SERVIDORES DE GASPAR SE LIVRAM DO IMPOSTO SINDICAL. POR ENQUANTO! - Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

SERVIDORES DE GASPAR SE LIVRAM DO IMPOSTO SINDICAL. POR ENQUANTO! - Por Herculano Domício

19/03/2018

 

A administração do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, com o prefeito de fato, o advogado Carlos Roberto Pereira, MDB – ainda secretário da Fazenda e Gestão Administrativa e segundo ele, de muda só para ficar na Saúde -, livrou os servidores municipais de pagarem, na marra e aparentemente contra a lei em vigor, um dia de trabalho de março para o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Gaspar – Sintraspug.

O fato é controverso. Ainda pode render aqui e pelo Brasil até a pacificação do entendimento do tema nas cortes superiores. Num mar de reveses, a atual administração desta vez marcou pontos com os servidores e às vésperas de um embate que terá que discutir sobre reposição e recuperação de perdas salariais. O Sintraspug botou os advogados para buscar a receita perdida. As decisões judiciais ainda são precárias. E esse assunto vai longe, pois se está buscando se consolidar uma jurisprudência sobre ele.

A realidade é que neste março não ocorrerá o desconto. A folha de pagamento já está rodando com o aval da Justiça. Ufa! Mas, no despacho da própria juíza em Blumenau, ela determinou “para se recolher o Imposto Sindical, que “nominou” como Contribuição para facilitar o embate jurídico, neste e nos próximos anos subsequentes”. Hum! Entenderam?

O que aconteceu? Com a Reforma Trabalhista do presidente Michel Temer, MDB, aprovada no Congresso Nacional no ano passado, o Imposto Sindical foi abolido. Simples assim. Mas no Brasil a lei clara, nunca é clara o suficiente, depende dos interesses em jogo e do poder desses interesses. O lado mais fraco sempre fica com a pior interpretação dessa lei: os trabalhadores, naturalmente.

Os sindicatos, todavia, parasitas desse dinheiro por décadas e desde o governo de Getúlio Vargas, PTB, precisariam mudar para se adequar à nova realidade imposta pela lei, enxugar suas pesadas estruturas representativas e trabalhar para buscar as tais “contribuições associativas”. Não mudaram; não enxugaram e não foram atrás da substituição das receitas fáceis, compulsórias e a princípio, perdidas. Aqui em Gaspar não foi diferente.


SINDICATOS E SINDICALISTAS PARADOS NO TEMPO

Então os sindicatos, seus pelegos em estruturas de representatividade caras e eternas, seus ideológicos, passaram apostar e recorrerem às justiças do Trabalho, Estadual e Federal para desqualificar a lei da Reforma Trabalhista de Michel Temer, que o qualificam de golpista. Qual o objetivo? Continuar tudo na mesma mamata de antes e sendo sustentados pelos trabalhadores sem uma contrapartida efetiva.

Os sindicalistas e sindicatos estão atrás das chamadas hermenêuticas próprias de juízes “democráticos” de primeira instância para assim abrirem brechas em julgamentos de graus superiores. Essa tática poderá levar anos. Se bem-sucedida, farão morta a letra expressa da lei da Reforma Trabalhista aprovada no Congresso. Gaspar é parte dessa onda orquestrada.

O Sintraspug foi a Justiça do Trabalho de Blumenau e da juíza Desirre Dorneles de Ávila Bollmann, obteve despacho liminar - pois se tratava de uma tutela provisória -, para descontar do Imposto Sindical de todos os servidores agora em março e para os próximos anos.

O que a juíza de Blumenau alegou entre outras? Que a Reforma Trabalhista violou a Constituição Federal; que uma lei ordinária não poderia mudar o instituto da Contribuição Sindical, o que, segundo a juíza, só seria permitida por lei complementar; e que a Constituição não abriu margem para o recolhimento facultativo da Contribuição, ou seja, concluiu Desirre que a compulsoriedade não poderia ser revogada mediante lei ordinária, mas somente por Emenda Constitucional.

Frágil. Sequer colou enunciados de juristas ou julgados para sustentar aquilo que argumentou na área do conhecimento tributário e constitucional, fora da sua especialidade, a trabalhista.

Essa fragilidade ficou clara o julgamento do recurso feito pela prefeitura no Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, em Florianópolis.

Na decisão que proferiu no mandado de segurança da prefeitura de Gaspar, a desembargadora Maria de Lourdes Leria, atentou-se apenas ao chamado “periculum in mora”: o de ser descontado do servidor esse dia de trabalho e depois ele não ter como ressarcir se uma decisão lhe fosse favorável posteriormente.

Afinal, nem claro estava se a Justiça do Trabalho era a competente para analisar essa matéria no caso dos servidores municipais de Gaspar. Por outro, lado, na mesma decisão, a desembargadora não encerrou o assunto e ao mesmo tempo, abriu brechas para os advogados do Sintraspug prosseguirem no pleito na Justiça do Trabalho ou então buscarem a proteção desse pedido na Justiça comum e até na Federal.

Ou seja, é uma decisão provisória.

A COBRANÇA AINDA É UMA AMEAÇA

O caso vai longe. E está claro, que neste embate da prefeitura com o Sintraspug, os servidores ganharam. Politicamente o poder de plantão com Kleber, Luiz Carlos e o doutor Pereira, marcou pontos.

Nenhum partido político que diz “defender o trabalhador” ousou fazer isso, ainda mais o PT, PDT e PSD, que em maioria com Silvio Cleffi, PSC, apesar dos sete, quatro deles serem servidores (Marluci Deschamps Rosa e Rui Carlos Deschamps, ambos do PT; Cicero Giovane Amaro, PSD e Silvio Cleffi, PSC).

E não é porque todos são oposição à prefeitura, mas por ideologia. Eles defendem primeiro os sindicatos e depois os servidores, circunstancialmente. E sem dinheiro no sindicato, sabem que é mais um “aparelho” que míngua e os políticos se tornam frágeis nos discursos e na estrutura. Simples, assim!

A prefeitura já vinha monitorando essa tentativa de ressuscitar o Imposto Sindical em Gaspar. Primeiro, rompeu o convênio que permitia ao Sindicato as cobranças consignadas do servidor em Folha. O Sintraspug recorreu e perdeu também em caráter liminar. Segundo, foi à Justiça para os servidores não pagarem o Imposto Sindical que o Sintraspug tinha ganho na Justiça. Podia ficar quieto e deixar o Sindicato cobrá-los. Momentaneamente a prefeitura é a vencedora para os servidores.

Para encerrar. Pela Reforma Trabalhista, a tal Contribuição – e não o Imposto que foi extinto - Sindical é facultativa. Ou seja, paga quem quiser ao Sindicato. E para isso, o trabalhador deve ter pessoalmente essa iniciativa. Faz de próprio punho uma declaração à empresa ou à repartição autorizando o desconto de um dia, ou de qualquer outra quantia.

O melhor mesmo, para não gerar confusão, é passar lá no Sintraspug e acertar isso, pegar o seu carnezinho e fazer a doação do “dízimo” sindical.

