07/02/2018
Só porque hoje é quarta-feira...Este vídeo circula nas redes sociais. Não sei dizer quem é o autor ao certo. Há controvérsias. O fato em si, com outro vídeo, foi até tema de “notícia hilária” na semana passada no Jornal do Almoço, da NSC de Blumenau. Jocoso? Que nada! Sério demais. Ele é o retrato da Gaspar – e o próprio autor, diz isso nele - que teima em ficar para trás, desinformada, alienada e no cabresto de gente esperta ou poderosa. O vídeo explica a razão pela qual, de alguma forma, Gaspar ainda dorme.
A ponte do Vale foi aberta há pouco mais de um ano para a festa do poder de plantão que se despedia (PT e Pedro Celso Zuchi). Foi logo em seguida fechada diante da omissão do poder que assumia e não queria se indispor com os outros poderosos (MDB e Kleber Edson Wan Dall). Esperou-se o Ministério Público fazer o serviço que era dos novos ocupantes da prefeitura faze-lo. É que na verdade, a ponte do Vale não estava pronta. Trazia insegurança aos passantes. Pronta só para a propaganda enganosa e o jornalismo manco, ideológico e preguiçoso.
A ponte do Vale ficaria fechada só um mês, no máximo garantiu o novo poder. Depois de muito bafafá e desgastes para os atuais mandatários, ela foi reaberta há pouco mais de seis meses, após os reparos complementares necessários. É hoje a principal ligação entre Gaspar e a BR 470. É movimentada. É perigosa por isso.
Quem apareceu ali no meio da ponte do Vale, tranquilo, como se o mundo por aqui estivesse parado, com seu carrinho de final de semana? Um tranquilo pescador de robalo num cenário bucólico.
Primeiro erro do nosso pescador: estacionou o carro na ponte, onde é proibido estacionar qualquer veículo. Segundo erro: como pescador, calculou mal o tamanho da linha para a altura da ponte até o Rio Itajaí Açú. Terceiro erro: não imaginou que neste mundo virtual, a sua ingênua peripécia tinha sido fotografada, filmada e que o velho telefone é hoje um smartphone, fez tudo simultânea e instantaneamente, inclusive a de avisar a Ditran, que apareceu por lá com seus agentes para registrar o fato, multar e terminar com a pescaria de robalos do nosso personagem.
Doeu no bolso e na pontuação da CNH. Pode recorrer. Precisará de alguma história de pescador, numa banca de pescadores.
Até o momento, não é proibido pescar a partir da ponte. Mas, estacionar nela um veículo, é. E isto é perceptível a qualquer motorista que tenha habilitação, conhecimento mínimo de sinalização ou provido de bom senso para o trânsito seguro. É risco para os demais. Tira a atenção. Atrapalha a via.
Este fato, até então inusitado ali, ao menos nos registros, mostra como as pessoas usam errado as vias urbanas e as estradas. Ainda mais aqui em Gaspar. O pescador não faria isso em qualquer outro lugar. Aqui todos são amigos, parentes de longe um dos outros, há sempre um figurão de plantão na política para salvar o erro alheio, e que não lhe parece uma infração.
Ter estacionado o carro ali no meio da ponte foi uma questão de comodidade. As pessoas tendem a ir de carro, se possível até dentro da loja, do local serviço, da casa visita... Foi assim quando se implantou por aqui a Zona Azul. Um drama. Voltando. Há espaços em ambas as cabeceiras da ponte do Vale para estacionar gratuitamente em lugar seguro; caminhar até o meio da ponte e ali instalar a sua linha para tentar fisgar o peixinho. Mas, não! Tinha que colocar o carro ali perto de si.
SINTOMÁTICO
Isto explica, como e porquê, as mudanças do trânsito de Gaspar, planejadas por um ano por um técnico experiente no assunto, com práticas de sucesso em Blumenau e Brusque, estão sendo desmoralizadas aqui. Eram para estar implantadas entre o Natal e o Ano Novo. Estamos no Carnaval, praticamente. E nada! Parece que está engavetado.
O secretário de Planejamento Territorial, engenheiro Alexandre Gevaerd, está refém das discussões paroquiais alimentadas pelo poder de plantão que não saber exatamente o que quer como governo.
Uns não querem o novo trânsito perto da sua casa ou comércio, outros não querem andar mais cem metros e fazer um outro percurso para sair ou chegar em casa ou no serviço. E assim vai. É a Gaspar do nosso pescador. A Gaspar do pontilhão onde se parava a carroça para pescar piava e traíras porque ali ninguém quase passava. E se passasse, entraria na pescaria para passar o tempo, jogar a conversa fora, contar causos e peixinhos pescados.
