Onde está a polícia? Essa, evidentemente, é a primeira pergunta que o cidadão amedrontado faz na primeira situação de insegurança, pois paga tributos para contar com segurança por parte do Estado. Investir em educação, em oportunidades de trabalho, em lazer e dignidade é o caminho para a construção de uma sociedade civilizada.
Só que o Brasil, e em Gaspar não é diferente, essa missão parece uma utopia. Ideias tacanhas como o clichê “bandido bom é bandido morto” não resolvem nem o embrião do problema, pois muita gente bacana ainda segue acreditando no conto de fadas de que é possível alcançar a paz sem perder nada. Quem quiser de fato reduzir a violência vai ter de pensar sobre o quanto está disposto a perder para estar com o outro. A redução da maioridade penal, assim como outros projetos conservadores, são também exemplos de respostas autoritárias e provavelmente inócuas.
A responsabilidade pela falta de efetivo com viaturas na rua e estratégias de inteligência é do sistema administrativo da Secretaria de Segurança Pública, cujo prazo de validade já venceu faz tempo. Falta de recursos para pagar policiais é uma desculpa inaceitável. A desvalorização dos policiais é um fenômeno paralelo à deterioração da segurança pública. A população brasileira tem o direito de viver sem medo.
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