Editorial - Jornal Cruzeiro do Vale

Editorial

Existe um problema que não tem solução: a morte. Depois que ela chega, não há nada que a desfaça. Quem morre, jamais retorna à vida. Esse fato, tão óbvio, parece não assustar as autoridades que veem, quase que diariamente, pessoas morrendo no trânsito. Isso porque as lombadas eletrônicas, que obrigam a redução da velocidade na BR-470 e, de certa forma, diminuem o número de acidentes, foram desligadas no início do ano. Quem acreditava que logo seriam religadas, se enganou.

Durante esta semana, mais um retrocesso: os equipamentos instalados em Gaspar, no trecho entre os quilômetros 35 e 40, foram retirados dos pontos de fiscalização e, mais, não há previsão para que novos radares substituam o serviço.

Após o encerramento de contrato do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) com o Consórcio Esteio Indra, do Paraná, foi assegurado que novas lombadas eletrônicas seriam colocadas. A promessa se mantém no mês de março. Inclusive, uma empresa já venceu a licitação. Porém, um estudo está sendo realizado na malha viária para que os radares trabalhem em lugares onde seu uso seja indispensável.

A ideia seria louvável se não fosse posta em prática meses após o desligamento das ferramentas de fiscalização. Isso deveria ter sido feito bem antes do fim do contrato para evitar que a rodovia se torne ainda mais perigosa. Enquanto isso, nós, que noticiamos tantas fatalidades no trânsito, desejamos que o índice de acidentes não aumente.

 

Edição: 1892

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