salário retido por políticos.

O caso lhe rendeu uma condenação, da qual ele recorre, de seis anos de prisão em regime semiaberto por peculato. Naquele ano, acabou cassado por um outro caso. Foi condenado pelo TRE, em uma decisão confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral, por compra de votos por distribuir cartões magnéticos que davam a eleitores acesso gratuito a cinemas e a um parque aquático.
Herculano
06/06/2015 21:45
MAFRA JÁ TEVE 13 PEFEITOS CASSADOS

Texto de Moacir Pereira. O novo prefeito de Mafra, Abel Bischeski Belo, classificou como "tristes e lamentáveis" os episódios que culminaram com a dupla cassação do prefeito Roberto Scholze(PT). Lamentou mais ainda porque desde 1917, ano de emancipação política de Mafra, já ocorreram 13 cassações e afastamento de prefeitos.

Volto.

13? Coincidência: 13 é o número do PT e que teve o último prefeito cassado por lá.

Você acha 13 muito? Qualquer um acharia. Mas, a população escolheu de forma errada ou há na comunidade mecanismos fortes para não permitir que os políticos façam do cargo e função algo particular.

Em Gaspar, só um prefeito eleito foi afastado do seu mandato, Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, PMDB, e já falecido. as, em Gaspar, as instituições sempre estiveram instrumentalizadas e aparelhadas pelo poder de plantão... Então...
Herculano
06/06/2015 21:36
REGISTRO

Amanhã, domingo, a professora (licenciada) e vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, comemorará mais um aniversário. O café começa as quatro da tarde na Sociedade Tamandaré, na Lagoa. Presentes? Segundo o convite será alimentos perecíveis. Para serem distribuídos a famílias carentes.

"Qualquer tipo de ação solidária só tem sentido se motivo que nos compete a realizar for o amor incondicional", adverte.
sidnei luis reinert
06/06/2015 20:10
Velório de general ex-ministro de Sarney tem ato de desagravo

Autoridades civis e militares fizeram um desagravo na manhã deste sábado (6) durante o velório do general da reserva Leônidas Pires Gonçalves, ministro do Exército durante o governo de José Sarney (1985-90), que morreu na quinta-feira (4), no Rio, aos 94 anos.

Sarney fez vários elogios ao militar, ressaltando sua importância na transição da ditadura militar para o governo civil.

Na última homenagem, o filho do general, Miguel Pires Gonçalves, fez um desagravo ao pai, que foi citado no relatório da Comissão Nacional da Verdade, de dezembro de 2014.

"Como cidadão, eu e nossa família lastimamos certas imposturas políticas e ideológicas que tentam transformar fatos inverídicos em verdades históricas caluniando pessoas e mistificando episódios", disse o filho do general, sem citar diretamente a comissão.

O general foi citado no relatório como um dos 377 agentes do Estado que atuaram na repressão política e foram responsáveis, direta ou indiretamente, pela prática de tortura e assassinatos durante a ditadura militar.

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, também fez um desagravo em sua homenagem: "Os soldados do seu exército não consentirão que a retidão do seu caráter e a transcendência de sua alma sejam maculadas por versões históricas capciosas e tentativas de impor verdades de ocasião", disse o general.

O chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, José Carlos de Nardi, disse que o general "manteve a dignidade" das Forças Armadas e, por isso, é considerado um dos generais mais importantes do Exército.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/06/1638563-velorio-do-general-leonidas-goncalves-tem-ato-de-desagravo-e-presenca-de-sarney.shtml
Herculano
06/06/2015 18:38
COISA NOSSA, por Merval Pereira para o jornal O Globo

Condenado fazendo comício político, usando blog para comentar os acontecimentos, dando orientações sobre votações no Congresso, são coisas nossas e apartidárias. Não é apenas José Dirceu quem tem blog, seu delator Roberto Jefferson também, e ambos participam ativamente da política, dando palpites sobre o que está acontecendo, contra ou a favor do governo.

Jefferson, mesmo em prisão domiciliar, está de bem com a vida depois de ter casado em grande estilo, com direito a tirar um sarro de seu mais famoso inimigo. Ao lembrar a frase emblemática dirigida a Dirceu em transmissão pela televisão - "Você provoca em mim os instintos mais primitivos" -, ele disse a sua noiva que ela lhe inspirava "os mais deliciosos instintos primitivos".

Em seu blog, ele afirma através de interpostas pessoas que o governo beneficiou a empreiteira Odebrecht com os financiamentos do BNDES. Já Dirceu tem aparecido abatido, e continua às voltas com outro processo, o do petrolão, onde é investigado pelo Ministério Público pelas consultorias que deu a empreiteiras envolvidas na Lava-Jato, que seriam meros disfarces para propinas vindas da Petrobras.

Ele tem usado seu blog para se defender, acusando o doleiro Alberto Youssef de inventar as denúncias contra ele. Mas também participa da discussão política, ora defendendo a posição do governo contra o aumento da maioridade penal, ora rebatendo a tentativa do Congresso de controlar as nomeações nas estatais.

Mas pelo menos eles fingem algum constrangimento, e os blogs são escritos por "amigos" e "assessores", mesmo que o que se lê ali seja claramente a opinião pessoal dos condenados.

Pois o petista João Paulo Cunha, o ex-presidente da Câmara condenado por peculato e corrupção no processo do mensalão, foi flagrado pela "Folha" em uma reunião política em Osasco, seu reduto eleitoral. Digo flagrado porque os companheiros que atenderam ao convite para "bater um papo ao sabor da conjuntura e outras lembranças" recebiam instruções para não fotografar nem postar notícias nas redes sociais, e, portanto, o encontro não era para se tornar público.

Ele cumpre a pena em regime aberto em Brasília e recebeu permissão para ir a São Paulo comemorar seu aniversário. Os condenados pelo mensalão tiveram seus direitos políticos suspensos e não podem se candidatar a nada. Mas, ironicamente, há uma discussão sobre se podem ou não se filiar a partidos políticos, ou se podem participar de reuniões partidárias.

Outro condenado, Valdemar Costa Neto ignora eventuais restrições e faz reuniões políticas do PR, que ainda controla, orientando o partido sobre como votar no Congresso. Ao que se sabe, apenas as transgressões mais óbvias são punidas.

Flagrado tomando cerveja com amigos em um bar da Zona Sul de BH, o ex-deputado federal Romeu Queiroz, condenado a seis anos e seis meses de prisão por envolvimento no mensalão, perdeu os benefícios de trabalho externo e saídas temporárias.

João Paulo Cunha, por exemplo, fez ampla análise política da situação, admitindo até que o PT errou no mensalão, e voltou a errar no petrolão. Não entrou em detalhes sobre esses erros, sem deixar claro se estava admitindo os crimes pelos quais foi condenado, ou se o erro a que se referia era o de terem sido apanhados.

De qualquer maneira, a comemoração do aniversário de João Paulo Cunha foi bastante proveitosa para ele como líder político. Reuniu sua tropa política para estabelecer estratégias para a eleição municipal de 2016, e, hoje, tinha marcada reunião com grupos de sindicalistas.

Na eleição de 2012, ele era candidato favorito à prefeitura de Osasco quando teve que renunciar devido à condenação no mensalão. O então prefeito Emídio de Souza hoje é presidente do PT paulista e também esteve com João Paulo Cunha trocando ideias sobre "a conjuntura".

As atividades políticas, encobertas ou não, não são restringidas pela Justiça, que tende a ser condescendente com esse tipo de burla da punição. Mas, se os políticos foram condenados justamente por terem atividades políticas irregulares, misturadas a diversos crimes, como permitir que continuem a manter tal atividade que está no cerne de suas condenações?
sidnei luis reinert
06/06/2015 17:43
Não é só pelos 7 a 1...

Texto, anônimo, que circula pela internet, comparando Brasil e Alemanha, em outras goleadas:

Prêmio Nobel - Alemanha 103 x Brasil 0

Salário de Professor do ensino público - Alemanha US$ 30 mil/ano x Brasil US$ 5 mil/ano

Navios em trânsito por dia neste momento nos portos - Alemanha 3.800 x Brasil 315

Patentes de novas invenções por ano - Alemanha 2.700 x Brasil 150

Aviões circulando no espaço aéreo por dia - Alemanha 5.300 x Brasil 640

Indústria automobilística original - Alemanha 5 x Brasil 0

Indústria aeronáutica original - Alemanha 6 x Brasil 1

Número de satélites colocados em órbita por foguete próprio - Alemanha 112 x Brasil 0

Percentual de energia elétrica gerada por fonte renováveis e não poluentes - Alemanha 35 x Brasil 3

Tempo médio do aluno na escola pública (horas/dia) - Alemanha 9 x Brasil 4

Submarinos nucleares - Alemanha 11 x Brasil 0

Mas nem tudo é tristeza... Não desanime... Em uma coisa o Brasil parece estar ganhando da Alemanha...

Número de jogadores da seleção com brinquinhos nas orelhas e cabelos pintados: Brasil 9 x Alemanha 0!

Número de presidente analfabeto eleito: Brasil 1 x Alemanha 0

Número de presidente da república assaltante de banco, assassina, sequestradora e terrorista eleita: Brasil 1 x Alemanha 0
Herculano
06/06/2015 16:00
EDINHO, AMOR E ÓDIO por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo para o jornal Folha de S. Paulo

Os malcriados que hoje vaiam assimilaram uma linguagem. Dizem, agora, que o "estrangeiro" é o PT

"Todo brasileiro já nasce sabendo conviver com as diferenças", diz a mensagem publicitária da Caixa, ilustrada por um garoto que veste uma camiseta com as cores de todos os times patrocinados pelo banco estatal. A Caixa não prega a tolerância por decisão própria, mas seguindo uma orientação do ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Edinho Silva. O menor dos problemas da campanha publicitária é que evidencia, uma vez mais, a apropriação partidária das estatais. O maior é que difunde um equívoco conceitual: a tolerância não é atributo inato de ninguém.

Guido Mantega, Alexandre Padilha e Fernando Haddad sofreram vaias e ofensas, respectivamente, num hospital, num restaurante e no teatro. A campanha de Edinho foi deflagrada como reação a ocorrências desse tipo, que atingem lideranças do PT. Os malcriados que se aproveitam do clima político nacional para constranger petistas só merecem desprezo: numa sociedade decente, políticos devem ter a liberdade de circular como cidadãos comuns sem serem importunados. Contudo o governo lembrou-se muito tarde da importância do amor --e finge não saber quem moveu o peão das brancas.

Nos tempos do mensalão, um assessor da deputada Erika Kokay (PT-DF) perseguiu Joaquim Barbosa em restaurantes de Brasília para ofendê-lo. Quando a blogueira cubana Yoani Sánchez visitou o Brasil, chusmas de militantes do PT e do PC do B foram orientados pela embaixada de Cuba a melar os lançamentos de seu livro. Um bando de militantes petistas impediu, pelo vandalismo, a realização de um debate com minha participação na Festa Literária Internacional de Cachoeira (BA). Tais episódios, entre tantos outros, tiveram como protagonistas grupos partidários organizados, não indivíduos isolados. O ódio era política oficial, antes da descoberta do amor.

A tolerância é um aprendizado democrático. Ela só prevalece se o outro não é visto como inimigo, mas como um de nós. A metáfora da Caixa é adequada, pois todos os times pertencem à mesma pátria: o futebol. Contudo, no poder, o lulopetismo ensinou o contrário disso. A pedagogia oficial do ódio assevera que o país se divide em "nós" e "eles". Mais: diz que "eles" não são brasileiros com opiniões políticas diferentes, mas estrangeiros ideológicos. Você será qualificado de racista se divergir das políticas raciais; de inimigo do povo, se contestar o populismo econômico; de agente das multinacionais, se apontar a ingerência partidária na Petrobras; de golpista, se criticar o governo. Na pátria que se confunde com o partido, dissentir equivale a trair.

A súbita irrupção do amor oficial não cancelou o ódio oficial. Dilma Rousseff insiste na fórmula binária dos "predadores internos" (leia-se: os corruptos) e dos "inimigos externos" (leia-se: a oposição) sempre que menciona a Petrobras. A palavra "golpismo" tornou-se marca registrada dos pronunciamentos do PT. A proposta de resolução partidária da corrente petista integrada pelo ministro José Eduardo Cardozo e pelo ex-ministro Tarso Genro denuncia um "golpismo econômico" que estaria materializado nas políticas de ajuste fiscal conduzidas por Joaquim Levy. Edinho é do amor, mas sua chefe e seu partido são do ódio.

Edinho é do amor? Com uma mão, a Caixa lançou sua nova campanha. Com a outra, prossegue sua antiga campanha de financiamento dos blogs oficialistas consagrados à difamação sistemática da oposição, dos críticos do governo e de juízes encarregados dos escândalos de corrupção. Jatos de puro ódio cintilam sob a película do amor.

Suspeito que, tipicamente, algum malcriado sugeriu que Mantega, Padilha ou Haddad se transfira para Cuba. É o avesso simétrico do que ensina há tanto tempo o lulopetismo. Os malcriados aprenderam um método, assimilaram uma linguagem. Dizem, agora, que o "estrangeiro" é o PT. De certo modo, o PT venceu.
Herculano
06/06/2015 15:57
A IMPRENSA DE SANTA CATARINA DEPOIS DA QUEDA DO JORNAIS "O ESTADO", JORNAL DE SANTA CATARINA" E "A NOTÍCIA" É ALGO QUE QUANDO NÃO BEIRA A PREGUIÇA SE ESTABELECE NUMA REPRODUTORA E ACORBERTADORA FATOS COM VERSÕES OFICIAIS.

POR ISSO, POUCAS PERSONALIDADES QUE A IMPRENSA ALIENÍGINA E COMERCIAL PROTEGE OU VENERA POR INTERESSES, SE ARRISCAM ALÉM DAS FRONTEIRAS. QUANDO ISTO ACONTECE, DESCOBRE-SE OS PODRES. NO CASO DA FEDERAÇÃO CATARINENSE DE FUTEBOL, A PROTEÇÃO ESTÁ NOS DIREITOS DE TRANSMISSÃO DO FUTEBOL PELA TEVÊ.