E para finalizar duas coisas: para quem já tornou uma rua essencial na cidade, burlando uma lei aprovada na Câmara em beco de condomínio privado de gente rica, e ficando por isso mesmo, essa pescaria é fichinha. O pequeno foi acertadamente multado (e espera-se que tenha aprendido e tenha dado lições aos outros. Os peixes grandões que fecharam a rua do bairro Sete de Setembro, continuam nadando num outro rio muito tranquilo. Não há linha que os fisgue. Acorda, Gaspar!
O deputado João Rodrigues, PSD, o então candidato do engenheiro político Júlio Garcia, ex deputado estadual e que deixou o cargo vitalício de conselheiro do Tribunal de Contas para “reestruturar” o partido, está mais próximo da cadeia do que ser candidato a governador em Santa Catarina. Não passou ontem no primeiro teste do Supremo Tribunal Federal.
Aliás, a cada dia é mais factível o governador Raimundo Colombo, PSD, ter graves impedimentos de ordem jurídica para ser candidato ao senado, se tiver votos para tal diante de tantas pedaladas e caos onde meteu o estado de Santa Catarina.
Só ontem foi a primeira sessão da Câmara de Vereadores de Gaspar deste ano. O ex-presidente Ciro André Quintino, MDB, não estava. Ele preferiu ir a Florianópolis e assistir a “posse” de Aldo Schneider, MDB, na presidência da Assembleia. Ciro é cabo eleitoral de Aldo.
O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, não foi à abertura do novo período legislativo na Câmara, como era esperado. Mandou o seu vice, Luiz Carlos Spengler Filho, PP e lá estava também o chefe de gabinete, Pedro Inácio Bornhausen, PP. Ao final da fala, Luiz Carlos – que já foi vereador por oito anos - pediu proteção a Deus para que tudo corra bem em favor do Executivo. Vai precisar!
Juízo. Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, apostaram na continuidade do vereador Francisco Hostins Júnior, MDB, para ser o líder de governo na Câmara. Não vai ser fácil. Mas, é o único com habilidade para tal nas atuais circunstâncias de suposta minoria, até porque Hostins possui trânsito na dita oposição (foi secretário de Saúde do PT, apesar de advogado), e que agora, é teoricamente, majoritária.
Um sinal de paz. A constituição das três comissões na Câmara foi por acordo prévio entre os vereadores e partidos. Ficou como era, praticamente. Estão na principal, a Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização, estão os vereadores Franciele Daiane Back, PSDB, Francisco Hostins Júnior, MDB, Roberto Procópio de Souza, PDT, e Rui Carlos Deschamps, PT.
Na Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização estão Ciro André Quintino, MDB, Mariluci Deschamps Rosa, PT, José Ademir Moura, PSC, Wilson Luiz Lemfers, PSD. Na Comissão de Gestão Pública estão Cicero Giovane Amaro, PSD, Dionísio Luís Bertoldi, PT, Evandro Carlos Andrietti, MDB e Francisco Solano Anhaia, MDB, que entrou no lugar de Silvio Cleffi,PSC e que agora é presidente da casa.
Feridas ainda não curadas. O passado que deu a “surpreendente” vitória para a presidência da Câmara a Silvio Cleffi, PSC, está “aparentemente” sepultado. Sem ser, Roberto Procópio de Souza, PDT, de leve tocou no assunto, outros não. Até Francisco Solano Anhaia, ainda líder do MDB, o mais inconformado naquele processo, preferiu dar recados e por parábolas: o da lima e do limão que encontrou na internet. Hum!
Feridas ainda não curadas. No primeiro discurso feito na Câmara depois da derrota, Franciele Daiane Back, PSDB do MDB, assim começou: “boa tarde a todos da mesa diretora”. Evitou no cumprimento formal e de praxe, referir-se ao presidente Silvio Cleffi, PSC, para quem perdeu. Ao final, todavia, arrematou: “agradeço a concessão da palavra, senhor presidente”. Na volta como líder do partido, Franciele iniciou a fala: “bom, senhores vereadores...” E terminou: “obrigada e boa semana para nós”. A derrota ainda não a ensinou. Ou seja, não estava mesmo preparada para ser presidente da Câmara. Ela continua uma simples menina emburrada que não foi atendida no brinquedo que pediu e lhe prometeram, sem ter como fazer. Nem mais, nem menos.
Feridas ainda não curadas. O novo presidente da Câmara, Silvio Cleffi, PSC, pediu a palavra logo no início para dar o tom e evitar as flechadas. Ele tentou mostrar que está trabalhando intensamente na e pela Casa. Se está fazendo isso, está comprometendo outras atividades dele, inclusive no setor público, e que não são poucas. É isso que todos estão de olho. E ele faz que não entende. Ai, ai, ai.
