Quem não deve não teme. Mas, por via das dúvidas, no jogo regimental, o governo Kleber vem enfraquecendo a CPI para apurar as supostas irregularidades na obra da rua Frei Solano - Jornal Cruzeiro do Vale

Quem não deve não teme. Mas, por via das dúvidas, no jogo regimental, o governo Kleber vem enfraquecendo a CPI para apurar as supostas irregularidades na obra da rua Frei Solano

16/12/2019

Foto oficial da primeira reunião da CPI, da esquerda para a direita, todos com semblantes fechados: os vereadores Cicero Giovane Amaro, PSD, Dionísio Luiz Bertoldi, PT, Francisco Hostins Júnior, MDB e Roberto Procópio de Souza, PDT, além do procurador da Câmara, Marcos Alexandre Klitzke

Não vou ser repetitivo, mas aqui no artigo de sexta-feira, dia cinco de dezembro e feito especialmente para coluna “Olhando a Maré” da edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o título estendido dele já dava conta como a Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI – criada para apurar as supostas irregularidades nas obras de drenagem e recuperação da Rua Frei Solano - há 13 meses sem conclusão para um trecho de 1.400 metros - teria dificuldades: “bem orientado, Kleber vai passar por uma prova de fogo. Esta CPI da rua Frei Solano é um trágico retrato da falta de transparência somada à arrogância, vingança e autossuficiência dos que o influenciam”.

Bingo! Não é à toa que ela é líder de leitura e credibilidade.

A prova de fogo já começou para o governo. Ele, rapidamente entendeu o recado dos vereadores que foram atrás daquilo que o próprio prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, que já foi vereador e presidente da Câmara; o seu vice, Luiz Carlos Spengler Filho, que já foi vereador; e o prefeito de fato, presidente do MDB local, ex-coordenador da campanha, advogado e atual secretário da Fazenda e Gestão Pública, Carlos Roberto Pereira, duvidavam que os vereadores da oposição fossem capazes: pedir uma CPI.

Os membros do governo trucaram e perderam!

Agora, não querem mais trucar e estão em franca recuperação daquilo que perderam na falta de transparência e naquilo que blefaram. O jogo, tardiamente devido aos desgastes, virou sério para eles. E por que? Porque se Kleber – e os seus - não jogar bem orientado no tapetão, vai perder. As provas trabalham contra o governo. E quanto mais prolongar esse jogo, ele chega perto das eleições de outubro do ano que vem. E o que já está ruim como sinalizam as pesquisas internas do grupo no poder de plantão, poderá piorar mais e complicar à reeleição.

AS PRIMEIRAS DERROTAS DOS AUTORES DA CPI

A primeira derrota no jogo regimental, lícito, de quem pediu a CPI, veio antes mesmo dela ser oficializada. Foi quando da constituição imediata do blocão MDB, PP, PDT e PSDB, feito às pressas e unicamente para a proteção do governo Kleber na CPI e sob a liderança de Franciele Daine Back. Os que pediram a CPI tinham até então a maioria das quatro vagas titulares: três a um. Com o blocão, duas para cada lado.

A segunda derrota no jogo regimental, lícito, de quem pediu a CPI veio logo na primeira reunião da CPI na terça-feira passada. E ela passou despercebida da imprensa local que prefeito este título: “vereador Dionísio é eleito presidente da CPI da Rua Frei Solano”. Houve empate na obrigatória busca – ou escolha da presidência da CPI. Era uma isca bem armada do governo contra a dita oposição neste jogo de gato e rato, feito para dificultar os trabalhos da CPI.

E por que se pode considerar uma derrota para os autores da CPI? Com o empate, o mais velho “levou” de graça a presidência: Dionísio Carlos Bertoldi, PT. E presidente não vota. Então, a situação na CPI com os vereadores Francisco Hostins Júnior, MDB, e Roberto Procópio de Souza, PDT, os dois advogados, ficou em vantagem de dois a um para travar os pedidos de documentos, investigações, depoimentos, audiências e até o relatório do relator Cícero Giovane Amaro, PSD.

Quem não deve não teme? No jogo político, todas as circunstâncias são temíveis e por isso devem ser evitadas. Bem orientado, Kleber está em vantagem na CPI. E esta orientação lícita, usa o regimento e no tapetão trabalha contra a transparência, exatamente o que pretendia a CPI. A oposição quer fazer desse limão uma limonada, mas vai que tirar que aprender a tirar sumo de bagaço e pedir ajuda aos universitários. A máquina de Kleber está azeitada neste assunto para nada vir a público.

CONSEQUÊNCIAS FAZ A SOCIEDADE GANHAR COM A CPI

A primeira delas é que o governo Kleber saiu do pedestal de arrogância, provocação e vingança e teve que vir para o chão e buscar um plano para lhe proteger naquilo que se tem dúvidas e ele não esclareceu.

A segunda é que a secretaria de Obras e Serviços Urbanos, que passou três anos sem prestar contas das suas atividades, emergencialmente na sexta-feira, dia 13, fez uma exposição das atividades da pasta. E o foco? As obras da Rua Frei Solano. Fez a mesma coisa nesta segunda-feira na rádio 89 FM ao Paulo Flores. Admitiu que para colocar o asfalto desse final de semana, tiveram que refazer obras da primeira empreiteira, pivô para correr com a segunda empreiteira. Está gravado.

A terceira é que, depois desses revezes que lhes relatei, a oposição que ensaiava uma nova CPI para protocolo na sexta-feira e esta sim, com investigações concluídas, resolveu frear, recompor-se e dar foco a da Frei Solano. Ficou para o ano que vem.

A quarta é que o governo escalou os seus para irem as rádios e dizer que a CPI é parte do jogo político sujo da oposição para dificultar a reeleição de Kleber. Esse discurso é manjado e surrado – para um lado e para o outro – e as eleições de outubro do ano passado provaram isso.

Aliás, o líder do governo na Câmara, Francisco Solano Anhaia, MDB e que veio do PT, foi um dos que apareceu nas entrevistas. E ele reconhece, como deixou claro no discurso de contestação feito na terça-feira na Câmara à CPI, de que o eleitor está de saco cheio dessas enrolações.

“Um deputado Federal sem expressão se elegeu presidente da República”, disse ele se referindo ao episódio Jair Messias Bolsonaro, sem partido, sobre a repulsa do povo à politicalha. E Anhaia está certo na leitura. Ele só esqueceu de perceber que faz parte do enredo (PT, MDB, PSDB, PDT, PP, esquerda do atraso e Centrão) que foi sacado do poder por “um deputado sem expressão”.

A quinta e para finalizar essa história de politicalha: o uso regimental lícito contra a CPI para vencê-la no tapetão não é mostra que a politicalha é um exercício sem limites?

Outra. É ou não politicalha, a acusação de forma desmedida que se fez contra o médico, funcionário público municipal e vereador, Silvio Cleffi, PSC, por meios oficiais – seja nos discursos na própria Câmara, nas reuniões de grupos e texto no próprio sistema Tasy do Hospital de Gaspar – de que ele estaria retendo de forma proposital Projeto de Lei que daria à liberação de recursos do 13º salário dos funcionários da Casa de Saúde em perpétuo socorro?

Pegou mal. Ainda bem que o pessoal Kleber recuou dessa tática baixa de politicalha. E só fez isso, depois da repercussão negativa na cidade contra o governo depois que esta coluna revelou a trama da segunda-feira passada em “a vingança é uma marca cada vez mais clara no governo do prefeito Kleber. Para diminuir o impacto da CPI da Frei Solano na Câmara, o MDB e seus aliados investiram contra o vereador Silvio Cleffi, PSC, com fatos absolutamente falsos”.

Entenderam a razão para qual serve a imprensa livre? E é por esta e outras que os do poder de plantão a tem como perigosa. Ou seja, com a CPI a sociedade está ganhando e os políticos entendendo que precisam dar explicações. Acorda, Gaspar!

A disputa do eleitorado evangélico pentecostal gasparense

opõe o atual prefeito e os conservadores que estão entre o PSL e o futuro ‘Aliança pelo Brasil’ de Bolsonaro


Entre orações e cânticos de louvores, Kleber prestou contas para os obreiros e líderes da sua igreja. E isto gerou desconforto e terá revanche.

Já começou uma guerra de bastidores e invisível à imprensa, mas que terá consequências fundamentais nas eleições de outubro do ano que vem. Quer um pequeno exemplo do que aconteceu na semana passada?

Um convite, normal, comum, ingênuo, circulou no Facebook da Igreja Assembleia de Deus de Gaspar. Ele prometia a palavra do pastor e deputado estadual, Ismael dos Santos, PSD, e tinha a seguinte pauta: “Reunião Geral - obreiros, líderes, cooperadores; TODOS que exercem cargos na Igreja não podem faltar”. A “convocação” foi para segunda-feira, dia nove, às 19h30min.

E lá foram quase todos, incluindo os comissionados da Igreja que estão empregados na prefeitura. E lá estava o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, obreiro dessa denominação pentecostal. O que ele fez? Comício e prestação de contas do governo onde é o prefeito da cidade. “É uma obrigação do gestor público dar transparência dos seus atos e é isto que estou fazendo hoje aqui”, justificou Kleber ao abrir a apresentação que segundo ele, será feito em outros templos e igrejas.

“A noite não foi simplesmente uma reunião já que a Presença de Deus foi notória com a palavra ministrada pelo pastor deputado Ismael dos Santos e os louvores entoados pelo mesmo e Emerson Flores”, concluiu uma postagem nos Instagran.

Normal. Nada foi escondido, apesar de no convite não estar dito que haveria esta apresentação. É tão normal, que tudo está documentado em fotos nas redes sociais abertas da Igreja. E cada sociedade religiosa tem a liberdade de pregar, usar e fraquear o Templo dela como bem entender. Essa é a minha opinião.

Entretanto, este acontecimento é sinalizador. Ele mostra dois desdobramentos: que Kleber está em campanha junto ao seu próprio rebanho e que o rebanho está tentado fugir do seu obreiro e do seu pastor protetor.

Ao menos foi isso que ficou claro nas postagens que circularam nas redes sociais e principalmente nos aplicativos de mensagens depois do evento. E por que? Ninguém deve desconhecer que o novo mundo eleitor conservador no Brasil passa essencialmente pelas igrejas pentecostais de todas as denominações. Elas garantiram à eleição de Jair Messias Bolsonaro, sem partido. Foram delas, o movimento mudanças de comportamento do eleitorado em outubro do ano passado se contrapondo a Igreja Católica notoriamente de viés de esquerda, e berço que embalou o PT por suas pastorais, Conselhos e eclesiais de base coordenadas pela CNBB.

A PRIMEIRA DISPUTA DE KLEBER JÁ COMEÇOU E SERÁ NOS TEMPLOS

Em Gaspar, as igrejas evangélicas são guetos políticos. E política é poder, é negócio, é proteção, é emprego. Kleber se elegeu com esses guetos aliado ao natural desgaste dos oito anos de mandatos consecutivos de Pedro Celso Zuchi, mas principalmente pela má imagem nacional do PT que se iniciava em 2017 fustigado pela ladroagem descoberta na Operação Lava Jato, que levou mais tarde, o fundador do partido, presidente de honra, sindicalista e ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à prisão após condenação em segunda instância, e do cárcere, ter comando da campanha do poste Fernando Haddad, derrotado por Bolsonaro.

Agora, Kleber virou vidraça. Está num partido vidraça, o MDB. Numa coligação vidraça com MDB, PP, PDT, PSDB. Está em guerra com um irmão de templo, Silvio Cleffi, PSC. Mais: há duas semanas foi para a rua a candidatura do sindicalista, ex-servidor municipal, filiado ao PSL, Sérgio Luiz Batista de Almeida, tão evangélico, de mesma denominação, quanto Kleber. Muito mais: é notório que os partidos conservadores ainda insipientes por aqui, por falta de liderança, tendem a provocar rupturas como aconteceu em outubro do ano passado.

Então para encerrar e concluir este artigo: os “irmãos” de Gaspar estão divididos nos seus templos e denominações evangélicas pentecostais.

E por causa disso, alguns acham que Templo não é lugar de políticalha, outros que não é lugar de prestação de contas de prefeito. Agora, é tarde. Resta orar.

Neste ambiente vai sair melhor quem pregar melhor fora do Templo. Porque dentro dele, já há um dono. E o tema da Igreja Assembleia de Deus daqui para o ano que vem, é “Avançando em Comunidade”. Nada é mera coincidência, afinal o novo lema marqueteiro do governo de Kleber para substituir a eficiência que não pegou pela obviedade, é “Avança Gaspar”.

O que significa a reeleição de Ciro André Quintino, MDB, à presidência da Câmara de Gaspar?

Nada e tudo! Dependendo do ângulo em que você estiver no jogo político

O primeiro fato é histórico, cidadão, transparente e civilizatório. Foi a primeira eleição de presidente e da mesa diretora com voto aberto, às claras. E para ser marcante na clareza: faltou luz devido à forte trovoada – deve ser a “comemoração” divina de São Pedro, padroeiro da cidade. Por consequência, a transmissão pela internet – o auditório ampliado da sociedade - foi interrompida restringiu esse gesto histórico a poucas testemunhas.

O segundo fato é político: o MDB fez escaramuças, mas decidiu não esticar a corda e medir forças com Ciro. Percebeu que poderia causar um racha no partido. Ao final, fingiu marchar unido. Ciro está no MDB, é MDB, mas dizendo-se que o seu partido é Gaspar. No fundo, Ciro é o próprio partido. O MDB hoje precisa mais de Ciro do que Ciro do MDB. E o MDB de Gaspar sabe disso e não é de hoje.

O terceiro fato é estratégico: o governo de Kleber Edson Wan Dall errou a mão quando quis impor a mais jovem vereadora já eleita por aqui, Franciele Daiane Back, do PSDB e que nem estava embarcado naquela época no governo como está hoje, para a presidência em 2018. E depois dessa “imposição” nunca mais acertou mão. Repetiu o erro em 2019 com Roberto Procópio de Souza, PDT. Apesar do aprendizado, ensaiou o vexame para 2020. Como o voto aberto mostrariam cicatrizes, prudente e na última hora recuou.

O quarto fato é o resultado de toda essa errática: o governo que quis se meter onde não é o seu parque de diversões, foi até engolido pela suposta proporcionalidade da representatividade dos partidos ou blocos partidários na eleição da mesa da Câmara de Gaspar a que tinha direito. Valeu a vontade dos vereadores no voto. E a nova mesa diretora ficou exclusivamente com a oposição: Cícero Giovani Amaro, PSD, ficou com a vice; Silvio Cleffi, PSC, continuará na primeira secretaria; e o atual vice-presidente, Dionísio Luiz Bertoldi, PT, será o segundo secretário.

O resultado, na verdade, expressa a minoria contra a maioria, todas as duas bem coesas dependentes do voto minerva do presidente Ciro.

A única coisa inexplicável e fora do contexto na eleição histórica foi a ausência do suplente de vereador José Ademir de Moura, supostamente agora no PP - era do PDC até terça-feira à tarde da semana retrasada quando se constituiu o blocão governista - MDB, PP, PDT e PSDB - para enfrentar a CPI da Rua Frei Solano. Moura também não veio na terça-feira passada.

Moura está no lugar do mais longevo dos vereadores José Hilário Melato, PP, atualmente presidente do Samae. Melato é um dos alvos principais da CPI da Frei Solano, pois é a autarquia, pelo novo modelo criado às pressas e na marra com desgastes na Câmara pelo poder de plantão, a responsável pela drenagem no município e os erros da Frei Solano.

Foi Melato ao não assinar o acordo de rodízio da presidência da Câmara do bloco governista lá em 2017 quem provocou a primeira cisão na bancada de apoio do governo e permitiu que Silvio Cleffi, PSC, fosse eleito - no final de 2017 para a legislatura de 2018 - presidente da Câmara com os votos da oposição e Kleber ficasse em minoria no Legislativo. No acordo que se fez em 2017 e não se assinou, Melato queria a presidência em 2020.

É a terceira vez que Ciro ocupa a presidência da Casa Legislativa no atual mandato. Em 2017, com apoio do MDB e Kleber foi indicado pela experiência e para não se arrumar encrenca logo de cara com o poder de plantão que o achava - e continua achando – Ciro muito espaçoso onde o governo Kleber quer mandar, desmandar, vingar-se e ser absoluto.

E a decisão tomada neste momento pelo não enfrentamento a Ciro durante a eleição da Câmara - apesar das escaramuças e recados de terror plantados durante os dois últimos dias antecedentes ao pleito - revela que o poder de plantão optou por não ampliar um desgaste de imagem que lhe vem colando algumas de suas atitudes e se revelando danosas nas pesquisas internas do partido. Vai que Ciro se tornaria uma vítima e um concorrente de peso - não fisicamente, que é - mas politicamente, para outubro do ano que vem.

O não enfrentamento do poder de plantão às pretensões de Ciro em se reeleger - mesmo sendo Ciro do partido que governa a cidade - deixa Ciro, por enquanto, apenas na condição de ser um candidato viável e carregador de votos para a legenda à reeleição a vereador, supostamente dentro do time do poder de plantão e não como um adversário. Ciro presidente, é um aliado nas manobras regimentais do pessoal de Kleber contra a CPI da Rua Frei Solano.

E por que? É legalista e dá valor ao corpo técnico da Câmara. E neste campo, o da legislação e uso do regimento interno, como mostrei na abertura da coluna, o pessoal de Kleber está vencendo de braçadas.

E para encerrar. Há muitos detalhes que foram percebidos ou interpretados durante a eleição da quinta-feira passada.

O que mais chamou atenção, foi a viuvez, à mágoa e o protesto de Roberto Procópio de Souza, PDT. Dos 12 votos possíveis, Ciro recebeu 11, incluindo o dele próprio.

Procópio votou nele mesmo. E olha que Procópio já foi o principal articulador da oposição na Câmara e responsável pela eleição de Silvio Cleffi contra Kleber.

Procópio fez da sua liderança oposicionista a Kleber, um trampolim para estar atualmente no governo de Kleber. E quando deixou a oposição da Câmara no “meio da viagem” - em 2018 -, ele se tornou o candidato de Kleber à presidência da Câmara. Ciro venceu-a, supostamente – porque era tudo em segredo -, com os votos dele Ciro e da oposição, e vejam bem: no pulo do gato ensinado e praticado pelo próprio Procópio.

Agora, Procópio defende Kleber na CPI e enfrenta seus ex-aliados que nos erros que sempre apontou no governo Kleber. Política é uma coisa viva. Inclusive para os eleitores. Acorda, Gaspar!

Afinal, quem trabalha contra a imagem e o governo Kleber?

Não adianta. E depois o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, diz que está sendo perseguido pela oposição e até, vejam só, por esta coluna. É que ela não esconde o que os outros filtram.

Os moradores da Rua Vidal Flávio Dias, no Belchior Baixo, não aguentam a poeira naquele caminho de fuga da BR 470 e numa região onde se constituiu um importante polo industrial e logístico em Gaspar que ampliou em muito a arrecadação de impostos. Tanto que o governo prometeu em 2017 asfaltar aquele trecho e os empresários, prometeram ajudar o governo em parte das despesas.

Numa birra com a oposição e para desgastar o ex-superintendente do Distrito do Belchior, Rui Carlos Deschamps, PT, que liderava o processo com os empresários, Kleber voltou atrás. Prejudicou os empresários e muito mais os moradores daquela região.

Cansados de promessas e de tanto pedir, mesmo ao novo superintendente do Distrito, Anderson Reinert, indicado pela vereadora Franciele Daiane Back, PSDB, um deles deu exemplo de desprendimento, criatividade e solução simples, a um problema, aparentemente muito mais simples: o de molhar a rua para mitigar a poeira pelo menos.

Alaerto Amorim, inventou e montou uma engenhoca movida por seu micro-trator agrícola e ao seu custo e tempo, foi molhar a parte de barro Rua Vidal Flávio Dias que o pessoal de Kleber não consegue fazer, mesmo sob protesto e pedidos sucessivos, diga-se, a seu favor, dos vereadores do Distrito, Franciele e Rui.