AGORA, A IMPRENSA DE SANTA CATARINA ESTÁ INDIGNADA PORQUE DELFIM PEIXOT FILHO ESTÁ SENDO RIFADO NUM JOGO PESADO E PRÓPRIO DA CARTOLAGEM PARA NÃO SER O PRESIDENTE DA CBF. ELE INSISTE. E OS DONOS DO JOGO JÁ RESPODERAM VIA A IMPRENSA NACIONAL. NO UOL (FOLHA DE S. PAULO) ESTA É A MANCHETE QUE COLOCOU NO BOLSO A IMPRENSA CATARINENSE MAIS UMA VEZ: "POSSÍVEL SUCESSOR DE DEL NERO DÁ PODER A FILHO QUE RESPONDE POR TRÁFICO".

PARTE 1

O texto é de Vinícius Segalla. Se o atual presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo del Nero, deixar o cargo entes do fim de seu mandato, segundo o estatuto da entidade, assumirá o posto o atual vice-presidente mais velho da entidade, Delfim Peixoto Filho.

Se isso ocorrer, a CBF será comandada por um cartola que preside a Federação Catarinense de Futebol ininterruptamente há 30 anos e que emprega na entidade a nora e o próprio filho, Delfim Peixoto Neto. O filho do cartola tem um passado de polêmicas, chegou a passar um ano preso por tráfico de drogas em 2007 (quando já trabalhava na federação) e até hoje responde pelo crime na Justiça catarinense.

O atual vice da CBF é presidente da FCF (Federação Catarinense de Futebol) desde 1985. Em 2007, nomeou seu filho Delfim Peixoto Neto como assessor especial da presidência, logo depois deste ter deixado uma clínica de tratamento de usuários de crack, onde estava graças a uma condenação judicial por porte de droga.

Três meses depois, ele foi preso em flagrante por tráfico de drogas portando 132 gramas de crack, adquiridas em um bar onde funcionava uma rinha de canários, no município de Camboriú, no litoral catarinense. A polícia havia grampeado seu telefone e descobrira que ele iria ali comprar a droga para, depois, revender a uma terceira pessoa.

Durante o processo criminal, o filho do vice-presidente da CBF alegou que era viciado desde os 16 anos, e que a droga era para consumo próprio. Disse que fumava de dez a 15 gramas de crack por dia e, eventualmente, fazia uso também de drogas injetáveis. Afirmou ainda que não precisava traficar para ter dinheiro, já que trabalhava para o Joinville Esporte Clube e também na FCF, e que também a sua esposa trabalhava na FCF.

Uma testemunha de defesa confirmou o que dizia Peixoto Neto, e contou também que já tinha visto o acusado chegar para trabalhar na FCF exalando o cheiro da droga e portando algumas pedras de crack no bolso e nas mãos.

Os argumentos da defesa não convenceram a Justiça, que condenou o filho do presidente da FCF a cinco anos e cinco meses de prisão por tráfico de drogas. Em agosto de 2008, quando ele já estava há um ano cumprindo pena, foi solto da cadeia, pois seus advogados conseguiram a anulação do julgamento, sob a alegação de que o magistrado que julgara o caso não detinha os requisitos legais para fazê-lo.

De acordo com André Lozano, do escritório RLMC Advogados, especialista em direito e processo penal, a anulação do primeiro julgamento se deu em virtude da "inobservação do princípio do juiz natural". "O juiz que deveria julgar o caso se declarou impedido por motivos pessoais. O novo juiz que assumiu não pertencia à vara que deveria ser a responsável pelo processo. Assim, a defesa obteve a anulação".

O processo, então, voltou à estaca zero, e Peixoto Neto agora aguarda em liberdade pelo novo julgamento, que está marcado para o próximo dia 30 de julho.

Ao deixar a prisão, ele voltou a trabalhar na FCF, onde está até hoje. Ele atua como delegado da federação em jogos oficiais, representa o pai em compromissos e viagens ligadas à federação e auxilia o gabinete da presidência em assuntos gerais.

No dia 11 de julho de 2010, Peixoto Neto estava no estádio do Joinville acompanhando a final da Copa de Santa Catarina, disputada entre o time da casa e a equipe de Brusque. Os visitantes acabaram por sagrar-se campeões.

Um minuto após o apito final, Delfim Peixoto Neto, acompanhado de dois amigos (sendo um deles árbitro oficial da FCF), invadiu uma das cabines de rádio do estádio e espancou o narrador de Brusque, Rodrigo Santos, que ainda estava no ar quando foi agredido.

No dia seguinte à agressão, o presidente da FCF convocou uma entrevista coletiva para dizer que lamentava o episódio e que não aprovava a conduta do filho. Apesar disso, seu cargo como assessor especial da presidência foi mantido.

Na última sexta-feira (5), o jornalista Rodrigo Santos falou com o UOL Esporte sobre o ocorrido: "Ele (Delfim Peixoto Neto) já entrou me dando um soco na cara e sem falar nada. Eu caí no chão e tomei chutes por todos os lados". Santos contou que a ira do filho do cartola foi despertada pelo fato de o jornalista ter noticiado que um vice-presidente da FCF havia dito que Peixoto Neto influenciava na escolha dos árbitros das partidas oficiais em Santa Catarina, e que muitas vezes a federação dizia que havia um sorteio mas, na realidade, o juiz era escolhido pela vontade dos cartolas.

"Por causa disso, a FCF teve que transmitir via internet o sorteio do árbitro para a final da Copa de Santa Catarina. Daí, quando o time dele, o Joinville, perdeu, ele ficou muito bravo", conta Santos.

Novamente, o presidente Peixoto Filho deu entrevista para dizer que, sim, seu vice-presidente havia dito aquilo que o jornalista noticiara, mas que ele estava equivocado, que não havia tal prática de burlar os sorteios de arbitragens dentro da FCF.

Três anos depois, em julho de 2013, depois da vitória do Marcílio Dias por 3 a 0 contra o Hercílio Luz, no estádio Gigantão das Avenidas, em Itajaí, Delfim Peixoto Neto subiu as arquibancadas para tirar satisfação contra um colunista esportivo catarinense chamado Zélio Prado, de 62 anos. Ele cuspiu na cara do jornalista e o agrediu com socos. A ação foi filmada por uma equipe de TV local.
Herculano
06/06/2015 15:57
PARTE 2

Na última sexta-feira (5), o UOL Esporte conversou com o presidente da FCF e vice-presidente da CBF, Delfim Peixoto Filho. Perguntou do motivo da contratação do filho como assessor especial da FCF. "Ele entende muito de futebol, é um ótimo assessor e me ajuda muito", disse o cartola. Perguntou sobre a relação do filho com as drogas. "Ele nunca foi traficante. O delegado qualificou assim porque não gosta de mim. Ele era viciado, mas está completamente recuperado."

Perguntou, finalmente, se ele não acredita que seria nepotismo contratar o próprio filho e a nora para trabalhar na federação. "Nepotismo? Como assim, nepotismo? Nepotismo acontece em instituição pública! A FCF é uma entidade privada". O UOL Esporte procurou Peixoto Neto na Federação Catarinense, mas não conseguiu contato.

O presidente da Federação Catarinense já está pronto para assumir a CBF caso as suspeitas de envolvimento em casos de corrupção contra Del Nero tornem insustentável a permanência dele na chefia da instituição.

Del Nero, por sua vez, convocou uma Assembléia geral da CBF para a próxima quinta-feira (11). Há a expectativa de que se tente alterar o estatuto da entidade, retirando a regra de que, na falta do presidente antes do fim de seu mandato, assuma o cargo o vice de idade mais avançada. Delfim, de 74 anos, diz que qualquer tentativa de mudar as regras nesse momento será um golpe.
Herculano
06/06/2015 15:27
UMA MANCHETE RECORRENTE E QUE MOSTRA O NOSSO LADO MAIS INQUIETANTE E PREOCUPANTE. HÁ QUEM TENTE LIVRÁ-LA DOS DESASTRES POLÍTICOS. ERRADO. É DECORRENTE. ISTO QUANDO NÃO HÁ ENVOLVIDOS DIETOS E QUE JÁ RESPONDEM NO JUDICIARI. OPERAÇÃO TERMINA COM 12 PRESOS SUSPEITOS DE ROUBO E RECEPTAÇÃO EM GASPAR E BRUSQUE.

Sete homens e cinco mulheres faziam parte de uma quadrilha que atuava no roubo de casas na região informa conteúdo do Jornal de Santa Catarina, da RBS Blumenau.

Uma operação da Polícia Civil de Gaspar, com apoio de Brusque e da Polícia Militar, terminou com a prisão de 12 pessoas entre a noite de sexta-feira e a manhã deste sábado. Sete homens e cinco mulheres foram detidos, ouvidos e serão levados ao Presídio Regional de Blumenau, onde devem aguardar o julgamento. Eles vão responder, entre outros crimes, por roubo, formação de quadrilha e receptação. Os mandados foram cumpridos em oito locais diferentes de Brusque.

Segundo o delegado Egídio Maciel Ferrari, que comandou a operação, aquadrilha começou a ser monitorada depois de cometer três assaltos bem parecidos nos bairros Barracão e Bateias, que ficam em Gaspar. Ele contou que o modo de operação era similar: eles entravam nas residências, amarravam as vítimas, agiam com violência e saíam em fuga sempre com o carro da família, abandonando logo depois. Não está descartada a participação deles em roubos também em Brusque, onde todos moravam.

- A gente descobriu que as esposas dos bandidos eram fundamentais no esquema. Elas agiam principalmente com a receptação e a venda dos produtos roubados, além de esconderem armas - contou o delegado.

A operação foi antecipada depois que a investigação descobriu que um dos suspeitos iria fugir para São Paulo. O ônibus em que ele estava foi parado na noite de sexta-feira na BR-101 em Penha. Depois disso, eles foram de madrugada em oito residências espalhadas em vários bairros de Brusque. Os agentes encontraram diversos aparelhos eletrônicos, 18 relógios (avaliados em R$ 100 mil), armas, roupas e joias. Também foi encontrado quantidade considerável de drogas. por isso alguns dos presos devem responder também por tráfico.

- A gente descobriu que são todos familiares e que vieram de São Paulo. Moram há pouco tempo na região. São maridos, esposas, irmãos, primos ou amigos próximos. Conseguimos cumprir todos os mandados de prisão temporária - diz Ferrari.

Os nomes dos suspeitos ainda não foram divulgados porque a polícia ainda colhe os depoimentos.
Juarez Custódio
06/06/2015 14:26
Tem gente q não aprende mesmo, vamos aos fatos:

1. Leva uma surra nas urnas!
2. Apoia um deputado de outro partido, o deputado se elege e q acontece com ele! DESEMPREGADO!
3. SOLUÇÃO: Pedi para o sogro q ele vive falando mal, mas q o sustenta, pra conseghuir a boquinha novemente! E não é conseguiu, continua mando na barrosa!
Rapaz agradece e para de ficar falando bobagem!
Todo mundo sabe q vc esta por traz da vereadora!
Lembra daquele acordo q vcs fizeram conosco,o PT no inicio da legislatura, no gabinete do nosso prefeito? Poi sé tah tudo gravado, apertos de mãos, etc! Na campanha isso vai aparecer!
Herculano
06/06/2015 09:57
BLATTER ABRE CAMINHO PARA DILMA, Guilherme Fiuza para o jornal O Globo

FBI jamais entenderia como uma mandatária pode permanecer imune a investigações num cenário desses.

Joseph Blatter deu no pé porque sentiu o FBI nos seus calcanhares. Como os investigadores americanos já sabem que a Fifa é uma central de negociatas, o presidente reeleito da entidade achou melhor botar a viola no saco. No Brasil é diferente. Dilma Rousseff sentiu a Polícia Federal nos seus calcanhares, e os investigadores brasileiros já sabem que o governo do PT é uma central de negociatas. Mas a presidente reeleita não deu no pé, porque aqui não tem FBI. E com o silêncio das panelas, está dando até para ouvir o ronco do gigante.

Uma década após o estouro do mensalão, o Brasil ameaça engolir também o petrolão - o que seria o salvo-conduto definitivo para a ladroagem progressista e humanitária. Nestor Cerveró, o primeiro brasileiro a proibir uma máscara de carnaval, foi condenado por comprar um apartamento em Ipanema com propina do petrolão. O ex-tesoureiro Vaccari está preso, acusado de ajudar Dilma Rousseff a alugar um palácio em Brasília (temporada de quatro anos) com propina do petrolão. Mas, nesse caso, a inquilina não está sendo sequer investigada. Como se vê, há propinas e propinas.

As delações premiadas da Lava-Jato já se cansaram de apontar que seria impossível operar um esquema com a dimensão do petrolão, por mais de dez anos, sem a cobertura do Planalto. O FBI jamais entenderia como uma mandatária pode permanecer imune a investigações num cenário desses. Ainda mais havendo indícios claros de dinheiro do esquema em suas duas campanhas presidenciais. E fartas evidências de formação de caixa pelo seu partido com dinheiro roubado da maior empresa nacional - graças a diretores protegidos pelo grupo governante.

Nota de esclarecimento ao FBI: a presunção de inocência da presidente é absolutamente normal na conjuntura institucional brasileira. A Corte Suprema é bem fornida de militantes premiados por anos de lealdade aos seus padrinhos. E o processo da operação Lava-Jato é presidido segundo esse padrão de isenção. Entenderam, prezados ianques? De que vocês estão rindo?

Em perfeita sintonia com os puxa-sacos petistas que foram ser felizes para sempre no Supremo, o procurador-geral da República arremata a ópera da inocência - diante da qual a opinião pública se curva, reverente, babando na gravata. Resta a Dilma subir em sua bicicleta e pedalar solene diante de uma imensa placa "Lava-Jato" - proporcionando a foto emblemática do Brasil-2015. Segue a legenda oficial: "Obrigada, otários, pela sua compreensão".

Deve ser uma delícia sentir o vento do Planalto no rosto ao ritmo das pedaladas ciclísticas e fiscais ladeira abaixo (rumo à recessão), sem o menor risco de topar com a gangue da faca. Além de mais quatro anos para reger a orgia petista, o mandato presidencial dá direito a pedalar com um aparato de seguranças - e a escolta de um carro oficial, caso sua excelência se canse e prefira as facilidades do petróleo (sem precisar chamar o Vaccari). Quem sabe até dando uma carona ao companheiro Blatter, que ficou a pé.

Seria o mínimo, considerando a carona valiosa que a Fifa deu ao governo petista. Além da oportunidade de construir os estádios mais caros da história das Copas, com a bolsa BNDES irrigando empreiteiras amigas, o balcão do companheiro Blatter fez o favor de tirar o Morumbi da Copa do Mundo. Assim abriu-se o caminho para o milagre do Itaquerão, mais um sonho bilionário de Lula realizado pela Odebrecht - ou o contrário, dá no mesmo. A CPI do Futebol pode ser mais uma oportunidade para o gigante abrir um dos olhos, ver que os companheiros estão metendo a mão no seu bolso, bocejar uma palavra de ordem e voltar aos seus sonhos de anão.