Outra. Também pode ser por acordo coletivo. Por exemplo: na discussão da data base que se aproxima esse assunto poderá estar lá para ser colocada na convenção coletiva. E uma assembleia que apareça só gatos pingados diretores do Sindicato, poderá aprovar inovadores tipos de descontos salariais dos trabalhadores sindicalizados ou não.

As armadilhas estão às soltas e de todos os tipos. Advogados sindicais trabalham como nunca antes trabalharam nesse assunto para os Sindicatos. Todo cuidado, não é mero exagero.

É de se perguntar, a razão pela qual o Sintraspug não se modernizou; porque não se adaptou à nova realidade e não fez uma campanha de conscientização dos servidores para mantê-lo viável economicamente? Porque não possui contrapartidas razoáveis para oferecer aos da base? É preciso sair desse ciclo vicioso antigo de assistencialismo. O mudo mudou. Vai mudar ainda mais. Falta comunicação, orientação, discurso e atitudes novas ao sindicalismo antigo, mesmo feito por jovens. Acorda, Gaspar!


FRANCIELE VOLTA ATRÁS E DEFENDE O CABIDEIRO CARÍSSIMO DAS ADRs PAGO POR NÓS

A coerência não é exatamente o melhor tema para os políticos, até mesmo para os jovens na idade, novatos na política, os que se dizem liberais e até privatistas. Eles jogam com a memória curta de todos nós. Veja mais esta da vereadora Franciele Daiane Back, PSDB do MDB, e que representa o Distrito do Belchior.

O que aconteceu na sessão da terça-feira passada? Franciele relatou os feitos do governo municipal e estadual para com o seu principal reduto eleitoral. Fez bem. Eu no lugar dela faria a mesma coisa.

E lá pelas tantas falou da “inauguração”, no dia anterior, da reforma do ginásio de esportes da Escola Estadual Frei Policarpo, com 118 anos de história no Belchior Central e que custou aproximadamente R$90 mil pagos pelo governo do Estado.

Não vou falar do palanque armado com crianças em ano de campanha eleitoral com a presença do desaparecido e que só reaparece em nesses anos de eleição, o evangélico deputado estadual Ismael dos Santos, PSD. Não vou falar do intruso prefeito eleito Kleber Edson Wan Dall, MDB, descerrando a placa de uma obra do estado. Nem vou falar da placa fake, no meio da quadra, num cavalete móvel, só para fotos, numa “inauguração” de reformas mixurucas, apesar de necessárias, mas que não passam de manutenção obrigatórias antes de serem melhorias. Por que não se descerra ela fixada em um local permanente? Virou moda por aqui!

Vou lhes contar o que disse a vereadora na tribuna da Câmara ao agradecer – o que é certo e também aprovo - o governo do estado pela realização das obras e liberação do ginásio aos alunos de lá do Frei Policarpo.

Ela enalteceu à presteza o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional de Blumenau, Emerson Antunes, PSD , afilhado político de Ismael.

Mas, perguntar não ofende: a presteza de Emerson não é uma obrigação do cargo para com os cidadãos que lhes pagam bem?

Entretanto, Franciele foi mais longe. Defendeu essas ADRs, cabideiro de gente sem votos, cabos eleitorais e políticos desempregados no mundo real. “Sem a ADR tudo teria sido mais difícil e mais demorado”, justificou a vereadora. Ou seja, louvou à burocracia, o inchamento e desperdícios de impostos da máquina pública.

Isso seria aceitável – e devia se respeitar o ponto de vista dela, mesmo não concordando - se a vereadora não tivesse ido na mesma tribuna, em vezes anteriores, inclusive se aliando acertadamente ao discurso petista na Assembleia e replicado em Gaspar pela vereadora Mariluci Deschamps Rosa, contra essas aberrações chamadas ADRs.

São tão aberrações na gestão pública, que o MDB, criador delas com Luiz Henrique da Silveira, acaba de fechar 15 delas, com Eduardo Pinho Moreira, depois de Raimundo Colombo, PSD, por sete anos, ter ampliado, contrariando o seu próprio prévio discurso de campanha até ganhar apoio de Luiz Henrique.


MUDOU E NÃO AVISOU OS SEUS ELEITORES?

Franciele mudou? Mudou e não avisou? Ou porque quem toca ADR é um jovem, ou porque a ADR atendeu a um pleito de seu reduto eleitoral os conceitos dela sobre esse cabideiro mudaram? Os discursos estão gravados na Câmara. É só consultá-los e confrontar essas incoerências da vereadora mais jovem já eleita por aqui. E depois eu sou o culpado disso tudo! Ai, ai, ai.

Estranho é o agradecimento publicado na edição impressa do Cruzeiro do Vale assinada pelo presidente da APP da escola, Eleutério Koser. A lista começa pelo professor aposentado, ex-chefe de Franciele, o ex-vereador Jaime Kirchner, MDB. Franciele, o prefeito e o secretário da ADR, por exemplo, passam longe nas prioridades ou foram esquecidos. Quem aparece é o ex-deputado e hoje conselheiro do TCE, Wilson Rogério Wan Dall. Estão na lista de Eleotério ainda o deputado Ismael, Beto Pereira e Elton Gomes. Confusão à vista.

Há conceito lato sobre o que é virtude. Eu prefiro conhecer a virtude como um permanente caminho penitencial das minhas imperfeições, mas não das minhas incoerências, uma praga.

E para finalizar um pouco de história para a jornalista Franciele que faz um belo trabalho para valorizar a parte mais esquecida de Gaspar, a que surgiu antes da cidade, o Distrito do Belchior.

O ginásio inaugurado em 1988, como acertadamente reporta, foi uma promessa do ex-prefeito Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho e do secretário dele, Lauro Schneider, quando em 1996 o líder comunitário do Belchior, fundador da Banda Os Ideais – que existiu por 32 anos -, ex-vereador duas vezes, de 1997 a 2000 e de 2001 a 2004, e hoje feirante bem conhecido em Blumenau, Pedro Waldrich, o Dinho, se inscreveu no então PMDB.

O governador da época era Paulo Afonso Evangelista Vieira. Apesar de ser um agente pouco afeito a controles mesmo oriundo da secretaria da Fazenda – veja o caso Invesc -, a obra saiu sem nenhuma intermediação de ADR alguma.

Mas, já naquela época, a incoerência fazia parte das atitudes da política. E por causa dela, o Belchior foi sempre relegado e só lembrado em épocas de eleições pela qualidade dos seus votos. Foi isso que demonstrou o “Belchior Unido” que elegeu Francisco Hostins, PDC, prefeito (1989/92). Foi a incoerência que abreviou trajetória política dele. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1843 - Segunda-feira

 

Comentários

Dicon
20/03/2018 08:46
Bom dia Herculano.
"SERVIDORES DE GASPAR SE LIVRAM DO IMPOSTO SINDICAL".

Isso é um avanço, quanto menos gente sugando dinheiro do povo e das empresas, mais oportunidades e dinheiro disponível para quem realmente trabalha.

