Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

22/06/2010

Câmara fora do ar
Uma nota na coluna passada questionava a razão pela qual o site da Câmara estava fora do ar. Em um e.mail, imediato (legal), à coluna, e que foi publicado na seção de cartas dos leitores do jornal na  Sexta-Feira, o assessor de imprensa Eduardo Pereira, explicou que razão é porque estão fazendo um site novo. Uma coisa não tem nada a ver com outra. Nenhum jornal deixa de circular porque vai fazer uma mudança gráfica, como nenhuma rádio ou tevê sai do ar quando muda a programação. A mesma coisa acontece com os portais e sites. A Câmara continua em falta com a transparência com a comunidade. Neste caso específico tem um problema a mais e que se esconde como com a agência que ela contratou para comprar e pagar espaços na mídia local e o obscuro caso de quem era o responsável pela manutenção do antigo site (e os deixou na mão). Nem mais, nem menos.


Caminhão pipa

Em 2003 o então prefeito Pedro Celso Zuchi com Albertina Deschamps, ambos do PT, compraram um caminhão pipa 2002 por R$252 mil. Deu CPI. O caso foi parar na Justiça. Aqui Zuchi foi absolvido depois de muito tempo. Houve festa, capa de jornal etc. No Tribunal de Justiça condenado por unanimidade num julgamento mais rápido. Aguarda-se o acórdão. Mas, um detalhe chama a atenção de alguns entendidos neste assunto. Agora,  sete anos depois, Zuchi e Mariluci compraram um novo caminhão pipa, novo, e por R$ 242 mil. E agora, Pedro? Acorda, Gaspar.

 

Canelada I
Esta nota sob o título  ?Comportamento? você já a leu no dia 22 de Dezembro aqui neste espaço. Vou repeti-la para melhor compreensão dos fatos de agora. ?Gisele, filha do prefeito Pedro Celso Zuchi, esposa do diretor clínico do Hospital de Gaspar, Fernando César Buchen, deu um pontapé no presidente da Acig, Samir Buhatem.  Há várias testemunhas. À sua mãe Liliane, ela jurou que foi sem querer. ?Reflexo? de um movimento inesperado que ela teria feito com a sua própria perna. Buhatem (e outros) ficou pasmo?. O fato aconteceu na reinauguração do Hospital  no dia 19 de Dezembro e Samir com o ex-presidente da Acig, foi o agente e líder fundamental para que a obras se concretizassem num espaço de três anos.

 

Canelada II
Há duas semanas, os vereadores do PT pediram e patrocinaram uma audiência pública para ver expostas as contas do novo Hospital. Estavam certos. O Hospital é da comunidade e não tem nada a esconder. Os tempos são outros. O Hospital também não pode se inspirar em algumas atitudes da própria administração municipal, incluindo a falta de transparência e o cabide de empregos para companheiros. Foi bom o encontro, principalmente porque a plateia era de companheiros. O que destoa no Hospital? O atendimento médico e por várias razões. Pedro Celso Zuchi já deu entrevistas dizendo que iria ?resolver?(como?) esse problema. E quem é o diretor técnico? Fernando César Buchen. Então a solução técnica deve estar em família.



Canelada III
Lá pelas tantas da audiência, o vereador Amarildo José Rampelotti, PT, questionou a razão pela qual a Unimed não assinava o contrato com o Hospital enquanto a ideia de se fazer um hospital próprio aqui em Gaspar não se concretizasse. Adivinhem quem foi a portavoz e tomou as dores da Unimed de Gaspar? Gisele, esposa do diretor técnico (representante dos médicos no Hospital) e filha do prefeito. ?Ele vai sair. Vai ser construído?. Quem não quer que ele não saia? Corporativismo? Falta do que fazer? Afinal qual o jogo desta moça e dessa gente com a comunidade e o nosso Hospital? Acorda, Gaspar.



Canelada IV
O Hospital Dia da Unimed de Gaspar foi anunciado em Abril de 2006, repito, 2006, numa entrevista que o médico e presidente da entidade em Gaspar, Odilon Luiz Áscoli, à Rádio Sentinela (e que a revi na íntegra, mais uma vez esta semana). O Hospital Nossa Senhora Perpétuo Socorro agonizava e a entrevista tinha a intenção de dar alento à população que paga o plano e para ampliar o número de clientes da Unimed por aqui. Resumindo. O impossível aconteceu: o hospital reabriu e o possível, o da Unimed, até agora, não se realizou depois de mais de quatro anos prometidos, infelizmente. Mais. Quem acompanhou a disputa eleitoral da Unimed em Blumenau este ano, acompanhou também uma lavação de roupa suja entre os médicos. Ela revelou que as finanças da entidade não estão lá aquelas maravilhas por conta de uma questão tributária de muitos milhões de reais e que se discute nos tribunais e que pode até, conforme o desfecho, levar a entidade à bancarrota.



Canelada V
Está na hora da comunidade se acordar, salvar aquilo que fisicamente foi reconstruído e modernizado, valorizar e torná-lo uma referência. Quem ganha com isso? Todos, incluindo os médicos, e principalmente os mais fracos, os quais precisam de um hospital assim. Mais. Existem espaços para dois hospitais em Gaspar, com especialidades e nichos diferentes, mas que funcionem e sejam bem administrados. Blumenau tem cinco (com o Universitário serão seis). Está na hora dos gasparenseses se ajudarem e parar com essas caneladas. Gaspar espera mais dessas pessoas. Acorda, Gaspar.



Compra de votos

O processo da possível compra de votos em Gaspar, que corre em segredo de justiça no Tribunal Regional Eleitoral teve na Sexta-Feira, dia 18 duas movimentações contraditórias. Uma determinando a publicação de um despacho no Diário Oficial de ontem (as 19.50) e outra revogando esta determinação (as 19.53). Mais detalhes acessem o www.olhandoamare.com e leiam ?O caso da compra de votos está perto de um desfecho?(17.06) e ?Ficha limpa ameaça os planos do PT e da candidata Mariluci? (20.06).



Irresponsabilidade fiscal

Esta é a manchete do jornal ?Folha de S.Paulo?, deste domingo: ?Lula triplica número de carreiras no Executivo?. Esta parece ser uma marca do PT, daí não ser assustador tudo o que se fez para aprovar o chamado ?trem da alegria? na Câmara de Gaspar. É da gênese.

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