Blatter pediu o boné porque seus cúmplices deram com a língua nos dentes, expondo seu esquema de eternização no poder. Já o esquema de eternização do PT no poder vai bem, obrigado - e os cúmplices podem dar com a língua nos dentes à vontade. O homem-bomba das empreiteiras, Ricardo Pessoa, disse aos investigadores da Lava-Jato que deu R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma no ano passado para não perder negócios com a Petrobras. Aí o barulho foi grande: era o gigante roncando.

Indignados com a indiferença da plateia, Dilma e seus amigos da pesada subiram o tom: depois de Erenice estrelar o escândalo tributário da Operação Zelotes e Rosemary ser denunciada por improbidade administrativa, Fernando Pimentel roubou a cena. O governador de Minas - também conhecido como consultor sobrenatural - teve seu braço-direito, o empresário Bené, preso por suspeita de associação criminosa. Entre as acusações contra o amigo do amigo de Dilma está a origem suspeita de dezenas de milhões de reais em receita de sua gráfica, que atende ao PT. Diante do presépio petista, talvez o FBI achasse que está sendo injusto com a Fifa.

A renúncia de Joseph Blatter após sua reeleição foi um gesto pedagógico. Ou o Brasil se inspira nele, ou assume que quer tomar mais quatro anos de pedaladas. E facadas.
Herculano
06/06/2015 09:53
AS CASINHAS DE PLÁSTICO

A boa reportagemdo jornal Cruzeiro do Vale, que só os seus 25 anos credenciam a isto, mostra como age a administração petista de Gaspar, uma sucursal e franquia de um modo errático de governar e se agarrar no poder do PT nacional.

Propaganda enganosa e uso escandaloso dos pobres, analfabetos, ignorantes, desinformados e fracos para serem seus eternamente servis eleitores à espera de uma solução e que nunca chega ou vem aos pingos por décadas.

A prefeitura de Pedro Celso Zuchi, Doraci Vanz, Mariluci Deschamps Rosa, Lovídio Carlos Bertoldi, Antônio Carlos Dalsochio, José Amarildo Rampelotti e Maristela Cizeski são culpados? Sim. Mas, mais culpados são os gasparenses que não reagem a isto, principalmente nos partidos políticos que agora se dizem de oposição. Alguns indignados com o que revelou a reportagem, mas que é sabido há anos entre nós.

Eles (estas pessoas e partidos) também vão usar este escárnio social para obter vantagens na próxima eleições e eles sabem disso. E no facebook já começou o discurso das sacanagens dos omissos. Ou seja, esse pessoal precisa de moscas para sobrevivência e sabe que elas se proliferam na merda, na podridão. E o fedor serve a todos, inclusive aos omissos. E por falta de esclarecimento não foi. Esta coluna há anos alerta e desenha esta infâmia contra a cidadania em Gaspar. Acorda, Gaspar!
Herculano
06/06/2015 09:41
PROMISCUIDADE, por Alberto Dines para o jornal Gazeta do Paraná

Com apenas uma hora de depoimento numa delegacia no Brooklyn nova-iorquino, atraiu o FBI americano, desmontou a Fifa, enfiou no xilindró suíço quase uma dezena de cartolas da periferia futebolística mundial, no meio da qual se exibia impune e lampeiro uma estrela de primeira grandeza: o ex-governador do maior e mais rico estado brasileiro, ex-presidente da CBF e agora seu vice, José Maria Marin. Seis dias depois, o terremoto destronou o indestronável imperador do futebol, Joseph "Sepp" Blatter.

O autor desta formidável façanha não é cartola, não é político, não se escondia na sombra: jornalista esportivo no interior de São Paulo (São José do Rio Preto) ralou, ralou, ralou, subiu, subiu, subiu, criou uma empresa de marketing esportivo com o sugestivo nome de Traffic, traficou favores,intermediou negócios de milhões, converteu-se em baronete da mídia interiorana e com o aval do Congresso e do governo obteve em 2003 uma rica concessão de televisão (TV Tem, afiliada da prestigiosa Rede Globo). Segunda a Folha de S. Paulo desta sexta, a emissora atende 318 municípios no rico interior paulista.

J. (de José) Hawilla - Jotinha para os íntimos -"colabora" com o FBI desde o final de 2013. Réu confesso, um ano depois, acertava com as autoridades judiciais americanas o pagamento de uma multa de 151 milhões de dólares.

Quando a direção da entidade suíça passou a exigir dos países-sede das Copas do Mundo estádios, equipamentos e serviços urbanos de altíssima qualidade estabeleceu-se o padrão Fifa. O megaescândalo agora revelado tem exatamente este extravagante e formidável padrão e só começou a ser desmontado graças a uma casualidade: além da mansão de 15 mil metros quadrados em Rio Preto, o exigente Jotinha reside numa propriedade avaliada em oito milhões de dólares na exclusiva Sunset Island, Miami, Flórida, Estados Unidos da América do Norte - paisinho onde há 241 anos as promiscuidades, por mais extensas e sólidas que sejam, costumam ser atalhadas pelas autoridades.

O segredo que tornou a sucursal brasileira da Fifa invencível e inexpugnável é exatamente a promiscuidade. Convivência espúria, conivência despudorada, a CBF é uma traficante de vantagens e privilégios. Embora conste no artigo 1.º dos Estatutos que "goza de peculiar autonomia não estando sujeita a qualquer ingerência estatal", a CBF tem efetivamente mais poder do que o Ministério dos Esportes. Entidade de direito privado, suas veladas conexões com o Judiciário e o Legislativo a colocam acima do bem e do mal, imune a CPI?s e investigações do Ministério Público.

Blindagem decisiva para garantir sua imunidade, impunidade e sobrevida são os laços que a CBF mantém com a mídia, especializada ou não. A fulgurante carreira do Jotinha Hawilla é paradigmática: em apenas 36 anos o indomável profissional demitido por participar de uma greve delirante que tanto prejudicou a categoria, acerta com a Justiça americana o pagamento de uma multa de quase R$ 500 milhões.

Por mais animado que esteja o Congresso neste momento dificilmente conseguirá identificar, enquadrar e desmontar a promiscuidade que intoxica a mais importante instituição da vida nacional - quase uma religião - o futebol. Para recuperá-la, desintoxicá-la e injetar um pouco de otimismo será indispensável o empenho de outra lendária instituição que carece de façanhas para tirá-la de uma de suas maiores crises: a mídia.
Herculano
06/06/2015 09:25
REGISTRO

O Bia Hostins (Tarcísio Nelson Hostins) completou ontem 73 anos.

O presente que mais queria não veio, segundo ele próprio. Era a sua desfiliação do PMDB de Gaspar. O presidente KLeber Edson Wan Dall não assina a desfiliação e nem devolve o documento. Segundo o Bia, só desculpas.
Herculano
06/06/2015 07:53
OS LEGADOS DO MENSALÃO, por Igor Gielow para o jornal Folha de S.Paulo

Há dez anos, a jornalista Renata Lo Prete abria, ao apresentar Roberto Jefferson sem censura nas páginas desta Folha, o capítulo do mensalão na história política brasileira. Encerrado o plantão aqui na Sucursal de Brasília naquele fim de semana, me perguntei internamente algo como: "Onde será que isso vai parar?".

Os efeitos do escândalo ainda se fazem sentir no cotidiano. Se imperfeita, a investigação do caso levou a um julgamento conturbado e sem precedentes: a elite do grupo que comandava o país foi parar na cadeia.

A mão de ferro de Joaquim Barbosa na condução do processo é passível de críticas, mas é fato que um novo padrão foi estabelecido na relação entre sociedade e Judiciário.

Não só para bem. Expectativas maiores também geram inspiração justiceira em alguns magistrados, a exemplo do que já acontecera no passado com procuradores e delegados, mas o saldo é positivo.

A corrupção, claro, não desapareceu. Ao contrário, sofisticou-se, como o esquema desvendado na Lava Jato aponta. Mas parâmetros mudaram: sem o destino do maior punido no mensalão, o operador Marcos Valério, não haveria a oferta de delações premiadas de hoje.

Na política, o legado maior do episódio foi a exposição pública da engrenagem que o PT montou uma vez no poder. A imagem algo romântica do partido estilhaçou-se, iniciando simbolicamente um processo de desintegração que parece atingir seu auge agora, uma década depois.

Por fim, o mensalão marca também o começo de um aparentemente infindável movimento de descrédito na política. Um efeito colateral cheio de contradições, que mistura a crescente apatia com episódios como o junho de 2013, além de estimular ao paroxismo o radicalismo da manada algorítmica das redes sociais.

Afinal, onde aquilo foi parar? Descontando as dores naturais do crescimento, num país um pouco melhor.
Herculano
06/06/2015 07:51
DILMA APOSTA NA LAVA JATO PARA DESGASTAR CUNHA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou neste sábado nos jornais brasileiros

A presidente Dilma aposta nas investigações da Operação Lava Jato para desmoralizar e diminuir o poder dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros. Ela foi informada de que o mandado de busca e apreensão da Polícia Federal na Câmara complicou seu presidente. Mas alegações contra Renan seriam frágeis e, ao contrário de Cunha, ele pode até não ser denunciado pelo MPF.

Estratégia
Dilma joga pesado na recondução do procurador-geral Rodrigo Janot. É que ele não gosta de Cunha e, até agora, não a desapontou.

Janot nas paradas
Improvável há alguns meses, a recondução de Janot passou a ser "possível", especialmente se ele ganhar apoio de Renan Calheiros.

Desestabilização
O Planalto acredita que, se for mesmo denunciado, Eduardo Cunha ficará sem condições de continuar presidindo a Câmara.

Conspirador-mor
O ministro Aloizio Mercadante, que se encarregou de jogar Renan contra Luiz Fachin (STF), agora atua no desgaste de Eduardo Cunha.

JOAQUIM REJEITA CARREIRA POLÍTICA: "É DESAGRADÁVEL"
Aposentado precocemente do Supremo Tribunal Federal no auge das expectativas para seu ingresso na política, Joaquim Barbosa não tem vontade de ingressar na política. Ele disse em Israel, onde recebeu homenagem de uma universidade local, que no Brasil a política "se tornou numa coisa desagradável". Tampouco gostaria de estar no STF para julgar o Petrolão: "Nada em vida pública me encanta mais".

Vida privada
A ausência de obrigações funcionais parece um sonho conquistado. Joaquim Barbosa está gostando do que chama de "vida privada".

Dolce far niente
Ao se aposentar, Joaquim prometeu a amigos aquecer a cena pública com um livro de memórias e "atuação" nas redes sociais. Desistiu.

Correndo para o abraço
Além da gorda aposentadoria, Joaquim Barbosa se dedica a palestras, pareceres e a ficar acessível a eventos que afaguem o próprio ego.

Esqueceram de mim
Batendo pernas na Itália, o ex-presidente Lula nem pensou na hipótese de visitar o companheiro mensaleiro Henrique Pizzolato, que está na prisão de Modena arrumando as malas rumo a Papuda, em Brasília.

Dá livro, filme etc
O jornalista Matheus Leitão vai transformar em livro a espetacular reportagem sobre como localizou e entrevistou o homem que entregou seus pais - jornalistas Marcelo Netto e Mirian Leitão - aos torturadores, na ditadura militar. A história renderia também um grande filme.

Câmara às moscas
O deputado JHC (SD-AL) foi ontem ao trabalho, mas não havia vivalma na Câmara. No Senado, o ambiente era igualmente desolador. Depois, Ronaldo Fonseca (Pros-DF) fez companhia ao deputado alagoano.

Em campanha
Após o governo articular contra seu projeto de se reeleger presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB) decidiu mudar o comportamento e se aproximar de alguns colegas, inclusive do PT.

Irmãos siameses
Diante da queda de popularidade do governador Rodrigo Rollemberg (DF), o deputado Izalci (PSDB) ironiza: "Ele ainda mantém no governo os assessores de Agnelo Queiroz, que saiu com péssima avaliação".

Cabo de guerra
Com um pé fora do PSDB, a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) vem se desentendendo com o também tucano Marconi Perillo, governador de Goiás. No final de semana passada, ambos trocaram farpas.

Tem volta
A nomeação do peemedebista Vinicius Lummertz para a presidência da Embratur irritou o PCdoB. A escolha foi uma gratificação ao PMDB pela atuação no ajuste fiscal. Irritados, os comunistas já falam em boicote.

Quem paga a conta
Os parlamentares aproveitaram o final de semana para usar o dinheiro público. Comitivas formadas por suas excelências foram para Rússia, Israel e Cuba. Tudo bancado pelo coitado do contribuinte.

Pensando bem...
...Dilma anda tão à vontade em sua bike quanto o seu governo nas "pedaladas fiscais" reveladas pelo Tribunal de Contas da União.
Herculano
06/06/2015 07:43
da série, será verdade que tem gente que quer entrar na lama?

O PT NÃO ESTÁ EM CRISE. TEM 200 MIL PEDIDOS DE FILIAÇÕES
parte 1

O conteúdo é do 247. O texto é de Valter Lima, de Aracajú, em Sergipe. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta sexta-feira, durante coletiva de imprensa, em Aracaju, que, "diferentemente do que afirma a mídia monopolizada e a oposição de direita", o seu partido não está em crise. Ele rechaçou que o PT proteja aqueles que cometem ilegalidades e destacou a importância do 5º Congresso do partido para a definição de "novos caminhos". Neste sábado, Rui participa, ao lado do secretário nacional de Finanças, Márcio Macêdo, do encontro estadual do PT de Sergipe.

"Só este ano já foram 17.750 novas filiações, mais do que o dobro de todo o ano passado. Além disso, há mais 139 mil filiações aprovadas, esperando as plenárias de confirmação da militância e há ainda mais 47 mil pedidos de filiação que aguardam análise das direções. Ou seja, são quase 200 mil pessoas que estão pedindo ingresso no PT, partido que tem 1.742.802 filiados. Isso não é um partido em crise, como a mídia monopolizada tenta nos classificar. O nosso partido está há 12 anos no poder, venceu a quarta eleição consecutiva. Não estamos em crise apesar do ataque feroz da direita conservadora, da mídia e dos que não se conformam com a derrota", afirmou.