Parabéns
Herculano
20/03/2018 06:37
Ao que se esconde como Sucupira

1. Não sou sábio.

2. Mas, também não sou analfabeto, ignorante e desinformado como a maioria que os espertos manipulam

3.Escrevo sobre caravanas, e principalmente, sobre cães que ladram, carniças e fedores. Todas ai criadas pelos "çabios" da cidade e alhures.
O circo continua na sucupira
19/03/2018 23:40
Herculano, os caes ladram mas a caravana passa.
Os sabios usam as letras para transmitir sabedoria e contribuir para a evolucao humana. Use-as para mostrar sua contribuicao a cidade.
Cangaceiros e' que espalham terror e deixam restos de carnissa para que seus caes ladram. As urnas vao mostrar de novo os sabios e os caes. Bye Bye
Paty Farias
19/03/2018 19:57
Oi, Herculano

Olha só o que encontrei no Blog do Políbio:

"Edison Lobão (MDB-MA), senador de 81 anos, está internado desde a noite deste domingo (18) no Hospital Santa Lúcia, em Brasília. O hospital não forneceu informações sobre o estado de saúde do parlamentar, que é considerado grave. Ele é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal e é alvo de investigação da Lava Jato.
Quando ministro de Minas e Energia teria recebido R$ 1 milhão do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa."

Lobão faz parte da nata do PMDB, que se morrer não fará falta alguma. Irá ao inferno, impune.
Sujiru Fuji
19/03/2018 19:48
A Vereadora Franciele mostrou que nasceu no velho PMDB e nunca "lacrou" no PSDB.
Que feio! hem, PSDB?
Herculano
19/03/2018 18:42
CÁRMEN NÃO É OBRIGADA A SE ABSTER DE VOTAÇÃO.03.18

Conteúdo de O Antagonista. Não é verdade que Cármen Lúcia terá de se abster da votação do HC coletivo para livrar o condenado Lula, caso a estrovenga jurídica inventada pelos advogados cearenses seja levada a plenário.

Pelo simples fato de ser uma estrovenga jurídica contra uma medida administrativa absolutamente legítima da presidente do Supremo Tribunal Federal.

Se essa invenção absurda for adiante no tribunal, toda e qualquer medida administrativa de qualquer presidente do STF poderá ser julgada por meio de HC, instrumento que não tem essa finalidade.
Herculano
19/03/2018 18:25
"SAIO TRISTE DAQUI" DIZ LULA APóS PROTESTOS DURANTE CARAVANA EM BAGÉ

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Catia Seabra. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi obrigado a fazer alterações em seu roteiro na manhã desta segunda-feira (19) ao enfrentar protestos em sua chegada à cidade de Bagé (RS), ponto de partida de sua caravana pelos estados do Sul.

Ruralistas e simpatizantes do deputado federal Jair Bolsonaro usaram caminhões e tratores para bloquear o acesso da comitiva de Lula à Unipampa (Universidade Federal dos Pampas).

Manifestantes avançaram na direção da universidade, exigindo que a caravana usasse a via lateral do campus.

À saída, o petista teve que discursar sobre um carro de som estacionado ao lado do ônibus da comitiva, para que subisse rapidamente. Pela programação original, ele usaria um carro de som maior, onde ficaria mais vulnerável.

"Confesso que saio triste daqui. Porque não vi empresário ofendendo a gente. O que vi aqui foi pobres e trabalhadores, que, às vezes, estão até desempregados ganhando alguma coisa para ofender a gente", discursou Lula, após afirmar que não quer que o Brasil seja eternamente um exportador de soja.

Em um discurso de oito minutos, o ex-presidente chamou seus opositores de fascistas, acusando-os de constranger professores e alunos para que não o recepcionassem na universidade.

"Sinceramente, não esperava que nossa passagem por Bagé fizesse com que a direita fascista reclamasse junto ao MP que eu não pudesse fazer ato na universidade", disse.

"Essas pessoas deveriam ter feito o protesto quando viemos criar a universidade, afirmou
João Barroso
19/03/2018 16:57
Caro Herculano!

Em Bagé o LULLA larápio foi escorraçado, teve que fugir de helicoptero.
Violeiro de Codó
19/03/2018 15:54
A MARCHA DA IRRESPONSABILIDADE E O TRIUNFO DA MORTE: EXPLORAR ASSASSINATO DE MARIELLE É CONVIDAR ASSASSINO A PRODUZIR MAIS CORPOS, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Sr. Herculano

Militante de esquerda curte uma mortadela, mas são fãs mesmo é de um presunto.
Periquito Arrepiado
19/03/2018 15:51
Herculano, avisa pra Fraciele Back do Belchior que lugar de criança é na escola. No caso dela deve ser a creche.
Ana Amélia que não é Lemos
19/03/2018 15:48
Sr. Herculano:

Existe parágrafo mais lindo e verdadeiro do que este de Rodrigo Constantino?

"Após mais de 13 anos de poder, a extrema esquerda
deixou um rastro de destruição pelo País, e seu líder está prestes a ser preso, como quase toda a cúpula do PT. O fracasso do lulopetismo foi o principal fator por trás do surgimento da tal 'onda conservadora', que causa pânico nos 'intelectuais'. Em frangalhos, os radicais de esquerda tentam reunir os cacos e sobreviver politicamente, até porque sem as tetas estatais estão fritos: teriam que trabalhar de verdade."

Que coisa boa ver a cara desta gente nefasta sem opção de onde enfiá-la!!!

Mariluci Deschamps
Rui Deschamps
Pedro Zuchi
Casal de pato manco (Décio e sua Ana)
E outras tantas porcarias ...
Sidnei Luis Reinert
19/03/2018 15:46
segunda-feira, 19 de março de 2018
Bandido Bom é Bandido Corrupto?



Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O desgoverno federal quer nos matar ?" nem que seja de rir. É hilariante a "tese" lançada pelo ministro Carlos Marun, alegando que o problema da segurança pública no Brasil é que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal priorizaram a corrida atrás da corrupção, em vez de perseguir os bandidos (do narcotráfico e afins). Só faltou o criativo Marun definir que "Bandido bom é bandido Corrupto". Mais doideira que essa é a Dilma (antecessora do Temer, lembram dela?) pregar que o assassinato da Marielle é mais uma etapa do Golpe (contra ela).

Deve demorar muito a sair do noticiário o crime hediondo contra Marielle (lamentavelmente igual a tantas outras dezenas de milhares de homicídios praticados contra brasileiros famosos ou não). Os radicalóides seguem, deploravelmente, surfando no cadáver da vereadora carioca covardemente assassinada. Domingo ocorreram grandes protestos no Rio de Janeiro e São Paulo. Nada de anormal que a esquerda manchada pela corrupção aproveite o sangue derramado para tentar manter vivo seu demagógico discurso. Isto era mais previsível que a vitória do Vladimir Putin para mais um mandato presidencial de seis anos na Rússia ?" País da Copa do Mundo de Futebol 2018 da Fifa...

Combater o Crime no Brasil é puro enxugamento de gelo. O Crime é Institucionalizado. Ele só acontece e se amplia em parceria ou conivência com a maquina estatal. O único jeito efetivo de combater a bandidagem organizada é mudar e reinventar a estrutura estatal. No modelo Capimunista Rentista de Estado-Ladrão, os criminosos de alto e baixo padrão político-econômico seguirão faturando e matando. A organização criminosa é conseqüência ?" e não a causa ?" do modelo estatal brasileiro. A corrupção é conseqüência ?" e não causa originária. Se não entender tal princípio básico, não adianta gastar mais dinheiro (que não temos sobrando) com ilusórios esquemas de segurança pública ou privada.