Então quem é mesmo o inimigo da imagem de eficiência, prefeito estadista e que avança de Kleber? Se não for ele mesmo, é a equipe que escolheu e banca contra ele próprio. Alaerto provou isso. A coluna apenas registra tudo o que se espalha nas redes sociais e que causa danos espantosos à imagem de Kleber. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Novo ramo de negócios em Gaspar: emprestador de pinheiros de Natal ricamente enfeitados para autoridades, levados em pick-up por puxa-sacos que renegam as leis de trânsito sobre segurança.

Ao arquivo. Projeto de Decreto Legislativo do suplente de vereador João Pedro Sansão, PT, que em 2018 criava para os estudantes a certificação da Câmara pela participação deles em “atividades” da Casa, não passou pelas comissões e foi rejeitado. Ilegal e inconstitucional afirmou ao final o relator geral da matéria, Roberto Procópio de Souza, PDT.

Só na terça-feira da semana passada e a poucas horas da votação do polêmico Projeto de Lei 88/2019 que remanejava verbas no Orçamento de Gaspar e destinava quase R$2 milhões a Saúde, é que o secretário de Saúde, o dentista José Carlos de Carvalho Júnior, por ofício, explicou ao relator geral da matéria, o médico e vereador Silvio Cleffi, PSC, que parte desses recursos se destinaria a cobrir demanda do 13º dos funcionários do Hospital de Gaspar. Teve 45 dias para fazer isso.

A pergunta que fica é: por que esta explicação não veio na exposição de motivos do referido PL? Por que se criou, antes, uma polêmica difamatória contra o vereador médico, trabalhador do Hospital, que nada sabia antecipadamente da destinação dos recursos em matéria tão complexa e que requeria urgência?

O líder do MDB, Francisco Hostins Júnior, que foi escalado na sessão anterior para levantar a polêmica e com ela abafar a repercussão da instalação da CPI sobre as supostas irregularidades nas obras da Rua Frei Solano, depois do PL aprovado na terça-feira da semana passada, citou poucos e simples exemplos, onde a Câmara, unida, correu contra os prazos para aprovar projetos a favor da cidade.

Ele está certo. Mas, nestes raros casos, houve comunicação e negociação antecipadas. E no PL 88, um proposital silêncio arapuca.

Silvio Cleffi diz agora que vai à Justiça cobrar indenização por danos morais no circo montado pelo governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, dentro do Hospital sob intervenção municipal. Reúne provas de que tudo foi intencional para culpá-lo no suposto atraso da aprovação do PL e do 13º dos funcionários do Hospital.

O líder do prefeito Kleber, na Câmara, Francisco Solano Anhaia, MDB, está inconformado com a intenção de Cleffi. Acha que o vereador vai onerar ainda mais o Hospital que está com a sua situação precarizada. Pode até ser, mas o governo Kleber não pensou nisso antes quando saiu por aí se reunindo com funcionários, passando informações erradas e discursando intencionalmente para atingir o vereador na sua imagem e com isso deixa-lo acuado no próprio local de trabalho?

Cleffi foi duro com a administração do Hospital. “Ela é desprezível, precária e não possui plano B. E se não houvesse a aprovação do PL por qualquer motivo legal, os funcionários ficariam sem o 13º?”, perguntou ele.

Para Cleffi os que estão na prefeitura acham que os vereadores estão na Câmara para fazer papel de bobo e por isso, não devem exercer à obrigação constitucional de analisar os projetos, pedir e ter explicações. “Eu não sou decoração de lugar nenhum”, desabafou o vereador Cleffi.

Uma boa ação I. Por iniciativa da atual mesa diretora da Câmara de Gaspar serão eliminados, quando vagarem em virtude de aposentadoria, exoneração, demissão ou falecimento de seus ocupantes, os cargos efetivos de Auxiliar de Secretaria I, Auxiliar de Serviços do Legislativo e Motorista. O foco é contratar pessoas técnicas. Essas vagas extintas vão ser terceirizadas.

Pode ser uma pegadinha I. Espera-se que em outra legislatura nada disso seja revogado por outra mesa diretora, que a terceirização não seja indicação política, e que nem no ano que vem, seja essa extinção usada de pretexto para criar mais assessorias parlamentares aos vereadores que se ensaia nos bastidores. No ambiente político e público, nada que aparenta ser bom, é ao fim, de verdade.

Uma boa ação II. Por iniciativa da secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa, do prefeito de fato Carlos Roberto Pereira, a prefeitura conseguiu da Câmara a portabilidade de R$30 milhões de empréstimos usados para diversas obras. Os recursos estavam autorizados para serem contratados na Caixa Econômica, no tal Finisa. Agora, vão ao Banco do Brasil, no Programa Eficiência Municipal. Estima-se uma economia de R$7 milhões dos impostos dos gasparenses, em dez anos com juros nesta operação de troca de instituição financeira.

Pode ser uma pegadinha II. É preciso ficar de olho se isto não implica no aumento do teto dos empréstimos já autorizados pela Câmara e que anda em torno de R$140 milhões. E por este total – R$140 milhões -, com o simples exercício desta portabilidade aprovada, mostra que há mais oportunidades no mercado para operações semelhantes, ainda mais, com garantias reais. Afinal, os juros da taxa Selic caíram para 4,5%. Muitos dos empréstimos que Gaspar tomou, os juros se baseavam em Selic ao dobro anual da atual.

Se a moda pega. A cidade do Rio de Janeiro, governada pelo bispo pentecostal da Igreja Universal, Marcelo Crivella, PR, aprovado por apenas 8% da população, segundo o Datafolha, está numa crise sem tamanho na área da Saúde.

A Câmara de lá – como a daqui – repassou parte do duodécimo para a Saúde. Diante do caos – e principalmente da falta de transparência - ameaça reaver o que repassou para a Saúde. Lá Crivella culpa o Grupo Globo pela divulgação do caos. Como aqui: quer tudo escondido e quase está. O dia que se revelar, vai assustar. Acorda, Gaspar!

Comentários

Miguel José Teixeira
19/12/2019 11:12
Senhores,

Deu na "Eixo Capital" do Correio Braziliense, hoje:

"Doa para campanha eleitoral quem tem dinheiro, não doa o pobre que ganha um, dois ou três salários mínimos ?" a maioria da população brasileira.

O financiamento público foi adotado pelas democracias mais desenvolvidas do mundo"

(Presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR).

O "Frritz" não perdeu tempo":

"Frrida, ela só non tá mais PirruTa que o lula".
O coitada nem sabe que os mais pobrres também contribuem e muito parra a financiamenta pública"...
Miguel José Teixeira
19/12/2019 08:30
Senhores,

"DF terá fábrica de veículos 4? - 4 com investimentos de R$200 milhões.

A pedra fundamental será lançada já no mês que vem e a fábrica deve gerar 420 empregos a partir de 2021".

(fonte: https://diariodopoder.com.br/df-tera-fabrica-de-veiculos-4x4-com-investimentos-de-r200-milhoes/)

Atentem: com 200 milhões o empreendedor gerará 420 empregos, fora o giro da Economia.

Cabral, o aprendiz do ex e futuro presidiário lula, pretende devolver aos cofres públicos 380 milhões que surrupiou com sua quadrilha formada até por renomados togados.

Quase daria para implantar 2 empreendimentos do porte do acima citado. . .

Enquanto isso na sala da justiça. . .os de sempre continuam $e-locupletando-$e!

Brasil, deitado eternamente em berço esplêndido!
Herculano
19/12/2019 08:03
ACABOU A BLINDAGEM DE FLÁVIO NO STF

Conteúdo de O Antagonista.O advogado de Flávio Bolsonaro desconfia que o MP tenha continuado a investigar o filho do presidente apesar da blindagem de Dias Toffoli, e que isso pode suscitar um questionamento ao STF.

Ministros do Supremo disseram à Folha de S. Paulo, porém, "que as provas apresentadas na primeira fase do processo, com os dados do antigo Coaf, já traziam informações robustas, e que a suspensão levantada dizia respeito apenas a Flávio. Ou seja, as conexões do filho do presidente podiam ser exploradas pelos investigadores".
Herculano
19/12/2019 08:01
CASO CONTRA FLÁVIO DEVE CAUSAR MAIS ESTRAGOS NO CLÃ BOLSONARO

Investigação pode revelar essência política e relações da família no topo do poder

Poucos conhecem a essência do clã Bolsonaro como Fabrício Queiroz. Amigo do presidente há 35 anos, o ex-policial desabafou quando viu que as investigações sobre os gabinetes da família avançavam. Em julho, numa gravação, ele dizia que o Ministério Público tinha "uma pica do tamanho de um cometa" contra o grupo. Pois o cometa chegou.

A operação desta quarta (18) contra alvos ligados a Flávio Bolsonaro mostra o tamanho do estrago que o caso ainda pode provocar. Promotores já encontraram indícios de desvio de salários de assessores e conexões do clã com parentes de milicianos.

Suspeito de executar a "rachadinha", o famoso Queiroz recebeu R$ 2 milhões de 13 assessores lotados no gabinete do filho do presidente na Assembleia do Rio, segundo a revista Crusoé. O Ministério Público identificou 483 depósitos desses funcionários na conta do ex-policial.

Parte do dinheiro foi enviada pela mulher e pela filha de Adriano da Nóbrega, acusado de chefiar uma das maiores milícias do estado. Quando trabalhavam para Flávio, as duas repassaram R$ 203 mil para Queiroz e sacaram mais R$ 202 mil em espécie.

Transferências fracionadas e pagamentos em dinheiro vivo são típicos do esquema em que servidores são obrigados a devolver parte dos salários para políticos ou operadores.

Flávio disse várias vezes que não participava de atividades suspeitas, mas os promotores estão decididos a ir mais fundo. Eles acham que o filho do presidente pode ter usado transações de imóveis e uma loja de chocolates para lavar dinheiro.

A família acreditava que as investigações perderiam força com o sumiço de Queiroz e pensavam que o STF mataria o caso no peito, mas as apurações ainda devem ganhar força. Além da quebra de sigilos bancários, foram apreendidos celulares de dezenas de pessoas ligadas ao clã.

A investigação já mostrou que o gabinete de Flávio funcionava como um caixa eletrônico. Agora, ainda pode revelar as engrenagens políticas e as relações nada inofensivas do grupo que chegou ao topo do poder.
Herculano
19/12/2019 07:55
da série: deve investigar e prender os outros, não os seus. No fundo, no fundo, todos iguais

BOLSONARO VAI CORTAR MORO?
Jair Bolsonaro "estuda acomodar seu aliado e amigo, Alberto Fraga, como ministro da Segurança Pública", diz O Globo.

"A proposta, confirmada por fontes próximas à Presidência, diminuiria os poderes de Sergio Moro, considerado um dos superministros de Bolsonaro pelo tamanho de seu ministério e faria com que o ex-juiz perdesse o controle sobre a Polícia Federal".

Jair Bolsonaro vai punir Sergio Moro porque ele reduziu o número de assassinatos em mais de 20%? É isso mesmo? Só pode ser mentira.
Herculano
19/12/2019 07:51
DIANTE DA FORTE REAÇÃO DOS CATARINENSES, DEPUTADOS CRIAM VERGONHA NA CARA E APROVAM A CPI DA PONTE HERCÍLIO LUZ, NEGADA ANTERIORMENTE NA CCJ. MAS, PARA ISSO, MUDARAM O TEXTO ACUSAT?"RIO, PARA SER UMA RECOMENDAÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE INSTITUIÇÕES COMO O MINISTÉRIO PÚBLICO E TRIBUNAL DE CONTAS.

Cpnteúdo, press release do gabinete do deputado estadual Bruno Souza (Novo).A Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou eventuais irregularidades nas obras da Ponte Hercílio Luz, aprovou nesta quarta-feira, 18, por unanimidade, o relatório final que altera a expressão "passamos a indicar de maneira objetiva os nomes cujo indiciamento indicamos" e substitui por "passamos a encaminhar os nomes para apuração do Ministério Público e Tribunal de Contas de possíveis condutas que possam ser consideradas ilícitas".

O documento será encaminhado ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, Ministério Público e Tribunal de Contas. "Foi mantida toda parte de apuração, toda relação de nomes a as conclusões. Não foi o final esperado mas apresentamos um resultado positivo para os catarinenses", afirmou o deputado Bruno Souza (Novo), relator original da CPI.

O parecer final da CPI da Ponte Hercílio Luz é composto por 1.842 páginas, sendo quase 400 referentes ao voto do relator. As páginas 1.718 e 1.719 receberam alterações e o novo relator encaminhou os nomes de 20 pessoas para apuração de possíveis ilicitudes, além da declaração de inidoneidade ou a suspensão à atuação em procedimentos licitatórios de seis empresas. Entre os crimes que estão sugeridos pra serem apurados estão improbidade administrativa, falsidade ideológica, prevaricação, fraude à licitação, associação criminosa, lavagem de dinheiro, falso testemunho, entre outros.

Citadas no relatório final da CPI:

Pessoas

Raul Ozório de Almeida
Telmo Fernando Mattar de Souza
Tolstói Maia Duarte
Sidney Lourenço Dal Sasso
Hubert Beck Júnior
Roberto Alexandre Zattar
Paulo Ney Almeida
Marcos Amin
Luiz Antônio Ramos
Justiniano Pedroso
Olívio Karasek Rocha
Eduardo Hamond Régua
Raimundo Colombo
Paulo Meller
Wenceslau Jerônimo Diotallévy
Wilfredo Brillinger
Celso Magalhães Carvalho
Romualdo Theophanes de França Junior
Dalmo Pickler Baesso
Ricardo Bridon Soares

Empresas

Construtora Roca
TEC ?" Técnica de Engenharia Catarinense
Prosul
Construtora Espaço Aberto
Consórcio Florianópolis Monumento
CSA Group Florida e CSA
Herculano
19/12/2019 07:39
DESDE 2016, EX AVISAVA QUE COUTINHO É LADRÃO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A ex-primeira-dama da Paraíba Pâmela Bório, que é jornalista, fala das falcatruas do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) desde o ano de 2016, quando denunciou pela primeira vez a existência de caixas de dinheiro vivo guardadas na residência oficial. Esta semana, ela lembrou outra denúncia impressionante: um roubo de R$ 2 bilhões por meio de uma "OS" organização social, investigada na operação.

'ERA UMA ORCRIM'

"Há muito tempo a gente avisou que era uma Orcrim", disse Pâmela, referindo-se à sigla de Organização Criminosa.

APELO DRAMÁTICO

Em vídeo, esta semana, Pâmela apela por ajuda para localizar o filho de 9 anos levado para o exterior pelo pai contra a sua vontade.

MAIOR PREOCUPAÇÃO

"É dinheiro que não acaba nunca, é dinheiro para morar fora do país", afirma Pâmela aos prantos, ao revelar medo de nunca mais ver o filho.

PERSEGUIÇÃO

Divorciados desde 2015, Pâmela revelou que o ex-marido usou o PSB para tentar cassar sua diplomação de suplente de deputada, este ano.

CRESCE PRESSÃO PARA BOLSONARO VETAR O FUNDÃO

O presidente Jair Bolsonaro pode apenas ter produzido um "balão de ensaio", mas deveria levar a sério seu veto ao Fundão Sem Vergonha de R$2 bilhões, aprovado no Congresso para financiar as campanhas para prefeitos e vereadores, em 2020. Ele cogitou o veto nesta quarta (18), à saída do Alvorada, preocupado com os caminhões de dinheiro que sairão do Tesouro Nacional para as mãos do PT, PSL et caterva. Sua ameaça logo fez surgir a campanha #VetaBolsonaro nas redes.

MELHOR DOS MUNDOS

Se o Fundão Sem Vergonha for vetado, não haverá dinheiro público e permanecerá a proibição de financiamento empresarial de campanhas.

#VETABOLSONARO

Com o veto, políticos teriam de bancar os próprios projetos eleitorais, sem propina antecipada de empresas e sem atacar o bolso do cidadão.

TUNGA PORNOGRÁFICA

Os parlamentares reduziram a "tunga" de R$3,8 para R$2 bilhões, mas continua pornográfico o princípio de fazer o cidadão pagar essa conta.

CPI DO APARELHAMENTO

A CPI da Aneel, proposta pelo deputado Leo Moraes (Pode-RO), com o apoio de 186 parlamentares, deixa espertos os diretores de agências reguladoras, na maioria indicados pelas empresas. A comissão deveria ser ampliada para uma espécie de CPI do Aparelhamento.

HERMANOS, DE NOVO

O governo Bolsonaro atendeu em menos de 24 horas o pedido de agrément do novo embaixador da Argentina em Brasília, Daniel Scioli. Sinal da retomada das boas relações entre os países.

ARMAÇÃO ILIMITADA

Teleguiados por Rodrigo Maia, os chefes da comissão especial da PEC da prisão em 2ª instância já não escondem a jogada de ampliar a execução das sentenças a outros ramos da Justiça. É o vale-tudo para "melar" a PEC do deputado Alex Manente (Cidadania-SP).

SENADO VAI À GUERRA?

A "Secretaria de Polícia" (que coisa...) do Senado comprou 159 mil balas para arma de fogo. Foram gastos R$305,3 mil nisso só em novembro. É o segundo maior gasto com material de consumo no ano.

TAMOS AÍ

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), um dos citados como eventual substituto do ministro Abraham Weintraub (Educação), criticou ontem o "método de ensino obsoleto" do País, no apagar das luzes do Senado.

CANABIS PODE, COHIBA NÃO

Sensível aos apelos envolvendo o uso medicinal de uma molécula da planta da maconha, a ponto de autorizar seu plantio "para fins de pesquisa", ignorando a legislação em vigor, a Anvisa proibiu a importação do charuto Cohiba, um dos mais apreciados do mundo.

NEYMAR EM ALTA

Segundo o Google, Neymar é a segunda personalidade mais buscada de 2019 em todo o mundo. Não só pelo caso Najila, a espertalhona que o acusou de estupro e agressão, mas também pelos tênis que lançou.

REPIQUE VALE DINHEIRO

O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou que o salário mínimo de 2020 será maior que o aprovado no orçamento por causa do repique do Índice Nacional de Preços ao Consumidor. "Vai ser R$1.038", garantiu.

PENSANDO BEM...

...no Congresso, o ano já acabou e 2020 só começa em 1º de fevereiro.
Herculano
19/12/2019 07:16
da série: como contra os bons números não se pode, devido a solidez, contestá-los, a esquerda do atraso, a intelectualidade, "especialistas" e a imprensa, duvida dos argumentos. Tudo para invalidar, ou duvidar, à conquista até aqui do ministro da Justiça Sérgio Moro e do governo de Jair Bolsonaro, sem partido.

A QUEDA DAS MORTES VIOLENTAS DESAFIA OS ESPECIALISTAS DE SEGURANÇA, por Roberto Mota, secretário de redação do jornal Folha de S. Paulo

Fatores que a explicam estão tudo, menos claros

Um fato desafia especialistas: a diminuição acentuada do número de mortes violentas no Brasil. Iniciada no ano passado, a queda se tornou mais abrupta em 2019 -dados preliminares apontam redução na casa dos 20%.

É claramente uma boa notícia num país ainda muito violento. Mas os fatores que a explicam estão tudo, menos claros. Como também não fica nada evidente que relação existe entre a queda da violência e o discurso de endurecimento da segurança que ganhou corpo nos últimos anos.

É inegável que a visão vitoriosa nas urnas em 2018 encontra nenhuma simpatia nos institutos que se dedicam a estudar segurança pública. Pudera, a ideia de "mirar na cabecinha" (concebida por Wilson Witzel) e a reação inicial de João Doria às mortes em Paraisópolis contrapõem-se ao bom senso, além de desprovidas de resquícios de empatia.

Por outro lado, nota-se exígua disposição dos pesquisadores em investigar, de maneira mais, digamos, amoral, a hipótese de que esse discurso pode ter desempenhado um papel na redução das criminalidade.