Rui Falcão defendeu que é "tempo de parar de falar de ajuste", numa clara referência às medidas econômicas tomadas pelo governo federal neste início de 2015. "É hora de falar de investimento, de geração de emprego, de distribuição de renda, de crescimento econômico, inclusão social, novos avanços e mais investimentos na Educação e na Saúde", ponderou.
Herculano
06/06/2015 07:42
"NÃO VAMOS ADMITIR QUE QUALQUER FACÇÃO DO JUDICIÁRIO QUEIRA CRIMINALIZAR O PT"
parte 2

Questionado sobre a prisão do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o presidente do partido disse que não há provas contra o petista. "Está provada que a movimentação financeira dele foi compatível com seus rendimentos. Esperamos que ele seja solto brevemente. Ele não pode ser condenado sem provas. Não vamos admitir que qualquer facção ou setor do Judiciário queira criminalizar o PT", disse.

Segundo Rui, as doações que o PT recebeu de empresas foram "legais, dentro do que a legislação estabelece, com transações bancárias registradas no TSE, semelhante aos demais partidos em valores e nas empresas que doaram a nós como doaram a todos os outros", afirmou.

Para ele, existe uma "uma tentativa de criminalizar o PT". "Como não conseguem nos derrotar nas urnas, usam a mídia monopolizada para tentar nos condenar. Mas tenho a certeza que, através do debate, dos horários eleitorais e da ação da nossa militância desmentindo, todos esses ataques não terão resultado", ressaltou.

RELAÇÃO COM O PMDB

Rui Falcão destacou que o Brasil precisa superar o modelo de governo de coalizão. "A presidente é do PT, o programa eleito é do PT, mas se tem a dificuldade de implantar, porque muitos que te ajudam a te eleger, te impedem de governar. Continuo insistindo numa verdadeira reforma política, com uma Constituinte Exclusiva. Com esse Congresso que está aí não terá reforma. O presidente da Câmara faz uma manobra para votar uma questão vencida, como foi com o financiamento privado. Temos que criar uma governabilidade social para pressionar os parlamentares como foi feito na lei das terceirizações", disse.

Para ele, o PMDB tem muitas contradições, como os demais partidos brasileiros. Sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ele disse que "o PT irá sempre se valer do regimento que não pode ser atropelado". "Quando ocorrer irregularidade, vamos nos valer do Judiciário e da pressão social", avisou.
Herculano
06/06/2015 07:41
ELEIÇÕES 2016 E 2018
Parte 3

Sobre as eleições de 2016, ele evitou falar em nomes e disse que primeiro é importante estabelecer o programa de governo. "Em 2016, vamos disputar sem aventuras, manter o que temos e ampliar", disse. Em relação ao pleito de 2018, ele disse que o "problema do PT não é falta de candidatos, mas o excesso". "Temos além de Lula, que há sempre um desejo para que ele volte, outras lideranças do partido que poderão disputar", afirmou.

CONGRESSO

Sobre o Congresso do partido, que ocorrerá na próxima semana em Salvador, ele disse que o evento contará com a presença do ex-presidente Lula, da presidente Dilma Rousseff, de 30 delegações internacionais e mais de 800 representantes dos diretórios estaduais. "É um congresso para avançar mais nas nossas políticas, fazer um balanço de 35 anos de existência do partido, dos 12 anos de governos democráticos, discutir as táticas eleitorais para 2016. E momento de muita mobilização e de correção de rumos", destacou.

Sobre sua vinda a Sergipe, ele disse que foi uma forma de valorizar o Diretório Estadual que "faz a doação de seus principais quadros para o partido". "Temos Márcio Macêdo numa missão espinhosa na Secretaria de Finanças e temos Rogério Carvalho no Ministério da Saúde, dando sua contribuição", afirmou.
Herculano
06/06/2015 07:41
MÁRCIO MACÊDO DIZ QUE CONGRESSO DO PT DÁ VITALIDADE AO PARTIDO
parte 4

O secretário de Planejamento e Finanças do PT, Márcio Macêdo, afirmou que o 5º Congresso Estadual do PT servirá para discutir as dificuldades econômicas do país e a crise política pela qual passa a democracia brasileira. Ele destacou a importância das etapas estaduais para a "vitalidade do partido".

Para Márcio, "é importante debater com a militância e preparar o partido para enfrentar os momentos de dificuldades". "Fui convocado para assumir uma tarefa complexa, mas quero dizer que as coisas estão indo bem. Haveremos de atravessar essa crise. Nas crises abre-se janelas de possibilidades, de correção de rumos, para fortalecer o projeto de transformação que o Brasil está vivendo. Será o momento não só de debater a nossa política e economia internas, mas de discutir como o PT vai dialogar com a sociedade e mostrar para ela a síntese e o acúmulo de 12 anos de governo e qual país que queremos para os próximos anos", afirmou.

Segundo o petista, o partido deve reforçar sua defesa pelas 40 horas semanais de trabalho, pela reforma tributária com taxação das grandes fortunas e o fim do fator previdenciário. "O mais importante nesse congresso é o PT dialogar com a sociedade sobre temas que são caros para a base social", reforçou.

Sobre a vinda de Rui Falcão, ele disse que é "um gesto importante para Sergipe". "Fortalece o PT de Sergipe em função do trabalho que venho realizando em conjunto com Rui de reestruturação do PT. Sergipe pode contribuir muito com o Congresso Nacional do PT, que vai ocorrer de 11 a 13 de junho, em Salvador", disse. A etapa estadual do Congresso do PT, em Aracaju, ocorrerá neste sábado (5), a partir das 9h, no Sindicato dos Bancários.
Herculano
06/06/2015 07:29
MAS ALGUÉM TINHA ÓU TEM DÚVIDA DISSO? EM DEPOIMENTO À TV FOLHA (JORNAL FOLHA DE S. PAULO), O HOMEM QUE DESMASCAROU O PT NO MENSALÃO, TRAÇA O PERFIL E O MODO OPERACIONAL DE UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA QUE SE DISFRAÇA DE POLÍTICA E USA A DEMOCRACIA PARA SE MANTER NO PODER COM DINHEIRO PÚBLICO, OU SEJA, DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS QUE ESTÃO FALTANDO À SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, OBRAS DE INFRAFRESTRUTURA

PT IMPÔS AO BRASIL O PADRÃO FIFA DA CORRUPÇÃO, DIZ ROBETTO JEFFERSON, por Bernardo Mello Franco, colunista do jornal Folha de S.Paulo, em Brasília

parte 1

Dez anos depois de denunciar o mensalão à Folha, o ex-deputado Roberto Jefferson, 61, afirma que o PT implantou o "padrão Fifa de corrupção" e que o dinheiro das estatais continua a financiar as campanhas no país.

O petebista deixou a cadeia há três semanas. Cumpre prisão domiciliar em um condomínio de alto padrão na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde já viveram os ex-craques Romário e Ronaldo.

A entrevista foi autorizada pelo juiz Eduardo Oberg, titular da Vara de Execuções Penais do Rio. Leia a seguir os principais trechos.

Folha - Por que o sr. decidiu denunciar o mensalão?
Roberto Jefferson - Decidi dar a entrevista porque tinha sido vítima de uma matéria que deflagrou o processo da minha cassação. Aparecia um funcionário dos Correios, Maurício Marinho, recebendo R$ 3 mil e dizendo que era para o PTB. Era uma pessoa com quem eu não tinha nenhuma relação. Virei o grande vilão nacional por R$ 3 mil. A matéria foi feita por encomenda da Casa Civil [então chefiada por José Dirceu]. Nós identificamos imediatamente de onde veio.

Folha - O governo tentou algum acordo para silenciá-lo?
Jefferson - Quando eu estava sob tiroteio, vai à minha casa o líder do governo, o [Arlindo] Chinaglia, e propõe um acordo. "Roberto, você renuncia à presidência do PTB, o governo designa um delegado ferrabrás para o processo, ele arquiva e tudo se acerta".

Eu disse: "Não aceito. Eu entrei pela porta da frente e vou sair pela porta da frente. Só que eu vou carregar um bocado de caras comigo. Vocês não vão me ver de joelhos, eu vou enfrentar vocês". [Chinaglia nega o relato.]

Folha -Dez anos depois, o PT diz que não se comprovou o pagamento de mesada a deputados.
Jefferson -Havia mesada. A Lava Jato agora clareou isso. Por respeito à decisão do ministro [Luis Roberto] Barroso, eu só posso falar do passado. Mas o [Alberto] Youssef fazia pagamento mensal para vários deputados de partidos da base. Era aquilo que havia na época. As malas chegavam com R$ 30 mil, R$ 60 mil, R$ 50 mil. Não se comprovou porque não fotografaram.

Folha - Por que o sr. não aceita ser chamado de delator?
Jefferson - Isso me deixa chateado. Delator é quem está dentro. Eu não deixei o PTB entrar no mensalão, não aluguei minha bancada. Quando o juiz me propôs a delação premiada, respondi: "Excelência, delação premiada é conversa de canalha. Quem faz delação premiada é canalha".
Herculano
06/06/2015 07:29
MAS ALGUÉM TINHA ÓU TEM DÚVIDA DISSO? EM DEPOIMENTO À TV FOLHA (JORNAL FOLHA DE S. PAULO), O HOMEM QUE DESMASCAROU O PT NO MENSALÃO, TRAÇA O PERFIL E O MODO OPERACIONAL DE UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA QUE SE DISFRAÇA DE POLÍTICA E USA A DEMOCRACIA PARA SE MANTER NO PODER COM DINHEIRO PÚBLICO, OU SEJA, DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS QUE ESTÃO FALTANDO À SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, OBRAS DE INFRAFRESTRUTURA

PT IMPÔS AO BRASIL O PADRÃO FIFA DA CORRUPÇÃO, DIZ ROBETTO JEFFERSON, por Bernardo Mello Franco, colunista do jornal Folha de S.Paulo, em Brasília

parte 2

Folha - O sr. afirmou que Lula era inocente. Mantém essa versão?
Jefferson - Eu avisei o presidente [sobre o mensalão]. A reação dele à época me deu a impressão de que ele não soubesse. Quero crer que ele não sabia.

Folha - Seu advogado disse ao STF que Lula chefiou o esquema.
Jefferson - Aí foi a liberdade do advogado. Eu dizia: "Para de bater no Lula, pelo amor de Deus. Você tá contrariando o que eu disse, tá me deixando de mentiroso". Foi quando ele renunciou [à defesa].

Ele é convencido de que o Lula tem culpa, de que não se faria uma coisa dessa envergadura sem o presidente saber. Ele é meu amigo, é um grande advogado, mas não obedece o cliente (risos).

Folha - Qual a maior consequência de sua denúncia para o país?
Jefferson - Caiu aquele véu que havia sobre o PT, de partido ético, moralista. O PT posava de corregedor moral da pátria. Ali caiu a máscara. O PT a vida inteira deblaterou contra os adversários, mas "blatterou" a prática política padrão Fifa. O PT impôs ao país o padrão Fifa da corrupção.

Folha - Dirceu era cotado para suceder Lula. Considera que mudou a história do país?
Jefferson - O Dirceu saiu da fila. Se fosse ele o presidente, nós já estaríamos vivendo aqui a Venezuela. A Dilma é o Maduro (risos). O Chávez é o Dirceu. Com ele, teria cerceamento das liberdades democráticas, perseguição à imprensa livre, cadeia para opositor. Não ia ter papel higiênico.

Folha - O que o levou a aparecer na CPI com o olho roxo?
Jefferson - Foi por causa de uma discussão com a [ex-deputada] Laura Carneiro sobre o Lupicínio Rodrigues e a música 'Nervos de aço'. Ela dizia que era de outro autor. Eu fui pegar o CD. Era uma daquelas estantes antigas, estava solta da parede. Quando fui me apoiar, o móvel veio.

Parecia que eu tinha apanhado. Essa história não adianta [repetir]. Nem minha mãe acreditou. Se mamãe não acreditou, como é que as pessoas vão acreditar?
Herculano
06/06/2015 07:28
MAS ALGUÉM TINHA ÓU TEM DÚVIDA DISSO? EM DEPOIMENTO À TV FOLHA (JORNAL FOLHA DE S. PAULO), O HOMEM QUE DESMASCAROU O PT NO MENSALÃO, TRAÇA O PERFIL E O MODO OPERACIONAL DE UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA QUE SE DISFRAÇA DE POLÍTICA E USA A DEMOCRACIA PARA SE MANTER NO PODER COM DINHEIRO PÚBLICO, OU SEJA, DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS QUE ESTÃO FALTANDO À SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, OBRAS DE INFRAFRESTRUTURA

PT IMPÔS AO BRASIL O PADRÃO FIFA DA CORRUPÇÃO, DIZ ROBETTO JEFFERSON, por Bernardo Mello Franco, colunista do jornal Folha de S.Paulo, em Brasília

parte 3

Folha - O sr. foi condenado por receber R$ 4 milhões do PT. O que fez com o dinheiro?
Jefferson - Foi gasto nas eleições municipais do PTB em 2004, em campanhas de prefeito no Rio, em Minas, São Paulo. Isso ficou no passado. O partido no poder é que tem dinheiro para fazer eleição. O pequeno não tem, ele recebe o repasse do grande.

Folha - Quem fez o acordo no PT?
Jefferson - O Dirceu, na Casa Civil. Fechamos ali naquele prédio da Varig [em Brasília]. Financiamento de R$ 20 milhões à eleição do PTB, em cinco parcelas de R$ 4 milhões. Esse acordo não foi cumprido, só foi paga a primeira parcela. Foi um desastre para o PTB.

Folha - Há quem acredite que esse é o verdadeiro motivo de sua briga com Dirceu e o PT.
Jefferson - Se mamãe não acreditou que a estante caiu em mim, não quero convencer ninguém. É minha versão. Quem não acredita, paciência.

Folha - O sr. também foi acusado de usar órgãos do governo, como o Instituto de Resseguros do Brasil, para financiar o PTB.
Jefferson - O Lídio Duarte nos procurou para ter aval para ser presidente do IRB, fez um acordo conosco. Ele colocaria cinco brokers, operadores de mercado, recebendo R$ 60 mil de cada um. Conseguiria fazer um caixa de R$ 300 mil para ajudar o partido. Coisa que ele nunca cumpriu.

Folha - Era dinheiro de caixa dois?
Jefferson - Sim.