A tese do Crime Institucionalizado é facilmente justificada por perguntas indiscretas com respostas inconvenientes. Quem financia a caríssima estrutura do narcotráfico? Como tanto dinheiro circula no submundo criminoso sem o pleno conhecimento da máquina estatal de repressão fiscal/financeira? Será que ninguém sabe que o "empréstimo" de dinheiro para financiar a compra, venda e aluguel de drogas ou armas rende mais que as melhores aplicações no mercado financeiro? Como é que políticos inexpressivos ?" sobretudo da endeusada esquerda, mas não só ela ?" conseguem tantos votos, "por coincidência", nas áreas carentes e violentas, dominadas por narcotraficantes ou milicianos (serviços ilegais de segurança que contam com a colaboração de policiais)?

Têm muito mais perguntas: Por que nossos presídios servem de centros de gerenciamento do narcotráfico, mesmo operando no formato medieval de depósitos de uma massa carcerária predominantemente miserável, sem que haja conivência dos agentes estatais? Como é que entram, tão facilmente, tantas drogas, armas, telefones celulares (smartphones e tablets) nas penitenciárias? Por que só acabam presos os traficantes mequetrefes das comunidades, e raramente são apanhados os maiores financiadores das atividades deles, que apenas trocam de "gerente" quando algum "bandido" cai em desgraça ou perde a territorialidade para seus concorrentes? Por que os "governos" permitem o crescimento desordenado de tantas favelas que servem ao narcotráfico?

A conclusão cínica é que Bando Bom é o Bandido Corrupto. Para tal categoria, o Crime sempre compensa. Gera cada vez mais poder político e econômico aos seus reais controladores. O aumento da violência é um negócio maravilhoso. Crescem e se tornam proibitivos os gastos com a pretensa "segurança", seja na área pública ou privada. No meio destas despesas crescentes, muita roubalheira, superfaturamento e corrupção. E os idiotas-inúteis da mídia amestrada jogam a culpa da violência nas armas legalizadas. Bandidos não comprar armas legalmente... Porém, o cidadão de bem tem seu direito impedido ou dificultado ao máximo...

A aposta elevada na impunidade torna o Brasil um dos paraísos globais da bandidagem. Somos rota internacional do tráfico de drogas, armas, pessoas e órgãos humanos. Nossas fronteiras, sobretudo em terra e mar, são fragilmente vigiadas. Falham feio as Forças Armadas, a Polícia Federal e a Receita Federal. A conivência com a favelização e a total falta de prioridade nos investimentos em Educação, Cultura e Esportes só ajudam a gerar mão-de-obra para a "fábrica de bandidos" que assaltam, traficam, assassinam e, sobretudo, elegem os "Patrões".

A única maneira de romper com essa "cadeia produtiva do Crime" é a inédita Intervenção Institucional que irá reinventar o modelo estatal do Brasil, através de mudanças estruturais. Uma Intervenção cirúrgica é o único jeito efetivo de romper com a estrutura estatal que ajuda o Crime a se organizar. Intervenções meia-boca apenas farão a festa da bandidagem e gastarão cada vez mais dinheiro público ?" para alegria dos "Senhores das Armas" legais ou ilegais, além de beneficiar a indústria formal e informal da suposta "Segurança".

Os "bons" Corruptos ?" que ficam pouco tempo na cadeia ou nem vão para lá, na maioria dos casos ?" seguem morrendo de rir da cara dos cidadãos de bem e honestos... E nós vamos morrendo assassinados ou amedrontados pela Organização Criminosa... Até quando?
Erva Daninha
19/03/2018 15:40
Oi, Herculano

A vereadora Franciele é a mais nova velha.
Foi parida pela Vergonha do Belchior, não podia ser diferente.

Acreditaram neLLa?
Bem feito!
João Barroso
19/03/2018 13:22
Caro Herculano!

Agora a pouco, o LULARÁPIO, em sua caravana pelo Sul esteve na UNIPAMPAS, não mais do que 100 BURROS com bandeiras vermelhas o ouviam. Deu pena, coitado, triste fim para a alma mais honesta do mundo. Melhor tivesse ficado em seu apartamento a espera do japonês da FEDERAL. Não passaria tanta vergonha.
Herculano
19/03/2018 11:02
O QUE RESTOU À ESQUERDA, por Rodrigo Constantino, na revista IstoÉ

Após mais de 13 anos de poder, a extrema esquerda deixou um rastro de destruição pelo País, e seu líder está prestes a ser preso, como quase toda a cúpula do PT. O fracasso do lulopetismo foi o principal fator por trás do surgimento da tal "onda conservadora", que causa pânico nos "intelectuais". Em frangalhos, os radicais de esquerda tentam reunir os cacos e sobreviver politicamente, até porque sem as tetas estatais estão fritos: teriam que trabalhar de verdade.

Mas o prognóstico, "sinto" dizer, não é dos melhores. Quando alguém como Guilherme Boulos, líder do MTST, torna-se a mais nova esperança pelo PSOL, é porque o ambiente já está empesteado com o odor de naftalina. É a vanguarda do atraso, que remete ao Lula de 1989, que enaltece o modelo venezuelano justo no momento em que o mundo debate como lidar com a catástrofe humanitária produzida por ele. Terá traço nas urnas, como as Farc tiveram na Colômbia.

A outra opção é igualmente sofrível: Ciro Gomes. Postura de coronel nordestino, truculento e desrespeitoso com o povo, Ciro é o ícone do oportunismo. Ruim de voto, está sempre em torno do poder. Costuma bater boca mais do que debater, e quando tenta falar algo sem o tom raivoso, precisa aparentar um conhecimento que não possui, usando termos como "subalternizar" para substituir a ausência de conteúdo.

Espremendo a verborragia, o que sobra é só a velha receita "desenvolvimentista", que prega mais intervenção do Estado na economia, controle artificial do câmbio, protecionismo, tudo aquilo, enfim, responsável pelo fracasso brasileiro em relação aos países mais ricos e, não por acaso, mais liberais.

Ciro já xingou Dilma e Lula, mas talvez fosse o caso de olhar num espelho antes. Inclusive está, após muitos outros partidos, no PDT, que foi casa da mesma Dilma e do guru dos néscios tupiniquins, Leonel Brizola, o maior responsável pela desgraça carioca. Querem imaginar o Brasil com Ciro? Basta olhar para o Rio de Janeiro de hoje.

Mas dura mesmo é a situação das feministas. O PSOL é o partido de Freixo, aquele cuja ex-mulher o acusa de violento sob o silêncio cúmplice das companheiras, assim como o defensor do regime cubano, o mais machista e homofóbico do mundo. E Ciro, bem, é o Ciro, aquele que descreveu a principal função da mulher durante sua campanha como "dormir" com ele. Mas machista é Bolsonaro...