Feridas ainda não curadas. Silvio, todavia, prometeu dar transparência ao Legislativo. Essa foi a melhor notícia dele. Se ele fizer isso, terá valido muito a sua eleição para a presidência. Também mostrou que está disposto a começar, pelo menos, a construção do prédio próprio da Câmara. Outro desafio difícil diante de todos os interesses que estão em jogo nos que são poder na cidade.
O então Bloco Democrático, feito pelo PSD e PDT, na Câmara de Gaspar, não existe mais. Mas, garantem que estão unidos, afinal, fazem teoricamente, a maioria na Câmara.
Ilhota em chamas I. “Como Nero, prefeito incendeia MDB e frita os seus”, estampei como manchete da coluna desta segunda-feira. Ela detalhou a lavação interna de roupa suja na administração do prefeito Érico de Oliveira e principalmente no MDB local.
Ilhota em chamas II. A coluna por conta disso, tornou-se líder de acessos em segundos, fato que perdurou até hoje neste assunto. O alto índice de acessos, por si só, mostra como a comunidade está atrás de informações com credibilidade, numa cidade que não estava acostumada ao jornalismo sobre o poder de plantão até a chegada do ex-prefeito Daniel Christian Bosi, PSD e desta coluna que lançou os olhos sobre seus atos, escondidos providencialmente por outros.
Ilhota em chamas III. O estrago provocado pelo prefeito Érico em férias com a sua família pelo Nordeste – sem as formalizar por aqui - no MDB, como relatei na coluna, foi imediato. E o erro foi unicamente dele – apesar dele e seus familiares nas redes sociais terceirizarem a outros como se isso fosse possível -, ao enviar uma mensagem orientando uma curiosa espionagem para detonar seus próprios auxiliates. Foi para o whatsapp errado, virou fogaréu e ganhou o mundo.
Ilhota em chamas IV. O fogo vindo desse erro e atitude caudilhesca, arde até hoje e não há bombeiros com capacidade de dominá-lo. O partido no âmbito estadual está preocupado, até porque o prefeito, não é exatamente um medebista de raiz: veio do PP, faz de tudo para destruir o atual MDB em Ilhota, dar voz ao MDB feito de amigos, que os importou de Luiz Alves e outros locais.
Ilhota em chamas V. Ontem, como mostra o documento abaixo (como dizem, mato a cobra e mostro o pau) e não como alguém escreveu por ai afirmando que foi no final desta semana, um outro desdobramento importante dessa triste história. O MDB de Ilhota vai se desmanchar na executiva para se reorganizar outra vez. E e aí vai se tornar, provavelmente, um adversário de Érico. Só ele, seus familiares e amigos novos, todos cegos, ainda não perceberam isso direito. A primeira sinalização é concreta foi o pedido renúncia do ex-prefeito Ademar Felisky, à função de delegado do partido nas decisões do Diretório Estadual.
Ilhota em chamas VI. Com a prometida saída do seu atual presidente, o médico Lucas Gonçalves, o que teve a mulher, a enfermeira Jocelene da Silveira, pivô no embate e defenestrada da secretaria da Saúde por Érico, fez ex-prefeito Ademar Felisky, padrinho de Lucas e do próprio Érico, dar o primeiro passo para essa “renovação”. Felisky, com todas as marcas que deixou nos oito da administração, acha que está apto a dar lições a quem pensa que criou asas política, usando a estrura do MDB de Ilhota.
Ilhota em chamas VII. O isolamento do prefeito Érico no atual e o “novo” MDB parece inevitável. E se isso acontecer, pode complicar muito a vida de Érico na Câmara, onde nadava de braçadas. Há problemas graves a vista, inclusive de improbidade administrativa. Elas são admitidas numa das gravações do próprio Érico ao seu grupo.
Ilhota em chamas VIII. Nunca a frase cunhada pelo ex-prefeito Ademar Felisky, “o nosso velho MDB de guerra” para designar a fortaleza do partido em Ilhota, esteve tão certa e equivocada ao mesmo tempo. O MDB de lá está velho, sem liderança, sem renovação e pior, infiltrado por gente sem identificação com a s história do partido na cidade, mas que agora está destruindo-o.
Ilhota em chamas IX. Todos estão em guerra não pelo partido, mas contra as pessoas do próprio partido. O MDB raiz de Ilhota está preocupado com os erros sucessivos, a forma arbitrária das decisões, bem como com os que auxiliam, envenenam e como os familiares defendem o prefeito Érico de Oliveira.
Ilhota em chamas X. O prefeito já está de volta do sol e férias do Nordeste. E já começou a prometida “revolução”. Ele ainda não percebeu que está havendo no seu próprio quintal partidário uma contra-revolução. Isso ainda vai longe.
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