Folha - Isso é diferente do que foi descoberto no petrolão?
Jefferson - Não é diferente. Infelizmente, as estatais são braços partidários. As empresas públicas ainda funcionam no financiamento dos partidos. O cara briga para fazer diretor da Petrobras. É para fazer obra positiva, a favor do povo? Não existe isso.
As estatais são as grandes promotoras da infraestrutura do país. Elas é que são fortes. Não tem empresa privada no Brasil. E tem as paraestatais, que são as empreiteiras. Funcionam em função do governo.

Folha - O que acha da proposta de financiamento público?
Jefferson - O Brasil não tem financiamento privado. O financiamento é público de segunda linha, mas é. Quem financia campanha no Brasil são as empresas que têm grandes contratos com BNDES, Banco do Brasil, Petrobras.

Eu acho uma graça isso: "Temos que acabar com o financiamento privado". Não tem financiamento privado, é estatal. Os empreiteiros não são privados, são braços das estatais. É aí que está o caixa de toda eleição.

Folha - Então não seria melhor proibir as doações?
Jefferson - Se proibir o financiamento privado, vai tirar dinheiro da saúde, do transporte e da educação para fazer campanha. É um absurdo. O político vai ser linchado na rua. E proibido o financiamento privado, você dificilmente derrotará o partido oficial.

Folha - Depois de ser cassado e preso, o sr. se arrepende por ter denunciado o mensalão?
Jefferson - Eu sabia o que ia acontecer e estava preparado. Não tenho nenhum arrependimento. Zero. Só não gostaria de fazer de novo, de sofrer isso tudo outra vez.
Herculano
06/06/2015 07:04
REVER A REELEIÇÃO, por André Singer, ex-assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no artigo que escreveu para o jornal Folha de S.Paulo

Na semana que começa amanhã a Câmara dos Deputados deverá votar em segundo turno as propostas de "reforma política" aprovadas de maneira atropelada dez dias atrás. Ainda que sob a liderança de Eduardo Cunha o bom senso tenha andado longe da Casa, trata-se de oportunidade para reexaminar as decisões tomadas.

Considere-se, por exemplo, o fim da reeleição. Aparentemente aprovado, por larga maioria, com o suposto fito de "oxigenar a política", pode resultar no contrário. É o que vai acontecer se os mandatos forem fixados em cinco anos e se decidir pela coincidência dos mesmos, incluindo prefeitos e vereadores. Hoje chamados a opinar a cada biênio, os brasileiros passarão a ficar meia década longe das urnas. Evidente retrocesso na participação.

Por outro lado, os pleitos presidenciais ocorridos sob o instituto da reeleição não indicaram problemas que justifiquem a sua abrupta interrupção. Ao contrário, as reeleições de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff deram suficiente legitimidade aos governantes para exercer na sua plenitude o novo período no poder.

Mesmo no caso da atual presidente, visivelmente enfraquecida por uma conjunção de fatores que temos analisado, a lisura da eleição de 2014 tem sido, ao menos até aqui, suficiente para assegurar-lhe a continuidade. Em resumo, não se comprovaram os justificados temores de que extensivo uso da máquina pública pudesse viciar o sistema. Trata-se, por sinal, de exemplo como, na prática, as regras funcionam de maneira distinta da que se pode prever na teoria.

É verdade que, em condições médias de temperatura e pressão, o eleitorado tende a conceder mais um período àquele que já está no exercício da função. Mas houve, em outros níveis de governo, exemplos de vitórias oposicionistas contra candidatos à reeleição. A breve experiência brasileira mostra, portanto, que, ultrapassado certo limite de rejeição, a probabilidade de derrota daquele que está no poder é provável, senão certa.

Oito anos de governo, com um recall no meio, compõe prazo suficiente para desenvolver programa substantivo, sem limitar o direito popular de emitir cartão vermelho no meio do jogo. Se diminuir o tempo disponível, começarão as observações de haver pouco espaço para o (a) presidente fazer algo efetivo, e nova mudança estará em pauta.

Já que a Câmara anda em nítida veia conservadora, podia aproveitar para manter aqueles mecanismos que, no mínimo, ainda não foram bem testados, se é que não são bons. Caso não o faça, espera-se que o Senado atue, como a Casa revisora que é, e bote alguma racionalidade na confusão armada no plenário ao lado.
Herculano
05/06/2015 21:28
BOQUINHA. PARCEIRO NO DESASTRE NACIONAL, PMDB CATARINENSE VAI AO PT DE DILMA PEDIR DJALMA BERGER NA ELETROSUL

A informação é de Cláudio Prisco Paraíso, do jornal A Notícia, RBS Joinville. Ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, recebe uma comitiva de catarinenses na próxima terça-feira, dia 10, em
Brasília. O grupo será formado pelos deputados federais Décio Lima (PT) e Mauro Mariani (PMDB), pelo senador Dário Berger e pelos ex-deputados petistas Cláudio Vignatti e Jailson Lima da Silva.

É bem provável que desta reunião o irmão de Dário, ex-prefeito Djalma Berger saia como novo presidente da Eletrosul. Márcio Zimmermann, que tomou posse há pouco mais de um mês, seria remanejado para a presidência da Eletrobras. Como há uma diretoria vaga na companhia sulista, a de Operações, um dos dois técnicos que compõem o corpo diretivo ou o ex-governador Paulo Afonso Vieira serão guilhotinados, abrindo espaço para a acomodação dos dois petistas. Importante lembrar que não tem ninguém do PMDB catarinense pedindo por Paulo Afonso em Brasília.
Juju do Gasparinho
05/06/2015 20:17
Prezado Herculano:

Papa Bagre de Canoa e Observando o Cardume, nunca se pode duvidar da estupidez humana ... ela é infinita.
Casinha de Plástico
05/06/2015 20:10
Sr. Herculano;

Com a palhaçada desse desgoverno,

SE K GUE MO NAS KARSA!
Arara Palradora
05/06/2015 20:08
Querido, Blogueiro!

Estadão: "Desemprego, queda da renda e juros altos fazem a poupança perder R$ 32,2 bilhões em 2015".

Quem mandou votar em burros para nos governar.

Voeeeiii...!!!
Herculano
05/06/2015 20:04
ESTA É UMA DAS FACES MAIS MELANCÓLICAS DO DESASTROSO PROJETO DE GOVERNO DO PT. ROMBO NA CADERNETA DE POUPANÇA ALCANÇA R$ 32 BILHÕES EM 2015, DIZ BANCO CENTRAL. SÃO OS MAIS HUMILDES E A CLASSE MÉDICA, COM VERGONHA NA CARA, DESEMPREGADA, PAGANDO AS SUAS CONTAS QUE FORAM ESTIMULADAS POR UM GOVERNO IRRESPONSÁVEL E QUE PREGOU O CONSUMO PARA CRIAR UMA BOLHA COM CRÉDITO FÁCIL E BARATO

Conteúdo da revista Veja. Apenas em maio, o volume de saques superou o de depósitos em R$ 3,19 bilhões, o pior resultado para o mês dentro da série histórica do banco. As perdas da caderneta de poupança acumulam 32,28 bilhões de reais no acumulado do ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC), nesta sexta-feira. Apenas em maio, quinto mês seguido de saldo negativo, o volume de saques superou o de depósitos em 3,19 bilhões de reais, o pior resultado para o mês dentro da série histórica do BC, que começa em 1995. Com o resultado de maio, o saldo total da poupança ficou em 648,772 bilhões de reais, um pouco acima do registrado em abril (648,30 bilhões de reais).

A situação de maio só não foi pior porque, no último dia útil do mês, a quantidade de aplicações superou em 3,99 bilhões de reais o volume de retiradas. Até o dia 28, o saldo da caderneta estava no vermelho em 7,19 bilhões de reais. É comum haver um aumento dos depósitos no último dia de cada mês em função de aplicações automáticas e de sobras de salários.
Mariazinha
05/06/2015 20:02
Seu Herculano:

"Até o dia 20 de dezembro de 2007, o BNDES não podia emprestar nossa grana para obras fora do Brasil.
Passou a poder no dia 21 de dezembro de 2007, através do Decreto 6322 assinado por Lula".
Do Blog Gente Decente.

Se alguém tem alguma dúvida, aí está uma prova que a roubalheira começou com o Ladrão Lulla Nove Dedos.
Cadeia pro vagabundo!

Bye! bye!
Belchior do Meio
05/06/2015 19:55
Sr. Herculano:

Entendi o seu, HUM! às 19:18hs (ontem).
Clésio Salvaro e Gilmar Knaesel, porque os tucanos dão atenção a esta duas porcarias?
Herculano
05/06/2015 19:52
RUIM OU PÉSSIMO, por Lauro Jardim, de Veja

O Palácio do Planalto recebeu há duas semanas uma pesquisa feita pelo Vox Populi que mostra o descolamento entre a popularidade de Dilma e dos governadores dos três estados mais importantes do Brasil.

Pela pesquisa, feita nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, o governo Dilma é visto como ruim ou péssimo por 75% dos entrevistados.

Entre os governadores, este percentual é de 25% para Geraldo Alckmin, 30% para Luiz Fernando Pezão e 16% para Fernando Pimentel (embora no caso mineiro, ressalte-se, a pesquisa tenha sido feita antes das revelações envolvendo a primeira-dama de Minas Gerais).
Herculano
05/06/2015 19:48
AULA DE BANGUNÇA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

A greve dos professores da rede estadual de ensino não é nem greve nem é de professores. É um movimento político desencadeado por sindicalistas extremistas que usam reivindicações salariais absurdas como arma para desgastar um governador que é de um partido considerado inimigo. Fazem muito bem as autoridades em não negociar com quem não tem nenhuma intenção senão a de criar confusão - inclusive dentro do próprio movimento, como provam as cenas lamentáveis de brucutus a se estapear na última assembleia da Apeoesp, o sindicato dos professores estaduais paulistas. E pensar que é a tipos assim que nossas crianças estão entregues.

O espírito antidemocrático do movimento ficou claro no entrevero na Avenida Paulista. Pouco antes da votação que decidiu pela continuidade da paralisação, houve pancadaria, pois os ânimos estavam exaltados. Não é para menos - afinal, muitos dos que aderiram à greve perceberam que ela não tem mais sentido, nem mesmo político. Foram calados à força.

A assembleia votou pela manutenção da paralisação, mas o resultado apertado - que exigiu duas votações para ter certeza da decisão - indica que ao movimento resta somente a truculência, pois não conta com apoio firme nem mesmo dentro de suas hostes.

Faz sentido que assim seja. A greve nunca teve adesão significativa, pois desde o princípio ficou escancarada a sua má-fé. Em primeiro lugar, o movimento foi deflagrado em março não como instrumento legítimo de reivindicação, e sim para adornar os protestos a favor do governo federal petista e contra a administração tucana em São Paulo. Foi dessa maneira irresponsável que um punhado de sindicalistas resolveu causar prejuízos a milhares de alunos da rede pública, se isso resultasse em desgaste para o governador Geraldo Alckmin.

A pauta de reivindicações dos grevistas era propositalmente inexequível. Eles exigiam aumento salarial de 75,33%, com o argumento de que esse reajuste equipararia os vencimentos dos professores aos dos demais funcionários públicos de nível superior. No entanto, segundo o governo, os professores já receberam reajuste acumulado de 45% nos últimos quatro anos, um aumento real de 21%, colocando o piso da categoria em São Paulo 26% acima do piso nacional. Ademais, o último reajuste foi dado há menos de um ano, em julho de 2014, razão pela qual o governo só aceita abrir negociação em julho.

Coberto de razão, pois negociar com os grevistas nessas condições seria abrir um precedente inaceitável, Alckmin mandou não pagar os dias parados - decisão avalizada pelo Superior Tribunal de Justiça. A previsível indisposição do governo para dialogar com quem quer apenas causar embaraços políticos foi usada pela Apeoesp, controlada pelo PT e por legendas radicais sem voto, como PCO e PSTU, para demonstrar a "intransigência" de Alckmin. Em uma das assembleias, a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, chegou a dizer que "professor faz greve de cabeça erguida, mas de joelhos para o tucanato, jamais".

Na presunção de que o desgaste estava rendendo os frutos desejados, os sindicalistas decidiram manter indefinidamente o movimento - que já passou de 80 dias e se tornou a maior greve da história da rede pública paulista. A tática dos grevistas incluiu atazanar o governador em todos os eventos públicos aos quais ele compareceu nesse período e invadir a Secretaria da Educação.

A Apeoesp jura que a greve tem a adesão de 30% da categoria, mas já chegou a falar em 60%. Para o governo, não passam de 4% os professores parados. Como é uma greve que não tem nenhuma razão de ser, salvo prejudicar a imagem de Alckmin, qualquer porcentual de escolas e estudantes afetados deve ser considerado excessivo.

Por esse motivo, já passou da hora de encerrar um movimento cujo único mérito foi ter escancarado a falta de vocação petista e de seus associados radicais para o diálogo democrático e responsável. Formada na escola do radicalismo inconsequente, essa turma só consegue dar aula de bagunça.
Herculano
05/06/2015 19:43
BLOG DE JEFFERSON: LULA BENEFICIOU A ODEBRECHET, por Josias de Souza

Antes de ser preso, em fevereiro de 2014, o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ) despediu-se dos leitores que o seguiam em seu blog. "?A partir de hoje, deixo vocês na companhia da minha equipe, que já trabalha comigo há anos e conhece o meu sentimento em muitos assuntos?", anotou. Os textos veiculados no blog de Jefferson ainda trazem um aviso no rodapé: "Postado por equipe do blog". Mas as digitais do dono tornaram-se mais nítidas depois que o delator do mensalão deixou a cadeia para cumprir o resto de sua pena em casa.

Em duas de suas postagens mais recentes, o blog de Jefferson comentou os dados que o TCU mandou o BNDES divulgar sobre empréstimos concedidos no exterior. Num texto, lê-se: "?Os dados, ainda incipientes, mostram que 70% dos US$ 11,9 bilhões emprestados entre 2007 e 2014 foram operações com juros e prazo em condições do tipo 'pai para filho'. No caso, do pai Lula para a filha Odebrecht, beneficiada com 2/3 das operações do BNDES. O PT criou parceria inédita entre um partido político e uma empresa. E depois ainda dizem ser 'vítimas' do financiamento empresarial. Óleo de peroba neles!".