Eis, então, o que restou à esquerda radical: um invasor de propriedade e um oportunista truculento defensor das ideias mais ultrapassadas que existem. Candidatos que desafiam a Justiça para defender um corrupto condenado. Figuras que ameaçam o juiz Sergio Moro para proteger bandido, ainda que "à bala". A resposta da população virá nas urnas. Por isso a extrema esquerda odeia a democracia!
Herculano
19/03/2018 10:55
SINTOMÁTICO.A IGREJA CATóLICA, VIA A CNBB E AS PASTORAIS, DEFENDE O PT E A ESQUERDA DO ATRASO. O RESULTADO NÃO PODIA SER DIFERENTE NA GESTÃO DOS RECURSOS DOS FIÉIS.

BISPO E PADRES SÃO PRESOS EM OPERAÇÃO CONTRA DESVIOS DE RECURSOS NA IGREJA CATóLICA EM TRÊS CIDADES DE GOIÁS

Conteúdo do portal G1. Texto de Sílvio Túlio, GO. O MP realiza operação contra desvios de recursos na Igreja Católica em 3 cidades de Goiás

O bispo de Formosa, Dom José Ronaldo, quatro padres e um monsenhor foram presos na manhã desta segunda-feira (19) durante operação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) contra desvios de recursos na Igreja Católica em Posse e em duas cidades do Entorno do Distrito Federal, Formosa e Planaltina. O prejuízo estimado é de mais de R$ 2 milhões.

Segundo a investigação, o grupo se apropriava de dinheiro oriundo de dízimos, doações, arrecadações de festas realizadas por fiéis e taxas de eventos como batismos e casamentos. O G1 tentou contato por telefone e mensagem com a Diocese de Formosa, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.

As investigações começaram após denúncias de fiéis que relataram desvios iniciados em 2015. Em dezembro de 2017, o bispo negou haver irregularidades nas contas da Diocese de Formosa.

A ação, batizada de "Caifás", tem ao todo são 13 mandatos de prisão e dez de busca e apreensão em Formosa, Posse e Planaltina. Além de residências e igrejas, um monsteiro também é alvo da investigação.

Segundo o promotor de Justiça Douglas Chegury, um dos responsáveis pela operação, foram apreendidas caminhonetes da cúria em nomes de terceiros, além de uma grande quantia de dinheiro em espécie, cujo valor ainda não foi divulgado.

De acordo com o MP-GO, a suspeita é que a associação criminosa atuava na cúria da Diocese da Igreja Católica de Formosa e outras paróquias relacionadas a elas nas outras cidades. Participam da ação cerca de dez promotores de Justiça, além das polícias Civil e Militar.

Em dezembro de 2017, fiéis denunciaram que as despesas da casa episcopal de Formosa, onde o bispo mora, passaram de R$ 5 mil para R$ 35 mil desde que Dom José Ronaldo assumiu o posto, havia três anos.

"O que nós temos certeza é que as contas da cúria não fecham. Então, nós queremos a abertura pública das contas da cúria [ administração da diocese] e dos gastos da casa episcopal", disse uma fiel, que preferiu não se identificar.

O grupo que contesta as contas informou que não recolheris o dízimo até que as medidas sejam atendidas. A diocese disse na época que o custo das 33 paróquias é de cerca de R$ 12 milhões por ano. Já a arrecadação, no mesmo período, é de R$ 16 milhões. O restante é destinado ao fundo de cada unidade.

Dom José Ronaldo alegou na época que não tocava no dinheiro e que não houve o pedido, por parte do grupo, para a apresentação de contas. "Não tem nada de impropriedade. Não toco nos repasses financeiros das paróquias que são destinados à manutenção das necessidades da Diocese, casa do clero, seminário, estrutura da cúria, funcionários, etc.", declarou.
Herculano
19/03/2018 10:22
UMA DICA AOS SINDICATOS E SINDICALISTAS: I F?"RUM - REFORMA TRABALHISTA DISCUSSÕES E ATUALIZAÇõES. MAIS QUE TEORIA, EXPERIÊNCIA. SERÁ NO DIA 13 DE ABRIL EM SP

OBJETIVO
A reforma da legislação trabalhista já está em vigor, a ponto de se afirmar que se está diante de um Novo Direito do Trabalho. O atual cenário das relações entre trabalhadores e empresas mudou por completo, sendo que muitas controvérsias já estão surgindo na prática com a Lei nº 13.467/2017. Logo, para melhor compreensão das novidades, este workshop se propõe a debater os mais importantes aspectos da reforma, inclusive com as recentes modificações trazidas pela Medida Provisória nº 808/2017, solucionando as principais dúvidas do impacto da atual legislação na vida de empregados e empregadores.

A QUEM SE DESTINA
Direcionado para advogados, diretores jurídicos, representantes de entidades de classe e organizações sindicais, profissionais liberais, de relações trabalhistas e sindicais, de recursos humanos e departamentos pessoais, empresários, contadores, estudantes e demais interessados
Herculano
19/03/2018 10:16
A PRISÃO DE LULA E AS MASSAS

Conteúdo de O Antagonista. O PT entendeu que ninguém vai protestar contra a prisão de Lula.

Nem a torcida do Bayern.

Diz a Folha de S. Paulo:

"Dirigentes do PT começaram a discutir como lidar com a reação da militância do partido a uma possível prisão de Lula. Petistas afirmam que tudo vai depender do grau de participação popular em eventuais manifestações. A ordem é não assumir riscos se não houver adesão em massa."
Herculano
19/03/2018 10:04
A MARCHA DA IRRESPONSABILIDADE E O TRIUNFO DA MORTE: EXPLORAR ASSASSINATO DE MARIELLE É CONVIDAR ASSASSINO A PRODUZIR MAIS CORPOS, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

"O Triunfo da Morte", de Pieter Bruegel, o Velho: nunca se viu tanta vigarice somada como agora; a morte nunca foi tão ousada na tentativa de vencer o debate...

A exploração que se faz da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) é das coisas mais asquerosas que vi desde que acompanho política. Virou um emblema de todos os pensamentos tortos que infelicitam o país. Nunca, do ponto de vista dos criminosos, um assassinato foi tão bem-sucedido. Aquele que puxou o gatilho e a alvejou quatro vezes estava também abrindo a Caixa de Pandora das imposturas. Nunca o crime organizado escolheu uma vítima com tanta precisão e inteligência. A precisão e a inteligência do mal, que alimentam o festim diabólico do capeta.

Sim, há estupidez para todos os gostos. É uma pena que não se possa chegar ao primeiro delinquente que postou a foto de um casal como se fosse de Marielle em companhia de Marcinho VP. Os dois nunca tiveram um relacionamento amoroso. Era notícia falsa, "fake news".

A extrema-direita aproveitou para fazer barulho e para expelir boçalidades, o que só açula a disposição das esquerdas de carregar o corpo simbólico de Marielle como se fosse um troféu.

Morreu porque era negra? Morreu porque era mulher? Morreu porque era lésbica? Morreu porque era socialista? Morreu porque era favelada? Não! Morreu porque seus assassinos, certamente contrários à intervenção, distinguiram nela o alvo perfeito.

Constatar tal evidência, à diferença do que dizem os papa-defuntos, não corresponde a culpar Marielle por sua própria morte. Não fosse ela esse alvo perfeito, seria outra pessoa. Era preciso mandar o recado.