Quem tentou refutar frontalmente tal possibilidade produziu argumentos nada convincentes. As explicações mais comuns circum-navegam o falatório político. São: 1) não há causa única; 2) o conflito entre facções arrefeceu; 3) o envelhecimento da população diminuiu a parcela de jovens, os mais atingidos pela violência; 4) a criminalidade bateu no teto em 2017, de modo que seria normal recuar.

As duas primeiras não esclarecem muito - a segunda é algo tautológica até. A terceira não explica a inversão abrupta, e a quarta vem desacompanhada do cálculo que estabeleceu o suposto teto.

O quadro é ainda mais complexo porque quem atua mais amplamente na segurança são os estados, com diferentes governos e distintos catalisadores de violência. À falta de explicações mais firmes para a queda geral, Sergio Moro surfa sozinho na leitura que lhe é mais favorável.
Herculano
18/12/2019 19:38
DEPUTADO ESKUDLARK ESTÁ HOSPITALIZADO, por Moacir Pereira, no NSC Total, Florianópolis.

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Mauricio Eskudlark, está internado no Hospital de Caridade. Ele teve pressão alta e sentiu-se mal quando participava da sessão plenária de hoje do legislativo estadual. Foi logo atendido pelo deputado Vicente Caropreso, que é médico, levado a sala de enfermagem, quando foram constatadas alta pressão arterial e sintomas de problemas cardíacos. O parlamentar foi logo transferido para o Hospital de Caridade.

Na origem do estresse debates contundentes que se registraram na Comissão de Constituição e Justiça sobre proposta que perdoava multas e juros das pessoas físicas que receberam recursos do Estado em até 20 mil reais e que tinham dificuldades de prestação de contas.

Eskudlark defendeu o projeto e foi contestado pelo deputado Joao Amin, iniciando-se uma longa discussão.

Durante a sessão foram aprovados o Plano Plurianual de Investimentos e a Lei Orçamentária de 2020.


Também passou o projeto 458, que reduz a alíquota do ICMS para os produtos industriais. Vitória da Fiesc, cujo presidente comemorou gravando uma mensagem de otimismo a todos os empresários do setor industrial catarinense.

O presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt, que acusou o aumento da carga tributária e ônus aos consumidores com o 458, disse que um diálogo com o presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Assembleia, deputado Marcos Vieira, resultou num acordo, que teve adesão do presidente da Acats, para retomada do tema no inicio do próximo ano.

As duas entidades farão um levantamento sobre a nova lei, mostrarão os dados sobre aumento da carga. Se ela realmente onerar os comerciantes e os consumidores haverá correção pelo legislativo.
Herculano
18/12/2019 19:35
da série: faltou dizer que este é um resultado usando inteligência artificial no mundo virtual e que mostra o senso de investigativo da Polícia Civil de Santa Catarina.

POLÍCIA CIVIL PRENDE RESPONSÁVEL POR "DERRUBAR" INTERNET DE MILHARES DE USUÁRIOS EM SANTA CATARINA

Conteúdo press release da Polícia Civil. Fonte, delegado Anselmo da Dras/Deic. Flavio Cambrea, 38 anos, foi preso preventivamente hoje, na cidade Orlândia, interior de São Paulo, identificado pela Policia Civil como autor do furto de placas e equipamentos de internet de várias operadoras de telefonia, no final de novembro.

Flavio agiu em Joinville, Barra Velha, Apiuna e Curitibanos, paralisando os serviços de internet fixa e móvel por quase dois dias em grandes regiões do Estado, entre Barra Velha e Balneário Camboriú, de Curitibanos até o Vale do Itajaí e a maior parte do oeste catarinense.

Vários serviços públicos e privados, inclusive hospitais e unidades policiais, chegaram a ter o serviço de internet interrompido.

Pelo menos 70 mil ligações de internet fixa e 1,5 milhão de consumidores de internet móvel foram afetadas, em mais de 20 cidades, gerando prejuízo superior a 2,9 milhões de reais.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelos policiais da DRAS/DEIC também em Orlândia e Franca, no interior de São Paulo.

Flavio ja tinha sido preso em Santa Catarina em 2018 por fraudes em sistemas de telefonia, através de ligações internacionais, fazendo com que clientes recebessem indevidamente cobranças com valores muito maiores do deveriam pagar.

Ele registra diversos antecedentes por crimes de furto e estelionato em SC e SP, tendo tentado fugir e resistido à prisão, sendo recolhido ao sistema prisional paulista, onde aguardará ao processo.
Herculano
18/12/2019 19:14
ATÉ ELE

De chico Lins, no twitter:

Como bisneto do Hercílio Luz espero que todas as maracutaias feitas na reforma da ponte que leva o seu nome tenham finalmente terminado.
Herculano
18/12/2019 19:09
MP COMEÇA A REALIZAR O PESADELO QUE QUEIROZ ANTEVIU, por Josias de Souza, no Uol

A uma semana do Natal, o Ministério Público do Rio de Janeiro jogou água no champanhe da família Bolsonaro. A batida policial realizada nesta quarta-feira em endereços de ex-assessores de Flávio Bolsonaro é o princípio da realização de um pesadelo que o faz-tudo Fabrício Queiroz anteviu em mensagens de WhatsApp divulgadas no final de outubro.

Num trecho dos áudios, Queiroz declarou para um amigo: "O MP está com uma pica do tamanho de um cometa para enterrar na gente". Foi como se reconhecesse que há material disponível para complicar sua vida e a rotina dos seus amigos da primeira-família. Noutro trecho, Queiroz afirmou: "Não vejo ninguém mover nada para tentar me ajudar..." Nesse ponto, soou como um abandonado carente.

A polícia cumpre 24 mandados de busca e apreensão em endereços de ex-assessores de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. Entre eles o próprio Queiroz e Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente da República. A julgar pela fumaça, o incêndio é grande, pois a operação policial foi precedida da quebra dos sigilos bancários dos investigados.

Flávio Bolsonaro frequenta a investigação como suspeito da prática de dois crimes: lavagem de dinheiro e peculato (apropriação de dinheiro público). Os promotores poderiam ter enviado a polícia às ruas depois das festas de final de ano. Mas parecem dispostos a recuperar o atraso provocado pela blindagem que Dias Toffoli, presidente do Supremo oferecera ao Zero Um. O inquérito permaneceu no frezeer por quatro meses.

Ironicamente, Queiroz volta às manchetes horas depois de o Congresso ter aprovado a medida provisória editada por Bolsonaro para desossar o Coaf. Os parlamentares enterraram o novo nome proposto pelo presidente: UIF (Unidade de Inteligência Financeira). Mas mantiveram a decisão de enfiar o órgão de controle nos fundões do organograma do Banco Central.

Foi graças a descobertas do Coaf que Queiroz estilhaçou o discurso da família Bolsonaro, aproximando a dinastia presidencial da turma do PT. Bolsonaro já declarou que a investigação aberta a partir da movimentação bancária suspeita atribuída a Queiroz é uma orquestração que usa o primogênito Flávio como degrau para atingir o governo.

Um repasse de R$ 24 mil para a primeira-dama Michelle Bolsonaro encostou Queiroz nas colunas do Palácio da Alvorada. O presidente disse ter emprestado R$ 40 mil ao Queiroz. Empréstimo feito aos poucos. Como? Não se sabe. Não há contrato nem declaração ao Fisco.

Queiroz nunca prestou depoimento. Entregou ao Ministério Público uma manifestação por escrito. Não conseguiu explicar a movimentação de R$ 1,2 milhão em sua conta. Nada sobre os R$ 24 mil de Michelle.

O faz-tudo dos Bolsonaro reconheceu que se apropriava de parte dos salários de assessores de Flávio. Alegou que fazia isso para pagar "colaboradores informais" do então deputado estadual. Mas não exibiu recibos.

O PT já farejou na fragilidade das explicações de Queiroz uma oportunidade a ser aproveitada. Na noite desta terça-feira (17), o deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, discursou no plenário do Congresso: "O senhor Queiroz é o caixa da família Bolsonaro".

Pimenta borrifou na atmosfera um desafio: "Quero que me processem por calúnia, digam que é mentira. Estou dizendo que o Queiroz era o caixa da família Bolsonaro. [...] Estou dizendo que o Queiroz pagava as contas pessoais da família do Bolsonaro, inclusive da senhora Michelle. Vamos abrir as contas do Queiroz. E vamos mostrar de onde vocês tiravam dinheiro para fazer política, para eleger o Bolsonaro."

Não há, por ora, vestígio de intenção dos Bolsonaro de processar o líder petista. Há dois meses, quando vieram à luz os áudios de WhatsApp de Queiroz, Bolsonaro reagiu com notável parcimônia: "Eu nunca neguei que encontrei um bom soldado de infantaria", ele disse, referindo-se a Queiroz. "Nunca neguei minha amizade por ele. Depois do que aconteceu, eu me afastei, senão seria acusado de obstruir a Justiça."

Apenas Bolsonaro e seu primogênito sabem o tamanho real do buraco em que se meteram. Toda crise tem um custo. O presidente da República precisa decidir quanto deseja pagar. A fatura vai aumentando com o tempo. Bolsonaro ainda dispõe de três anos de governo. A pressa do MP recomenda ao inquilino do Planalto que acenda a luz.
Herculano
18/12/2019 18:59
da série: um retrato que se esconde e que vai estar nas redes sociais e aplicativos de mensagens em outubro do ano que vem. O que sabia nos bastidores há anos, começa ser um pesadelo do dia a dia de políticos, gestores públicos e partidos líderes em Santa Catarina

MDB NO CORNER, por Cláudio Prisco Paraíso

Duas decisões judiciais recentes colocam o MDB de Santa Catarina no corner, considerando-se o ringue eleitoral para os dois próximos pleitos.

Líderes emedebistas de Santa Catarina não cansavam de repetir que a seção estadual do Manda Brasa era diferente, que nada tinha a ver com a nacional, que a cúpula nordestina e nortista do partido era corrupta, etc e tal.

Pois muito bem. Este discurso vai caindo no vazio. Duas decisões recentes do Tribunal de Justiça atingiram em cheio dois emedebistas catarinenses de cruz na testa.

A mais recente foi a condenação, a 10 anos de prisão em regime fechado, do deputado estadual Romildo Titon. Ex-presidente da Assembleia, o parlamentar atualmente pilota a mais poderosa e importante comissão permanente do Legislativo estadual, a Constituição e Justiça (CCJ). Titon está no sétimo mandato de deputado estadual e já foi prefeito de Campos Novos. É uma das figuras de expressão na realidade atual do MDB catarinense. O deputado foi investigado no âmbito da Operação Fundo do Poço, do Gaeco, que detectou fraudes em licitações para perfuração de poços artesianos no Estado.

TARRAFADA

Além de Romildo Titon, a Operação Fundo do Poço denunciou outras 37 pessoas, entre políticos, agentes públicos e empresários.

LADEIRA ABAIXO

Outro emedebista de quatro costados alcançado por duríssima decisão judicial foi o ex-deputado e ex-prefeito de Lages, Elizeu Mattos. Ele que foi líder dos governos Luiz Henrique da Silveira, Eduardo Moreira (tampão) e Raimundo Colombo na Alesc.

CRONOLOGIA

O lageano também acabou figurando no epicentro de outra operação do Gaeco, a Águas Limpas. Esta, deflagrada em 2014 enquanto a Fundo do Poço estourou em 2013.

INSEGURANÇA JURÍDICA

Por decisão da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, foi determinada a prisão de Elizeu Mattos. Ele só não foi detido lá em novembro, quando a sentença foi proclamada, em função de uma pneumonia que acometeu o ex-prefeito.

INTERFERÊNCIA SUPREMA

Nesse meio tempo, o STF mudou a regra, acabando com a prisão de condenados após decisão colegiada de segunda instância. Só que aí a Terceria Câmara do TJSC pediu a prisão preventiva de Elizeu. Na última sexta-feira, contudo, por despacho do ministro Gilmar Mendes, um especialista em habeas corpus, o emedebista livrou-se da prisão.

CONTRA A MARÉ

O momento não é favorável ao MDB catarinense. Estamos falando do maior partido do Estado, que pode sentir os desdobramentos eleitorais a partir destas duas sentenças. Importante lembrar que a sigla hoje carece de uma grande liderança, de um grande nome para a próxima disputa estadual, lá em 2022. Este mesmo MDB que já teve Pedro Ivo Campos, Jaison Barreto, Paulo Afonso Vieira, Casildo Maldaner, todos ex-governadores com exceção de Jaison, e mais recentemente, Luiz Henrique da Silveira, que cumpriu dois mandatos.

JUNTOS E MISTURADOS

Não por acaso, o MDB está flertando, quase noivando, com Moisés da Silva para composições municipais já em 2020, começando por Florianópolis e Joinville. O governador também tem tudo para indicar um emedebista, muito provavelmente Luiz Fernando Vampiro, para ser o novo líder do governo na Assembleia Legislativa.

REELEIÇÃO

Todas estas negociações visando a próxima eleição municipal têm como pano de fundo o pleito de 2022, quando Moisés buscará a reeleição. E começa a pavimentar o caminho, deixando a possibilidade de ter o MDB o apoiando. E talvez indicando o candidato a vice-governador.
Herculano
18/12/2019 18:49
É GRAVE

De Rodrigo Constantino, no twitter:

O que saiu sobre o primogênito do presidente parece bem grave. Não vou dizer que a casa caiu, mas o cerco se fechou bastante e o calor se intensifica. Queiroz já tinha falado naquele áudio vazado, que o MP tinha material graúdo contra eles. Eu não tenho corrupto de estimação.
Herculano
18/12/2019 18:45
da série: quando se espreme, que diz ser diferente, parece ser tão igual com que acusa. É preciso espremer

MP: FLÁVIO E ESPOSA USARAM IMóVEIS PARA LAVAR DINHEIRO DO "RACHID"

Conteúdo de O Antagonista. Flávio Bolsonaro e a mulher, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, usaram dois apartamentos para lavar dinheiro arrecadado por meio de "rachid" no gabinete do então deputado estadual do Rio, aponta relatório do MP-RJ, ao qual Crusoé teve acesso.

Os dois imóveis investigados, localizados em Copacabana, foram comprados por Flávio em 27 de novembro de 2012 - da mesma pessoa, um americano. Os apartamentos pertenciam a um outro cidadão dos Estados Unidos que afirmou, em depoimento, não ter autorizado a transação.

Mas o que mais chamou a atenção dos promotores foram os valores envolvidos.
Herculano
18/12/2019 18:40
DEPUTADOS APROVAM ORÇAMENTO DE SC E REJEITAM EMENDA DE SINDICALISTA QUE DAVA R$100 MILHõES PARA PMSC

Conteúdo press release da Alesc. Por unanimidade foi aprovado o Projeto de Lei nº 352/2019, do Executivo, que estima a receita e fixa a despesa do estado para o exercício financeiro de 2020. Em seguida, por 23 votos a 13, os parlamentares rejeitaram emenda de R$ 100 milhões para reajuste salarial da PMSC durante a sessão de quarta-feira (18) da Assembleia Legislativa.

"Trata-se de uma decisão salomônica, para ver quem ama o seu verdadeiro filho. O legislador sempre tem de estar com a lei em uma mão e a justiça na outra, a decisão estava na minha mão e toda vez que se fizer necessário fazer justiça, vou deixar a lei de lado e abraçar a justiça. Esses R$ 100 milhões cobrem 4,7%, para cobrir os 38% seriam necessários mais de R$ 700 milhões, não estou colocando a faca no pescoço de ninguém", justificou Sargento Lima (PSL), autor da emenda rejeitada.

"Como se faz uma emenda para que só uma categoria seja atendida? Está se tirando da polícia civil, do agente penitenciário, o estado tem de fazer tudo, mas para todos os servidores, a emenda é discriminatória", advertiu Maurício Eskudlark (PL).

De acordo com o texto aprovado, o Tesouro estimou para 2010 uma receita de R$ 28.919.324.198,00 (vinte e oito bilhões, novecentos e dezenove milhões, trezentos e vinte e quatro mil e cento e noventa e oito reais) e fixou as despesas em R$ 29.723.563.952,00 (vinte e nove bilhões, setecentos e vinte e três mil, quinhentos e sessenta e três mil e novecentos e 52 reais), totalizando um déficit de R$ 804 milhões.

Também foi aprovado Projeto de Lei nº 305/2019, do Executivo, que institui o Plano Plurianual (PPA) para o quadriênio 2020-2023. Na oportunidade foi rejeitada emenda ao PPA proposta pelo deputado Sargento Lima, que destinava R$ 100 milhões para o pagamento de reajuste salarial à Polícia Militar.
Herculano
18/12/2019 18:33
da série: a família Amim sempre na contramão da história.

FARRA ELEITOREIRA, por Cláudio Prisco Paraíso.

Os partidos políticos brasileiros terão pouco mais de R$ 2 bilhões (R$ 2,034) para serem gastos na campanha eleitoral de 2020.

Bolada aprovada na mesma sessão conjunta do Congresso Nacional que apreciou e definiu o Orçamento da União para o ano que vem.

Contrários ao financiamento público de campanhas eleitorais, os deputados do Partido Novo apresentaram um destaque para reduzir o fundão em R$ 1,363 bilhão. A ideia era reduzir a bolada eleitoreira de vossas excelências para R$ 671 milhões, o que ainda seria um valor astronômico.

A investida do Novo, visando a enxugar o fundão, recebeu apoio maciço entre os deputados federais catarinense.

TRÊS CONTRA 12

Apenas três foram contrários, votando pela manutenção dos R$ 2 bilhões: Angela Amin, Pedro Uczai e Ricardo Guidi.

Caroline De Toni, estranhamente, não votou. Ao fim e ao cabo, os políticos seguem tirando dinheiro público de áreas fundamentais e sucateadas para sustentar esta verdadeira farra a cada dois anos.
Herculano
18/12/2019 18:28
EX-DELEGADO QUE PROTEGIA JOGO BICHO ILEGAL É CONDENADO POR CORRUÇÃO E PECULATO

Outros quatro réus envolvidos com cassino clandestino em Balneário Camboriú, identificados em investigação do GAECO, também foram condenados na ação ajuizada pelo MPSC.

Press release do Ministério Público de Santa Catarina. Oito anos, seis meses e seis dias de reclusão, mais o pagamento de 39 dias-multa. Esta foi a pena aplicada pela Justiça ao ex-Delegado Ademir Serafim, que por vários anos recebeu mensalmente propina para proteger um cassino clandestino em Balneário Camboriú, conforme detalhou a ação penal ajuizada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

Além de Serafim - que cometeu os crimes de peculato e corrupção passiva -, outros quatro réus no processo foram condenados por corrupção ativa. Os delitos foram investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) entre 2011 e 2012, quando o então Delegado foi preso e afastado das funções por determinação judicial.

A partir das investigações, o Ministério Público apresentou a denúncia à Justiça, ainda em 2012. A Ação Penal é assinada pelos Promotores de Justiça que na época respondiam pela 2ª, 7ª e 8ª Promotorias de Justiça da Comarca, respectivamente, Maria Amélia Borges Moreira Abbad, Ricardo Luis Dell´Agnolo e Jean Michel Forest - este coordenador do GAECO de Itajaí.

Conforme relata a denúncia do MPSC, a investigação comprovou que, por intermédio de um policial civil, Serafim recebia dos proprietários do cassino R$ 2 mil mensais para garantir o funcionamento da atividade ilícita, fornecendo informações privilegiadas e não realizando operações policiais no local. Na temporada de verão, o valor era dobrado.

Foram condenados por corrupção ativa (oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício): Ricardo Giuliano Tena, gerente e filho do proprietário do cassino - que também foi denunciado mas faleceu no curso do processo, não sendo julgado =, e os funcionários Miriam Furtado, Marcelo de Castro e Alexandre de Castro.

Por terem feito colaboração premiada, os quatro tiveram as penas reduzidas para menos de quatro anos e substituídas por medidas restritivas de direitos ¿ pagamento de multa e prestação de serviços à comunidade.

