14/08/2009
VELOCIDADE
Você leitor e leitora se lembram do caso daquela verba federal, liberada pelo governador para o hospital e que ficou enrolada 41 dias entre a prefeitura e a Câmara? Pois o Plano Plurianual 2010/2013, que define os destinos de Gaspar na atual administração e no primeiro ano da próxima (que pode ser ela mesma), foi mais veloz. Quem deu o ritmo? O próprio presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP. Na sessão de terça ele foi o autor do requerimento 61/2009 para incluir na pauta o Projeto de Lei 34/2009, o do PPA (Plano Plurianual), para ir à redação final e assim acabar a agonia. Acorda Gaspar.
MALDADE I
Gaspar já tem a Incubadora de Empresas de Prestação de Serviços e Produção. Ela foi criada pela lei 2366, de 17 de julho de 2009. Ou seja, é um órgão para fomentar e desenvolver novas micros e pequenas empresas. Boa iniciativa. Outros municípios já a tem há anos. Um coordenador foi nomeado. É o ex-candidato a vereador pelo PT, Gilmar Ternus. Em tempos de pandemia, a maldade já correu solta: Incubadora, hum? Questionou-se logo. Ah! Só se for da Gripe A, respondeu o gaiato.
MALDADE II
Enquanto isso em Florianópolis, aproximadamente 150 militantes do MST invadiram o Sapiens Parque. Ali é uma área de pesquisas, laboratórios e incubadoras. Gera empregos, conhecimento e trata do futuro das pessoas e desenvolvimento catarinense. O PT estadual emprestou apoio institucional à invasão. Querem transformar aquela área num favelão da Cohab, como informou o colunista Moacir Pereira na coluna de, quinta-feira. Pelo jeito, nada é diferente lá e aqui. Favelões dão votos, fáceis, de pessoas mal informadas, precisadas. E quanto mais precisadas, mais manipuladas, mais vulneráveis. E assim caminhamos. Uns votam. Outros precisam. Alguns usufruem do poder. O discurso apenas muda de lado.
CANDIDATOS
Gaspar ensaia três candidatos a deputado estadual: a vice-prefeita, Mariluci Deschamps Rosa, PT; o presidente da Câmara José Hilário Melato, PP; e o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PSB. Será? Ou cumprirão apenas o papel de engordar as legendas dos partidos para outros candidatos da região? Leia os detalhes no www.olhandoamare.wordpress.com
INTEGRAÇÃO
A prisão dos sequestradores do empresário gasparense Osni dos Santos, o Paxá, mostra-nos pelo menos mais dois fatos para reflexão além daqueles que relatei quando do ato no dia 13 de julho: não se pode mais pensar segurança como uma ação isolada num município (já comentei isso várias vezes no âmbito da ideia da região metropolitana); a cidade de Camboriú já era um problema recorrente (e que se agrava) para o Litoral, e agora, parece para o Vale do Itajaí. O primeiro passo é retirar a política partidária da segurança (e polícias). O segundo, é privilegiar os técnicos e reconhecer os competentes. O terceiro é conceitual: segurança não é apenas a repressão, é a ostensividade, o preventivo, a inclusão social e a educação.
FACTÓIDE I
O grande bairro do Belchior é algo emblemático, usado e esquecido pelos políticos. Você já foi lá depois da catástrofe de Novembro? Continua um desastre. Uma vergonha. Toda a vez que o Belchior fica assim, as administrações municipais criam factoides do tipo agora o Belchior vai ter uma secretaria especial, vai virar distrito, vai ter uma superintendência. Tudo bobagens de quem não tem respeito para com o Belchior e os belchiorenses. Se tivessem, iriam lá recuperar os estragos.Faz nove meses que tudo aconteceu. Acorda Belchior.
FACTÓIDE II
A última vez que alguma coisa foi feita por Belchior, foi quando se criou o Belchior Unido, apartidário (nem tanto assim!) para dar lições aos políticos e partidos de sempre. O Belchior teve até um vice-prefeito, Mário Siementiscoski (Francisco Hostins), ambos do PDC. Hoje nem vereador tem. Ou tem? O Belchior quebrado e o vereador Joceli Lucinda, DEM, assina o requerimento 69/2009 pedindo providências para a desobstrução e limpeza de duas bocas de lobo na Rua Bonifácio Haendchen. E depois comemora a esmola por seu silêncio. Vergonhoso. Acorda Belchior.
DUAS PERGUNTAS
Quais as entidades organizadas que influíram no atual PPA nas oportunidades que foram dadas para isso? Para que fazer PPA, se o Executivo o modifica remaneja sistematicamente as dotações orçamentárias, sem qualquer questionamento na Câmara? Acorda Gaspar.
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