Noutro texto, está escrito: "?Cinco países concentram quase 90% dos US$ 12 bilhões emprestados. São eles: Angola, Argentina, República Dominicana, Venezuela e Cuba. Conclusão: o BNDES se transformou no banco de fomento do bolivarianismo e das ditaduras africanas, que só existem para enriquecer as famílias dos próprios ditadores (a filha do presidente de Angola possui fortuna de US$ 2 bilhões, segundo a Forbes). E isso tudo com dinheiro do trabalhador brasileiro. É ou não é um financiamento lesa-pátria?"
Herculano
05/06/2015 19:34
UMA SOLUÇÃO ÓBVIA E CASEIRA. O SENADOR PAULO BAUER ABRE MÃO DA CANDIDATURA DO DIRETÓRIO CATARINENSE DO PSDB, SE DALÍRIO BEBER, O MAIS NOVO SENADOR DE SANTA CATARINA E QUE OCUPA A VAGA DE LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA, PMDB, FOR O CANDIDATO DAS DUAS CORRENTES QUE SE DEGLADIAM POR QUASE NADA

O texto é de Moacir Pereira. O presidente estadual do PSDB, senador Paulo Bauer, candidato à reeleição, esteve hoje em Blumenau conversando com senador Dalírio Beber e com o prefeito Napoleão Bernardes. Pediu votos aos delegados da cidade à convenção estadual do dia 13 de junho.

Encontrou Dalirio Beber "contrariado" com a disputa para o comando do partido no Estado. Voltou a convida-lo para assumir a presidência, caso em que abriria mão da disputa, como já fizeram os integrantes da chapa liderada pelo deputado Marcos Vieira.

Dalirio pediu tempo para pensar. Bauer concedeu o espaço. Procurando pelo celular durante o fim da tarde e inicio da noite não atendeu.

Sua posição, portanto, pelo menos publicamente, é uma incógnita.
Papa bagre de canoa
05/06/2015 16:59
Ei Observando o cardume, deixa-se de falar daquele terreno que tinha sido dado por lei para uma empresa de pre moldados ali próximo aos bombeiros, e agora sem qualquer explicação foi passado na calada da noite para a ex-esposa de um secretario de ilhota.
A grande empresa já fez a terraplanagem do imóvel e vai construir. E ninguém faz nada.
Aqui até parece que é terra de ninguém.
Observando o cardume
05/06/2015 15:34
Quero colaborar com a noticia do papa bagre de canoa. O sitio comprado por um vereador faz estrema ou é parte do morro do bau, sim. Fica próximo a truticultura ali existente.
Este não é o único caso a ser investigado de vantagens por partes de membros desde governo de Daniel Bosi.
Ainda tem o caso de uma cidadão que não conseguia reconstruir sua vida apos as tragedias de 2008, porque sua terras tinham sido interditadas pela defesa civil de Ilhota por serem áreas de risco. Dai teve uma secretaria de Ilhota que comprou por preço de BANANAS o terreno interditado, e CONSEGUIU construir um galpão. O que não prestava para o dono do terreno pq estava em área de risco, serviu para a atual secretaria fazer um baita de um galpão.
Herculano
05/06/2015 14:37
A AGONIA DE UM SEGREDO, por Fernando Gabeira para o jornal O Estado de S. Paulo

Quando surgiu, achei grave e um pouco subestimado o veto de Dilma ao projeto de transparência nos negócios do BNDES. Ela entrou em conflito com o Congresso. Dias depois, o próprio Supremo autorizou o Tribunal de Contas a ter acesso aos empréstimos à Friboi, empresa que financia generosamente as campanhas do PT.

Em qualquer país onde o governo entre em choque com o Congresso e o Supremo o tema é visto como uma crise institucional. Como se não bastasse, Dilma entrou numa terceira contradição, desta vez consigo mesma: partiu dela a lei que libera o acesso aos dados públicos.

O ministro Luiz Fux (STF) sintetizou seu voto numa entrevista: num banco que move dinheiro público, o segredo não é a arma do negócio.

O PT tem razão para temer a transparência. Súbitos jatos de luz, como a denúncia do mensalão e, agora, do petrolão, abalaram seus alicerces. No caso do BNDES, não se trata da possibilidade de escândalos. É uma oportunidade para conhecer melhor a história recente.

Empresas amigas como a Friboi e a Odebrecht, governos amigos como os de Cuba e Venezuela, foram contemplados. Em ambos, a transparência vai revelar o viés ideológico dessa orientação. Um porto em Cuba, um metrô em Caracas são apenas duas escolhas entre mil possibilidades de usar o dinheiro. Para discutir melhor é preciso conhecer os detalhes. Na campanha Dilma mentiu sobre eles, ocultando o papel de fiador do Brasil.

O que sabemos da Friboi? Os dados indicam que destinou R$ 250 milhões a campanhas do PT. Teremos direito de perguntar sobre os detalhes do empréstimo do BNDES e até desconfiar de seus elos com campanhas eleitorais.

A análise da política do governo deverá estender-se à sua fracassada tentativa de criar empresas campeãs. Quem foram e quem são os parceiros, que tipo de transação? Como dizia Cazuza, mostre sua cara, qual é o seu negócio, o nome do seu sócio.

No momento do veto prevaleceu uma certa Dilma. Mas a outra Dilma, a que mandou a lei de acesso, é que estava no rumo certo da História. Não só porque a transparência é um desejo da sociedade, mas porque a tecnologia estreita o espaço do segredo.

Os debates nos EUA concentram-se hoje numa restrição à vigilância de indivíduos, sem licença judicial. Mas chegam a essa discussão graças a Edward Snowden, que revelou os próprios segredos do governo.

Ironicamente, Dilma foi espionada pelos EUA e decreta o sigilo nos dados de um banco que movimenta recursos públicos. Sou solidário com ela no primeiro episódio. Evidente que seria atropelada no segundo. Esta semana começou a ensaiar a retirada, via Ministério do Comércio, que vai disponibilizar dados das transações internacionais e algumas nacionais.

O PT deveria meditar sobre o segredo. Ele foi detonado pela quebra do segredo entre quatro paredes, no mensalão. Agora, no caso da Petrobrás, entraram em cena novos mecanismos de investigação, melhor tratamento dos dados.

Nos primeiros meses de governo, já tinha uma visão do PT. Nem todos a compartilhavam, pois o partido venceu três eleições depois de 2002. Aos poucos, os momentos de transparência sobre os escândalos foram criando uma percepção nacional sobre o tipo de governo que se implantou no Brasil.

Não há dúvidas de que os segredos do BNDES serão revelados. Sociedade, Congresso e Supremo caminham numa mesma direção. E o próprio governo começa a abri-los.

É um elo para a compreensão do papel do PT. Embora ainda não tenha os dados completos, já posso afirmar que o BNDES financiou pobres e ricos. Mas ambos, os pobres de socialismo, como os ricos aqui, do Brasil, são escolhidos entre os amigos do governo. De um modo geral, o processo foi de financiar amigos ricos para que construam para os amigos pobres.

Tanto a Friboi como a Odebrecht fazem parte dessa constelação política econômica que dominou o fluxo dos investimentos do BNDES. Isso teve repercussão nas campanhas eleitorais. De um lado, o Bolsa Família assegurava a simpatia dos eleitores: de outro, a bolsa dos ricos contribuía para as campanhas do tipo vivemos num paraíso. Contribuía, porque hoje sabemos que outras fontes menos sutis, como o assalto à Petrobrás, injetavam fortunas no esquema.

Falou-se muito no petrolão como o maior escândalo da História, mobilizando pelo menos R$ 6 bilhões. Quando todos os segredos, inclusive os do fundo de pensão, forem revelados, não importa a cifra astronômica que surgir daí: o grupo brasileiro no poder é o mais voraz em atuação no planeta. Não posso imaginar salvação depois da conquista desse título.

O PT e aliados podem continuar negando, na esperança de que o tempo amenize tudo. É uma tática de avestruz. Será que não se dão conta de que apenas um décimo da população os aprova hoje? O que será do amanhã, quando quase todos saberão quase tudo sobre o que fizeram com o País?

Nesta paisagem de terra arrasada, a economia é apenas uma das variáveis. O processo político degradou-se, os valores foram embrulhados por uma linguagem cínica, a credibilidade desapareceu já há tempo. O Brasil pode até conviver com esse governo, que tem mandato de quatro anos. Mas não creio que mude de opinião sobre ele, alternando momentos de um desprezo silencioso com as manifestações de hostilidade.

Um governo nasce morto e a lei nos determina um velório de quatro anos. Muito longos, até os velórios costumam ser animados. E algo que anima este velório é a revelação dos últimos segredos, como o sigilo do BNDES e tantas outras linhas de suspeita que foram indicadas nas investigações da Petrobrás. E daqui por diante nem o futebol será uma distração completa. A cúpula da Fifa transitou de um hotel cinco-estrelas para uma cela de prisão. Imprevisíveis roteiros individuais rondam os donos do poder. E essa história ainda será escrita com todas as letras.
Herculano
05/06/2015 14:35
AS MENTIRAS QUE O BNDES CONTA, por Raquel Landim, para o jornal Folha de S. Paulo

Sob forte pressão da opinião pública, do TCU (Tribunal de Contas da União) e do Congresso, o BNDES começou a abrir a caixa preta das suas operações e vão caindo por terra as mentiras que a administração do banco conta.

Luciano Coutinho, que ocupa a presidência do BNDES há anos, repetiu inúmeras vezes que não era dinheiro público a grana que o BNDESPar, o braço de investimentos do banco, despejou em empresas ungidas para serem campeãs nacionais, como os frigoríficos JBS e Marfrig.

Pura enrolação. O Supremo Tribunal Federal referendou o entendimento do TCU. É dinheiro público, sim. O BNDES é um banco público que recebe recursos vultosos do Tesouro. Logo, qualquer ganho que o banco tenha em suas operações é dinheiro público.

Foi esse entendimento que permitiu nesta semana quebrar o sigilo inexplicável dos financiamentos do BNDES para que países em desenvolvimento contratem empreiteiras brasileiras na realização de suas obras de infraestrutura.

Esses empréstimos até fazem algum sentido, porque permitem as empresas nacionais exportar mais, gerando mais empregos e mais renda no país. Mas é necessário um cuidado extra porque são países de alto risco e a tentação é grande para favorecer os "amigos bolivarianos".

Já está evidente pelo patamar das taxas que houve subsídio para as empreiteiras ?todas envolvidas no escândalo da Lava Jato. A análise técnica rigorosa, no entanto, é complicada, porque as bases de comparação são frágeis no caso de países como Cuba, que são párias no mercado internacional.

Para explicar os juros baixos, o banco vai criando outra falácia. O BNDES argumenta que o prêmio de risco desses países é estabelecido por um comitê interministerial, coordenado pelo ministério da Fazenda, e que não corre risco de inadimplência porque recebe garantias do Tesouro Nacional brasileiro.

E daí? Se países como Cuba e Venezuela não tiverem dinheiro para honrar esses empréstimos, o que importa se a conta vai estourar no BNDES ou no contribuinte? Não é tudo dinheiro público?
Herculano
05/06/2015 14:12
reeditado das 8h48min

CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE FARÁ REUNIÃO NA TERÇA COM PAUTA CARREGADA E TENSA

O CMDCA de Gaspar marcou sua nova Reunião Ordinária para terça-feira, dia nove, às 9 horas na sala de Audiência da 1ª Vara, do Fórum de Gaspar. A pauta é extensa e muitos dos itens "sobraram" da última reunião, longa e também de debates acirrados.

1) 1. Leitura e aprovação da ata nº 07/2015;

2) 2. Ofícios Enviados:

Ofício nº 025/2015 - PM

Ofício nº 027/2015 - Poder Judiciário

Ofício nº 028/2015 - Gabinete do Prefeito;

Ofício nº 029/2015 - SDS

Ofício nº 030/2015 - SDS

Ofício nº 032/2015 - SDS

Ofício nº 033/2015 - CEDCA;

Ofício nº 034/2015 - Gabinete do Prefeito;

Ofício nº 035/2015 - Conselho Tutelar;

Ofício nº 037/2015 - Secretaria Estadual de Educação;

Ofício nº 038/2015 - MP;

Ofício nº 039/2015 - Câmara de Vereadores

Ofício nº 040/2015 - SDS

Ofício nº 041/2015 - Gabinete do Prefeito

Ofício nº 042/2015 - SDS

Ofício nº 043/2015 - Poder Judiciário

Ofício nº 045/2015 - Ministério Público

Ofícios Recebidos:

Correspondência do Tribunal Regional Eleitoral de SC

Correspondência da entidade Detalhe Teatro (14/05/2015);

Ofício nº 053/2015 - Conselho Tutelar (14/05/2015);

Ofício nº 00203/2015 - SDS (25/05/2015);

E-mail da Fundação Itaú Social - Edital/2015 (27/05/2015);

Ofício nº 059/2015 (27/05/2015). Resposta ao of. 035/2015 do CMDCA;

Ofício nº 124/2015 da Câmara de Vereadores de Gaspar (27/05/2015);

E-mail Cartório Eleitoral (28/05/2015)

Memorando nº 0213/2015 - SDS (29/05/2015);

Ofício nº 065/2015 do Conselho Tutelar (29/05/2015);

Correspondência do Conselho Municipal de Saúde (02/06/2015)

Cartilha da Fundação Criança de São Bernardo do Campo.

3) 3. Solicitação de Registro do Serviço de Proteção Social e Adolescentes em Cumprimento de Medida Socieducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviço à Comunidade;

4) 4. Prestação de contas da entidade Grupo Detalhes Projeto: Abrindo Olhares, Garantindo Direitos);

5) 5. Momento Comissões:

Comissão Especial Organizadora X Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;

Comissão de Normas e Regulamentos: Parecer ref. solicitação de inscrição junto ao CMDCA;

6) 6. Momento Assessoria:

Nota a imprensa

2ª Oficina ref. unificação das eleições do Conselho Tutelar;

Seminário Regional sobre gestão do FIA;

Reformulação da composição das comissões.

7) Assuntos Gerais;
sidnei luis reinert
05/06/2015 12:40
Felipe Moura Brasil: 'O maior programa do PT é o Transparência Zero'

http://veja.abril.com.br/multimidia/video/felipe-moura-brasil-o-maior-programa-do-pt-e-o-transparencia-zero

O colunista de VEJA Felipe Moura Brasil comenta sobre a "caixa-preta" da Caixa Econômica Federal e as atas e áudios que podem dar evidências sobre as "pedaladas fiscais" do governo Dilma. Geraldo Samor fala do 'fundo verde' e da entrevista com Luis Stuhlberger nas páginas amarelas de VEJA desta semana. Já Marco Antonio Villa avalia a nova onda de vaias contra petistas que aparecem em público pelo país. Assista.
sidnei luis reinert
05/06/2015 12:26
Importando criminosos?