Já o ex-Delegado, além da corrupção passiva (solicitar ou receber em razão da função pública, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem) foi condenado por peculato, por utilizar-se de veículo público para atividades particulares - entre elas receber os valores oriundos do grupo criminoso -, e deverá cumprir a pena em regime inicial fechado.

Além da prisão, Serafim teve decretada a perda do cargo público. Como já está aposentado, deverá perder o direito aos proventos do regime especial do funcionalismo público. As penas, porém, somente serão aplicadas após o trânsito em julgado da ação. A decisão, proferida pelo Juízo da 2ª vara Criminal da Comarca de Balneário Camboriú, é passível de recurso. (Ação Penal n. 0000793-61.2012.8.24.0005)
Miguel José Teixeira
18/12/2019 16:04
Senhores,

OOOps. . .omiti involuntariamente a fonte dos 2 PeTardo$ na postagem abaixo:

Correio Braziliense, Ed. 18/12/19

1) Entrevista com o Presidente do INSS e
2) Mercado S/A, por Amauri Segalla

(http://impresso.correioweb.com.br)
Miguel José Teixeira
18/12/2019 15:54
Senhores,

"Durmam com um barulho desses":

1) Assalto aos cofres do INSS

- Mais de 4 mil servidores públicos, entre estaduais e municipais, foram apanhados recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), auxílio no valor de um salário mínimo (R$ 998) destinado a pessoas com deficiência ou idosos com 65 anos ou mais, em situação de miséria. Uma operação pente-fino identificou as fraudes em seis estados e no Distrito Federal. Os servidores recebem salários entre R$ 15 mil e R$ 18 mil.

2) Cabral embolsou uma fábrica inteira da Kraft Heinz

- De todos os males que a corrupção trouxe para o Brasil, um deles parece ter sido banalizado: o valor do dinheiro. O ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral se comprometeu a devolver R$ 380 milhões que recebeu em forma de propinas. É muito dinheiro. Para se ter ideia, em 2017, a gigante de alimentos Kraft Heinz investiu esse montante para construir uma fábrica inteira em Goiás, que gerou aproximadamente mil empregos. O Bradesco, segundo maior banco privado do Brasil, desembolsou quantia equivalente para financiar startups, projeto que desperta o empreendedorismo e impulsiona a inovação no Brasil. Há muitos exemplos. O montante surrupiado por Cabral é próximo do faturamento de um ano inteiro da empresa de tecnologia Locaweb, que atende 300 mil clientes em seis unidades de negócio. Se um único político é capaz de embolsar um valor desses ?" isso se não houver mais propina de Cabral espalhada por aí ?", não é difícil imaginar o que essa gente fez com o Brasil.

Enquanto isso na sala da justiça. . .certos togados "$e-locupletam-$e". . .
Miguel José Teixeira
18/12/2019 13:48
Senhores,

Na mídia:

"Bolsonaro admite vetar Fundão Sem Vergonha de R$2 bilhões para bancar campanhas"

Senhor Presidente,

Entre o voto e o veto escolha o veto para ganhar o voto!

Nós, burros-de-cargas, já escolhemos.
Herculano
18/12/2019 08:31
O BODE DAS ILUSõES, por Carlos Brickmann

Conta-se que um lavrador judeu foi pedir conselho ao rabino: sua casa era minúscula, não havia espaço para nada, e a sogra, que ficara viúva, tinha ido morar com eles. Que fazer? O rabino disse: leve seu bode para dentro de casa. O lavrador obedeceu e, uma semana depois, voltou ao rabino: tudo tinha piorado. O bode ocupava boa parte do espaço já minúsculo, cheirava mal, fazia sujeira ?" insuportável. O rabino recomendou: tire o bode de casa.

Alguns dias depois, o lavrador se encontrou com o rabino e agradeceu o conselho. "Tirei o bode de casa. Agora temos espaço e higiene para todos!"

Os R$ 3,8 bilhões de dinheiro público que pagariam a campanha eleitoral foram o bode que os parlamentares expulsaram da casa. Querem que o eleitor fique feliz com a gentileza do Congresso, desistindo dos R$ 3,8 bilhões que geraram tanta reação e aceitando os R$ 2 bilhões propostos pelo Governo no Orçamento. Parece piada: R$ 2 bilhões são bem mais que o R$ 1,8 bilhão da campanha de 2018. Já era dinheiro demais, e pagou a campanha presidencial e as estaduais.

Aumentar os gastos para as eleições municipais é tungar o eleitor. É dar nosso dinheiro aos caciques dos partidos, é estimular a criação de novas legendas apenas para dar vida boa a quem não gosta de trabalhar. Que cada partido busque suas doações e sejam todos obrigados a declará-las, doadores e receptores. Nos Estados Unidos é assim. Por que só jurar amor aos americanos e rejeitar seus métodos de financiar campanhas?

BEM-VINDO, SEU CABRAL

Até que o ex-governador fluminense Sérgio Cabral resistiu muito tempo - a ponto de o Ministério Público rejeitar sua proposta de delação premiada, por achar que ele nada poderia trazer de novo às investigações. Mas Cabral, que está condenado em tantos processos que se arrisca a nunca mais sair da prisão, resolveu agora insistir em sua delação premiada. Fez acordo com a Polícia Federal, contra o parecer do Ministério Público. E a decisão sobre os eventuais benefícios que possa receber será dada pelo Supremo Tribunal Federal, onde está nas mãos do ministro Édson Fachin.

TIRO AO ALVO

Dizem que Cabral, em sua delação, atingirá não apenas os que já foram atingidos pela Lava Jato: o que se comenta é que entregará juízes, ministros, até diretores de meios de comunicação. Sempre sobrará, claro, para Lula; para Pezão, seu vice e sucessor; e para outros governadores que teriam atuado em conjunto com ele. Há empreiteiros que receberiam deduragem especial, e não são os mais conhecidos, mas o que eram mais amigos, que viajavam com ele, davam bons presentes ao então governador e sua família.

QUESTÃO DE FÉ

Se Cabral promete denunciar quem ainda não foi denunciado, após tantos anos de Operação Lava Jato, e devolver centenas de milhões de reais ganhos ilicitamente, por que o Ministério Público se oporia ao acordo de delação? O procurador-geral Augusto Aras diz que Cabral, enquanto negociava delação premiada com a Lava Jato, ocultava informações e protegia aliados. Em resumo, não estaria convencido da boa-fé do ex-governador. De acordo com O Globo, que noticiou a possibilidade de acordo de delação com a PF, desta vez ele promete apontar o dedo até para ministros do Superior Tribunal de Justiça.

... E O óLEO ESFRIOU

As toneladas de petróleo que invadiram a costa nordeste do país levaram o ministro do Meio Ambiente a acusar o Greenpeace (que a guerrilha dos bolsonaristas na Internet chamou de "greenpiche"). Houve falatório sobre a Shell; sobre um navio grego; sobre o modo pelo qual o petróleo, identificado como venezuelano, tinha chegado até o Brasil; e sobre uma misteriosa fonte de óleo sul-africano. A preocupação foi tamanha que a Câmara abriu uma CPI sobre o tema, com o pomposo e vasto título de "Comissão Parlamentar de Inquérito com a finalidade de investigar as origens das manchas de óleo que se espalham pelo litoral do Nordeste, bem como avaliar as medidas que estão sendo tomadas pelos órgãos competentes, apurar responsabilidades pelo vazamento e propor ações que mitiguem ou cessem os atuais danos e a ocorrência de novos acidentes".

Pois ontem havia reunião da CPI, às 15 horas. Vazia, vazia. Suas Excelências assistiam ao jogo do Flamengo.

POBRES TOGADOS!

Um excelente jornalista e fiel leitor desta coluna, Mário Marinho, mostra o outro lado dos salários pagos a juízes e desembargadores baianos ?" muitas vezes maiores que vencimentos de ministro do Supremo, teto definido pela Constituição para qualquer tipo de funcionário público. Lembra Marinho que, além dos penduricalhos habituais, deveria haver os bônus Peru de Natal, Uísque de Natal, Frutas Natalinas (caríssimas!) Champanhe, vinhos com premiação internacional, ceia, tudo caro.

E não se pode esquecer que, uma semana depois, essas despesas se repetem. Coitados dos desembargadores que tiveram de se contentar com pouco mais de R$ 200 mil mensais!
Herculano
18/12/2019 08:24
da série: e precisava de pesquisa? Outubro passado foi uma lição, e como relata Cláudio Humberto, abaixo, mesmo assim, os líderes parlamentares continuam manobrando contra a vontade popular, e da qual dizem serem os representantes. Outubro do ano que vem virá outra pesquisa.

REPROVAÇÃO A DEPUTADOS E SENADORES VOLTA A SUBIR E ATINGE 45%, DIZ DATAFOLHA

Índice dos que consideram ruim ou péssimo o trabalho de congressistas era de 35% no final de agosto

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ranier Bragon, da sucursal de Brasília. Tendo assumido o mandato em meio a uma onda renovadora, antissistema e de forte apelo conservador, os atuais congressistas não conseguiram até agora alterar o histórico cenário de descrédito popular.

De acordo com pesquisa do Datafolha realizada no início deste mês, 45% dos eleitores reprovam o trabalho de deputados federais e senadores, dez pontos percentuais a mais do que no final de agosto - apenas 14% o aprovam, oscilação negativa de dois pontos percentuais em relação ao último levantamento.

Os números do instituto mostram uma piora no quadro no decorrer deste primeiro ano da nova legislatura.

No final de 2018, a onda que elegeu Jair Bolsonaro levou a população brasileira a demonstrar expectativa otimista: 56% dos entrevistados diziam acreditar que os novos congressistas teriam um desempenho ótimo ou bom, número superior ao verificado antes das duas legislaturas anteriores (49% e 40%).

Após a posse, em fevereiro de 2019, o Datafolha já realizou quatro pesquisas sobre o desempenho dos congressistas. Enquanto o índice dos que consideram ótimo ou bom o trabalho de deputados e senadores caiu de 22% para 14%, a rejeição foi de 32% para 45%.

Em outubro de 2018, os eleitores patrocinaram a maior renovação na Câmara desde pelo menos 1998, reduzindo o rol de reeleitos a menos da metade das 513 cadeiras.

Até então nanico, o então partido de Bolsonaro, o PSL, elegeu 52 deputados, tornando-se a segunda maior bancada da Casa. A primeira continuou sendo a do oposicionista PT.

O resultado das urnas mexeu também com o perfil da Câmara, elevando a representação de militares e líderes evangélicos, enquanto a de professores e médicos registrou queda.

O principal projeto aprovado por deputados e senadores em 2019 foi a reforma da Previdência, cuja votação foi concluída na Câmara em agosto e, no Senado, em outubro.

Em meio à falta de articulação do governo Bolsonaro, o Congresso foi protagonista não só nas mudanças previdenciárias, mas assumiu a frente de outras decisões no campo econômico, além de barrar várias medidas do Planalto no campo dos costumes.

Sob o comando do deputado Rodrigo Maia (RJ) e do senador Davi Alcolumbre (AP), ambos do DEM, o Congresso amenizou, por exemplo, a flexibilização de porte e posse de armas e rejeitou ou engavetou - tornando-as sem efeito?" - várias medidas provisórias editadas pelo presidente da República, assim como derrubou vetos dele a leis aprovadas pelos parlamentares.

Bolsonaro assumiu com o discurso de que alteraria a forma de se relacionar com o Executivo e tentou negociar com frentes parlamentares (como a evangélica e a ruralista) em vez de partidos. O modelo tem mostrado limitações e ocasionou derrotas governistas ao longo do ano.

Crítico durante a campanha eleitoral do chamado toma lá, dá cá, ele reduziu a nomeação de apadrinhados dos parlamentares para cargos públicos, mas incrementou a promessa de liberação de verbas do Orçamento para deputados e senadores.

Os atuais números de avaliação popular do Congresso ainda são melhores do que os picos de reprovação registrados no final de 2017 (60%), pouco após a Câmara barrar pela segunda vez o afastamento do presidente Michel Temer (MDB), e em 1993 (56%), ano de hiperinflação e data da revelação do desvio de recursos federais para o bolso de políticos, escândalo que ficou conhecido como o dos anões do Orçamento.

Mas estão ligeiramente piores do que a média das 70 avaliações realizadas pelo Datafolha nos últimos 26 anos - 15% de aprovação e 39% de rejeição. No período, a única vez que a avaliação positiva esteve numericamente acima da negativa foi em dezembro de 2003, primeiro ano da primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).

"É um desgaste natural diante do ambiente negativo em relação aos partidos e políticos em geral, que persiste desde 2013", avalia o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino. "Evidência disso é a taxa de eleitores sem partido de preferência, que permanece acima de 60%."

Na comparação com o final do primeiro ano de cada uma das seis legislaturas anteriores, a avaliação popular do atual Congresso tem números piores dos que os de 1995, 1999 e 2003.

É similar aos de 2007 e só é melhor do que os de 2015, época em que a Câmara havia dado início ao processo que resultaria, meses depois, no impeachment de Dilma Rousseff (PT). O instituto não realizou pesquisa no final de 2011.

Na atual pesquisa, o Datafolha ouviu 2.948 pessoas em todo o Brasil, nos dias 5 e 6 de dezembro. A margem de erro máxima para o total da amostra é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
Herculano
18/12/2019 08:16
JOGADA É 'MELAR' PEC COM 2ª INSTÂNCIA PARA TUDO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A jogada política do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com líderes partidários de sua confiança, sobretudo aqueles ligados ao centrão, pretende empurrar com a barriga, ao máximo, a proposta de emenda que estabelece execução de sentença penal após a segunda instância. A ideia é esvaziar a PEC para levá-la à gaveta ou incluir na proposta outras áreas da Justiça, como a Eleitoral e a Trabalhista, onde as sentenças seriam cumpridas também após decisão de 2ª instância.

IMPENSÁVEL

Dar aos tribunais do trabalho (TRTs), marcados pelo ativismo de toga, poder da decisão final de processos, levaria pânico aos empregadores.

VADE RETRO

Outra ideia diabólica para inviabilizar a PEC, inaceitável para políticos, é que decisões dos tribunais regionais eleitorais sejam definitivas.

STJ EU TE AMO

Governadores acossados pelo precatórios, e grandes empresas não aceitariam abrir mão da "3ª instância" do Superior Tribunal de Justiça.

MISSÃO 'MELAR GERAL'

Maia designou Marcelo Ramos (PL-AM) para presidir e Fabio Trad (PSD-MS), de sua confiança, para relatar a PEC da 2ª instância.

ITAÚ E SAFRA IGNORAM JUSTIÇA E PERSEGUEM INOCENTE

O advogado Roberto Liesegang foi "convidado" a fechar sua conta de 19 anos no Itaú e o Safra negou abertura de conta devido à suspeita levantada pelo MPF em um processo da Lava Jato. O nome "Roberto" aparece em e-mail com negociação de propina nas obras de Angra 3 e a suspeita, inicialmente, era de que se tratava de Liesegang, mas ficou esclarecido que se trata de "Roberto Gerosa". Entretanto, o advogado continua alvo de perseguição por esses e outros grandes bancos.

PREJUÍZO

Liesegang diz ter tido prejuízos a sua imagem e credibilidade e obteve liminar e multa diária de R$1.000 caso o Itaú mantenha as restrições.

VÍTIMA DUAS VEZES

Liesegang afirma ser "louvável" que os bancos agora queiram manter controle de operações de clientes. "Duro é perseguir a vítima", lamenta.

ABUSO CONFIRMADO

O Itaú não nega o que fez a Liesegang, mas alega não ter acesso ao processo, "em segredo de justiça", mas "cumprirá a decisão liminar".

PSB É MAIS DO MESMO
18/12/2019
Em vez da solidariedade ao ex-governador Ricardo Coutinho, acusado de chefiar a quadrilha que roubou dinheiro da Saúde, na Paraíba, a direção do PSB deveria ser mais responsável e, em respeito às vítimas do crime, suspender a filiação do sujeito até o fim das investigações.

PELA LEI, NÃO DÁ

Na prática, Eduardo Bolsonaro e mais 25 deputados do PSL pediram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para serem autorizados a ignorar a lei que impede a saída do partido sem qualquer punição.

O CENTRÃO DO SENADO

A bancada do MDB vem sendo considerada o "centrão do Senado", mediando crises e negociando saídas para que a Casa pegue leve com o governo Bolsonaro. À exceção, claro, da banda podre ligada ao PT.

REVELAÇÃO DRAMÁTICA

Drama, para a aguerrida deputada Estela Bezerra (PSB) não foi apenas sua prisão, no escândalo de roubo de dinheiro da saúde, na Paraíba. Foi a revelação de que seu nome verdadeiro é... Estelizabel.

BOM SUJEITO NÃO É

Ex-primeira-dama da Paraíba, a jornalista Pâmela Bório cansou de denunciar Ricardo Coutinho por corrupção. Além disso, chegou a pedir medida protetiva contra ele, baseada na Lei Maria da Penha.

ALô, EMMANUEL

O presidente da França, Emmanuel Macron, tão atento às queimadas, não deu a mínima aos mais de um milhão de hectares (campos de futebol) destruídos pelos incêndios florestais na Austrália.

TENTÁCULO FINANCEIRO

A operação contra corrupção na Paraíba fez ressurgir nas páginas policiais um velho conhecido de Brasília: o ex-senador Ney Suassuna, ex-MDB. Está no "núcleo financeiro" do esquema de Ricardo Coutinho.

INDÚSTRIA OTIMISTA

O otimismo impera na Confederação Nacional da Indústria e a previsão é de alta de 2,8% do PIB industrial no ano que vem, decorrente da alta de 6,5% do investimento no setor, segundo seu estudo conjuntural.

PERGUNTA NA PORTA DA CADEIA

Quando chamava Lula de "preso político", o socialista da Paraíba Ricardo Coutinho já antecipava a própria desculpa para sua prisão por corrupção?
Herculano
18/12/2019 08:07
PIB DÁ SINAIS DE VIDA, MAS ECONOMIA PóS-RUÍNA É UMA DESCONHECIDA, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Faz seis anos, conjuntura não era tão favorável para retomada; política é risco

Aumentou a "probabilidade de aceleração" do crescimento nos próximos meses, sugere uma medida combinada de indicadores financeiros, de produção industrial, do comércio exterior e de expectativas empresariais e do consumidor.

Vai, racha ou ainda se arrasta? Uma aceleração pode ter também consequências políticas mesmo em meados de 2020, ainda mais dada a conformação gelatinosa dos pedaços da política brasileira recente.

"O cenário do Copom supõe que essa recuperação seguirá em ritmo gradual", escreveu a diretoria do Banco Central na exposição de motivos da decisão de baixar a Selic na semana passada, no entanto (na Ata do Copom). Isso parece significar que o crescimento do PIB deve passar aos poucos do ritmo de crescimento de 1% ao ano para 2%. Mantido o ritmo do segundo e terceiro trimestres até o final de 2020, a economia cresceria 2,2%, por exemplo.

Ainda assim, o pessoal do BC escreveu também na Ata que a economia pode acelerar além da conta atual, dadas certas e novas condições da economia: taxa básica de juros historicamente baixa, nova e crescente fonte de financiamento da economia (mercado de capitais), menos crédito público subsidiado, por exemplo. É uma hipótese, lá está claro, pois se desconhece como funciona a economia neste novo regime (e, não está lá escrito, depois de meia dúzia de anos de recessão e estagnação).

A medida que sugere a "probabilidade de aceleração nos próximos meses" é o Indicador Antecedente Composto da Economia Brasileira (IACE), publicado em parceria entre a FGV-Ibre e The Conference Board. É uma combinação ponderada de taxa básica de juros no mercado para um ano, do desempenho do Ibovespa, de expectativas de empresas da indústria e de serviços, de confiança do consumidor, da produção de bens de consumo duráveis e de preços relativos (termos de troca) e de quantidade de exportações brasileiras.