Logo na minha primeira manifestação a respeito, observei que se tentaria usar o evento trágico para recriar a baderna de 2013, que, já escrevi isto aqui tantas vezes, foi deflagrada pela extrema-esquerda. E, curiosamente, os extremistas vermelhos estão na raiz, ora vejam!, da queda de Dilma Rousseff. Não custa lembrar: a desordem começou, então, em São Paulo, sob o olhar cúmplice do governo federal petista, que, inicialmente, silenciou sobre a violência dos manifestantes, e preferiu atacar a Polícia Militar do Estado. O objetivo era o governo Alckmin. Aquele tiro saiu pela culatra.

E desta vez? Vamos ver o que vão conseguir os companheiros e camaradas. A verdade é que, à diferença do que dizem os exploradores de defuntos, a agenda de Marielle era minoritária quando confrontada com o que pensa a população. A leitura política que ela fazia dos mais de 6.300 assassinatos havidos no Estado em 2016 não coincide, em absoluto, com a percepção que tem a maioria da população - e isso inclui as mulheres, os negros, os favelados... O apoio à ação federal é maior entre os mais pobres.

Marielle não era uma crítica novata da violência policial ou da ação de forças federais no Rio. Por que matá-la agora? Porque era preciso conturbar o ambiente para tentar pôr fim à intervenção. Não vai acontecer. Mas é claro que isso põe o governo sob pressão.

Mais uma vez, as esquerdas e setores da imprensa brincam com fogo. Qualquer pessoa sensata, a esta altura, receia que aqueles que foram tão bem-sucedidos no investimento sanguinolento que fizeram, dada a gritaria insana que objetivamente colabora com o banditismo - seja o narcotráfico, as milícias ou a parcela bandida da polícia -, resolvam dobrar a aposta.

O Brasil não é a Colômbia de Pablo Escobar, mas certamente as franjas do crime abrigam homicidas compulsivos daquela espécie. O facínora ficou famoso por sobrepor um atentado a outro, de modo a mostrar, afinal, quem estava no controle.

E, nestes dias pós-morte de Marielle, nós já lemos e ouvimos de tudo. Os mais desavergonhados não têm pejo nem mesmo de aproveitar o assassinato para resgatar a sua militância em favor da discriminação das drogas, já que, segundo os perturbados, tudo isso decorreria da ilegalidade das ditas-cujas. Claro! Com a legalização, os criminosos iriam procurar emprego honesto, não é mesmo?

Não! Marielle não é culpada por sua morte. Os culpados são os assassinos. Mas parece que há humoristas do sangue alheio dispostos a encontrar também os responsáveis morais. Nem é preciso procurar muito. Estão entre aqueles que constituem o lado da demanda de que traficantes são a oferta. Essa perversa lei do mercado não se esgota no bem-estar do consumidor e no lucro do fornecedor. Essa relação produz cadáveres.

"Ah, mas o certo é legalizar". Digamos que fosse. A maioria da sociedade tem de ser convencida disso, segundo os mecanismos oferecidos pela democracia. Enquanto isso não acontecer, integrar ou não a cadeia do crime é uma escolha moral.

De resto, noto: em 2006, para a Justiça eleitoral entrar na favela da Maré, no Rio, que Marielle conhecia bem, foi preciso apelar a blindados da Marinha porque o narcotráfico havia decidido que tomaria conta das urnas...

É a esse tipo de "liberdade" que estão submetidas outras pessoas também pobres, também negras, também faveladas, eventualmente homossexuais ou socialistas... Trata-se de uma esmagadora maioria que disse "sim" à intervenção e que é contrária à legalização das drogas porque conhece as leis do crime organizado. E não como consumidora de droga. E não como fornecedora de droga.

São dias vergonhosos estes!

Acho, se querem saber, que a esquerda será malsucedida de novo em sua insanidade. "Ora, Reinaldo, então não reclame!" É que meu ponto é outro. Esse embate distorcido, ensandecido e oportunista degrada o país um pouco mais. E põe os criminosos no controle do debate e até da agenda.

Nunca, para eles, matar foi um argumento tão convincente.
Herculano
19/03/2018 09:51
DO SEU BOLSO, por J.R. Guzzo, na revista Veja

NADA PODE ir bem num país quando os seus juízes e procuradores se aproveitam da vantagem de não poderem ser punidos nunca, por ninguém e por nenhum motivo, para desrespeitarem a lei em busca de um benefício pessoal. Felizmente não são todos - o país realmente já teria ido para o diabo se fossem. Os juízes estaduais e os Ministérios Públicos dos estados, por exemplo, não participam da "greve" convocada para o dia 15 de março pelas "lideranças da categoria".

Mesmo entre os magistrados federais o problema está concentrado num desses grupos que transformaram suas associações em sindicatos trabalhistas com militância política. Não são muitos - mas falam, decidem e agem por todos. O resultado, de qualquer jeito, é que temos aí mais uma agressão aberta à democracia no Brasil. Não há um regime democrático em funcionamento normal quando juízes de direito dão a si próprios direitos diferentes e maiores que os do cidadão comum - no caso, colocando-se acima da lei numa greve para obrigar o Supremo Tribunal Federal a decidir uma causa em seu favor. Ou o STF faz o que eles querem, segundo ameaçam, ou então a Justiça não vai funcionar. Isso, obvia-mente, não existe em democracia nenhuma do mundo. O STF não pode ser obrigado por nenhum grupo particular, muito menos por magistrados, a agir assim ou assado. Mas aqui, hoje, está valendo tudo.

Que sentido pode fazer uma aberração como esse "auxílio-moradia"?

Numa situação mais ou menos normal, o juiz que fizesse greve para pressionar publicamente os seus superiores na hierarquia, e isso para arrancar um privilégio pessoal, deveria ser simplesmente demitido do cargo e ir fazer outra coisa na vida. Acontece que o Brasil não vive, já há muito tempo, uma situação normal no Poder Judiciário. O motivo da anomalia é que se transformou num hábito, no sistema de Justiça brasileiro, ignorar a lei e a Constituição Federal em benefício dos interesses materiais e ideológicos dos que têm um emprego ali dentro.

Nada poderia comprovar isso de forma tão clara como a "greve" do momento. Ela já é um disparate em si mesma, por ser escandalosamente ilegal, mas o motivo pelo qual foi convocada é muito pior ainda - na verdade, é o próprio sintoma da falência geral de órgãos que envenena atualmente o corpo da máquina judiciária nacional. Os grevistas não exigem o cumprimento de nenhum preceito virtuoso, como o direito de julgarem em liberdade e de acordo com a própria consciência. O que querem, mesmo, é garantir miseráveis interesses financeiros pessoais ?" mais exatamente, o pagamento de 4?300 reais por mês como "auxílio-moradia", inclusive para quem já mora na própria moradia. São cerca de 30?000 juízes e procuradores no Brasil inteiro.

Multiplique por 4?300 por mês - e veja aí o custo dessa brincadeira. Desde que o ministro Luiz Fux, do STF, inventou, em 2014, que todos os magistrados brasileiros, sem exceção, deveriam ganhar o "auxílio" hoje contestado, a despesa pública com ele aumentou vinte vezes.