O Palhasso do Planalto propagandeia que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou ontem que o governo vai ampliar a emissão de vistos em Porto Príncipe, capital do Haiti, para que imigrantes do país possam entrar no Brasil legalmente:

"Devemos enfrentar as organizações criminosas que trazem para o Brasil, explorando economicamente a necessidade de haitianos, um conjunto de pessoas que chegam debilitadas, sem saúde, com fome. O que é obviamente inaceitável do ponto de vista dos direitos humanos".

Só tem um probleminha com a importação dos haitianos: serviços de inteligência das Forças Armadas e agências de segurança transnacionais que monitoram o Brasil já sabem que muitos dos estrangeiros são profissionais na arte do crime e da guerrilha urbana.

Aqui no Brasil, servirão de "mão de obra" para as eficientes organizações criminosas, com intenções meramente operacionais ou até com intenções políticas, como uma espécie de "exército revolucionário"...
Papa Bagre de canoa
05/06/2015 12:07
Herculano será por que Daniel Bosi a criar por Decreto o parque do Baú, somente declarou pouco mais de 500 herctares a area do Parque Municipal do Morro do Bau. Mais o Herbario Barbosa sempre anuncio que iria vender 750 hectares que é o tamanho total do Morro do Bau. isto tudo é muito estranho porque se sabe que tem um vereador que adquiriu um sitio na naquelas proximidades. Será que o Herbario Barbosa vendeu uma parte para o vereador e agora quer vender o que não interessa para Ilhota. Isto tem que ser investigado a fundo.
Joaquim filho
05/06/2015 10:07
Herculano, qual a sua perseguição com o time do PSD? Toda semana é uma crítica ao Marcelo Brick. Deixa o rapaz trabalhar! ! Ou a candidatura dele te incomoda?




Herculano
05/06/2015 09:14
O ESTADO BANDIDO. E ABSOLVIDO, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S. Paulo

A tese de um cartel contra uma 'vítima' condena o país a um destino: assistir à eterna volta do mesmo

Também os safados têm de contar com a "virtù" e com a "fortuna", com a disposição subjetiva para o crime e com as circunstâncias que lhes facultem cometê-lo. Esses príncipes da roubalheira que infelicitam o Brasil encontram na estrutura do Estado as condições necessárias, mas ainda não suficientes, para exercer o seu ofício. É preciso também que se respire uma esfera estatista, uma cultura do ódio à iniciativa privada, à empresa e ao lucro. Dados esses elementos, pronto! Esse país poderá continuar deitado eternamente em berço esplêndido. Seu apogeu coincidirá com a mediocridade.

No médio e no longo prazos, pior que o petrolão é o crime intelectual e moral que se está cometendo no Brasil. E a gama de culpados, nesse caso, é gigantesca, a começar da imprensa. Caímos no conto do vigário de que a Petrobras foi vítima de uma quadrilha e que não integra, ela própria, o grupo de malfeitores. Não há dúvida de que empreiteiros atuaram contra os interesses do país, buscando maximizar ganhos fora das regras do jogo. Ocorre que esse jogo tinha um juiz - e, no caso específico, era a própria estatal. Em sentido mais amplo, é o governo que manipula o aparato normativo do Estado.

A tese de um cartel contra uma "vítima" chamada Petrobras, compartilhada pelo juiz Sérgio Moro e pela Procuradoria Geral da República, na qual se refestela o jornalismo, torna o país mais burro e o condena a um destino: não passará muito tempo, e assistiremos à eterna volta do mesmo. Como pode haver cartel quando há uma só fonte contratadora, um só cliente, com capacidade pra ditar o preço? Há no petrolão crimes aos montes e para todos os gostos, sim, mas não esse. Insistir nessa tecla - e pouco me importa quantos presos foram levados a admitir a prática como condição para os benefícios da delação premiada - corresponde a eternizar as condições habilmente manipuladas por ladrões talentosos.

Essa dependência mental do estatismo traz riscos efetivos. Como subproduto desse Estado absolvido e "vítima", supostamente assaltado por homens maus, o país ficou a um passo - e ainda está sob ameaça - de ver proibida a doação de empresas privadas a campanhas eleitorais. Não por acaso, essa é a proposta do PT, partido que mais arrecada e que é protagonista do petrolão. Segundo essa tese, políticos ladrões são apenas homens bons, que caíram em tentação, à espera de financiamento público. Lixo!

Eduardo Cunha e Renan Calheiros apresentaram uma proposta para submeter as estatais ao controle do Congresso. Chegaram a falar até em sabatina para candidatos a presidente das ditas-cujas. Depois houve um recuo nesse particular. O PSDB entrou no debate com um outro projeto, que também limita os poderes olímpicos do Executivo nessa matéria. As duas iniciativas foram recebidas ou com frieza burocrática ou pelo viés da guerrilha particular promovida contra Dilma pela dupla de peemedebistas e pela oposição - como se ela não fosse só o que passa, e o Estado pantagruélico, o que fica.

O fato de a vida pública brasileira não se distinguir de casos de polícia - e isso só acontece em razão do gigantismo estatal - nos levou ao abandono do debate político e de seus marcos. Um bom jornalista da área pode dispensar Maquiavel como fonte. Mas terá de apelar necessariamente a delegados e procuradores que vazem informações. Não sairemos facilmente da lama.
Herculano
05/06/2015 08:56
O BRASIL NO DIVÃ, por Nelson Motta para o jornal O Globo

O paciente está atônito no divã diante da atual confusão de valores, em que as fronteiras entre o mal e o bem estão cada vez mais borradas

Se o Brasil fosse uma pessoa, estaria fazendo cinco sessões semanais no consultório de um psicanalista e tomando remédio tarja preta. Descobriu que o pai não é um herói, mas um sem-vergonha infiel, vaidoso e irresponsável, capaz de fazer qualquer coisa pelo poder, e que a mãe é mentirosa e autoritária, e um desastre na administração da casa, além de ninguém entender o que ela diz. Ainda bem que o Brasil não é uma pessoa.

O país está no divã de um grupo de analistas, econômicos, políticos e sociais. Mas o caso é complexo. Complexo de superioridade bravateado por Lula durante anos, desmentido diariamente pela realidade da corrupção, do desperdício e da incompetência; complexo de inferioridade pelo menor crescimento de toda a América Latina, só maior que Venezuela e Argentina, casos perdidos, de internação imediata.

Síndrome de inveja crônica de americanos e europeus, porque conseguem ser mais ricos, educados e viver melhor do que nós. Complexo de culpa por um país com tantos recursos naturais e tanta beleza, com tudo para se tornar adulto, mas continua adolescente e acreditando em ilusões e almoços grátis, e ignorando que o governo não produz nada e que tudo que gasta é fruto do trabalho e do esforço de cada cidadão, que não sabe que as horas, dias e meses que você trabalha para sustentar o governo estão perdidos e não voltam mais: são vida. Estão roubando a sua vida.

Mas não há esperanças para o paciente enquanto amigos do poder, agregados e parentes incompetentes continuarem ocupando cargos de responsabilidade e dando imensos prejuízos a todos por ladroagem, burrice e ineficiência.

O paciente está atônito diante da atual confusão de valores, em que as fronteiras entre o mal e o bem estão borradas. Quem diria que algum dia aplaudiríamos gente como Eduardo Cunha e Renan Calheiros, por tirar do governo, de qualquer governo, a possibilidade de aparelhar politicamente as estatais - maldição dos anos Lula/Dilma, que levou o Brasil ao divã.
Herculano
05/06/2015 08:51
O BB NÃO É A PETROBRÁS, por Eliane Cantanhede para o jornal O Estado de S. Paulo

Henrique Pizzolato vem aí, trazendo com ele doloridas lembranças do mensalão e reavivando a certeza de que, na era PT, a política desenfreada de ocupação de estatais e bancos públicos não se resumiu à Petrobrás. O Banco do Brasil foi uma das vítimas, mas se defendeu.

Petrobrás e BB viraram o paraíso de petistas e sindicalistas, mas com uma diferença: os funcionários da petroleira não viram, não ouviram e não falaram nada nesses anos todos, enquanto os do banco souberam botar a boca no trombone na hora certa, já em 2003, meses depois da posse de Lula. Foi assim que o BB resvalou nos escândalos, mas - pelo que se sabe até agora - não afundou neles, como a Petrobrás.

Ao tomar posse, Lula até que tentou emplacar um sindicalista do PT na presidência do Banco do Brasil, assim como fizera na da Petrobrás, mas os escolhidos não tinham diploma de nível superior, uma exigência do estatuto da instituição. Pensou-se inclusive em mudar o estatuto, mas seria um pouco demais. Os funcionários puseram-se em alerta.

Fora da presidência, os petistas jogaram-se com unhas e dentes nas demais instâncias do BB. Cinco dos sete vice-presidentes eram vinculados ao PT e só escaparam dois, o de Agronegócio e o de Negócios Internacionais. À época, o então presidente da Associação Nacional dos Funcionários do BB (Anabb), Valmir Camilo, me deu sua versão, um tanto preconceituosa, para essas duas exceções: os sindicalistas do PT não entendiam de agronegócio, só de MST, e não podiam assumir a vice internacional porque não falavam uma palavra de inglês.

Além das vices, os "companheiros" abocanharam oito das 15 diretorias, sete das dez gerências gerais e as três joias da coroa: Previ (fundo de pensão), Cassi (plano de saúde) e Fundação BB (programas sociais e culturais). Além do presidente, cinco dos seis diretores do Conselho Diretor da Previ, maior fundo de pensão da América Latina, com patrimônio de R$ 38 bilhões em 2003, passaram às mãos de petistas a partir da posse de Lula.

Voltemos pois a Pizzolato, funcionário de carreira do Banco do Brasil, militante do PT, sindicalista atuante e ex-presidente da CUT no Paraná. Em 2002, ele trabalhou diretamente com o tesoureiro da candidatura Lula, o agora famoso Delúbio Soares, e apresentava-se por aí com sua curiosa gravatinha borboleta e um cartão de visitas poderoso: "Henrique Pizzolato - do Comitê Financeiro".

Eleito Lula, Pizzolato voltou por cima ao BB, como diretor de Marketing (um dos oito diretores petistas), e não demorou muito para aprontar das suas. Já em 2004, foi pego com a boca na botija quando o BB comprou R$ 73,5 mil em ingressos de um show de Zezé di Camargo e Luciano para arrecadar fundos para... a nova sede do PT.

Depois, Pizzolato foi flagrado levando para casa a bagatela de R$ 356 mil em dinheiro vivo, numa dessas confusões nunca bem explicadas, e foi condenado a 12 anos e sete meses de cadeia no escândalo do mensalão. Diferentemente dos demais réus, fugiu. Usando o nome de um irmão morto, foi curtir sua dupla cidadania na Itália, até acabar preso.

Os excessos de Pizzolato, aliados à coragem de funcionários de carreira, alertaram a imprensa desde o início para o aparelhamento e o tsunami que estava se armando. Foi assim que o Banco do Brasil, aparentemente, escapou da tragédia que assolou a nossa Petrobrás e, quem sabe, outros bancos e empresas públicas do País. E é por isso que uma Lei de Responsabilidade das Estatais, desde que bem discutida e com objetivos claros, é muito bem-vinda.

Quando se enrolou com o show pró-PT, Pizzolato me deu uma entrevista em que foi irônico, às vezes até sarcástico, apostando que nada iria lhe acontecer: "Já comemos [ELE E O PT]torresmo com muito mais cabelo". Agora, é saber se tem torresmo na Penitenciária da Papuda, com ou sem cabelo.

FHC.
Após um mês entre Europa e Bahia, FHC está com erisipela. Literalmente, de pernas para o ar.
Herculano
05/06/2015 08:32
NÚMERO DAS ARMAS, editorial do jornal Folh de S. Paulo.

Em boa hora uma pesquisa realizada pelo Ministério Público de São Paulo e pelo instituto Sou da Paz vem solapar ao menos dois argumentos tão incorretos quanto frequentes nas discussões relativas à área da segurança pública.

Primeiro, a maior parte das armas com as quais se praticam crimes em território paulista não tem sua origem no exterior, mas na própria indústria brasileira.

De acordo com o levantamento, consideradas 10.666 armas de fogo apreendidas em 2011 e 2012, nada menos que 78% delas tinham fabricação nacional --proporção que sobe para 82% quando se levam em conta somente artefatos confiscados vinculados a roubos e 87% no caso de homicídios.

Os dados são importantes porque autoridades estaduais, responsáveis pela segurança, com frequência procuram atribuir parte expressiva da criminalidade à entrada de armas pelas fronteiras, cujo controle fica a cargo do Executivo federal.

Como puro diversionismo, talvez o raciocínio cumprisse seu triste papel; se, no entanto, governantes de fato acreditavam que o problema vinha de fora, então miravam o alvo errado. Agora têm condições de repensar suas estratégias.

O segundo argumento atingido pelo relatório costuma ser usado por quem apregoa a facilitação do comércio de armas sustentando que as restrições afetam só o "cidadão de bem", deixando-o indefeso diante de bandidos armados.

Ocorre que, se os artefatos utilizados nos crimes são nacionais, isso significa que um dia eles foram vendidos legalmente no país.

Ou seja, se há muitos criminosos armados, isso se deve em larga medida ao comércio legal de armas, que abastece o mercado ilegal; obstruir esse duto resulta num benefício à população, e não o contrário.

Como mostrou reportagem desta Folha, um mesmo revólver comprado regularmente foi duas vezes roubado e duas vezes apreendido antes de ser destruído pelo Exército.

Nesse episódio, a trajetória do revólver pôde ser refeita porque ele mantinha seu número de série. Em cerca de metade dos casos, contudo, o registro é suprimido, dificultando a elucidação de crimes.

Daí a importância de campanhas como a "DNA das Armas", promovida pelo Ministério Público e pelo Sou da Paz a fim de implantar, no Brasil, um sistema de marcação indelével dos artefatos de fogo.

A iniciativa, porém, terá pouca valia se parlamentares que não representam os fabricantes de armas assistirem inertes à mobilização da chamada bancada da bala no Congresso, que pretende enfraquecer o Estatuto do Desarmamento.
Herculano
05/06/2015 08:28
DIA MUNDIAL D MEIO AMBIENTE, por Daniel Fernando Cardoso, gerente municipal de meio ambiente em Gaspar.

No dia 05 de Junho celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, como outros dias importantes relacionados à nossa vida, cito como exemplo o Dia das Mães dos Pais, das Crianças, das Mulheres, o dia apenas faz homenagem àquilo que deveríamos cultuar todos os dias.