Pelos números recentes e a julgar pelo resultado passado do efeito conjunto de tais indicadores, a economia parece estar no caminho da aceleração. Mas a gente não tem como prever que os efeitos continuem os mesmos, como de costume. Para dificultar a estimativa, temos esses fatos muito novos, como a taxa básica real de juro em torno de 0,6% ao ano, ressalte-se, e a configuração da economia depois de anos de ruína.

Para o Banco Central, traços de respostas para essas questões vão indicar se a taxa de juros (Selic) vai cair de novo em fevereiro de 2020 (próxima reunião para decidir sobre juros). Caso a economia cresça o previsto ou até acelere, o clima político deve mudar, caso o governo de Jair Bolsonaro não cause mais tumulto ou dê mais tiros no pé ou na orelha.

Não vai ser o "milagre do crescimento". O desemprego continuará muito alto. A distribuição do crescimento não deve ser favorável para os mais pobres; não há dinheiro para fazer redistribuição, ao contrário. Mas haverá beneficiados, mais gente vivendo algo melhor do que agora e menos gente vivendo pior. Pode aparecer alguma percepção "pop" de que reformas e despiora da economia têm algo a ver.

Seria uma situação que levaria um governo normal a atrair aliados e fazer composições político-partidárias mais amplas. No caso de Bolsonaro, difícil dizer, até porque em termos políticos o governo vive voluntária ou involuntariamente no caos e do caos. Mas haveria condições para o clima político mudar. Na direção de formação de alianças ou de ênfase em "quebrar o sistema"?
Herculano
18/12/2019 08:03
O VELHO VENCE O NOVO E REJEITA À TRANSPARÊNCIA INDICANDO CULPA NO CARTóRIO.

De Moacir Pereira, da NCS Total:REJEITADO O RELATóRIO FINAL DA CPI DA PONTE HERCÍLIO LUZ

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Ponte Hercilio Luz decidiu rejeitar por 5 votos contra a apenas 3 votos a favor o relatório final do deputado Bruno de Souza (Novo), em sessão que terminou no final da tarde [ontem]. O parecer dos votos vencedores será elaborado pelo deputado Fernando Kreling (MDB) e vai ser examinado amanhã [hoje].

A rejeição do relatório não chegou a causa surpresas. O relator teria exagerado ao indiciar alguns profissionais e o ex-governador Raimundo Colombo no documento final.

Da assessoria do deputado Bruno Silva

LAMENTO!

O deputado Bruno Souza (Novo) lamenta - e muito - o placar da votação do relatório final da CPI da ponte Hercílio Luz. Mesmo com o resultado, o parlamentar irá encaminhar amanhã [ hoje, quarta-feira] o documento para o Ministério Público. "Apresentamos um relatório técnico feito em conjunto desde o início com o Ministério Público de Contas e do Tribunal de Contas.

Reforço que não deixamos de entregar a verdade dos fatos. Afinal, foi produzido sem influência política, sem pessoalismos. Lamento quer não o pudemos aprovar tal como o apresentei. Gostaria muito ter entregue este resultado aos catarinenses, que há muito esperam esclarecimentos sobre esta triste história. Foi o que meu relatório fez", afirma o deputado.

VOLTO

O resultado na Alesc diz bem como as coisas funcionam entre os políticos, onde alguns deles estão manchados, investigados - incluindo o próprio presidente - e outros condenados, como o ex-presidente Titon.

O resultado adia a discussão e o desgaste político e permite que os políticos possam atuar por seus meios de pressão e defesa silenciosa contra as ações decorrentes no Ministério Público e no Tribunal de Contas.

Adia, mas não encerra.
Herculano
18/12/2019 07:42
A LEI DE TOFFOLI REVOGOU A LEI DE GÉRSON, por Conrado Hübner Mendes, professor de direito constitucional da USP, é doutor em direito e ciência política e embaixador científico da Fundação Alexander von Humboldt, para o jornal Folha de S. Paulo.


Gestor solitário da pauta constitucional, presidente do STF tem disciplina colaboracionista

Dias Toffoli é um ministro de sacadas infelizes e palavreado oco. Chegou ao Supremo Tribunal Federal dez anos atrás cercado de desconfiança. Reprovado em dois concursos para a magistratura, sem nenhum curso de pós-graduação e com trajetória partidária, sofreu com a crítica de que não tinha estatura acadêmica e profissional para integrar o tribunal.

A crítica era tola e bacharelesca. Não o fazia inferior a qualquer outro ministro, mas ele mordeu a isca. Optou por construir sua respeitabilidade por meio da exibição afetada de polimento intelectual. Concebeu salada de conceitos e autores para anunciar sua visão sobre o papel do STF. Saiu por aí recitando o resgate da "separação clássica dos Poderes".

Resumiu assim em discurso de posse: "Na falta de outros Poderes, é o Judiciário chamado para agir de maneira extrajudicial, prevenindo o conflito que você sabe que vai acontecer, trabalhando com a conciliação, a mediação e a moderação". Aproveitou e sacou dois nomes para sustentar a tese extravagante- a historiadora Emília Viotti e o jurista Raymundo Faoro - que nunca disseram coisa parecida.

Seguiu seu método de inversão conceitual ao propor um "pacto republicano" entre os Poderes, traduzido num compromisso com as reformas. Como se fosse dado ao tribunal fazer outra coisa que não um juízo independente de constitucionalidade se e quando for chamado. "Republicano" foi só o verniz.

Toffoli distorceu a ideia de diálogo institucional. Confundiu diálogo com conchavo entre autoridades públicas e com negociação de constitucionalidade, prática espúria que forjou em coautoria com Luiz Fux. Não há exemplo mais eloquente do que a troca do auxílio-moradia pelo aumento salarial. Mas há muitos outros.

O conchavo opera por meio das liturgias do patrimonialismo: o almoço com ministros de governo (Guedes, Onyx etc.), a presença constante em solenidades de baixo calibre institucional para mostrar boa vontade com o governo, os elogios gratuitos a reformas que ainda não julgou etc. Não foi à toa que Bolsonaro agradeceu ao "nosso STF, que tem nos ajudado a garantir a governabilidade".

Toffoli cassa liminares de colegas ministros quando geram ruído (como a de Marco Aurélio); agenda e desagenda casos como quem escolhe o sabor do sorvete (a ação que trata de porte de drogas é dos exemplos mais dramáticos); interrompe julgamentos quase acabados sem data para voltar (como o que discute se o delatado tem direito de falar por último).

Basta o governo revogar um decreto e renová-lo, com conteúdo idêntico, horas depois, para que Toffoli arquive a ação que discutia o tema (o caso do decreto das armas). Na doutrina constitucional, isso se chama fraude à separação de Poderes. Em toffolês, moderação republicana.

Há hoje duas maneiras de gerir a pauta do STF: da maneira obscura de sempre, como se nada estivesse acontecendo nessa primavera de normalidade democrática; de maneira ousada, com critérios públicos, "como se" vivêssemos o momento político mais ameaçador dos últimos 35 anos. Para quem interpretou golpe militar como um "movimento", com o orgulho da irresponsabilidade diletante, essa pode ser distinção dura de se fazer.

Toffoli é gestor solitário da agenda constitucional do país. E o faz com disciplina colaboracionista. Traiu sua promessa de posse, de que cabe ao Judiciário "pacificar os conflitos em tempo socialmente tolerável, 'porque o tempo, o tempo não para', já dizia Cazuza". Traiu Cazuza também.

Na sua gestão, aprendemos que esse tempo deve ser mais tolerável para uns do que para outros. Ao justificar a demora do julgamento sobre execução da pena após segunda instância, revelou: "É uma sintonia muito fina".

O oposto do conchavo ("diálogo", em toffolês) não é a hostilidade entre os Poderes, essa guerra imaginária que ele diz evitar. O oposto de conchavo é independência judicial, uma proteção que não se pode relativizar sem pôr tudo a perder.
Natalino
17/12/2019 22:18
Amanha é o último dia de expediente normal na Prefeitura, para aqueles quem acompanham temos varias contratações de grande porte acontecendo nesta ultima semana.

Possivelmente o clima será de festa entre os gestores, pois estarão terceirizando a manutenção da iluminação pública do município e juntamente contratando serviços diversos para ampliação do sistema, o custo previsto é superior a 16 milhões, um pacotão daqueles de final de ano!

A licitação é realizada nos mesmos moldes da contratação da drenagem a qual foi barrada pelo TCE, mas o aprendizado do governo continua ZERO, insistem em fazer errado, pergunto o por que? Embora é obvio que os esclarecidos sabem a resposta!
Miguel José Teixeira
17/12/2019 10:54
Senhores,

Diante das constantes mudanças de opiniões e discursos sobre o mesmo tema, patrocinadas pela esquerda brasileira liderada pelo PT,seus puxadinhos, braços financeiros (CUt) e armados (MST), a Frida diria:

"estão PirruTas uma vez, hein Friz?

Biruta, além de ser uma palavra para designar uma pessoa sem juízo e fora da realidade ela também é um objeto de suma importância em aeroportos, aeródromos e heliportos, servindo para indicar o sentido de deslocamento do vento.

Definitivamente o biruta-mor ex e futuro presidiário lula desnorteou os vermelhóides esquerdopatas!

CUba Para Todos, para adestramento, URGENTE!
Herculano
17/12/2019 10:02
A MÁQUINA DE FAZER VOTOS

Está na pauta da última sessão ordinária deste ano da Câmara de Gaspar o Projeto de Lei 64/2019. Prevendo polêmica, a discussão dele foi adiada exatamente para hoje, onde uma emenda tenta diminuir a resistência à tanta obviedade.

E por que? O PL vai aumentar a gratificação - chamada de ajuda de custo - aos três servidores efetivos estáveis que compõem a Comissão Permanente de Sindicância e Processo Administrativo Disciplinar no âmbito do Município de Gaspar.

Quando um Projeto de Lei chega à Câmara com um título técnico como este, ALTERA E ACRESCENTA DISPOSITIVOS NA LEI Nº 3.339, DE 31 DE AGOSTO DE 2011, e sem muitas justificativas, pode ir atrás, que alguma coisa se esconde.

E por que tem que ser votado hoje? Porque no ano que vem, ano eleitoral, este tipo de matéria é proibida pela legislação.

Risível, todavia, é o ofício que o Procurador Geral do município, Felipe Juliano Braz, enviou à Câmara para reforçar o pedido de aprovação dessa matéria.

Alegou o procurador entre outras, que a Comissão precisa ser melhor gratificada porque exige do servidor designado tempo de dedicação, de estudos, diligência, atualização e vejam só "sigilo e discrição".

Perguntar não ofende: isso não é minimamente inerente à prerrogativa da função?

Outra. Alegou o procurador no ofício que enviou à Câmara que a Comissão está acumulando os casos do Samae que resolveu acabar com a sua comissão. Válido. Perfeito.

Mas incoerentemente, no seu ofício, o procurador provou que a Comissão este ano trabalhou bem menos e não há nenhuma indicação que trabalhará mais, por volume de processos, no ano que vem que justifique este acréscimo real na gratificação.

Querem os números do procurador? Em 2018, a Comissão concluiu 36 processos. E pasmem, em 2019, apenas 18 foram concluídos e 12 estão em tramitação. Ou seja, mesmo que fossem concluídos até sexta-feira, somariam apenas 30, menos dos que os 36 do ano passado.

Que tal colocar a gratificação por conclusão de processos? Trabalhou mais, ganha mais. E fim de papo. É assim o reconhecimento de mérito em qualquer lugar sério do mundo. Acorda, Gaspar!
Herculano
17/12/2019 08:56
PIMENTA NOS OLHOS DOS OUTROS É REFRESCO

Antes, porém leia esta nota de O Antagonista e depois prossigo para desmascarar a hipocrisia do discurso para analfabetos, ignorantes, desinformados e que alimenta fanáticos - não apenas com pão e mortadela.

O arrocho da CUT

A CUT, sem o imposto sindical, está no vermelho.

Para pagar as contas, seus dirigentes querem reduzir de 20% a 25% a jornada de trabalho e os salários dos funcionários, diz a Folha de S. Paulo.

Em nota, a CUT disse que todo o movimento sindical atravessa uma crise "patrocinada pelos governos Temer e Bolsonaro".

VOLTO

1. Na crise econômica provocada pelo PT e a esquerda do atraso, a CUT o braço de ambos, não aceitava e partia para a porrada quando se falava em reduzir jornadas de trabalho e salários dos empregados.

2. E quando a CUT está em crise ela pode fazer o que renegava?

3. A conclusão obvia é a seguinte: não adianta arrumar culpados para a crise, é preciso criar soluções para não piorar o que já está ruim.

4. Muitas vezes, para dizer na maioria, estas soluções implicam na perda do status quo, conquistas e vantagens anteriores. É o tal perder os anéis para não perder os dedos.

5. E a CUT - o sindicato dos sindicatos - com a decisão que tomou, acaba de provar isso ao mundo dos trabalhadores. Está experimentando do próprio veneno. Por que não aplica o discurso de outrora quando tinha o dinheiro de um dia de trabalho obtido na marra dos trabalhadores e usado para enganá-los e levar ao maior desemprego (14 milhões) que já se viu na história do Brasil?

6. Nada como um dia após o outro, porque o tempo é o senhor da razão.
Herculano
17/12/2019 08:42
da série: enquanto faz política, a Igreja Católica perde fiéis na rede de proteção social e que era o forte dela.

CRISES ECONôMICAS ELEVAM O NÚMERO DE FIÉIS EVANGÉLICOS

Estudo relaciona pela primeira vez economia e fé, com seus impactos na política

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Érica Fraga. Crises econômicas têm impulsionado a expansão da população evangélica no Brasil, com reflexos sobre a balança política, pois esse movimento favorece a eleição de candidatos ligados a essa fé.

Essa é a conclusão de um estudo dos economistas Francisco Costa, Angelo Marcantonio e Rudi Rocha, que, pela primeira vez, aferiu o impacto da abertura comercial dos anos 1990 em diferentes regiões do país sobre as preferências religiosas da população.

A hipótese dos autores é que os brasileiros adversamente atingidos por crises se tornam mais suscetíveis à forte retórica religiosa de cura dos problemas pela fé apresentada pelas religiões evangélicas.

Daí a escolha de incluir o "Pare de sofrer", lema da Igreja Universal do Reino de Deus, já no título do artigo em inglês ("Stop Suffering! Economic Downturns and Pentecostal Upsurge"), que está sendo avaliado para publicação em um periódico estrangeiro.

Simulação feita pelos autores a pedido da Folha indica que problemas como o aumento do desemprego e a queda da renda nas áreas afetadas pelo choque econômico explicam um crescimento de cerca de 10% no número de adeptos a denominações como as pentecostais e neopentecostais, entre 1991 e 2000.

Isso representou a adição de 1,3 milhão novos evangélicos apenas naquela década.

Os pesquisadores conseguiram mensurar a queda salarial explicada apenas pelo choque da abertura comercial ao comparar o que ocorreu com a renda e o desemprego em diferentes regiões do país, descontando o impacto de fatores como educação, gênero e idade entre 1991 e 2000.

A partir da conta, calcularam o quanto a redução de rendimento afetava a expansão da população evangélica.

Sua conclusão foi que, para cada 1% de queda esperada da renda, a adesão ao pentecostalismo cresceu 0,8%, nos anos 1990. Em termos estatísticos, é um efeito significativo.

A pesquisa mostra ainda que parte dos evangélicos convertidos pela crise é dissidente do catolicismo, que, embora ainda seja a religião dominante no Brasil, vem encolhendo.

Segundo o trabalho, o impacto religioso da abertura comercial nas regiões que perderam - pelo menos, temporariamente - competitividade não se circunscreveu aos anos subsequentes à primeira metade da década 1990, quando a tarifa média de importação caiu quase 60%.

Os resultados indicam que o fenômeno de adesão ao pentecostalismo persistiu na década seguinte, ainda que em ritmo mais lento.

Eles revelam ainda que o movimento de conversão foi acompanhado por uma mudança de preferência eleitoral que favoreceu políticos associados às religiões evangélicas.

Ao contrário do ritmo de conversão de novos adeptos associada ao choque de tarifas - que, embora tenha persistido, perdeu fôlego -, o impulso à eleição de candidatos pentecostais continuou ganhando força.

Segundo os autores, cada 1% de queda provável na renda associada à abertura comercial resultou em um aumento de 2% na parcela dos votos recebidos por esses políticos no longo prazo. "O efeito de aumento da população evangélica continuou entre 2000 e 2010, embora menos robusto. Mas, na política, ele vem aumentando. Parece um fenômeno que ganhou vida própria, após um choque", diz Rocha, que é professor da FGV Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas).

Em uma terceira linha de investigação, a pesquisa revela que a escolha de políticos ligados ao pentecostalismo tem levado a um aumento da proposição de leis relacionadas a temas caros a essas religiões, como oposição ao aborto e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Para Costa, que é professor da FGV EPGE (Escola de Economia e Finanças da FGV), as conclusões relacionadas à esfera política chamam a atenção para um risco sobre o qual o país precisa refletir:

"Mesmo em estados democráticos laicos, como o Brasil, esses choques econômicos abrem espaço para o florescimento de grupos religiosos partidários que podem levar ao retrocesso de valores democráticos que possibilitaram sua ascensão".

Para os dois economistas, é possível inferir que outros eventos recessivos das últimas décadas no Brasil tenham contribuído tanto para alimentar o contínuo crescimento da população evangélica quanto para alavancar sua representação política.

"O que descobrimos ao fazer essa pesquisa parece bater muito com o voto recente no [presidente Jair] Bolsonaro", diz Rocha.

O capitão reformado foi eleito em 2018 com forte apoio da bancada evangélica, em um período em que o Brasil vivia uma lenta recuperação econômica após uma das recessões mais severas da história.

A percepção de que a necessidade de apoio espiritual e atenção individual aumenta em momentos de crise pode estar contribuindo para a criação de novas igrejas.

Foi o que motivou Gilson Alves, por exemplo, a criar a Igreja Apostólica Livres para Adorar, de orientação neopentecostal, no bairro do Capão Redondo, em São Paulo, há quatro anos. "Vi que era mais fácil acolher as pessoas em um ministério pequeno", diz.

Antes disso, Alves - conhecido como bispo Gilson - foi ligado às denominações Paz e Vida e Mundial.

Além dos 40 frequentadores assíduos, os cultos no salão instalado no primeiro andar de sua própria casa recebem outros visitantes ocasionais, como um casal de venezuelanos refugiados que esteve na igreja recentemente.

"Somos procurados por pessoas com problemas como alcoolismo, drogas e dificuldades financeiras", afirma bispo Gilson, que, além de administrar a igreja, cuida dos três filhos pequenos, enquanto sua mulher trabalha como empregada doméstica.

RELIGIÃO AVANÇA NO MUNDO POR OFERECER UMA REDE DE PROTEÇÃO

O fenômeno de expansão de religiões evangélicas não é exclusividade do Brasil. Pesquisas mostram que essa é uma das denominações cristãs que mais crescem no mundo.

No país, ministérios como o fundado por bispo Gilson fazem parte de uma terceira onda de renovação do movimento evangélico, iniciada nos anos 1970. Rocha, Costa e Marcantonio ressaltam que essas igrejas se destacam por sua interpretação mais literal dos textos sagrados.

Segundo especialistas, a rede de apoio criada pelos evangélicos e a abordagem feita nos cultos sobre os problemas do dia a dia ajudam a explicar a atração de novos adeptos em crises econômicas.

"Faz muito sentido [a conclusão do estudo]. Os brasileiros de posições mais conservadoras se sentem muito isolados nos centros urbanos. Os evangélicos são uma exceção porque têm a igreja", diz Breno Barlach, gerente de projetos da consultoria Plano CDE.

Segundo ele, que coordenou um estudo feito neste ano sobre o perfil dos conservadores brasileiros, os templos se tornaram tanto um espaço de convivência como de troca.

"É ali que o pequeno empreendedor constrói sua rede de contatos, que a mulher, deslocada do mercado de trabalho, se torna vendedora", afirma.

