Quis o destino que uma campanha marcada por ataques pessoais e tons agressivos entre os candidatos terminasse com uma verdadeira demonstração de preconceito, intolerância e xenofobia por parte de alguns eleitores. Mais uma vez, as redes sociais foram palco de comentários desqualificando moradores das regiões Norte e Nordeste pelo simples fato de a maioria dos eleitores desses estados terem escolhido outro candidato.
Esse tipo de situação serve como balde de água fria, justamente após o processo eleitoral mais disputado desde a redemocratização. Mostra que ainda temos muito a evoluir em respeito e educação, independentemente de quem for o presidente.
À parte destas manifestações, o resultado das urnas deve ser respeitado. A partir de agora, cabe a todos, simpatizantes e críticos da atual gestão, acompanhar de perto os atos do novo governo e, principalmente, pressionar para que reformas importantes saiam do papel. Uma das mais importantes, a política, pode, com medidas como o fim da reeleição e revisão no financiamento das campanhas, elevar o nível administrações públicas e, aí sim, viabilizar mudanças defendidas em junho de 2013.
Edição 1635
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