Nós habitantes de um vale, com histórico de desastres ambientais deveríamos ter uma maior consciência ambiental em comparação à maioria da população brasileira.

Talvez o fato de ser brasileiro, nos rotula a um conceito consagrado de que "o brasileiro deixa tudo para a última hora". Nosso clima já deu vários recados que a "hora está chegando".

De eco chato a um profissional reconhecido pela população e pelos tomadores de decisão dos governos, os ambientalistas travam uma luta diária para obtenção do reconhecimento sobre as medidas preventivas por nós estabelecidas, que muitas vezes tem aspecto de "pedra no sapato".

Mesmo conhecendo as mais avançadas técnicas de preservação e de mitigação de danos ambientais, os entraves burocráticos e até mesmo de desqualificação dos valores conservacionistas, nos impedem de aplicar as Políticas de Meio Ambiente.

Estamos atrasados quarenta anos em relação às Políticas Ambientais criadas em Estocolmo em 1972, nossa evolução passará pelas mesmas dificuldades encontradas nos países desenvolvidos com a soma das características governamentais brasileiras.

Mesmo diante do cenário atual, vislumbro um crescimento de pessoas interessadas em preservar nossa natureza, por moda, por diversidade, por conscientização, minoria ainda mas numa crescente.

Nessa semana que estamos preocupados em deixar alguma qualidade de vida aos que nos sucederão, faço uma homenagem à uma pessoa que dedicou a sua vida à preservação ambiental e que apesar de não ter o prazer de ser seu aluno, conheço seu trabalho e admiro seu legado nas sementes plantadas uma a uma na consciência das pessoas. Todas as semanas de meio ambiente,no nosso Estado são uma homenagem à dedicação e a paixão pela natureza, nosso ambiente, nossa casa, nossa vida.

Transcrevo uma de suas declarações e faço um agradecimento às suas contribuições.

Lucia Sevegnani, da Universidade Regional de Blumenau. Para ela, o drama do Vale do Itajaí deveria ser uma oportunidade para planejar a cidade e região em outros moldes, adequados a sua realidade geográfica e climática. "Reconstruir a cidade precisa ser pensado, se não, daqui a alguns anos, poderemos ter novas situações. Precisamos de políticas Públicas para direcionar os investimentos e não repetir os mesmo erros" ressaltou.
Herculano
05/06/2015 08:20
A PERIGOSA MISTURA DE POLÍTICA, PODER, CRENÇA E RELIGIÃO. MARCHA DE EVANGÉLICOS PEDE "FAXINA ÉTICA". PELO MENOS O RECADO ESTÁ DADO AOS POLÍTICOS SOB SUPEITAS E AOS QUE JÁ SE ASSANHAM PARA A CAMPANHA DO ANO QUE VEM

Nenhum partido foi criticado diretamente; segundo a Polícia Militar, cerca de 340 mil pessoas acompanharam o ato. Politização da manifestação foi defendida pelo apóstolo Estevam Hernandes, presidente do evento

O conteúdo é do jornal Folha de S. Paulo. O texto é de Daniela Lima.
A Marcha para Jesus, promovida por algumas das principais igrejas evangélicas neopentecostais nesta quinta (4) em São Paulo, foi palco para uma série de apelos pelo "fim da corrupção" e por uma "faxina ética" no Brasil.

O tema apareceu em faixas e cartazes espalhados pelo evento, ao lado de dizeres contra o aborto, a prostituição e o uso de drogas.

Em cima dos carros de som, líderes de diversas denominações condenaram o desvio de dinheiro público em suas orações e pediram "a libertação do Brasil".

Nenhum político ou partido foi criticado diretamente. Durante uma pregação, um dos pastores disse que os fiéis deveriam orar pela presidente Dilma Rousseff (PT) e pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Segundo a Polícia Militar, cerca de 340 mil pessoas acompanharam a marcha. "Essas imagens vão correr 170 países. Eles não vão conhecer o Brasil como o país da prostituição, da miséria e da corrupção. Nem um Brasil de senhores e senhoras, mas o país de um senhor só", disse o apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer, presidente da marcha.

Hernandes dividiu o principal carro de som da marcha com sua mulher, a bispa Sônia. Em 2008, ela foi presa nos Estados Unidos ao entrar com dinheiro não declarado no país. Líderes de outras igrejas, como o apóstolo Valdemiro Santiago, também passaram pelo local.

Apenas políticos evangélicos, como o senador Magno Malta (PR-ES), usaram o microfone. "A pauta aqui é contra o aborto, contra as drogas, contra a prostituição e contra a corrupção. O povo foi por muito tempo massa de manobra, mas acordou. O Brasil está em queda livre", disse o parlamentar à reportagem.

A politização do ato foi defendida por Hernandes. Segundo ele, a Bíblia orienta o cristão a "orar para que a nação seja sarada".

As orações ainda incluíram pedidos pela formação de "uma geração de líderes em todas as esferas de poder que temam" o nome de Deus.

A marcha começou às 10h em frente à estação da Luz, na região central da capital paulista, e saiu em direção ao Campo de Marte, quase cinco quilômetros depois.

Os organizadores trataram a marcha como histórica, mas não quiseram estimar público. Em 2012, o evento reuniu cerca de 335 mil, segundo contagem do Datafolha.

No ano seguinte, a apuração contou 200 mil participantes. Desde 2014 o instituto não calcula a adesão ao evento.
Herculano
05/06/2015 08:15
PENSANDO BEM

Será por que as pautas das sessões da Câmara de Vereadores de Gaspar estão tão magrinhas?
Herculano
05/06/2015 08:13
É LEGAL A TERCEIRIZAÇÃO NA SAÚDE

O conteúdo é da seção Visor, do Diário Catarinense, da RBS Florianópolis. O texto é de Rafael Martini. O Estado de Santa Catarina pode continuar admitindo trabalhadores por meio de convênios ou contratos com a Fundação de Apoio ao Hemosc e Cepon (Fahece) ou qualquer outra entidade que se qualifique como Organização Social (OS), Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) ou cooperativa de trabalho.

A decisão é da 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que também confirmou a legalidade dos contratos de terceirização de determinados serviços, desde que não envolvam atividades-fim, como atendimento médico.

Em primeira instância, um juiz do Trabalho e, posteriormente, o Tribunal Regional do Trabalho, proibiram o Estado de terceirizar qualquer tipo de prestação de serviços, inclusive as que não são atividades-fim, acolhendo os argumentos do Ministério Público do Trabalho da 12ª Região e do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde da Grande Florianópolis (Sindisaúde).

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) recorreu e o TST reverteu a decisão, autorizando a administração pública estadual a continuar os contratos com a Fahece. Porém, o Tribunal não se manifestou sobre a terceirização de serviços.

Os procuradores insistiram, através de embargos de declaração, e os ministros confirmaram, esta semana, que além da Fahece, é possível manter contratos com empresas prestadoras de serviços em geral (que oferecem telefonistas ou copeiras, por exemplo).

Ao justificar o seu voto favorável ao Estado de Santa Catarina, a ministra relatora, Delaíde Miranda Arantes, disse que a proibição de terceirização da atividade-fim não pode ser considerada de forma genérica, a fim de impedir o Poder Público de delegar a execução das ações e serviços de saúde.

Segundo ela, o Artigo 197 da Constituição Federal permite que essas atividades sejam executadas diretamente ou através de terceiros, como organização social e organização da sociedade civil de interesse público, que são entidades de direito privado, sem fins lucrativos. Estas firmam com o Poder Público contratos de gestão e/ou termos de parceria, a fim de atuar em áreas como saúde, educação e cultura.
Herculano
05/06/2015 08:10
MPF DEVASSOU MAIS DE 50 CONTRATOS DO BNDES, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O Ministério Público Federal (MPF) realizou uma minuciosa devassa em cerca de 50 contratos de financiamentos do BNDES com empreiteiras brasileiras, sendo metade relativa a contratos de obras no exterior em condições consideradas demasiado vantajosas. Essa investigação levou o MPF a formular mais de 60 pedidos de prisão, ainda sob exame de força-tarefa de cinco juízes federais de Brasília.

Manobra
A recente decisão do BNDES de "abrir" contratos secretos é uma tentativa de evitar uma aguardada operação contra suas malfeitorias.

A preferida
Levantamento desta coluna, há 4 meses, foi confirmado pelo jornal O Globo: a Odebrecht faturou 70% dos negócios do BNDES no exterior.

O protetor
O ex-presidente Lula foi denunciado por suposto lobby para conseguir obras bilionárias para Odebrecht no exterior, financiadas pelo BNDES.

Sob lupa
As relações do BNDES com empresas como o grupo JBS/Friboi estão no centro das prioridades da investigação do MPF.

ALIADOS AMEAÇAM VOTAR PEC LIMITANDO MINISTÉRIOS
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), deve levar na próxima semana a Michel Temer uma nova rodada de reclamações dos aliados. Os deputados cobram a garantia da liberação das emendas parlamentares, que, em atraso, já ultrapassam os R$ 400 milhões. Sem sinal de garantia da verba, a ameaça é acelerar a PEC 299/13, de Eduardo Cunha, que limita em vinte o número de ministérios.

Tesourada
Michel Temer deve chamar o ministro Joaquim Levy (Fazenda) para participar da reunião de com Leonardo Picciani.

Apertou
Mais de 30% dos quase R$ 70 bilhões contingenciados pelo governo federal são das emendas parlamentares, daí a insatisfação.

Calma, gente
O ministro Nelson Barbosa (Planejamento) avisou à turma de Michel Temer que há dinheiro em caixa para bancar as emendas.

Trato é trato
Deputados reclamam que derrubaram a meta fiscal, em dezembro, com promessa de reajuste nas emendas. Agora, o governo segura a grana.

Virada
O Planalto se esforça para, aprovado o pacotão de maldades fiscais no Congresso, votar finalmente o pacote anticorrupção. É o primeiro passo para tentar construir uma agenda positiva para o governo Dilma.

Plebiscito
O deputado Henrique Fontana (PT-RS), que é contra a redução da maioridade penal, provoca Eduardo Cunha: "Por que não aceita plebiscito sobre empresas financiarem eleições? Medo de perder?"

Passe concorrido
Após perder Bruno Dantas para o Tribunal de Contas da União (TCU), onde agora é ministro, Benjamin Steinbruch tem um sonho: convencer o ministro-chefe da Advocacia Geral da União a aceitar seu convite para assumir a direção jurídica da Cia Siderúrgica Nacional (CSN).

Insensibilidade
A saúde pública no DF está um caos, mas, segundo o Siggo, o sistema de monitoramento dos gastos públicos, a secretaria de Saúde mantém R$ 198,7 milhões aplicados em CDB e R$ 31,8 milhões na poupança.

Pressa
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) prometeu acelerar votação no Senado dos itens da reforma política aprovados pela Câmara. Ele pretende que a reforma entre em vigor já nas eleições de 2016.

Prioridade
Pressionado pelo ministro Aloizio Mercadante, o Partido Progressista (PP) avisou Eduardo Cunha que a prioridade é manter aliança com governo, mesmo que seja contra o presidente da Câmara.

Coitado do contribuinte
Para o deputado Arthur Virgílio Bisneto (PSDB-AM), o governo quer "furar o bolso do contribuinte" com a nova alta de impostos: "Diminuir à metade os ministérios, cortar cargos, diárias, passagens, nem pensar".

Pensando bem?
?Dilma tem uma certa incompatibilidade com congressos: o Nacional quer vê-la pelas costas e o do PT, dia 11, não quer vê-la por perto.
Herculano
05/06/2015 07:57
AS PENAS E OS BICOS GRANDES DOS TUCANOS CATARINENSES

Parlamentares, prefeitos e líderes que integram a chapa Renovação e Democracia, inscrita para concorrer o Diretório Regional do PSDB na Convenção Estadual de 13 de junho, lançaram nota oficial em que diz praticar um gesto pela unidade.

Dizem abrir mão da disputa em nome da candidatura do senador Dalirio Beber para presidente do Diretório. Ele já foi presidente e durante o longo mandato dele, nasceu a semente que dividiu os tucanos e que hoje parece incontornável. Esperam assim o grupo, nesta jogada e proposta, o mesmo gesto dos integrantes da chapa liderada pelo senador Paulo Bauer.
Leia a íntegra da nota:

"Os integrantes da Chapa Renovação e Democracia, na tarde desta quinta-feira vêm a público informar que em nome da construção da unidade partidária do PSDB, e continuando a buscar o consenso para a eleição do diretório estadual do PSDB, em convenção que ocorrerá no dia 13 de junho de 2015, abrem mão de uma disputa para que o senador Dalírio Beber seja o presidente estadual do PSDB de Santa Catarina.

Desde o início, os integrantes da Chapa Renovação e Democracia, defendem a inscrição de uma única chapa para o diretório estadual. Chapa que contemplaria todos os segmentos do partido, defendendo a pluralidade de ideias e a democratização do debate com todas as regiões do Estado, proposta que não foi acatada pelo presidente estadual do PSDB, senador Paulo Bauer.

Com o não acatamento da proposta, não restou alternativas para o grupo que buscava o consenso, assim sendo, a chapa Renovação e Democracia surgiu por iniciativa da base partidária e foi inscrita contemplando todos os segmentos partidários. Teve o apoio documental de 03 deputados estaduais, 02 ex-deputados estaduais, com os principais suplentes de deputado federal e estadual, a maioria dos prefeitos e vice-prefeitos do PSDB, destacando que dos 310 vereadores que o PSDB tem em Santa Catarina, mais de 150 estão apoiando a chapa Renovação e Democracia, além de ex-prefeitos, presidentes de diretórios e outras importantes lideranças do PSDB, num total de mais de 400 lideranças que assinaram declarações de consentimento e apoio.

Com esta iniciativa, e ainda defendendo a unidade partidária, os integrantes da chapa Renovação e Democracia conclamam os integrantes da chapa Crescer e Avançar a também se somarem a nós para obtermos a unidade partidária, apoiando o Senador Dalírio Beber para que, nesse próximo biênio, seja o novo comandante do PSDB de Santa Catarina.
Acima de tudo, somos todos tucanos!

Serafim Venzon
Deputado Estadual

Leonel Pavan
Deputado Estadual

Marcos Vieira
Deputado Estadual

Luzia Coppi
Prefeita de Camboriu

Gilmar Knaesel
Ex-deputado estadual

Dóia Guglielmi
Ex-deputado estadual."

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