A participação nessa rede - que os estudiosos do tema chamam de clube - exige uma contrapartida elevada dos participantes. "Você não pode se dizer evangélico se não frequenta assiduamente os cultos", diz Barlach.

Mas, como ressalta Costa, da FGV, o custo de oportunidade dessa escolha despenca durante crises econômicas.

"A queda da renda reduz a capacidade de consumo mundano e torna o consumo etéreo oferecido pela religião mais atraente", diz.

Para o economista Rodrigo Soares, professor da Universidade Columbia, uma questão suscitada pelo estudo é o papel de outros atores em crises econômicas. "Por algum motivo, as igrejas evangélicas parecem ter exercido um papel que nem o Estado nem a Igreja Católica conseguiram."

Outro caminho para mais investigações apontado pela pesquisa é a relação entre a expansão da população evangélica e o aumento do voto em políticos associados à religião, segundo o economista Claudio Ferraz, professor da Universidade British Columbia.

Assim como Soares, Ferraz leu o estudo de Rocha, Costa e Marcantonio. Para ele, a pesquisa comprova, de forma sólida, a relação entre a desaceleração da abertura e a conversão ao pentecostalismo.

"A dificuldade vem em saber se um aumento de eleitores pentecostais atraiu políticos ou se políticos e a mídia que dominam têm um efeito de persuasão que aumenta a fatia de pentecostais", diz.

IMPACTO DA ECONOMIA SOBRE CONVERSÃO PODE PERSISTIR NO LONGO PRAZO

Desde os anos 1990, o pentecostalismo tem um crescimento significativo no Brasil. Só naquela década, a população evangélica dobrou, de 13,2 milhões para 26,2 milhões.

Como mostra a estimativa feita pelos autores do estudo, parte desse aumento pode ser atribuída às consequências do choque comercial em regiões prejudicadas pela abertura.

Resta identificar outras causas da expansão. Não há dados recentes do Censo sobre preferências religiosas, mas dados do Datafolha indicam que a fatia de evangélicos na população brasileira continuou crescendo. Depois de atingir 22,9% em 2010, voltou a pular, para cerca de 31%, em 2019.

Embora Rocha e Costa acreditem que as dificuldades econômicas recorrentes do país tenham continuado a impulsionar a procura por igrejas pentecostais, o estudo não incluiu uma análise da dinâmica evangélica nos anos recentes.

Para medir a alta no número de adeptos ao pentecostalismo, os autores analisaram os dados até 2010. O impacto político foi mensurado até 2014.

A escolha da abertura econômica como pano de fundo da investigação é explicada pela possibilidade de analisar o impacto de desacelerações da atividade em varáveis diversas. Como diferentes regiões dentro de um país se especializam em ramos de atividade distintos, os efeitos de uma liberalização comercial variam bastante.

Há desde áreas pouco afetadas, como cidades litorâneas do Nordeste onde o turismo é forte, a outras muito atingidas, como municípios da região metropolitana de São Paulo especializados na produção de roupas e equipamentos eletrônicos, cujas tarifas de importação despencaram nos anos 1990.

Os efeitos heterogêneos têm servido como uma espécie de laboratório para economistas.

Um trabalho de Rafael Dix-Carneiro, da Universidade Duke, e Brian Kovak, da Universidade Carnegie Mellon, mostrou, por exemplo, que os efeitos negativos da abertura nas regiões que se tornaram mais expostas à competição externa foram persistentes.

Segundo o estudo, a distância de salários e crescimento no emprego entre as áreas afetadas positiva e negativamente pela liberalização aumentou durante 20 anos no Brasil após o choque comercial da década de 1990.

Dix-Carneiro ressalta que o trabalho não conclui se o balanço da abertura para o país como um todo foi positivo ou negativo. "Ele mostra que choques comerciais têm efeitos disruptivos no mercado de trabalho, que evoluem de forma lenta e duradoura", afirma.

Soares - que é coautor com Dix-Carneiro e Gabriel Ulyssea de outro trabalho, que identifica um aumento da criminalidade em regiões negativamente afetadas pela abertura comercial no Brasil?" ressalta que a metodologia desses estudos permite a descoberta de consequências de crises econômicas de difícil mensuração em outros contextos.

Uma área de interesse crescente, que pode ser relacionada à pesquisa de Costa, Rocha e Marcantonio, é a relação entre o impacto da globalização em diferentes regiões dos países e a expansão do conservadorismo. O tema está no centro das discussões de eventos como o brexit (saída do Reino Unido da União Europeia), que pode ocorrer em breve após a ampla vitória parlamentar do primeiro-ministro Boris Johnson na semana passada.

Segundo os três pesquisadores brasileiros, seu trabalho é o primeiro a mostrar uma relação de causa e consequência entre uma crise econômica e o entrincheiramento de grupos políticos em democracias modernas e pode contribuir para o debate sobre o tema tanto no Brasil quanto no exterior.
Herculano
17/12/2019 08:13
GUEDES TOMA NOVO 'PEDALA' CONTRA DISTRIBUIDORAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Ao defender mais uma vez a quebra do monopólio dos distribuidores de combustíveis para reduzir o preço final para o consumidor, o presidente Jair Bolsonaro voltou a aplicar um "pedala" que serve muito bem ao ministro da Economia, Paulo Guedes. O czar da economia tem feito ouvidos moucos às declarações de Bolsonaro sobre o tema, revelando-se mais sensível aos argumentos do poderoso lobby dos distribuidores.

OUVIDOS MOUCOS

Em maio, Bolsonaro defendeu a venda direta de etanol aos postos, sem a intermediação dos distribuidores. Guedes fez que não ouviu.

CARTóRIO RENTÁVEL

Empresários da distribuição de combustíveis adquiriram na "agência reguladora de petróleo" ANP o cartório que os converteu em magnatas.

PURA PICARETAGEM

Os distribuidores atuam como atravessadores e não agregam qualquer valor ao combustível. Agregam custos (seus lucros), elevando preços.

QUEM SE LOCUPLETA

"Lá na refinaria o preço está lá embaixo", disse ontem Bolsonaro, atribuindo o preço elevado inclusive aos distribuidores/atravessadores.

SAIBA QUEM PERDE SONO COM A DELAÇÃO DE CABRAL

Para além de ex-auxiliares e até familiares, perderão noites de sono com o acordo de delação premiada do ex-governador ladrão Sérgio Cabral, já confirmado, "parceiros" como os ex-presidentes Lula e Dilma e o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes, hoje no DEM. Para obter acordo que lhe dê esperança de sair da cadeia antes de morrer, Cabral terá de fazer entregas convincentes de personagens e fatos inéditos. Outro severamente afetado deve ser o ex-governador Luiz Fernando Pezão.

BARBAS DE MOLHO

Os empresários Eike Batista e Fernando Cavendish estão entre os figurões da Lava Jato que devem ter a vida complicada pela delação.

PATRÃO DA MÍDIA

Também ficarão apreensivos com a delação de Cabral alguns veículos de imprensa nos quais mandava. Até demitia jornalistas incômodos.

SENADORES DO MDB

Senadores do MDB de vários Estados, além Carlos Arthur Nuzman, do Comitê Olímpico Brasileiro, também temem a língua de Cabral.

GOLPE EM CURSO

A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara realiza audiência nesta terça (17) sobre o golpe da Aneel, a serviço das termelétricas e distribuidoras de energia, que pretende taxar em 60% consumidores que acreditaram na mesma agência e investiram em energia solar.

RÉVEILLON DA RETOMADA

Vai bombar o réveillon no lindo litoral de Alagoas, em São Miguel dos Milagres, um dos mais procurados. Os preços chegam a R$4.590, mas, sinal da retomada da economia, está quase tudo esgotado.

VALOR DAS PASSAGENS

Soma R$1.011 o valor médio pago por cada uma das 511.305 passagens utilizadas por funcionários públicos e "colaboradores eventuais" do governo federal, este ano; 95% são passagens aéreas.

LADEIRA ABAIXO

No ano em que foi solto, Lula não consta entre as buscas de 2019, segundo o balanço do Google. Já Bolsonaro é a 2ª personalidade mais buscada do ano. Ambos perdem para MC Gui, o funkeiro do Rio.

PACHECO SE FOI

Faleceu em Brasília, nesta segunda-feira (16) o mineiro Orlando Pacheco, um dos mais brilhantes profissionais de marketing político do País, deixando uma legião de admiradores. Ele lutava contra o câncer.

LONGAS FÉRIAS À FRENTE

Está marcada para esta terça (17) e será a última do ano no Senado, a votação da medida provisória que faz do Coaf Unidade de Inteligência Financeira (UIF) e a transfere para o Banco Central.

BANHO MARIA

Apenas 18 deputados foram à reunião desta segunda (16) da comissão especial da Câmara que discute a prisão após condenação em 2ª instância, sendo que dois deles nem sequer eram membros. Do PT só apareceu na reunião o cearense José Guimarães.

PREJUÍZOS BILIONÁRIOS

O Instituto Brasileiro da Cachaça diz que o mercado ilegal de bebidas alcoólicas (contrabando, falsificação, produção clandestina) respondem por 14,6% do mercado tira R$10 bilhões dos cofres públicos por ano.

PERGUNTA NO ESPELHO

Ao prestar depoimento de delação, Sérgio Cabral dirá "espelho, espelho meu, existirá político mais ladrão do que eu?"
Herculano
17/12/2019 08:03
A PESSOA DO ANO (QUE VEM), por Nizan Guanaes, publicitário, no jornal Folha de S.Paulo.

A pessoa do ano que vem vai nos unir em torno do progresso pelo bem comum

Do jeito que as coisas estão, e estarão, melhor pensar no ano que vem do que neste ano que passou.

Em 2020, o Brasil deve crescer o dobro de 2019. O primeiro ano da terceira década do século 21 pode ser o primeiro ano do Brasil no século 21. As reformas comandadas por Paulo Guedes e Rodrigo Maia são indispensáveis justamente porque colocam o Brasil neste século de feroz competição global.

E, se as reformas não são condições suficientes, elas são condições necessárias para destravar o espírito animal dos empreendedores e empreendedoras agora que a economia começa a voar. Pode ser mais um voo de galinha, se fizermos mais do mesmo, ou um voo de águia, se fizermos as reformas que reduzem custos e liberam forças empreendedoras.

O Brasil é um país trabalhador e de empreendedores, que esta crise ajudou a nutrir e a treinar. Quem sobreviveu na empresa depois desses duros anos de recessão aprendeu a fazer mais com menos, a resistir e a insistir, a progredir em vez de sumir.

Crises não são boas, mas crises são boas para crescer e fortalecer os fundamentos. Fraqueza na crise é fatal. Foi fatal.

Em 2020, vamos crescer o dobro de 2019, ou mais. Teremos os menores juros da história, uma situação fiscal melhor, o menor custo para financiar os sonhos grandes dos brasileiros e o menor custo para financiar as grandes obrigações do Estado brasileiro.

Nesse roteiro de retomada, é preciso previsibilidade e segurança. A pessoa do ano do ano que vem, para mim, será uma pessoa produtiva e conciliadora.

Se tem uma coisa que todo brasileiro e brasileira quer na terceira década do século 21, é trabalhar e ganhar dinheiro para sustentar a sua família e os seus sonhos.

Não somos uma nação fracassada nem uma nação bem-sucedida. Oscilamos, como indivíduos e coletivamente, entre esses dois polos, mas todos nós queremos estar no polo do sucesso. Essa é a polarização que vale e que tem saída.

A (falsa) polarização dos radicais não tem saída. Nem entrada. A maioria das pessoas fica só ouvindo a gritaria, muitas tampando os ouvidos e virando a cara para tocar suas vidas.

A maioria das pessoas que conheço não quer digladiar, quer dialogar, não quer viver em preto e branco, quer viver em cores, não quer protestar, quer trabalhar, não quer gritar, quer conversar, não quer odiar, quer amar.

O amor, nesta época, está no ar.

É Natal, depois Réveillon, depois a alegria do Carnaval, no verão quente e molhado do Brasil. Quero ser feliz, quero ter esperança. Quero pensar num ano bom.

Teve ano nestes anos de crise que a coisa estava tão dura que antecipei o Natal para junho. Era 2016, ano em que a economia brasileira registrou PIB negativo de -3,3% depois de o PIB ter caído 3,5% em 2015! Por isso, em junho daquele ano, cuidei de animar a mim e ao meu time trazendo a esperança do Natal para a entrada de minha agência, para que julho, agosto, setembro, outubro e novembro fossem contaminados pela esperança, jogada em nossa cara no período do Natal.

Falar de Jesus não pode ser um cabo de guerra. Jesus é um fio de amor a unir as pessoas.

A pessoa do ano que vem vai nos unir em torno do que é possível nos unir: o progresso pelo bem comum, não importa se venha da direita, da esquerda, de cima, ou de baixo. Desde que venha, dentro da lei, da democracia, da paz.

Que as pessoas do ano que vêm se inspirem na pessoa de todos os anos, cujo nascimento inaugurou nosso calendário com amor.

Feliz Natal a todos.
Herculano
17/12/2019 07:52
"PIRRALHA". GRETA THUNBERG É UMA FRAUDE. E A CULPA NEM É DELA, J.R. Guzzo, no site do Gazeta do Povo, Curitiba PR

Está na hora de dizer algumas verdades sobre essa Greta - ou, mais precisamente, de colocar em letra de forma uma relação de fatos que demostram com clareza uma das mais monumentais empulhações jamais produzidas pelo movimento ambientalista sobre a face da Terra.

Movimento? Não exatamente. A palavra correta, na hipótese mais benigna, é "religião" - um conjunto de crenças, com diferentes graus de sinceridade, e não de convicções baseadas em fatos que possam ser comprovados através da observação material da realidade. Na hipótese mais maligna, a palavra certa é "vigarice" - um conjunto de ações destinadas a obter vantagens econômicas, políticas e de outros tipos para organizações ou indivíduos que se apresentam como defensores da preservação da natureza.

Entre uma coisa e outra, há 50 tons diferentes de seriedade e de embuste. O fato é o joio se misturou com o trigo - e se misturou de forma tão extrema que ficou praticamente impossível separar a honestidade do embuste.

Greta Thunberg, a garota sueca de 16 anos que no espaço de apenas doze meses foi transformada por gente boa e por picaretas, ao mesmo tempo, numa das figuras de maior impacto na cena mundial, é hoje uma imensa fraude. A culpa nem é diretamente de Greta, coitada - ela provavelmente nem sabe o que está fazendo, ou sabe muito pouco. Os autores da trapaça são os promotores de interesses, negócios e causas político-ideológicas que tiram proveito material direto ou indireto da pregação da menina-celebridade que fabricaram - e que há um ano arrastam de um lado para outro do mundo numa cruzada do tipo "tem de parar tudo para salvar o planeta".

Há toda espécie de gente envolvida nisso, a começar pelos pais da garota - que já contam, por sinal, até com uma assessoria profissional de imprensa. É um conglomerado que hoje inclui parte da elite empresarial da Suécia, grandes empresas de energia, fundos de investimento, vendedores de soluções para problemas ambientais e os mais variados tipos de entidades com interesses diretos na questão ecológica mundial.

E quanto à própria Greta? Os fatos que mostram a trapaça montada em torno dela são bem conhecidos, e estão devidamente demonstrados pela mídia internacional - a mesma, aliás, que tem participação direta na sua transformação em estrela que fala na ONU, é recebida pelos grandes desse mundo, mete medo em multinacionais e conta com a bajulação de dez entre dez celebridades mundiais.

Eis aqui um resumo dessas realidades:

Greta não completou o ensino médio. Não vai mais à escola e não recebe há um ano nenhum ensinamento ministrado por educadores de ofício.

Não tem, comprovadamente, nenhuma informação séria sobre nada do que diz.

Greta é autista, transtorno neurológico que, entre outros efeitos, geralmente leva as pessoas a terem um comportamento repetitivo, ficarem fixadas em um só assunto ou interesse e se mostrarem indiferentes ao diálogo com os outros.

Não consegue responder com nexo perguntas feitas em entrevistas à imprensa.

 Nunca cumpriu uma jornada de trabalho.

Nada disso leva Greta às alturas de uma Dilma Rousseff, por exemplo, em matéria de tumulto mental - também não se sabe de nada que seja ilegal em sua conduta, e é certo que autistas podem levar, dentro de determinados limites e condições, uma vida útil e produtiva. Mas é óbvio, também, que promover uma garota com o seu grau de ignorância à posição de pensadora vital para a humanidade é um despropósito em estado puro; Greta, embora seja tratada como tal, não é uma Aristóteles.

Há, enfim, o sério problema de que Greta, por tudo que tem dito nestes seus tempos de glória, parece ter acumulado ódio demais para alguém que só tem 16 anos. Nessa toada, como estará quando tiver 26? Ela repete, em seu refrão mais festejado, que "vocês roubaram os meus sonhos", ou coisa parecida. Vocês quem? O autor dessas linhas certamente não roubou nada de Greta, nem conhece alguém que tenha roubado. O leitor também não. Quem roubou, então? Só podem ser os 7 bilhões de habitantes do planeta - aí sim, toda essa gente, pelo simples fato de existir, atrapalha um colosso: os salvadores do planeta.

O grande problema de Greta Thunberg, de seus admiradores ou exploradores e de todos que pensam como ela, no fim das contas, é um só: as pessoas. Eles não gostam de gente; o que realmente os irrita é a presença de seres humanos no ambiente terrestre. Gostariam de um mundo sem pessoas; poderiam, aí, ter oceanos limpíssimos, uma Amazônia dez vezes maior do que é, girafas com saúde de ferro e tartarugas que jamais iriam engolir um canudinho de plástico. É uma pena para eles, mas isso não vai dar.
Herculano
17/12/2019 07:43
FALTA DE DECORO

Do advogado e jurista Modesto Carvalhosa, no twitter:

Na data de ontem, o presidente do STF concedeu uma entrevista ao jornal Estado de São Paulo. Estamos precisando de magistrados que promovam justiça e que não quebrem o decoro próprio de suas altas funções, toda a semana.
Herculano
17/12/2019 07:40
A JUSTIÇA TORTA NO BRASIL, COMO SE EXPRESSOU O MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO, DIAS TOFFOLI, ONDE, PARA ELE, A CORRUPÇÃO NÃO PODE QUEBRAR EMPRESAS PODEROSAS QUE SE LANÇARAM AO RISCO DO CRIME

Breve lista de gigantes europeias e americanas que quebraram por corrupção: Enron, Worldcom, Arthur Andersen, AIG, Lehman Brothers, Madoff e Banco Espírito Santo. Ministro Toffoli, como esclarece o procurador Dallagnol da Lava Jato onde há competição e "rule of law" (normas da lei), negócios baseados na trapaça não sobrevivem.
Herculano
17/12/2019 07:25
da série: o Brexit aposta na relação comercial bilateral contra o multilateralismo de travas da União Europeia. O mesmo caminho poderia ser seguido pelo Brasil em relação ao burocrático Mercosul - sempre travado pelos interesses, economia comprometida e espertezas populistas argentinas vindas do peronismo

O QUE A LAVADA CONSERVADORA NA INGLATERRA PODE NOS ENSINAR, por Joel Pinheiro da Fonseca, economista, mestre em filosofia pela USP, no jornal Folha de S. Paulo

Um candidato de esquerda divisivo e com propostas radicais não é o caminho

Imagine o alívio do cidadão britânico neste momento. Foram três anos de discussões intermináveis, idas e voltas, tentativas frustradas e acordos que não vingaram; três anos sem nem sequer saber se a decisão tomada em plebiscito seria respeitada ou se uma nova chamada às urnas estava a caminho. Agora, com a vitória de uma sólida maioria conservadora, a angústia finalmente acabou: o brexit será feito.

Pode não ter sido a melhor escolha. Sim, o povo erra. Aliás, é um exemplo paradigmático do que um plebiscito não deveria ser: uma pergunta com implicações profundas para o país, que envolve uma série de áreas distintas, exige conhecimento técnico detalhado e, pior, não define como se realizará aquilo que o povo escolheu. Dado o resultado das urnas, no entanto, seria impossível voltar atrás sem desmoralizar por completo a democracia do país.

