O crime cruel, com requintes de tortura, sofrido pelo casal Ernesto Muller, 85, e sua esposa Mônica, 76, na madrugada desta quinta-feira, 26, reacendem a pergunta: até onde o homem vai chegar? Até onde a sociedade pode descer ou, então, como vamos sair dessa circunstância de medo, de impotência frente aos criminosos?
É cada vez mais frequente o caso que podemos ler na reportagem da página 6. Uma violência sem limites, que se espalha pelos quatro cantos do país e não é mais exclusividade dos grandes centros urbanos. A onda de violência, motivada em muito pela impunidade ou pela suavidade da pena, mostra uma sociedade escondida nas grades de suas residências enquanto assiste perplexa casos como o que vislumbramos em Gaspar.
Assalto seguido de extrema crueldade. Espalharam álcool pelo corpo do aposentado e atearam fogo. A vítima teve queimaduras de segundo grau e agora se recupera no Hospital Santa Catarina, em Blumenau. Na fuga, os três covardes que haviam roubado o automóvel perderam o controle e acabaram capotando o veículo. A polícia não tem pistas dos assaltantes e agora busca qualquer informação que possa levar até eles.
A maldade não tem mais limites. Não satisfeitos em agredir, roubar, humilhar, atentam de forma cruel contra a vida humana. Quando os presídios estão superlotados, adotam medidas socioeducativas como pena alternativa. Soltam presos de boa conduta, não importa a gravidade de seus crimes. Reduzem-se as punições e deixam o cidadão à mercê da própria sorte. Até onde vamos, mesmo?
Edição 1383
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