Quer dizer: é um desses casos em que se soma o insulto à injúria. A greve, por si só, já é uma ofensa à ordem; o motivo da greve é uma ofensa à moralidade. De fato, que sentido pode fazer uma aberração como esse "auxílio-moradia"? Os cidadãos brasileiros não têm direito a receber dinheiro do governo para pagar seu aluguel mensal, muito menos para reforçar seu bolso quando já têm a própria casa. Por que, então, juízes, incluindo os "do Trabalho", e procuradores deveriam receber aqueles 4?000 e tantos a mais por mês, se pela Constituição todos os cidadãos brasileiros são iguais perante a lei? Fica oficializado, com esse desatino, que não são iguais ?" se o Estado quer tirar dinheiro dos impostos para pagar a moradia de uns, deveria pagar então a moradia de todos. A respeito desse ponto, a propósito, desvenda-se a hipocrisia sem limites da "luta pelo direito à moradia", que é como os sindicatos apresentam sua exigência.

Ela é descrita como se o dinheiro gasto com o "auxílio" pertencesse ao "Estado" - ou, numa mentira mais grosseira ainda, "ao governo Temer", ou ao "Supremo". Então por que não dizem, logo de uma vez, que a verba vem do Tesouro de Marte? A verdade, como em 100% dos "gastos do governo", é que o "governo" não gasta nada, nunca. Quem está pagando cada centavo do "auxílio-moradia" é você mesmo, ninguém mais; é o público, que mete a mão no bolso para pagar imposto a cada vez que recebe o seu salário ou acende a luz de casa. Não seria mais "republicano" se os nossos magistrados exigissem da população, que de fato é quem lhes paga, o que exigem do STF? Fica aí a ideia
Herculano
19/03/2018 09:47
ITAMARATY HUMILHA DIPLOMATAS ISOLADOS EM PORÃO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais Brasileiros

O Ministério das Relações Exteriores oficializou como Gaoa (Grupo de Apoio Operacional e Logístico) o que antes existia apenas no anedotário do Itamaraty como "Departamento de Escadas e Corredores (DEC)", para onde são despachados diplomatas malquistos pela cúpula, com a maior pinta de desterro. Funciona no porão do anexo 2, conhecido por "Bolo de Noiva", onde o lixo se acumula, não há água, telefone ou extintor de incêndio e lâmpadas estão queimadas.

PARECE ATÉ VINGANÇA
O Itamaraty juntou no porão do Bolo de Noiva embaixadores do melhor nível com colegas que têm má fama e, inclusive, extensa ficha policial.

DESPERDÍCIO
Asilaram no Gaoa os embaixadores Antonio Pedro e Patrícia Lima, após 5 anos no Sudão. Também fizeram elogiado trabalho no Kuaite.

INTELECTUAL DESTERRADO
Carlos Henrique Cardim, um dos mais respeitados intelectuais do Itamaraty, também acabou no porão do Bolo de Noiva.

NINGUÉM MERECE
Entre profissionais com imensa contribuição à diplomacia, enfiaram no Gaoa também uns malucos, espancador e um assediador mulheres.

JUSTIÇA DO TRABALHO DÁ 'LOTERIA' A VENDEDOR DE BINGO
Um vendedor de bingo de Maceió está prestes a ganhar um dos maiores prêmios de loteria do mundo: quase R$80 milhões garantidos por uma das ações trabalhistas mais absurdas da História. Apesar do contrato de vendedor autônomo, que ele próprio anexou ao processo, o vendedor de cartelas de bingo teve o vínculo empregatício (de apenas 18 meses) ordenado por uma juíza, que ainda condenou a empresa Promotora e Incorporadora Ltda a pagar indenização por "dano moral".

GOLPE CONHECIDO
No começo, o processo correu à revelia: o vendedor de bingos indicou o endereço de ex-funcionário da empresa, que jamais seria notificada.

TEIA DE INTERESSES
Desde que descobriu a fraude, a empresa luta para mostrar o absurdo, mas esbarra na teia de interesses formada em torno da esperteza.

SACO DE GATOS
Com o crescimento do butim, surgiram novos donos das causa: lobistas e advogados de negócios, pretendendo participar do "rateio".

MÁRTIR ANôNIMA
Elisângela Bessa Cordeiro, 41, foi assassinada com um tiro na cabeça, durante um assalto, em agosto do ano passado. Não era vereadora, nem ativista. Era mulher, negra e pobre. E cabo da Polícia Militar.

QUALQUER COISA, TAMOS AÍ
Pessoas muito próximas do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), têm tido a preocupação de afirmar a jornalistas que ele "não é candidato a presidente", apesar de ninguém falar nisso.

BRIGA DE FOICE NO ESCURO
O Palácio do Planalto deve decidir até 30 de abril quem vai presidir a Previ, bilionário fundo de pensão do Banco do Brasil. Nomeado por Dilma, o atual presidente, Gueitiro Matsuo, acha que será reconduzido.

MELHOR NEGóCIO DO MUNDO
Explica-se em números a alegria na Caixa em cada sorteio da Mega Sena, principalmente quando acumulam. Nos 22 sorteios deste ano, houve apenas dois com vencedores. O banco arrecadou mais de R$1 bilhão em apostas e pagou apenas prêmios de R$263 milhões.

RECORDE A CAMINHO
José Maria Eymael (PSDC) vai igualar recorde de Lula de cinco candidaturas presidenciais, este ano. Mas sem condenação em segunda instância e nem tampouco investigação por corrupção & etc.

MOMENTO INDEQUADO
Pouco mais de 24h depois da morte da vereadora Marielle (Psol), o ministro Ricardo Lewandowski pediu a inclusão na pauta do plenário do STF ação do PSOL que pretende cancelar a intervenção no Rio.

CONGESTIONAMENTO
Qualquer coisa que se saia do chão e se sustente no ar está sujeito às regras do espaço aéreo, por isso já são 30 mil drones registrados no país, diz o Ministério dos Transportes, sendo 11,8 mil só em São Paulo.

MODA OU INOVAÇÃO
A tecnologia do blockchain, espécie de livro contábil do Bitcoin e outras criptomoedas, ganhou grupo de trabalho na Febraban com membros dos 12 maiores bancos do país, além de Banco Central e Bovespa.

PENSANDO BEM...
... a operação Lava Jato completa quatro anos com 227 mandados de prisão cumpridos, mas o mais aguardado ainda está por vir.
Herculano
19/03/2018 09:39
OS PUBLICITÁRIOS DECIDIRAM QUE VÃO SALVAR A HUMANIDADE, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

Se você está se perguntando o que quer dizer "branded content", eu já vou lhe contar. Mas, antes, uma velha piada.

Há muitos anos se comparavam jornalistas e publicitários da seguinte forma: ambos vão para o inferno, mas o jornalista não sabe. Isso mudou. Agora, os jornalistas estão encarando o inferno de forma mais natural, à medida que veem seus empregos se dissolverem em água, enquanto os publicitários decidiram que merecem o céu.

Da antiga imagem de que vendiam a própria mãe usando o que havia de mais criativo, agora os publicitários são mais santos do que inúmeras Madalenas arrependidas.

É isso mesmo que você leu: os publicitários decidiram que vão salvar a humanidade vendendo Coca-Cola, tênis e iPads. Os milênios creem veementemente na própria redenção via coisas como marketing de causa. As agências de publicidade agora têm mais hipócritas do que as igrejas.