A disposição de Johnson de seguir adiante com o brexit mesmo que nenhum acordo seja selado com a União Europeia dá a segurança de que o prometido finalmente acontecerá. E, se tem algum efeito junto à UE, é de aumentar a chance de um acordo, algo que interessa a ambos os lados.

A Inglaterra repete, no século 21, o movimento de separação do continente que fez no século 16. Naquela época, o poder unificador da Europa era a Igreja de Roma. Hoje, é a União em Bruxelas. Lá atrás, a Inglaterra optou por voltar seu olhar da Europa para o oceano. Acabou por se tornar o maior império que o mundo já viu.

Agora, segundo os defensores mais otimistas do Brexit, a pretensão é a mesma: separar-se da velha e decadente Europa para se tornar global, travando acordos comerciais com o resto do mundo, inclusive com as potências em ascensão - China, Índia. Brasil talvez? Altas chances de dar errado (bem sabemos como é difícil fechar acordos de livre comércio atualmente) e o Reino Unido terminar isolado - mesmo porque, para muitos dos que votaram pelo brexit o que interessa é manter imigrantes fora do país e proteger a indústria local; nada de abertura.

A separação da UE, ademais, corre o risco de desmembrar o próprio Reino Unido. Na Escócia, o Partido Nacional Escocês ganhou de lavada, prometendo um novo referendo para votar a separação. O governo inglês nega, mas até onde ele estará disposto a ir para negar a vontade do povo escocês? Para completar, o brexit cria um problema talvez insolúvel para a fronteira entre Irlanda e Irlanda do Norte.

Tem tudo para dar errado. Mas, se der certo, e o Reino Unido se tornar novamente uma nação global, cujos braços (econômicos, e não mais imperiais) se estendem por todo o planeta, a decisão temerária de agora terá sido uma jogada de mestre.

A derrota acachapante dos trabalhistas guarda também lições para todo país que tenha a intenção de vencer o populismo de direita nas urnas. Um candidato de esquerda divisivo e com propostas radicais não é o caminho a seguir. O eleitorado preferiu os riscos de Boris Johnson do que as loucuras socialistas que Corbyn lhes oferecia. Se, nos EUA, Hillary perdeu por poucos votos em alguns estados-chave (tendo vantagem de quase 3 milhões no voto popular), será que alguém como Bernie Sanders, que assusta o eleitorado moderado, teria mais chances?

A mesma lição vale para o Brasil. Abrir mão do eleitor médio em nome de uma base radicalizada é o caminho mais seguro para garantir uma nova vitória de Bolsonaro. A resposta ao medo e ao ressentimento que a direita populista mobiliza não está em propostas revolucionárias que agradam a universitários.
Herculano
16/12/2019 15:59
da série: a Justiça brasileira dos poderosos que zombam do razoável e da lei feita pela sociedade para ser igual para todos.

DALLAGNOL: "DIZER QUE A LAVA JATO QUEBROU EMPRESAS É UMA IRRESPONSABILIDADE

Conteúdo de O Antagonista. Deltan Dallagnol reagiu no Twitter ao ataque de Dias Toffoli:

"Dizer que a Lava Jato quebrou empresas é uma irresponsabilidade:

1. É fechar os olhos para a crise econômica relacionada a fatores que incluem incompetência, má gestão e corrupção.

2. É culpar pelo homicídio o policial porque ele descobriu o corpo da vítima, negligenciando o criminoso. Os responsáveis são os criminosos. A Lava Jato aplicou a lei.

3. É, assim, fechar os olhos para a raiz do problema, a prática por muitos políticos e empresários de uma corrupção político-partidária sanguessuga, que drena a vida dos brasileiros.

4. É fechar os olhos para o fato de que a Lava Jato vem recuperando por meio dos acordos mais de R$ 14 bilhões de reais para os cofres públicos, algo inédito na história.

5. Seguiremos aplicando a lei, que ainda é muito inefetiva no Brasil. Nos Estados Unidos, a prisão acontece depois da primeira ou segunda instância. Sem efetividade da lei, não há rule of law ou estado de direito
Miguel José Teixeira
16/12/2019 14:26
Senhores,

O poema abaixo do Piauiense Cineas Santos intitulado "Coisa de Negro", bem que poderia intitular-se "Coisa de Contribuinte", pois nós, burros-de-cargas, já não estamos mais aguentando a carga, ou seja, abastecer os cofres públicos para certas "otoridades" locupletarem-se:

"Coisa de Negro"

Um dia,

quando já não se lembrarem

de que foram as nossas unhas

que sulcaram a terra para o plantio da cana

que nos amarga a vida;

de que foi com o nosso sangue

que regaram cada polegada deste chão

que não nos pertence;

de que nos tiravam a pele

para fazer rebenques com os quais nos açoitavam;

de que nos secavam as tetas

para que se nutrissem os bem-nascidos;

de que nos obrigavam a parir bastardos

para nos feitorarem nos eitos,

estaremos a caminho.

(Extraído da coluna Tantas palavras/José Carlos Vieira, Correio Braziliense, ed. 11/12/19.)
Herculano
16/12/2019 13:03
da série: um recado claro e óbvio aos juízes trabalhistas militantes e dominantes na Justiça do Trabalho, os quais, não conseguem enxergar que o mercado do trabalho já está no século 21 e as ideias deles, estão no século 20

"VAMOS ACABAR NÃO DISTINGUINDO MAIS SEGUNDO DE DOMINGO", DIZ, MARIA CRISTINA PEDUZZI

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto e entrevista de William Castanho, da sucursal de Brasília. Primeira mulher eleita para presidir o TST afirma que reforma trabalhista foi tímida e que CLT precisa de mais atualizações

Primeira mulher eleita para presidir o TST (Tribunal Superior do Trabalho), a ministra Maria Cristina Peduzzi se diz honrada. O feito, segundo ela, é importante para "materializar a igualdade formal prevista na lei".

Escolhida na segunda (9) por seus pares - 22 homens e 4 mulheres -, assumirá o posto em 19 de fevereiro de 2020, para um mandato de dois anos.

À Folha Peduzzi afirma que os movimentos feministas foram importantes para romper barreiras, reconhece a existência de assédio, mas diz que não foi vítima de machismo.

Segundo ela, o mundo do trabalho mudou. "No mundo todo o comércio abre aos domingos. Vamos acabar qualquer dia desses não distinguindo mais segunda de domingo", afirma.

A ministra assumirá o cargo passados pouco mais de dois anos da reforma trabalhista de Michel Temer (MDB). "Eu penso que, se a lei foi editada, o juiz tem o dever de aplicá-la."

Quando estiver à frente da Justiça do Trabalho, uma nova reforma entrará em discussão. O governo pretende revisar as leis trabalhistas.

Para ela, mudanças são necessárias. "[A CLT, Consolidação das Leis do Trabalho] Precisa de muita atualização. A considerar a revolução tecnológica, a reforma foi tímida."

Tribunais superiores já foram presididos por mulheres. Qual a importância de pela primeira vez uma mulher chegar a esse posto no TST??

Por uma circunstância cronológica, o TST ainda não teve uma mulher presidente, enquanto o Supremo Tribunal Federal já teve duas excepcionais presidentes [Ellen Gracie e Cármen Lúcia], e o Superior Tribunal de Justiça já teve a ministra Laurita [Vaz].

Sinto-me honrada por ser pioneira. O principal é a mulher poder mostrar a todos que é capaz de exercer seu ofício, sua arte em absoluta igualdade de condições com os homens. A importância é comprovar a igualdade, é materializar a igualdade formal prevista na lei.

Quais desafios enfrentam as juízas??

Quando me perguntam se a mulher tem uma maneira diferente de julgar, eu digo: "Eu não tenho". O compromisso com a jurisdição, com a celeridade na prestação jurisdicional, com a efetividade da prestação jurisdicional é comum, não tem gênero.

A mulher tem particularidades que não podem ser negadas, como a maternidade.

Na iniciativa privada, se uma jovem e um jovem comparecem disputando a mesma vaga de trabalho, há uma tendência em admitir o homem porque temos uma legislação que devidamente protege a condição da mulher, dando-lhe garantia de emprego até cinco meses após o parto e até seis meses de licença-maternidade.

Como se corrigiu isso em países que têm prosperidade econômica maior? É estimular a licença-paternidade.

No serviço público, nós não temos nenhum tipo de discriminação no ingresso. No acesso a cargos de direção, quando não é por antiguidade, isso pode ocorrer, e ainda ocorre, não tenho dúvida.

A sra. já sofreu com o machismo? É feminista??

Fui durante 27 anos advogada, e advoguei intensamente. Estou há 18 anos e meio no TST. Pode ser decepcionante dizer isso, mas eu não fui discriminada, felizmente.

Sempre privilegiei na minha vida o lado profissional. Sempre fui tratada como igual pelos colegas. Mas não é comum.

Ouço muitos casos, estudo bastante sobre o tema de assédio moral nas organizações.

Acho até que se banalizou o instituto, mas, tirante alguns exageros, ocorre mesmo.

O assédio moral é uma forma frequente de discriminação da mulher, ou para a admissão, ou para uma promoção, ou muitas vezes porque se quer induzir ao fim do vínculo de emprego.

Qual sua opinião sobre o feminismo??

Se não fossem os movimentos feministas, nós estaríamos provavelmente hoje bem aquém da igualdade que nós já conquistamos pelo menos no plano formal.

Esses movimentos foram para romper com barreira, para mostrar ao mundo o papel da mulher. São fundamentais para nós, hoje, conquistarmos posições na sociedade e no Judiciário.

Saindo da questão de gênero, como estão juízes, desembargadores e ministros na relação com a reforma trabalhista??

Penso que, se a lei foi editada, o juiz tem o dever de aplicá-la, exceto se houver declaração de inconstitucionalidade.

Não posso dizer que há uniformidade, não. Há ainda muita controvérsia a respeito de alguns tópicos porque não houve tempo de o TST uniformizar divergências.

A minha opinião pessoal é a de que o juiz não pode reclamar, ele pode nos autos declarar uma inconstitucionalidade incidental.

O STF é o último a dizer sobre a matéria constitucional, que provoca efeito imediato, como no caso da contribuição sindical, que era obrigatória e a lei da reforma excluiu. O STF imediatamente instado disse: "É constitucional". Isso promove segurança jurídica.

Associações de juízes argumentam que a reforma traz precarização. Como a sra. vê essa crítica?

Precarização pode haver, sem dúvida. Só que nós vivemos hoje a Quarta Revolução Industrial. Convivemos com modos de produção que eram impensáveis à época em que a CLT foi editada.

Hoje nós temos a economia "on demand". Nós temos o consumidor realizando o trabalho, não é o autônomo realizando o trabalho que antes só era realizado perante vínculo de emprego.

Você faz movimentos bancários pelo celular, compra sua passagem aérea, faz a reserva do hotel. É outra realidade.

Amazon e Uber são plataformas que diversificaram o comércio. A legislação deve se adaptar.

Teletrabalho no serviço público hoje é uma realidade. O trabalho intermitente, que é tão impugnado, veio colocar no mercado de trabalho categorias que antes estavam à margem. O trabalho em tempo parcial não é uma invenção brasileira.

No principal, se objetivou atualizar a legislação às novas realidades econômicas.

A Consolidação das Leis do Trabalho, de 1943, consegue com atualizações dar respostas a essas novas realidades??

Precisa de muita atualização ainda. A considerar a revolução tecnológica, a reforma foi tímida.

Olha os litígios que existem, não só no Brasil mas no mundo, a propósito da Uber. A legislação que virá certamente vai disciplinar esses institutos.

Penso que o investimento hoje deve se centrar na capacitação dos empregados, para o exercício das novas demandas, requalificando-os. A perda de empregos tradicionais será compensada por novas modalidades de trabalho.

Uma reforma está em estudo pelo governo Jair Bolsonaro.?

Está em estudo, e inclusive três ministros do TST integraram o grupo.

Não conheço o conteúdo, nem foi divulgado, mas penso que temos muitos institutos que serão disciplinados, porque a realidade é muito mais célere do que o direito, e o direito não pode pretender parar a realidade.

Por isso a importância da legislação e a importância da participação de juízes nessas comissões, porque todos os segmentos da sociedade devem levar sua contribuição.

É pouco tempo ou é tempo razoável alterar a CLT de novo??

Se é pouco, se é muito, sabe que eu já não sei. O tempo é tão relativo. Dois anos voam. E cada vez a celeridade é maior. A tecnologia é assustadoramente veloz. Presumo que essa nova proposição deverá tentar corrigir algumas questões que estão se identificando como inadequadas, vai se aperfeiçoar o que foi feito.

O governo apresentou a medida provisória do Emprego Verde e Amarelo, com a justificativa de estimular a geração de empregos para jovens. Há quem a chame de nova reforma trabalhista. A sra. vê uma reforma trabalhista??

Ela não tem nada a ver com reforma. Ela foi pontual, quis-se estimular a empregabilidade. O máximo do tempo do contrato é de dois anos, incluindo a prorrogação, e só para empregos novos de jovens, de 18 a 29 anos. E tem um limite que é 20% do total de empregados. Ela não permite substituição, despedir um empregado para admitir.

Mas nessa MP tem o trabalho aos domingos. Qual sua avaliação??

O que fez foi permitir para todas as categorias, porque não era proibido. E havia, quando não houvesse compensação, o pagamento em dobro. Hoje realmente o leque abriu, mas ainda há condicionantes. Para o comércio, o máximo são quatro semanas, tem de cair uma folga no domingo. Na indústria, são sete semanas.

O mundo mudou mesmo. No mundo todo o comércio abre aos domingos. Vamos acabar qualquer dia desses não distinguindo mais segunda de domingo. Sei lá, talvez [o trabalhador] pode até preferir.

Estou indo até adiante, porque tem outros fatores, como os religiosos aos domingos, os filhos não têm escola aos domingos, e isso pode ser fator talvez muito relevante, e o empregado não teria efetivamente como exigir [o descanso] com a medida provisória.

Concordo que não beneficia o trabalhador. Ela tem uma visão pragmática de não excluir o trabalho aos domingos porque as atividades todas funcionam aos domingos. É a realidade.

Mas, enfim, vamos testar talvez essa realidade, ver como ela funciona. Eu efetivamente não estudei o caso em termos de constitucionalidade ou não.
Herculano
16/12/2019 12:43
da série: mais uma derrota de Lula, Gleisi e o PT. Mais que derrota, um recado.

FRACASSA GREVE DOS CAMINHONEIROS APOIADA PELA CUT

Conteúdo de O Antagonista. A greve dos caminhoneiros apoiada pela CUT fracassou, informa a Crusoé.

A paralisação estava marcada para começar às 5 horas de hoje. Mas, segundo o Ministério da Infraestrutura, todas as vias estavam livres e os caminhões circulavam normalmente até às 11h.
Herculano
16/12/2019 12:39
DOE AGORA E REDUZA O IR DE 2020, por Marcia Dessen, planejadora financeira CFP ("Certified Financial Planner"), no jornal Folha de S. Paulo

Ainda é cedo para pensar na declaração do Imposto de Renda de 2020. Porém quem quiser reduzir em até 6% o valor do imposto a pagar no próximo ano deve fazer, ainda neste ano, uma doação incentivada que permitirá deduzir o valor da doação do imposto devido.

A Receita Federal define quais pagamentos são incentivados e podem ser deduzidos do imposto devido no ano seguinte, desde que efetuados no ano-calendário de 2019.

São dedutíveis as contribuições feitas ao Estatuto da Criança e do Adolescente; Fundos Nacional, Estaduais ou Municipais do Idoso; Fundo Nacional de Cultura; Incentivo à Atividade Audiovisual e Incentivo ao Desporto. O somatório das doações destinadas a essas entidades está limitado a 6% do imposto devido.

Contribuições feitas a projetos de Incentivo ao Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PronasPCD) e ao Incentivo ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) estão limitadas a 1% do imposto devido e não estão sujeitas ao limite global de 6% mencionado anteriormente.

Para usar o incentivo fiscal, é preciso apresentar o modelo completo da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF), cujo programa calcula automaticamente o limite da dedução. O modelo simplificado oferece desconto padrão único e não permite lançar esse tipo de dedução.

As doações em dinheiro devem ser identificadas por meio de depósito na conta-corrente do fundo ou do projeto cultural, esportivo ou de saúde escolhido, com o número do CPF do doador. Mantenha o recibo de doação com o número de ordem, seu CPF, a data da doação, o valor doado e o ano-calendário a que se refere a doação.

Suponha que você deseje doar (até 6% do IR devido) em projetos que apoiem crianças e adolescentes aprovados no Fumcad (Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente). Calcule o valor do incentivo, escolha o projeto beneficiado pelo sistema do site do Fumcad e emita o boleto bancário. Após o pagamento (até 31/12), a entidade beneficiada enviará o comprovante para renúncia fiscal.

O ressarcimento do patrocínio virá no ano seguinte, na forma de restituição ou abatimento do valor do IR a pagar.

Se você pagou muito imposto na fonte e estima que terá restituição de imposto, não deixe de doar; o valor destinado às doações incentivadas será adicionado ao valor da restituição.

Ficou interessado, mas não consegue doar neste ano? Entre janeiro e abril de 2020 também é possível doar para os Fundos da Criança e Adolescente até 3% do imposto devido, desde que respeitado o limite total de 6%, considerando doações eventualmente feitas em 2019.

Nesse caso, você deverá informar na ficha Doações Diretamente na Declaração ?" ECA, constante no quadro resumo da DIRPF, o valor a ser doado e o fundo escolhido; o próprio programa da DIRPF emitirá um Darf específico.

O pagamento deverá ser efetuado mesmo que você tenha direito à restituição ou tenha escolhido o pagamento em cotas mediante débito automático. Se o pagamento deixar de ser feito, a Receita glosará a dedução feita e cobrará o valor do imposto, desconsiderando a tentativa de uso do incentivo fiscal.

Falta pouco tempo para doar, estime o valor do imposto a ser pago em 2020 baseado na declaração do ano passado ou no rascunho, caso tenha feito. O dinheiro doado retorna para o seu bolso mediante dedução ou restituição do imposto. Doar faz bem, doe você também.
Herculano
16/12/2019 11:57
MAIA TEVE MAIS VIAGENS QUE DIAS ÚTEIS EM 2019, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nesta segunda-feira nos jornais brasileiros

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, realizou 235 viagens até a última segunda-feira, dia 9 de dezembro. Todas em jatos da Força Aérea brasileira (FAB), segundo o Comando da Aeronáutica. O ano de 2019 teve 244 dias úteis até sexta-feira (13). Retirando-se os 12 dias úteis do recesso parlamentar de julho, o deputado Rodrigo Maia realizou mais viagens do que os dias úteis existentes no ano.

NA PRÁTICA É MAIS

Deputados federais trabalham apenas terça, quarta e quinta-feira durante a semana. Ou seja, "dias úteis" de deputados foram só 146.

MUITO MAIS

Na quarta, Maia foi de jato da FAB à Suíça para visitar autoridades estrangeiras, algumas hostis a Bolsonaro. Com esta, são 236 viagens.

QUEM PODE, PODE

Foram só nove feriados públicos agora no ano. Mas deputados já tiveram folga oficial durante três semanas apenas entre julho e agosto.

DE LAMBUJA

Parlamentares também não trabalharam durante uma semana em novembro, em razão da cúpula do BRICS, sediada em Brasília.

JUÍZES DESOBEDECEM LEI DA LIBERDADE ECONôMICA

Juízes do Trabalho ainda insistem em desrespeitar a modernização da legislação trabalhista de 2017, agora ignoram a "MP da Liberdade Econômica", que virou lei este ano, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. Uma das mais ignoradas é a regra deu nova redação ao artigo 2º do parágrafo 3º da CLT, segundo a qual a identidade de sócios não configura, por si só, a existência de grupo econômico.

VÍTIMA MAIS RECENTE

A MP da Liberdade Econômica, que virou a Lei 13.872 em setembro, é a mais recente vítima da "desobediência civil" da Justiça do Trabalho.

LEI DESRESPEITADA

A nova redação da lei ignorada por juízes do Trabalho proíbe o uso de bens de empresas para quitar débitos de outra empresa do grupo.

JUSTICEIROS ATIVISTAS

Em muitas varas do Trabalho ainda prevalece o ativismo de toga, em que magistrados confundem Justiça com justiçamento social.

MINISTRO EXEMPLAR

Nenhum dos 1.470 voos da FAB com autoridades, este ano, foi solicitado pelo general Augusto Heleno (GSI). O ministro fez todas as viagens em voos de carreira, exceto quando viajou com o presidente.

PROVAS PESADAS

Tem 119 páginas a denúncia da força-tarefa da Lava Jato contra Walter Faria e outras 22 pessoas ligadas ao grupo cervejeiro Petrópolis por lavagem de R$1,1 bilhão. Apresenta provas documentais, tabelas do departamento de propina da Odebrecht, testemunhos etc.

SEM PERDER A PIADA

Rodrigo Maia é mau como um pica-pau. Designou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), considerado "intratável" pelos bolsonaristas, para representar a Câmara na posse do novo presidente da Argentina.

SOB NOVA PRESIDÊNCIA

O conselheiro Mário Mello assume nesta segunda-feira (16), em Manaus, a presidência do Tribunal de Contas do Amazonas. Mello é um dos conselheiros mais admirados e rigorosos do TCE-AM.

MAIOR EXPANSÃO DA HISTóRIA

O governador de São Paulo, João Doria, e o secretário da Educação Rossieli Soares anunciaram que, a partir de 2020, o Ensino Integral estará presente em ao menos 664 escolas da rede estadual de ensino.

AEROPORTOS PRIVATIZADOS

Dilma privatizou cinco aeroportos em 2012. O governo Temer privatizou outros quatro, em 2017. Este ano o governo Bolsonaro já privatizou doze e anunciou que vai vender outros 22 no ano que vem.

VIAGENS INTERNACIONAIS

Cerca de 15% de tudo gasto com viagens no governo federal corresponde a despesas com viagens internacionais. Segundo o Portal da Transparência, na administração direta já foram R$ 111,12 milhões.

TUNGA DE QUASE R$5 BILHõES

Para "sobreviver" em 2020, os políticos criaram a "Lei Gazua" que lhe permite transferir R$3,8 bilhões do Tesouro Nacional para bancar suas campanhas e R$1 bilhão do fundo partidário para sustentar as siglas.

PENSANDO BEM...

...jatinhos da FAB servem não apenas para mordomia, mas para blindar certas autoridades de contato com o povo que paga a conta.
Herculano
16/12/2019 11:50
SUPERAPPS: É O ECOSSISTEMA, ESTÚPIDO!, por Ronaldo Lemos, advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, no jornal Folha de S. Paulo
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Superapps permitem que empresas criem produtos e serviços dentro de um app já consolidado

Uma das tendências para 2020 foi inventada na China. Trata-se dos superapps, os superaplicativos que permitem que empresas criem produtos e serviços dentro de um aplicativo já consolidado.

O modelo lembra o filme "A Origem" ("Inception", 2010). Nele, os personagens sonham dentro de um sonho que estava dentro de outro sonho. Nos superapps é assim. Todo celular tem uma loja de aplicativos. E agora os próprios aplicativos vão ter suas lojas de apps também.

Os primeiros superapps foram chineses, como o WeChat, o AliPay e a Meituan. O primeiro surgiu como aplicativo de mensagens. Depois incorporou a possibilidade de fazer pagamentos. Hoje é possível pedir um táxi, paquerar, usar rede social, pedir comida, fazer compras ou entregas, tudo sem sair do WeChat. É como se a internet tivesse migrado para dentro dele.

A lição que pode ser aprendida é que a competição agora não é mais por quem faz o aplicativo, mas sim por quem cria o ecossistema mais abrangente e atraente. A regra agora é: ou você está criando seu próprio ecossistema ou a sua empresa estará dentro de um ecossistema criado por alguém.


No mercado brasileiro, o primeiro aplicativo a se posicionar como superapp é o colombiano Rappi. Ele surgiu como um serviço de entrega. Agora inclui patinetes e em breve serviços financeiros.

Sobre isso, é curioso ver que os bancos no Brasil deixaram passar a oportunidade de se tornar superapps, como fez o AliPay. Para isso, a receita teria sido abrir suas plataformas e dados para que desenvolvedores externos pudessem desenvolver serviços dentro de suas plataformas. Não aconteceu. Ao contrário, a maioria dos bancos resistiu o quanto pode a esse tipo de abertura.

Foi preciso o Banco Central iniciar um processo de abertura de dados ("open banking") de cima para baixo. Em outras palavras, poderiam ter criado um ecossistema a partir do seu alcance em pagamentos. E agora correm o risco de precisarem se integrar ao ecossistema de outros.

Os superapps são novidade, mas a forma é antiga. Vale lembrar que o próprio Facebook cresceu abrindo sua plataforma para desenvolvedores externos.

Muitos vão se lembrar da empresa Zynga, que fazia jogos dentro do Facebook como "FarmVille" e "Mafia Wars". Esses games foram por muito tempo responsáveis por uma boa parte da receita da empresa, antes que ele estruturasse sua plataforma de publicidade. Abrir o Facebook para terceiros foi o que fez que a plataforma adquirisse ainda mais usuários.

Considerando que um dos objetivos do Brasil deveria ser se tornar um grande produtor de tecnologia e inovação -e não apenas um grande consumidor como agora -, competir por ecossistemas passa a ser tarefa de interesse nacional. Nessa competição, como o Rappi demonstra, já estamos perdendo para a Colômbia.

Do ponto de vista geopolítico, o Brasil é um dos países mais fechados do mundo. É curioso ver que essa mesma característica se reproduz na forma como pensamos aplicações na internet. Para crescer globalmente, em ambos os casos, é preciso se abrir.

Reader

Já era?
Planilhas e textos longos e confusos

Já é?
Data visualization, design para tornar simples textos e planilhas complexas

Já vem?
Law visualization, design para tornar simples contratos jurídicos complexos
Herculano
16/12/2019 11:43
da série: a visão torta da Justiça sobre a corrupção endêmica no Brasil, mostra que ela está doente e distante da população. Quem destruiu a economia foi a corrupção estruturada entre políticos, gestores públicos, instituições que deviam fiscalizar e empresas. Nelas, havia até departamentos sofisticados que cuidavam do propinoduto e formas para não marcar os envolvidos e até livrá-los de rastros, investigações, denuncias, julgamentos e punições. é o mesmo que afirmar que ao denunciar um traficante, o Ministério Público teria contribuído para a falência do negócio dele e que envolve centenas de pessoas em ato criminoso. Incrível! Este é o presidente do Supremo Tribunal Federal.

TOFFOLI: "A LAVA JATO DESTRUIU EMPRESAS"

Conteúdo de O Antagonista. Dias Toffoli, em entrevista ao Estadão, disse que a Lava Jato destruiu empresas:

"A Lava Jato foi muito importante, desvendou casos de corrupção, colocou pessoas na cadeia, colocou o Brasil numa outra dimensão do ponto de vista do combate à corrupção, não há dúvida. Mas destruiu empresas. Isso jamais aconteceria nos Estados Unidos. Jamais aconteceu na Alemanha. Nos Estados Unidos tem empresário com prisão perpétua, porque lá é possível, mas a empresa dele sobreviveu."

A Lava Jato, na verdade, destruiu um cartel de empreiteiras que comprou um presidente da República e seus dois sucessores, além de ter comprado também praticamente todos os partidos, representando mais da metade do Congresso Nacional.

Isso jamais aconteceu nos Estados Unidos ou na Alemanha.
Herculano
16/12/2019 11:34
MÁ NOTÍCIA

de Mário Sabino, editor da revista eletrônica Crusoé, no twitter:

O déficit do governo deve ficar abaixo dos 70 bilhões de reais. Mais uma má notícia para Lula.
Herculano
16/12/2019 11:30
ESTA COLUNA, DEFINITIVAMENTE, NÃO É UMA COLUNA SOCIAL DA POLÍTICA DE GASPAR, DA REGIÃO E DE FLORIANóPOLIS COM INTERESSES ELEITORAIS POR AQUI.MUITOS JÁ ENTENDERAM A DIFERENÇA E TARDIAMENTE.
Herculano
16/12/2019 11:28
MAIS UM, por Roberto Azevedo, no Making of

Lembram-se da filha do ex-presidente Lula, a jornalista Lurian Cordeiro Lula da Silva, que morou em Blumenau e Florianópolis, pois ela deixou o cargo comissionado que ocupava na Assembleia do Rio de Janeiro, com um salário líquido de R$ 5,715 mil no gabinete da deputada Rosângela Zeidan (PT), para receber R$ 10,763 mil (incluindo auxílio-alimentação) no gabinete do senador Rogério Carvalho (PT-SE), em Brasília.

Lurian, que morou com dois filhos e o ex-marido Marcelo Sato, na Capital catarinense, quando Lula era presidente, chegou a ser secretária de Ação Social e chefe de Gabinete na administração de Djalma Berger (então no PSB), em São José, até 2011, e antes assessorou o então prefeito Décio Lima, hoje presidente estadual do PT, em Blumenau. Mantém a rotina de trabalhar em cargos públicos.
Herculano
16/12/2019 11:26
da série: finalmente os intelectuais e arautos da esquerda do atraso estão se convencendo de que alguma coisa parecida com direita - conservadorismo, nacionalismo e liberalismo - está ganhando espaços vitais na história atual do mundo. Eles só admitem ainda que isso é um refluxo do próprio atraso da própria esquerda que se esqueceu da maioria, para hipócrita e demagogicamente proteger uma suposta minoria vulnerável. Mas, isso é um movimento pendular como já escrevi aqui tantas vezes.

BREXIT NÃO ERA TEORIA DA CONSPIRAÇÃO, por Vinicius Mota, secretário de redação do jornal Folha de S. Paulo

Vitória de Boris Johnson desfaz impasse; é cedo para dizer que nasceu um Trump britânico

O sistema representativo entra em desconforto quando das eleições não brota um mecanismo estável de tomada de decisões políticas. Na Espanha e em Israel, os eleitores são amiúde chamados a opinar, mas o impasse na governança persiste.

O Reino Unido parece ter escapado de um xeque demoníaco nesta quinta (12). A vitória de Boris Johnson não deixa dúvidas sobre o desejo preponderante da população de desencalhar o brexit. Enterrou-se numa pilha de votos e cadeiras no Parlamento a teoria conspiratória de que tudo não passava de manipulação da Cambridge Analytica.

Foram necessárias três eleições, contando a do plebiscito de 2016, para que a liderança política e a maioria parlamentar se refizessem no molde da maioria popular.

É melhor ter um premiê empoderado e em sintonia com o desejo do eleitorado do que a paralisia anterior. Ela ameaçava o imperativo de democracias maduras de que o veredicto de uma consulta popular precisa ser respeitado. Além disso, flertava com resultados piores para o país, como a saída desordenada do bloco europeu.

Apressa-se, no entanto, quem vaticina ter nascido um pequeno Trump em Westminster. Primeiro porque ele não seria pequeno: os poderes de um governante britânico apoiado em tamanha maioria parlamentar excedem em muito os do presidente norte-americano.

Segundo, e mais importante, porque há vetores poderosos a inibir a marcha nacionalista radical nas ilhas. Se vestimos a fantasia do separatismo para fora, que tal trazer a brincadeira aqui para dentro, insinuam escoceses e norte-irlandeses. Boris terá de ser generoso e doce com esses grupos para evitar cismas traumáticos.

Nas negociações internacionais que se seguirão, Boris tampouco estará livre para chutar o pau da barraca globalista, ou vai machucar setores dinâmicos da economia britânica, como o de finanças. A globalização como a conhecemos nasceu na City de Londres.
Herculano
16/12/2019 11:18
A DEMOCRACIA FASCISTA, por Guilherme Fiuza, no site da Gazeta do Povo, de Curitiba PR

"A escalada fascista é um sucesso e está em cartaz num discurso febril perto de você. Mas você não sabia direito o que era fascismo e nós explicamos aqui: fascismo, na sua conotação moderna, é tudo aquilo que rasgue a minha fantasia progressista, desmascare o meu humanismo de butique e me impeça de ganhar a vida fingindo salvar o mundo de um inimigo imaginário - e eu aceito débito, crédito, dinheiro público e privado, mas prefiro público, que não é de ninguém.

Agora que você já entendeu o que é fascismo, vamos explicar o que é democracia. Existem várias formas de democracia - e a seguir apresentaremos algumas delas:

Democracia é roubar o Brasil e ir fazer palestra na USP para intelectuais de cabresto;

Democracia é usar o filho como laranja para receber 132 milhões de reais de empresa de telefonia (você não leu 132 mil, ok?) e investir no seu sítio que não é seu - para depois se deliciar lendo pesquisas arranjadas que dizem que você merece estar solto, porque afinal você é um bom ladrão;

Democracia é fingir fazer jornalismo e passar um ano inteiro escondendo indicadores de recuperação econômica - inclusive queda consistente da inflação ?" para depois transformar o preço da carne em tragédia nacional;

Democracia é se fantasiar de analista político para ficar panfletando a favor do mais demagogo e sectário trabalhismo inglês, espalhando que ele é a salvação contra o obscurantismo xenófobo protofascista - que por sua vez só ganha eleição com manipulação de redes sociais;

Democracia é dizer que toda eleição vencida por candidato que atrapalha sua narrativa hipócrita foi fraudada em conluio com a Rússia e as tias do WhatsApp;

Democracia é produzir fake news em veículos tradicionais fingindo combater fake news em redes sociais;

Democracia é defender uma agenda liberal e jogar pedra em quem está implantando exatamente essa agenda no país porque só serve se for feita por você, pelo seu partido ou pela sua ONG, de forma que você possa se beneficiar pessoalmente daquilo que você diz que é interesse público;

Democracia é tentar transformar o catastrofismo envernizado de uma adolescente em coisa séria - para investir nessa vida boa de ficar dizendo que Trump é belzebu e acusando todo mundo de tudo sem precisar propor nada, muito menos trabalhar por alguém;

Democracia é ver um governo trabalhando duro - com resultados consistentes - para libertar o povo do flagelo daqueles que sequestraram o Estado e a liberdade e ficar perguntando pelo AI-5;

Democracia é sabotar a construção do presente evocando a boçalidade do passado para viver eternamente como vítima profissional e herói de coisa alguma;

Democracia é atacar sistematicamente o grande contingente de pessoas comuns que se manifestam nas redes sociais em apoio às reformas governamentais acusando-as de serem robôs;

Democracia é fraudar a representação da classe dos advogados, se juntando aos que atropelaram a lei, para conspirar contra os que flagraram e puniram a delinquência dos seus parceiros de politicagem;

Democracia é ser porta-voz de empreiteiro ladrão espalhando suas lamúrias por aí para ver se cola;

Democracia é fazer militância dentro do tribunal de contas censurando e perseguindo de forma fútil os principais ministros do governo contra o qual você quer panfletar, porque os seus padrinhos foram parar na jaula.

Se após esse resumo ainda não estiver claro para você o que é fascismo e o que é democracia, não se desespere: sintonize agora um desses canais onde Gilmar Mendes era vilão e passou a herói no exato momento em que deu o golpe na prisão em segunda instância, declarando guerra a Sergio Moro. Ali você vai entender tudo sobre democratismo e fascia - ou vice-versa."
Herculano
16/12/2019 11:14
da série: a intolerância do presente, repete o passado, e esconde do futuro, a história.

A REVOLUÇÃO CULTURAL CRISTÃ, por Luiz Felipe Pondé, filósofo e ensaísta, no jornal Folha de S. Paulo

Os cristãos emergem na escrita de Nixey como um bando de talibãs fanáticos

A violência é a parteira da história. Essa ideia era comum entre intelectuais de esquerda no século 20. Hoje, a ideia é politicamente incorreta. A esquerda se fez vegana. A expressão Revolução Cultural chinesa era objeto de orgasmo para gente chique como Sartre e Beauvoir: a via maoísta.

A Revolução Cultural chinesa nos anos 1960 foi um massacre. Uso a expressão revolução cultural cristã aqui como analogia com a Revolução Cultural chinesa.

O cristianismo teve sua revolução cultural principalmente entre os séculos 4º e 6º d.C., após a conversão do imperador Constantino (272 d.C. - 337 d.C.). Foi violenta, sangrenta, boçal e eficaz, como a chinesa. Mas, enquanto pega bem louvar a chinesa, é chique, nos jantares inteligentes, xingar a cristã.

É justamente a revolução cultural cristã que a jornalista britânica Catherine Nixey narra no seu excelente livro "A Chegada das Trevas: Como os Cristãos Destruíram o Mundo Clássico" (pela editora portuguesa Desassossego).

A rigor não há nada de novo no que ele narra, para quem conhece um pouco do traçado, mas o livro tem inúmeros méritos: conciso, elegante, bom aparelho crítico com relação às fontes, oferecendo uma bela síntese do modo como muitos cristãos, entre eles os famosos monges do deserto, chamados por ela de "fedorentos", destruíram templos, estátuas, pergaminhos (livros) e fontes essenciais do que era a cultura clássica.

Esses cristãos emergem na escrita de Nixey como um bando de talibãs fanáticos e bem distantes da ideia que se tem desses heróis do paliocristianismo. Nomes como João Crisóstomo, Santo Agostinho e Basílio Magno saem bem chamuscados depois das passagens em que ficam claras suas reservas para com a
cultura clássica.

Nixey reconhece que muito foi salvo graças a cristãos cultos, mas, como ela mesma repete, muito, muito, muito mais foi destruído graças às taras da maioria dos idiotas da fé. Filha de pais cristãos, Nixey está longe dos tiques nervosos do anticlericalismo típico de quem conhece pouco do cristianismo em geral.

O mundo clássico era belo, rico, produtivo e com tendências que chamaríamos, anacronicamente, de tolerante, em oposição ao cristianismo, que, com sua marca monoteísta e proselitista, varreu o mundo greco-romano com a sanha do Deus único.

Mas Nixey não é nenhuma idealista do mundo clássico. Por exemplo, sua descrição dos banhos romanos, objeto de ódio dos cristãos "puritanos", não deixa dúvida: eram imundos, fedorentos, promíscuos. Sua água fedia e a chance de você pegar todo tipo de doença era enorme.

Todavia, a revolução cultural cristã, como a chinesa, devastou a herança clássica. Teríamos mais tesouros, além de Platão, Aristóteles, Sófocles, Marco Aurélio, Sêneca, entre outros, se esses malucos fanáticos não tivessem se posto a destruir as fontes. No que tange à beleza dos templos greco-romanos, a devastação foi monstruosa.

Um dos pontos mais fortes do livro está no desmonte da ideia de que os oficiais romanos eram, na sua maioria, uns tarados pelo sangue inocente cristão.

A análise dos autos em que oficiais romanos tentavam salvar cristãos fanáticos do martírio é excelente. Muito distante da falsa imagem que parte da história oficial do cristianismo e o cinema construíram, a maioria dos oficiais romanos era gente razoável que estava muito longe de querer "rolo" com um bando de fanáticos.

E aqui, vem, a meu ver, o coração da tese da autora. Descrevendo um desses oficiais romanos encarregados de lidar com a sanha fanática dos mártires malucos, Nixey diz algo assim: "Como membro da elite romana, e de toda elite, era um homem bem educado o bastante para não crer na religião, qualquer que fosse ela, mas, também, era bem formado o bastante para não desdenhar de nenhuma delas".

Aqui reside toda a diferença de uma verdadeira atitude culta em relação às religiões: se, por um lado, a adesão a elas revela uma certa pobreza de espírito, o desprezo para com elas, revela uma certa pobreza de alma. Desdenhar das religiões é um atestado de fraqueza intelectual.

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