Mas, afinal, o que é "branded content"? Tecnicamente, esse termo descreve o que seria um conteúdo produzido pelas marcas. Mas que conteúdo seria esse?

Do ponto de vista do jornalista, muitos críticos pensam, trata-se de você se "vender" para uma marca produzindo um conteúdo sobre crianças da África (crianças da África têm uma vantagem enorme sobre as crianças em sua casa: as da África estão longe, do outro lado do oceano!) e, ao final, aparecerá o nome da marca da farmacêutica ou da loja de diamantes. África e diamantes são uma mistura especialmente emocionante.

Esse conteúdo seria de forte conotação política e melodramática ("branded content" adora conteúdos melodramáticos porque publicitários, quando decidem que merecem o céu, ficam mais sensíveis do que meninas apaixonadas), mostrando imagens jornalísticas (leia-se verdadeiras, nada de "fake news") colhidas na África.

Quem não se emociona vendo crianças chorando? Principalmente quando essa emoção não se transforma em realidade próxima de você. Aquele tipo de realidade que estraga sua autoimagem de quem merece o céu.

Para o jornalista, fica confusa a ideia de que ele esteja produzindo um conteúdo pago por uma empresa "interesseira", já que o jornalista sempre se viu como um santo na luta pela justiça, pela verdade e pela independência dos interesses do mercado. Mas como todo mundo tem que viver e pagar contas...

Para o publicitário, além de ver no "branded content" sua chave para a redenção, tem um outro problema. Com o crescimento das mídias sociais e a queda da TV "tradicional", o receptor das mensagens (este é o nome técnico para telespectador, ouvinte, leitor, seguidor, enfim, todo mundo que está na outra ponta da tríade "emissor, mensagem, receptor" em comunicação) se tornou "empoderado" (acho esse termo ridículo).

O publicitário se vê diante do desafio de convencer alguém a não tirar da sua tela de computador ou celular uma propaganda pentelha qualquer. O receptor logo procura onde está o "x" que manda aquela propaganda para o inferno. E como o publicitário evita isso?

Produzindo uma história fofa sobre pessoas que venceram dificuldades (todo mundo é mais ou menos infeliz e se identifica com fofos que vencem dificuldades). Ou "informando" o receptor sobre uma injustiça em algum lugar do mundo, ou sobre como as baleias lutam pela sobrevivência contra pequenos capitalistas selvagens.

Ao final, a logomarca dizendo para você que aquela marca está do lado das pessoas que venceram dificuldades, dos injustiçados e das baleias. Milênios se emocionam com essas coisas, de fato.

A verdade é que esses mesmos milênios vivem sob o facão do crescente capitalismo chinês que "avalia" cada gesto dele em seu trabalho, dando a ele notas infernais. A ansiedade que essas avaliações causa é uma verdadeira bênção para as farmacêuticas que produzem ansiolíticos para esses mesmos milênios que se emocionam com o "branded content" que produzem.

E você, leitor, assiste, de camarote, à fusão inexorável entre jornalismo e publicidade, realizada como forma de "crítica social". Risadas? E os cursos de publicidade aumentam, assim, o contingente de bobos na face da Terra.
Herculano
19/03/2018 09:32
DORIA ENTRA NA BRIGA COMO AMEÇA PARA ALCKMIN, por Josias de Souza

João Doria havia assumido um compromisso com o eleitorado de São Paulo na campanha municipal de 2016. Permaneceria na poltrona de prefeito por quatro anos. Seu segundo mantra era: "Não sou político, sou empresário." Governaria com lógica empresarial. Não se imaginava que trataria a prefeitura da maior cidade do país com a ligeireza de um seminário organizado pelo Lide, seu grupo empresarial. Mal abriu o evento, Doria já prepara o encerramento do seu mandato de prefeito, em 7 de abril.

?Tomado pelo grau de descompromisso, Doria revelou-se um político de mostruário, suspeito de tudo o que se costuma suspeitar nessa tribo. Não hesita em utilizar todos os estratagemas para atingir os seus subterfúgios. Antes de se fixar na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, flertara com o Palácio do Planalto. E um pedaço do grupo do padrinho Geraldo Alckmin suspeita que Doria pode voltar a sonhar com um voo federal antes que a campanha estadual chegue à fase do coffe-breck.

Doria se apresenta como degrau à disposição de Alckmin para a escalada rumo a Brasília. Mas o pedaço do tucanato que olha de rabo de olho para ele avalia que ele sonha mesmo é com a Presidência da República. Para esse grupo, Doria simula interesse pelo governo paulista apenas para não parecer o que é, pois Alckmin, ainda um nanico nas pesquisas presidenciais, pode não ser o que parece.
Herculano
19/03/2018 09:28
da série: a esquerda não entendeu que a insegurança que ela defende, revolta silenciosamente uma maioria de gente trabalhadora e honesta, mas que a esquerda do atraso, ideológica, a que quebrou o país, a que desempregou milhões, a que fez subir a inflação a dois dígitos, e deu as costas para a Segurança Pública, Saúde, Educação e se esbaldou na corrupção com os pesados impostos de todos nós, malandramente qualifica de direita. Vergonha.

INTERVENÇÃO E ASSASSINATO EMPURRAM DEBATE ELEITORAL PARA TERRENO PERIGOSO, por Vinicius Mota, secretário de redação da Folha de S. Paulo

Em 2013, uma onda de protestos da esquerda acabou despertando, como resultado inesperado, um movimento de direita que mudou a política brasileira. Parece que os astros se combinam para pregar uma peça parecida agora.

A opção de Michel Temer de decretar a intervenção no Rio naturalmente se alinhava com a sua pretensão política de recuperar popularidade, se não para disputar a reeleição, ao menos para ganhar peso nas negociações sobre a sua sucessão.

A reação do público, ainda antes do assassinato da vereadora Marielle Franco, frustrou o plano. Os brasileiros endossam em massa a intervenção, mas não dão colher de chá ao presidente, cuja aprovação continua entre as piores já registradas.

O efeito mais importante do decreto até aqui foi o de federalizar de uma vez por todas o tema da insegurança.

Então ocorreu o massacre da representante do PSOL. Uma rede de solidariedade mais ampla que a dos simpatizantes da esquerda se formou para repudiar o crime estúpido. A esquerda pensa, como pensava no início das marchas de 2013, que ganhou uma bandeira de luta política.

Mas o impacto político e eleitoral de um assassinato ocorrido há apenas cinco dias ainda está longe de poder ser aquilatado. O episódio desgasta o governo Temer? É possível, mas machucar o que já está esfolado não vai significar grande feito.

E se a coisa funcionar ao contrário do que deseja o progressismo? E se ajudar a aprofundar no eleitor a sensação de insegurança e a convicção sobre o fracasso das forças regulares da ordem, bem como dos partidos e candidatos que a têm representado?

No mundo de hoje, choques de insegurança que acometem uma sociedade - pela via do terror, do crime ou da migração?" tendem a empurrar o pêndulo da política para a direita intolerante. No Brasil será diferente?

Jair Bolsonaro esfrega as mãos ante a perspectiva de jogar em casa as partidas decisivas desta eleição.

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